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Londrina 
2024 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA BEATRIZ VALADARES DOS ANJOS 
CAMILLA EDUARDA CANDIDO MIGUEL 
FABIO MIGUEL PINEDA DE ROSSI 
GEOVANNA FREIRE DA SILVA 
GUILHERME JOSÉ MECCHI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE ECONOMIA: 
 
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Londrina 
2024 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE ECONOMIA: 
4° BIMESTRE 
RESUMO DOS CAPÍTULOS 8, 15 E 16 
Trabalho apresentado como requisito para a 
nota parcial do 3° bimestre da disciplina de 
Princípios de Economia, do professor Sérgio 
Carlos de Carvalho 
 
ANA BEATRIZ VALADARES DOS ANJOS N°06 
CAMILLA EDUARDA CANDIDO MIGUEL N°15 
FABIO MIGUEL PINEDA DE ROSSI N°24 
GEOVANNA FREIRE DA SILVA N°28 
GUILHERME JOSÉ MECCHI N°33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1. RESUMO CAPÍTULO 8 
FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA 
A macroeconomia trata da evolução da economia como um todo que analisa a 
determinação e comportamento de renda e produtos nacionais, investimento, nível 
geral de preços, poupança e etc. Os chamados grandes agregados. Outra grande 
característica é tratar do mercado em larga escala, em níveis nacionais e globais, 
não relaciona firmas, famílias e mercados individuais, estes são objetos da 
microeconomia. Em geral se preocupa mais com questões conjunturais de curto 
prazo. Como o desemprego e a inflação, necessitando de políticas para cuidar 
destas questões, surge então as políticas de estabilização. Sobre estas políticas, 
destarte. São as Metas de Política Macroeconômica: Crescimento da produção e do 
emprego; Estabilidade de preços; Distribuição de renda socialmente justa; Equilíbrio 
externo. 
Tratando-se, portanto, de cada uma dessas políticas em específico. Sobre o 
crescimento da produção e do emprego: 
Políticas essas criadas para combater o desemprego e capacidade ociosa 
aumentando-se o produto nacional estimulando a atividade produtiva crescendo a 
economia per capita. 
 
Estabilidade de preços: 
 
Visando combater a inflação que reduz o poder de compra dos trabalhadores 
e diminui a margem de lucro das empresas com as mesmas desestimulando-se para 
gerar empregos. Portanto a estabilidade de preços é uma condição necessária para 
o crescimento econômico contínuo e estável. 
 
Distribuição de renda socialmente justa: 
 
Combatendo a concentração de renda, melhorando o padrão de vida geral 
evitando a ascensão econômica de apenas uma classe. 
 
Equilíbrio externo: 
 
4 
 
Evita déficits permanentes em contas externas de países, que podem esgotar 
as suas reservas cambiais. Mas também é bom evitar superávits para que não entre 
muita moeda internacional forçando o país a emitir moeda nacional e assim 
aumentar a inflação. Assim equilibrando o balanço de pagamentos e a inflação. 
A respeito de todos esses objetivos que estruturam uma economia saudável para um 
país, vale ressaltar que os objetivos estão em uma inter-relação entre si, podendo 
um influenciar diretamente, positiva ou negativamente, no outro. Daí se forma alguns 
dilemas, que podem ser exemplificados na ‘’teoria do bolo’’. Teoria essa que opta 
entre concentrar renda nos com maior capital político diminuindo a inflação e 
fortalecendo a economia interna do país, ao mesmo tempo em que realça a 
desigualdade entre classes esvaindo em uma distribuição de renda injusta. Mesmo 
que fortaleça todas as classes sociais, uma sempre será mais fortalecida que a outra 
seguindo essa teoria. Matando, portanto, a capacidade de flutuação entre classes. 
Essa é apenas uma das contradições possíveis nesse conflito entre objetivos. 
A estrutura de análise macroeconômica, distingue a economia em parte real e 
parte monetária, divididas em quatro mercados: mercado de bens e serviços; 
mercado de trabalho; mercado financeiro; mercado cambial. As duas primeiras 
fazem parte da parte real e as duas últimas da parte monetária. Vale constar que 
cada um dos mercados possui variáveis determinadas, que se resume no 
comportamento de cada um dos mercados dentro da economia. As variáveis são, 
respectivamente: Produto nacional (Nível geral de empregos); Nível de emprego 
(Salários Nominais); Taxa de Juros (Estoque de moeda); Taxa de Câmbio (Estoque 
de reservas cambiais). É interessante notar que na macroeconomia, como os gastos 
analisados são todos efetuados pelo Governo, diz-se que as variáveis são 
determinadas institucionalmente. Ou seja, são variáveis de acordo com os objetivos 
do Governo. 
Sobre os dispositivos de política macroeconômica, ou seja, instrumentos que 
tornam viáveis os já citados objetivos, são eles: Política fiscal; Política monetária; 
política cambial e comercial; política de rendas (controle de preços e salários). 
Primeiramente a Política fiscal, mais efetiva para distribuição de renda, é todos os 
instrumentos do Governo que arrecadam tributos e controlam suas despesas. Usada 
principalmente para estimular ou inibir os gastos do setor privado em relação a 
consumo e investimento. Utiliza-se da diminuição de gastos públicos e aumento de 
carga tributária quando visa reduzir a inflação. E de forma seletiva, para grupos 
5 
 
