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Prévia do material em texto

Material Educacional 
MAIS INFÂNCIA MT
CADERNO DO PROFESSOR BEBÊS
1ª EDIÇÃO, 2024
Parceria Apoio
1
V
O
LU
M
E
EI_MT_BB_PF.indb 1EI_MT_BB_PF.indb 1 06/10/2023 11:22:0906/10/2023 11:22:09
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 (BENITEZ Catalogação Ass. Editorial, MS, Brasil) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice para catálogo sistemático: 
 1. Educação infantil 372.21 
 Aline Graziele Benitez – Bibliotecária - CRB-1/3129 
M377 Material educacional Mais Infância Mato Grosso : 
 bebês : educação infantil : livro do professor / 
 organização Associação Nova Escola. – 1.ed. – 
 São Paulo : Associação Nova Escola, 2023. 
 304 p.; 21 x 28 cm. 
 
 ISBN 978-65-5965-228-0 
 
1. Educação – Mato Grosso (MT). 2. Educação 
 infantil. I. Associação Nova escola. 
 
10-2023/12 CDD 372.21 
Este material foi viabilizado pela parceria entre Associação Nova Escola. 
Sua produção foi financiada pelos parceiros.
Apesar dos melhores esforços da equipe, é inevitável que surjam 
erros no texto. Assim, são bem-vindas as comunicações de usuários 
sobre correções ou sugestões referentes ao conteúdo que auxiliem o 
aprimoramento de edições futuras. Os comentários dos leitores podem ser 
encaminhados à Nova Escola pelo e-mail novaescola@novaescola.org.br. 
A Associação Nova Escola (“ANE”) elaborou os conteúdos deste material 
com a finalidade de difundi-los ao público em formato aberto, sem 
restrições de direitos autorais, seja por decisão própria de abrir conteúdo 
de propriedade da ANE, seja por utilizar conteúdo aberto conforme licença 
Creative Commons na modalidade Licença CC01.0.
GOVERNO DE MATO GROSSO
Governador: Mauro Mendes
Vice-Governador: Otaviano Pivetta
Secretário de Estado de Educação: Alan Resende Porto
Secretário Adjunto Executivo: Amauri Monge Fernandes
Secretária Adjunta de Gestão Educacional: Nadine Moreira
Secretária Adjunta de Gestão de Pessoas: 
Flávia Emanuelle de Souza Soares
Secretária Adjunta de Administração Sistêmica: 
Eliane Paula da Silva
Secretário Adjunto de Infraestrutura e Patrimônio: 
Saulo Andrade de Freitas Lobo 
Secretária Adjunta de Gestão Regional: 
Mozara Zasso Spencer
Chefe da Unidade Especial de Articulação Institucional: 
João Batista de Oliveira
Coordenação do Programa Educa MT: Daniel Monteiro 
Coordenação de Avaliação e Coordenação Estadual 
do Programa Alfabetiza MT: Isaltino Alves Barbosa
Assessoria de Desenvolvimento Econômico e Social: 
Rafaella Navas 
Assessoria de imprensa: Marco Tobias 
Revisão Técnica – MT: Brígida Couto Mendes, Claudia 
Valadares, Helen Ilse Deniz Pietrowski, Jeanne Redez 
e Lezi Silva
Ilustrações de capa: Matheus Carvalho
COPEM
Coordenadoria de Cooperação com os Municípios
UNIÃO NACIONAL DOS DIRIGENTES MUNICIPAIS 
DE EDUCAÇÃO – UNDIME
Presidente da UNDIME Nacional: Alessio Costa Lima
Vice-presidente da UNDIME Nacional e Presidente 
da UNDIME do Estado do Mato Grosso: 
Silvio Aparecido Fidelis
Vice-presidente da UNDIME do Estado do Mato Grosso: 
Eduardo Ferreira da Silva
Integrante do Conselho Nacional de Representantes 
da UNDIME e Dirigente Municipal de Educação 
de Primavera do Leste: Adriana Tomasoni
ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA
Diretora Executiva: Ana Ligia Scachetti
Gerente de Conteúdo e Comunidades: Paolla Vieira
Coordenação de conteúdo: Pedro Annunciato
Equipe pedagógica: Carla Nascimento, Dayse Oliveira 
e Karoline Cussolim
Relacionamento com Secretaria de Estado de Educação 
de Mato Grosso: Fabiana Vezzali
Professores-autores do Mato Grosso: Carlise Pelissari 
Zacarias de Godoi, Cleusa dos Santos, Éder Gomes de 
Oliveira, Paulo Marcos Ferreira Andrade, Teina Nascimento 
Lopes e Valdineia Ferreira dos Santos Piasson.
Especialistas pedagógicas: Camila Mendes, Karina Rizek 
e Mariana Pinterich.
Leitores críticos: Camila Mendes, Karina Rizek 
e Mariana Pinterich.
Edição e preparação de texto: Alexandra Maria C. Misurini, 
Ana Paula Girardi e Anna Carolina G. de Souza
Revisão: Fluxo Editorial
Direção de arte: Débora Alberti e Leandro Faustino
Ilustrações de miolo: Duda Oliva
Diagramação: HiDesign Estúdio Editorial
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Caro professor e cara professora de Educação Infantil,
É com alegria que cumprimentamos a todos vocês que assumiram o compromisso com a educação das 
crianças de zero a cinco anos em Mato Grosso! Somos um time engajado em promover uma Educação 
Infantil de qualidade e equidade a todas as crianças desse pujante estado, que cotidianamente não 
tem evitado esforços para desenvolver um trabalho pedagógico, educativo, potente, sensível, engajado 
e promissor, e que tem corroborado para a garantia dos direitos da criança e das diferentes infâncias. 
No material aqui apresentado, buscamos aproximar as vivências da Educação Infantil aos aspectos dos 
diferentes cantos de Mato Grosso, materializando em cada conjunto de atividades um pouco da riqueza e 
da diversidade que este estado oferece para o desenvolvimento de práticas pedagógicas que valorizem a 
autoria dos sujeitos envolvidos, principalmente dos bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas.
Nossa travessia se inicia com o desafio de regionalizar contextos de aprendizagem e desenvolvimento 
para as crianças da Educação Infantil, a partir do Material Educacional Nova Escola. O conjunto da 
obra que segue contou com a colaboração de muitos, pois escutamos nossos pares para posterior-
mente propormos possibilidades pedagógicas engajadas, respeitosas e especialmente abrangentes, 
intencionais e reflexivas.
Aqui, deixamos um pouco de nós e de nossa inteireza e temos certeza que vocês farão o melhor nesse 
desafio cotidiano que nos impõe o trabalho com as crianças da Educação Infantil. As propostas aqui 
contidas precisam estar ancoradas em outras experiências advindas de práticas sociais diversas, de 
diferentes tempos, espaços e materiais. É nessa pluralidade de experiências e possibilidades que nos 
encontraremos, adultos e crianças, na promoção de espaços e tempos cada vez mais identitários que 
potencializam a autonomia e a garantia de vivências e arranjos inimagináveis, que permitam às crianças 
ampliarem seus saberes e explorarem diferentes possibilidades para aprenderem e se desenvolverem.
O Material Educacional Mais Infância MT apresenta um repertório de brincadeiras, práticas de leitura, 
escrita, narrativas, jogos, literatura, música, dança, artes, além de oferecer possibilidades para que o pro-
fessor possa, juntamente com as crianças, ressignificar contextos e promover experiências nas infâncias. 
As propostas devem se articular com toda a jornada vivenciada pela criança na escola, tendo em vista 
que a prática social é fecunda pela oportunidade de problematizar com os pares o cotidiano.
É com esse propósito de valorizar os saberes, vivências e as experiências das crianças que nos debruça-
mos sobre o material aqui apresentado. Os conjuntos de atividades propostas podem ser organizados em 
atividades permanentes e sequenciadas, respeitando o grupo etário e as diferenças de tempos, espaços 
e culturas. Devem compor o planejamento diário do professor, de modo a corroborar com a organização 
dos tempos pedagógicos nas escolas.
Desejamos que as propostas presentes neste material possam ampliar as possibilidades do trabalho 
com intencionalidade e especialmente com autoria das crianças mato-grossenses.
Time de professores-autores de Mato Grosso
APRESENTAÇÃO 
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ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA
Querida professora e querido professor mato-grossense,
Este livro que você recebe em mãos neste momento carrega o esforço e dedicação de um grupo de edu-
cadores de Mato Grosso na tentativa de garantir que todas as crianças do estado possam vivenciar uma 
boa experiência na Educação Infantil. Eles dedicaram horas e mais horas para planejar e escrever cada 
uma das atividadesque, agora, vocês recebem organizadas em conjuntos e que podem ser realizadas em 
sequência ou de maneira independente.
Cada um desses seis educadores tem experiência e conhece as diversas realidades das instituições es-
colares de Mato Grosso. Conhecem as restrições desafiadoras desses espaços, mas conhecem também a 
potência e empenho de cada um de vocês para nutrir bebês e crianças com histórias, brincadeiras, canções 
e demais recursos que fazem parte do universo infantil.
Por isso, eles trazem em cada uma dessas propostas ainda mais um elemento relevante para o desenvol-
vimento e construção de identidade dos pequenos: a regionalização. Ao longo das próximas páginas você 
vai se deparar com músicas do território, autoras e autores mato-grossenses, referências a festas e locais 
que auxiliam que a criança se reconheça nessa proposta e construa, junto a você, professora e professor, 
uma referência local positiva.
Tanto a BNCC como o Documento de Referência Curricular para Mato Grosso para Educação Infantil pre-
conizam que o cuidar não se dissocia do educar e, portanto, é tarefa coletiva e que precisa da participação 
da escola e da família; também indicam a importância de incentivar a autonomia da criança, colocando-a 
sempre no centro de seu processo de aprendizagem. Nesse sentido é fundamental que a educadora e o 
educador desenvolvam uma escuta atenta e cuidadosa, uma observação sensível e estejam com plena 
atenção ao tempo de cada criança. É por meio da observação e do registro que será possível acompanhar 
as aprendizagens e (re) planejar cada proposta.
Desejamos profundamente que este material o acompanhe na jornada desafiadora e surpreendente que 
é a Educação Infantil. Que lhe seja uma boa companhia e uma inspiração constante de revisão e renovação 
de suas práticas pedagógicas. A Nova Escola acredita que quem melhor entende de sala de aula e espaço 
escolar é o professor e a professora e, por isso, este material foi integralmente pensado e construído de 
professor para professor.
Boa leitura e vamos juntos!
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO
Por uma nova forma de ensinar e de aprender
A Educação Infantil é um processo muito dinâmico e requer uma evolução constante do ensinar e do 
aprender. Quando o foco é a formação inicial, todos os horizontes se tornam múltiplos nesse cenário e 
podem derivar dos mais diversos meios. Compreendê-los e criar formas eficazes de lidar com eles é um 
desafio no cotidiano do ambiente escolar.
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), por meio do Programa Educa MT, em parceria com a 
Associação Nova Escola, consolida essa visão ao lançar o Material Educacional Mais Infância MT, direcio-
nado às redes municipais. Uma parceria que amplia o alcance de ações, garantindo que os 141 municípios 
de Mato Grosso tenham acesso a todos os recursos educacionais necessários.
Um desenvolvimento educacional que requer, cada vez mais, o fortalecimento do regime de colabora-
ção com a participação de todos os entes envolvidos. Por meio de uma articulação institucionalizada e de 
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, evidenciamos a importância da Educação 
Infantil como etapa essencial para o desenvolvimento educacional.
Lançando um olhar sólido sobre o regime de colaboração, a Seduc-MT e a Associação Nova Escola se re-
forçam como agentes fomentadores da melhora dessa etapa da educação nos municípios. Uma cooperação 
vigorosa com foco na promoção de equidade, sem a qual os municípios mais hipossuficientes dificilmente 
conseguiriam diminuir a desigualdade que os separam daqueles mais autossuficientes.
Diante dos desafios, a responsabilidade é de todos, com total engajamento dos gestores públicos e 
educacionais, professores, pais, estudantes, além dos demais atores envolvidos no processo educacional 
para que possamos avançar, ainda mais, no processo de construção de uma Educação Infantil antenada 
com o presente e com os olhos voltados ao futuro!
Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso
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CADERNO INTRODUTÓRIO 
Olá, professora! Olá, professor!
Antes da leitura e da utilização deste material educacional, apresentamos brevemente algumas 
considerações sobre os atuais referenciais teóricos e conceituais em torno da Educação Infantil. 
Esses referenciais fundamentaram as atividades planejadas e elaboradas para auxiliá-lo e, por-
tanto, devem ser considerados no dia a dia do trabalho com bebês, crianças bem pequenas e 
crianças pequenas.
 � A etapa da Educação Infantil
A Educação Infantil, porta de entrada das crian-
ças no ciclo escolar, vem constituindo-se como uma 
Educação da primeira infância – período hoje com-
preendido como fundamental tanto para o desenvol-
vimento infantil quanto para toda a vida.
Ao falar de qualidade da Educação Infantil, diver-
sos elementos se constituem como determinantes: 
recursos que possam facilitar as interações; ambien-
te de aprendizado adequado, com infraestrutura e 
condições sanitárias e de segurança; características 
do grupo de crianças e dos educadores; frequência, 
tipo e qualidade das interações entre as crianças, 
e das crianças com os adultos; espaços e materiais 
disponíveis; e, finalmente, a relação entre educa-
dores e pais.
A consolidação de um currículo adequado à faixa 
etária, com propostas de atividades estruturadas e 
intencionalmente planejadas, é capaz de assegurar 
ambiente propício à participação ativa das crianças. 
A intencionalidade na organização do tempo, dos 
espaços e dos materiais proporciona vivências e 
experiências que promovem interações e diversas 
oportunidades de aprendizagem.
A Educação Infantil é lugar de brincar, correr, pu-
lar, comer, andar, dormir, alegrar-se e ficar triste. É 
lugar de desenhar, interagir e conhecer a natureza 
e o mundo social. É lugar de se arriscar a ler e a es-
crever as primeiras palavras e de interagir e usar os 
instrumentos culturais da nossa sociedade. Esses são 
aspectos fundamentais a qualquer prática pedagógica 
efetivamente preocupada em garantir às crianças um 
processo pleno de desenvolvimento e aprendizagem.
 � A criança
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educa-
ção Infantil (DCNEI), em seu artigo 4º da Resolução 
nº 5, de 17 de dezembro de 2009, definem a criança 
como “sujeito histórico e de direitos, que interage, 
brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, 
experimenta, narra, questiona e constrói sentidos 
sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultu-
ra” (BRASIL, 2009, p. 1). Embora essa concepção de 
criança não seja novidade, é importante compreen-
der como ela afeta o trabalho pedagógico que deve 
ser realizado na Educação Infantil.
Em primeiro lugar, é necessário considerar que as 
crianças, em suas ações e interações, constroem e 
se apropriam de conhecimentos. Também é essencial 
reconhecê-las como cidadãs, com direitos e deveres; 
para que cresçam conscientes disso, precisam de um 
espaço rico e desafiante no qual possam desenvolver: 
autonomia, responsabilidade, solidariedade e respei-
to ao outro; criatividade, sensibilidade e ludicidade, 
por meio do contato com diversas manifestações 
artísticas e culturais; criticidade e postura cidadã. 
É preciso que elas tenham a oportunidade, desde 
muito pequenas, de construir, reconhecer e valorizar 
sua identidade pessoal e, dessa forma, desenvolver a 
autoestima, base fundamental para a aprendizagem 
e o desenvolvimento.
Para efetivamente considerar a criança na sua 
complexidade, as práticas pedagógicas na Educação 
Infantil devem contemplar a diversidade e a indivi-
dualidade de cada uma, nas suas competências e 
possibilidades, valorizando a heterogeneidade.
Recentemente, tem-se debatido o protagonismo 
das crianças na Educação Infantil. A Base Nacional 
Comum Curricular (BNCC) propõe uma mudança 
significativa na forma de organizar e implementar 
as aprendizagens no cotidiano: a perspectiva das 
propostas pedagógicas,desde seu planejamento, 
deixa de priorizar o conhecimento (conteúdo) e passa 
a priorizar a criança e o desenvolvimento de suas 
competências e habilidades, colocando-a no centro 
do processo. Essa proposição deve ser estudada, 
refletida e vivenciada todos os dias na escola, uma 
vez que os processos de transformação da realidade 
levam tempo e demandam esforços significativos.
Para começar, as escolas devem garantir que, no 
cotidiano, as crianças possam viver experiências da 
vida real, iniciadas ou planejadas por elas mesmas 
ou integradas a ações iniciadas pelos adultos. Des-
se modo, gradativamente, elas se tornam capazes 
de atribuir significados e construir conhecimentos 
que as ajudem a dar sentido ao mundo. Isso só é 
possível se houver valorização dos interesses das 
crianças e desenvolvimento de propostas que lhes 
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permitam tomar iniciativa, praticar sua curiosidade, 
buscar respostas para as questões colocadas, re-
solver problemas por meio de várias estratégias até 
encontrar aquela que mais a satisfaça, entre outras 
ações. São princípios importantes para garantir uma 
prática pedagógica que respeite a forma da criança 
ser e aprender sobre o mundo.
 � O processo de ensino-aprendizagem
A apropriação e a construção de conhecimentos 
pelas crianças acontecem por meio de sua partici-
pação em diferentes práticas sociais e culturais, in-
tencionalmente organizadas, nas quais interagem 
com adultos, outras crianças, ambientes, espaços 
e materiais.
É pela ação que bebês e crianças descobrem 
coisas sobre si próprias e sobre o meio, expressam 
aquilo que estão descobrindo e sentindo e intera-
gem com adultos atentos, sensíveis e respondentes, 
com materiais interessantes e desafiadores. Assim, 
constroem uma bagagem de conhecimentos básicos 
sobre o modo como as pessoas e as coisas são, o 
que fazem e como respondem a determinadas ações.
Se entendemos a criança como ser ativo, curioso 
e competente e que sua aprendizagem se dá pela 
ação, podemos especificar algumas condições fun-
damentais a serem consideradas na organização das 
práticas pedagógicas para garantir uma aprendiza-
gem significativa. Isso envolve:
 • valorizar as competências das crianças, des-
de bebês;
 • criar condições para explorações ativas com 
materiais e brinquedos;
 • compreender que elas descobrem e esta-
belecem relações, transformam e combinam 
materiais, utilizam ferramentas, equipamentos 
e seu corpo; 
 • incentivar e valorizar as competências das 
crianças no uso das diferentes linguagens;
 • apoiar as crianças em suas ações, construin-
do vínculos e se fazendo presente sensível e 
atentamente. 
Hoje sabemos o quanto as crianças precisam de 
vivências que colaborem para a construção de suas 
experiências. Afinal, a experiência de cada uma ga-
rantirá aprendizagens significativas e o desenvolvi-
mento individual e coletivo.
Nesse sentido, pensar sobre como as crianças 
aprendem – por experiência – significa pensar sobre 
como o professor ensina, e a BNCC da Educação In-
fantil foi organizada a partir dessa perspectiva sobre 
o aprender. Por isso, como mencionado anteriormen-
te, o documento substitui a ideia de um processo 
de ensino-aprendizagem pautado em conteúdos e 
conhecimentos por um novo paradigma, centrado 
na criança e na sua experiência.
Segundo o filósofo espanhol Jorge Larrosa Bondía 
(2002),
Informação não é experiência [...]; o sa-
ber de experiência não é o saber coisas 
[...]. A experiência é cada vez mais rara 
por excesso de opinião [...]. A experiência 
é cada vez mais rara por falta de tempo 
[...]. A experiência é cada vez mais rara por 
excesso de trabalho [...].
A partir da ideia de aprendizagem por experiên-
cia, a proposta da BNCC para a Educação Infantil 
também sugere que o compromisso dos educadores 
seja observar e interagir com as crianças e seus mo-
dos de expressar e construir conhecimentos. Desta 
forma, cabe aos educadores selecionar, organizar, 
refletir, mediar e avaliar o conjunto de práticas e ex-
periências proporcionadas às crianças em seu dia a 
dia, procurando entender como (e não mais “o quê”) 
cada uma aprende.
A forma de organizar espaços e materiais para as 
vivências das crianças revela o jeito de ensinar e 
como as crianças estão sendo convidadas a apren-
der sobre o mundo e sobre si mesmas. Para estruturar 
um ambiente de aprendizagem ativa, que apoie as 
crianças em suas necessidades de ação e experi-
mentação, devemos considerar:
 • o acesso das crianças ao que está disponível 
e organizado de forma consistente na sala e 
fora dela;
 • uma quantidade adequada de materiais (nem 
muito, nem pouco) que crie condições para as 
crianças brincarem e explorarem sozinhas, em 
grandes ou pequenos grupos, com a participa-
ção ou não dos adultos;
 • a utilização de espaços variados (não só a 
sala), organizados para propiciar opções de 
escolha para as crianças, de forma que sejam 
convidadas a colaborarem com a arrumação a 
partir do conhecimento que possuem e com a 
proposição de novas organizações;
 • a disposição de pertences pessoais e o aces-
so a espaços de cuidado que promovam a 
autonomia.
A relação entre aprender e ensinar é muito impor-
tante. Por isso, a BNCC coloca a criança no centro do 
processo educativo e propõe que tenha protagonis-
mo. Assim, a garantia de aprendizagem e desenvol-
vimento das crianças é tanto delas quanto do profes-
sor, sempre focando na construção de experiências. 
Os conjuntos de atividades que você encontrará nes-
te caderno partem desse importante pressuposto e 
consideram outros elementos trazidos por essa nova 
referência teórica, como veremos a seguir.
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O Documento de Referência Curricular para Mato 
Grosso para Educação Infantil
Além do que já foi explicitado sobre as concepções 
propostas pelo Documento de Referência Curricular 
para Mato Grosso em consonância com a BNCC para 
a Educação Infantil, é fundamental tanto para a utili-
zação dos conjuntos de atividades quanto para todas 
as demais ações realizadas na escola que todos os 
envolvidos conheçam a proposta, estudem e reflitam 
sobre ela. Há muito o que aprender, transformar e, 
com isso, colaborar para a qualidade da educação 
de bebês e crianças que frequentam as escolas de 
Educação Infantil.
Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento
O entendimento sobre a criança, seu protagonismo 
e a ação do professor passa, necessariamente, por 
uma educação pautada na garantia de direitos bási-
cos e fundamentais para a aprendizagem e o desen-
volvimento de crianças. A BNCC (BRASIL, 2018, p. 38) 
estabelece seis Direitos de Aprendizagem e Desenvol-
vimento para a etapa da Educação Infantil. São eles:
 • Conviver com outras crianças e adultos, em 
pequenos e grandes grupos, utilizando dife-
rentes linguagens, ampliando o conhecimento 
de si e do outro, o respeito em relação à cultu-
ra e às diferenças entre as pessoas.
 • Brincar cotidianamente de diversas formas, 
em diferentes espaços e tempos, com diferen-
tes parceiros (crianças e adultos), ampliando e 
diversificando seu acesso a produções cultu-
rais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua 
criatividade, suas experiências emocionais, 
corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, 
sociais e relacionais.
 • Participar ativamente, com adultos e outras 
crianças, tanto do planejamento da gestão da 
escola e das atividades propostas pelo edu-
cador quanto da realização das atividades da 
vida cotidiana, tais como a escolha das brinca-
deiras, dos materiais e dos ambientes, desen-
volvendo diferentes linguagens e elaborando 
conhecimentos, decidindo e se posicionando.
 • Explorar movimentos, gestos, sons, formas, 
texturas, cores, palavras, emoções, transfor-
mações, relacionamentos, histórias, objetos, 
elementos da natureza, na escola e fora dela, 
ampliando seus saberes sobre a cultura, em 
suas diversasmodalidades: as artes, a escrita, 
a ciência e a tecnologia.
 • Expressar, como sujeito dialógico, criativo 
e sensível, suas necessidades, emoções, 
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, 
opiniões, questionamentos, por meio de dife-
rentes linguagens.
 • Conhecer-se e construir sua identidade 
pessoal, social e cultural, constituindo uma 
imagem positiva de si e de seus grupos de 
pertencimento, nas diversas experiências de 
cuidados, interações, brincadeiras e lingua-
gens vivenciadas na instituição escolar e em 
seu contexto familiar e comunitário.
Mas o que isso quer dizer? Como garantir esses 
direitos no dia a dia? Embora eles não estejam ex-
plícitos nos conjuntos de atividades, cada uma das 
propostas que você vai encontrar neste caderno tam-
bém levou em conta a garantia desses direitos. Isso 
não quer dizer que cada atividade realizada com as 
crianças precisa-se pautar em todos os direitos; mas, 
sim, garantir que eles sejam respeitados e exercidos 
ao longo do dia e ao longo da semana de trabalho 
com as crianças.
Vale ressaltar ainda que todos os direitos estão 
escritos em forma de verbo, ou seja, representam 
ações. Eles guardam, portanto, íntima relação com a 
forma com que as crianças aprendem e se desenvol-
vem, uma vez que é necessário propiciar as ações, 
vivências e experiências dos pequenos.
 � As Interações e a Brincadeira
Outro aspecto importante reafirmado pela BNCC 
é que os eixos estruturantes dos currículos devem 
ser as interações e brincadeiras. Isso já estava posto 
nas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação 
Infantil, revisadas em 2009, que, em seu artigo 9º, 
estabelece que “as práticas pedagógicas que com-
põem a proposta curricular da Educação Infantil de-
vem ter como eixos norteadores as interações e a 
brincadeira’’ (BRASIL, 2009, p. 27).
A ideia nos remete tanto às concepções de criança 
e de aprendizagem quanto aos Direitos de Aprendi-
zagem e Desenvolvimento – ou seja, ressalta que a 
criança aprende sobre si mesma e sobre o mundo 
brincando e interagindo com pessoas, objetos, ele-
mentos da natureza, conhecimentos, problemas, hi-
póteses etc. Toda criança aprende brincando e, quan-
do lhe asseguramos esse direito, estamos dando-lhe 
a liberdade para criar, construir, pensar e repensar 
suas ações. É por meio de brincadeiras e interações 
com outras crianças, adultos, além de contato com 
experiências diversificadas e instrumentos culturais 
(livros, brinquedos, objetos etc.), que a criança apren-
de, socializa e representa sua cultura, internalizando 
significados e adquirindo valores.
Nesse sentido, os conjuntos de atividades propõem 
ao professor formas de criar condições de brincadei-
ras e interações para que as crianças aprendam e 
se desenvolvam. Cabe aos adultos garantir espaços 
para que essas ações aconteçam cotidianamente, 
sejam valorizadas e respeitadas. É preciso também 
aproveitar a riqueza das ações que partem das crian-
ças para que se transformem em boas experiências e 
em formas de superar desafios e resolver problemas 
– ou seja, de aprender.
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 � Campos de Experiências e 
Objetivos de Aprendizagem e 
Desenvolvimento
Considerando a concepção de aprendizagem por 
experiência, o protagonismo das crianças, os eixos 
estruturantes e os Direitos de Aprendizagem e De-
senvolvimento listados anteriormente, a Base Na-
cional Comum Curricular (BRASIL, 2018, pp. 40-3) da 
Educação Infantil propõe uma abordagem estrutura-
da em cinco Campos de Experiências, a partir dos 
quais são propostos Objetivos de Aprendizagem e 
Desenvolvimento. São eles:
 • O eu, o outro e o nós.
 • Corpo, gestos e movimentos.
 • Traços, sons, cores e formas.
 • Escuta, fala, pensamento e imaginação.
 • Espaços, tempos, quantidades, relações e 
transformações.
Na Educação Infantil, o trabalho com as crianças 
deve compreender tanto o desenvolvimento de com-
portamentos, habilidades e conhecimentos quanto a 
promoção de vivências que possibilitem o alcance dos 
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento nos 
diversos campos de experiências, sempre tomando as 
interações e as brincadeiras como eixos estruturantes.
Ao reconhecer as especificidades das diferentes fai-
xas etárias que constituem a etapa da Educação Infan-
til, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento 
estão sequencialmente organizados nos três grupos, 
correspondendo, aproximadamente, às possibilidades 
de aprendizagem e às características do desenvolvi-
mento das crianças. Todavia, como já foi explicitado, 
esses grupos não podem ser considerados homogê-
neos, já que há diferenças de ritmo na aprendizagem e 
no desenvolvimento das crianças, e esse fato precisa 
ser considerado na prática pedagógica.
Como os campos de experiências não são disci-
plinas ou áreas de conhecimento e considerando a 
forma integral da criança ser, estar no mundo e apren-
der, é esperado que cada vivência proposta envolva 
mais de um campo. Sabemos que em uma situação 
de conversa, por exemplo, as crianças não só apren-
dem mais sobre o assunto em questão, como também 
sobre si mesmas e sobre o outro. Por fim, sabemos 
que muitos municípios e escolas reestruturaram suas 
diretrizes ou currículos para a Educação Infantil após 
a homologação da BNCC, de acordo com a orienta-
ção nacional. Se for este o caso de sua localidade, 
é fundamental buscar correspondência entre os ob-
jetivos e campos propostos em cada atividade com 
aqueles reorganizados pelo sistema de ensino.
 � Cuidar e Educar
Inicialmente, a Educação Infantil tinha dois prin-
cipais objetivos: garantir espaço de cuidado para 
crianças de mães trabalhadoras (creche) e preparar 
a criança para o Ensino Fundamental (pré-escola). 
Ao longo do tempo, os objetivos se modificaram e 
esta etapa da Educação Básica ganhou espaço no 
cenário educacional – mas ainda absorvendo as pre-
missas do ensino tradicional, que tinha como foco o 
conhecimento. Para o ensino tradicional, a prioridade 
era o cumprimento de objetivos de aprendizagens 
previamente escolhidos pelo professor, pautados na 
garantia do estudo de conteúdos, sem possibilidade 
de adaptações, evoluções e interações. O professor 
detinha o papel principal, e a criança era uma mera 
coadjuvante no processo de ensino-aprendizagem, 
recebendo o conhecimento e sendo avaliada em re-
lação ao seu alcance.
Na Educação Infantil, as ações de cuidado se so-
brepunham, e não era comum o hábito de planejar 
atividades que instigassem e produzissem experiên-
cias, interações e aprendizagens. Com o tempo, o 
educar passou a estar presente, e o cuidar e o educar 
se tornaram elementos indissociáveis na Educação 
Infantil. Hoje, com a BNCC, entende-se que o foco do 
planejamento deve ser a experiência. É por meio dela 
que a criança vai se desenvolver, fazer descobertas, 
se relacionar, se comunicar, fortalecer sua identidade 
e sua autonomia. A criança hoje é vista como protago-
nista, tendo sua opinião considerada e espaço para 
se expressar, fazer escolhas etc. O professor também 
é protagonista, uma vez que sua atuação é funda-
mental para criar condições para que as crianças 
possam exercer seus direitos e traçar seus percursos 
individuais de aprendizagem. A partir das vivências, 
descobertas e curiosidades que a criança demons-
tra, o professor planeja suas ações, observa, avalia, 
registra, reformula e compartilha suas impressões.
Hoje, a criança deve encontrar espaço para se 
desenvolver e aprender em sua singularidade, para 
além do cuidado que sempre permanece e, portanto, 
faz parte das ações cotidianas. Há um novo olhar 
para as experiências que podem ser vivenciadas 
nesses momentos, as aprendizagens que podem ser 
construídas, as interações que são tão importantes, 
seja na troca na relação adulto x criança, criança x 
criança ou criança x entorno.
De acordo com a BNCC (BRASIL, 2018, p. 36):
Nas últimas décadas, vem se consoli-
dando, na Educação Infantil, a concepção 
que vincula educare cuidar, entendendo 
o cuidado como algo indissociável do 
processo educativo. Nesse contexto, as 
creches e pré-escolas, ao acolher as vi-
vências e os conhecimentos construídos 
pelas crianças no ambiente da família e 
no contexto de sua comunidade, e articu-
lá-los em suas propostas pedagógicas, 
têm o objetivo de ampliar o universo de 
experiências, conhecimentos e habilida-
des dessas crianças, diversificando e con-
solidando novas aprendizagens, atuando 
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de maneira complementar à educação 
familiar – especialmente quando se trata 
da educação dos bebês e das crianças 
bem pequenas, que envolve aprendiza-
gens muito próximas aos dois contextos 
(familiar e escolar), como a socialização, 
a autonomia e a comunicação.
Nessa direção, e para potencializar as 
aprendizagens e o desenvolvimento das 
crianças, a prática do diálogo e o compar-
tilhamento de responsabilidades entre a 
instituição de Educação Infantil e a família 
são essenciais. Além disso, a instituição 
precisa conhecer e trabalhar com as cul-
turas plurais, dialogando com a riqueza/
diversidade cultural das famílias e da co-
munidade.
Deve-se sempre considerar que tudo que fazemos 
com bebês e crianças nas escolas de Educação In-
fantil envolvem ações de cuidar e de educar. Essa 
indissociabilidade também foi considerada na elabo-
ração de cada conjunto de atividades deste material 
educacional.
 � Utilizando o Material Educacional 
Mais Infância MT
Agrupamentos, Tempos, Espaços e Materiais
No novo papel desempenhado pelos professores, 
como coprotagonistas das crianças no processo de 
ensino-aprendizagem e no desenvolvimento das 
ações planejadas, ganham uma importância ainda 
maior, em especial no sentido de considerar as pró-
prias crianças, suas necessidades e a organização do 
espaço. É preciso também que estejam preparados 
para orientar e promover aprendizagens não plane-
jadas, mas que muitas vezes ocorrem em decorrência 
daquilo que foi planejado pelo adulto.
O professor conhece sua turma, cada criança, suas 
famílias, a escola e a proposta pedagógica da insti-
tuição. Por isso, por mais que sejam propostos con-
juntos de atividades, eles não precisam ser seguidos 
como uma “receita”. Cabe a cada educador, portan-
to, pensar a melhor forma de utilizar as propostas, 
realizando adaptações naquilo que está proposto – 
substituições, acréscimos ou modificações –, desde 
que sejam respeitadas as concepções e as intenções 
que embasam toda prática pedagógica com bebês 
e crianças pequenas.
Considerando tudo que já foi apresentado sobre 
a criança, o processo de aprendizagem e a própria 
BNCC, alguns elementos são fundamentais durante 
o planejamento e replanejamento da ação do pro-
fessor: os agrupamentos, os espaços, os materiais 
e os tempos.
Os agrupamentos
Considerando que as interações compõem um eixo 
estruturante da Educação Infantil, o planejamento de 
atividades com agrupamentos variados é essencial 
para que elas aconteçam. Definir os agrupamentos 
faz parte do trabalho do professor. É ele quem vai 
perceber se a atividade precisa de uma atenção in-
dividualizada ou se é possível a interação em peque-
nos ou grandes grupos, e quais propostas podem ser 
realizadas com toda a turma ao mesmo tempo, com 
as crianças de outras faixas etárias e até mesmo com 
adultos. Considerando o protagonismo infantil, as di-
ferentes propostas de agrupamentos lhes possibilitam 
escolher seus parceiros para as diversas explorações 
que realizam, trocando experiências e aprendizagens 
uns com os outros. Também é possível que o professor 
altere esses agrupamentos à medida que a atividade 
aconteça, pensando na versatilidade do planejamento 
e das ações tomadas, nos imprevistos e na própria ava-
liação da proposta, sempre a partir do que as crianças 
evidenciam sobre como estão aprendendo.
A importância dos espaços e de sua variedade
A variedade de espaços é o que garante a diversi-
dade de contextos e brincadeiras dentro da escola. A 
exploração de cada elemento do lugar onde a criança 
se encontra promove pertencimento e possibilita inte-
rações, explorações e descobertas. O professor deve 
planejar para que os espaços sejam aconchegantes e 
acolhedores, instiguem, desafiem, despertem a imagi-
nação e a criatividade e favoreçam as interações e a 
exploração. As crianças podem participar da organi-
zação do espaço, trazendo suas ideias, suas impres-
sões, sua cultura, e interagindo e criando com ele.
A escolha e o uso dos materiais
Indispensáveis para o desenvolvimento de ativida-
des interessantes, os materiais devem ser planejados 
e escolhidos pensando em sua versatilidade, uso, 
potenciais transformações e no cuidado com seus 
elementos em relação à faixa etária das crianças. 
As crianças podem participar da escolha dos mate-
riais, expondo suas ideias, usando sua imaginação 
e criatividade, exercendo sua autonomia para tomar 
decisões e recorrendo a seu conhecimento sobre as 
possibilidades de uso dentre as opções ao seu al-
cance. As crianças devem ter contato e conhecimen-
to sobre os materiais disponíveis, para que possam 
participar dos momentos de escolha e organização 
junto com o professor.
O planejamento do tempo
O tempo para realização das atividades deve levar 
em consideração a individualidade de cada criança. 
Apesar de o professor elencar um tempo previamente 
estipulado, pensando na organização da rotina, é na 
hora da prática que ele vai perceber quais crianças 
estão confortáveis com o tempo planejado e quais 
precisarão de mais ou menos tempo. Por essa razão, 
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é interessante que o professor pense em propostas 
simultâneas para as crianças que terminarem rapi-
damente não ficarem ociosas enquanto as outras 
ainda estão envolvidas com a proposta central. Outro 
caminho é continuar a atividade em outro momento 
com as crianças que precisam de mais tempo, caso 
este esteja impossibilitado no momento por conta da 
rotina institucional, por exemplo, que muitas vezes 
tem horário definido para determinadas atividades.
Em cada um dos conjuntos de atividades esses 
aspectos foram pensados e propostos, considerando 
os elementos tratados até aqui. Seguir ao máximo 
essas propostas pode garantir o sucesso da atividade 
e oportunizar maior qualidade para as aprendizagens 
e o desenvolvimento das crianças.
Atividades Permanentes e Sequências Didáticas
Os conjuntos de atividades estão organizados em 
cinco propostas, agrupadas em torno de um tema 
e reunidas em forma de um Conjunto ou uma Se-
quência Didática. O que determina se um conjunto 
de cinco atividades é um Conjunto ou uma Sequência 
são definições conceituais em torno das modalidades 
organizativas, utilizadas como forma de estruturação 
para se colocar um currículo em prática.
Os Conjuntos organizam um grupo de atividades 
chamadas de permanentes, porque guardam certa 
regularidade temporal em sua realização: todos os 
dias, uma vez por semana, quinzenalmente. Como 
não estão necessariamente ligadas a Projetos ou 
Sequências, apresentam certa autonomia em sua 
realização, podendo ter um fim em si mesmas sem 
uma necessária continuidade do tema ou da ação 
com o grupo de crianças. São práticas que ajudam a 
garantir os valores do próprio currículo, a apreensão 
de hábitos e a repetição de situações necessárias 
ao processo de aprendizagem. Alguns exemplos 
de atividades permanentes são as leituras diárias, 
os momentos de alimentação, os cantos de brin-
cadeiras etc. A mesma atividade permanente de 
um Conjunto pode e deve repetir-se ao longo do 
semestre ou do ano.
Já as atividades organizadas em forma de Sequên-
cia Didática se caracterizam por serem propostas em 
ordem crescente de dificuldade. Cada passo dado 
permite que o próximo seja realizado; ou seja, di-
zem respeito a uma aprendizagem específica que se 
quer alcançar, trilhando um certo caminho para isso.Muitas vezes precisamos realizar a mesma atividade 
mais de uma vez antes de passar para a próxima, e 
isso vai depender das próprias crianças e do olhar 
atento e sensível do professor. Algumas atividades 
podem passar a ser permanentes após a finalização 
do desenvolvimento da Sequência. Um exemplo dis-
so é a construção de álbum do grupo, que prevê uma 
série de atividades sequenciadas para sua concreti-
zação. Ao final, o álbum passa a ser um material da-
quele coletivo que pode ser explorado várias vezes 
em situações livres e/ou mais encaminhadas pelo 
professor – uma conversa, por exemplo. O tempo de 
duração do desenvolvimento da Sequência depende 
das crianças e da organização da rotina por parte 
de todos. Algumas podem demandar mais tempo 
(dias, semanas e até meses) do que outras e podem 
ter ou não um produto final.
Os Conjuntos (atividades permanentes) e as Se-
quências Didáticas de cada corte etário foram organi-
zadas em uma ordem que considerou alguns critérios 
importantes: iniciar o ano sempre com a adaptação e 
o acolhimento às crianças (incluindo outros conjuntos 
ou sequências que colaboram com esse processo); 
equilíbrio entre as temáticas de propostas; grau de 
desafio em relação à faixa etária e ao trabalho do 
professor; e ordenação das atividades (isto é, o que 
as crianças precisam ter contato antes de realizar a 
proposta). A ideia foi colaborar para o plano peda-
gógico anual dos professores.
No entanto, essa ordenação não deve ser rígida; 
muito pelo contrário. Como já explicitado aqui, o pro-
tagonismo do professor é fundamental para que ele 
seja também autor do próprio planejamento. Por isso, 
é preciso refletir sobre as propostas e tomar decisões 
considerando as crianças e os critérios explicitados. 
A ordenação das atividades deve tomar mais aten-
ção por parte do professor quando fazem parte de 
uma Sequência, pois deve-se considerar a graduação 
dos desafios de aprendizagem e o desenvolvimento 
em relação ao conhecimento/prática social com a 
qual se está trabalhando.
Ao adaptar ou reorganizar a realização das ativida-
des, há que se considerar a importância do equilíbrio 
em relação aos campos de experiências. Por isso, é 
fundamental olhar para o plano pedagógico anual 
e entender quais são os melhores momentos para 
a realização das propostas em relação ao grupo 
de crianças.
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http://movimentopelabase.org.br/acontece/os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil/
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NOVA ESCOLA. "Chega de 'aulinhas' para os 
pequenos". Disponível em: <https://novaescola.
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aprendizagem-propostos-pela-bncc>. Acesso em: 
ago. 2023.
NOVA ESCOLA. "O quebra-cabeça das moda-
lidades organizativas". Disponível em: <https://
novaescola.org.br/conteudo/1869/o-quebra-cabeca-
das-modalidades-organizativas>. Acesso em: ago. 
2023.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. O Trabalho do Professor 
na Educação Infantil. São Paulo: Editora Biruta, 2014. 
 � Para incluir todos 
A inclusão na Educação Infantil é um tema de ex-
trema importância e que requer a atenção de todos 
os profissionais envolvidos nesse processo. É essen-
cial que as escolas e os professores desenvolvam 
estratégias adequadas para que nenhuma criança 
fique de fora das atividades.
A inclusão tem como objetivo principal garantir que 
todas as crianças tenham acesso às mesmas opor-
tunidades de aprendizado e desenvolvimento. É um 
processo que visa quebrar barreiras físicas, sociais 
e culturais, promovendo a igualdade de direitos e a 
valorização da diversidade.
Promover a inclusão na Educação Infantil requer um 
esforço contínuo e um compromisso de toda a comuni-
dade escolar. É um processo que exige sensibilidade, 
flexibilidade e criatividade por parte dos profissionais 
envolvidos. Mas os benefícios são imensos e as crian-
ças têm a oportunidade de aprender desde cedo so-
bre a importância da diversidade e da inclusão.
O primeiro passo para a inclusão é o reconheci-
mento de que todas as crianças têm potencialidades 
e habilidades únicas, independentemente de etnia, 
religião, gênero ou quaisquer outras condições físicas, 
mentais ou sensoriais. É importante que vocês estejam 
preparados para lidar com essas diferentes caracte-
rísticas, buscando estratégias e recursos pedagógicos 
que atendam às necessidades de cada um.
Se necessário, adapte o currículo, as atividades 
escolares ou mesmo os contextos, de forma a tor-
ná-los mais acessíveis para todas as crianças. Isso 
pode incluir a utilização de recursos visuais, materiais 
adaptados, estratégias de comunicação alternativa 
e o estabelecimento de metas individualizadas de 
aprendizado.
Além disso, é fundamental que se promova um am-
biente inclusivo e acolhedor, onde todas as crianças se 
sintam seguras e respeitadas. Isso envolve desenvol-
ver a capacidade de empatia e o respeito à diversidade 
desde cedo, por meio de atividades que estimulem o 
diálogo, a colaboração e a valorização das diferenças.
Sim, é essencial que as crianças sejam estimuladas 
a conviverem com as diferenças em cada atividade 
realizada. Essa convivência ajuda a promover a em-
patia, o respeito e a solidariedade, valores essen-
ciais para a formação de indivíduos desde a mais 
tenra infância.
Não se esqueça de que seu papel no processo 
de desenvolvimento infantil vai além de preparar e 
aplicar uma atividade. Você é um agente da inclusão, 
com a missão de:
 • Promover a participação de todos: garanta 
que todas as crianças sejam incluídas em to-
das as atividades, não sendo excluídas devido 
às suas diferenças.
 • Realizar atividades cooperativas: incentive as 
crianças a trabalharem em grupos, nos quais 
cada um possacontribuir com suas habilida-
des e experiências únicas.
 • Estimular o diálogo e a empatia: crie momen-
tos de diálogo e reflexão, em que as crianças 
possam compartilhar suas experiências e 
sentimentos em relação às diferenças.
Também é importante ter um diálogo constante 
com os responsáveis para entender melhor as ne-
cessidades das crianças e garantir que elas estejam 
recebendo o suporte adequado tanto na escola como 
em casa. Além disso, utilize estratégias diferentes 
para engajar todas as crianças, como uso de recursos 
visuais, auditivos e táteis, adaptação de materiais e 
atividades para as necessidades individuais, realiza-
ção de atividades em grupo que estimulem a cola-
boração e a interação entre os alunos, entre outras.
Para isso, é fundamental que você esteja atento 
às necessidades individuais de cada um. Conheça 
seus interesses, habilidades, limitações e formas 
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http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=62879&opt=1
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=62879&opt=1
https://www.researchgate.net/publication/31965363_A_didatica_dos_campos_de_experiencia
https://www.researchgate.net/publication/31965363_A_didatica_dos_campos_de_experiencia
https://www.researchgate.net/publication/31965363_A_didatica_dos_campos_de_experiencia
https://sites.google.com/view/bnccmt/educa%C3%A7%C3%A3o-infantil-e-ensino-fundamental/documento-de-refer%C3%AAncia-curricular-para-mato-grosso
https://sites.google.com/view/bnccmt/educa%C3%A7%C3%A3o-infantil-e-ensino-fundamental/documento-de-refer%C3%AAncia-curricular-para-mato-grosso
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https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/58/o-que-sao-os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/58/o-que-sao-os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil
https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/58/o-que-sao-os-campos-de-experiencia-da-educacao-infantil
https://novaescola.org.br/conteudo/16074/edu cacao-infantil-como-planejar-e-promover-os-seis-direitos-de-aprendizagem-previstos-na-bncc
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https://novaescola.org.br/conteudo/1869/o-quebra-cabeca-das-modalidades-organizativas
https://novaescola.org.br/conteudo/1869/o-quebra-cabeca-das-modalidades-organizativas
https://novaescola.org.br/conteudo/1869/o-quebra-cabeca-das-modalidades-organizativas
preferenciais de aprendizado. Seja um exemplo de 
inclusão e valorização da diversidade. Transmita 
às crianças a importância de respeitar as diferen-
ças e de construir uma sociedade mais igualitária 
e acolhedora.
