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LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO - LET100-TURMA 026 Data: 27/09/2022 Descrição: LET110 - LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS [3º BIMESTRE] Q01 (Semana: Semana 1 / Nível de Dificuldade: Fácil - Material Base: Texto-base: Tinta sobre papel: técnicas de escrita e de representações de ilusões; Valdir Heitor Barzotto, Débora Trevizo, Rafael Barreto do Prado e Rita Maria Decarli Bottega; Página: 5.) O professor Geraldi teve sua carreira estabelecida no oeste do Paraná e sua obra, da década de 1980, denominada “O texto na sala de aula” deve ser inspiração ainda nos dias de hoje. Sobre o ensino de Língua Portuguesa e os estudos do professor Geraldi, assinale a alternativa correta. CORRETA A) O discurso do professor Geraldi, à época, foi considerado inaugurador do ensino de Língua Portuguesa. B) O método de ensino em questão era baseado na desvinculação dos pressupostos teóricos com o fazer. C) O discurso do professor Geraldi, à época, foi considerado tradicional, pois se apoiava no método dos jesuítas. D) A organização do trabalho docente, na perspectiva de Geraldi, dava-se por meio da organização de pequenos projetos. Q02 (Semana 2 / Nível de Dificuldade: Médio - Material Base: Texto-base: Concepção sociointeracionista de linguagem: percurso histórico e contribuições para um novo olhar sobre o texto; Sueli Gedoz e Terezinha da Conceição Costa-Hubes; Páginas: 2-3.) A primeira concepção de linguagem de que a escola fez uso, até o final da década de 1960, foi a da linguagem como representação do pensamento. Nos anos 1970, emerge uma concepção diferente, a da concepção de linguagem enquanto instrumento de comunicação, e o último grande movimento é o da linguagem como forma de interação. Sobre a linguagem como representação do pensamento, analise as afirmativas a seguir. I. Prevaleceu como concepção no ensino escolar até o final da década de 1960. II. Não vê a fala como referência nos estudos da língua. III. É definida por Bakhtin como “subjetivismo idealista”. IV. Não foca a formação de falantes ideais. Está correto o que se afirmar em: CORRETA A) I e III, apenas. Você marcou a alternativa ERRADA B) I, II e III, apenas. C) II, apenas. D) I, II, III e IV. E) I, III e IV, apenas. Q03 (Semana: Semana 3 / Nível de Dificuldade: Fácil - Material Base: Texto-base: A inter-relação leitura & escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras; Onici Claro Flôres; Página: 43. É importante salientar que, embora o sistema da língua seja o mesmo, o texto oral e o texto escrito demonstram distinções entre si, existindo estruturas que são próprias da produção escrita que não são utilizadas na fala, assim como recursos da fala que não são utilizados na escrita. Sobre esse tema, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas. I. Qualquer determinação linguística ou relacionada a situações da fala ou da escrita demanda um estudo acerca dos gêneros orais e escritos que circulam no meio social. PORQUE II. Na lógica tipológica, os gêneros orais e os gêneros escritos sempre assemelham-se; portanto, são homogêneos. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: A) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. B) as duas asserções são falsas. CORRETA C) a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. Você marcou a alternativa ERRADA D) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. E) a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. Q04 (Semana: Semana 4 / Nível de Dificuldade: Médio - Material Base: Texto-base: Coerência e coesão nos textos argumentativos dos alunos do ensino médio; Página: 59.) Em nosso país, muitos estudos e pesquisas foram desenvolvidos sobre a linguística textual, porém muito desse conhecimento não vem sendo utilizado nas práticas docentes. Nesse contexto, o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica — SAEB apresenta indicações sobre o que o estudante deve aprender no que diz respeito à produção textual. Sobre os descritores do SAEB, analise as assertivas a seguir e identifique se elas são verdadeiras (V) ou falsas (F). I. Estabelecer conexões adequadas no que diz respeito à seleção e à organização dos argumentos com a tese. II. Utilizar técnicas de coesão referencial (retomada de pronomes, repetição, substituição, elipse). III. Fazer uso da ortografia adequada e da norma-padrão de concordância verbal e nominal entre as frases. IV. Aplicar os recursos de formatação textual, como parágrafo, pontuação e coesão entre os períodos da frase. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: A) F, F, F, V. B) F, V, V, V. CORRETA C) V, V, V, V. Você marcou a alternativa ERRADA D) V, F, V, F. E) V, V, F, F. Q05 (Semana: Semana 5 / Nível de Dificuldade: Fácil - Material Base: Texto base: A informatividade como elemento de textualidade; Leonor Lopes Fávero; Páginas: 14-17.) Um texto, visando ser compreendido como tal, necessita apresentar textualidade e ser assimilado como um todo, comparando-se a um tecido que, quando separado, deixa de ter características de um tecido e passa a ser apenas um embolado de fios. Com relação à informatividade, avalie as afirmativas a seguir. I. Constituem os tipos comuns, na terceira ordem da informatividade, as descontinuidades e as discrepâncias. II. É possível afirmar que as Ciências da Informação fundamentam-se na noção de probabilidade estatística. III. Na terceira ordem, as discrepâncias ocorrem quando o modelo textual apresentado condiz com o conhecimento armazenado. Está correto o que se afirma em: A) II e III, apenas. B) II, apenas. CORRETA C) I e II, apenas. D) I, apenas. Você marcou a alternativa ERRADA E) I e III, apenas. Q06 (Semana: Semana 6 / Nível de Dificuldade: Fácil - Material Base: Texto-base: Nem respeitar, nem valorizar, nem adequar as variedades linguísticas; Valdir Heitor Barzotto; Página: 3.) Considerando o ponto de vista sobre o falar, toma-se por base a palavra ________, buscando o sentido de suportar ou tolerar, já no sentido de relatar a existência de uma hierarquia entre os falantes, demonstrando, entre eles, que aquele que se preza coloca-se em uma posição que lhe permite melhorar a importância da variedade linguística, emprega-se o termo ________, e, por fim, o verbo ________, no sentido de que, para cada ambiente, é preciso falar de um modo, levando o falante a tomar consciência de que seu modo de falar é bom em seu grupo, mas não em outros. Preencha as lacunas escolhendo a alternativa correta. CORRETA A) respeitar — valorizar — adequar. B) ignorar — questionar — reparar. C) valorizar — desdenhar — ignorar. D) adequar — depreciar — anular. Você marcou a alternativa ERRADA E) respeitar — ignorar — corrigir. Q07 (Semana: Semana 7 / Nível de Dificuldade: Difícil - Material Base: Texto-base: Reflexões sobre o aprendizado formal em humanidades com base no projeto - Práticas de leitura e escrita acadêmicas; Marcus Sacrini e Valéria De Marco; Páginas: 48- 50.) Com relação à aprendizagem de leitura e escrita em sala de aula, analise as afirmações a seguir: I. O modelo expositivo sedimenta modos autônomos de pensar nos quais estudantes podem oferecer justificativas racionais para posições defendidas. II. A divergência de opiniões sobre os conteúdos aparecem como oportunidades formativas para os estudantes. III. Em uma abordagem interacionista, a opinião do professor é aquela unicamente capaz de formular hipóteses interpretativas, acompanhar a aplicação de conceitos, reconhecer movimentos argumentativos e propor perspectivas acerta do tema estudado. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): A) I e II. Você marcou a alternativa ERRADA B) Somente a III. CORRETA C) Somente a II. D) Somente a I. E) II e III. Q08 (Semana: Semana 7 / Nível de Dificuldade: Difícil - Material Base: Texto-base: Reflexões sobreo aprendizado formal em humanidades com base no projeto - Práticas de leitura e escrita acadêmicas; Marcus Sacrini e Valéria De Marco; Páginas: 48-50. Com relação à aprendizagem de leitura e escrita em sala de aula, analise as afirmações a seguir: I. O modelo expositivo sedimenta modos autônomos de pensar nos quais estudantes podem oferecer justificativas racionais para posições defendidas. II. A divergência de opiniões sobre os conteúdos aparece como oportunidades formativas para os estudantes. III. Em uma abordagem interacionista, a opinião do professor é aquela unicamente capaz de formular hipóteses interpretativas, acompanhar a aplicação de conceitos, reconhecer movimentos argumentativos e propor perspectivas acerta do tema estudado. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): A) I e II. Você marcou a alternativa ERRADA B) Somente a III. CORRETA C) Somente a II. D) Somente a I. E) II e III. Q09 (Semana: Semana 4 / Nível de Dificuldade: Difícil Material Base: Texto-base: Coerência e coesão nos textos argumentativos dos alunos do ensino médio; Página: 65.) A coesão relaciona-se ao modo como os elementos sintáticos e de gramática colocam- se ao longo do texto. Nesse sentido, a coesão demonstra-se por meio de “marcas linguísticas, índices formais na estrutura das sequências linguísticas e superficial e que se manifestam na sequência linear do texto”. (KOCH; TRAVAGLIA, 1997, p. 13 apud SILVA, 2017, p. 65) Fonte: SILVA, R. C. B. da. Coerência e coesão nos textos argumentativos dos alunos do ensino médio. Entrepalavras, Fortaleza, v. 7, p. 56-82, jan./jun. 2017. Sobre esse tema, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas. I. A coesão é a relação que se estabelece entre um elemento presente na produção textual com outro elemento indispensável para sua interpretação. Cada ocorrência desse tipo de relação recebe o nome de elo coesivo. Apresentar ocorrência de elos coesivos não significa que o texto é coerente. PORQUE II. Os textos podem ser coerentes com coesão ou sem coesão, tanto quanto podemos observar textos coesos que não apresentam coerência. