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NÁLISE DE RISCO 
Professores: 
Dr. Júlio César Dainezi de Oliveira 
Me. Heloisa Helena da Silva Machado 
 
Objetivos de aprendizagem 
• Conhecer e compreender os conceitos e definições aplicados na análise de risco. 
• Entender como determinar categoria e probabilidade de ocorrência do risco. 
• Conhecer e entender a estimativa como a base do estudo da análise de risco. 
• Conhecer e compreender a diferença entre os três grupos de técnicas de análise de risco. 
 
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Análise de Risco: Conceitos e Definições 
• Determinação do Risco 
• Estimativa, Aceitabilidade, Controle e Redução do Risco 
• Análise de Risco Qualitativa, Quantitativa e Híbrida 
Introdução 
Os estudos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador estão em constante processo de 
transformação, devido ao surgimento de novas tecnologias, novos processos e novos produtos, 
resultante do processo de evolução dos processos produtivos, visando à sustentabilidade 
socioambiental e ao aumento da produtividade das empresas. 
Os acidentes revelam as disfunções organizacionais, levam à reflexão e ao questionamento da 
capacidade de análise e de diagnóstico e nos fazem repensar sobre a segurança e as medidas 
preventivas aplicadas e, ainda, sobre o quanto pode ser atribuído ao erro humano. A fim de minimizar 
estas questões, foram desenvolvidas técnicas de análise de risco a partir das práticas da engenharia da 
confiabilidade e de programas de segurança utilizados nas áreas militares e suas adaptações a outras 
áreas. 
A análise de risco consiste na verificação dos pontos críticos que possam culminar em ocorrências 
não desejáveis, durante a execução de determinada atividade, podendo causar dano à saúde e à 
segurança do trabalhador, à empresa e ao meio ambiente. A partir da análise de risco podem ser 
descritos o risco associado a cada possibilidade existente, os cenários de falha, as probabilidades, os 
acidentes e as consequências, com destaque àqueles com potencial para causar a morte de 
trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. 
É importante compreender que cada local, atividade ou equipamento apresenta riscos diferentes para 
diferentes situações e, portanto, é fundamental o conhecimento do ambiente, das pessoas envolvidas, 
das técnicas e dos processos realizados e das informações dos trabalhadores relacionadas aos riscos, 
uma vez que são eles que vivenciam as situações do dia a dia da atividade. 
A análise de risco complementa o gerenciamento de riscos e pode ser utilizada como base para 
processos decisórios de diferentes áreas, levando ao desenvolvimento de teorias, metodologias e 
ferramentas práticas de aplicação que podem ser utilizadas em atividades de indústria, comércio e 
serviços, agências governamentais das diversas esferas até na vida pessoal. 
Nas aulas das Unidades II, serão apresentados conceitos e definições utilizadas na análise de riscos 
ocupacionais. 
Bons estudos! 
Análise de Risco: Conceitos e Definições 
A avaliação de risco consiste, como estudamos anteriormente, em um processo sistemático que avalia 
o impacto, as ocorrências e as consequências das atividades humanas, enquanto a análise de risco é o 
processo que auxilia na identificação e no gerenciamento dos potenciais riscos associados a um 
determinado evento ou situação, e na decisão sobre as ações preventivas, corretivas e mitigadoras a 
serem implantadas. 
A definição de análise de risco como sinônimo da avaliação de risco é comum, devido a divergências 
de suas definições em diferentes países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a avaliação de risco é 
definida como etapa da análise de risco, sendo o contrário no Canadá. Para a Society of Risk 
Analysis (Sociedade de Análise de Risco): 
 
A análise de risco é amplamente definida para incluir avaliação de risco, caracterização de risco, 
comunicação de risco, gerenciamento de riscos e políticas relacionadas ao risco, no contexto de 
riscos de interesse para os indivíduos, para organizações públicas e privadas e para a sociedade no 
âmbito regional, nacional ou global (SRA, 2017, on-line - traduzido pelos autores)¹. 
A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, 
probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, as condições 
químicas e físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as 
empresas (CASAL, 2017). Basicamente, deve responder a questões como: 
• O que pode dar errado e por quê? 
• Qual a probabilidade de dar errado? 
• Qual a magnitude das consequências? 
• Quais ações poderão ser aplicadas? 
Neste contexto, analisar um risco envolve a determinação de valor quantitativo ou qualitativo para o 
risco. A valoração quantitativa é realizada por meio de cálculo da probabilidade de ocorrência e da 
gravidade das consequências potenciais, enquanto a análise qualitativa considera as ameaças 
identificadas, a extensão da vulnerabilidade e as medidas de ação utilizadas em caso de ocorrências, 
com base na percepção da equipe responsável pela segurança e sem o uso de métodos matemáticos 
(BROWN, 1998; CARDELLA, 2008; CASAL, 2017). 
Para tanto são utilizadas metodologias ou técnicas de análise que permitem a identificação, a 
mensuração, a identificação, a correção, a prevenção e o tratamento dos riscos, possibilitando ao 
gestor identificar, ainda, os pontos vulneráveis no sistema de proteção. 
A partir dessas informações, é possível equilibrar o nível de risco de forma adequada às operações da 
empresa, considerando um conjunto de fatores ambientais, físicos, humanos e operacionais que 
compõem a situação no momento de um acidente (cenário ambiental), de forma a evitar o desperdício 
de recursos na prevenção e mitigação dos riscos (CARDELLA, 2008; SILVA, 2011; NUNES, 2016). 
 
