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Geografia e Turismo
1.1 A relação entre geografia, cultura e turismo
Qual é a relação da geografia com o turismo? Como a geografia pode me ajudar a fazer turismo? Afinal, o turismo é importante pra quem e por quê?
“A geografia é ciência que estuda a relação dos homens com o espaço que habitam”, essa explicação simplista traz muito significado e pode gerar muitas reflexões, sobretudo na cabeça de geógrafos. Queremos compartilhá-las com vocês através do material desse curso que tem como tema principal o vínculo da Geografia com o Turismo. Para construirmos esse entendimento, precisamos estudar alguns pressupostos sobre a relação dos seres humanos e o espaço.
O elo dos seres humanos com o espaço é condição "sine qua non" para viver: dependemos do espaço para nos alimentar e trabalhar, por exemplo. Por sua vez, as características dos espaços e as vivências que temos nos lugares que conhecemos nos fazem criar laços e significado para nossa existência. Ou seja, para além da dimensão de existência orgânica (cumprir funções fisiológicas indispensáveis), os seres humanos produzem representações materiais e imateriais de suas crenças e de seus modos de diversão, por exemplo, essas representações constroem a cultura de um povo e acontecem em algum espaço. A atividade humana, portanto, transforma os espaços a partir de sua existência e agrega a eles significado.
Em Geografia, de acordo com o professor Rogério Haesbaert da Costa, dois conceitos estão intimamente ligados com a cultura: Lugar e Paisagem. 
· O lugar pode ser entendido, como a porção do espaço geográfico vivido pelo indivíduo, nele há singularidade e características próprias. Alguns exemplos que podemos citar são aqueles lugares onde cada um de nós temos uma ligação motivada por experiências ao longo de nossa história (a casa da avó, um sítio, a cidade em que moramos na infância dentre outros);
· A paisagem é aquela representação do espaço que, através da imagem, identificam simbolicamente um lugar e procuram enaltecê-lo. São exemplos, o Cristo Redentor para representar o Rio de Janeiro, o Laçador para representar Porto Alegre, o Elevador Lacerda para representar Salvador, a Esplanada dos Ministérios para representar Brasília. Contudo, mesmo que qualquer representação do espaço pode ser considerada paisagem, geralmente associamos o termo à imagens consideradas “bonitas”.
Desde o surgimento da Terra, muitos eventos naturais transformaram o espaço que habitamos e, ao longo dos milhares de anos de existência humana no planeta, muitas civilizações, com diferentes origens e com propósitos distintos, deixaram no espaço suas marcas e seu conhecimento. O conjunto de todas elas - algumas com maior, outras com menor grau de influência - contribuiu para compor os conhecimentos que temos hoje. Somos, portanto, produto da nossa história natural e humanizada.
Nesse contexto, a busca por conhecer contextos diferentes dos que habitualmente vivenciamos faz surgir uma atividade denominada de turismo. O turismo é fonte de renda de milhares de pessoas ao redor do mundo. Destinos turísticos estão espalhados por todos os continentes em maior ou menor grau. Conhecer a localização, história, cultura, hábitos, tradições ou paisagens de outros lugares é a intenção das viagens turísticas que movimentam setores de hospedagem, transporte, restaurantes dentre outros pelos países.
A manutenção de espaços turísticos favorece a preservação da própria história de um lugar, além de proporcionar renda aos moradores locais. A Geografia, como uma ciência que estuda os espaços e as relações sociais ali existentes, se interessa pelos temas citados e pode ser utilizada para melhores experiências turísticas. 
1.2 Histórico do Turismo
A tarefa de definir um marco temporal do turismo na história humana é muito complexa assim como a própria definição de turismo: implicaria somente a viagem para lazer? Há quem diga que o simples fato de estar em deslocamento para atividades não cotidianas pode caracterizá-lo. Assim podemos incluir viagens comerciais, busca de tratamento, amenidades e outros diversos motivos. 
