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Medidas e Avaliação (UniFatecie)

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Aline Caldas

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Se divide em fidedignidade e objetividade, sendo a primeira sinônimo de erro intra-avaliador, ou seja a influência do avaliador sobre o fenômeno em avaliação, enquanto que a segunda, a objetividade, é sinônimo de erro inter-avaliadores, indicando o quanto de variação dos escores (resultados da medida) pode ser atribuído à influência de diferentes avaliadores (ROJAS E BARROS, 2003). REFLETA A avaliação por norma se relaciona ao conceito de normalidade, oriundo da distribuição dos dados e uma determinada população. Utilizando-se recursos estatísticos, como as medidas de posição, também chamada de medidas de tendência central e de dispersão, consegue-se descrever um padrão de distribuição que é semelhante, em diferentes populações. A partir desse padrão, define-se parâmetros como a média, a mediana, o desvio padrão e a variância. Além desses, também são definidos os intervalos percentílicos que representam o posicionamento de referência a partir dos quais são assumidos pontos de corte que indicam uma condição de risco, para valores muito baixos, um intervalo reconhecido como normal, e estratos correspondentes a valores elevados. Um exemplo desse tipo de classificação são as tabelas de peso para a idade, altura para a idade utilizadas para avaliar o crescimento de crianças. Esse tipo de recurso também é utilizado na classificação do IMC de crianças e adolescentes ou ideais (classifica os indivíduos em “normal” e “subnormal”). A avaliação referenciada por critério, por sua vez, baseia-se em valores associados a um menor risco à saúde, por exemplo na medida da pressão arterial, os pontos de corte indicativos de pré-hipertensão e hipertensão são atualizados, periodicamente, conforme as evidências científicas associadas a estes valores. Fonte: Guedes, D.; Guedes, J. (2006). MODALIDADES DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO. Modalidade de Biometria: A Biometria tem sido utilizada na área de Educação Física com diversas finalidades. Entre as mais conhecidas estão a organização dos dados nas chamadas fichas biométricas. Essas fichas reúnem informações sobre o indivíduo que está sendo avaliado, normalmente reunindo parâmetros antropométricos, de crescimento e desenvolvimento, de composição corporal e, em alguns casos, dados posturográficos. Os objetivos dessas medidas estão relacionados aos objetivos do programa de exercícios e/ou treinamento que se pretende realizar. A Biometria também é empregada em estudos biotipológicos, que determinam o tipo físico do avaliado, ou somatotipologia que determinam o somatópico e a sua relação com as modalidades esportivas de interesse. Para a aplicação dessas classificações são necessárias as medidas antropométricas, de composição corporal e diâmetros ósseos (WEIS e MULLER, 2021). Modalidade de Medida: Quando estamos nos referindo ao avaliado podemos dizer que existem dois tipos de medidas: a medida formal que é a medida na qual o avaliado possui conhecimento de que está sendo medido; e a medida informal, quando o avaliado não possui conhecimentos prévios sobre o que será medido (FONTANA e RIEHL, 2008). Também encontramos as avaliações referente ao desempenho do indivíduo, são elas: normas de referência (relativo ao desempenho do indivíduo comparado ao resultado do mesmo grupo) e o critérios de referência (comparação dos resultados com um padrão construído em um determinado grupo - faixa etária, atletas, sexo) (FONTANA e RIEHL, 2008). E, por fim, as avaliações podem ser classificadas como: Diagnóstica: Esta avaliação é realizada no início do programa, para conhecer as condições do avaliado e elaborar o programa, treinamento ou plano de atividades. Refere-se a uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo, grupo ou equipe, tendo como objetivo melhorar esses aspectos. Formativa: Este tipo de avaliação auxilia na evolução dos alunos/indivíduos, permitindo ajustes ao programa/treinamento. Indica ao profissional de Educação Física, se está havendo progresso no ensino/aprendizagem de determinada habilidade, mostrando se objetivos estão sendo atendidos adequadamente e no tempo certo. Somativa: Esta avaliação é realizada ao final do programa ou treinamento, indicando os resultados obtidos. Demonstrando a evolução do aluno e o resultado final em relação a evolução dos objetivos propostos (FONTANA E RIEHL, 2008). SAIBA MAIS Avaliação formativa e somativa A avaliação ocorre em duas perspectivas: formativa e somativa. As avaliações formativas são iniciais ou intermediárias, tais como a administração de um pré-teste e a subsequente avaliação do resultado. A avaliação formativa deveria ocorrer por meio de processo de instrução, treinamento ou pesquisa. Medida, avaliação e feedback contínuos são essenciais. Por exemplo, após uma cirurgia no ombro, o objetivo pode ser recuperar a amplitude articular de movimento da articulação do ombro. Essas avaliações contínuas não precisam envolver testes formais; a simples sequência de observação e feedback entre o estudante ou o participante e o instrutor ou o líder costuma ser adequada. As avaliações somativas são avaliações que normalmente ocorrem no final de um período de instrução ou de treino. Na qualidade de estudante, você está interessado na avaliação somativa – a nota – que receberá no final do semestre. A diferença entre avaliação formativa e somativa pode parecer meramente a diferença no momento da aplicação dos testes. No entanto, é o uso dos dados coletados que distingue a avaliação formativa e a somativa. Assim, em algumas situações, o mesmo dado pode ser usado para a avaliação formativa e para a somativa. Fonte: Morrow Jr., Jackson, Disch e Mood (2003). ÁREAS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos abordar as áreas em que a Educação Física atua realizando avaliações físicas, dessa forma iremos enfatizar na área escolar, em academias de ginástica/musculação e em treinamento desportivo. Avaliação na Educação Física Escolar: Podemos afirmar que as aulas de Educação Física são alguns dos momentos mais propícios para desenvolver habilidades motoras, por meio da prática desportiva entre as crianças e adolescentes. Porém, existem diversos fatores individuais que podem interferir nos objetivos da disciplina, como: i) desenvolvimento e maturação do aluno; ii) nível das habilidades e nível de expressão das aptidões; iii) interesses e motivação para a prática. Diante da necessidade e da importância das aulas de Educação Física, principalmente em relação aos efeitos positivos e benefícios advindos da prática regular de exercícios e da melhoria nos níveis de aptidão física, muitos professores de Educação Física utilizam de indicadores como frequência cardíaca (FC) a fim de garantir e ensinar sobre tais conceitos em suas aulas (LOPES, 2013). Para auxiliar o professor a realizar as avaliações foi elaborado em 2015 um manual de testes e avaliação pelo PROESP-Br (Projeto Esporte Brasil), este manual tem como objetivo apoiar o professor de Educação Física na avaliação dos padrões de crescimento corporal, estado nutricional, aptidão física para a saúde e para o desempenho esportivo em crianças e adolescentes. Considerando a precariedade de algumas escolas brasileiras, o PROESP (2015) desenvolveu uma bateria de testes para o uso dos professores de Educação Física, independentemente de suas condições de trabalho. Segue abaixo os testes indicados: ● Medidas de Crescimento Corporal - Massa corporal (peso); Estatura (altura) Envergadura. ● Testes de Aptidão Física relacionada à Saúde - Composição corporal (Índice de Massa Corporal (IMC)); Aptidão cardiorrespiratória (Teste da corrida/caminhada dos 6 minutos); Flexibilidade (Teste de sentar e alcançar); Resistência muscular localizada (Nº de abdominais em 1 minuto – Sit-up). ● Testes de Aptidão Física relacionados ao Desempenho Esportivo - Força explosiva de membros superiores (Arremesso de medicineball (2 kg)); Força explosiva de membros inferiores (Salto horizontal (em distância)); Ag

DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA. Assuntos relacionados à aptidão física são muito importantes para o profissional de Educação Física, uma vez que estão diretamente relacionados com a saúde e também com o desempenho esportivo. Por essa razão, são abordados praticamente em tempo integral no campo da Educação Física, seja na área do treinamento físico, na de crescimento e desenvolvimento, na área de atividade física relacionada à saúde. Conceito de Aptidão Física. Aptidão Física como palavras distintas têm significados diversos, como: Aptidão - qualidade do que está apto, capacidades naturais ou adquiridas, pode-se dizer também que é apenas capacidade, disposição ou até mesmo conjunto de requisitos necessários para exercer algo, enquanto a palavra Física, refere-se ao corpo, material, está relacionado às leis da natureza. Dessa forma, ao unificar ambas as palavras Aptidão Física, encontramos o significado de capacidade, habilidade, disposição material no qual conduz e indica que o corpo do indivíduo está apto (MACHADO FILHO, 2012). A aptidão física é definida por Guedes (1996) como um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite às pessoas não apenas a realização das tarefas do dia-a-dia, como as ocupações ativas das horas de lazer. Além disso, permite enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva. Aliado a essas características, destaca também a capacidade de evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, ao mesmo tempo em que possibilita o funcionamento da capacidade intelectual em seu nível máximo, aliado ao sentido de alegria de viver. A aptidão física estaria ainda associada a capacidade de realizar esforços físicos sem fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas condições orgânicas no meio ambiente em que vivem. Outra maneira de definir aptidão física encontrada na literatura, é a aptidão física como a capacidade de endurance (duração), continuação, resistência ao estresse e persistência em atividades.

à influência de diferentes avaliadores (ROJAS E BARROS, 2003). REFLETA A avaliação por norma se relaciona ao conceito de normalidade, oriundo da distribuição dos dados e uma determinada população. Utilizando-se recursos estatísticos, como as medidas de posição, também chamada de medidas de tendência central e de dispersão, consegue-se descrever um padrão de distribuição que é semelhante, em diferentes populações. A partir desse padrão, define-se parâmetros como a média, a mediana, o desvio padrão e a variância. Além desses, também são definidos os intervalos percentílicos que representam o posicionamento de referência a partir dos quais são assumidos pontos de corte que indicam uma condição de risco, para valores muito baixos, um intervalo reconhecido como normal, e estratos correspondentes a valores elevados. Um exemplo desse tipo de classificação são as tabelas de peso para a idade, altura para a idade utilizadas para avaliar o crescimento de crianças. Esse tipo de recurso também é utilizado na classificação do IMC de crianças e adolescentes ou ideais (classifica os indivíduos em “normal” e “subnormal”). A avaliação referenciada por critério, por sua vez, baseia-se em valores associados a um menor risco à saúde, por exemplo na medida da pressão arterial, os pontos de corte indicativos de pré-hipertensão e hipertensão são atualizados, periodicamente, conforme as evidências científicas associadas a estes valores. Fonte: Guedes, D.; Guedes, J. (2006). MODALIDADES DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO. Modalidade de Biometria: A Biometria tem sido utilizada na área de Educação Física com diversas finalidades. Entre as mais conhecidas estão a organização dos dados nas chamadas fichas biométricas. Essas fichas reúnem informações sobre o indivíduo que está sendo avaliado, normalmente reunindo parâmetros antropométricos, de crescimento e desenvolvimento, de composição corporal e, em alguns casos, dados posturográficos. Os objetivos dessas medidas estão relacionados aos objetivos do programa de exercícios e/ou treinamento que se pretende realizar. A Biometria também é empregada em estudos biotipológicos, que determinam o tipo físico do avaliado, ou somatotipologia que determinam o somatópico e a sua relação com as modalidades esportivas de interesse. Para a aplicação dessas classificações são necessárias as medidas antropométricas, de composição corporal e diâmetros ósseos (WEIS e MULLER, 2021). Modalidade de Medida: Quando estamos nos referindo ao avaliado podemos dizer que existem dois tipos de medidas: a medida formal que é a medida na qual o avaliado possui conhecimento de que está sendo medido; e a medida informal, quando o avaliado não possui conhecimentos prévios sobre o que será medido (FONTANA e RIEHL, 2008). Também encontramos as avaliações referente ao desempenho do indivíduo, são elas: normas de referência (relativo ao desempenho do indivíduo comparado ao resultado do mesmo grupo) e o critérios de referência (comparação dos resultados com um padrão construído em um determinado grupo - faixa etária, atletas, sexo) (FONTANA e RIEHL, 2008). E, por fim, as avaliações podem ser classificadas como: Diagnóstica: Esta avaliação é realizada no início do programa, para conhecer as condições do avaliado e elaborar o programa, treinamento ou plano de atividades. Refere-se a uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo, grupo ou equipe, tendo como objetivo melhorar esses aspectos. Formativa: Este tipo de avaliação auxilia na evolução dos alunos/indivíduos, permitindo ajustes ao programa/treinamento. Indica ao profissional de Educação Física, se está havendo progresso no ensino/aprendizagem de determinada habilidade, mostrando se objetivos estão sendo atendidos adequadamente e no tempo certo. Somativa: Esta avaliação é realizada ao final do programa ou treinamento, indicando os resultados obtidos. Demonstrando a evolução do aluno e o resultado final em relação a evolução dos objetivos propostos (FONTANA E RIEHL, 2008). SAIBA MAIS Avaliação formativa e somativa A avaliação ocorre em duas perspectivas: formativa e somativa. As avaliações formativas são iniciais ou intermediárias, tais como a administração de um pré-teste e a subsequente avaliação do resultado. A avaliação formativa deveria ocorrer por meio de processo de instrução, treinamento ou pesquisa. Medida, avaliação e feedback contínuos são essenciais. Por exemplo, após uma cirurgia no ombro, o objetivo pode ser recuperar a amplitude articular de movimento da articulação do ombro. Essas avaliações contínuas não precisam envolver testes formais; a simples sequência de observação e feedback entre o estudante ou o participante e o instrutor ou o líder costuma ser adequada. As avaliações somativas são avaliações que normalmente ocorrem no final de um período de instrução ou de treino. Na qualidade de estudante, você está interessado na avaliação somativa – a nota – que receberá no final do semestre. A diferença entre avaliação formativa e somativa pode parecer meramente a diferença no momento da aplicação dos testes. No entanto, é o uso dos dados coletados que distingue a avaliação formativa e a somativa. Assim, em algumas situações, o mesmo dado pode ser usado para a avaliação formativa e para a somativa. Fonte: Morrow Jr., Jackson, Disch e Mood (2003). ÁREAS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos abordar as áreas em que a Educação Física atua realizando avaliações físicas, dessa forma iremos enfatizar na área escolar, em academias de ginástica/musculação e em treinamento desportivo. Avaliação na Educação Física Escolar: Podemos afirmar que as aulas de Educação Física são alguns dos momentos mais propícios para desenvolver habilidades motoras, por meio da prática desportiva entre as crianças e adolescentes. Porém, existem diversos fatores individuais que podem interferir nos objetivos da disciplina, como: i) desenvolvimento e maturação do aluno; ii) nível das habilidades e nível de expressão das aptidões; iii) interesses e motivação para a prática. Diante da necessidade e da importância das aulas de Educação Física, principalmente em relação aos efeitos positivos e benefícios advindos da prática regular de exercícios e da melhoria nos níveis de aptidão física, muitos professores de Educação Física utilizam de indicadores como frequência cardíaca (FC) a fim de garantir e ensinar sobre tais conceitos em suas aulas (LOPES, 2013). Para auxiliar o professor a realizar as avaliações foi elaborado em 2015 um manual de testes e avaliação pelo PROESP-Br (Projeto Esporte Brasil), este manual tem como objetivo apoiar o professor de Educação Física na avaliação dos padrões de crescimento corporal, estado nutricional, aptidão física para a saúde e para o desempenho esportivo em crianças e adolescentes. Considerando a precariedade de algumas escolas brasileiras, o PROESP (2015) desenvolveu uma bateria de testes para o uso dos professores de Educação Física, independentemente de suas condições de trabalho. Segue abaixo os testes indicados: ● Medidas de Crescimento Corporal - Massa corporal (peso); Estatura (altura) Envergadura. ● Testes de Aptidão Física relacionada à Saúde - Composição corporal (Índice de Massa Corporal (IMC)); Aptidão cardiorrespiratória (Teste da corrida/caminhada dos 6 minutos); Flexibilidade (Teste de sentar e alcançar); Resistência muscular localizada (Nº de abdominais em 1 minuto – Sit-up). ● Testes de Aptidão Física relacionados ao Desempenho Esportivo - Força explosiva de membros superiores (Arremesso de medicineball (2 kg)); Força explosiva de membros inferiores (Salto horizontal (em distância)); Agilidade (Teste do quadrado (4 metros de lado)); Velocidade (Corrida de 20 metros); Aptidão cardiorrespiratória (Corrida de 6 minutos). Avaliação em Academias de ginástica e musculação: A avaliação física em academias geralmente é realizada quando o aluno/cliente efetiva sua matrícula.

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Questões resolvidas

Se divide em fidedignidade e objetividade, sendo a primeira sinônimo de erro intra-avaliador, ou seja a influência do avaliador sobre o fenômeno em avaliação, enquanto que a segunda, a objetividade, é sinônimo de erro inter-avaliadores, indicando o quanto de variação dos escores (resultados da medida) pode ser atribuído à influência de diferentes avaliadores (ROJAS E BARROS, 2003). REFLETA A avaliação por norma se relaciona ao conceito de normalidade, oriundo da distribuição dos dados e uma determinada população. Utilizando-se recursos estatísticos, como as medidas de posição, também chamada de medidas de tendência central e de dispersão, consegue-se descrever um padrão de distribuição que é semelhante, em diferentes populações. A partir desse padrão, define-se parâmetros como a média, a mediana, o desvio padrão e a variância. Além desses, também são definidos os intervalos percentílicos que representam o posicionamento de referência a partir dos quais são assumidos pontos de corte que indicam uma condição de risco, para valores muito baixos, um intervalo reconhecido como normal, e estratos correspondentes a valores elevados. Um exemplo desse tipo de classificação são as tabelas de peso para a idade, altura para a idade utilizadas para avaliar o crescimento de crianças. Esse tipo de recurso também é utilizado na classificação do IMC de crianças e adolescentes ou ideais (classifica os indivíduos em “normal” e “subnormal”). A avaliação referenciada por critério, por sua vez, baseia-se em valores associados a um menor risco à saúde, por exemplo na medida da pressão arterial, os pontos de corte indicativos de pré-hipertensão e hipertensão são atualizados, periodicamente, conforme as evidências científicas associadas a estes valores. Fonte: Guedes, D.; Guedes, J. (2006). MODALIDADES DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO. Modalidade de Biometria: A Biometria tem sido utilizada na área de Educação Física com diversas finalidades. Entre as mais conhecidas estão a organização dos dados nas chamadas fichas biométricas. Essas fichas reúnem informações sobre o indivíduo que está sendo avaliado, normalmente reunindo parâmetros antropométricos, de crescimento e desenvolvimento, de composição corporal e, em alguns casos, dados posturográficos. Os objetivos dessas medidas estão relacionados aos objetivos do programa de exercícios e/ou treinamento que se pretende realizar. A Biometria também é empregada em estudos biotipológicos, que determinam o tipo físico do avaliado, ou somatotipologia que determinam o somatópico e a sua relação com as modalidades esportivas de interesse. Para a aplicação dessas classificações são necessárias as medidas antropométricas, de composição corporal e diâmetros ósseos (WEIS e MULLER, 2021). Modalidade de Medida: Quando estamos nos referindo ao avaliado podemos dizer que existem dois tipos de medidas: a medida formal que é a medida na qual o avaliado possui conhecimento de que está sendo medido; e a medida informal, quando o avaliado não possui conhecimentos prévios sobre o que será medido (FONTANA e RIEHL, 2008). Também encontramos as avaliações referente ao desempenho do indivíduo, são elas: normas de referência (relativo ao desempenho do indivíduo comparado ao resultado do mesmo grupo) e o critérios de referência (comparação dos resultados com um padrão construído em um determinado grupo - faixa etária, atletas, sexo) (FONTANA e RIEHL, 2008). E, por fim, as avaliações podem ser classificadas como: Diagnóstica: Esta avaliação é realizada no início do programa, para conhecer as condições do avaliado e elaborar o programa, treinamento ou plano de atividades. Refere-se a uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo, grupo ou equipe, tendo como objetivo melhorar esses aspectos. Formativa: Este tipo de avaliação auxilia na evolução dos alunos/indivíduos, permitindo ajustes ao programa/treinamento. Indica ao profissional de Educação Física, se está havendo progresso no ensino/aprendizagem de determinada habilidade, mostrando se objetivos estão sendo atendidos adequadamente e no tempo certo. Somativa: Esta avaliação é realizada ao final do programa ou treinamento, indicando os resultados obtidos. Demonstrando a evolução do aluno e o resultado final em relação a evolução dos objetivos propostos (FONTANA E RIEHL, 2008). SAIBA MAIS Avaliação formativa e somativa A avaliação ocorre em duas perspectivas: formativa e somativa. As avaliações formativas são iniciais ou intermediárias, tais como a administração de um pré-teste e a subsequente avaliação do resultado. A avaliação formativa deveria ocorrer por meio de processo de instrução, treinamento ou pesquisa. Medida, avaliação e feedback contínuos são essenciais. Por exemplo, após uma cirurgia no ombro, o objetivo pode ser recuperar a amplitude articular de movimento da articulação do ombro. Essas avaliações contínuas não precisam envolver testes formais; a simples sequência de observação e feedback entre o estudante ou o participante e o instrutor ou o líder costuma ser adequada. As avaliações somativas são avaliações que normalmente ocorrem no final de um período de instrução ou de treino. Na qualidade de estudante, você está interessado na avaliação somativa – a nota – que receberá no final do semestre. A diferença entre avaliação formativa e somativa pode parecer meramente a diferença no momento da aplicação dos testes. No entanto, é o uso dos dados coletados que distingue a avaliação formativa e a somativa. Assim, em algumas situações, o mesmo dado pode ser usado para a avaliação formativa e para a somativa. Fonte: Morrow Jr., Jackson, Disch e Mood (2003). ÁREAS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos abordar as áreas em que a Educação Física atua realizando avaliações físicas, dessa forma iremos enfatizar na área escolar, em academias de ginástica/musculação e em treinamento desportivo. Avaliação na Educação Física Escolar: Podemos afirmar que as aulas de Educação Física são alguns dos momentos mais propícios para desenvolver habilidades motoras, por meio da prática desportiva entre as crianças e adolescentes. Porém, existem diversos fatores individuais que podem interferir nos objetivos da disciplina, como: i) desenvolvimento e maturação do aluno; ii) nível das habilidades e nível de expressão das aptidões; iii) interesses e motivação para a prática. Diante da necessidade e da importância das aulas de Educação Física, principalmente em relação aos efeitos positivos e benefícios advindos da prática regular de exercícios e da melhoria nos níveis de aptidão física, muitos professores de Educação Física utilizam de indicadores como frequência cardíaca (FC) a fim de garantir e ensinar sobre tais conceitos em suas aulas (LOPES, 2013). Para auxiliar o professor a realizar as avaliações foi elaborado em 2015 um manual de testes e avaliação pelo PROESP-Br (Projeto Esporte Brasil), este manual tem como objetivo apoiar o professor de Educação Física na avaliação dos padrões de crescimento corporal, estado nutricional, aptidão física para a saúde e para o desempenho esportivo em crianças e adolescentes. Considerando a precariedade de algumas escolas brasileiras, o PROESP (2015) desenvolveu uma bateria de testes para o uso dos professores de Educação Física, independentemente de suas condições de trabalho. Segue abaixo os testes indicados: ● Medidas de Crescimento Corporal - Massa corporal (peso); Estatura (altura) Envergadura. ● Testes de Aptidão Física relacionada à Saúde - Composição corporal (Índice de Massa Corporal (IMC)); Aptidão cardiorrespiratória (Teste da corrida/caminhada dos 6 minutos); Flexibilidade (Teste de sentar e alcançar); Resistência muscular localizada (Nº de abdominais em 1 minuto – Sit-up). ● Testes de Aptidão Física relacionados ao Desempenho Esportivo - Força explosiva de membros superiores (Arremesso de medicineball (2 kg)); Força explosiva de membros inferiores (Salto horizontal (em distância)); Ag

DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA. Assuntos relacionados à aptidão física são muito importantes para o profissional de Educação Física, uma vez que estão diretamente relacionados com a saúde e também com o desempenho esportivo. Por essa razão, são abordados praticamente em tempo integral no campo da Educação Física, seja na área do treinamento físico, na de crescimento e desenvolvimento, na área de atividade física relacionada à saúde. Conceito de Aptidão Física. Aptidão Física como palavras distintas têm significados diversos, como: Aptidão - qualidade do que está apto, capacidades naturais ou adquiridas, pode-se dizer também que é apenas capacidade, disposição ou até mesmo conjunto de requisitos necessários para exercer algo, enquanto a palavra Física, refere-se ao corpo, material, está relacionado às leis da natureza. Dessa forma, ao unificar ambas as palavras Aptidão Física, encontramos o significado de capacidade, habilidade, disposição material no qual conduz e indica que o corpo do indivíduo está apto (MACHADO FILHO, 2012). A aptidão física é definida por Guedes (1996) como um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite às pessoas não apenas a realização das tarefas do dia-a-dia, como as ocupações ativas das horas de lazer. Além disso, permite enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva. Aliado a essas características, destaca também a capacidade de evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, ao mesmo tempo em que possibilita o funcionamento da capacidade intelectual em seu nível máximo, aliado ao sentido de alegria de viver. A aptidão física estaria ainda associada a capacidade de realizar esforços físicos sem fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas condições orgânicas no meio ambiente em que vivem. Outra maneira de definir aptidão física encontrada na literatura, é a aptidão física como a capacidade de endurance (duração), continuação, resistência ao estresse e persistência em atividades.