Tipos de Análise de Risco 
A análise de risco pode ser dividida em áreas diferentes: segurança (processos e instalações); saúde e 
ecológica (ou ambiental). 
Análise de Risco na Segurança (Processos e Instalações) 
O estudo da análise de risco na segurança consiste na avaliação da relação causa- efeito do perigo e 
seu risco, compreendendo as situações de baixa probabilidade, acidentes de alta consequência e 
efeitos imediatos. O foco é a segurança do indivíduo e a prevenção de perdas que possam ocorrer no 
ambiente de trabalho, principalmente dentro dos limites da empresa. As etapas do processo de análise 
de risco na segurança contemplam: 
• Identificação dos perigos relacionados: 
1. Materiais, equipamentos e procedimentos, considerando a localização, 
armazenamento, tipo do material, substâncias utilizadas nos procedimentos, frequência 
de uso, número de pessoas envolvidas; 
2. Início das ocorrências identificadas (mau funcionamento, falhas, erro humano). 
• Estimativa de Probabilidade e Frequência: 
1. Probabilidade de ocorrência de acidentes e suas causas internas e externas. 
• Análise de Consequência: 
1. Avaliação da natureza e magnitude dos efeitos adversos resultantes dos eventos 
identificados. 
• Avaliação e Determinação de Risco: 
1. Análise integrada de probabilidades de ocorrências e consequências, resultando em 
estimativa de riscos de segurança. 
A análise de risco na segurança, geralmente, é aplicada à segurança de processos químicos, transporte 
de produtos perigosos, na gestão ambiental, entre outros. 
Análise de Risco na Saúde 
Com foco na saúde humana, principalmente fora do ambiente de trabalho, sendo que as relações de 
causa e efeito não são facilmente estabelecidas e devem ser consideradas tanto as características 
inerentes ao risco quanto à susceptibilidade do organismo exposto ao risco (ANVISA, 2017). 
Segundo Moraes (2010), o processo de análise de risco na saúde deve contemplar em suas etapas: 
• Análise dos Dados e Identificação do Perigo: 
• Característicasespecíficas de agentes químicos, físicos e biológicos no meio ambiente do 
local ou área em estudo; 
• Quantidades e concentrações; 
• Condições ambientais. 
• Estudos de Dose-Resposta ou Toxicidade: 
• Relação exposição e dose; 
• Relação dose e efeitos adversos. 
• Estudo de Exposição: 
• Condições de exposição, rotas e dispersão; 
• Potenciais de contaminação em relação aos indivíduos, incluindo subgrupos sensíveis; 
• Tempo de exposição, quantidade e concentração. 
• Caracterização de Risco: 
• Análise da toxicidade e dados de exposição para qualificação e quantificação dos riscos; 
• Análise de incertezas. 
A aplicação da análise de risco na saúde é verificada em casos de contaminação do subsolo, no 
vazamento de gases tóxicos, na contaminação de alimentos, entre outros. 
Análise de Risco Ecológico ou Ambiental 
Nesse caso, a análise risco está focada nos impactos em habitats e ecossistemas e é caracterizada por 
interações complexas e sinergias entre ecossistemas, diferentes populações e comunidades, em 
âmbitos macro e micro, considerando também a cadeia alimentar. Outra especificidade é a grande 
incerteza na relação causa-efeito das ocorrências, uma vez que a área afetada depende do tipo de 
ocorrência, do local e ainda das condições climáticas, entre outros fatores que podem influenciá- la 
direta e indiretamente. As considerações nas etapas do processo de análise dos riscos ecológicos são: 
• Formulação do Problema: 
• Identificação da fauna e flora existente na área de estudo, com destaque às espécies 
ameaçadas de extinção; 
• Identificação dos meios aquáticos; 
• Estudos terrestres, como tipo de solo, relevo etc.; 
• Identificação dos potenciais contaminantes e possíveis alterações na área em estudo. 
• Estudos de Exposição: 
• Identificação das comunidades, população e habitats expostos ao risco ou perigo; 
• Tempo e concentrações de exposição. 
• Estudos de toxicidade e efeitos ecológicos: 
• Análise das águas superiores e subterrâneas, análise de solo e da atmosfera local; 
• Determinação da toxicidade. 
• Caracterização do Risco e Perigo: 
• Identificação do risco ou perigo a partir da integração das informações coletadas em 
campo; 
• Estabelecimento da causa-efeito; 
• Identificação do grau de incerteza para os riscos 
A análise de risco ecológico ou ambiental é utilizada em estudos ambientais, controle de fabricação 
de substâncias, licenciamento ambiental, determinação de locais para instalação de atividades 
industriais, monitoramento ambiental. 
 
