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algum problema, informe ao fiscal da sala.
Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.
Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta azul ou preta, a letra correspondente à alternativa que 
você escolheu.
A duração da prova é de 4 horas, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas.
Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridos 75% do tempo de duração da prova.
Ao sair, você entregará ao fiscal a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunho de 
gabarito, localizado em sua carteira, para futura conferência.
Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.
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Psicólogo
SIMULADO: GRAN CURSOS ONLINE
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nome do Candidato
RG Inscrição Prédio Sala CarteiraBas
ea
do
 n
o 
fo
rm
at
o 
de
 p
ro
va
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lic
ad
o 
pe
la
 b
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● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. 
● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente 
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe 
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. 
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o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho 
de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da 
prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se 
preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): 
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo 
designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder 
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste 
estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. 
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de 
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta 
em caso de respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: 
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É 
preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão 
com respostas em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um 
e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura 
Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem 
exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.
Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:
treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. 
Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação.
Desejamos uma excelente prova!
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Psicólogo
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO DE SÃO PAULO 
 
1º SIMULADO 
PSICÓLOGO
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
LUCAS LEMOS
Tratamento anticâncer é um dos 10 avanços 
científicos de 2013, diz revista
 � O uso da imunoterapia para combater o cân-
cer foi o avanço científico mais significativo de 
2013, segundo a lista dos 10 feitos científicos 
mais importantes do ano, elaborada pela revista 
Science.
 � A pesquisa contra o câncer viveu uma revo-
lução depois que essa abordagem para combatê-
-lo, em desenvolvimento há décadas, finalmente 
revelou seu potencial terapêutico, explicaram os 
responsáveis editoriais da publicação.
 � Vários testes clínicos que usam a imunotera-
pia – um tratamento que age no sistema imunoló-
gico, especialmente nos indivíduos com linfócitos 
ou células T para atacar os tumores – revelaram 
que essa técnica é muito promissora contra cân-
ceres agressivos como o melanoma.
Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noti-
cia/2013/12/ tratamento-anticancer-e-um-dos-10-avancos->.
01. Quanto à interpretação do texto, assinale a alter-
nativa correta.
(A) Além dos 10 mais importantes feitos científi-
cos de 2013, a imunoterapia destacou-se no 
combate ao Câncer.
(B) A revista Science divulgou, em dezembro de 
2013, uma lista dos 10 feitos científicos mais 
relevantes de combate ao câncer.
(C) A imunoterapia e o tratamento que age no 
sistema imunológico são promissoras estraté-
gias de combate ao melanoma.
(D) Considera-se a imunoterapia um eficaz méto-
do de combate a canceres agressivos, o que 
a fez integrar a lista dos acontecimentos cien-
tíficos mais relevantes de 2013.
(E) A imunoterapia é uma técnica que prejudicial 
ao câncer.
02. A estrutura “ha décadas” (l. 8) poderá ser subs-
tituída por:
(A) tem décadas
(B) faz décadas
(C) têm décadas
(D) fazem décadas
(E) hão décadas
03. Em “A pesquisa contra o câncer viveu uma revo-
lução depois que essa abordagem para combatê-
-lo” (l. 6-8), a forma pronominal “lo” retoma, por 
coesão, o termo.
(A) pesquisa.
(B) revolução.
(C) abordagem.
(D) depois.
(E) câncer.
04. Os travessões empregados no terceiro parágrafo 
são usados para indicar
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) adjunto adverbial.
(D) aposto.
(E) vocativo.
05. O conectivo destacado, em “A pesquisa contra 
o câncer viveu uma revolução depois que essa 
abordagem para combatê-lo” (l. 6-8), poderá ser 
substituído por.
(A) logo que
(B) visto que
(C) já que
(D) uma vez que
(E) se bem que
06. No trecho – um tratamento que age no sistema 
imunológico, especialmente nos indivíduos com 
linfócitos ou células T para atacar os tumores (3º 
parágrafo) –, o vocábulo em destaque tem como 
sinônimo, no contexto em que se encontra,
(A) ofender.
(B) acometer.
(C) assaltar.
(D) provocar.
(E) defender.
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Psicólogo
Histórias que movem o metrô
 � Quando o metrô encerra a operação comer-
cial, um verdadeiro batalhão começa a trabalhar 
madrugada adentro para que tudo volte a funcio-
nar no dia seguinte na mais perfeita ordem. Esse 
é um dos serviços executados pelo pessoal da 
manutenção, tema do terceiro filme da campanha 
publicitária O que move o metrô é a paixão e o es-
forço das pessoas que trabalham nele, que acaba 
de ir para o ar nas principais emissoras de TV. 
Depois dos nossos colegas Fabiano (operário) e 
Cintia (engenheira), chegou a vez do engenheiro 
Frederico, que trabalha na manutenção e tira fo-
tos do metrô como ninguém.
 � No filme, ele fala um pouco a respeito do 
trabalho que é executado pela manutenção do 
metrô, principalmente durante a madrugada. Fre-
derico aproveita para mostrar alguns trabalhos fo-
tográficos, sempre com o tema metrô em pauta. 
Afinal, metrô e fotografia são suas duas grandes 
paixões.
Disponível em: <http://www.metro.sp.gov.br/metro/campanhas/
campanha-historias.aspx>
07. Quanto à tipologia do texto, assinale a alternati-
va correta.
(A) Narrativo.
(B) Expositivo.
(C) Argumentativo.
(D) Descritivo.
(E) Injuntivo.
08. Quanto às estruturas linguísticas e semânticas, 
assinale a alternativa correta.
(A) O principal objetivo do texto é mostrar à po-
pulação o trabalho realizado pelo pessoal da 
manutenção do sistema metroviário.
(B) A vírgula empregada na linha 2 poderá ser su-
primida sem prejuízo para a correção gramati-
cal do texto.
(C) Na linha 4, o pronome “esse” foi utilizado 
para retomar a informação contida no perío-
do anterior.
(D) Seria mantida a correção gramatical do texto 
caso fosse empregado o sinal indicativo de 
crase no “a” em “paraque tudo volte a funcio-
nar no dia seguinte” (l. 3-4).
(E) Na linha 3, a locução “para que” poderá ser 
substituída por afim de.
09. Em “chegou a vez do engenheiro Frederico” 
(l. 11-12), a expressão “a vez do engenheiro Fre-
derico” desempenha a função de:
(A) complemento indireto.
(B) complemento nominal.
(C) sujeito.
(D) aposto.
(E) complemento direto.
10. Assinale a frase do texto que foi reescrita em 
conformidade com a norma-padrão da língua 
portuguesa de emprego da crase:
(A) Frederico planeja ir à uma cidade vizinha.
(B) Frederico quer dar um fim à história.
(C) A outra opção é viajar à cidades de ou-
tros estados.
(D) Alguns desaprovam à ideia de Frederico.
(E) O foco é ajudar os funcionários à tra-
balhar bem.
11. Assinale a alternativa em que a concordância 
verbal está correta, de acordo com a norma-pa-
drão da língua portuguesa.
(A) As pessoas que trabalham no metrô foi sem-
pre preparado com cuidado.
(B) Não adiantam pedir desculpas, se faltar o dia 
de trabalho.
(C) Haviam muitos vagões no metrô.
(D) Federico, assim como todos os funcionários, 
não consegue controlar sua paixão.
(E) De todos os vagões, aproveitou-se 
apenas dois.
12. Assinale a alternativa que apresenta, em desta-
que, o verbo no tempo futuro.
(A) Apesar das diferenças, os funcionários 
não brigaram.
(B) Federico continuará apaixonado pelo metrô.
(C) Todos os funcionários gostam de metrô e 
fotografia.
(D) Seria bom se todos ajudasse o Federico.
(E) O metrô é uma paixão.
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Psicólogo
BLOCO II 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
LORENA SILVA, JULIANA AUAD E 
RAFAEL VIEIRA
13. Júlia, de três anos, perdeu a mãe em um aciden-
te há dois meses. Sobre o luto infantil, assinale a 
alternativa correta.
(A) As crianças vivenciam um processo de luto 
diferente dos adultos, sendo necessário o 
apoio de terceiros. Através desse apoio, com 
a inclusão de “dados de realidade”, esse 
sentimento de confusão e de tristeza poderá 
ser superado.
(B) A primeira infância é uma fase do ciclo vital em 
que crianças não possuem a condição prévia 
de vinculação afetiva, por isso, lidar com o 
luto nesse momento pode ser mais fácil.
(C) Apesar da dificuldade de compreensão, Júlia 
passará pelo luto de modo semelhante ao de 
um adulto.
(D) Crianças precisam lidar com seus sentimen-
tos de forma solitária, utilizando recursos lúdi-
cos e fantasiosos.
(E) Perder uma figura de ligação resulta em pre-
juízos para toda a vida futura, impossibilitando 
que novos vínculos sejam formados.
14. Sobre o comportamento de ligação, assinale a 
alternativa incorreta.
(A) O comportamento de ligação não apresenta 
uma ordem de preferência, pois está relacio-
nado ao campo vital das relações afetivas 
da criança.
(B) O comportamento de ligação tem uma função 
biológica e é observado em outras espécies.
(C) Os bebês desenvolvem o comportamento de 
ligação nos primeiros nove meses de vida.
(D) Um comportamento de ligação tem duração 
intensa e é duradouro no ciclo vital.
(E) O comportamento de ligação não é semelhan-
te ao conceito de dependência e não pode 
ser associado a um sintoma de imaturidade 
emocional.
15. Sobre o rompimento dos vínculos afetivos, assi-
nale a alternativa correta.
(A) Vínculos afetivos são rompidos ao longo 
do ciclo vital, não sendo um fator que im-
pacte de forma significativa no desenvolvi-
mento humano.
(B) Vínculos afetivos são raros de serem desen-
volvidos. São entendidos como uma atração 
que um indivíduo sente por outro indivíduo 
específico, o que gera uma experiência rela-
cional única e insubstituível.
(C) A capacidade de vinculação afetiva é um 
comportamento com raízes biológicas e que 
impacta no processo de desenvolvimento hu-
mano, tendo no seu rompimento uma experi-
ência emocional intensa e que necessita de 
apoio para ser superada.
(D) Todo rompimento de vínculos afetivos poderá 
ser superado em três momentos de luto, a sa-
ber: negação, fantasia e organização.
(E) Crianças e adultos vivenciam os rompimentos 
de vínculos de formas diferentes. Enquanto 
adultos experimentam emoções intensas, a 
criança se desloca para a fantasia, na qual o 
luto é então elaborado.
16. Sobre as consequências de uma vinculação afe-
tiva saudável, assinale a alternativa correta.
(A) A vivência de emoções intensas está asso-
ciada a uma experiencia não saudável de 
vinculação.
(B) Um vínculo afetivo é desenvolvido até a se-
gunda infância, tendo impacto no desenvolvi-
mento da personalidade do adulto.
(C) Vínculos afetivos são relevantes apenas na 
infância, pois o comportamento de ligação 
não está presente ao longo do ciclo vital.
(D) Reforça o sentido de segurança.
(E) Prejudica a autonomia, uma vez que a depen-
dência afetiva impacta no desenvolvimento 
emocional das crianças.
17. Sobre o desenvolvimento humano infantil, assi-
nale a alternativa incorreta.
(A) Na primeira infância, a criança desenvol-
ve a habilidade de vincular-se afetivamente 
com seus cuidadores e responsáveis, o que 
impactará no seu desenvolvimento da per-
sonalidade.
(B) Bebês desenvolvem o comportamento de li-
gação nos primeiros nove meses de vida.
(C) Crianças apresentam vínculo afetivo intenso 
com um outro indivíduo, possivelmente um de 
seus cuidadores e/ou responsáveis, entretan-
to, não demonstram aflição frente ao conta-
to com estranhos ou quando os vínculos são 
temporariamente comprometidos.
(D) São esperados dois comportamentos de 
crianças quando separadas de seus vínculos 
afetivos: desligamento emocional e exigência 
implacável pela mãe.
(E) O rompimento de vínculos afetivos durante 
a infância pode ocasionar grande sofrimento 
mental, como transtorno de personalidade 
e suicídio.
6
Psicólogo
18. O afastamento do objeto amado terá impactos no 
desenvolvimento infantil. Assinale algumas con-
sequências esperadas.
(A) Vivência de luto pelo rompimento dos víncu-
los afetivos.
(B) Apenas em afastamentos superiores a 5 me-
ses serão observadas consequências como 
ansiedade e raiva.
(C) Entre três e cinco meses, crianças se recu-
peram rápido do afastamento de um ob-
jeto amado.