menos favorecidos, caso vise melhorar distribuição de renda. 
Adiante, Política monetária. É aquela que se refere à atuação do Governo 
sobre a quantidade de capital monetário rondando pelo país. As formas de regular 
são: emissões, reservas compulsórias, open market (compra e venda de títulos 
públicos), redescontos e regulamentação sobre crédito e taxa de juros. Para 
controlar a inflação é diminuído o estoque monetário da Economia, utilizando-se do 
open Market. Vale constar que diferentemente da Política fiscal, esta é mais difusa e 
genérica em geral. Tem como vantagem sobre a outra o fato de obter efeitos 
imediatos, dado que depende apenas de decisões diretas das autoridades 
monetárias, não dependendo de votação de congresso, além de não ser afetada 
pelo princípio da anterioridade. 
Política Cambial e comercial podem ser resumidas como políticas que atuam 
sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da economia. A primeira refere-se 
ao controle do governo sobre a taxa de câmbio, já a segunda diz respeito aos 
instrumentos de incentivo às exportações e importações. 
Por último, política de rendas ou controle de preços e salários. Política aonde os 
agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o que fariam, em resposta a 
influências econômicas normais do mercado. Utilizado bastante como política de 
combate à inflação, pois influem diretamente sobre as rendas. 
 
2. RESUMO CAPÍTULO 15 
POLÍTICA FISCAL E PODER PÚBLICO 
 
 Introdução 
A atuação do setor público na economia envolve diversos instrumentos de políticas 
para minimizar flutuações econômicas. Este capítulo aborda detalhadamente o papel 
do Estado, os aspectos institucionais e os efeitos da sua atuação. 
 Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica 
O aumento da participação do Estado na economia se deve a vários fatores: 
 Crescimento da renda per capita: Aumento da demanda por bens e serviços 
públicos. 
6 
 
 Mudanças tecnológicas: Necessidade de infraestrutura, como rodovias (bens 
de competência do Estado). 
 Mudanças populacionais: Aumento no crescimento populacional, 
consequentemente aumento das despesas do Estado com educação e 
saúde. 
 Efeitos de guerra: Aumento do gasto público durante guerras. 
 Fatores políticos e sociais: Novos grupos sociais demandando mais serviços 
públicos. 
 Mudanças na Previdência Social: Transição de autofinanciamento para 
redistribuição de renda. 
 Aliada a esses fatores, a própria evolução das economias mundiais no século XX 
levou ao desenvolvimento dos mercados financeiros, do comércio internacional, que 
tornaram mais complexas as relações econômicas, adicionando elementos deincerteza, especulação, que praticamente não existiam anteriormente. 
 
 Funções Econômicas do Setor Público 
 A necessidade da atuação econômica do setor público está ligada à constatação 
de que o sistema de mercado não consegue cumprir adequadamente algumas 
tarefas ou funções. 
1. Função Alocativa: Fornecimento de bens e serviços públicos não oferecidos 
adequadamente pelo sistema de mercado e correção de externalidades. 
2. Função Distributiva: o governo corrige desigualdades de renda geradas pelo 
mercado. Redistribuição de renda via tributação e subsídios, investimento em 
capital humano. 
3. Função Estabilizadora: envolve intervenções na economia para controlar 
níveis de preços e emprego, já que estabilidade e pleno emprego não 
ocorrem automaticamente. 
7 
 