 � Adaptação e acolhimento 
Para iniciar esse diálogo, é importante ter o enten-
dimento de que, quando a criança chega à escola, 
ela tem o direito de encontrar um lugar acolhedor. 
Nós, professoras e professores, somos os maiores 
protagonistas para garantir esse direito, organizando 
espaços e tempos que possibilitem aos pequenos 
vivenciar experiências que os acolham de forma afe-
tiva e prazerosa.
Com isso, para impregnar de sentidos essas ex-
periências é preciso compreender a concepção de 
criança na Educação Infantil como
[...] sujeito histórico e de direitos, que nas 
interações, relações e práticas cotidianas 
que vivencia, constrói sua identidade pes-
soal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, 
deseja, aprende, observa, experimenta, 
narra, questiona e constrói sentidos so-
bre a natureza e a sociedade, produzindo 
cultura” (BRASIL, 2013, p.97).
Ao acolher as crianças, compreendemos que pre-
cisamos cada vez mais construir uma escola com e 
para elas. Uma escola que respeite os direitos das 
crianças, suas famílias e profissionais que as aten-
dem. Esse é um desafio diário, que precisa ser previs-
to, planejado, organizado e, acima de tudo, partir de 
uma concepção individual do aprender para, juntos, 
construirmos narrativas coletivas.
Construir essa escola com espaços seguros, aco-
lhedores, afetivos, dando protagonismos para a 
criança parte do princípio de que acolher e adaptar 
compõem o planejamento do professor e da profes-
sora com flexibilidade e comprometimento em to-
das as etapas. Essa construção é feita no cotidiano, 
constituída progressivamente por meio das relações, 
interações e descobertas que compõem o currículo 
da Educação Infantil: “O currículo da Educação In-
fantil é concebido como um conjunto de práticas que 
buscam articular as experiências e os saberes das 
crianças com os conhecimentos que fazem parte do 
patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico" 
(Parecer CNE/CEB nº 20/2009, p. 6).
Nessa direção, não queremos cristalizar o que você 
precisa fazer em seu planejamento, e sim, compar-
tilhar estratégias possíveis e flexíveis que visam a 
potencializar o desenvolvimento das crianças e suas 
individualidades, considerando as especificidades de 
nosso estado tão diverso.
Você, professora e professor, é protagonista para 
que as experiências educacionais de nossas crianças 
se tornem representação dessa identidade infantil, 
que dialogue com os saberes individuais e coletivos 
em parceria com as famílias, em metodologias pau-
tadas nas experiências infantis.
No entanto, há diretrizes que são universais no con-
texto da Educação Infantil e fazem parte da jornada 
diária das crianças em suas faixas etárias, como:
 • Acolher com afetividade e gentileza desde o 
portão da escola;
 • Respeitar as especificidades das crianças e 
sua identidade no ambiente escolar; 
 • Incluir os saberes das crianças nas proposi-
ções das experiências;
 • Garantir o tempo pedagógico para o desenvol-
vimento e aprendizagens;
 • Observar, registrar e acompanhar o de-
senvolvimento das crianças a partir do seu 
planejamento;
 • Construir documentação pedagógica para 
garantir uma avaliação individualizada do 
desenvolvimento de cada criança. 
O Material Educacional Mais Infância MT prioriza a 
criança como protagonista que compartilha saberes 
e produz conhecimento, contemplando os Direitos de 
Aprendizagem e os Campos de Experiências para a 
Educação Infantil.
 � Engajando famílias 
Um dos grandes desafios da escola contemporâ-
nea é construir caminhos que visam a estabelecer 
vínculos entre a escola e a família. Particularmente 
no fim do século XX, a instituição escolar inaugura e 
se consolida como espaço de participação das famí-
lias, de modo a oportunizar relações mais afetivas, 
com engajamento e inclusão de todos aqueles que 
fazem parte dessas duas grandes instituições sociais, 
escola e família.
Na Educação Infantil, observa-se uma participa-
ção mais efetiva dos adultos, tendo em vista que 
as crianças adentram o espaço escolar pela mão 
dos responsáveis. Nesse sentido, esses agentes res-
ponsáveis diretamente pela educação das crianças 
são envolvidos pelas ações promovidas pela esco-
la, considerando que há um vínculo afetivo sendo 
construído cotidianamente por meio da ação das 
crianças e adultos da instituição. Dia a dia, as fa-
mílias são convidadas a fazer parte da instituição 
escolar, seja pela apreciação da decoração ou de 
um painel de atividades realizadas pelas crianças, 
seja em datas comemorativas, na prosa que ocorre 
entre responsáveis, funcionários e crianças no por-
tão, nas reuniões e na participação que as atividades 
propostas acabam chegando às famílias como um 
convite irrecusável.
Logo, a aproximaçãoentre família e escola contribui 
sobremaneira para o desenvolvimento das crianças e 
consequentemente para sua educação e da família, 
considerando que a escola é uma extensão do lar 
infantil. Essa aproximação entre família e escola é 
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sempre um desafio, e abrir as portas da instituição 
aos responsáveis é o primeiro deles, de modo que 
estes sejam acolhidos, que tenham um sentimento de 
pertencimento, se sintam confortáveis para adentrar 
os portões e dialogar com professores e funcionários.
É sobre essa constância e necessidade mútua de 
participação das famílias na escola que o currículo 
é pensado, considerando os tempos, espaços e a 
idade das crianças, vieses que mobilizam esforços 
da família e da escola para o envolvimento de todos, 
a fim de que as propostas pedagógicas saiam do 
papel e passem a se materializar na vida cotidiana 
das crianças e famílias. Este é um dos compromissos 
sociais da escola, adentrar a casa das crianças e 
transformar contextos de vida, bem como promover 
diálogos potentes entre as famílias, a fim de que 
estas percebam-se no protagonismo vivido pelas 
crianças.
É com esse propósito de desenvolver um sentimen-
to de pertencimento, promover o engajamento das 
famílias e a integração entre escola, família e crian-
ças que esboçamos a seguir sugestões para que a 
família se sinta acolhida e principalmente envolvida 
com e na instituição escolar. 
A comunicação efetiva com as famílias é essen-
cial para estabelecer laços e abrir espaço para crí-
ticas, elogios e sugestões. É importante ter sempre 
uma comunicação constante e efetiva para que assim 
queiram estar mais presentes na escola. É por meio 
do diálogo que você, professora e professor, conse-
gue diversas parcerias e colaboração em atividades 
diárias como:
 • Ir até a escola para contar uma história;
 • Ler uma poesia;
 • Cantar uma música;
 • Tocar um instrumento musical;
 • Auxiliar na construção de um brinquedo ou 
espaço educativo;
 • Fazer uma receita;
 • Acompanhar em um passeio ou visita a outro 
espaço;
 • Participar de uma aula expositiva;
 • Auxiliar na execução de um projeto;
 • Visitar para apreciar apresentações e ou expo-
sições de trabalhos;
 • Encaminhar a letra de uma música, história, 
parlenda, poesia, brincadeira ou demais gêne-
ros textuais trabalhados em sala;
 • Ir até a escola para contar uma história, par-
lenda, poesia, brincadeira ou outros gêneros 
textuais;
 • Participar de momentos de descontração 
como um piquenique, roda do fogo, comemo-
rações especiais, jogos simbólicos e outras 
ações que favorecem a parceria;
 • Participar de eventos diversos, festas internas, 
palestras, workshops, mostras e exposições 
de trabalhos;
 • Colaborar com doações de materiais estrutu-
rados e não estruturados;
 • Comparecer a reuniões periódicas a fim de 
trocar ideias e sugerir novas possibilidades;
 • Participar de momentos de escutas individua-
lizadas ou de chá da tarde ou café da manhã 
para atender pequenos e grandes grupos;
 • Reconhecer-se no painel da família – aquele 
que deve ser organizado na entrada da escola 
ficando à disposição para que os pais expres-
sem sua opinião sobre um assunto de pauta 
coletiva que deve ser abordado pela escola;
 • Engajar-se no planejamento semanal. Os 
responsáveis devem ser lembrados das pro-
postas que a escola está desenvolvendo, por 
meio de exposição do planejamento na porta 
da sala, pulseiras informativas, que devem ser 
colocadas no braço das crianças com informa-
ções sobre as aprendizagens do dia, além é 
claro do corriqueiro bilhete informativo;
 • Interessar-se pela carta pedagógica, um bom 
recurso para trazer as famílias para fazerem 
parte da escola, ainda que tenha sido esqueci-
do pela sociedade tecnológica;
 • Engajar os responsáveis pelas redes sociais 
da escola, por meio de postagens com fotos e 
vídeos, com isso as famílias podem acompa-
nhar e estar mais próximo da escola, apre-
ciando e valorizando ainda mais o trabalho 
docente e o desenvolvimento de cada criança.
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CONHEÇA SEU LIVRO 
Professora, professor, este caderno é para você! Ele apoia e estrutura seu planejamento em 
diversos momentos, da adaptação às brincadeiras diárias, garantindo às crianças vivências e ex-
periências significativas. 
Objetivos de Aprendizagem 
e Desenvolvimento 
e Campos de Experiências
Os conjuntos apresentam atividades que contemplam os 
diferentes Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento e 
os Campos de Experiências do DRC-MT. Para auxiliá-lo em 
seu planejamento, ao início de cada conjunto você encontrará 
essas informações listadas.
SEQUÊNCIA 6
CORPO, MOVIMENTO E DANÇA
Música e dança são expressões que promovem o desenvolvimento da cor-
poreidade e a ampliação do repertório cultural das crianças, assim como 
da autoconfiança, do autoconhecimento, da capacidade criadora e da 
convivência respeitosa com as múltiplas formas de expressão. A dança é 
uma rica linguagem do corpo que deve integrar as práticas com as crian-
ças pequenas. Como ferramenta, aliada à música, a dança é um convite à 
experimentação, à sensibilidade e ao desenvolvimento do senso estético, 
devendo sempre respeitar a expressividade original do indivíduo.
Esta sequência didática propõe atividades que devem ser desenvolvidas 
com a turma na ordem apresentada. 
DRC-MT
 � Campos de experiência explorados nesta sequência
O eu, o outro e o 
nós.
Corpo, gestos e 
movimentos.
Traços, sons, cores 
e formas.
Escuta, fala, 
pensamento 
e imaginação.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados nesta sequência
EI03EO02
Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e 
limitações.
EI03EO03 Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
EI03EO05
Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros 
(crianças e adultos) com os quais convive.
EI03CG01
Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas 
situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
EI03CG02
Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de 
histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.
EI03CG03
Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, 
teatro e música.
EI03TS01
Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de 
conta, encenações, criações musicais, festas.
EI03TS03
Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as em suas 
produções sonoras e ao ouvir músicas e sons.
EI03EF01
Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita 
(escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
97
SD
Abertura do conjunto
Este material é composto por três volumes, um para cada grupo etário proposto pela Base Nacional 
Comum Curricular: bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas. Há dois tipos de conjuntos: 
Atividades Permanentes e Sequências Didáticas. A principal diferença entre elas é que as primeiras 
podem ser recorrentes, incluídas na rotina das crianças. Já as atividades das sequências didáticas 
guardam progressão entre si, ou seja, a segunda faz sentido após a primeira, e assim sucessivamente. 
Você saberá quando está diante de uma ou de outra pelo selo.
APCONJUNTO 1
As situações imaginárias são caminhos para a construção do pensamento abstrato e 
colocam os pequenos na condição de potencializar tudo o que sabem para representar 
diferentes papéis e resolver desafios inerentes a eles. Assim, as crianças desenvolvem a 
autonomia, ao mesmo tempo que vão tomando consciência e demonstrando suascom-
preensões sobre o mundo, sobre as relações sociais e sobre si mesmas. 
Este conjunto contém atividades que podem ser aplicadas isoladamente, ou seja, de 
forma que o professor desenvolva qualquer uma delas sem obrigatoriamente desenvol-
ver as outras. Porém, é recomendável que sejam aplicadas em conjunto, de modo que 
as crianças possam aprofundar as experiências e os objetivos de aprendizagem e de 
desenvolvimento propostos. O conjunto é caracterizado por atividades recorrentes, ou 
seja, que devem se repetir em outros períodos ao longo do ano.
DRC-MT
 � Campos de experiência explorados neste conjunto
O eu, o outro 
e o nós.
Corpo, gestos e 
movimentos.
Escuta, fala, 
pensamento 
e imaginação.
Traços, sons, 
cores 
e formas.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI03EO02 Agir de maneira independente, com confiança em suas capacidades, reconhecendo suas conquistas e 
limitações.
EI03EO04 Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
EI03CG01 Criar com o corpo formas diversificadas de expressão de sentimentos, sensações e emoções, tanto nas 
situações do cotidiano quanto em brincadeiras, dança, teatro, música.
EI03CG03 Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, 
teatro e música.
EI03TS01 Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de 
conta, encenações, criações musicais, festas.
EI03EF01 Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita 
(escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
EI03EF06 Produzir suas próprias histórias orais e escritas (escrita espontânea), em situações com função social 
significativa.
EI03ET02 Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em 
experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.
FAZ DE CONTA
AP
17
CONHECENDO O BAIRRO
SEQUÊNCIA 2
A construção da identidade das crianças passa pela apropriação progressiva do 
lugar delas no mundo. Isso se dá por meio das suas interações e descobertas re-
lativas a si mesmas, ao seu círculo familiar, ao seu lugar de pertencimento, além 
do conhecimento daquilo que não lhes é tão próximo. Dessa forma, no processo 
investigativo sobre o mundo social, a cultura local é um importante componente 
do currículo da Educação Infantil. Fomentar as descobertas, valorizando os saberes 
locais e problematizando questões sociais e naturais relativas ao bairro em que as 
crianças estão inseridas, colabora para a sensação de pertencimento e promove a 
inserção de pessoas da comunidade no processo de aprendizagem.
As atividades aqui apresentadas são uma sequência didática, ou seja, devem ser 
desenvolvidas com a turma na ordem apresentada. As atividades desta sequência 
propõem uma consequente ampliação de desafios por meio da inter-relação umas 
com as outras, no que tange às discussões e aos recursos utilizados para o aprofun-
damento dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
DRC-MT
 � Campos de experiência explorados nesta sequência 
 
O eu, o outro e o nós. Escuta, fala, pensamento 
e imaginação.
Espaços, tempos, 
quantidades, relações 
e transformações.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados nesta sequência
EI03EO01 Demonstrar empatia pelos outros, percebendo que as pessoas têm diferentes sentimentos, 
necessidades e maneiras de pensar e agir.
EI03EO03 Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de participação e cooperação.
EI03EO04 Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.
EI03EO06 Manifestar interesse e respeito por diferentes culturas e modos de vida.
EI03EF01 Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita 
(escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
EI03EF07 Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a 
estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.
EI03ET01 Estabelecer relações de comparação entre objetos, observando suas propriedades.
EI03ET02 Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em 
experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.
EI03ET03 Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus 
fenômenos, sua conservação.
EI03ET06 Relatar fatos importantes sobre seu nascimento e desenvolvimento, a história dos seus familiares e da 
sua comunidade.
33
SD
SD
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Seção “O que fazer antes”
As atividades se iniciam na seção O que fazer antes, que descreve: 
 • Tempo sugerido: tempo estimado para a execução da atividade. 
Lembre-se de que cada turma e cada criança são únicas, portanto, 
o tempo pode variar.
 • Contextos prévios: descrição das ações prévias necessárias à 
realização de cada atividade.
 • Materiais: lista com materiais necessários e sugeridos para a 
execução da atividade.
 • Espaço: sugestão da forma de organizar o espaço, o que ajuda 
você a entender o que deve considerar antes de propor a ativida-
de e a necessidade de organizar materiais e espaços da escola 
para seu desenvolvimento. Também auxilia na escolha do melhor 
horário do dia para sua realização, considerando sua rotina e a 
rotina institucional.
 • Perguntas para guiar suas observações: questionamentos 
importantes para você entender aquilo a que precisa se atentar 
durante o trabalho com os pequenos, de modo a verificar se os 
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento propostos estão 
sendo alcançados.
 ATIVIDADE 3 
PINTURA COM CARVÃO E CAFÉ
 Tempo sugerido: 1 hora e 20 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI03EO01, EI03TS02, EI03EF01
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Pesquise sobre os artistas escolhidos por você. Algumas sugestões são Dado Oliveira, 
Giulia Bernardelli e Ghidaq Al-Nizar. O primeiro utiliza técnicas de pintura misturando carvão 
e pólvora, e os demais pintam utilizando café. 
 � Materiais
 F Algumas imagens de obras de artistas que usam carvão e café como matéria-prima 
para suas criações;
 F Aproximadamente meio litro de café misturado com água em dois recipientes 
plásticos; 
 F Pedaços de carvão comum ou tiras de carvão vegetal próprio para desenho (reserve 
uma média de 30 pedaços); 
 F Pincéis nº 12, se possível; 
 F Dois pedaços (aproximadamente 70 x 100 cm cada) de papéis grossos e firmes 
(papel paraná, papel-cartão, papelão, entre outros) para cada estação (ou o papel 
que tiver disponível em sua escola);
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, o caderno de campo e uma caneta para 
registrar a atividade.
Sugestão de leitura
 • Arte Rupestre. Brasil escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/a-arte-
rupestre.htm. Acesso em: 22 jun. 2023.
 � Espaços
A atividade iniciará na sala, em roda, e depois, se possível, continuará em um espaço 
externo da escola. Para o espaço externo, escolha um local amplo, de fácil movimenta-
ção, em que as crianças possam se sentar à vontade no chão. Caso não seja possível, 
você pode utilizar a própria sala, refeitório ou quadra da escola, o importante é adaptar 
a prática à sua realidade. Disponha algumas mesas para organizar os materiais a serem 
utilizados para a pintura em formato de estações, para quatro pequenos grupos, de modo 
a garantir duas estações com pedaços de carvão e os suportes, bem como outras duas 
estações com um recipiente com café, pincéis e papéis.
88
Conjunto: Arte e natureza
Seção “O que fazer durante”
Nesta seção, você encontra a descrição completa da atividade 
a ser realizada.
 • Possíveis falas do(a) professor(a): exemplos de falas que o 
professor pode usar no momento da atividade.
 • Possíveis ações dos bebês: previsões de ações que as crianças 
podem realizar durante a atividade.
 • Para finalizar:indicações sobre como encerrar a proposta.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Que explorações as crianças fazem dos materiais e como conduzem as produções?
2. Como elas se expressam por meio dos desenhos e das experimentações com esses 
materiais orgânicos? Quais criações fizeram?
3. Quais desafios surgem por terem de trabalhar em grupo? Trocar de grupo e continuar a 
produção já iniciada pelo colega pode ser um desafio; como as crianças lidam com isso?
O QUE FAZER DURANTE
Faça uma roda na sala e mostre as imagens que você selecionou como inspi-
ração. Peça às crianças que observem e tentem descobrir quais elementos os 
artistas utilizaram naquelas pinturas. Ouça as hipóteses ou compartilhe com 
elas a informação de que algumas daquelas pinturas foram realizadas 
com carvão e outras com café. Conte a elas o nome dos autores das obras e fale 
um pouco sobre a inspiração deles e o que os levou a utilizar tais elementos. Con-
versem a respeito da possibilidade de se utilizar vários materiais encontrados na 
natureza para a realização de pinturas.
 — O que vocês acham que foi utilizado como tinta para fazer essas artes?
Possível fala 
do(a) professor(a)
Depois, coloque no centro o carvão e o café. Converse com as crianças sobre esses ele-
mentos, como são utilizados no cotidiano e sobre as experiências que já tiveram com eles 
anteriormente na atividade Experimentações com tintas e pigmentos naturais, deste con-
junto, se você a realizou. Passe o recipiente com café para uma das crianças e um peda-
ço de carvão para outra. Depois, peça que passem os elementos aos demais colegas da 
roda. Observe as diversas reações, expressões e comentários que surgirem. Registre os 
comentários e, se possível, fotografe o momento. Fique atento para que 
os elementos circulem entre todas as crianças.
Compartilhe com as crianças a ideia de fazer pinturas com esses dois elementos 
em uma área externa da escola. Ao chegar no ambiente preparado para a ativida-
de, faça alguns combinados com a turma para a realização da proposta. Combine 
que vão se organizar em quatro pequenos grupos e que cada grupo definirá o lo-
cal que vai iniciar a pintura.
Esclareça que o material disponível será utilizado coletivamente e que farão uma 
organização diferenciada. Explique às crianças que, inicialmente, dois grupos vão 
pintar com carvão e os outros dois utilizarão o café, revezando os pequenos grupos 
entre as estações. Definam um comando, por exemplo, “Pirlimpimpim chegou ao 
fim”. Combine que, quando ouvir o sinal, a turma deve parar a pintura na estação 
em que está para depois continuar a exploração com o outro elemento na outra 
estação. Reforce com os grupos que só iniciarão a atividade com o outro material 
quando estiverem no local indicado.
1
2
3
4
89
Atividade: Pintura com carvão e café
Seção “O que fazer depois”
Esta seção propõe caminhos para a finalização da atividade.O QUE FAZER DEPOIS
Se possível, repita a atividade disparando a brincadeira por meio do livro O lenço. As 
imagens contidas no livro são um grande recurso para potencializar as situações de faz 
de conta que podem ser utilizadas e adaptadas para as brincadeiras que as crianças vão 
criar com os tecidos. Em outras situações, repense com elas variações de espaços, grupos 
e quais objetos podem ser inseridos para brincar de forma que tragam novos desafios. 
Elas podem ainda convidar outras turmas da escola para que brinquem juntos. Observe as 
manifestações culturais de brincadeiras que por ventura surjam e proponha situações de 
parcerias e trocas entre os pares.
Se julgar oportuno, ao repetir a atividade com ou sem o livro, explore com as crianças 
possíveis categorizações dos tecidos, propondo que organizem os tecidos do mesmo tama-
nho juntos. Além do tamanho, é possível explorar a cor, a textura, a forma ou a estampa, por 
exemplo, na organização dos tecidos. Esse aprofundamento ao repetir a atividade oportuniza 
a construção de um saber geométrico e matemático com as crianças. 
Ao final, proporcione um momento de conversa sobre a atividade realizada, pergunte 
para as crianças o que mais gostaram e o que gostariam de repetir no próximo momento 
de criar e brincar com tecidos.
Sugestão de leitura
• O lenço. Autora: Patrícia Auerbach. Ilustrações: Patrícia Auerbach (Brinque-Book, 2014).
20
Conjunto: Faz de conta
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CONJUNTO 1
CUIDADOS PESSOAIS .................................................................. 17
Massagem para relaxar ...................................................... 18
Já sei trocar de roupa ......................................................... 21
Lavar as mãos é bom demais .............................................. 24
Hora do banho em bonecos ................................................ 27
Vestindo os bebês ............................................................... 30
CONJUNTO 2
SONO E DESCANSO ..................................................................... 33
Organização da soneca ....................................................... 34
Leitura na cabana ............................................................... 37
Soneca durante a rotina ..................................................... 40
Massagem Shantala para a soneca .................................... 43
Relaxamento e descanso .................................................... 46
CONJUNTO 3
ALIMENTAÇÃO ............................................................................ 49
Preparando uma cozinha .................................................... 50
Organizando a alimentação ................................................ 53
O preparo da alimentação .................................................. 56
Experimentando chás .......................................................... 59
Receitas em casa ................................................................ 62
CONJUNTO 4
LEITURA DE HISTÓRIAS ......................................................... 65
Leitura aconchegante ......................................................... 66
Leitura divertida ................................................................. 69
Leitura entre pares ............................................................. 72
Leitura musical ................................................................... 75
Leitura em pequenos grupos .............................................. 78
CONJUNTO 5
CONHECENDO A ESCOLA ........................................................... 81
O que podemos fazer no refeitório? ..................................... 82
Os caminhos até o pátio ...................................................... 85
Corredor, um espaço de aprendizagens .............................. 88
Visita à secretaria ............................................................... 91
Conhecendo outras salas da escola .................................... 94
CONJUNTO 6
BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES ................................................... 97
Brincando com tecidos ........................................................ 98
Brincadeiras nas cabanas ................................................... 101
Brincadeiras e interações no túnel ...................................... 104
Exploração de caixas .......................................................... 107
O que há dentro da caixa? ................................................... 110
SEQUÊNCIA 7
PERCURSO SIMPLES .................................................................. 113
Percurso com tiras de papel ................................................ 114
Percurso com túnel e bolinhas coloridas ............................. 117
Percurso com colchões........................................................ 120
Percurso inclinado .............................................................. 123
Percurso e muitos desafios motores .................................... 126
CONJUNTO 8
CESTASURPRESA ...................................................................... 129
Cesta de toques ................................................................. 130
Cesta dos elementos naturais ............................................ 133
Cestas de tesouros ............................................................. 136
Cesta de sabores ................................................................ 139
Cesta de preferências ........................................................ 142
CONJUNTO 9
MASSAGEM ............................................................................... 145
Massagem durante os cuidados corporais ......................... 146
Massagem como experiência corporal ............................... 149
Meu corpo e o corpo do outro ............................................. 152
Massagem na construção de vínculos ................................ 155
Massagem com música instrumental ................................. 158
SEQUÊNCIA 10
MELECAS COM TINTA .................................................................. 161
Meleca com amido colorido ................................................ 162
Exploração de massinha caseira ......................................... 165
Tintas caseiras nas massas ................................................. 168
Tintas caseiras em suportes para deixar marcas ................. 171
Arte com tintas caseiras, massas e melecas ....................... 174
SEQUÊNCIA 11
LUZ E SOMBRA .......................................................................... 177
Brincadeiras com lanterna ................................................. 178
Brincadeiras com celofane .................................................. 181
Brincadeiras com lençol ..................................................... 184
Vamos fugir ou pegar? ....................................................... 187
Brincando com objetos luminosos ...................................... 190
CONJUNTO 12
SONS DO CORPO E DO AMBIENTE .............................................. 193
Meu corpo tem som ............................................................ 194
Os diferentes sons do ambiente ......................................... 197
Movimento sonoro .............................................................. 200
Mala de surpresas sonoras ................................................ 203
Produzindo som ................................................................. 206
CONJUNTO 13
BRINCADEIRAS NA ÁREA EXTERNA ............................................ 209
Brincando com água .......................................................... 210
Brincando com areia ........................................................... 213
Brincando com elementos da natureza ............................... 216
Brincando com corpo, luz e sombra .................................... 219
Explorando os sons da natureza ......................................... 222
CONJUNTO 14
DANÇA ...................................................................................... 225
Danças, balanços e acalantos ............................................ 226
Dançando em dose dupla.................................................... 229
Dança do barulho................................................................ 232
Clássico para dançar, ouvir e tocar .................................... 235
Paninho que une e faz dançar ............................................. 238
CONJUNTO 15
MASSAS E ARGILA ..................................................................... 241
Manipulação de massas de pães ........................................ 242
Exploração de argila ........................................................... 245
Marcas gráficas em argila ................................................... 248
Tingir e misturar massas ..................................................... 251
Exploração de massas coloridas ......................................... 254
CONJUNTO 16
NOME PRÓPRIO ......................................................................... 257
Cantigas com nomes ........................................................... 258
Retratos das famílias .......................................................... 261
Produções artísticas como marcas de identidade ............... 264
Usando fotos para identificar pertences pessoais .............. 267
Apreciando a si mesmo e aos colegas 
em registros fotográficos ................................................... 270
SEQUÊNCIA 17
BRINCADEIRAS COM O ESPELHO ............................................... 273
Brincadeiras no espelho ...................................................... 274
O que eu vejo quando me olho no espelho? ........................ 277
Exploração com espelhos e caixas ..................................... 280
Quem está aí? Brincando com panos e espelhos ................ 283
O que há na caixa? Brincando com adereços no espelho .... 286
SEQUÊNCIA 18
POEMAS E PARLENDAS .............................................................. 289
O brincar em roda com poemas e parlendas ....................... 290
O brincar de imitações com poemas e parlendas ................ 293
O brincar no refeitório com poemas e parlendas ................. 296
O brincar com a sonoridadede poemas e parlendas ........... 299
O brincar na interação com poemas e parlendas ................ 302
SUMÁRIO 
EI_MT_BB_PF.indb 16EI_MT_BB_PF.indb 16 06/10/2023 11:22:1106/10/2023 11:22:11
CUIDADOS PESSOAIS
As situações de cuidado, tanto as mais breves, como lavar as mãos, 
quanto as mais demoradas (que podem ser acompanhadas por 
música ou brincadeira), como um banho, devem ser planejadas, 
para garantir o cuidado entrelaçado com o prazer, a construção do 
autocuidado e a aprendizagem de bons hábitos.
A soneca dos bebês também é um momento cotidiano imprescindí-
vel, que possibilita a construção de hábitos, a prevenção de doen-
ças e, consequentemente, a promoção da saúde e do bem-estar. 
Ademais, por meio do olhar atento e da conversa, o vínculo afetivo 
é construído com o bebê. Ao ser cuidado, ele constrói uma imagem 
de respeito consigo e com o outro. 
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e movimentos. Escuta, fala, pensamento 
e imaginação.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais 
participa.
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras. 
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, 
brincadeira e descanso. 
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes 
acolhedores e desafiantes.
EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades 
de manuseio de diferentes materiais e objetos. 
EI01EF01 Reconhecer quando é chamado por seu nome e reconhecer os nomes de pessoas com quem 
convive. 
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras 
formas de expressão.
AP
17
CONJUNTO 1
EI_MT_BB_PF.indb 17EI_MT_BB_PF.indb 17 06/10/2023 11:22:1106/10/2023 11:22:11
 ATIVIDADE 1 
MASSAGEM PARA RELAXAR
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG02, EI01EF06
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Separe com antecedência materiais que podem ser utilizados no momento da massa-
gem. Realize uma seleção prévia de músicas tranquilas. A atividade envolve momentos 
de relaxamento e massagem corporal entre os bebês e o(a) professor(a). Assim, o bebê 
poderá experimentar o cuidado consigo e com o outro. É importante que haja mais de 
um(a) professor(a) em sala, ou um(a) professor(a) auxiliar* que jáconheça a turma, de 
modo que todos os bebês tenham atenção e apoio; por isso, combine essa parceria com 
antecedência. A atividade culminará no momento de descanso, no espaço que você vai 
preparar com colchonetes e almofadas, ou similares, como tapetes, colchas e travesseiros. 
 � Materiais
 F Materiais diversos (como tecidos de texturas variadas, esponjas, bolas de meia e algodão);
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Almofadas, travesseiros ou similares;
 F Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, caneta e um caderno para registrar a 
atividade;
 F Óleo vegetal (amêndoa-doce, coco, girassol, uva etc.) ou creme para massagem 
adequados à faixa etária e previamente verificados para evitar reações alérgicas. 
 � Espaços
A massagem para os bebês é um momento de relaxamento que precisa ser bem explo-
rado. Esse momento que antecede a soneca (rotina importante dos bebês) é essencial para 
prepará-los e ambientá-los. Organize o espaço de modo que eles se sintam tranquilos e 
relaxados após a massagem. Na sala, disponha colchonetes, tapetes emborrachados e 
almofadas, delimitando um local tranquilo e relaxante para a realização da massagem. 
Coloque os colchonetes (ou similares, como cobertas macias, por exemplo) lado a lado 
no chão, cubra-os com almofadas ou travesseiro e diminua a luminosidade da sala. Dis-
ponibilize os materiais diversos previamente selecionados em um local próximo e de fácil 
acesso no momento da massagem.
* Pode haver uma variação no uso da expressão “professor(a) auxiliar” no estado. Trata-se do profissional 
que auxilia o(a) professor(a) responsável pela turma na execução de algumas atividades com as crianças. 
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Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 18EI_MT_BB_PF.indb 18 06/10/2023 11:22:1106/10/2023 11:22:11
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês participam da massagem? Como interagem e se comunicam com 
os(as) professores(as) e com os outros bebês nesse momento?
2. Como os bebês expressam suas sensações ao brincar de massagem?
3. Como experimentam as possibilidades corporais da massagem?
O QUE FAZER DURANTE
Convide todo o grupo a ir até o espaço preparado para a atividade de massagem. 
Explique aos bebês que você irá massageá-los para que possam relaxar e des-
cansar tranquilamente. Organize-os de modo que estejam acomodados confor-
tavelmente. Garanta que os bebês menores, que precisam de apoio, fiquem em 
uma posição confortável, deitando-os de barriga para cima. Inicie a massagem em 
algum dos bebês, começando pelos pés e seguindo para as mãos. O(a) outro(a) 
professor(a) ou professor(a) auxiliar deve acompanhar os demais bebês, incenti-
vando-os para que relaxem nos colchonetes, enquanto aguardam a massagem. 
Repita a ação até que todos os bebês tenham recebido a massagem. 
Após o primeiro momento, convide os pequenos a entrar na brincadeira de mas-
sagem, incentivando-os a assumir o papel de quem massageia. Explique-lhes que 
poderão massagear um dos colegas. Divida os bebês em duplas para a dinâmica. 
É importante que você esteja com um dos bebês, massageando-o, de modo a de-
monstrar como os movimentos devem ser realizados. Faça a massagem, incenti-
vando e auxiliando os pequenos a fazer o mesmo com as suas duplas. Para este 
momento entre as duplas, recomenda-se não usar creme ou óleo, para evitar que 
os bebês coloquem as mãos nos olhos ou boca. Reserve o uso desse material para 
o momento do(a) professor(a) com a criança. Apoie e valide as ações e brincadeiras 
que eles iniciarem. Proponha que as duplas troquem os papéis, para que o bebê 
que foi massageado tenha oportunidade de massagear o colega e vice-versa. É im-
portante que o(a) professor(a) ou o(a) professor(a) auxiliar esteja atento, auxiliando 
e incentivando os bebês a fazer parte do momento de massagem. Observe como 
reagem ao toque do outro, como se manifestam na sua vez de realizar o toque, 
quais são as suas expressões, gestos e olhares. Aproveite o momento para reali-
zar registros com fotografias e filmagens para fins de documentação pedagógica. 
 • O bebê poderá tocar no amigo, imitando o(a) professor(a). Possível ação 
dos bebês
 — Vamos brincar de massagem? 
 — Quem quer fazer massagem 
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
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2
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Atividade: Massagem para relaxar
EI_MT_BB_PF.indb 19EI_MT_BB_PF.indb 19 06/10/2023 11:22:1106/10/2023 11:22:11
Em seguida, apresente os materiais diversos previamente selecionados (pedaços 
de tecidos, pedaços de algodão e bolas de meia) e proponha aos bebês que os 
utilizem para fazer uma nova massagem em si mesmos e nos colegas. Faça uma 
divisão dos bebês em pequenos grupos e convide-os a escolher os objetos que 
mais lhes interessam. Enquanto você acompanha os grupos, o(a) outro(a) profes-
sor(a) ou professor(a) auxiliar deve supervisionar os bebês que permanecerem nos 
colchonetes. Após terem escolhido os materiais, sugira aos pequenos que façam 
uma massagem primeiro em si mesmos com os objetos escolhidos. Possibilite a 
livre exploração e o manuseio dos diversos materiais. Depois, peça que façam 
o mesmo com os colegas do pequeno grupo. Esse tipo de exploração também 
será desenvolvido na atividade Já sei trocar de roupa, deste conjunto, de modo a 
enriquecer a interação dos bebês com diferentes objetos e materiais e a ampliar 
sua noção de cuidado pessoal. Facilite as ações, de forma que todos os bebês te-
nham chance de explorar materiais diversos. Repita a dinâmica até que todos os 
pequenos grupos tenham tido a oportunidade de acrescentar novos materiais à 
massagem. Garanta que os bebês tenham se sentido confortáveis em realizar as 
propostas e que qualquer desconforto tenha sido contornado satisfatoriamente, 
utilizando as estratégias sugeridas, como permitir que os bebês reticentes pudes-
sem ficar apreciando a música etc. 
 — Vamos pegar alguns materiais para fazer a massagem e descobrir que 
sensação eles nos trazem?
Possível fala 
do(a) professor(a)
 • Alguns bebês poderão expressar sensações por meio de risadas.
 • Outros poderão demonstrar satisfação com os toques ou sentir cócegas.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Incentive os bebês a permanecer nos colchonetes para a hora da soneca. Incen-
tive que continuem os movimentos de massagem em si mesmos e nos colegas. 
Sugira toques nas mãos, nos braços, nas pernas e nas costas do colega que esti-
ver próximo. Então, avise que o momento da massagem está acabando. Diminua 
a luminosidade e abaixe o volume da música, até o completo silêncio, garantindo 
uma soneca tranquila.
O QUE FAZER DEPOIS
A atividade pode ser repetida, com algumas variações. Você pode, por exemplo, rea-
lizá-la antes do momento do banho dos bebês, usando óleos vegetais (como amêndoa-
-doce, coco, girassol e uva). Durante o banho, na banheira com água morna, você pode 
incentivar os bebês a massagear os próprios pés, as pernas e a cabeça usando esponjas 
de cores variadas e de diferentes tamanhos, explorando toques e sensações.
3
20
Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 20EI_MT_BB_PF.indb 20 06/10/2023 11:22:1106/10/2023 11:22:11
 ATIVIDADE 2 
JÁ SEI TROCAR DE ROUPA
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01CG02, EI01EF06
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Prepare, com antecedência, as roupas que os bebês vestirão no momento da troca. 
Deixe à disposição, sobre os colchonetes ou próximo ao espelho, as roupas dos bebês e 
os seus calçados, possibilitando que reconheçam seu conjunto de vestimentas. Para isso, 
é necessário que tanto a roupa como os calçados estejam dispostos de forma organizada 
e visível. Procure, se possível, providenciar um espelho grande e posicione-o na parede, 
para que os bebês consigam visualizar seus próprios corpos por inteiro.
É importante que haja mais de um(a) professor(a), ou um(a) professor(a) auxiliar, para a 
realização da atividade,de modo que, enquanto um grupo faz a troca de roupa, os demais 
estejam realizando uma brincadeira. A proposta deve ocorrer em um momento em que, de 
fato, os bebês precisem trocar de roupa (como depois do almoço, após brincarem na área 
externa, depois de tomarem banho ou antes de irem para casa). A atividade Massagem 
para relaxar, deste conjunto, é importante para construção dos vínculos entre você e os 
bebês e, portanto, é relevante para esta atividade.
 � Materiais
 F Um espelho grande o suficiente para 
que todos os bebês consigam ver sua 
imagem refletida ao mesmo tempo;
 F Peças de roupa dos bebês (solicitadas 
com antecedência);
 F Almofadas, travesseiros ou similares;
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, 
caneta e um caderno para registrar a 
atividade.
 � Espaços
Na sala, organize um espaço com colchonetes ou tapetes emborrachados e almofadas 
ou similares, delimitando um local tranquilo. Disponha os colchonetes lado a lado no chão, 
de frente para o espelho, cobertos pelas almofadas, que poderão servir de apoio para a 
cabeça dos bebês menores. Coloque as peças de roupa sobre os colchonetes.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês participam do momento da troca de roupa?
2. Eles reconhecem as partes do corpo? De que forma comunicam suas descobertas?
3. De que maneira os bebês antecipam as ações corporais no momento de troca? Dobram 
os braços para colocar a blusa? Buscam a peça da roupa que querem vestir?
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Atividade: Já sei trocar de roupa
EI_MT_BB_PF.indb 21EI_MT_BB_PF.indb 21 06/10/2023 11:22:1106/10/2023 11:22:11
O QUE FAZER DURANTE
Inicie a brincadeira explicando a todo o grupo que farão a troca de roupa na fren-
te do espelho. Explique aos bebês que, para isso, vocês vão preparar o espaço 
juntos para o momento da troca. Em pequenos grupos, convide-os a explorar li-
vremente as peças de roupa organizadas sobre os colchonetes. Garanta que os 
bebês menores tenham a oportunidade de participar. Observe como comunicam 
suas descobertas e interagem com os colegas. 
 — Hoje, a troca de roupas será feita com uma brincadeira usando o espelho.
 — Vamos brincar e explorar as roupas?
 — De quem será que é esta roupa?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Os bebês poderão manusear as peças de roupa, mexer nos botões, no zíper, 
no velcro etc. 
 • Poderão, também, escolher a roupa que desejam vestir. 
Possíveis ações 
dos bebês
Após o momento de interação com os colegas e a descoberta dos materiais que serão 
utilizados na troca, convide os bebês a se olhar no espelho. Ainda divididos em peque-
nos grupos, incentive que comuniquem, mesmo que por meio de gestos e balbucios, o 
que veem no espelho. Chame individualmente os bebês pelo nome. Inicie tirando os 
sapatos de um dos bebês e vá nomeando as partes do corpo dele. Observe como ele 
interage com você e quais expressões manifesta. Incentive o pequeno grupo a tirar as 
roupas. Apoie as ações dos pequenos, valorizando as manifestações deles. 
 — Agora estamos todos em frente ao espelho! Quem vocês estão vendo lá? 
 — Vamos tirar os sapatos? O que temos aqui? Quem sabe o nome desta parte 
do corpo?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Ao se olhar no espelho, o bebê poderá sorrir, indicando que se reconhece, 
e poderá apontar para o colega.
Possível ação 
dos bebês
Incentive os bebês a identificar e nomear as partes do corpo conforme tiram a rou-
pa, enquanto estão se olhando no espelho. Ajude-os nessa ação, apontando, por 
exemplo, para a sua barriga, nomeando-a e pedindo que um dos bebês a toque. 
Esse momento de exploração das partes do corpo pode acontecer em duplas ou 
em pequenos grupos. Possibilite aos bebês que realizem suas descobertas na in-
teração com os colegas. Observe como experimentam as possibilidades corporais 
nas brincadeiras e interações e apoie os bebês menores que ainda não puderem 
nomear as partes do corpo, fazendo isso com eles. 
1
2
3
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Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 22EI_MT_BB_PF.indb 22 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
 — Vamos mostrar o pé para o espelho? E a mão? 
 — Cadê a mão do colega? 
 — Quais outras partes do corpo vemos no espelho?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • O bebê poderá observar e explorar as partes do seu próprio corpo de diferentes 
perspectivas: olhando a si mesmo, o colega ou para o seu reflexo no espelho.
Possível ação 
dos bebês
Após a brincadeira, incentive os bebês a iniciar a troca de roupa. Ao ver um bebê 
colocar uma calça, uma bermuda ou uma camiseta, pergunte a ele qual parte do 
corpo está envolvida na ação. A troca de roupa deve ser um momento de desco-
berta, no qual os bebês possam conhecer o seu próprio corpo por meio do olhar e 
do toque. Isso será incentivado também na atividade Lavar as mãos é bom demais, 
deste conjunto. O momento em que a mão, os pés ou a cabeça ficam cobertos por 
alguma peça de roupa é uma ótima oportunidade de experimentação sensorial e de 
construção da percepção corporal para os bebês. Explore esse momento com eles, 
brincando e incentivando a brincadeira de esconde-esconde. Depois, realize a mes-
ma atividade com outro pequeno grupo até que todos sejam atendidos. Enquanto um 
grupo realiza a atividade, outro grupo estará sob cuidado do(a) professor(a) auxiliar.
 — Onde está o colega? Você consegue enxergá-lo? Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Mesmo com a visão impedida pela roupa, no momento da troca de uma blusa, 
por exemplo, o bebê poderá apontar para o reflexo do colega em questão no 
espelho, ou para o próprio colega.
Possível ação 
dos bebês
Para finalizar
Sinalize para os bebês que a atividade terminará em alguns minutos. Convide-os a 
se olhar no espelho após o momento da troca, quando já estarão completamente 
vestidos. Perceba como reagem a isso. Observe se demonstram satisfação pelo 
cuidado de si, se percebem a diferença entre a roupa que vestem agora e aquela 
que vestiam antes. Então, organize, com o auxílio deles, as peças de roupa que 
não estão mais sendo usadas.
O QUE FAZER DEPOIS
Você pode acrescentar à proposta o momento de troca de fralda, propondo que os 
bebês ajudem uns aos outros no momento da troca, com seu direcionamento. Por exem-
plo: peça para que os bebês separem os itens de higiene utilizados no momento da troca. 
Considere manter um canto com roupas na sala, para que eles possam escolher e brincar 
de se vestir. Possibilite que visualizem e explorem seus corpos durante as trocas, mantendo 
um espelho por perto durante a ação.
4
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Atividade: Já sei trocar de roupa
EI_MT_BB_PF.indb 23EI_MT_BB_PF.indb 23 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
 ATIVIDADE 3 
LAVAR AS MÃOS É BOM DEMAIS
 Tempo sugerido: aproximadamente 20 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG02, EI01EF06
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A atividade deverá ser antecedida por algum momento em que os bebês tenham sujado 
as mãos, como o manuseio de tinta ou argila, após uma refeição ou, ainda, antes de uma 
refeição. O objetivo é realizar uma vivência de cuidado pessoal. É importante que haja 
um(a) outro(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar presente.
Sugestão de vídeo
 Lavar as mãos. Composição: Arnaldo Antunes. Versão do grupo Palavra Cantada. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=CaTXgmHyMSk. Acesso em: 9 jun. 2023.
 � Materiais 
 F Sabonetes em barra;
 F Caixas para organizar os itens de higiene;
 F Banquetas ou similares;
 F Toalhas de rosto;
 F Playlist, pen drive ou CD com a música Lavar as mãos, de Arnaldo Antunes, na 
versão gravada pelo grupo Palavra Cantada;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, caneta e um caderno para registrar a 
atividade.
 � Espaços
Organize a atividade no espaço onde os bebês realizam seus hábitos de higiene, como 
o banheiro, o local onde ficam disponibilizadas as pias ou o fraldário. Prepare o espaço 
com sabonetes e as toalhas individuais paraa secagem das mãos, separando-os em 
caixas para melhor organização.
24
Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 24EI_MT_BB_PF.indb 24 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
 https://www.youtube.com/watch?v=CaTXgmHyMSk
 � Perguntas para guiar suas observações
1. De que forma os bebês demonstram curiosidade e interesse ao lavar as mãos? Como 
experimentam diferentes possibilidades? Usam o sabonete antes de ligar a torneira, 
fazem espuma, enxáguam e esfregam as mãos? Como? 
2. De que maneira se comunicam durante a proposta? Quais gestos, movimentos e 
expressões utilizam?
3. Como participam desse momento de cuidado com o próprio corpo?
O QUE FAZER DURANTE
Após a realização de uma brincadeira em que os bebês tenham sujado as mãos, 
depois ou antes de uma refeição, chame um pequeno grupo de bebês até o local 
onde lavarão as mãos. Enquanto isso, os demais deverão permanecer envolvidos 
na brincadeira com outro(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar. Explique a eles que 
irão cuidar de sua própria higiene e do seu corpo lavando as mãos. A atividade Já 
sei trocar de roupa, deste conjunto, também é importante para incentivar ações de 
autocuidado que, nesta proposta, ocorrerão por meio da higiene pessoal. Apresen-
te as caixas com os materiais de higiene, mostrando os sabonetes e as toalhas que 
deverão utilizar. Aos poucos, nomeie os elementos do espaço para os bebês: a tor-
neira, a pia, o sabonete, a água. 