(D) Depressão anaclítica, reversível após o retor-
no do objeto amado.
(E) Transtorno de personalidade, episódios de 
pânico e depressão.
19. Sofrimento psíquico acompanha a deterioração 
da capacidade de estabelecer ou manter víncu-
los afetivos, aspecto que com frequência é grave 
e duradouro. Sobre esse assunto, assinale a al-
ternativa incorreta.
(A) A depressão é observada nos casos de vín-
culos desfeitos devido ao falecimento de 
um dos pais.
(B) Perdas significativas na infância, ocorridas 
durante os primeiros 5 anos de vida, como 
falecimento, ilegitimidade e divórcio, resultam 
em comportamento suicida na fase adulta.
(C) Transtorno de personalidade, depressão e 
ansiedade são tipos de sofrimento psíquico 
esperados na deterioração dos vínculos.
(D) Uma infância perturbada por rompimento de 
vínculos impactará no desenvolvimento emo-
cional adulto.
(E) Observa-se uma relação entre vínculos afeti-
vos e estados subjetivos de forte emoção.
20. Sobre o padrão de ligação ansioso, assinale a al-
ternativa correta.
(A) O padrão de ligação ansioso está relaciona-
do a adolescentes e adultos que vivem com 
constante ansiedade, com medo de perder 
sua figura de ligação.
(B) No padrão de ligação ansioso, a pessoa não 
busca o amor dos outros.
(C) No padrão de ligação ansioso, as pessoas 
desmoronam por estresse e apresentam sin-
tomas psicossomáticos como depressão.
(D) O padrão de ligação ansioso está relaciona-
do a adolescentes e adultos que vivem em 
constante agitação e não conseguem estabe-
lecer vínculos.
(E) No padrão de ligação ansioso, as pessoas 
buscam o amor dos outros constantemente.
21. Sobre escuta especializada, assinale a alternati-
va correta.
(A) Escuta especializada é o procedimento de en-
trevista sobre situação de violação de direito 
com criança ou adolescente perante órgão de 
assistência social, limitando o relato estrita-
mente ao necessário para o cumprimentode 
sua finalidade.
(B) A escuta especializada é o procedimento rea-
lizado pelos órgãos da rede de proteção nos 
campos da educação, da saúde, da assistên-
cia social, da segurança pública e dos direi-
tos humanos, com o objetivo de assegurar o 
acompanhamento da vítima ou da testemu-
nha de violência, para a superação das con-
sequências da violação sofrida, limitado ao 
estritamente necessário para o cumprimento 
da finalidade de proteção social e de provi-
mento de cuidados.
(C) Escuta especializada é o procedimento de 
entrevista psicológica realizada em órgão de 
saúde nos casos de violência sexual.
(D) A questão principal que deve nortear a atua-
ção da rede protetiva, nesse momento, é des-
cobrir a verdade sobre o ocorrido e interrom-
per o ciclo de violências.
(E) A escuta especializada é feita pela rede prote-
tiva e para fins de proteção. A proteção depen-
de da existência de feito judicial em trâmite.
22. Sobre o depoimento especial, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Depoimento especial é o procedimento de 
oitiva de criança ou adolescente vítima ou 
testemunha de violência perante autoridade 
policial ou judiciária.
(B) Essa forma de escuta não tem o objetivo de 
colher provas em um procedimento adminis-
trativo (policial) ou processo judicial.
(C) Depoimento especial é o procedimento de 
oitiva de criança ou adolescente testemunha 
de violência perante autoridade policial ou 
judiciária.
(D) O depoimento especial deverá primar pela 
não revitimização, e, para isso, não serão 
considerados os limites etários e psicológi-
cos de desenvolvimento da criança ou do 
adolescente.
(E) Essa forma de escuta tem o objetivo de colher 
provas em um procedimento apenas judicial.
7
Psicólogo
23. Sobre o sistema de garantia de direitos da crian-
ça e do adolescente vítimas ou testemunhas de 
violência, assinale a alternativa incorreta.
(A) Reforça os direitos fundamentais de crianças 
e adolescentes.
(B) Assegura outros direitos específicos à con-
dição especial de vítima ou testemunha de 
violência.
(C) Fixa diretrizes que garantam que a escuta da 
criança e do adolescente em situação de vio-
lência transcorra de forma não revitimizante, 
tanto no âmbito protetivo quanto no sistema 
de Segurança e Justiça.
(D) Está relacionado ao ato de receber informa-
ção adequada, independentemente da idade, 
sobre seus direitos, inclusive sociais, serviços 
disponíveis, representação jurídica, medidas 
de proteção, reparação de danos e qualquer 
procedimento a que a pessoa submetida.
(E) A Lei busca garantir que as instituições do 
Sistema de Garantia de Direitos estejam pre-
paradas para prevenir e atuar de maneira efi-
ciente e eficaz diante da ocorrência das varia-
das formas de violência envolvendo crianças 
e adolescentes, especialmente nos casos de 
violência sexual, contribuindo para evitar uma 
atuação despreparada e que eventualmente 
possa se aprofundar e causar mais danos que 
a própria violência em si.
24. Sobre a violência sexual e o desenvolvimento in-
fantojuvenil, assinale a alternativa correta.
(A) O abuso sexual se constitui em fato único, 
não envolvendo uma sequência de fatos, e diz 
respeito apenas à conjunção carnal.
(B) É uma violência que acontece, em sua gran-
de maioria, fora de casa, envolvendo assim o 
contexto social e educacional.
(C) O abuso sexual é entendido como toda ação 
que se utiliza da criança ou do adolescente 
para fins sexuais, seja conjunção carnal ou 
outro ato libidinoso, realizado de modo pre-
sencial ou por meio eletrônico, para estimula-
ção sexual do agente ou de terceiros.
(D) Por ser uma violência que acontece, em sua 
grande maioria, dentro de casa, no âmbito 
privado e com testemunhas, o abuso sexual 
apresenta uma dimensão extremamente com-
plexa, que envolve o vínculo afetivo entre o(a) 
agressor(a) e a vítima.
(E) O abuso online é a manifestação do abuso 
sexual por meio da internet que ocorre espe-
cificamente com adolescentes.
25. Sobre o conceito de exploração sexual, assinale 
a afirmativa incorreta.
(A) A exploração sexual difere do abuso sexual.
(B) A exploração sexual de crianças e adolescen-
tes envolve necessariamente uma relação de 
valor, uma mercadoria, em que a criança e/
ou adolescente é envolvido em um sistema de 
compensação pela situação de violência.
(C) Não há relação entre a exploração sexual e a 
vulnerabilidade social, uma vez que os casos 
ocorrem em todas as classes sociais.
(D) Essa modalidade de violência se configura 
por ato que ocorre entre a vítima e o abusa-
dor, sem intermédio de terceiros.
(E) Envolve uma moeda de troca, que pode ser 
tanto dinheiro, como qualquer objeto com va-
lor ou mercadoria.
26. Sobre o conceito de pornografia infantil, assinale 
a alternativa correta.
(A) A pornografia infantil consiste nos atos de 
produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar 
ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo 
explícito ou pornográfica, envolvendo criança 
ou adolescente.
(B) Essa prática não considera abarcar a adultera-
ção, montagem ou modificação de fotografia, 
vídeo ou qualquer outra forma de representa-
ção visual, simulando a participação de crian-
ça ou adolescente em atos pornográficos.
(C) O alcance desse tipo de crime é fácil de men-
surar, pois tanto a presença dos aliciadores 
quanto a divulgação das imagens se faz, co-
mumente, via internet, o que torna o processo 
rastreável.
(D) Os impactos subjetivos da vivência dessa vio-
lência são identificados na terceira infância.
(E) Os impactos subjetivos dessa violência são 
sentidos apenas na adolescência após a pu-
berdade e início da vida sexual.
27. Bowlby apresenta algumas situações em que a 
parentalidade pode se tornar patológica, o que 
impacta no desenvolvimento infantil. Sobre esse 
aspecto, assinale a alternativa incorreta.
(A) Ausência persistente de resposta de um ou de 
ambos os pais.
(B) Descontinuidade da parentalidade, incluindo 
períodos em hospital ou instituição.
(C) Ameaças persistentes por parte dos pais de 
não a amar a criança.
(D) Adoção de crianças quando os filhos biológi-
cos são menores que 4 anos.
(E) Ameaças de cometer suicídio.
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Psicólogo
28. A Lei n. 8.069/1990, ou Estatuto da Criança e do 
Adolescente – ECA, completou 20 anos no iní-
cio da pandemia do COVID-19 no Brasil. No mo-
mento em que estudiosos e profissionais da área 
estavam prontos para refletir sobre os avanços e 
debilidades da lei, os olhos destes se voltaram ao 
respeito e integridade dessa população. A respei-
to do tema, assinale a alternativa correta.
(A) Os direitos fundamentais das crianças e ado-
lescentes divergem dos da população geral, e 
estão listados no ECA, apenas.
(B) Os direitos fundamentais das crianças e dos 
adolescentes são: vida e saúde; liberdade, 
respeito e dignidade; e convivência familiar 
e comunitária. Entretanto, não há direitos 
quanto à profissionalização e proteção no tra-
balho, uma vez que as crianças não podem 
trabalhar.
(C) O direito à vida inicia-se no momento da con-
cepção, em que o bebê passa a ser assistido 
pelo SUS e passa a ter sua saúde priorizada.
(D) Desde 2016, é obrigatória a vacinação das 
crianças nos casos recomendados pelas au-
toridades médicas.
(E) O direito à liberdade das crianças e adoles-
centes inclui brincar, divertir-se, participar de 
vida familiar e comunitária, participar da vida 
política, crença e culto religioso. O direito a 
refúgio, auxílio e orientação é restrito a adul-
tos, uma vez que esse público está em desen-
volvimento.
29. As medidas específicas de proteção à criança e 
ao adolescente estão previstas no Capítulo II do 
ECA, e podem ser aplicadas isoladas ou cumula-
tivamente. São princípios que regem a aplicação 
das medidas:
I) A intervenção deve atender prioritariamen-
te aos interesses e direitos da criança e do 
adolescente.
II) A promoção dos direitos e proteção da criança 
e do adolescente deve ser efetuada no respeito 
pela intimidade, direito à imagem e reserva da 
sua vida privada.
III) A intervenção das autoridadescompetentes 
deve ser efetuada logo que a situação de perigo 
seja conhecida, exercida exclusivamente pelas 
autoridades e instituições cuja ação seja indis-
pensável e deve ser a necessária e adequada à 
situação de perigo em que se encontram quando 
da tomada de decisão.
(A) Apenas a assertiva I está correta.
(B) I e II estão corretas, apenas.
(C) I e III estão corretas, apenas.
(D) II e III estão corretas, apenas.
(E) I, II e III estão corretas.
30. Jonathan tem 10 anos de idade e estava moran-
do na rua desde os 7 anos. Relata que fugiu de 
casa, pois estava com dificuldades em aprender 
a ler e a escrever. Sua mãe, que é analfabeta, 
pedia ao pai de Jonathan que lhe ensinasse o 
“bê-a-bá”, mas Wellington chegava em casa do 
trabalho sob efeito de álcool e outras drogas e 
logo perdia a paciência com Jonathan. “Você 
sabe como é, né? No começo me xingava de bur-
ro, jumento, demente, depois começou a me ba-
ter. Chegou um dia que, saindo da escola, e sem 
entender nada do que a professora tinha explica-
do, resolvi que não voltaria para casa. Estou nas 
ruas desde então. Aqui aprendi alguns números, 
das moedas e das notas, e algumas letras. Às 
vezes tenho fome, mas prefiro isso a voltar para 
a casa dos meus pais”. Em abordagem policial, 
Jonathan foi recolhido e levado à DCA. O juiz de 
plantão determinou o acolhimento institucional da 
criança, que está no Instituto São José há 8 me-
ses. A respeito do caso hipotético, julgue os itens 
e escolha a assertiva correta.
(A) O juiz de plantão agiu de forma precipitada e 
incorreta, uma vez que não houve omissão do 
Estado ou conduta inadequada da criança.
(B) Jonathan deverá ter passado por reavaliação 
realizada por equipe multiprofissional, pois en-
contra-se na instituição há mais de 6 meses.
(C) Jonathan, assim como as outras crianças do 
Instituto, deverão lá permanecer até comple-
tarem a maioridade penal.
(D) A criança deve ser colocada para adoção ime-
diatamente, uma vez que seus pais não têm 
condições de educá-lo.
(E) Uma vez que Jonathan tem menos de 12 
anos, ele não precisa ser ouvido por autorida-
des judiciais ou equipe multiprofissional, uma 
vez que não compreende os termos jurídicos 
ou as consequências de seus atos.