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: CORRETA A) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. B) a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. Você marcou a alternativa ERRADA C) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. D) a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. E) as duas asserções são falsas. Semana: Semana 4 / Nível de Dificuldade: Difícil Material Base: Texto-base: Coerência e coesão nos textos argumentativos dos alunos do ensino médio; Página: 65. Objetivo de Aprendizado: ANALISAR AS RELAÇÕES ENTRE COESÃO E COERÊNCIA NAS PRODUÇÕES TEXTUAIS. Data: 14/02/2023 Descrição: LET110 - LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS [3º BIMESTRE] Tipo de prova: Prova de Exame Q01 (Semana: Semana 1 / Nível de Dificuldade: Fácil - Material Base: A escola que (não) ensina a escrever; páginas: 15.) Aponte a alternativa que mostra, segundo Colello (2007), como não cair na armadilha das práticas políticas ideológicas de manipulação em massa no nosso contexto atual. B) Investir mais em educação infantil, onde está o futuro da sociedade, capacitando-as para lidarem com os desafios de um mundo altamente tecnologizado; C) Investir no Estado democrático de direito, com regras e leis que protejam o homem do domínio das empresas de internet; Você marcou a alternativa ERRADA D) Investir em escolas militares, que ensinem regras cívicas de amor e respeito à pátria; E) Investir em escolas mais informatizadas, no ensino ético de programação para que novas linguagens surjam submissas ao homem; CORRETA F) Investir nas futuras gerações, fincar raízes de identidade e construir pontes para a libertação humana, por meio da educação Q02 (Semana: Semana 2 / Nível de Dificuldade: Médio - Material Base: Texto-base: Concepção sociointeracionista de linguagem: percurso histórico e contribuições para um novo olhar sobre o texto; Sueli Gedoz e Terezinha da Conceição Costa-Hubes; Páginas: 2-3.) A primeira concepção de linguagem de que a escola fez uso, até o final da década de 1960, foi a da linguagem como representação do pensamento. Nos anos 1970, emerge uma concepção diferente, a da concepção de linguagem enquanto instrumento de comunicação, e o último grande movimento é o da linguagem como forma de interação. Sobre a linguagem como representação do pensamento, analise as afirmativas a seguir. I. Prevaleceu como concepção no ensino escolar até o final da década de 1960. II. Não vê a fala como referência nos estudos da língua. III. É definida por Bakhtin como “subjetivismo idealista”. IV. Não foca a formação de falantes ideais. Está correto o que se afirmar em: A) I, III e IV, apenas. CORRETA B) I e III, apenas. C) I, II, III e IV. D) II, apenas. Você marcou a alternativa ERRADA E) I, II e III, apenas. Q03 (Semana: Semana 3 / Nível de Dificuldade: Fácil - Material Base: Texto-base: A inter-relação leitura & escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras; Onici Claro Flôres; Página: 43.) A leitura e a escrita, de modo geral, fazem parte dos currículos da educação básica, porém, isso não quer dizer que os estudantes, de fato, aprenderam a ler e a escrever de modo autônomo nas instituições escolares. Sobre a leitura e a escrita, identifique se são verdadeiras (V) ou Falsas (F) as afirmativas a seguir: I. Os exames nacionais, como o ENEM, por exemplo, permitem averiguar que as metas de leitura e escrita não foram atingidas. II. Ensinar a Língua Portuguesa para os próprios falantes da língua não é uma tarefa simples, como, em geral, supõe-se. III. Frequentemente, o professor que recém terminou sua formação inicial baseia o seu ensino nos conceitos de gramática. IV. As escolas costumam investir mais em tarefas de escrita do que em tarefas de fala, apesar de estas serem mais presentes na vida das pessoas. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta: A) V, F, V, F. B) F, F, F, V. CORRETA C) F, V, V, V. D) V, V, F, V. E) V, V, V, V. Q04 (Semana: Semana 4 / Nível de Dificuldade: Médio - Material Base: Coesão e coerência nos textos argumentativos dos alunos do ensino médio. p: 62) Considerando as contribuições de Koch e Travaglia (1997) assinale os enunciados que explicam o que vem a ser coerência. I. A coerência se refere basicamente a um princípio de interpretabilidade e compreensão do texto, vez que uma mesma manifestação linguística pode ser vista como incoerente por determinado usuário da língua, ao passo que para outro pode não o ser, porque, no ato de recepção do texto, o conhecimento de mundo do leitor exerce. II. Ao todo do texto, uma vez que este constitui uma unidade de comunicação e não a frases isoladas e/ou retiradas de dentro do texto. III. A coerência é global, uma vez que só se aplica ao todo do texto e não às suas partes separadamente. IV. A coerência é necessária para que o texto possa ser percebido como um todo dotado de sentido por seu leitor/ouvinte e engloba todos os elementos que, de alguma forma, influenciam na construção dos sentidos do texto – elementos da interlocução. V. Para Antunes (2010), coerência pode ser entendida como “a característica estrutural das atividades sociocomunicativas executadas entre os parceiros da comunicação. CORRETA A) I, II, III, IV e V Você marcou a alternativa ERRADA B) II, III e v C) II e V D) III e IV E) I, II, III, IV Q05 (Semana: Semana 5 / Nível de Dificuldade: Médio - Material Base: Texto-base: A informatividade na sala de aula: investindo em atividades para a produção de textos argumentativos; Aline Rubiane Arnemann e Cristiano Egger Veçossi; Página: 9.) Em relação às tarefas desenvolvidas nas aulas de Língua Portuguesa, é possível verificar que há uma tendênciaem se trabalhar basicamente em torno de três vertentes: leitura, produção textual e gramática. Sobre esse tema, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas: I. É evidente que a gramática, a produção de textos e a leitura são diferentes dimensões da Língua Portuguesa e devem ser trabalhadas separadamente. PORQUE II. A gramática é muito mais enfatizada do que a leitura e a produção textual nas aulas de Língua Portuguesa. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: A) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Você marcou a alternativa ERRADA B) a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. C) a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. CORRETA D) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. E) as duas asserções são falsas. Q06 (Semana: Semana 6 / Nível de Dificuldade: Fácil - Material Base: Texto-base: Nem respeitar, nem valorizar, nem adequar as variedades linguísticas; Valdir Heitor Barzotto; Página: 3.) Considerando o ponto de vista sobre o falar, toma-se por base a palavra ________, buscando o sentido de suportar ou tolerar, já no sentido de relatar a existência de uma hierarquia entre os falantes, demonstrando, entre eles, que aquele que se preza coloca-se em uma posição que lhe permite melhorar a importância da variedade linguística, emprega-se o termo ________, e, por fim, o verbo ________, no sentido de que, para cada ambiente, é preciso falar de um modo, levando o falante a tomar consciência de que seu modo de falar é bom em seu grupo, mas não em outros. Preencha as lacunas escolhendo a alternativa correta. CORRETA A) valorizar — desdenhar — ignorar. B) respeitar — ignorar — corrigir. C) respeitar — valorizar — adequar. D) adequar — depreciar — anular. E) ignorar — questionar — reparar. Q07 (Semana: Semana 7 / Nível de Dificuldade: Médio - Material Base: Texto-base: Reflexões sobre o aprendizado formal em humanidades com base no projeto -Práticas de leitura e escrita acadêmicas; Marcus Sacrini e Valéria De Marco; Página: 47.) Tendo como base os estabelecimentos de ensino que preservam o cumprimento dos papéis de professores e gestores a cargo de gerações que se sucedem, torna-se ___________ a aprendizagem formal, já que uma geração transmite para a próxima uma determinada maneira de trabalhar que reproduz o modo herdado, ___________ o sentido que originou tal prática e que se relaciona a um contexto histórico, por vezes, já transformado. Preencha as lacunas escolhendo a alternativa correta. CORRETA A) irregular — considerando B) convencional — considerando C) irregular — desconsiderando D) abstrata — considerando E) convencional — desconsiderando Q08 (Semana: Semana 4 / Nível de Dificuldade: Difícil - Material Base: Texto-base: Coerência e coesão nos textos argumentativos dos alunos do ensino médio; Página: 65.) A coesão relaciona-se ao modo como os elementos sintáticos e de gramática colocam- se ao longo do texto. Nesse sentido, a coesão demonstra-se por meio de “marcas linguísticas, índices formais na estrutura das sequências linguísticas e superficial e que se manifestam na sequência linear do texto”. (KOCH; TRAVAGLIA, 1997, p. 13 apud SILVA, 2017, p. 65) Fonte: SILVA, R. C. B. da. Coerência e coesão nos textos argumentativos dos alunos do ensino médio. Entrepalavras, Fortaleza, v. 7, p. 56-82, jan./jun. 2017. Sobre esse tema, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas. I. A coesão é a relação que se estabelece entre um elemento presente na produção textual com outro elemento indispensável para sua interpretação. Cada ocorrência desse tipo de relação recebe o nome de elo coesivo. Apresentar ocorrência de elos coesivos não significa que o texto é coerente. PORQUE II. Os textos podem ser coerentes com coesão ou sem coesão, tanto quanto podemos observar textos coesos que não apresentam coerência. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: CORRETA A) a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. B) a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. C) as duas asserções são falsas. D) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Você marcou a alternativa ERRADA E) as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. PERGUNTA 1 Para que um leitor entenda um texto é preciso mobilizar diversas estratégias leitoras “[...] um tipo de cálculo mental do leitor, realizado para completar ou complementar as lacunas textuais, sendo essa estratégia mobilizada na leitura de qualquer texto ‘(FLORES, 2016, P. 50). A estratégia que está definida na acepção acima é: paráfrase. separação de ideias principais de secundárias. produção de questões pertinentes sobre o texto. produção de inferências. monitoramento da leitura. PERGUNTA 2 A informatividade é um importante critério de textualidade. A respeito deste critério são apresentadas abaixo algumas afirmações baseadas no texto “A informatividade como elemento de textualidade’(FÁVERO, 1985). Julgue-as se são VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F) ( ) A informatividade exerce um importante controle na seleção e a ( ) Todo texto contém pelo menos alguma informatividade. ( ) Na primeira ordem de informatividade, existem palavras funcio numerais. ( ) Por serem palavras funcionais, o produtor do texto não deve al tipos de palavras V – V – F – V. V – V – F – F. F – F – V – V. F – V – V – V. V – V – V – F PERGUNTA 1 Para que um indivíduo seja considerado “bom leitor” e faça uma boa apreensão do texto, é preciso empreender algumas estratégias leitoras. Entre elas está a estratégia de monitoramento da leitura, que consiste em/na: avaliação feita pelo próprio leitor, respondendo à pergunta: o que o texto significou para mim? refletir sobre a própria leitura, assumindo o controle do seu processo de entendimento. um tipo de cálculo mental do leitor, realizado para completar ou complementar as lacunas textuais. síntese de unidades textuais mais amplas. criação de esquemas mentais. PERGUNTA 2 Numere os mecanismos que estabelecem a coesão textual a suas definições: 1. Lexical 2. Referência 3. Substituição 4. Elipse 5. Conjunção ( ) Colocação de um item em lugar de outro(s) elemento(s) do texto ou, até mesmo, de uma oração inteira. (KOCH, 2010, p. 20). ( ) Coesão que se dá por meio de itens que remetem a outros itens. ( ) Ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. ( ) Substituição por supressão de elementos. O elemento suprimido sempre pode ser facilmente recuperado pelo contexto. ( ) Coesão estabelecida por conectores e partículas de ligação que estabelecem relações específicas entre elementos ou orações do texto. Estão corretas as relações estabelecidas em: 5, 1, 2, 4, 3 3, 2, 1, 4, 5 3, 1, 2, 4, 5 2, 1, 3, 4, 5 5,4, 1, 2, 3 PERGUNTA 3 Koch e Travaglia (2010, p. 52) apontam que “[...] a separação entre coesão e coerência não é tão nítida quanto às vezes se pensa e sugere. [...] Na verdade, e, embora do ponto de vista analítico seja interessante separá-las, distingui-las, cumpre não esquecer que são duas faces do mesmo fenômeno”. A separação entre coesão e coerência não é tão nítida porque: uma vez que o autor assume estratégias que garanta a coesão automaticamente, ele está garantindo a coerência. não é possível o texto ser coerente sem elementos de coesão. a coesão tem relação com a coerência na medida em que é um dos fatores que permite calculá-la. buscar a coesão automaticamente implica buscar a coerência. toda vez que um texto está coerente ele também está coeso. PERGUNTA 4 Considera-se a Análise do Discurso como uma disciplina da interpretação. Segundo Orlandi (1994), “a ideologia é a interpretação de sentidos em certa direção”. O que determina essa caracterização é: a interpelação dos sujeitospela ideologia. a atribuição de sentidos pelo interlocutor. a relação da linguagem com a história, em seus mecanismos imaginários. o deslocamento entre forma e conteúdo. o movimento dos sujeitos na sociedade. PERGUNTA 5 Eni Orlandi (1994) define o discurso como: “efeito de sentidos entre interlocutores” (p. 53). Tal noção, segundo a autora, “nos introduz em um campo disciplinar que trata da linguagem em seu funcionamento”. Aplicar esse conceito à linguagem, implica em: considerar a língua como um sistema, como um princípio de classificação e a fala como um produto social, a língua em uso. considerar que o exercício da linguagem está inscrito dentro das próprias regras do código linguístico. considerar a linguagem em relação à constituição dos sujeitos e à produção dos sentidos. considerar que a linguagem é dicotômica, mas os sujeitos são neutros e homogêneos. considerar os aspectos gramaticais da língua. P E R GUNT A 1 A linguagem – mais especificamente, a linguagem humana – refere-se à gramática e a outras regras e normas que permitem que os humanos façam enunciados e sons de uma maneira que outros possam entender; a linguagem é o que nos torna humanos. Descobrir o que é linguagem, então, requer um breve olhar sobre suas origens, sua evolução ao longo dos séculos e seu papel central na existência e na evolução humana. Sobre a importância da linguagem para o homem, analise as afirmativas a seguir. I. A linguagem, de todas as conquistas do homem, é a que mais contribuiu para torná-lo, de fato, humano. II. A linguagem é o que provê ao homem a sua condição de locutor e constituidor da consciência, permitindo-o reger sua própria vida. III. Ela promove a consideração do “outro”, alvo da interlocução, garantindo suas práticas discursivas. IV. A linguagem permite ao homem negar sua essência humana, tornando- o um ser de interlocuções. É correto o que se afirmar em: a. I, II e III, apenas. b. b. I e II, apenas. c. c. I, II e IV, apenas. d. d. I, II, III e IV. e. II e. e III, apenas. 5 pontos P E RG UNT A 2 A linguagem, elemento que nasce junto com a história, é e sempre foi essencial para que as pessoas possam desenvolver relações, permitindo a compreensão entre elas e até liberdade da solidão, uma vez que possibilita a conexão entre as pessoas. Sobre a linguagem, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas. I. A linguagem é umas das conquistas humanas que mais favorecem a relação entre os seres, a sociedade e todo o quadro referencial que se concretiza, seja nas relações com objetos seja nas relações entre as pessoas. PORQUE II. É por meio da linguagem que se assegura ao indivíduo o lugar de emissor, o estabelecimento da consciência e a posição de poder controlar a própria vida e reagir diante dela, além de permitir que as pessoas estabeleçam vínculos entre elas. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: A. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. b. as duas asserções são falsas. c. a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. d. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. e. a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. A linguagem – mais especificamente, a linguagem humana – refere-se à gramática e a outras regras e normas que permitem que os humanos façam enunciados e sons de uma maneira que outros possam entender; a linguagem é o que nos torna humanos. Descobrir o que é linguagem, então, requer um breve olhar sobre suas origens, sua evolução ao longo dos séculos e seu papel central na existência e na evolução humana. Sobre a importância da linguagem para o homem, analise as afirmativas a seguir. I. A linguagem, de todas as conquistas do homem, é a que mais contribuiu para torná-lo, de fato, humano. II. A linguagem é o que provê ao homem a sua condição de locutor e constituidor da consciência, permitindo-o reger sua própria vida. III. Ela promove a consideração do “outro”, alvo da interlocução, garantindo suas práticas discursivas. IV. A linguagem permite ao homem negar sua essência humana, tornando-o um ser de interlocuções. É correto o que se afirmar em: Resposta Selecionada: b. I, II e III, apenas. A linguagem, elemento que nasce junto com a história, é e sempre foi essencial para que as pessoas possam desenvolver relações, permitindo a compreensão entre elas e até liberdade da solidão, uma vez que possibilita a conexão entre as pessoas. Sobre a linguagem, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas. I. A linguagem é umas das conquistas humanas que mais favorecem a relação entre os seres, a sociedade e todo o quadro referencial que se concretiza, seja nas relações com objetos seja nas relações entre as pessoas. PORQUE II. É por meio da linguagem que se assegura ao indivíduo o lugar de emissor, o estabelecimento da consciência e a posição de poder controlar a própria vida e reagir diante dela, além de permitir que as pessoas estabeleçam vínculos entre elas. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: Resposta Selecionada: a. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Atividade Avaliativa 3 - Leitura e Produção de Textos - UNIVESP PERGUNTA 1 “A língua não se confunde com a linguagem; é somente uma parte essencial dela, indubitavelmente. É ao mesmo tempo um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos”. (SAUSSURE, 1995, p. 17) Qual afirmação abaixo contrasta com Saussure? Para Saussure a linguagem deve ser compreendida como aquela que se desenvolve diferentes funções. A língua é um sistema de valores depositado como um produto social na mente de cada falante. Dentro da vertente europeia do Estruturalismo, origina-se o Funcionalismo, propondo-se a estudar a natureza das estruturas linguísticas, relacionando-as às situações de uso, pois defende que só assim seriam compreendidas. Ao considerar o caráter social da língua, a linguagem como uma forma de transmissão de informações, a língua é vista, então, como um código capaz de transmitir uma mensagem a um receptor. A língua é considerada uma herança da época precedente e como um conjunto de signos exteriores aos indivíduos. PERGUNTA 2 “A leitura do mundo e da palavra é, em Freire, direito subjetivo, pois, dominando signos e sentidos, nos humanizamos, acessando mediações de poder e cidadania.” (Luiz Augusto Passos). A partir do exposto acima, qual das alternativas a seguir apresenta-se como a opção correta para se atingir o poder e a cidadania? É preciso uma leitura do mundo que contextualiza, geste e emoldure um sentido para a palavra. As palavras devem ser engravidadas de sentidos íntimos. A palavra que dizemos precede a leitura do mundo. Ao falar subjetivamos nosso pensar. A palavra é um direito objetivo da humanidade. PERGUNTA 3 Considerando os seus estudos a respeito da linguagem como interação, é correto afirmar que: ● Passa a ser difundida nos anos 80. ● Bakhtin e Vygotsky são os seus principais representantes. ● A linguagem é: resultado de uma construção coletiva e de processos de interação. ● Para Vygotsky, a linguagem possibilita um contato com o mundo. ● Bakhtin propõe um olhar dialógico sobre a linguagem. 2. As alternativas III e IV estão corretas e as demais incorretas. A alternativas I e III estão corretas e as demais incorretas. Todas as alternativas estão corretas. As alternativas I, II e IV são corretas e a alternativa III é incorreta. As alternativas I, II e III são corretas e a alternativa IV é incorreta. PERGUNTA 4 “A fala é uma atividade muito mais central do que a escrita no dia a dia das pessoas. As instituições escolares, contudo, dão pouca atenção à fala em seus programas de ensino, investindo muito mais no trabalho com a escrita.” (FLÔRES, 2015).Explique a razão que a levou a autora a afirmar isso: Se a experiência de leitura/escrita do aluno for pequena, sua fala vai traduzir seu desconhecimento dos gêneros. Falar já faz parte da vida cotidiana, não é necessário ser ensinada na escola. O sistema da língua ser o mesmo, então treinando a leitura e escrita já se aprende a falar. O aluno não é preparado para falar em situações não espontâneas. A fala popular é diferente da escrita, por isso a escola contempla a escrita. PERGUNTA 5 “Nessa ótica, aprender a usar a escrita em variados contextos demanda observar o seu modo de distribuição e de utilização nas atividades sociais que envolvem ler e escrever.” (FLÔRES, 2015). A aplicação dessa afirmativa encontra-se em: A escrita dos gêneros deve preceder sua leitura, para melhor apropriação. A forma escrita é uniforme e abrangente o bastante para se seguir modelos de escrita. Os gêneros devem ser aprendidos para um posterior uso na ação social. Semana 1 - Quiz Objeto Educacional No texto Tinta sobre papel: técnicas de escrita e de representações de ilusões, os autores, baseados nas concepções de Geraldi, apresentam críticas ao ato de “fazer redação”. Qual a principal teor destas críticas? Resposta: O ensino da escrita deve apontar para a necessidade de que seu exercício seja aproximado de situações interlocutivas reais. Texto-base - A escola que (não) ensina a escrever Vivemos uma situação paradoxal na qual o incremento das possibilidades de comunicação, a ampliação dos horizontes e o encurtamento das distâncias representam, na proporção inversa, o progresso da incultura e do isolamento. Qual a razão disso? Resposta: A humanidade não hierarquizou os saberes em face da velocidade com que tudo acontece e nem se adaptou ao mundo por ele criado. Texto-base - Dicionário Paulo Freire O que é uma educação neutra em Paulo Freire? Resposta: Codificação e decodificação de palavras Leia o texto a seguir para responder as questões de 1 a 3: Em 2016, um médico foi afastado do hospital em que trabalhava depois de publicar uma foto com os dizeres “Não existe peleumonia e nem raôxis”. Os erros foram cometidos naquele dia pelo paciente José Mauro, um mecânico de 42 anos. Ao ouvir o termo “peleumonia”, o médico caiu no riso. Numa matéria sobre o caso, Cássia Silva disse [http://www.esquerdadiario.com.br/Nao-existe- peleumonia-e-nem- raoxis-medico-debocha-na-internet]: “A língua portuguesa não pode servir de objeto de vergonha e humilhação.” Mas ela é. A língua portuguesa é alvo do preconceito linguístico, e seus falantes sofrem vergonha e humilhação. Só que não é toda a língua portuguesa que é objeto de preconceito, nem todo falante. Preconceito é não gostar do outro, não aceitar o que é diferente do que se considera padrão e correto. O homofóbico, por exemplo, odeia o homossexual porque acredita que essa diferença é um erro. Então o que é preconceito linguístico? É achar feio e errado o português que é diferente da norma culta. Pra quem tem esse preconceito, a língua portuguesa certa é a ensinada nas escolas, explicada nas gramáticas e catalogada nos dicionários. Saiu do triângulo escola-gramática-dicionário? É feio, é burro, é errado - não é nem português. Quem tem preconceito linguístico quer que a língua seja igual à gramática. Mas segundo Marcos Bagno, em seu livro Preconceito linguístico: “Uma receita de bolo não é um bolo, o molde de um vestido não é um vestido, um mapa-múndi não é o mundo… Também a gramática não é a língua.”. A receita de bolo de cenoura não inventou o bolo de cenoura. Ele já existia antes; alguém só anotou como se faz. Da mesma forma, as gramáticas foram escritas pra fixar como “regras” certos jeitos de escrever que já eram usados. Isto é, a gramática vem depois da língua! Ela depende da língua pra existir. [Adaptado de O que é preconceito linguístico? Por Niva. Disponível em: https://medium.com/@niva/o-que-%C3%A9-preconceito-lingu%C3%ADstico- 9a93c074d523 (https://medium.com/@niva/o-que-%C3%A9-preconceito- lingu%C3%ADstico- 9a93c074d523) ] Pergunta1 Leia as frases a seguir e assinale Verdadeiro ou Falso. FALSO A ideia principal do texto é defender que a língua portuguesa como um todo é alvo de preconceito linguístico. VERDADEIRO O texto se vale de analogias, como a comparação com a receita de bolo, para esclarecer a relação entre a gramática e a língua. VERDADEIRO De acordo com o texto, é possível inferir que as escolas ensinam apenas a língua portuguesa certa. FALSO A autora do texto concorda com o médico sobre o fato de o paciente José Mauro ter cometido erros. JUSTIFICATIVA • O trecho “Só que não é toda a língua portuguesa que é objeto de preconceito, nem todo falante” comprova a falsidade da primeira afirmação. • Sobre a segunda afirmação: a autora lança mão de diversas analogias para esclarecer a relação entre a gramática e a língua. Uma dela é a analogia com a receita de bolo, tratada nos dois últimos parágrafos. • Sobre a terceira afirmação: o trecho “a língua portuguesa certa é a ensinada nas escolas” permite essa inferência; em nenhum trecho, a autora do texto procura contrapor essa ideia. • Em relação à afirmação “A autora do texto concorda com o médico sobre o fato de o paciente José Mauro ter cometido erros”, é falsa: tanto não concorda como indica essa discordância por meio do uso de itálico na palavra “erros” no segundo parágrafo do texto. Pergunta 2 De acordo com o texto, a gramática: Cristaliza apenas alguns usos linguísticos. Prescinde da existência da língua. É sinônimo de língua. deve sempre ser seguida por todos os falantes. É um conjunto de regras que garante a correta compreensão da língua. Pergunta 3 A posição defendida pelo texto acerca da língua associa-o à qual concepção de linguagem? Complete as lacunas: A linguagem como expressão do pensamento , que enfatiza a gramática normativa, não é a posição defendida pelo texto. A linguagem como instrumento de comunicação , que concebe a língua como um sistema fechado de regras e convenções, não é a posição defendida pelo texto. A linguagem como interação , que entende a linguagem como social, resultado de uma construção coletiva e de processos de interação, é a posição defendida pelo texto. Pergunta 4 Assinale a alternativa que contenha as principais estratégias leitoras estudadas nesta semana: Ler pausadamente, parafrasear e buscar palavras desconhecidas no dicionário. Resumir, separar ideias principais de secundárias, recontar e grifar o texto. Resumir, destacar as ideias principais e fazer perguntas sobre o texto. Escolher textos curtos, produzir inferências, ler pausadamente e grifar o texto. Separar ideias principais de secundárias, parafrasear, produzir inferências, fazer questões pertinentes sobre o texto e monitorar a leitura. Pergunta 5 Complete as lacunas. De acordo com Paulo Freire, para acessar plenamente a cidadania e para nos humanizarmos , é necessário que saibamos ler o mundo e a palavra . O educador não pode se furtar de exprimir sua leitura de mundo . Há tantos mundos quanto leituras possíveis dele, a isso podemos chamar de polissemia . PERGUNTA 1 Um método bastante utilizado pelos professores, especialmente os mais tradicionalistas, é a aula expositiva, em uma busca por reproduzir um conteúdo que deverá fazer parte do arcabouço teórico do aluno. Tendo em vista o conceito de aula expositiva, identifique, dentre as alternativas a seguir, a única correta. a.As aulas expositivas permitem que os estudantes tenham maior consciência quanto aos seus limites de compreensão. b.As aulas expositivas contemplam estratégias para que os estudantes analisem e interpretem o conteúdo abordado. c.As aulas expositivas favorecem a interação do aluno com o professor, com os demais colegas e com o conteúdo. d.As aulas expositivas permitem o registro fiel de conteúdos importantes e a reprodução da interpretação do professor sobre o conteúdo. e.As aulasexpositivas oferecem margem para que os alunos exercitem sua autonomia frente a um novo conteúdo. PERGUNTA 2 Os cursos do projeto “Práticas de leitura e escrita acadêmicas” favorecem a formação do acadêmico no campo das humanidades e têm por base algumas indicações para que o aprendizado efetive-se. Identifique como Verdadeiras (V) ou Falsas(F) as indicações que devem ser contempladas nesse processo de ensino e aprendizagem. I. ( ) O estudante deve ter um conhecimento prévio sobre o tema e se sentir motivado. II. ( ) É necessário apresentar um conteúdo prático ou teórico ao estudante. III. ( ) A ação do estudante para sistematizar as informações recebidas. IV. ( ) O modo como o professor organiza o ambiente e as metodologias que escolhe. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a.V, F, V, F. b.F, V, V, V. c.V, V, F, F. d.F, F, F, V. e.V, V, V, V. PERGUNTA 3 Os monitores do projeto “Práticas de leitura e escrita acadêmicas” observaram que, quase em sua totalidade, os processos de interação de ensino envolvem aulas expositivas e avaliação final. Sobre a aula expositiva, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas. I.Na aula expositiva, o docente age como mediador do conhecimento, favorecendo que os próprios alunos construam suas teorias. PORQUE II. A aula expositiva dissemina, de modo sistematizado e progressivo, um determinado conteúdo que se constitui como fundamental para a compreensão sobre a disciplina. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: a.as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. b.as duas asserções são falsas. c.a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. d.a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. e.as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. PERGUNTA 1 É necessário que se estabeleça a correta diferenciação entre contexto de produção e contexto de utilização. Em uma interação com outra pessoa, são coincidentes, porém, na escrita, isso não acontece. Sobre esse tema, analise as asserções a seguir e as relações propostas entre elas. I. O sentido de uma produção textual não tem relação somente com a estrutura do texto. Os elementos que compõem o discurso a que o texto refere-se apresentam-se de modo incompleto ou com informações implícitas. PORQUE II. A pessoa que produziu o texto supõe que o seu interlocutor tem saberes textuais da própria situação ou, ainda, conhecimentos gerais sobre o tema e evita informações que considera desnecessárias, contando com as inferências que o leitor fará. Analisando as asserções anteriores, conclui-se que: a. as duas asserções são falsas. b. a primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. c. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. d. a primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. e. as duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. PERGUNTA 2 As reflexões acerca das variedades linguísticas em nossa língua nas salas de aula, realizadas a partir dos últimos 20 anos do século passado, agregaram, às conversas do dia a dia entre os que pesquisam e os que ensinam, e à própria produção de textos, três verbos essenciais. Assinale a única alternativa que apresenta esses três verbos. a. Valorizar, questionar, reparar. b. Respeitar, ignorar, corrigir. c. Valorizar, desdenhar, ignorar. d. Respeitar, valorizar, adequar. e. Adequar, depreciar, anular. PERGUNTA 3 As relações que se estabelecem entre uma informação explicitada e os saberes pressupostos como compartilhados podem utilizar métodos de sinalização textual, por meio das quais aquele que fala pode levar aquele que ouve a fazer uso do contexto sociocognitivo. Sabemos que um estudo de texto que não considera o contexto é insatisfatório. Sobre esse tema, analise as assertivas a seguir e identifique se elas são Verdadeiras (V) ou Falsas (F). I.() Determinados enunciados são ambíguos e é o contexto que possibilita que haja interpretação. II. ( ) O contexto possibilita preencher lacunas em um certo enunciado, por meio de inferências-ponte. III.( ) Os elementos de um contexto podem afetar significativamente o sentido daquilo que se diz e se entende. IV.( ) Em um discurso sobre determinado tema, é preciso manter-se fiel a esse tema, desconsiderando-se o contexto. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a. V, F, V, F. b. F, V, V, V. c. V, V, V, F. d. V, V, F, F. e. F, F, F, V. Semana 8 – Revisão - Leitura e Produção de Textos Leia as perguntas, que foram encaminhadas pelos colegas sobre os conteúdos desenvolvidos na disciplina, e as respostas da professora. Concepções de linguagem. Como podemos relacionar as Teorias Linguísticas com as Concepções de Linguagem? Há três concepções de linguagem, a concepção que toma a linguagem como expressão do pensamento, corrente teórica que durante muito tempo orientou o processo de ensino; a concepção de linguagem como instrumento de comunicação, resgatando considerações de Saussure (1995), o qual exerceu grande influência nos estudos linguísticos no período em que tal concepção se firmou na esfera escolar e a concepção sociointeracionista de linguagem, a qual tem suas bases no dialogismo. (p.126). O primeiro momento refere-se ao tratamento da linguagem como representação do pensamento. Essa concepção que prevaleceu no ensino até, aproximadamente, o final da década de 1960, aponta a fala como referência nos estudos da língua. Considera que uma fala organizada pressupõe um pensamento organizado. Dessa forma, o psiquismo individual constitui a fonte da língua, sendo, portanto, a fala encarada como um fundamento da língua. Bakhtin (2004) define essa corrente como “subjetivismo idealista” porque, sob esse viés, a língua materializa-se na forma de atos individuais de fala que são considerados, nos estudos, como representação do pensamento. Por isso a preocupação em formar falantes ideais, ou seja, que dominem uma língua ideal, universal. De acordo com o autor, para essa concepção de linguagem, A língua enquanto produto acabado (“ergon”), enquanto sistema estável (léxico, gramática, fonética), apresenta-se como um depósito inerte, tal como a lava fria da criação linguística, abstratamente construída pelos lingüistas com vistas à sua aquisição prática como instrumento pronto a ser usado. (BAKHTIN, 2004, p. 73 – grifos do autor) Essa maneira de conceber a linguagem foi contestada, no século XIX, pela Linguística Histórica com as gramáticas comparadas que defendiam a ideia de que “as línguas se transformam com o tempo”. Logo, para os estudiosos da língua, “não é mais a precisão, mas a mudança o que importa” (ORLANDI, 1999, p. 13). A segunda concepção de linguagem, a qual ainda está presente em muitas práticas de ensino. Trata-se da linguagem como instrumento de comunicação. Essa corrente focaliza a língua a partir de sua forma e estrutura, identificando-a como um sistema fechado de regras e convenções. Embora reconheça a língua como social, ao analisá- la, aprisiona-a dentro de um sistema fechado de regras e convenções. Bakhtin (2004) considera esse estudo como uma oposição ao momento anterior e, por isso, denomina-o “objetivismo abstrato” por entender que, para os pesquisadores adeptos a essa orientação teórica, o centro organizador de todos os fatos da língua situa-se no sistema linguístico, ou seja, no sistema das formas fonéticas, gramaticais e lexicais da língua. Nesta segunda concepção, ainda de acordo com o autor,“cada enunciação, cada ato de criação individual é único e não reiterável.” (BAKHTIN, 2004, p. 79). Sob esse viés teórico, a linguagem passou a ser concebida, principalmente pelos seguidores da teoria saussuriana, como uma estrutura concreta, um código, passível de ser analisado internamente. Essa corrente foi influenciada,portanto, pelos estudos do linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913), que traça dicotomias entre língua e fala. Para esse autor, a fala, por ser individual, não faz parte do interesse da linguística, já que esta deve voltar-se para a análise da língua, com foco na escrita. A língua, por consequência, é considerada uma herança da época precedente e como um conjunto de signos exteriores aos indivíduos.4 Sob essa perspectiva, a língua é, de acordo com Saussure (1995), um sistema de valores depositado como um produto social na mente de cada falante. Ao considerar o caráter social da língua, a linguagem como uma forma de transmissão de informações, a língua é vista, então, como um código capaz de transmitir uma mensagem a um receptor. Pode-se dizer que, na década de 1970, a linguagem foi concebida como um instrumento de comunicação e a língua entendida como um conjunto de signos que se combina para estabelecer a comunicação. Nessa perspectiva, parafraseando Maciel (2002/2003), tivemos um ensino prescritivo da língua, orientado tanto pela gramática normativa quanto descritiva, priorizando modelos ideais de construções linguísticas, os