 — Fizemos algumas brincadeiras e as nossas mãos estão sujas. Vamos lavar as 
mãos?
 — Vamos nos preparar para comer: que tal lavar as mãos?
 — Quem sabe do que precisamos para que as mãos fiquem limpas?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Algum bebê poderá nomear o sabonete.
 • Outro poderá esticar as mãos, demonstrando que quer lavá-las.
 • O bebê pode olhar paras a mãos, avaliando a sujidade.
Possíveis ações 
dos bebês
Incentive os bebês a abrir as torneiras e a iniciar o momento da lavagem das 
mãos. Enquanto o fazem, observe como exploram os movimentos de abrir e fe-
char a torneira e de manusear o sabonete, como percebem as cores, os cheiros 
e as texturas, a espuma, a água fria ou morna, o perfume do sabonete, quais 
movimentos fazem ao esfregar as mãos etc. Aproveite para registrar as ações 
dos bebês com fotografias e filmagens, para fins de documentação pedagógica. 
Procure colocar os bebês em duplas, para que possam se auxiliar mutuamente 
e para que os mais autônomos se sintam instigados a ajudar os que ainda es-
tão desenvolvendo sua autonomia para lavar as mãos. Possibilite que explorem 
esse momento, descobrindo que o sabão faz espuma, a força necessária para 
abrir e fechar a torneira, o volume de água que sai da torneira, a temperatura 
que consideram mais agradável e qual é a sensação de molhar as mãos. Orien-
te-os sobre o cuidado de não colocar a mão com sabão nos olhos, boca e nariz. 
Garanta que os menores tenham a oportunidade de participar. Para isso, adapte 
1
2
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Atividade: Lavar as mãos é bom demais
EI_MT_BB_PF.indb 25EI_MT_BB_PF.indb 25 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
a organização, de forma que eles também se sintam acolhidos, por exemplo, pe-
gando-os no colo e auxiliando-os na brincadeira com a espuma. Durante o enxá-
gue, possibilite que brinquem de enxaguar a mão uns dos outros até que tenham 
tirado todo o sabão. Você pode colocar para tocar a música Lavar as mãos, de 
Arnaldo Antunes, na versão gravada pelo grupo Palavra Cantada, ou então can-
tá-la enquanto você e os bebês lavam as mãos. Repita a ação até que todos os 
pequenos grupos tenham tido a oportunidade de participar. 
 — Vamos abrir a torneira? Como está a água? Fria, quente...? 
 — Vamos colocar o sabão nas mãos e esfregá-las. O que acontece?
 — Agora, vamos enxaguar as mãos e tirar todo o sabão, um ajudando o outro. 
 — Depois de enxaguar o que fazemos?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Alguns bebês poderão abrir a torneira e deixar sair muita água; 
outros, por sua vez, poderão não deixar sair água suficiente.
Possível ação 
dos bebês
Indique aos bebês quando for o momento de encerrar a lavagem, incentivando-os 
a guardar os sabonetes e a fechar as torneiras. Disponibilize as toalhas, para que 
eles possam secar as mãos. Incentive-os para que, em duplas, sequem as mãos 
uns dos outros. Você pode demonstrar como fazê-lo formando dupla com um dos 
bebês e iniciando o movimento, para que eles possam imitar. 
 • Alguns bebês poderão se esquecer de fechar a torneira. 
 • Outros podem demonstrar pouca familiaridade com o momento da higiene.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Sinalize para os bebês que a atividade está terminando. Peça que verifiquem se todo 
o sabonete já saiu de suas mãos, se estão bem secas e indique, então, a próxima 
atividade.
O QUE FAZER DEPOIS 
Considere a realização de atividades de cuidados pessoais sempre em situações reais 
e cotidianas. Você poderá realizar a proposta novamente para anteceder momentos de 
alimentação ou após uma brincadeira em que os bebês precisarão sujar as mãos.
3
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Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 26EI_MT_BB_PF.indb 26 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
 ATIVIDADE 4 
HORA DO BANHO EM BONECOS
 Tempo sugerido: entre 40 e 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG02, EI01CG04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A atividade consiste em banhar um boneco trazido pelo bebê ou disponibilizado pela 
escola. Envie previamente um bilhete para os responsáveis explicando a proposta ou 
converse com eles pessoalmente alguns dias antes de realizar a brincadeira. Solicite que 
enviem um boneco, de preferência de material emborrachado ou de plástico, na data 
combinada. Providencie sabonetes, esponjas, toalhas para secar os brinquedos e bacias 
que sirvam de banheira para os bonecos. 
Realize novamente a atividade Lavar as mãos é bom demais, deste conjunto, para que 
os bebês explorem mais uma vez a manipulação dos produtos de higiene. De preferência, 
promova a brincadeira em um dia quente, para que os bebês possam se molhar e brincar 
com a água confortavelmente.
 � Materiais 
 F Bonecas ou bonecos dos bebês (solicitados com antecedência);
 F Bonecas ou bonecos da escola (para o caso de algum bebê não trazer o seu);
 F Sabonetes;
 F Brinquedos de banho;
 F Esponjas;
 F Uma caixa com toalhas de rosto;
 F Uma caixa com pedaços de tecidos variados;
 F Bacias ou vasilhas grandes, que sirvam de banheira aos bonecos dos bebês;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, caneta e um caderno para registrar a 
atividade.
 � Espaços
Organize a atividade em um espaço externo da escola, próximo a torneiras. Coloque 
as bacias no chão e posicione as caixas e os demais objetos ao lado delas.
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Atividade: Hora do banho em bonecos
EI_MT_BB_PF.indb 27EI_MT_BB_PF.indb 27 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês brincam ao banhar o boneco? Como expressam suas sensações du-
rante a brincadeira?
2. Quais são os gestos, palavras e balbucios que expressam satisfação e bem-estar 
nesse momento?
3. Como os bebês observam uns aos outros durante a brincadeira?
4. Como eles manuseiam e tratam os bonecos?
O QUE FAZER DURANTE
Leve todo o grupo para a área externa, onde a atividade será realizada, pedindo 
que cada um leve seu boneco. Depois, organize-os em pequenos grupos para que 
possam visualizar os colegas dando banho nos bonecos. Apresente os materiais 
disponíveis (sabonetes, brinquedos de banho, esponjas, toalhas e tecidos) e incen-
tive os bebês a explorá-los livremente. Apoie-os, aproximando-os dos materiais e 
possibilitando o contato deles com os objetos dispostos. Durante a exploração, 
nomeie os elementos. Observe como os bebês comunicam suas descobertas e in-
teragem com os outros bebês. 
 — Vamos dar um banho no boneco? 
 — O que usamos para isso?
 — Vamos tomar cuidado com o sabonete. Não podemos colocar na boca ou 
nos olhos.
Possíveis falas 
do(a) professor(a)Após o primeiro momento, convide os bebês a iniciar a brincadeira. Peça a eles que 
segurem os bonecos e os levem até a bacia para dar banho neles. Crie um ambiente 
de faz de conta e envolva-os em um enredo no qual cada um cuidará de um bone-
co. Faça comentários, indicando que os brinquedos precisam de banho para ficar 
limpos e cheirosos, assim como eles. Mescle ações individuais e coletivas. Apoie as 
iniciativas dos bebês, de maneira que realizem, aos poucos, o reconhecimento de 
cada parte do corpo do boneco. Observe como demonstram identificar as partes do 
corpo do boneco (por meio do olhar, do toque e do diálogo). Enquanto todos brincam, 
aproxime-se aos poucos dos pequenos grupos, incentivando-os a expressar qual 
parte estão lavando. Auxilie os menores, aproximando-os da banheira e dê um ba-
nho em um dos bonecos, narrando as ações, fazendo parte da brincadeira com eles. 
 — Qual parte do corpo do boneco vamos lavar primeiro? 
 — Vamos lavar essa parte? Como ela se chama? E agora, lavamos o quê? Possíveis falas 
do(a) professor(a)
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Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 28EI_MT_BB_PF.indb 28 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
Após o banho, convide os bebês a enxugar e vestir os bonecos. Como já realiza-
ram a atividade Já sei trocar de roupa, deste conjunto, aproveite para relembrá-
-la. Incentive-os a pegar as toalhas e os tecidos que estão nas caixas. Os bebês 
devem explorar os materiais e descobrir modos de manipulá-los, construindo, à 
sua maneira, peças para envolver o boneco. Apoie as ações dos bebês e atente-
-se às descobertas feitas por eles. Explore o momento coletivamente, brincando, 
por exemplo, de enrolar um pedaço de tecido em um dos bonecos, de modo que 
eles possam imitar suas ações, construindo e descobrindo diferentes possibilida-
des para brincar. 
 • Os bebês talvez queiram pegar os tecidos para enrolar seus bonecos. 
 • Os bebês poderão iniciar uma brincadeira com os tecidos.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Convide os bebês a olhar para os bonecos após o momento do banho. Observe 
como eles reagem ao fato de que os bonecos estão secos e limpos. Promova a inte-
ração entre os bebês, incentivando que observem os bonecos uns dos outros. Diga 
a eles que a brincadeira acabará em alguns minutos e que os materiais deverão 
ser organizados. Informe qual será a próxima atividade, pois isso traz segurança 
aos bebês. Convide-os a recolher as toalhas, os tecidos e os bonecos e a guardá-
-los nas respectivas caixas. Se o próximo passo for o horário da soneca, aproveite 
para incentivá-los a colocar os bonecos para dormir.
O QUE FAZER DEPOIS 
Você poderá realizar a atividade novamente, com algumas variações. Pode propor, por 
exemplo, que os bebês lavem as mãos dos bonecos e coloquem-nos para dormir após 
uma massagem feita por eles.
3
29
Atividade: Hora do banho em bonecos
EI_MT_BB_PF.indb 29EI_MT_BB_PF.indb 29 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
 ATIVIDADE 5
VESTINDO OS BEBÊS
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG02, EI01EF06
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Os bebês devem participar ativamente do cuidado de si. Este cuidado é incentivado 
também nas atividades Já sei trocar de roupa e Lavar as mãos é bom demais, deste 
conjunto. A vivência deve acontecer em um dia quente, de modo que a troca de roupa 
seja agradável para os bebês. Converse com os adultos responsáveis para que, nesse 
dia, enviem peças de roupa adequadas para o calor. 
Providencie caixas ou cabides e identifique-os com as fotos dos bebês. Para isso, so-
licite antecipadamente aos responsáveis uma fotografia recente do bebê ou fotografe-o 
na escola e imprima. Caso não haja fotografia, escreva o nome do bebês nos respectivos 
pertences e cabides, reforçando que aquele objeto pertence a ele. Para a realização da 
proposta, é importante que haja outro(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar em sala, de 
modo que todos os bebês tenham apoio. 
 � Materiais 
 F Um espelho grande o suficiente para que todos os bebês consigam ver sua imagem 
refletida ao mesmo tempo;
 F Peças de roupa dos bebês (solicitadas com antecedência);
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Almofadas, travesseiros ou similares;
 F Caixas para organização das roupas ou cabides etiquetados com fotos e/ou nomes 
dos bebês;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, caneta e um caderno para registrar a atividade.
 � Espaços
Na sala, organize um espaço com colchonetes ou tapetes emborrachados, almofadas 
e um espelho, delimitando um local tranquilo e que possibilite aos bebês se olhar no es-
pelho com facilidade. Coloque os colchonetes ou tapetes emborrachados lado a lado de 
frente para o espelho. Coloque as roupas trazidas pelos bebês em cima dos colchonetes 
e os calçados ao lado, de modo que estejam ao alcance deles.
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Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 30EI_MT_BB_PF.indb 30 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês experimentam as possibilidades corporais na brincadeira? 
Demonstram curiosidade ao realizar a troca de roupas e experimentam diferentes 
possibilidades?
2. De que modo manifestam seus desejos em ser cuidados? Quais são os gestos, as 
palavras e balbucios que expressam satisfação e bem-estar nesse momento?
3. De que maneira os bebês participam dos cuidados pessoais e da promoção do seu 
bem-estar?
O QUE FAZER DURANTE
Divida os bebês em pequenos grupos. Convide um grupo por vez a se aproximar 
do espaço para a realização da brincadeira. Possibilite que explorem livremente 
as peças de roupa disponíveis. Incentive-os a reconhecer seus pertences. Promova 
a interação entre os bebês, observando se reconhecem as próprias peças e como 
comunicam as descobertas e interagem com os outros bebês nesse momento. 
 — Vamos brincar com as roupas que trouxemos de casa? 
Que tal cada um achar a sua?
 — De quem é esta peça? 
 — Vamos descobrir e separar as roupas de cada um?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Quando estiver explorando e procurando a própria roupa, o bebê poderá 
sorrir, indicando que reconheceu alguma peça. 
 • O bebê poderá apontar para o colega ou se inclinar para frente e para trás, 
indicando que sabe que aquela roupa não é dele. 
 • Outro bebê poderá demonstrar espanto ao não encontrar as próprias roupas.
Possíveis ações 
dos bebês
Após o primeiro momento, incentive os bebês a guardar as peças de roupa nas cai-
xas ou a pendurá-las nos cabides. Observe se identificam rapidamente a sua caixa 
ou o seu cabide por meio das fotos, ou auxilie-os a fazer essa identificação, caso 
haja apenas os nomes escritos. Diga que deverão guardar em sua caixa ou pendurar 
em seu cabide somente as peças de roupa que identificaram como suas. Nomeie as 
peças de roupa enquanto os bebês as guardam ou penduram. Então, incentive-os a 
fazer sozinhos e aos poucos essa ação. Mescle ações individuais e coletivas. 
 — Que roupa vamos guardar primeiro? 
 — Quem sabe o nome desta peça?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Algum bebê poderá nomear a peça de roupa. 
 • Outro poderá esticar as mãos, mostrando que quer se vestir, ou inclinar-se 
para que o professor o vista.
Possíveis ações 
dos bebês
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2
31
Atividade: Vestindo os bebês
EI_MT_BB_PF.indb 31EI_MT_BB_PF.indb 31 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
Convide os bebês para o momento da troca de roupa, explicando que, por conta 
da temperatura do dia, eles colocarão roupas mais leves e adequadas para o 
calor. Peça que tirem as roupas que estão vestindo e que as coloquem sobre os 
colchonetes. Então, incentive-os a pegar as roupas que organizaram nas caixas 
ou nos cabides. Possibilite que explorem os tecidos e as diferentes maneiras de 
vestir cada peça. Faça da troca um momento de descoberta, em que os bebês 
possam reconhecer e identificar as partes da roupa e do próprio corpo por meio 
do olhar e do toque. Observe como eles experimentamas possibilidades corpo-
rais na brincadeira e como participam desse momento de cuidado com o próprio 
corpo. Incentive diferentes possibilidades ao realizar a troca de roupas. 
 — Qual roupa devemos usar no calor? Possível fala 
do(a) professor(a)
 • Os bebês poderão manusear as peças de roupa, mexendo nos botões, 
no zíper e no velcro, por exemplo.
Possível ação 
dos bebês
Após o momento da troca, convide os bebês a se olhar no espelho. Proponha 
que comparem as roupas que estão vestindo, observando sua imagem refletida 
e admirando a dos colegas. Possibilite que eles comuniquem por meio de gestos 
e balbucios o que veem no espelho. Aproveite para realizar a documentação pe-
dagógica e registrar as ações deles diante das descobertas em frente ao espelho 
por meio de fotos e vídeos. 
 • O bebê poderá observar e explorar o reflexo no espelho sob diferentes 
perspectivas: olhando a si mesmo ou o colega.
Possível ação 
dos bebês
Para finalizar
Diga aos bebês que a brincadeira acabará em alguns minutos e que os materiais 
serão organizados. Conte qual será o próximo passo na rotina. Isso acalma os be-
bês e possibilita uma participação mais ativa deles na finalização da atividade. En-
tão, auxilie-os a guardar as peças de roupa que estavam vestindo anteriormente 
em suas mochilas, de modo que possam levá-las de volta para casa.
O QUE FAZER DEPOIS 
Realize a atividade novamente, mas com algumas variações. Prepare-a de modo que 
ela aconteça um pouco antes do horário do banho. Os bebês deverão organizar as rou-
pas que vão vestir após o banho. Considere manter algumas roupas dos bebês na escola 
(elas podem ficar organizadas nas caixas ou nos cabides). Dessa forma, o bebê poderá 
escolher a roupa que quer vestir de acordo com seus gostos e preferências, brincar de 
se vestir e organizar os próprios objetos com autonomia.
3
4
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Conjunto: Cuidados pessoais
EI_MT_BB_PF.indb 32EI_MT_BB_PF.indb 32 06/10/2023 11:22:1206/10/2023 11:22:12
SONO E DESCANSO
CONJUNTO 2
É importante planejar um tempo e organizar um espaço para os momentos de 
repouso dos bebês, respeitando a individualidade e a necessidade de cada um 
deles, para que possam repor suas energias. Boas práticas de sono e repou-
so, bem organizadas na rotina da escola e com duração apropriada para cada 
faixa etária, contribuem para o crescimento e para a aprendizagem emocional, 
social e intelectual. 
Momentos de sono e repouso são naturais e fundamentais no processo de 
desenvolvimento da atenção e da memória dos bebês. Desse modo, devem 
ser considerados parte da rotina pedagógica, assim como as demais ativida-
des, por exemplo, brincar, ouvir uma história, pintar, alimentar-se etc.
Considerando que a escola geralmente se configura como uma primeira ex-
periência de ampliação de relações sociais dos bebês e que dormir é um ato 
de intimidade e aconchego, é possível que alguns bebês nunca tenham tido 
a oportunidade de dormir fora de casa ou longe dos adultos de referência. 
Assim, as atividades de sono e descanso podem gerar desconforto inicial, cau-
sando choro e irritação. Por isso, é fundamental que o sono na escola seja 
considerado como um processo de adaptação e que respeite o ritmo de cada 
um, para que, aos poucos, possa acontecer com tranquilidade. Lembre-se de 
que os bebês estão aprendendo muito sobre si mesmos e a cultura nesses 
momentos.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e movimentos.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
EI01EO05
Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, brincadeira 
e descanso.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
EI01CG02
Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes acolhedores e 
desafiantes.
EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.
AP
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EI_MT_BB_PF.indb 33EI_MT_BB_PF.indb 33 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
 ATIVIDADE 1 
ORGANIZAÇÃO DA SONECA
 Tempo sugerido: de 30 a 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG02, EI01CG04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A soneca é um momento importante na rotina dos bebês e deve ocorrer de forma es-
pontânea, afinal o sono é uma necessidade básica. Alguns bebês podem ter necessidade 
de dormir em momentos diferentes, por isso é preciso estar atento e ser flexível com a 
rotina para atender às necessidades individuais deles. 
Selecione previamente músicas tranquilas para serem reproduzidas no momento da 
soneca. Verifique com os responsáveis quais são os objetos de apego dos bebês durante 
o sono (se usam panos, cobertores, bonecos etc.). Peça que enviem algum desses objetos 
para a escola para serem usados nesse momento. 
Prepare cestos com materiais diversos, como cartões com imagens coloridas, novelos 
de lã e tecidos para serem explorados pelos bebês que demoram mais a pegar no sono. 
Para o dia da proposta, é importante que haja mais de um(a) professor(a) ou professor(a) 
auxiliar em sala.*
 � Materiais 
 F Colchonetes, tapetes emborrachados ou caminhas empilháveis; 
 F Lençóis;
 F Almofadas;
 F Cobertores;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas; 
 F Cestos com objetos de apego do bebê, solicitados de antemão, como livros para 
dormir, panos, bichos de pelúcia etc.;
 F Cestos com materiais diversos, como cartões com imagens coloridas, novelos de 
lãs, bolas de pano, tecidos e bonecos;
 F Caixas vazias.
* Pode haver uma variação no uso da expressão “professor(a) auxiliar” no estado. Trata-se do profissional 
que auxilia o(a) professor(a) responsável pela turma na execução de algumas atividades com as crianças. 
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 34EI_MT_BB_PF.indb 34 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
 � Espaços
A atividade deverá ser realizada na sala. Organize-a com colchonetes ou caminhas 
empilháveis, além de almofadas e tapetes, delimitando um local tranquilo e relaxante 
para a soneca. Coloque os tapetes ou colchonetes lado a lado com almofadas e diminua 
a luminosidade. Organize espaços com livros, brinquedos e cestos com materiais diversos 
para aqueles que ficam despertos por mais tempo, a uma distância que permita o sono 
tranquilo dos bebês que logo embalam na soneca. Nesse sentido, o(a) professor(a) auxiliar 
pode ser de grande ajuda na organização do espaço.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Os bebês se mostram seguros, tranquilos e acolhidos no espaço para a soneca? De 
que modo manifestam seus desejos de serem cuidados? Quais são os gestos, palavras 
e balbucios que expressam satisfação e bem-estar nesse momento?
2. Como os bebês se organizam nos espaços de soneca? Buscam objetos de apego? 
Quais as suas preferências: o colo ou o toque do(a) professor(a)?
3. Quais possibilidades de brincadeiras são oferecidas aos bebês que ficam despertos? 
Quais brincadeiras e atividades favorecem o descanso e repouso deles?
O QUE FAZER DURANTE
Explique a todo o grupo que vocês vão organizar o espaço da sala para o momen-
to da soneca, para que todos possam relaxar e descansar tranquilamente. Convi-
de os bebês a escolher, no cesto que você preparou antecipadamente, um objeto 
de apego: livros, panos, bichos de pelúcia etc. Eles devem decidir se querem levar 
algo para acompanhá-los durante o sono ou não. 
 — Vamos nos organizar para a soneca? 
 — Vamos descobrir o que tem nos cestos e escolher o objeto para 
acompanhar o sono?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Alguns bebês podem expressar suassensações por meio de risadas ou 
choro, ou demonstrar satisfação na escolha dos objetos e na exploração 
do ambiente.
 • Outros bebês podem querer um livro para acompanhá-los até pegar no sono.
 • Algum bebê pode demonstrar desejo pelo objeto do colega e isso pode gerar 
frustração.
Possíveis ações 
dos bebês
1
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Atividade: Organização da soneca
EI_MT_BB_PF.indb 35EI_MT_BB_PF.indb 35 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
Faça o convite para os bebês tirarem os sapatos e guardá-los ao lado do colchone-
te. Possibilite que eles escolham o lençol, o cobertor, o travesseiro e convide-os a se 
deitar para a soneca. Auxilie-os a se acomodar tranquilamente. Envolva todos na 
proposta, colocando-se como um parceiro, acolhendo-os nesse momento. Ajude-os 
para que fiquem em uma posição confortável, deitando-os de barriga para cima. 
Coloque uma música tranquila para tocar, em volume baixo, ou cante uma canção 
de ninar. Reduza a iluminação. Observe se algum bebê demonstra a necessidade 
de colo ou de carinho e ofereça aconchego. Nesse momento, pode ser necessária 
a presença de outro(a) professor(a) ou do professor(a) auxiliar. 
 • Um dos bebês pode engatinhar até o local da soneca e cobrir e descobrir 
a cabeça com um cobertor, como uma brincadeira de “Cadê? Achou!”, 
enquanto espera o sono chegar. 
 • Algum bebê pode observar as ações dos colegas sem se envolver na 
proposta.
Possíveis ações 
dos bebês
Observe os bebês que ainda não estão com sono e convide-os para um momen-
to de atividades livres, apresentando alternativas tranquilas para que se ocupem. 
Apresente os cestos com os materiais diversos, que poderão ser explorados nesse 
momento. Ofereça uma bola de pano para que explorem e descubram algumas 
possibilidades de manuseio. Apoie e valide as ações e brincadeiras feitas pelos 
bebês. Então, convide-os para um momento de descanso. Aproveite para observar 
quais brincadeiras favorecem o sono e o repouso e de que maneira estes bebês 
adormecem. 
Para finalizar
À medida que os bebês começarem a acordar, convide-os para se juntar aos ou-
tros que estão entretidos com os cestos de descobertas. Garanta que aqueles que 
ainda estão dormindo possam repousar com tranquilidade. Acompanhe, acomode 
e faça carinho nos bebês que já estão despertos.
O QUE FAZER DEPOIS
Considere a realização de atividades de sono e repouso em situações cotidianas e 
segundo as necessidades de cada bebê. Você poderá realizar novamente a atividade 
após o horário de refeição, no meio da manhã ou, ainda, depois de um banho ou de uma 
massagem relaxante. Aproveite para convidá-los, antes do sono, a organizar seus sapatos, 
para que, aos poucos, ganhem autonomia com seus pertences.
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3
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 36EI_MT_BB_PF.indb 36 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
 ATIVIDADE 2 
LEITURA NA CABANA
 Tempo sugerido: de 30 a 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01EO05, EI01CG02
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A realização da atividade Organização da soneca, deste conjunto, é essencial para 
ajudar no processo de construção da rotina para a soneca. A soneca deve ocorrer de 
forma espontânea, afinal o sono é uma atividade cotidiana na rotina dos bebês. 
Além disso, é importante que o professor já tenha realizado alguma atividade de leitura, 
de modo que os bebês já estejam familiarizados com a proposta. Uma vez escolhida a 
história que vai ler, prepare-se treinando em voz alta antes de ler para os bebês, garantin-
do, dessa forma, uma leitura de qualidade. Por fim, é importante que haja mais de um(a) 
professor(a) ou professor(a) auxiliar em sala para a realização da proposta.
Sugestões de leitura
A girafa sem sono. Liliana e Michele Iacocca (Ática, 2019).
A casa sonolenta. Audrey Wood. Ilustrações: Don Wood (Ática, 2019).
 � Materiais
 F Lençóis ou tecidos;
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Almofadas;
 F Tiras de TNT, fitas adesivas ou outro material para fixar o TNT; 
 F Elásticos;
 F Caixas com livros de pano;
 F Uma caixa grande o suficiente para que caibam todos os objetos de apego dos 
bebês;
 F Bolas de pano;
 F Livros de literatura infantil escolhidos pelo(a) professor(a) para desenvolver 
a proposta;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade.
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Atividade: Leitura na cabana
EI_MT_BB_PF.indb 37EI_MT_BB_PF.indb 37 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
 � Espaços
Organize o espaço para que todos os bebês tenham asseguradas as condições de 
aproveitar a leitura de maneira satisfatória e agradável. Ofereça um carinho ou um objeto 
de apego para os bebês que necessitarem desse suporte. Monte, no local onde os bebês 
costumam dormir, seja na sala ou em espaço externo, com sombra, uma cabana onde 
caibam todos e que possa ser reutilizada posteriormente. Isso pode ser feito prendendo 
lençóis, tecido ou TNT no forro da sala ou no local externo. Coloque dentro da cabana 
os tapetes ou colchonetes lado a lado, com almofadas, para os bebês se acomodarem 
e diminua a luminosidade da sala. Quando a leitura da história acabar, não é necessário 
desprender, em um primeiro momento, os tecidos que formaram a cabana: basta enrolá-
-los, tirando-os do caminho, prendê-los com um elástico.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês se organizam para a leitura? Como demonstram interesse pela his-
tória no momento de leitura? Como interagem com a leitura?
2. Quais são os gestos, palavras e balbucios que expressam durante a leitura?
3. Os bebês se sentem seguros, tranquilos e acolhidos no espaço destinado à leitura? 
De que modo manifestam seus desejos em serem cuidados?
O QUE FAZER DURANTE
Diga a todo o grupo que vocês vão apreciar a leitura de um livro, para que pos-
sam relaxar e descansar tranquilamente. Em pequenos grupos, possibilite que os 
bebês manipulem alguns livros de pano antes da leitura. Observe como exploram 
o material e como interagem com os colegas. Apoie e valide as ações e descober-
tas feitas pelos bebês. Depois, convide-os, em pequenos grupos, para entrar na 
cabana para o momento da leitura. 
 — Vamos ler um livro na cabana?
 — Que história será que eu trouxe hoje?
 — Vocês conhecem essa história?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Apresente o livro selecionado e conte que fará a leitura da história antes da sone-
ca. Diminua a luminosidade da sala, o tom de voz e convide os bebês a ouvirem a 
história. Leia a história para eles. Perceba como se expressam durante a leitura, 
se prestam atenção à sua voz, se demonstram sonolência etc. Enquanto você lê 
para cada grupo, os demais bebês poderão explorar os materiais na companhia 
de um(a) outro(a) professor(a) ou do professor(a) auxiliar.
1
2
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 38EI_MT_BB_PF.indb 38 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
Após a leitura da história, convide os bebês a se aconchegar para dormir. Possibilite 
que escolham se querem ou não levar um livro para acompanhá-los durante o sono. 
Incentive os bebês a tirar os sapatos e, em seguida, a guardá-los ou organizá-los em 
local destinado a isso. Envolva todos na proposta, auxiliando os bebês no que for 
necessário para que se acomodem tranquilamente. Ofereça objetos de apego para 
que os bebês possam explorá-los e descobrir algumas possibilidades de manuseio 
enquanto esperam o sono. Reproduza uma música de fundo tranquila e em volume 
baixo ou, se preferir, cante uma canção de ninar. Observe os bebês que optaram por 
levar o livro de pano para seu espaço da soneca. Verifique como se relacionam com 
o objeto e como se aconchegam em seu espaço. 
Observe os bebês durante a soneca. Ofereça os livros de pano para aqueles que 
ficarem despertos por um tempo maior. Coloque-os a uma distância que permita 
o sono tranquilo daqueles que estão dormindo. Convide os que ainda não estão 
com sono para um momento de descanso. Direcione cada bebê a um colchão e, 
suavemente, converse com ele paraque vá percebendo o ambiente e adormecen-
do. Se necessário, ofereça apoio: dê colo, cantarole uma canção de ninar em seu 
ouvido ou ofereça carinho ou um objeto de apego. Aproveite para perceber quais 
leituras, afagos e aconchegos favorecem o sono e o repouso de cada bebê. Regis-
tre o momento com fotos para fins de documentação pedagógica. 
 • No momento em que estiver procurando algum brinquedo ou objeto para 
livre exploração, um bebê pode sentir sono e necessidade de repousar no 
colo ou mais próximo de outro bebê.
 • Pode haver bebês mais resistentes ao momento de descanso e que tentem 
interagir com colegas que já estejam relaxando.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
À medida que os bebês começarem a acordar, convide-os para pegar um livro. Ga-
ranta que aqueles que ainda estão dormindo possam repousar com tranquilidade. 
Acompanhe, acomode e faça carinho nos bebês que já estão despertos.
O QUE FAZER DEPOIS
Considere a realização de atividades de sono e repouso em situações cotidianas. Você 
poderá realizar a atividade novamente, utilizando a cabana para o momento da soneca 
ou para uma brincadeira de sombras, por exemplo. Depois da atividade, convide os be-
bês a recolher e colocar os sapatos e ajudar a organizar colchonetes e almofadas, para 
que ganhem autonomia com seus pertences e reconheçam a importância do trabalho em 
grupo para organizar o espaço coletivo.
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Atividade: Leitura na cabana
EI_MT_BB_PF.indb 39EI_MT_BB_PF.indb 39 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
 ATIVIDADE 3
SONECA DURANTE A ROTINA 
 Tempo sugerido: de 30 a 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG01, EI01CG02
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para a realização da proposta, é importante que haja mais de um(a) professor(a) ou 
professor(a) auxiliar em sala, de modo que todos os bebês tenham o apoio necessário. 
Organize um espaço convidativo e acolhedor para os bebês, com colchonetes, almofadas 
e alguns objetos de apego. Isso fará com que o momento da soneca seja mais tranquilo e 
relaxante. As vivências para uma rotina tranquila para o sono já terão sido iniciadas nas 
atividades Organização da soneca e Leitura na cabana, deste conjunto. 
 � Materiais
 F Livros de pano;
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Almofadas;
 F Uma caixa grande o suficiente para que caibam todos os objetos de apego dos 
bebês;
 F Tecidos ou pedaços de pano;
 F Bonecos;
 F Materiais de largo alcance;
 F Blocos de encaixe.
 � Espaços
Organize previamente um espaço na sala com colchonetes, almofadas e tapetes. De-
limite um local tranquilo e relaxante onde os bebês possam descansar quando sentirem 
necessidade. Lembre-se de que a soneca deve ocorrer de forma espontânea. Por isso, o 
espaço do descanso deve ser permanente, bem como regularmente pensado e organizado 
para favorecer um sono tranquilo. Além desse espaço, organize cantinhos diferentes com 
bonecos, pedaços de pano, blocos de encaixe etc. 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Por quais brincadeiras tranquilas os bebês se interessam no momento de soneca?
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 40EI_MT_BB_PF.indb 40 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
2. Eles demonstram a necessidade de ter uma pausa para o repouso? Como? De que 
forma buscam o espaço para o sono? Quais as preferências de contato dos bebês 
para dormir: o colo ou o toque do(a) professor(a)?
3. Os bebês se mostram seguros, tranquilos e acolhidos no espaço para a soneca? De 
que maneira?
O QUE FAZER DURANTE
Convide os bebês para brincar em pequenos grupos nos cantos de brinquedos 
previamente montados na sala. Quando você perceber que algum bebê está com 
sono, convide-o para repousar. Você poderá observar isso por meio dos gestos, 
expressões, balbucios, olhares e movimentos durante a brincadeira com todo o 
grupo. A necessidade de dormir pode variar de bebê para bebê. 
 • Alguns bebês podem pegar no sono ainda sentados, não demonstrar mais 
interesse na brincadeira ou demonstrar incômodo por meio do choro.
 • Outros podem começar a fechar os olhos ou bocejar.
Possíveis ações 
dos bebês
Convide os bebês que demonstram necessidade do repouso durante a brinca-
deira para ir até o local previamente organizado para a soneca. Possibilite que 
escolham, se desejarem, um objeto para acompanhá-los durante esse momento. 
Enquanto você os auxilia para que se acomodem tranquilamente, é importante 
que o(a) outro(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar cuide dos bebês que não 
demonstraram querer repousar. Perceba se apresentam a necessidade de colo 
ou de carinho e ofereça aconchego. 
 • Alguns bebês podem querer levar um livro de pano ou um objeto de apego 
para dormir e ficar com ele até pegar no sono.
 • Outros podem pedir colo ou carinho até pegar no sono.
Possíveis ações 
dos bebês
Acolha os bebês que ainda não adormeceram, brincando com eles. Convide-os 
para um momento de atividade livre, apresentando alternativas tranquilas com as 
quais eles podem se ocupar. Incentive-os a explorar os diferentes cantos temáti-
cos da sala e a explorar os objetos de que dispõem. Apresente os cestos com itens 
que podem ser explorados, tais como: tecidos, panos, bonecos, materiais de largo 
alcance, blocos de encaixe etc. Observe a maneira como eles interagem com os 
objetos, com os outros bebês e com o(a) professor(a). Fique atento para observar 
se, com o tempo e o ambiente tranquilo, eles apresentam desejo de descansarem, 
de forma a acolher a sua necessidade. Garanta que aqueles que estão dormindo 
possam repousar com tranquilidade.
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Atividade: Soneca durante a rotina 
EI_MT_BB_PF.indb 41EI_MT_BB_PF.indb 41 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
 — Alguns bebês dormiram. Vamos brincar e explorar as caixas enquanto eles 
descansam?
 — Você quer me mostrar o brinquedo de que mais gosta?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Algum bebê pode querer ir para o cantinho da soneca para dormir ou ficar 
lá até pegar no sono.
 • Um bebê pode engatinhar até o local da soneca e se cobrir com o cobertor, 
enquanto outro observa as ações dos colegas.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
À medida que os bebês começam a acordar, convide-os para pegar um livro ou 
outro material que desejarem, para exploração. Apoie e valide as ações e des-
cobertas feitas pelos bebês. Garanta que aqueles que ainda estão dormindo 
possam repousar com tranquilidade. Acompanhe, acomode e faça carinho nos 
bebês que acordarem aos poucos.
O QUE FAZER DEPOIS
Você poderá realizar a atividade mais de uma vez ao dia, no meio da tarde ou no meio 
da manhã. Varie os materiais oferecidos nos cestos de descobertas. Organize o cantinho 
da soneca com outros objetos de apego, cobertores e pedaços de pano. Você poderá 
realizar a atividade sempre que um bebê apresentar necessidade de repouso ou sono 
durante a rotina diária. Alguns bebês podem ter dificuldade para dormir ou demorar para 
cair no sono. Nesses casos, é importante conversar com os responsáveis para conhecer 
os hábitos de sono do bebê em casa.
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 42EI_MT_BB_PF.indb 42 06/10/2023 11:22:1306/10/2023 11:22:13
 ATIVIDADE 4
MASSAGEM SHANTALA PARA A 
SONECA
 Tempo sugerido: de 40 a 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO04, EI01EO05, EI01CG04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A Shantala é mais do que uma técnica de massagem, é um ato que reforça aspectos 
indispensáveis desde a chegada do bebê ao mundo: o amor, o carinho e o contato. O 
mais importante é notar a disposição do bebê em receber a massagem. A Shantala pode, 
inclusive, auxiliar na rotina de soneca dos bebês. Organize o espaço para que seja um 
ambiente tranquilo e relaxante. Selecione previamente músicas tranquilas e relaxantes 
para serem reproduzidas ou cantadas por você.
Recomenda-se que haja mais de um(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar, de modo 
que todos tenham apoio e recebam a massagem. Escolha um dia com temperaturaame-
na. Consulte os responsáveis a respeito de alguma alergia ou sensibilidade que o bebê 
tenha antes de utilizar o óleo para a massagem. Assegure-se, também, de não realizar a 
atividade logo após as refeições, evitando desconfortos. 
Sugestão de vídeo
Conheça a Shantala: massagem para bebês. Unimed VTRP. Disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=W90lZuPeoZU. Acesso em: 16 jun. 2023.
 � Materiais
 F Tecidos atoalhados;
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas; 
 F Óleo corporal de origem vegetal (amêndoa-doce, coco, girassol ou uva) para a massagem; 
 F Caixas com materiais de largo alcance para livre exploração.
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Atividade: Massagem Shantala para a soneca
EI_MT_BB_PF.indb 43EI_MT_BB_PF.indb 43 06/10/2023 11:22:1406/10/2023 11:22:14
 � Espaços
Para a atividade, você deverá organizar um espaço na sala com colchonetes, almofadas 
e tapetes, delimitando um local tranquilo e relaxante para a realização da massagem. 
Diminua a luminosidade do ambiente. Deixe os tecidos e o óleo corporal em um lugar 
de fácil acesso para o momento da massagem. Organize cantos com materiais de largo 
alcance para livre exploração dos bebês que aguardam a massagem do(a) professor(a). 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês participam da massagem? Como interagem e se comunicam com o(a) 
professor(a) nesse momento?
2. De que forma expressam suas sensações ao serem massageados pelo(a) professor(a)?
3. Como as possibilidades corporais da massagem favorecem a soneca tranquila?
O QUE FAZER DURANTE
Incentive todo o grupo a brincar com os materiais de largo alcance, para que se 
preparem para a massagem. Convide e auxilie os bebês em pequenos grupos para 
irem até os colchonetes, tapetes emborrachados ou esteiras. O(a) outro(a) profes-
sor(a) ou professor(a) auxiliar deverá estar em outra ação com os demais bebês 
enquanto um a um recebe a massagem. Esta, por sua vez, deve ocorrer antes da 
soneca e de forma espontânea, assim como sugere-se na atividade Soneca du-
rante a rotina deste conjunto. Peça aos bebês que retirem os sapatos, as meias e 
as roupas, e que coloquem esses pertences pessoais ao lado do colchonete. Auxi-
lie-os nesse momento de organização. Reproduza ou cante uma música tranquila 
e reduza a iluminação.
Explique aos bebês que você vai fazer uma massagem em cada um deles para 
que relaxem e descansem tranquilamente. Reforce que todos receberão mas-
sagens, para que fiquem tranquilos. Faça o convite para a primeira massagem 
organizando os bebês em trios. Traga cada trio para o momento da massagem 
e reveze-se para massagear um a um. Auxilie os menores para que fiquem em 
uma posição confortável, deitando-os de barriga para cima. 
 — Vamos brincar de massagem? 
 — Quem quer ser o primeiro a receber a massagem?
 — Todos serão massageados.
 — Vou começar por você! 
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 44EI_MT_BB_PF.indb 44 06/10/2023 11:22:1406/10/2023 11:22:14
 • Alguns bebês podem tocar o amigo, imitando o(a) professor(a). 
 • Alguns bebês podem observar as ações dos colegas e do(a) professor(a). 
 • Os bebês podem ficar atentos, aguardando a sua vez e observando.
 • Outros podem engatinhar até a caixa com os materiais e explorá-los 
enquanto aguardam a massagem.
Possíveis ações 
dos bebês
Você e o bebê devem se posicionar sobre um colchonete para a massagem. A tem-
peratura do ambiente deve estar agradável. Retire anéis ou pulseiras para não 
machucar os bebês. Aqueça suas mãos, esfregando-as uma na outra. Faça os mo-
vimentos na cabeça e na região dos olhos do bebê antes de untar as mãos com 
o óleo para massagem, para evitar irritações em áreas mais sensíveis da pele do 
bebê. Sente-se com suas pernas esticadas, acomodando o bebê sobre elas, e inicie 
a massagem. Utilize um óleo vegetal para untar as mãos e comece massageando 
o peito. Movimente suas mãos suavemente do centro do tórax em direção à axila. 
Repita o movimento algumas vezes. Depois, o movimento deverá partir do tórax 
em direção aos ombros do bebê de maneira circular. Em seguida, segure o punho 
do bebê suavemente com uma de suas mãos, formando uma espécie de bracelete. 
A seguir, com a outra mão, forme um bracelete em volta do braço, próximo ao om-
bro dele, e deslize a sua mão até que ela encoste na mão que segura o punho do 
bebê, em movimento de rosca. Comece pelo lado esquerdo e depois faça o mesmo 
do lado direito. Repita o movimento algumas vezes. Use seu polegar para massa-
gear as mãos do bebê, começando pela palma e indo em direção aos dedinhos. 
Depois, massageie delicadamente cada um dos dedos. Massageie os pés do bebê 
usando o seu polegar.
Para finalizar
Depois de massagear um bebê, acomode-o no colchonete ou, caso ele deseje, en-
caminhe-o até o(a) professor(a) auxiliar. Convide o próximo bebê e repita os mes-
mos movimentos. Garanta que todos recebam a massagem e estejam tranquilos e 
relaxados. Convide-os para se deitar nos tapetes, esteiras ou colchonetes da sala. 
Retome os movimentos de massagem inicial, realizando o toque nas mãos, braços, 
pernas e costas dos bebês. Avise que a massagem está acabando, diminua a ilu-
minação e coloque uma música tranquila para o momento da soneca.
O QUE FAZER DEPOIS
Nas próximas vezes que realizar a atividade, faça-a antes do momento da soneca, fi-
nalizando-a com um banho morno e relaxante nos bebês. Durante o banho, na banheira 
com água morna, aproveite para massagear os pés, cabeças e pernas dos bebês. Para 
massagear o corpo dos bebês durante o banho, utilize esponjas macias de cores variadas 
e de diferentes tamanhos, explorando toques e sensações. A massagem Shantala pode 
ocorrer também como um recurso para acalmar um bebê que demonstre muita agitação 
no dia a dia, por exemplo.
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Atividade: Massagem Shantala para a soneca
EI_MT_BB_PF.indb 45EI_MT_BB_PF.indb 45 06/10/2023 11:22:1406/10/2023 11:22:14
 ATIVIDADE 5
RELAXAMENTO E DESCANSO
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01EO06, EI01CG01
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A prática de movimentos do corpo pode contribuir com o bem-estar dos bebês. É im-
portante que os momentos de relaxamento e brincadeira antes do descanso não acon-
teçam após as refeições principais. Prefira o período que antecede a soneca da manhã. 
A atividade Massagem Shantala para a soneca, deste conjunto, colocará os bebês em 
contato com o próprio corpo e com o toque do(a) professor(a), o que favorecerá o desen-
volvimento da proposta. 
Recomenda-se que haja mais de um(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar, de modo que 
todos os bebês tenham apoio. É importante que eles estejam vestindo roupas confortáveis, 
que facilitem o movimento. Realize uma seleção prévia de músicas tranquilas e relaxantes, 
com sons da natureza, por exemplo, para serem reproduzidas durante a proposta. 
 � Materiais
 F Esteiras, colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Almofadas;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas.
 � Espaços
Organize um espaço na sala com colchonetes, tapetes emborrachados ou esteiras, 
delimitando um local tranquilo que facilite os movimentos realizados pelos bebês. Provi-
dencie almofadas para o apoio da cabeça deles. Disponha os materiais de maneira que 
a finalização da atividade coincida com o momento de descanso. 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês experimentam as possibilidades corporais na brincadeira?
2. De que maneira expressam suas sensações na brincadeira de relaxamento? Quais 
são os gestos, palavras e balbucios que expressam satisfação e bem-estar?
3. Como interagem e se comunicam com o(a) professor(a) e com os outros bebês durante 
a proposta?
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 46EI_MT_BB_PF.indb 46 06/10/2023 11:22:1406/10/2023 11:22:14O QUE FAZER DURANTE
Inicie a conversa com todo o grupo de bebês, explicando que farão uma atividade 
de movimentar tranquilamente o corpo para relaxar e descansar em seguida. Con-
vide-os para ir até os colchonetes para o momento da brincadeira de relaxamento 
antes da soneca. Incentive a interação entre os bebês, possibilitando que aqueles 
que têm maior autonomia possam auxiliar os que estão se desenvolvendo. Convi-
de-os a retirar sapatos e a organizá-los ao lado do colchonete. 
 — Vamos nos sentar nos colchonetes e brincar de movimentar o corpo até 
o sono chegar? Possível fala 
do(a) professor(a)
 • Alguns bebês podem se dirigir ao espaço e abraçar uma almofada.
 • Outros podem recostar a cabeça no colchonete e se aconchegar.
Possíveis ações 
dos bebês
Coloque uma música de fundo para criar um ambiente tranquilo e favorável ao re-
laxamento. Separe-os em pequenos grupos, com a ajuda de um(a) professor(a) ou 
professor(a) auxiliar. Inicie a brincadeira fazendo algum movimento simples que os 
bebês possam imitar. Sente-se e segure seus pés. Levante as mãos acima da cabeça 
como relaxamento. Sugira movimentos para que os bebês possam erguer as pernas 
lentamente enquanto estiverem deitados. Faça o movimento algumas vezes e obser-
ve como eles reagem. Envolva todos os bebês na proposta, colocando-se como um 
parceiro. Convide um bebê para ser seu par. Coloque seu corpo à disposição para que 
ele possa brincar e entrar no jogo corporal com você. Incentive os bebês a imitar os 
movimentos uns dos outros. Imite, você, gestos e movimentos dos bebês para inverter 
a dinâmica e gerar mais engajamento e interesse. Amplie os movimentos, propondo 
aos bebês gestos observados em outros momentos da rotina. Garanta que eles fiquem 
em uma posição confortável, deitando-os de barriga para cima, de maneira que pos-
sam observar os movimentos do colega e mexer seu próprio corpo. 