9
Psicólogo
31. Ainda sobre o caso hipotético de Jonathan, ana-
lise as assertivas a seguir e assinale a alternati-
va correta.
I) Para que Jonathan seja colocado em família 
substituta, deverá haver preparação gradativa e 
acompanhamento posterior pela equipe psicos-
social do TJSP.
II) Caso Jonathan seja adotado, seus pais per-
dem o direito de visitá-lo.
III) Uma pessoa ou casal cadastrado no progra-
ma de acolhimento familiar poderá receber Jona-
than mediante guarda.
(A) Somente a assertiva I está correta.
(B) Somente a assertiva III está correta.
(C) As assertivas I e II estão corretas.
(D) As assertivas I e III estão corretas.
(E) Todas as assertivas estão corretas.
32. A Lei n. 13.431/2017 foi publicada no intuito de 
estabelecer um sistema que garanta os direitos 
de crianças e adolescentes vítimas, ou testemu-
nhas, de violência. Sobre o procedimento a ser 
utilizado, a lei diferencia depoimento especial de 
escuta especializada. A respeito desse tema, es-
colha a alternativa INCORRETA.
(A) O depoimento especial é um procedimento 
de oitiva realizada por autoridade judiciária ou 
policial que segue protocolo que inclui grava-
ção em áudio e vídeo.
(B) A escuta especializada restringe-se ao relato 
do estritamente necessário, e é realizada por 
órgão de proteção.
(C) Tanto a escuta especializada quanto o de-
poimento especial podem ser realizados em 
local de escolha da criança ou adolescentes, 
em respeito à sua autonomia e pleno desen-
volvimento.
(D) O depoimento especial será transmitido ao 
vivo para sala de audiência. Após o procedi-
mento técnico, Ministério Público e Defesa 
podem solicitar perguntas complementares.
(E) No depoimento especial, é proibida a leitura 
da denúncia ou de outras peças processuais.
33. Ainda sobre a Lei n. 13.431/2017, cabe apontar 
que esta tem gerado controvérsias entre profis-
sionais da área. Sobre o tema, assinale a alter-
nativa correta.
(A) A lei, antes de ser publicada, foi amplamen-
te discutida com profissionais da área e seus 
conselhos de classe.
(B) Um dos motivos de controvérsia é que a lei 
prevê que podem ser realizadas quantas oiti-
vas sejam necessárias.
(C) Dever e direito de fala das crianças se mis-
turam, e por isso este não é um dos temas 
controversos sobre a lei.
(D) O papel do psicólogo no depoimento especial 
está claro, e não tem sido objeto de discus-
são, uma vez que são os profissionais mais 
capacitados para aplicar a metodologia.
(E) A obtenção de provas, em que a fala da crian-
ça ou adolescente protagonizam no depoi-
mento especial, e em que há o dano causado 
a essas pessoas, deixa de estar em foco, e 
é uma das principais críticas à nova legisla-
ção, e levou o Conselho Federal de Psicolo-
gia a se posicionar contrariamente à legisla-
ção em voga.
34. O depoimento especial foi criado devido às difi-
culdades enfrentadas pela Justiça na realização 
de oitivas com crianças e adolescentes vítimas 
de violência. A respeito do tema, julgue os itens a 
seguir e assinale a alternativa correta.
I) É necessário treinamento e capacitação espe-
cífica para atuar como entrevistador em depoi-
mento especial.
II) Na aplicação da técnica do depoimento espe-
cial, não é necessário se ater à fase de desenvol-
vimento da pessoa vítima de violência.
III) O NICHD tem como pilares memória, suges-
tionabilidade e efeitos de estresse e trauma, e 
por isso é o protocolo mais utilizado e estuda-
do no mundo para realização de depoimento 
sem danos.
IV) O depoimento especial traz à tona necessi-
dade de interdisciplinaridade no atendimento em 
situações de violência e no cotidiano de trabalho 
com operadores do direito.
(A) I e II estão corretas, somente.
(B) I e III estão corretas, somente.
(C) I e IV estão corretas, somente.
(D) I, II, III estão corretas, somente.
(E) I, III e IV estão corretas, somente.
10
Psicólogo
35. A justiça restaurativa foi implementada pela re-
solução n. 225 de 31/05/2016, pelo Conselho 
Nacional da Justiça. O TJSP aponta que ela é 
“constituída de um conjunto de princípios, mé-
todos, técnicas e atividades próprias, que visa 
à conscientização sobre os fatores relacionais, 
institucionais e sociais motivadores de conflitos 
e violência, e por meio do qual os conflitos que 
geram dano” (Justiça Restaurativa: tjsp.jus.br). A 
respeito do tema, julgue os itens abaixo e esco-
lha a assertiva correta.
(A) O Tribunal do Estado de São Paulo foi um 
dos últimos estados a normatizar o tema. 
Apesar disso, sua atuação tem sido referên-
cia no país.
(B) Os danos, sejam eles concretos ou abstratos, 
gerados pelos conflitos buscam ser soluciona-
dos com a participação do ofensor e vítima ou 
familiares. A intervenção acontece de maneira 
livre e espontânea, em que os facilitadores in-
tervêm o mínimo possível.
(C) A justiça restaurativa é compreendida como 
instrumento de transformação social que 
atua nas dimensões relacional, institucio-
nal e social.
(D) A dimensão relacional busca a participação 
de toda a comunidade, para que todos pos-
sam garantir suporte à justiça restaurativa 
como política e difundir valores e princípios 
restaurativos por toda a sociedade.
(E) A dimensão institucional remete às transfor-
mações internas daqueles que participam 
das intervenções da Justiça Restaurativa, em 
que há a construção de responsabilidades e 
corresponsabilidades individuais e coletivas, 
coordenadas por facilitadores devidamente 
capacitados a tanto.
36. A Justiça costuma ser representada por uma mu-
lher cega que carrega uma balança. Com essa 
representação, expressamos que diferenças in-
dividuais, como idade, gênero e raça não são re-
levantes para a aplicação da lei, mas o equilíbrio 
da balança. Entretanto, socialmente percebemos 
que a população percebe a Justiça como distan-
te. No intuito de aproximar-seda população, in-
tervenções têm sido realizadas nas escolas do 
Estado de São Paulo. Sobre o tema, julgue os 
itens abaixo e escolha a alternativa correta.
(A) A Justiça realizou parceria com a educação 
no intuito de andarem “de mãos dadas”, uma 
vez que uma das maiores preocupações da 
população é a violência. Esta se faz presente 
nas diversas instituições, como as escolas.
(B) Apesar da parceria estabelecida, a justiça res-
taurativa não ocupa um lugar de relevância, 
uma vez que apenas a justiça retributiva é re-
conhecida como imparcial.
(C) A colaboração entre justiça e educação não 
tem sido percebida como viável, uma vez 
que não conseguem reverter a degradação 
de valores.
(D) A transformação proposta pela justiça restau-
rativa foca-se no âmbito individual e na res-
tauração da ordem.
(E) A justiça restaurativa resolve a questão do 
que é justo e de como é uma escola justa, a 
partir de uma metodologia ativa na resolução 
de conflitos.
11
Psicólogo
37. Sobre a atuação da(o) psicóloga(o) como pe-
rito no Poder Judiciário, assinale a alternativa 
INCORRETA:
(A) O psicólogo perito é profissional designado 
para assessorar a Justiça no limite de suas 
atribuições e, portanto, deve exercer tal fun-
ção com isenção em relação às partes en-
volvidas e comprometimento ético para emitir 
posicionamento de sua competência teórico-
-técnica, a qual subsidiará a decisão judicial.
(B) Na conclusão de seu relatório, o psicólogo pe-
rito deverá apresentar uma decisão sobre o 
tema analisado, sendo que esta pode ou não 
ser seguida pelo Juiz, que tem a palavra final 
sobre o veredito.
(C) O psicólogo, no relacionamento com profis-
sionais não psicólogos, compartilhará so-
mente informações relevantes para qualificar 
o serviço prestado, resguardando o caráter 
confidencial das comunicações, assinalando 
a responsabilidade, de quem as receber, de 
preservar o sigilo.
(D) O perito poderá, para realizar seu trabalho, 
utilizar-se de observações, entrevistas, visi-
tas domiciliares e institucionais, aplicação de 
testes psicológicos, utilização de recursos lú-
dicos e outros instrumentos, métodos e técni-
cas reconhecidas pelo Conselho Federal de 
Psicologia.
(E) O juiz será assistido por psicólogo perito por 
ele nomeado, quando a prova do fato depen-
der de conhecimento técnico ou científico.
38. Sobre a entrevista psicológica, segundo Bleger, é 
CORRETO afirmar:
(A) A entrevista psicológica, por ser um instru-
mento subjetivo de coleta de informações, 
não pode ser considerada um método cientí-
fico, sendo necessária a validação dos dados 
com a aplicação de testes, por exemplo.
(B) O objetivo da entrevista psicológica é obter 
dados completos da vida total do entrevista-
do, uma síntese tanto da situação presente 
como da história de um indivíduo, de sua do-
ença e de sua saúde.
(C) A entrevista psicológica é um instrumen-
to metodológico exclusivo de psicólogos e 
psiquiatras.
(D) Em todos os casos, a entrevista é sempre um 
fenômeno grupal, já que mesmo com a parti-
cipação de um só entrevistado, sua relação 
com o entrevistador deve ser considerada em 
função da psicologia e da dinâmica de grupo.
(E) A entrevista psicológica e a anamnese são o 
mesmo instrumento metodológico de obten-
ção de informações sobre o indivíduo.
39. Bleger (2003) define a entrevista psicológica 
como “uma relação, com características particu-
lares, que se estabelece entre duas ou mais pes-
soas. O específico ou particular dessa relação re-
side em que um dos integrantes é um técnico da 
psicologia, que deve atuar nesse papel, e o outro 
– ou os outros – necessita de sua intervenção 
técnica” (p. 6 e 7). Com base na citação acima e 
em conhecimentos sobre entrevista psicológica, 
assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A utilização do termo técnico da psicologia 
indica que Bleger considera que a entrevista 
psicológica é um instrumento fundamental de 
trabalho não somente para o psicólogo, como 
também para outros profissionais, tais como 
o psiquiatra, o assistente social, o sociólogo, 
entre outros.
(B) O técnico não só utiliza a entrevista para apli-
car seus conhecimentos psicológicos no en-
trevistado, como também essa aplicação se 
produz precisamente através de seu próprio 
comportamento no decorrer da entrevista.
(C) A entrevista psicológica depende da capaci-
dade técnica do entrevistador (seu conheci-
mento) e também da "arte da entrevista", uma 
sensibilidade própria necessária ao entrevis-
tador, já que é impossível sistematizar as vari-
áveis presentes na entrevista.
(D) A entrevista psicológica consiste em uma rela-
ção humana na qual um dos integrantes deve 
procurar saber o que está acontecendo (técni-
co) e deve atuar segundo esse conhecimento, 
para atingir o objetivo da entrevista (investiga-
ção, diagnóstico, orientação, entre outros).
(E) Bleger afirma que a teoria da entrevista foi 
enormemente influenciada por conhecimen-
tos provenientes da psicanálise, da Gestalt, 
da topologia e do behaviorismo.
40. Considerando o lugar do saber psicológico 
na instituição judiciária, analise as seguintes 
afirmativas:
I) A Psicologia, no contexto da justiça, tem como 
única função subsidiar tecnicamente o magistra-
do em sua tomada de decisão.
II) Para Foucault, emerge como uma disciplina 
que legitima a norma e a manutenção das rela-
ções de poder.
III) O saber psicológico, na instituição judiciária, 
atua em uma relação de subordinação ao Direito.
(A) Todas as afirmativas estão corretas.
(B) Somente as afirmativas I e II estão corretas
(C) Somente as alternativas I e III estão corretas.
(D) Somente a alternativa II está correta.
(E) Todas as afirmativas estão incorretas.
12
Psicólogo
41. A prática da avaliação psicológica no contexto da 
instituição judiciária visa:
(A) atender a uma demanda específica. Na perícia 
de criança, adolescente ou interdito, a autori-
zação dos responsáveis legais pode ser supri-
mida, caso haja uma determinação judicial.
(B) responder demandas gerais do avaliado, por 
meio da aplicação de testes psicológicos (re-
conhecidos pela ciência psicológica). O uso 
de testes tem como objetivo reduzir os ques-
tionamentos e o número crescente de repre-
sentações referentes ao trabalho realizado 
pelo psicólogo no contexto do Poder Judici-
ário, por constituir-se de instrumento padroni-
zado e científico, diferentemente, por exem-
plo, da entrevista psicológica.