RELATÓRIO DE ACIDENTES AMBIENTAIS 2020 
Anualmente a CGEMA compila e disponibiliza o “Relatório – Acidentes Ambientais registrado pelo 
Ibama” no link: <http://www.ibama.gov.br/ documentos/publicacoes>. O intuito do Relatório de 
Acidente Ambientais é o de reunir e analisar as informações sobre acidentes ambientais ocorridos no 
Brasil e informados ao Ibama. Os dados são apresentados de forma a facilitar a compreensão, por 
meio de gráficos, tabelas e explicações de fácil entendimento. O objetivo do relatório é orientar os 
envolvidos, direta ou indiretamente, no tema sobre os tipos de acidentes de maior ocorrência no país. 
Fonte: Ibama (2020, on-line)². 
https://www.ibama.gov.br/phocadownload/emergenciasambientais/relatorios/2022-02-08_Relatorio_de_Acidentes_Ambientais_2020_Ibama.pdf
 
Determinação do Risco 
A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano 
e da sua gravidade potencial. Algumas metodologias utilizam o agrupamento de categorias para 
gravidade e probabilidade, o que permite a comparação e avaliação dos danos em conjunto (BSI, 
2004, on-line)³. 
Para tanto é necessário que sejam definidas as categorias de forma a permitir uma aplicação 
consistente por diferentes gestores em diferentes momentos. A BS 8800:2004, guia de Sistemas e 
Gerenciamento de Saúde e Segurança Ocupacional, da British Standard adota termos como 
“provável”, “improvável” e “muito improvável” para estimar de forma simplificada a probabilidade 
do dano e uma variação de “muito baixo” a “muito alto” para determinação da gravidade do risco e a 
categoria do risco em relação à sua tolerância. 
 
Risco é qualquer ocorrência que resulte em perdas, prejuízo ou danos aos envolvidos, sendo o risco 
operacional a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação 
de processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. 
Fonte: os autores. 
Categorização do Risco 
A definição das categorias dos danos deve ser realizada com cautela e deve garantir que reflita as 
consequências do dano em relação à saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde 
em longo prazo. A equipe responsável pela avaliação e análise de riscos no ambiente de trabalho 
deve ser treinada de forma a estar apta a considerar esses dois tipos de risco, sem que seja focado 
apenas um ou outro (BSI, 2004, on-line)³. No Quadro 1, é apresentado o exemplo de categorização da 
gravidade dos níveis de danos segundo a BS 8800:2004. 
Quadro 1 - Exemplo de categoria de danos 
Categoria 
do Dano 
Dano Rápido Dano Moderado Dano Extremo 
Saúde 
Incidentes e irritações (por 
exemplo, dores de cabeça); 
doença temporária levando 
a desconforto (por exemplo, 
diarreia) 
Perda auditiva parcial; 
dermatite; asma; distúrbios do 
membro superior relacionados 
ao trabalho; doença que leva a 
deficiência menor permanente. 
Doenças fatais agudas; 
doenças severas da 
redução da vida; 
incapacidade substancial 
permanente. 
Segurança 
Lesões superficiais; cortes 
menores e contusões; 
irritação ocular por poeira. 
Lacerações; queimaduras; 
concussão; entorses graves; 
fraturas menores. 
Lesões fatais; 
amputações; lesões 
múltiplas; principais 
fraturas. 
As categorias de danos à saúde e segurança são efetivamente definidas, citando exemplos e essas 
listas não são exaustivas. 
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³. 
A empresa ou organização deve considerar sua realidade e objetivos na definição das categorias de 
riscos que serão utilizados, uma vez que cada tipo de atividade apresenta características específicas e 
nem sempre o que vale para uma valerá para outra, mesmo que sejam do mesmo setor. 
Probabilidade de Ocorrência do Dano 
Para determinar a probabilidade do dano, é necessário levar em consideração as medidas de controle 
existente e possíveis alterações, o que implica também a consideração de recursos disponíveis para as 
adequações necessárias. Caso seja uma empresa nova, a análise inicial deve considerar uma previsão 
dos riscos e as medidas de controle que serão implementadas. 
As medidas devem ser embasadas na legislação vigente, seguindo as práticas e orientações 
publicadas pelas agências reguladoras e implementando controles apropriados a riscos específicos. 
Segundo a BSI (2004, on-line)3, além das informações específicas das atividades, a análise da 
probabilidade do risco deve considerar questões, como: 
a. frequência e duração da exposição de um indivíduo ao perigo; 
b. vulnerabilidade do indivíduo ou grupo de indivíduos (por exemplo, pessoal jovem ou 
inexperiente, mães grávidas, pessoas que trabalham sozinhas); 
c. falhas potenciais de serviços, como fornecimento de água e energia; 
d. falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança; 
e. exposição aos elementos; 
f. proteção oferecida pelo EPI e se este é usado corretamente; 
g. erros não intencionais ou violações intencionais de procedimentos, cometidos pelo indivíduo 
que realiza a atividade ou por terceiros, seja por falta de conhecimento, capacidade física, por 
subestimar os riscos, por comportamento, entre outros. Destaca-se que deve ser considerado o 
comportamento das pessoas em tarefas de rotina ou situações de emergência; 
h. falhas potenciais de causa comum que aumentem a probabilidade de ocorrência de danos. 
Vale ressaltarque as organizações não devem confiar apenas em dados históricos uma vez que não 
podem refletir as condições atuais de equipamentos, da forma de trabalho, do ambiente e das pessoas. 
Entretanto, para os casos de danos à saúde, uma análise histórica pode apresentar informações úteis 
sobre os padrões de ausência, facilitando a priorização do risco (BSI, 2004, on-line)³. O Quadro 2 
traz uma categorização dos danos simplificada indicada pela norma BS 8800:2004: 
 