à influência de diferentes avaliadores (ROJAS E BARROS, 2003). REFLETA A avaliação por norma se relaciona ao conceito de normalidade, oriundo da distribuição dos dados e uma determinada população. Utilizando-se recursos estatísticos, como as medidas de posição, também chamada de medidas de tendência central e de dispersão, consegue-se descrever um padrão de distribuição que é semelhante, em diferentes populações. A partir desse padrão, define-se parâmetros como a média, a mediana, o desvio padrão e a variância. Além desses, também são definidos os intervalos percentílicos que representam o posicionamento de referência a partir dos quais são assumidos pontos de corte que indicam uma condição de risco, para valores muito baixos, um intervalo reconhecido como normal, e estratos correspondentes a valores elevados. Um exemplo desse tipo de classificação são as tabelas de peso para a idade, altura para a idade utilizadas para avaliar o crescimento de crianças. Esse tipo de recurso também é utilizado na classificação do IMC de crianças e adolescentes ou ideais (classifica os indivíduos em “normal” e “subnormal”). A avaliação referenciada por critério, por sua vez, baseia-se em valores associados a um menor risco à saúde, por exemplo na medida da pressão arterial, os pontos de corte indicativos de pré-hipertensão e hipertensão são atualizados, periodicamente, conforme as evidências científicas associadas a estes valores. Fonte: Guedes, D.; Guedes, J. (2006). MODALIDADES DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO. Modalidade de Biometria: A Biometria tem sido utilizada na área de Educação Física com diversas finalidades. Entre as mais conhecidas estão a organização dos dados nas chamadas fichas biométricas. Essas fichas reúnem informações sobre o indivíduo que está sendo avaliado, normalmente reunindo parâmetros antropométricos, de crescimento e desenvolvimento, de composição corporal e, em alguns casos, dados posturográficos. Os objetivos dessas medidas estão relacionados aos objetivos do programa de exercícios e/ou treinamento que se pretende realizar. A Biometria também é empregada em estudos biotipológicos, que determinam o tipo físico do avaliado, ou somatotipologia que determinam o somatópico e a sua relação com as modalidades esportivas de interesse. Para a aplicação dessas classificações são necessárias as medidas antropométricas, de composição corporal e diâmetros ósseos (WEIS e MULLER, 2021). Modalidade de Medida: Quando estamos nos referindo ao avaliado podemos dizer que existem dois tipos de medidas: a medida formal que é a medida na qual o avaliado possui conhecimento de que está sendo medido; e a medida informal, quando o avaliado não possui conhecimentos prévios sobre o que será medido (FONTANA e RIEHL, 2008). Também encontramos as avaliações referente ao desempenho do indivíduo, são elas: normas de referência (relativo ao desempenho do indivíduo comparado ao resultado do mesmo grupo) e o critérios de referência (comparação dos resultados com um padrão construído em um determinado grupo - faixa etária, atletas, sexo) (FONTANA e RIEHL, 2008). E, por fim, as avaliações podem ser classificadas como: Diagnóstica: Esta avaliação é realizada no início do programa, para conhecer as condições do avaliado e elaborar o programa, treinamento ou plano de atividades. Refere-se a uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo, grupo ou equipe, tendo como objetivo melhorar esses aspectos. Formativa: Este tipo de avaliação auxilia na evolução dos alunos/indivíduos, permitindo ajustes ao programa/treinamento. Indica ao profissional de Educação Física, se está havendo progresso no ensino/aprendizagem de determinada habilidade, mostrando se objetivos estão sendo atendidos adequadamente e no tempo certo. Somativa: Esta avaliação é realizada ao final do programa ou treinamento, indicando os resultados obtidos. Demonstrando a evolução do aluno e o resultado final em relação a evolução dos objetivos propostos (FONTANA E RIEHL, 2008). SAIBA MAIS Avaliação formativa e somativa A avaliação ocorre em duas perspectivas: formativa e somativa. As avaliações formativas são iniciais ou intermediárias, tais como a administração de um pré-teste e a subsequente avaliação do resultado. A avaliação formativa deveria ocorrer por meio de processo de instrução, treinamento ou pesquisa. Medida, avaliação e feedback contínuos são essenciais. Por exemplo, após uma cirurgia no ombro, o objetivo pode ser recuperar a amplitude articular de movimento da articulação do ombro. Essas avaliações contínuas não precisam envolver testes formais; a simples sequência de observação e feedback entre o estudante ou o participante e o instrutor ou o líder costuma ser adequada. As avaliações somativas são avaliações que normalmente ocorrem no final de um período de instrução ou de treino. Na qualidade de estudante, você está interessado na avaliação somativa – a nota – que receberá no final do semestre. A diferença entre avaliação formativa e somativa pode parecer meramente a diferença no momento da aplicação dos testes. No entanto, é o uso dos dados coletados que distingue a avaliação formativa e a somativa. Assim, em algumas situações, o mesmo dado pode ser usado para a avaliação formativa e para a somativa. Fonte: Morrow Jr., Jackson, Disch e Mood (2003). ÁREAS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos abordar as áreas em que a Educação Física atua realizando avaliações físicas, dessa forma iremos enfatizar na área escolar, em academias de ginástica/musculação e em treinamento desportivo. Avaliação na Educação Física Escolar: Podemos afirmar que as aulas de Educação Física são alguns dos momentos mais propícios para desenvolver habilidades motoras, por meio da prática desportiva entre as crianças e adolescentes. Porém, existem diversos fatores individuais que podem interferir nos objetivos da disciplina, como: i) desenvolvimento e maturação do aluno; ii) nível das habilidades e nível de expressão das aptidões; iii) interesses e motivação para a prática. Diante da necessidade e da importância das aulas de Educação Física, principalmente em relação aos efeitos positivos e benefícios advindos da prática regular de exercícios e da melhoria nos níveis de aptidão física, muitos professores de Educação Física utilizam de indicadores como frequência cardíaca (FC) a fim de garantir e ensinar sobre tais conceitos em suas aulas (LOPES, 2013). Para auxiliar o professor a realizar as avaliações foi elaborado em 2015 um manual de testes e avaliação pelo PROESP-Br (Projeto Esporte Brasil), este manual tem como objetivo apoiar o professor de Educação Física na avaliação dos padrões de crescimento corporal, estado nutricional, aptidão física para a saúde e para o desempenho esportivo em crianças e adolescentes. Considerando a precariedade de algumas escolas brasileiras, o PROESP (2015) desenvolveu uma bateria de testes para o uso dos professores de Educação Física, independentemente de suas condições de trabalho. Segue abaixo os testes indicados: ● Medidas de Crescimento Corporal - Massa corporal (peso); Estatura (altura) Envergadura. ● Testes de Aptidão Física relacionada à Saúde - Composição corporal (Índice de Massa Corporal (IMC)); Aptidão cardiorrespiratória (Teste da corrida/caminhada dos 6 minutos); Flexibilidade (Teste de sentar e alcançar); Resistência muscular localizada (Nº de abdominais em 1 minuto – Sit-up). ● Testes de Aptidão Física relacionados ao Desempenho Esportivo - Força explosiva de membros superiores (Arremesso de medicineball (2 kg)); Força explosiva de membros inferiores (Salto horizontal (em distância)); Agilidade (Teste do quadrado (4 metros de lado)); Velocidade (Corrida de 20 metros); Aptidão cardiorrespiratória (Corrida de 6 minutos). Avaliação em Academias de ginástica e musculação: A avaliação física em academias geralmente é realizada quando o aluno/cliente efetiva sua matrícula.

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Medidas e
Avaliação
Professora Ma. Claudiana Maria Siste Charal
Professora Ma. Greice Westphal
Reitor 
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
Diretor de Ensino
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Diretor Financeiro
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Campano Santini
Diretor Administrativo
Prof. Ms. Renato Valença Correia
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Coord. de Ensino, Pesquisa e
Extensão - CONPEX
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Coordenação Adjunta de Ensino
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Educação à Distância
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP 
C469m Charal, Claudiana Maria Siste 
 Medidas e avaliação / Claudiana Maria Siste Charal, Greice 
 Westphal. Paranavaí: EduFatecie, 2021. 
 132 p. : il. Color. 
1. Imunologia. 2. Imunização. 3. Biometria I. Westphal, 
 Greice. II .Centro Universitário UniFatecie. III. Núcleo de 
 Educação a Distância. IV. Título. 
 CDD : 23 ed. 616.079 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577 
AUTORAS
Claudiana Marcela Siste Charal
● Mestre em Promoção da Saúde no Envelhecimento Ativo (Unicesumar)
● Licenciatura Plena em Educação Física (CESUMAR)
● Especialista em Neuroaprendizagem (Unicesumar)
● Especialista em Tecnologias Aplicadas no Ensino A Distância (UniFCV)
● Especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais
e Inovação (Unicesumar)
● Tutora Pedagógica (UniFCV)
● Professora orientadora de trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação
(UniFCV)
● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE)
● Experiência no Ensino Superior (presencial e a distância) desde 2019
até os dias atuais.
● Experiência em gestão e empreendimento de academia de 2003 a 2015.
● Experiência em personal trainer de 2000 até os dias atuais.
● Experiência e atuação em ginástica coletiva, licenciada pela Les Mills
International/Body Systems Brasil em 9 modalidades.
Link para acesso ao currículo lattes: CV: http://lattes.cnpq.br/7940297809849482
Greice Westphal
● Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação Associado em Educação Física
da Universidade Estadual de Maringá e da Universidade Estadual de Londrina (PEF- UEM/
UEL) na área de concentração em Desempenho Humano e Atividade Física com o orienta-
dor Prof. Dr. Nelson Nardo Junior;
● Doutoranda com período sanduíche na University of Ottawa no Ottawa Hospital
Research Institute (uOttawa) no grupo Health Active Living and Obesity Research Group 
(HALO) em Ottawa, Ontario, Canada com o orientador PhD. Jean-Philippe Chaput;
● Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano
(Unimep) na área de concentração em Avaliação e Reabilitação Funcional;
● Especialista em Educação Física Escolar, Recreação, Fisiologia do Exercício e
Saúde (ASSESC);
● Graduada em Educação Física Licenciatura Plena (Univali);
● Pesquisadora do Núcleo de Estudos Multiprofissional da Obesidade (NEMO)
vinculado ao Departamento de Educação Física (DEF) e Hospital Universitário de Maringá 
(HUM) da Universidade Estadual de Maringá (UEM);
● Experiência de atuação profissional na área de pesquisa científica, em específico
no tratamento multiprofissional da obesidade, na avaliação e medidas de pessoas com 
obesidade, em programas de tratamento multiprofissional e em Bioestatística e Estatística 
voltado à pesquisa e artigos científicos.
Link para acesso ao currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/6272228329261736
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Seja bem-vindo(a) querido(a) aluno(a)!
Esta disciplina é dedicada a você, professor e professora em formação a fim de for-
necer instrumentos teóricos e práticos acerca do ensino de Medidas e Avaliação através de 
um conjunto essencial de conhecimentos teóricos e práticos sobre os principais conteúdos 
que cercam a disciplina.
Para isso, nosso aprendizado começa na Unidade I tratando dos Conceitos E 
Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação Em Educação Física, para tanto con-
ceituaremos através da literatura biometria, medidas e avaliação, iremos também definir e 
classificar aptidão física, testes, medidas e avaliações, além de diferenciá-las e apresentar 
as etapas básicas de avaliação.
Já na Unidade II nos dedicaremos a discutir sobre as Técnicas e Instrumentos de 
Biometria, Medidas e Avaliação. Assim, será fundamental conhecer os tipos de testes, os 
critérios para selecionar e validar os testes relacionados a aptidão física para que assim 
possamos construí-los, e com o intuito de abranger todo o conteúdo abordaremos também 
os seguintes temas: antropometria aplicada; objetivos e procedimentos para avaliação da 
aptidão física; métodos para avaliação dos níveis de atividade física; instrumentação para 
medidas e avaliação.
Será neste sentido que a Unidade III será abordada, com o objetivo de apresentar 
à você as Baterias de Testes sobre aptidão física, composição corporal, além de discorrer 
sobre antropometria, protocolos de testes e procedimentos estatísticos: análises e interpre-
tação dos resultados, programas e tendências.
Na unidade que fecha a disciplina, serão elencados os diferentes contextos em 
que a Biometria, Medidas e Avaliação são trabalhadas na área da Educação Física, para 
isto dissertar sobre avaliação em educação física escolar; desenvolvimento de propostas 
para avaliação em Educação Física escolar nos diferentes níveis de ensino; avaliação nas 
diversas modalidades desportivas e a organização de ações mediante resultados das ava-
liações em diferentes contextos.
Além disso, na apostila da disciplina Medidas e Avaliação o estudante irá perceber 
que ao longo das unidades aparecerão seções do tipo: “Saiba Mais”, “Reflita”, sugestões de 
livros e vídeos . Estas seções serão destacadas a fim de garantir o aprendizado necessário 
e desejado por você, aluno. 
Assim, esperamos que esta disciplina possa agregar em sua formação!
Bons estudos e divirta-se!
SUMÁRIO
UNIDADE I ...................................................................................................... 3
Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação 
em Educação Física
UNIDADE II ................................................................................................... 29
Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliações
UNIDADE III .................................................................................................. 59
Baterias de Testes
UNIDADE IV ................................................................................................ 102
Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
3
Plano de Estudo:
● Conceitos de biometria, medidas e avaliação;
● Definição e classificação da aptidão física;
● Definições e diferenciação de testes, medidas e avaliações;● Etapas básicas de avaliação;
● Modalidades de biometria, medidas e avaliação;
● Áreas de Avaliação em Educação Física. 
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar biometria, medidas e avaliação;
● Definir e classificar aptidão física;
● Definir e diferenciar testes, medidas e avaliações;
● Classificar as etapas básicas de avaliação;
● Apresentar as modalidades de biometria, medidas e avaliação;
● Identificar as áreas de Avaliação em Educação Física.
UNIDADE I
Conceitos e Princípios Básicos de 
Biometria, Medidas e Avaliação em 
Educação Física
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Greice Westphal
4UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
INTRODUÇÃO
Olá alunos(as), sejam bem vindos a primeira unidade da disciplina Medidas e Ava-
liação, espero que esta unidade te auxilie no aprendizado que teremos mais a frente em 
nossa disciplina.
Nesta unidade, iremos entender o significado de biometria, medida, avaliação, aptidão 
física e teste, dessa forma você conseguirá ter um norte sobre o conteúdo que virá adiante.
A fim de esclarecer o conteúdo a vocês, iremos diferenciar os conceitos de testes, 
medidas e avaliações, pois muitas vezes erroneamente, diversas pessoas acreditam ter 
significados semelhantes ou até mesmo iguais. Partindo desse assunto iremos apresentar 
as modalidades existentes em biometria, medidas e avaliação, assim como as áreas de 
avaliação em que a Educação Física é atuante.
Dessa forma, considerando a importância desses conteúdos como base para a 
disciplina, os mesmos são a base para que você possa se aprofundar nos conteúdos espe-
cíficos da disciplina Biometria, Medidas e Avaliação. 
Agora que você já sabe o que Modalidades de biometria, medidas e avaliação vai 
aprender nesta unidade, quero convidá - lo(a) para vir conosco nesse mundo específico da 
nossa profissão.Vamos lá?!
5UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
1. CONCEITOS DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO
Conceito de Biometria
Com o surgimento em 1901 na Inglaterra, a Biometria teve como função tornar-se 
a ciência que estuda quantitativamente os fenômenos considerados essenciais para a 
conservação da vida (SOUZA, 1980).
A palavra Biometria vem do grego e refere-se a Bio (Vida) e Metria (Medidas), ou 
seja, Medidas da Vida. (SOUZA, 1980)
Dessa maneira, a expressão Biometria remete à procedimentos de medida de 
diversos fenômenos biológicos. Esta ciência, portanto, refere-se às medidas corporais 
dos seres humanos, é denominada Biometria, ou seja, baseia-se em estudos referente às 
características físicas e o comportamento do indivíduo (GOMES; SILVA; VAZ, 2013).
Já na década de setenta, Gomes de Sá (1975) destacava esta definição como 
simplista, podendo levar a interpretações ambíguas. Preferia entender a Biometria como 
“a ciência que procura traduzir numericamente os fenômenos biológicos, estabelecendo 
relações entre os dados assim obtidos, com o fim de determinar as leis que os regem”. 
Esta é, sem dúvida, uma definição mais coerente, porém falta especificar os três níveis 
morfológico, fisiológico e psicológico, os quais estão subentendidos na expressão “fe-
nómenos biológicos” e que são os níveis em que será estudado o indivíduo (GOMES; 
SILVA; VAZ, 2013)..
6UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
No contexto da Educação Física, a biometria tem como objetivo determinar as 
condições físicas dos indivíduos, através de diversas medidas a fim de identificar o estado 
físico e mental para que se possa mensurar os atividade/exercícios físicos a serem 
prescritos, ou seja, a biometria objetiva-se em analisar as partes do corpo humano nas 
quais podem ser medidas (GOMES; SILVA; VAZ, 2013).
Silveira (1929), define biometria como conjunto de processos matemáticos empre-
gados em Biologia. Corroborando com o autor, Ramalho (1940) afirma que biometria é a 
ciência que tem como objetivo traduzir numericamente os fenômenos biológicos, 
estabelecendo relação entre os dados obtidos.
Para Albrizio (2007), a biometria é um campo de conhecimento caracterizado pela 
“medida dos seres vivos”, sendo que seu objetivo é o estudo quantitativo das alterações 
das características das plantas e animais, e, a partir destes, foi empregado através da 
medicina aos seres humanos.
É importante entender que os estudos biométricos não se limitavam apenas às 
medidas físicas, estes também abrangem as faculdades mentais e comportamentais dos 
indivíduos, pois a partir da identificação dessas características seria possível realizar a 
intervenção visando o aperfeiçoamento das espécies, raças, inclusive nos seres humanos 
(BULMER, 2003).
Assim, a biometria agrega de forma multifacetada, diversas áreas de 
conhecimento fundamentado em diferentes modelos de quantificação referente aos 
fenômenos corporais, como: 1 - medidas morfológicas, por meio de recursos 
antropométricos (avaliação do peso, da altura, das circunferências (pescoço, cintura, 
abdômen e quadril) de envergadura, postural, etc. (BLANCKAERT, 2001; SÁ et al., 
2008); 2- medidas fisiológicas, ocorre de acordo com a medição da pulsação, a 
capacidade respiratória, a força, a pressão arterial, composições químicas dos líquidos 
corporais (exemplo: urina e sangue) entre outras. (DASTON; GALISON, 2007); 3 - 
Biotipologia, no qual analisa variações psicológicas a fim de estabelecer uma 
classificação dos indivíduos (GOULD, 2003).
Para analisar as informações mensuradas nas medidas biométricas (corporais) 
dos indivíduos são utilizados procedimentos estatísticos. Assim, parâmetros estatísticos 
como a média e o desvio padrão são utilizados, além de medidas de comparação, como 
testes inferenciais que avaliam se há diferenças entre grupos de interesse ou entre 
momentos de análise, principalmente com a finalidade de avaliar os efeitos de programas 
de intervenção de diversas naturezas (GOMES; SILVA; VAZ, 2013).
7UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Nesta mesma linha, porém com limites mais bem definidos, a área de Medidas 
e Avaliação em Educação Física concentrou a maior parte das publicações e também o 
espaço como componente curricular dos cursos de formação na área. Assim, na atualidade 
são poucos os cursos que mantém ambas as disciplinas na formação inicial. Deste modo, 
mais ênfase será dada neste curso para esta disciplina, destacando, quando for o caso, 
aspectos históricos e conteúdos da Biometria.
8UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
2. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA
Assuntos relacionados à aptidão física são muito importantes para o profissional de 
Educação Física, uma vez que estão diretamente relacionados com a saúde e também com 
o desempenho esportivo. Por essa razão, são abordados praticamente em tempo integral
no campo da Educação Física, seja na área do treinamento física, na de crescimento e
desenvolvimento, na área de atividade física relacionada à saúde.
2.1 Conceito de Aptidão Física
Aptidão Física como palavras distintas têm significados diversos, como: Aptidão - 
qualidade do que está apto, capacidades naturais ou adquiridas, pode-se dizer também que 
é apenas capacidade, disposição ou até mesmo conjunto de requisitos necessários para 
exercer algo, enquanto a palavra Física, refere-se ao corpo, material, está relacionado às 
leis da natureza. Dessa forma, ao unificar ambas as palavras Aptidão Física, encontramos 
o significado de capacidade, habilidade, disposição material no qual conduz e indica que o
corpo do indivíduo está apto (MACHADO FILHO, 2012).
A aptidão física é definida por Guedes (1996) como um estado dinâmico de energia 
e vitalidade que permite às pessoas não apenas a realização das tarefas do dia-a-dia, 
como as ocupações ativasdas horas de lazer. Além disso, permite enfrentar emergên-
cias imprevistas sem fadiga excessiva. Aliado a essas características, destaca também 
a capacidade de evitar o aparecimento das funções hipocinéticas, ao mesmo tempo em 
9UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
que possibilita o funcionamento da capacidade intelectual em seu nível máximo, aliado ao 
sentido de alegria de viver. A aptidão física estaria ainda associada a capacidade de realizar 
esforços físicos sem fadiga excessiva, garantindo a sobrevivência de pessoas em boas 
condições orgânicas no meio ambiente em que vivem.
Outra maneira de definir aptidão física encontrada na literatura, é a aptidão física 
como a capacidade de endurance (duração), continuação, resistência ao estresse e 
persistência em atividades físicas em circunstâncias difíceis (PELLEGRINOTTI, 1998).
Na conferência sobre Exercício, Aptidão e Saúde realizado em Toronto, Canadá 
em 1988, foi apresentado um esquema sobre as relações complexas entre: atividade física 
habitual, a aptidão física/fisiológica e a saúde, e outros fatores influenciadores, como apre-
sentado na figura abaixo (Figura 1).
FIGURA 1. RELAÇÕES COMPLEXAS EXISTENTES ENTRE
 ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL, APTIDÃO FÍSICA E SAÚDE 
Fonte: (BOUCHARD et al., 1990).
2.2 Classificação da Aptidão Física
A aptidão física, atualmente, pode ser classificada de acordo com diferentes con-
cepções apresentadas a seguir. Além dessas concepções, detalhes e especificidades sobre 
esse tópico serão apresentados a seguir, dentro dessa disciplina/curso: 
1- Aptidão física sob um ponto de vista geral: É a capacidade de realizar tarefas
comuns do dia a dia com vigor e vivacidade, sem fadiga excessiva e com plena energia 
para poder realizar as atividades de lazer e também para enfrentar emergências imprevistas 
(BÖHME, 2003).
2- Aptidão física relacionada à Saúde, referente às ações energéticas auxiliando
na realização das atividades cotidianas, no qual proporciona menor risco de doenças crôni-
10UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
co-degenerativas, também pode ser considerada como um bem-estar geral e não apenas 
como prevenção de doenças. Os componentes de mensuração e avaliação relacionados 
às atividades físicas habituais são a resistência cardiorrespiratória; aptidão musculoesque-
lética e a composição corporal (MACHADO FILHO, 2012).
3 - Aptidão Física relacionada às habilidades esportivas (agilidade, velocidade, 
equilíbrio postural e coordenação motora) ou de performance motora. Estas, reconheci-
damente com uma interferência de fatores genéticos, têm sua contribuição mais voltada 
para a realização de tarefas/atividades específicas, relacionadas ao desempenho esportivo 
(VERARDI et al., 2007; NAHAS, 2010; DARIDO E RANGEL, 2005).
4 - Aptidão física sob o ponto de vista médico: Neste ponto, de acordo com Reid 
& Thomson (1985) - a aptidão física compreende duas áreas: anatomia e fisiologia. No 
âmbito da anatomia compreende-se o sistema musculoesquelético (ossos, articulações e 
músculos), e a suas inter-relações com a postura e habilidades básicas de locomoção 
(andar, correr e saltar). Já no campo da fisiológica está relacionado ao funcionamento dos 
sistemas cardiorrespiratório e neuromuscular; aos aspectos antropométricos (percentual de 
gordura, composição corporal total e aspectos estéticos); a aptidão motora básica (nutrição 
e considerações fisiológicas (funcionamento dos órgãos dos sentidos, do sistema digestivo 
e dos órgãos internos e os aspectos endócrinos) (BÖHME, 2003).
11UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
3. DEFINIÇÕES E DIFERENCIAÇÃO DE TESTES, MEDIDAS E AVALIAÇÕES
Caros(as) alunos(as), já definimos o que é medida e avaliação, porém vamos neste 
momento além de relembrar estes conceitos, entender o que são os testes e fazer uma 
comparação entre os três termos (testes, medidas e avaliações).
Sabemos que a Educação Física é um campo do conhecimento no qual utiliza-se o 
método de medidas e avaliação como instrumento com a finalidade de auxiliar, acompanhar, 
intervir, prescrever e orientar a prática das atividades físicas entre os indivíduos, para tanto 
é indispensável obter conhecimentos e habilidades cada vez mais específicas e sobre esse 
tópico (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006).
Por isso, é de suma importância compreender as diferenças dos significados entre 
os verbos: testar, medir e avaliar, além de classificar os escores obtidos. Com destaque 
aos objetivos de verificar a “normalidade” de acordo com padrões de distribuição de dados 
mediante recursos de estatística descritiva. Com isso, estabelecer as normas, padrões e/
ou critérios considerados adequados ou desejáveis.
12UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
3.1 CONCEITOS BÁSICOS: TESTAR, MEDIR E AVALIAR 
3.1.1 Testar 
Está relacionado ao desempenho do indivíduo diante a situações previamente 
organizadas e padronizadas. Um teste é uma situação na qual se solicita a alguém que 
demonstre certo aspecto de seus conhecimentos ou de sua capacidade. Para isso, normal-
mente, são utilizados instrumentos, procedimentos ou técnicas específicas para a obtenção 
da informação de interesse.
Através dos testes é possível determinar os valores numéricos das medidas, o 
mesmo pode ser realizado através de uma prova escrita, um teste físico, ou da observa-
ção da performance de um indivíduo. Exemplo: teste de Cooper - 12 minutos (resistência 
cardiorrespiratória), testes de sentar e alcançar (flexibilidade), entre outros (GUEDES, D.; 
GUEDES, J., 2006).
Existem duas áreas predominantes para a aplicação de testes: aquela que inclui os 
testes de campo e os testes desenvolvidos em ambientes laboratoriais, cada um com suas 
características como apresenta a figura abaixo (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006):
FIGURA 2. TIPOS DE TESTES E SUAS CARACTERÍSTICAS
Fonte: elaborada pelas autoras(2021).
13UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
3.1.2 Medir
O verbo medir remete ao ato de obter informações que possam ser descritas de ma-
neira quantitativa. Desse modo, é utilizado para coletar informações obtidas por intermédio 
de um teste, atribuindo-se a ela um valor numérico. Essas medidas devem ser precisas e 
objetivas. Com isso determina-se a quantidade daquilo que se pretende medir. Um exemplo 
disso é a medida da distância percorrida pelo avaliado durante a realização do teste de 
correr/andar de Cooper de 12 minutos (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
No campo da Educação Física, existem diversos tipos de medidas que podem ser divi-
didas em dois grupos, como apresentado na figura abaixo (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006):
FIGURA 3. TIPOS DE MEDIDAS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Fonte: elaborada pelas autoras (2021).
3.1.3 Avaliar 
Tem a função de interpretar os dados (quantitativos e qualitativos) objetivando 
fornecer um “parecer ou julgamento” de valores de acordo com os referenciais pré-esta-
belecidos. Ela agrega um componente qualitativo do que se mediu. Com isso, possibilita a 
identificação de um grau de importância que pode estar contido naquele dado objetivo, a 
14UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
medida, mas para isso é necessário a comparação com um sistema de referência, seja ela 
para determinar o que é o normal, nas avaliações referenciadas por normas, ou o que é o 
ideal, nas avaliações referenciadas por critérios. Dessa maneira, na avaliação recorre-se a 
um processo interpretativo dos valores de um grupo ou do próprio sujeito, que nesse caso 
é considerada uma avaliação referenciada em si mesmo. A partir da avaliação é possível 
identificar qual e como será realizado o trabalho, o que é ou foi mais eficiente, além de clas-sificar os avaliados, analisando seu progresso, estabelecendo a efetividade do treinamento 
de acordo com os objetivos estabelecidos. Portanto, entende-se que a avaliação reflete 
em metas e objetivos através de comparações mediante um padrão referencial (GUEDES, 
D.; GUEDES, J., 2006). Podemos destacar também que este processo é fundamental na 
prática docente, pois ele fornece elementos essenciais para o desenvolvimento de uma 
ação qualificada, a qual nos permite uma reflexão contínua no que se refere à escolha de 
competências, objetivos, conteúdos e procedimentos (DARIDO E SOUZA JÚNIOR, 2007).
No âmbito da educação física, o ato de avaliar as condições físicas de um indivíduo 
é essencial, pois para a maioria dos indivíduos, talvez essa seja a única experiência de 
avaliação física que eles experimentem. Isso é lamentável, pois a cultura de se submeter 
a avaliações periódicas pode contribuir, em muito, para o conhecimento de si mesmo, a 
busca por objetivos realísticos e, em última análise, a valorização de valores que cada 
indivíduo possui, bem como da valiosa jornada para o aprimoramento das qualidades que 
possuímos. Além disso, pode-se considerar relevantes motivos da avaliação por possibili-
tar acompanhar a evolução das capacidades físicas diante um programa de intervenção, 
identificar problemas ou dificuldades pré-existentes que requeiram certos cuidados ou até 
mesmo a restrição de alguns tipos de exercícios, trabalhando com exercícios específicos e 
de forma segura. 
Desse modo, encontramos na literatura três tipos diferentes de avaliação, cada qual 
com sua peculiaridade. Assim, cabe ao profissional compreender cada um e estabelecer 
qual será o mais apropriado a ser utilizado com cada indivíduo, ou se ele utilizará todos 
os tipos sem escolher entre uma avaliação ou outra (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006). O 
quadro abaixo apresentará, de maneira clara e objetiva, os tipos e as descrições de cada 
um dos tipos de avaliação.
15UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
FIGURA 4. TIPOS E DESCRIÇÕES DAS AVALIAÇÕES
Fonte: elaborado pelas autoras (2021).
Como descrito no quadro acima, as avaliações têm diferentes propósitos e momen-
tos de aplicação. A avaliação diagnóstica normalmente é aplicada antes de se iniciar um 
programa de exercícios, também com a finalidade de procurar pontos ou características 
de destaque, positivos ou negativos. Com essa análise torna-se mais claro o caminho a 
percorrer durante o programa que se tem pela frente. As avaliações formativas e somativas, 
normalmente, são aplicadas no ambiente ensino-aprendizagem. Sendo que a avaliação 
formativa tem como característica facilitar a assimilação de conteúdos no decorrer do pro-
grama instrucional. Ao passo que a avaliação somativa, normalmente é aplicada ao final do 
período instrucional e pretende verificar o quanto se assimilou durante esse período. Nesse 
sentido, as avaliações formativas tendem a fornecer um feedback a alunos e professores 
sobre o progresso observado durante o processo, enquanto que a avaliação somativa visa 
analisar se determinado critério de aproveitamento foi atingido, a fim de que se possa for-
necer uma certificação ou título ao final de um período instrucional ou curso.
De forma, os termos: medida, avaliação, teste são aplicados em diferentes contex-
tos no campo da Educação Física, conforme ilustrado pela figura 5.
16UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
FIGURA 5. ESQUEMA GERAL ENVOLVENDO OS TESTES, MEDIDAS E AVALIAÇÃO EM EF
Fonte: Morrow Jr., Jackson; Disch e Mood (2003).
Assim podemos afirmar que o profissional de Educação Física deve conhecer, de 
forma teórica e prática, uma série de procedimentos e situações nas quais serão necessários 
o planejamento e a aplicação de testes, medidas e avaliações para seu cliente/paciente/
aluno. Como pode-se depreender, a situação em que se esteja e o perfil do público que está
sendo atendido determinará, em grande medida, quais os procedimentos e rotinas mais
apropriados. O importante é compreender que situações distintas requerem organização e
padronização diferenciados, no entanto, o primordial do processo de medir, testar e avaliar
pode ser entendido conforme a figura 5.
Então alunos(as), agora podemos iniciar a aprendizagem específica sobre a avalia-
ção, você deve estar se perguntando, agora já sei a definição, a diferença entre avaliação, 
teste e medidas. Mas como realizo a avaliação propriamente dita?