(C) a produção de pareceres que estabelecem 
decisões que devem ser homologadas pelo 
juiz. Caso seja questionado, o juiz deve de-
terminar nova avaliação, por outro perito, utili-
zando-se do mesmo instrumental.
(D) no âmbito prisional, participar de procedimen-
tos que envolvam práticas de caráter punitivo 
e disciplinar, em função da apuração de faltas 
disciplinares.
(E) atuar sem prejuízo do princípio da autonomia 
teórico-técnica e ético-profissional. Para esse 
propósito, o periciando não deve ser informa-
do dos motivos e das técnicas utilizadas, para 
não comprometer a veracidade das informa-
ções coletadas.
42. Sobre o Estatuto do Idoso, assinale a alternati-
va CORRETA.
(A) Os direitos fundamentais do idoso estão lis-
tados no Estatuto do Idoso e divergem dos 
direitos da população geral.
(B) É obrigação exclusiva da família e do Poder 
Público assegurar ao idoso, com absoluta 
prioridade, a efetivação do direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, 
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, 
à liberdade, à dignidade, ao respeito e à con-
vivência familiar e comunitária.
(C) Dentre os idosos, é assegurada priorida-
de especial aos maiores de setenta e cinco 
anos, atendendo-se suas necessidades sem-
pre preferencialmente em relação aos de-
mais idosos. 
(D) É obrigação do Estado e da família assegu-
rar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a 
dignidade, como pessoa humana e sujeito de 
direitos civis, políticos, individuais e sociais, 
garantidos na Constituição e nas leis.
(E) É obrigação do Estado garantir à pessoa 
idosa a proteção à vida e à saúde,median-
te efetivação de políticas sociais públicas que 
permitam um envelhecimento saudável e em 
condições de dignidade.
43. Entre as diversas formas de violência, a violência 
doméstica se apresenta como uma questão so-
cialmente sensível, demandando cada vez mais 
a participação efetiva da sociedade e do poder 
público para modificar uma realidade vergonhosa 
do cotidiano brasileiro. Sobre a violência domés-
tica, é CORRETO afirmar que:
(A) Iniciativas como a Lei Maria da Penha, ape-
sar de constituírem um avanço do ponto de 
vista legal/jurídico, não são capazes de pro-
mover mudanças efetivas nas relações entre 
homens e mulheres, porque as leis não têm 
poder sobre as construções culturais.
(B) A violência doméstica se beneficia do silêncio, 
da invisibilidade, da noção de privacidade. A 
participação efetiva da sociedade no combate 
e no debate público e político sobre as rela-
ções de violência visa oferecer um lugar de 
acolhimento às vítimas, sem julgamento so-
bre o seu comportamento.
(C) Quando falamos em violência doméstica con-
tra a mulher, questões como liberdade de ir 
e vir, autonomia financeira, direitos sexuais 
e reprodutivos não são considerados, por-
que constituem formas não agressivas de 
violência.
(D) Ao não denunciar a violência doméstica ou ao 
retirar a queixa contra o agressor, a mulher 
passa da posição de vítima para a de cúmpli-
ce, contribuindo para a perpetuação do ciclo 
da violência.
(E) A lógica da relação de poder que se estabele-
ce na violência doméstica fundamenta-se em 
um domínio concreto, baseado em condições 
socioeconômicas, de modo que o simbólico 
da dominação visa ressignificar este domínio, 
mas não lhe atribuir um caráter de verdade.
44. Considerando a Resolução CFP 06/2019, o do-
cumento resultante de um processo de avaliação 
psicológica, com finalidade de subsidiar decisões 
relacionadas ao contexto em que surgiu a de-
manda, denomina-se:
(A) declaração.
(B) atestado psicológico.
(C) relatório.
(D) laudo psicológico.
(E) parecer psicológico.
13
Psicólogo
45. A Resolução CFP 06/2019 traz orientações sobre 
a elaboração de documentos escritos produzidos 
pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional. De 
acordo com o que traz a referida resolução, assi-
nale a alternativa CORRETA sobre documentos 
psicológicos.
(A) O parecer psicológico não é um documento 
resultante do processo de avaliação psicoló-
gica ou de intervenção psicológica.
(B) O registro de sintomas, situações ou estados 
psicológicos é obrigatório na Declaração.
(C) O atestado psicológico não pode ser utiliza-
do para justificar afastamento do trabalho, a 
não ser que seja homologado por um Médico 
do Trabalho.
(D) Em situações nas quais a(o) psicóloga(o) 
compõe equipe multiprofissional, o laudo psi-
cológico não pode ser utilizado.
(E) O relatório psicológico tem como finalidade 
produzir diagnóstico psicológico a partir da 
atuação profissional da(o) psicóloga(o) em di-
ferentes processos de trabalho.
46. A adolescente Alice, de 17 anos, encontra-se 
cumprindo medida socioeducativa de privação 
de liberdade (internação). Ela tem um bebê de 3 
meses, que nasceu durante o período da interna-
ção. Nessa situação, de acordo com o SINASE, 
é CORRETO afirmar que:
(A) a informação sobre a situação da mãe deve 
constar do registro de nascimento da criança.
(B) será autorizado um período máximo de 6 
meses para que a criança permaneça com 
a mãe, para que seja possível a garantia da 
amamentação à criança.
(C) a criança só poderá visitar a mãe após com-
pletar 1 ano de nascida.
(D) há atendimento garantido em creche e pré-
-escola aos filhos de 0 (zero) a 5 (cinco) anos.
(E) a medida deve ser declara extinta, a partir da 
identificação da gravidez da adolescente.
47. Sobre as medidas socioeducativas aplicadas a 
adolescente em conflito com a Lei, assinale a al-
ternativa INCORRETA.
(A) A internação provisória (antes da sentença) 
pode ser determinada pelo prazo máximo de 
sessenta dias.
(B) As medidas socioeducativas previstas no 
ECA são: advertência; obrigação de reparar 
o dano; prestação de serviço à comunidade, 
liberdade assistida; semiliberdade; e interna-
ção em estabelecimento educacional.
(C) A prestação de serviços à comunidade deve 
ter duração máxima de 8 horas semanais, 
podendo ocorrer aos sábados, domingos 
e feriados.
(D) A medida de internação deve levar em con-
sideração os princípios de brevidade, excep-
cionalidade e respeito à condição peculiar 
do adolescente enquanto pessoa em desen-
volvimento.
(E) São direitos do adolescente em privação de 
liberdade, entre outros: peticionar diretamen-
te a qualquer autoridade; receber visitas, ao 
menos, semanalmente; corresponder-se com 
seus familiares e amigos; receber escolariza-
ção e profissionalização; realizar atividades 
culturais, esportivas e de lazer; receber as-
sistência religiosa, segundo a sua crença, e 
desde que assim o deseje.
48. O enfrentamento das desigualdades sociais pas-
sa pelo reconhecimento das diferenças e pela va-
lorização das capacidades dos indivíduos. Com a 
Lei n. 13.146/2015, conhecida como Estatuto da 
Pessoa com Deficiência, estabelecem-se princí-
pios de igualdade, proteção e garantia de direitos 
para a pessoa com deficiência, entre as quais é 
CORRETO afirmar:
(A) Toda pessoa com deficiência tem direito à 
igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas, considerando as limitações impos-
tas pela sua deficiência.
(B) A deficiência não afeta a plena capacidade 
civil da pessoa, exceto para o exercício de di-
reitos à fertilidade, não estando habilitada a 
participar de programas de fertilização e re-
produção humana.
(C) Compete ao poder público garantir a digni-
dade da pessoa com deficiência ao longo de 
toda a vida.
(D) A avaliação da deficiência, quando necessá-
ria, será realizada por médico perito, de acor-
do com os critérios estabelecidos no Catálogo 
Internacional de Doenças (CID).
(E) A pessoa com deficiência está obrigada à 
fruição de benefícios decorrentes de ação 
afirmativa.
14
Psicólogo
49. De acordo com o Código de Ética do Psicólogo 
(Resolução CFP 10/2005), são deveres funda-
mentais da(o) psicóloga(o), EXCETO:
(A) prestar serviços profissionais em situações de 
calamidade pública ou de emergência, sem 
visar benefício pessoal.
(B) informar, a quem de direito, todos os resulta-
dos decorrentes da prestação de serviços psi-
cológicos, por meio de relatório psicológico.
(C) assumir responsabilidades profissionais so-
mente por atividades para as quais esteja ca-
pacitado pessoal, teórica e tecnicamente.
(D) sugerir serviços de outros psicólogos, sempre 
que, por motivos justificáveis, não puderem 
ser continuados pelo profissional que os assu-
miu inicialmente, fornecendo ao seu substitu-
to as informações necessárias à continuidade 
do trabalho.
(E) levar ao conhecimento das instâncias compe-
tentes o exercício ilegal ou irregular da pro-
fissão, transgressões a princípios e diretrizes 
desse Código ou da legislação profissional.
50. Sobre o Código de Ética do Psicólogo (Resolu-
ção CFP 10/2005), é correto afirmar que:
(A) ao psicólogo que atua em serviços de saúde 
é vedada a participação em greves ou pa-
ralisações.
(B) o psicólogo, no relacionamento com profis-
sionais não psicólogos, não fará registro de 
informações em relatório multiprofissional, 
como forma de assegurar o sigilo e a confi-
dencialidade das informações.
(C) o psicólogo poderá ser perito, avaliador ou pa-
recerista em situações nas quais possua vín-
culos profissionais atuais com a parte, desde 
que encerre este vínculo para assumir a nova 
atividade.
(D) ao psicólogo é vedado receber, pagar remu-
neração ou porcentagem por encaminhamen-
to de serviços.
(E) ao psicólogo é vedado realizar atendimento 
não eventual de criança, adolescente ou inter-
dito, sem obter a autorização formal de ambos 
os pais ou responsáveis, observadas as de-
terminações da legislação vigente.
51. O documento Relações Raciais: Referências 
Técnicas para a Prática da(o)Psicóloga(o), ela-
borado pelo Conselho Federal de Psicologia no 
âmbito do Centro de Referência Técnica em Psi-
cologia e Políticas Públicas (Crepop), representa 
o compromisso e um posicionamento da Psicolo-
gia diante das diversas formas de discriminação. 
Com base no referido documento, assinale a al-
ternativa CORRETA.
(A) O racismo é uma construção sócio-histórica 
de dominação pautada na presunção de que 
existem raças superiores e inferiores, basea-
do em uma ideologia que afeta as relações 
interpessoais, mas que hoje, por conta de po-
líticas afirmativas, tem menos impacto social 
do que a desigualdade de renda.
(B) O fortalecimento do pertencimento e da iden-
tidade negra, que surge como efeito psicosso-
cial do racismo, apesar de bem-intencionado, 
acaba contribuindo para uma cisão social e 
o aumento das tensões entre pessoas ne-
gras e brancas. A superação do racismo é 
a única forma de atingirmos uma sociedade 
harmoniosa.
(C) O racismo reverso acontece quando uma pes-
soa branca é discriminada pelo simples fato 
de ser branco, expondo um preconceito que 
muitas vezes não é admitido no Brasil.
(D) A resolução do CFP n. 18/2002 é um marco 
no combate à discriminação racial, estabele-
cendo que é vedado ao psicólogo falar sobre 
racismo na sua atuação profissional.
(E) Um dos efeitos psicossociais possíveis do ra-
cismo é a negação da discriminação sofrida, 
como forma de garantir certa integridade psí-
quica e intersubjetiva à vítima.
52. Sobre os aspectos psicossociais do fenômeno da 
violência, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A violência contra a mulher é uma forma 
específica de violência estabelecida social-
mente sobre a concepção de que a mulher é 
“propriedade do homem”, de modo que lhe é 
“legitimado” o direito sobre o seu corpo, sua 
liberdade, suas escolhas e sobre sua vida. O 
enfrentamento desse tipo de violência passa 
por mudanças profundas nas relações de gê-
nero, na eliminação de concepções segrega-
das e discriminadoras associadas ao masculi-
no/masculinidade e ao feminino/feminilidade, 
a promoção da igualdade e valorização das 
diferenças.
(B) Cada sociedade tem a sua própria concep-
ção sobre violência, porque ela é um produto 
de seu meio. Portanto, não é possível definir 
violência sem caracterizá-la socialmente, pois 
ela se nutre de fatos políticos, econômicos e 
15
Psicólogo
culturais traduzidos nas relações cotidianas. 
Mesmo que atos de violência estejam presen-
tes universalmente, eles não são percebidos 
da mesma maneira, tendo representações e 
significados distintos em cada contexto.
