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ANATOMIA 
PRIMEIRO ANO 
2 
 
Conteúdo 
MÓDULO I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MEDICINA ............................................ 4 
ROTEIRO – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA ............................................ 4 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO.......................................................6 
MÓDULO II – CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO .......................................9 
ROTEIRO – PELVE, PERÍINEO E SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO .......................9 
MÓDULO III – METABOLISMO .......................................................................................... 19 
ROTEIRO – SISTEMA DIGESTÓRIO .................................................................................. 19 
MÓDULO V – LOCOMOÇÃO .............................................................................................. 30 
ROTEIRO – SISTEMA ESQUELÉTICO ............................................................................... 30 
MÓDULO V – LOCOMOÇÃO .............................................................................................. 43 
ROTEIRO - SISTEMA ARTICULAR .................................................................................... 43 
MÓDULO V – LOCOMOÇÃO .............................................................................................. 50 
ROTEIRO – SISTEMA MUSCULAR .................................................................................... 50 
MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS ............................................................................ 62 
ROTEIRO – SISTEMA RESPIRATÓRIO .............................................................................. 62 
MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS ............................................................................ 71 
ROTEIRO – SISTEMA CARDIOVASCULAR ...................................................................... 71 
MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS ............................................................................ 80 
ROTEIRO – SISTEMA URINÁRIO ....................................................................................... 80 
 
 
 
 
3 
 
CONTEÚDOS 
( ) Introdução ao Estudo da Anatomia 
( ) Introdução ao Sistema Nervoso 
( ) Sistema Reprodutor Masculino 
( ) Sistema Reprodutor Feminino 
( ) Sistema Digestório 
( ) Sistema Esquelético 
( ) Sistema Articular 
( ) Sistema Muscular 
( ) Sistema Cardiovascular 
( ) Circulação 
( ) Sistema Respiratório 
( ) Sistema Urinário 
 
 
4 
 
MÓDULO I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MEDICINA 
ROTEIRO – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA 
 
 
o Terminologia anatômica; 
Linguagem internacional obtida em consenso através da qual opera a anatomia. É 
expressa em latim e traduzida para cada língua. Seu objetivo é uniformizar o estudo da 
anatomia. 
 
o Posição anatômica; 
O indivíduo em posição ortostática com os membros estendidos, palmas e dedos dos pés 
voltados para frente. 
 
o Métodos de estudo em Anatomia: 
*Injeção/corrosão  esse método viabiliza preservar algumas estruturas e remover os 
tecidos adjacentes. Um exemplo do uso é para preservar a vascularização, injetando-se 
material resistente (resinas) na vasculatura, e corroendo o tecido ao redor. 
*Diafanização  Preserva os ossos e tecidos conjuntivos, desmancha a musculatura. 
*Plastinação  Retirada dos líquidos corporais e substituição por resinas elásticas ou 
outros materiais. 
*Computação gráfica 
*Metodologia ativa  A anatomia pode ser estudada em seu componente teórico 
através de livros-texto acompanhados de atlas, e pela observação da estrutura em cadáveres 
(por dissecação ou simples observação). 
 
o Planos de delimitação e de secção; 
Delimitação  Anterior e posterior, superior (cranial) e inferior (caudal), além dos 
laterais direito e esquerdo 
Secção  Frontal (coronal), mediano (sagital), paramediano (parassagital), transversal. 
 
5 
 
o Princípios de construção corpórea; 
Antimeria  O plano mediano divide o indivíduo em antímeros direito e esquerdo. 
Metameria  Sobreposição de estruturas em camadas (sobreposição de estruturas 
semelhantes) 
*Tanto a antimeria quanto a metameria são evidentes na vida embrionária, não sendo 
restritas na vida adulta (nem todas as estruturas possuem correspondência bilateral ou são 
sobrepostas a outras semelhantes. Um exemplo de sobreposição é a coluna vertebral). 
Estratificação  O corpo é constituído em camadas, a citar: camadas do abdome  
pele, tela subcutânea... 
Paquimeria  Descrevem-se os paquímeros ventral (visceral), que são as cavidades do 
corpo e compreende as vísceras e dorsal (neural), sendo este a cavidade craniana e o canal 
medular. 
 
o Termos de posição e direção; 
Pares de termos: 
- Anterior/Posterior 
- Superior/Inferior 
- Cranial/Caudal 
- Superficial/Profundo 
- Medial/Lateral/Intermédio 
- Interno/Externo 
- Proximal/Distal 
Outros: Médio, Direito, Esquerdo, Coronal, Mediano, Sagital, Rostral, Apical, Basal, 
Basilar, Transverso, Transversal, Luminal, 
 
 
 
 
o Diferenciar AnatomiaSistêmica/descritiva de Anatomia 
Topográfica/cirúrgica 
Anatomia sistêmica diz respeito ao estudo dos sistemas, órgãos correlacionados 
funcionalmente, como o sistema cardiovascular, que compreende o coração e os vasos com 
a função comum de circulação. A anatomia topográfica é o estudo das estruturas que se 
correlacionam por posição. Ex: anatomia topográfica do tórax compreende os sistemas 
cardiovascular, respiratório, linfático, esquelético e tegumentar que se relacionam por sua 
posição no tórax. 
 
o Conceituar Normal, Variação, Anomalia e Monstruosidade 
Normal  Forma da estrutura vista em mais da metade dos objetos estudados. 
6 
 
Variação  Formas da estrutura que divergem do normal mas não oferecem prejuízo à 
função. 
Anomalia  Forma da estrutura que diverge do normal e oferece prejuízo à função. 
Monstruosidade  Forma da estrutura incompatível com a vida. 
Existem fatores que promovem variações, como a idade, biótipo, raça... 
 
o Conceituar Posição Anatômica 
O indivíduo em posição ortostática com os membros estendidos, palmas e dedos dos pés 
voltados para frente. 
 
 
o Identificar Planos de delimitação 
 
*Anterior/ventral 
*Posterior/dorsal 
*Superior/cranial 
*Inferior/podálico ou caudal 
*Lateral esquerdo/Lateral direito 
*Normas frontal, occipital, lateral e basal 
*Proximal e Distal 
*Vestibular, Lingual/Palatina, Mesial e Distal 
 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO 
SNC E SNP: 
 O Sistema nervoso é o sistema que controla e coordena todas as funções orgânicas do 
indivíduo, além de receber, processar e responder a estímulos ambientais (externos) e realizar 
fenômenos como pensamento, comunicação e memória. 
 Sua divisão topográfico-funcional básica compreende a sua categorização em Sistema 
Nervoso Central – contido no esqueleto axial – e Sistema Nervoso Periférico – o que se 
encontra fora do esqueleto axial. Notar que embora as raízes dos nervos penetram na caixa 
craniana e canal vertebral, mas fazem parte do sistema nervoso periférico. 
 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL  Encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e 
medula espinal. 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO  Nervos, gânglios e terminações nervosas. 
7 
 
 
 
 
Medula Espinal 
 
A medula espinal é o órgão mais simples do SNC, no 
qual o tubo neural sofreu menos modificações ao longo do 
desenvolvimento. Ela tem como limite superior o bulbo, e 
inferiormente termina em uma afunilação, o cone medular, 
sendo contínua com um filamento de meninges, o filamento 
terminal. Seu limite caudal no adulto é na altura aproximada 
de L2. 
A medula não possui calibre uniforme, pois apresenta 
duas intumescências, a cervical e a lombossacral. Essas 
intumescências correspondem às áreas onde as grossas raízes 
nervosas que formam os plexos braquial e lombossacral 
fazem conexão com a medula. 
Na medula, a substânciacinzenta (corpos de 
neurônios) é central, e a branca (células da glia e axônios 
mielínicos) é periférica. 
 
SISTEMA 
NERVOSO
CENTRAL
ENCÉFALO
CÉREBRO
TELENCÉFALO
DIENCÉFALO
TRONCO 
ENCEFÁLICO
MESENCÉFALO
PONTE
BULBO
CEREBELO
MEDULA 
ESPINAL
PERIFÉRICO
NERVOS
GÂNGLIOS
TERMINAÇÕES 
NERVOSAS
8 
 
Mesencéfalo: 
Porção mais cranial do tronco encefálico. Algumas fibras oriundas da ponte penetram 
cranialmente no mesencéfalo para alcançar o diencéfalo, formando os pedúnculos cerebrais. 
 
O cérebro se divide em dois hemisférios (hemisfério cerebral direito e esquerdo) pela 
fissura longitudinal do cérebro. Esses hemisférios são unidos por uma faixa de fibras 
denominada corpo caloso. 
 
Telencéfalo 
No telencéfalo, podemos 
determinar 5 lobos separados por dois 
sulcos principais – o sulco central e o 
sulco lateral, determinando os lobos 
fontal, parietal, occiptal e temporal. 
Além desses, profundamente ao sulco 
lateral existe o quinto lobo, o lobo da 
ínsula, que diferente dos demais não 
possui relação com os ossos do crânio. 
Os sulcos determinam os giros 
cerebrais, sendo conveniente conhecer os giros pré e pós-central. 
No cérebro, diferentemente da medula espinal, a substância cinzenta é periférica, 
enquanto a branca é central. 
 
 Cerebelo: 
O cerebelo possui funções motoras, de 
equilíbrio e de aprendizagem de habilidades. É 
ligado ao tronco encefálico pelos pedúnculos 
cerebelares (sobretudo o médio). Possui o verme 
do cerebelo, porção média ligada a dois 
hemisférios. Sulcos na sua superfície determinam 
as folhas do cerebelo, e os sulcos mais 
pronunciados determinam os lóbulos, os quais 
contém várias folhas. É dividido em duas porções: 
9 
 
o córtex cerebelar e a porção medular (árvore da vida). 
 
Meninges 
Dura-máter – meninge mais externa. No crânio, seu folheto externo se adere aos ossos, 
comportando-se como periósteo dos mesmos (mas sem capacidade osteogênica). Isso significa 
que o espaço epidural no crânio só existe quando há extravazamentos na interface dura-máter-
osso, como nos traumas que geram hematoma epidural. 
Aracnóide – se separa da dura-máter pelo espaço subdural, que contém um líquido 
apenas suficiente para a interface das meninges. Separa-se da pia-máter pelo espaço 
subaracnóideo, que contém o líquor. A ligação da aracnóide com a pia-máter se dá através das 
trabéculas aracnóideas, projeções que se assemelham ao aspecto de teias de aranha. 
Pia-máter – Mais íntima, firmemente aderida à superfície encefálica, acompanhando o 
relevo do mesmo até o fundo dos sulcos cerebrais. 
 
Ventrículos: Cavidades revestidas de epêndima que contém o liquor. 
Laterais  1° e 2° 
Médio (na linha média do cérebro) entre o tálamo direito e o esquerdo  3° 
A nível do cerebelo  4° 
São conectados por sistemas de aquedutos. 
 
No interior dos ventrículos há o plexo coróide, estrutura vascular sem barreira 
hematoencefálica revestida de epitélio cúbico, responsável pela produção do maior volume de 
líquor. 
 
 
MÓDULO II – CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
ROTEIRO – PELVE, PERÍINEO E SISTEMA REPRODUTOR 
MASCULINO 
 
Ambos os sistemas reprodutores possuem em comum a sua localização. Os órgãos 
reprodutores internos de ambos os sexos se localizam na cavidade pélvica. 
10 
 
A pelve é delimitada pelos ossos do cíngulo do membro inferior, a saber: ílio, ísquio e 
púbis, com fechamento adicional e sustentação promovidos pelo sacro e cóccix (partes do 
esqueleto axial). 
A pelve óssea delimita dois espaços: a pelve maior e a pelve menor. 
Para delimitarmos as cavidades pélvicas, utiliza-se da linha terminal, que vai do 
promontório, ao longo da linha arqueada (projeção óssea que divide o ílio em corpo e asa) e 
linha pectínea até a margem superior da sínfise púbica. Dessa forma, acima dessa linha, entre as 
asas do ílio, situa-se a pelve maior, a qual contém vísceras abdominais inferiores. Abaixo dessa 
linha, situa-se a pelve menor, a qual contém vísceras pélvicas propriamente ditas. 
Também aceita-se a denominação pelve falsa – para a maior – e pelve verdadeira – para 
a menor. 
Das funções do esqueleto pélvico relacionadas à reprodução, podemos citar – 
sustentação das vísceras reprodutivas, fixação dos músculos que compõem o assoalho pélvico, 
fixação dos corpos eréteis dos órgãos externos e sustentação do útero grávido. 
 
 A pelve verdadeira descreve duas aberturas – uma superior, ao longo da linha terminal e 
uma inferior, entre o cóccix, os túberes isquiáticos e os ramos inferiores dos púbis. 
 Existem algumas diferenças morfológicas entre as pelves masculina e feminina, sendo 
correlacionadas à estrutura física de cada sexo e a própria função reprodutiva (a feminina 
constitui o canal de parto). 
11 
 
 
Inferior à cavidade pélvica, situa-se o períneo, uma estrutura musculofascial entre o 
ânus e os órgãos genitais. É a parte mais inferior da cavidade pélvica (mais superficial). 
O períneo se divide em dois trígonos: urogenital e anal. O trígono anal é composto 
apenas pelo músculo esfíncter externo do ânus, enquanto o trígono urogenital pode ser dividido 
em dois espaços pela membrana do períneo (fáscia abaixo do m. transverso profundo do 
períneo, dividindo em espaços superficial e profundo do períneo). 
O espaço superficial é semelhante nos dois sexos, sendo constituído do músculo 
transverso superficial do períneo, músculo bulboesponjoso e músculo isquiocavernoso. 
Já no espaço profundo, existe distinção entre os sexos, sendo que no homem há os 
músculos transverso profundo do períneo e esfíncter externo da uretra, enquanto na mulher há o 
m. esfíncter externo da uretra, m. uretrovaginal e m. compressor da uretra. 
 