 • Um bebê pode imitar os movimentos do(a) professor(a) inclusive criando 
variações deles.
 • Outro bebê pode fazer um movimento diferente do proposto.
 • Algum bebê pode observar as ações dos colegas antes de iniciar a brincadeira.
Possíveis ações 
dos bebês
Observe como os bebês experimentam as possibilidades corporais na brincadei-
ra e como participam desse momento de bem-estar com o próprio corpo. Incenti-
ve diferentes maneiras de movimentar o corpo ao realizar o relaxamento, criando 
variações de movimentos conforme as possibilidades corporais de todo o grupo. 
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Atividade: Relaxamento e descanso
EI_MT_BB_CJ2_PF.indd 47EI_MT_BB_CJ2_PF.indd 47 10/10/2023 14:35:5010/10/2023 14:35:50
Possibilite que criem movimentos e explorem os próprios limites corporais a partir 
dos movimentos apresentados por você. Circule entre os colchonetes e se apro-
xime dos bebês, propondo movimentos e auxiliando-os quando necessário. Fale 
suavemente com eles, indicando os próximos gestos a serem explorados. Colo-
que-se como um facilitador do relaxamento e crie um ambiente que propicie que 
o bebê entre no jogo corporal. 
 — Você já descobriu outro jeito de se movimentar? 
 — Vamos tentar outros movimentos?
 — Mostre seu movimento favorito agora.
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Para finalizar
Convide os bebês a se deitar nos colchonetes. Estimule-os a realizar um movimen-
to suave de rolamento, primeiro para a direita e depois para a esquerda. Ajude-os 
a se movimentar se necessário. Avise que a brincadeira está acabando. Pare os 
movimentos gradualmente e, lentamente, convide os bebês a se aconchegar nos 
colchonetes para se preparar para dormir, ouvindo a música que está tocando. Di-
minua a iluminação para favorecer uma soneca tranquila.
O QUE FAZER DEPOIS
Nas próximas vezes que realizar a atividade, você poderá utilizar o espaço externo. 
Também é possível promover uma brincadeira de duplas quando os bebês já tiverem 
mais familiaridade e segurança com os movimentos. Organize um canto permanente com 
colchonetes. Em um momento oportuno, pode-se até mesmo convidar outras pessoas da 
comunidade escolar e os responsáveis para participar desse momento com os bebês.
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Conjunto: Sono e descanso
EI_MT_BB_PF.indb 48EI_MT_BB_PF.indb 48 06/10/2023 11:22:1406/10/2023 11:22:14
CONJUNTO 3
Os momentos de alimentação na Educação Infantil são fundamen-
tais para o crescimento, desenvolvimento, bem-estar e aprendiza-
gem dos bebês. A alimentação é uma das primeiras maneiras de 
eles conhecerem o mundo. Por isso, é fundamental que seja um 
momento tranquilo e prazeroso. Café da manhã, almoço, tomar um 
suco ou comer uma fruta são oportunidades para os bebês conhe-
cerem texturas, aromas, cores, temperaturas e gostos dos alimen-
tos. Além disso, são momentos em que o o(a) professor(a) pode 
conversar com os bebês, para conhecer melhor suas preferências.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto
O eu, o outro e o 
nós.
Corpo, gestos 
e movimentos.
Escuta, fala, 
pensamento 
e imaginação.
Espaços, tempos, 
quantidades, 
relações e 
transformações.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, 
brincadeira e descanso.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e 
desejos.
EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades 
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01EF08 Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, 
fábulas, contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).
EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
AP
49
ALIMENTAÇÃO
EI_MT_BB_PF.indb 49EI_MT_BB_PF.indb 49 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
 ATIVIDADE 1 
PREPARANDO UMA COZINHA
 Tempo sugerido: de 40 a 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO06, EI01CG01, EI01CG05
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Considere a participação dos responsáveis para identificar como a alimentação dos 
bebês é feita em casa. Solicite que algum utensílio de cozinha utilizado para a alimentação 
do bebê seja levado para a escola e incluído nas brincadeiras e interações. Na escola, 
providencie alguns itens de uso cotidiano com os funcionários da cozinha.
 � Materiais
 F Caixas de papelão;
 F Colheres de diversos tamanhos;
 F Pratos de plástico;
 F Tigelas;
 F Potes utilizados nos momentos de alimentação tanto em casa como na escola 
(solicitados com antecedência);
 F Pequenas panelas;
 F Frutas e legumes para enriquecer a atividade; 
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade.
 � Espaços 
Em cantos ou estações na sala, organize os materiais e utensílios separados previa-
mente em caixas de papelão, de modo a possibilitar a exploração autônoma e o livre 
acesso por pequenos grupos. Por exemplo: 
 • Canto 1: disponha frutas e verduras;
 • Canto 2: coloque objetos, como panelas pequenas, pratos e tigelas;
 • Canto 3: disponha potes e colheres de diversos tamanhos.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês brincam com os objetos da cozinha? É possível perceber as diferentes 
possibilidades e manuseio? Eles conhecem os utensílios, tentam e experimentam 
novas funções para os objetos conhecidos?
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 50EI_MT_BB_PF.indb 50 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
2. Observe os gestos, expressões, balbucios, olhares e movimentos que os bebês rea-
lizam durante a atividade. Quais as expressões e os interesses manifestados no 
momento?
3. Que tipo de relações eles conseguem construir autonomamente e comos seus co-
legas a partir das brincadeiras com os utensílios?
O QUE FAZER DURANTE
Inicie a conversa com todo o grupo com um convite durante a apresentação dos 
utensílios que trouxeram de casa. Dê nome aos itens, com o auxílio dos bebês. 
Nesse momento, utilize também os itens da escola para a exploração. Possibilite 
a apresentação destes elementos pelos próprios bebês, valorizando seus gestos, 
expressões, balbucios, olhares e movimentos. Observe aqueles que se manifestam 
na apresentação dos objetos esticando os braços, colocando o que pegaram no 
chão ou balbuciando o próprio nome. 
 — Vamos ver o que vocês trouxeram?
 — Vocês trouxeram muitos objetos interessantes!
 — Quem pode me ajudar com os nomes desses objetos?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Pode ser que os bebês joguem, com força, os objetos no chão, testando sua 
resistência e observando os sons que emitem.
Possível ação 
do bebê
Incentive a livre exploração por parte dos bebês nos cantos ou nas estações pre-
viamente preparados. Observe a maneira como interagem com os objetos, com 
os outros bebês e com o(a) professor(a). Perceba se as hipóteses criadas por eles 
evidenciam o reconhecimento da função de cada objeto. Note se eles levam à 
boca, se reproduzem o uso dos utensílios, se o reconhecem como parte do ritual 
da alimentação ou se estão familiarizados com o que mexem. Essa observação é 
complementar ao desenvolvimento das atividades Organizando a alimentação e 
O preparo da alimentação, deste conjunto. Reserve tempo suficiente para a ati-
vidade, garantindo que todos observem, explorem, manipulem, conheçam e brin-
quem com os objetos, bem como para que você possa fazer registros diversos das 
ações dos bebês.
Em pequenos grupos ou individualmente, pergunte se os bebês sabem para que 
serve determinado item, se já usaram ou se têm em casa. Observe todos e con-
sidere que alguns podem ainda não conhecer as funções dos objetos, enquanto 
outros já se apropriaram dessas relações e precisam de um desafio extra, como 
encaixar a tampa na panela ou no pote, agrupar objetos do mesmo tipo (por exem-
plo, colheres com colheres) etc. Também ofereça frutas e verduras in natura para 
que explorem o cheiro, a textura, a cor e o sabor. 
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Atividade: Preparando uma cozinha
EI_MT_BB_PF.indb 51EI_MT_BB_PF.indb 51 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
 — Você sabe para que serve esse objeto com que está brincando?
 — Já descobriu outro jeito de usá-lo?
 — Pode me mostrar o que você trouxe de casa?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Para finalizar
Convide os bebês para um momento de partilha de experiências. Possibilite mo-
mentos de troca entre eles, garantindo as interações com os objetos e entre os 
bebês. Diga que a atividade acabará em dez minutos e que os materiais serão or-
ganizados. Conte qual será a próxima atividade. Se o próximo passo for o horário 
de refeição, aproveite para conversar, com todo o grupo, sobre o momento da ali-
mentação na escola e como eles se sentem em relação a ele.
O QUE FAZER DEPOIS
Nas próximas vezes que realizar a atividade, utilize o espaço de alimentação (refei-
tório, pátio, lactário etc.). Você também pode incentivar uma brincadeira de faz de conta 
no preparo da alimentação, quando os bebês já tiverem familiaridade com o uso social 
dos utensílios. Levar esses objetos para o momento da refeição também é uma forma de 
considerar a maneira como os bebês comem em casa e na escola. Organize, em um dos 
cantos, uma cozinha com utensílios de brinquedo, como fogões e geladeira feitos de caixa 
de papelão. Torne-o permanente. Em outro momento, você pode convidar um funcionário 
da cozinha para participar da brincadeira ou até mesmo levar os bebês em pequenos 
grupos para conhecer a cozinha da escola, com as devidas medidas de segurança ne-
cessárias à faixa etária.
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 52EI_MT_BB_PF.indb 52 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
 ATIVIDADE 2 
ORGANIZANDO A ALIMENTAÇÃO
 Tempo sugerido: de 40 a 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO04, EI01EO05, EI01CG04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
O momento de alimentação é uma atividade permanente que deve incluir a prepara-
ção do ambiente de forma organizada, segura, prazerosa e atraente, mas que, ao mesmo 
tempo, precisa considerar individualidades e preferências dos bebês, favorecendo sua 
autonomia. Caso a escola tenha um jardim ou quintal, vá até lá com os bebês antes da 
atividade e colha folhas ou flores com eles, para que possam ser usadas na decoração 
do ambiente.
Na primeira vez que realizar a atividade, planeje um tempo de alimentação diferente 
do tempo institucional da escola; converse com os(as) colegas professores(as) e avise que 
você precisará de minutos adicionais; isso assegura que as demais pessoas da comuni-
dade escolar tenham ciência que você está desenvolvendo uma atividade para além da 
refeição.
 � Materiais
 F Mesas, cadeiras, cadeirões, calças-almofadas, rolinhos ou almofadas;
 F Toalhas de mesa ou tecidos variados;
 F Algumas folhas ou flores para decoração; 
 F Alimentos, como frutas in natura, para servir aos bebês;
 F Caixas para organizar os materiais;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade.
 � Espaços
Organize a atividade no ambiente rotineiro de refeição dos bebês, seja no refeitório ou 
na sala, por exemplo. Separe, em algumas caixas, os materiais para organizar o espaço 
de alimentação antes de conduzir os bebês até lá. 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Observe gestos, olhares e expressões dos bebês durante a organização do espaço. 
É possível perceber que sentem o local destinado à alimentação como acolhedor e 
receptivo?
53
Atividade: Organizando a alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 53EI_MT_BB_PF.indb 53 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
2. Os bebês se envolvem na preparação do ambiente, reconhecendo a atividade como 
parte do seu bem-estar?
3. Como os bebês comunicam as negociações com os colegas na hora de organizar o 
ambiente? Utilizam palavras, olhares, gestos e balbucios?
O QUE FAZER DURANTE
Explique aos bebês que vocês vão preparar o espaço juntos para o momento da 
refeição. Deixe as caixas com os objetos espalhadas. Convide-os a explorar os 
materiais disponíveis nas caixas e, em pequenos grupos, a arrumar as mesas de 
acordo com seus gostos e preferências. Caso você perceba que eles não têm fami-
liaridade com a situação, aproxime-se de um dos grupos e pergunte o que pode ser 
feito com o tecido e com as flores. Observe como comunicam suas necessidades, 
desejos e emoções, se por meio de gestos, balbucios, palavras. Sempre reforce a 
eles para que serve cada objeto após o questionamento.
 — Como podemos usar estes panos e as flores para deixar mais bonita 
a mesa? 
 — O que mais podemos colocar?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Enquanto organizam as mesas, aproveite o momento para observar como eles ma-
nipulam os objetos, como realizam suas escolhas e como interagem. Convide-os 
a explorar, observar e reconhecer o ambiente e manipular os diferentes materiais, 
interagindo em pequenos grupos. A atividade Preparando uma cozinha, deste 
conjunto, é importante para incentivar a exploração de objetos relacionados à ali-
mentação. Apoie as ações dos bebês, encorajando a participação, e faça registros 
desses momentos, se possível. Se durante a organização da alimentação as frutas 
forem oferecidas, peça para que os bebês as organizem. Nomeie com eles os ali-
mentos e os objetos. Garanta que façam intervenções individuais para deixar uma 
marca pessoal no ambiente.
 • Os bebês podem se deslocar até os objetos, querer pegá-los e levá-los para 
um colega. 
 • Outros podem observar atentamente antes de se aproximar e explorar os 
objetos.
Possíveis ações 
dos bebês
Depois que as mesas e o ambiente estiverem organizados, procure saber o que 
acharam e faça o convite para a refeição. Neste momento, você pode cantaruma 
cantiga com os bebês, com a qual eles tenham familiaridade e que faça parte do 
momento de refeição deles. Incentive os bebês a se alimentarem sozinhos, com os 
talheres ou com as mãos. Enquanto se alimentam, atente-se às descobertas deles 
sobre texturas e cheiros, às suas expressões ao participar da refeição e a como 
manuseiam o talher e as frutas.
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 54EI_MT_BB_PF.indb 54 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
Para finalizar
Diga aos bebês que a atividade acabará em dez minutos e que os materiais serão 
organizados. Aproveite para informar qual será o próximo passo na rotina. Isso os 
acalma e faz parte da partilha do planejamento, promovendo participação mais 
efetiva deles na atividade. Convide-os a recolher os objetos, as toalhas e os teci-
dos e guardá-los nas caixas novamente.
O QUE FAZER DEPOIS
A atividade pode ser repetida outras vezes e se tornar uma rotina no momento de ali-
mentação. Experimente incorporar e ampliar a ideia para a criação de um buffet. Coloque 
os alimentos disponíveis em recipientes ou potes e gradativamente aumente o desafio para 
os bebês. Em um primeiro momento, nomeie os alimentos enquanto os coloca nos pratos 
e observe de que maneira eles acompanham isso: como reagem, que gestos e expressões 
apresentam para diferentes alimentos, se manifestam suas preferências alimentares, se 
conhecem os alimentos e como reagem aos cheiros, texturas e sabores. Ao passo que 
forem se tornando mais autônomos, tente convidá-los para se servir dos alimentos que 
vocês organizaram juntos. Isso dará a eles inúmeras possibilidades de desenvolvimento. 
Experimente um piquenique em outros espaços da escola, como no jardim, no parque ou 
embaixo de uma árvore.
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Atividade: Organizando a alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 55EI_MT_BB_PF.indb 55 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
 ATIVIDADE 3 
O PREPARO DA ALIMENTAÇÃO
 Tempo sugerido: 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO04, EI01CG04, EI01ET01
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A atividade consiste em envolver os bebês na observação do preparo de suas refeições 
junto aos funcionários responsáveis pela cozinha. Será dada a oportunidade para que os 
bebês sintam o cheiro da refeição sendo preparada, de forma que eles sejam envolvidos 
em alguma das etapas da feitura, como tocar os alimentos in natura. A alimentação pos-
sibilita aos bebês a descoberta de texturas, cores, temperaturas e sabores dos alimentos. 
É importante que os legumes e as verduras sejam higienizados previamente, visto que 
os bebês poderão levá-los à boca para experimentar. Converse previamente com os ou-
tros funcionários envolvidos (cozinheiros, auxiliares etc.) sobre o exercício em questão e 
a importância de envolver os bebês nesse processo.
 � Materiais
 F Pratos;
 F Caixas para organizar os materiais;
 F Colheres de vários tamanhos;
 F Panelas;
 F Verduras e legumes in natura disponibilizados em bacias;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade.
 � Espaços
Organize a atividade para que ocorra na cozinha ou refeitório. Separe os materiais em 
diversas caixas.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Os bebês apresentam curiosidade/preferência por alguma verdura ou por algum 
legume? Como os exploram?
2. Como eles observam o preparo de uma refeição? Como participam desse preparo?
3. Como os bebês exploram as diversas propriedades dos alimentos?
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 56EI_MT_BB_PF.indb 56 06/10/2023 11:22:1506/10/2023 11:22:15
O QUE FAZER DURANTE
Atividade acontecerá no refeitório, cozinha ou outro espaço que considerar perti-
nente. Antes do momento da refeição, vá com todo o grupo ao local e explique que 
eles estarão envolvidos na preparação de seus alimentos. Disponha, em caixas ou 
bacias, os legumes e as verduras previamente higienizados. Em pequenos grupos, 
distribua as verduras e os legumes. Observe como os bebês exploram os alimentos, 
como percebem cores, cheiros, texturas e gostos e de que forma os manuseiam. Aos 
poucos, fale os nomes dos alimentos para eles. Possibilite que explorem os itens 
das caixas fazendo um rodízio. Mescle os momentos individuais e os em grupo, e 
tente identificar se os bebês demonstram preferência por algum alimento durante 
a manipulação. Note se essa preferência tem a ver com a textura, com o formato, 
com o cheiro ou com o sabor desses alimentos. 
 — Quem pode ajudar na preparação da refeição hoje?
 — Temos aqui algumas verduras e legumes. Quais vocês conhecem?
 — Vamos pegar as verduras e os legumes? Que cores, formas 
e cheiros eles têm?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Após o momento de exploração, caso haja disponibilidade, convide os funcionários 
da cozinha para mostrar como se descasca e manuseia alguns dos itens apresen-
tados. Observe como os bebês reagem à ação de cortar e descascar o alimento. 
Possibilite que eles provem o alimento in natura. Observe como demonstram curio-
sidade e preferência por alguma verdura ou por algum legume. Utilize a máquina 
fotográfica para registro. 
 — Vamos provar alguns alimentos que farão parte da nossa refeição. 
 — Mostre aos amigos um legume ou verdura do qual você goste muito.
 — Será que este alimento tem o mesmo gosto depois de cozido?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Algum bebê poderá expressar surpresa ao ver o alimento cortado.
 • Outros poderão pedir para experimentar ou oferecer para um colega.
Possíveis ações 
dos bebês
Convide os bebês individualmente para colocar os legumes e as verduras corta-
dos dentro da panela ou bacia do preparo. Observe as expressões deles e como 
se envolvem com a proposta. Perceba se balbuciam, gesticulam apontando algum 
legume ou alguma verdura, e se mostram para o colega. Incentive e valorize as 
diversas formas de comunicação, respeitando-se o tempo de interação de cada 
um. Para a atividade, sugerimos que você cante a música Sopa. Enquanto cantam, 
nomeie os itens da sopa. Na atividade Experimentando chás, deste conjunto, os 
bebês terão a oportunidade de conhecer outros cheiros e sabores.
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Atividade: O preparo da alimentação
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 — O que tem na sopa do neném?
 — Será que tem cenoura? Será que tem batata? 
 — O que podemos colocar?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Explique que os alimentos irão para cozinha para serem preparados. Chame a 
atenção para o cheiro dos alimentos sendo preparados. Dessa forma, os bebês 
estabelecerão uma boa relação com a comida a partir do gosto, da aparência e 
do cheiro. Observe as expressões durante esse momento. Enquanto o alimento é 
preparado, retorne com eles à sala, ou, se preferir, organize um espaço externo 
para que brinquem em pequenos grupos.
Para finalizar
Convide as pessoas envolvidas na preparação da refeição para apresentar o prato 
aos bebês. Faça a refeição com eles, lembrando-os sobre os cheiros e retomando 
os ingredientes presentes nos alimentos preparados. Registre a atividade com fotos.
Sugestão de vídeo
• Sopa. Palavra Cantada Oficial. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=x5Dm5FcvIOw. Acesso em: 16 jun. 2023.
O QUE FAZER DEPOIS
Realize a atividade novamente, envolvendo frutas no preparo de uma salada de frutas. 
Considere manter um canto ou uma estação de cozinha de brinquedo permanente na sala.
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 58EI_MT_BB_PF.indb 58 06/10/2023 11:22:1606/10/2023 11:22:16
https://www.youtube.com/watch?v=x5Dm5FcvIOw
https://www.youtube.com/watch?v=x5Dm5FcvIOw
 ATIVIDADE 4
EXPERIMENTANDO CHÁS
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO04, EI01CG04, EI01ET01
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
A atividade consiste na degustação de chás a partir da criação de um pequeno jardim 
de sensações com ervas aromáticas colocadas em potes ou que estejam em um ambiente 
externo,como forma de estimular os sentidos: tato, olfato, paladar e visão. É importante 
que, antes da realização da atividade, já tenha ocorrido um momento de plantio das ervas 
aromáticas junto aos bebês, num jardim externo ou em pequenos potes. Plante com eles 
as mudas de cidreira, de capim-limão, de hortelã, de camomila, de guaco, entre outras. 
Cultive-as regando e acompanhando o crescimento. Se por algum motivo não tenha sido 
possível fazer o plantio dos chás ou se as mudas não tiverem evoluído o suficiente para 
ser colhidas, solicite, com antecedência, que os responsáveis enviem alguns chás secos 
e ervas in natura para a atividade. Mas lembre-se de que o momento do plantio e colheita 
é muito relevante para o desenvolvimento dos bebês e é importante que ele seja feito em 
algum momento, mesmo que posterior à atividade.
 � Materiais
 F Ervas colhidas no jardim, como erva-doce, hortelã, camomila, mace la, lavanda, 
canela, cravo, capim-limão, erva-cidreira, poejo, manjerona e guaco. 
 F Potes ou vasos pequenos com mudas de ervas aromáticas para chá; 
 F Bules, copos, xícaras e pires; 
 F Tule;
 F Pequenos pedaços de tecidos;
 F Linha de crochê;
 F Caixas de papelão;
 F Panos diversos para cobrir as caixas;
 F Brinquedos diversos (como bonecas, bonecos, carrinhos, peças de encaixe e 
brinquedos de pelúcia e de borracha);
 F Um celular ou câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a atividade.
 � Espaços
Organize a sala em estações ou cantos. Organize caixas, pequenas e médias, para 
colocar as ervas colhidas.
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Atividade: Experimentando chás
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 � Perguntas para guiar suas observações
1. Os bebês reconhecem o cheiro das ervas e têm curiosidade/preferência por alguma 
em especial? Como exploram os cheiros e as texturas?
2. Durante a degustação dos chás, demonstram preferência por algum? Como reagem 
aos sabores?
3. Eles percebem a diferença de temperatura do chá? Como reagem quando está morno 
ou frio?
O QUE FAZER DURANTE
Leve as ervas do jardim aromático para a sala. Se vocês fizeram o jardim em uma 
área externa, convide todo o grupo para colher as ervas. Caso o jardim tenha sido 
feito em potes ou vasos, faça uma colheita na sala, com os bebês manuseando e 
descobrindo a transformação da erva fresca. Incentive-os a pegar e cheirar as er-
vas para fazer deste um rico momento de experimentação e de contato mais pró-
ximo com a natureza.
Disponha algumas caixas de papelão de tamanhos variados para compor esta-
ções ou cantos pela sala com as ervas em saquinhos de tule. No caso das ervas 
colhidas, reserve um momento anterior para a confecção dos saquinhos com os 
bebês. Crie pequenos sachês de tule ou crochê com ervas aromáticas: guaco, 
hortelã, erva-doce, camomila, macela, lavanda, canela, cravo, capim-limão. Or-
ganize algumas caixas com ervas previamente lavadas in natura para que os be-
bês possam tocar, cheirar e provar. Amplie o repertório de sensações com ervas 
de cores, cheiros e texturas diferentes. Organize algumas caixas com utensílios 
utilizados no preparo do chá. Cubra as caixas com tecidos para que os bebês fa-
çam a descoberta. Chame a atenção para ver se reconhecem que o cheiro vem 
das caixas. Possibilite que os bebês fiquem à vontade para a livre exploração nos 
cantos ou estações em pequenos grupos, de quatro a cinco bebês, e aproveite 
para fazer registros de suas ações. Observe se apresentam curiosidade ou pre-
ferência por alguma erva, seca ou in natura. Possibilite que explorem, nos seus 
tempos, os itens das caixas. 
 — Hoje a sala está cheirosa. Conseguem sentir o cheiro diferente?
 — De onde será que ele vem? Vamos descobrir? 
 — Vamos adivinhar o que tem na caixa? 
 — Pegue um saquinho em sua mão. Que cheiro ele tem?
 — Esta é a camomila, esta a hortelã, aqui temos a erva-cidreira.
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Após explorarem os itens da caixa, convide os bebês para o preparo do chá. Observe 
como interagem durante o preparo e como percebem o cheiro a partir da infusão 
das ervas. Inicie a degustação percebendo se eles demonstram preferência por 
algum deles. De que maneira reagem aos sabores? Fazem caretas? Parecem gostar? 
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 60EI_MT_BB_PF.indb 60 06/10/2023 11:22:1606/10/2023 11:22:16
Observe se percebem a temperatura do chá morno e como reagem a isso. Garanta 
que esteja à disposição uma cesta com brinquedos de preferência dos bebês, para 
que brinquem e explorem outras possibilidades enquanto outros pequenos grupos 
realizam a proposta com o chá. Faça um rodízio para que possam explorar os 
diversos tipos de chás, suas cores e aromas. É importante que os bebês tenham a 
experiência de saborear os chás sem nenhum tipo de adoçante, natural ou artificial.
Para finalizar
Diga aos bebês que a atividade acabará em dez minutos e que os materiais serão 
organizados. Comente sobre a próxima atividade. Convide-os a recolher os saqui-
nhos de tule e guardá-los nas caixas. Envolva-os no recolhimento dos copos ou 
xícaras utilizados.
O QUE FAZER DEPOIS
Separe algumas frutas, como maçãs, peras etc, para um chá de frutas. Repita os passos 
da caixa de descoberta para produzirem uma boa conversa sobre os aromas. Explore com 
os bebês se já tomaram chá de frutas e com quais delas podemos fazer um chá.
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Atividade: Experimentando chás
EI_MT_BB_PF.indb 61EI_MT_BB_PF.indb 61 06/10/2023 11:22:1606/10/2023 11:22:16
 ATIVIDADE 5
RECEITAS EM CASA
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO06, EI01EF08, EI01ET01
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Os responsáveis serão convidados a virem à escola preparar com os bebês alguma 
comida de que estes gostam. Portanto, antes de realizar a atividade, são necessárias 
algumas ações. Converse previamente com outros funcionários envolvidos, como cozi-
nheiros e auxiliares, e explique sua intenção. Combine com antecedência a receita que 
será preparada e deixe organizado, de antemão, o que for viável. Escreva um bilhete para 
os adultos responsáveis contando sobre sua proposta e solicite que enviem uma receita 
de alguma comida típica que faça parte do repertório familiar, de que os bebês gostam 
e que possa ser produzida na escola. Algumas sugestões: galinhada, arroz Maria Isabel, 
farofa de banana, bolinho de arroz, bolo de fubá, de laranja, de banana, de abacaxi, entre 
outros. Lembre aos responsáveis que as receitas serão preparadas no ambiente escolar 
e, portanto, não podem ser muito complexas. Além disso, devem conter ingredientes que 
os bebês gostam, pois a atividade é voltada a eles. Peça que, com a receita, encaminhem, 
se possível, uma fotografia do bebê comendo junto com seus responsáveis ou do prato 
já executado. Além da fotografia do bebê, se for mais viável, os responsáveis podem 
encaminhar imagens de comidas que os bebês gostam ou até mesmo o nome dessa 
comida para que o(a) professor(a) possa providenciar a imagem. Como a atividade prevê 
a participação dos adultos responsáveis, encaminhe com o bilhete alguns dias e horários 
para que eles possam indicar suas possibilidades e, com isso, você possa organizar um 
momento onde todos possam participar da atividade com os bebês.
 � Materiais
 F Barbante e pregador para montar um varal de receitas;
 F Papel-cartão ou cartolina para suporte das receitas enviadas; 
 F Um equipamento para reprodução de vídeos; 
 F Itens para preparar a receita escolhida, providenciados pela escola;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a  atividade.
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 62EI_MT_BB_PF.indb 62 06/10/2023 11:22:1606/10/2023 11:22:16
 � Espaços
A atividade poderá ser desenvolvida na sala, na cozinha, no refeitório ou em ambiente 
externo, com sombra. Organize com antecedência o ambiente com os itens para preparar 
a receita escolhida. Para o momento da degustação, oespaço poderá ser decorado com 
os ingredientes-chave das receitas que serão feitas. Por exemplo: no caso de um bolo 
de milho, pode-se usar as espigas verdes e maduras, bem como palhas e elementos que 
remetam a esse alimento.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês interagem com outros bebês e adultos convidados? Como comunicam 
suas necessidades, desejos ou emoções no decorrer da atividade?
2. Como os bebês exploram o preparo da receita? De que maneira expressam suas 
hipóteses e descobertas?
3. Eles reconhecem as receitas feitas com o auxílio de seus responsáveis? Como de-
monstram esse reconhecimento?
O QUE FAZER DURANTE
Organize uma roda e inicie a conversa com todo o grupo, fazendo um convite à apre-
sentação das receitas que trouxeram de casa e nomeando, com o auxílio dos bebês, 
o material enviado. Possibilite que explorem os materiais por um tempo e obser-
ve atentamente suas iniciativas de interação, assim como foi realizado na atividade 
Experimentando chás, deste conjunto. Possibilite a apresentação desses elementos 
pelos próprios bebês, valorizando seus gestos, expressões, balbucios, olhares e mo-
vimentos. Observe como eles se manifestam enquanto você mostra as fotografias e 
imagens, e as receitas levadas de casa. Observe se esticam os braços, colocam-nas 
no chão ou balbuciam o nome, reconhecendo a receita como familiar.
Após compartilhar a proposta, convide os bebês para organizar o varal com as re-
ceitas. Com o auxílio deles, leia o nome das receitas. Possibilite que cada bebê 
pendure no varal sua receita com a foto ou imagem. Aos adultos que não puderem 
comparecer, peça que enviem, se possível, o passo a passo gravado em vídeos ou 
com imagens.
Com o varal pronto, destaque a receita que será feita no dia e chame o adulto res-
ponsável que foi convidado para prepará-la com os bebês. Sente-se com eles para 
acompanhar o preparo. Aproveite para observar a maneira como os bebês parti-
cipam do momento, que olhares e gestos fazem. Envolva-os durante o preparo e 
encoraje-os a experimentar os ingredientes, a manusear os utensílios e a ajudar 
na mistura. Observe como interagem com o adulto convidado e a maneira como co-
municam suas necessidades, desejos e emoções durante a atividade. 
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Atividade: Receitas em casa
EI_MT_BB_PF.indb 63EI_MT_BB_PF.indb 63 06/10/2023 11:22:1606/10/2023 11:22:16
 — Hoje teremos um dia diferente, com um convidado especial (diga o nome 
do convidado do bebê) que vai preparar para nós uma receita bem gostosa.
 — Vocês querem nos ajudar?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Para finalizar
Após o preparo, apresente a receita pronta. Convide os bebês a sentir o cheiro, a 
textura, a temperatura e a observar as cores do prato. Verifique como eles comu-
nicam suas necessidades, desejos e emoções no decorrer da exploração. Convi-
de-os a experimentar as porções em pequenos grupos, para a livre exploração do 
prato preparado. Estenda o convite aos adultos presentes, sejam os responsáveis, 
sejam outras pessoas da comunidade escolar. Observe a maneira como os bebês 
realizam suas refeições e se gostam de ter uma receita familiar sendo feita na es-
cola. Se possível, faça registros fotográficos do momento para a documentação 
pedagógica.
O QUE FAZER DEPOIS 
Você poderá realizar a atividade em outro momento, com outros adultos responsáveis 
pelos bebês, preparando uma receita com eles. Também é possível fazer receitas que 
envolvam apenas você e os bebês. Busque uma receita simples e que possa ampliar a 
participação dos bebês no manuseio dos ingredientes e no preparo, sempre tentando 
potencializar as ações de modo seguro. Você pode pensar em ampliar a proposta mon-
tando um livro de receitas com os bebês.
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Conjunto: Alimentação
EI_MT_BB_PF.indb 64EI_MT_BB_PF.indb 64 06/10/2023 11:22:1606/10/2023 11:22:16
CONJUNTO 4
Apresentar livros aos bebês é fundamental para a construção da 
atenção e da sensibilidade para a leitura como prática de escu-
ta individual e coletiva. Pegar, manusear ou folhear esses objetos 
desperta a curiosidade dos bebês e possibilita a criação de uma 
relação de intimidade com o universo da literatura. 
Em contato com histórias diversas, os bebês podem ampliar o 
vocabulário e, principalmente, imergir na fronteira entre a imagi-
nação e a realidade, conhecendo novas aventuras, ambientes e 
personagens.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e 
movimentos.
Escuta, fala, pensamento 
e imaginação.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e 
desejos.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01EF02 Demonstrar interesse ao ouvir a leitura de poemas e a apresentação de músicas.
EI01EF03 Demonstrar interesse ao ouvir histórias lidas ou contadas, observando ilustrações e os 
movimentos de leitura do adulto-leitor (modo de segurar o portador e de virar as páginas).
EI01EF04 Reconhecer elementos das ilustrações de histórias, apontando-os, a pedido do adulto-leitor.
EI01EF05 Imitar as variações de entonação e gestos realizados pelos adultos, ao ler histórias e ao 
cantar.
EI01EF06 Comunicar-se com outras pessoas usando movimentos, gestos, balbucios, fala e outras 
formas de expressão.
EI01EF07 Conhecer e manipular materiais impressos e audiovisuais em diferentes portadores (livro, 
revista, gibi, jornal, cartaz, CD, tablet etc.).
EI01EF08 Participar de situações de escuta de textos em diferentes gêneros textuais (poemas, fábulas, 
contos, receitas, quadrinhos, anúncios etc.).
EI01EF09 Conhecer e manipular diferentes instrumentos e suportes de escrita.
AP
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LEITURA DE HISTÓRIAS
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 ATIVIDADE 1 
LEITURA ACONCHEGANTE 
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EF03, EI01EF06, EI01EF08
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Como forma de exemplificação das possibilidades da proposta, será abordado o livro 
Quero colo!. O(a) professor(a) poderá selecionar, caso for mais viável, títulos para o de-
senvolvimento da atividade. Estes, por sua vez, devem ser escolhidos de acordo com o 
repertório próprio, com a cultura regional ou conforme apreciação do grupo de bebês. É 
importante garantir a escolha de livros de qualidade. Para tanto, tenha como referência 
a qualidade das ilustrações, a presença de uma narrativa, evitando textos que apenas 
descrevam as ilustrações. O(a) professor(a) deve conhecer previamente a história sele-
cionada para que possa conduzir a leitura com tranquilidade e favorecer as interações 
dos bebês com o enredo e com o objeto livro. A depender do tamanho da turma, será 
necessário o auxílio de outro professor ou professor(a) auxiliar.* 
 � Materiais
 F Livro Quero colo! ou outro, escolhido pelo(a) professor(a); 
 F Materiais para acomodar confortavelmente os bebês, como tapete, colchonete, 
rede, travesseiros etc; 
 F Cortinas ou tecidos para compor a ambientação da proposta; 
 F Brinquedos e objetos para livre exploração;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade.
Sugestões de leitura
 • Quero colo!. Stela Barbieri e Fernando Vilela (Edições SM, 2016).
 • A casa sonolenta. Audrey Wood. Ilustrações: Don Wood (Ática, 2019).
 • Tanto tanto. Trish Cooke (Ática, 2019).
 � Espaços
Considere que a atividade será desenvolvida individualmente e no período de alguns 
dias, a fim de contemplar todos os bebês do grupo. Desse modo, selecione um canto na sala 
que possa ficar permanentemente organizado para a proposta e as outras que seguirão. 
* Pode haver uma variação no uso da expressão “professor(a) auxiliar” no estado. Trata-se do profissional 
que auxilia o(a)professor(a) responsável pela turma na execução de algumas atividades com as crianças. 
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Conjunto: Leitura de histórias Atividade: Leitura aconchegante 
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Utilize os materiais sugeridos para criar um ambiente aconchegante para as interações 
dos bebês. Coloque o livro escolhido em uma posição centralizada e convidativa para 
que os bebês possam interagir com ele e com outros elementos do espaço. 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês demonstram interesse pela história no momento de leitura? De que 
maneira eles observam as imagens? Como interagem com a leitura que o adulto faz?
2. Quais são as reações dos bebês enquanto apreciam a leitura de um livro?
3. De que forma os bebês comunicam seus desejos e emoções durante a leitura?
O QUE FAZER DURANTE
Possibilite que, ao acordar, o bebê se localize no ambiente e que suas necessidades 
sejam atendidas. Em seguida, aproxime-se dele e diga que gostaria de apresentar o 
livro. Mostre o espaço preparado e convide-o a se deslocar para apreciar a leitura. 
Se houver mais de um bebê acordado, estenda o convite a pequenos grupos. Lem-
bre-se de que o foco da proposta é realizar uma leitura suave e aconchegante, com 
proximidade física, contribuindo para o desenvolvimento e reforçando laços afetivos 
e de interesse entre bebê e professor e bebê e livro, o que será muito importante 
para o desenvolvimento das atividades Leitura divertida, Leitura entre pares, Leitu-
ra musical e Leitura em pequenos grupos, deste conjunto. Caso tenha mais de três 
bebês na ocasião, oriente-os para que permaneçam em brincadeiras livres com os 
recursos materiais da sala e peça contribuição de um(a) professor(a) ou professor(a) 
auxiliar para garantir que todos tenham apoio e atenção necessários.
 — (Diga o nome do bebê), eu trouxe um livro novo para mostrar para a turma. 
 — Você gostaria de descobrir qual é essa história nova? 
 — Olhe para aquele canto da nossa sala. Você vê o livro que está lá? Vamos 
até ele?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • O bebê pode sorrir e bater palmas, demonstrando encantamento pela 
proposta e, depois, seguir para o espaço da leitura.
Possíveis ações 
dos bebês
Favoreça as experiências investigativas e as descobertas individuais do bebê, possibi-
litando que ele fique livre em suas iniciativas de interação com os elementos que com-
põem o ambiente da leitura. Possibilite que ele folheie o livro, troque as almofadas de 
lugar, role sobre o tapete, brinque com o tecido preso ao teto, suba e desça da rede (com 
sua ajuda, se preciso for) etc. Fique atento aos gestos e movimentos do bebê para saber 
em qual momento iniciar a leitura, que deve ser feita em situações mais tranquilas. Con-
vide-o à leitura e acomode-o bem próximo de você, acolhendo-o no colo ou lado a lado, 
de modo que ele possa segurar o livro e virar as páginas (se já conseguir realizar essa 
ação) ou fique deitado. Segure o livro de forma que ele consiga visualizá-lo e tocá-lo. 
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Atividade: Leitura aconchegante 
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Inicie a leitura junto com o bebê, apresentando o título e explorando os elementos da 
capa. Conte com o auxílio de um(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar para fazer regis-
tros fotográficos ou em vídeos. 
 • O bebê pode demonstrar interesse pela leitura ao pegar o livro, por exemplo. 
 • Ele pode sorrir e se aproximar do(a) professor(a). 
Possíveis ações 
dos bebês
Mantenha-se próximo ao bebê durante a leitura, olhando nos olhos e tocando em 
suas mãos, por exemplo. Pronuncie lentamente as palavras para que ele compreen-
da melhor a narrativa e faça as pausas necessárias para que possa interagir com 
o momento da leitura. Gesticule e use diferentes entonações de voz para repre-
sentar o enredo e envolver o bebê na história. Motive-o a apontar e a nomear os 
elementos figurativos presentes no livro. Incentive-o a participar da leitura por meio 
de balbucios, palavras, gestos, movimentos e brincadeiras de imitação do ato de 
ler. Ao longo da narrativa, favoreça o desenvolvimento de situações imaginárias, 
possibilitando o protagonismo do bebê na brincadeira de leitura de história. Reco-
nheça e valorize toda e qualquer forma de comunicação e expressão. Ao finalizar, 
pergunte ao bebê se ele gosta quando as pessoas o pegam no colo. 
 • O bebê pode interagir com o(a) professor(a) ao comunicar o desejo de estar 
no colo. 
 • Pode também demonstrar tranquilidade por se sentir seguro e acalentado 
pelas ações do(a) professor(a). 
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Esteja atento e seja flexível para continuar ou interromper a leitura de acordo com as 
necessidades e desejos do bebê. Ao finalizar a atividade, possibilite que ele fique li-
vre para se divertir nas brincadeiras espontâneas, fazendo uso dos recursos, objetos e 
brinquedos disponíveis na sala. Mantenha o espaço organizado por alguns dias, a fim 
de desenvolver a proposta com outros bebês, até que todos participem da proposta.
O QUE FAZER DEPOIS
A atividade pode ser desenvolvida ao longo do ano, podendo ser modificada. Varie os 
títulos, os ambientes e as situações do cotidiano, como realizar a leitura antes ou após 
os momentos de alimentação e de banho, ou em outros ambientes, promovendo situa-
ções afetivas aos bebês. Reflita sobre as observações e registros feitos no decorrer das 
dinâmicas, para planejar as próximas interações, propondo novos desafios ou repetindo 
a atividade.
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Conjunto: Leitura de histórias
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 ATIVIDADE 2 
LEITURA DIVERTIDA 
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01CG01, EI01EF04, EI01EF05
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para demonstrar possibilidades quanto ao desenvolvimento da proposta, utilizaremos 
como exemplo o livro Kabá Darebu. O(a) professor(a) deve conhecer previamente a história 
selecionada para conduzir a leitura com tranquilidade e favorecer as interações dos bebês 
com o enredo. Busque, de antemão, estudar algumas narrativas do povos indígenas mato-
-grossenses para ampliar as possibilidades de mediações e intervenções. Selecione alguns 
livros que tenham contextos parecidos e os reserve em uma cesta ou caixa. Defina, também, 
qual será a forma de registro de suas observações acerca do desenvolvimento dos bebês.
Sugestões de leitura
 • Kabá Darebu. Daniel Munduruku. Ilustrador: Maté (Brinque-Book, 2002).
 • Curumim. Tiago Hakyi (Positivo, 2014). 
 • A pena perdeu um passarinho. Moni Nilsson e Jonatan Brännström (Positivo, 2015). 
 • A flor do mato. Marcelo Pimentel (Positivo, 2019).
 • Coisas de índio – versão infantil. Daniel Mundukuru (Callis, 2019).
 • Tulu. Donald Buchweitz (Ciranda Cultural, 2020).
 � Materiais
 F Livro Kabá Darebu e um boneco de pano que possa representá-lo;
 F Cesta ou caixa com variados livros de enredos semelhantes ao selecionado para 
a atividade;
 F Frutas e raízes regionais, como açaí e mandioca, acondicionadas em uma bacia; 
 F Almofadas para dar sustentação aos bebês menores;
 F Tapetes, tatames ou colchonetes;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Fantoches;
 F Cesto de brinquedos favoritos; 
 F Um equipamento para reprodução de vídeo;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade.
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Atividade: Leitura divertida 
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 � Espaços
Realize a atividade em um espaço externo da escola com todo o grupo de bebês. 
Organize os tapetes ou similares embaixo da sombra de uma árvore, por exemplo, e 
disponha as almofadas no entorno deles, criando um círculo. Acomode a cesta ou caixa 
com livros no centro do ambiente. Coloque o livro principal, Kabá Darebu, na posição 
vertical, apoiado na cesta, e,ao lado dele, posicione o boneco de pano que representa o 
personagem principal. Inicialmente, deixe a bacia com as frutas e raízes higienizadas em 
um canto mais distante. Posicione o equipamento para reprodução de áudio no espaço. 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Quais são as reações dos bebês ao reconhecerem os elementos presentes nas ima-
gens da história? Como eles comunicam essa identificação?
2. Como eles imitam os gestos e as entonações de voz que o adulto realiza ao apre-
sentar o enredo do livro?
3. De quais maneiras os bebês expressam suas necessidades e descobertas? Quais 
movimentos corporais apresentam para se comunicar?
O QUE FAZER DURANTE
Reúna todo o grupo e conte sobre a proposta de leitura do livro Kabá Darebu, que 
será realizada no espaço externo, e crie expectativas sobre as descobertas e brin-
cadeiras que poderão acontecer. Registre esses momentos por meio de fotos ou 
vídeos, quando possível. 
Possibilite a exploração espontânea e apoie as iniciativas de investigação do grupo 
em relação aos materiais disponibilizados. Favoreça que os bebês folheiem o livro 
Kabá Darebu, analisem os outros livros, troquem as almofadas de lugar, rolem so-
bre os tapetes e brinquem uns com os outros e com o boneco que representa o per-
sonagem. Ofereça suporte corporal e auxilie a busca pelo objeto de interesse dos 
bebês, garantindo diferenciados momentos de interações. Incentive a observação 
atenta e o contato respeitoso com elementos da natureza. Em seguida, convide os 
bebês a se acomodarem confortavelmente nos tapetes, explicitando que agora você 
apresentará o livro Kabá Darebu. Esse momento de interação mais próxima entre os 
bebês favorecerá o desenvolvimento da atividade Leitura entre pares, deste conjun-
to. Auxilie-os a se organizarem um ao lado do outro, formando o círculo conforme a 
disposição das almofadas.
Com o livro e o boneco de pano em mãos, comece explorando a capa e os elemen-
tos que o compõem. Use diferentes entonações de voz e variadas expressões fa-
ciais de acordo com as características do enredo e do personagem. Torne-se parte 
da narrativa ao brincar e interagir com o boneco, por meio de gestos e movimentos. 
Faça as pausas necessárias para que todo o grupo aprecie e identifique os elemen-
tos presentes nas imagens do livro, dando ênfase àqueles que tenham relação com 
a cultura dos povos indígenas mato-grossenses. Motive os bebês a apontarem e a 
nomearem esses elementos, fazendo comparações entre as imagens do livro e a 
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Conjunto: Leitura de histórias
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realidade. Encoraje-os a se envolverem na proposta, reconhecendo e valorizando 
suas falas, balbucios e expressões. Incentive todo o grupo a participar da leitura 
por meio de balbucios, palavras, gestos, movimentos e brincadeiras de imitação 
do ato de ler.
Finalizada a leitura, pergunte aos bebês sobre suas brincadeiras e comidas pre-
feridas, correlacionando-as com o cotidiano do personagem Kabá Darebu. Em se-
guida, pegue a bacia de frutas e raízes e ofereça a eles. Dê condições para que os 
bebês explorem e os incentive a protagonizar divertidas brincadeiras, apoiando 
suas iniciativas de investigação em relação ao ambiente natural. Ligue o equipa-
mento para reprodução do áudio das cantigas populares, A canoa virou e Peixe 
vivo, para que o grupo permaneça envolvido na temática do livro. Você pode con-
vidar os bebês para escutar os sons da natureza, tal como os indígenas fazem, ou 
convidá-los a brincar de imitar outras ações e comportamentos dos indígenas que 
aparecem na história lida. 