Antes de tudo vale a pena ressaltar que a realização da avaliação física é impor-
tante para que o indivíduo que deseja iniciar uma atividade física a realize de forma segura 
e orientada, pois é a partir dela que o profissional de Educação Física poderá realizar a 
17UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
prescrição de exercícios físicos e desportivos de acordo com o tipo, a intensidade, 
frequência, a duração da sessão de treino. (CONFEF, 2021; GABER et al., 2011).
A partir da avaliação física também é possível que o profissional possa identificar 
indivíduos com sintomas e/ou fatores de risco para doenças cardiovasculares, 
metabólicas, pulmonares, do sistema locomotor que podem se agravar dependendo do 
tipo e intensida-de dos exercícios. Por isso, nestes casos, antes da realização da 
prescrição de exercícios deve-se solicitar que o avaliado procure um atendimento médico 
especializado, para que se identifique, de forma mais precisa, a extensão do problema e 
após todos os procedimentos necessários o profissional poderá prescrever os exercícios 
com segurança e respeitando as restrições existentes.
Pensando nisso, caro(a) aluno(a), como você selecionaria o(s) instrumento(s) 
para realizar tal avaliação? Será que o instrumento escolhido é ideal ou confiável? Neste 
momento surgem diversas dúvidas, portanto a fim de esclarecer estes questionamentos 
que podem surgir durante a realização da avaliação, iremos apresentar algumas etapas 
fundamentais para que você, como avaliador, possa direcionar as suas ações.
Vamos iniciar a avaliação?
Como ponto de partida o ideal é realizar a anamnese (questionário) com 
perguntas simples, porém de grande valor para o profissional, pois é neste momento que 
o avaliador conhecerá o histórico e hábitos do aluno/atleta/cliente (FONTOURA et al., 
2013).
Um questionário muito utilizado entre os profissionais de Educação Física 
atuantes em academias é o PAR-Q, este questionário foi desenvolvido pelo Ministério da 
Saúde do Canadá e revisado por um Comitê Consultivo Técnico indicado pela Sociedade 
Canadense de Fisiologia do Exercício e Fitness (FONTOURA et al., 2013). O PAR-Q tem 
7 questões, todas muito objetivas e tem como finalidade verificar a prontidão dos 
indivíduos para a prática de exercícios físicos. Caso as respostas das 7 perguntas sejam 
todas negativas, assegura-se que o avaliado está pronto para iniciar um programa de 
exercícios. Esse mesmo tipo de questionário é recomendado antes da realização de um 
teste de esforço. 
 Após realizar a anamnese, inicie a avaliação física, por meio das realização das prin-
cipais medidas antropométricas, de composição corporal e de aptidão física, de acordo 
com o perfil do avaliado e com os propósitos do programa de exercícios que se planeja 
realizar. Inicia-se, normalmente, pelas medidas ANTROPOMÉTRICAS:
18UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
● Medida da Massa Corporal: Para realizar a medida da massa corporal total,
chamada popularmente como “peso do indivíduo”, será utilizada uma balança
(digital ou mecânica).
● Altura: A altura, também denominada estatura, é medida através do equipa-
mento denominado estadiômetro.
● Índice de massa corporal (IMC): Esse índice antropométrico tem como parâ-
metros as medidas de massa corporal e estatura.● Circunferência ou Perimetro: Para realizar essa medida é utilizada uma fita
métrica antropométrica, estas fitas são específicas para essa finalidade, por não
serem feitas com material que possa sofrer alteração (extensão ou encurtamen-
to) com o passar do tempo.
● Diâmetro ósseo: é mensurado por meio do instrumento denominado paquíme-
tro ou antropômetro.
● Dobras cutâneas: o instrumento utilizado para verificar a espessura das dobras
cutâneas é o adipômetro, também chamado de compasso de dobras cutâneas,
espessímetro ou plicômetro.
Após realizar a avaliação antropométrica, se possível o ideal seria realizar a avalia-
ção de aptidão física, a fim de avaliar os níveis da capacidade funcional do aluno, como por 
exemplo: Capacidade aeróbica; Flexibilidade; Resistência; Equilíbrio; Agilidade; Potência; 
Coordenação; Velocidade.
Assim, o profissional estará com os dados suficientes para planejar e estruturar 
um programa de atividade física específico para o aluno/cliente/atleta de acordo com os 
objetivos, metas e limitações, garantindo a segurança e a eficácia do treinamento.
19UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
SAIBA MAIS
É importante considerar que para cada modalidade existe alguma particularidade rela-
cionada aos critérios de avaliação, como por exemplo, a qualidade do teste (refere à va-
lidade, reprodutibilidade e objetividade), aspectos práticos (referente à viabilidade - equi-
pamentos, as instalações, a equipe técnica, o tempo disponível, o número de avaliados 
e a economia do teste, que se relaciona aos recursos financeiros disponíveis), aspectos 
pedagógicos (relaciona-se à facilidade de entendimento e à motivação) e a utilização dos 
resultados (compreende a especificidade e a prescrição), aspectos práticos (evidencia a 
viabilidade, ou seja, está relacionada a parte de equipamentos, instalações, equipe técni-
ca, tempo de disponibilidade, número de avaliados (ROJAS E BARROS, 2003). 
Geralmente um “bom” teste possui três aspectos fundamentais referente a qualidade do 
mesmo, ou seja, para selecionar um teste mais eficaz você deve considerar a validade 
(validade face e/ou de lógica, de conteúdo, de construção, concorrente e preditiva), a re-
produtividade, que se divide em fidedignidade e objetividade, sendo a primeira sinônimo 
de erro intra-avaliador, ou seja a influência do avaliador sobre o fenômeno em avaliação, 
enquanto que a segunda, a objetividade, é sinônimo de erro inter-avaliadores, indicando 
o quanto de variação dos escores (resultados da medida) pode ser atribuído à influência
de diferentes avaliadores
(ROJAS E BARROS, 2003).
REFLITA 
A avaliação por norma se relaciona ao conceito de normalidade, oriundo da distribuição 
dos dados e uma determinada população. Utilizando-se recursos estatísticos, como as 
medidas de posição, também chamada de medidas de tendência central e de dispersão, 
consegue-se descrever um padrão de distribuição que é semelhante, em diferentes 
populações. A partir desse padrão, define-se parâmetros como a média, a mediana, o 
desvio padrão e a variância. Além desses, também são definidos os intervalos 
percentílicos que representam o posicionamento de referência a partir dos quais são 
assumidos pontos de corte que indicam uma condição de risco, para valores muito 
baixos, um intervalo reconhecido como normal, e estratos correspondentes a valores 
elevados. 
20UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Um exemplo desse tipo de classificação são as tabelas de peso para a idade, altura 
para a idade uti-lizadas para avaliar o crescimento de crianças. Esse tipo de recurso 
também é utilizado na classificação do IMC de crianças e adolescentes ou ideais 
(classifica os indivíduos em “normal” e “subnormal”). A avaliação referenciada por 
critério, por sua vez, baseia-se em valores associados a um menor risco à saúde, por 
exemplo na medida da pressão arterial, os pontos de corte indicativos de pré-
hipertensão e hipertensão são atualizados, periodicamente, conforme as evidências 
científicas associadas a estes valores. 
Fonte: Guedes, D.; Guedes, J. (2006)
21UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
5. MODALIDADES DE BIOMETRIA, MEDIDAS E AVALIAÇÃO
5.1 Modalidade de Biometria:
A Biometria tem sido utilizada na área de Educação Física com diversas finalidades. 
Entre as mais conhecidas estão a organização dos dados nas chamadas fichas biométricas. 
Essas fichas reúnem informações sobre o indivíduo que está sendo avaliado, normalmente 
reunindo parâmetros antropométricos, de crescimento e desenvolvimento, de composição 
corporal e, em alguns casos, dados posturográficos.
Os objetivos dessas medidas estão relacionados aos objetivos do programa de 
exercícios e/ou treinamento que se pretende realizar. A Biometria também é empregada em 
estudos biotipológicos, que determinam o tipo físico do avaliado, ou somatotipologia que 
determinam o somatópico e a sua relação com as modalidades esportivas de interesse. 
Para a aplicação dessas classificações são necessárias as medidas antropométricas, de 
composição corporal e diâmetros ósseos (WEIS e MULLER, 2021). 
5.2 Modalidade de Medida:
Quando estamos nos referindo ao avaliado podemos dizer que existem dois tipos 
de medidas: a medida formal que é a medida na qual o avaliado possui conhecimento de 
que está sendo medido; e a medida informal, quando o avaliado não possui conhecimentos 
prévios sobre o que será medido (FONTANA e RIEHL, 2008).
22UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Também encontramos as avaliações referente ao desempenho do indivíduo, são 
elas: normas de referência (relativo ao desempenho do indivíduo comparado ao resultado 
do mesmo grupo) e o critérios de referência (comparação dos resultados com um padrão 
construído em um determinado grupo - faixa etária, atletas, sexo) (FONTANA e RIEHL, 2008).
E, por fim, as avaliações podem ser classificadas como:
Diagnóstica: Esta avaliação é realizada no início do programa, para conhecer as 
condições do avaliado e elaborar o programa, treinamento ou plano de atividades. Refe-
re-se a uma análise dos pontos fortes e fracos do indivíduo, grupo ou equipe, tendo como 
objetivo melhorar esses aspectos.
Formativa: Este tipo de avaliação auxilia na evolução dos alunos/indivíduos, per-
mitindo ajustes ao programa/treinamento. Indica ao profissional de Educação Física, se 
está havendo progresso no ensino/aprendizagem de determinada habilidade, mostrando se 
objetivos estão sendo atendidos adequadamente e no tempo certo.
Somativa: Esta avaliação é realizada ao final do programa ou treinamento, indican-
do os resultados obtidos. Demonstrando a evolução do aluno e o resultado final em relação 
a evolução dos objetivos propostos (FONTANA E RIEHL, 2008).
SAIBA MAIS
Avaliação formativa e somativa 
A avaliação ocorre em duas perspectivas: formativa e somativa. As avaliações formati-
vas são iniciais ou intermediárias, tais como a administração de um pré-teste e a sub-
sequente avaliação do resultado. A avaliação formativa deveria ocorrer por meio de 
processo de instrução, treinamento ou pesquisa. Medida, avaliação e feedback contí-
nuos são essenciais. Por exemplo, após uma cirurgia no ombro, o objetivo pode ser re-
cuperar a amplitude articular de movimento da articulação do ombro. Essas avaliações 
contínuas não precisam envolver testes formais; a simples sequência de observação e 
feedback entre o estudante ou o participante e o instrutor ou o líder costuma ser ade-
quada. As avaliações somativas são avaliações que normalmente ocorrem no final de 
um período de instrução ou de treino. Na qualidade de estudante, você está interessado 
na avaliação somativa – a nota – que receberá no final do semestre. A diferença entre 
avaliação formativa e somativa pode parecer meramentea diferença no momento da 
aplicação dos testes. No entanto, é o uso dos dados coletados que distingue a avaliação 
formativa e a somativa. Assim, em algumas situações, o mesmo dado pode ser usado 
para a avaliação formativa e para a somativa. 
Fonte: Morrow Jr., Jackson, Disch e Mood (2003).
23UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
6. ÁREAS DE AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos abordar as áreas em que a Educação 
Física atua realizando avaliações físicas, dessa forma iremos enfatizar na área escolar, em 
academias de ginástica/musculação e em treinamento desportivo. 
6.1 Avaliação na Educação Física Escolar:
Podemos afirmar que as aulas de Educação Física são alguns dos momentos mais 
propícios para desenvolver habilidades motoras, por meio da prática desportiva entre as 
crianças e adolescentes. Porém, existem diversos fatores individuais que podem interferir 
nos objetivos da disciplina, como: i) desenvolvimento e maturação do aluno; ii) nível das 
habilidades e nível de expressão das aptidões; iii) interesses e motivação para a prática. 
Diante da necessidade e da importância das aulas de Educação Física, principal-
mente em relação aos efeitos positivos e benefícios advindos da prática regular de exer-
cícios e da melhoria nos níveis de aptidão física, muitos professores de Educação Física 
utilizam de indicadores como frequência cardíaca (FC) a fim de garantir e ensinar sobre tais 
conceitos em suas aulas (LOPES, 2013). 
Para auxiliar o professor a realizar as avaliações foi elaborado em 2015 um manual 
de testes e avaliação pelo PROESP-Br (Projeto Esporte Brasil), este manual tem como 
objetivo apoiar o professor de Educação Física na avaliação dos padrões de crescimento 
corporal, estado nutricional, aptidão física para a saúde e para o desempenho esportivo em 
crianças e adolescentes.
24UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Considerando a precariedade de algumas escolas brasileiras, o PROESP (2015) 
desenvolveu uma bateria de testes para o uso dos professores de Educação Física, inde-
pendentemente de suas condições de trabalho. Segue abaixo os testes indicados:
● Medidas de Crescimento Corporal - Massa corporal (peso); Estatura (altura) 
Envergadura.
● Testes de Aptidão Física relacionada à Saúde - Composição corporal (Índice 
de Massa Corporal (IMC)); Aptidão cardiorrespiratória (Teste da corrida/cami-
nhada dos 6 minutos); Flexibilidade (Teste de sentar e alcançar); Resistência 
muscular localizada (Nº de abdominais em 1 minuto – Sit-up).
● Testes de Aptidão Física relacionados ao Desempenho Esportivo - Força 
explosiva de membros superiores (Arremesso de medicineball (2 kg)); Força 
explosiva de membros inferiores (Salto horizontal (em distância)); Agilidade 
(Teste do quadrado (4 metros de lado)); Velocidade (Corrida de 20 metros); 
Aptidão cardiorrespiratória (Corrida de 6 minutos). 
6.2 Avaliação em Academias de ginástica e musculação:
A avaliação física em academias geralmente é realizada quando o aluno/cliente 
efetiva sua matrícula, ou seja inicia suas atividades naquele estabelecimento, ou após um 
período de tempo que pratica um treinamento sistematizado. A avaliação tem por objetivo, 
primeiramente, identificar as condições físicas do indivíduo, também é utilizada como forma 
de verificar e monitorar a qualidade do treinamento e a evolução do indivíduo perante o 
ciclo do treinamento prescrito, assim a avaliação se torna de extrema importância no âmbito 
da Educação Física no ramo das academias de ginástica/musculação. Portanto, partindo 
desses princípios, podemos entender que a avaliação física é importante pois, ao realizar 
a avaliação antes de iniciar as atividades físicas o indivíduo diminui as probabilidades de 
colocar sua saúde em risco, pois a mesma é capaz de revelar as condições físicas, as limi-
tações potenciais do aluno/cliente, eventuais alternativas e preferências que mostram-se 
adequadas, etc (COSTA, 2007).
Quando se trata de um aluno/cliente que já é praticante a avaliação se torna essen-
cial a fim de verificar a eficácia do programa de treinamento prescrito para o mesmo, assim 
é possível ser reformulado e/ou reorganizado de acordo com os objetivos estabelecidos a 
serem alcançados (CAZÓN E MELO, 2010).
25UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
Dessa maneira, a avaliação beneficia o aluno/cliente com um treinamento perso-
nalizado, que considera as suas necessidades e potenciais, assim permitindo melhores 
resultados (CAZÓN E MELO, 2010).
6.3 Avaliação em treinamento desportivo:
O treinamento esportivo é determinante para o aprimoramento do desempenho fí-
sico. Dessa forma, a avaliação física tem aspecto crucial nesse cenário. Diferentemente da 
população em geral, os atletas lutam para superar os seus limites. E isso é um pré-requisito 
essencial para o sucesso no meio esportivo. Portanto, no campo do rendimento físico-es-
portivo, de forma geral e com especificidades de acordo com uma modalidade específica, é 
necessário analisar um conjunto de capacidades físicas e psicológicas para que se possa 
alcançar o potencial de desempenho pretendido (KISS & BÖHME, 2003).
Dessa forma, é necessário que a avaliação realizada englobe todas as variáveis 
indicadoras das capacidades mais relevantes na modalidade esportiva. De tal modo que se 
possa maximizar o desempenho e minimizar os riscos de lesões e de insucesso nas com-
petições. Para isso, geralmente é aconselhável utilizar condições que simulem a prática 
competitiva da modalidade em questão (CURRELL & JEUKENDRUP, 2008). 
Nesta área de atuação, em que pequenos detalhes podem fazer toda a 
diferença entre a conquista de recordes e títulos ou a desclassificação e perda de 
patrocínios, às avaliações físicas devem estar voltadas para a aplicação de testes 
regulares, de tal modo elaborados e válidos para a predição do desempenho esportivo 
que assegurem ao atleta e a equipe que a produtividade esperada tem todas as 
condições de ser alcançada. Para isso, os profissionais atuantes nesse setor devem 
estar continuamente se aperfeiçoando e se especializando, pois as margens para 
erro são muito reduzidas (CURRELL & JEUKENDRUP, 2008). 
Vale ressaltar que a partir da avaliação é possível trabalhar com o atleta treina-
mentos visando a relação entre carga de treino e os riscos de lesões. Assim, podemos 
compreender que a avaliação física tem um papel fundamental no que diz respeito ao 
treinamento esportivo, pois a mesma é capaz de potencializar o rendimento e fornecer 
um feedback ao atleta, também classifica os atletas devido a capacidade de alcançar o 
desempenho e rendimento desejado, além de auxiliar o profissional de Educação Física na 
indicação de exercícios, no planejamento das atividades, no controle do programa, escolha 
das melhores condições e contínuo aprimoramento do treinamento. 
26UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caros(as) alunos(as), chegamos ao fim da Unidade I , portanto espero que ao fim 
dessa unidade você possa ter aprendido e se encantado pela disciplina Medidas e Avaliações.
Para deixar registrado, vamos recapitular nosso conteúdo, dessa maneira anseio 
que a aprendizagem dessa unidade você possa levar por toda sua carreira acadêmica 
às medidas corporais dos seres humanos e ter como objetivo determinar as condições 
físicas dos indivíduos. Essas medidas estão relacionadas com os dados quantitativos, 
que se almeja medir, porém ela fornece informações que precisam ser avaliadas, já que 
a avaliação envolve a análise dos dados obtidos mediante a comparação com padrões 
de referência. Este processo vai possibilitar o uso de dados quantitativos e qualitativos, a 
fim de possibilitar os ajustes necessários emprogramas de treinamento com interesse em 
atingir os objetivos esperados.
A aptidão física está associada à capacidade de realizar tarefas físicas sem cansa-
ço excessivo. Pode-se dizer também que é apenas capacidade de viver, com disposição ou 
até mesmo um conjunto de requisitos necessários para se exercer alguma função.
E por fim também aprendemos que a Educação Física atua a fim de realizar ava-
liações físicas no âmbito escolar, no treinamento esportivo e em academias de ginástica/
musculação.
Assim, caro(a) estudante acreditamos que com o decorrer dos estudos, você estará 
cada vez mais motivado a aprender sobre os desafios da disciplina “Medidas e 
Avaliação’’. Portanto, nos encontramos nas próximas unidades.
Até mais!
27UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
LEITURA COMPLEMENTAR 
GUEDES, D. P. Procedimentos clínicos utilizados para análise da composição 
corporal. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 15, n. 1, p. 
113-129, 2013.
MONTEIRO, A. B; FERNANDES FILHO, J. Análise Da Composição Corporal: Uma 
Revisão De Métodos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 
4, n, 1, p. 80-92, ISSN 1415-8426, 2002.
OLIVEIRA, R. R.; SANTOS, M. G. Componentes da aptidão física relacionada à 
saúde. EFDeportes.com - Revista Digital - Año 17 - Nº 169 - Buenos Aires, junho de 2012.
28UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Fisiologia do exercício: Energia, nutrição e desempenho 
humano
Autor: Frank I. Katch, Victor L. Katch, William D. Mcardle
Editora: Guanabara Koogan
Sinopse: Como na publicação da primeira edição de Fisiologia do 
Exercício | Nutrição, Energia e Desempenho Humano, em 1981, 
esta oitava edição reflete a continuação do compromisso dos 
autores de integrar os conceitos e a ciência das diferentes disci-
plinas que contribuem para uma compreensão mais abrangente e 
a valorização da fisiologia do exercício na atualidade. Estruturada 
em duas partes, oito seções e 33 capítulos, esta obra foi revisada 
e atualizada para oferecer, de modo didático e objetivo, o melhor 
conteúdo sobre nutrição, transferência de energia e treinamento 
físico, e sua relação com o desempenho humano. Características 
especiais: Maior ênfase na correlação entre os conceitos teóricos 
e a prática Projeto gráfico elaborado especialmente para integrar 
texto e figuras de modo adequado para o estudo Mais de 500 fi-
guras que proporcionam melhor compreensão dos assuntos Foco 
nas contribuições de pesquisadores para o conhecimento sobre 
fisiologia do exercício, por meio de entrevistas com proeminentes 
estudiosos deste campo Recursos pedagógicos, incluindo Objeti-
vos do capítulo e Questões discursivas, que propõem perguntas 
para reflexão sobre conceitos complexos, e boxes PSC (Para seu 
conhecimento), que apresentam informações científicas atualiza-
das Atualizações que refletem os mais recentes achados da área, 
além de novas informações sobre nutrição esportiva, aptidão e 
treinamento, composição corporal e controle de peso, Exercício 
em diferentes ambientes, atividade física e saúde, e biologia mole-
cular Material suplementar online, incluindo questões de avaliação, 
referências bibliográficas e apêndices com informações adicionais.
FILME/VÍDEO 
Título: I am Bolt
Ano: 2016
Sinopse: Durante um ano, Usain Bolt foi acompanhado pela equi-
pe dos documentaristas Benjamin Turner e Gabe Turner, inclusive 
na Rio 2016, o que resultou em um filme de 1h47. O objetivo do 
ícone do atletismo com “I Am Bolt” é mostrar para os fãs que não 
é nada fácil chegar ao topo e ainda mais difícil se manter no local 
mais alto do pódio por tanto tempo.
29
Plano de Estudo:
● Tipos de testes;
● Critérios para seleção e validação de testes de aptidão física;
● Construção de testes;
● Antropometria Aplicada;
● Objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão física;
● Métodos para avaliação dos níveis de atividade física;
● Instrumentação para medidas e avaliação.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os tipos de testes;
● Conceituar e contextualizar os critérios para seleção e validação de testes;
● Conhecer a construção dos testes
● Estabelecer a importância da antropometria aplicada para a saúde;
● Estudar os objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão física;
● Compreender os métodos para avaliação dos níveis de atividade física;
● Conhecer os instrumentos para medidas e avaliação.
UNIDADE II
Técnicas e Instrumentos de Biometria, 
Medidas e Avaliações
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Greice Westphal
30UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 30UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja bem-vindo(a) à segunda unidade da nossa apostila de Medidas 
e Avaliação, “Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação”.
Você deve estar se perguntando, o que são essas técnicas e instrumentos para 
medidas e avaliação? Calma, nós vamos aprender juntos! Nesta unidade, iremos apresen-
tar como funcionam esses conceitos na prática e como devem ser aplicados nos diferentes 
públicos-alvo (criança, adolescente, adulto e idoso).
Vamos estudar a diferenciação dos tipos de testes com exemplos, os critérios 
utilizados para seleção e validação de testes de aptidão física, como é feito a construção 
dos testes, o que é, e para que serve a antropometria aplicada, quais são objetivos e 
procedimentos para a avaliação da aptidão física, os métodos para avaliação dos níveis de 
atividade física e para fechar essa unidade quais são os principais instrumentos utilizado na 
rotina dos profissionais no campo de medidas e avaliação em Educação Física.
Vamos aprender juntos sobre essas técnicas e instrumentos da área de Biometria, 
Medidas e Avaliação. Vamos lá?!
O teste, como dito anteriormente, na unidade I, é um método utilizado para veri-
ficar a qualidade, desempenho ou o comportamento do aluno/indivíduo, mediante a um 
procedimento padronizado para se obter uma informação ou resultado. Além disso, é um 
instrumento utilizado para avaliar as habilidades nos domínios cognitivo, psicomotor e afe-
tivo (FREITAS, 2004; GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
Os testes são, normalmente, classificados de acordo com o ambiente onde eles 
são aplicados, como de campo ou de laboratório, conforme está apresentado na figura 1, 
a seguir.
FIGURA 1. TIPOS DE TESTES E EXEMPLOS
Fonte: elaborada pelas autoras(2021).
Teste de campo
 Ex: Teste de corrida de 
 12 min; Teste de Sentar 
 e Levantar.
Testes de laboratório
 Ex: Teste ergométrico
.
31UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 31UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Os testes de campo têm como característica a fácil aplicação, equipamentos não 
tão sofisticados, de baixo custo. Por essas características, não necessitam, em muitos 
casos, que os avaliadores tenham um elevado grau de especialização. Além disso, eles 
geralmente são aplicados em grupos de pessoas/avaliados em um tempo de coleta de 
dados relativamente curto (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013).
Os testes de laboratório utilizam equipamentos elaborados/especializados, que 
normalmente apresentam custos elevados, necessitando um ambiente adequado, com cli-
matização, iluminação, segurança dos equipamentos e dos avaliados, e avaliadores espe-
cializados para manusear os aparelhos, que muitas vezes requerem um tempo de aplicação 
maior. Por essas razões, os testes de laboratório, na maioria das vezes, são utilizados na 
realização de pesquisas e estudos de pós-graduação (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013).
32UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 32UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
2.CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO E VALIDAÇÃO DE TESTES DE APTIDÃO FÍSICA
Neste tópico, abordaremos os critérios para seleção e validação de testes de apti-
dão física. Esses critérios são denominados critérios de autenticidade científica, definidos 
como: validade, fidedignidade, objetividade, padronização e viabilidade (FONSECA, 2012; 
TRITSCHLER, 2003). Esses critérios estão presentes no Quadro 1.
QUADRO 1. CRITÉRIOS DE AUTENTICIDADE CIENTÍFICA. 
Validade Veracidade de um teste
Fidedignidade ou Confiabilidade
Consistência de um teste 
(reprodutibilidade da medida ou 
resultado)
Objetividade
Exatidão do resultado do teste quando 
utilizado por mais de um avaliador.
Padronização
Uniformidade em todos 
os procedimentos.
Viabilidade Condição de aplicação com êxito.
Fonte: elaborada pelas autoras(2021).
Na sequência são apresentados os conceitos de cada critério de autenticidade 
científica de maneira detalhada (ROJAS; BARROS, 2003; TRITSCHLER, 2003).
Validade: refere-se à capacidade do teste medir o que realmente se propõe a fazer, 
com um menor índice de erro possível;
33UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 33UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Fidedignidade ou Confiabilidade: refere-se a medida da reprodutibilidade do 
teste, quando é aplicado repetidamente, nas mesmas pessoas, na mesma avaliação, 
fornecendo dados similares ou iguais, indica o grau de precisão com que determinada 
característica é analisada.
Objetividade: refere-se ao grau de concordância com o valor verdadeiro de um 
teste, quando mensurados por dois ou mais avaliadores, comparando os resultados obtidos 
com intervalo de tempo reduzido, ou no mesmo momento. Portanto, o teste deve apresentar 
resultados idênticos ou muito próximos para uma pessoa avaliada e reavaliada em seguida.
Padronização: O teste deve seguir os mesmos procedimentos, com instruções 
claras, para que qualquer avaliador possa compreendê-lo e aplicar corretamente, por meio 
de uma normatização.
Viabilidade: Refere-se a condições necessárias para a aplicação do teste como os 
custos, tempo despendido, riscos e benefícios da aplicação.
É importante destacar que os critérios tradicionais utilizados para seleção e va-
lidação de testes de aptidão física são: Validade, Fidedignidade e Objetividade (ROJAS; 
BARROS, 2003). 
FIGURA 2. CRITÉRIOS UTILIZADOS PARA OS TESTES DE APTIDÃO FÍSICA
Fonte: Adaptado de (FREITAS, 2004; HEYWARD, 2013; ROJAS; BARROS, 2003).
Para um melhor entendimento sobre os níveis de validade, reprodutibilidade e obje-
tividade, Safrit (1981) sugere a tabela 1, abaixo, para determinar se um teste atinge níveis 
adequados em relação aos critérios de autenticidade científica, podendo ser considerado 
excelente, bom, regular ou fraco (SAFRIT, 1981).
VALIDADE
Medir corretamente, com o 
mínimo de erro possível
CONFIABILIDADE
Reproduzir dados consis-
tentes e estáveis
OBJETIVIDADE
Confiabilidade entre 
avaliadores durante a 
administração de um 
mesmo instrumento de 
medida. Utiliza-se o 
coeficiente de 
correlação de Pearson (r).
34UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 34UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
TABELA 1. NÍVEIS DE VALIDADE, REPRODUTIBILIDADE E OBJETIVIDADE
Nível Validade Reprodutibilidade Objetividade
Excelente 0,80-1,00 0,90-1,00 0,95-1,00
Bom 0,70-0,79 0,80-0,89 0,85-0,94
Regular 0,50-0,69 0,60-079 0,70-0,84
Fraco 0,00-049 0,00-0,59 0,00-0,69
Fonte: (SAFRIT, 1981).
35UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 35UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
3. CONSTRUÇÃO DE TESTES
Antes de pensar ou de assumir a tarefa de partir para a construção de um teste, 
o ideal é se certificar de que isso realmente é necessário. Em outras palavras, buscar na
literatura especializada evidências de que o teste em questão realmente não foi alvo do
trabalho de outros pesquisadores. Com isso em mente, o resultado desse trabalho tende a
ser bem mais promissor.
Para a construção de um teste é necessário levar em consideração alguns elemen-
tos importantes como a objetividade, a reprodutibilidade e a validade do teste, apresentado 
no tópico 2. Além disso, é importante ressaltar os tipos de validade de um teste, que é um 
conhecimento básico sobre medidas e avaliações, utilizando abordagens qualitativas ou 
quantitativas, somente quando um instrumento é válido é possível considerar as informa-
ções obtidas para a avaliação (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006).
Desta forma, para definir o grau de validade de um instrumento é importante desta-
car a sua finalidade, a interpretação e os escores, e principalmente a aplicação, em outras 
palavras, para quem será aplicado, o público-alvo, se é compatível com a idade, gênero e o 
ambiente a ser realizado o teste de maneira geral (FREITAS, 2004). No que se refere a cons-
trução de testes, há diferentes tipos de validade: 1 - validade de face ou lógica; 2 - validade de 
conteúdo; 3 - validade de constructo; 4 - validade concorrente e; 5 - validade preditiva.
Validade Face ou de Lógica: O instrumento parece medir o que se propõe a medir 
e os instrumentos de medida produzirão escores representativos de alguma característica 
36UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 36UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
ou comportamento, é necessário determinar até que ponto esses escores podem trazer 
informações sobre o que pretende avaliar (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006). Exemplo: 
Questionário de Qualidade de Vida.
Validade de Conteúdo: Refere-se ao grau em que o conteúdo de um instrumento 
reflete adequadamente o constructo que está sendo medido (KIMBERLIN; WINTERSTEIN, 
2008). Enfatizando, se o conteúdo está presente nas duas versões do teste, necessaria-
mente as medidas obtidas na versão curta deverão correlacionar-se com as da versão 
longa (ROJAS; BARROS, 2003). Exemplo: questionário de atividade física habitual (IPAQ).
Validade de Constructo: É a extensão em que um conjunto de variáveis representa 
realmente o construto a ser medido (HAIR JR, J.F.; BLACK, W.C.; BABIN, B.J; ANDERSON, 
2006; MARTINS, 2006). Comparação de escores obtidos entre dois grupos diferentes em 
relação ao atributo que se pretende avaliar (ROJAS; BARROS, 2003).
Validade Concorrente: Relação estatística entre os escores produzidos pelo ins-
trumento de medida e indicadores de mesma natureza. Investiga a concordância entre o 
desempenho de um teste e a condição corrente do que se pretende avaliar (GUEDES, D.; 
GUEDES, J., 2006). Pode ser verificada aplicando-se ambos, o teste-alvo e o ‘padrão-ouro’, 
ao mesmo tempo (SOUZA; ALEXANDRE; GUIRARDELLO, 2017).
Validade Preditiva: O teste pretende predizer, por meio de uma equação matemá-
tica, a condição futura do examinado quanto a algum critério específico. Neste caso, um 
teste tem validade preditiva se as medidas que ele permite obter são significativamente 
correlacionados com uma característica, comportamento ou desempenho apresentados no 
futuro (ROJAS; BARROS, 2003).
Portanto, alguns tipos de validade requerem a aplicação de testes estatísticos. 
Assim, primeiro analisam o coeficiente de correlação entre os escores obtidos pelos instru-
mentos de medida. Em seguida, verificam em uma tabela de referência, como a apresentada 
por Tritschler (2000), com os resultados do coeficiente de correlação para a interpretação 
da validação de instrumentos ou testes na área da Educação Física. 
TABELA 2. COEFICIENTES DE CORRELAÇÃO REFERÊNCIA PARA
 INTERPRETAÇÃO DE VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTOS
Coeficiente de Correlação Validação do Instrumento
0,90-0,99 Excelente
0,80-0,89 Muito Boa
0,70-0,79 Aceitável
0,60-0,69 Questionável
Fonte: Adaptado de Tritschler (2000) apud Guedes, D. e Guedes, J. (2006).
37UNIDADEI Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 37UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
4. ANTROPOMETRIA APLICADA
A antropometria é o método mais utilizado para a avaliação do estado nutricional 
individual e coletivo, nos diferentes ciclos da vida, como a infância, adolescência, adultos 
jovens, meia idade e idosos. De uma forma geral, é a aplicação de medições para o estudo 
do tamanho, da forma, dimensões físicas, maturação, crescimento e a composição corpo-
ral, classificando os indivíduos em “graus” de nutrição e adequação. É um procedimento 
não invasivo, de baixo custo e ‘fácil’ operacionalização e padronização, apresentando boa 
precisão e acurácia (FERREIRA, 2015; FONTOURA; FORMENTIN; ABECH, 2008).
Para aprender melhor sobre este tópico, na Educação Física, os métodos mais uti-
lizado na antropometria aplicada são: massa corporal, estatura, comprimentos, diâmetros, 
perímetros, e dobras cutâneas (FONTOURA; FORMENTIN; ABECH, 2008; KISS, 2003). 
Por meio dessas medidas é possível estratificar graus de nutrição e risco relacionado à 
saúde. Também é possível obter informações que em combinação com os resultados de 
testes motores podem gerar um escore que serve de indicativo sobre o potencial que uma 
pessoa tem em relação ao desempenho esportivo em determinada modalidade.
O peso para a idade e a estatura para a idade são indicadores muito valiosos 
da condição de vida, e especificamente da nutrição das crianças. Eles são usados por 
pediatras para avaliar o estado de saúde e o crescimento adequado da fase de crescimento 
desde bebê a criança. O SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) é um sis-
tema de informações do Ministério da Saúde, para promover a informação contínua sobre 
38UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 38UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
condições nutricionais de diferentes grupos populacionais e os fatores que as influenciam. 
Para a classificação do estado nutricional são utilizados índices antropométricos. O índice é 
a combinação entre duas medidas antropométricas (ex. peso e altura) ou entre uma medida 
antropométrica e uma demográfica (ex. peso por idade, altura por idade). Para explorar este 
tópico, de forma mais concreta, vamos apresentar os índices preconizados pela Vigilância 
Nutricional e SISVAN para cada fase do curso da vida. (SISVAN, 2004)
O índice usado para medir a relação entre o peso e a idade das crianças é chama-
do de: Criança Peso/Idade (P/I). Este índice é classificado em percentis para avaliação do 
estado nutricional de crianças. 
Conceito: O peso por idade expressa a relação entre a massa corporal e a idade 
cronológica da criança. É o índice utilizado para a avaliação do estado nutricional, prin-
cipalmente para caracterização de baixo peso. Essa avaliação é muito adequada para o 
acompanhamento do crescimento infantil e reflete a situação global do indivíduo, porém, 
não diferencia o comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos crônicos. 
Método de cálculo: O peso da criança é aferido, de acordo com métodos preconi-
zados e é registrado em quilos. A idade da criança é calculada em meses. Os valores são 
identificados no gráfico de crescimento infantil, segundo o sexo. Este gráfico corresponde a 
curvas que refletem o crescimento de uma população de referência e constam os percentis 
de peso por idade, e devem ser observados os pontos de corte para interpretação.
Interpretação: São definidos quatro pontos de corte para o indicador de Peso 
por Idade (P/I) (percentis 0,1,3,10 e 97), permitindo a seguinte classificação o estado 
nutricional infantil:
● P/I abaixo do percentil 0,1: criança com peso muito baixo para a idade.
● P/I maior ou igual ao percentil 0,1 e menor que o percentil 3: criança com
peso baixo para a idade.
● P/I maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança em risco
nutricional.
● P/I maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
peso adequado para a idade (eutrófica).
● P/I maior ou igual ao percentil 97: criança com risco de sobrepeso.
Usos: Permite avaliação do estado nutricional de crianças e o acompanhamento
do crescimento infantil.
Limitações: A partir do indicador de peso por idade, não é possível diferenciar se 
o comprometimento nutricional é atual/agudo ou pregresso/crônico.
39UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 39UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
De forma semelhante é avaliado o índice peso/altura (P/A). Este índice dispensa a 
informação da idade; expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e altura. 
É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da criança, como para o excesso de peso.
Método de cálculo: A altura da criança, quer seja o comprimento no caso de crian-
ças menores de 2 anos de idade (medida aferida com o indivíduo deitado) ou a estatura 
para crianças de 2 anos ou mais (medida aferida com o indivíduo em pé) é registrada em 
centímetros. O peso da criança é registrado em quilos. Tanto as medidas de altura como de 
peso são avaliadas segundo métodos preconizados e em seguida tais valores são identifi-
cados em gráficos de peso por altura, segundo o sexo. Este gráfico corresponde a curvas 
que refletem a distribuição desse índice em uma população de referência, isto é, aquela 
que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em condições socioeconômicas, 
culturais e ambientais satisfatórias. Nesse gráfico, são apresentados os percentis do índice 
de peso por altura e a intersecção da medida de peso da criança com sua altura possibilitará 
a identificação da faixa de percentil que se encontra o indivíduo, devendo ser observados os 
pontos de corte para sua interpretação. O percentil de peso por altura em que se encontra 
a criança também pode ser identificado por meio de tabelas que apresentam diferentes 
valores de peso em função da altura e do sexo do indivíduo.
Interpretação: São definidos três pontos de corte para o indicador de Peso por 
Altura (P/A) (percentis 3, 10 e 97), permitindo a seguinte classificação:
● P/A abaixo do percentil 3: criança com baixo peso para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança com
risco de baixo peso para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
peso adequado para sua altura.
● P/A maior ou igual ao percentil 97: criança com risco de sobrepeso para sua
estatura.
Quanto ao índice P/A, existe a possibilidade de não ser identificado um parâmetro 
segundo a referência adotada. Isso ocorre quando há um peso muito baixo ou muito alto 
em relação a determinada altura, ou uma altura muito baixa ou muito alta em relação a 
determinado peso.
Limitações: Não oferece um diagnóstico preciso de sobrepeso e obesidade, 
apenas de excesso de peso de uma forma geral. A informação sobre a idade da criança 
não é considerada na avaliação desse índice. Dessa forma, existe a possibilidade de uma 
40UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 40UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
criança apresentar P/A adequado, mas não ter as medidas isoladas de peso e de estatura 
adequadas para sua idade.
Seguindo os mesmos procedimentos descritos em relação às medidas P/I e P/A, 
obtém-se também as medidas de Altura/Idade (A/I).
O indicador de Altura por idade (A/I) expressa o crescimento linear de crianças e 
corresponde ao dado que melhor representa o efeito cumulativo de situações adversas 
sobre o crescimento da criança. É considerado como o índice mais sensível para aferir a 
qualidade de vida da população infantil. Trata-se de um índice incluído, recentemente, na 
Caderneta de Saúdeda Criança.
Os métodos de cálculo e Interpretação são idênticos aos do índice P/A, sendo 
utilizados também os mesmos pontos de corte para o índice de Altura por idade (percentis 
3, 10 e 97), permitindo a seguinte classificação do crescimento infantil:
● A/I abaixo do percentil 3: criança com altura baixa para a idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 3 e menor que o percentil 10: criança com
risco para altura baixa para a idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 10 e menor que o percentil 97: criança com
altura adequada para sua idade.
● A/I maior ou igual ao percentil 97: criança com altura elevada para sua idade.
Usos: Permite avaliar o crescimento linear de crianças. Permite a identificação de
efeitos adversos acumulados sobre o crescimento da criança.
Limitações: Não é possível determinar o estado nutricional global da criança a 
partir desse índice.
4.1 Estado Nutricional de Adolescentes
Índice: Índice de Massa Corporal (IMC) em percentis para avaliação do estado 
nutricional de adolescentes. O IMC é o indicador utilizado para avaliar a proporção entre 
o peso e a altura de adolescentes. As medidas de peso e altura do indivíduo devem ser
avaliadas segundo métodos preconizados e registradas, respectivamente, em quilos e em
metros. O IMC é calculado pela relação entre o peso dividido pelo quadrado da altura do
indivíduo, expresso pela fórmula abaixo:
IMC = Peso (kg)
 Altura (m)2
41UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 41UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Para adolescentes, isto é, indivíduos com idade maior ou igual a 10 anos e menor 
de 20 anos, a classificação do estado nutricional é realizada a partir da identificação do 
percentil de IMC por idade e sexo. O valor obtido de IMC e a idade do adolescente devem 
ser identificados no gráfico de IMC por idade, segundo o sexo do indivíduo. Este gráfico 
corresponde a curvas que refletem a distribuição desse indicador em uma população de 
referência, isto é, aquela que inclui dados referentes a indivíduos sadios, vivendo em con-
dições socioeconômicas, culturais e ambientais satisfatórias. No gráfico, são apresentados 
os percentis do indicador de IMC por idade. A intersecção da medida de IMC do adolescen-
te com sua idade possibilitará a identificação do percentil de IMC por idade do indivíduo, 
devendo ser observados os pontos de corte para sua interpretação. O percentil de IMC por 
idade em que se encontra o adolescente também pode ser identificado por meio de tabelas 
que apresentam diferentes valores de IMC em função da idade e do sexo do indivíduo.
Interpretação: São definidos dois pontos de corte para o indicador de IMC por 
idade para adolescentes (percentis 5 e 85), permitindo a seguinte classificação:
● Percentil de IMC por idade abaixo de 5: adolescente com baixo peso.
● Percentil de IMC por idade maior ou igual a 5 e menor que 85: adolescente
com peso adequado (eutrófico).
● Percentil de IMC por idade maior ou igual a 85: adolescente com sobrepeso.
Limitações: Não permite a avaliação da composição corporal do indivíduo. Por
exemplo, caso seja identificado um alto valor de IMC, não é possível afirmar, com exatidão, 
que o indivíduo apresenta excesso de gordura corporal, tendo em vista que há casos em 
que tal valor pode ser atribuído ao excesso de massa muscular, como no caso de atletas e 
de pessoas que realizam o treino com pesos habitualmente.
4.2 Estado Nutricional em Adultos
Índice: A fórmula do índice para identificar o estado nutricional dos adolescentes é 
a mesma para adultos, o que muda é a interpretação dos resultados do IMC para avaliação 
do estado nutricional de adultos.
Para adultos (indivíduos com 20 anos ou mais e menores de 60 anos de idade) não 
são necessários cálculos adicionais para a interpretação do indicador de IMC. Portanto, 
o estado nutricional será determinado a partir do valor bruto de IMC. A classificação do
estado nutricional de adultos é realizada a partir do valor bruto de IMC. Nesse caso, são
definidos três pontos de corte para o indicador de IMC (valores de IMC de 18,5, 25,0 e
30,0), permitindo a seguinte classificação:
42UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 42UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
● Valores de IMC abaixo de 18,5: adulto com baixo peso.
● Valores de IMC maior ou igual a 18,5 e menor que 25,0: adulto com peso
adequado (eutrófico).
● Valores de IMC maior ou igual a 25,0 e menor que 30,0: adulto com sobrepeso.
● Valores de IMC maior ou igual a 30,0: adulto com obesidade.
As limitações do IMC para adultos são as mesmas descritas na classificação dos
adolescentes. Além disso, o IMC também é utilizado na avaliação do estado nutricional 
de idosos (indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos). A classificação do estado 
nutricional de idosos, assim como a de adultos, é realizada a partir do valor bruto de IMC. 
Porém, para esse estágio de vida são definidos dois pontos de corte distintos daqueles de 
adultos para o indicador de IMC (valores de IMC de 22,0 e 27,0), permitindo a seguinte 
classificação:
● Valores de IMC menor ou igual a 22,0: idoso com baixo peso.
● Valores de IMC maior que 22,0 e menor que 27,0: idoso com peso adequado
(eutrófico).
● Valores de IMC maior ou igual a 27,0: idoso com sobrepeso.
REFLITA 
Na antropometria aplicada, é necessário avaliar e classificar o seu aluno, por meio do 
IMC, corretamente. Com essas informações, é possível planejar um treino físico ade-
quado, sem correr o risco de lesionar ou sobrecarregar algum membro ou articulação 
do seu aluno. Por isso é tão importante levar em consideração essas informações, para 
que você tenha segurança e conhecimento para a prescrição do exercício físico! 
Fonte: elaborado pelas autoras (2021).
43UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 43UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
5. OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA APTIDÃO FÍSICA
Desde a clássica publicação de Carl Caspersen, Kenneth Powell e Gregory Chris-
tenson, em 1985 na revista científica Public Health Report, a Educação Física e áreas 
afins passaram a dispor de uma terminologia apropriada para importantes componentes de 
estudo, como a atividade física, e exercício e a aptidão física (CASPERSEN, POWELL e 
CHRISTENSON, 1985).
Estes autores tiveram o cuidado de diferenciar conceitos que vinham sendo tratados 
de forma confusa e, muitas vezes, intercambiável e este fato representava uma barreira à 
melhor compreensão desses distintos fenômenos. Assim, estabeleceram: Atividade Física 
é todo movimento produzido pela musculatura esquelética que resulta em gasto energético. 
Sendo o exercício físico um subconjunto da atividade física. A diferença é que este é plane-
jado, estruturado e repetitivo, tendo como objetivo a melhoria ou a manutenção da aptidão 
física. Por sua vez, a aptidão física é um conjunto de atributos que são relacionados à saúde 
ou ao desempenho físico, sendo que o grau em que as pessoas possuem esses atributos 
pode ser medido com testes específicos (CASPERSEN, POWELL e CHRISTENSON, 1985).
Destaca-se, dessa forma, que desde a sua definição operacional a aptidão física 
assumiu dois grupos de atributos, sendo que entre os atributos relacionados à saúde 
incluíram-se a resistência cardiorrespiratória, a força/resistência muscular, a composição 
corporal e a flexibilidade. Ao passo que os atributos relacionados ao desempenho espor-
44UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 44UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
tivo foram a agilidade, o equilíbrio, a coordenação, a velocidade, a potência e o tempo de 
reação. Deste modo, torna-se claro que os objetivos relacionados a avaliaçãoda aptidão 
física dividem-se nestes dois ramos: a avaliação de componentes relacionados a saúde e, 
por outro lado dos componentes relacionados ao desempenho esportivo (CASPERSEN, 
POWELL e CHRISTENSON, 1985).
Com base no descrito acima, dependendo do público a ser avaliado e dos objetivos do 
programa a que estarão vinculados definir-se-á a bateria ou conjunto de testes mais apropriado.
Sabemos que uma das funções da Educação Física na escola é auxiliar na pro-
moção de hábitos saudáveis de vida. Assim, a oferta de esportes como estratégia para 
auxiliar na melhora dos componentes da aptidão física de crianças e adolescentes é um 
procedimento comum. Apesar disso, não estão claros quais os tipos de modalidades es-
portivas podem oferecer benefícios de maior magnitude. Neste tipo de contexto, portanto, a 
avaliação dos componentes da aptidão física por meio de uma bateria de testes, como a do 
PROESP – 2007 é de grande utilidade (SCHUBERT et al., 2016). Estes autores, 
realizaram um estudo transversal (com coleta única de dados e sem acompanhamento 
ao longo do tempo) e verificaram que praticantes de modalidades esportivas individuais 
tinham mais chance de atingirem os valores esperados de aptidão física para o índice 
de massa cor-poral e flexibilidade, enquanto os praticantes de modalidades coletivas 
apresentaram mais chances de atingirem os critérios de saúde da capacidade física 
para força de membros superiores. Apesar de não ser um estudo longitudinal, que 
acompanha os participantes ao longo de um período de alguns anos, o que dá mais 
segurança na avaliação da associação observada, os autores concluíram que os diversos 
componentes da aptidão física voltada para a saúde estão associados às modalidades 
esportivas em crianças e adolescentes (SCHUBERT et al., 2016).
Por outro lado, quando o objetivo dos testes e medidas de aptidão física é a iden-
tificação de talentos para os esportes, outros procedimentos e medidas são necessários. 
Nesse sentido, torna-se relevante definir o que é e para o que serve a detecção de talen-
tos. De acordo com Matsudo et al. (2007), a detecção de talentos possibilita efetuar um 
prognóstico, de longo prazo, sobre uma pessoa (geralmente criança ou adolescente) que 
evidencia atributos e capacidades necessárias para integrar uma população de atletas de 
excelência desportiva (MATSUDO; ARAJO; OLIVEIRA, 2007). 
E, nesse contexto, a seleção de talentos refere-se ao conjunto de ações que per-
mitem efetuar um prognóstico, a curto prazo, para um indivíduo situado em um grupo de 
atletas. Esse prognóstico baseia-se no postulado de que o indivíduo em questão possui 
45UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 45UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
atributos, nível de aprendizagem, treinabilidade e maturidade necessários para apresentar 
um desempenho superior aos outros membros do mesmo grupo. De forma complemen-
tar os referidos autores adicionam: “Quem quiser descobrir o fora de série precisa estar 
muito bem treinado em reconhecer o que é normal”. Por este motivo, o Celafiscs (Centro 
de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul) buscou, por muitos 
anos, valores normativos de diferentes variáveis de aptidão física da população brasileira, 
identificando também a sua variabilidade (MATSUDO; ARAUJO; OLIVEIRA, 2007). Cumpre 
destacar que o campo de aplicação de testes e medidas, tanto as relacionadas à saúde, 
como as ligadas ao desempenho esportivo tem um amplo campo de aplicação e, conse-
quentemente, objetivos e procedimentos específicos, de acordo com o público e o contexto 
de avaliação. Assim, o tópico atual será retomado, em outras unidades, para aprofundar 
essas questões.
SAIBA MAIS
Para complementar a avaliação da aptidão física, é importante conhecer a equação 
preditora de idade óssea na iniciação esportiva através de variáveis antropométricas. 
A idade óssea é importante como um referencial na determinação da idade biológica 
e maturação, justificando-se, por quanto, a sua utilização, uma vez que o tecido ósseo 
diferencia-se, desenvolve-se e amadurece ao longo de linhas determinadas, podendo, 
a partir de um centro de ossificação primário, determinar com maior segurança o estado 
de desenvolvimento do indivíduo.
Equação:
Idade óssea = -11,620 + 7,004 (estatura) + 1,226.Dsexo + 0,749 (idade) – 0,068 (Tr) + 
0,214 (Pcb) – 0,588 (Du) + 0,388 (Df )
Onde: Para o sexo masculino: Dsexo = 0, para o sexo feminino: Dsexo= 1, Estatura (m), 
Idade (anos), Tr = dobra cutânea tricipital (mm), Pcb = perímetro corrigido de braço (cm), 
Du = diâmetro de úmero (cm), Df= diâmetro de fêmur (cm) (CABRAL et al., 2013).
46UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 46UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
6. MÉTODOS PARA AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ATIVIDADE FÍSICA
Quando se pensa em formas de mensuração do nível de atividade física (AF), lo-
gicamente pensa-se em: Por que ou para que? Entre as possíveis respostas destacam-se: 
Comparar a prevalência de AF entre populações; desenvolver estratégias de saúde pública 
para aumentar os níveis de AF; Medir a efetividade dos programas de saúde pública; deter-
minar a quantidade ou dose de AF requerida para influenciar determinados parâmetros de 
saúde. Todas essas questões servem de indicação sobre a complexidade dessa área de 
investigação/atuação. Ao mesmo tempo, a inatividade física ocupa a posição de sexto maior 
causador de DALYs (anos de vida perdido livre de doenças) nas Américas ressaltando 
a sua importância (PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION, 2012, p. 169).
Por essa razão, e pelo fato de que a inatividade física tenha sido, mais recentemen-
te, identificada como o quarto principal fator de risco para mortalidade global. Agrava-se a 
situação uma vez que os níveis de inatividade física estão aumentando em muitos países, 
com implicações importantes para a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis 
(DCNT) e a saúde geral da população em todo o mundo (WHO, 2020). Assim, o plano 
de ação da OMS sobre AF para 2018 a 2030 visa tornar as pessoas mais ativas e, por 
consequência, com melhores níveis de saúde e de qualidade de vida (WHO, 2018). Com 
uma meta de redução de 15% na prevalência global de inatividade física entre adultos e 
adolescentes até 2030, uma vez que 1 entre 4 adultos e 3 entre 4 adolescentes atualmente 
não atingem as recomendações de atividade física da OMS (WHO, 2018).
47UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 47UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Torna-se necessário, portanto, reforçar que qualquer movimento corporal realizado 
pela musculatura esquelética que resulte em um gasto energético é considerado atividade 
física AF (CASPERSEN; POWELL; CHRISTENSON, 1985). Partindo dessa definição des-
taca-se a dificuldade em medir a AF, que pode ocorrer em diversos contextos no cotidiano 
de um indivíduo e de diferentes populações. Considera-se o somatório das AF diárias como 
“AF habitual”, podendo esta ocorrer nas atividades de lazer, ocupacionais ou nos desloca-
mentos (WHO, 2018). 
Devido ao aumento contínuo de sua prevalência, torna-se necessário igualmente 
definir o que vem a ser o comportamento sedentário. Segundo a OMS, o comportamento 
sedentário é definido como qualquer comportamento de vigília caracterizado por um gasto 
energético menor que 1,5 equivalentes metabólicos (METs), como estar sentado, reclinado 
ou deitado. Evidências recentes indicam que altos níveis de comportamento sedentário 
contínuo (como permanecer sentado por longos períodos de tempo) estão associados com 
alterações no metabolismo da glicose e desordens cardiometabólicas, bem como aumento 
da mortalidade geral (WHO, 2018).
Há uma grande diversidade de métodose técnicas para mensurar a atividade física, 
sendo eles classificados como objetivos ou subjetivos. Entre os métodos objetivos destacam-
-se os sensores de movimento, monitores de frequência cardíaca, água duplamente marcada
(DLW) e a observação direta do comportamento. Embora estes apresentem níveis considera-
dos satisfatórios de reprodutibilidade e validade, possuem limitações em termos de logística
e custo, podem ser reativos e mensuram apenas atividades físicas “atuais” ou “recentes”.
Por essas razões, a prática de AF vem sendo avaliada mais comumente por quatro 
métodos: acelerômetros; pedômetros; diários; e questionários. 
Os acelerômetros são sensores que captam movimentos em três planos e indicam 
a intensidade dos movimentos que os indivíduos realizam. 
Os pedômetros são semelhantes aos acelerômetros no que se refere a sua uti-
lização, contudo indicam apenas o número de passos que os indivíduos realizam e não 
computam a intensidade dos movimentos. 
Os diários, instrumentos nos quais os indivíduos anotam suas atividades em perío-
dos padronizados de tempo, por exemplo a cada período de 15 minutos do dia, durante três 
ou sete dias, requerem adesão e cooperação do avaliado, o que pode ser problemático em 
pesquisas populacionais com grandes amostras. 
48UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 48UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Os questionários, finalmente, são os instrumentos mais utilizados para avaliação 
dos níveis de atividade física em pesquisas epidemiológicas porque têm baixo custo, são 
de fácil aplicação e proporcionam rapidez na obtenção dos dados (MILITÃO et al., 2013).
Os instrumentos mais diretos, como por exemplo, a água duplamente marcada, a 
calorimetria direta e outros, são mais precisos e acurados. No entanto, além de possuírem 
um custo elevado tanto para coleta, como para a análise dos dados, não são práticos, 
por não permitirem avaliações em larga escala e demandarem grande quantidade de 
tempo para aplicação, bem como profissionais altamente especializados. Por outro lado, 
os questionários são bastante úteis quando o objetivo é avaliar um grande número de 
indivíduos, com praticidade, rapidez e baixo custo, como por exemplo, em estudos de base 
populacional (BANDA et al., 2010).
Dentre os diferentes instrumentos para medida da AF, o uso de questionários, 
pedômetros e acelerômetros na população idosa é algo bastante frequente, muito, pela 
possibilidade de avaliar um número elevado de participantes (UENO et al., 2013). No 
entanto, no Brasil, ainda são escassos os instrumentos para a avaliação da AF com boa 
validade, aplicados à epidemiologia (FLORINDO et al., 2006).
Cabe observar que não há um instrumento que seja adequado a todos os estudos 
que envolvem a medida da AF. Escolher o instrumento mais apropriado não depende so-
mente dos níveis de reprodutibilidade e validade, mas também de outros fatores como as 
características da amostra, os objetivos do estudo, recursos disponíveis, os domínios e as 
dimensões da atividade física que serão mensurados e o período de referência da medida.
49UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 49UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
7. INSTRUMENTAÇÃO PARA MEDIDAS E AVALIAÇÃO
Neste tópico vamos abordar o tema de instrumentação de medidas e avaliação. 
Para realização das medidas antropométricas, a avaliação da composição corporal e os 
testes de aptidão física, o profissional deve estar familiarizado e, preferencialmente, trei-
nado e capacitado para o uso dos instrumentos e técnicas de coleta, sabendo preparar o 
ambiente e os equipamentos apropriados. 