 
 
ESPAÇO SUPERFICIAL 
MASCULINO FEMININO 
m. transverso superficial m. transverso superficial 
m. isquiocavernoso m. isquiocavernoso 
m. bulboesponjoso m. bulboesponjoso 
 
ESPAÇO PROFUNDO 
m. transverso profundo m. compressor da uretra 
m. esfíncter externo da uretra m. esfíncter externo da uretra 
 m. uretrovaginal 
 
12 
 
 
 
 
 Ainda, existe uma lâmina de tecidos elásticos entre o reto e a vagina na mulher ou entre 
a uretra e a fáscia dos músculos perineais, sendo ligada ou à próstata ou à vagina, a qual 
chamamos de corpo do períneo. 
 Profundamente a essa estrutura de períneo, temos o diafragma da pelve, composto pelos 
músculos levantador do ânus (divisível íliococcígeo, puborretal e pubococcígeo) e 
ísquiococcígeo (ou m.coccígeo). O fechamento adicional da pelve é provido pelos músculos 
piriforme e obturador interno. 
 Sabe-se que enquanto a pelve verdadeira comporta vísceras pélvicas propriamente ditas, 
a pelve falsa recobre vísceras abdominais. Implica-se, portanto, que entre os espaços da pelve 
exista a passagem do peritônio, acompanhando as estruturas abdominais. O peritônio ao recair 
sobre a pelve e ser refletido produz escavações, compondo o recesso peritoneal que determina a 
porção mais profunda da cavidade peritoneal. No homem, está presente a escavação retovesical, 
situada entre a bexiga urinária e o reto. Na mulher, o útero se interpõe entre o reto e a bexiga, e 
delimitam-se duas escavações: retouterina e uterovesical, sendo esta mais profunda. 
13 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
 
 O sistema reprodutor masculino tem a função de produção gamética, condução ao meio 
externo, realização do coito e proporcionar prazer. Além disso, algumas estruturas reprodutivas 
são comuns ao sistema urinário. 
 O órgão que possui a função de espermatogênese é o testículo, a gônada masculina. É 
uma estrutura que possui cerca de 5cm de comprimento, apresentando formado aproximado de 
uma amêndoa. Identificamos, anatomicamente, dois pólos (superior e inferior), duas faces 
(lateral e medial) e duas margens (anterior e posterior). 
 O testículo é composto por canalículos seminíferos denominados túbulos seminíferos, 
que descrevem duas morfologias –túbulos 
seminíferos contorcidos e túbulos seminíferos 
retos. Os túbulos seminíferos contorcidos 
formam os lóbulos, enquanto os retos realizam a 
transição dos contorcidos à rede do testículo, 
uma rede de canalículos no mediastino 
testicular (uma projeção de tecido conjuntivo). 
 O tecido tem seu parênquima 
intimamente envolvido pela túnica albugínea, 
cápsula de tecido conectivo que se projeta para 
seu interior, formando os séptulos do testículo, 
os quais são morfologicamente uma rede de 
tecido conectivo irradiada da túnica albugínea 
(na periferia) em direção ao mediastino do 
testículo. O parênquima entre os séptulos é o lóbulo. 
 O testículo está suspenso em uma bolsa de pele (escroto) externo às cavidades do corpo 
(para fins de manutenção de uma temperatura adequada à gametogênese. 
 Seguindo-se o caminho do espermatozóide, a próxima estrutura são os dúctulos 
eferentes do testículo, canalículos que ligam a rede testicular ao ducto do epidídimo. 
 O epidídimo é um órgão responsável pela maturação e reserva dos espermatozóides. 
Fixa-se postero-medialmente ao mediastino do testículo, e é composto por um ducto altamente 
enovelado que se direciona inferiormente, até sofrer uma flexão superior, ficando mais calibroso 
para ser contínuo (imediatamente na flexão) com o ducto deferente. 
 O epidídimo é composto de cabeça, corpo e cauda, formados pelo ducto do epidídimo. 
14 
 
 O epidídimo é contínuo com o ducto deferente, um tubo condutor que leva os 
espermatozóides à uretra. O ducto deferente possui partes escrotal, funicular, inguinal, pélvica 
e ampola. 
 
 O ducto deferente, seus vasos e nervos acompanhantes e os revestimentos para essas 
estruturas formam o funículo espermático. Esse funículo é composto da fáscia espermática 
externa, m. cremáster, fáscia cremastérica, fáscia espermática interna e vestígios do 
processo vaginal do peritônio. 
 Embora os envoltórios funicular e testicular tenham a mesma derivação do abdome, e 
compartilhem algumas estruturas, o testículo ainda possui algumas diferenças. De superficial a 
profundo, os revestimentos testiculares são: pele, túnica muscular de Dartos, fáscia 
espermática externa, músculo cremáster, fáscia cremastérica, fáscia espermática interna, 
túnica vaginal (lâminas parietal e visceral) e túnica albugínea. 
 A derivação das estruturas abdominais (parede anterior) é a seguinte: 
 
abdome testículo 
pele pele 
tela subcutânea túnica dartos 
m. oblíquo externo do abdome + fáscia fáscia espermática externa 
m. oblíquo interno do abdome m. cremáster 
fáscia do oblíquo interno fáscia cremastérica 
músculo transverso 
fáscia transversal fáscia espermática interna 
peritônio túnica vaginal 
 
15 
 
 
 
O ducto deferente (mais especificamente, a ampola do ducto) une-se ao ducto eferente 
da glândula seminal para formar o curto ducto ejaculatório, que desemboca na uretra 
prostática. 
A glândula seminal é um tubo enovelado de cerca de 5cm de comprimento, que produz 
um fluido viscoso que compõe cerca de 80% do líquido seminal. Esse fluido é rico em frutose, 
prostaglandinas e vitamina C. 
Essas glândulas (um par) são pequenos órgãos de paredes delgadas situadas na parte 
posterior da bexiga. 
O ducto ejaculatório, então, penetra na uretra prostática. A uretra masculina é comum 
aos sistemas urinário e reprodutor. Possui partes intramural (exclusiva do urinário), prostática 
(proximal e distal), membranácea e esponjosa, além da fossa navicular. 
No local onde ocorre o óstio do ducto ejaculatório, o ducto produz uma elevação, 
denominada colículo seminal. O colículo é um local de desembocadura comum aos ductos 
ejaculatórios e, nos sulcos laterais do colículo (seio prostático), dos dúctulos prostáticos. 
Ainda, no colículo há o óstio do utrículo 
seminal, estrutura remanescente do ducto de 
Müller. 
A próstata, glândula de superfície lisa 
inferior à bexiga urinária, atravessada pela 
uretra, possui uma base aderida ao fundo da 
bexiga, uma parte proximal (póstero-
superior) palpável, uma parte distal (póstero-
inferior) e um ápice (ântero-inferior). 
Produz um fluido alcalino rico em 
antígeno prostático específico, que ajuda a 
neutralizar o pH ácido do sistema reprodutor 
feminino. 
16 
 
Na uretra esponjosa desembocam os ductos das glândulas bulbouretrais, situadas a nível 
do bulbo do pênis, que produzem e secretam um fluido lubrificante. 
O pênis, atravessado pela uretra esponjosa, constitui-se de uma raiz e um corpo. Sendo 
raiz a parte fixada no púbis, e corpo a parte entre a raiz e a glande. A raiz é composta dos ramos 
do pênis, contínuo com os corpos cavernosos e o bulbo, contínuo com o corpo esponjoso. O 
corpo esponjoso, por sua vez, é o tecido erétil que circunda a uretra e acaba em uma 
extremidade dilatada, a glande, na qual há o óstio externo da uretra. 
O pênis é coberto pelo prepúcio, fixado a ele pelo frênulo do pênis. 
 
O pênis também possui um dorso, face superior achatada e uma face uretral. 
A margem posterior da glande é a coroa. 
Ainda, observa-se uma sutura cutânea mediana no pênis, a rafe. 
 
 
MÓDULO II – CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO 
ROTEIRO – SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
 
 É composto pela gônada feminina (os ovários), tubas uterinas, útero, canal vaginal, 
clitóris e genitália externa (pudendo) ou vulva. 
 Tal como o sistema reprodutor masculino, o feminino tem contato com o peritônio, que 
é refletido em duas escavações: retouterina e uterovesical. 
 No caso do sistema feminino, o contato do peritônio com o sistema produz uma 
estrutura ligamentar, o ligamento largo do útero, que de acordo com a estrutura relacionada é 
dividido em mesométrio, mesossalpinge e mesovário. 
 O ovário, responsável pela produção e maturação do gameta feminino, é uma estrutura 
bilateral (par), intraperitoneal situada na fossa ovárica. Mede cerca de 2.5 a 4.5cm de 
comprimento e 0.5 a 1 cm de espessura. Seu eixo longitudinal na posição anatômica é vertical. 
 Podemos observar uma estrutura que recebe um feixe vascular, denominada hilo do 
ovário. Identificam-se duas faces, a medial e a lateral, além das margens livre (oposta ao 
ligamento largo e hilo), uma margem mesovárica, voltada para o ligamento largo. Ainda, 
possui duas extremidades – uma uterina e uma tubária. 
17 
 
 O ovário é suspenso pelo ligamento suspensor do ovário, e se prende ao útero pelo 
ligamento útero-ovárico). 
 
 Já a tuba uterina é uma estrutura tubular de ligação onde ocorre a fecundação do 
ovócito a óvulo, e a condução do óvulo ao útero. Possui cerca de 10cm de comprimento. 
É dividida em algumas partes – a saber: infundíbulo, seu início afunilado que termina 
nas fímbrias da tuba uterina (apêndices em forma de franja no infundíbulo). Uma dessas 
fímbrias é mais longa e assegura o contato com o ovário, sendo chamada de fímbria ovárica. A 
próxima parte em sentido ovário-útero é a ampola, parte dilatada que sofre progressiva 
constrição do lúmen. É o local onde ocorre a fecundação. O istmo é uma porção estreitada, 
compondo o terço medial da tuba. Por fim, a parte uterina é a parte intramural da tuba. Ela se 
abre na cavidade uterina através do óstio uterino da tuba uterina. Seu outro orifício se abre 
para a cavidade abdominal, sendo denominado óstio abdominal da tuba uterina. 
O útero é um órgão piriforme, com cerca de 7.5cm de comprimento. Está apoiado sobre 
a bexiga urinária. É dividido anatomicamente em 3 camadas, perimétrio (revestimento 
peritoneal), miométrio, sua parede muscular altamente desenvolvida e endométrio, seu 
revestimento interno (mucosa). 
Possui como partes o colo, terço inferior cilíndrico, o qual contém um istmo (transição 
para o corpo), um óstio histológico (a partir de onde o endométrio não se submete ao ciclo 
menstrual) e um óstio anatômico, a partir do qual o lúmen plano do corpo se torna cilíndrico. 
Em comparação, o óstio anatômico é mais superior,o istmo médio e o óstio histológico mais 
inferior. 
O útero se abre para a vagina através do óstio do útero. 
O corpo do útero é a parte entre o istmo e o fundo. O fundo define-se como a cúpula do 
útero, acima da desembocadura das tubas, região que recebe o nome de corno do útero, uma 
expansão alongada. 
18 
 
Ainda, observam-se pregas em formato de folha de palmeira, que convergem 
inferiormente no canal do colo do útero, recebendo o nome de pregas palmadas. 
Como ligamentos, além do largo, observam-se o ligamento redondo do útero, 
derivado da prega gonadal caudal, estendendo-se da angulação da tuba uterina através do canal 
inguinal ao lábio maior do pudendo. 
O útero também se prende através do paracolo, sobretudo sua porção espessada, o 
ligamento transverso do colo. Ainda, através do ligamento pubocervical, prendendo as 
estruturas à parte inferior da sínfise púbica. 
 
 
 A vagina é um tubo fibromuscular achatado frontalmente de cerca de 10cm de 
comprimento, normalmente colabado, que comunica o sistema ao meio externo através do óstio 
da vagina à genitália externa. 
 No contato com o colo do útero, a vagina produz uma cúpula denominada fórnice da 
vagina, o qual compreende uma parte anterior, uma parte posterior e uma parte lateral. Ao 
longo da vagina, existem pregas transversais na mucosa, as rugas vaginais. 
 
19 
 
 Uma prega mucosa virginal – o hímen - divide a vagina em canal vaginal e seu intróito, 
o vestíbulo da vagina, e o oclui parcialmente. O vestíbulo é local de desembocadura (entre os 
lábios menores) comum da vagina e uretra, além das glândulas vestibulares. 
 O pudendo feminino, ou vulva é conjunto de suas genitálias externas é composto por: 
monte do púbis, lábios maiores e menores, rima e clitóris, além de ser a região que compreende 
os óstios: óstio externo da uretra e óstio da vagina. 
 O monte do púbis compreende a região cutânea pilosa com gordura subjacente 
anterior e superior à sínfese púbica. Do monte do púbis ao períneo, existe uma saliência cutânea 
pilosa continua externamente, longitudinal, com tecido adiposo subjacente, os lábios maiores 
do pudendo, limitando a rima do pudendo. 
Existe uma outra prega de tecido cutâneo provida de glândulas sebáceas, sem pelos ou 
tecido adiposo, os lábios menores, que descrevem o vestíbulo da vagina. Na região vestibular 
desembocam os óstios (externo da uretra e vaginal). 
Na extremidade anterior dos lábios menores situa-se o órgão erétil da vulva, o clitóris. 
Possui dois ramos (internamente) que se unem para formar o corpo do clitóris. Analogamente 
ao pênis, o corpo do clitóris sofre uma dilatação terminal denominada glande do clitóris. 
Nas raízes dos lábios menores existe uma porção erétil (que correspondem ao corpo 
esponjoso masculino), denominada bulbo do vestíbulo. 
Nessa região existe uma uma glândula, a glândula vestibular maior (ou glândula de 
Bartholin). Situa-se na extremidade posterior do bulbo do vestíbulo. Seu produto de secreção é 
um fluido lubrificante. Outras glândulas vestibulares menores situam-se nas proximidades do 
óstio externo da uretra. 
 
 
MÓDULO III – METABOLISMO 
ROTEIRO – SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
Os órgãos que compõe o sistema digestório estão localizados na cabeça, pescoço, tórax, 
abdome e pelve. Constitui-se como um tubo contínuo cuja “origem” seria a boca e o “final” o 
canal anal, além de conter as glândulas anexas. 
Fisiologicamente, as funções do sistema seriam a quebra dos diferentes nutrientes e sua 
absorção (nutrição), formação do bolo fecal, e os processos metabólicos no geral, bem como sua 
regulação endócrina. 
O início do tubo digestivo é a cavidade oral. Relacionando-se a ela, temos os ossos do 
crânio, sobretudo a maxila e a mandíbula. É imprescindível conhecer os processos mentual 
(queixo), espinha geniana (na face interna da mandíbula), estilóide e o osso hióide, o qual se 
situa no pescoço. 
20 
 
 
O osso hióide não possui fixação, sendo esta somente ligamentar. Entretanto, é fixação 
para inúmeros músculos. 
Além disso, os processos alveolares da maxila e da mandíbula são a sustentação dos 
dentes da arcada superior e inferior, respectivamente. 
Na parte muscular da face, ressalta-se o músculo orbicular da boca, com função de 
fechá-la e auxiliar na fala, o qual circunda o espaço que é superficialmente descrito como 
lábios, delimitados supero-lateralmente pelo sulco nasolabial, inferiormente pelo sulco 
mentolabial. Então, define-se a região de lábio como a superposta ao músculo orbicular da boca. 
Alguns outros músculos da face se encontram na parte lateral do orbicular da boca, 
sendo estes o abaixador e o levantador do ângulo da boca, o zigomático maior, etc. Ao 
encontro desses músculos nessa parte lateral do orbicular da boca denominamos ângulo da 
boca. Comissura labial, então é a transição do lábio superior ao inferior, e ocorre na parte 
vermelha do lábio. Além desses músculos, temos ainda os da mastigação, que são o m. 
temporal, situado sobre o osso temporal, o m. masseter mais superficial em relação ao 
bucinador, na bochecha. 
21 
 
 
O bucinador não participa da mastigação, mas constitui um limite muscular lateral da 
cavidade oral. Entre o masseter e o bucinador, temos um preenchimento de tecido adiposo 
denominado corpo adiposo da bochecha. 
Os músculos pterigóideo lateral e medial, por sua vez, atuam na lateralização da 
mandíbula durante a mastigação. 
 