Quadro 2 - Exemplos de categorias para probabilidade de danos. 
Categorias para 
probabilidade 
de danos 
Muito provável Provável Improvável Muito improvável 
Ocorrência típica 
Tipicamente 
experiente em, 
pelo menos, uma 
vez a cada seis 
meses por um 
indivíduo 
Experimentado, 
uma vez a cada 
cinco anos, por um 
indivíduo. 
Tipicamente 
experimentado, uma 
vez durante o 
trabalho na vida útil 
de um indivíduo. 
Menos de 1% de 
chance de ser 
experimentado por 
um indivíduo 
durante sua vida 
útil. 
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³. 
As organizações podem utilizar diferentes definições para as categorias de probabilidade e de risco, 
desde que sejam adequadas à realidade e às circunstâncias da organização, garantindo que “o 
intervalo seja apropriado tanto para incidentes específicos relacionados à segurança como para 
efeitos da saúde que possam se manifestar após uma exposição prolongada ao perigo ou algum tempo 
após a ocorrência do perigo” (BSI, 2004, on-line)³: 
Onde existe uma série de formas possíveis de desenvolver um cenário perigoso, é apropriado 
selecionar uma amostra representativa para avaliação de risco. Deve-se tomar cuidado, no entanto, 
para garantir que a amostra selecionada seja efetivamente representativa e que as medidas de controle 
adequadas e suficientes para os casos amostrados também sejam adequadas e suficientes em outros 
casos potenciais (BSI, 2004, p. 48, traduzido pelos autores)³. 
 
Estimativa, Aceitabilidade, Controle e Redução 
do Risco 
Segundo o dicionário da Língua Portuguesa, estimativa é: avaliação ou cálculo aproximado de algo; 
parecer sobre uma pessoa ou situação, baseado nas evidências existentes. De forma genérica, 
podemos afirmar que a estimativa é uma previsão do que, como e quando algo pode ocorrer e quais 
as consequências resultantes do fato. A estimativa varia de uma situação ruim, passando pela ideal, 
culminando na situação ótima e possibilita determinar o quanto um risco é aceitável ou não e, então, 
decidir sobre as medidas de controle e redução do risco e de seus danos potenciais a serem 
implementadas. 
Por exemplo, a Polícia Rodoviária Federal realiza a Operação Carnaval com base no número de 
acidentes e locais de maior frequência que ocorreram em anos anteriores, no mesmo período. A partir 
dessas informações, conseguem montar um plano de ação preventiva e corretiva (legislação de 
trânsito com multas, por exemplo) e de ação efetiva, como mais policiamento no período para 
fiscalizar e coibir as infrações, visando reduzir os riscos e minimizar as consequências, em caso de 
ocorrência. 
Utilizando a analogia, seria uma situação ruim o aumento do número de acidentes e de mortes nas 
estradas durante o período. Situação ideal seria a redução dos números em relação ao ano anterior, e 
situação ótima seria uma grande redução (40% ou mais) no número de acidentes e mortes em relação 
ao ano anterior, conforme determinado pela equipe responsável da elaboração do plano aplicado. 
Estimativa do Risco 
Na análise de riscos, deve-se dar atenção especial aos riscos associados a consequências mais nocivas 
e extremamente prejudiciais, estimando e classificando, também, os riscos que tenham ou não 
controle no local, o que deixa ainda mais claro a importância de manter os controles para as situações 
críticas (BSI, 2004, on-line)³. No Quadro 3 é apresentado um método simples para estimar os riscos, 
considerando a probabilidade e gravidade potencial de danos, combinadas aos níveis de gravidade e 
categoria do risco, já estudadas na aula anterior. 
 