(C) A teoria da aprendizagem social de Bandu-
ra afirma que aprendemos comportamentos 
sociais através da observação e imitação; 
somos recompensados e punidos por estes 
comportamentos. No caso da violência, com-
portamentos comumente percebidos como 
inapropriados podem ser “permitidos” caso 
haja um modelo que os legitime. É o caso da 
“violência que gera violência”.
(D) A violência contra minorias (mulheres, negros, 
homossexuais, por exemplo) é um fenômeno 
comum na nossa sociedade. Leis e ações so-
ciais que visam punir e dar maior visibilidade à 
violência praticada contra estas minorias têm 
enfrentado resistência dentro da sociedade, 
por se tratar de políticas segregacionistas e 
que criminalizam o livre pensar.
(E) A violência é um ato consciente e delibera-
do, no qual, em uma situação de interação 
social, um ou vários atores agem de maneira 
direta ou indireta, causando danos a uma ou 
várias pessoas, em sua integridade física, em 
sua integridade moral, em suas posses, ou 
em suas participações simbólicas e culturais. 
Há intenção no agir violento, que se consti-
tui socialmente como instrumento de domínio 
e opressão.
BLOCO III
CONHECIMENTOS GERAIS
ATUALIDADES
OTONIEL LINHARES
53. O Talibã retomou o poder do Afeganistão 20 anos 
depois que eles foram derrubados pelas tropas 
norte-americanas que invadiram o país em 2001. 
A retomada do poder pelo Talibã se iniciou com 
o anúncio do governo norte-americano de que as 
tropas dos Estados Unidos abandonariam o país.
Fonte: Uol Notícias (2021).
A respeito do retorno do Talibã ao poder, é corre-
to afirmar que
(A) minorias étnicas e religiosas e mulheres são 
os grupos que mais sofrem com o Talibã.
(B) países como Rússia e China não têm interes-
se em negociar diplomaticamente com os fun-
damentalistas.
(C) agosto de 2021 ficou marcado como o dia em 
que o Talibã perdeu o controle sobre Cabul, 
capital do Afeganistão.
(D) o Talibã nunca controlou algumas províncias 
afegãs, mas, em agosto, a campanha militar 
do grupo se intensificou.
(E) analistas apontavam que a retirada das tro-
pas norte-americanas do Afeganistão pode-
ria resultar em um retorno do Talibã ao poder 
afegão e foi exatamente o que não aconte-
ceu, pois o grupo que assumiu o poder foi 
a Al-Qaeda.
54. Foram 229 votos a favor da mudança da urna 
eletrônica, 218 contra e 1 abstenção. Embora o 
placar tenha sido levemente favorável à PEC, o 
resultado ficou bem distante do necessário para 
aprovar a medida. Por se tratar de uma tentativa 
de alteração da Constituição, era preciso ao me-
nos 308 deputados a favor para que a proposta 
seguisse tramitando no Congresso.
Fonte:< www.bbcbrasil.com>. Agosto de 2021.
Utilizando o fragmento como referência, marque 
o item correto.
(A) A proposta do voto impresso nunca foi uma 
bandeira de Bolsonaro.
(B) A PEC foi analisada no plenário da Câmara 
após ter sido aprovada na comissão especial 
criada para analisar a proposta.
(C) Bolsonaro continua com seu discurso de con-
testação à segurança das urnas eletrônicas.
(D) O próprio presidente da República indicou 
que desistirá do assunto.
(E) O voto impresso se tornou uma união entre o 
Palácio do Planalto e o Poder Judiciário.
16
Psicólogo
55. O Brasil poderá ter uma nova unidade da fede-
ração com a criação do estado de Tapajós, que 
surgiria da divisão do Pará. O projeto de lei sobre 
o tema está na pauta do Senado.
Fonte: Uol Notícias. Novembro de 2021.
Sobre a proposta de criação de uma nova unida-
de da federação, marque o item correto.
(A) Para de fato ocorrer – a criação do estado de 
Tapajós –, é necessária apenas a consulta à 
população.
(B) O governo do Pará é a favor a divisão e 
afirma que o novo estado consegue ser in-
dependente.
(C) A divisão do Pará é um tema tranquilo que 
vem sendo discutido desde os anos 1940.
(D) Em 2011, ocorreu um plebiscito para consul-
tar se a população era favorável à divisão do 
estado em três: Pará, Tapajós e Carajás. A 
confirmação da rejeição veio nas urnas.
(E) A Constituição rege que a criação de novos 
estados só pode ocorrer mediante medida 
provisória.
DEVERES DOS SERVIDORES 
PÚBLICOS
RODRIGO CARDOSO
56. Levando em consideração as disposições da Lei 
n. 10.261/1968, analise as assertivas abaixo.
I – A responsabilidade administrativa exime o fun-
cionário da responsabilidade civil ou criminal. 
Do mesmo modo, o pagamento da indenização 
a que ficar obrigado afasta a responsabilidade 
administrativa.
II – A autoridade que aplicar a pena de suspensão 
poderá converter essa penalidade em multa, 
na base de cinquenta por cento por dia de ven-
cimento ou remuneração, sendo o funcionário, 
nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
III – Será reintegrado ao serviço público o servidor 
que for absolvido pela Justiça, mediante sim-
ples comprovação do trânsito em julgado de 
decisão que negue a existência de sua autoria 
ou do fato que deu origem à sua demissão.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas II e III.
(E) Apenas I e II.
57. A Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 
8.429/1992) foi um diploma legal criado para 
atender aos anseios da sociedade que clamava 
por uma maior punição aos danos sofridos pelo 
erário motivados por interesses pessoais ou de 
grupo. Nesse sentido, é correto afirmar que
(A) o mero exercício da função ou desempenho 
de competências públicas, sem comprovação 
de ato doloso com fim ilícito,afasta a res-
ponsabilidade por ato de improbidade admi-
nistrativa. 
(B) se houver indícios de ato de improbidade, a 
autoridade que conhecer dos fatos represen-
tará ao delegado de polícia competente, para 
as providências necessárias.
(C) os herdeiros daquele que que se enriquecer 
ilicitamente estão sujeitos à obrigação de re-
parar o dano integralmente.
(D) constitui ato de improbidade administrativa 
que causa prejuízo ao erário perceber van-
tagem econômica para intermediar a libera-
ção ou aplicação de verba pública de qual-
quer natureza.
(E) constitui ato de improbidade administrativa 
que gera enriquecimento ilícito revelar ou per-
mitir que chegue ao conhecimento de terceiro, 
antes da respectiva divulgação oficial, teor de 
medida política ou econômica capaz de afetar 
o preço de mercadoria, bem ou serviço.
17
Psicólogo
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
FABRÍCIO MELO
58. No Windows 10, é possível acessar a sua nova 
Área de Transferência por meio da combinação 
de teclas:
(A) WINDOWS+A
(B) WINDOWS+C
(C) WINDOWS+D
(D) WINDOWS+G
(E) WINDOWS+V
59. Considere que Luciano tenha enviado um e-mail 
com sucesso PARA: CARLOS@GRAN.COM.
BR CC: ROBERTO@GRAN.COM.BR CCO: MA-
RIA@GRAN.COM.BR ASSUNTO: WALTER@
GRAN.COM.BR. A quantidade de pessoas que 
receberão o e-mail é:
(A) 0.
(B) 1.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.
60. No MS-EXCEL 2016, considere a seguinte plani-
lha, ilustrada a seguir:
A fórmula =MÉDIA(A2;B3), inserida com sucesso 
na célula C1, irá retornar como resultado:
(A) 3
(B) 2
(C) 1
(D) 0
(E) 3,25
RACIOCÍNIO LÓGICO
THIAGO FERNANDO
61. Assinale a alternativa que indica uma sentença 
que NÃO pode ser considerada uma proposição.
(A) Bruna é graduada em medicina.
(B) Joana, apague a luz antes de dormir.
(C) A cortina de Josefa é azul.
(D) Nenhum policial é formado em engenharia.
(E) O meu pai é chinês.
62. Uma negação lógica para a proposição: “Nos fi-
nais de semana, todas os cachorros latem” é:
(A) No final de semana, algum cachorro não late.
(B) No final de semana, algum cachorro late.
(C) No final de semana, nenhum cachorro late.
(D) Nos dias úteis, algum cachorro não late.
(E) Nos dias úteis, nenhum cachorro late.
63. Uma equivalência lógica para a proposição: “Se 
Joaquim não toma café da manhã, então ele não 
sai para pedalar” é:
(A) Joaquim não tomou café da manhã e não saiu 
para pedalar.
(B) Joaquim tomou café da manhã e não saiu 
para pedalar.
(C) Joaquim não tomou café da manhã ou saiu 
para pedalar.
(D) Se Joaquim toma café da manhã, então ele 
sai para pedalar.
(E) Se Joaquim saiu para pedalar, então ele to-
mou café da manhã.
64. Assinale a alternativa que apresenta a nega-
ção lógica da sentença: “Ester bebe cerveja 
ou vinho” é:
(A) Ester não bebe cerveja ou não bebe vinho.
(B) Se Ester não bebe cerveja, então ela 
bebe vinho.
(C) Ester bebe cerveja, se, e somente se, não 
bebe vinho.
(D) Ester não bebe cerveja nem vinho.
(E) Ester bebe cerveja, mas não bebe vinho.
65. Considere a seguinte sequência: {0, 1, 3, 6, 10, 
15}. Seguindo a lógica de formação observada, o 
próximo termo é:
(A) 18.
(B) 20.
(C) 21.
(D) 24.
(E) 25.
66. Um delegado interrogou quatro suspeitos de um 
crime: Ana, Bruno, Joaquim e Henrique, e sabe 
que somente um deles falou a verdade no seu 
depoimento.
Ana: fui eu.
Bruno: não fui eu.
Henrique: não fui eu.
Joaquim: foi Henrique.
Com base nessas informações, é possível con-
cluir que o autor do crime foi:
(A) Ana.
(B) Bruno.
(C) Henrique.
(D) Joaquim.
(E) Não é possível concluir quem foi o real au-
tor do crime.
18
Psicólogo
MATEMÁTICA
THIAGO FERNANDO
67. Em uma equipe de analistas judiciários, 32 deles 
despacham processos da área civil e 27 despa-
cham processos da área empresarial. Sabe-se, 
ainda, que 15 analistas judiciários despacham 
processos das duas áreas. Desse modo, o nú-
mero de analistas judiciários presentes nes-
sa equipe é:
(A) 44.
(B) 56.
(C) 64.
(D) 72.
(E) 89.
68. Seis analistas trabalhando 4 horas por dia são 
capazes de concluir 12 processos. Com o fim das 
restrições, a equipe presencial foi amentada para 
8 analistas trabalhando 6 horas por dia. Assim, 
eles serão capazes de concluir:
(A) 48 processos.
(B) 40 processos.
(C) 32 processos.
(D) 24 processos.
(E) 16 processos.
69. Em um país hipotético, a renda média e as popu-
lações dos seus 5 estados é:
Estado População Renda
A 50.000 R$3.000
B 120.000 R$2.500
C 180.000 R$3.000
D 80.000 R$6.000
E 70.000 R$4.000
A renda média do país é:
(A) R$2.900
(B) R$3.100
(C) R$3.200
(D) R$3.400
(E) R$3.500
70. O preço de um produto foi aumentado em 10% 
devido ao aumento do custo de venda dos fabri-
cantes. A seguir, o preço desse mesmo produto 
foi aumentado em 15%. Então, o vendedor resol-
veu fazer uma promoção e retornar o preço do 
produto ao original. Com isso, ele deve reduzir o 
preço do produto em aproximadamente:
(A) 20,9%
(B) 22,5%
(C) 25,0%
(D) 26,5%
(E) 28,0%
19
Psicólogo
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D B E D A B A C C B
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D B C A C D C C C A
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B A D C C A D D E B
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
D C E E C A B D C D
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
A E B D A D A C B D
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E D A C D D A E D A
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
B A E D C B A D E A
GABARITO
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
PSICÓLOGO
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21
Psicólogo
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO DE SÃO PAULO 
 
1º SIMULADO 
PSICÓLOGO
BLOCO I
LÍNGUA PORTUGUESA
LUCAS LEMOS
Tratamento anticâncer é um dos 10 avanços 
científicos de 2013, diz revista
 � O uso da imunoterapia para combater o cân-
cer foi o avanço científico mais significativo de 
2013, segundo a lista dos 10 feitos científicos 
mais importantes do ano, elaborada pela revista 
Science.
