Prévia do material em texto
CLÍNICA PSICANALÍTICA Prof: Esp. Fabiano Ribeiro CLÍNICA PSICANALÍTICA AULA 4, 5 e 6. A PRIMEIRA TÓPICA MODELO TOPOGRÁFICO “Lugar na mente” A PRIMEIRA TÓPICA • O consciente; definido como sendo o conhecimento que o sujeito tem de seu estado e de sua relação com o mundo e consigo mesmo . • O pré-consciente; formado por conteúdos que não estão presentes na consciência, mais continuam acessíveis a ela e; • Inconsciente; sistema constituído por conteúdos recalcados que escapam à consciência; A PRIMEIRA TÓPICA O INCONSCIENTE FREUDIANO • Inconsciente: • Na linguagem corrente, o termo inconsciente é utilizado como adjetivo, para designar o conjunto dos processos mentais que não são conscientemente pensados. O INCONSCIENTE FREUDIANO • O inconsciente é um lugar desconhecido pela consciência: uma “outra cena”. • Trata-se de uma instância ou um sistema constituído por conteúdos recalcados que escapam às outras instâncias. O INCONSCIENTE FREUDIANO • O inconsciente deixou de ser uma “supraconsciência” ou um “subconsciente”, situado acima ou além da consciência, e se tornou realmente uma instância a que a consciência já não tem acesso, mas que se revela a ela através do sonho, dos lapsos, dos jogos de palavras e dos atos falhos. O INCONSCIENTE FREUDIANO • O inconsciente, tem a particularidade de ser ao mesmo tempo interno ao sujeito (e a sua consciência) e externo a qualquer forma de dominação pelo pensamento consciente. • René Descartes (1596-1650) postulou o princípio de um dualismo entre o corpo e a mente, que levou a fazer da consciência o lugar da razão, em contraste com o universo da desrazão. O INCONSCIENTE FREUDIANO • Por tempos, o inconsciente foi como uma dissociação da consciência: subconsciência ou automatismo mental (ou psicológico), atingível através do hipnotismo (hipnose) ou da sugestão. • A filosofia alemã levou em conta uma visão do inconsciente oposta à do racionalismo e sem uma relação direta com o ponto de vista terapêutico da psiquiatria dinâmica. Ela enfatizou o lado sombrio da alma humana e procurou fazer emergir a face tenebrosa de uma psique imersa nas profundezas do ser. O INCONSCIENTE FREUDIANO Foi nesse horizonte que se perfilaram os trabalhos da psicologia experimental, da medicina e da fisiologia: que seria um dos primeiros a destacar a importância das funções sexuais na vida psíquica. O INCONSCIENTE FREUDIANO • Uma concepção inconsciente é uma concepção da qual não estamos cientes, mas cuja existência, não obstante, estamos prontos a admitir, devido a outras provas ou sinais. O INCONSCIENTE FREUDIANO • A inconsciência é uma fase regular e inevitável nos processos que constituem nossa atividade psíquica; todo ato psíquico começa como um ato inconsciente e pode permanecer assim ou continuar a evoluir para a consciência, segundo encontra resistência ou não. O INCONSCIENTE FREUDIANO • Uma analogia grosseira, mas não inadequada, poderia ser traçada com o campo da fotografia comum: a primeira etapa da fotografia é o ‘negativo’; toda imagem fotográfica tem de passar pelo processo negativo e alguns desses negativos, que se saíram bem no exame, são admitidos ao ‘processo positivo’, que termina pelo retrato. Leitura comentada do texto: UMA NOTA SOBRE O INCONSCIENTE NA PSICANÁLISE http://www.freudonline.com.br/livros/volume-12/vol-xii-12-contribuicoes-a-um-debate-sobre-a-masturbacao-1912/ http://www.freudonline.com.br/livros/volume-12/vol-xii-12-contribuicoes-a-um-debate-sobre-a-masturbacao-1912/ http://www.freudonline.com.br/livros/volume-12/vol-xii-12-contribuicoes-a-um-debate-sobre-a-masturbacao-1912/ http://www.freudonline.com.br/livros/volume-12/vol-xii-12-contribuicoes-a-um-debate-sobre-a-masturbacao-1912/ http://www.freudonline.com.br/livros/volume-12/vol-xii-12-contribuicoes-a-um-debate-sobre-a-masturbacao-1912/ http://www.freudonline.com.br/livros/volume-12/vol-xii-12-contribuicoes-a-um-debate-sobre-a-masturbacao-1912/ FORMAÇÃO DO INCONSCIENTE: • Sonhos; • Lapsos; • Atos falhos; • Chistes; SONHOS • O sonho como realização de desejos, é possível compreender o sonho como “porta de acesso” aos conteúdos inconscientes. • Tais conteúdos travestem-se de alusões e simbolismos revelando-se fragmentadamente no sonho através de experiências alucinatórias e conflitivas, em que “a pessoa que sonha sabe o significado do seu sonho, mas não sabe que sabe [...] porque a censura a impede de saber” . LAPSOS • Termo latino utilizado na retórica para designar um erro cometido por inadvertência, quer na fala, quer na escrita, e que consiste em colocar outra palavra no lugar da que se pretendia dizer. • Têm uma significação oculta e devem ser relacionados com as motivações conscientes de quem os comete. É o caso da mulher que conta que seu marido, enfermo, não está sujeito a nenhum regime: “Ele pode comer e beber tudo o que eu quiser.” ATOS FALHOS • Ato pelo qual o sujeito, a despeito de si mesmo, substitui um projeto ao qual visa deliberadamente por uma ação ou uma conduta imprevistas. • O ato falho ou acidental torna-se equivalente a um sintoma, na medida em que é um compromisso entre a intenção consciente do sujeito e seu desejo inconsciente. CHISTES • Humor para traduzir o que é trágico. • O chiste pode pôr-se a serviço de duas tendências: ou é um chiste hostil (que serve à agressão, à sátira, à defesa), ou então é um chiste obsceno. • O chiste é produtor de prazer. ATIVIDADE Buscar um artigo científico com metodologia de estudo de caso que traduza a interpretação do psicanalista na comunicação inconsciente do paciente e fazer um resumo do texto.