 Estrutura Tributária 
O financiamento das funções do Estado é realizado através de arrecadação 
tributária, guiada pelos princípios da neutralidade e equidade: 
 Princípio da Neutralidade: busca garantir que os impostos não afetem os 
preços relativos, minimizando sua interferência nas decisões econômicas dos 
agentes de mercado. 
 Princípio da Equidade: estabelece que os impostos devem ser justos e 
distribuir sua carga de forma equitativa entre os contribuintes. 
 O princípio da equidade tributária busca justiça na distribuição do ônus fiscal. Ele 
se divide em dois princípios: benefício e capacidade de pagamento. O primeiro 
relaciona a tributação aos benefícios recebidos dos serviços públicos, enquanto o 
segundo propõe que os impostos sejam proporcionais à capacidade financeira, 
considerando renda, consumo e patrimônio. Na prática, os impostos sobre a renda 
são progressivos, enquanto os sobre o consumo são mais uniformes. 
EFEITOS DA POLÍTICA TRIBUTÁRIA SOBRE A ATIVIDADE ECONÔMICA 
 Os impostos diretos e indiretos têm diferentes impactos na atividade econômica. 
Enquanto os impostos sobre a renda são progressivos e tendem a controlar a 
demanda de forma automática, os impostos sobre vendas podem parecer 
regressivos, mas seu efeito intertemporal equilibra essa análise. Um sistema 
tributário progressivo pode agir como estabilizador automático em cenários de 
inflação ou recessão. Além disso, a estrutura tributária influencia a competitividade 
internacional, sendo os impostos sobre valor adicionado mais favoráveis do que os 
impostos em cascata. Existe uma relação complexa entre a taxa de imposto e a 
arrecadação, demonstrada pela Curva de Lafer, que sugere uma alíquota ótima para 
maximizar a arrecadação, além de considerar os efeitos da evasão fiscal e da elisão 
tributária 
 Conceitos de Déficit Público 
Existem diferentes medidas de déficit público: 
8 
 
 Déficit Nominal: Fluxo líquido de novos financiamentos. 
 Déficit Primário: Diferença entre gastos públicos e arrecadação tributária, 
excluindo juros da dívida. 
 Déficit Operacional: Déficit primário mais juros reais da dívida. 
 
 
 Financiamento do Déficit. 
 Em situações de déficit, além de medidas tradicionais como aumento de impostos 
ou corte de gastos, o governo pode recorrer a recursos extrafiscais. Isso inclui emitir 
moeda através do Banco Central ou vender títulos da dívida pública. Emitir moeda é 
inflacionário e limitado pela Constituição no Brasil. Vender títulos não gera inflação 
imediata, mas aumenta a dívida pública e pode exigir juros mais altos, como 
observado após o Plano Real. 
 Nota sobre Déficit Público e Inflação 
 Países com déficits públicos elevados, como Estados Unidos, Itália, Espanha e 
Coreia, mantêm taxas de inflação baixas devido ao horizonte de financiamento de 
suas dívidas. Esses países emitem títulos de longo prazo, até 30 anos, que são 
comprados por investidores internacionais. Por outro lado, o Brasil enfrenta 
dificuldades na venda de títulos de longo prazo, e sua dívida interna é geralmente 
renegociada em prazos muito curtos, menos de 60 dias. Isso reflete a preferência 
dos investidores por países com menor risco e torna os países em desenvolvimento, 
como o Brasil, dependentes de altas taxas de juros para atrair capital externo. 
 Sustentabilidade da Dívida Pública e Equivalência Ricardiana 
9 
 
 A Equivalência Ricardiana, proposta por Robert Barro nos anos 80 e baseada nas 
ideias de David Ricardo, sugere que o governo enfrenta restrições orçamentárias 
similares às de consumidores e empresas, mas com um horizonte de financiamento 
mais longo. Segundo a teoria, se o governo tiver um déficit fiscal hoje, ele será 
solvente se puder gerar superávits futuros equivalentes. Quando as políticas fiscais 
e tributárias são coerentes e proporcionais, cumprem a Equivalência Ricardiana, 
indicando uma política fiscal sustentável. Caso contrário, a política é considerada 
insustentável. A Equivalência Ricardiana está ligada à consistência dinâmica ou 
intertemporal das políticas públicas. Isso significa que as ações de curto prazo 
devem considerar seus efeitos a longo prazo nas variáveis macroeconômicas, 
buscando sempre um crescimento econômico contínuo e sustentável. 
 
