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Ciência, Tecnologia e Inovação
SISTEMA NACIONAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 
O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, ou SNCTI, é como um grande motor para o desenvolvimento do país. Ele une esforços entre o governo, empresas e instituições de pesquisa para impulsionar a ciência, a tecnologia e a inovação.
PROGRAMAS E AÇÕES GOVERNAMENTAIS
Esses programas têm metas claras, como estimular a pesquisa, desenvolver tecnologias inovadoras e melhorar a competitividade do Brasil no cenário global. Um exemplo é o incentivo a parcerias entre universidades, empresas e centros de pesquisa
Programas Governamentais de Incentivo: O governo brasileiro reconhece a importância dessas colaborações e implementou programas de incentivo. O Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas (PAPPE), por exemplo, oferece recursos para a realização de pesquisas conjuntas entre instituições de ensino superior e empresas. Essa iniciativa visa acelerar a transferência de conhecimento do meio acadêmico para o setor produtivo.
LEGISLAÇÃO E MECANISMOS DE FINANCIAMENTO, INCENTIVO E FORMENTO
Essas leis criam um ambiente favorável, oferecendo incentivos fiscais e outros estímulos para empresas e pesquisadores. Além disso, existem mecanismos de financiamento, como linhas de crédito e fundos específicos, para impulsionar projetos inovadores.
Os programas governamentais, focados em inovação e desenvolvimento tecnológico, são fundamentais para aumentar a competitividade do país.
No cerne do SNCTI está a ideia de que a ciência, a tecnologia e a inovação são propulsores do avanço humano
O SNCTI, ao promover uma mentalidade de pesquisa orientada para a solução de problemas, busca impulsionar não apenas a excelência científica, mas também a aplicação efetiva desses conhecimentos para transformar a realidade social e econômica.
A estrutura organizacional do SNCTI é multifacetada, refletindo a complexidade e a diversidade do ecossistema científico e tecnológico. Instituições de pesquisa, universidades, centros tecnológicos e empresas inovadoras convergem em uma rede interconectada, alimentando-se mutuamente com conhecimento e recursos.
Os programas governamentais não apenas estabelecem normas para a proteção de propriedade intelectual, mas também incentivam a conformidade legal. Leis que facilitam parcerias público-privadas e regulamentam áreas como inteligência artificial e biotecnologia são elementos-chave para garantir que a inovação ocorra dentro de limites éticos e sociais.
Uma peça essencial na organização institucional é o investimento contínuo em educação e divulgação científica
A inovação, entendida como a introdução de algo novo ou aprimoramento significativo do existente, é o motor propulsor por trás do avanço tecnológico e do desenvolvimento econômico
A competitividade em nível global é um objetivo ambicioso, mas fundamental para assegurar a posição do Brasil no mercado internacional
FUNDOS SETORIAIS
Esses instrumentos representam uma abordagem estratégica ao canalizar recursos específicos para setores-chave, impulsionando projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. Cada Fundo Setorial é meticulosamente desenhado para atender às demandas e potencialidades de sua área temática, promovendo a excelência e a competitividade
A avaliação do impacto das iniciativas em ciência, tecnologia e inovação é facilitada pelo uso de indicadores. Essas métricas proporcionam uma visão detalhada do progresso, desde a produção científica até a aplicação prática dos resultados.
FUNDAMENTOS DO DIREITO CONSITUCIONAL 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 218, destaca a busca do desenvolvimento científico, tecnológico e da inovação como um dos objetivos fundamentais do Estado. Além disso, a Lei de Inovação (Lei n. 10.973/2004) estabelece o ambiente legal para a colaboração entre instituições de pesquisa e empresas, consolidando o papel do Estado como catalisador da inovação.
A burocracia, a necessidade de coordenação entre diferentes esferas governamentais e a busca por sustentabilidade financeira são obstáculos que demandam abordagens estratégicas
Lei n. 13.243/2016 – Marco Legal de CT&I 
A Lei n. 13.243/2016, conhecida como “Lei de Ciência, Tecnologia e Inovação,” tem como objetivo fomentar a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e a inovação no Brasil. 