quais deveriam ser imitados e seguidos. Finalmente, uma terceira concepção que se apresenta é a que toma a linguagem como forma de interação. Tal concepção, baseada numa abordagem dialética de produção do conhecimento, procura mostrar a linguagem como social, resultado de uma construção coletiva e de processos de interação. Baseando-se nos estudos do psicólogo bielorusso Vygotsky (1896-1934), a linguagem passa a ser entendida como um fator que constitui o homem, tendo função social e comunicativa. É a linguagem que possibilita um contato com o mundo. Compartilhando desse pressuposto vygotskyano e rompendo com as concepções anteriores, Bakhtin (2000, 2004) propõe um olhar dialógico sobre a linguagem. O pensador russo não nega a estrutura da língua, mas afirma que ela deve ser estudada e entendida em enunciados concretos. Surge, assim, a partir dos estudos desse autor, a Linguística da Enunciação, a qual se volta para a língua como resultante de um trabalho coletivo e histórico porque reflete as relações sociais dos falantes. Em termos históricos, podemos dizer que a linguagem como forma de interação passou a ser difundida a partir dos anos de 1980. Para Bakhtin (2004), a linguagem é um ato social que se realiza e modifica-se nas relações sociais e é, ao mesmo tempo, meio para a interação humana e resultado dessa interação, já que seus sentidos não podem ser desvinculados do contexto de produção. A linguagem é, portanto, de natureza socioideológica e tudo “que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo” (BAKHTIN, 2004, p. 31). (Texto-base - Concepção sociointeracionista de linguagem: percurso histórico e contribuições para um novo olhar sobre o texto | Sueli Gedoz e Terezinha da Conceição Costa-Hubes) 2) Minhas dúvidas são referentes à interpretação das Teorias, principalmente quando aparece Paulo Freire, a maioria das questões, mesmo lendo e relendo, não consigo acertar nos exercícios. Existe algum método pra facilitar a compreensão? As Teorias estão na questão anterior, sobre Paulo Freire, as informações estão nas videoaulas. 3) Quais as funções sociais da escrita? Se considerarmos o enunciado como a forma utilizada pelas pessoas para interagirem, podemos dizer que representam tudo o que ouvimos e reproduzimos na comunicação discursiva efetiva com as pessoas que nos rodeiam. Quando produzimos um enunciado, estamos fazendo uso de uma linguagem social, pertencente a um grupo social particular de falantes. Bakhtin aponta que “a utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade humana” (BAKHTIN, 2000, p. 280). Para Bakhtin (2000) “cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados sendo isso que denominamos de gêneros do discurso” (BAKHTIN, 2000, p. 279). (132) (Texto-base - Concepção sociointeracionista de linguagem: percurso histórico e contribuições para um novo olhar sobre o texto | Sueli Gedoz e Terezinha da Conceição Costa-Hubes) No ensino, ao parear a situação social e a atividade leitora, o professor favorece o entendimento da função social de um dado gênero textual, na situação social considerada. Ou seja, a aprendizagem situada enseja uma aproximação menos frustrante com leitura/escrita, de vez que, tendo observado como a língua funciona num determinado contexto interativo, o aluno pode ajustar sua produção escrita às expectativas preexistentes. (FLÔRES, p. 44) Texto-base - A inter-relação leitura & escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras | Onici Claro Flôres Mais informações nas videoaulas da Semana 1. 4) Quais tipos de linguagem verbal e não verbal? E procedimentos? As informações estão nas videoaulas da Semana 2. 5) O que é a concepção sociointeracionista da linguagem? Ao apontar que, para Bakhtin (2004), a linguagem é social, construída por meio de processos de interação e a concepção de língua é discursiva, podemos afirmar que a língua não pode ser separada dos seus falantes e dos seus atos, tampouco das esferas sociais e dos valores ideológicos. Para o autor, “a língua, no seu uso prático, é inseparável de seu conteúdo ideológico ou relativo à vida” (BAKHTIN, 2004, p. 95), não podendo ser vista como um sistema abstrato de formas normativas. É, portanto, concreta, realizandose nos atos de fala, na comunicação efetiva entre seus usuários. Essa concepção confirma, então, o caráter sociointeracionista da linguagem, uma vez que aponta a língua como dialógica e interacional. Além disso, o sociointeracionismo também considera a presença do outro, indicando que a língua não é um ato individual, uma vez que quando falamos ou escrevemos, dirigimo-nos a interlocutores concretos que também estabelecem uma relação dialógica com o mundo. Em termos de prática escolar, ao tomar o sociointeracionismo como concepção norteadora do trabalho com a linguagem, a língua deixa de ser concebida como um sistema fechado de regras e passa a ser compreendida como forma de interação. Cabe ao professor elaborar estratégias de trabalho que consideram diversos textos/contextos em que a linguagem faz-se necessária, para que o aluno aprenda a adequá-la às diversas situações que encontra em seu dia a dia, sejam elas formais e informais, orais e escritas (p. 130). Essa concepção é representada por todas as correntes de estudo da língua que podem ser reunidas sob o rótulo de linguística da enunciação. Aqui estariam incluídas correntes e teorias tais como a Linguística textual, a Teoria do Discurso, a Análise do Discurso, a Análise da Conversação, a Semântica Argumentativa e todos os estudos de alguma forma ligados à Pragmática. (TRAVAGLIA, 2001, p. 23). De certa forma, complementando as definições de Travaglia (2001), Costa-Hübes (2008) assim explica essas novas correntes da ciência linguística: Na realidade, o que estas correntes têm em comum é o fator histórico e o fato de terem se estabelecido como disciplinas dentro de uma ciência específica, a Linguística, e de se sustentarem na filosofia da linguagem, elevando a interação à condição de princípio explicativo dos fatos da língua. Amparadas neste pressuposto, não mais trataram do estudo de palavras ou de frases isoladas, mas relacionadas ao texto, ao contexto sócio-histórico, ao(s) usuário(s) que as produziu/ produziram, aos gêneros discursivos/textuais. Estamos nos referindo a uma nova concepção de linguagem: a concepção interacionista ou sociointeracionista que passa a tratar a língua como elemento histórico. (COSTA-HÜBES, 2008, p. 109- 110). A Linguística da Enunciação considera o enunciado como um meioutilizado pelas pessoas para interagirem com o(s) outro(s). Nessa perspectiva, compartilhamos da compreensão de que quando produzimos um enunciado, estamos fazendo uso de uma linguagem social. Sendo assim, cabe à escola tratar a língua como social, materializada nos diferentes enunciados produzidos socialmente, os quais, por sua vez, concretizam-se nos gêneros do discurso. (p. 131) (Texto-base - Concepção sociointeracionista de linguagem: percurso histórico e contribuições para um novo olhar sobre o texto | Sueli Gedoz e Terezinha da Conceição Costa-Hubes) 6) Quais meios das estratégias leitoras? Quais e como proceder? Quanto mais numerosos e pertinentes forem os conhecimentos prévios do leitor - tanto os gerais como os do conteúdo abordado pelo texto - melhor será o seu desempenho em leitura e interpretação, melhor sendo também a sua assimilação/aprendizagem dos conteúdos e, em consequência, a eficácia dos processos cognitivos em tarefas similares. Na ótica de Gonçalves, o modo de proceder de cada leitor acaba condicionando o seu desempenho (GONÇALVES, 2008, p. 140). A autora compara o modo como procedem, em geral, bons e maus leitores. Segundo ela, bons leitores: a) classificam e organizam os problemas encontrados no texto e, além disso, percebem se são problemas diferentes, em termos de abstração; b) optam por critérios estáveis e coerentes de seleção dos detalhes a serem considerados; c) atingem nível de compreensão mais aprofundado e específico, relativamente ao domínio conceitual de que trata o texto; d) dominam com maior qualidade e em maior quantidade os conceitos específicos de uma dada área de conhecimento; e) estabelecem relações adequadas (de ordem, dependência, causalidade...). Enquanto os maus leitores: a) mobilizam quadros de representação do texto demasiado gerais, o que lhes dificulta a percepção da especificidade dos detalhes do texto; b) selecionam traços de superfície do texto, atendo-se aos que são explicitamente apresentados; c) consideram relevantes e pertinentes aspectos que, de fato, não o são, confundindo- se; d) dominam de forma inexata, e em menor quantidade, conceitos específicos de uma dada área de conhecimento; e) mostram dificuldade em estabelecer relações entre conceitos, confundindo as suas ligações de ordem, dependência, causalidade (veja GONÇALVES, 2008, p. 140). (p. 47). Alguns pesquisadores indicam uma ou outra estratégia como sendo decisiva para a compreensão. Smith (2003), por exemplo, destaca a antecipação como uma estratégia de compreensão basilar, uma vez que permite a formulação de hipóteses preditivas. (p. 48). Para Gonçalves (2008, p. 141-145), as estratégias utilizadas constituem o segundo fator decisivo para distinguir bons de maus leitores. De acordo com a autora, são especialmente relevantes as estratégias seguintes: “determinar as ideias principais do texto; sumariar a informação contida no texto; efectuar inferências sobre o texto; gerar questões sobre os conteúdos do texto; por fim, monitorar a compreensão” (p. 48). (Texto-base - A