3. RESUMO DO CAPÍTULO 16 
Noções de Crescimento e Desenvolvimento Econômico 
 O estudo Macroeconômico até agora, e em sua maioria, é voltado ao curto 
prazo. A teoria do Crescimento e Desenvolvimento Econômico, porém, se volta para 
as questões de longo prazo, ou seja, para um desenvolvimento equilibrado e auto-
sustentável. 
 Para esse estudo, são necessários alguns requisitos. O primeiro é que seja 
subentendido que os produtos são plenamente empregados para a análise 
econômica. O segundo é o entendimento de “crescimento econômico” como o 
crescimento da renda per capita com o tempo. E o terceiro é o entendimento do 
“desenvolvimento econômico” como a alocação de recursos para melhorar o bem-
estar econômico e central (por fatores como a pobreza, desemprego, moradia, entre 
outros). 
 Para a análise do crescimento, há de se levar em conta a melhora de dois 
insumos: O capital e a mão-de-obra. Para isso são determinados 5 fontes de 
crescimento principais para análise: 
1. Aumento na quantidade de mão-de-obra - Pode ser por crescimento 
populacional como por imigração ou pela natalidade 
10 
 
2. Aumento do estoque de capital/capacidade produtiva - Ou seja, maior 
capital disponível 
3. Melhoria na qualidade de mão-de-obra - Dado pela educação, treinamento 
e especialização da população 
4. Melhoria tecnológica - Esta que afeta o uso do capital 
5. Eficiência organizacional - Ou seja, eficiência na interação entre ambos os 
insumos 
 O conceito de capital, porém, é mal abordado. Muitos reconhecem o capital 
como somente físico, porém existe o Capital Humano. Este se refere à capacidade 
de cada pessoa de produzir, seja pela sua especialização, ou seu talento pessoal e 
conduta. 
Ele pode ser estimulado pelo desenvolvimento educacional, porém o autor 
explica que para muitos países, o investimento na educação é difícil, pela 
necessidade de aplicar os recursos para outros objetivos, mais úteis à curto prazo, 
mas que não conseguem providenciar um aumento do capital humano, e assim, não 
auxilia para o crescimento do capital físico. Esse conceito se chama Ciclo vicioso 
de pobreza, e pode ser quebrado por investimento na educação, por mais que 
pareça ineficaz por ser um fator de crescimento lento, apesar de ser o mais 
poderoso. 
 O Capital Físico, porém, ainda é de extrema relevância. Para análise de sua 
relação no desenvolvimento econômico, é usado a Razão produto-capital, dada 
por: 
 
Dado que: 
y = variação do produto nacional 
K= variação entre a capacidade produtiva (estoque do capital) 
11 
 
v = Relação produto-capital ou relação marginal ou incremental produto-capital 
 O que pode se levar desta razão é que é possível aumentar a taxa de 
crescimento com aumento do investimento ou deslocamento do investimento para 
setores com v maior. Também é relevante lembrar que é bem diferente domultiplicador keynesiano do capítulo anterior, por supor pleno emprego para 
entender o efeito dos investimentos. 
 O autor, em seguida, faz uma análise do desenvolvimento econômico. 
Segundo ele, países utilizam a poupança interna para acumular o capital, usando de 
empréstimos externos ou ao motivarem as pessoas a se abster do consumo. A 
estratégia do socialismo envolve a abstinência da população, pela poupança 
obrigatória, presente na China. Sociedades capitalistas podem adquirir a estratégia 
de se abster do consumo social ao mesmo tempo em que acumulam capital por 
coleta de impostos. Países em desenvolvimento, por outro lado, podem utilizar 3 
estratégias diferentes: a primeira é de se aproveitar de investimentos de outros 
países em sua infraestrutura; a segunda é de empréstimos de organizações 
internacionais como o banco mundial; e a terceira é uso de ajuda externa. 
 Para entender o processo de crescimento macroeconômico, Rostow criou a 
Teoria de Etapas de Rostow, que coloca 5 etapas do crescimento econômico com 
base no seu estudo histórico do desenvolvimento social. São elas: 
 
1. Sociedade tradicional 
 Predominantemente agrária, com pouca tecnologia e baixa renda per capita 
2. Criação de condições prévias para o arranco 
Aumento da cumulação de capital (em relação à taxa demográfica), e maior 
qualificação da mão-de-obra. Aumento da produção agrícola (financiará a 
industrialização), e também há melhorias na infraestrutura básica. 
3. Arranco/Decolagem (Take off) 
12 
 
Diminui a resistência da população para a nova dinâmica social. A taxa de 
investimento sobe de 5% para os arredores de 10%. A Indústria se 
desenvolve, em especial para bens de consumo duráveis. Se desenvolve uma 
estrutura político-social. Dura cerca de 20 anos 
4. Crescimento auto-sustentável (marcha para amadurecimento) 
Leva por volta de 40 anos. A tecnologia moderna move para outros setores, e 
demonstra sua capacidade de agir em qualquer ramo 
5. Idade de consumo de massa 
Os setores líderes passam a ser, em sua maioria, produtos de alta qualidade 
e alta tecnologia, como microcomputadores, automóveis, e outros. Os 
recursos também passam a ser voltados para bem-estar e seguridade social. 
 