Desta maneira, há numerosos registros onde constata-se que os homo sapiens sapiens deslocam-se no espaço desde sempre. Primeiramente por necessidade de sobrevivência onde as técnicas nômades obrigavam homens e mulheres a buscar lugares que lhe oferecessem abrigo, água e segurança alimentar. Mesmo com a evolução social e a organização dos primeiros agrupamentos sedentários estes grupos criaram dependências com outros lugares, principalmente quando surgiram as trocas comerciais e assim o fluxo de pessoas entre diferentes regiões.
Sabe-se que reis e o alto escalão social dos antigos reinos do Egito e da China viajavam por puro prazer indo em busca de amenidades. Temos registros das pessoas que se deslocavam na Grécia Antiga para assistir ou competir nos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Alguns pesquisadores afirmam que foi graças aos romanos que as viagens de lazer tomaram grandes proporções, pois os homens livres buscavam águas termais para relaxamento, festividades para diversão e a busca de templos para a adoração de seus deuses. Esta mesma busca espiritual foi o que manteve o deslocamento em alta durante a Idade Média. Caminhos Santos atraiam muito peregrinos em busca de jornadas espirituais de purificação. Até mesmo as cruzadas podem ser citadas como exemplos, pois grupos eram formados e deslocavam-se até a cidade sagrada de Jerusalém para libertá-la dos muçulmanos. O caminho percorrido por estes iniciou um trajeto recorrente entre os cristãos europeus.
Pouco antes do Renascimento, famílias já mandavam os filhos para estudos em outros lugares a fim de adquirirem mais conhecimento. O auge, foi durante o período citado, onde a ambição cultural motivava viagens em busca de arte, ciência  e cultura, sendo Florença e Roma destinos muito procurados entre aristocratas, nobres e o clero. Neste momento, o mundo já estava imerso no Mercantilismo, sistema em que esta integração era fundamental: tomada de novos territórios para a exploração, acúmulo de riquezas e produção de mercadorias para a comercialização. Desta maneira, informações de outros lugares e as viagens diversas eram fundamentais para manter este sistema.
As viagens, tal como conhecemos hoje, começaram a tomar forma com o advento da Primeira Revolução Industrial pois houve um progresso significativo dos meios de comunicação e em especial o desenvolvimento de meios de transporte mais sofisticados. O mundo a vapor conectava destinos de maneira cada vez mais eficiente. Neste período surgem, inclusive, as primeiras viagens de turismo de grupos com funções bem definidos de agentes de viagens e guias de turismo. O Inglês Thomas Cook é apontado como o pai do turismo moderno, pois é atribuído a ele o registro destas primeiras viagens grupais pelo território do Reino Unido caracterizando o início do turismo massivo.
A entrada do século XX trás consigo o desenvolvimento dos automóveis, ônibus e a pavimentação de muitos quilômetros de estradas. Isto contribuiu para a manutenção das viagens em grupos, mas também dá mais autonomia para o turismo mais exclusivo. Este período também marca a busca em larga escala por balneários.
A fase mais recente do turismo está totalmente imersa no capitalismo global com o surgimento de uma grande rede de compartilhamento de informações, eficiência nos transportes e comercialização de lugares, paisagens, saberes e produtos relacionados a viagens. O grande debate gerado nesta fase do turismo diz respeito a sustentabilidade do próprio: qual o impacto social e ambiental gerado com o consumo dos lugares turísticos?
Sem dúvida, a redução dos impactos sociais e ambientais e sociais ocasionadas pelo turismo passa pela preservação da história e possibilidade de continuidade dessa importante atividade econômica.
1.3 Tipos de Turismo
O turismo abrange uma enorme quantidade de atividades que perpassam por diversos segmentos. É uma atividade procurada pelas pessoas por diversos motivos,mas basicamente podemos enquadrá-la como uma atividade de lazer.
Trata-se de um produto que não é físico: ele é intangível e abstrato, ou seja, o turista vive uma experiência que será guardada na memória. 
Para que a atividade aconteça é necessária uma rede de recursos mínima de acordo com a motivação da viagem. Dentre estes recursos, podemos citar informações sobre o lugar, uma rede de transporte (estradas, ferrovias, automóveis, ônibus, avião e outros) que levem o visitante até o destino, disponibilidade de alimentação (bares, restaurantes e mercados) uma rede de hospedagem (camping, hotel, pousada e outros), recursos culturais (culturas regionais, línguas, costumes e museus) e por fim recursos e ambientes naturais (clima, flora, fauna, relevo, praias e eventos naturais).