inter-relação leitura & escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras | Onici Claro Flôres) 7) O que é coesão textual e seus mecanismos? E coerência textual e suas características? Coerência e seus fatores: conhecimento linguístico, conhecimento de mundo, conhecimento partilhado, inferências, situacionalidade, intencionalidade, aceitabilidade, informatividade, focalização, intertextualidade e relevância, através da análise da continuidade, da progressão, da não contradição e da articulação – condições responsáveis pela coerência do texto. (p. 60) A coerência, para esses autores, refere-se ao todo do texto, uma vez que este constitui uma unidade de comunicação e não a frases isoladas e/ou retiradas de dentro do texto. Portanto, sendo o texto considerado na sua totalidade, a coerência é algo que se estabelece no ato comunicativo, considerando-se o contexto em que se dá a interação verbal: os interlocutores, o conteúdo da mensagem, a relação com outros textos, as intenções etc. A coerência é necessária para que o texto possa ser percebido como um todo dotado de sentido por seu leitor/ouvinte e engloba todos os elementos que, de alguma forma, influenciam na construção dos sentidos do texto – elementos da interlocução. A coerência refere-se basicamente a um princípio de interpretabilidade e compreensão do texto. Há cinco mecanismos de coesão: a) referenciação (pessoal, demonstrativa, comparativa). b) Substituição (nominal, verbal, frasal). c) Elipse (nominal, verbal, frasal). d) Conjunção (aditiva, adversativa, causal, temporal, continuativa). e) Coesão lexical (repetição, sinonímia, hiperonímia, uso de nomes genéricos, colocação). (p. 66) Texto-base - Coerência e coesão nos textos argumentativos dos alunos do Ensino Médio 8) O que é informatividade e suas características? E fundamentos? O termo informatividade designa em que medida os materiais linguísticos apresentados no texto são esperados/não esperados, conhecidos/não conhecidos da parte dos receptores. Todo texto contém pelo menos alguma informatividade: não importa quão previsíveis possam ser a forma e o conteúdo: haverá sempre algumas ocorrências que não poderão ser inteiramente previstas. (p. 13). Há 3 ordens de informatividade: (p. 14) Primeira ordem: no grau mais alto da escala de probabilidades. Quando o texto é muito previsível. Ex. placa de “Pare”. Segunda ordem: no grau mais baixo da escala de probabilidades. Possui uma ordem mais alta de informatividade. Terceira ordem: quando aparentemente fora do conjunto. Tem ocorrências que parecem estar fora do conjunto das mais ou menos prováveis. Exigem mais atenção e recursos de processamento, mas, por outro lado, são mais interessantes gerando muitas expectativas. Texto-base - A informatividade como elemento de textualidade | Leonor Lopes Fávero 9) Parafrasear, não consegui absorver, o que fazer e/ou como fazer nos textos? Primeiramente é preciso compreender que os conceitos de resumo e de paráfrase traduzem distintas concepções de leitura. O de resumo vincula-se a uma visão de leitura, enquanto busca de significado exclusivamente no texto (estruturalismo). O conceito de paráfrase é distinto do de resumo por ser mais aberto e flexível, inclui a (re)produção das ideias do texto, mas, além de reproduzir o texto, a produção parafrástica resultante também pode reformular as ideias nele contidas. Ou seja, o texto parafraseado implica não apenas a alteração da estrutura linguística, pressupondo a situação em que os participantes se envolveram - o redator com sua intenção e o locutor com sua interpretação/compreensão, manifestando as reflexões feitas e as coordenadas pragmáticas de situacionalidade e aceitabilidade, que orientaram a sua interpretação. Na visão de Gonçalves, promove uma atividade cognitiva mais geral do que a de separar ideias principais de ideias secundárias e implica a síntese de unidades textuais mais amplas (parágrafos, por exemplo). O resultado – acrescenta-se - é a produção de um texto, embasado no texto proposto para leitura, em que é possível clarificar os conteúdos/ideias do texto original, bem como suas inter-relações. A atividade de resumir, em si, envolve operações cognitivas como selecionar e descartar informações; condensar; substituir algumas ideias por conceitos mais gerais; e, finalmente, integrar as informações selecionadas numa representação mental do texto original, de modo coerente e coeso. Mas parafrasear, como já dito, inclui também a possibilidade de recriar o texto, (re)situando-o em termos históricos, dando-lhe um escopo mais abrangente ou mais focal, enfim, alterando seus horizontes interpretativos. (p. 49). (Texto-base - A inter-relação leitura & escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégiasleitoras | Onici Claro Flôres) 10) Palavras funcionais (citado em Atividade Avaliativa), palavras lexicais e a relação com informatividade. As palavras funcionais não são simplesmente sinais de relação, já que os artigos, por exemplo, permitem a antevisão da informação ou mesmo a recuperação dela. Criam expectativas e dependências e permitem a coesão interna microestrutural do texto. Ex.: artigos, preposições e conjunções, advérbios. Texto-base - A informatividade como elemento de textualidade | Leonor Lopes Fávero As palavras lexicais são aquelas que possuem significado independente (como substantivo (N), verbo (V), adjetivo (A) ou advérbio (Adv). A definição que relata o significado de uma palavra ou uma frase como ela é realmente usada por pessoas é chamada de definição lexical. As palavras exercem funções de informatividade de ordens diferentes de acordo com a intenção do autor. 12) Poderia, por gentileza, ajudar a revisar sobre os pensamentos de: Saussure, Flores, Bakhtin e Vygotsky, Arnemann e Veçossi, Paulo Freire Paulo Freire: as informações estão nas videoaulas. Há muitos materiais disponíveis na Internet sobre Paulo Freire. Deixo aqui os links de alguns vídeos. https://www.youtube.com/watch?v=4M69rga5ENo Pensadores da Educação https://www.youtube.com/watch?v=2C518zxDAo0&t=1712s Prof. Paulo Freire em São Carlos Saussure: “Sob esse viés teórico, a linguagem passou a ser concebida, principalmente pelos seguidores da teoria saussuriana, como uma estrutura concreta, um código, passível de ser analisado internamente. A escola estruturalista (assim como ficou chamada para os estudiosos e seguidores de Saussure) investigava “fatos linguísticos com base na ideia fundamental de que a língua é sistema e de que cada elemento desse sistema possui um valor especial, compreendido, principalmente, por suas oposições em relação a outros elementos” (SUASSUNA, 1995, p. 69). Essa corrente foi influenciada, portanto, pelos estudos do linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857-1913), que traça dicotomias entre língua e fala. Para esse autor, a fala, por ser individual, não faz parte do interesse da linguística, já que esta deve voltar-se para a análise da língua, com foco na escrita. A língua, por consequência, é considerada uma herança da época precedente e como um conjunto de signos exteriores aos indivíduos. Saussure (1995) aponta que: [...] a língua não se confunde com a linguagem; é somente uma parte essencial dela, indubitavelmente. É ao mesmo tempo um produto social da faculdade da linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. (SAUSSURE, 1995, p. 17). Sob essa perspectiva, a língua é, de acordo com Saussure (1995), um sistema de valores depositado como um produto social na mente de cada falante. Ao considerar o caráter social da língua, a linguagem como uma forma de transmissão de informações, a língua é vista, então, como um código capaz de transmitir uma mensagem a um receptor. Esse olhar “social” para a língua se justifica porque, conforme Costa-Hübes (2008), os estudos de base saussuriana dividem-se em várias vertentes. Bakhtin: : acreditava que a linguagem é social, construída por meio de processos de interação. Bakhtin (2004) considera para o estudo da língua reflexões sobre o conteúdo temático, o estilo e a construção composicional dos textos que circulam socialmente, cuja concepção é a que toma a linguagem como forma de interação. Tal concepção, baseada numa abordagem dialética de produção do conhecimento, procura mostrar a linguagem como social, resultado de uma construção coletiva e de processos de interação. https://www.youtube.com/watch?v=4M69rga5ENo https://www.youtube.com/watch?v=2C518zxDAo0&t=1712s Compartilhando do pressuposto vygotskyano e rompendo com as concepções anteriores, Bakhtin (2000, 2004) propõe um olhar dialógico sobre a linguagem. O pensador russo não nega a estrutura da língua, mas afirma que ela deve ser estudada e entendida em enunciados concretos. Surge, assim, a partir dos estudos desse autor, a Linguística da Enunciação, a qual se volta para a língua como resultante de um trabalho coletivo e histórico porque reflete as relações sociais dos falantes. Em termos históricos, podemos dizer que a linguagem como forma de interação passou a ser difundida a partir dos anos de 1980. (p. 129) Para Bakhtin (2004), a linguagem é um ato social que se realiza e modifica-se nas relações sociais e é, ao mesmo tempo, meio para a interação humana e resultado dessa interação, já que seus sentidos não podem ser desvinculados do contexto de produção. A linguagem é, portanto, de natureza socioideológica e tudo “que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo” (BAKHTIN, 2004, p. 31). (p. 130) Ao apontar que, para Bakhtin (2004), a concepção de língua é discursiva, podemos afirmar