 � A pesquisa contra o câncer viveu uma revo-
lução depois que essa abordagem para combatê-
-lo, em desenvolvimento há décadas, finalmente 
revelou seu potencial terapêutico, explicaram os 
responsáveis editoriais da publicação.
 � Vários testes clínicos que usam a imunotera-
pia – um tratamento que age no sistema imunoló-
gico, especialmente nos indivíduos com linfócitos 
ou células T para atacar os tumores – revelaram 
que essa técnica é muito promissora contra cân-
ceres agressivos como o melanoma.
Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noti-
cia/2013/12/ tratamento-anticancer-e-um-dos-10-avancos->.
01. Quanto à interpretação do texto, assinale a alter-
nativa correta.
(A) Além dos 10mais importantes feitos científi-
cos de 2013, a imunoterapia destacou-se no 
combate ao Câncer.
(B) A revista Science divulgou, em dezembro de 
2013, uma lista dos 10 feitos científicos mais 
relevantes de combate ao câncer.
(C) A imunoterapia e o tratamento que age no 
sistema imunológico são promissoras estraté-
gias de combate ao melanoma.
(D) Considera-se a imunoterapia um eficaz méto-
do de combate a canceres agressivos, o que 
a fez integrar a lista dos acontecimentos cien-
tíficos mais relevantes de 2013.
(E) A imunoterapia é uma técnica que prejudicial 
ao câncer.
Letra d.
(A) A imunoterapia é um dos 10 mais importan-
tes feitos científicos de 2013. Por isso, o item 
está errado.
(B) A lista dos 10 feitos científicos mais importantes 
do ano foi elaborada pela revista Science, e não di-
vulgada. Sendo assim, o item está errado.
(C) Segundo o texto, a imunoterapia é o tratamento 
que age no sistema imunológico. Ou seja, o item 
está errado.
(D) Alternativa correta. Conforme o texto, “Vários 
testes clínicos que usam a imunoterapia – (…) – re-
velaram que essa técnica é muito promissora contra 
cânceres agressivos como o melanoma”. Então, o 
item está correto.
(E) Na verdade, é o contrário; por isso, está errado.
02. A estrutura “ha décadas” (l. 8) poderá ser subs-
tituída por:
(A) tem décadas
(B) faz décadas
(C) têm décadas
(D) fazem décadas
(E) hão décadas
Letra b.
Ao indicar tempo decorrido, os verbos haver e fa-
zer serão considerados impessoais; então, deverão 
permanecer no singular. Isso significa que o item 
B está correto. Lembre-se também de que o verbo 
“ter” significa posse e não poderá ser usado para 
indicar tempo decorrido.
03. Em “A pesquisa contra o câncer viveu uma revo-
lução depois que essa abordagem para combatê-
-lo” (l. 6-8), a forma pronominal “lo” retoma, por 
coesão, o termo.
(A) pesquisa.
(B) revolução.
(C) abordagem.
(D) depois.
(E) câncer.
Letra e.
A partir da leitura do último período “A pesquisa con-
tra o câncer viveu uma revolução depois que essa 
abordagem para combatê-lo”, podemos interpretar 
que o pronome “lo” retoma o termo “câncer”. Ou 
seja, A pesquisa contra o câncer viveu uma revo-
lução depois que essa abordagem para combater 
o câncer. Veja também que o verbo “combater” é 
transitivo direto, e o pronome “lo” exerce a função 
de objeto direto do verbo.
04. Os travessões empregados no terceiro parágrafo 
são usados para indicar
(A) sujeito.
(B) objeto direto.
(C) adjunto adverbial.
(D) aposto.
(E) vocativo.
1
5
10
15
22
Psicólogo
Letra d.
Os travessões isolam uma expressão com papel de 
aposto. E, caso se queira substituí-los por vírgulas, 
serão mantidos a correção e o sentido.
05. O conectivo destacado, em “A pesquisa contra 
o câncer viveu uma revolução depois que essa 
abordagem para combatê-lo” (l. 6-8), poderá ser 
substituído por.
(A) logo que
(B) visto que
(C) já que
(D) uma vez que
(E) se bem que
Letra a.
A conjunção “depois que”, contextualmente, apre-
senta valor temporal, assim como o conector “logo 
que”. Já as conjunções “visto que, já que, uma vez 
que” indicam causa; e a locução conjuntiva “se bem 
que” indica concessão.
06. No trecho – um tratamento que age no sistema 
imunológico, especialmente nos indivíduos com 
linfócitos ou células T para atacar os tumores (3º 
parágrafo) –, o vocábulo em destaque tem como 
sinônimo, no contexto em que se encontra,
(A) ofender.
(B) acometer.
(C) assaltar.
(D) provocar.
(E) defender.
Letra b.
O verbo “atacar”, contextualmente, foi empre-
gado no sentido de acometer; por isso, a letra B 
está correta.
Histórias que movem o metrô
 � Quando o metrô encerra a operação comer-
cial, um verdadeiro batalhão começa a trabalhar 
madrugada adentro para que tudo volte a funcio-
nar no dia seguinte na mais perfeita ordem. Esse 
é um dos serviços executados pelo pessoal da 
manutenção, tema do terceiro filme da campanha 
publicitária O que move o metrô é a paixão e o es-
forço das pessoas que trabalham nele, que acaba 
de ir para o ar nas principais emissoras de TV. 
Depois dos nossos colegas Fabiano (operário) e 
Cintia (engenheira), chegou a vez do engenheiro 
Frederico, que trabalha na manutenção e tira fo-
tos do metrô como ninguém.
 � No filme, ele fala um pouco a respeito do 
trabalho que é executado pela manutenção do 
metrô, principalmente durante a madrugada. Fre-
derico aproveita para mostrar alguns trabalhos fo-
tográficos, sempre com o tema metrô em pauta. 
Afinal, metrô e fotografia são suas duas grandes 
paixões.
Disponível em: <http://www.metro.sp.gov.br/metro/campanhas/
campanha-historias.aspx>
07. Quanto à tipologia do texto, assinale a alternati-
va correta.
(A) Narrativo.
(B) Expositivo.
(C) Argumentativo.
(D) Descritivo.
(E) Injuntivo.
Letra a.
Na verdade, o texto é narrativo com o objetivo de 
relatar uma situação do trabalho no metrô.
08. Quanto às estruturas linguísticas e semânticas, 
assinale a alternativa correta.
(A) O principal objetivo do texto é mostrar à po-
pulação o trabalho realizado pelo pessoal da 
manutenção do sistema metroviário.
(B) A vírgula empregada na linha 2 poderá ser su-
primida sem prejuízo para a correção gramati-
cal do texto.
(C) Na linha 4, o pronome “esse” foi utilizado 
para retomar a informação contida no perío-
do anterior.
(D) Seria mantida a correção gramatical do texto 
caso fosse empregado o sinal indicativo de 
crase no “a” em “para que tudo volte a funcio-
nar no dia seguinte” (l. 3-4).
(E) Na linha 3, a locução “para que” poderá ser 
substituída por afim de.
Letra c.
(A) O objetivo central do texto é divulgar o terceiro 
filme da campanha publicitária O que move o metrô 
é a paixão e o esforço das pessoas que trabalham 
nele. Por isso, o item está errado.
(B) Em “Quando o metrô encerra a operação co-
mercial, um verdadeiro batalhão começa a trabalhar 
madrugada adentro para que tudo volte a funcionar 
no dia seguinte na mais perfeita ordem”, a vírgula 
é empregada obrigatoriamente para deslocar uma 
oração subordinada adverbial temporal. Dessa for-
ma, o item está incorreto.
(C) Alternativa correta. Em “Esse é um dos servi-
ços executados pelo pessoal da manutenção”, o 
pronome “esse” apresenta uma função anafórica. 
Ou seja, é utilizado para retomar uma informação 
antecedente.
1
5
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15
20
23
Psicólogo
(D) Na oração “para que tudo volte a funcionar no 
dia seguinte”, será proibido o emprego do sinal 
indicativo de crase, visto que o termo “funcionar” 
é um verbo, e sabemos que não há crase diante 
de verbos.
(E) A locução “para que” indica uma finalidade, as-
sim como a locução a fim de (separado). A locução 
“afim de” (junto) indica uma ideia de semelhança.
09. Em “chegou a vez do engenheiro Frederico” 
(l. 11-12), a expressão “a vez do engenheiro Fre-
derico” desempenha a função de:
(A) complemento indireto.
(B) complemento nominal.
(C) sujeito.
(D) aposto.
(E) complemento direto.
Letra c.
Em “chegou a vez do engenheiro Frederico”, a ex-
pressão “a vez do engenheiro Frederico” exerce a 
função sintática de sujeito e o verbo “chegou” é in-
transitivo. Sendo assim, a letra C está correta.
10. Assinale a frase do texto que foi reescrita em 
conformidade com a norma-padrão da língua 
portuguesa de emprego da crase:
(A) Frederico planeja ir à uma cidade vizinha.
(B) Frederico quer dar um fim à história.
(C) A outra opção é viajar à cidades de ou-
tros estados.
(D) Alguns desaprovam à ideia de Frederico.
(E) O foco é ajudar os funcionários à tra-
balhar bem.
Letra b.
(A) Não há crase antes de artigo indefinido.
(B) Alternativa correta. Há a fusão preposição “a” 
exigida por “fim” com artigo “a” que acompanha a 
palavra feminina “história”.
(C) Não se usa o sinal indicativo de crase antes de 
palavra no plural se o “a” estiver no singular.
(D) O verbo não rege preposição “a”; por isso, não 
há o emprego do sinal indicativo de crase.
(E) Não se usa o sinal indicativo de crase an-
tes de verbo.
11. Assinale a alternativa em que a concordância 
verbal está correta, de acordo com a norma-pa-drão da língua portuguesa.
(A) As pessoas que trabalham no metrô foi sem-
pre preparado com cuidado.
(B) Não adiantam pedir desculpas, se faltar o dia 
de trabalho.
(C) Haviam muitos vagões no metrô.
(D) Federico, assim como todos os funcionários, 
não consegue controlar sua paixão.
(E) De todos os vagões, aproveitou-se 
apenas dois.
Letra d.
(A) O que foi sempre preparado com cuidado? As 
pessoas que trabalham no metrô. As pessoas foram 
sempre preparadas com cuidado.
(B) O que não adianta? Pedir desculpas. Pedir 
desculpas (isso) não adianta. Veja que nós temos 
um sujeito oracional (um verbo no lugar do sujeito). 
Nestes casos, o verbo deverá ficar no singular. Para 
perceber a concordância, substitua por ISSO: Pedir 
desculpas não adianta → ISSO (pedir desculpas) 
não adianta.
(C) O verbo haver, quando possui sentido de existir, 
não varia.
(D) Alternativa correta. Quem não consegue 
controlar sua paixão? Federico. Ou seja, o item 
está correto.
(E) O que se aproveitou? Dois. Dois vagões foram 
aproveitados. Sujeito no plural, verbo no plural, cer-
to? O correto é: “aproveitaram-se apenas dois...”.
12. Assinale a alternativa que apresenta, em desta-
que, o verbo no tempo futuro.
(A) Apesar das diferenças, os funcionários 
não brigaram.
(B) Federico continuará apaixonado pelo metrô.
(C) Todos os funcionários gostam de metrô e 
fotografia.
(D) Seria bom se todos ajudasse o Federico.
(E) O metrô é uma paixão.
Letra b.
(A) Pretérito perfeito do indicativo.
(B) Alternativa correta. Futuro do presente.
(C) Presente do indicativo.
(D) Pretérito imperfeito do subjuntivo.
(E) Presente do indicativo.
24
Psicólogo
BLOCO II 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
LORENA SILVA, JULIANA AUAD E 
RAFAEL VIEIRA
13. Júlia, de três anos, perdeu a mãe em um aciden-
te há dois meses. Sobre o luto infantil, assinale a 
alternativa correta.
(A) As crianças vivenciam um processo de luto 
diferente dos adultos, sendo necessário o 
apoio de terceiros. Através desse apoio, com 
a inclusão de “dados de realidade”, esse 
sentimento de confusão e de tristeza poderá 
ser superado.
(B) A primeira infância é uma fase do ciclo vital em 
que crianças não possuem a condição prévia 
de vinculação afetiva, por isso, lidar com o 
luto nesse momento pode ser mais fácil.
(C) Apesar da dificuldade de compreensão, Júlia 
passará pelo luto de modo semelhante ao de 
um adulto.
(D) Crianças precisam lidar com seus sentimen-
tos de forma solitária, utilizando recursos lúdi-
cos e fantasiosos.
(E) Perder uma figura de ligação resulta em pre-
juízos para toda a vida futura, impossibilitando 
que novos vínculos sejam formados.