Para melhor entender, planejar e gerir a atividade, o Ministério do Turismo classifica em 12 segmentos - Turismo Social, Ecoturismo, Turismo Cultural, Turismo de Estudos e Intercâmbio, Turismo de Esportes, Turismo de Pesca, Turismo Náutico, Turismo de Aventura, Turismo de Sol e Praia, Turismo de Negócios e Eventos, Turismo Rural, Turismo de Saúde. Não temos aqui a pretensão de descrever minuciosamente cada tipo de turismo. Desta maneira vamos dar uma caracterização geral dos tipos mais procurados no Brasil.
Ecoturismo
Atualmente uma grande parte da população mundial está vivendo nas áreas urbanas. No Brasil, por exemplo, mais da metade da população vive em cidades e com isso podemos observar que a expansão urbana resultante deste processo provoca o avanço e por consequência o estrangulamento da vegetação nativa e corpos d’água como rios, arroios, lagos e lagoas. Além disso, o modo de vida urbano está muito associado à conectividade, rapidez dos processos e uma grande estrutura construída. Esse estilo de vida é observado tanto para o trabalho quanto para o lazer. Conseguimos facilmente imaginar a rotina de uma grande parte dos trabalhadores que se deslocam em um trânsito denso, trabalham durante muito tempo em um escritório acessando sistemas e quando saem procuram um shopping para fazer compras, comer um fast-food e encontrar os amigos. Desta maneira, cada vez mais as pessoas estão vendo a necessidade de buscar algo que quebre este cotidiano artificializado. Um dos meios encontrados é o Ecoturismo. Trata-se de uma modalidade onde os viajantes vão buscar elementos naturais que lhes faltam no dia-a-dia: trilhas por florestas, um banho de cachoeira ou contemplar a vista em cima de um morro.
Além desses elementos inerentes ao Ecoturismo, a atividade ainda pressupõe uma consciência de consumo turístico onde a preservação do meio ambiente é fundamental para a sua manutenção. Assim, estamos falando de uma prática que gera atitudes de menor impacto ao meio incentivando a sua conservação e uma consciência ambientalista promovendo o bem estar das populações presentes e futuras.
Turismo Cultural 
A busca por cultura e conhecimento foi o que massificou o turismo (como já visto anteriormente) e responde a grande parte à prática do turismo. Mais adiante, teremos um capítulo exclusivo para este tema, Porém, agora vamos apenas situá-lo dentro dos segmentos turísticos: como essa atividade pressupõe a busca por conhecimento, podemos destacar que a vivência durante a viagem é o principal motor dessa experiência e isso se realizará através do patrimônio.
O patrimônio ou patrimônio cultural engloba toda uma herança cultural de um povo e suas manifestações. Pode ser dividido em patrimônio material (imóveis, monumentos, peças, ferramentas e tudo que pode estar exposto em um museu) e patrimônio imaterial ou intangível que é preservado através do saberes populares e repassado através da oralidade (músicas, danças, lendas, contos, gastronomia, costumes, festas e outras expressões).
Assim como a preservação do meio ambiente é importante para o Ecoturismo, a preservação do patrimônio histórico cultural é muito importante para este segmento e isso se faz através do acesso à cultura e história de cada povo e território.
Dentro do turismo cultural ainda observamos algumas ramificações devido a especialização de roteiros turísticos como o turismo cívico, turismo religioso, turismo místico e esotérico e o turismo étnico.
Turismo de Estudos e Intercâmbio 
Conhecido como globalização, o processo de interconexão mundial através das redes (comunicação, trabalho, consumo, lazer e cultura) impõe cada vez mais uma padronização destas atividades. Além disso, faz com que haja uma busca maior por uma especialização profissional como diferencial dentro da concorrência do mercado de trabalho ou do segmento comercial. Assim, milhares de pessoas buscam aumentar seu conhecimento e capacidade com cursos, vivências e aprendizados ao redor do mundo. Se por um lado a globalização avança sobre as culturas locais, por outro ela cria uma linguagem universal para quem tem acesso aos seus benefícios. Com isso, diversas instituições educacionais no mundo estão preparadas para receberem e dar suporte para pessoas e qualificá-las de acordo com seus programas de ensino.