Sugestões de vídeo
 • A canoa virou. Versão do grupo Palavra Cantada. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_vmxj-adiPo. Acesso em: 21 jun. 2023. 
 • Peixe vivo. Versão do grupo Palavra Cantada. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=a6rT0x4ZSj4. Acesso em: 16 jun. 2023.
 • Siriri. Grupo Folclórico Flor Ribeirinha. 
Disponível em: https://youtu.be/W1ugauffZEU. Acesso em: 21 jun. 2023.
 • Música do povo Waurá do Xingu/MT. 
Disponível em: https://youtu.be/tlVxjg70dwA. Acesso em: 21 jun. 2023.
Para finalizar
Sinalize o encerramento da atividade e indique o que será feito posteriormente. 
Leve, também, para o espaço da brincadeira alguns fantoches e o cesto de brin-
quedos favoritos para oferecer opções aos bebês que demorarem mais para se 
engajar na finalização da atividade.
O QUE FAZER DEPOIS
Para ampliar o repertório literário dos bebês, com contextos semelhantes, se possível, 
apresente a todo o grupo a narrativa tradicional da Lenda da Caipora, usando recursos 
como fantoches e outros elementos para a contação de histórias. 
O(a) professor(a) poderá fazer adaptações no ambiente ou desenvolver a atividade em 
outros locais, como na própria sala ou no pátio, variando os títulos dos livros e os recursos 
representativos de acordo com o enredo selecionado. 
Sugestão de vídeo
 • Contação de histórias – Minhocão do pari. Portal da Escola Cuiabana. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-8V4QVuFam4. Acesso em: 21 jun. 2023. 
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Atividade: Leitura divertida 
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https://www.youtube.com/watch?v=_vmxj-adiPo
https://www.youtube.com/watch?v=a6rT0x4ZSj4
 ATIVIDADE 3
LEITURA ENTRE PARES 
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO04, EI01EF05, EI01EF07
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para exemplificar o desenvolvimento da atividade, será abordado o livro Pedro vira por-
co-espinho. O(a) professor(a) poderá selecionar outros títulos para o desenvolvimento da 
proposta. Os livros podem ser escolhidos de acordo com o repertório próprio, com a cultu-
ra regional ou conforme apreciação do grupo de bebês. O(a) professor(a) deve conhecer 
previamente a história selecionada, para conduzir a leitura com tranquilidade e favorecer 
as interações dos bebês. Os recursos materiais sugeridos também podem ser substituídos 
por outros, desde que contemplem o contexto da história escolhida. 
Sugestões de leitura
 • Pedro vira porco-espi nho. Janaina Tokitaka (Jujuba, 2017). 
 • Zeca Zangado. Robert Starling. Ilustrações: Robert Starling. Tradutora: Gilda de 
Aquino (Brinque Book, 2018). 
 • Vira bicho!. Luciano Trigo. Ilustrações: Mariana Massarani (Editora Galera, 2004). 
 � Materiais
 F O livro Pedro vira porco-espinho digitalizado ou outro da preferência do(a) professor(a);
 F Um projetor;
 F Tecido branco para projetar as imagens na parede;
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Um cesto com livros variados; 
 F Fantoches ou um cesto com os brinquedos favoritos dos bebês; 
 F Fotografias que fazem parte dos registros pedagógicos;
 F Cartolinas;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade.
 � Espaços
A sugestão é que a atividade seja desenvolvida em pequenos grupos e em um canto da 
sala. Organize o projetor de modo que os bebês tenham liberdade de movimento durante 
a leitura interativa a ser projetada. Utilize os materiais sugeridos para criar um ambiente 
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Conjunto: Leitura de histórias
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aconchegante e atraente para a turma. Coloque o cesto de livros no ambiente, com o 
livro Pedro vira porco-espinho, ou outro de sua preferência, em uma posição centralizada 
e convidativa aos possíveis interesses dos bebês.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Quais os modos de exploração dos bebês em relação aos suportes de textos utilizados, 
material e digital? Como eles interagem com a leitura?
2. Como os bebês imitam os gestos e as entonações de voz que o adulto realiza ao 
apresentar o enredo do livro?
3. De que forma comunicam seus desejos e emoções durante o momento da leitura 
interativa?
O QUE FAZER DURANTE
Em um local da sala organize o espaço da atividade,viabilizando um ambiente 
acolhedor e interessante para os bebês. Deixe projetada, na parede ou no tecido 
branco, a imagem da capa do livro Pedro vira porco-espinho, ou de outro livro que 
você considerar pertinente. Junte-se a todo o grupo e conte sobre a proposta de 
brincar por meio da leitura de livros de histórias, despertando a curiosidade dos 
bebês sobre esse assunto. Mostre o espaço preparado e convide-os para se deslo-
carem e apreciarem a leitura. Lembre-se de que o foco da proposta é realizar uma 
leitura prazerosa, divertida e com proximidade física, contribuindo para o desen-
volvimento dos pequenos e reforçando laços afetivos entre os bebês. 
 — Vocês perceberam algo diferente na sala? 
 — Olhem só o que eu trouxe para vocês! (Falar o nome do livro escolhido). 
 — O que será que acontece nessa história? 
 — Vamos descobrir o que vai acontecer?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Os bebês podem sorrir e bater palmas, demonstrando encantamento pela 
proposta e, depois, seguir para o espaço da leitura.
Possível ação 
dos bebês
No espaço delimitado para a atividade, possibilite que os bebês se familiarizem 
com os elementos que compõem o ambiente: tapete, colchonete, almofadas, tra-
vesseiros, cesto com livros e imagem projetada na altura da visão dos bebês. Fa-
voreça que cada bebê folheie o livro, troque as almofadas de lugar, role sobre o 
tapete, brinque com a imagem projetada (mesmo que com incentivo do(a) profes-
sor(a)) etc. Registre o momento por meio de fotos ou vídeos, para fins de documen-
tação pedagógica. Convide todo o grupo para se acomodar confortavelmente em 
frente à imagem projetada, explicitando que apresentará o livro. Organize os bebês 
em duplas, incentivando-os a buscar um colega para esse momento, e oriente-os 
para que uma dupla permaneça ao lado da outra. Inicie a leitura do livro fazendo 
a exploração da capa e apresentando o personagem. Use diferentes entonações 
de voz, cante músicas relacionadas ao contexto da história, demonstre variadas 
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Atividade: Leitura entre pares 
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expressões faciais e gestos, de acordo com a narrativa, para envolver os bebês 
na história. Enquanto faz a leitura e apresenta digitalmente as imagens do livro, 
faça pequenas pausas e auxilie as duplas de bebês a contemplarem as imagens e 
a participarem da leitura por meio de balbucios, palavras, gestos, movimentos 
e brincadeiras de imitação, motivando-as também a apontar e a nomear os ele-
mentos figurativos apresentados. A atividade Leitura musical, deste conjunto, vai 
proporcionar mais incentivo para a expressão dos bebês por meio das músicas e 
da exploração de objetos relacionados à história. 
 • Os bebês podem aguardar com expectativa o início da leitura, sorrindo, 
batendo palmas, manipulando os materiais de suporte e os livros do cesto, 
além de interagir com a imagem projetada.
Possível ação 
dos bebês
Valorize o momento da narrativa trazendo para os bebês questionamentos sobre 
a história apresentada e potencializando as formas de expressão e de comuni-
cação deles. Conduza os bebês para o centro da história, apoiando suas ações 
e significando seus gestos e movimentos acerca daquilo que observam. Garan-
ta que as duplas circulem pelo espaço, interagindo com as imagens projetadas. 
Repita a leitura do livro substituindo o nome do personagem pelo nome de cada 
um dos bebês das duplas e encoraje a interação entre os pares.
 • Os bebês podem apontar e gesticular de acordo com os questionamentos do(a) 
professor(a) ou podem permanecer observando com atenção a leitura da história. 
 • Os bebês de cada dupla podem brincar e apresentar gestos de carinho entre si, 
demonstrando interação e fortalecendo vínculos afetivos.
 • Os bebês podem demonstrar maior entusiasmo na interação com os pares.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Esteja atento e seja flexível nos momentos de leitura, respeitando as necessidades 
e os desejos das duplas ou do grupo, ofertando outra possibilidade aos bebês com 
ritmos e interesses diferenciados. Desse modo, leve para o espaço da brincadeira 
fantoches ou cesto de brinquedos favoritos como alternativa. Ao finalizar a ativida-
de, os bebês podem se divertir livremente com brincadeiras espontâneas, fazendo 
uso dos recursos, objetos e brinquedos disponíveis na proposta ou presentes na 
sala, como livros, almofadas, cortinas sensoriais etc. 
O QUE FAZER DEPOIS
Deixe o cesto de livros na sala e faça leituras em outros momentos do cotidiano. Divirta-se 
com o enredo do livro, trocando os nomes dos personagens pelos nomes dos bebês e enga-
jando-os na narrativa.
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Conjunto: Leitura de histórias
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 ATIVIDADE 4
LEITURA MUSICAL 
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01CG03, EI01EF04, EI01EF08
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Na primeira infância, os bebês se fascinam principalmente por temas relacionados 
a natureza, animais e elementos que fazem parte de sua vivência cotidiana. A fim de 
demonstrar possibilidades ao desenvolvimento da proposta, utilizaremos para exempli-
ficação o livro Zim Tam Tum. No entanto, o(a) professor(a) pode trabalhar outros livros. 
Conheça previamente a história selecionada para conduzir a leitura com tranquilidade e 
favorecer as interações dos bebês com o enredo. Os recursos representativos sugeridos 
devem ser substituídos conforme a história escolhida, a fim de caracterizar determinado 
enredo. Defina, também, qual será a forma de registro de suas observações acerca do 
desenvolvimento dos bebês.
Sugestões de leitura
 • Zim Tam Tum. Frédéric Stehr (SM, 2018). 
 • Duas festas de ciranda. Fábio Sombra e Sérgio Penna (Zit, 2011). 
 • Um elefante se balança. Marianne Dubuc (DCL, 2014). 
 • Brasileirinhos do Pantanal – Poesia para os bichos de um paraíso. Lalau. Ilustradora: Laurabeatriz 
(Companhia das Letrinhas, 2021). 
 • Pantanal em notícias. Márcia Glória Rodriguez Domingues. Ilustradora: Rebeca Simone (Editora do 
Brasil, 2008). 
 • Bichos de cá. Edson Penha e Xavier Bartaburo. Ilustradora: Tatiana Clauzet (Bamboozinho, 2020). 
 � Materiais 
 F O livro Zim Tam Tum ou outro escolhido para desenvolver a atividade;
 F Uma cesta ou caixa com brinquedos de pelúcia, de plástico, materiais reciclados ou 
não estruturados, que possam representar os personagens de filhotes de aves pre-
sentes no enredo do livro: corujinha, canário, pardal, corvo e pintinho. Outra hipótese 
para a representação é fazer uma cópia colorida e plastificada dos personagens;
 F Algumas almofadas para dar sustentação aos bebês menores; 
 F Tapetes ou tatames; 
 F Instrumentos regionais de percussão como: viola de cocho, ganzá e o mocho ou utensílios 
de cozinha pertencentes à escola: pratos, talheres, copos, panelas, tampas e tigelas 
de plástico, alumínio ou madeira, que sejam apropriados para a brincadeira com os 
bebês; 
 F Fantoches;
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Atividade: Leitura musical 
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 F Cesto com os brinquedos favoritos dos bebês;
 F Folhas de papel de gramatura rígida e duas argolas articuladas;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a 
atividade.
 � Espaços
Realize a atividade em espaço externo da escola, propiciando um local seguro e diver-
tido para os movimentos do grupo. Organize os tapetes ou tatames no chão e disponha 
as almofadas ao redor delas, criando um círculo. Organize os utensílios de cozinha ou 
instrumentos no centro desse ambiente, de modo atrativo aos interesses dos bebês. Co-
loque o livro Zim Tam Tum na posição vertical, em cima dos utensílios de cozinha. A cesta 
ou a caixa com os brinquedos representativos dos personagens deverá ficar ao lado dos 
materiais citados. Posicioneo aparelho de som em um canto do ambiente que seja de 
fácil alcance para você. Organize o espaço e os materiais de acordo com as orientações, 
a fim de promover um ambiente convidativo às explorações e às interações do grupo.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Quais são as reações dos bebês ao reconhecer os elementos presentes nas imagens 
da história? Como eles comunicam essa identificação?
2. Quais são as interações dos bebês enquanto apreciam a leitura do livro?
3. Como eles imitam os gestos e as entonações de voz que o adulto realiza ao apre-
sentar o enredo do livro?
O QUE FAZER DURANTE
Na sala, reúna todo o grupo e pergunte se os bebês gostariam de apreciar a leitura 
de um livro divertido. Crie expectativas sobre as descobertas que poderão fazer em 
relação aos materiais disponibilizados. Convide-os para se deslocar até o espaço pre-
parado, auxiliando principalmente os bebês que necessitam de ajuda para locomoção.
 — Pessoal, eu preparei uma surpresa para vocês! É algo bem diferente do 
que estamos acostumados. Organizei um espaço de leitura confortável e 
divertido, lá na área externa! 
 — Vocês querem ir comigo até lá?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 
 • Os bebês podem sorrir e bater palmas, demonstrando entusiasmo 
pela proposta
Possível ação 
dos bebês
Assim como na atividade Leitura entre pares, deste conjunto, favoreça a familia-
rização dos bebês com os elementos do ambiente e contribua com os momentos 
exploratórios, permanecendo atento às ações de cada um e auxiliando a busca 
pelo objeto de interesse, quando necessário. Perceba como eles interagem quan-
do desejam comunicar suas descobertas para o colega ou para o(a) professor(a). 
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Conjunto: Leitura de histórias
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Após esse momento, convide o grupo a se acomodar confortavelmente próximo 
a você explicitando que apresentará o livro Zim Tam Tum. Desperte a curiosidade 
dos bebês sobre o enredo do livro, questionando se imaginam alguma relação en-
tre os elementos disponibilizados no ambiente e a história que será lida. Inicie a 
apresentação da obra explorando os elementos da capa. 
 • Os bebês podem aguardar com expectativa o início da leitura, sorrindo, 
batendo palmas, manipulando os materiais presentes no espaço e 
demonstrando encantamento pela proposta.
Possível ação 
dos bebês
Faça a leitura pronunciando lentamente as palavras para melhor compreensão pe-
los bebês. Engaje os bebês ao representar os personagens e o enredo com gestos, 
expressões faciais e diferentes entonações de voz. Brinque com algum utensílio 
de cozinha ou instrumento, incentivando os bebês a imitar as ações apresentadas. 
Motive-os a apontar e a nomear os elementos figurativos do livro. 
 • Os bebês podem demonstrar interesse pela leitura ao tentar tocar no livro e 
interagir com os elementos de representação do enredo. Possível ação 
dos bebês
Sugestões de vídeo
 • Tatá e o luau no Pantanal. Nana & Nilo. 
Disponível em: https://youtu.be/NN9CYUD1wb8. Acesso em: 21 jun. 2023.
 • Baião no cerrado. Nana & Nilo. 
Disponível em: https://youtu.be/5SzIXciXn1o. Acesso em: 21 jun. 2023.
 • Bafafá. Álbum do grupo Palavra Cantada. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=t3-sHSbXJ1M. Acesso em: 05 ago. 2023.
Para finalizar
Após a leitura, encoraje todo o grupo a explorar os utensílios de cozinha e instru-
mentos disponibilizados, brincando de percussão, assim como acontece no livro. 
Nesse momento, coloque para tocar o álbum Tatá e o luau no Pantanal, do grupo 
Nana & Nilo, enquanto os bebês continuam com suas interações e descobertas. 
O QUE FAZER DEPOIS
Coloque os materiais utilizados na sala e faça a leitura do livro em outros momentos 
da rotina. Assim, os pequenos poderão brincar e apreciar o enredo mais de uma vez. Faça 
adaptações na ambientação sugerida para desenvolver a atividade utilizando outros 
títulos e recursos representativos. 
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Atividade: Leitura musical 
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 ATIVIDADE 5
LEITURA EM PEQUENOS GRUPOS 
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos com cada pequeno grupo
Objetivos de aprendizagem: EI01EF02, EI01EF03, EI01EF09
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para a proposta, sugere-se o uso do livro Alice vê, com a finalidade de desenvolver a 
leitura de histórias em pequenos grupos e com experimentações sensoriais por meio do 
uso de massinha caseira. Porém, fica a critério do(a) professor(a) a seleção de outros livros 
que considerar pertinentes à atividade. Conheça previamente a história selecionada para 
conduzir a leitura com tranquilidade e favorecer as interações dos bebês com o enredo. 
Os recursos representativos sugeridos devem ser substituídos de acordo com a história 
escolhida, a fim de caracterizar determinado enredo. Será necessária a parceria de um(a) 
professor(a) ou professor(a) auxiliar para desenvolver a atividade. 
Sugestões de leitura
 • Alice vê. Sonia Rosa. Ilustradora: Luna (Editora DCL, 2014).
 • Pipoca, um carneirinho e um tambor. Graziela Hetzel. Ilustradora: Elma (Editora DCL, 2011).
 • Asa de papel. Marcelo Xavier (Editora Formato, 2019).
 � Materiais
 F Livro Alice vê ou outro escolhido para desenvolver a atividade;
 F Um boneco com aproximadamente 30 cm de altura, produzido previamente, pelo(a) 
professor(a), com massinhas caseiras, para representar a personagem;
 F Espelho para os bebês se observarem;
 F Potes plásticos para acondicionamento de massinhas coloridas; 
 F Cesta ou caixa com diferentes materiais: livros interativos, com ilustrações, por 
exemplo, fantoches etc.; 
 F Algumas almofadas para dar sustentação aos bebês menores;
 F Um cesto com os brinquedos favoritos dos bebês;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar 
a atividade;
 F Playlist com músicas das quais os bebês gostam.
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Conjunto: Leitura de histórias
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 � Espaços
Organize a atividade na área externa e próximo à sala, como no pátio ou jardim. Prepare 
alguns cantos, por exemplo: 1. Espelho; 2. O livro e o boneco de massinha; 3. Potes com as 
massinhas; 4. Cesta ou caixa com livros diversos. Espalhe as almofadas pelo ambiente, para que 
possam ser utilizadas como suporte corporal aos bebês. Arrume previamente a área externa 
selecionada para desenvolver a atividade, compondo um ambiente atrativo para descobertas. 
O espaço deve incitar situações exploratórias de todo o grupo e fomentar uma diversidade 
de movimentos e de acolhimento, principalmente para os bebês menores, que necessitam de 
apoio para participar da atividade.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês demonstram interesse pela história no momento de leitura? De que 
maneira eles observam as imagens? Como interagem com a leitura que o adulto faz?
2. Como exploram os diferentes livros físicos disponibilizados?
3. Quais são as reações deles nos momentos da leitura do livro? E nos momentos de 
brincadeiras com os outros objetos disponibilizados?
O QUE FAZER DURANTE
Ainda em sala, conte aos bebês sobre a proposta de leitura do livro Alice vê, crian-
do expectativas sobre as descobertas e as brincadeiras que poderão acontecer, 
ao citar os elementos selecionados e disponibilizados no ambiente. Explicite que a 
atividade acontecerá em pequenos grupos de aproximadamente cinco bebês. Se-
lecione um pequeno grupo para iniciar e oriente os demais para que permaneçam 
nas interações em sala, com outro(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar. Convide 
o primeiro pequeno grupo a se deslocar até o local preparado e auxilie todos no 
deslocamento, principalmente os bebês que necessitam de ajuda para locomoção.
Viabilize a livre exploração e apoie as iniciativas de investigação do pequeno grupo 
em relação aos elementos do ambiente, possibilitando que os bebês folheiemo livro 
Alice vê, brinquem com o boneco de massinha caseira, analisem os outros suportes 
de leitura, manipulem as massinhas, interajam com o espelho ao brincar com seus re-
flexos e troquem as almofadas disponibilizadas de lugar. Incentive a manipulação e a 
observação atenta dos materiais ofertados, propiciando divertidas descobertas a serem 
compartilhadas com os colegas, assim como foi proposto na atividade Leitura musical, 
deste conjunto. Em seguida, convide os bebês do pequeno grupo para se acomodarem 
confortavelmente em um canto do espaço, explicitando que apresentará o livro Alice 
vê. Posicione-os bem próximo de você, acolhendo-os no colo ou lado a lado, de modo 
que possam segurar o livro e virar as páginas (caso já consigam realizar essa ação).
Inicie a leitura do livro explorando a capa, apresentando a personagem e citando 
o nome da autora e da ilustradora. Gesticule, use diferentes entonações de voz e 
pronuncie lentamente as palavras para que eles apreciem a narrativa. Faça as pau-
sas necessárias para que possam interagir com o que está sendo proposto no mo-
mento em questão. Durante a leitura, conduza os bebês para o centro da história, 
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Atividade: Leitura em pequenos grupos 
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apoiando suas ações e significando seus gestos, valorizando, assim, suas formas 
de expressão e de comunicação acerca do enredo apresentado. Finalize a leitura 
do livro relacionando a história com a experimentação dos cantos de explorações. 
Incentive o pequeno grupo a se conectar com o ambiente, assim como demonstrado 
no livro pela personagem, por meio da observação e dos sentidos. Nesse momen-
to, utilize um dos materiais indicados no conteúdo sugerido e cante uma parlenda 
ou coloque uma música da qual os bebês gostam, para que possam interagir por 
meio dos sons e dos ritmos. Lembre-se de fazer registros por fotos ou vídeos. 
 • Durante a leitura, os bebês podem querer pegar o livro e virar as páginas. 
 • Eles podem buscar uma comunicação com a personagem ou imitar as ações 
do(a) professor(a), cada um a seu modo. 
 • Podem ainda interagir com o(a) professor(a) e com os colegas ao 
comunicarem suas descobertas.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Possibilite que o pequeno grupo continue explorando o ambiente após a leitura 
e sinalize que em breve a brincadeira será encerrada, indicando o que será feito 
posteriormente. A previsibilidade contribui para a transição de momentos e etapas 
subsequentes. Avise novamente sobre o término da atividade e convide os bebês 
a organizarem os materiais. Cante uma música que marque os momentos de arru-
mação e finalização de atividades. Retorne a todo o grupo incentivando os bebês 
a brincarem com os recursos da sala. Faça o convite a outro pequeno grupo de 
aproximadamente cinco bebês e repita a proposta de atividade fazendo os rodízios 
dos grupos até que todos os bebês tenham participado.
O QUE FAZER DEPOIS
Bebês necessitam da repetição para dar continuidade às ações exploratórias. Desse 
modo, a atividade deverá ser realizada diversas vezes durante o ano. Coloque os mate-
riais utilizados na sala e faça a leitura do livro proposto, ou de outros, de sua preferência, 
em outros momentos do cotidiano. Assim, os bebês poderão brincar e apreciar o enredo 
novamente, além de ter contato com outras histórias. 
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Conjunto: Leitura de histórias
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CONHECENDO A ESCOLA
CONJUNTO 5
Os espaços da escola são verdadeiros laboratórios para os bebês. 
Curiosos e investigativos, eles observam tudo. Assim, visitar a cozinha 
pode ser um momento para descobrir aromas, sons e objetos diferentes. 
O corredor pode atrair o olhar dos pequenos; a área externa é um uni-
verso com folhas e plantas variadas. Há muito para pesquisar e explorar, 
além da própria sala.
Os bebês aprendem por meio da observação, da manipulação e da 
curiosidade que coisas e pessoas despertam neles. Por isso, conhecer 
a escola é uma excelente oportunidade para o desenvolvimento dos 
bebês, por meio da interação com diferentes espaços e pessoas.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e 
movimentos.
Espaços, tempos, 
quantidades, relações 
e transformações.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações 
das quais participa.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, 
brinquedos.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio social.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes 
acolhedores e desafiantes.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo 
descobertas.
EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de 
deslocamentos de si e dos objetos.
AP
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 ATIVIDADE 1 
O QUE PODEMOS FAZER 
NO REFEITÓRIO?
 Tempo sugerido: entre 40 e 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO06, EI01ET03, EI01ET01
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Converse com o cozinheiro ou técnico da área de alimentação da escola e explique a 
importância da proposta para os bebês, que possibilitará a exploração do espaço e dos 
objetos disponíveis nele. Convide-o para participar do momento de exploração do refei-
tório e da realização de um suco de fruta com os bebês, construindo relações afetivas. 
Essa é uma oportunidade para que eles conheçam as pessoas que são responsáveis 
pela alimentação. É importante contar com a ajuda de outro(a) professor(a), professor(a) 
auxiliar*, TAE (Técnico administrativo em educação) ou até funcionários da cozinha.
 � Materiais
 F Fruta para fazer o suco (sugestão: escolha a fruta da época na região, como manga, 
acerola, mamão, melão, melancia, goiaba, laranja, caju, mangaba, laranjinha-de-pacu, 
jaca etc., que estejam aptas para consumo, de acordo com a faixa etária). Verifique 
de antemão possíveis alergias ou intolerâncias;
 F Liquidificador ou outro aparelho para fazer o suco; 
 F Jarras;
 F Talheres; 
 F Mamadeiras ou canecas;
 F Cadeiras, bancos ou outros assentos para todos os bebês;
 F Livros de literatura infantil;
 F Material de largo alcance, como latas, pedaços de madeira, rolhas, potes etc.; 
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a 
atividade.
Sugestão de leitura
 • Pantanimais. Alexandre Azevedo. Ilustrador: Leo Davi (Martins Fontes, 2015).
* Pode haver uma variação no uso da expressão “professor(a) auxiliar” no estado. Trata-se do profissional que auxilia 
o(a) professor(a) responsável pela turma na execução de algumas atividades com as crianças. 
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Conjunto: Conhecendo a escola
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 � Espaços 
O espaço a ser utilizado será o refeitório da escola ou outro espaço adequado à pro-
dução do suco. Organize-o de forma a propiciar que todo o grupo possa explorá-lo por 
meio de movimentos, ações e observações, garantindo também a segurança dos bebês. 
Coloque uma mesa baixa, acessível, com as frutas, os utensílios de cozinha, bem como as 
mamadeiras ou canecas. O percurso até o espaço deve propiciar a livre movimentação, 
garantindo a autonomia dos bebês. Aproveite o momento para incentivá-los a ouvir os 
sons, nomear e interagir com as pessoas de cada local. Além disso, deve haver cadeiras, 
bancos ou outros assentos disponíveispara os bebês.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês interagem com as pessoas que se encontram no refeitório?
2. Como exploram o refeitório, ao ter contato com os objetos, móveis e espaço disponíveis?
3. Quais são as reações e as descobertas dos bebês?
O QUE FAZER DURANTE
Explique, de forma clara e objetiva, a proposta a todo o grupo: a ida até o espaço 
pré-determinado e a realização do suco de fruta. Fale que os responsáveis pela 
alimentação na sua escola irão auxiliar no processo, recebendo-os.
Em pequenos grupos, leve os bebês até o local escolhido para realização da ativi-
dade e possibilite que eles observem e vivenciem o percurso até lá. Na atividade 
Os caminhos até o pátio, deste conjunto, eles terão outras oportunidades para vi-
venciar novas possibilidades de percursos. O(a) professor(a), professor(a) auxiliar, 
TAE ou outro adulto responsável da comunidade escolar ficará responsável por 
acompanhar os demais grupos. Ao chegar no refeitório, organize os bebês para 
que participem da preparação do suco, garantindo a segurança necessária e fa-
vorecendo o contato com os objetos do espaço e da proposta a ser realizada, dis-
ponibilizados sobre a mesa baixa.
Reserve um tempo para que os bebês explorem os objetos do espaço. Observe 
como, individualmente ou em pequenos grupos, manipulam e brincam com os uten-
sílios dispostos e as frutas oferecidas. Se possível, registre com fotos e vídeos a 
pesquisa exploratória inicial. Convide os responsáveis pela alimentação para que 
se juntem aos bebês e interajam com eles. Ao notar que os bebês estão à vontade 
no lugar, construindo relações de vínculo com as pessoas que lá estão e desco-
brindo formas de interagir com o espaço, proponha que façam um suco, que pode 
já fazer parte da alimentação cotidiana, estando presente no cardápio da escola. 
Auxilie quando necessário, garantindo que todos estejam engajados na proposta, 
conforme suas preferências, possibilidades e ritmos.
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Atividade: O que podemos fazer no refeitório?
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Até esse momento da atividade, os bebês devem estar envolvidos de diferentes for-
mas em suas explorações com os materiais. Ofereça a todo o grupo as frutas frescas 
para que explorem gosto, cheiro e textura. Disponibilize também os materiais para 
realizar o suco durante esse momento, para que os bebês se apropriem das carac-
terísticas dos objetos. 
 — Vamos fazer um suco de fruta. 
 — Quem conhece esta fruta? Que forma ela tem? 
 — Aqui na escola, quem faz esse suco gostoso para vocês é (diga o nome 
do cozinheiro ou TAE da área de alimentação).
 — Que materiais são esses? Que barulhos fazem? Para que servem?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Faça o suco, espremendo as frutas ou com o auxílio do liquidificador. Atente 
para as ações e expressões feitas pelos bebês no momento de espremer as 
frutas, observando a transformação da laranja, por exemplo, em suco. Dê opor-
tunidade para todo o grupo ajudar a espremer a fruta. Convide o responsável 
pela alimentação na escola para oferecer a fruta aos bebês. Observe como eles 
podem fazer interessantes explorações durante esses momentos. 
 • Um bebê poderá se movimentar pegando a fruta. Ele pode olhar, cheirar, 
fazer força, espremendo com as mãos e passar a acompanhar atentamente 
o suco escorrendo por entre os dedos. Provavelmente, colocará as mãos 
na boca e, por meio de expressões faciais, pode expressar satisfação, por 
exemplo. 
Possível ação 
dos bebês
Ao terminar o suco, coloque-o nas mamadeiras ou nas canecas dos bebês. Ofereça-o 
individualmente, mostrando e percebendo se os bebês reconhecem seus pertences. 
Convide todo o grupo a provar o suco. Auxilie aqueles que necessitam de ajuda.
Para finalizar
Fale aos bebês que terminaram de degustar o suco que agora vão levar mama-
deiras e canecas aos responsáveis pela higienização. Organize com os bebês os 
materiais utilizados, solicite a ajuda de todo o grupo para levá-los à higienização e 
para descartar os restos das frutas. Antecipe o que virá na sequência e convide-os 
para retornar à sala ou para outro espaço pré-determinado. Enquanto alguns vão 
retornando na companhia do(a) professor(a), disponibilize alguns livros para aque-
les que aguardam no refeitório. Proponha espaços com materiais de largo alcance 
para os bebês explorarem enquanto os outros bebês vão chegando.
O QUE FAZER DEPOIS
Organize na sala o cantinho da cozinha, com objetos relacionados ao momento do 
preparo da alimentação, que propiciem a continuidade da pesquisa exploratória, como 
colheres, canecas, espremedor manual, jarras. Os materiais poderão ser solicitados aos 
responsáveis ou ser emprestados da cozinha da escola.
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Conjunto: Conhecendo a escola
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 ATIVIDADE 2
OS CAMINHOS ATÉ O PÁTIO
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01CG02, EI01ET03, EI01ET04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Avise os(as) professores(as) de outras turmas sobre a proposta a ser realizada, princi-
palmente em relação à presença dos bebês nos espaços internos da escola que condu-
zem até o pátio. Se preferir, combine com o(a) professor(a) de outra turma para realizarem 
juntos a exploração.
 � Materiais
 F Materiais de largo alcance, como tubos 
de PVC, carretéis, cones, potes de diver- 
sos tamanhos, papelão, pedaços de ma-
deira, rolhas etc.;
 F Um cesto com brinquedos de encaixe 
já conhecidos pelos bebês;
 F Um equipamento para reprodução de 
áudio;
 F Playlist, pen drive ou CD com músicas 
tranquilas;
 F Colchonetes, tapetes emborrachados 
ou redes;
 F Almofadas;
 F Bolinhas de massagem; 
 F Um celular ou uma câmera para 
registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta. 
 � Espaços
A atividade será realizada nos espaços que possibilitem o trajeto até o pátio. Dessa 
forma, também será usado o pátio ou qualquer outro espaço externo que comporte a 
proposta, por exemplo, o jardim. Os percursos usados para chegar ao pátio devem pro-
piciar a livre movimentação dos bebês e garantir sua autonomia e segurança. Organize 
no espaço alguns cantos com materiais de largo alcance. Propicie que todos os bebês 
possam explorar os materiais por meio de seus movimentos, ações e observações.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês se movimentam? Como as formas de deslocamento usadas por cada 
um potencializam suas habilidades e propõem novas descobertas?
2. Quais relações e aprendizagens os bebês realizam durante os diferentes percursos? 
Como reagem à experiência de sair da sala e explorar outros espaços da escola?
3. Como se envolvem na exploração do espaço externo da escola e em contato com 
os elementos naturais e materiais de largo alcance?
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Atividade: Os caminhos até o pátio
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O QUE FAZER DURANTE
Converse com todo o grupo a respeito da proposta, que trata da ida até o pátio da 
escola através dos diversos trajetos que possibilitam chegar até ele. Em pequenos 
grupos, convide os bebês a se locomoverem para fora da sala. 
 — Vamos ver o que há lá fora? 
 — Olhe, os colegas estão indo dar uma volta e passear. Venha conosco! 
 — Eu vou com você.
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Convide os bebês a realizar os trajetos possíveis. Possibilite que usem diferentes 
caminhos, sendo acompanhados, em pequenos grupos, por outro(a) professor(a), 
professor(a) ou TAE (técnico administrativo escolar). Observe como cada bebê ex-
plora o caminho até o pátio, como age naquele espaço ao caminhar, o que observa 
mais atentamente, o que lhe chama a atenção durante o percurso, onde para ou se 
vai direto ao pátio. Garanta a segurança necessária durante o caminho, observan-
do possíveis situações ou objetos que apresentem perigo. Registre os momentos 
por meio de fotos, vídeos e anotações.Até esse momento, os bebês devem explorar os diferentes caminhos, envolvidos 
de formas variadas em suas explorações no percurso, o que já favorecerá o desen-
volvimento da atividade Corredor, um espaço de aprendizagens, deste conjunto. 
Acompanhe os bebês individualmente em suas iniciativas motoras e descobertas. 
Perceba como agem ao encontrar adultos ou crianças, se têm interesse em voltar 
para a sala ou se sentem motivados a irem adiante. Convide cada um a continuar 
o percurso até o pátio. Respeite o tempo de cada bebê, apoie suas ações permitin-
do que eles descubram e vivenciem significativamente o deslocamento. Intervenha 
caso ache necessário. 
 • Ao longo do caminho, o bebê pode parar ao encontrar algum brinquedo 
no corredor. 
 • Ao passar em frente a uma sala, um bebê poderá querer espiar para ver 
o que está acontecendo. 
 • Outro bebê pode voltar no caminho para acompanhar algum colega que está atrás.
Possíveis ações 
dos bebês
 — Que barulho será esse? O que será que tem lá fora? Vamos ver? Possível fala 
do(a) professor(a)
Ao chegar ao pátio, viabilize que os bebês explorem livremente o espaço, os ele-
mentos naturais, pequenos insetos de jardim, o vento, os cheiros e sons provenien-
tes do lugar. Registre o reencontro entre os bebês que fizeram diferentes percursos, 
observando ações e reações. Auxilie quando necessário, assegurando que todos 
estejam ativos na proposta, conforme seus ritmos, preferências e possibilidades. 
Disponibilize um cesto com brinquedos de encaixe já conhecidos por eles para que 
explorem quando desejarem.
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Conjunto: Conhecendo a escola
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Proponha pequenos grupos para exploração dos materiais de largo alcance or-
ganizados no espaço. Observe o envolvimento dos bebês com os materiais, as re-
lações construídas a partir do manuseio dos objetos e as interações que ocorrem 
entre eles. Dê tempo para que compartilhem descobertas e vivenciem a experiên-
cia com esses recursos. Apoie e valide as ações dos bebês e aproveite esses mo-
mentos para fazer interações significativas.
 • Os bebês poderão encaixar um cone no outro e olhar através do buraco, 
descobrindo algo do outro lado. 
 • Com os papelões, poderão brincar de esconder-se ou colocar na cabeça, 
imitando um chapéu. 
 • Poderão recolher pedrinhas ou galhos e colocar dentro dos potes, 
balançando e fazendo barulho.
Possíveis ações 
dos bebês
 — O que é isso? Um buraco no cone? O que dá para enxergar através dele? Possível fala 
do(a) professor(a)
Avise a todo o grupo que, em dez minutos, vão organizar os brinquedos e objetos 
para retornar à sala. Passado o tempo, convide os bebês a auxiliarem na organi-
zação dos materiais e do espaço. Para aqueles que aguardam o retorno à sala, 
o ideal é que haja outro(a) professor(a), ou TAE para acompanhá-los. Além disso, 
os bebês podem compartilhar momentos de trocas com outras crianças que estão 
no pátio. Garanta que, ao chegarem, esteja preparado um ambiente acolhedor 
com música tranquila, espaço aconchegante com tapetes emborrachados, colcho-
netes ou redes, além de almofadas e bolinhas de massagem, para que possam 
desfrutar do momento. Nesse momento, caso haja objetos de apego dos bebês, 
disponibilize-os e ofereça-os para que descansem. 
Para finalizar
Encaminhe a volta para a sala acompanhando um pequeno grupo por vez, pos-
sibilitando que escolham o caminho que querem fazer. O outro grupo deve ser 
acompanhado por outro(a) professor(a) ou TAE, oportunizando a escolha de um 
caminho diferente do que fizeram na ida ao pátio. Reserve um tempo para que os 
bebês explorem o percurso livremente, a partir de seus interesses e desejos. Ob-
serve atentamente o que fazem, seus gestos, expressões e iniciativas de interação 
com os amigos. 
O QUE FAZER DEPOIS
Leve para a sala alguns elementos naturais encontrados no pátio que sejam significa-
tivos para os bebês, com o objetivo de que realizem pesquisas exploratórias. Sugere-se 
também que a proposta seja realizada mais vezes, para que eles ampliem seus conheci-
mentos em relação aos espaços da escola e às diferentes formas de se locomover dentro 
dela. Você pode realizar a atividade possibilitando a interação com crianças maiores.
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Atividade: Os caminhos até o pátio
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 ATIVIDADE 3
CORREDOR, UM ESPAÇO 
DE APRENDIZAGENS
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO01, EI01CG02, EI01ET03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Informe aos(às) outros(as) professores(as) da escola sobre a reorganização do corredor 
em função da proposta para que, assim, possam orientar as crianças de outras turmas 
durante os momentos em que passarão por ali. Se possível, reserve, de antemão, foto-
grafias dos bebês em momentos significativos na escola ou peça aos responsáveis para 
que disponibilizem fotografias deles em momentos do cotidiano. Exponha documentações 
pedagógicas de todo o grupo nas paredes do corredor, na altura dos bebês, para que 
possam explorá-las durante a proposta.
 � Materiais
 F Documentações pedagógicas do grupo de bebês, preparadas anteriormente;
 F Fotos dos bebês em diversas situações do cotidiano;
 F Celofane ou outro papel colorido;
 F Uma bola de tamanho médio;
 F Elástico ou barbante;
 F Fita adesiva;
 F Cesto com brinquedos diversos;
 F Um caderno e uma caneta;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.
 � Espaços
O espaço a ser usado na proposta é um dos corredores da escola. Escolha um corredor 
que seja acessível e seguro para os bebês. Organize os materiais nas paredes ao longo 
do corredor, em altura visível a todos os bebês: coloque as documentações pedagógicas 
do grupo e as fotos dos bebês; use celofane colorido pendurado no teto com barbante; 
pendure, também no teto ou na parede, mais alto, a bola por um elástico ou barbante.
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Conjunto: Conhecendo a escola
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 � Perguntas para guiar suas observações
1. De que forma os bebês exploram os espaços do corredor? Como relacionam-se 
com os recursos, objetos e as pessoas presentes ou que passam por ali?
2. Quais objetos provocam mais interações? Como o corredor convida os bebês à ex-
ploração? Quais pesquisas ele proporciona aos bebês?
3. Quais formas de deslocamento os bebês usam no espaço do corredor? Como explo-
ram seus movimentos e desafiam-se durante a proposta? Algum bebê não se sentiu 
motivado a participar da atividade?
O QUE FAZER DURANTE
Comece conversando com todo o grupo sobre a proposta de explorar o corredor da 
escola. Incentive os bebês, individualmente ou em pequenos grupos, a sair da sala de 
forma autônoma. A atividade Os caminhos até o pátio, deste conjunto, favorecerá a 
ação dos bebês nesse momento. Convide e encoraje cada bebê em suas ações e movi-
mentos de deslocamento. Incentive a participação de todos e auxilie-os quando neces-
sário, conforme suas preferências, possibilidades e ritmos. Providencie um cesto com 
brinquedos diversos, já conhecidos por eles, para que os explorem quando desejarem.
Observe e, se possível, registre, por meio de fotos e vídeos, como cada bebê se 
desloca para fora da sala, suas reações, o que lhe chama a atenção, a forma como 
explora o espaço, o que observa, como se movimenta. Atente para onde os bebês 
olham, quais sons, objetos ou imagens lhes são chamativos. Observe suas expres-
sões faciais e corporais, comunicação oral e gestos.
Potencialize a interação dos bebês com as pessoas que passam pelo corredor. 
Você deve ficar próximo, observando e registrando como cada um reage consigo 
e com os colegas de turma na pesquisa dos materiais. Tais registros serão usados 
na documentação pedagógica. 
 • Um bebê poderá dar tchau ao ver o(a) professor(a) de outra turma, 
respondendo ao gesto feito por ele. 
 • Outropoderá observar uma criança vindo no corredor e talvez deseje 
interagir com ela.
Possíveis ações 
dos bebês
Possibilite que todo o grupo se engaje na proposta. Convide os bebês para se 
aproximar e apresente o material ali oferecido; assim, eles irão iniciar pesquisas 
exploratórias individualmente, em duplas ou em pequenos grupos no corredor, de 
forma livre. Apoie as ações deles, suas iniciativas, encorajando assim os outros co-
legas. Potencialize as explorações no local por meio de diferentes deslocamentos, 
possibilitando que se movimentem de forma segura e autônoma. 
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Atividade: Corredor, um espaço de aprendizagens
EI_MT_BB_PF.indb 89EI_MT_BB_PF.indb 89 06/10/2023 11:22:1906/10/2023 11:22:19
 — Olha o que o colega descobriu ali daquele lado! Vamos lá ver o que ele 
encontrou? 
 — O que podemos fazer com esses objetos? 
 — O que vocês estão vendo nesse corredor?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Até esse momento da atividade, os bebês devem estar envolvidos de diferentes 
formas em suas explorações. Acompanhe pequenos grupos na exploração dos 
recursos e espaço. Observe suas ações e reações. Apoie, a partir das ações dos 
bebês, evitando ao máximo dirigir iniciativas, para que possam explorar os recur-
sos espontaneamente. 
 — Qual movimento a bola fez quando você a empurrou? 
 — Você conhece as pessoas nas fotos? O que estão fazendo? 
 — Olha, um colega escondeu-se no celofane. Achou! 
 — Vamos ver o que há deste lado do corredor?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Os bebês podem olhar através dos celofanes, observando os ambientes e 
outras crianças com um filtro de cor, que poderá chamar muito a atenção. 
 • Poderão ver as fotos e olhar para os colegas, fazendo relações. 
 • Poderão olhar para as documentações, descobrir sua imagem nelas e sorrir.
 • Alguns bebês poderão querer pegar sua fotografia ou a dos colegas.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Avise os bebês que em alguns minutos vão começar a guardar as coisas e com-
partilhe com eles a próxima atividade a ser realizada. Levando em conta as possi-
bilidades de cada um, valorize e encoraje que guardem os materiais nos devidos 
lugares. Você pode cantar uma canção nesse momento.
O QUE FAZER DEPOIS
Realize a proposta organizando, no corredor, outros recursos disponíveis na escola, ou 
escolha outro corredor, próximo à sala de crianças maiores, oportunizando a interação en-
tre faixas etárias. Pense também na proposta sendo realizada em outro espaço da escola, 
como a área externa, explorando os mesmos recursos ou outros que achar interessantes.
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Conjunto: Conhecendo a escola
EI_MT_BB_PF.indb 90EI_MT_BB_PF.indb 90 06/10/2023 11:22:1906/10/2023 11:22:19
 ATIVIDADE 4
VISITA À SECRETARIA
 Tempo sugerido: de 30 a 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO03, EI01CG02, EI01ET03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Combine a realização da proposta com o responsável pela secretaria de sua escola. O 
ideal é que haja mais um(a) professor(a), professor(a) auxiliar ou TAE (técnico administrati-
vo escolar) no momento da proposta para que todos os bebês possam ser atendidos em 
suas particularidades, visando apoiá-los em suas pesquisas exploratórias. Confeccione, de 
antemão, os materiais a serem utilizados. Se possível, solicite aos responsáveis (ou peça 
doações à comunidade) celulares, telefones, notebooks ou teclados de computadores 
que não são mais usados.
 � Materiais
 F Materiais de largo alcance; sugestões: 
 F computadores feitos com caixas diversas ou outros materiais disponíveis;
 F caixas de remédios encapadas ou pedaços de madeira simbolizando celulares;
 F telefone de mesa feito com caixinhas de tamanho médio, barbantes ou espiral; 
 F bancos, cadeiras e mesas baixas feitas com caixas de leite ou semelhantes, 
preenchidas com jornal e moldadas com fita; 
 F eletrônicos usados, que os bebês possam usar com segurança (celular sem 
bateria, telefones de mesa, teclados de computadores com botões presos etc.).
 F Folhas de papel, revistas e gizes de cera;
 F Outros materiais de largo alcance, como tecidos, rolos, cones e tampas diversas;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.
 � Espaços
Para a atividade, serão utilizados dois espaços: a secretaria e, depois, a sala. Organize 
dentro da secretaria um espaço, utilizando os materiais citados anteriormente. Disponha 
as mesas e, sobre elas, os telefones, computadores e eletrônicos, bem como as folhas 
de papel, revistas e gizes. Também organize as cadeiras/bancos. Garanta segurança e 
conforto aos pequenos. Num segundo momento, ofereça os mesmos materiais utilizados 
nesse contexto em cantos na sala, para que possam continuar explorando e fazendo des-
cobertas. Se a secretaria da escola for pequena ou não seja possível montar o espaço lá, 
com os materiais, realize a visita, engaje os profissionais que trabalham lá e, em seguida, 
retorne à sala para que a atividade seja executada. Nela, já devem estar preparados os 
objetos sugeridos, relacionados ao contexto da secretaria, para realizar a proposta.