 
22 
 
LIMITES DA CAVIDADE ORAL 
ANTERIOR: Dentes, lábios 
LATERAL: Bochecha 
SUPERIOR: Palatos 
POSTERIOR: Faringe 
INFERIOR: Assoalho da Boca 
 
Os dois lábios, quando fechados, encostando-se, ocluem a cavidade oral, descrevendo a 
rima da boca. O espaço entre a face posterior dos lábios e os dentes é denominado vestíbulo 
da boca. Os lábios, tanto o inferior quando o superior são presos à gengiva por uma pequena 
prega denominada frênulo. 
Na pele, entre o nariz e a boca temos o filtro. No encontro do mesmo com o lábio, 
denota-se uma pequena elevação, denominada tubérculo. 
Na face interior da bochecha (face oral), podemos notar ainda a papila do ducto 
parotídeo e seu óstio, situados na altura do 2° dente molar superior. 
 Entre os arcos dentais, os lábios e as bochechas descreve-se o vestíbulo da boca. 
Posteriormente aos arcos – até o limite posterior (faringe), descreve-se a cavidade própria da 
boca. Ao conjunto de ambos chamamos de cavidade oral. 
 Essa separação se dá pelos arcos dentários. Seu esqueleto básico são os processos 
alveolares da maxila e mandíbula, além dos dentes, dividindo-se em conjunto superior e 
inferior. Apresentam-se como 8 incisivos (4 superiores, 4 inferiores, sendo 2 esquerdos e 2 
direitos de cada conjunto), 4 caninos, 8 pré-molares, 12 molares. Descrevendo apenas um lado 
de um dos arcos teríamos: 2 incisivos, 1 canino, 2 pré-molares e 3 molares. 
 
Ainda, destaca-se o dente serotino, o terceiro molar. 
Os dentes compõem-se de coroa, colo e raiz. Coroa é a parte acima da gengiva, colo é a 
parte no limite entre o esmalte e o cemento, e raiz é a parte abaixo da margem gengival. 
Observam-se, nos dentes, as faces oclusal, vestibular, bucal, labial, lingual, palatal, 
mesial, distal, aproximal. 
 A estrutura óssea da cavidade bucal, sobretudo na cavidade própria da boca contribui 
para a formação do seu teto – o palato. O palato, segundo sua constituição, se divide em duro e 
mole, sendo o duro a parte óssea, formada pelo processo palatino da maxila e a lâmina 
horizontal do osso palatino. Posteriormente, em continuidade com essa estrutura óssea, existe 
uma estrutura muscular coberta por mucosa, o palato mole. Ele é formado pelo véu palatino 
(músculo levantador do véu palatino e músculo tensor do véu palatino), além do músculo da 
úvula. 
23 
 
 Na transição para a faringe, ainda na região do palato, descrevem-se dois músculos que 
o tem como origem: músculo palatoglosso (I: língua) e palatofaríngeo (I: faringe).Esses 
músculos descrevem arcos (a saber, arcos palatoglosso e palatofaríngeo) quando cobertos por 
mucosa. E delimitam a fossa tonsilar, espaço no qual se insere a tonsila palatina. 
 
Na região palatina anterior, existem as pregas palatinas transversas, que auxiliam o 
processo mastigatório. Ainda, no palato, identifica-se uma crista mucosa mediana na união dos 
processos palatinos da maxila direita e esquerda, a rafe do palato. Na sua extremidade anterior, 
uma elevação mucosa sobre o forame incisivo, a papila incisiva. 
O assoalho da cavidade oral é composto pelos músculos gênio-hióideo, mais 
profundamente, o milo-hióideo, intermediário e o digástrico, sobretudo seu ventre anterior, 
mais superficialmente. 
 
24 
 
Ainda, identificam-se os músculos da mastigação, o temporal, o masseter, e os 
pterigóideos medial e lateral. 
A língua é o principal órgão gustativo, rica em papilas gustativas. Tem composição 
quase completamente muscular. Dividimos os músculos que a compõem/participam de seus 
movimentos em intrínsecos e extrínsecos. Os intrínsecos formam efetivamente sua estrutura, e 
os extrínsecos contribuem para estrutura e movimentos. 
Os músculos intrínsecos da língua são o vertical, longitudinais superior e inferior, e o 
transversal da língua. 
 
Já quando falamos de extrínsecos (origem fora da língua), citamos o estiloglosso (O: 
processo estiloide), hioglosso (O: osso hióide), genioglosso (O: espinha geniana) e palatoglosso 
(O: palato) [DEPENDE DO AUTOR QUE O CONSIDERA EXTRÍNSECO DA LÍNGUA]. 
 
A língua enquanto órgão possui raiz, corpo e ápice, além de se determinarem duas 
faces: dorso (região das papilas) e face inferior. Dois sulcos são identificáveis, o sulco mediano 
da língua e o sulco terminal, partindo bilateralmente do forame cego (remanescende 
embriológico do ducto tireoglosso – primórdio da glândula tireoide) divide a região de papilas 
(corpo e ápice) da tonsila lingual. As papilas gustativas se diferenciam entre si, descrevendo-se 
os tipos: folhadas, circunvaladas, filiformes e fungiformes. 
Na face inferior da língua, identificamos o frênulo da língua e a prega franjada (em 
forma de dente de serra, lateral ao frênulo). 
25 
 
Na transição da cavidade oral para a faringe, existe um espaço descrito entre o palato 
mole, arcos palatinos e dorso da língua, denominado fauces. O espaço entre os arcos palatinos 
direito e esquerdo é o istmo das fauces. 
Nesse local, entre os arcos palatinos, existe o recesso no qual a tonsila palatina se 
insere, a fossa tonsilar. 
Na boca, ainda identificam-se as glândulas salivares. As menores recebem o nome 
conforme o local onde estão dispostas, podendo ser labiais, palatinas, linguais, molares e da 
bochecha. 
As maiores existem em três pares – parótida (seu ducto desemboca na altura do 2° 
molar, através da papila do ducto parotídeo e seu óstio), as sublinguais (que desembocam ao 
longo da face inferior da língua, e com o ducto maior acompanhando o ducto da 
submandibular). As glândulas submandibulares desembocam na carúncula sublingual, 
elevação lateral aos frênulos. 
A faringe é um órgão muscular de passagem para ar e alimento, que se estende do 
fórnice da faringe ao esôfago, e possui uma parte nasal (nasofaringe), oral (orofaringe) e em 
contato com a laringe (laringofaringe). 
Os músculos que a compõem podem ser de dois tipos: levantadores (com as fibras 
longitudinalmente dispostas) e constritores (transversalmente dispostas). Os músculos 
levantadores são o salpingofaríngeo (O: óstio faríngeo da tuba auditiva), estilofaríngeo (O: 
processo estilóide) e palatofaríngeo (O: palato), enquanto que os constritores são o superior, o 
médio e o inferior. 
 
Da parte cricofaríngea do m. constritor inferior da faringe, inicia-se o esôfago (são 
estruturas contínuas). Essa parte provide a constrição faringoesofágica. A comunicação com o 
sistema respiratório se dá através da laringofaringe. Nessa região, a raiz da língua forma com a 
epiglote a valécula epiglótica, uma pequena depressão. Além disso, pregas partem da língua 
para a epiglote, sendo duas laterais e uma mediana – as pregas glossoepiglóticas. 
Ainda, na faringe, está presente o óstio faríngeo da tuba auditiva, o qual emerge de 
uma elevação provocada pelo recobrimento cartilagíneo da tuba, o toro tubário. 
O esôfago, que conduz através de peristalse o conteúdo alimentício da faringe ao 
estômago possui as partes cervical, torácica e abdominal, e são presentes as constrições 
faringoesofágica, broncoaórtica e diafragmática. A porção abdominal do esôfago é a menor, 
pois logo sofre uma curvatura e penetra na região da cárdia. 
26 
 
A cárdia é a região de desembocadura do esôfago no estômago. Ao penetrar no 
estomago, o esôfago sofre uma incisura, a incisura cárdica. O estômago é um órgão 
bolsiforme, com paredes anterior e posterior. Nele se identificam um fundo, sua parte cupular 
subdiafragmática, um corpo, limitado pela cárdia e fundo superiormente e pela parte pilórica 
inferiormente, um canal, uma incisura angular, duas curvaturas: uma maior e uma menor, 
pregas na sua mucosa, uma parte pilórica, um antro pilórico, um canal pilórico e o piloro, 
extremidade distal com musculatura reforçada. 
 
No intestino delgado, existem três divisões anatômicas – duodeno, jejuno e íleo. O 
duodeno é a parte que vai do piloro à junção duodenojejunal, descrevendo um “c”, possuindo 
cerca de 30cm. 
Possui uma parte superior inicial, uma flexura superior, uma parte descendente, 
separada pela flexura inferior da parte horizontal – que ascende (parte ascendente) para ser 
contínua com o jejuno na junção duodenojejunal (marcada pela flexura duodenojejunal). 
No duodeno, os ductos colédoco e pancreático principal desembocam na papila maior 
do duodeno enquanto o pancreático acessório desemboca na papila menor do duodeno. 
 
27 
 
O jejuno, contínuo com o duodeno, possui cerca de 2.5m de comprimento, sem muita 
distinção anatômica, exceto algumas modificações ao longo de sua transformação em ílio. 
 
Essas modificações incluem mudanças em seu mesentério, desaparecimento de suas 
pregas circulares, aparecimento das placas de Peyer... 
O ílio, parte distal do intestino delgado, mede cerca de 3.5m, e desemboca no ceco 
através da papila ileal, na qual se abre o óstio ileal. Abaixo dessa região, no ceco, existe o 
apêndice vermiforme, com tecido linfóide. 
 
O íleo divide o intestino grosso em duas regiões básicas – aquela abaixo de sua 
desembocadora, denominada ceco e aquela acima, denominada colo, a qual vai até o reto. 
O colo pode ser dividido em ascendente (à direita), transverso, descendente e 
sigmóide. O colo ascendente é separado do transverso pela flexura direita do colo (ou 
hepática)¸ e o colo transverso se separa do descendente pela flexura esquerda do colo (ou 
esplênica). Já o colo sigmóide é a porção entre o descendente e reto, intraperitoneal que 
descreve uma forma de “S”. 
O colo possui algumas pregas semilunares de contração, que descrevem as saculações, 
parte dilatada entre duas pregas semilunares. Alguns apêndices adiposos na tela subserosa são 
28 
 
denominados apêndices adiposos do colo. A camada muscular na região do colo é concentrada 
nas tênias, sendo elas: mesocólica (póstero-medial no asc e desc, no local de fixação do 
mesocolo no transverso), omental (na fixação do omento maior no transverso, póstero-lateral 
no asc e dês) e livre (entre as outras). 
O reto possui uma flexura sacral e três flexuras laterais, além de três pregas 
transversas, sendo a média (de Kohlrausch) a maior e mais constante, palpável do lado 
direito. Abaixo dessa prega, o reto sofre uma dilatação, formando a ampola do reto. O reto 
termina na junção anorretal (na flexura anorretal), sendo início da parte terminal do tubo 
digestivo, o ânus. Logo abaixo dessa região, existem pregas longitudinais, com artéria, plexo 
venoso e m. liso que ajudam a segurara coluna de fezes, as colunas anais (de Morgagni). 
Entre as colunas, formam-se recessos, os seios anais, limitados inferiormente pelas válvulas 
anais, pregas transversas. 
 
Ao final, existe o orifício inferior (ânus), envolvido pelo esfíncter externo do ânus, 
situado sobre o esfíncter interno do ânus. 
Algumas estruturas participam da digestão e de processos metabólicos, sendo 
denominadas glândulas anexas. Nessa classificação, o fígado, vesícula biliar e pâncreas se 
encaixam no sistema digestório. 
O fígado é um órgão que situa-se no hipocôndrio direito, mas invade a cavidade 
abdominal. É responsável pelo metabolismo de substâncias e produção da bile. Delimitam-se, 
no fígado, quatro lobos – direito, esquerdo, quadrado e caudado. O direito e esquerdo são 
divididos pelo ligamento falciforme. Os outros lobos são visíveis em sua face posterior. 
Superiormente, entre a veia cava, o ligamento venoso (resquício do ducto venoso) e a veia 
porta, existe o lobo caudado. Inferiormente, em contato com a vesícula biliar e o ligamento 
redondo (resquício da veia umbilical), existe o lobo quadrado. O fígado tem alto contato com 
o peritônio, exceto em sua área nua, na qual entra em contato direto com o diafragma. 
A fossa entre os lobos quadrado e caudado é denominada porta do fígado, sendo a 
região onde cursam a artéria hepática própria, a veia porta do fígado e os ductos hepáticos 
direito e esquerdo, na união com o ducto hepático comum. 
Descrevem-se, também, os ligamentos coronário (na margem da área nua) e 
triangulares (margem dos ligamentos hepatofrênico e hepatorrenal). 
 
29 
 
 
 
A vesícula biliar é uma pequena bolsa na face posterior do fígado, composta de fundo, 
corpo, infundíbulo e colo. Seu ducto imediato é o cístico, que se une ao hepático comum para 
formar o colédoco, que por sua vez se une ao pancreático principal para formar a ampola 
hepatopancreática. 
 
O pâncreas possui uma parte 
retroperitoneal, localiza-se em parte na 
concavidade duodenal a nível de L1 e L2. É 
dotado de cabeça, (com processo uncinado), 
colo, corpo e cauda. Possui os ductos 
pancreáticos principal e acessório. 
 As estruturas da cavidade abdominal são 
recobertas pelo peritônio – uma membrana serosa 
que auxilia na fixação e proteção das vísceras. 
Possui duas camadas (visceral e parietal), dentre 
as quais uma cavidade virtual – cavidade 
peritoneal com uma pequena quantidade de 
30 
 
líquido reduz o atrito para que não interfira na peristalse. Produz pregas de sustentação dos 
órgãos (mesentérios) e dobras de ligação e proteção (omentos). 
Mesentério – posterior, fixa os intestinos à parede posterior do abdome. Pode ser 
mesentério, mesoapêndice, mesocolo, mesossigmoide e mesorreto. 
Omento - anterior 
- menor – lig. Hepatogástrico e hepatoduodenal, 
- maior – 4 lâminas que se dobram e se fundem, indo sobre os intestinos e ficando 
fixado no colo transverso) 
Os órgãos podem ser intraperitoneais – revestidos por ambas lâminas peritoniais 
(suspensos) ou retroperitoneais (posteriores ao peritônio) – em contato com apenas uma das 
lâminas (duodeno – exceto a ampola – colos ascendente e descendente, reto e pâncreas). 
 