Na antropometria, os parâmetros mais frequentemente mensurados são a 
massa corporal, estatura, circunferências e diâmetros. Enquanto que na avaliação da 
composição corporal o que é verificado, normalmente, é a massa magra, o percentual 
de gordura, a massa livre de gordura, a gordura corporal absoluta, entre outros. 
Estadiômetro: O estadiômetro é um equipamento utilizado para mensurar a 
estatura em metros. É uma medida antropométrica muito importante e um indicador de 
precisão para avaliar o crescimento e estimar os índices de risco e estado nutricional, 
como por exemplo, o IMC. O estadiômetro pode ser fixo (na parede) ou portátil, no sen-
tido vertical, contém uma haste de metal graduada, normalmente, de 0 a 2 metros. Tem 
acoplado um cursor que desliza sobre a unidade de medida, ou seja, em uma régua 
disposta perpendicularmente à haste graduada (A padronização desta técnica é a medida 
direta, ou seja, são mensurações realizadas em pessoas que ficam em pé, eretos e sem 
assistência. Assim, para essa medida, o avaliado permanece em pé, ereto, descalço, 
com a posição de costas para o aparelho, a cabeça em posição do plano horizontal de 
50UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 50UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Frankfurt, o olhar fixo para o horizonte, os braços estendidos ao longo do corpo, os pés 
unidos formando um ângulo reto com as pernas (CHRISTINELLI et al., 2021; 
LOHMAN; ROACHE; MARTORELL, 1992; WESTPHAL et al.,2021).
FIGURA 1. EXEMPLO DE ESTADIÔMETRO PORTÁTIL
FIGURA 2. EXEMPLO DE COMO AVALIAR A ESTATURA
51UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 51UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Balança Digital: A massa corporal é uma medida antropométrica mensurada por 
meio de uma balança digital. O avaliado permanece em posição direta, em pé, cabeça no 
plano horizontal de Frankfurt, com os braços estendidos ao longo do corpo, e com os pés 
levemente afastados (CHRISTINELLI et al., 2021; WESTPHAL et al., 2021). 
FIGURA 4. EXEMPLO DE BALANÇA DIGITAL
Fita Métrica ou Trena Antropométrica – Circunferências ou Perímetros: A trena 
antropométrica ou fita métrica é utilizada para verificar as circunferências ou perímetros, 
por exemplo: do pescoço, cintura, abdômen e quadril, além de medidas de pontos espe-
cíficos dos membros superiores e inferiores, como o braço, antebraço, coxa e panturrilha, 
respectivamente (WESTPHAL et al., 2020; WHO, 2018). 
FIGURA 5. EXEMPLO DE FITA MÉTRICA
52UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 52UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
FIGURA 6. EXEMPLO DE AVALIAÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIA
Compasso de barras: Este equipamento é utilizado para verificar medidas de 
diâmetros, como o anteroposterior do tórax (tronco). Ele também é utilizado para medir o 
comprimento dos membros. O compasso de barras é constituído com uma haste metálica 
graduada e um cursor, em forma de corrediça, com uma régua que se desloca até outra 
régua fixa, na extremidade oposta. Existem dois tipos de compasso de barras o grande que 
se chama antropômetro e o pequeno denominado paquímetro, sendo que este último serve 
para medir diâmetros ósseos de extremidades de ossos longos, como o bi-condilo femoral 
e o bi-maleolar, para medir o diâmetro do fêmur e da tíbia, respectivamente (LESCAY; 
ALONSO BECERRA; HERNÁNDEZ GONZÁLEZ, 2017).
FIGURA 7. EXEMPLO DE PAQUÍMETRO
53UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 53UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
Compasso de Dobras Cutâneas: O compasso de dobras cutâneas, também re-
conhecido como adipômetro, espessímetro ou plicômetro, é utilizado para aferir as dobras 
cutâneas ou pregas de gordura subcutânea e, a partir dessas medidas estimar a adiposida-
de corporal (BENITO et al., 2019).
FIGURA 8. EXEMPLO DE PLICÔMETRO
FIGURA 9. EXEMPLO DE ADIPÔMETRO AFERINDO DOBRA CUTÂNEA
Bioimpedância Elétrica: O equipamento de bioimpedância elétricaé utilizado para 
estimar os constituintes da composição corporal, verificando a água corporal total, massa 
magra, massa livre de gordura, massa óssea e o percentual de gordura (CASTILHO et al., 
2021; CHRISTINELLI et al., 2021; HEYWARD, 2001; WESTPHAL et al., 2021).
54UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 54UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
FIGURA 10. EXEMPLO DE BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA
Fonte: elaborada pelas autoras(2021).
SAIBA MAIS 
Você sabia que existem recomendações adequadas para aferição da Bioimpedância 
Elétrica (BIA)? São elas
Não comer ou beber 4 horas antes do teste;
Não praticar nenhum exercício físico 12 horas antes do teste;
Urinar 30 minutos antes do teste;
Não consumir bebida alcoólica 48 horas antes do teste;
Não é recomendado o uso de medicação diurética 7 dias antes do teste;
Não é recomendado para o sexo feminino, realizar o teste no período menstrual. 
Fonte: Christinelli et al (2021); Heyward (2001) e Westphal et al (2021).
55UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 55UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Querido(a) aluno(a), chegamos ao fim de mais uma unidade da nossa apostila 
de Medidas e Avaliação. Esperamos que esse conteúdo seja muito produtivo para o seu 
aprendizado. Vamos fazer um breve registro dessa unidade, para ajudar em seus estudos. 
Nos tópicos 1, 2 e 3 foi abordado sobre os testes de medidas, avaliação e aptidão 
física. Lembrando que são dois tipos de teste, o de campo que é caracterizado de fácil 
aplicação e baixo custo e o de laboratório, específico para equipamentos de custo elevado 
e avaliador especializado. Também, foi apresentado os critérios para seleção e validação 
de testes de aptidão física, é importante lembrar que critérios tradicionais utilizados para 
seleção e validação de testes de aptidão física são: Validade, Fidedignidade/Reprodutibi-
lidade e Objetividade. Na parte de construção de testes, o que se destaca é os diferentes 
tipos de validade, que devem levar em consideração na hora da construção de um teste, 
são eles: validade face ou lógica, de conteúdo, constructo, concorrente e preditiva.
Já nos tópicos 4,5,6 e 7 aprendemos sobre as técnicas, instrumentos, procedimentos, 
objetivos, níveis de aptidão física de medidas e avaliação em Educação Física. Na antropo-
metria aplicada, apresentamos a avaliação e a classificação do estado nutricional e a impor-
tância desses índices nos diferentes ciclos da vida. Na parte da aptidão física aprendemos 
como avaliar os procedimentos em relação a crianças, adolescentes, jovens, idosos e atletas. 
Por isso, é necessário reforçar que qualquer movimento corporal realizado pela musculatura 
esquelética que resulte em um gasto energético é considerado atividade física.
E para finalizar essa unidade, aprendemos sobre a instrumentação para medidas e 
avaliação, como: estadiômetro, balança digital, fita métrica, compasso de barras, compasso 
de dobras cutâneas e a bioimpedância elétrica. 
Concluímos mais uma etapa na construção do seu conhecimento na área de Bio-
metria, Medidas e Avaliação. Vamos com muita motivação para as próximas unidades.
Até mais!
56UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 56UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
LEITURA COMPLEMENTAR
Taxa Metabólica Basal (TMB) de Adolescentes com Sobrepeso ou Obesidade
Você já ouviu falar em Taxa Metabólica Basal (TMB)? Você sabia que a TMB tem 
relação direta com a antropometria aplicada, o estado nutricional e a avaliação física? É 
um nome muito interessante, não é mesmo?! Vamos apresentar um estudo que uma das 
autoras desta apostila, Greice Westphal, publicou em 2021, sobre a taxa metabólica basal 
em adolescentes com sobrepeso ou obesidade.
A TMB, é definida como a quantidade de energia necessária para manter as fun-
ções vitais do organismo em repouso, como os batimentos cardíacos, a pressão arterial, 
a respiração, entre outros. Alguns fatores são importantes para expressar a TMB, como: a 
composição corporal (massa livre de gordura e massa gorda), sexo, idade, nível de ativida-
de física e estado nutricional.
Sendo assim, para a avaliação da TMB é necessário que o indivíduo esteja em 
jejum, descansado e em um ambiente tranquilo. Para a aferição, pode ser realizada a partir 
da quantidade de calor produzida pelo organismo, chamado de calorimetria direta, ou pela 
calorimetria indireta, por exemplo, equipamentos como analisador de gases ou equações 
preditivas. Geralmente esses testes são realizados em um laboratório específico de avalia-
ção cardiorrespiratória.
Diante disso, o objetivo do estudo foi apresentar informações sobre a TMB de ado-
lescentes com idade entre 10 e 18 anos, de ambos os sexos, com IMC entre 25,3 a 52,5 kg/
m2. Foram avaliados, mediante o método da calorimetria indireta (CI) (analisador de gases) 
91 adolescentes, sendo 37 meninos e 54 meninas. Avaliação da Taxa Metabólica Basal 
(TMB) foi obtida por calorimetria indireta (CI) mensurada pelo analisador metabólico de 
gases VO2000 (MEDGRAPH, USA), que foi calibrado com gás de composição conhecida 
(16% O2 e 5%CO2) antes de cada medida. A TMB foi calculada com base na média do 
consumo de O2 e liberação de CO2. 
Também foram realizadas avaliações antropométricas e de composição corporal. A 
massa corporal, a composição corporal e a TMB foram obtidas por meio de uma bioimpe-
dância bioelétrica multifrequencial com eletrodo tátil de 8 pontos (InBody).
Neste contexto, a prevalência de sobrepeso foi de 23,0%, obesidade 36,3% e 
obesidade severa (40,6%). A mediana da TMB foi de 2.150,9 e 1.548,4 para meninos 
e meninas, respectivamente (p<0,05). Apesar disso, não houve diferença significativa na 
57UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 57UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
TMB por unidade de massa (TMB/Kg) e nem por unidade de massa magra (TMB/MM). 
Comparando os dois métodos de medida através de uma correlação, foi verificada corre-
lação significativa (p<0,000) entre a TMB medida pela CI e a estimada pela bioimpedância 
elétrica multifrequencial.
Com isso, o elevado custo de equipamentos necessário para essa medida, o nível 
de complexidade de seus procedimentos e a necessidade de pessoal especializado, limi-
tam a utilização em situações práticas e em ambientes clínicos. E os métodos de avaliação 
que estimam a TMB passam a ser recursos de interesse. Deve-se destacar que programas 
de intervenções para controle de peso corporal são necessários para auxiliar no equilíbrio 
energético através dos valores da TMB.
Fonte: WESTPHAL, G.; SOARES, G. S.; VESPASIANO, B. de S. .; CHRISTINELLI, 
H. C. B. .; PEREIRA, I. A. S. .; CASTILHO, M. M. .; MARTINS, F. M. .; NARDO JUNIOR,
N. . Basal metabolic rate for adolescents with overweight or obesity. Research, Society and
Development, [S. l.], v. 10, n. 1, p. e35010111964, 2021.
58UNIDADE I Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física 58UNIDADE II Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliação
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Antropometria Aplicada À Saúde E Ao Desempenho Espor-
tivo: Uma Abordagem A Partir Da Metodologia Isak
Autores: André Luiz Lopes; Gustavo Dos Santos Ribeiro
Editora: Rubio
Sinopse: As civilizações antigas já demonstravam interesse por 
investigar de que maneira as medidas do homem poderiam influen-
ciar outros aspectos da sociedade. Desde então, foram conduzidos 
inúmeros estudos para analisar a proporção, a composição e as 
peculiaridades de cada indivíduo e povoado. Caracterizada por 
utilizar medidas corporais para predizer variáveis de desempenho 
ou função, a Antropometria tem sido aplicadaao longo dos séculos 
em áreas correlatas, como Ergonomia e Antropologia. Com uma 
abordagem moderna e objetiva, Antropometria Aplicada à Saúde 
e ao Desempenho Esportivo: uma Abordagem a Partir da Metodo-
logia ISAK explora os conceitos sobre Antropometria, fazendo um 
passeio pela história e evolução das medidas no corpo humano, 
desde os seus primórdios até os dias atuais; analisa a importância 
da identificação e mensuração do ser humano para a área de 
saúde; contextualiza a obesidade e o tecido adiposo; exemplifica 
e aplica os índices corporais; descreve em detalhes os métodos, 
as fórmulas, as medidas e as ferramentas de avaliação antropo-
métrica. Com objetivo de atender a estudantes e profissionais de 
Educação Física e Nutrição, o livro é um instrumento extremamen-
te necessário para atuação em hospitais, clínicas, consultórios e 
academias, a fim de se estabelecerem os melhores diagnósticos.
LIVRO 02
Título: Obesidade: Guia Prático do Diagnóstico a Prescrição de 
Exercício Físico
Autores: Bárbara de Moura Antunes, Fabrício Eduardo Rossi e 
Fábio Santos de Lira
Editora: Clube de Autores
Sinopse: Este livro atual aborda todos os aspectos importantes 
da Obesidade, uma doença prevalente no mundo moderno con-
siderada pela OMS como uma pandemia que acarreta problemas 
de saúde pública no Brasil e em todos os países distribuídos em 
todos os continentes.Sendo assim, trata-se de uma excelente 
fonte de informações para profissionais da saúde, especialmente 
educadores físicos, nutricionistas, médicos, fisioterapuetas e ou-
tros, que desejam se aprofundar nesse tema e que buscam mais 
conhecimento para lidar com pessoas obesas, já que dezenas de 
outras enfermidades são agravadas pela obesidade. (SISVAN, 
2004)
https://www.rubio.com.br/autor/andre-luiz-lopes.html
https://www.rubio.com.br/autor/gustavo-dos-santos-ribeiro.html
59
Plano de Estudo:
● Avaliação sobre a aptidão física;
● Avaliação da composição corporal;
● Antropometria;
● Protocolos de testes;
● Procedimentos estatísticos: análises e interpretação dos resultados;
● Procedimentos estatísticos: programas e tendências.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender os tipos de Avaliação sobre a aptidão física;
● Compreender os tipos de Avaliação da composição corporal;
● Descrever os tipos de métodos de Avaliação da Antropometria;
● Caracterizar os Protocolos de testes;
● Demonstrar os Procedimentos estatísticos: análises e interpretação dos resultados;
● Apresentar os Procedimentos estatísticos: programas e tendências.
UNIDADE III
Baterias de Testes
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Greice Westphal
60UNIDADE III Baterias de Testes
INTRODUÇÃO
Olá querido(as), iniciamos a Unidade III da nossa apostila de Medidas e Avaliações, 
e nesta Unidade, iremos aprender sobre alguns os tipos de avaliação que são realizadas 
pelos profissionais de educação física em âmbito de trabalho, dessa forma, você entrará na 
parte prática do conteúdo, abordaremos então avaliações sobre aptidão física, 
composição corporal e haverá um tópico inteiramente voltado a antropometria, em que 
detalharemos uns dos campos de medidas mais utilizados em nosso contexto geral.
Além do mais, esta Unidade irá interpelar a respeito dos protocolos dos testes 
realizados nas avaliações apresentadas acima, dessa forma, acreditamos deixar você cada 
vez mais fundamentado na teoria e próximo da prática. 
Por fim, apresentaremos alguns recursos estatísticos empregados na análise e 
interpretação de dados coletados de acordo com as avaliações utilizadas, bem como certos 
programas estatísticos que podem ser utilizados dependendo do tipo de pesquisa, ou do 
trabalho que será realizado.
Assim, caro(a) aluno, esperamos que assim como nós, você possa se envolver 
com o conteúdo e aproveitar ao máximo, pois o mesmo foi elaborado exclusivamente para 
ajudá-lo em sua jornada acadêmica e profissional.
Vamos lá? 
61UNIDADE III Baterias de Testes
1. AVALIAÇÃO SOBRE A APTIDÃO FÍSICA
1.1 Avaliação sobre Aptidão Física
Como já foi discutido anteriormente, os componentes da aptidão física costumam 
ser agrupados, principalmente, em duas categorias. A aptidão física relacionada à saúde 
que inclui a capacidade aeróbica, força, flexibilidade e componentes da composição corpo-
ral e a aptidão física relacionada ao desempenho esportivo, ou às habilidades desportivas 
que inclui a agilidade, equilíbrio, coordenação motora, potência e velocidade (SHEPHARD 
E BALADY, 1999).
1.1.1 Capacidade aeróbia
É uma das capacidades mais importantes que compõem a aptidão física relacionada 
à saúde. Em sua avaliação são obtidos muitos dados para análise pois a mesma tem como 
base o sistema cardiorrespiratório, resultando em respostas fisiológicas de adaptação às 
necessidades metabólicas durante o exercício. A capacidade aeróbica refere-se à capaci-
dade do indivíduo em realizar uma atividade física de duração superior a quatro minutos 
(MATSUDO, S.; MATSUDO, V.; NETO, 2001).
Para a ACSM (2000) capacidade cardiorrespiratória, outra forma de se referir a 
capacidade aeróbica, é um componente da aptidão física referente à saúde, portanto pode 
ser afetada por fatores como a idade do indivíduo, principalmente no que diz respeito a 
doenças crônicas degenerativas (hipertensão arterial e diabetes). Além disso, pode-se 
62UNIDADE III Baterias de Testes
observar que a prática de atividade física diminui risco de doenças e auxilia na redução 
de declínios funcionais relacionados à idade e ao processo de morbidades (OLIVEIRA E 
SANTOS, 2012).
Leite (2000) define aptidão cardiorrespiratória como a capacidade funcional do 
sistema cardiovascular de absorver, transportar, entregar e utilizar oxigênio nos tecidos 
ativos durante exercícios físicos.
Podemos também dizer que aptidão cardiorrespiratória é a capacidade do coração, 
vasos sanguíneos e músculos de responder a diferentes níveis de demandas fisiológicas 
desde o repouso até o exercício máximo (OLIVEIRA E SANTOS, 2012).
Portanto, a melhoria e manutenção da aptidão cardiorrespiratória deve ser um dos 
principais objetivos de um programa de exercício físico, pois este é responsável por induzir 
alterações significativas na composição corporal, no sistema cardiorrespiratório e músculo-
-esquelético, por este motivo é o componente mais importante da aptidão física relacionada
à saúde (OLIVEIRA E SANTOS, 2012).
Abaixo segue alguns testes para se avaliar a aptidão cardiorrespiratória: 
1) Teste de uma milha - a pessoa caminha por uma milha (1609,3 metros) em um
percurso plano. No final, o avaliador registra a frequência cardíaca, a partir disso, é avaliado 
o VO2 máximo, para análise do resultado é utilizado a seguinte fórmula: VO2 máx (ml/kg/
min) = 32,6 – (0,17 * peso corporal) – (0,39 * idade) + (6,31 * sexo) – (3,27 * tempo) – (0,156
* frequência cardíaca final) (UNISPORT BRASIL, 2021).
2) Teste de Cooper (Teste de 12 minutos) - O indivíduo deverá percorrer a maior
distância em metros (m) dentro do tempo estipulado, podendo correr ou caminhar, em doze 
minutos. Após esse tempo, calcula-se, a partir da distância percorrida, o VO2máx., através 
da seguinte fórmula: VO2 máx. (ml/kg/min) = (distância em metros – 504) / 45 (UNISPORT 
BRASIL, 2021).
3) Teste de Ruffier - O avaliado realiza 30 flexões sobre as pernas no período de
45 segundos, é realizado a conferência da frequência cardíaca, com a pessoa em repouso 
(antes do exercício) (P1), logo após a realização do exercício (P2) e depois de 1 minuto de 
finalizar o exercício é realizada a última medição (P3). Para calcular o resultado, é utilizada 
a fórmula: (P1 + P2 + P3) – 200 / 10 (UNISPORT BRASIL, 2021). 
4) Teste de Harvard (Step Test) - mensura a capacidade de recuperação após
um teste com um banco (step) de 40 cm de altura. O indivíduo deve subir e descer durante 
45 segundos, realizando 30 subidas e descidas. O avaliador irá medir a pulsação ao final 
do exercício durante três primeiros minutos.Após o teste realizado utiliza-se o seguinte 
cálculo: Duração do exercício (segundos) x 100 / 2 * (soma das pulsações contadas em 
cada minuto) (UNISPORT BRASIL, 2021). 
63UNIDADE III Baterias de Testes
5) TCPE: Teste ergométrico com a análise dos gases exalados na respiração du-
rante a atividade física. Este teste avalia o consumo direto de oxigênio (VO2) e também 
parâmetros como a ventilação pulmonar (VE) e a produção de dióxido de carbono (VCO2), 
entre outros parâmetros. É realizado, normalmente, em uma esteira ergométrica ou bicicle-
ta estacionária, com uma máscara facial ligada por linhas de ar a um aparelho analisador 
de gases, para a análise gasométrica. Geralmente é feito o monitoramento constante com 
eletrocardiograma, oxímetro de pulso e medição de pressão arterial do avaliado. Estes 
testes costumam ter duração entre 8 a 12 minutos, de acordo com o protocolo utilizado 
(UNISPORT BRASIL, 2021). 
1.1.2 Flexibilidade
A flexibilidade é outro componente da aptidão física, este é definido pela ACSM 
(2000) como a amplitude de movimentos das articulações, podendo ser simples ou múlti-
plas, e também como habilidade para desempenhar tarefas específicas. 
Corroborando com a ACSM (2000), alguns estudos conceituam a flexibilidade como 
a capacidade de realizar movimentos em algumas articulações com amplitude de movi-
mento adequada. Desse modo, a flexibilidade está relacionada à qualidade do corpo, no 
qual mantém a capacidade funcional das articulações, permitindo assim que seja possível 
realizar movimentos das diferentes partes do corpo através de uma grande amplitude de 
movimentos (OLIVEIRA E SANTOS, 2012). 
Vale ressaltar que a flexibilidade é mensurada através do alcance do movimento 
das articulações, e é dependente das estruturas dos ossos e tecidos conectivos, dessa 
maneira a flexibilidade é importante pois auxilia na postura adequada, reduzindo os riscos 
de lesões (ACHOUR JUNIOR 2006).
Além do alongamento, existem três maneiras para se melhorar a flexibilidade: i) trei-
namento balístico ou ativo - utiliza-se movimentos forçados e repetidos, neste treinamento 
é possível ganhar energia cinética durante o movimento; ii) Estática ou passiva - ocorre 
através de movimentos lentos e progressivos até a posição de sobrecarga, permanecendo 
neste limite por alguns segundos; iii) Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva - este está 
relacionado ao movimento de máxima amplitude e contração estática à musculatura alon-
gada (MONTEIRO E FERNANDES FILHO, 2002).
Podemos realizar a avaliação da flexibilidade através dos seguintes testes:
64UNIDADE III Baterias de Testes
● Testes Adimensionais - testes de flexibilidade que não utilizam uma unidade
convencional de medida, como ângulo e centímetros, para expressar o resultado
obtido, não dependem de equipamentos, utiliza-se apenas de critérios ou mapas
de análise pré estabelecidos. Como exemplos desse tipo de teste podemos citar
os testes de Carter, o Flexiteste Original e o Flexiteste Adaptado.
● Testes Lineares - Expressam seus resultados em uma escala de distância (cen-
tímetros ou polegadas), utilizam materiais para avaliar (fitas métricas, réguas e/
ou trenas). Uma das maneiras mais comuns de realizar esse tipo de avaliação é
por meio do teste de sentar e alcançar, com o uso do banco de Wells.
● Flexímetro - É realizado por meio de um aparelho utilizado para a medição
dos ângulos articulares (Flexímetro). Da mesma forma que os Goniômetro que
também medem os ângulos articulares.
● Flexiteste: Este é um protocolo que não utiliza uma unidade de medida definida,
assim, avalia-se de acordo com pontuação verificada das amplitudes articulares
alcançadas pelo avaliado, de acordo com um gabarito, ou figuras que indicam
a pontuação alcançada de acordo com o movimento avaliado (CADERNO DE
REFERÊNCIA DO ESPORTE, 2013; BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
1.1.3 Resistência
Está relacionada à capacidade que um grupo muscular possui em realizar con-
trações repetidas sem fadiga excessiva. Para a avaliação da resistência pode-se utilizar 
testes de campo como os testes de sentar e levantar de 60 segundos e o teste de flexão 
abdominal (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
1.1.4 Força e resistência muscular localizada
Força muscular pode ser definida como a capacidade de exercer tensão muscular 
contra uma resistência, utilizando-se de fatores mecânicos e fisiológicos para poder deter-
minar a força em alguns movimentos específicos (BARBANTI, 1979).
Pode-se também conceituar a força como a capacidade de produzir tensão muscular, 
força e torque máximo em uma certa velocidade contra uma resistência, tendo como base a 
superação, sustentação ou cedendo à mesma (GUEDES, 1996; MOURA et al., 2010).
Para Nahas (2003) a resistência muscular localizada é a capacidade que o indivíduo 
possui de realizar alguns tipos de movimentos diversas vezes pelo maior tempo possível no 
mesmo ritmo e com a mesma eficiência, utilizando o mínimo nível de força. Concordando 
65UNIDADE III Baterias de Testes
com o autor, Wilmore et al. (2010) afirmam que a Resistência Muscular Localizada (RML) 
está relacionada com a capacidade que um grupo muscular possui em realizar contrações 
repetidas contra uma carga ou mantê-la por um período prolongado. 
Para mensurar os componentes força e a resistência muscular localizada, pode-se 
utilizar os testes apresentados abaixo:
1- Força Máxima – 1RM: Capacidade de executar 1 movimento (fase concêntrica
e excêntrica) com a maior carga possível (KRAEMER E FRY, 1995).
2- Potência Muscular: Está relacionada com a velocidade em que se desempenha
determinado trabalho. Potência (watts) = Força (N) X Velocidade (m/s) (KRAEMER E FRY, 1995).
3- Resistência Muscular: É a capacidade de executar contrações repetidas duran-
te um período de tempo suficiente para acarretar fadiga muscular (manter a produção de 
força por um período prolongado) (KRAEMER E FRY, 1995).
4- Força de Preensão Manual: É utilizado para medir a força máxima por meio
do ato de preensão manual, utiliza-se um dinamômetro para a medição (PITANGA, 2010).
5- Salto Vertical; Salto Horizontal e Salto com Contra movimento: Pode ser
realizado com ou sem movimentos de braços. Para realizar a análise é necessário utilizar a 
seguinte fórmula - Potência = (60,7 X distância) + (45,3 X peso corporal) - 2055 (watts) (cm) 
(kg) (CANADIAN SOCIETY FOR EXERCISE PHYSIOLOGY, 2010).
6 - Teste de Flexão de Braços: Mulheres: Flexionar os joelhos em ângulo reto. A 
cintura não deve tocar o solo (POLLOCK E WILMORE, 1993).
7 - Teste abdominal - Teste de prancha lateral - teste de resistência dos flexores 
e teste de resistência dos extensores da coluna; prancha ventral; prancha lateral (GUIMA-
RÃES, 2016).
1.1.5 Equilíbrio
O equilíbrio é definido como a capacidade da manutenção da posição corporal, 
podendo ser estático ou dinâmico e possui como órgãos responsáveis os olhos, o sistema 
vestibular, os proprioceptores (articulações e músculos). Normalmente se utilizam os testes 
do avião, do quatro e do flamingo, para poder avaliar ou mensurar o equilíbrio. Já os testes 
de passeio na trave e a amarelinha, são muito utilizados para avaliar o equilíbrio dinâmico 
(BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
66UNIDADE III Baterias de Testes
1.1.6 Agilidade
A agilidade é uma variante neuromotora a qual se caracteriza pela capacidade em 
conseguir realizar, de maneira rápida, a alteração de direção, sentido e deslocamento da 
altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dele. Está relacionada à capacidade 
que o indivíduo tem de mudar a posição do corpo no espaço de maneira rápida. Trata-se 
de um componente da aptidão física que necessita de habilidade física para sua realização, 
vale ressaltar que para se avaliar a agilidade deve-se considerar alguns fatores de interfe-
rência, como: técnica do movimento, a força, a potência muscular e a amplitude articular 
(CADERNO DE REFERÊNCIA DO ESPORTE, 2013).
Para a realização dostestes de agilidade é necessário apenas cronômetro, cones 
e fitas métricas. Porém, para que haja mais confiabilidade nos testes, pode-se utilizar um 
conjunto de células fotoelétricas, normalmente o teste utilizado para aferir a agilidade é o 
teste shuttle-run (ida-e-volta) (CADERNO DE REFERÊNCIA DO ESPORTE, 2013).
1.1.7 Potência
A potência também é definida como força explosiva. É a capacidade do indivíduo 
em realizar um esforço máximo em um curto espaço de tempo e representa a relação 
entre força muscular apresentada pelo avaliado e a velocidade com que este realiza os 
movimentos, ou seja, trata-se de um componente da aptidão física no qual se relacionam 
diretamente a força e a velocidade. Pode ser expressa através da fórmula: (P = F x V), 
onde P = potência; F = Força e V = Velocidade. Os testes mais utilizados na avaliação 
da potência do indivíduo são: salto horizontal (sem corrida de impulsão), salto vertical ou 
testes de arremesso (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
1.1.8 Coordenação
É conceituada como a aquisição, consolidação e o aperfeiçoamento de um movi-
mento, ou seja, está relacionada com a realização de movimento específico com facilidade 
e de maneira controlada (GUEDES, D.; GUEDES, J., 2006).