Encontramos neste segmento cursos formais de ensino básico, línguas, graduação, pós graduação, cursos de especialização em universidade e instituições educacionais voltados para o desenvolvimento profissional e até ofertas mais informais como cursos de línguas, vivências ou experiências para o desenvolvimento pessoal. 
Temos conhecimento deste tipo de turismo logo após a Revolução Industrial na Europa onde necessitava-se ter uma amplitude da visão de mundo para poder acompanhar as mudanças que as atividades industriais estavam ocasionando. Assim podemos sempre associar este tipo de turismo em grande parte ao intenso fluxo de mercados proporcionado pelas relações capitalistas.
Turismo de Aventura 
O turismo de aventura sempre está muito associado ao ecoturismo, porém é mais abrangente que o outro segmento no que se refere ao ambiente de prática. Enquanto o ecoturismo tem a sua territorialidade definida em ambientes não urbanos e que ressaltem a importância do meio natural, a prática do turismo de aventura pode ser definida em locais naturais, urbanos, áreas construídas e áreas rurais. A essência da sua prática está focada em atividades esportivas não competitivas que ofertam uma carga de adrenalina.
Derivado do Latim, adventura significa o que está por vir, conotando um significado sensorial recreativo que envolve desafio e riscos proporcionando aos seus praticantes sensações de liberdade, superação e prazer. Mas é importante ressaltar que a prática dessas atividades englobadas pelo turismo de aventura deve seguir uma série de normativas para a prática segura da aventura. Desta maneira, atividades como Rafting, Bungee-Jump, Tirolesa, Arvorismo e outras seguem uma série de orientações técnicas para que todos os riscos sejam calculados e minimizados.
Turismo de Sol e Praia 
O turismo de sol e praia possui grande apelo nas regiões tropicais onde ocorrem temperaturas altas o ano inteiro, porém seu início se deu no continente europeu no século XIX que conta com pelo menos uma estação quente em alguns países (em especial no Mediterrâneo). Nesta época as pessoas iam em busca das regiões costeiras para banhos de mar, considerados medicinais. Com o passar do tempo a atividade foi sendo cada vez mais incrementada e procurada. Isso fez com que houvesse a necessidade de um planejamento e de políticas públicas para ordenar a atividade que está localizada em áreas delicadas do ponto de vista ambiental. Estas áreas abrangem as margens de corpos d’água como praias marítimas, praias fluviais e lacustres (margens de rios, lagos, lagoas e açudes) e até mesmo praias artificiais.
Os fatores atrativos ao turismo nestes locais são a recreação, o entretenimento e o descanso que as temperaturas quentes associados à balneabilidade proporcionam.
Turismo de Negócios e Eventos
O estreitamento nas relações globais oportunizado pelo avanço dos transportes e da comunicação possibilitou trocas comerciais significativas nos últimos anos. Com a competiçãocada vez mais acirrada entre os mercados, prospectar clientes e oportunidades de negócio é uma tarefa primordial para empresas e governos. Desta maneira, eventos como feiras, congressos, convenções, simpósios, mostras e exposições compõem um importante segmento dentro do turismo para atender esta necessidade.
Estes eventos contribuem com o deslocamento de uma grande quantidade de pessoas que estão representando suas instituições (empresas, universidades, governos, ONGs e outros) para cidades que suportem essas atividades com hotéis, atrativos culturais, restaurantes e centros de eventos.
Turismo Rural
O turismo rural implica em atividades de lazer desenvolvidas em áreas onde a economia gira em torno da agropecuária. Estas atividades colocarão o turista em contato com a lida dos trabalhadores rurais, a vivência do ambiente e do cotidiano que possui outro significado diferente da cidade.  Desta maneira, territórios não urbanos que contam com o modo de vida característico aos ciclos da natureza, produção de produtos agrícolas e de paisagem natural estão credenciados a enquadrarem-se nesta modalidade.