 
 
MÓDULO V – LOCOMOÇÃO 
ROTEIRO – SISTEMA ESQUELÉTICO 
1. Identificar esqueleto apendicular e axial 
31 
 
O esqueleto apendicular é aquele que forma o eixo do corpo, composto pelo crânio, coluna 
vertebral, sacro e cóccix. Já o esqueleto apendicular compreende os membros (superior e 
inferior). Os cíngulos (estruturas que unem o esqueleto axial ao apendicular) não é classificado 
como componente nem de um nem de outro por muitos autores, sendo uma estrutura a parte 
(cíngulo). 
 
2. Identificar todos os ossos do esqueleto apendicular e axial 
Esqueleto Axial 🡪 Crânio: 
Osso frontal, parietais, temporais, esfenóide, etmóide, zigomático, occiptal, maxila, 
mandíbula, nasal, lacrimal, vômer, lacrimal, palatino. 
🡪Vértebras: CI (atlas), CII (áxis), CIII, CIV, CV, CVI, CVII; TI, TII, TIII, TIV, TV, TVI, 
TVII, TVIII, TIX, TX, TXII, TXII; LI, LII, LIII, LIV, LV; 
🡪Sacro 
🡪Cóccix 
🡪Costelas e esterno 
🡪Hioide 
🡪Ossículos da audição (bigorna, martelo e estribo) 
🡪Conchas nasais inferiores 
 
Esqueleto Apendicular 🡪 
MS: Úmero, Rádio, Ulna. 
Carpais (Sentido rádio-ulnar ou medial-lateral): Escafoide, Semilunar, Piramidal, Pisiforme 
(proximais), trapézio, trapezóide, capitato e hamato (distais). 
Metacarpais (I, II, III, IV e V) 
Falanges (proximal e distal do I dedo), proximais, médias e distais (do II ao V). 
 
MI: Fêmur, Tíbia, Fíbula, 
Tarso: Tálus, Calcâneo (fileira proximal sentido medial-lateral) 
Fileira distal (sentido lateral-medial): Cuneiformes (medial, intermédio e lateral), cubóide e 
navicular (medial ao cubóide) 
Metatarsais (I, II, III, IV e V) 
Falanges (proximal e distal para o I) proximal, média e distal (para os dedos de II a V) 
 
 
3. Identificar cíngulo do membro superiore cíngulo do membro inferior 
Cíngulos: 
Superior  Clavícula e Escápula 
Inferior  Ísquio, Ílio e púbis 
 
4. Diferenciar ossos: longos, alongados, curtos, planos, irregulares, pneumáticos e 
sesamóides. 
 Longos 🡪 O comprimento é maior que a largura, possuem cavidade medular e de modo 
geral são originários de processos de ossificação endocondral. (Úmero, rádio, ulna, metacarpais, 
falanges, fêmur, tíbia, fíbula, metatarsais e falanges) 
 Alongados 🡪 O comprimento é maior que a largura, mas não possuem cavidade 
medular. De modo geral, se originam de processos mistos de ossificação. (Clavícula) 
 Curtos 🡪 A largura e o comprimento são semelhantes, então assumem formas quase 
cúbicas. De modo geral, se originam de processos de ossificação endocondral. (Carpais e 
tarsais) 
 Planos  Formados por duas lâminas de osso compacto com osso esponjoso entre elas. 
Sua largura e comprimento se sobrepõem a sua altura. A maioria se origina de processos de 
ossificação intramembranosa (lacrimal, nasal, vômer, frontal, parietal), enquanto há os que se 
original de processo endocondral (escápula e ossos do quadril) e mistos (occiptal). 
32 
 
 Irregulares  Não têm uma forma definida, não sendo possível classificá-los em 
alguma das outras categorias. São oriundos de processo intramembranoso (Maxila, palatino, 
zigomático), endocondral (etmóide, conchas nasais inferiores, bigorna, martelo e estribo) e 
misto (Mandíbula, temporal, esfenoide, hioide, vértebras, sacro) 
 Pneumáticos  Ossos que possuem espaços aéreos, formam os seios da face quando 
suas cavidades são revestidas por mucosa. Podem ser originados de processo de ossificação 
intramembranosa (maxila, frontal) endocondral (etmóide) e misto (esfenóide e temporal) 
 Sesamoides  desenvolvimento no meio de tendões, até mesmo desviando o caminho 
dos mesmos (auxiliam na distribuição das forças de tensão). Ossificação intramembranosa 
(patela) 
 
5. Diferenciar os ossos oriundos dos processos de ossificação intramembranosa e 
endocondral 
Intramembransa 🡪 Forma-se um molde de células mesenquimais no qual ocorre 
diretamente a ossificação. 
Endocondral 🡪 Há infiltração de células cartilaginosas do molde mesenquimal, formando 
um molde cartilaginoso do futuro osso, para que então ocorra a ossificação. 
 
6. Caracterizar e identificar, em um osso longo, diáfise, metáfise, epífise e forame 
nutrício, lâmina epifisial e linha epifisial 
Diáfise 🡪 Parte longa do osso, média 
Epífise 🡪 Parte terminal do osso, tanto proximal quanto distal. 
Metáfise 🡪 Zona de crescimento da diáfise oposta à epífise (transição da diáfise para a 
epífise) 
Forame Nutrício 🡪 Local por onde os vasos nutrícios do osso penetram na sua superfície 
Lâmina Epifisial 🡪 Zona cartilagínea entre a epífise e a diáfise para o crescimento 
longitudinal 
Linha Epifisial 🡪 Linha remanescente no local onde situava-se a cartilagem epifisial. 
 
7. Conceituar e identificar cavidade medular 
Cavidade centralnos ossos longos, onde situa-se a medula óssea amarela (adiposa) ou 
vermelha (hematopoiética) 
 
8. Conceituar e identificar substância óssea compacta e substância óssea esponjosa 
Substância óssea compacta 🡪 Substância óssea densa e cortical com poucos espaços. 
Substância óssea esponjosa 🡪 Possui espaços intersticiais nos quais se situa a medula óssea 
 
9. Quais são os acidentes ósseos de uma vértebra típica? 
Corpo vertebral, arco vertebral e 7 processos (1 espinhoso, 1 transversos, 2 articulares 
superiores e 2 articulares inferiores) 
 
10. Quais as caracteristicas específicas das duas primeiras vértebras cervicais (CI e CII)? 
CI  Não possui corpo vertebral ou processo espinhoso, apenas massas laterais. 
CII  Possui o processo odontoide para articulação com o atlas (CI) e as articulações por 
onde deslizam as massas laterais de CI 
 
11. É possível identificar o segmento de uma vértebra isolada, com base nas 
característicasde seus acidentes ósseos. Quais são essas características? 
- Cervicais  Forames transversários, corpo vertebral menor, forame vertebral grande 
(suporta a intumescência cervical). Processos transversos terminam em 2 tubérculos (anterior e 
posterior) 
- Toráxicas  Fóveas costais (articulação com as costelas), processos espinhosos longos e 
proeminentes (até o nível do corpo vertebral inferior) 
33 
 
- Lombares  Corpo vertebral grande e progressivamente maior (+peso), processo 
transverso longo e delgado, processos espinhosos curtos, fortes, largos e espessos. Processo 
costiforme. 
 
12. Identifique os seios paranasais e sua comunicação com a cavidade nasal 
Extensões cheias de ar da cavidade nasal para alguns ossos do crânio (frontal, etmóide, 
esfenóide, maxila e temporal). 
Frontais  comunicação com o hiato semilunar do meato nasal médio 
Células Etmoidais  Meato nasal superior 
Esfenoidais  Recesso esfenoetmoidal 
Maxilares  Meato nasal médio 
 
13. De posse dos ossos indicados abaixo, identificar os seguintes acidentes ósseos: 
 
A. No crânio 
Norma frontal: 
Osso frontal 
Osso lacrimal 
Osso nasal 
Osso etmóide: lâmina perpendicular e células etimoidais 
 
 
 
 
Maxila: margem infra-orbital, forame infra-orbital (por onde passa o n. infra orbital e sua 
artéria acompanhante – a. infra-orbital), processos alveolares 
34 
 
 
Zigomático:corpo, processo temporal e arco zigomático (processo zigomático do temporal + 
processo temporal do zigomático) 
 
 
Norma lateral: 
Osso parietal 
Osso temporal: processo zigomático, arco zigomático, poro acústico externo e meato 
acústico externo 
Osso esfenóide: asa maior 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
 
 Norma occipital 
Osso occipital:protuberância occipital externa 
 
 
Norma vertical 
Osso parietal 
 
Norma basal externa 
Ossos palatinos 
Vômer 
Maxila: processos palatinos, fossa incisiva 
 
 
Osso esfenóide: asa maior, forame oval (n. mandibular) e forame espinhoso (a. meníngea 
média) 
36 
 
 
 
 
 
Osso temporal: fossa mandibular, processo estiloide, processo mastoide, canal carótico (a. 
carótida interna) e forame lacerado (nn. Petroso profundo e petroso maior) 
 
Osso occipital: forame magno, côndilo occipital 
 
 Norma basal interna 
Fossa anterior: 
Crista etmoidal, lâmina cribriforme,asa menor do esfenoide, forame e canal óptico 
 
Fossa média: 
Parte petrosa do temporal, sela turca, forame redondo, forame oval, forame espinhoso e 
forame lacerado 
37 
 
 
Fossa posterior: 
Forame magno, poro acústico interno, fossa cerebelar 
 
Mandíbula: processos alveolares, ângulo da mandíbula, ramo da mandíbula, corpo da 
mandíbula, processo condilar, processo coronóide, incisura da mandíbula, forame mentual e 
forame da mandíbula 
 
 
B. Na coluna vertebral 
Vértebra – Corpo, arco, pedículo, processos espinhosos, processos articulares superiores e 
inferiores, processos transversos, forame transverso (cervicais) forame intervertebral, forame 
vertebral e canal vertebral. 
Atlás: arco anterior e arco posterior 
Axis: dente, arco, processo espinhoso, processo transverso, forame transverso 
 
Sacro: base do sacro, asas do sacro, promontório, forames sacrais posteriores, forames 
sacrais anteriores, hiato sacral, crista mediana, crista lateral 
38 
 
 
 
C. No tórax 
Esterno:Corpo do esterno, manúbrio do esterno e processo xifóide do esterno 
Costelas: 
(7) Verdadeiras  Articulação com o esterno 
(3) Falsas  Primeiro articulam-se entre si através de cartilagens, para depois se articularem 
ao esterno 
(2) Flutuantes Não se articulam ao esterno 
 
 cabeça da costela, corpo da costela e tubérculo da costela 
 
 
D. No membro superior 
Clavícula 
 
Na escápula: espinha da escápula, fossa infraespinhosa, fossa supraespinhosa, fossa 
subescapular, cavidade glenóide, processo coracóide e acrômio. 
39 
 
 
 
 
No úmero: cabeça, colo, tubérculo maior e menor, tuberosidade deltoidea, epicôndilo medial 
e epicôndilo lateral e fossa do olecrano 
 
No rádio: cabeça do rádio, tuberosidade do rádio, processo estiloide do rádio 
 
40 
 
Na ulna:Olécrano, processo estiloide da ulna, incisura troclear, incisura radial e processo 
coronóide 
 
 
No carpo (1⁰ fileira:escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme. 2⁰ fileira:trapézio, 
trapezoide, capitato, hamato), Metacarpais (1⁰, 2⁰, 3⁰, 4⁰, 5⁰) e falanges (proximal, média e 
distal). 
Nome dos dedos: Polegar, indicador, dedo médio, anular e dedo mínimo. 
 
41 
 
 
 
E. Membro inferior 
No osso do quadril: ílio, ísquio e púbis, acetábulo, crista ilíaca, espinha ilíaca ântero-
superior, túber isquiático, incisura isquiática maior e incisura isquiática menor, forame 
obturado, sínfise púbica e arco púbico 
 
 
 
 
 
No fêmur: cabeça, fóvea da cabeça do fêmur, colo, trocanter maior e trocanter menor, linha 
áspera, côndilo medial e côndilo lateral, fossa intercondilar, epicôndilo medial e epicôndilo 
lateral. 
42 
 
 
Patela 
Na tíbia:côndilo medial e côndilo lateral, eminência intercondilar da tíbia, tuberosidade e 
maléolo medial 
Na fíbula:cabeça e maléolo lateral 
 
43 
 
No tarso (1⁰ fileira:tálus, calcâneo, navicular.2⁰ fileira: cuboide, cuneiformes: lateral, 
medial e intermédio), Metatarsais (1⁰, 2⁰, 3⁰, 4⁰, 5⁰) e falanges (proximal, média e distal) 
 
 
Conhecer: medula óssea amarela e medula óssea vermelha 
Vermelha  hematopoiética 
Amarela  adiposa 
 
 
MÓDULO V – LOCOMOÇÃO 
ROTEIRO - SISTEMA ARTICULAR 
 
1. Entender os tipos de classificação das articulações (funcional, estrutural e 
morfológica) 
A classificação funcional compreende reunir em grupos aqueles elementos de caráter 
funcional semelhante, ou seja, que desempenham a mesma função. Quando nos referimos ao 
sistema articular, três grandes grupos funcionais são utilizados: 
 Articulações fibrosas (sinartrose): Grau de mobilidade pequeno, com TC Fibroso 
interposto, podem ser suturas, sindesmose ou gonfoses. 
- Suturas – Formadas por várias camadas fibrosas, que conferem um grau íntimo de 
associação e limite dos movimentos da estrutura, ainda que confiram elasticidade. São 
encontradas no crânio, podendo ser planas, escamosas ou serráteis. 
44 
 
 
 
- Sindesmoses – Formam membranas interósseas de tecido conjuntivo fibroso em uma faixa 
longa, conferindo maior mobilidade (de acordo com o comprimento da faixa). Ex: sindesmose 
tíbio-fibular e membrana interóssea rádio-ulnar. 
 
- Gonfoses – Ligação específicas dos dentes com os alvéolos dentais através do tecido 
fibroso do ligamento periodontal. 
 
 
Articulações Cartilaginosas (Anfiartrose): O tecido interposto é a cartilagem, tendo 
mobilidade reduzida. 
 - Sincondroses – Cartilagem hialina. São raras, tendo como exemplo a sincondrose 
esfeno-occiptal. 
 - Sínfise – Cartilagem fibrosa (fibrocartilagem) – União óssea com mobilidade 
reduzida. Ex: Sínfise púbica. 
 