1.1.9 Velocidade
Velocidade é considerada como o tempo que se gasta para percorrer um determi-
nado espaço. A velocidade pode ser influenciada, de modo considerável, devido ao tempo 
de reação e o tempo de movimento. Nos testes de velocidade é comum a utilização de três 
tentativas, de forma a desconsiderar eventuais erros na sua execução. Além disso, sugere-
-se a utilização do melhor resultado dentre as três tentativas, uma vez que a utilização da
média pode considerar os erros ocorridos na execução (CADERNO DE REFERÊNCIA DO
ESPORTE, 2013).
67UNIDADE III Baterias de Testes
Velocidade de Reação - capacidade em responder a um estímulo (visual, auditivo 
ou tátil) – um exemplo é o teste da régua (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
Velocidade de deslocamento - capacidade de se deslocar de um ponto a outro - 
teste de corrida de 50 metros, teste de corrida de 30 metros, teste de corrida de 06 segundos, 
teste de corrida de 04 segundos, teste shuttle-run (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
Velocidade dos membros - capacidade de movimentar membros superiores e infe-
riores o mais rápido possível - teste de toque de uma mão, teste de toque de um pé, teste de 
Nelson (velocidade dos membros superiores) (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
68UNIDADE III Baterias de Testes
2. AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL
2.1 Composição Corporal
Para iniciar a discussão sobre composição corporal, é importante deixar claro para 
vocês caros(as) alunos(as), que a composição corporal é definida como a quantidade 
de tecidos que compõem o peso corporal por meio de diferentes técnicas, assim ao ser 
avaliada é possível quantificar os principais componentes existentes na estrutura corporal 
(músculos, ossos e gorduras) (MALINA E BOUCHARD, 1991; MCARDLE et al., 2008).
Além da composição corporal envolver uma quantidade dos componentes corpo-
rais, ainda relaciona-se a associação desses com fatores como nutrição, exercício físico, 
crescimento, desenvolvimento, envelhecimento e doenças associadas. Diversos estudos 
afirmam que quanto maior o percentual de gordura no corpo maior são os riscos de doen-
ças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, câncer, etc. Desta forma compreende-se que 
a massa corporal magra e/ou pouca massa gorda está relacionada a um estado de saúde 
desejável (NAHAS, 2010).
Normalmente se utiliza a avaliação da composição corporal no estudo de fatores 
de risco cardiometabólicos, bem como na distribuição da gordura corporal. Assim, é fun-
damental esta avaliação desde a infância, pois a mesma auxilia no acompanhamento do 
crescimento e desenvolvimento das crianças, para o monitoramento da saúde e do estado 
nutricional (ANDAKI et al., 2010).
69UNIDADE III Baterias de Testes
Abaixo são indicados alguns exemplos de avaliações usadas para mensurar alguns 
componentes da composição corporal.
Antropometria: É um dos métodos mais utilizados para avaliar a composição cor-
poral devido seu baixo custo e fácil aplicação. Para se obter resultados mediante os índices 
antropométricos, é necessário combinar duas ou mais informações antropométricas 
básicas tais como peso e estatura, cálculo do IMC, perímetros de quadril e cintura na 
determinação da RCQ, etc. Estes índices antropométricos, embora não possibilitem a 
mensuração de constituintes corporais de forma isolada, apresentam associação com 
os mesmos, especialmente em nível populacional (PINTO et al., 2005).
Dessa forma, podemos analisar a composição corporal por meio de medidas de 
espessura de dobras cutâneas (DC). Com essas medidas e o uso de equações específicas 
para essa finalidade pode-se calcular a gordura corporal (%Gord.) e massa corporal. Além 
das medidas de dobras cutâneas (DC), as circunferências (pescoço, cintura, abdômen e 
quadril), também fornecem alguns índices que avaliam o risco de desenvolver doenças, 
como: índice de massa corporal (IMC), índice de conicidade (IC) e índice da relação cintura 
e quadril (IRCQ) (MONTEIRO E FERNANDES FILHO, 2002).
O Índice de Massa Corporal (IMC), é utilizado para a avaliação do estado nutricio-
nal e possibilita a identificação de indivíduos com baixo peso, eutróficos, sobrepesos ou 
obesos. Devido a apresentação de valores de percentis por idade e sexo pode ser utilizado 
para toda a população desde crianças à partir de 2 anos de idade até idosos, assim é 
considerado como referência pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (MUST; DALLAL; 
DIETZ, 1991; KUCZMARSKI, et al., 2000; ONIS et al., 2007).
Análise de Impedância Bioelétrica - Bioimpedância: É utilizada para medir a 
quantidade de gordura e músculo no corpo. O princípio deste exame, é a condução de 
uma pequena corrente elétrica (impedância) ao longo dos tecidos do corpo (MONTEIRO E 
FERNANDES FILHO, 2002).
A corrente elétrica que é transmitida pelo corpo se dá através de sensores, que re-
gistram a impedância dos segmentos corporais entre os membros superiores e o tronco, ou 
somente entre os membros inferiores, ou ainda entre os membros superiores e os inferiores 
(JAMBASSI FILHO, et al., 2010; HEYWARD E STOLARCZYK, 2000).
O aparelho (BIA) avalia os segmentos corporais devido os eletrodos se fixarem nas 
mãos, pulsos, nos pés e tornozelos, através deste teste pode-se determinar além da quan-
tidade de massa corporal, estimativa de gordura abdominal, avalia a obesidade central, 
a gordura visceral, deslocamentos e distribuição de fluidos em algumas doenças (ascite 
e insuficiência renal, acúmulo de líquidos na região pulmonar e abdominal) (KYLE et al., 
2004; BRITTO E MESQUITA, 2008).
70UNIDADE III Baterias de Testes
3. ANTROPOMETRIA
Antropometria como já apresentado é a ciência que estuda e avalia as medidas de 
tamanho, massa e proporções do corpo humano, sendo que as principais medidas utiliza-
das são: massa (peso), estatura (altura), perímetros, dobras cutâneas e diâmetros ósseos 
(MARINS E GIANNICHI 2003).
3.1 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Massa Corporal: Para realizar a medida da massa corporal total, chamada popu-
larmente como “peso do indivíduo”, utiliza-se uma balança (digital ou mecânica).
Para a realização dessa medida o avaliado(a) deverá se posicionar em pé, descal-
ço, e com o mínimo de roupa. Ao subir na balança é necessário que o mesmo permaneça 
estático, com os braços estendidos e relaxados ao lado do corpo e com as costas viradas 
para o medidor (ALVAREZ; PAVAN, 2009).
71UNIDADE III Baterias de Testes
FIGURA 1. MEDIDA MASSA CORPORAL
Fonte: Alvarez e Pavan (2009).
Altura: A altura é medida através do equipamento denominado estadiômetro, 
paquímetro ou fita métrica. 
Dessa maneira, podemos medir a altura de forma linear, sendo que deve ser rea-
lizada no sentido vertical, ou seja, é realizada a medida do ponto de qualquer parte docorpo até a distância do solo. A altura do corpo é medida a fim de verificar o crescimento e 
desenvolvimento corporal do indivíduo, as principais alturas utilizadas em uma avaliação 
antropométrica são: a estatura e a altura do tronco encefálico (ALVAREZ; PAVAN, 2009).
FIGURA 2. MEDIDAS ESTATURA / ALTURA 
Fonte: Alvarez e Pavan (2009).
72UNIDADE III Baterias de Testes
Índice de massa corporal (IMC): Tem como instrumento de medida: a massa 
corporal e estatura.
O IMC é muito utilizado nas avaliações físicas, este descreve o estado nutricional 
do indivíduo a fim de classificar em: abaixo do peso, peso ideal, sobrepeso e obesidade, ou 
seja, identificar o peso ideal do indivíduo de acordo com os valores de referência (ALVAREZ; 
PAVAN, 2009). 
Para calcular o IMC deve-se aplicar a seguinte fórmula: 
Ou seja, IMC é igual ao peso (kg) do indivíduo dividido pelo pela altura (m) 2 .
Exemplo: João tem 83 kg e sua altura é 1,75 m
IMC = Peso (kg) / Altura (m) x Altura (m)
IMC = Altura x altura = 1,75 x 1,75 = 3.0625
IMC = 83 divididos por 3,0625 = 27,10
*** O resultado de 27,10 de IMC indica que João está acima do peso desejado 
(sobrepeso).
TABELA 1. CLASSIFICAÇÃO IMC
Classificação do IMC em adultos:
Menor que 18,5 Abaixo do peso
Entre 18,5 e 24,9 Peso normal
Entre 25 e 29,9 Sobrepeso (acima do peso desejado)
Entre 30 e 34,9 Obesidade grau I
Entre 35 e 39,9 Obesidade grau II
Acima de 40 Obesidade grau III
Fonte: Biblioteca Virtual da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/ adaptado pelas autoras, 2021.
● Circunferência ou Perimetro: Para realizar essa medida é utilizada uma
fita antropométrica.
De acordo com Guedes (2013) circunferência é conceituada como perímetro máxi-
mo de um segmento corporal diante a um ângulo reto ao seu eixo. São medidas circulares 
de segmentos do corpo que são mensuradas a partir do plano horizontal, perpendiculares 
ao eixo longitudinal do corpo.
73UNIDADE III Baterias de Testes
Os pontos anatômicos a serem medidos são: 
Perímetro/Circunferência do pescoço: (com faixas de corte: para meninos pré-
púberes > 30,3 cm e púberes > 34,8 cm; e meninas pré-púberes > 32,0 cm e púberes > 
34,1 cm; homens; ≥ 37 cm para o sobrepeso e ≥ 39,5 cm para a obesidade, ao passo que 
para as mulheres, o valor é de ≥ 34 cm para o sobrepeso e ≥ 36,5 cm para a obesidade,
(SILVA et al., 2011; BEN-NOUN et al. 2001).
FIGURA 3. PERÍMETRO/CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO
Fonte: Mcardle, W.D.; Katch, F.I.; Katch (2008)
Perímetro/Circunferência do braço: pode ser realizada de duas formas - com o 
braço relaxado (realizada na área de maior circunferência do braço) e/ou contraído (através 
da contração máxima do bíceps) (MARTINS; LOPES, 2009).
FIGURA 4. PERÍMETROS/CIRCUNFERÊNCIAS DO BRAÇO
Fonte: Martins e Lopes (2009)
74UNIDADE III Baterias de Testes
Perímetros/Circunferências do antebraço: para realizar a medida é utilizado o 
maior perímetro do antebraço direito (MARTINS E LOPES, 2009).
FIGURA 5. PERÍMETROS/CIRCUNFERÊNCIAS DO ANTEBRAÇO
Fonte: Martins e Lopes (2009).
Perímetro/Circunferência da cintura: a referência anatômica utilizada é a região ab-
dominal em seu menor perímetro (a parte mais estreita do tronco) (MARTINS e LOPES, 2009).
FIGURA 6. PERÍMETROS/CIRCUNFERÊNCIAS DA CINTURA
Fonte: Martins e Lopes (2009)
Perímetro/Circunferência do abdômen: ocorre no mesmo nível da cicatriz umbi-
lical, usualmente descrita sobre a protuberância anterior máxima do abdome (MARTINS e 
LOPES, 2009).
75UNIDADE III Baterias de Testes
FIGURA 7. PERÍMETROS/CIRCUNFERÊNCIAS DO ABDÔMEN
Fonte: Fontana e Riehl (2008).
Perímetro/Circunferência do quadril: a referência anatômica utilizada é a maior 
porção da região do glúteo (nádegas), sobre os trocânteres (MARTINS e LOPES, 2009). 
FIGURA 8. PERÍMETRO/CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL
Fonte: Martins e Lopes (2009)
76UNIDADE III Baterias de Testes
SAIBA MAIS 
Doenças relacionadas ao excesso de peso podem ser evitadas com métodos que ava-
liam a relação entre o peso e altura, como o IMC. Mas esse método é insuficiente por 
não ser preciso em muitos casos, por exemplo, pessoas musculosas podem ter um IMC 
alto e não ter problemas de saúde relacionados ao peso. Por essa razão, recomenda-
-se que outro método seja adotado como indicação de riscos à saúde, a RCQ, relação
quadril-cintura.
O RCQ é excelente para identificar doenças cardiovasculares e hipertensão arterial,
pois leva em consideração a localização da gordura no corpo. As gorduras localizadas
principalmente na região abdominal ao redor da cintura fazem com que a pessoa seja
mais propensa a desenvolver problemas de saúde do que se a maior parte da gordura
estivesse localizada nas coxas e quadris.
Para calcular a RCQ, com a ajuda de uma fita métrica, é preciso aferir a circunferência
da cintura e a do quadril e dividir os valores obtidos. (RCQ= circunferência da cintura /
circunferência do quadril). O resultado apresentado, para estar dentro dos padrões con-
siderados saudáveis, deve ser menor que 0,85 para mulheres e 0,90 para homens. Veja
a seguir a tabela com os valores da razão de cintura-quadril.
TABELA. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO - RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL (RCQ)
Fonte: Portal da Educação. RCQ: Relação cintura-quadril. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/
conteudo/artigos/rcq-relacao-cintura-quadril/. Acesso em: 12 de maio de 2021.
77UNIDADE III Baterias de Testes
Perímetro/Circunferência da coxa: o perímetro da coxa é obtido nas porções 
proximal, medial ou distal da coxa, cada qual com um protocolo especifico. Perímetro 
proximal - abaixo da prega do glúteo; Perímetro medial - ponto médio entre a prega inguinal 
e a borda proximal da patela; Perímetro distal - três centímetros acima da borda proximal 
da patela (MARTINS e LOPES, 2009).
FIGURA 9. PERÍMETROS/CIRCUNFERÊNCIAS DA COXA
Fonte: Martins e Lopes (2009).
Perímetro/Circunferência da perna: o ponto anatômico para a medida da perna 
é a medida medial (chamada de panturrilha). A medida desse perímetro ocorre no plano 
horizontal, no maior ponto da circunferência da panturrilha, com o peso corporal distribuído 
equitativamente em ambos os lados (MARTINS e LOPES, 2009).
FIGURA 10. PERÍMETROS/CIRCUNFERÊNCIAS DAS PERNAS
Fonte: Martins e Lopes (2009).
78UNIDADE III Baterias de Testes
Diâmetro ósseo: 
É mensurado através do instrumento denominado paquímetro ou antropômetro.
Devido ao fato de o diâmetro ósseo ser definido como uma medida biométrica 
tomada em projeção entre duas extremidades ósseas simétrica ou assimétrica e situadas 
em planos perpendiculares, ou quase, ao eixo longitudinal do corpo, dessa forma, este 
está correlacionado à medida dos segmentos corporais e tem a finalidade de estabelecer 
a relação dos diâmetros ósseos com o crescimento, desenvolvimento e estado nutricional 
(composição corporal) do indivíduo. 
Trata-se de medidas somáticas com objetivo de analisar o desenvolvimento 
corporal horizontal transversal ou ântero-posterior. As medidas utilizadas para avaliação 
antropométricas são: Biacromial (largura das escápulas); Bideltoidiano (distância máxima 
das massas musculares dos deltóides); Transverso do tórax (Medida da largura máxima 
do tórax); Torácico anteroposterior (mede a profundidade do tórax); Crista-ilíaca (distância 
entre os pontos mais laterais (iliocristal) das tuberosidades ilíacas); Bitrocantérico (distância 
máxima entre os pontos mais salientes dos ossos fêmur); Transverso do úmero (distância 
máxima dos epicôndilos medial e lateral do úmero); Transverso do punho (distância má-
xima entre as apófises distais do rádio e da ulna); Transverso do fêmur (distância entre 
os epicôndilos femorais). Vale ressaltar que todas as medidas devem ser expressas em 
metros (m), abaixo apresentaremos a equação utilizada para fornecer a massa óssea (MO) 
(FONTANA E RIEHL, 2008).
FIGURA 11. MEDIDAS DOS DIÂMETROS ÓSSEOS 
Fonte: Fontana e Riehl (2008)
79UNIDADE III Baterias de Testes
Dobras cutâneas: 
O instrumentoutilizado para verificar a espessura das dobras cutâneas é conhecido 
como adipômetro, compasso de dobras cutâneas, espessímetro ou plicômetro. A medida da 
espessura das dobras cutâneas ( também chamadas de pregas cutâneas) está relacionada 
com a técnica mais utilizada objetivando verificar a adiposidade corporal (GASSI et al., 2016). 
Com o adipômetro, é possível medir a espessura da gordura subcutânea de alguns pontos 
anatômicos. Assim, com base nessas informações é possível estimar o percentual de 
gordura corporal, bem como a gordura corporal absoluta, ou seja, o peso da gordura em 
quilograma e, finalmente, por subtração da massa corporal total, a massa magra (GUE-
DES, 2003). 
De acordo com Guedes, D., e Guedes, J., (2006): 
...as medidas da espessura das dobras cutâneas correspondem às medidas 
de uma camada dupla de pele e de tecidos subcutâneos destacados em pon-
tos anatômicos específicos. (GUEDES, D.; GUEDES,J., 2006, p. 52)
As principais dobras cutâneas são: tricipital, subescapular, suprailíaca, abdominal, 
axilar média, coxa média e panturrilha medial.
FIGURA 12. MEDIDAS DAS DOBRAS CUTÂNEAS 
80UNIDADE III Baterias de Testes
Fonte: Fontana E Riehl (2008).
Lembrando caros(as) alunos(as), que a cada medida tem seus lugares (pontos 
anatômicos) e maneiras específicas, portanto o ideal é sempre ter em mãos um manual.
REFLITA 
“O objetivo é um dos fatores mais importantes antes de definir o processo de medidas 
e avaliação a ser utilizado. Assim, é fundamental que o profissional de Educação Física 
tenha suas metas e objetivos claros, para que seja possível elaborar estratégias efica-
zes para alcançá-los”.
Fonte: elaborada pelas autoras (2021).
81UNIDADE III Baterias de Testes
4. PROTOCOLOS DE TESTES
É importante entender queridos (as) alunos(as), que os testes são fundamentais 
para a verificação mais fidedigna da capacidade e estado físico de um indivíduo. Assim, 
para que os mesmos forneçam informações pertinentes faz-se necessário recursos qua-
lificados a fim de registrar e mensurar da forma mais precisa as variáveis estudadas, de 
maneira que possam ser analisadas suas funções em relação a diferentes aspectos tais 
como: idade, sexo, dimensões corporais, nível de aptidão física, entre outros. Também é 
fundamental que as medidas obtidas sejam confiáveis, com margem de erro conhecida, 
pois de outra forma os resultados alcançados pela prática de exercícios podem ficar menos 
claros, devido à margem de erro das medidas (SILVA, et al. 2011). 
Dessa forma, iremos apresentar alguns testes e seus protocolos, para que você 
como profissional de Educação Física possa identificar como se realizam determinados 
testes. Porém, é válido lembrar que, existem inúmeros testes, cada qual para um objetivo 
em específico, alguns ainda existem com seus protocolos adaptados, assim, cabe a você 
verificar qual o objetivo ao aplicar o teste, o que pretende verificar e quem é seu público-
-alvo, quais são os equipamentos e recursos disponíveis a serem utilizados, dentre outros
pontos a serem observados.
82UNIDADE III Baterias de Testes
● Capacidade aeróbica
Teste de Cooper (Teste de 12 minutos) - O indivíduo percorre o maior percurso
(m) que conseguir no melhor tempo, podendo caminhar ou correr, durante os doze minutos
de duração do teste. (UNISPORT BRASIL, 2021).
FIGURA 13. REALIZAÇÃO DO TESTE DE COOPER 
Fonte: CANESIN (2016).
Bicicleta Ergométrica ou Cicloergômetro: Devido a parte superior do corpo 
manter-se imóveis neste aparelho, os testes em cicloergômetros apresentam vantagens 
por serem mais estáveis, não sofrer influências do peso e gerar menos ansiedade. O ci-
cloergômetro pode ser eletromagnético (funcionamento entre 0 e 500 Watts) ou mecânico 
(é determinado por carga e número de rotações por minuto (McARDLE, 1998).
As desvantagens apresentadas nestes testes são: fadiga muscular localizada an-
tes de se alcançar o estresse cardiovascular e, em alguns casos, o desconforto causado 
pelo banco da bicicleta. Deve-se evitar a isometria dos membros superiores (MMSS) para 
que não haja o aumento do gasto energético podendo influenciar no resultado do teste 
(GARDENGHI, 2007).
Esteira Rolante: Devido a reproduzir movimentos de caminhada e possuir regula-
ção de velocidade e inclinação, este é um aparelho que possibilita a realização de testes 
em condições variadas de intensidade e duração (GARDENGHI, 2007).
Antes de iniciar o teste deve ser realizado um treinamento para que o avaliado se 
adapte (familiarize-se) ao mesmo. Além dos cuidados com o equipamento, é necessário 
atentar-se à posição do avaliado para evitar erros posturais como: joelhos fletidos, tronco 
inclinado para frente, olhar para o solo, andar a passos curtos e apoiar nas barras laterais 
(LEITE, 2000).
83UNIDADE III Baterias de Testes
Existem diversos protocolos para a realização do teste ergométrico, assim a escolha 
dependerá do objetivo, recursos e deve levar em consideração as condições de aplicação 
(POWERS, 2000). Para que seja realizado o teste, deve ter a participação de avaliadores 
com amplo conhecimento dessa prática, desde a avaliação das contra indicações, critérios 
de interrupção do teste até manobras de urgência rotineiras (LEITE, 2000).
Os indivíduos que irão realizar o teste devem suspender os medicamentos (caso 
seja possível), por até 48 horas antes da realização, não devem praticar esportes (a fim de 
evitar fadiga muscular), não devem fumar (devido possíveis alterações cardíacas e arteriais 
dos efeitos do cigarro), usar roupas leves e tênis (LEITE, 2000).
Antes de iniciar o teste, é necessário o preenchimento de uma ficha de identificação 
e a realização de exames físicos (averiguação da pressão arterial, ausculta cardíaca e 
pulmonar). Também é recomendável, o eletrocardiograma nos casos de pacientes de alto 
risco. Porém, nesses casos é necessária a presença de um médico cardiologista para a 
realização do teste de esforço (REGENGA, 2000). 
Os testes de esforço, normalmente, são classificados como máximo ou submáximos: 
→ Protocolo máximo - quanto o avaliado atinge a exaustão máxima de forma volun-
tária, ou atinge o consumo máximo de O2, também pode ser considerado máximo
quando o avaliado atinge a frequência cardíaca máxima (FCmáx) estipulada, ou até
mesmo quando o teste é interrompido devido o aparecimento de sintomas clínicos
e alterações eletrocardiográficas importantes (LEITE, 2000);
→ Protocolo submáximo - este tipo de protocolo define um valor de frequência
cardíaca (FC) previamente a realização do teste e o teste é interrompido quando
o avaliado atinge essa FC, que normalmente é mais baixa do que a FC máxima
(LEITE, 2000).
Método de Bruce - é o teste mais utilizado, constitui de 5 estágios de 3 minutos 
cada, quando ocorre a variação da inclinação e velocidade da esteira (inicia-se com inclina-
ção de 10% e velocidade de 2,73 km/h), e em cada estágio ocorre o aumento da velocidade 
em 1,36 km/h (0,85 milhas/h) e da inclinação em 2%, até que o indivíduo atinja a exaustão 
(GARDENGHI, 2007; McARDLE, 1998);
Cálculo VO² máx.
VO2 máx. = 6,14 + 3,26 x T
T = tempo total do teste em minutos
VO2 = ml/ kg/ min
84UNIDADE III Baterias de Testes
Método de Astrand: É realizado em uma bicicleta ergométrica, utilizando inten-
sidade submáxima, para a realização do teste são utilizadas duas cargas diferentes com 
5 minutos de duração cada e a FC é registrada no 4º e 5º minutos finais de cada carga (é 
necessário que a FC esteja entre 120 e 170 bpm) (LEITE, 2000).
Cálculo VO2 máx.
Homem - VO2 máx. = (195 – 61 / FC – 61) x VO2 carga
Mulher - VO2 máx. = (198 – 72 / FC – 72) x VO2 carga
FC = média do 4º e 5º min.
VO2 carga = 0,014 x carga + 0,129
Carga = watts e VO2 = l/ min
Método de Fox: É realizado em uma bicicleta ergométrica, utilizando intensidade 
submáxima, para a realização do teste é utilizada uma única carga de 150W por 5 minutos 
de duração e a FC é registrada no 5º minuto (LEITE, 2000).Cálculo VO2 máx.
VO2 máx. = 6,3 – 0,0193 x FC
Onde: VO2 máx. = l / min
Método de Balke: É realizado em uma esteira rolante, utilizando intensidade má-
xima. Inicia-se com uma caminhada a 5,5 km/h com aumento progressivo na inclinação da 
esteira de 2% a cada 2 minutos, até que o avaliado atinja o seu limite máximo ou apresente 
algum sintoma que leve a interrupção do teste (McARDLE, 1998).
Cálculo VO2 máx.
VO2 máx. = 1,75 x inclinação + 10,50
Onde: inclinação = %
VO2 máx. = ml/ kg/ min
Há ainda a possibilidade de estimar o VO2 máximo de acordo com o sexo e o 
nível de atividade. As equações para o calculo do VO2 máximo previsto, ou estimado para 
a idade e sexo do indivíduo levam em consideração também o nível de atividade física 
habitual (LEITE, 2000).
85UNIDADE III Baterias de Testes
Homem ativo = 69,7 – 0,6142 x idade
Homem sedentário = 57,8 – 0,445 x idade
Mulher ativa = 44,4 – 0,343 x idade
Mulher sedentária = 41,2 – 0,343 x idade
Indicações, contraindicações e critérios de interrupção:
Os testes ergométricos são indicados para investigar a presença de doen-
ça coronariana, avaliar alterações no eletrocardiograma (ECG) basal, hiper-
tensão arterial sistêmica (HAS) e sua terapêutica, também são utilizados na 
terapêutica anti anginosa, na avaliação da eficácia cirúrgica, resultados de 
um programa de reabilitação cardíaca, capacidade funcional, efeitos do trei-
namento individualizado e, pós-infartado (QUEIROGA, 2005).
● Flexibilidade
Teste de sentar e alcançar os pés: O objetivo deste teste é avaliar a flexibilidade
do indivíduo, assim para que se possa iniciar o teste o avaliado deve sentar-se na borda do 
assento de um cadeira, mantendo a articulação das pernas flexionadas horizontalmente, 
o avaliador irá selecionar uma das pernas a ser avaliada (direita e/ou esquerda), a perna
que será avaliada ficará estendida na frente do quadril, com o calcanhar apoiado no chão
e o tornozelo flexionado a 90° enquanto a outra perna permanece flexionada com o pé
completamente apoiado ao solo (CARMO; SILVA; FERREIRA, 2017).
FIGURA 14. REALIZAÇÃO DO TESTE SENTAR E ALCANÇAR
Fonte: (FONTOURA et al., 2013).
Teste “Sentar e Alcançar - Banco de Wells”: Está relacionado a flexibilidade, 
para a realização deste teste é utilizada uma caixa de madeira com dimensões de 30x30cm 
e 53 cm de comprimento por 15 cm de largura, deve-se colocar uma régua no topo do cubo 
na região central fazendo com que a marca de 23 cm fique exatamente em linha com a 
face do cubo em que os avaliados apoiarão os pés (banco de Wells), e o avaliado deve 
estar sem sapatos (descalço) (CARMO; SILVA; FERREIRA, 2017; PROESP, 2015).
86UNIDADE III Baterias de Testes
Para iniciar o teste o indivíduo senta-se à frente do banco, com as pernas por de-
baixo da caixa e as solas dos pés em contato com a caixa, permanecendo com os joelhos 
estendidos durante todo o movimento de extensibilidade. Os braços estendidos sobre a 
superfície da caixa e as mãos sempre em contato com esta superfície sendo que estas 
estarão posicionadas uma por cima da outra e palmas voltadas para baixo, inicia-se o mo-
vimento de extensão a frente ao longo da escala de medida objetivando alcançar a maior 
distância possível em movimento (sem solavancos). Para a realização do teste o avaliado 
terá 3 tentativas, e para ser validada a medida, o avaliado deve permanecer por no mínimo 
2 segundos na distância alcançada (CARMO, SILVA, FERREIRA, 2017; PROESP, 2015). 
FIGURA 16. POSIÇÃO FINAL DO TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR (BANCO DE WELLS)
Fonte: PROESP-BR (2015).
● Força e resistência muscular localizada
Força Máxima – 1RM: O teste de 1 RM (Resistência Muscular) consiste na ca-
pacidade de executar 1 movimento com a maior carga possível. Para realizar o teste é 
necessário realizar o protocolo de aquecimento, que consiste em o avaliado realizar 5 vezes 
o movimento do exercício a ser avaliado (CANESIN, 2016).