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Atividade: Visita à secretaria
EI_MT_BB_PF.indb 91EI_MT_BB_PF.indb 91 06/10/2023 11:22:1906/10/2023 11:22:19
 � Perguntas para guiar suas observações
1. De que forma os bebês exploram os materiais disponíveis? Eles imitam os adultos e 
os outros bebês? Como fazem isso?
2. Como é a relação do bebê com o responsável pela secretaria? Quais as formas de 
comunicação utilizadas?
3. De que maneira o espaço, assim organizado, desafia os bebês a ampliar o uso dos 
objetos bem como do seu repertório de movimento?
O QUE FAZER DURANTE
Ofereça a todo o grupo, na sala ou local próximo à secretaria, materiais de largo 
alcance (tecidos, rolos, cones e tampas diversas) para que manipulem e investi-
guem as várias possibilidades de brincadeiras. Em seguida, compartilhe com um 
pequeno grupo a proposta que será realizada. Diga que irão visitar a secretaria, 
conhecer as pessoas que trabalham lá e o que fazem, com que materiais trabalham, 
como trabalham e avise que poderão brincar lá por um tempo e depois voltarão 
para a sala. Organize os bebês em pequenos grupos, levando em consideração 
possibilidades motoras semelhantes. Enquanto um pequeno grupo visita a secre-
taria, os demais ficam na companhia de um(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar. 
 — Vamos visitar a secretaria? 
 — Quem será que está lá? O que será que encontraremos?
 — Vamos nos encontrar com o diretor/secretário? 
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Ao chegar à secretaria, acomode os bebês de forma a garantir a participação deles 
na proposta. Garanta que aqueles que têm autonomia de deslocamento explorem 
o espaço livremente. Convide os bebês que estiverem do lado de fora a participa-
rem, por meio de olhares e sorrisos, descrevendo o que está acontecendo dentro da 
secretaria, envolvendo-os e transmitindo segurança. Ofereça sua companhia caso 
queiram entrar e participar. Observe atentamente as reações, gestos e expressões 
deles ao interagirem com o espaço. Atente para as formas de deslocamento usa-
das por eles dentro do ambiente. Durante a proposta, se possível, faça registros 
por meio de fotos e vídeos.
Reserve um tempo para interação dos bebês com os funcionários, possibilitando 
que se estabeleçam vínculos afetivos. Acompanhe os bebês individualmente ou em 
duplas na interação com essas pessoas, dando oportunidade para que observem 
o que fazem, quais objetos usam e como os utilizam. Garanta que todos tenham a 
chance de se relacionar com os responsáveis pela secretaria, se assim desejarem, 
favorecendo a interação entre eles. Incentivar esse momento será importante para 
que os bebês participem da atividade Conhecendo outras salas da escola, deste 
conjunto, com maior autonomia e tranquilidade.
Até esse momento, os bebês deverão estar interagindo com o espaço e com os res-
ponsáveis por eles. Observe atentamente e se aproxime de um bebê ou de uma du-
pla que esteja investigando osmateriais construídos (computadores, telefones etc.). 
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Conjunto: Conhecendo a escola
EI_MT_BB_PF.indb 92EI_MT_BB_PF.indb 92 06/10/2023 11:22:1906/10/2023 11:22:19
Possibilite que brinquem livremente com os materiais, conheçam e descubram as 
formas de utilizar cada um. Amplie as pesquisas exploratórias dos bebês por meio 
de comentários e indagações. 
 — Olha o que o colega achou ali. O que será aquilo? 
 — Um telefone. Para quem será que ele vai ligar? 
 — Vejam! Um bebê encontrou um computador. O que podemos fazer nele?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Convide o responsável pela secretaria a realizar situações simbólicas com o tele-
fone, celular e computador, como também ações de escrita e leitura sobre a mesa. 
Observe a reação dos bebês, se observam o que ele está fazendo e se fazem re-
lações com os objetos dispostos. Disponibilize aos bebês papéis, revistas e gizes. 
Encoraje-os individualmente a partir de ações realizadas pelos colegas. Veja se imi-
tam ações deles ou do responsável pela secretaria e com quais objetos fazem isso. 
Dê espaço para que explorem, brinquem, imitem gestos, expressões, posturas e se 
divirtam. Você pode realizar as mesmas ações de forma individual, em duplas ou 
em pequenos grupos, valorizando as interações dos bebês com o espaço e objetos. 
 • Um bebê poderá sentar-se em frente à caixa que imita um computador. Olhar 
para o teclado, apertar as teclas e olhar para a tela. 
 • Uma dupla de bebês poderá compartilhar uma folha sobre a mesa, fazendo 
seus registros com gizes. Um deles pode fazer tentativas de riscar com o giz; 
o outro pode observar e passar o dedo sobre a superfície. 
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Avise que em cinco minutos irão organizar o espaço e informe a próxima atividade. 
Após esse tempo, convide os bebês a organizarem o espaço. Valorize e encoraje 
iniciativas dos pequenos no momento da organização. Convide-os a se despedirem 
dos responsáveis pelo espaço e acompanhe-os no retorno à sala.
O QUE FAZER DEPOIS
Leve para a sala os objetos construídos com material de largo alcance e os outros 
utilizados na proposta. Organize um cantinho de secretaria para que os bebês possam 
continuar suas pesquisas exploratórias, interações e momentos de imitação com os co-
legas. Convide o responsável pela secretaria para participar, em algum momento, da 
brincadeira de secretaria na sala, potencializando as interações, descobertas e aprendi-
zagens obtidas durante a proposta. 
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Atividade: Visita à secretaria
EI_MT_BB_PF.indb 93EI_MT_BB_PF.indb 93 06/10/2023 11:22:2006/10/2023 11:22:20
 ATIVIDADE 5
CONHECENDO OUTRAS SALAS 
DA ESCOLA
 Tempo sugerido: 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01EO03, EI01ET04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Combine a realização da proposta com o(a) professor(a) de uma das turmas de sua 
escola. Pense com ele o espaço e os materiais que serão disponibilizados aos bebês e às 
crianças, levando em consideração as características de cada faixa etária, seus interesses, 
possibilidades de experiências e interações. Peça para esse(a) professor(a) conversar com 
o grupo de crianças dele(a) a respeito da visita que elas irão receber. É importante a pre-
sença de mais de um(a) professor(a), professor(a) auxiliar ou TAE (técnico administrativo 
escolar) durante o momento da proposta, para que todas as crianças sejam atendidas 
em suas experiências e potencialidades.
 � Materiais
 F Brinquedos de casinha já conhecidos, como pia, fogão, geladeira, televisão, sofá e 
cama, e outros não conhecidos, que sejam da sala visitada e estejam naquele espaço. 
Esses itens podem ser confeccionados com caixas de papelão e outros materiais de 
largo alcance;
 F Utensílios de cozinha utilizados como brinquedos, como panelinhas, copos e jarras;
 F Bonecas, ursos, fantasias ou outros recursos disponíveis na escola que instiguem a 
brincadeira de faz de conta;
 F Materiais de largo alcance: tecidos e potes de tamanhos diferentes;
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Um cesto com brinquedos já conhecidos pelos bebês;
 F Material de encaixe;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a 
atividade.
 � Espaços 
Depois de realizar a atividade Visita à secretaria, deste conjunto, os bebês vão visitar 
a sala de outras crianças. A sala deve ser organizada de forma atraente e convidativa 
para a brincadeira de casinha. Cada canto representará um espaço. Sugere-se: 
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Conjunto: Conhecendo a escola
EI_MT_BB_PF.indb 94EI_MT_BB_PF.indb 94 06/10/2023 11:22:2006/10/2023 11:22:20
1. Cozinha: fogão, geladeira, pia e alguns utensílios já dispostos para aguçar o desejo de 
explorar e brincar de cozinhar, lavar etc.
2. Sala: sofá, tapete, TV e um boneco em frente à TV. 
3. Quarto: colchonete com boneca dormindo, coberta sob lençol/cobertor; paninhos de apego 
ou similares e outras bonecas e pelúcias para que possam pegar, se desejarem, possibili-
tando ações de faz de conta.
4. Se tiver espaço disponível, faça cabanas com as mesas viradas e tecidos por cima, com-
pondo o ambiente de forma ainda mais convidativa.
5. Garagem: diferentes tipos de carrinhos, trator, motocicleta e outros brinquedos 
atrativos.
Entre os cantos montados, deixe espaço livre para que os bebês se movimentem e 
circulem livremente.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como se dão as interações entre as crianças de diferentes idades? Quais recursos 
os bebês usam para se comunicar com as outras crianças e adultos presentes no 
espaço?
2. Por quais materiais os bebês demonstram mais interesse? O que mais instiga pesqui-
sas exploratórias? Que tipos de explorações eles fizeram?
3. De que forma o espaço possibilita desafios e diferentes formas de deslocamento aos 
bebês? Quais espaços da sala são mais utilizados por eles e o que os incita a explo-
rá-los? Como utilizam seus corpos nessas explorações?
O QUE FAZER DURANTE
Inicie conversando com todo o grupo sobre a proposta, que será a ida até a sala 
de outro grupo de crianças. Explique que irão lá para conhecer a sala, os brinque-
dos e brincar com as crianças e os adultos que ali estão. Caso seu grupo de bebês 
seja grande ou o espaço da sala onde será realizada a proposta não comporte as 
duas turmas, faça agrupamentos menores para a realização. Para isso, você deve-
rá contar com o auxílio de um(a) professor(a), professor(a) auxiliar ou TAE. Convide 
os bebês em pequenos grupos a se deslocarem até a sala onde será realizada a 
proposta. Observe quais são as reações deles diante do convite. 
 — Vamos passear numa outra sala? 
 — Quem será que vamos encontrar lá? 
 — O que será que tem naquela sala? 
 — Vamos brincar com outras crianças?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Ao chegar à sala da outra turma reserve um tempo para que todas as crianças inte-
rajam livremente e com o ambiente. Aconchegue as menores próximas aos cantos 
organizados e às crianças da outra turma. Acompanhe como se dá esse primeiro en-
contro entre todos, se os bebês buscam o contato com as outras crianças por meio 
de olhares e movimentos ou se ficam só observando os colegas interagindo. Fique 
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Atividade: Conhecendo outras salas da escola
EI_MT_BB_PF.indb 95EI_MT_BB_PF.indb 95 06/10/2023 11:22:2006/10/2023 11:22:20
atento às expressões, balbucios e outras formas de comunicação presentes. Veja 
como vão ocupando o espaço, o que lhes chama a atenção e o que lhes faz sorrir 
ou realizar alguma expressão diferente. Perceba como interagem com os adultos, 
se buscam compartilhar as brincadeiras e como se comunicam com eles. Convide 
aquele bebê que participa com olhares e expressões a envolver-se na situação. 
Faça vídeos, fotos e anotações desse primeiro encontro com as outras crianças.
Acompanhe o comportamento dos bebês individualmente e em duplas durante a 
exploração dos espaços da sala. Veja como usam os materiais dispostos, o que traz 
mais descobertas e como se relacionamcom aqueles recursos. Possibilite que to-
dos os bebês possam usar um dos cantos organizados em companhia de alguma 
criança da outra turma. Convide todas as crianças a explorarem os materiais juntas. 
 • Um bebê poderá observar uma criança maior que embala nos braços uma 
boneca, cantarolando uma canção. Ela pode fazer um gesto de carinho 
passando a mão na boneca, pode pegar outra no seu colo. Observando o 
colega, o bebê também passa a embalar, balbuciando.
Possível ação 
dos bebês
Proponha a interação dos bebês a partir das ações realizadas por eles. Encoraje-
-os por meio de comentários. Evite ao máximo dirigir a proposta e proponha meios 
para que todos possam relacionar-se com os colegas da outra turma. Respeite o 
tempo de cada bebê para construir vínculos com as outras crianças e adultos, re-
lacionando-se ativamente com eles. 
 — Veja, o colega está mexendo a comida naquela panela com a colher. 
 — Que comida ele está fazendo? Você também quer fazer com ele? Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Para finalizar
Avise os bebês que em dez minutos vão voltar à sala e aproveite para comunicar 
qual será a próxima atividade do dia. Já deixe preparado um material de encaixe ou 
outros objetos que eles gostam, por exemplo: livros de história, bolinhas coloridas, 
blocos etc., para receber os bebês que chegarão. Convide todo o grupo a organizar 
os materiais, respeitando suas características e possibilidades. Valorize as ações 
dos maiores e valide as iniciativas dos menores, nesse momento. Inicie a despedida 
das outras crianças e adultos, convidando-os a visitar sua sala em outro momento.
O QUE FAZER DEPOIS
Convide a mesma turma para, em outro momento, ir até a sala dos bebês e compartilhar 
momentos de trocas, descobertas e aprendizagens, utilizando outros recursos disponíveis 
em sua escola. Proponha momentos de integração entre turmas com propostas diferentes, 
como musicalização, contação de história, exploração de elementos naturais, inclusive 
em espaços coletivos da escola, como pátio e brinquedoteca.
3
4
96
Conjunto: Conhecendo a escola
EI_MT_BB_PF.indb 96EI_MT_BB_PF.indb 96 06/10/2023 11:22:2006/10/2023 11:22:20
Quando brinca, o bebê sente-se convidado a se desenvolver, a 
expressar suas emoções e a aprender. Para os bebês, esse mo-
mento caracteriza-se pelo jogo de exercícios, com repetição de 
ações e manipulações de objetos como fonte de satisfação e 
consequente formação de hábitos. É o que Jean Piaget deno-
mina como a atividade lúdica sensório-motora, que abrange 
os primeiros dezoito meses de vida. Sendo assim, é preciso 
incluir o brincar na rotina, organizando a seleção de objetos 
e propondo interações entre os bebês e entre eles e os(as) 
professores(as).
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e 
movimentos.
Espaços, tempos, 
quantidades, relações 
e transformações.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO01 Perceber que suas ações têm efeitos nas outras crianças e nos adultos.
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais 
participa.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, 
objetos, brinquedos.
EI01EO06 Interagir com outras crianças da mesma faixa etária e adultos, adaptando-se ao convívio 
social.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes 
acolhedores e desafiantes.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças, 
balanços, escorregadores etc.).
AP
97
BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES
CONJUNTO 6
EI_MT_BB_PF.indb 97EI_MT_BB_PF.indb 97 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 ATIVIDADE 1
BRINCANDO COM TECIDOS
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO01, EI01EO02, EI01CG03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para desenvolver a atividade, é importante selecionar, com antecedência, as músicas 
que você deseja usar. Selecione também os tecidos, de forma que sejam diversos o bas-
tante para garantir novas descobertas aos bebês. Escolha o lugar da sala onde os varais 
poderão ser colocados, ao alcance dos bebês, e já os deixe prontos para uso. Defina qual 
será a forma de registro de suas observações acerca do desenvolvimento dos bebês.
 � Materiais 
 F Caixas fechadas com um furo central, onde os bebês possam inserir suas mãos e 
retirar tecidos de dentro; 
 F Tecidos de diversos tamanhos, cores e texturas;
 F Cordas de varais ou barbantes;
 F Brinquedos da escola de que os bebês mais gostam;
 F Uma caixa grande o suficiente para que caibam todos os brinquedos;
 F Um equipamento para reprodução de áudio;
 F Playlist, pen drive ou CD com canções instrumentais de ritmos diversos;
 F Um caderno e uma caneta;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.
 � Espaços 
A atividade pode ser realizada na sala. Providencie varais ou barbantes e pendure 
tecidos neles. Isso pode ser feito tanto com apenas um varal, como com dois varais, que 
servirão de extremidades para o tecido esticado. Espalhe as caixas pelo espaço e ponha 
os tecidos dentro delas. Deixe as canções tocando durante a atividade. Separe um cesto 
com os brinquedos preferidos dos bebês. 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês exploram os tecidos? Puxam, seguram, esticam, escondem-se, viram 
de um lado para o outro? Eles percebem que suas ações têm efeitos sobre os colegas 
e sobre o(a) professor(a)? De que forma?
98
Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 98EI_MT_BB_PF.indb 98 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
2. Que ações os bebês realizam utilizando os tecidos para interagir com seus pares e 
com o(a) professor(a)? Entregam para os pares, brincam de se esconder e aparecer, 
puxam das mãos dos colegas, imitam gestos e movimentos?
3. O quanto a atividade desafia corporalmente os bebês? Quais habilidades motoras 
são ampliadas na proposta? Eles esticam o corpo para alcançar algum tecido, en-
gatinham ou se arrastam em direção ao objeto?
O QUE FAZER DURANTE
Coloque as músicas instrumentais para tocar. Apresente as caixas que você pre-
parou a todo o grupo, incentivando os bebês a se aproximar e a tentar descobrir o 
que há dentro delas. Garanta que o momento seja livre e espontâneo. Convide os 
bebês a se aproximarem também dos varais, respeitando o ritmo de cada um. Pos-
sibilite que o grupo realize suas descobertas, manipulando os materiais e interagin-
do. Essas ações farão diferença quando você realizar a atividade Brincadeiras nas 
cabanas, deste conjunto, que oferecerá cantinhos com tecidos e objetos a serem 
explorados em grupos. Registre as diferentes etapas da atividade em fotografias 
e/ou vídeos, se possível, e no caderno, para fins de documentação pedagógica. 
 • Um bebê poderá se aproximar da caixa, pegá-la, levantá-la, sentir seu peso 
e colocá-la no chão novamente. 
 • Outro poderá perceber que há um buraco nela, abaixar-se para olhar através 
dele e depois colocar cuidadosamente suas mãos no buraco, na expectativa 
de uma descoberta.
Possíveis ações 
dos bebês
Observe a movimentação e aproxime-se dos pequenos grupos formados em volta 
das caixas e próximos aos varais. Observe as brincadeiras e interações dos bebês e, 
a partir delas, proponha outras, como de esconder-se atrás do tecido e aparecer no-
vamente, de esconder a caixa, de jogar um tecido leve para o alto e assoprá-lo, para 
que ele desça devagar até o chão etc. Você pode, ainda, amarrar um tecido na sua 
cabeça, para fazer de conta que é cabelo; no pescoço, para simular a capa de um 
super-herói; ou no corpo, para simular uma roupa ou fantasia. Pergunte aos bebês se 
gostariam de amarrar um tecido em algum lugar para brincar de faz de conta e auxilie-
-os conforme a demanda. Ofereça um repertóriode brincadeiras e valide as iniciativas 
dos bebês com os tecidos, mostrando suas ideias a todo o grupo. Interaja intencio-
nalmente nas brincadeiras que os bebês criam ao explorar os tecidos e esteja atento 
para aproveitar alguma oportunidade que amplie ou aprofunde suas experiências.
 — Ué, cadê o amigo? Será que ele sumiu? Alguém viu? 
 — Não estou vendo! Quem me ajuda a encontrá-lo? Possíveis falas 
do(a) professor(a)
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2
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Atividade: Brincando com tecidos
EI_MT_BB_PF.indb 99EI_MT_BB_PF.indb 99 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 • Um bebê poderá esconder o rosto com um tecido um pouco transparente, 
enxergando tudo à sua volta e demonstrando, por meio de gestos, que 
deseja compartilhar a sua descoberta com os demais. 
 • Outro bebê poderá brincar de tirar e colocar um tecido na caixa através 
do buraco.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Esteja atento ao interesse dos bebês na proposta. Conforme for percebendo menos 
envolvimento por parte deles, avise que, em alguns minutos, a atividade terminará. 
Convide-os a guardar os tecidos nas caixas, incentivando a participação de todos 
na organização do espaço e dos materiais.
O QUE FAZER DEPOIS
A atividade poderá ser apresentada novamente de formas diferentes. Para ampliar as 
brincadeiras, utilize tecidos grandes (como um lençol, prendendo-os para formar tendas. 
Ou, então, prenda-os em um varal rente à parede. Você pode, também, espalhar tecidos 
menores e de texturas diversas pela sala, para proporcionar deslocamentos e ampliação 
de movimentos, e esconder alguns brinquedos atrás dos tecidos, para aguçar a curiosi-
dade dos bebês e possibilitar novas interações e descobertas.
100
Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 100EI_MT_BB_PF.indb 100 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 ATIVIDADE 2
BRINCADEIRAS NAS CABANAS
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO03, EI01CG02, EI01ET06
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para realizar a atividade, é importante que você já tenha desenvolvido a proposta 
Brincando com tecidos, deste conjunto, de modo que os bebês estejam familiarizados 
com o material, por já terem vivenciado a proposta anterior. Para fazer as cabanas, so-
licite à comunidade escolar que sejam doados panos diversos e lençóis que não sejam 
mais usados. 
 � Materiais 
 F Almofadas;
 F Tecidos e lençóis; 
 F Objetos de apego dos bebês;
 F Brinquedos de pelúcia, sonoros e outros objetos do cotidiano que possam ser 
sonorizados (colheres de pau; vasilhas de alumínio etc.);
 F Objetos e brinquedos de uso diário, como bonecas, banheiras, carrinhos etc.;
 F Caixas grandes o suficiente para que caibam todos os brinquedos;
 F Livros de literatura infantil;
 F Equipamento para reprodução de áudio;
 F Playlist, pen drive ou CD com canções tranquilas;
 F Ganchinhos ou parafusos para fixar os tecidos às paredes;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços 
Realize a atividade em uma sala ampla ou em ambiente externo, para que os bebês 
aproveitem o clima ameno. Pendure os tecidos, de maneira que formem cabanas de dife-
rentes tamanhos e alturas, pelos cantos da sala. As cabanas precisam estar bem firmes, 
pois os bebês poderão se apoiar nos tecidos para se locomover. Usar ganchinhos e/ou 
parafusos para prender os tecidos às paredes e ao teto do local pode ser adequado à 
proposta. Você pode pesquisar alguns tipos de cabanas e experimentá-las, de modo a 
enriquecer a ambientação da atividade. Organize três tipos de cabanas:
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Atividade: Brincadeiras nas cabanas
EI_MT_BB_PF.indb 101EI_MT_BB_PF.indb 101 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 • Cabana 1: coloque brinquedos sonoros que possibilitem a ampliação dos movimentos 
corporais, instigando os bebês a dançar.
 • Cabana 2: disponibilize as caixas com os brinquedos de uso diário, de modo a propor-
cionar a interação entre os bebês e os objetos. 
 • Cabana 3: espalhe paninhos, almofadas, naninhas, tecidos, lençóis e brinquedos de 
pelúcia, para que os bebês possam interagir com esses objetos de diversas maneiras. 
Deixe uma fresta/abertura nas cabanas, para que, de dentro, os bebês possam ver 
o lado de fora.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês exploram os tecidos? Puxam, seguram, esticam, se escondem? Per-
cebem que suas ações têm efeitos sobre os outros ali presentes?
2. Que ações realizam para interagir com seus pares e com o(a) professor(a)? Brincam 
de se esconder e aparecer, imitam gestos e movimentos?
3. O quanto a atividade desafia corporalmente os bebês? Quais habilidades motoras 
foram ampliadas na proposta?
O QUE FAZER DURANTE
Com o espaço já preparado com as cabanas e a música escolhida para o momento 
de descanso tocando ao fundo, convide todo o grupo a entrar no ambiente orga-
nizado por você e apresente as diferentes cabanas. Possibilite que esse primeiro 
momento seja de livre escolha e exploração, incentivando as primeiras descober-
tas dos bebês. Valide e incentive que compartilhem com o grupo suas brincadeiras, 
para que vivenciem esse momento com prazer e satisfação. Observe com atenção 
o que os bebês fazem e aproveite para iniciar os registros escritos ou com fotos e 
vídeos. Faça algumas anotações sobre os principais aspectos observados.
Incentive os bebês a explorar as cabanas em pequenos grupos, agindo com base 
em seus interesses. Apresente a eles os objetos que estão nas cabanas, fomentan-
do que interajam com os materiais. Observe quais são os interesses apresentados 
pelos bebês e como fazem suas explorações na cabana e com os materiais. Procu-
re andar pelo ambiente e permanecer um tempo em cada cabana, potencializando 
as interações dos bebês com os objetos e entre si.
Nas cabanas com os brinquedos sonoros, possibilite a ampliação dos movimen-
tos corporais, instigando os bebês a dançar e explorar os materiais e os sons que 
emitem. Observe quais deles chamam mais a atenção dos bebês e quais possibi-
lidades de uso são dadas a eles. Nas cabanas com os brinquedos, proporcione a 
interação entre os bebês e os objetos, chamando a atenção deles para as possibi-
lidades de exploração que os materiais oferecem. Convide-os a tocar nos objetos, 
empilhá-los, sentir seus formatos e texturas. Pelas frestas, brinque de se esconder 
por trás do tecido e aparecer. Faça o mesmo com os objetos, proporcionando aos 
bebês grandes descobertas e prazer em brincar. Outra maneira de explorar uma 
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Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 102EI_MT_BB_PF.indb 102 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
fresta da cabana é convidando um bebê a atravessá-la, a fim de possibilitar a am-
pliação dos movimentos corporais. Além da brincadeira com a abertura, observe 
como os bebês interagem com os tecidos, as almofadas e os lençóis, potenciali-
zando esse momento. Em todas as cabanas, com base em suas observações sobre 
os interesses e as necessidades dos bebês, favoreça que ampliem explorações e 
interações usando os materiais que estão disponíveis. 
 • Os bebês poderão explorar os objetos sonoros batendo um no outro ou no chão.
 • Poderão escolher alguns brinquedos e demonstrar mais apego a um deles. 
 • Um bebê poderá pegar o paninho que utiliza para dormir e se deitar, utilizando 
uma almofada, olhando atento às interações dos outros à sua volta.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Atente-se ao interesse dos bebês na proposta. Conforme for percebendo menos en-
volvimento, avise que em alguns minutos a atividade terminará. Convide-os a guar-
dar os objetos que estão dentro das cabanas nos seus devidos lugares, incentivando 
a participação de todos na organização. Disponibilize alguns livros de histórias já 
conhecidos pelos bebês para que, conforme forem terminando as brincadeiras e as 
explorações, possam ocupar-se, enquanto os demais terminam também.
O QUE FAZER DEPOIS
Um ambiente acolhedor pode trazer segurança para que o bebê o explorede forma 
autônoma e descubra novos movimentos corporais. A atividade poderá ser apresentada 
novamente de formas diferentes e instigantes. A partir da repetição, os bebês passam 
a internalizar esses movimentos e se sentem seguros para ampliá-los em uma próxima 
oportunidade. Conforme sugerido anteriormente, a proposta pode acontecer em áreas 
externas, parque, pátio, jardim, quadra etc. 
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Atividade: Brincadeiras nas cabanas
EI_MT_BB_PF.indb 103EI_MT_BB_PF.indb 103 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 ATIVIDADE 3
BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES 
NO TÚNEL
 Tempo sugerido: aproximadamente 45 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO03, EI01CG02, EI01ET06
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Antes de realizar a atividade, confeccione túneis ou separe os que já são utilizados em 
sua escola para fazer a brincadeira com os bebês. Utilize túneis de variados tamanhos 
e tipos (por exemplo, de tecido sustentado por bambolês ou de grandes caixas lado a 
lado, unidas por fita adesiva larga etc.). Faça algumas janelas nos túneis e, em algumas, 
feche o buraco com papel celofane colorido, possibilitando que o lado de fora seja visto 
pelos bebês que estiverem dentro deles. Disponibilize um cesto de materiais de largo 
alcance, que poderá ser usado no fim da proposta. Convide os responsáveis ou adultos 
com quem os bebês têm um bom vínculo afetivo a participar desse momento de brinca-
deira. Realize a atividade próximo ao horário da saída, assim, os bebês poderão ir embora 
após a brincadeira. Defina qual será a forma de registro de suas observações acerca do 
desenvolvimento dos bebês.
 � Materiais
 F Túneis de variados tamanhos e tipos (de tecido, de papelão etc.);
 F Bambolês;
 F Papel celofane colorido;
 F Um cesto com materiais de largo alcance (caixotes, tecidos, pedaços de madeira etc.);
 F Um caderno e uma caneta;
 F Um celular ou uma câmera para registro. 
 � Espaços
Realize a atividade em uma área externa e ampla, como o pátio ou o parque da escola. 
Organize os túneis próximos uns dos outros, para favorecer as interações.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês vivenciam as descobertas na brincadeira dentro dos túneis?
2. Como ocorre a interação com outros bebês e adultos?
3. Quais habilidades motoras foram ampliadas na proposta?
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Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 104EI_MT_BB_PF.indb 104 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
O QUE FAZER DURANTE
Convide todo o grupo, incluindo os responsáveis, a se encaminhar à área externa 
onde foram colocados os túneis e possibilite que a aproximação ocorra de forma 
livre, respeitando o interesse dos bebês. Diga a eles que brincarão nos túneis uns 
com os outros e com os adultos presentes.
Garanta que o momento seja de livre escolha e exploração, possibilitando as pri-
meiras descobertas dos bebês, assim como é incentivado na atividade Brincadei-
ras nas cabanas, deste conjunto. Incentive todos a entrar nos túneis, apresentando 
os mais estreitos aos bebês e os mais largos aos adultos. Chame a atenção para 
os diferentes tamanhos. Observe com atenção o que eles fazem durante a explo-
ração e aproveite para iniciar os registros escritos e com fotos e vídeos. Ao final, 
faça anotações sobre os aspectos mais relevantes da proposta. 
 — Será que você vai conseguir entrar nesse túnel? 
 — Em qual túnel você acha que a mamãe (ou o adulto que a acompanha) 
consegue entrar?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Um bebê dentro do túnel de papelão poderá espiar pela abertura. 
 • Do lado de fora, outro bebê poderá perceber que o colega o espia e, então, chegar 
perto da abertura e fazer expressão de espanto e admiração ao ver o colega. 
 • Um terceiro bebê poderá observar a cena e entrar no túnel, buscando a 
abertura para olhar para fora.
Possíveis ações 
dos bebês
Ao perceber que um bebê explora a entrada de algum túnel, incentive-o a com-
partilhar com o grupo a descoberta e as brincadeiras que faz, instigando-o a se 
expressar livremente e vivenciar esse momento com prazer e satisfação. Instigue 
a curiosidade dos bebês que exploram também as saídas dos túneis. Encoraje os 
que, por algum motivo, demonstram receio em explorar os túneis e esteja disponí-
vel para entrar com eles, oferecendo sua companhia. 
 — O que será que você vai encontrar do outro lado do túnel? 
 — O que você consegue ver pelas janelas daí de dentro do túnel? 
 — O que aconteceu? Ficou tudo amarelo (referindo-se à janela com o celofane 
amarelo, por exemplo)?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Sugira aos responsáveis que brinquem de entrar e sair dos túneis, de esperar o bebê 
do outro lado do túnel etc., a fim de proporcionar aos bebês um momento prazero-
so de interação com os adultos. Proponha que os bebês entrem e saiam dos túneis 
de diversos modos, respeitando seus limites corporais. Por exemplo, andando (to-
talmente de pé ou agachados), rastejando, rolando, engatinhando, sobre quatro 
apoios (utilizando a palma das mãos e a sola dos pés) etc. Assim, você possibilitará 
a aprendizagem por meio da imitação, valorizando ações individuais dos bebês. 
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Atividade: Brincadeiras e interações no túnel
EI_MT_BB_PF.indb 105EI_MT_BB_PF.indb 105 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 — Observem como o amigo está passando pelo túnel: engatinhando! 
Vamos tentar também? 
 — Aquele amigo está agachado! Que tal experimentarmos essa posição?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Para os bebês que não se sentirem confortáveis para entrar no túnel, mesmo em 
sua companhia ou na de um adulto responsável, faça brincadeiras de contato cor-
poral, como a da formiguinha (“Fui ao mercado comprar café, veio a formiguinha e 
subiu no meu pé…”). Esse contato oferecerá ao bebê a oportunidade de participar 
do momento de interação com o outro, de vivenciar diferentes ritmos, velocidades e 
fluxos nas interações e brincadeiras e de experimentar as possibilidades corporais.
Para finalizar
Atente-se ao engajamento dos bebês na proposta. Quando perceber menos en-
volvimento por parte deles, avise que, em alguns minutos, irão se organizar para a 
saída. Incentive-os a pensar em um local onde podem guardar os túneis, de forma 
que possam utilizá-los novamente em outros momentos. Incentive a participação 
de todos na organização do espaço e dos materiais. Tenha disponível o cesto com 
materiais de largo alcance para que, conforme forem terminando as brincadeiras, 
as explorações e a arrumação, os bebês possam ocupar-se enquanto os demais 
terminam também.
O QUE FAZER DEPOIS
Repita a atividade, dessa vez propondo que o momento seja realizado com uma turma 
de crianças maiores. Combine os detalhes previamente com o(a) professor(a) ou profes-
sor(a) auxiliar. A interação entre diferentes faixas etárias enriquecerá a aprendizagem e 
o desenvolvimento de todos.
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Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 106EI_MT_BB_PF.indb 106 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 ATIVIDADE 4
EXPLORAÇÃO DE CAIXAS
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01EO03, EO01CG03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para realizar a atividade, arrecade caixas de diversos tamanhos, solicitando à comuni-
dade escolar a doação delas e, se possível, utilize também as caixas que foram exploradas 
na atividade Brincadeiras e interações no túnel, deste conjunto. Encha algumas delas 
com jornal até ficarem bem firmes e feche-as. Se quiser deixá-las coloridas, encape-as 
com papéis de diversas cores. Os bebês poderão utilizá-las para empilhamento, subir, 
descer, apoiar-se para levantar etc. Disponibilize um cesto de livros conhecidos pelos 
bebês, para que tenham acesso a eles quando desejarem. Defina qual será a forma de 
registro de suas observações acerca do desenvolvimento dos bebês.
 � Materiais
 F Caixas de diversos tamanhos, incluindo 
algumas grandes, como as de fogão 
ou de geladeira, nas quais os bebês 
consigam entrar;
 F Um cesto com livrosdos quais os 
bebês gostem; 
 F Jornais antigos;
 F Papéis coloridos;
 F Fitas adesivas; 
 F Um caderno e uma caneta;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica 
para registro. 
 � Espaços
A proposta pode ser realizada na área externa da escola ou em uma sala ampla. Or-
ganize as caixas de forma agrupada, para favorecer a interação dos bebês. Em um canto, 
coloque caixas de um mesmo tamanho juntas. Em outro, organize caixas de tamanhos 
diferentes, que possibilitem encaixes (menores dentro das maiores, como a caixa de re-
médio dentro da caixa de sapato), além de caixas que favoreçam o empilhamento.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Quais ações os bebês realizam para interagir com seus pares e com o(a) professor(a)?
2. Como vivenciam as descobertas na brincadeira com as caixas? Comunicam-se por 
meio de olhares ou balbucios, imitam outros bebês etc.?
3. Quais habilidades motoras foram ampliadas na proposta?
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Atividade: Exploração de caixas
EI_MT_BB_PF.indb 107EI_MT_BB_PF.indb 107 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
O QUE FAZER DURANTE
Convide todo o grupo para explorar o espaço organizado por você e apresente os 
materiais, dizendo que todos brincarão com as caixas doadas pela comunidade 
escolar. Nesse primeiro momento, possibilite que os bebês interajam livremente 
com o espaço e com os materiais e que manifestem seus interesses individuais. 
Esteja atento ao que eles fazem durante toda a exploração e aproveite para ini-
ciar os registros escritos ou em fotos e vídeos. Faça anotações sobre os aspectos 
mais relevantes da proposta.
Ao perceber pequenos grupos se formando perto de algumas caixas, aproxime-
-se de um deles e aproveite o momento para potencializar as interações iniciadas 
pelos bebês e para validar suas iniciativas. Convide-os a brincar de empilhar cai-
xas e observe quais estratégias utilizam na brincadeira, por exemplo, empilhar as 
caixas até a sua própria altura, empilhá-las para derrubá-las, enfileirá-las, colocar 
maiores na base e menores no topo, usá-las para se sentar, empurrá-las, escalá-
-las etc. Intervenha a partir de suas observações sobre as explorações corporais 
que fazem em interação com as caixas. Favoreça que ampliem descobertas e con-
tatos, usando os materiais de formas diversas, aumentando, assim, o repertório 
motor e observando os limites corporais. 
 — Que bacana! Vocês mudaram a caixa de lugar! 
 — Ela estava leve ou pesada para empurrar?
 — Nossa, que torre grande! Mostre para gente como você fez!
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Um bebê poderá se aproximar de uma caixa, usar a lateral como apoio para 
ficar em pé e olhar sorrindo para um amigo próximo, que poderá corresponder 
à interação. Eles poderão se juntar para empurrar a caixa pelo espaço. 
 • Outro bebê poderá tentar empilhar caixas médias e pequenas, colocando-as 
uma em cima da outra com as mãos. Poderá perceber que a torre cai quando 
coloca a quarta caixa. Depois de algumas tentativas, poderá procurar outra 
caixa para substituir a quarta caixa e continuar sua torre, sem deixá-la cair. 
Possíveis ações 
dos bebês
Ao notar um bebê explorando alguma caixa, chame a atenção de todo o grupo 
para essa ação e convide os demais a também experimentar a brincadeira, auxi-
liando aqueles que precisam de ajuda para realizar alguns movimentos. Convide 
os bebês que estiverem dentro das caixas para dar um passeio, arrastando-as pelo 
espaço. Pergunte onde gostariam de passear e brinque de faz de conta. Aproveite 
para inserir os bebês que não se locomovem com autonomia, garantindo a inte-
gração deles. 
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Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 108EI_MT_BB_PF.indb 108 06/10/2023 11:22:2106/10/2023 11:22:21
 — Senhor passageiro, por onde gostaria de passear?
 — Vamos passear no carrinho?
 — Gostariam de ir visitar a vovó? É pra já! 
 — Chegamos à casa da vovó! Olhe, ela fez um bolo de laranja para a gente!
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Para finalizar
Esteja atento ao engajamento dos bebês. Conforme for percebendo menos envol-
vimento, avise que, em alguns minutos, irão para a próxima atividade. Convide-os 
a organizar as caixas, colocando as menores dentro das maiores e incentivando a 
participação de todos na organização do espaço e dos materiais, auxiliando-os no 
que for necessário. Tenha disponível um cesto de livros infantis para que, conforme 
forem terminando as brincadeiras, as explorações e arrumação, possam ocupar-se 
enquanto os demais finalizam suas atividades. 
O QUE FAZER DEPOIS
Reflita sobre suas observações e registros, de modo a promover o desenvolvimento de 
todos. A atividade poderá ser realizada novamente de formas diferentes e instigantes para 
os bebês. A partir da repetição, eles passam a experimentar e se apropriar de movimentos 
e a se sentir seguros para ampliar suas possibilidades corporais e para se desafiarem. Se 
for viável, imprima as fotos que você tirou durante a atividade e cole-as nas caixas fecha-
das. Deixe-as em um canto fixo da sala, para que façam parte dos brinquedos da turma.
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Atividade: Exploração de caixas
EI_MT_BB_PF.indb 109EI_MT_BB_PF.indb 109 06/10/2023 11:22:2206/10/2023 11:22:22
 ATIVIDADE 5
O QUE HÁ DENTRO DA CAIXA?
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO03, EI01EO06, EI01CG03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Assim como na atividade Exploração de caixas, deste conjunto, os bebês terão opor-
tunidades de brincar e explorar por meio de caixas com surpresas. Para isso, feche todas 
as laterais de cada caixa com fita adesiva e confeccione um buraco com cerca de 10 cm 
de diâmetro em uma das laterais de cada caixa. É importante que o buraco seja grande 
o suficiente para que você consiga inserir a sua mão com facilidade na caixa. Coloque os 
objetos que você separou dentro das caixas. Disponibilize um cesto de livros conhecidos 
pelos bebês para que tenham acesso a eles no final da proposta. 
Sugestão de vídeo
Baião no cerrado. Nana & Nilo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=5SzIXciXn1o. 
Acesso em: 3 jul. 2023.
 � Materiais
 F Caixas fechadas com um furo em uma das laterais (uma caixa para cada pequeno 
grupo de bebês); 
 F Fita adesiva;
 F Objetos diversos (bolas, cones, brinquedos de empilhar e brinquedos de encaixe e 
de formatos diferentes);
 F Objetos que remetam a canções do cotidiano dos bebês, como pau de chuva, tambor, 
petecas, chocalhos e outros; 
 F Um cesto com livros de literatura infantil;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a 
atividade.
 � Espaços
A atividade pode ser realizada em uma sala ampla ou na área externa. Organize as 
caixas em diferentes cantos do espaço, de modo que pequenos grupos (de no máximo 
quatro bebês) fiquem próximos uns dos outros.
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Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 110EI_MT_BB_PF.indb 110 06/10/2023 11:22:2206/10/2023 11:22:22
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como ocorre a interação entre os bebês? De que forma a interação é favorecida 
pela brincadeira com as caixas?
2. Como exploram os objetos e as caixas na atividade? Olham pelo buraco, colocam a 
mão dentro da caixa e retiram-na rapidamente, oferecem a caixa para outra pessoa, 
viram a caixa, identificam o objeto encontrado, brincam com os objetos etc.?
3. Como os bebês se relacionam e compartilham suas descobertas? Imitam uns aos 
outros e se engajam para descobrir o que há dentro da caixa ao ver seus pares as 
explorarem? De que forma?
O QUE FAZER DURANTE
Convide todo o grupo a explorar o espaço organizado com as caixas e apresente a 
proposta por meio de perguntas que instiguem a curiosidade dos bebês. Desafie-os 
a descobrir o que há dentro das caixas. Esse é um momento de livre deslocamen-
to, que deve ser realizado conforme os interesses individuais dos bebês. Brinque 
junto com eles na exploração das caixas. Incentive-os a brincar com os objetos re-
tirados. Valide as iniciativasde todos. 
 — O que será, o que será que vai aparecer? O que será, o que será que (diga o 
nome do bebê) vai tirar?
 — Ih! O que você descobriu aí, hein? 
 — Veja, esta outra caixa também tem um buraco. Vou colocar minha mão aqui. 
 — O que será que vai sair dela? Quer colocar sua mão também?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Os bebês poderão se apoiar nas caixas para se levantar, sentar-se nelas, 
tirá-las do chão, sacudi-las para ouvir o barulho que fazem etc. 
 • Outros poderão olhar através do buraco, levantar a cabeça, olhar para 
um amigo e sorrir. 
Possíveis ações 
dos bebês
Após o livre deslocamento, possivelmente os bebês estarão organizados em pe-
quenos grupos em volta das caixas disponibilizadas. Se isso não ocorrer, mostre 
a eles que há outras caixas no espaço e que podem dividir-se entre elas para 
descobri-las também. Aproxime-se de cada pequeno grupo por vez para poten-
cializar e acompanhar as descobertas e interagir com os bebês. Garanta a partici-
pação de todos. Nesse momento, você pode iniciar a documentação pedagógica 
com fotos, vídeos ou registros escritos. Proporcione a exploração dos objetos 
retirados das caixas por cada bebê. Por exemplo: caso um bebê retire uma bola 
da caixa, sugira que ele a arremesse para um amigo; caso retire uma peça dos 
brinquedos de empilhar, provoque-o colocando outra peça em cima da dele; caso 
retire um bicho de brinquedo, pergunte que bicho é aquele e cante uma música 
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Atividade: O que há dentro da caixa?
EI_MT_BB_PF.indb 111EI_MT_BB_PF.indb 111 06/10/2023 11:22:2206/10/2023 11:22:22
referente ao bicho. Incentive-os a explorar todas as caixas, fazendo um rodízio, 
mas garanta que brinquem livremente com os objetos descobertos, possibilitan-
do variadas experimentações, como passar os objetos de uma caixa para outra, 
trocar as caixas de lugar etc. 
 — Esta caixa faz um barulhão! 
 — Será que há mais alguma coisa dentro dela ou esse barulho todo era só 
da bola que caiu?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • Um bebê poderá levantar a caixa e balançá-la, perceber que faz barulho e 
virá-la de cabeça pra baixo, fazendo cair algum objeto que estava em seu 
interior.
Possível ação 
dos bebês
Para finalizar
Esteja atento ao interesse dos bebês na proposta. Conforme for percebendo menos 
envolvimento, avise que, em alguns minutos, a atividade se encerrará. Convide-os 
a organizar o espaço, guardando os objetos dentro das caixas. Incentive a partici-
pação de todos e auxilie-os no que for necessário. Tenha disponível um cesto com 
livros infantis, para que, conforme forem terminando as brincadeiras, as explora-
ções e a organização, os bebês tenham algo com que se ocupar.
O QUE FAZER DEPOIS
Para repetir a atividade, diversifique o conteúdo das caixas, colocando, por exemplo, 
tecidos de diversas texturas, tamanhos e cores dentro delas. A partir da repetição, os be-
bês passam a concretizar movimentos e a se sentir seguros para ampliar e realizar mais 
descobertas e interações. 
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Conjunto: Brincadeiras e interações
EI_MT_BB_PF.indb 112EI_MT_BB_PF.indb 112 06/10/2023 11:22:2206/10/2023 11:22:22
SEQUÊNCIA 7
PERCURSO SIMPLESPERCURSO SIMPLES
Nos primeiros meses de vida, o movimento tem grande re-
levância para o desenvolvimento: a psicogênese da motrici-
dade se entrelaça com a psicogênese da pessoa. O bebê se 
comunica por meio de gestos e olhares, expressa emoções 
mexendo os braços ou balançando o tronco, por exemplo, e 
explora os objetos segurando-os e, por vezes, colocando-os 
na boca. Nos percursos simples, eles podem explorar e expe-
rimentar corporalmente os desafios. Tais vivências possibili-
tam aprender sobre limites e possibilidades do corpo.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados nesta sequência
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e 
movimentos.
Espaços, tempos, 
quantidades, relações 
e transformações.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados nesta sequência
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais participa.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, objetos, 
brinquedos.
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e desejos.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes 
acolhedores e desafiantes.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades de 
manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de 
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01ET06 Vivenciar diferentes ritmos, velocidades e fluxos nas interações e brincadeiras (em danças, 
balanços, escorregadores etc.).
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SD
EI_MT_BB_PF.indb 113EI_MT_BB_PF.indb 113 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 ATIVIDADE 1
PERCURSO COM TIRAS DE PAPEL
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01CG01, EI01CG02
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Combine com o(a) professor(a) de uma turma de faixa etária diferente para que pos-
sam realizar a proposta de forma integrada. Essa socialização é de suma importância, 
pois os bebês espelham-se nas crianças maiores, imitando-os e aprendendo com eles. 
É importante que já tenha sido possibilitado aos bebês uma exploração prévia com tiras 
de papel: rasgando folhas de revista em uma proposta sensorial ou explorando tiras de 
diversos tamanhos e larguras. Pense também em como propor uma exploração prévia em 
relação à tenda. Solicite aos responsáveis fotos significativas ou use imagens de revistas 
com temas de interesse dos bebês (por exemplo, de animais) para colar por todo o percur-
so. Conte com a ajuda dos adultos responsáveis ou de um(a) professor(a) ou professor(a) 
auxiliar1 para desenvolver a proposta.