 Articulações Sinoviais (Diartrose): Os ossos articulados tem grau maior de mobilidade,deslizando um sobre superfícies do outro. Para isso, são revestidos de uma cápsula articular 
(camada fibrosa externa e revestimento de uma membrana sinovial serosa que secreta o líquido 
sinovial, preenchendo a cavidade articular, e cartilagem hialina recobrindo as superfícies ósseas, 
sendo a cartilagem articular). 
45 
 
Podem ser: 
- Planas, de movimento no plano das faces articulares, como a acromioclavicular. Apenas 
um eixo (uniaxial): 
 
 
- Gínglimos, que permitem flexão/extensão em um plano ao redor de um eixo transversal 
(uniaxial), como a do cotovelo. 
 
 
- Selares, permitem abdução/adução, flexão e extensão, ao redor de eixos perpendiculares 
(biaxiais), permitindo movimentos em 2 planos + circundação, quando os movimentos são 
realizados em ordem. São articulações reciprocamente côncavas e convexas, como a 
carpometarpal do polegar. 
 
- Elipsóideas, que permitem flexão/extensão, abdução e adução (biaxiais), com um 
movimento em um plano mais livre que no outro, como as metacarpofalangianas. 
 
- Esferóideas – movimento em vários eixos e planos (multiaxiais), a superfície esferóidea de 
um movimenta-se na cavidade do outro, como a articulação coxofemoral, entre o acetábulo e a 
cabeça do fêmur. 
46 
 
 
- Tricóideas, que permitem rotação em torno de um eixo central (uniaxial), como o processo 
arredondado de um osso girando dentro de uma bainha, como a art atlantoaxial 
 
 
 
 
2. Entre as suturas do crânio identificar: 
a. sutura coronal, 
b. sutura sagital, 
c. sutura lambdóidea, 
d. sutura escamosa, 
e. sutura frontal ou interfrontal (mectópica - 
inconstante), 
f. sututra zigomaticomaxilar, 
g. sutura intermaxilar, 
h. sutura palatina mediana, 
i. sutura palatina transversa. 
47 
 
 
 
3. Diferenciar uma sincondrose permanente de uma sincondrose temporária. 
Permanente – É característica da estrutura, perdurando após o final do período desenvoltivo, 
como as articulações entre as costelas e o esterno. As temporárias deixam de existir após o 
período evolutivo, como as epifisiodiafisárias. 
 
8. Identificar: 
a. sincondrose esfenooccipital, 
b. sincondrose costocondral. 
 
9. Identificar uma sindesmose. Esta articulação é fibrosa, cartilagínea ou sinovial? 
10. Identificar: 
a. sindesmoserádio-ulnar, 
b. sindesmose tíbio-fibular e membrana interóssea 
 
 
11. Classificar de acordo com o item anterior as seguintes articulações. Quais movimentos 
são permitidos em cada uma delas? 
a. Glenoumeral_______________________________________________________ 
b. Umeroulnar (cotovelo)________________________________________________ 
c. Radioulnar distal_____________________________________________________ 
d. Metacarpofalangiana__________________________________________________ 
e. Interfalangiana______________________________________________________ 
f. Quadril____________________________________________________________ 
g. Joelho_____________________________________________________________ 
h. Tornozelo__________________________________________________________ 
48 
 
 
12. Compreender os componentes das articulações sinoviais e 
identificar: 
a. Cartilagem articular, 
b. superfície articular, 
c. cavidade articular, 
d. cápsula articular (membrana sinovial e membrana fibrosa) 
e. líquido sinovial. 
 
 
 
13. Identificar os elementos acessórios: 
a. ligamentos, 
b. meniscos, 
c. discos e lábios, 
d. bolsas sinoviais e 
e. bainhas tendíneas. 
 
14. Identificar as estruturas do Túnel do carpo 
Formado pelos ossos escafóide e trapézio, pisiforme e hamato, sobre os quais se 
distende o retináculo dos músculos flexores. É uma região de passagem de tendões, além de 
compor o trajeto do nervo mediano. (segundo Feneis). 
 
 
 
15. Identificar os principais ligamentos das seguintes articulações: 
Tornozelo – 
49 
 
Ligamento colateral medial e 
lig. colateral lateral 
 
Quadril – 
Ligamentos capsulares, 
lig. transverso do acetábulo e 
lig. da cabeça do fêmur. 
 
 
 
17. O encaixe ósseo do úmero com a escápula proporciona estabilidade para a 
articulação? Quais estruturas auxiliam no amplo movimento e estabilidade desta 
articulação? 
50 
 
 
18. Movimentos articulares: 
a. Abdução/ adução, 
b. rotação lateral/rotação medial, 
c. circundução, 
d. flexão/extensão, 
e. pronação/ supinação, 
f. oposição/reposição, 
g. inversão/eversão, 
h. dorsiflexão, flexão plantar, 
i. depressão, elevação, 
j. protrusão, retração. 
 
MÓDULO V – LOCOMOÇÃO 
ROTEIRO – SISTEMA MUSCULAR 
 
1. Diferenciar: ventre, tendão e aponeurose. 
 Ventre: pode ser uma massa arredondada espessa alongada, ter um formato triangular, 
ser uma massa retangular espessa ou ser uma lâmina plana fina de tecido muscular. 
 Tendões: são estruturas de tecido conjuntivo denso modelado branco resplandecente 
robusto que fixam o ventre do músculo aos ossos, são minimamente vasculares, não têm células 
musculares e consistem basicamente em arranjos de fibras colágenas. 
 Aponeurose: expansão tendínea achatada/ lâminas planas (em forma de folha de papel) 
que serve principalmente para conectar um músculo às partes que ele movimenta. 
 
2. Observar a orientação das fibras nos músculos. 
 O arranjo das fibras fusiformes é paralelo às fibras musculares, e os fascículos 
percorrem o comprimento do músculo. As fibras em um músculo fusiforme correm 
paralelamente à linha de tração do músculo, de modo que a força da fibra é na mesma direção 
da musculatura. 
 Esse arranjo das fibras em forma de fuso, oferece o potencial para grandes quantidades 
de encurtamento e movimento de alta velocidade no corpo. Os músculos fusiformes são 
51 
 
tipicamente mais compridos que os outros tipos de músculos e o comprimento da fibra muscular 
é maior que o comprimento do tendão. 
 Por essa relação entre comprimento da fibra e do tendão, o músculo fusiforme tem a 
capacidade maior para encurtar-se. Músculos como o reto abdominal que se inserem no osso por 
um tendão curto, podem mover-se por uma distância maior. O exemplo oposto, seria do 
músculo gastrocnêmio, que tem um tendão longo. 
 Exemplos de músculos fusiformes no corpo são o sartório, o bíceps braquial e o 
braquial. 
 
 As fibras peniformes correm diagonalmente até um tendão que atravessa o músculo. As 
fibras do músculo peniforme correm em um ângulo relativo com a linha de tração do músculo, 
de modo que a força da fibra é em uma direção diferente da força muscular. As fibras são mais 
curtas que o músculo, e a alteração no comprimento da fibra individual não é igual à alteração 
no comprimento muscular. Alguns exemplos de músculos peniformes: 
 a) O músculo peitoral maior e trapézio são músculos penados largos e tem fibras que se 
inserem diretamente no osso. 
b) Semimembranoso, gastrocnêmio e deltóide também são músculos peniformes. 
 
3. Conceituar: 
a) Ponto fixo: elemento esquelético imóvel. 
b) Ponto móvel: elemento esquelético móvel. 
c) Origem muscular: início de um músculo. 
d) Inserção muscular: fixação de um músculo. 
 
4. Observar os tipos de músculos: 
a) M. fusiforme: músculo em forma de fuso. 
b) M. biventre: músculo com 2 ventres. 
c) M. multiventre: com mais de 2 ventres. 
d) Músculo bíceps: músculo com duas cabeças. 
e) Músculo tríceps: m. com três cabeças. 
f) M. quadríceps: músculo com quatro cabeças. 
g) Músculo orbicular: músculo em forma circular. 
h) Músculo cutâneo: músculo dérmico (fixado na pele). 
 
5. Identificar: 
52 
 
a) Fáscia: termo genérico para toda condensação externa de tecido conectivo, que também 
recobre e pode dar forma. 
b) Epimísio: tecido conectivo que envolve a superfície de um músculo. 
c) Perimísio: tecido conectivo que envolve feixes de fibras musculares. 
d) Endomísio: tecido conectivo que envolve uma fibra muscular isolada, a qual está 
acondicionada pelo sarcolema. 
 
6. Diferenciar: 
a) Contração isométrica: a tensãogerada não é suficiente para superar a resistência do 
objeto a ser movido, e o MÚSCULO NÃO ALTERA SEU COMPRIMENTO. São 
importantes para a manutenção da postura e sustentação dos objetos, além de 
estabilizarem algumas articulações, enquanto outras são movidas. Ex: segurar um livro 
mantendo-o imóvel com um braço estendido. 
b) Contração isotônica: a tensão (força de contração) desenvolvida pelo músculo 
permanece quase constante, enquanto o músculo muda seu comprimento. São usadas 
para os movimentos corporais e para mover objetos. 
- Contração isotônica concêntrica: se a tensão gerada for grande o suficiente para superar a 
resistência do objeto a ser movido, o músculo se encurta e traciona seu tendão para produzir 
movimento e reduzir o ângulo na articulação. 
- Contração isotônica excêntrica:quando um músculo aumenta durante a contração; isto é, o 
músculo previamente encurtado se estende de forma controlada, enquanto continua a se contrair. 
Durante uma contração excêntrica, a tensão exercida pelas ligações cruzadas de miosina resiste 
ao movimento da carga e diminui o processo de alongamento. 
 
7. Identificar a origem e a inserção dos músculos do manguito rotador e o movimento 
que realizam. 
São quatro músculos estabilizadores da articulação do ombro (gleno-umeral): 
- Supra-espinal: O: fossa supra-espinal, fáscia supra-espinal. I: tubérculo maior do úmero, 
cápsula da articulação do ombro. Abdução, tensão capsular, pequena ação rotadora. 
- Infra-espinal: O: fossa infra-espinal, espinha da escápula, fáscia infra-espinal. I: tubérculo 
maior do úmero. Rotação lateral, reforço lateral capsular. 
- Redondo menor: O: margem lateral da escápula. I: tubérculo maior do úmero. Rotação 
lateral. 
- Subescapular: O: fossa subescapular. I: tubérculo menor do úmero. Rotação medial do 
braço. 
53 
 
 
 
8. Identificar os seguintes músculos: 
VISTA ANTERIOR: 
A) No pescoço: 
- M. Platisma: músculo cutâneo que, em uma extensão variável, se distribui desde um pouco 
acima da mandíbula até o tórax. 
 
- M. Esternocleidomatóideo: O: duas cabeças, uma esternal e outra clavicular. I: processo 
mastoide e linha nucal superior. Inclina a cabeça para o mesmo lado, girando o rosto para o lado 
oposto (contração unilateral). Estende a cabeça elevando o rosto (contração bilateral). 
- M. omo-hióideo: O: margem superior da escápula. I: corpo do hióide. Um tendão 
intermediário situado sobre a veia jugular divide-o em dois ventres. Dessa maneira, tensiona 
também a fáscia cervical média (lâmina pré-traqueal). 
- M. esternotireoídeo: O: face posterior do manúbrio e da 1ª costela. I: linha oblíqua da 
cartilagem tireóidea. 
- M. tireo-hióideo: O: linha oblíqua da cartilagem tireóidea. I: corno maior e terço lateral da 
face interna do corpo do hióide. 
54 
 
 
 
B) No tronco: 
- M peitoral maior: O: clavícula, esterno, 2ª a 7ª cartilagens costais e bainha do músculo reto 
do abdome. I: crista do tubérculo maior do úmero. Adução e rotação medial do braço. 
- M peitoral menor: situa-se sob o músculo peitoral maior. O: 3ª-5ª costelas. I: processo 
coracóide. Rotação e depressão (abaixamento) da escápula e elevação das costelas. Músculo 
acessório da respiração. 
- MM Intercostais: (internos e externos) Os externos estendem-se entre as costelas, 
obliquamente, de póstero-superior para ântero-inferior. Ativos na inspiração distendem as 
costelas lateralmente, ampliando os espaços intercostais. Os internos estendem-se obliquamente, 
do esterno aos ângulos das costelas, de ântero-superior para póstero-inferior. Músculos da 
expiração distendem as costelas medialmente, estreitando os espaços intercostais. 
- M serrátil anterior: O: 1ª-9ª costelas. I: face inferior da margem medial da escápula. Fixa, 
deprime (abaixa) e roda a escápula, leva-a à frente e auxilia a elevação do braço acima do plano 
horizontal. 
- M reto do abdome: O: 5ª-7ª cartilagens costais, processo xifoide. I: crista e sínfise púbicas. 
Flexão anterior do tronco, abaixamento do tórax, elevação da pelve. 
- M oblíquo externo do abdome: O: face externa das 5ª-12ª costelas. I: crista ilíaca, 
ligamento inguinal, bainha do músculo reto do abdome, linha aba. 
- M. oblíquo interno do abdome: O: aponeurose toracolombar, crista ilíaca, espinha ilíaca 
ântero-superior, ligamento inguinal. I: 10ª-12ª costelas, bainha do músculo reto do abdome. 
- M transverso do abdome: O: face interna das 7ª-12ª cartilagens costais, aponeurose 
toracolombar, crista ilíaca, espinha ilíaca ântero-superior, ligamento inguinal. I: bainha do 
músculo reto do abdome, linha semilunar. 
55 
 
 
 
 
C) No membro superior: 
>> Braço: 
- M deltoide: consiste em três pares, que se inserem na tuberosidade do músculo deltoide e 
em conjunto abduzem o braço até quase 90°. 
56 
 
- M bíceps braquial (cabeça curta: O: no processo 
coracoide>>medial; e cabeça longa: O: tubérculo 
supreglenoidal>>Lateral): Músculo com duas cabeças, que 
se insere na tuberosidade do rádio e se irradia, por meio da 
aponeurose do músculo bíceps braquial, em direçãoulnar, 
para a fáscia do antebraço. Flete a articulação do cotovelo e 
supina o antebraço. 
- M braquial: O: face anterior do úmero, abaixo da 
tuberosidade do músculo deltoide. I: tuberosidade da ulna. 
- M. coracobraquial: O: processo coracóide. I: metade 
anterior do úmero. Músculo auxiliar que protege as 
extremidades das superfícies articulares na articulação do 
ombro. Antiversão. 
- M tríceps braquial (cabeça longa, cabeça medial e 
cabeça lateral). 
 
>> Antebraço: 
-M extensor radial longo do carpo: O: crista 
supracondilar lateral do úmero, septo intermuscular 
lateral. I: base do osso metacarpal II. 
- M extensor radial curto do carpo: O: epicôndilo 
lateral do úmero, ligamento anular do rádio. I: base do 
osso metacarpal III. 
- M extensor dos dedos: O: epicôndilo lateral do úmero, ligamento colateral radial, ligamento 
anular do rádio, fáscia do antebraço. I: aponeuroses dorsais dos 2º-5º dedos. 
- M extensor do dedo mínimo: O: como o músculo extensor dos dedos. I: aponeurose dorsal 
do dedo mínimo. 
- M extensor ulnar do carpo: Insere-se na base do osso metacarpal V. 
 