Protocolo de 1RM Crescente: O protocolo do teste 1RM crescente consiste em 
colocar uma carga que se estima ser próxima da carga máxima e se o avaliado conseguir 
realizar mais de uma repetição do movimento de forma correta, aumenta-se a carga gra-
dativamente, até que o avaliador atinja uma carga com a qual o mesmo consiga realizar 
apenas uma repetição. Lembrando que deve ter um intervalo entre uma tentativa e outra 
de aproximadamente 5 minutos. O teste se encerra quando o avaliado não consegue mais 
executar um movimento completo.
Protocolo de 1RM Decrescente: Para a realização do protocolo decrescente, é 
necessário colocar uma carga com a qual o avaliado não conseguirá realizar o movimento 
completo na primeira tentativa, após o tempo de recuperação do avaliado (aproximadamente 
5 minutos), inicia-se a redução gradativa de peso em 5% de 1RM estimado até que o avaliado 
atinja o peso com o qual o ele consiga realizar o movimento completo de forma correta. 
87UNIDADE III Baterias de Testes
Força de Preensão Manual: Teste de Preensão Manual: Para a realização deste 
teste como já mencionado anteriormente na unidade I, é necessário a utilização de um 
dinamômetro, vale ressaltar que para a realização deste teste é necessário atentar-se aos 
seguintes cuidados: não ter realizado o exercício físico antes da coleta; não interromper a 
respiração no momento da coleta; geralmente inicia-se a medição com a mão dominante 
para depois a mão não dominante (EICHINGER et al., 2015).
A realização do teste se dá a partir da posição inicial, ou seja, o indivíduo deve man-
ter-se sentados com os ombros em posição de repouso ao lado do tronco com os cotovelos 
em flexão a um ângulo de 90º e punhos e mãos livres para a realização da avaliação funcional, 
com três empunhaduras possíveis de 5.5, 4.5, 4 cm, antebraço em meia pronação e punho 
neutro, podendo movimentá-lo até 30° graus de extensão e com leve desvio ulnar e o tronco 
deverá estar entre 90° graus e 110° graus de flexão em relação ao quadril, além de manter os 
dois pés no chão e as costas em contato com o encosto da cadeira. 
Após a explicação detalhada de como deve ser realizado o movimento a fim de esclare-
cer todas as dúvidas do avaliado, é dado o comando “PRESSIONE”, assim o indivíduo poderá 
iniciar de fato o teste dando início a força de preensão manual realizando o máximo de força 
que puder e mantendo o instrumento pressionado até que o comando que “PARE” (geralmente 
se utiliza os tempo de 3, 6, 10 ou 30 segundos, dependendo o objetivo a ser estudado). 
FIGURA 17. TESTE DE PREENSÃO MANUAL - DINAMÔMETRO
Fonte: EICHINGER et al.; (2015).
88UNIDADE III Baterias de Testes
Teste de Flexão de Braços: Este teste objetiva a avaliação dos membros supe-
riores, para isto, o indivíduo deverá iniciar o teste com o corpo em posição de prancha, o 
cotovelo em extensão, e com os pés ligeiramente afastados e apoiando-se nas pontas dos 
pés. As mãos devem estar apoiadas no solo, com uma distância de 10 a 20 cm a partir da 
linha dos ombros e com os dedos voltados para frente (POLLOCK E WILMORE, 1993).
Ao iniciar o movimento o avaliado deve flexionar os cotovelos até que o ombro desça 
até ao nível do cotovelo e o braço esteja paralelo ao solo, formando aproximadamente um 
ângulo de 90° entre o braço e o antebraço, retornando à posição inicial até que o cotovelo 
fique completamente estendido (POLLOCK E WILMORE, 1993). O ideal é o avaliado realizar 
um total de 20 flexões de braços por minuto, ou seja, uma flexão a cada 3 segundos, porém é 
necessário que o indivíduo faça a maior quantidade de movimento possível dentro de um mi-
nuto, após será analisado dentro dos parâmetros existente (POLLOCK E WILMORE, 1993).
FIGURA 18. REALIZAÇÃO DO TESTE DE FLEXÃO DE BRAÇO
Fonte: MARINHO; MARINS (2012).
89UNIDADE III Baterias de Testes
Teste abdominal: O indivíduo que será avaliado deve inicialmente manter-se em 
decúbito dorsal, com os joelhos flexionados, solas dos pés em contato com o solo, entre os 
calcanhares e os glúteos deve haver uma distânciade 30 a 45cm e os pés afastados, com 
distância igual à largura dos quadris. Os braços se manterão cruzados à frente do tórax, com 
a palma das mãos na altura dos ombros opostos. Neste teste em específico, a função do 
avaliador deverá ser além da avaliação e análise do teste, também a de apoiar (segurar) 
os pés do indivíduo avaliado, a fim de mantê-lo encostado no solo durante a execução de 
todo o teste.
Ao sinal, o avaliado deverá realizar o movimento de abdominal “completo”, ou 
seja, elevar o tronco até a altura em que ocorrer o contato dos antebraços com as 
coxas, mantendo constantemente o queixo encostado no peito, e retornando à posição 
inicial. O resultado final deverá ser considerado a partir da maior quantidade de 
movimentos corretos/completos, executados pelo avaliado durante o tempo de um minuto.
FIGURA 19. REALIZAÇÃO DO TESTE ABDOMINAL (UM MINUTO)
Fonte: CANESIN (2016)
Puxada em Suspensão de Barra: Homens - Posição inicial (suspensão vertical), 
com extensão total dos braços e pernas sem que os mesmos tenham contato com o solo, 
as mãos segurando na barra na largura dos ombros, com empunhadura pronada (dorso 
das mãos voltado para o indivíduo), partindo daí o avaliado irá elevar o corpo até que o 
queixo ultrapasse a barra e depois retornará à posição inicial, assim deve-se realizar a 
maior quantidade de movimentos corretos que o indivíduo conseguir realizar durante um 
minuto (JOHNSON e NELSON, 1979; MARINS e GIANNICHI, 2003).
90UNIDADE III Baterias de Testes
Mulheres - O posicionamento deve ser estático, ou seja, o resultado é avaliado 
de acordo com o tempo máximo (segundos) em que a mulher mantém-se na posição de 
suspensão com o queixo acima do nível da barra (JOHNSON e NELSON, 1979; MARINS 
e GIANNICHI, 2003).
FIGURA 20. REALIZAÇÃO DO TESTE DE SUSPENSÃO DE BARRA (HOMENS)
Fonte: Marinho; Marins (2012).
● Equilíbrio
Testes do flamingo: Este teste tem como objetivo avaliar o componente motor as-
sociado ao equilíbrio desta forma para a realização do teste o avaliado deve se manter em 
um único pé sobre uma trave com as seguintes dimensões: 50cm de comprimento, 3cm de 
largura e 4cm de altura, com suportes laterais de 15cm de comprimento (CANESIN, 2016).
Para a realização do teste o indivíduo que será avaliado deve se posicionar sobre 
um dos pés no eixo longitudinal da trave, com o joelho da perna “livre” (perna em suspen-
são) flexionada mantendo o pé à altura dos glúteos com o auxílio da mão do mesmo lado 
(imitando a posição do flamingo). Nesta posição, o avaliado deve permanecer por um 
minuto sem cometer nenhuma penalidade, caso ocorra 15 penalidades nos primeiros 30 
segundos teste deve ser encerrado (o avaliado não possui condições em realizar o 
mesmo).
91UNIDADE III Baterias de Testes
FIGURA 21. REALIZAÇÃO DO TESTE DE EQUILÍBRIO DO FLAMINGO
Fonte: CANESIN (2016).
● Agilidade
Teste shuttle-run (ida-e-volta): O avaliado deve permanecer na linha de partida
até que se escute o sinal (sonoro) para iniciar a corrida/caminhada, o teste corresponde 
em percorrer a distância estipulada (800m, 1200m ou 1600m, de acordo com o protocolo 
escolhido), no menor tempo possível. A análise deste teste se dá de acordo com o tempo 
(em minutos e segundos) realizado durante o percurso CANESIN (2016).
● Potência
Testes de salto horizontal (sem corrida de impulsão): Para a realização deste
teste é necessário a demarcação no solo de medidas perpendicularmente à linha de partida, 
a fim de medir a distância do salto do avaliado. O avaliado se posiciona atrás da linha de 
partida (ao ponto zero da marcação “trena”), com os pés paralelos, ligeiramente afastados, 
joelhos semi flexionados, tronco ligeiramente projetado à frente. Quando for dado o sinal o 
avaliado deve saltar a maior distância possível aterrissando com os dois pés em simultâneo 
(PROESP-BR, 2015).
FIGURA 22. REALIZAÇÃO DO TESTE DE SALTO HORIZONTAL (SEM CORRIDA DE IMPULSÃO)
Fonte: PROESP-BR (2015).
92UNIDADE III Baterias de Testes
Testes de arremesso (medicine ball de 2 kg): Para a realização deste teste 
é necessário a demarcação no solo de medidas perpendicularmente à linha de partida, a 
fim de medir a distância do arremesso do avaliado. Para iniciar o teste o avaliado deve se 
sentar com os joelhos estendidos, as pernas unidas e as costas completamente apoiadas à 
parede.
Os cotovelos devem estar flexionados e a bola segura junto ao peito, quando 
receber o sinal o avaliado deverá lançar a bola o mais longe possível, sem retirar as 
costas da parede. A avaliação deste teste se dará de acordo com a distância registrada do 
ponto zero até o local em que a bola tocou ao solo pela primeira vez (PROESP-BR, 2015).
FIGURA 23. REALIZAÇÃO DO TESTES DE ARREMESSO
Fonte: PROESP-BR (2015)
● Velocidade
Velocidade de Reação - capacidade em responder um estímulo (visual, auditivo
ou tátil) - teste da régua (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
Velocidade de deslocamento - capacidade de se deslocar de um ponto a outro, 
exemplos de testes de velocidade de deslocamento são: teste de corrida de 50 metros, 
teste de corrida de 30 metros, teste de corrida de seis segundos, teste de corrida de quatro 
segundos, teste shuttle-run (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
Teste Corrida de 50 Metros: O teste de corrida de 50 metros inicia-se após o sinal, 
quando o avaliado iniciará a corrida em um percurso de 50 metros no menor tempo em que 
conseguir, cruzando a linha de chegada ainda em velocidade máxima. 
A análise do teste se dá a partir do tempo em que o avaliado conseguiu realizar 
o percurso. É válido ressaltar que, devido ser um teste de velocidade máxima, deve-se 
informar claramente ao avaliado o objetivo do teste, a fim de reforçar a ideia de que os 
ciclos devem ser completados no menor tempo possível (CANISE, 2016).
Velocidade dos membros - capacidade de movimentar membros superiores e infe-
riores o mais rápido possível - teste de toque de uma mão, teste de toque de um pé, teste de 
Nelson (velocidade dos membros superiores) (BERGAMO; DANIEL; MORAES, 2016).
93UNIDADE III Baterias de Testes
5. PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS: ANÁLISES E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS
A estatística como um conteúdo tende a despertar rejeições por diversos alunos. 
Entender os conceitos estatísticos, não deve e nem pode, ser mais difícil do que compreen-
der qualquer outro conceito/conteúdo teórico. No entanto, muitos alunos temem a estatística 
porque os conceitos estão apresentados como fórmulas matemáticas. O nosso objetivo 
neste tópico é explicar a estatística de modo conceitual, sem confundir, você estudante, 
com fórmulas matemáticas complexas.
A estatística define-se como uma ciência para:
● Decidir o melhor plano (experimental ou observacional) para a execução de
uma pesquisa (metodologia científica);
● Organizar e resumir dados de contagem, mensuração e classificação (raciocínio
dedutivo);
● Inferir sobre populações de unidades (indivíduos, animais, objetos) quando uma
parte (amostra) é considerada (raciocínio dedutivo) (PADOVANI, 2012).
5.1 Variáveis
As variáveis são o foco principal da pesquisa ou resposta do seu objetivo, ou seja, 
os resultados do seu teste/variável. Uma variável é simplesmente algo que pode variar, 
pode assumir valores ou categorias diferentes. Por exemplo: gênero (sexo), idade, frequên-
cia cardíaca. pressão arterial, resultados bioquímicos (LDL, HDL, Triglicerídeos); resultado 
do teste de flexibilidade (banco de Wells) (DANCEY; REIDY, 2006).
94UNIDADE III Baterias de Testes
5.2 Tipos de Variáveis
Variáveis são características que podem assumir valores diferentes de um indiví-
duo para outro ou no mesmo indivíduo ao longo do tempo (PADOVANI, 2012). As variáveis 
podem ser classificadas em:
● Independente, explicativa ou preditora: permite predizer uma resposta (causas);
● Dependente ou resposta: evento ou característica que se pretende estudar/
avaliar (efeitos);
● Variável de controle: deseja-se que esteja homogeneamente distribuída nos 
grupos, pois poderia interferirnos resultados (atuando, por exemplo, como uma 
variável de confusão. 
5.3 Escala de Variáveis
Quanto a escala, as variáveis podem ser:
1 - Categóricas (qualitativas): 
● Nominal (classificação sem ordem definida);
● Ordinal (classificação com ordem definida). 
2 - Numéricas (quantitativas ou intervalar):
● Discreta (contagem, correspondendo a números inteiros);
● Contínua (mensuração, correspondendo a números reais). 
Observações:
● Unidade de medida mostra a diferença entre as numéricas discreta e contínua;
● Escore não é contagem (não confundir variáveis categóricas nominais expres-
sas por números com variáveis discretas);
● Pode-se transformar uma variável numérica em categórica (lembrar que há
perda de informações);
● Para variáveis categóricas a análise estatística é limitada. Se as variáveis de-
pendentes e independentes forem todas categóricas, só será possível utilizar
testes não paramétricos (independentes), que apresentam menor poder.
95UNIDADE III Baterias de Testes
5.4 Análise Descritiva
Organização dos dados coletados através de classificação, contagem ou mensu-
ração. Os dados devem ser apresentados de forma clara por meio de tabelas, gráficos e 
medidas de resumo (posição e variabilidade). A análise descritiva pode ser apresentada por 
meio de média, mediana, moda, desvio-padrão, percentil e quartil, ou seja, medidas de po-
sição, divididas em medidas de tendência central e medidas de dispersão ou variabilidade 
(DANCEY; REIDY, 2006; PADOVANI, 2012).
5.5 Análise Inferencial
Permite realizar inferências (conclusões e analíticas) a respeito de populações a 
partir de amostras pela aplicação de testes de hipóteses ou construção de intervalos de 
confiança. Deve ser considerado que está utilizando amostras para inferir aos dados reais 
da população (parâmetros), portanto existindo nestas estatísticas (dados obtidos de amos-
tras) uma margem de erro (PADOVANI, 2012). 
5.6 Planejamento Experimental
Consiste em estabelecer um desenho amostral com poder adequado para os testes 
de hipóteses e estimações sem vieses (distorções). Deve ser considerado o cálculo do 
tamanho da amostra (cálculo amostral) e a definição da forma de coleta de dados (PADO-
VANI, 2012).
96UNIDADE III Baterias de Testes
6. PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS: PROGRAMAS E TENDÊNCIAS
Dessa forma iremos apresentar para vocês queridos (as) alunos(as) alguns progra-
mas estatísticos usados em pesquisas, principalmente científicas.
Para realizar a análise estatística de uma pesquisa, pode-se utilizar: pacote esta-
tístico SPSS for Windows (O SPSS é um pacote de software analítico oferecido pela IBM 
utilizado por pesquisadores a fim de analisar dados complexos de pesquisa (ANDY FIELD, 
2009); Medcalc for Windows (trata-se de um programa de estatística completo para o Win-
dows, projetado para combinar de perto as necessidades de pesquisadores biomédicos. É 
rápido, muito fácil de usar e confiável (PORTAL ACTION, 2021).
Para iniciar a análise estatística, primeiro é realizada a normalidade dos dados, 
no qual são utilizados a fim de verificar se a distribuição de probabilidade associada a 
um conjunto de dados pode ser aproximada pela distribuição normal. Os principais testes 
utilizados são: Teste de Shapiro-Wilk, quando uma amostra apresenta um número menor 
que 50 e Kolmogorov-Smirnov é utilizado quando a amostra apresentada for maior que 50.
A análise descritiva, é utilizada para apresentar os dados através de testes descri-
tivos para calcular a média, desvio padrão, percentil e quartil de todas as variáveis, após 
verificar a normalidade dos dados. 
97UNIDADE III Baterias de Testes
6.1 Medidas de Tendência Central
As medidas de tendência central, são utilizadas para verificar a estatística descri-
tiva. Uma medida de tendência central de um conjunto de dados fornece uma indicação 
do escore típico deste conjunto (DANCEY; REIDY, 2006). Existem três diferentes tipos de 
medidas de tendência central: Média, Mediana e Moda.
Média: A média é facilmente calculada por meio da soma de todos os valores da amos-
tra e, então pela divisão pelo número total de valores. Ex: A média da amostra (5,6,9,2) será:
Mediana: Oficialmente definida como o valor que está no meio da amostra, que 
representa o mesmo número de valores acima e abaixo dela. A mediana é calculada com 
a ordenação de todos os valores e com a tomada do valor que está no meio. Utilizando os 
dados 2, 20, 20, 12, 12, 19, 19, 25, 20 (valores anteriores) para ilustrar o cálculo da media-
na, organizamos os dados em ordem crescente e atribuímos um posto a cada um, assim:
Você pode ver que os valores foram ordenados (linha acima) e a cada um foi atri-
buído um (rank). Dessa forma, o valor mais baixo tem posto um, o próximo posto dois e 
assim por diante.
Moda: A terceira medida de tendência central é a moda, é simplesmente o valor 
mais repetido. No conjunto de valores apresentado acima para exemplificar a média e me-
diana, a moda seria 20, que é o valor que mais se repete.
98UNIDADE III Baterias de Testes
Todos estes parâmetros e uma grande variedade de testes inferenciais são en-
contrados em programas estatísticos citados acima, como o SPSS, o MedCalc. Muitos 
desses recursos também estão disponíveis em programas mais simples como o Microsoft 
Excel. Portanto, a prática e o uso desses programas, juntamente com a leitura de manuais 
e livros técnicos sobre essas aplicações vão ser fundamentais para o aprofundamento do 
conhecimento nessa área.
99UNIDADE III Baterias de Testes
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Queridos(as) alunos(as), chegamos ao fim da Unidade III da nossa apostila de 
Medidas e Avaliação e nesta unidade aprendemos as diferentes avaliações que podem ser 
realizadas por profissionais de Educação Física a fim de avaliar a aptidão física e compo-
sição corporal, além de poder conhecer de forma ampla um dos campos de medidas mais 
utilizados em nosso contexto geral.
Nesta Unidade podemos também estudar os protocolos de testes a fim de capacitar 
você para a realização das avaliações citadas. 
E para finalizar, na Unidade III foram apresentados alguns recursos estatísticos 
utilizados para analisar e interpretar os dados coletados. Também foram indicados alguns 
programas estatísticos que podem ser utilizados dependendo da finalidade e do tipo de 
pesquisa que será realizada.
Dessa forma, desejamos estar contribuindo significativamente para o desenvolvi-
mento da sua formação profissional.
Nos vemos na Unidade IV, até lá!
100UNIDADE III Baterias de Testes
LEITURA COMPLEMENTAR 
Visando padronizar e orientar os confeccionistas no desenvolvimento de produtos 
para atender a cadeia têxtil e de confecção, o SENAI CETIQT em 2006 iniciou o mapea-
mento das diferenciadas configurações dos corpos brasileiros. Ao longo desses 7 anos o 
estudo do SENAI CETIQT passou por diversas fases. Adquiriu primeiramente ferramentas 
para medição manual e realizou estudo de viabilidade com um pequeno grupo amostral 
composto de alunos e funcionários da própria Instituição. Como os resultados mostraram-
-se satisfatórios, uma nova fase foi iniciada com a aquisição de um scanner de corpo e 
prestação de serviços especializados de normatização de uniformes das forças armadas 
e auxiliares. Com a metodologia implementada, foi possível um passo maior na direção da 
caracterização antropométrica do corpo padrão do brasileiro, projeto SizeBR. Em 2010 o 
SENAI CETIQT elencou os principais centros de consumo espalhados pelas cinco princi-
pais regiões: Sul, Sudeste, Centro Oeste, Nordeste e Norte para iniciar o primeiro estudo 
científico antropométrico realizado através da tecnologia de escaneamento em âmbito 
nacional, com objetivo de contemplar as grandes dimensões do Brasil. Visando uma maior 
amplitude da pesquisa, a equipe da Gerência de Inovação, Estudos e Pesquisas através 
da linha do Comportamento e Consumo do SENAI CETIQT desenvolveu um questionário 
padronizado sobreos hábitos de consumo do brasileiro para ser aplicado em conjunto com 
as medições a serem obtidas nessas regiões. Para cada centro de consumo, em função 
da população atendida, aplicou-se a teoria estatística da amostragem para definir a quanti-
dade de brasileiros a serem medidos (norma internacional ISSO 15535:2012). Assim, uma 
equipe especializada composta por técnicos em design, engenharia, antropologia, ciências 
sociais, eletrônica e ergonomia foi treinada para ir a campo realizar as medições automá-
ticas e manuais e tratar as imagens obtidas pelos body scanners. Atualmente a equipe do 
projeto SizeBR, dedica-se ao término das medições e ao tratamento estatísticos dos dados 
obtidos e, tem como previsão de finalização da etapa nacional para os gêneros masculino 
e feminino entre 18 e 65 anos e consequentemente o SENAI CETIQT. Na continuidade 
de expansão do SizeBR, buscando atender a outros segmentos, o SENAI CETIQT está 
adquirindo mais dois body scanners, um para pés e mãos e outro para cabeça e com isso 
atender o segmento do campo da Moda.
Fonte: BASTOS, S. F; SABRÁ, F. G.; ROSA, R.; FELIPE, L. SizeBR – O Estudo 
Antropométrico Brasileiro. SENAI CETIQT, Rio de Janeiro, Brasil.
101UNIDADE III Baterias de Testes
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO 
Título: Testes, Medidas e Avaliação em Educação e Esportes
Autor: Francisco José Gondim Pitanga
Editora: Phorte
Edição: 6ª
Ano: 2010
Sinopse: Antes do início efetivo de um programa de exercícios 
físicos, é de fundamental importância a avaliação dos parâmetros 
de aptidão física do cliente, aluno ou atleta, para que os exercícios 
sejam prescritos de forma individualizada e segura. Com vistas 
ao atendimento dessa necessidade, este livro oferece um enfo-
que técnico-científico de alta relevância, com toda a orientação 
teórico-prática que os profissionais de educação física e de áreas 
afins necessitam não apenas para montar programas de avaliação 
no âmbito da educação física e dos esportes, mas também para 
maximizar aproveitamento dos testes e das medidas que integram 
o processo de avaliação da aptidão física.
FILME/VÍDEO 
Título: PARATODOS
Ano: 2016
Sinopse: O documentário mostra a trajetória, a vida e os desafios 
de atletas paralímpicos, que fazem parte das delegações brasileiras 
de natação, atletismo, canoagem e futebol, em fase de preparação 
para os Jogos Paralímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
102
Plano de Estudo:
● Avaliação em educação física escolar;
● Desenvolvimento de propostas para avaliação em Educação Física escolar
nos diferentes níveis de ensino;
● Avaliação nas diversas modalidades desportivas;
● Organização de ações mediante resultados das avaliações em diferentes contextos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender a avaliação em educação física escolar;
● Conceituar e contextualizar desenvolvimento de propostas para a avaliação em
Educação Física nos diferentes níveis de ensino;
● Conhecer a avaliação nas diversas modalidades desportivas;
● Estudar a organização de ações mediante resultados
 das avaliações em diferentes contextos.
UNIDADE IV
Biometria, Medidas e Avaliação nos 
Diferentes Contextos
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professora Mestre Greice Westphal
103UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a), seja bem-vindo(a) à quarta unidade da nossa apostila de Biometria, 
Medidas e Avaliação, “Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos”.
Vamos aprender juntos sobre a avaliação em educação física escolar e compreen-
der como é realizado neste ambiente. Também, na sequência, vamos estudar o desenvolvi-
mento de propostas para avaliação em educação física escolar e conceituar nos diferentes 
níveis de ensino. Vamos conhecer sobre a avaliação nas diversas modalidades desportivas. 
E Para finalizar essa unidade vamos estudar a organização de ações mediante 
resultados das avaliações em diferentes contextos.
Vamos começar a estudar juntos sobre essas técnicas de Biometria, Medidas e 
Avaliação nos diferentes contextos.
 Vamos lá?!
104UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
1. AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Neste tópico vamos aprender sobre a avaliação em educação física escolar e 
os objetivos relacionados a avaliação da educação física escolar são, tradicionalmente, 
vinculados ao estudo do crescimento, da composição corporal e do desempenho motor. 
Além desses, recentemente têm sido acrescentados parâmetros indicadores de ocorrência 
de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como o diabetes tipo 2 e a 
hipertensão, a exemplo do Estudo dos Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA).
Estes focos de intervenção e de avaliação decorrem de mudanças que vêm ocor-
rendo nas sociedades e que tem levado a um estilo de vida com predomínio de atividades 
sedentárias, aliado ao consumo de alimentos de alto valor calórico, ricos em açúcares 
e gorduras, e baixo valor nutricional. No entanto, deve-se destacar que objetivos e es-
tratégias diferentes podem ser encontrados em diferentes épocas e localidades (BLOCH; 
CARDOSO; SICHIERI, 2016).
Em uma revisão sistemática recente, Pedretti et al., (2020) analisaram 18 estudos 
que envolveram 13.582 participantes. Nestes estudos foram avaliados componentes da 
aptidão física relacionada à saúde e também da aptidão física relacionada ao desempenho 
motor. Todos os estudos selecionados tiveram como base a bateria de medidas e testes 
para avaliação de escolares entre seis e 17 anos do Projeto Esporte Brasil (PROESP-Br) 
que é realizado desde 1994. Em síntese, este estudo identificou que entre 27% e 30% 
das crianças e adolescentes avaliados estão na zona de risco à saúde com base em seu
105UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
 IMC. O mesmo ocorrendo em 70% dos avaliados para a aptidão cardiorrespiratória e 50 
e 65% nessa mesma faixa (zona de risco à saúde) para a flexibilidade e a força muscular 
localizada, respectivamente (PEDRETTI et al., 2020).
O mesmo estudo ressalta a escassez de estudos sobre o desempenho motor, o 
que impossibilita o delineamento do perfil dos componentes deste construto.
O desempenho motor é um atributo fundamental para a construção de todo um 
bom acervo motor durante a infância. Assim, torna-se essencial para a efetiva e praze-
rosa participação em atividades cotidianas. Por meio das atividades diárias, como correr, 
saltar e rolar, as crianças desenvolvem habilidades fundamentais de movimento, as quais 
se refletem nos seus níveis de aptidão física e desempenho motor. Além do componente 
genético, o desempenho motor relaciona-se com os comportamentos habituais, condutas e 
solicitação motora destes indivíduos (PELEGRINI et al., 2011).
Diante dessas constatações, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece 
que crianças e adolescentes devem participar de brincadeiras, jogos, esportes, educação 
física e atividades que envolvam recreação e locomoção, com a família, amigos e colegas. 
Assim, os mesmos devem praticar, pelo menos, 60 minutos de atividades físicas diárias, 
sejam moderadas (caminhada para a escola, jogos recreativos) ou intensas (corrida, jogos 
esportivos), somando 300 minutos de atividades físicas na semana (WHO, 2020).
Nesta mesma linha de racionalidade, a OMS (2012), faz expressas recomendações 
e orienta sobre os problemas que a inatividade física poderá causar nos seres humanos, 
sendo o quarto fator de risco em relação à mortalidade global. Destaca-se que um nível 
adequado de atividade física regular reduz o risco de hipertensão, doença coronariana, 
diabetes, derrame e outras doenças não transmissíveis. Por outro lado, dietas pouco sau-
dáveis e sedentarismo são fatores de risco para as principais doenças não transmissíveis, 
como doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. Reconhecendo a oportunidade para 
redução de mortes e doenças em todo o mundo, melhorando a dieta e aumentandoos 
níveis de atividade física, a Assembleia Mundial da Saúde aprovou a Estratégia Global da 
OMS sobre Dieta, Atividade Física e Saúde (WHO, 2020).
Os benefícios de um estilo de vida ativo já são reconhecidos há muitas décadas. 
Em um posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte a mesma 
afirma que em crianças e adolescentes, um maior nível de atividade física contribui para 
melhorar o perfil lipídico e metabólico e reduzir a prevalência de obesidade. Também ressal-
ta que é mais provável que uma criança fisicamente ativa se torne um adulto também ativo. 
Como consequência, do ponto de vista de saúde pública e medicina preventiva, promover 
106UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
a atividade física na infância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para 
a redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo desta forma 
para uma melhor qualidade de vida (LAZZOLI et al., 1998).