 � Materiais
 F Tiras de papel resistente e fita adesiva para fixá-las no chão;
 F Fotos dos bebês e seus responsáveis e/ou outras imagens (de revista, por exemplo);
 F Plástico autoadesivo ou fita adesiva grossa e transparente, e papel cartão ou 
papelão, para que as fotos fiquem mais resistentes;
 F Tecidos;
 F Uma ou mais mesas;
 F Caixa de brinquedos;
 F Colchonetes, cobertores ou tapetes emborrachados;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.
 � Espaços
A proposta pode ser realizada na sala, tenda, pátio ou no corredor da escola. Organize 
o espaço previamente, para que, em pequenos grupos, os bebês possam explorá-lo. Se 
possível, utilize um tecido (dividido ao meio, como uma cortina) na entrada do local, para 
que os bebês passem por dentro. Organize as fotos nas paredes, à altura dos bebês, ou 
mesmo no chão, para que possam manuseá-las. Disponibilize, também, algumas tiras de 
papel soltas e outras que estejam penduradas de um local alto até o chão, de modo que 
os bebês também possam explorar.
1 Pode haver uma variação no uso da expressão “professor(a) auxiliar” no estado. Trata-se do profissional que auxilia o(a) 
professor(a) responsável pela turma na execução de algumas atividades com as crianças. 
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 114EI_MT_BB_PF.indb 114 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Que tipo de exploração os bebês fazem? Como utilizam seus corpos nessas explorações?
2. Eles se comunicam por meio de expressões faciais, olhares, gestos, movimentos, 
balbucios e palavras. Quais são os elementos que mais provocam interações?
3. De que forma o percurso os desafia em sua autonomia e quanto à descoberta de 
novas formas de explorar, envolvendo movimentos e gestos?
O QUE FAZER DURANTE
Converse com todo o grupo, informando que estão indo para olocal organizado 
previamente para a atividade. Explore com os bebês todo o caminho, conduzindo 
pequenos grupos de cada vez, com auxílio de outros adultos responsáveis. Quan-
do chegar, convide-os a passar pelo acesso onde estará o tecido. Possibilite que 
os bebês explorem a entrada, cada um à sua maneira (auxilie, se necessário, ga-
rantindo que todos participem) e observe atentamente até que um deles avance 
para o percurso em si. 
 • Durante o percurso, os bebês poderão manifestar interesses diversos. 
Por exemplo: explorar os tecidos da tenda ou permanecer no percurso 
por mais tempo e explorar as imagens.
Possível ação 
dos bebês
Esteja atento aos interesses e especificidades dos bebês. Observe suas curiosi-
dades. Aproveite os momentos de exploração deles para fazer intervenções, cha-
mando a atenção dos bebês, pontuando o que encontraram no percurso e fazendo 
essa mediação entre as diferentes idades que ali interagem. Registre os momentos 
por meio de fotos ou vídeos, para documentação pedagógica. Procure estar dis-
ponível caso algum bebê queira dividir observações feitas ao apreciar as fotos no 
decorrer do percurso. 
 — Olhem! Vamos ver as fotografias no percurso? 
 — Quem será que é essa criança? O que será que ela está fazendo? 
 — Quem encontraremos logo à frente? Venham, vamos ver!
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Possibilite a livre exploração dos bebês pelos tecidos da tenda. Observe o encan-
tamento em seus olhos ao longo das tentativas de sentir as texturas. Favoreça o 
envolvimento deles, garantindo acesso às fotos dispostas pelo percurso e servindo 
de suporte físico e emocional para suas explorações. Durante a realização da pro-
posta, coloque em destaque as ações dos bebês, para que o grupo avance em suas 
pesquisas exploratórias. Para aqueles que estão finalizando a participação, dispo-
nibilize uma caixa de brinquedos sobre colchonetes para explorarem. 
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Atividade: Percurso com tiras de papel
EI_MT_BB_PF.indb 115EI_MT_BB_PF.indb 115 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 — O que será que há dentro da tenda?
 — O bebê está lá dentro, vamos ver juntos! Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Para finalizar
Próximo ao término da proposta, avise os bebês qual será o próximo acontecimento 
do dia. Convide-os a participar da organização do espaço, antes de seguirem para 
a próxima vivência. Organize os materiais com eles. 
O QUE FAZER DEPOIS
A vivência pode ser apresentada com outros materiais. Sugestões: colchonetes (espa-
çados ou unidos), caixas de papelão (viradas para cima ou para baixo), bambolês (pendu-
rados na altura dos bebês ou dispostos no chão) etc. Utilize, também, objetos presentes 
no mobiliário da escola, como mesas e cadeiras, propondo outros desafios motores que 
ampliam cada vez mais o repertório dos bebês.
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 116EI_MT_BB_PF.indb 116 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 ATIVIDADE 2
PERCURSO COM TÚNEL 
E BOLINHAS COLORIDAS
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 mintos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO03, EI01CG05, EI01ET04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
É desejável que os bebês tenham tido momentos de exploração prévia com as boli-
nhas e com as caixas de papelão. São exemplos de atividades dessa natureza: proposta 
de exploração livre para brincar com as bolinhas, entrar e sair das caixas, colocar e tirar 
brinquedos delas. Solicite a participação dos responsáveis e peça que doem caixas de 
papelão de tamanhos variados. Combine a parceria de um(a) professor(a) ou professor(a) 
auxiliar, para que você possa contar com ele no momento da atividade.
 � Materiais
 F Bolinhas coloridas (de plástico, papel ou feita com meias); 
 F Caixas de papelão de vários tamanhos, por dentro das quais os bebês consigam passar, 
ou tecidos para formar os túneis; 
 F Tesoura para cortar as caixas;
 F Tubos de papelão (papel higiênico, papel toalha etc.); ou feitos com papel cartão 
enrolado; 
 F TNT, tecido ou barbante para unir as caixas, através de pequenos furos. Outra opção 
é utilizar fitas grossas, com velcro, para que não soltem com o movimento dos bebês;
 F Materiais de largo alcance (potes, caixas, carretéis, pedaços de cano etc.);
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade.
 � Espaços
A proposta pode ser realizada no corredor da escola ou em outro espaço externo 
compatível. Organize o local com as caixas doadas pela comunidade escolar ou com 
pedaços de tecidos, formando um túnel para o percurso exploratório com a ajuda dos 
colaboradores da escola ou com os responsáveis. Os túneis devem ser exploradas pelos 
bebês e, para ampliação da proposta, podem ser pendurados objetos de interesse ao 
longo do percurso.
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Atividade: Percurso com túnel e bolinhas coloridas
EI_MT_BB_PF.indb 117EI_MT_BB_PF.indb 117 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Os bebês movimentam o corpo para viver diferentes experiências, ampliando as 
possibilidades de exploração de variados objetos. Como ocorre essa exploração?
2. Eles aprendem de muitas formas; uma delas é pela exploração do espaço em que 
estão inseridos. De que maneira as habilidades motoras dos bebês são potenciali-
zadas, uma vez que observamos seus deslocamentos pelo ambiente?
3. Os bebês se relacionam conosco e com seus pares de diversas maneiras. Observe 
como esse diálogo acontece. Como é a interação deles com os adultos que estão 
no ambiente? Ela acontece da mesma forma entre os bebês?
O QUE FAZER DURANTE
Compartilhe com todo o grupo a proposta que será realizada no corredor ou na 
área externa: brincar com as caixas ou tecidos que os responsáveis enviaram para 
a escola e que agora estão dispostos em forma de túnel. Conte que eles poderão 
entrar, movimentar-se e brincar com as bolinhas e demais objetos que estejam dis-
postos no túnel. Leve-os em pequenos grupos até o espaço.
Enquanto o pequeno grupo explora o túnel, os outros bebês podem explorar ma-
teriais de largo alcance com outro(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar. Encoraje 
a participação de todos, observando e atendendo individualmente cada um, em 
suas necessidades.
Possibilite que explorem livremente e observe como acontece essa interação inicial, 
se há uma afinidade entre os bebês e de que forma acontece a interação entre eles 
e os adultos. Incentive alguns movimentos corporais e observe como eles passam 
pelo túnel. Se possível, fotografe, faça pequenos vídeos ou breves anotações du-
rante a atividade e termine o registro escrito após o fim da atividade.
Continue observando atentamente os bebês em seus gestos, expressões e inicia-
tivas de interação. Esteja disponível caso algum deles queira dividir suas desco-
bertas ou conquistas. Apoie as ações dos bebês e brinque, à medida que for sendo 
convidado. Nesse momento, eles podem explorar o percurso sozinhos, em duplas 
ou em pequenos grupos. 
 — Quem está brincando no percurso? Vamos lá brincar também!
 — Como você está brincando? 
 — O que será que encontraremos lá no final do percurso?
 — Que amigo você encontrou no caminho?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
No decorrer do trajeto, encoraje os bebês a percorrer toda a extensão do labirinto 
e a entrar e sair por ambas extremidades. Convide para entrar aqueles que estive-
rem olhando e sorrindo, mas que ainda permanecem do lado de fora. Descreva o 
que está acontecendo, envolva os bebês na atividade, transmitindo segurança e 
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 118EI_MT_BB_PF.indb 118 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
oferecendo sua presença, caso queiram participar. Na atividade Percurso com col-
chões, desta sequência, os bebês terão novas oportunidades para explorar seus 
movimentos. Observe os interesses e as necessidades deles.
Até esse momento da proposta, os bebês devem estar envolvidos no percurso ex-
plorando-o de diferentes formas. Ofereça bolinhas e peça que eles as coloquemnos túneis, para que outros bebês possam encontrá-las. 
 • Os bebês poderão se interessar por jogar as bolinhas, repetindo essa ação 
várias vezes. 
 • Poderão ficar segurando-as nas mãos e observando suas cores. 
 • Um bebê poderá colocar a mão pelo túnel, e olhar por uma extremidade; 
outro poderá se aproximar, observando a cena com curiosidade.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Próximo ao momento de finalizar, avise aos bebês qual será a próxima atividade 
do dia. Convide-os a organizar o espaço antes de seguirem para a nova vivência. 
Inicie a organização e observe quais bebês são mais proativos. Use uma música 
que marque o momento de arrumação com o grupo.
O QUE FAZER DEPOIS
É muito importante ter a possibilidade de repetir a atividade com os bebês, fazendo 
algumas alterações. Como parte da proposta inclui conceitos como entrar e sair, dentro 
e fora, apresente aos bebês cestos ou novas caixas de papelão. Dessa forma, eles po-
dem permanecer na proposta, ampliando o repertório de brincadeiras. O percurso pode 
ser montado na sala ou na área externa da escola, próximo à natureza e às árvores, por 
exemplo. Você também pode utilizar brinquedos que já existem na sala ou bolinhas feitas 
de jornais ou revistas. Ao convidar os responsáveis dos bebês para montar o percurso 
com as caixas, sugira a confecção das bolinhas com esses papéis.
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Atividade: Percurso com túnel e bolinhas coloridas
EI_MT_BB_PF.indb 119EI_MT_BB_PF.indb 119 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 ATIVIDADE 3
PERCURSO COM COLCHÕES
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO03, EI01CG05, EI01ET04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Crie situações de explorações prévias dos materiais sugeridos na proposta, bem como 
do local onde será realizada a vivência (que pode ser dentro ou fora da sala). Tenha o 
cuidado de escolher um espaço significativo para os bebês e combine a parceria com 
um(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar para participar da atividade junto a você.
 � Materiais
 F Colchões, colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Almofadas ou travesseiros;
 F Materiais de largo alcance (tecidos coloridos, caixas de tamanhos diversos, rolos 
de papelão, tampas, potes etc.);
 F Um celular ou uma câmera para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços 
Disponha os colchonetes pelo ambiente (sala, pátio, jardim com sombra etc.), de forma a 
favorecer a pesquisa exploratória motora por parte dos bebês: engatinhar, andar, escalar, 
descer, escorregar, passar para o outro lado, ir e vir (ações que poderão ser aprofunda-
das depois da realização da atividade Percurso com túnel e bolinhas coloridas, desta 
sequência). Faça uma fileira de colchonetes em pilhas: na primeira pilha, coloque um 
colchonete; na segunda, dois; e na terceira, três. Para ampliar as habilidades motoras dos 
bebês, você pode colocar almofadas ou travesseiros sobre os colchonetes. aumentando 
o grau de complexidade da proposta, ainda que de maneira segura. Organize o espaço 
potencializando o que eles já sabem e proponha movimentos corporais que ampliem o 
repertório motor deles de forma segura.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês utilizam seus corpos na proposta?
2. Quais materiais despertaram mais os interesses deles, ampliando suas possibilidades 
motoras?
3. De que maneira ocorrem as interações durante a proposta?
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 120EI_MT_BB_PF.indb 120 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
O QUE FAZER DURANTE
Converse com todo o grupo sobre a proposta. É muito importante que todas as 
ações e situações sejam explicadas aos bebês previamente. Comece oferecendo os 
materiais de largo alcance, tirando e colocando os tecidos coloridos nos potes, por 
exemplo. Possibilite que explorem livremente e que sejam proativos. Depois, retome 
as orientações para pequenos grupos, conforme forem participando do percurso.
Convide um pequeno grupo para iniciar a exploração do percurso. Sempre que pos-
sível, oportunize que os bebês fiquem descalços para uma efetiva estabilidade e 
para uma maior relação corpo, espaço e objeto. Esteja atento e disponível a eles. 
Incentive a participação de todos, oferecendo apoio quando necessário e conver-
sando com eles, para que sintam segurança e iniciem o percurso. Faça o percurso 
com eles, observando os momentos de maior interesse. 
 • Ao observar o colchonete, o bebê poderá expressar-se oralmente e tentar 
subir e pular. 
 • Um bebê que está próximo poderá tentar falar, sorrir e estender a mão em 
uma tentativa de ajudar o colega a passar para o outro lado.
Possíveis ações 
dos bebês
 — Você está ajudando o seu amigo, isso é ótimo! 
 — Vamos! Nos encontramos logo à frente! Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Reserve um tempo para que explorem o percurso. Observe atentamente o que fa-
zem e apoie as iniciativas deles, evitando ao máximo dirigir suas ações. Impulsio-
ne-os tomando por base as habilidades motoras já adquiridas e identifique quais 
novas foram conquistadas. Potencialize as conquistas, incentivando-os a superar 
os obstáculos propostos e a descobrir seus limites corporais. Proponha uma explo-
ração individual ou em dupla. Fotografe, faça pequenos vídeos ou breves anota-
ções durante a atividade e termine o registro escrito após a finalização da proposta. 
Atente-se, em seguida, ao grupo de bebês que está chegando ao final do trajeto, 
observando suas reações, como, por exemplo: o bebê que bate palma, balbucia e 
sorri ao passar pelo último obstáculo.
Para finalizar
Com a aproximação do fim da proposta, comunique aos bebês que o espaço deve-
rá começar a ser organizado. Para ajudar na localização temporal, avise-os sobre 
qual será o próximo acontecimento do dia, garantindo uma predição do que irá 
acontecer. Informe o quanto é importante organizar o espaço antes de seguir para 
a próxima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas deles nesse momento.
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Atividade: Percurso com colchões
EI_MT_BB_PF.indb 121EI_MT_BB_PF.indb 121 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
O QUE FAZER DEPOIS
Parte da proposta inclui engatinhar, subir, passar para o outro lado etc. Reapresente a 
vivência aos bebês, fazendo algumas alterações, utilizando materiais disponíveis na escola, 
como pneus, rampas, mesas, cadeiras etc. Proponha outros desafios motores que possam 
ampliar cada vez mais o repertório dos bebês. O percurso pode ser montado na sala ou na 
área externa, próximo à natureza (considere sempre um local significativo para os bebês).
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 122EI_MT_BB_PF.indb 122 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 ATIVIDADE 4
PERCURSO INCLINADO
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01CG01, EI01ET03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Em um momento anterior à proposta, peça aos responsáveis dos bebês que forneçam 
materiais de largo alcance, tais como caixas de diversos tamanhos, tampinhas de produtos, 
potes, rolos de papelão etc. Faça isso por meio de bilhetes na agenda, no mural de avisos 
da sala (na entrada ou saída) ou utilize outros meios de comunicação comuns na sua 
escola. Informe que serão utilizados para a montagem de uma rampa com inclinação 
pequena, onde os bebês poderão subir e descer, explorando as possibilidades. Providencie 
a montagem do percurso com auxílio das pessoas da comunidade escolar, sejam 
professores(as), professores(as) auxiliares ou técnicos administrativo. Utilize o material 
de base (papelão bem grosso, MDF ou similar) e forre de maneira a dar aderência aos 
bebês que vão subir e descer.
 � Materiais 
 F Materiais de largo alcance (caixas de diversos tamanhos, tampinhas de produtos de 
consumo, por exemplo), que serão utilizados na montagem e exploração da rampa;
 F Cones de papelão (bobina de linha) e rolos de papelão (de fita adesiva larga, papel 
higiênico ou de papel toalha), ou outrosobjetos que julgar adequados à faixa etária; 
 F Rolos de tecidos, almofadas ou travesseiros;
 F Madeira, MDF ou papelão bem resistente para fazer a rampa ou para incluir um 
colchonete; 
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registro;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços 
Organize o local onde acontecerá a proposta, garantindo um ambiente significativo 
e seguro para os bebês, com o qual eles já tenham familiaridade. Pode ser a sala ou a 
área externa. Disponha, nos cantos, os materiais de largo alcance, de modo que fiquem 
acessíveis a todo o grupo durante a vivência do percurso, para que os bebês possam 
investigá-los. Em um canto, organize os cones de papelão (bobina de linha); em outro, 
os rolos de papelão (de fita adesiva larga, papel higiênico ou papel toalha). Atente-se 
para que a organização dos objetos oportunize a exploração, mas que não chame mais 
a atenção do que a rampa em si. Por isso, a familiarização prévia é importante.
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Atividade: Percurso inclinado
EI_MT_BB_PF.indb 123EI_MT_BB_PF.indb 123 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como a proposta instiga os bebês a ampliarem seu repertório de movimentos corporais?
2. Que tipo de explorações eles fazem ao longo do percurso?
3. Como a movimentação corporal deles comunica suas emoções, necessidades e desejos?
O QUE FAZER DURANTE
Converse com todo o grupo sobre a experiência. É muito importante que todas as 
ações e situações sejam explicadas aos bebês previamente. Comece oferecendo 
os materiais de largo alcance, empilhando os cones de papelão (bobina de linha) 
e os rolos de papelão. 
Após a conversa e a exploração inicial com os materiais de largo alcance, convide 
os bebês, em pequenos grupos, para participarem do percurso inclinado. Possibi-
lite que explorem livremente. Atente-se à forma de exploração dos bebês no tra-
jeto. Registre as interações que aparecem e como isso se dá. Veja se algum bebê 
já inicia a atividade escalando a rampa ou se engatinha inicialmente, para depois 
escalar. Encoraje a participação de todos, observando e atendendo individualmen-
te cada um. 
 — Olha o que temos para vocês brincarem! Uma rampa! 
 — Vamos ver como podemos brincar nela? Possíveis falas 
do(a) professor(a)
 • O bebê poderá acompanhar com o olhar o adulto próximo à rampa. 
 • O bebê sorri, observa ao redor os demais bebês e se dirige ao percurso.
Possíveis ações 
dos bebês
Posteriormente à exploração livre, reorganize os bebês para explorarem toda a 
extensão do percurso em duplas ou individualmente. Apoie suas ações e esteja 
próximo a eles, fazendo intervenções quando necessário. Registre a atividade com 
fotos, vídeos e anotações para reflexão posterior. 
 • Os bebês poderão explorar os materiais na rampa e quando chegar no 
meio do trajeto poderão se engajar por um tempo, com algum elemento ali 
presente. 
 • Um bebê poderá segurar a rampa e começar a balançar. Ao perceber que 
modifica o material, retoma a exploração com os dedos e consegue abri-la.
Possíveis ações 
dos bebês
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 124EI_MT_BB_PF.indb 124 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
Em seguida, atente-se ao grupo de bebês que está chegando ao final do trajeto 
e como eles estão engajados na proposta. Veja quais foram os pontos de maior 
interesse, por quais objetos eles já passaram e quais importantes incentivos você 
pode proporcionar. Até esse momento, os bebês devem estar envolvidos no per-
curso de diferentes formas.
Para finalizar
Fale para os bebês que vão começar a organizar o espaço. Convide-os para par-
ticipar de forma conjunta. Para ajudar na localização temporal, avise-os qual será 
o próximo acontecimento do dia, garantindo uma predição do que vai acontecer. 
Informe o quanto é importante organizar o espaço antes de seguirem para a pró-
xima experiência. Valorize e encoraje as iniciativas dos bebês nesse momento.
O QUE FAZER DEPOIS
Parte da proposta inclui subir, descer, engatinhar, escalar etc. Outras propostas podem 
ser reapresentadas aos bebês no percurso inclinado, para ampliar as experiências: ima-
gens ou fotos deles, penduradas ou coladas, objetos com diferentes texturas, como sacos 
com gel de cabelo, bolinhas de tamanhos variados etc. O percurso pode ser montado na 
sala, no corredor ou na área externa da escola, sempre em um local que seja significativo 
para os bebês.
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Atividade: Percurso inclinado
EI_MT_BB_PF.indb 125EI_MT_BB_PF.indb 125 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 ATIVIDADE 5
PERCURSO E MUITOS DESAFIOS 
MOTORES
 Tempo sugerido: aproximadamente 50 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01CG01, EI01EO02, EI01ET06
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Possibilite situações de pesquisa prévia dos materiais, propondo um novo desafio a 
cada exploração. Instigue os limites e possibilidades corporais dos bebês. Garanta a ex-
ploração do local onde acontecerá a proposta. Tenha o cuidado de escolher um espaço 
significativo para os bebês. Providencie a montagem do ambiente com o auxílio de um(a) 
professor(a), professor(a) auxiliar ou técnico administrativo. 
 � Materiais
 F Materiais disponíveis na escola, como 
pneus (usados em brincadeiras), ram-
pas, colchonetes, túneis mesas, ca-
deiras, caixas de papelão, bambolês, 
cordões ou barbantes para amarrar o 
que for necessário;
 F Brinquedos preferidos dos bebês;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica 
para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
Disponha os materiais pelo ambiente escolhido propondo um percurso com vários 
desafios motores. Organize os materiais de forma que os bebês possam explorar e ex-
perimentar corporalmente os desafios e assim terem vivências significativas em relação 
aos limites e possibilidades do seu corpo. Como sugestão para montar o percurso, você 
pode formar uma fileira com três pilhas de colchões ou colchonetes: uma pilha com um 
colchão, outra com dois e a última com três (os bebês poderão subir neles). Coloque 
caixas de papelão viradas de cabeça para baixo (por cima das quais os bebês poderão 
passar). Pendure bambolês próximos ao chão, para que os bebês possam passar por 
eles, coloque os pneus agrupados, um atrás do outro (os bebês poderão passar por cima 
deles, pisando dentro deles). Mais à frente, coloque as mesas (por baixo das quais os 
bebês poderão passar) e as cadeiras (por baixo ou por cima das quais os bebês poderão 
passar). Perto desses objetos, coloque colchonetes, de modo a garantir uma segurança 
maior para a escalada. Os materiais podem ser variados a depender das possibilidades 
da escola e das características da turma. Coloque, adiante no percurso, a rampa (em que 
os bebês poderão escalar e escorregar), diferenciando os desafios. Paralelo à proposta, 
deixe organizado um canto com bambolês dispostos no chão e, dentro de cada um deles, 
coloque os brinquedos preferidos dos bebês.
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 126EI_MT_BB_PF.indb 126 06/10/2023 11:22:2306/10/2023 11:22:23
 � Perguntas para guiar suas observações
1. De que maneira acontecem as experimentações do percurso? A partir dessa percepção, 
existe mais algum elemento que possa ser incluído, ampliando as descobertas dos 
bebês?
2. Como acontece a vivência dos diferentes movimentos, velocidades e deslocamentos 
nas interações e brincadeiras?
3. Como os bebês expressam suas emoções, necessidades e desejos, tomando por 
observação a movimentação corporal dos outros bebês?
O QUE FAZER DURANTE
Compartilhe com todo o grupo a proposta que será realizada: percurso e muitos 
desafios motores, relembrando os outros percursos realizados nas atividades an-
teriores desta sequência. Inicie a exploração com os cantos previamente organi-
zados e possibilite a livre exploração nesse momento inicial. É muito importante 
que todas as ações e situações sejam conversadas com os bebês previamente. 
Sempre que possível, registre as ações deles com fotos,vídeos e anotações para 
reflexão posterior.
Convide os bebês, em pequenos grupos, para iniciar a exploração livre do percur-
so. Oportunize que fiquem descalços para uma efetiva estabilidade e uma maior 
relação entre corpo, espaço e objeto. Esteja disponível caso algum bebê queira 
dividir suas descobertas e conquistas. Registre as interações que acontecem, espe-
cialmente enfatizando como elas se dão. Incentive a participação de todos, ofere-
cendo apoio quando necessário, conversando com eles e transmitindo segurança 
e confiança para iniciarem o percurso. Faça o percurso com eles, observando os 
momentos de maior encanto por parte dos bebês. 
 • Um bebê poderá chegar na ponta do colchão, olhar ao redor e ver, mais à 
frente, outro bebê tentando subir no colchão. 
 • O primeiro bebê poderá sorrir e avançar engatinhando, aproximando-
se do outro que conseguiu subir. Ambos poderão se olhar e gargalhar 
demonstrando satisfação.
Possíveis ações 
dos bebês
Garanta um momento de exploração livre de todo o percurso. Esteja atento e dis-
ponível aos bebês. Observe aquele bebê que se aproxima das caixas de papelão, 
demonstra interesse em virá-las para cima e, após alguns instantes, faz tentativas 
de escalada, passando para o outro lado. Veja o brilho no seu olhar e a satisfação 
em atingir essa conquista. No decorrer da exploração, atente-se para os pontos 
de maior curiosidade dos bebês. Impulsione-os tomando por base as habilidades 
motoras já adquiridas e identifique quais novas conquistaram. Potencialize as con-
quistas, incentivando-os a superar os obstáculos propostos e a descobrir seus li-
mites corporais.
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Atividade: Percurso e muitos desafios motores
EI_MT_BB_PF.indb 127EI_MT_BB_PF.indb 127 06/10/2023 11:22:2406/10/2023 11:22:24
Atente-se aos bebês engajados na proposta. Veja por quais objetos eles já passa-
ram e quais importantes incentivos você pode proporcionar. Até esse momento, os 
bebês devem estar envolvidos no percurso de diferentes formas, por meio da ex-
ploração. Reorganize-os para explorarem toda a extensão do percurso em duplas 
ou individualmente. Observe os bebês que estão passando por cima dos pneus ou 
pisando neles. Atente-se para o encantamento, os sorrisos e expressões ao explo-
rarem mais esse desafio. 
 • Um bebê poderá explorar com suas mãos as ranhuras do pneu.
Possível ação 
dos bebês
 — Veja, há algumas ranhuras. Conseguimos acompanhar com nossos dedos 
seguindo o desenho do pneu.
Possível fala 
 do(a) professor(a)
Destaque as curiosidades dos bebês. Aproveite os momentos de exploração para 
fazer intervenções, chamando a atenção dos pequenos, pontuando o que encon-
traram no percurso e fazendo a mediação entre os bebês que ali interagem. Nos 
momentos de escalada, esteja sempre ao lado, dando a mão quando necessário, 
para apoiar o bebê.
Observe os bebês chegando à rampa e como exploram o último ponto do percurso. 
Verifique se eles imitam uns aos outros no escalar e escorregar. Observe, também, 
se eles procuram algum objeto para deixar deslizar por toda a extensão da rampa. 
Tome nota de todos os detalhes possíveis no momento e complemente as anotações 
para a documentação pedagógica ao final da vivência.
Para finalizar
Fale para os bebês que vão começar a organizar o espaço. Para ajudar na locali-
zação temporal, conte sobre qual será o próximo acontecimento do dia, garantindo 
uma predição do que vai acontecer. 
O QUE FAZER DEPOIS
É muito importante reapresentar a vivência aos bebês, fazendo algumas alterações. 
Como parte da proposta inclui entrar/sair, explorar objetos dentro/fora, engatinhar, esca-
lar e passar para o outro lado, proponha mais desafios motores e apresente um material 
novo por vez, para que possam ampliar o repertório. O percurso pode ser montado na 
área externa da escola, próximo à natureza, considerando sempre locais significativos 
para os bebês. 
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Sequência: Percurso simples
EI_MT_BB_PF.indb 128EI_MT_BB_PF.indb 128 06/10/2023 11:22:2406/10/2023 11:22:24
CESTA SURPRESA
CONJUNTO 8
A cesta surpresa provoca as mais interessantes reações nos 
bebês: curiosidade, entusiasmo, receio, agitação. O elemento 
surpresa, quando apresentado de maneira positiva, desperta 
neles o olhar atento e minucioso, fazendo com que queiram 
conhecer o objeto detalhadamente. 
Não basta ver, eles querem tocar, segurar, cheirar e, por vezes, 
colocar na boca. Aparentemente simples, as cestas surpresas 
trabalham várias competências, como observar, esperar, analisar 
algo por diferentes pontos de vista e perceber como o colega 
interage de outro modo com o objeto.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto 
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e 
movimentos.
Espaços, tempos, 
quantidades, relações 
e transformações.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das 
quais participa.
EI01EO03 Interagir com crianças da mesma faixa etária e adultos ao explorar espaços, materiais, 
objetos, brinquedos.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes 
acolhedores e desafiantes.
EI01CG03 Imitar gestos e movimentos de outras crianças, adultos e animais.
EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
EI01ET02 Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na 
interação com o mundo físico.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo 
descobertas.
EI01ET04 Manipular, experimentar, arrumar e explorar o espaço por meio de experiências de 
deslocamentos de si e dos objetos.
EI01ET05 Manipular materiais diversos e variados para comparar as diferenças e semelhanças 
entre eles.
AP
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EI_MT_BB_PF.indb 129EI_MT_BB_PF.indb 129 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
 ATIVIDADE 1
CESTA DE TOQUES 
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01CG02, EI01ET04, EI01ET05
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Selecione vários materiais de diferentes texturas (lisos, rugosos, macios e ásperos) e 
temperaturas (frios e quentes). Organize-os em uma cesta de tamanho médio. Caso prefira, 
confeccione uma cesta com rolos de jornal. 
 � Materiais
 F Texturas diversas: tecidos, plástico-bolha, esponjas, escovas, objetos de metal, 
madeira e plástico, caixa de ovos, caixas lisas e corrugadas, entre outros;
 F Temperaturas variadas: sacos plásticos, zipados ou lacrados, um contendo gel de 
cabelo gelado e outro com massa de modelar morna;
 F Uma cesta de tamanho médio e rasa para organizar os materiais selecionados 
(aproximadamente 40 cm x 40 cm de comprimento e 20 cm de altura);
 F Livros de literatura infantil;
 F Brinquedos preferidos dos bebês;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
Organize um espaço na sala para que a cesta de toque e seus elementos sejam explo-
rados por pequenos grupos com aproximadamente quatro bebês. Enquanto os pequenos 
grupos exploram, os demais se envolvem em outras atividades do cotidiano, como explora-
ção nos cantos de referência ou manipulação de livros de histórias e brinquedos preferidos.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês interagem com os objetos da cesta? De que forma manipulam, ex-
perimentam e exploram os materiais e o espaço por meio de experiências de deslo-
camentos e de contato com os objetos?
2. Os bebês mostram-se interessados em explorar os elementos da cesta, realizando 
comparações entre diferenças e semelhanças?
3. De que modo os materiais da cesta potencializam as descobertas quanto às possi-
bilidades corporais e sensoriais do bebê?
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 130EI_MT_BB_PF.indb 130 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
O QUE FAZER DURANTE
Enquanto os bebêsestão envolvidos em explorações e brincadeiras nos cantos de 
referência da sala com livros de histórias ou brinquedos preferidos, inicie a proposta 
colocando a cesta de toques em um local previamente definido da sala. Observe se 
essa ação de incluir um elemento novo no espaço desperta o interesse de alguns 
bebês. Caso algum deles se aproxime, encoraje-o para que chegue mais próximo. 
Se outro mostrar-se interessado, porém observando a distância, convide-o para 
se aproximar. Atente-se também aos bebês que não têm independência para se 
aproximar com autonomia e auxilie-os para que tenham uma participação efetiva. 
Na dinâmica, favoreça a participação de pequenos grupos. 
Valide as iniciativas dos bebês ao pegarem os elementos dispostos na cesta 
e possibilite que explorem conforme seus interesses. Apoie os bebês menores 
para que possam participar manipulando e explorando os objetos. Da mesma 
forma que se sugere nas atividades Cesta dos elementos naturais, Cestas de 
tesouros, Cesta de sabores e Cesta de preferências, deste conjunto, como 
forma de incentivar a participação ativa dos bebês em suas investigações. Para 
isso, entregue os materiais de diferentes texturas nas mãos daqueles que não 
conseguem pegá-los sozinhos, mas que possuem destreza para segurar. Favoreça 
a experiência aos bebês muito pequenos, passando alguns desses materiais por 
suas mãos, pés e rosto, a fim de que percebam as suas especificidades de textura 
e/ou temperatura. 
 • Os bebês podem pegar uma escova de cabelo e tocar as cerdas em seus 
braços, repetindo movimentos de vaivém. 
 • Outro bebê pode pegar um tecido leve, fino e macio e colocar sobre suas pernas. 
 • Outro pode se interessar pelo saco zipado contendo gel gelado e apertá-lo 
sentindo a textura, expressando surpresa. 
 • Um dos bebês pode sorrir ao sentir alguma textura nos pés.
Possíveis ações 
dos bebês
Em pequenos grupos juntos à cesta, potencialize as descobertas dos bebês, interaja 
com eles e sugira trocas e comparações. Ao notar que o bebê está envolvido com 
o gel, brinque com ele e diga que está frio. Observe se algum bebê brinca com 
a escova passando em seus braços, aproxime-se e peça a ele para pentear seus 
cabelos. Questione se ele gostaria que você penteasse os dele também. No decorrer 
da atividade, siga observando as ações dos bebês e interagindo com eles. 
 — Será que este objeto está gelado também? Vamos sentir? 
Você gostaria de tocar? Possível fala 
 do(a) professor(a)
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Atividade: Cesta de toques 
EI_MT_BB_PF.indb 131EI_MT_BB_PF.indb 131 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
Enquanto brinca com os bebês, instigue-os a descobrir o que mais há na cesta. 
Identifique o bebê que realiza mais trocas e chame a atenção dos demais, para 
que, inspirados pela ação do colega, ampliem suas descobertas. 
 — Olhem! O colega está tirando vários objetos da cesta! 
 — Quantas coisas há nessa cesta? Será que é tudo igual? Vamos descobrir? 
 — Quem quer ajudar a retirar mais materiais da cesta?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Com mais materiais fora da cesta é possível que a curiosidade dos bebês tenha sido 
aguçada. Desafie-os a ampliar as pesquisas, encorajando ações como tocar com as 
mãos e com os pés a caixa de ovos, passar o corpo em diversos tecidos (veludo, lã, 
seda etc.), apertar esponjas sintéticas e vegetais, caixas lisas e corrugadas, potes 
lisos, plástico-bolha e papelão. É importante que esse incentivo se dê por meio da 
ação do(a) professor(a) ao se colocar como participante ativo das interações.
Para finalizar
Observe o engajamento dos bebês e, conforme mostram-se interessados em 
participar de outras propostas, sinalize que podem brincar nos outros espaços da 
sala. Assim, alterne os grupos considerando o interesse dos pequenos. Identifique 
quem está observando a atividade a distância e quem se aproxima, convidando-os 
para a proposta. Faça esse movimento de alternar os bebês até que todos participem 
da atividade e peça ao último grupo para que, dentro de suas competências, o 
ajude a guardar os objetos nas cestas. 
O QUE FAZER DEPOIS
Combine com o(a) professor(a) da turma das crianças bem pequenas para vivenciar 
juntamente com a turma dos bebês a proposta de exploração da cesta de toques. 
É interessante que a turma convidada também organize uma cesta para que brinquem, 
troquem e compartilhem os materiais. 
Nesse contexto, como o número de crianças será maior, é importante prever um local 
mais amplo para a realização da atividade. 
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 132EI_MT_BB_PF.indb 132 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
 ATIVIDADE 2
CESTA DOS ELEMENTOS NATURAIS 
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO03, EI01ET02, EI01ET03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Aproveite situações cotidianas em que realiza atividades na área externa com os bebês 
e solicite a ajuda deles para recolher elementos da natureza e colocar na cesta. 
Dentre os materiais recolhidos, separe aqueles que serão utilizados na proposta, tendo 
como critério as variadas possibilidades exploratórias e também a segurança dos bebês. 
Por fim, distribua esses elementos em quatro cestas ou mais. 
 � Materiais
 F Elementos da natureza, como folhas e flores secas, verdes e murchas;
 F Pedras de diferentes tamanhos e texturas; 
 F Gravetos finos, grossos, rígidos e flexíveis, ramos que variem em quantia de folhas e 
galhos;
 F Quatro a seis cestas ou caixas de tamanho médio, aproximadamente 40 cm x 40 cm 
de comprimento e 20 cm de altura;
 F Cestas individuais (podem ser feitas com baldinhos, potes de sorvete, latas, entre outros);
 F Uma cesta ou uma caixa grande para arrecadação coletiva dos elementos;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
A proposta deve ser realizada preferencialmente na área externa, à sombra de uma 
árvore, um espaço que os bebês gostam. Distribua as cestas maiores pelo local, de modo 
que estejam espaçadas e que haja ao menos uma cesta em cada canto. Dê preferência 
para espaços com os quais os bebês já tenham familiaridade e, além das cestas, dispo-
nibilize alguns materiais com os quais costumam brincar nesse local.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês experimentam as relações de causa e efeito? De quais formas de-
monstram curiosidade e interesse em realizar pesquisas exploratórias?
2. Como os bebês se envolvem na exploração do ambiente? Como misturam, movem 
e trans bordam os elementos disponíveis?
3. Ao interagir com seus pares, adultos, materiais e ambientes, os bebês reagem a partir 
das consequências de suas ações? Como?
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Atividade: Cesta dos elementos naturais 
EI_MT_BB_PF.indb 133EI_MT_BB_PF.indb 133 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
O QUE FAZER DURANTE
Conte para todo o grupo que vocês irão até a área externa brincar com os ele-
mentos naturais que recolheram. Convide os bebês para ir até o local escolhido 
conferir a proposta. Favoreça o trajeto dos bebês menores até o local da atividade 
com participação de outros adultos da escola. Ao chegar no local, explique que em 
cada cesta há uma surpresa. Favoreça que aqueles que se locomovem se aproxi-
mem com autonomia da cesta, assim como foi incentivado na atividade Cesta de 
toques, deste conjunto.
Cada bebê deve envolver-se na proposta conforme seus interesses. Observe suas 
iniciativas de pesquisa e incentive aqueles que observam a ação dos colegas a 
também participar da atividade. Para inspirá-los, solicite que os bebês que estão 
interagindo com os materiais disponíveis mostrem os elementos que estão segu-
rando. Convide os bebês que observam a iniciar a experiência. Se possível, faça 
registros fotográficos que vão compor a documentação pedagógica. 
 • Um bebê pode observar os colegas e, encorajado pela ação de outro bebê, tocar 
nos elementos da cesta, fazer suas escolhas, manusear e explorar os materiais. 
 • Outrobebê pode passar as pétalas das flores em seu rosto e perceber seu perfume. 
 • Outro bebê pode apertar as folhas secas e espremê-las com as mãos, vendo-as 
desintegrar. 
 • Um pequeno grupo de bebês pode pegar os ramos e passá-los pela grama, 
como se estivesse varrendo, e empurrar as folhas caídas sobre o chão.
Possíveis ações 
dos bebês
Instigue a curiosidade dos bebês e proponha desafios, como enfileirar gravetos, 
fincar os materiais na terra, brincar de plantar flores, compor vasos etc. Inspire-os 
mostrando uma flor plantada no jardim ou em um vaso próximo ao local da atividade. 
Incentive a ação dos bebês e faça junto com eles. Promova intercâmbios entre eles 
e valide iniciativas de trocas e misturas de materiais ao longo da atividade. 
Envolva-se com todos os bebês em suas pesquisas. Aproxime-se do pequeno grupo 
que explora as pedras, ofereça dois baldes e combine com eles de guardarem as 
pedrinhas pequenas em um recipiente e as maiores em outro. Direcione o olhar 
dos bebês para que identifiquem as folhas verdes que estão pelo local e sugira 
que toquem nas folhas verdes e nas secas, fomentando a percepção deles nessa 
ação. Observe a reação dos bebês ao estabelecer relação de comparação entre 
as folhas. Aproxime-se dos bebês pequenos que individualmente interagem com 
o móbile e apresente outros elementos. Coloque uma flor em suas mãos ou passe 
suavemente as pétalas sobre seus braços e pernas. Fique atento às ações dos 
bebês e interaja com todos, intervindo de modo que aprofundem suas experiências. 
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 134EI_MT_BB_PF.indb 134 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
 — Olha, esse balde encheu bem rápido, será que tem mais? Vamos misturar? Possível fala 
 do(a) professor(a)
Potencialize as descobertas dos bebês distribuindo cestas individuais para eles. 
Diga que a cesta serve para colocarem os elementos de que mais gostaram e com 
os quais desejam brincar novamente. Os bebês devem ficar à vontade durante 
esse momento para que, ao explorar o ambiente, recolham os elementos que mais 
despertam-lhes a atenção. Valide suas ações e chame a atenção do grupo para as 
descobertas. Observe aqueles que estão recolhendo apenas elementos similares: 
somente pedrinhas, somente gravetos, somente flores. Sugira trocas, chamando 
a atenção para a ação daqueles que têm em suas cestas maior variedade de 
materiais. Esteja disponível para auxiliar os que necessitarem. Providencie cestas 
para os bebês menores; para isso, peça ajuda aos bebês que têm maior autonomia 
para compartilhar com os pequenos os objetos recolhidos.
Para finalizar
Comunique que a atividade está terminando e peça ajuda para guardar os materiais. 
Escolha uma das cestas e diga para guardarem ali os elementos de que mais 
gostaram. Informe que a cesta vai ficar na sala para que possam dar continuidade 
à brincadeira, como na atividade Cestas de tesouros, deste conjunto. Combine com 
eles que, durante alguns dias, ao saírem para atividades externas, você levará a 
cesta e que eles poderão recolher elementos para acrescentar a esse kit da turma. 
Por fim, comunique a próxima atividade e conte com auxílio de outros adultos para 
conduzir os pequenos de volta à sala.
O QUE FAZER DEPOIS
Distribua pelo espaço água, terra e areia, em recipientes de diversos tamanhos. 
Disponibilize esses elementos de modo que os bebês explorem todos os recursos 
disponíveis na cesta dos elementos naturais, junto aos novos recursos, favorecendo novas 
descobertas a partir dessa mistura. 
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Atividade: Cesta dos elementos naturais 
EI_MT_BB_PF.indb 135EI_MT_BB_PF.indb 135 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
 ATIVIDADE 3
CESTAS DE TESOUROS 
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01CG03, EI01ET02, EI01ET04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Antecipe as ações que envolvam os responsáveis e compartilhe, mediante bilhete, a 
necessidade de serem enviados à escola objetos de apego dos bebês. Lembre-se de res-
saltar no bilhete os prazos, as quantidades, entre outros tópicos que considerar relevantes. 
 � Materiais
 F Objetos de apego dos bebês, de uso doméstico ou escolar, como fraldinhas de 
pano, pelúcias, brinquedos, entre outros;
 F Quatro a seis cestos médios e rasos, que podem ser de vime, caixas de papelão e 
caixas organizadoras;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
A proposta pode ser realizada na sala ou em outro local com o qual os pequenos 
estejam familiarizados. Distribua as cestas pelo ambiente de modo que os bebês se 
aproximem delas de acordo com seus interesses. Garanta que os espaços sejam amigáveis 
e adequados à mobilidade, para facilitar o deslocamento dos bebês e dos objetos.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês estabelecem relações com os objetos das cestas no ambiente?
2. De que maneira interagem com o espaço?
3. Durante a exploração das cestas, como se dão as iniciativas dos bebês?
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 136EI_MT_BB_PF.indb 136 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
O QUE FAZER DURANTE
Enquanto todo o grupo está envolvido em brincadeiras no espaço da sala, posicione 
as cestas, distribuindo-as pelos cantos do ambiente. Inicialmente, observe se os 
bebês notaram a intervenção no espaço e possibilite que aqueles que perceberam 
se aproximem. Encoraje a participação de todos. Esteja atento para ajudar aqueles 
que precisam da sua mediação e posicione-os junto aos pequenos grupos que se 
formam a partir do interesse natural deles. 
 — Vejam, alguns colegas encontraram as cestas que eu acabei de distribuir 
pela nossa sala! Vamos descobrir o que há dentro delas? 
 — Olhe esse brinquedo! Alguém reconhece? 
 — Nossa, você achou uma fraldinha! De quem será que ela é? 
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Observe as ações dos bebês enquanto exploram as cestas. Deixe que realizem 
suas pesquisas conforme seus interesses, por meio da manipulação dos objetos, 
explorando-os e atribuindo sentido à experiência. Apoie e valide as ações dos 
bebês, evitando ao máximo dirigir a iniciativa. Aproveite para se aproximar e fazer 
boas intervenções a partir das ações deles. 
 • Um bebê pode retirar da cesta um brinquedo de pelúcia, passar suavemente 
suas mãos sobre ele, em movimentos de vaivém ininterruptos. 
 • Outro bebê poderá notar um brinquedo emborrachado e apertá-lo. 
 • Uma dupla de bebês pode encontrar alguns copos de encaixe e bater uns 
nos outros. 
 • Um pequeno grupo pode esvaziar uma cesta e deslocar-se, ou deslocar um 
objeto, dirigindo-se à outra cesta, guardando os objetos até enchê-la.
Possíveis ações 
dos bebês
Potencialize as ações dos bebês e aproxime-se daqueles que parecem ter identificado 
os objetos enviados de casa. Observe o uso que dão a esses elementos: se cheiram, 
apertam, mordem, carregam, chacoalham, entre outros. Pergunte aos bebês de 
quem é o objeto, de onde ele veio, entre outras questões que considerar pertinentes 
e veja se as reações deles são de reconhecimento. Aos que não encontraram os 
objetos próprios, convide-os para procurar e, se necessário, ajude-os a encontrá-los. 
Para os bebês muito pequenos, apresente dois objetos (um dele e um desconhecido), 
fique no campo de visão dele e converse, instigando a percepção do bebê sobre 
seu próprio objeto.
Favoreça a interação de bebês e objetos. Convide os pequenos que têm mais 
autonomia para apresentar seu objeto de apego a um colega e permitir que ele 
toque o material. Por exemplo: um bebê brinca sozinho com o objeto que identificou 
como seu, enquanto o colega ao lado observa-o e aponta, expressando interesse em 
brincar também. Faça a mediação da situação conversando com o bebê para que 
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Atividade: Cestas de tesouros 
EI_MT_BB_PF.indb 137EI_MT_BB_PF.indb 137 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
empreste o objeto ao colega; se ele mostrar resistência,peça ao interessado que 
busque um objeto para uma possível troca com o amigo. 