- M braquioradial: O: crista supracondilar lateral do úmero, septo intermuscular lateral do 
úmero, septo intermuscular lateral. I: processo estiloide do rádio. (lateral) 
- M. flexor radial do carpo: O: epicôndilo medial do úmero, fáscia do antebraço. I: base do 
osso metacarpal II. 
-M. palmar longo: O: epicôndilo medial do úmero. I: aponeurose palmar. Tensiona a 
aponeurose palmar e flete a mão. 
- M. flexor ulnar do carpo: músculo que se insere no osso pisiforme, por meio do ligamento 
pisohamato, no osso hamato e, por meio do ligamento pisometacarpal, no osso metacarpal, no 
osso metacarpal. 
- M. flexor superficial dos dedos: músculo que se insere nas falanges médias dos 2º-5º dedos. 
Flexão da articulação do punho e das articulações dos dedos. 
-M. flexor profundo dos dedos: O: dois terços superiores da face anterior da ulna. I: base das 
falanges distais dos 2º-5º dedos. Flexão da articulação do punho e da articulação distal do 
polegar. 
 
 
 
57 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
 
D) No membro inferior: 
>>Coxa: 
- M grácil: O: ramo inferior do púbis. I: face medial da tíbia. 
- M. sartório: O: espinha ilíaca ântero-superior. I: tíbia, medial à tuberosidade. 
- M quadríceps da coxa: 
Músculo vasto lateral: O: trocanter maior do fêmur, lábio lateral da linha áspera. 
Músculo vasto intermédio: O: face anterior do fêmur. 
Músculo vasto medial: O: lábio medial da linha áspera. 
Músculo reto femoral: músculo com 2 cabeças (bíceps) 
- M pectíneo: O: linha pectínea do púbis. I: linha pectínea do fêmur e linha áspera. 
- M adutor curto: O: ramo inferior do púbis. I: lábio medial da linha áspera. 
-M adutor longo: O: próxima à sínfise púbica. I: lábio medial da linha áspera. 
- M adutor magno: O:ramo inferior do púbis, ramo do ísquio. I: lábio medial da linha áspera 
e, por meio de um tendão longo, no epicôndilo medial do fêmur. 
- M tensor da fáscia lata: O: próximo à espinha ilíaca ântero-superior. I:por meio do trato 
iliotibial, no côndilo lateral da tíbia. 
>>Coxa: 
- M glúteo máximo: O: ílio, atrás da linha glútea posterior, sacro, cóccix, aponeurose 
toracolombar, ligamento sacrotuberal. I: fáscia lata, trato iliotibial, tuberosidade glútea, septo 
intermuscular lateral da coxa, linha áspera. 
- M grácil 
- M sartório 
- M semitendíneo: O: túber isquiático. I: face medial da tíbia. 
- M semimembranáceo: O: túber isquiático. I: côndilo medial da tíbia e ligamento poplíteo 
oblíquo. 
- M bíceps femoral: com duas cabeças, este músculo se origina da pelve e do fêmur. I: 
cabeça da fíbula. Cabeça longa: O: túber isquiático. //Cabeça curta: O: lábio lateral da linha 
áspera. 
59 
 
 
 
 
 
 
 
>> Perna: 
- M tibial anterior: O: face lateral da tíbia, membrana interóssea, fáscia da perna. 
- M extensor longo do hálux: membrana interóssea e fíbula. I: falange distal do hálux. 
60 
 
- M extensor longo dos dedos: O: côndilo lateral da tíbia, membrana interóssea, fíbula, fáscia 
da perna. I: aponeurose dorsal dos 2º-5º dedos do pé. 
- M fibular longo: O: fíbula e fáscia da perna. I: no cuneiforme medial e osso metatarsal I, 
após curso oblíquo sob a planta do pé. 
- M fibular curto: O: dois terços distais da fíbula. I: tuberosidade do quinto metatarsal. 
>> Perna: 
-M gastrocnêmio: músculo superficial da panturrilha formada por duas cabeças. 
- M sóleo: O: cabeça da fíbula, terço póstero superior da face posterior da tíbia. I: tendão do 
calcâneo. 
- M flexor longo do hálux: O: fíbula. I: falange proximal do hálux. 
- M tibial posterior: O: tíbia, fíbula, membrana interóssea. I: navicular, cuneiformes, ossos 
metatarsais II-IV. 
-M. flexor longo dos dedos: O: tíbia. I: falanges distais dos 2º-5º dedos do pé. 
 
 
 
 
 
 
61 
 
VISTA POSTERIOR 
A) No pescoço: 
- M trapézio: consistindo em três partes, está posicionado junto à escápula e à clavícula, 
estendendo-se em ambos os lados da coluna vertebral e fixado ao cíngulo do membro superior. 
B) No tronco: M trapézio 
- M latíssimo do dorso: O: processos espinhosos das 7ª-12ª vértebras torácicas. I: crista do 
tubérculo menor do úmero. 
- M romboide maior: O: processos espinhosos da 1ª-4ª vértebras torácias. I: margem medial 
da escápula. 
-M romboide menor: O: processos espinhosos das 6ª-7ª vértebras cervicais. I: margem 
medial da escápula. 
- M redondo maior: O: área do ângulo inferior da escápula. I: crista do tubérculo menor do 
úmero. 
- M levantador da escápula: O: tubérculos posteriores dos processos transversos das 1ª-4ª 
vértebras cervicais. I: ângulo superior da escápula. 
>>MM eretores da espinha: termo comum para os músculos iliocostal, longuíssimo e 
espinal. 
(ILE) 
-M iliocostal: do ombro, parte torácica e parte lombar; do pescoço. 
- M longuíssimo: consiste em três partes e é responsável pela posição ereta do corpo. (do 
tórax, do pescoço, da cabeça). 
- M espinal: sistema de músculos aprumados verticalmente e fixados aos processos 
espinhosos. Na 5ª vértebra cervical e na 9ª vértebra torácica, o músculo permanece livre. 
[171,172] 
Escápula: 
- M supraespinal: O: fossa supraespinal, fáscia supra-espinal. I: tubérculo maior do úmero, 
cápsula da articulação do ombro. 
- M infraespinal: O: fossa infra-espinal, espinha da escápula, fáscia infra-espinal. I: tubérculo 
maior do úmero. 
-M subescapular: O: fossa subescapular. I: tubérculo menor do úmero. 
No membro superior: 
 
62 
 
 
 
 
MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS 
ROTEIRO – SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
ANATOMIA – (Moore, Netter) 
 
 O sistema respiratório ocupa várias regiões do corpo, tendo uma porção na cabeça, no 
pescoço e no tórax, além de ter participação dos músculos abdominais para o exercício de suas 
funções. 
 Inicia-se no nariz, compreendendo o órgão periférico do sistema. Sua função é servir de 
canal de passagem do ar entre o ambiente e o sistema, realizar a filtração e umidificação do ar, 
além de receber e eliminar secreções dos seios paranasais e ductos lacrimonasais. É dividido em 
parte externa e cavidade nasal, além de metades direita e esquerda determinadas pelo septo 
nasal. 
 
- Parte externa do nariz – parte que se projeta da face, de esqueleto sobretudo cartilagíneo. 
Essas cartilagens determinam seu tamanho e formato. 
- Dorso nasal – da raiz (inserção superior) até o ápice (ponta). 
- Narinas – aberturas piriformes que perfuram a face inferior do nariz. 
- Asas do nariz – limites laterais das narinas. 
 
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O nariz recebe dois tipos de revestimento cutâneo – sobre a parte superior (raiz), óssea, a pele é 
fina, enquanto sobre a parte cartilagínea é coberto por pele mais espessa, contendo múltiplas 
glândulas sebáceas. A pele se estende até o vestíbulo do nariz, região na qual existem pelos 
rígidos denominados vibrissas (auxiliam na filtração). A junção da pele e da mucosa se dá além 
da área das vibrissas. 
 
Esqueleto do nariz  Osso + cartilagem hialina. 
Parte óssea  ossos nasais, processo frontal da maxila, parte nasal do osso frontal e espinha 
nasal, além das partes ósseas do septo nasal. 
Parte cartilagínea  formada por 5 cartilagens principais: 2 cartilagens laterais, 2 alares e uma 
do septo. 
*alares  em forma de u, são livres e móveis, dilatam e estreitam quando há contração dos mm 
que atuam sobre o nariz. 
 
 
Septo nasal  Divide a câmara do nariz em 2 cavidades. 
Possui uma parte óssea e uma cartilagínea móvel flexível 
Ossos componentes do septo  
- Lâmina perpendicular do etmóide 
- Vômer 
- Cristas nasais da maxila e palatino 
* as cartilagens possuem articulação com o septo ósseo. 
 
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Cavidades nasais  Sua entrada anterior é pelas narinas, abrem-se posteriormente para a 
faringe através das coanas, são revestidas por túnica mucosa exceto no vestíbulo nasal, o qual é 
revestido por pele. 
Essa túnica mucosa nasal está firmemente aderida ao periósteo e pericôndrio que sustentam o 
nariz, sendo contínua com todas as câmaras com as quais a cavidade nasal se comunica, sendo: 
 - posteriormente – nasofaringe 
 - superior e lateralmente – seios paranasais 
 - superiormente – saco lacrimal e túnica conjuntiva 
2/3 inferiores da cavidade – área respiratória 
1/3 superior – área olfatória (as fibras nervosas alcançam o encéfalo pela lamina cribriforme do 
etmóide) 
 
Limites: 
 - teto – curvo e estreito, exceto na parte esfenoidal. Possui porção frontonasal, etmoidal 
e esfenoidal. 
 - assoalho – mais largo que o teto, processos palatinos da maxila e lâminas horizontais 
do palatino 
 - parede medial – septo nasal 
 - paredes laterais – 3 lâminas ósseas que se projetam inferiormente (conchas nasais) 
Sob cada concha existe um recesso, denominado meato nasal. 
Sob as conchas: meatos nasais laterais (superior, médio, inferior) 
Posterossuperiormente: recesso esfenoetmoidal 
Medialmente: meato nasal comum (nele se abrem as 4 passagens laterais) 
 
 
Concha nasal inferior  + longa e larga, formada pelo osso concha nasal inferior coberto por 
t.mucosa com grandes espaços vasculares que aumentam e controlam o calibre da cavidade 
nasal 
 
Conchas nasais média e superior  processos mediais do etmóide 
 
- O recesso esfenoetmoidal recebe a abertura do seio esfenoidal 
- O meato nasal superior recebe os seios etmoidais posteriores 
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- O meato nasal médio se comunica com o seio frontal pelo infundíbulo etmoidal 
- O seio frontal se abre na cavidade nasal através do hiato semilunar 
- Existe uma elevação superior ao hiato, visível quando a concha nasal média é removida, 
formada pelas células etmoidais médias, denominada bolha etmoidal 
- O ducto lacrimonasal se abre no meato nasal inferior 
 
Seios Paranasais  Extensões dear cobertas por mucosa, da parte respiratória para dentro dos 
ossos pneumáticos: frontal, etmóide, esfenóide, e maxila *processo mastóide do temporal. 
*Frontais – entre as lâminas externa e interna do osso frontal. Drenagem: seio frontal > ducto 
frontonasal > infundíbulo etmoidal > hiato semilunar 
*Células etmoidais – Drenagem: anteriores > infundíbulo etmoidal > meato médio 
Médias > meato médio 
Posteriores > meato superior 
*Esfenoidais – pressentes no corpo do esfenóide 
*Maxilares – maiores, situados no corpo da mandíbula, drenagem: seio > óstio maxilar > hiato 
semilunar > meato nasal médio 
 
 
 
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Faringe  Estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea 
anteriormente e margem inferior do corpo vertebral de C VI posteriormente. É + larga a nível do 
osso hióide e mais estreita inferiormente, sendo contínua com o esôfago. É dividida em 
nasofaringe (região das coanas), orofaringe (fauces), laringofaringe. Ao redor de sua parte 
superior se forma um anel incompleto de tecido linfóide denominado anel tonsilar, podendo 
formar tonsilas. Na mucosa do teto e parede posterior da nasofaringe situa-se a tonsila faríngea 
 
 
 
Na mesma região, inferiormente, projeta-se o óstio faríngeo da tuba auditiva. Sua cartilagem 
produz uma elevação na mucosa denominada toro tubário. O óstio é aberto durante a deglutição 
pelo músculo salpingofaríngeo, coberto pela prega salpingofaríngea (de mucosa). Próximo a 
essa região há uma coleção de tecido linfóide, a tonsila tubária. 
Posterior ao toro e à prega há uma fenda, o recesso faríngeo que se estende lateral e 
posteriormente. 
 
Laringe  Órgão produtor da voz, formado por 9 cartilagens unidas por ligamentos, contém as 
pregas vocais. Situa-se na região anterior do pescoço, ao nível dos corpos vertebrais de CIII a 
CIV. Serve como válvula durante a deglutição, protegendo as vias aéreas da entrada de 
alimento. 
 
Esqueleto laríngeo  9 cartilagens: 3 ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e 3 pares 
(aritenóideas, corniculadas e cuneiformes). 
- Tireóidea  Sua margem superior opõe-se a CIV, forma a proeminência laríngea, possui uma 
pronunciada incisura superior e uma inferior menos definida. Seus cornos inferiores articulam-
se com a cartilagem cricóidea na articulação cricotireóidea. Sua rotação e deslizamento 
modifica o comprimento das cordas vocais. Liga-se ao hióide pela membrana tireo-hioidea e o 
restante de sua margem inferior se liga à cricóidea pela membrana cricotireóidea. 
- Cricóidea  parte anterior: arco parte posterior; lâmina 
É um anel cartilagíneo, fixada superiormente pelo ligamento cricotireóideo mediano e 
inferiormente (ao 1° anel traqueal) pelo ligamento cricotraqueal. 
- Aritenóideas  Piramidais, se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina 
da cartilagem cricóidea. Possuem uma lâmina e um processo vocal – o qual permite a fixação 
posterior do ligamento vocal. Se ligam à cricóidea pela articulação cricoaritenóidea, a qual 
permite que as aritenoideas deslizem, aproximando-se ou afastando-se, inclinem-se anterior e 
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posteriormente e girem, realizando aproximação, tensionamento e relaxamento das pregas 
vocais. 
Epiglótica  Cart. Elástica, confere flexibilidade à epiglote. É anterior ao adito da laringe 
(entrada) 
As cuneiformes são pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas. 
Corniculadass  Fixam-se aos ápices das aritenóides. 
 