Muitas outras legislações foram alteradas através do Marco Legal da Ciência e Tecnologia. Basicamente, a legislação trata dos seguintes eixos temáticos: 
• Incentivo à Inovação: A lei busca estimular a inovação, simplificando processos e promovendo parcerias entre entidades públicas e privadas. 
• Ambiente de Inovação: Proporciona a criação de ambientes promotores de inovação, como parques tecnológicos e incubadoras de empresas. 
• Participação do Setor Privado: Estimula a participação do setor privado em projetos de pesquisa e desenvolvimento, inclusive por meio de investimentos e incentivos fiscais. 
• Flexibilidade nas Contratações: Facilita a contratação de pesquisadores, inclusive estrangeiros, e flexibiliza a gestão de recursos humanos nas instituições científicas e tecnológicas. 
• Transferência de Tecnologia: Regula a transferência de tecnologia entre instituições científicas e tecnológicas e o setor produtivo, visando acelerar a aplicação prática dos conhecimentos gerados. 
• Propriedade Intelectual: Estabelece diretrizes para a gestão da propriedade intelectual resultante de pesquisas, incentivando a proteção e comercialização de inovações. 
• Agências de Fomento: Reforça o papel das agências de fomento na concessão de recursos para projetos de pesquisa e inovação. 
• Internacionalização da Pesquisa: Estimula a internacionalização da pesquisa científica e tecnológica, promovendo a colaboração entre instituições nacionais e estrangeiras.
• Participação Social: Incentiva a participação da sociedade na formulação de políticas de ciência, tecnologia e inovação. 
• Desburocratização: Busca reduzir a burocracia e agilizar os processos relacionados a atividades de pesquisa e inovação
Esta Lei tem como objetivo incentivar a inovação e a pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, visando à capacitação e autonomia tecnológica, bem como ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional, conforme os preceitos estabelecidos nos artigos 23, 24, 167, 200, 213, 218, 219 e 219-A da Constituição Federal. 
As medidas mencionadas devem respeitar os seguintes princípios:
• Promover as atividades científicas e tecnológicas como estratégicas para o desenvolvimento econômico e social; 
• Garantir recursos humanos, econômicos e financeiros para o desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação; 
• Reduzir as desigualdades regionais; 
• Descentralizar as atividades de ciência, tecnologia e inovação em cada esfera de governo; 
• Promover a cooperação entre entidades públicas, entre os setores público e privado e entre empresas; 
• Estimular a atividade de inovação nas Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) e nas empresas; 
• Promover a competitividade empresarial nos mercados nacional e internacional; 
• Incentivar a criação de ambientes favoráveis à inovação e à transferência de tecnologia; 
• Fortalecer as capacidades operacionais, científicas, tecnológicas e administrativas das ICTs; 
• Tornar atrativos os instrumentos de fomento e crédito, além de atualizá-los e aperfeiçoá-los continuamente; 
• Simplificar os procedimentos para gestão de projetos de ciência, tecnologia e inovação; 
• Utilizar o poder de compra do Estado para fomentar a inovação; 
• Apoiar e integrar os inventores independentes às atividades das ICTs e ao sistema produtivo.
No que diz respeito à definição de termos, a lei estabelece o seguinte: 
• Criador: pessoa física responsável pela criação, invenção ou autoria; 
• Incubadora de empresas: estrutura que apoia empreendimentos inovadores, visando facilitar a criação e o desenvolvimento de empresas voltadas à inovação;
• Inovação: introdução de novidades ou aprimoramentos queresultem em produtos, serviços ou processos melhorados; 
• Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT): entidade pública ou privada que realiza pesquisa científica ou tecnológica; 
• Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT): estrutura responsável pela gestão de políticas de inovação em uma ou mais ICTs; 
• Fundação de apoio: entidade que apoia projetos de pesquisa e inovação; 
• Pesquisador público: profissional do serviço público que realiza atividades de pesquisa; 
• Parque tecnológico: espaço que promove a inovação e a competitividade industrial; 
• Polo tecnológico: ambiente industrial e tecnológico com predominância de micro, pequenas e médias empresas; 
• Extensão tecnológica: atividade que auxilia no desenvolvimento e na disseminação de soluções tecnológicas; 
• Bônus tecnológico: subsídio para micro e pequenas empresas em projetos de pesquisa e desenvolvimento; 
• Capital intelectual: conhecimento acumulado pela organização.