Diante dessas evidências, a avaliação em educação física escolar deve estar cen-
trada na determinação de componentes da aptidão física relacionada à saúde e também da 
aptidão física relacionada ao desempenho esportivo. Embora haja estudos com razoável 
abrangência, ainda são necessários estudos longitudinais que possam estabelecer, de 
forma clara, qual o perfil e as tendências temporais desses componentes na população 
brasileira. Esta é uma prática para a qual os professores de Educação Física são os mais 
capacitados e apresentam as melhores condições de realização de tais levantamentos. 
Para tanto, são necessárias definições de baterias e protocolos a serem adotados, bem 
como de seus valores de referência (BLOCH; CARDOSO; SICHIERI, 2016).
SAIBA MAIS
Você sabia que o Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) é um observatório permanente 
de indicadores de crescimento e desenvolvimento corporal, motor e do estado nutricio-
nal de crianças e jovens entre 6 e 17 anos?
Com o objetivo de auxiliar os professores de educação física na avaliação desses indi-
cadores, o PROESP-BR propõe, através de um método, a realização de programa cujas 
medidas e testes podem ser realizados na maioria das escolas brasileiras. As informa-
ções enviadas ao site do PROESP-BR, formam um banco de dados capaz de orientar 
estudos, sugerir diagnósticos e propor normas e critérios de avaliação da população 
escolar brasileira no âmbito do crescimento corporal e da aptidão física relacionada à 
saúde e ao desempenho motor.
Fonte: (GAYA et al., 2015)
107UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
2. DESENVOLVIMENTO DE PROPOSTAS PARA AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO
FÍSICA ESCOLAR NOS DIFERENTES NÍVEIS DE ENSINO
Neste tópico vamos abordar sobre o desenvolvimento de propostas para avaliação 
em Educação Física Escolar nos diferentes níveis de ensino. Considerando as tendências de 
estudos populacionais e os problemas mais comuns evidenciados na atualidade, tais como o 
sedentarismo e o excesso de peso, é natural que propostas de avaliação em Educação Física 
Escolar sejam pautadas pelo monitoramento de componentes da aptidão física relacionada 
à saúde. Ao mesmo tempo em que outras propostas incluem também os componentes da 
aptidão física relacionada ao desempenho esportivo. Nesse sentido, destacam-se no cenário 
nacional estudos como Projeto Esporte Brasil (PROESP-Br) e o Estudo dos Riscos Cardiovas-
culares em Adolescentes (ERICA) (BLOCH; CARDOSO; SICHIERI, 2016; GAYA et al., 2015). 
Assim, é importante que novos estudos sejam pautados em estudos de maior abrangência, 
cujos protocolos já são bem definidos e, principalmente porque estes apresentam critérios 
diagnósticos respaldados por estudos de elevada consistência científica.
A prática regular e bem orientada de exercícios físicos é reconhecida como um 
fator importante para a saúde. Baseando-se nessa relação positiva entre exercício e saúde 
surge, em meados da década de 80, o movimento da Aptidão Física Relacionada à Saúde 
para a educação física escolar. Esse movimento, que advoga a ideia da aptidão para toda 
a vida e a construção de estilos de vida ativa nas pessoas, visa a contribuir para a melhoria 
da saúde e da qualidade de vida da população (PEDRETTI et al., 2020).
108UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
Diante da escassez de dados sobre o crescimento somático e sobre os padrões de 
aptidões físicas relacionadas à saúde e ao desempenho motor de crianças e jovens brasilei-
ros, em 1994 o Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR), desenvolveu uma bateria de medidas e 
testes para avaliação de escolares entre 7 e 17 anos. Tendo como meta construir indicadores 
que contribuíssem para o fornecimento de subsídios adicionais para a elaboração de políticas 
de educação física e esportes para crianças e jovens no Brasil (GAYA et al., 2015).
O PROESP-BR é o resultado de um conjunto de investigações científicas e interdis-
ciplinares conduzidas por professores e pesquisadores da Escola de Educação Física da 
UFRGS, com apoio institucional do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), da Secretaria 
de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, do Programa de Pós graduação 
em Ciências do Movimento Humano e do Laboratório de Pesquisa do Exercício da UFRGS. 
O PROESP parte do princípio que para trabalhar nas escolas brasileira, conhecendo os 
problemas existentes na maioria dessas escolas, pela carência de estrutura física e a pre-
cária disponibilidade de materiais para as aulas de educação física e esporte educacional 
tornou necessário que os instrumentos de medida e avaliação fossem acessíveis, ou seja, 
de baixo custo, envolvendo o mínimo de matérias sofisticados, além de serem de fácil 
aplicação. Por essas razões, os testes do PROESP se tornam acessível aos professores 
de todo Brasil (GAYA et al., 2015; LUGUETTI; NICOLAI RÉ; BÖHME, 2010; MIRANDA; 
MIRANDA; LAVORATO, 2020).
Apesar disso, deve-se destacar que são poucos os estados brasileiros que têm a 
Educação Física (EF) como disciplina obrigatória no programa escolar. No primário escola 
(3-5 anos), escola básica (6-14 anos) e ensino médio (15-17 anos) é preciso reconhecer a 
relevância do professor de EF para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento 
de crianças e adolescentes. Da mesma forma, o Relatório Nacional de Desenvolvimento 
Humano do Brasil mostra que apenas 0,55% das escolas públicas e privadas brasileiras 
têm uma cultura e infraestrutura que valoriza e promove as atividades físicas e os esportes. 
Ou seja, quase 88% das escolas apresentam péssimas condições para a promoção de 
atividades físicas e esportivas, enquanto que outras 12% apresentam níveis intermediários 
(PEDRETTI et al., 2020).
Acreditamos que as aulas de EF devem ser direcionadas para influenciar positi-
vamente os níveis de aptidão dos alunos relacionados à saúde e as habilidades motoras. 
Pautadas em conteúdos específicos de EF (elementos de ginástica, rítmicos atividades 
motoras, habilidades motoras e jogos esportivos). Essa perspectiva de transformação es-
colar, no âmbito da promoção da saúde, pode ajudar as crianças a se tornarem mais ativas, 
podendo afetar positivamente toda a comunidade escolar.
109UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
O Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) é um estudo 
multicêntrico nacional que tem por objetivo conhecer a proporção de adolescentes com 
diabetes mellitus e obesidade, assim como traçar o perfil dos fatores de risco para doenças 
cardiovasculares (como níveis de lipídios e pressão arterial, entre outros) e de marcadores 
de resistência à insulina e inflamatórios nessa população. Para isso foram avaliadas as 
condições de saúde de cerca de 75 mil estudantes entre 12 e 17 anos, de 1.247 escolas 
brasileiras, públicas e particulares, distribuídas pelas 122 cidades participantes – incluindo 
todas as capitais (BLOCH; CARDOSO;SICHIERI, 2016).
Os resultados obtidos pelo ERICA poderão ajudar a reorientar as políticas públi-
cas de educação e saúde voltadas para os jovens brasileiros, a partir da identificação de 
vulnerabilidades e necessidades dessa população. Além de apresentar um panorama do 
estado atual da saúde dos nossos jovens, permitirão, ainda, definir padrões nacionais para 
algumas características físicas na população de 12 a 17 anos como, peso, altura, pressão 
arterial e circunferência da cintura, o que será importante para diversas outros estudos no 
futuro (BLOCH; CARDOSO; SICHIERI, 2016).
Nesse sentido, o ERICA produziu e divulgou em uma edição especial da Revista 
de Saúde Pública da Universidade de São Paulo de 2016 estudos que apresentam o perfil 
de fatores de risco para doenças cardiovasculares, estudo sobre a prevalência de hábitos 
alimentares não saudáveis entre adolescentes, estudo sobre o tempo de tela e consumo 
de alimentos industrializados por essa população. Na mesma edição, foram incluídos 
estudos sobre a inatividade física no tempo livre e sobre padrões de consumo de bebidas 
alcoólicas por adolescentes. A série ainda incluiu um estudo sobre as prevalências de 
hipertensão entre adolescentes, problemas de saúde mental, iniciação sexual e métodos 
contraceptivos, prevalência de asma, ingestão de macro e micro nutrientes, prevalência 
de dislipidemia, prevalência de síndrome metabólica e prevalência de tabagismo. Assim, 
pode-se constatar que a ênfase em comportamentos relacionados à saúde e a prevalência 
de fatores de risco são temas de grande interesse por conta de seu impacto, tanto 
imediato quanto de longo prazo (BLOCH; CARDOSO; SICHIERI, 2016).
O ERICA foi iniciado em 2008 quando o Ministério da Saúde (SCTIE/DECIT) lançou 
uma chamada pública a fim de selecionar instituições científicas para desenvolvimento 
de inquérito epidemiológico nacional sobre síndrome metabólica em adolescentes. O 
projeto ERICA, do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do 
Rio de Janeiro, foi selecionado. Iniciou-se, a partir de então, a formação de uma grande 
rede nacional de pesquisadores de diferentes áreas da saúde envolvidos com saúde do 
adolescente, doenças cardiovasculares e obesidade, entre outras (BLOCH; CARDOSO; 
SICHIERI, 2016).
110UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
Com base nos dados obtidos pelo ERICA cabe salientar a necessidade de que 
estes resultados apontem o caminho que possa produzir mudanças a curto prazo com 
relação à disponibilidade e estímulo ao consumo de alimentos mais saudáveis, bem como 
ao estímulo a atividades e comportamentos que reduzam a exposição desses adolescentes 
à obesidade, ao sedentarismo e ao tabagismo, entre outros fatores de risco cardiovascular 
(BARUFALDI et al., 2016; BLOCH; CARDOSO; SICHIERI, 2016; OLIVEIRA et al., 2016; 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2017).
Baseado nos relatos de estudos de grande abrangência como o PROESP e o 
ERICA pode-se admitir que o desafio de oferecer programas de EF escolar pautados nas 
necessidades da população tem como premissa a incorporação de propostas de avaliação 
nos diferentes níveis de ensino, de modo a potencializar os efeitos desses programas, 
reduzir os agravos relacionados ao estilo de vida sedentário e hábitos alimentares não 
saudáveis que tem se tornado dominantes na maior parte dos centros urbanos, em diversos 
países e também no Brasil (GAYA et al., 2015).
REFLITA
A avaliação deve abranger as dimensões cognitiva (competências e conhecimentos), 
motora (habilidades motoras e capacidades físicas) e atitudinais (valores), verificando 
a capacidade de o aluno expressar sua sistematização dos conhecimentos relativos à 
cultura corporal em diferentes linguagens – corporal, escrita e falada. Embora essas 
três dimensões apareçam integradas no processo de aprendizagem, nos momentos de 
formalização a avaliação pode enfatizar uma ou outra delas.
Fonte: (DARIDO; RANGEL, 2005, p. 128)
111UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
3. AVALIAÇÃO NAS DIVERSAS MODALIDADES DESPORTIVAS
Caro aluno, nesta unidade vamos aprender sobre a avaliação nas diversas moda-
lidades desportivas, para isso o monitoramento regular dos componentes da aptidão física 
relacionados ao desempenho esportivo, específicos de alguns esportes, é fundamental 
para aumentar a probabilidade de sucesso nas competições. 
Assim, estudos com o objetivo de avaliar estes componentes em atletas de elite 
têm sido realizados em esportes de combate olímpico como boxe amador, esgrima, judô, 
karatê, taekwondo e luta livre. Uma revisão sistemática da literatura publicada recentemen-
te aponta falhas metodológicas importantes na maior parte dos estudos avaliados e reforça 
que estudos adicionais, com maior rigor metodológico, são necessários para superar essas 
dificuldades e fornecer dados que possam auxiliar na preparação física desses atletas. 
Apesar disso, o estudo também demonstra um aumento no número de publicações sobre 
essa temática nos últimos anos (CHAABENE et al., 2018).
A avaliação da aptidão física relacionada ao desempenho esportivo tem como um 
de seus propósitos identificar o talento esportivo. Destacando que talento é uma vocação, 
marcada em uma direção que ultrapassa a média, não estando ainda completamente 
desenvolvida. Esta denominação é utilizada para conceituar pessoas com atributos ou 
características admiradas e valorizadas pela cultura e pelo momento histórico (SANTOS 
et al., 2009). 
Na área do esporte de rendimento, utiliza-se o termo “talento esportivo” para designar 
aquelas pessoas que possuam um potencial, uma aptidão especial, ou uma grande aptidão 
para o desempenho esportivo. Em termos teóricos são encontradas diferentes conceituações 
referentes a talento esportivo na literatura da área (BÕHME, 2007; KISS et al., 2004). 
112UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
Para a descoberta de talentos deve-se levar em consideração as características 
fenotípicas, as condições de treinamento (volume, intensidade e especificidade), a idade 
biológica, as capacidades motoras, a técnica, a constituição corporal, características psi-
cológicas, como a motivação, a disponibilidade para o desempenho, esforço e estabilidade 
psicológica, assim como o suporte social (família, escola, clube, a organização da modali-
dade esportiva) (BÖHME, 2007). Dessa forma, o talento esportivo não pode ser detectado 
com base na aptidão demonstrada em um único teste motor e ou mensuração, mas sua 
identificação é parte de um processo de desenvolvimento que se torna aparente durante as 
etapas de treinamento, testagem e mensuração sistemática (SANTOS et al., 2009).
Com tantos testes para escolher, pode ser difícil selecionar os testes apropriados 
para um esporte. Assim, há indicações de uma seleção de esportes, tanto individuais como 
coletivos como o basquete, o futebol, futebol americano, hockey, rugby, além da natação, 
ciclismo, boxe, tênis, golfe, entre outros (MACKENZIE, B., 2011).
Uma outra área de estudos tem se dedicado a adaptação de baterias de testes 
de alguns esportes, como o Handebol para serem realizados por pessoas em cadeiras de 
rodas (SILVA et al., 2010)
Nesse sentido, deve-se destacar que os estudos e a aplicação de baterias de teste 
em diversas modalidades esportivas, segue em desenvolvimento e depende, em grande 
parte, da organização e do nível de popularidade da modalidade esportiva. Contudo, a base 
comum para essas baterias de testes continua sendo os componentes da aptidão física 
relacionada à saúde, que assegurem que os atletas apresentem baixo risco de desenvolver 
comorbidades, aliado aos componentes da aptidão física relacionados ao desempenho es-
portivo, de acordo com cada modalidade, esse é um campo que apresenta grande potencial 
de desenvolvimento, motivado pela valorização do esporte e pela incessante busca pela 
superação dos limites docorpo humano.
SAIBA MAIS 
Você sabia que no esporte, existe o atleta/aluno chamado de talento esportivo?
O Talento esportivo é o aluno/atleta que se destaca em uma prontidão e potencial acima 
da média, realizando altos desempenhos esportivos. Geralmente esses atletas apresen-
tam um talento esportivo específico com condições físicas e psicológicas voltadas para 
uma determinada modalidade. 
Fonte: (FOLLE; DO NASCIMENTO; DOS SANTOS GRAÇA, 2015)
113UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
4. ORGANIZAÇÃO DE AÇÕES MEDIANTE RESULTADOS DAS AVALIAÇÕES
EM DIFERENTES CONTEXTOS
E chegamos no último tópico da nossa apostila. Vamos estudar juntos sobre a 
organização de ações mediante resultados das avaliações em diferentes contextos. Entre 
os desafios representados pelo estilo de vida moderno têm sido destacados, ao longo deste 
texto, o estilo de vida sedentário e a alimentação não saudável. Este quadro mostra-se mui-
to frequente na maioria dos países. Assim, para que ações efetivas sejam implementadas 
torna-se necessário o monitoramento regular destes comportamentos e fatores de risco 
(CASTILHO et al., 2021).
Para isso, a divulgação e o uso de ferramentas, tais como as baterias de testes, 
apropriadas para a avaliação dos componentes da aptidão física relacionada à saúde em 
diferentes grupos populacionais torna-se fundamental. Isto porque os comportamentos e 
fatores de risco acima mencionados não são exclusivos do público em idade escolar. Longe 
disso, eles afetam pessoas de todas as faixas etárias e níveis socioeconômicos (BIANCHINI 
et al., 2016; MIRANDA; MIRANDA; LAVORATO, 2020). Desta maneira, a busca por 
indicadores confiáveis bem como o conhecimento de pontos de corte (valores de 
referência) que representam risco aumentado para certas doenças tornam-se elementos 
relevantes para a implementação de políticas públicas de promoção da saúde.
114UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
Além disso, como já foi indicado em estudos mencionados ao longo dessa unidade, 
como o ERICA e o PROESP, dados atuais demonstram que a população brasileira de 
crianças e adolescentes apresenta baixos níveis de aptidão física. Torna-se ainda mais 
complexo o quadro quando se considera a frequência de comportamentos sedentários 
nesses grupos populacionais (BLOCH; CARDOSO; SICHIERI, 2016; GAYA et al., 
2015; SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2017; THIVEL et al., 2018).
Por essas razões a educação física necessita ser reconhecida e valorizada como 
responsável pela orientação para a adoção de hábitos benéficos de saúde. Não obstante 
as grandes barreiras impostas por problemas sociais tais como a insegurança e a baixa 
disponibilidade de tempo livre para acompanhamento de filhos e filhas a ambientes que 
promovam a prática de atividade física e esportes, deve ser urgentemente implementar 
ações que possam reverter as tendências atuais de baixos níveis de atividade física e de 
excesso de peso cujos reflexos sobre os fatores de risco para doenças cardiovasculares e 
metabólicas são bem conhecidos (CASTILHO et al., 2021; DO PRADO et al., 2009; MIRAN-
DA; MIRANDA; LAVORATO, 2020). Deve-se, portanto, assegurar que as futuras gerações 
tenham garantido os benefícios advindos dos avanços tecnológicos, sem o ônus que 
estas mesmas tecnologias têm representado para estas gerações. 
Para que isso ocorra, deve-se ofertar aulas de Educação Física regulares em 
todos os níveis de escolarização. Com isso, as bases motoras e o gosto pela prática de 
atividades físicas, exercícios e esportes vão garantir que as novas gerações incorporem 
tais práticas em suas rotinas de vida. Os benefícios imediatos e futuros serão logo 
demonstrados e o aprendizado proporcionado pela experiência, ainda que traumática, 
deve servir de garantia que tal descuido não ocorra.
115UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Querido(a) aluno(a), chegamos ao fim da unidade e da nossa apostila de Biome-
tria, Medidas e Avaliação. Esperamos que esse conteúdo seja muito produtivo para o seu 
aprendizado. Vamos fazer um breve registro dessa unidade, para ajudar em seus estudos. 
Nos tópicos 1 e 2 foi abordado sobre a avaliação em educação física escolar e o 
desenvolvimento de propostas para a avaliação em educação física escolar nos diferentes 
níveis de ensino. Lembrando que o desempenho motor é um atributo fundamental para o 
desenvolvimento de uma criança e que as atividades diárias ou brincadeiras como correr, 
saltar, pular e rolar, as crianças desenvolvem habilidades fundamentais de movimento. A 
avaliação em educação física escolar deve estar centrada na determinação de compo-
nentes da aptidão física relacionada à saúde e também da aptidão física relacionada ao 
desempenho esportivo.
O Projeto Esporte Brasil (PROESP-Br) inclui os componentes da aptidão física 
relacionada ao desempenho esportivo através de seus protocolos e baterias de testes para 
crianças e adolescentes no âmbito escolar. A prática regular e bem orientada de exercícios 
físicos é reconhecida como um fator importante para a saúde.
No tópico 3, falamos sobre a avaliação nas diversas modalidades esportivas e o que 
se destaca neste tópico é o talento esportivo. Na área do esporte de rendimento, utiliza-se 
o termo “talento esportivo” para designar aquelas pessoas que possuam um potencial, uma
aptidão especial, ou uma grande aptidão para o desempenho esportivo. Em termos teóricos
são encontradas diferentes conceituações referentes a talento esportivo na literatura da área.
E para finalizar essa unidade, aprendemos sobre a organização de ações mediante 
resultados das avaliações em diferentes contextos, aprendemos que a educação física 
necessita ser reconhecida e valorizada como responsável pela orientação para a 
adoção de hábitos benéficos de saúde. Para que isso ocorra, deve-se ofertar aulas de 
Educação Física regulares em todos os níveis de escolarização. Com isso, as bases 
motoras e o gosto pela prática de atividades físicas, exercícios e esportes vão garantir 
que as novas gerações incorporem tais práticas em suas rotinas de vida.
Concluímos a construção do seu conhecimento na área de Biometria, Medidas e 
Avaliação. Esperamos que essa apostila ajude no seu conhecimento teórico para se tornar 
um excelente profissional de Educação Física. A nossa gratidão em ajudar nessa constru-
ção do seu conhecimento.
Até mais!
116UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
LEITURA COMPLEMENTAR
Perfil da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor 
de crianças e adolescentes brasileiros: uma revisão sistemática
Você já ouviu falar em Perfil da Aptidão Física relacionado à Saúde e ao Desempe-
nho Motor de Crianças e Adolescentes Brasileiros?
O Projeto Esporte Brasil (PROESP-Br) propõe, desde 1994, uma bateria de medi-
das e testes para avaliação de escolares entre seis e 17 anos com o objetivo de delinear o 
perfil de crianças e jovens brasileiros no que se refere à aptidão física relacionada à saúde 
e ao desempenho motor. 
 Sendo assim, o objetivo do estudo foi delinear o perfil da aptidão física de crianças 
e jovens brasileiros a partir de uma revisão sistemática da literatura sobre artigos que utili-
zaram da proposta do PROESP-Br. A busca foi realizada na PubMed, ScienceDirect, Lilacs, 
SciELO e Google Acadêmico. Estudos originais publicados entre 1994 e 2017 acerca da 
aptidão física (saúde e/ou desempenho motor) de escolares (crianças e/ou adolescentes) 
que utilizaram a bateria de testes do PROESP-Br foram incluídos. 
Um total de 13.582 sujeitos foram avaliados quanto à saúde e 276 quanto ao de-
sempenho motor dos 18 estudos incluídos. A qualidade metodológica foi avaliada em uma 
versão adaptada da Newcastle-Ottawa quality assessment scale.
Os resultados evidenciam que 27-30% dos jovens estão na “zona de risco” à saúde 
para o Índice de Massa Corporal (IMC),70% para a aptidão cardiorrespiratória (ApC) e 50 e 
65% para flexibilidade e força muscular localizada (FML), respectivamente. Os dados sobre 
o desempenho motor são inconsistentes nesta revisão de literatura.
Para finalizar, os resultados indicam baixos níveis de saúde cardiovascular (IMC/
ApC), principalmente quanto à APC, assim como baixos níveis de saúde musculoesquelética 
(flexibilidade/FML) dos jovens. Ressalta-se a escassez de estudos quanto ao desempenho 
motor impossibilitando delinear o perfil dos componentes deste construto. 
Fonte: PEDRETTI, A. et al. Health- and skill-related physical fitness profile of Bra-
zilian children and adolescents: a systematic review. Revista Brasileira de Atividade Física 
& Saúde, v. 25, p. 1 – 10, 2020. 
117UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Educação Física Escolar: a educação para a saúde pela 
perspectiva da resolução de problemas
Autores: Ademir Testa Junior
Editora: Phorte
Sinopse: Este livro é o resultado de um trabalho que, em 2009, 
foi escolhido pela Fundação Victor Civita como o melhor projeto de 
Educação Física, em nível nacional, entre os inscritos no Prêmio 
Educador Nota 10. Diante do crescente sedentarismo que se ob-
serva na população em geral e entre os estudantes em particular, 
a presente obra visa demonstrar que é possível fazer das aulas 
de Educação Física um instrumento de aprendizado que vá além 
da prática de atividades esportivas e/ou recreativas, inserindo 
efetivamente a disciplina no contexto da educação para a saúde. 
Busca-se mostrar como se pode utilizar a estratégia da resolução 
de problemas para que os estudantes desenvolvam a capacida-
de de tomar decisões conscientes em relação às suas práticas 
corporais, ou seja, como levá-los a aprenderem sobre atividades 
físicas, saúde e qualidade de vida, de modo a serem capazes de 
transformar o conhecimento em conduta ativa e saudável por toda 
a vida.
LIVRO 2
Título: Educando crianças para a aptidão física: Uma abordagem 
multidisciplinar
Autores: Sephen J. Virgilio
Editora: Manole
Sinopse: O livro fornece ferramentas essenciais não só para 
professores de educação física, mas para todos os professores 
de educação infantil. Com uma abordagem multidisciplinar, que 
promove a colaboração com o professor de sala de aula e o en-
volvimento dos pais e da comunidade, o livro oferece, além de 
estratégias motivacionais e de ensino, testes de aptidão física, 
exemplos de planos de aula, exercícios de desenvolvimento, jo-
gos ativos e propostas para o ensino dos principais conceitos de 
educação física.
118UNIDADE IV Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos
LIVRO
Título: Desenvolvimento de Treinadores e Atletas: Pedagogia do 
Esporte
Autores: Larissa Rafaela Galatti; Alcides José Scaglia; Paulo 
Cesar Montagner e Roberto Rodrigues Paes
Editora: Editora da Unicamp
Sinopse: São múltiplos os caminhos para o desenvolvimento de 
um atleta. O mesmo se passa para que um treinador alcance o 
nível de excelência no seu contexto de atuação. Em ambos os 
casos, trata-se de um processo em longo prazo, influenciado por 
múltiplos fatores de diferentes naturezas; são caminhos refle-
xivos, com momentos com e sem mediação de outros agentes. 
No livro “Desenvolvimento de treinadores e atletas: Pedagogia do 
esporte”, vol. 1, esses processos são apresentados, levando-nos 
a refletir sobre procedimentos pedagógicos e pesquisas aplicadas 
que venham a contribuir para um melhor desenvolvimento de dois 
dos principais agentes do contexto esportivo: atletas e treinadores. 
Para tal, a obra reúne 12 capítulos de respeitados autores no tema 
do Brasil, do Canadá, do Chile e da Espanha, lançando-se como 
livro de referência para os treinadores, atletas, professores e pes-
quisadores envolvidos nesse complexo universo.
FILME/VÍDEO
Título: Muito Além do Peso (Documentário)
Ano: 2012 
Sinopse: No documentário, a cineasta Estela Renner analisa a 
qualidade da alimentação infantil e os efeitos da publicidade de 
alimentos.
119
REFERÊNCIAS
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São Paulo/SP, 2006.
ACSM - AMERICAN COLLEGE SPORTS OF MEDICINE. Programa de condicionamento 
físico do ACSM. Tradução: Dorothéa e Lorenzi Grinberg Garcia. 2. ed. São Paulo: Manole, 
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132
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Chegamos ao fim de mais uma jornada, no qual teve como objetivo principal possi-
bilitar a aquisição de conhecimentos relacionados a Medidas e Avaliação a fim de contribuir 
com a atuação acadêmica e profissional.
Portanto, neste material, buscamos trazer reflexões no âmbito do ensino de 
Medidas e Avaliação, sob as quais a sua prática docente pode estar embasada.
Para tanto, partimos do tema sobre os Conceitos e Princípios Básicos de Biome-
tria, Medidas e Avaliação Em Educação Física, no qual discorremos além dos conceitos 
de biometria, medidas e avaliação, as definições e classificações da aptidão física testes, 
medidas e avaliação e sobre as etapas básicas de avaliação.
Bem como nos voltamos a entender sobre Técnicas E Instrumentos De Biometria, 
Medidas E Avaliação, decorrido sobre os tipos de teste, critérios para seleção e validação 
e construção, bem como comentamos a respeito da antropometria Aplicada e pautamos 
propostas metodológicas sob os objetivos e procedimentos para avaliação da aptidão físi-
ca, métodos para avaliação dos níveis de atividade física e instrumentação para medidas 
e avaliação.
Partindo do pressuposto que todo o conhecimento produzido nestes campos foram 
absorvidos, exprimimos a respeito das Baterias de Testes, onde constou conteúdos relacio-
nados as avaliações sobre a aptidão física, da composição corporal e antropometria, assim 
como os protocolos de testes e procedimentos estatísticos nas perspectivas analíticas, 
interpretativas, programáticas e diante suas tendências.
Por fim, discorremos a respeito dos diferentes contexto em que a Biometria, medi-
das e avaliações podem ser trabalhadas, suas propostas, objetivos e organizações, no qual 
para você caro(a) acadêmico(a) é de grande importância, pois independente onde será 
necessário atuar, você estará preparado e dotado de conhecimentos.
Esperamos que assim como nós, você tenha aproveitado ao máximo os conteúdos 
abordados nesta apostila e ressaltamos que este é apenas o início do caminho a ser trilhado 
por você futuro profissional de Educação Física.
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigada!
+55 (44) 3045 9898
Rua Getúlio Vargas, 333 - Centro
CEP 87.702-200 - Paranavaí - PR
www.unifatecie.edu.br
	UNIDADE I
	Conceitos e Princípios Básicos de Biometria, Medidas e Avaliação em Educação Física
	UNIDADE II
	Técnicas e Instrumentos de Biometria, Medidas e Avaliações
	UNIDADE III
	Baterias de Testes
	UNIDADE IV
	Biometria, Medidas e Avaliação nos Diferentes Contextos

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