Quadro 3 - Estimador de risco simples 
Probabilidade 
Gravidade 
Dano Rápido Dano Moderado Dano Extremo 
Muito improvável Risco muito baixo Risco muito baixo Risco alto 
Improvável Risco muito baixo Risco médio Risco muito baixo 
Provável Risco médio Risco alto Risco muito baixo 
Muito improvável Risco médio Risco muito baixo Risco muito baixo 
Essas categorizações e a assimetria resultante da matriz são resultados dos exemplos de danos e 
probabilidades ilustrados no padrão britânico. As organizações devem ajustar o design e o tamanho 
da matriz de acordo com suas necessidades. 
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³. 
Nos casos em que um evento perigoso tenha potencial para causar danos a vários indivíduos, ou em 
que um número de pessoas esteja exposto ao mesmo risco individual, embora realizem atividades em 
momentos e locais diferentes, deve-se avaliar se o risco é tolerável para o indivíduo. Ao identificar as 
medidas a serem adotadas, deve-se levar em consideração que quanto maior o número de indivíduos 
expostos maior será o benefício alcançado pela medida implementada, sendo maior o benefício do 
investimento. 
As medidas de controle a serem implementadas devem considerar a susceptibilidade específica de 
cada indivíduo para avaliar se haverá necessidade de adaptação, como usar um painel com divisão 
em cores em locais onde trabalham pessoas com daltonismo (pessoas que não enxergam cores, ou 
têm limitações para enxergá-las). 
Aceitabilidade do Risco (Tolerabilidade) 
A análise de risco permite avaliar o risco antes de determinar qual o nível de risco deve ser 
considerado aceitável, tolerável ou inaceitável. Para um resultado mais exato acerca dessa 
aceitabilidade são utilizadas metodologias quantitativas. Nas metodologias semi-quantitativas ou 
qualitativas, a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a realidade da 
organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, além de 
respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente. A BS 8800:2004 apresenta uma 
avaliação simplificada da tolerabilidade ao risco com base em uma relação entre o nível do risco e a 
avaliação da aceitabilidade, conforme demonstrado no quadro a seguir. 
Quadro 4 - Exemplo de avaliação da tolerabilidade ao risco 
Categoria de risco Avaliação da tolerabilidade 
Muito Baixo Aceitável 
Baixoª Riscos que devem ser reduzidos para que sejam 
Médioª 
Toleráveis ou aceitáveis 
Altoª 
Muito Alto Inaceitável 
ª Neste exemplo, essas três categorias são usadas para permitir diferentes tipos de ações ou prazos 
diferentes para a ação que talvez seja necessário aplicar, de acordo com o nível de risco. 
 
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³ 
A tolerabilidade dos riscos de perigos específicos deve considerar o total de indivíduos expostos ao 
risco, aos riscos associados e a diferentes perigos atribuídos ao mesmo risco, além da exposição ao 
risco individual de pessoas pertencentes aos grupos especiais e vulneráveis (BSI, 2004, on-line)³. 
Controle e Redução do Risco 
Regras gerais podem ser estabelecidas para a tomada de decisão em relação às ações de controle e 
redução do risco, considerando as várias categorias de tolerabilidade, a prioridade das ações, a 
realidade e condições de cada organização, incluindo capital humano e financeiro disponível para a 
aplicação em segurança e saúde dos trabalhadores (BARSANO; BARBOSA, 2014). As organizações 
devem determinar seus próprios níveis de risco e escolher o nível de detalhamento das informações, 
que pode, ainda, incluir metas e prazos para a implementação de controles adicionais (BSI, 2004, on-
line)³. 
 