Este tipo de turismo surgiu da necessidade de produtores rurais aumentarem a seus rendimentos com o complemento de renda, para agregarem valor aos seus produtos ou para aumentar o volume de produtos vendidos. Por outro lado, o turista que busca este tipo de atividade está em busca de uma experiência laboral que não lhe é comum nas cidades, contato com o meio natural e a busca por produtos naturais.
1.4 Orientação no espaço
Quando estamos em espaços conhecidos, convém nos orientarmos através de indicações como “à esquerda”, “à direita” ou “em frente a” ou através de pontos de referência. Contudo, em locais desconhecidos, ou no caso da navegação e aviação, é necessário sistemas unificados de orientação. Por isso, existem os pontos cardeais e colaterais, bússolas e sistemas de coordenadas geográficas.
A orientação do espaço geográfico é imprescindível para entender mapas e localização através de GPS, por exemplo. Nesta aula vamos conhecer sobre pontos cardeais, colaterais e a rosa dos ventos, orientação pelo sol e pela lua, além dos modernos métodos de localização.
Pontos cardeais
Através da observação dos astros, há muito tempo atrás, constatou-se que a movimentação destes no céu, segue um padrão e, por isso, pode ser utilizada para orientação em qualquer parte do planeta. Assim, surgiram os pontos cardeais: Leste (direção onde o sol aparece no horizonte), Oeste (direção onde o sol se põe no horizonte), Norte e Sul. Observe abaixo o quadro de abreviações e sinônimos:
Pontos colaterais
Para poder demarcar direções intermediárias entre os pontos cardeais, foram criados os seguintes pontos colaterais: Nordeste (NE), Noroeste (NO), Sudeste (SE) e Sudoeste (SO).
Rosa dos Ventos
Os pontos de orientação cardeais e colaterais compõem uma figura denominada de rosa dos ventos. A indicação dessa figura (ou de parte dela) num mapa é fundamental para a orientação correta do mapa (representação gráfica de um lugar) com a realidade.
Figura 1 - Rosa dos Ventos
Fonte: Elaborado pela autora
Descrição da imagem: Ilustração de uma Rosa dos Ventos com a indicação da abreviação dos pontos cardeais (N=Norte, S=Sul, L=Leste e O=Oeste) e dos pontos colaterais (NE=Nordeste, NO=Noroeste, SE=Sudeste e SO=Sudoeste).
Orientação pelo Sol e pela Lua 
Para orientar a rosa dos ventos pelo sol, e com ela os pontos cardeais e colaterais, basta direcionar o ponto Leste para onde o sol aparece pela manhã , assim, todos os outros pontos estarão orientados.
Caso a pessoa não possua uma rosa dos ventos, pode orientar-se pelo sol com seu corpo da seguinte forma:
· Passo 1: Estenda seu braço direito para onde o sol aparece pela manhã, lá está o Leste;
· Passo 2: Abra seu braço esquerdo para o sentido oposto, onde o sol se põe. Aí está o Oeste.
· Passo 3: Na sua frente está o Norte.
· Passo 4: Atrás de você está o Sul.
Para orientar-se pela lua, deve-se seguir os mesmos passos da orientação pelo sol, pois ambos aparecem e desaparecem no céu na mesma direção.
Modernos métodos de localização
Com o progressivo aumento do desenvolvimento de tecnologia houveram diversos avanços que beneficiaram as relações sociais e a qualidade de vida das pessoas. A comunicação, que tem um importante papel atualmente, foi um dos segmentos que mais absorveu as inovações.
É impossível pensarmos a nossa vida sem a utilização de alguns equipamentos, especialmente aqueles por onde acessamos a internet (principal meio de comunicação da globalização). Este recurso foi desenvolvido como tecnologia de guerra pelos Estados Unidos da América e que posteriormente foi disponibilizado para o mundo civil. Outro importante incremento na comunicação foi o desenvolvimento de satélites que facilitariam a transmissão de dados entre diferentes pontos do planeta. Também muito empregada em estratégias de guerra, a comunicação por satélites foi o passo inicial para o desenvolvimento do Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global)  conhecido como GPS. Esse sistema consiste em um dispositivo que envia um sinal que é captado por uma constelação de satélites que orbitam a Terra e localiza sua posição em qualquer parte do planeta.