Desafie os bebês a explorar as diversas possibilidades de deslocamentos e de 
manuseio, apoiando-se nos materiais da cesta. Na atividade Cesta de sabores, 
deste conjunto, os bebês terão novos estímulos para identificar interesses e fazer 
novas descobertas a partir de frutas diversas. Aproxime-se dos pequenos grupos 
ou das duplas e encoraje-os a encontrar alguns materiais da escola. É importante 
que os elementos façam sentido para os bebês, por exemplo: objetos sonoros, 
brinquedos e materiais de largo alcance. Considerando as preferências observadas 
nas situações de interações e de brincadeira no cotidiano da escola, peça para 
que levem outros objetos até a cesta no centro da sala, brinquem de categorizar 
e juntar os materiais grandes ou de encher uma cesta até que ela transborde, 
por exemplo.
Para finalizar
Comunique aos bebês que a proposta está chegando ao fim. Solicite ajuda deles 
para, dentro de suas possibilidades, guardar os objetos. Se algum bebê expressar 
descontentamento em guardar os objetos de apego, possibilite que estenda sua 
interação com esse elemento até o momento em que mostrar-se confortável para 
guardá-lo.
O QUE FAZER DEPOIS
Promova a proposta novamente para que os bebês aprofundem suas experiências 
investigativas. A cada semana, disponibilize cestas para que componham e possam 
escolher o que colocar dentro delas, além de fazer trocas com o colega e manipular os 
objetos conforme suas iniciativas, preferências e interesses ao longo da rotina. 
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 138EI_MT_BB_PF.indb 138 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
 ATIVIDADE 4
CESTA DE SABORES 
 Tempo sugerido: aproximadamente 30 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01ET01, EI01ET03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Providencie cestas individuais para os bebês, que podem ser potes de sorvete ou outro 
semelhante. Compartilhe a proposta com os responsáveis e peça ajuda para compor as 
cestas. Antecipe uma lista de frutas típicas da região e preferencialmente da estação e 
distribua entre os adultos, buscando garantir a diversidade de alimentos. 
Além desses encaminhamentos, será necessário prever a organização do refeitório 
para realizar a atividade. Vale a pena combinar um horário em que o espaço não esteja 
sendo utilizado pelas outras crianças da escola.
 � Materiais
 F Frutas de diferentes texturas, como bocaiuva, jaca, manga, caju, pequi, baru, buriti, 
coquinho azedo, mangaba, murici, jatobá do cerrado, ingá, jabuticaba, jaracatiá, 
entre outras;
 F Cestas individuais para cada bebê; 
 F Cesta grande para compor a cesta de frutas;
 F Recipientes diversos;
 F Toalha de cozinha;
 F Copos descartáveis;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
Para a atividade, organize o ambiente de modo que os bebês possam se sentar 
próximos à cesta, que já deve estar no refeitório antes da chegada deles. É fundamental 
que os alimentos sejam higienizados antes da proposta; nesse sentido, peça ajuda aos 
responsáveis pela cozinha. 
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês reagem durante as pesquisas exploratórias envolvendo a percepção 
quanto ao odor, cor, sabor e temperatura das frutas?
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Atividade: Cesta de sabores 
EI_MT_BB_PF.indb 139EI_MT_BB_PF.indb 139 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
2. Ao participar da experiência com frutas, como os bebês reagem: participam, trocam 
entre si, imitam uns aos outros?
3. Ao manusear os alimentos, de que formas os bebês descobrem novas possibilidades 
sensoriais e corporais?
O QUE FAZER DURANTE
Convide os bebês maiores para ir até o refeitório. Ao chegar no local da atividade, 
relembre a atividade Cestas de tesouros, deste conjunto, e chame a atenção 
deles para outra cesta que estará coberta. Após a descoberta, encoraje os bebês 
a explorá-la e possibilite que manipulem os alimentos da cesta conforme seus 
interesses. Enquanto os bebês realizam a ação, faça intervenções para que notem 
semelhanças e diferenças dos alimentos quanto à textura, ao tamanho, ao peso 
e à cor. 
 — O que será que tem nessa caixa? Quem gostaria de descobrir?
 — Vocês querem descobrir? Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Aproxime-se dos bebês individualmente e pergunte a ele se gostaria de ver uma 
das frutas por dentro. Cuidadosamente, corte um pedaço e ofereça a ele em uma 
cesta individual, incentivando que manipule, experimente e explore a fruta. Favoreça 
um momento para que os bebês investiguem sobre o tamanho, peso e textura de 
cada fruta. Dê uma cesta para cada um, mostre a eles uma fruta que esteja gelada, 
abra-a e coloque-a na cesta, peça para que a toquem e incentive que ampliem 
suas pesquisas, descobrindo outras propriedades do alimento. Aproxime-se dos 
pequenos grupos que podem ter se formado e apresente, por exemplo, um mamão, 
peça para que apertem, toquem e então corte-o e coloque em cestas individuais 
para que cada bebê manipule, experimente, explore o alimento de acordo com suas 
preferências. Observe as reações deles e, se necessário, prove a fruta e convide para 
que a degustem também, descrevendo como é saboroso. 
Nesse momento, cada bebê já deve estar com uma cesta. Esse é o momento de 
ampliar as experiências deles. Abasteça a cesta dos pequenos com outras frutas 
e favoreça suas pesquisas exploratórias. Registre a participação dos bebês por 
meio de fotos e vídeos. 
Enquanto os bebês estão explorando e degustando as frutas, potencialize as 
experiências aguçando a percepção deles para o tato, paladar e a visão. Aproxime-
se do pequeno grupo com uma cesta com potes ou cestas menores, que já estão 
sendo utilizadas na proposta, contendo partes de frutas diferentes em cada um; 
providencie também potes de diferentes tamanhos e pesos. Diga aos pequenos 
que as mesmas frutas que estão sendo manuseadas e saboreadas por eles, além 
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4
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 140EI_MT_BB_PF.indb 140 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
de sabor, têm cheiro. Convide-os a sentir o aroma, cheire o alimento na frente dos 
bebês e expresse sua sensação para inspirá-los. Observe aqueles que demonstram 
interesse em participar da proposta e chame-os para sentir o perfume das frutas. 
 • Um bebê pode manipular as frutas que estão na sua cesta e se esforçar para 
segurar o pedaço de uma que insiste em escorregar de suas mãos, então leva a 
borda do recipiente à boca para experimentá-la.
 • Outro bebê pode observar que um colega fez uma expressão de satisfação ao 
experimentar uma fruta, então a procura em sua cesta. Como não a encontra, 
sinaliza por meio de expressões que também deseja essa fruta.
Possíveis ações 
dos bebês
Para finalizar
Comunique aos bebês que a atividade está chegando ao final, peça ajuda para 
que descartem os resíduos alimentares. Conte que todos vão ter um momento de 
higiene e que, ao retornar à sala, poderão brincar com seus objetos favoritos.
O QUE FAZER DEPOIS
A atividade pode ser repetida com outros tipos de alimento, por exemplo, legumes. 
Além disso, apresente um alimento por vez na cesta surpresa e possibilite que todos os 
bebês o explorem. Em seguida, ofereça uma degustação. 
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Atividade: Cesta de sabores 
EI_MT_BB_PF.indb 141EI_MT_BB_PF.indb 141 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
 ATIVIDADE 5
CESTA DE PREFERÊNCIAS 
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01ET03, EI01ET05
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Providencie uma cesta para cada bebê, que podem ser confeccionadas a partir de 
potes de sorvete ou baldes de areia/praia, pois, em geral, tais baldes já têm alça, o que 
facilita o manuseio. 
Garanta a diversidade de brinquedos e materiais de largo alcance, conhecidos e des-
conhecidos dos pequenos. Caso seja necessário, estabeleça uma parceria com a comu-
nidade escolarpara arrecadá-los. 
 � Materiais
 F Brinquedos e materiais de largo alcance (bolinhas, carrinhos, bonecos, carretéis, 
cones, latas, peças de encaixe, entre outros);
 F Cestas individuais com alças para cada bebê (podem ser potes de sorvete, baldes 
de lenços umedecidos ou baldes de areia/praia);
 F Colchonetes ou tapetes emborrachados;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para o registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
Inicie a atividade na sala: disponha um tapete ou tecido no centro do ambiente e co-
loque sobre ele os materiais relacionados à proposta. 
Em um segundo momento, ela terá continuidade na área externa; para isso, certifique-se 
de que o local escolhido esteja adequado para receber os bebês de modo confortável 
e seguro.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Quais descobertas os bebês fazem por meio da observação e/ou manipulação na 
atividade proposta com as cestas?
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 142EI_MT_BB_PF.indb 142 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
2. Durante a atividade, eles demonstram iniciativas para comparar diferenças e 
semelhanças dos elementos manipulados?
3. Como a proposta com a cesta contribui para a percepção dos bebês quanto às 
possibilidades e aos limites de seu próprio corpo?
O QUE FAZER DURANTE
Convide todo o grupo para aproximar-se do tapete e conte que você separou alguns 
materiais para eles brincarem. Distribua os materiais e encoraje todos os bebês 
a se aproximar, fomentando que brinquem conforme seus interesses. Apoie as 
iniciativas deles. 
Enquanto os bebês estão envolvidos nas brincadeiras, converse com eles sobre a 
proposta de irem brincar na área externa com os materiais e conte que você sepa-
rou algumas cestas para que cada um escolha os brinquedos que gostaria de levar 
para o outro espaço. Distribua os recipientes e incentive os pequenos a guardar os 
objetos de sua preferência. Observe aqueles que estão recolhendo os materiais com 
autonomia e auxilie os que necessitam de apoio. Além disso, peça ajuda aos bebês 
que já montaram suas cestas para compor a cesta dos menores. 
 • Um bebê, que está com a cesta cheia, poderá observar o colega colocando 
várias bolas de piscina em seu cesto; interessado, pode se aproximar, pegar 
uma e tentar colocar em sua cesta, deixando-a cair.
Possível ação 
dos bebês
Sugestão de vídeo
 • Lá vai Chapeuzinho. Pé de sonho. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vJKEHkOZyJE. Acesso em: 30 jun. 2023. 
Com as cestas montadas, organize os bebês para sair da sala. Incentive-os a segu-
rar a cesta pela alça e ajude aqueles que precisam de auxílio para a locomoção. 
Cante uma música do repertório deles durante o trajeto.
Chegando ao local da proposta, estenda o tapete, posicione os bebês menores e 
convide-os para brincar com os materiais das cestas. Observe as brincadeiras deles 
e potencialize as interações, sugerindo trocas entre eles. 
 — Vocês viram o que o colega trouxe? E se a gente trocar de cesta? 
 — Vamos misturar os conteúdos da sua cesta com a do colega? 
 — Quem tem bolinhas? Vamos colocar todas as bolinhas juntas e brincar de 
lançá-las dentro da cesta com o colega?
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
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Atividade: Cesta de preferências 
EI_MT_BB_PF.indb 143EI_MT_BB_PF.indb 143 06/10/2023 11:22:2506/10/2023 11:22:25
Para finalizar
Conte aos bebês que a brincadeira está chegando ao fim, peça para que organi-
zem as cestas e diga que irão retornar à sala para ouvir uma história. Informe a 
eles que todos poderão levar a cesta para casa.
O QUE FAZER DEPOIS
Realize a proposta com a participação dos adultos responsáveis. A ideia é encaminhar 
a cesta vazia para as residências dos bebês e solicitar que os adultos selecionem, junto 
ao bebê, alguns objetos para trazer para a escola e brincar com a turma. 
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Conjunto: Cesta surpresa
EI_MT_BB_PF.indb 144EI_MT_BB_PF.indb 144 06/10/2023 11:22:2606/10/2023 11:22:26
MASSAGEM
CONJUNTO 9
As interações professor-bebê e bebê-bebê são essenciais para 
a aprendizagem e o desenvolvimento. Uma opção é a massa-
gem, que, por meio do toque, possibilita a troca de carinho e 
doação ao outro tanto para quem faz quanto para quem rece-
be. Ela também permite conhecer as partes do corpo e perce-
ber as sensações que cada uma delas gera, o que contribui 
para desenvolver a ideia de autoconhecimento e autocuida-
do. É interessante propor aos responsáveis uma discussão so-
bre vínculos e organizar momentos de massagem entre eles 
e os pequenos.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados neste conjunto 
O eu, o outro e o nós. Corpo, gestos e 
movimentos.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados neste conjunto
EI01EO02 Perceber as possibilidades e os limites de seu corpo nas brincadeiras e interações das quais 
participa.
EI01EO04 Comunicar necessidades, desejos e emoções, utilizando gestos, balbucios, palavras.
EI01EO05 Reconhecer seu corpo e expressar suas sensações em momentos de alimentação, higiene, 
brincadeira e descanso.
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e 
desejos.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes 
acolhedores e desafiantes.
EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.
AP
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EI_MT_BB_PF.indb 145EI_MT_BB_PF.indb 145 06/10/2023 11:22:2606/10/2023 11:22:26
 ATIVIDADE 1
MASSAGEM DURANTE 
OS CUIDADOS CORPORAIS 
 Tempo sugerido: aproximadamente 30 minutos 
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG01, EI01CG04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
É importante que os bebês envolvidos na proposta já estejam vinculados afetivamente 
com o(a) professor(a) e que ele(a) seja identificado(a) como adulto de referência. Para a 
atividade, será necessária a parceria de um(a) professor(a) ou professor(a) auxiliar*. São 
várias as técnicas para massagem e é importante conhecer algumas delas para garantir 
uma boa experiência ao bebê.
Sugestões de leitura
 • 7 Benefícios da Shantala. Pais & Filhos, mar. 2015. 
Disponível em: https://paisefilhos.uol.com.br/bebe/7-beneficios-da-shantala/. Acesso em: 29 jun. 2023.
 • Gestos de cuidado, gestos de amor. André Trindade. (Summus Editorial, 2007).
 • Shantala: uma arte tradicional, massagem para bebês. Frédérick Leboyer. (Ground, 2009).
 � Materiais
 F Itens de cuidados corporais utilizados no banho e/ou troca de roupas e fraldas. Alguns 
exemplos: fralda, pomada, sabonete, shampoo, toalha, roupas etc.;
 F Materiais de largo alcance;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registro;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
O espaço para a atividade pode ser o banheiro, o trocador ou outro lugar habitual de 
cuidados corporais dos bebês. O ambiente precisa ser aconchegante e conhecido por 
eles. Coloque a toalha próxima ao local do banho, assim como os demais itens que serão 
utilizados durante esse momento. Lembre-se de evitar que fiquem ao alcance dos bebês 
sem a supervisão do adulto. A bolsa com as roupas e fraldas, preferencialmente, deve ficar 
próxima ao trocador. Conforme o bebê cresce, ele pode ser convidado a escolher, dentre 
as opções apresentadas, a roupa que prefere utilizar. Seja mediador dessa aprendizagem 
e apoie os pequenos na construção de sua autonomia.
* Pode haver uma variação no uso da expressão “professor(a) auxiliar” no estado. Trata-se do profissional que auxilia o(a) 
professor(a) responsável pela turma na execução de algumas atividades com as crianças. 
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 146EI_MT_BB_PF.indb 146 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
https://paisefilhos.uol.com.br/bebe/7-beneficios-da-shantala/
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como cada bebê se expressa corporalmente durante a proposta de massagem?
2. De que forma eles se comunicam durante os momentos da proposta?
3. Como eles participam dos momentos de cuidados corporais?
O QUEFAZER DURANTE
Enquanto todo o grupo de bebês está engajado com materiais de largo alcance, 
fique atento a cada um para perceber quem necessita e/ou deseja tomar banho e/
ou ser trocado. Aproxime-se do bebê que manifesta essa necessidade. Suavemen-
te, abaixe-se até o campo de olhar dele e convide-o para trocar roupa ou tomar 
banho. Inclua os outros nessa interação, narre o que acontece e dê previsibilidade 
aos próximos momentos. Chame cada um pelo nome. É importante ter mais de um 
adulto com os bebês durante esse momento da atividade. 
 • Um dos bebês, ao ser convidado pelo(a) professor(a) para ser trocado, pode 
balbuciar e balançar as pernas e braços parecendo concordar.
Possível ação 
dos bebês
 — Vejam! O bebê vai trocar a roupa. Depois será você (diga o nome 
de outro bebê). Possível fala 
 do(a) professor(a)
Convide os bebês, individualmente, para o lugar de cuidados. Você pode levá-los 
no colo ou dar-lhes a mão. Compartilhe com os demais o que vai acontecer. Se o 
ambiente for próximo ou o mesmo onde o grupo está, você pode conversar com o 
resto da turma durante todo o momento de cuidados corporais e massagens. Du-
rante a interação professor(a)-bebê, ofereça a massagem entrando na brincadeira 
por meio dos movimentos corporais. É importante que o corpo do bebê seja visto 
em sua totalidade. Por isso, pergunte se ele permite ser tocado e, mesmo que não 
responda verbalmente, os códigos já criados entre adulto-bebê (olhar, gestos, con-
fiança etc.) conduzirão à resposta, contribuindo para um elo recíproco e respeitoso 
de cuidado e conscientização do pequeno sobre seu próprio corpo. Lembre-se de 
sempre utilizar o nome dos bebês. 
 — Troquei o (nome do bebê) (enquanto massageia o pé do bebê) e logo 
 será você! Possível fala 
do(a) professor(a)
 • Um dos bebês pode dar gritinhos, chamando a atenção do(a) professor(a) 
que está em interação com outro bebê no trocador.
Possível ação 
dos bebês
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Atividade: Massagem durante os cuidados corporais 
EI_MT_BB_PF.indb 147EI_MT_BB_PF.indb 147 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
Quando estiverem no espaço para cuidados corporais, convide o bebê para par-
ticipar. Ele pode colaborar se posicionando para permitir o contato, durante o ba-
nho e a troca, ou levantar as pernas e os braços para tirar a roupa. Converse com 
ele e o instigue a contribuir nessa relação de forma ativa. No caso do momento do 
banho, aproveite o momento e faça uma leve massagem utilizando a espuma do 
sabonete ou xampu. Massageie suavemente a cabeça, os braços, barriga, pernas 
e costas. Lembre-se sempre de falar o nome do bebê e pedir permissão para rea-
lizar a massagem. Depois do banho ou durante a troca, utilize o toque suave das 
mãos para massagear as partes do corpo, como pernas e braços. Não se preocu-
pe em estabelecer uma sequência durante a massagem, os movimentos corporais 
do pequeno vão dar o norte para construírem juntos essa relação. Dessa forma, 
os vínculos estáveis serão ampliados por meio da troca de afeto com o toque ca-
rinhoso e a doação ao outro, que beneficia quem faz e quem recebe a massagem. 
À medida que o bebê levanta os pés, interaja com os dedos, braços, pernas, mãos. 
 — Você esticou a perna em minha direção, está me convidando para uma 
massagem? Vou tocar na sua perna bem devagar... vou massagear a outra 
perna, você pode me ajudar a levantá-la. 
 — Já podemos colocar a sua calça. Por favor, você pode levantar a sua perna? 
Seria muito bom fazermos isso juntos. Uma, depois a outra.
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
À medida que os bebês participam ativamente da relação de cuidados corporais, 
eles passam a ter repertório. Gradativamente, aprendem a cuidar de si e dos demais. 
Na atividade Massagem como experiência corporal, deste conjunto, os pequenos 
terão outras oportunidades de interação do toque corporal. Dessa forma, podem 
reproduzir gestos de cuidados e massagens com os outros. Ao receber ações 
generosas, aprendem a retribuir da mesma forma. Perceba como tais relações 
acontecem no grupo e registre esses momentos com anotações, fotos ou vídeos. 
O conteúdo pode ser compartilhado e gerar novas propostas no futuro. 
 • Um dos bebês retorna para o grupo após o momento de cuidados corporais 
e massagem. Em seguida, percebe que há um amigo chorando porque não 
encontra seu objeto pessoal. Então, ele encontra o objeto e vai ao encontro do 
bebê para lhe ajudar, podendo oferecer também um abraço.
Possível ação 
dos bebês
Para finalizar
Antes do término dos cuidados corporais e massagem, sinalize o próximo aconte-
cimento do dia, dando previsibilidade e promovendo uma sensação de segurança 
a cada bebê envolvido na proposta.
O QUE FAZER DEPOIS
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade 
da experiência com o grupo. Proponha a massagem a todos em momentos individuais, 
após o banho e/ou durante as trocas de roupas e fraldas. Você pode, inclusive, escolher 
uma música relaxante para o momento.
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 148EI_MT_BB_PF.indb 148 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
 ATIVIDADE 2
MASSAGEM COMO EXPERIÊNCIA 
CORPORAL 
 Tempo sugerido: aproximadamente 30 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01EO04, EI01CG01
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
É importante que os bebês envolvidos na proposta já estejam vinculados afetivamente 
com o(a) professor e o(a) identifiquem como adulto de referência. A interação cotidiana 
do bebê com o(a) professor, por meio da massagem envolvendo toques de afeto, a co-
municação tranquila e acolhedora, além de gestos de carinho e cuidado, promovem o 
crescimento, o desenvolvimento, a aprendizagem e a comunicação. São várias as técnicas 
para massagem e é importante conhecê-las para garantir uma boa experiência aos bebês. 
Conte com a ajuda de um(a) professor, professor auxiliar ou técnico da área educacional 
para – se possível – fazer registros fotográficos. 
Sugestão de vídeo
 • Sertão. Ivan Vilela, Leandro Carvalho e Orquestra do Mato Grosso. Kuarup Produtora. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ZtFYRBjCoww. Acesso em: 29 jun. 2023. 
 � Materiais
 F Um CD, um pen drive ou similar com músicas clássicas previamente selecionadas 
e que transmitam sensação de relaxamento, calma e tranquilidade;
 F Materiais de largo alcance, como potes com tampas, tecidos e canos de PVC. 
É importante que os bebês já conheçam bem o material oferecido;
 F Colchonetes, cobertores ou tapetes emborrachados;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta.
 � Espaços
O espaço deverá ser amplo, seja a sala, seja um espaço externo, convidativo e confor-
tável para o bebê deitar. Ele pode estar forrado com colchonetes, cobertores ou tapetes 
emborrachados. É importante que o material seja denso para que o corpo do bebê não 
afunde. Deixe a música clássica tocando como som ambiente.
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Atividade: Massagem como experiência corporal 
EI_MT_BB_PF.indb 149EI_MT_BB_PF.indb 149 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como cada bebê se manifesta e se expressa durante a proposta? Perceba suas 
emoções, desejos e necessidades.
2. Como cada um percebe seu próprio corpo e o corpo do outro durante a massagem?
3. De que forma cada um interage com seus pares e adultos na massagem?
O QUE FAZER DURANTE
Enquanto todo o grupo está engajado com materiais de largo alcance, dirija-se a 
uma dupla de bebês (que estejam próximos um do outro e se mostrem disponíveis 
para a massagem). Chame cada bebê pelo nome. Eles podem se sentir curiosos 
com seu chamado para brincar de interagir e descobrir o corpo. É importante con-
siderar que o corpo do bebê precisa ser visto em sua totalidade e que estará em 
constante relação com o outro. Por isso, pergunte se ele permite ser tocado e mes-
mo que não responda verbalmente, os códigos já criados entre adulto-bebê (olhar, 
gestos, confiança)conduzirão à resposta. Isso contribuirá para um elo recíproco e 
respeitoso de cuidados e conscientização do pequeno sobre seu próprio corpo. Se 
houver um(a) professor ou professor(a) auxiliar, peça que filme toda a proposta para 
que posteriormente seja compartilhada com os bebês e comunidade escolar. As 
gravações também servirão de registro para novos planejamentos e observações. 
 — Cadê o pé do (diga o nome do bebê)?
Possível fala 
 do(a) professor(a)
Esteja disponível para quando um dos bebês oferecer os pés, pernas ou mãos. 
Nesse momento, convide-o para massageá-lo com o toque suave das mãos. 
Chame a atenção do bebê que está ao lado para essa interação. 
Perceba como os bebês envolvidos se engajam na proposta de massagem e como 
interagem com seus corpos. Essa ação será importante para o desenvolvimento 
da atividade Meu corpo e o corpo do outro, deste conjunto. Convide-os a ouvir e 
sentir a música e busque um momento de silêncio entre vocês, deixando que pre-
valeça o toque suave das mãos que se alternam entre os dois bebês engajados 
com o(a) professor(a). 
Observe como cada bebê envolvido se expressa por meio de gestos, balbucios e 
palavras. Eles podem dizer o que sentem oralmente ou por gestos corporais e/ou 
expressões. Podem demonstrar em qual parte do corpo gostam ou não de receber 
a massagem e se gostam ou não de massagear o colega quando convidados pelo 
adulto, ou por iniciativa própria. Podem também não concordar com a interação 
por meio do toque das mãos na massagem. É importante que o(a) professor(a) 
esteja atento e respeite ritmos e desejos de cada um, ao mesmo tempo em que 
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 150EI_MT_BB_PF.indb 150 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
demonstra estar receptivo em acolher a manifestação, sinalizando que está dis-
ponível para quando o pequeno se sentir à vontade em participar da experiência. 
Quando engajados, incentive que continuem, ao narrar a experiência de massagem 
e apoie-os a interagir entre si. 
 — Você está sentindo que estou massageando os seus braços? Gosta disso? 
Agora também vou massagear as pernas do bebê que está ao seu lado, 
você gostaria de me ajudar?
Possível fala 
 do(a) professor(a)
Para finalizar
Quando o término da atividade estiver se aproximando, conte sobre o próximo 
acontecimento do dia, atribuindo uma previsibilidade à experiência seguinte do 
cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de tempo e espaço. Incentive 
os bebês a guardar os materiais de largo alcance com os quais brincavam, reali-
zando a ação junto com eles. 
O QUE FAZER DEPOIS
Ao longo da semana, o(a) professor(a) pode propor novamente a atividade e garantir a 
continuidade da experiência da massagem com todos os bebês. Outra sugestão é utilizar 
rolinhos de tecido na hora da massagem ou bolas pequenas (aproximadamente 10 cm) de 
meia ou borracha para deslizar sobre o corpo. Também podem ser utilizados óleos diver-
sos para massagem, levando sempre em consideração possíveis alergias e intolerâncias.
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Atividade: Massagem como experiência corporal 
EI_MT_BB_PF.indb 151EI_MT_BB_PF.indb 151 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
 ATIVIDADE 3
MEU CORPO E O CORPO DO OUTRO
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01EO04, EI01CG02
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para a atividade, é interessante que os bebês já tenham se apropriado previamente de 
práticas com massagem. Se possível, faça vídeos de documentação pedagógica do grupo 
realizando massagem entre eles. Dialogue sobre esses momentos, resgatando a memória 
e convidando os pequenos a entrar na proposta que será realizada. Caso esteja realizando 
pela primeira vez, mantenha seu olhar sensível e atento ao introduzir a prática ao grupo.
 � Materiais
 F Cestos, caixas ou bacias com bolas de meia e/ou pano, com aproximadamente 
10 cm de diâmetro; 
 F Playlist, pen drive ou CD com música calma e convidativa à massagem; 
 F Colchonetes, cobertores ou tapetes emborrachados e almofadas; 
 F Uma caixa com diversos materiais de largo alcance;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a 
atividade.
 � Espaços
A atividade deve ser realizada num ambiente calmo e favorável à interação dos bebês 
por meio da massagem. É importante que não haja muitos fatores externos que atrapa-
lhem o engajamento dos pequenos na relação entre eles, com o adulto e com os objetos 
propostos. Organize colchonetes e almofadas, garantindo conforto e, ao mesmo tempo, 
espaço para locomoção. Deixe disponível uma caixa com materiais de largo alcance.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como o bebê percebe seu próprio corpo e o corpo do outro durante a massagem? 
Quais possibilidades corporais ele experimenta?
2. Como cada um se comunica durante a proposta? Sorri ao receber a massagem, bal-
bucia, fala o que sente, faz expressão de agrado ou desagrado etc.?
3. De que forma acontecem as interações entre os bebês e seus pares? Como cada um 
procura o outro para interagir?
4. Todos os bebês aceitaram fazer e receber a massagem?
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 152EI_MT_BB_PF.indb 152 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
O QUE FAZER DURANTE
Disponibilize cestos com bolas de pano e/ou meia para pequenos grupos de be-
bês. Coloque-os num ambiente previamente organizado com uma música convida-
tiva para a massagem, colchonetes e almofadas, enquanto outros bebês do grupo 
poderão estar engajados com demais materiais de largo alcance. Possibilite que 
manuseiem as bolas, os cestos e bacias, brincando conforme desejarem. Pegue 
uma das bolas e sente-se próximo a um dos pequenos. Entre na brincadeira com 
ele e pergunte se deseja deslizar a bola em seu corpo. Convide-o a indicar em qual 
parte do corpo gostaria de ser massageado com a bolinha. 
 — Essa bolinha é tão macia, vamos experimentar? Posso passar nos seus braços, 
mãos, pés… o que acha melhor? Possível fala 
 do(a) professor(a)
 • O bebê pode sinalizar por meio da fala, gestos, olhar, balbuciar etc. Possível ação 
dos bebês
Perceba como o bebê interage na proposta da massagem com as bolas e como os 
colegas estão ao entorno observam essa relação. Convide outro pequeno grupo 
a se engajar na massagem, incentivando que os bebês a façam em si e nos de-
mais, o que favorecerá o desenvolvimento da atividade Massagem na construção 
de vínculos, deste conjunto. Considere que o corpo do bebê precisa ser visto em 
sua totalidade e que ele está em constante relação com o outro. Pergunte se ele 
permite ser tocado e, mesmo que não responda verbalmente, os códigos já cria-
dos entre adulto-bebê (olhar, gestos, confiança) conduzirão a essa resposta, con-
tribuindo para um elo recíproco e respeitoso de cuidados e conscientização sobre 
o próprio corpo. Sempre utilize o nome dos bebês. 
 — Você também deseja realizar a massagem ou receber a massagem? 
Sente-se aqui ao nosso lado. Enquanto continuo a massagem em (diga 
o nome do bebê), o que acha de me ajudar? Assim, poderei realizar a 
massagem em você também.
Possível fala 
do(a) professor(a)
 • Um dos bebês poderá observar o(a) professor(a) realizando uma massagem 
em outro bebê com a bolinha. Poderá se locomover até uma bola de pano que 
está no chão, pegá-la e se dirigir até o(a) professor(a), entregando o objeto 
para ele(a) convidando-o para a massagem.
Possível ação 
dos bebês
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Atividade: Meu corpo e o corpo do outro
EI_MT_BB_PF.indb 153EI_MT_BB_PF.indb 153 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
Observe como os bebês se apropriam dos movimentos já conhecidos, como utilizam 
os objetos e procuram uns aos outros. Incentive que continuem, com autonomia, a 
realizar a massagem por meio das bolinhas, mediando as ações deles sempre que 
necessário. Chame a atenção para que os bebês observem a bolinha deslizando 
em cada parte do próprio corpo, assim como no corpo do outro. Dê ênfase verbal 
aos gestos carinhosos ecuidadosos consigo e com os demais. Garanta que todos 
participem, respeitando seus tempos e ritmos. Sempre que possível, registre vídeos 
e fotos para, posteriormente, servir de instrumento de reflexão e documentação. 
 — Olhem como a bola desliza nas pernas de (diga o nome do bebê), uma bola 
bem macia que desliza bem devagar e com carinho para não machucar. O 
(diga o nome do bebê) está sorrindo porque você está passando a bola com 
carinho em sua barriga.
Possível fala 
 do(a) professor(a)
Para finalizar
Próximo ao término, diga aos bebês sobre o próximo acontecimento do dia, atri-
buindo uma previsibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na 
compreensão das noções de tempo e espaço. Incentive-os a guardar os objetos 
com os quais brincavam e as bolinhas dentro dos cestos e bacias. Realize a ação 
junto com eles.
O QUE FAZER DEPOIS
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade 
da experiência da massagem com cada dupla de bebês. Uma proposta interessante é que 
crianças de outros agrupamentos, que já sejam conhecidas dos bebês, também participem 
com eles da massagem com as bolinhas.
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 154EI_MT_BB_PF.indb 154 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
 ATIVIDADE 4
MASSAGEM NA CONSTRUÇÃO 
DE VÍNCULOS 
 Tempo sugerido: aproximadamente 30 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO05, EI01CG01, EI01CG04
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para a atividade, é interessante que os bebês tenham vivenciado, anteriormente, práti-
cas com massagens. Mesmo que os bebês não tenham tido essa experiência, a proposta 
poderá ser realizada sem problemas. Para isso, mantenha seu olhar sensível e atento. Por 
exemplo: caso eles estranhem, possibilite a participação por meio da observação e, em 
uma próxima oportunidade, ofereça a massagem novamente. Conte com a ajuda de um(a) 
professor(a), professor(a) auxiliar ou técnico educacional para desenvolver a proposta.
 � Materiais
 F Colchonetes, cobertores ou tapetes emborrachados;
 F Brinquedos de apego dos bebês.
 � Espaços
Sugere-se que a atividade seja realizada nos espaços de soneca, ou no pátio, em 
uma tenda, à sombra de uma árvore ou outra. Faça a ambientação com os colchonetes, 
cobertores e almofadas. É importante que seja um local calmo e tranquilo, que favoreça 
a interação adulto-bebê. Prepare também outros espaços e outras com brinquedos de 
apego dos bebês e outros materiais dos quais eles gostam, para engajar todo o grupo 
enquanto as massagens são feitas individualmente.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como o bebê responde e reage ao convite do adulto durante a proposta?
2. Como eles podem participar e atuar durante os cuidados pessoais (como troca de 
fralda/roupa, banho, sono etc.)?
3. Eles podem comunicar de muitas formas seus desejos: falar, balbuciar, indicar com o 
corpo e os gestos. Quais expressões corporais e verbais cada um realiza durante a 
massagem?
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Atividade: Massagem na construção de vínculos 
EI_MT_BB_PF.indb 155EI_MT_BB_PF.indb 155 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
O QUE FAZER DURANTE
Enquanto todo o grupo está engajado em outras atividades, convide individual-
mente um dos bebês para o local onde será realizada a massagem corporal. Você 
poderá fazer o convite no momento antes do sono ou dos cuidados pessoais. Ob-
serve a disponibilidade do bebê para essa interação e realize a proposta em um 
momento de rotina deles. Considere que o corpo do bebê precisa ser visto em sua 
totalidade e que está em constante relação com o outro. Por isso, pergunte se ele 
permite ser tocado e, mesmo que não responda verbalmente, os códigos já criados 
entre adulto-bebê (olhar, gestos, confiança) conduzirão a essa resposta, contribuin-
do para um elo recíproco e respeitoso de cuidados e conscientização do bebê sobre 
seu próprio corpo. É importante que o(a) professor(a) chame o pequeno pelo nome 
e que haja outro(a) professor(a), professor(a) auxiliar ou técnico educacional para 
estar próximo, enquanto os bebês brincam nos espaços previamente organizados. 
 — Antes do seu sono chegar, posso fazer uma massagem nos seus pés?
 — Enquanto troco a sua roupa, posso massagear seus braços? Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Durante a massagem individual, observe como o bebê reage a cada toque em seu 
corpo (pés, mãos e braços) e como corresponde a essa interação. Relembre-o, por 
meio do contato corporal, dialogando sobre os momentos em que estiveram juntos 
(adulto e bebê). 
Continue a massagem nos pés, pernas e braços. Mantenha as mãos suaves e o 
olhar atento. Esteja disponível aos gestos, olhares, balbucios e falas do bebê. Man-
tenha um diálogo carinhoso com ele. Relembre os momentos em que estiveram 
juntos durante o dia. Perceba como ele irá responder a essa memória. Invista na 
troca de olhares e chame sempre o pequeno pelo nome. Respeite seus desejos e 
maneiras de se manifestar. Seja sensível e compreenda caso ele não deseje parti-
cipar da proposta; convide-o novamente em uma outra oportunidade. 
Para finalizar
Ao retornar com um bebê da massagem, enquanto os demais estão brincando, 
diga a todos o próximo acontecimento do dia, atribuindo uma previsibilidade à 
experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das noções de 
tempo e espaço.
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 156EI_MT_BB_PF.indb 156 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
O QUE FAZER DEPOIS
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuida-
de da experiência da massagem individualmente em cada bebê. É necessário respeitar 
o ritmo e o tempo de cada um.
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Atividade: Massagem na construção de vínculos 
EI_MT_BB_PF.indb 157EI_MT_BB_PF.indb 157 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
 ATIVIDADE 5
MASSAGEM COM MÚSICA 
INSTRUMENTAL 
 Tempo sugerido: aproximadamente 30 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01EO02, EI01CG01, EI01CG02
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Para a realização da atividade, é importante que os bebês já tenham vivenciado 
experiências com massagem e estejam confortáveis com o toque e com a exploração 
sensorial.
 � Materiais
 F Colchonetes, cobertores ou tapetes emborrachados;
 F Caixa com materiais de largo alcance;
 F Playlist, pen drive ou CD com música instrumental, idealmente uma melodia calma;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica para registrar a atividade;
 F Um caderno e uma caneta para registro.
 � Espaços
A atividade pode ser desenvolvida na sala ou outro espaço externo que os bebês gostem, 
com colchonetes organizados no chão e música instrumental ambiente. Disponibilize, 
também, materiais de largo alcance para os bebês que estiverem aguardando a vez de 
ser massageados.
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Quais movimentos o bebê realiza com seu corpo durante a proposta?
2. Como cada bebê se relaciona com outro bebê e com o adulto?
3. Quais expressões e/ou falas o bebê utiliza para se comunicar?
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 158EI_MT_BB_PF.indb 158 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
O QUE FAZER DURANTE
Convide todo o grupo de bebês a se locomover até o local escolhido, organizado 
previamente e com a música instrumental tocando. Coloque-se na altura deles e 
diga que podem dançar da maneira como quiserem. Faça alguns movimentos 
e encoraje-os. 
 • Um dos bebês observa o movimento do(a) professor(a) e o imita, levantando 
uma das pernas enquanto está sentado e apoiando-se com as duas mãos 
no chão.
Possível ação 
dos bebês
 — Olhem como (diga nome do bebê) mexe as suas pernas.
 — (Diga o nome de outro bebê) está rolando no chão. 
 — Olhem como estico as minhas pernas e como movimento meus braços. 
 Vocês podem fazer igual!
Possíveis falas 
do(a) professor(a)
Incentive todo o grupo a realizar os movimentos de forma autônoma enquanto 
escutam, sentem a música, exploram os espaços, interagem com seus corpos e 
se engajam na proposta.A atividade Massagem na construção de vínculos, deste 
conjunto, será importante para a exploração do corpo com toques. Nesse momen-
to, faça registros com fotos e anotações para posterior documentação pedagógica. 
Em seguida, convide os bebês para automassagem. 
 — Como é bom massagear as minhas pernas! Vocês também podem fazer 
massagem em si mesmos, tocar as pernas, pés, mãos e cabeça. Possível fala 
 do(a) professor(a)
Enquanto o grupo está engajado na exploração do próprio corpo, aproxime-se de 
duplas de bebês e ofereça a massagem, entrando na brincadeira por meio dos 
movimentos corporais. Considere que o corpo do bebê precisa ser visto em sua 
totalidade e que está em constante relação com o outro. Por isso, pergunte se 
ele permite ser tocado e, mesmo que não responda verbalmente, os códigos já 
criados entre adulto-bebê (olhar, gestos, confiança) conduzirão a essa resposta, 
contribuindo para um elo recíproco e respeitoso de cuidados e conscientização 
do pequeno sobre seu próprio corpo. Sempre utilize os nomes dos bebês. Res-
peite o tempo de cada um mesmo que ele não deseje participar nesse momento. 
Chame a atenção deles para o som da música instrumental enquanto encoraja 
as interações entre eles durante a massagem. Fique próximo, disponível e aten-
to ao grupo.
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Atividade: Massagem com música instrumental 
EI_MT_BB_PF.indb 159EI_MT_BB_PF.indb 159 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
Para finalizar
Perto do término, diga aos bebês o próximo acontecimento do dia, atribuindo pre-
visibilidade à experiência seguinte do cotidiano. Isso ajuda na compreensão das 
noções de tempo e espaço. Reduza aos poucos o volume da música.
O QUE FAZER DEPOIS
Ao longo da semana, você pode propor novamente a atividade e garantir a continuidade 
da experiência com outras duplas de bebês. É necessário respeitar o ritmo e o tempo em 
que cada um se engaja na proposta. Pode-se oferecer a massagem antes do sono, em 
duplas ou de forma individualizada.
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Conjunto: Massagem
EI_MT_BB_PF.indb 160EI_MT_BB_PF.indb 160 06/10/2023 11:22:2706/10/2023 11:22:27
SEQUÊNCIA 10
Os bebês apreciam as diversas maneiras de expressar seus 
pensamentos e emoções. O uso de tintas pode ser uma manei-
ra de indicar uma ideia ou um desejo por meio do movimento 
do corpo. Além dos traços e das marcas deixados pelas tin-
tas, a proposta permite aos pequenos experimentar diversos 
acessórios, como rolos, pincéis grossos e finos e, em espe-
cial, descobrir a riqueza do uso das mãos. É possível também 
oferecer variados tipos de tintas e trabalhar percepções sobre 
consistências, cores, texturas e os efeitos deles nas superfícies 
ofertadas (papelão, caixas etc.). As atividades envolvem vários 
tipos de experiências sensoriais que exploram diversos tipos 
de melecas.
DRC-MT
 � Campos de experiências explorados nesta sequência
Corpo, gestos e 
movimentos.
Traços, sons, cores e 
formas.
Espaços, tempos, 
quantidades, relações 
e transformações.
 � Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento explorados nesta sequência
EI01CG01 Movimentar as partes do corpo para exprimir corporalmente emoções, necessidades e 
desejos.
EI01CG02 Experimentar as possibilidades corporais nas brincadeiras e interações em ambientes 
acolhedores e desafiantes.
EI01CG04 Participar do cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar.
EI01CG05 Utilizar os movimentos de preensão, encaixe e lançamento, ampliando suas possibilidades 
de manuseio de diferentes materiais e objetos.
EI01TS02 Traçar marcas gráficas, em diferentes suportes, usando instrumentos riscantes e tintas.
EI01ET01 Explorar e descobrir as propriedades de objetos e materiais (odor, cor, sabor, temperatura).
EI01ET02 Explorar relações de causa e efeito (transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc.) na 
interação com o mundo físico.
EI01ET03 Explorar o ambiente pela ação e observação, manipulando, experimentando e fazendo 
descobertas.
MELECAS COM TINTA
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SD
EI_MT_BB_PF.indb 161EI_MT_BB_PF.indb 161 06/10/2023 11:22:2806/10/2023 11:22:28
 ATIVIDADE 1
MELECA COM AMIDO COLORIDO
 Tempo sugerido: aproximadamente 40 minutos
Objetivos de aprendizagem: EI01CG02, EI01ET02, EI01ET03
O QUE FAZER ANTES
 � Contextos prévios
Antes de realizar a atividade, organize um cesto ou uma caixa com objetos que os 
bebês gostam de brincar para levar à área externa. A proposta envolve um trabalho com 
pequenos grupos. Sendo assim, conte com a ajuda de um(a) professor(a) ou professor(a) 
auxiliar*. 
 � Materiais
 F Amido de milho;
 F Recipiente para colocar o amido;
 F Água;
 F Corante comestível;
 F Recipiente com largura suficiente para os bebês colocarem os pés, com altura de 
10 cm (aproximadamente);
 F Colher para misturar;
 F Jornal ou plástico grande e grosso;
 F Um celular ou uma câmera fotográfica, um caderno e uma caneta para registrar a 
atividade;
 F Cesto de brinquedos preferidos dos bebês.
 � Espaços
Escolha um espaço externo na escola de que os bebês gostem (por exemplo, pátio, 
jardim, debaixo de uma árvore etc.), para que brinquem livremente enquanto você estiver 
com pequenos grupos. Leve um cesto de objetos de interesse de todo o grupo. Forre o 
chão com jornal ou um plástico grande e grosso. Leve o material organizado nos recipientes 
e coloque em cima do forro.
* Pode haver uma variação no uso da expressão “professor(a) auxiliar” no estado. Trata-se do profissional 
que auxilia o(a) professor(a) responsável pela turma na execução de algumas atividades com as crianças. 
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Sequência: Melecas com tinta
EI_MT_BB_PF.indb 162EI_MT_BB_PF.indb 162 06/10/2023 11:22:2806/10/2023 11:22:28
 � Perguntas para guiar suas observações
1. Como os bebês reagem quando os materiais são apresentados? Observam? Permi-
tem-se experimentar os materiais? Que descobertas fazem?
2. Como exploram a transformação da mistura com amido, água e corante (misturam, 
movem, fazem transbordar)?
3. Como a proposta desafia corporalmente os bebês e como utilizam o corpo para essa 
exploração (apertam, amassam, afundam partes do corpo nos recipientes, exploram 
com diferentes partes do corpo)?
O QUE FAZER DURANTE
Convide todo o grupo para ir à área externa onde foi organizada a proposta. Chame 
um pequeno grupo de três ou quatro bebês e os ajude a se sentar próximos uns 
aos outros para que você apresente a vivência. Converse sobre os materiais ali 
dispostos separadamente nos recipientes dizendo o nome de cada um. Mostre o 
recipiente com amido de milho e convide o pequeno grupo a experimentar a textura 
seca e aveludada. Brinque de bater palmas com as mãos cheias do pó do amido 
de milho, aponte para o resíduo branco que fica na mão etc. Facilite a exploração 
livre, assim como deverá acontecer na atividade Exploração de massinha caseira, 
desta sequência, e peça a ajuda de um(a) professor(a) auxliar para iniciar o registro 
com fotos.
Encoraje todos a experimentar a textura e a temperatura do amido de milho. Valide 
as iniciativas dos pequenos, como afundar as mãos e encostar no material com 
o dedo. Brinque de soprar o amido de milho, coloque um montinho nas mãos dos 
bebês e os convide para soprar também. Repita os movimentos e as brincadeiras 
que eles fizerem e possibilite que explorem o amido de milho de diferentes maneiras. 
É possível que alguns bebês não se interessem ou ainda se mostrem desgostosos 
em manipular o amido. Esteja atento às manifestações e respeite o desejo de cada 
um, criando possibilidade para aqueles que preferem observar. 
 • Ao soprar um montinho de amido de milho, o bebê pode fazer uma cara de 
surpresa e sorrir.
Possível ação 
dos bebês
 — Ué, cadê o montinho que estava na sua mão? Onde foi parar depois que você 
soprou? Ih, se espalhou pelo ar! Vamos pegar mais? Possível fala 
do(a) professor(a)
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Atividade: Meleca com amido colorido
EI_MT_BB_PF.indb 163EI_MT_BB_PF.indb 163 06/10/2023 11:22:2806/10/2023 11:22:28
Apresente o recipiente com água e convide um

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