O risco de riscos individuais deve ser tolerável, independentemente da exposição individual ao 
perigo. Um risco inaceitável não se torna tolerável se a exposição forlimitada a pouco tempo. 
Fonte: BSI (2004, on-line)³. 
A determinação dos níveis do risco é a base para decidir sobre a necessidade de implantação de 
controles aprimorados e a escala de tempo para a ação, sendo que o controle e sua urgência são 
proporcionais ao risco. Outro fator importante a ser considerado é o número de indivíduos expostos, 
diretamente relacionados ao risco e aos riscos associados. No Quadro 5, são apresentadas as 
orientações básicas para a seleção de controle de riscos da norma BSI 8800:2004. 
Quadro 5 - Um plano simples de controle baseado em risco 
Nível 
do 
Risco 
Tolerabilidade: orientação sobre a ação e o tempo necessários 
Muito 
baixo 
Estes riscos são considerados aceitáveis. Nenhuma outra ação é necessária além de garantir 
que os controles sejam mantidos. 
Baixo 
Não são necessários controles adicionais a menos que possam ser implementados a um 
custo muito baixo (em termos de tempo, dinheiro e esforço). As ações para reduzir ainda 
mais esses riscos recebem baixa prioridade. Devem ser feitos arranjos para garantir que os 
controles sejam mantidos. 
Médio 
Deve-se considerar se os riscos podem ser reduzidos, quando aplicável a um nível tolerável 
e, de preferência, a um nível aceitável, mas os custos das medidas adicionais de redução de 
risco devem ser levados em consideração. As medidas de redução de risco devem ser 
implementadas dentro de um período de tempo definido. Devem ser feitos arranjos para 
garantir que os controles sejam mantidos, especialmente se os níveis de risco estiverem 
associados a consequências nocivas. 
Alto 
Devem ser feitos esforços substanciais para reduzir o risco. As medidas de redução de risco 
devem ser implementadas de forma urgente, dentro de um período de tempo definido e 
pode ser necessário considerar suspender ou restringir a atividade, ou aplicar medidas 
provisórias de controle de risco, até que isso seja concluído. Poderão ser atribuídos 
recursos consideráveis a medidas de controle adicionais. Devem ser feitos arranjos para 
garantir que os controles sejam mantidos, especialmente se os níveis de risco estiverem 
associados a consequências muito ou extremamente nocivas. 
Muito 
alto 
Estes riscos são inaceitáveis. São necessárias melhorias substanciais nos controles de risco, 
de modo que o risco seja reduzido a um nível tolerável ou aceitável. A atividade de 
trabalho deve ser interrompida até que os controles de risco sejam implementados, o que 
reduz o risco para que ele não seja mais alto. Se não for possível reduzir o risco, o trabalho 
deve continuar proibido. 
Quando o risco está associado a consequências extremamente nocivas, é necessária uma avaliação 
adicional para aumentar a confiança na probabilidade real de danos. 
 
Fonte: BSI (2004, on-line, traduzido pelos autores)³ 
O processo de avaliação e análise de risco deve ser a base para a identificação das situações e 
cenários que exigem planos de emergência e de evacuação, incluindo equipamentos, assistência de 
emergência e outras ações necessárias para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. 
Embora a identificação de perigos e riscos sejam elementos essenciais do processo de análise de 
risco, apenas a aplicação de medidas de controle adequadas reduz os riscos. Em muitos casos, isso 
não exigirá mais do que comparar os controles em vigor em relação ao que é exigido por boas 
práticas estabelecidas e autorizadas (BSI, 2004, p. 58, on-line)³. 
A análise de risco deve ser detalhada o suficiente para a identificação dos perigos e medidas de 
controle necessárias para redução dos danos potenciais. Desta forma, pode-se afirmar que seu 
“resultado deve ser um inventário de ações, em ordem de prioridade, para elaborar, manter ou 
melhorar controles” (BSI, 2004, on-line)³. 
 
Análise de Risco Qualitativa, Quantitativa e 
Híbrida 
A análise de risco possibilita o planejamento antecipado de riscos, perigos e recursos a serem 
aplicados em segurança, o que pode gerar, além de bem-estar do trabalhador tanto pela segurança em 
si quanto pela participação no processo, uma economia de somas consideráveis em dinheiro, 
considerando os prejuízos potenciais relacionados à falta de segurança. Há uma diversidade nos 
procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para diferentes circunstâncias e pode ser 
dividida em três categorias: 
 