O dispositivo de GPS está presente em todos os smartphones recentes. Adicionamos a isso o fato destes aparelho terem acesso a internet. A combinação destas duas ferramentas faz com que as técnicas modernas de orientação ganhem uma eficiência muito grande: precisão e rapidez. Existem inúmeros aplicativos que podem auxiliar o turista a se orientar para chegar e/ou se deslocar pelo seu destino turístico. Com acesso a internet e um sinal de GPS o Google Maps consegue indicar atrações turísticas, indicar o menor caminho a seguir, o tempo de deslocamento de um lugar a outro e inúmeras outras comodidades. Em alguma cidades, por exemplo, este aplicativo está totalmente conectado com o sistema de transporte público e consegue rastrear todos ônibus, trens e metrôs em tempo real com uma ótima precisão. Isso faz com que o tempo seja otimizado e melhor aproveitado.
Isso quer dizer que os métodos mais “tradicionais” são inúteis? Não! A utilização destes recursos complementam a nossa orientação no espaço. Quem domina a orientação através da própria noção de direção vai conseguir extrair as melhores informações dos aplicativos e do GPS. Também devemos ter em mente que imprevistos podem ocorrer quando utilizamos equipamentos eletrônicos: bateria pode acabar, a cobertura de internet pode ser insuficiente na região visitada e inúmeros outros problemas técnicos. Desta maneira, a análise de mapas, pontos de referência, noção de espacialidade e orientação devem ser praticados antes de depositarmos toda nossa orientação nestas geotecnologias.
1.5 Localização do Brasil
O Brasil é o quinto maior país do mundo, localizado totalmente a oeste do Meridiano de Greenwich, tem terras nos hemisférios sul e norte. No contexto da América do Sul, porção onde nos localizamos no continente americano, o Brasil faz fronteira com Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa e tem sua costa banhada pelo Oceano Atlântico.
Devido à extensão de suas terras no sentido longitudinal (leste-oeste), o Brasil possui três fusos horários diferentes de -2h, -3h, -4h em relação ao Meridiano de Greenwich. A capital federal é chamada de Brasília e fica localizada no Distrito Federal, que é quase um enclave no estado de Goiás, exceto pela divisa de aproximadamente 2km com o estado de Minas Gerais.
No sentido latitudinal (norte-sul) o Brasil é cortado pela Linha do Equador, tendo uma pequena parcela de terras no hemisfério norte e uma expressiva maioria de território no hemisfério sul.
Quanto à distribuição de terras em relação às zonas térmicas da Terra, o Brasil tem praticamente todo seu território na zona tropical e apenas a porção correspondente à região sul na zona temperada ou subtropical. Veja o mapa a seguir:
Figura 1 -Mapa Mundi
Fonte: Adpatado da internet
Descrição da imagem: Mapa-mundi, indicando as zonas climáticas da Terra. Entre os trópicos de Câncer e Capricórnio está a zona tropical. Ao sul do trópico de Capricórnio até o Círculo Polar Antártico está a zona temperada sul. Ao norte do trópico de Câncer até o Círculo Polar Ártico está a zona temperada norte. Ao sul do Círculo Polar Antártico até o polo sul está a zona polar sul.  Ao norte do Círculo Polar Ártico até o polo norte está a zona polar norte. O Brasil encontra-se praticamente todo na zona tropical, apenas a região sul (RS, SC e PR) estão na zona temperada sul.
A região pintada de vermelho (tropical) é aquela que recebe grandes quantidades de luz e calor ao longo do ano todo e, em função disso, nessa zona térmica há pouca ou nenhuma diferença entre as estações do ano. Já na zona temperada, as estações do ano são facilmente percebidas pelas mudanças de temperatura e quantidade de horas de sol.
Em se tratando de aspectos econômicos, o Brasil é um país de industrialização tardia, dependente de tecnologia vinda de países desenvolvidos, e apresenta uma enorme desigualdade socioeconômica. Essa característica está presente, de forma mais visível, na paisagem pela presença de aglomerados subnormais, também conhecidos como favelas. As grandes cidades brasileiras apresentam bolsões de pobreza, geralmente nas periferias.
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