Letra c.
Segundo o livro “O Rompimento dos Laços Afeti-
vos”, as crianças apresentam maior dificuldade em 
compreender o luto, mas isso não significa que esse 
processo não será vivido de forma completa. Há 
etapas de luto rumo a uma organização que serão 
vividas e serão etapas semelhantes às dos adultos.
14. Sobre o comportamento de ligação, assinale a 
alternativa incorreta.
(A) O comportamento de ligação não apresenta 
uma ordem de preferência, pois está relacio-
nado ao campo vital das relações afetivas 
da criança.
(B) O comportamento de ligação tem uma função 
biológica e é observado em outras espécies.
(C) Os bebês desenvolvem o comportamento de 
ligação nos primeiros nove meses de vida.
(D) Um comportamento de ligação tem duração 
intensa e é duradouro no ciclo vital.
(E) O comportamento de ligação não é semelhan-
te ao conceito de dependência e não pode 
ser associado a um sintoma de imaturidade 
emocional.
Letra a.
Uma das mais importantes especificidades do com-
portamento de ligação é que ele é dirigido para um 
ou alguns indivíduos específicos, geralmente em 
ordem clara de preferência.
15. Sobre o rompimento dos vínculos afetivos, assi-
nale a alternativa correta.
(A) Vínculos afetivos são rompidos ao longo 
do ciclo vital, não sendo um fator que im-
pacte de forma significativa no desenvolvi-
mento humano.
(B) Vínculos afetivos são raros de serem desen-
volvidos. São entendidos como uma atração 
que um indivíduo sente por outro indivíduo 
específico, o que gera uma experiência rela-
cional única e insubstituível.
(C) A capacidade de vinculação afetiva é um 
comportamento com raízes biológicas e que 
impacta no processo de desenvolvimento hu-
mano, tendo no seu rompimento uma experi-
ência emocional intensa e que necessita de 
apoio para ser superada.
(D) Todo rompimento de vínculos afetivos poderá 
ser superado em três momentos de luto, a sa-
ber: negação, fantasia e organização.
(E) Crianças e adultos vivenciam os rompimentos 
de vínculos de formas diferentes. Enquanto 
adultos experimentam emoções intensas, a 
criança se desloca para a fantasia, na qual o 
luto é então elaborado.
Letra c.
O comportamento de ligação é biológico, não sendo 
associado a uma dependência ou atraso emocional 
do sujeito. Ou seja, ao longo do processo vital, os 
sujeitos se ligam de forma preferencial a uma outra 
pessoa, e a qualidade dos vínculos desenvolvidos 
na infância irá impactar no desenvolvimento da per-
sonalidade do adulto.
16. Sobre as consequências de uma vinculação afe-
tiva saudável, assinale a alternativa correta.
(A) A vivência de emoções intensas está asso-
ciada a uma experiencia não saudável de 
vinculação.
(B) Um vínculo afetivo é desenvolvido até a se-
gunda infância, tendo impacto no desenvolvi-
mento da personalidade do adulto.
(C) Vínculos afetivos são relevantes apenas na 
infância, pois o comportamento de ligação 
não está presente ao longo do ciclo vital.
(D) Reforça o sentido de segurança.
(E) Prejudica a autonomia, uma vez que a depen-
dência afetiva impacta no desenvolvimento 
emocional das crianças.
25
Psicólogo
Letra d.
De acordo com o Bolwby, a vinculação afetiva im-
pacta no desenvolvimento da personalidade do 
adulto, entendendo que uma vinculação saudável 
está relacionada ao desenvolvimento do sentido de 
segurança e de autonomia, além de promover re-
presentações positivas de si mesmo e dos outros.
17. Sobre o desenvolvimento humano infantil, assi-
nale a alternativa incorreta.
(A) Na primeira infância, a criança desenvol-
ve a habilidade de vincular-se afetivamente 
com seus cuidadores e responsáveis, o que 
impactará no seu desenvolvimento da per-
sonalidade.
(B) Bebês desenvolvem o comportamento de li-
gação nos primeiros nove meses de vida.
(C) Crianças apresentam vínculo afetivo intenso 
com um outro indivíduo, possivelmente um de 
seus cuidadores e/ou responsáveis, entretan-
to, não demonstram aflição frente ao conta-
to com estranhos ou quando os vínculos são 
temporariamente comprometidos.
(D) São esperados dois comportamentos de 
crianças quando separadas de seus vínculos 
afetivos: desligamento emocional e exigência 
implacável pela mãe.
(E) O rompimento de vínculos afetivos durante 
a infância pode ocasionar grande sofrimento 
mental, como transtorno de personalidade 
e suicídio.
Letra c.
O comportamento de ligação ocorre em várias es-
pécies e tem seu início antes do primeiro ano de 
vida. Essa predileção por um indivíduo específico 
causa ansiedade, aflição no momento de separação 
ou rompimento do vínculo. Esse sentimento não é 
considerado um atraso ou imaturidade emocional, 
mas uma resposta esperada para a situação.
18. O afastamento do objeto amado terá impactos no 
desenvolvimento infantil. Assinale algumas con-
sequências esperadas.
(A) Vivência de luto pelo rompimento dos víncu-
los afetivos.
(B) Apenas em afastamentos superiores a 5 me-
ses serão observadas consequências como 
ansiedade e raiva.
(C) Entre três e cinco meses, crianças se recu-
peram rápido do afastamento de um ob-
jeto amado.
(D) Depressão anaclítica, reversível após o retor-
no do objeto amado.
(E) Transtorno de personalidade, episódios de 
pânico e depressão.
Letra c.
Segundo os estudos de Spitz, o afastamento de um 
objeto amado causa danos aos sujeitos a depender 
do período de afastamento. Até 3/5 meses de afas-
tamento, a recuperação é rápida. Maisde 5 meses, 
é possível observar sintomas graves de depressão 
anaclítica, possivelmente irreversível.
19. Sofrimento psíquico acompanha a deterioração 
da capacidade de estabelecer ou manter víncu-
los afetivos, aspecto que com frequência é grave 
e duradouro. Sobre esse assunto, assinale a al-
ternativa incorreta.
(A) A depressão é observada nos casos de vín-
culos desfeitos devido ao falecimento de 
um dos pais.
(B) Perdas significativas na infância, ocorridas 
durante os primeiros 5 anos de vida, como 
falecimento, ilegitimidade e divórcio, resultam 
em comportamento suicida na fase adulta.
(C) Transtorno de personalidade, depressão e 
ansiedade são tipos de sofrimento psíquico 
esperados na deterioração dos vínculos.
(D) Uma infância perturbada por rompimento de 
vínculos impactará no desenvolvimento emo-
cional adulto.
(E) Observa-se uma relação entre vínculos afeti-
vos e estados subjetivos de forte emoção.
Letra c.
O livro “Rompimento dos vínculos afetivos” descre-
ve três consequências psíquicas frente a deterio-
ração da capacidade de manter e/ou estabelecer 
vínculos: transtorno de personalidade antissocial 
(sociopatia), depressão e suicídio.
20. Sobre o padrão de ligação ansioso, assinale a al-
ternativa correta.
(A) O padrão de ligação ansioso está relaciona-
do a adolescentes e adultos que vivem com 
constante ansiedade, com medo de perder 
sua figura de ligação.
(B) No padrão de ligação ansioso, a pessoa não 
busca o amor dos outros.
(C) No padrão de ligação ansioso, as pessoas 
desmoronam por estresse e apresentam sin-
tomas psicossomáticos como depressão.
(D) O padrão de ligação ansioso está relaciona-
do a adolescentes e adultos que vivem em 
constante agitação e não conseguem estabe-
lecer vínculos.
(E) No padrão de ligação ansioso, as pessoas 
buscam o amor dos outros constantemente.
26
Psicólogo
Letra a.
No capítulo 7 do livro “Rompimento dos vínculos 
afetivos”, Bowlby descreve dois tipos padrão de 
ligação resultantes de uma parentalidade patológi-
ca: padrão de ligação ansioso e padrão de ligação 
de autoconfiança compulsiva. No padrão ansioso, 
destacam-se os adolescentes e adultos que vivem 
em constante ansiedade, com medo de perder sua 
figura de ligação. E, por conseguinte, têm um bai-
xo limiar para a manifestação do comportamento 
de ligação.
21. Sobre escuta especializada, assinale a alternati-
va correta.
(A) Escuta especializada é o procedimento de en-
trevista sobre situação de violação de direito 
com criança ou adolescente perante órgão de 
assistência social, limitando o relato estrita-
mente ao necessário para o cumprimento de 
sua finalidade.
(B) A escuta especializada é o procedimento rea-
lizado pelos órgãos da rede de proteção nos 
campos da educação, da saúde, da assistên-
cia social, da segurança pública e dos direi-
tos humanos, com o objetivo de assegurar o 
acompanhamento da vítima ou da testemu-
nha de violência, para a superação das con-
sequências da violação sofrida, limitado ao 
estritamente necessário para o cumprimento 
da finalidade de proteção social e de provi-
mento de cuidados.
(C) Escuta especializada é o procedimento de 
entrevista psicológica realizada em órgão de 
saúde nos casos de violência sexual.
(D) A questão principal que deve nortear a atua-
ção da rede protetiva, nesse momento, é des-
cobrir a verdade sobre o ocorrido e interrom-
per o ciclo de violências.
(E) A escuta especializada é feita pela rede prote-
tiva e para fins de proteção. A proteção depen-
de da existência de feito judicial em trâmite.
Letra b.
Descrição do artigo 19 do Decreto 9.603 de 2018. 
A finalidade dessa modalidade de escuta é permitir 
que qualquer criança ou adolescente em situação 
de violência possa ser ouvido(a) de forma qualifi-
cada perante órgão da rede de proteção. A ques-
tão principal que deve nortear a atuação da rede 
protetiva, nesse momento, é como acolher, dar 
credibilidade à palavra da criança ou adolescente 
e interromper o ciclo de violências. Desta forma, a 
escuta especializada é fundamental para pensar 
nas intervenções que devem ou não ser realizadas 
com o objetivo de garantir a atenção e a proteção 
integral da criança ou adolescente vítima ou teste-
munha de violência. Assim, a escuta especializada 
é feita PELA rede protetiva e PARA fins de proteção. 
A proteção independe da existência de feito judicial 
em trâmite, de ter havido arquivamento de inqué-
rito policial ou da absolvição ou condenação do(a) 
acusado(a) ou agressor(a). Independentemente da 
responsabilização criminal, a proteção há de ser 
realizada conjuntamente pela rede, no âmbito da 
saúde, assistência social, educação etc., preferen-
cialmente, através de um programa de atendimento 
intersetorial para atendimento integral da criança ou 
adolescente em situação de violência.
22. Sobre o depoimento especial, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Depoimento especial é o procedimento de 
oitiva de criança ou adolescente vítima ou 
testemunha de violência perante autoridade 
policial ou judiciária.
(B) Essa forma de escuta não tem o objetivo de 
colher provas em um procedimento adminis-
trativo (policial) ou processo judicial.
(C) Depoimento especial é o procedimento de 
oitiva de criança ou adolescente testemunha 
de violência perante autoridade policial ou 
judiciária.
(D) O depoimento especial deverá primar pela 
não revitimização, e, para isso, não serão 
considerados os limites etários e psicológi-
cos de desenvolvimento da criança ou do 
adolescente.
(E) Essa forma de escuta tem o objetivo de colher 
provas em um procedimento apenas judicial.
Letra a.
A definição de depoimento especial é dada pelo ar-
tigo 8º da Lei n. 13.431/2017:
Art. 8º Depoimento especial é o procedimento de 
oitiva de criança ou adolescente vítima ou teste-
munha de violência perante autoridade policial ou 
judiciária.
23. Sobre o sistema de garantia de direitos da crian-
ça e do adolescente vítimas ou testemunhas de 
violência, assinale a alternativa incorreta.
(A) Reforça os direitos fundamentais de crianças 
e adolescentes.
(B) Assegura outros direitos específicos à con-
dição especial de vítima ou testemunha de 
violência.
(C) Fixa diretrizes que garantam que a escuta da 
criança e do adolescente em situação de vio-
lência transcorra de forma não revitimizante, 
tanto no âmbito protetivo quanto no sistema 
de Segurança e Justiça.
27
Psicólogo
(D) Está relacionado ao ato de receber informa-
ção adequada, independentemente da idade, 
sobre seus direitos, inclusive sociais, serviços 
disponíveis, representação jurídica, medidas 
de proteção, reparação de danos e qualquer 
procedimento a que a pessoa submetida.