que a língua não pode ser separada dos seus falantes e dos seus atos, tampouco das esferas sociais e dos valores ideológicos. Para o autor, “a língua, no seu uso prático, é inseparável de seu conteúdo ideológico ou relativo à vida” (BAKHTIN, 2004, p. 95), não podendo ser vista como um sistema abstrato de formas normativas. É, portanto, concreta, realizando-se nos atos de fala, na comunicação efetiva entre seus usuários. Essa concepção confirma, então, o caráter sociointeracionista da linguagem, uma vez que aponta a língua como dialógica e interacional. (p. 130) Quando produzimos um enunciado, estamos fazendo uso de uma linguagem social, pertencente a um grupo social particular de falantes. Bakhtin aponta que “a utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade humana” (BAKHTIN, 2000, p. 280). Para Bakhtin (2000), “cada esfera de utilização da língua elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados sendo isso que denominamos de gêneros do discurso” (BAKHTIN, 2000, p. 279). Então, para o autor, o ser humano, em quaisquer de suas atividades, vai servir-se da língua e a partir do interesse, intencionalidade e finalidade específicos de cada atividade, os enunciados linguísticos realizar-se-ão de maneiras diversas. A essas formas de incidência dos enunciados, Bakhtin (2000) denomina de de gêneros do discurso” (BAKHTIN, 2000, p. 279). Então, para o autor, o ser humano, em quaisquer de suas atividades, vai servir-se da língua e a partir do interesse, intencionalidade e finalidade específicos de cada atividade, os enunciados linguísticos realizar-se-ão de maneiras diversas. A essas formas de incidência dos enunciados, Bakhtin (2000) denomina de gêneros discursivos. Cada esfera social produz diferentes gêneros para diferentes situações comunicativas. (p. 132) (Texto-base - Concepção sociointeracionista de linguagem: percurso histórico e contribuições para um novo olhar sobre o texto | Sueli Gedoz e Terezinha da Conceição Costa-Hubes) Vygotsky: baseando-se nos estudos do psicólogo bielorrusso Lev Semyonovich Vygotsky (1896-1934), a linguagem passa a ser entendida como um fator que constitui o homem, tendo função social e comunicativa. É a linguagem que possibilita um contato com o mundo. (p. 129) (Texto-base - Concepção sociointeracionista de linguagem: percurso histórico e contribuições para um novo olhar sobre o texto | Sueli Gedoz e Terezinha da Conceição Costa-Hubes) Flôres: acredita que ao ser admitido, o professor iniciante tem de negociar espaços na escola, pois os professores já atuantes têm seus lugares sociais assegurados, responsabilizando-se pelo que vai ensinar e pelo modo como vai fazê-lo, não se limitando a repetir o que consta no material didático fornecido pelo governo, ou indicado pela instituição mantenedora. Sua atuação vai depender muito do grupo de professoresatuantes na escola e da receptividade da comunidade escolar, em geral, porque o aprendizado da língua não é independente das pessoas que aprendem e ensinam. Os professores de todas as disciplinas escolares e não apenas os professores da disciplina Língua Portuguesa precisam levar em conta o fato de que a experiência mais frequente e usual dos alunos é com a oralidade. Evidentemente, a fala é uma atividade muito mais central do que a escrita no dia a dia das pessoas. As instituições escolares, contudo, dão pouca atenção à fala em seus programas de ensino, investindo muito mais no trabalho com a escrita. (p. 43) Os professores precisam assumir, ainda, diante de tantas mudanças sociais, de tantas possibilidades e de tanta diversidade teórica, uma atitude flexível, mas não acrítica, interessada, mas não reprodutora e conciliadora, mas não leniente, buscando fundamentar-se em pressupostos teórico-metodológicos consistentes do que seja, na verdade, aprender e ensinar língua (materna) no atual momento histórico. (p. 45) A leitura intensiva é primordial, em tais circunstâncias, mas não basta ler, é preciso compreender. (p. 47) Texto-base - A inter-relação leitura & escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras | Onici Claro Flôres Aline Rubiane Arnemann e Cristiano Egger Veçossi, são autores do artigo: “A informatividade na sala de aula: investindo em atividades para a produção de textos argumentativos”, no qual eles analisam uma atividade desenvolvida durante a pesquisa de Arnemann (2017), que focalizou o princípio de informatividade, com alunos do Ensino Médio noturno, verificando como a articulação entre atividades linguísticas e epilinguísticas contribui para a obtenção de avanços na produção escrita de gêneros argumentativos. Ademais, quanto ao ensino e à aprendizagem de Língua Portuguesa, discutiram uma abordagem que prioriza as atividades sobre os exercícios (ENGSTRÖM, 2002), classificando-as em: linguísticas, epilinguísticas e metalinguísticas (FRANCHI, 2006; GERALDI, 1991; TRAVAGLIA, 1995). Os resultados revelam avanços na informatividade das produções, os quais se deveram, principalmente, à articulação entre procedimentos de natureza linguística (produção e compreensão de textos) e epilinguística (reflexão a partir da produção). Texto-base - A informatividade na sala de aula: investindo em atividades para a produção de textos argumentativos | Aline Rubiane Arnemann e Cristiano Egger Veçossi 13) Explicação melhor sobre as fontes de expectativa (primeira: o mundo real e seus fatos, 1ª fonte de expectativa – o mundo real e seus fatos: o modelo socialmente dominante da condição humana e do meio ambiente constitui o que se denomina comumente mundo real. Os fatos são proposições julgadas verdadeiras nesse mundo e as crenças, os fatos que uma pessoa ou grupo consideram aplicáveis a alguma situação ou evento real recuperável. O mundo real é a fonte das crenças subjacentes à comunicação textual. segunda: organização da linguagem no texto- conversões formais, terceira: técnicas de arranjos de sequencias, de acordo com a informatividade, quarta: tipos de texto e a quinta - contexto imediato). Na informatividade, o emprego das omissões. As fontes de expectativas são estratégias da escrita e aparecem como uma amálgama na terceira ordem, pois o estado de informatividade é desconfortável para o leitor. Todo conhecimento é usado, continuamente, como uma ponte para anexar conhecimentos posteriores. 2ª fonte – organização da linguagem no texto – as convenções formais: numa língua, muitas convenções para o arranjo de formas são arbitrárias e levam os falantes a considerar certas combinações de sons impronunciáveis porque inexistentes. Ex.: não pronunciamos a forma “Pça”, mas sabemos o que ela significa. 3ª fonte – técnicas de arranjos de sequencias, de acordo com a informatividade: elementos altamente informativos tendem a aparecer no fim da oração e em contraste, elementos de baixa informatividade tendem a aparecer no começo das orações ou a serem compactados ou omitidos. Essas técnicas proveem um equilíbrio entre duas tendências opostas, mantendo um nível alto de informatividade. 4ª fonte – tipos de texto: os tipos de texto são as estruturas globais que controlam o leque de opções a serem utilizadas. Assim, certos padrões raros de sons ou sintaxe são aceitáveis em textos poéticos, mas não em textos científicos que resistem à superação de fatos básicos do mundo. 5ª fonte – contesto imediato: refere-se ao contexto imediato em que o texto ocorre e como é utilizado, já que pode modificar as expectativas delineadas pelas outras quatro, por exemplo acrescentar elementos próprios de estilo do artigo científico em um texto literário, uma construção inesperada com alto grau de informatividade. Texto-base - A informatividade como elemento de textualidade | Leonor Lopes Fávero 14) As relações entre leitura e escrita. Em termos de pesquisa, é possível abordar leitura e escrita, de modo dissociado e independente. Mas, como pondera Pinto (2013, p. 116), é possível, ainda, considerá- las de modo simultâneo, pois que “uma não vive sem a outra no quotidiano de quem a elas tem de recorrer”. Nessa ótica, aprender a usar a escrita em variados contextos demanda observar o seu modo de distribuição e de utilização nas atividades sociais que envolvem ler e escrever, em ambientes sociais distintos, já que a inter-relação entre contextos e gêneros/textos em circulação facilita a apreensão do que/para que/como é requerido escrever, em cada circunstância determinada, uma vez que: “[...] gêneros são formas textuais estabilizadas, histórica e socialmente situadas” (MARCUSCHI 2005, p. 43). Em vista disso, sugere-se o planejamento da inter-relação didática entre ler/escrever, para possibilitar a assimilação progressiva das alternativas paradigmáticas da língua, pois ao parear situação social e atividade leitora, o professor favorece o entendimento da função social de um dado gênero textual, na situação social considerada. Ou seja, a aprendizagem situada enseja uma aproximação menos frustrante com leitura/escrita, de vez que, tendo observado como a língua funciona num determinado contexto interativo, o aluno pode ajustar sua produção escrita às expectativas preexistentes. Nessa perspectiva, o modo mais produtivo de conduzir o ensino/aprendizagem de língua é através da observação/análise dos usos sociais da escrita, seguido da identificação dos gêneros/textos em circulação. Depois de identificados os gêneros que circulam no meio, e após lê-los e comentá-los, faz sentido produzi-los por escrito. Texto-base - A inter-relação leitura & escrita: o papel do conhecimento prévio e das estratégias leitoras | Onici Claro FlôreS