As técnicas qualitativas baseiam-se em processos de estimativa analítica e na capacidade dos gerentes 
de segurança-engenheiros. De acordo com técnicas quantitativas, o risco pode ser considerado como 
uma quantidade, que pode ser estimada e expressa por uma relação matemática, sob a ajuda de dados 
de acidentes reais registrados em um local de trabalho. As técnicas híbridas apresentam uma grande 
complexidade devido ao seu caráter ad hoc que impede uma ampla divulgação (MARHAVILAS; 
KOULOURIOTIS; GEMENI, 2011, p. 478). 
Análise Qualitativa de Riscos 
A análise de risco qualitativa utiliza uma classificação de riscos pré-estabelecida e prioriza os riscos, 
considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos 
identificados. Para Sotille (2013, on-line)⁴, a análise qualitativa implica avaliação da medida do 
entendimento do risco, a qualidade, a confiabilidade e a integridade das informações disponíveis 
sobre o risco, considerando que prioriza os riscos a partir dos danos potenciais. Parte de uma análise 
subjetiva que deve: 
• Documentar os riscos por nível e prioridade; 
• Determinar que eventos de risco terão resposta; 
• Determinar a probabilidade e as consequências dos riscos identificados, incluindo os riscos 
associados; 
• Determinar quais riscos devem ser quantificados ou quais devem receber ação imediata; 
• Determinar a classificação geral de riscos e suas respectivas medidas preventivas, corretivas 
ou de mitigação. 
A análise de risco qualitativa define os perigos potenciais, determina a extensão de vulnerabilidades e 
consequências possíveis e as medidas a serem adotadas quando houver ocorrências. Não envolve 
probabilidades numéricas ou previsões de perda e se constitui na base para a decisão do uso da 
análise quantitativa. 
Análise Preliminar de Riscos (APR), Lista de Verificação (Check-List), Estudo de Perigo e 
Operabilidade - HAZOP (do inglês, Hazard and Operability Studies) são algumas das técnicas de 
análise de risco qualitativa mais utilizadas. 
Análise Quantitativa de Risco 
A análise quantitativa pode ser entendida como uma análise numérica dos riscos de maior prioridade, 
utilizada para desenvolver a análise probabilística dos riscos identificados e já priorizados em uma 
análise qualitativa anterior. Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos 
trabalhadores ao risco (VOSE, 2008). Para tanto, são utilizados equipamentos específicos para 
identificar a exposição do indivíduo a determinado risco e, a partir da análise dos números, são 
estabelecidas as medidas de controle, tempo de exposição de exposição do trabalhador e ações de 
monitoramento. 
A confiabilidade, por exemplo, é definida quantitativamente e pode representar a probabilidade de 
um sistema desempenhar, adequadamente, suas funções, considerando determinadas condições de 
operação em certo período de tempo (VOSE, 2008). Entre as técnicas de análise de risco quantitativa 
mais utilizadas, podemos citar o Modelo de Risco Proporcional (ou modelo de Cox), Matriz de 
Decisão e Avaliação Quantitativa de Riscos (QRA). 
Análise Híbrida de Risco 
As técnicas híbridas ou análise quali-quantitativa fazem uso das duas análises explicadas 
anteriormente: a partir da priorização da análise qualitativa, analisa-se, numericamente, a 
probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco. As técnicas mais utilizadas na análise 
de risco ocupacional são Análise de Árvore de Falhas (AAF), Processo Hierárquico Analítico (AHP - 
do inglês Analytic Hierarchy Process) e Análise de Modosde Falhas e Efeitos (FMEA - do inglês 
Failure Mode and Effect Analysis). 
 
Análise Qualitativa: 
• Riscos agrupados por categorias; 
• Priorização dos riscos; 
• Identificação dos riscos que exigem resposta em curto prazo; 
• Lista dos riscos de maior prioridade para análise e respostas adicionais; 
• Lista de observação dos riscos de baixa prioridade. 
Análise Quantitativa: 
• Análise numérica da probabilidade de ocorrência do dano e suas consequências; 
• Lista por prioridade dos riscos quantificados. 
Análise Híbrida ou Análise Quali-Quantitativa: 
• Uso de uma ou mais técnicas de análise qualitativa e quantitativa na avaliação de riscos, 
resultando na priorização e na análise probabilística de ocorrência do dano. 
Fonte: os autores. 
De forma geral, podemos afirmar que a análise qualitativa é uma metodologia subjetiva, baseada na 
percepção do indivíduo em relação às características dos riscos presentes no ambiente ou de 
informação prévia de determinado produto, equipamento ou determinada substância. Enquanto a 
análise quantitativa é a mensuração do risco, é medir por meio de instrumentos e analisar 
numericamente de forma a determinar com maior exatidão o grau de comprometimento da saúde do 
trabalhador ou do ambiente. 
ATIVIDADES 
1. A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, 
probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, condições químicas e 
físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. 
Leia e analise as assertivas: 
I) A análise de risco de segurança consiste na avaliação causa-efeito do perigo e seu risco. 
II) O foco da análise de risco da saúde humana é a relação do indivíduo com os processos e as 
instalações da organização. 
III) A análise de segurança ambiental é caracterizada pelo estudo das interações complexas e 
sinérgicas entre ecossistemas, populações e comunidades. 
IV) Na análise de segurança da saúde devem ser consideradas tanto as características inerentes ao 
risco quanto a susceptibilidade do organismo exposto ao risco. 
Assinale a alternativa que aponte a(s) correta(s): 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas IV. 
d) Apenas II e III. 
e) Apenas I, III e IV. 
2. A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência 
do dano e da sua gravidade potencial. Considerando a definição das categorias dos danos, analise as 
assertivas e assinale a alternativa incorreta: 
a) O risco operacional da possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência 
ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas ou de eventos externos. 
b) A análise da probabilidade do risco deve considerar o uso de equipamentos de proteção 
individual. 
c) As falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança 
não interferem na determinação da probabilidade do risco. 
d) A probabilidade do dano é determinada, considerando a ocorrência do dano. 
e) A categoria do dano deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à saúde e à 
segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo. 
3. A partir das estimativas realizadas para um risco ou um grupo de riscos pode-se determinar o 
quanto aceitável ou não é um risco e, então, implementar medidas de controle e redução do risco e de 
seus danos potenciais. Nesse contexto, leia e analise as afirmativas: 
I) Na análise de riscos, deve-se estimar e classificar também os riscos que tenham ou não 
controle no local. 
II) A estimativa dos riscos pode ser realizada, considerando probabilidade e gravidade potencial 
de danos, combinadas aos níveis de gravidade e categoria do risco. 
III) Nas metodologias semi-quantitativas ou qualitativas a condição de aceitabilidade deve ser 
pré-estabelecida, conforme a realidade da organização e com consulta aos trabalhadores 
diretamente envolvidos nas atividades, além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na 
legislação vigente. 
IV) Quando o risco está associado a consequências extremamente nocivas, é necessária uma 
avaliação adicional para aumentar a confiança na probabilidade real de danos. 
É correto o que se afirma: 
a) Apenas em I e II. 
b) Apenas em II e III. 
c) Apenas em III e IV. 
d) Apenas em I, III e IV. 
e) Em I, II, III e IV. 
4. Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadas para 
diferentes circunstâncias. A análise de risco quantitativa: 
a) Baseia-se em processos de estimativa analítica e na capacidade dos gerentes de segurança-
engenheiros. 
b) Deve identificar os perigos e medidas de controle existentes para redução dos danos 
potenciais. 
c) Utiliza uma classificação de riscos pré-estabelecida e prioriza os riscos, considerando a 
probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos resultantes dos perigos identificados. 
d) Prioriza o risco e analisa, numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação 
àquele risco. 
e) Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco. 
Resolução das atividades 
1. e) Apenas I, III e IV. 
2. c) As falhas potenciais de componentes de instalações e máquinas e dispositivos de segurança 
não interferem na determinação da probabilidade do risco. 
3. d) Apenas em I, III e IV. 
4. e) Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores ao risco. 
 