Além disso, a lei permite que a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e agências de fomento incentivem e apoiem alianças estratégicas e projetos de cooperação entre empresas, ICTs e entidades privadas sem fins lucrativos para desenvolver produtos, processos e serviços inovadores, bem como a transferência e difusão de tecnologia. 
Essas entidades também podem apoiar a criação de ambientes promotores da inovação, como parques e polos tecnológicos, para incentivar o desenvolvimento tecnológico, aumentar a competitividade e promover a interação entre empresas e ICTs 
As incubadoras de empresas, os parques e polos tecnológicos, bem como outros locais destinados à promoção da inovação, estabelecerão suas próprias diretrizes para o estímulo, concepção e desenvolvimento de projetos em colaboração, além de definir critérios para a seleção de empresas que desejam ingressar nesses ambientes. 
Com o intuito descrito acima, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, suas respectivas agências de fomento e as Instituições Científicas e Tecnológicas (ICTs) públicas terão a prerrogativa de:
Disponibilizar o uso de imóveis para a implantação e consolidação de locais promotores da inovação, diretamente para empresas e ICTs interessadas, ou através de entidades com ou sem fins lucrativos incumbidas da gestão de parques tecnológicos e incubadoras de empresas, mediante contrapartida obrigatória, seja ela financeira ou não financeira, conforme regulamentação
Participar da constituição e governança das entidades gestoras de parques tecnológicos ou incubadoras de empresas, com a condição de adotarem mecanismos que garantam a segregação das funções de financiamento e execução. 
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios irão promover a atração de centros de pesquisa e desenvolvimento de empresas estrangeiras, fomentando sua interação com as ICTs e empresas nacionais, e oferecendo-lhes acesso aos instrumentos de fomento, visando fortalecer o processo de inovação no país. 
Além disso, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas agências de fomento manterão programas específicos para microempresas e empresas de pequeno porte, em conformidade com o disposto na Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. 
As ICTs públicas poderão, por meio de contrato ou convênio e por prazo determinado, compartilhar seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações com outras ICTs ou empresas, visando a inovação tecnológica, desde que não comprometa suas atividades principais. 
O compartilhamento e a permissão acima obedecerão a critérios aprovados e divulgados pelas ICTs públicas, garantindo igualdade de oportunidades a todas as organizações interessadas. 
União e outros entes federativos, conforme regulamento, estão autorizados a participar minoritariamente do capital social de empresas, com o objetivo de desenvolver produtos ou processos inovadores alinhados às diretrizes e prioridades definidas nas políticas de ciência, tecnologia, inovação e desenvolvimento industrial de cada esfera de governo. 
A propriedade intelectual sobre os resultados obtidos pertencerá à empresa, conforme legislação e atos constitutivos. O poder público poderá condicionar a participação societária à previsão de licenciamento da propriedade intelectual para atender ao interesse público. 
A alienação dos ativos da participação societária dispensa licitação, e os recursos recebidos deverão ser aplicados em pesquisa, desenvolvimento ou em novas participações societárias. 
A participação minoritária poderá ocorrer por meio de contribuição financeira ou não financeira, sendo aceita como remuneração pela transferência de tecnologia e licenciamento. 
As ICTs públicas poderão celebrar contratos de transferência de tecnologia e licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criações desenvolvidas por elas isoladamente ou em parceria. A contratação com cláusula de exclusividade deve ser precedida pela publicação de extrato da oferta tecnológica. 
Dirigentes e colaboradores envolvidos em contratos devem repassar os conhecimentos e informações necessários, sob pena de responsabilização. A remuneração da ICT privada pela transferência de tecnologia e licenciamento não a impede de ser considerada entidade sem fins lucrativos.
As ICTs poderão prestar serviços técnicos especializados a instituições públicas ou privadas, visando à inovação e pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo. A prestação de serviços depende de aprovação do representante legal máximo da instituição. 
As ICTs podem celebrar acordos de parceria com instituições públicas e privadas para atividades conjuntas de pesquisa e desenvolvimento. Os envolvidos poderão receber bolsa de estímulo à inovação. As partes devem prever a titularidade da propriedade intelectual e a participação nos resultados da exploração das criações.
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