 
Cavidade Laríngea  Possui uma entrada entre a epiglote, as pregas ariepiglóticas e a incisura 
interaritenóidea, o adito, através do qual se comunica com a laringofaringe. Inferiormente, é 
contínua com a traquéia. 
- vestíbulo – entre o adito e as pregas vestibulares 
- parte medial – entre as pregas vestibulares e vocais 
- ventrículo – recesso que se estende entre as pregas vestibulares e vocais 
- sáculo – bolsa cega que se abre no ventrículo 
- cavidade infraglótica – entre as pregas vocais e a margem inferior da cart. Cricóidea 
- pregas vocais – pregas salientes de mucosa que incorporam os ligamentos vocais e mm 
tireoaritenóideos (lig. Vocal + m. vocal) 
- glote – aparelho vocal (pregas vocais + processos vocais + rima da glote) 
- rima da glote – espaço entre as pregas vocais 
- rima do vestíbulo – espaço entre os ligamentos vestibulares 
 
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Músculos da laringe  
Extrínsecos – movem a laringe como um todo 
Intrínsecos – movem componentes da laringe 
 
Extrínsecos 
 - Infra-hioideos: abaixam o hióide e a laringe 
 - Supra hióideos (+estilofaríngeo): levantam o hióide e a laringe 
 
Intrínsecos (movem os componentes da laringe e alteram o comprimento e a tensão das pregas 
vocais e o formato da rima da glote) 
 - Adutores (mm. Cricoaritenóideos laterais, m. artitenoideo transverso, m. aritenoideo 
oblíquo) 
 - Abdutores (mm cricoaritenoideos posteriores) 
 - Esfíncteres (mm cricoaritenoideos laterais, mm aritenoideos transverso e obliquo, mm 
ariepiglóticos) 
 - Tensores (mm cricotireoideos) 
 - Relaxadores (mm tireoaritenoideos_ 
 - Mm. vocais 
 
Traqueia  Se estende da laringe ao tórax, termina inferiormente nos brônquios após sua 
bifurcação. Seu epitélio impulsiona o muco dos pulmões para ser expelido. 
É um tubo fibrocartilagíneo composto por cartilagens semicirculares (anéis incompletos 
denominados anéis traqueais) unidos posteriormente pelo músculo traqueal, um m. liso 
involuntário. 
Vai do nível de CVI ao ângulo esternal (disco intervertebral de TIV e TV), onde divide-se nos 
brônquios. A projeção da bifurcação no seu lúmen é a carina da traquéia. 
Desce anterior ao esôfago e penetra no mediastino superior. 
Entre seus arcos cartilagíneos existem os ligamentos anulares. Sua parte membranácea é a parte 
posterior (do m. traqueal). 
 
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Brônquios  Originam-se da traquéia e penetram na raiz do pulmão. Logo subdividem-se em 
brônquios lobares (2 para o pulmão esquerdo e 3 para o direito). Logo, dividem-se em 
brônquios segmentares (cada um supre um segmento broncopulmonar), cada pulmão contendo 
10 deles separados por tecido conjuntivo (possuem importância cirúrgica). 
 
Árvore traqueobronquial  Traqueia > Brônquios principais – penetram no pulmão – 
Brônquios lobares > brônquios segmentares > bronquíolos condutores > bronquíolos terminais 
> bronquíolos respiratórios > ducto alveolar, saco alveolar e alvéolos 
 
Pulmão  Órgãos vitais da respiração, possuem a função de oxigenar o sangue colocando o ar 
inspirado próximo aos capilares. São elásticos, e em pessoas vivas são leves, macios e 
esponjosos, ocupando totalmente a cavidade pulmonar. São separados um do outro pelo 
mediastino. 
Possuem um ápice (extremidade superior) arredondado, ascendendo acima do nível da I costela 
até a raiz do pescoço, coberto pela cápsula pleural, uma base côncava, acomodando a cúpula do 
diafragma, uma face costal, mediastinal e diafragmática, além de margens anterior, inferior e 
posterior. 
Direito – 3 lobos delimitados pelas fissuras oblíqua e horizontal: lobo superior, médio e inferior. 
O pulmão direito é maior, mais pesado, mais curto e mais largo que o esquerdo 
Esquerdo – Uma única fissura oblíqua esquerda o divide em 2 lobos: superior e inferior. Sua 
margem possui a incisura cardíaca deixada pelo desvio do ápice do coração para a esquerda. 
Essa impressão transforma a parte anterior-inferior do pulmão em um processo linguiforme – 
língula que desliza para dentro e para fora do recesso costomediastinal durante a inspiração e 
expiração. 
Ambos os pulmões se fixam ao mediastino pelas raízes do pulmão, estrutura que compreende os 
brônquios (e vasos), artérias pulmonares, veias pulmonares superior e inferior, plexos 
pulmonares de nervos e vasos linfáticos. 
 
Raiz – artéria pulmonar + veia pulmonar + brônquio principal – penetram através do hilo do 
pulmão 
 
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Diafragma  Músculo estriado esquelético com 3 tipos deinserções periféricas: esternal 
(processo xifóide), costal (face interna das 6 cartilagens inferiores e suas costelas 
correspondentes) – onde interdigita-se com o reto abdominal e lombar (a partir das vértebras 
lombares) 
 
Pleura  Revestimento seroso contínuo dos pulmões, com 2 lâminas, sendo uma parietal e 
uma visceral (entre elas a virtual cavidade pleural). 
A pleura visceral é bem aderida aos pulmões, inclusive em suas fissuras, sendo contínua com o 
hilo dos pulmões. 
A cúpula pleural cobre o ápice do pulmão, sendo reforçada por uma extensão da fáscia 
endotorácica, a membrana suprapleural. 
Os recessos costodiafragmáticos são partes revestidas por pleura que o pulmão não ocupa (na 
concavidade superior do diafragma). 
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MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS 
ROTEIRO – SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
- ANATOMIA 
- O coração situa-se na cavidade torácica, estando restrito ao mediastino (espaço central entre os 
pulmões). O pericárdio, saco fibrosseroso que envolve o coração e a raiz de seus vasos da base, 
delimita os mediastinos anterior, médio e posterior, sendo o médio o espaço dentro da 
membrana (onde se situa o coração). 
 
- Mais especificamente sobre a anatomia do pericárdio, trata-se de uma membrana com três 
camadas – uma externa resistente (pericárdio fibroso) contínua com o centro tendíneo do 
diafragma. Sua face interna é revestida por uma membrana serosa (pericárdio seroso, lâmina 
parietal), a qual é refletida sobre o coração e vasos na forma da lâmina visceral do pericárdio 
seroso. Essa membrana (tanto a parietal quanto a visceral) são compostas de mesotélio. 
 
- O pericárdio fibroso é contínuo superiormente com a adventícia dos grandes vasos que entram 
e saem do coração e com a lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. Possui fixação à face 
posterior do esterno através do ligamento esternopericárdico, é unido posteriormente por TCF 
às estruturas do pericárdio posterior, e contínuo inferiormente com o centro tendíneo do 
diafragma, num local chamado ligamento pericardiofrênico. Sua função é de proteção do 
coração contra o preenchimento súbito, já que é inflexível e fixo a diversas outras estruturas. 
- Entre as lâminas parietal e visceral do pericárdio seroso existe a cavidade do pericárdico, 
espaço virtual que contém um fino líquido que permite os movimentos cardíacos sem atrito. 
- A lâmina visceral do pericárdio seroso forma o epicárdio, camada mais externa das 3 paredes 
do coração. É contínuo com a lâmina parietal do pericárdio seroso no local onde a aorta e o 
tronco pulmonar deixam o coração e no local onde as cavas e as veias pulmonares entram no 
coração. Entre esses dois grupos de vasos e as reflexões do pericárdio ao seu redor existe o seio 
transverso do pericárdio, uma passagem transversal dentro da cavidade pericárdica, de 
importância cirúrgica no clampeamento dos vasos da base para instalação de circulação 
extracorpórea. 
- O seio transverso do pericárdio é posterior ao tronco pulmonar e a parte ascendente da aorta, 
anterior a VCS e superior aos átrios. 
 
 
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- Coração 
- Divide-se em quatro câmaras, 2 átrios (direito e esquerdo) e 2 ventrículos (direito e esquerdo). 
O lado direito recebe sangue desoxigenado pelas cavas e o bombeia através do tronco pulmonar 
para ser oxigenado. Já o lado esquerdo recebe sangue oxigenado através das veias pulmonares e 
o bombeia para o resto do corpo através da aorta. 
- A parede do coração é composta de três camadas: a mais superficial, endocárdio, é uma 
camada interna de endotélio e tecido conectivo subendotelial, também cobrindo suas valvas. A 
camada intermediária é helicoidal e espessa, formada de músculo cardíaco, e epicárdio, uma 
camada externa formada pela lâmina visceral do pericárdio seroso. 
- As fibras musculares do coração se fixam ao esqueleto fibroso do coração, uma estrutura 
complexa de colágeno que forma quatro anéis fibrosos que circundam os óstios das valvas. As 
conexões dos anéis formam os trígonos fibrosos direito e esquerdo. Esse esqueleto fibroso 
mantém os óstios das valvas atrioventriculares e arteriais permeáveis e impede a distensão 
excessiva, oferecendo fixação para as mesmas. Oferece, também, fixação para o miocárdio, 
formando (quando não espiralado) uma faixa miocárdica ventricular. 
Externamente, os átrios demarcam-se dos ventrículos pelo sulco coronário. Os ventrículos 
direito e esquerdo são separados pelos sulcos interventriculares anterior e posterior. 
 
- O coração possui um ápice e uma base. 
O ápice é formado pela parte inferolateral do ventrículo esquerdo, sendo posterior ao 5 espaço 
intercostal esquerdo em adultos, a aproximadamente 9cm da linha mediana. Permanece imóvel 
durante todo o ciclo cardíaco. 
Já a base é a face posterior do coração, formada principalmente pelo átrio esquerdo, com menor 
contribuição do átrio direito, voltada posteriormente aos corpos vertebrais de T VI a T IX. Vai 
da bifurcação do tronco pulmonar até o sulco coronário (inferiormente). 
 
- Faces: esternocostal (anterior), diafragmática (inferior), pulmonar direita e pulmonar esquerda. 
- Margens: direita (AD, estende-se entre VCS e VCI), inferior (VD), esquerda (VE e Auricula 
esquerda), superior (AD, AE, aorta, TP) 
 
- O tronco pulmonar é a continuação arterial do VD, dividindo-se em artérias pulmonares direita 
e esquerda. 
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-Átrio direito: recebe sangue venoso da VCS, VCI e seio coronário. 
Possui, portanto, os óstios da VCS e VCI, além do óstio do seio coronário. Possui uma parede 
anterior muscular formada pelos músculos pectíneos e uma posterior lisa, o seio das veias cavas 
(onde se abrem as veias cavas e o seio coronário). Possui, também, um óstio atrioventricular 
direito, entre o AD e o VD. Entre as partes lisa e áspera da parede atrial existe, externamente, o 
sulco terminal, projetado internamente como a crista terminal. O septo interatrial possui uma 
depressão denominada fossa oval, a qual é um remanescente do forame oval fetal. 
 
- Ventrículo direito: Recebe o sangue do AD pelo óstio atrioventricular direito, o qual contém a 
valva atrioventricular direita (tricúspide). Existem elevações musculares irregulares (trabéculas 
cárneas) em sua face interna. A parede na entrada é rugosa, e na saída (infundíbulo, próximo ao 
tronco pulmonar) é lisa, separadas pela crista supraventricular. O óstio AV é circundado por um 
dos anéis do esqueleto fibroso do coração, o qual mantém seu calibre constante. Nas superfícies 
ventriculares e margens livres das válvulas inserem-se as cordas tendíneas que se originam dos 
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músculos papilares. Esses mm se contraem, tensionando as cordas e evitando o refluxo 
sanguíneo durante a diástole (impedem o prolapso da valva). 
 
- mm papilares: anterior, posterior e septal. 
O septo interventricular é espesso, formado de uma parte muscular e membranácea. 
Existe um feixe muscular curvo que atravessa o VD da parte inferior do SIV até a base do 
músculo papilar, a trabécula septomarginal (banda moderadora), conduz um componente 
importante do complexo estimulante do coração. 
*Ainda que a entrada de sangue ocorra posteriormente, quando o ventrículo se contrai, a saída 
de sangue se dá para cima (superiormente) e à esquerda. O sangue, portanto, faz uma mudança 
de direção de cerca de 140°, facilitada pela crista supraventricular. 
 
-Átrio esquerdo: Forma a maior parte da base do coração, recebendo em sua parede fina as 
quatro veias pulmonares (duas superiores e duas inferiores) avalvares. A parte de sua parede que 
deriva da veia pulmonar embrionária tem paredes lisas e uma aurícula esquerda. Existe uma 
depressão semilunar no septo interatrial, indicando o assoalho da fossa oval e a crista (valva do 
forame oval). 
 
75 
 
- Ventrículo Esquerdo: Maior PA, parede mais espessa que o VD, trabéculas cárneas mais finas 
e numerosas que as do VD, cavidade cônica mais longa, mm papilares maiores,uma parte de 
saída de parede lisa, o vestíbulo da aorta, levando ao óstio da aorta e valva da aorta. A valva 
mitral possui duas válvulas, e o sangue sofre duas mudanças perpendiculares de direção, que 
resultam numa mudança de 180° total. 
 
 
-A valva do tronco pulmonar possui três válvulas semilunares (anterior, direita e esquerda) 
- A valva da aorta também possui três válvulas semilunares (posterior, direita e esquerda). Essas 
valvas possuem menor área que as AV, pois exercem menos da metade da sua força. Na região 
de contato de cada válvula, forma-se um espessamento, a lúnula, e o ápice da margem livre 
angulada forma o nódulo. 
- Logo em sua raiz, os vasos (aorta e TP) sofrem uma dilatação. O espaço entre a parede 
dilatada e as valvas é o seio. 
A abertura da a. coronária direita é no seio da aorta direito, o da coronária esquerda é no seio da 
aorta esquerdo, e nenhuma se origina do seio da aorta posterior. 
 
 
76 
 
- Vasculatura do coração 
- A irrigação arterial se dá pelas artérias coronárias, primeiros ramos da aorta. O endocárdio e o 
tecido subendocárdico são supridos por difusão ou microvascularização direta das câmaras do 
coração, enquanto os vasos cardíacos atravessam a superfície do coração logo abaixo do 
epicárdio, entranhando-se no miocárdio. Esses vasos são afetados por inervação simpática e 
parassimpática. 
- A artéria coronária direita origina-se do seio da aorta direito (da parte ascendente da aorta) e 
passa para o lado direito do tronco pulmonar, seguindo no sulco coronário. Perto de sua origem, 
emite um ramo do nó sinoatrial para irrigar o nó sinoatrial (o ramo é ascendente). Então desce 
no sulco coronário e emite o ramo marginal direito, o qual irriga a margem direita do coração. 
Segue em direção ao ápice do coração, vira para a esquerda e continua no sulco coronário até a 
face posterior do coração. Na face anterior da cruz do coração (intersecção dos septos interatrial 
e interventricular) dá origem ao ramo do nó atrioventricular, irrigando o nó AV. 
Normalmente, a ACD dá origem ao ramo interventricular posterior, descendo no sulco 
interventricular em direção ao ápide do coração. Irriga áreas de ambos os ventrículos e emite 
ramos interventriculares septais para o septo interventricular. O ramo terminal continua no sulco 
coronário. Em resumo, essa artéria supre: o átrio direito, a maior parte do VD, parte do VE, 
parte do septo IV, o nó SA e o nó AV. 
 