 O estudo macroeconômico também abrange a necessidade de entender os 
diferentes modelos de crescimento econômico. Um dos modelos para estudo do 
meio é o Modelo de Harrod-Domar, que aborda o crescimento como um processo 
gradual, contínuo e equilibrado. É determinada pela equação: 
 
 Nele, s é a taxa de poupança da parcela de renda nacional não consumida, 
que é a fonte de financiamento do investimento (poupança interna e externa). A 
relação produto-capital v representa a quantidade de produto que pode ser 
produzida pela quantidade de capital. 
 O modelo é muito questionado por estudiosos, que determinam que não se 
aplica muito bem para países subdesenvolvidos, além de possuir uma visão muito 
mecânica, não permitir estudar questões estruturais e regionais de cada país, e a 
13 
 
contradição “Equilíbrio em fio de navalha”, em que se um país sair do equilíbrio a 
longo prazo, não consegue retornar a um crescimento equilibrado. 
 O economista Robert Solow desenvolveu outro modelo, derivado do mesmo 
princípio, mas permitindo substituição dos fatores, para evitar o equilíbrio em fio da 
navalha. É dado por: 
 
Y = Produção agregada 
K = Estoque agregado do capital físico 
N = Mão-de-obra agregada 
 A equação pode ser simplificada com base na força de trabalho coincidindo 
com o crescimento populacional, nos dando: 
 
 Isso significa que a produção per capita é função direta do capital per capita, 
que nos dá uma relação de função y por k caracterizada por uma curva voltada para 
baixo. 
 Colocando em mente a relação presente, a congruência entre o fator 
investimento como uma fração s da renda e a taxa d de depreciação física do capital 
e a taxa de crescimento populacional n como constantes, somos apresentados com 
a Equação de equilíbrio do estado estacionário (Steady state): 
 
14 
 
O seu uso em um gráfico implica no resultado: 
 
Em que no estado estacionário A, a poupança per capita sy é apenas 
suficiente para tratar quanto à depreciação física d e o aumento da força de trabalho 
n. Assim, sy é a poupança necessária para manter o nível per capita constante. A 
diferença entre y e sy é a parcela de consumo agregado. Como o capital per capita 
é constante até k*, e a renda depende somente dele, pode-se inferir que a renda per 
capita será constante no nível y*. A análise do gráfico exemplificado também 
demonstra que esse estado estacionário é estável. Porém, um fator que pode ser 
inferido é que esse estado não é fácil de se retomar ao crescimento, dado que se for 
necessário a retomada, será necessário mais gastos com a tecnologia para o novo 
habitante ser tão produtivo quanto o anterior, além de existirem rendimentos 
decrescentes do capital, que tornará aumentos de renda e de poupança menores, 
ao ponto que voltará a crescer tanto quanto a população. Contudo o reverso também 
pode ocorrer, caso o capital inicial seja similar ao k2. Segundo a equação, no final, 
passariam a ter o mesmo nível de consumo de países desenvolvidos, mesmo estes 
tendo um capital potencial muito maior. 
 Após a análise de todos os fatores, o autor delimita a Estratégia de 
desenvolvimento. É na base da industrialização, e também por partes em um 
aumento primário na produtividade agrícola, que permite espaço e mão-de-obra para 
a industrialização. Pode ser percebido essa estratégia em efeito pelos tigres 
asiáticos. Estes usaram de uma dinâmica de protecionismo na década dos 50 e 60, 
15 
 
pela substituição dos produtos do exterior pelo interior. Nos anos 80, porém, se 
aproveitaram da redução de suas próprias barreiras para redução de suas tarifas e 
quotas e assim utilizar da exportação para seu desenvolvimento econômico 
acelerado. Claro que a dinâmica de exportação não é o único que deveria ser feito, a 
educação é de maior importância, dado como foi o que deu força aos tigres 
asiáticos, que os permitem se manter no poder até hoje, manejando seu PIB alto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
 
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de e BRAGA, Marcio Bobik. Economia: 
micro e macro – 7. ed., rev. atual. – Barueri [SP] : Atlas, 2023.

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