RESUMO 
A análise de risco descreve o risco associado a cada possibilidade existente, cenários de falha, 
probabilidades, acidentes e consequências, tendo como foco os perigos agudos, condições químicas e 
físicas com potencial para causar a morte de trabalhadores e perdas econômicas para as empresas. 
Pode ser dividida por áreas: segurança (processos e instalações), saúde (com foco na saúde humana) 
e ecológica (ou ambiental). 
A determinação do risco é realizada por meio de estimativas da probabilidade de ocorrência do dano 
e da sua gravidade potencial. A definição das categorias dos danos deve ser realizada com cautela, 
variando de dano rápido a extremo e deve garantir que reflita as consequências do dano em relação à 
saúde e à segurança em curto prazo e os efeitos sobre a saúde em longo prazo. 
Para determinar a probabilidade do dano, é necessário levar em consideração as medidas de controle 
existentes e possíveis alterações, o que implica também a consideração de recursos disponíveis para 
as adequações necessárias. A probabilidade varia de muito provável a muito improvável e é 
estabelecida segundo a frequência da ocorrência. 
A estimativa é uma previsão do que, como e quando algo pode ocorrer e quais as consequências 
resultantes do fato. Ela varia de uma situação ruim, passando pela ideal e culminando na situação 
ótima, determinada a partir da probabilidade e gravidade potencial de danos, combinado aos níveis de 
gravidade e categoria do risco. A análise de risco permite avaliar o risco antes de determinar qual o 
nível de risco deve ser considerado aceitável, tolerável ou inaceitável. Para resultado mais exato 
acerca desta aceitabilidade, são utilizadas metodologias quantitativas. Nas metodologias semi- 
quantitativas ou qualitativas, a condição de aceitabilidade deve ser pré-estabelecida, conforme a 
realidade da organização e com consulta aos trabalhadores diretamente envolvidos nas atividades, 
além de respeitar os limites e padrões estabelecidos na legislação vigente. 
No que diz respeito ao controle do risco, as regras gerais podem ser estabelecidas para a tomada de 
decisão em relação às ações de controle e redução do risco, considerando as várias categorias de 
tolerabilidade, a prioridade das ações, a realidade e condições de cada organização, incluindo capital 
humano e financeiro disponível para a aplicação em segurança e saúde dos trabalhadores. 
Há uma diversidade nos procedimentos de análise de risco e técnicas adequadaspara diferentes 
circunstâncias e podem ser divididas em três categorias: qualitativas, quantitativas e híbridas 
(qualitativas-quantitativa, semi-quantitativas). Qualitativa: utiliza uma classificação de riscos pré- 
estabelecida e prioriza os riscos considerando a probabilidade de ocorrência e o impacto dos danos 
resultantes dos perigos identificados; Quantitativa: análise numérica dos riscos de maior prioridade, 
utilizada para desenvolver análise probabilística dos riscos identificados e já priorizados em análise 
qualitativa anterior. Tem por objetivo a determinação do nível exato de exposição dos trabalhadores 
ao risco; Híbrida: utiliza as duas técnicas - a partir da priorização da análise qualitativa, analisa-se, 
numericamente, a probabilidade de ocorrência do dano em relação àquele risco.

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