 
- A artéria coronária esquerda origina-se do seio da aorta esquerdo da parte ascendente da 
aorta, passando entre a aurícula esquerda e o lado esquerdo do tronco pulmonar, seguindo no 
sulco coronário. Quando entra no sulco coronário, a ACE divide-se em ramo IV anterior e ramo 
circunflexo. O ramo IV anterior segue ao longo do sulco IV até o ápice do coração, faz a volta 
ao redor da margem inferior e costuma se anastomosar com o ramo IV posterior da ACD. Pode 
dar origem ao ramo lateral, o qual desce sobre a face anterior do coração. 
O ramo circunflexo da ACE, menor, acompanha o sulco coronário ao redor da margem esquerda 
do coração até a face posterior do coração. O ramo marginal esquerdo acompanha a margem 
esquerda do coração e supre o VE. Muitas vezes termina no sulco coronário na face posterior do 
coração antes de chegar à crux cordis (cruz de Has), suprindo: o AE, a maior parte do VE, parte 
do VD, 2/3 anteriores do SIV, e em cerca de 40% das pessoas o nó SA; 
77 
 
 
- Drenagem venosa do coração 
- O coração é drenado principalmente por veias que se abrem no seio coronário em parte por 
veias que se abrem diretamente no átrio direito. O seio coronário é um canal venoso largo que 
segue da esquerda para a direita da parte posterior do sulco coronário, recebe a veia cardíaca 
magna, composta pela veia interventricular anterior, drenando áreas supridas pela ACE. 
- A veia interventricular posterior acompanha o ramo interventricular posterior da ACD. Uma 
veia cardíaca parva acompanha o ramo marginal direito da ACD. A veia oblíqua do átrio 
esquerdo (de Marshall) é um remanescente da VCS embrionária, geralmente sofrendo atrofia na 
vida fetal. 
- Algumas veias anteriores do ventrículo direito drenam diretamente para o átrio direito ou veia 
cardíaca parva. As veias cardíacas mínimas começam nos leitos capilares do miocárdio e se 
abrem diretamente nas câmaras do coração. 
 
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- Complexo estimulante do coração 
- gera e transmite os impulsos que produzem as contrações do ciclo cardíaco 
- consiste em tecido nodal e fibras condutoras especializadas 
- o nó sinoatrial é anterolateral, logo abaixo do epicárdio na junção da VCS com o AD, perto da 
extremidade superior do sulco terminal. É o marca-passo do coração. 
- o nó atrioventricular se localiza na região posteroinferior do septo interatrial perto da abertura 
do seio coronário. Distribui o sinal através do fascículo AV, que na junção das partes 
membranácea e muscular do SIV se divide em ramos direito e esquerdo, que prosseguem de 
cada lado do SIV muscular profundamente ao endocárdio e se ramificam em ramos 
subendocárdicos (fibras de Purkinje). 
 
- Grandes vasos 
- As veias braquiocefálicas direita e esquerda (união das v. jugular interna e subclávia) 
conduzem o sangue da cabeça, pescoço e MMSS para o AD 
- A veia cava superior conduz o sangue de todas as estruturas superiores ao diafragma, exceto 
pulmões e coração 
- Parte ascendente da aorta cujos únicos ramos são as coronárias, intrapericárdia. 
- Arco da aorta, continuação da parte ascendente tem como ramos habituais o tronco 
braquiocefálico, a. carótida comum esquerda e a a. subclávia esquerda 
- O tronco braquiocefálico, primeiro ramo do arco da aorta, ascende anteriormente a artéria 
subclávia até alcançar o lado direito da traquéia e articulação EC direita, se dividindo na a. 
carótida comum direita e subclávia direita 
- a. carótida comum esquerda origina-se posterior ao manúbrio esternal entra no pescoço 
passando posterior a art. EC esquerda 
- a a. subclávia esquerda sai do tórax e entra no pescoço, passando posterior a articulação EC 
esquerda. 
 
 
 
 
 
 
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80 
 
MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS 
ROTEIRO – SISTEMA URINÁRIO 
 
ANATOMIA (MOORE) 
- O sistema urinário ocupa o abdome (rins e parte proximal dos ureteres) e a pelve (parte distal 
dos ureteres) e a bexiga urinária. Os rins têm contato com as glândulas suprarrenais 
superomedialmente, mas um fino septo fascial os separa. 
- Os rins (e seus vasos juntamente com o ureter) são estruturas retroperitoneais primárias (de 
origem já retroperitoneal), envoltos por uma cápsula adiposa circunda os rins e seus vasos, e se 
estende até suas cavidades centrais, denominadas seios renais (depressão onde penetra o hilo). 
- Os rins, as glândulas suprarrenais e a cápsula adiposa são envoltos pela fáscia renal, uma 
camada membranácea e condensada que é contínua medialmente, envolvendo os vasos renais, e 
sendo contínuo com as bainhas vasculares dos mesmos. Inferiormente, uma extensão da fáscia 
renal envolve o ureter, denominada fáscia periuretral. 
- O corpo adiposo se situa externo à fáscia renal, bem como a gordura extraperitoneal. A fáscia 
renal também envia feixes colagenosos através do corpo adiposo pararrenal. Esses feixes, com 
os corpos adiposos (cápsula adiposa), além dos vasos e ureter mantém o rim em posição 
relativamente fixa, movendo-se durante a respiração e na passagem da posição de decúbito 
dorsal para posição ortostática (e vice-versa) 
- A mobilidade renal é de cerca de 3cm (aproximadamente um corpo vertebral). 
- Superiormente, a fáscia renal é contínua com a fáscia diafragmática (face inferior do 
diafragma). Já inferiormente, as laminas anterior e posterior da fáscia renal não estão fixadas e 
apresentam apenas união frouxa (ABERTA INFERIORMENTE) 
 
 
81 
 
Rins  têm formato oval, e possuem a função de retirar o excesso de água e resíduosmetabólicos do sangue (filtragem), devolvendo nutrientes e substâncias químicas. São 
retroperitoneais, situados na parede posterior do abdome, um de cada lado na coluna vertebral, a 
nível de T XII a LIII 
- Na sua margem medial côncava, há uma fenda vertica, o hilo renal, entrada do seio renal. É 
pelo hilo que as estruturas vasculares e o ureter penetram no seio. O esquerdo situa-se pero do 
plano transpilórico (a 5cm do plano mediano), o qual atravessa o pólo superior do rim direito, 
que é cerca de 2.5cm. Posteriormente, as partes superiores dos rins se situam profundamente às 
costelas XI e XII. O pólo inferior do rim direito se situa cerca de um dedo superiormente à crista 
ilíaca. 
- 
- Os rins possuem, inferiormente (em suas faces posteriores) relação com o músculo psoas 
maior medialmente. O fígado, duodeno e o colo ascendente são anteriores ao rim direito, o qual 
é separado do fígado pelo recesso hepatorrenal, enquanto o esquerdo relaciona-se com 
estomago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente. 
- No hilo renal, a veia renal situa-se anterior à artéria renal, que é anterior à pelve renal. No 
rim, o seio é ocupado pela pelve renal, pela pelve renal, cálices renais, vasos, nervos e uma 
quantidade de gordura. 
- A margem lateral de cada rim é convexa, enquanto a medial é côncava e entalhada. 
- A pelve renal é a extremidade superior do ureter, que sofre uma expansão afunilada e 
achatada, cujo ápice é contínuo com o ureter. A pelve recebe dois ou três cálices maiores, cada 
um se dividindo em dois ou três cálices menores. 
- Cada cálice menor é entalhada por uma papila renal, que é o ápice da pirâmide renal, de onde a 
urina é excretada. Na pessoa viva, normalmente a pelve e seus cálices estão colapsados. As 
pirâmides e o córtex associado formam os lobos renais, visíveis na parte externa do rim dos 
fetos, podendo persistir como sinal após o nascimento. 
 
82 
 
 
Ureteres  Ductos musculares (de cerda de 30cm de comprimento) com lumens estreitos. 
Conduzem urina dos rins para a bexiga. Seguem inferiormente do ápice das pelves renais nos 
hilos reinais, passam sobre a margem da pelve na bifurcação das aa ilíacas comuns, depois 
passam pela parede lateral da pelve e entram na bexiga. 
Suas partes abdominais são intimamente aderidas ao peritônio parietal, e tem trajeto 
retroperitoneal. Nas costas, a impressão superficial do ureter. Ocupam o plano sagital que cruza 
a extremidade dos processos tranversos das vértebras lombares. Nomralmente, eles encontram 
constrições relativas na junção com a pelve renal, onde cruzam a margem da abertura superior 
da pelve e durante a passagem pela bexiga urinária.  possíveis locais de obstrução para 
cálculos renais. 
Ao passarem pela bifurcação da artéria ilíaca comum, os ureteres deixam o abdome e penetram 
na pelve menor. As partes pélvicas dos ureteres seguem nas paredes laterais da pelve, paralelas 
à margem anterior da incisura isquiática maior (entre o peritônio parietal da pelve e as aa. 
Ilíacas internas). Os ureteres sofrem uma curvatura anteromedial próximo à espinha isquiática, 
acima do m. levantador do ânus, e penetram na bexiga urinária. Eles passam obliquamente 
através da parede muscular da bexiga na direção inferomedial, entrando na face externa da 
bexiga a cerca de 5cm um do outro, mas suas aberturas internas no lúmen da bexiga vazia são 
mais próximas. A passagem oblíqua através da parede da bexiga causa o fechamento da 
passagem intramural. A musculatura vesical também atua como esfíncter (contrações), e 
impedem o refluxo urinário para os ureteres quando a bexiga se contrai (aumento da pressão 
interna durante a micção). 
- A urina é levada pelos ureteres por movimentos peristálticos, sendo conduzidas algumas gotas 
em intervalos de 15 a 20s. 
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- Nos homens, o ducto deferente passa entre o ureter e o peritônio, na mulher o ureter passa 
medialmente à origem da a. uterina e continua a nível da espinha esquiática, onde é cruzado 
superiormente pela a. uterina. 
Bexiga Urinária  Trata-se de uma víscera oca com fortes paredes musculares, caracterizada 
pela sua capacidade de distensão. É um reservatório temporário de urina e varia em tamanho e 
formato, posição e relações de acordo com seu conteúdo e estado das vísceras adjacentes. A 
bexiga vazia no adulto se situa na pelve menor, parcialmente superior e parcialmente posterior 
aos ossos púbicos, separada deles pelo espaço retropúbico de Retzius. 
- É inferior ao peritônio e está apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica anteriromente, na 
próstata nos homens e à parede anterior da vagina nas mulheres posteriormente. 
- Está relativamente livre no tecido adiposo subcutâneo etraperitoneal, exceto pelo colo, fixado 
pelos ligamentos laterais vesicais e pelo arco tendíneo da fáscia da pelve (sobretudo o 
componente anterior, ligamento puboprostático nos homens e pubovesical nas mulheres). Nas 
mulheres, o paracolpo (fixação lateral da vagina ao arco tendíneo da fáscia da pelve) é fator 
indireto importante na sustentação da bexiga. 
- Durante o crescimento, a bexiga está no abdome, penetrando na pelve maior aos 6 anos e 
tomando sua posição da vida adulta na pelve menor depois da puberdade, quando se localiza 
completamente na pelve menor. A Bexiga vazia do adulto se situa quase toda na pelve menor, e 
sua face posterior se situa no mesmo nível da margem superior da sínfise púbica. Quando se 
enche, penetra na pelve maior e ascende no tecido adiposo extraperitoneal da parede abdominal 
anterior. 
- Ao final da miccção, quase não contém urina, assumindo formato quase tetraédrico. 
- Tem, externamente, um ápice, que aponta para a margem superior da sínfise púbica, um fundo, 
oposto ao ápice, formado pela parede posterior um pouco convexa, um corpo, parte principal 
entre ápice e fundo, um colo (encontro do fundo e faces inferolaterais), um leito, formado pelas 
estruturas que têm contato direto com a bexiga - nos homens o fundo da bexiga é separado do 
reto centralmente apenas pelo septo retovesical fascial e lateralmente pelas glândulas seminais e 
ampolas dos ductos deferentes. Nas mulheres, o fundo da bexiga tem relação direta com a 
parede anterossuperior da vagina . A bexiga urinária é revestida por uma fáscia visceral de 
tecido conjuntivo frouxo. 
- As paredes da bexiga urinária são formadas sobretudo pelo músculo detrusor, cujas fibras em 
direção ao colo da bexiga masculina formam o esfíncter interno da uretra, involuntário – evita a 
ejaculação retrógrada. No homem, as fibras no colo são contínuas com o tecido fibromuscular 
da próstata, enquanto nas mulheres são contínuas com fibras musculares da parede da uretra. 
- O trígono da bexiga é formado em seus ângulos pelos óstios dos ureteres (com a prega 
interuretérica) e o óstio interno da uretra. Uma elevação no trígono é a úvula da bexiga. 
- a uretra masculina é dividida em quatro partes intramural, prostática, parte membranácea 
(cruza a membrana do períneo) e a parte esponjosa da uretra, no corpo esponjoso. A parte 
intramural tem seu diâmetro e comprimento variados com a contração do colo da bexiga. 
- A parte prostática apresenta a crista uretral, estria entre os seios prostáticos, onde se abrem os 
dúctulos prostáticos, na região do colículo seminal. 
84 
 
- A uretra feminina tem comprimento de cerca de 4cm, seguindo anteroinferiormente do óstio 
interno da uretra ao óstio externo da uretra, sem ter as fibras organizadas em um esfíncter 
interno. 
 
 
 
	MÓDULO I – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA MEDICINA
	ROTEIRO – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA
	INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO SISTEMA NERVOSO
	MÓDULO II – CONCEPÇÃO E FORMAÇÃO DO SER HUMANO
	ROTEIRO – PELVE, PERÍINEO E SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
	MÓDULO III – METABOLISMO
	ROTEIRO – SISTEMA DIGESTÓRIO
	MÓDULO V – LOCOMOÇÃO
	ROTEIRO – SISTEMA ESQUELÉTICO
	MÓDULO V – LOCOMOÇÃO
	ROTEIRO - SISTEMA ARTICULAR
	MÓDULO V – LOCOMOÇÃO
	ROTEIRO – SISTEMAMUSCULAR
	MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS
	ROTEIRO – SISTEMA RESPIRATÓRIO
	MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS
	ROTEIRO – SISTEMA CARDIOVASCULAR
	MÓDULO VI – FUNÇÕES BIOLÓGICAS
	ROTEIRO – SISTEMA URINÁRIO

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