(E) A Lei busca garantir que as instituições do 
Sistema de Garantia de Direitos estejam pre-
paradas para prevenir e atuar de maneira efi-
ciente e eficaz diante da ocorrência das varia-
das formas de violência envolvendo crianças 
e adolescentes, especialmente nos casos de 
violência sexual, contribuindo para evitar uma 
atuação despreparada e que eventualmente 
possa se aprofundar e causar mais danos que 
a própria violência em si.
Letra d.
Os aspectos de desenvolvimento sempre são con-
siderados e estão presentes nas recomendações 
legais e técnicas. Acompanhar crianças e adoles-
centes no âmbito social, educacional e jurídico é 
considerar as especificidades da fase da vida na 
qual se encontram.
24. Sobre a violência sexual e o desenvolvimento in-
fantojuvenil, assinale a alternativa correta.
(A) O abuso sexual se constitui em fato único, 
não envolvendo uma sequência de fatos, e diz 
respeito apenas à conjunção carnal.
(B) É uma violência que acontece, em sua gran-
de maioria, fora de casa, envolvendo assim o 
contexto social e educacional.
(C) O abuso sexual é entendido como toda ação 
que se utiliza da criança ou do adolescente 
para fins sexuais, seja conjunção carnal ou 
outro ato libidinoso, realizado de modo pre-
sencial ou por meio eletrônico, para estimula-
ção sexual do agente ou de terceiros.
(D) Por ser uma violênciaque acontece, em sua 
grande maioria, dentro de casa, no âmbito 
privado e com testemunhas, o abuso sexual 
apresenta uma dimensão extremamente com-
plexa, que envolve o vínculo afetivo entre o(a) 
agressor(a) e a vítima.
(E) O abuso online é a manifestação do abuso 
sexual por meio da internet que ocorre espe-
cificamente com adolescentes.
Letra c.
Segundo o “Guia Operacional de Enfrentamento à 
Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, 
o conceito de abuso sexual é entendido como toda 
ação que se utiliza da criança ou do adolescente 
para fins sexuais, seja conjunção carnal ou outro 
ato libidinoso, realizado de modo presencial ou por 
meio eletrônico, para estimulação sexual do agente 
ou de terceiros.
25. Sobre o conceito de exploração sexual, assinale 
a afirmativa incorreta.
(A) A exploração sexual difere do abuso sexual.
(B) A exploração sexual de crianças e adolescen-
tes envolve necessariamente uma relação de 
valor, uma mercadoria, em que a criança e/
ou adolescente é envolvido em um sistema de 
compensação pela situação de violência.
(C) Não há relação entre a exploração sexual e a 
vulnerabilidade social, uma vez que os casos 
ocorrem em todas as classes sociais.
(D) Essa modalidade de violência se configura 
por ato que ocorre entre a vítima e o abusa-
dor, sem intermédio de terceiros.
(E) Envolve uma moeda de troca, que pode ser 
tanto dinheiro, como qualquer objeto com va-
lor ou mercadoria.
Letra c.
Segundo o “Guia Operacional de Enfrentamento à 
Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes” 
é importante considerar que a exploração sexual se 
relaciona diretamente com as situações de vulne-
rabilidade que as crianças, adolescentes e suas fa-
mílias vivenciam, com contornos de pobreza, priva-
ção, fome, ausência de recursos etc., em contextos 
nos quais a moeda de troca é financeira ou mesmo 
de atenção, promessas e regalias, representando 
grande poder de manipulação.
26. Sobre o conceito de pornografia infantil, assinale 
a alternativa correta.
(A) A pornografia infantil consiste nos atos de 
produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar 
ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo 
explícito ou pornográfica, envolvendo criança 
ou adolescente.
(B) Essa prática não considera abarcar a adultera-
ção, montagem ou modificação de fotografia, 
vídeo ou qualquer outra forma de representa-
ção visual, simulando a participação de crian-
ça ou adolescente em atos pornográficos.
(C) O alcance desse tipo de crime é fácil de men-
surar, pois tanto a presença dos aliciadores 
quanto a divulgação das imagens se faz, co-
mumente, via internet, o que torna o processo 
rastreável.
(D) Os impactos subjetivos da vivência dessa vio-
lência são identificados na terceira infância.
(E) Os impactos subjetivos dessa violência são 
sentidos apenas na adolescência após a pu-
berdade e início da vida sexual.
28
Psicólogo
Letra a.
Segundo o “Guia Operacional de Enfrentamento à 
Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes”, 
a pornografia infantil consiste nos atos de produzir, 
reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por 
qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográ-
fica, envolvendo criança ou adolescente. Com o 
avanço de tecnologias de modificação de imagens, 
essa prática também passa a abarcar a adultera-
ção, montagem ou modificação de fotografia, vídeo 
ou qualquer outra forma de representação visual, 
simulando a participação de criança ou adolescente 
em atos pornográficos.
27. Bowlby apresenta algumas situações em que a 
parentalidade pode se tornar patológica, o que 
impacta no desenvolvimento infantil. Sobre esse 
aspecto, assinale a alternativa incorreta.
(A) Ausência persistente de resposta de um ou de 
ambos os pais.
(B) Descontinuidade da parentalidade, incluindo 
períodos em hospital ou instituição.
(C) Ameaças persistentes por parte dos pais de 
não a amar a criança.
(D) Adoção de crianças quando os filhos biológi-
cos são menores que 4 anos.
(E) Ameaças de cometer suicídio.
Letra d.
Bowlby descreve no livro “O Rompimento dos La-
ços Afetivos” as seguintes situações vinculadas à 
parentalidade patológica: ausência persistente de 
resposta de um ou ambos os pais; descontinuida-
de da parentalidade, incluindo períodos em hospital 
ou instituição; ameaças persistentes por parte dos 
pais de não a amar a criança; ameaças por parte 
dos pais de abandonar familiar, como forma de dis-
ciplinar a criança ou como uma forma de coagir o 
companheiro; ameaças de matar ou abandonar o 
companheiro, ou de cometer suicídio; indução de 
culpa à criança, afirmando que o comportamento 
dela causará um mal aos seus pais; mãe inverter 
a relação, pedindo aos filhos que sejam a figura de 
ligação com ela.
28. A Lei n. 8.069/1990, ou Estatuto da Criança e do 
Adolescente – ECA, completou 20 anos no iní-
cio da pandemia do COVID-19 no Brasil. No mo-
mento em que estudiosos e profissionais da área 
estavam prontos para refletir sobre os avanços e 
debilidades da lei, os olhos destes se voltaram ao 
respeito e integridade dessa população. A respei-
to do tema, assinale a alternativa correta.
(A) Os direitos fundamentais das crianças e ado-
lescentes divergem dos da população geral, e 
estão listados no ECA, apenas.
(B) Os direitos fundamentais das crianças e dos 
adolescentes são: vida e saúde; liberdade, 
respeito e dignidade; e convivência familiar 
e comunitária. Entretanto, não há direitos 
quanto à profissionalização e proteção no tra-
balho, uma vez que as crianças não podem 
trabalhar.
(C) O direito à vida inicia-se no momento da con-
cepção, em que o bebê passa a ser assistido 
pelo SUS e passa a ter sua saúde priorizada.
(D) Desde 2016, é obrigatória a vacinação das 
crianças nos casos recomendados pelas au-
toridades médicas.
(E) O direito à liberdade das crianças e adoles-
centes inclui brincar, divertir-se, participar de 
vida familiar e comunitária, participar da vida 
política, crença e culto religioso. O direito a 
refúgio, auxílio e orientação é restrito a adul-
tos, uma vez que esse público está em desen-
volvimento.
Letra d.
(A) Errado. Crianças e adolescentes gozam dos di-
reitos fundamentais inerentes às pessoas, ou seja, 
aqueles descritos no art. 5º da CF, sem prejuízo da 
proteção integral que o ECA aborda.
(B) Errado. Há previsão, no ECA, do direito à pro-
fissionalização e proteção no trabalho, que aponta 
que menores de 14 anos estão proibidos de traba-
lhar, exceto na condição de aprendiz, em que deve-
rão receber bolsa aprendizagem.
(C) Errado. A proteção à infância inicia-se antes 
mesmo do surgimento de uma nova vida, sendo 
garantido à mulher acesso a programas de pla-
nejamento familiar, e no atendimento pré, peri e 
pós-natal.
(D) Certo. A despeito da polêmica sobre a obriga-
toriedade vacinal, ela está prevista no ECA desde 
2016. Não é à toa que as escolas exigem compro-
vante de vacinação quando da realização da matrí-
cula das crianças.
(E) Errado. Crianças e adolescentes têm direito a 
buscar refúgio, auxílio e orientação e, ainda, gozam 
liberdade de opinião e expressão, o que não foi 
apontado nessa assertiva.
Fonte: L8069 (planalto.gov.br).
29
Psicólogo
29. As medidas específicas de proteção à criança e 
ao adolescente estão previstas no Capítulo II do 
ECA, e podem ser aplicadas isoladas ou cumula-
tivamente. São princípios que regem a aplicação 
das medidas:
I) A intervenção deve atender prioritariamen-
te aos interesses e direitos da criança e do 
adolescente.
II) A promoção dos direitos e proteção da criança 
e do adolescente deve ser efetuada no respeito 
pela intimidade, direito à imagem e reserva da 
sua vida privada.
III) A intervenção das autoridades competentes 
deve ser efetuada logo que a situação de perigo 
seja conhecida, exercida exclusivamente pelas 
autoridades e instituições cuja ação seja indis-
pensável e deve ser a necessária e adequada à 
situação de perigo em que se encontram quando 
da tomada de decisão.
(A) Apenas a assertiva I está correta.
(B) I e II estão corretas, apenas.(C) I e III estão corretas, apenas.
(D) II e III estão corretas, apenas.
(E) I, II e III estão corretas.
Letra e.
I) Certo. O inciso IV do parágrafo único explica o 
interesse superior da criança e do adolescente.
II) Certo. Está previsto no inciso V o princípio da 
privacidade.
III) Certo. Os incisos VI, intervenção precoce; VII, 
intervenção mínima e VIII, proporcionalidade e atu-
alidade, foram abordados na assertiva anterior.
Fonte: L8069 (planalto.gov.br)
30. Jonathan tem 10 anos de idade e estava moran-
do na rua desde os 7 anos. Relata que fugiu de 
casa, pois estava com dificuldades em aprender 
a ler e a escrever. Sua mãe, que é analfabeta, 
pedia ao pai de Jonathan que lhe ensinasse o 
“bê-a-bá”, mas Wellington chegava em casa do 
trabalho sob efeito de álcool e outras drogas e 
logo perdia a paciência com Jonathan. “Você 
sabe como é, né? No começo me xingava de bur-
ro, jumento, demente, depois começou a me ba-
ter. Chegou um dia que, saindo da escola, e sem 
entender nada do que a professora tinha explica-
do, resolvi que não voltaria para casa. Estou nas 
ruas desde então. Aqui aprendi alguns números, 
das moedas e das notas, e algumas letras. Às 
vezes tenho fome, mas prefiro isso a voltar para 
a casa dos meus pais”. Em abordagem policial, 
Jonathan foi recolhido e levado à DCA. O juiz de 
plantão determinou o acolhimento institucional da 
criança, que está no Instituto São José há 8 me-
ses. A respeito do caso hipotético, julgue os itens 
e escolha a assertiva correta.
(A) O juiz de plantão agiu de forma precipitada e 
incorreta, uma vez que não houve omissão do 
Estado ou conduta inadequada da criança.
(B) Jonathan deverá ter passado por reavaliação 
realizada por equipe multiprofissional, pois en-
contra-se na instituição há mais de 6 meses.
(C) Jonathan, assim como as outras crianças do 
Instituto, deverão lá permanecer até comple-
tarem a maioridade penal.
(D) A criança deve ser colocada para adoção ime-
diatamente, uma vez que seus pais não têm 
condições de educá-lo.
(E) Uma vez que Jonathan tem menos de 12 
anos, ele não precisa ser ouvido por autorida-
des judiciais ou equipe multiprofissional, uma 
vez que não compreende os termos jurídicos 
ou as consequências de seus atos.
Letra b.
(A) Errado. As medidas de proteção à criança e ao 
adolescente são aplicáveis sempre que seus direi-
tos forem ameaçados ou violados seja por ação 
ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta, 
omissão ou abuso dos pais ou responsável; ou em 
razão de sua conduta. No caso em voga, tanto o Es-
tado quanto os pais violaram direitos de Jonathan.
(B) Certo. Essa regra está prevista na Lei 
12.010/2009.
(C) Errado. Em regra, o tempo máximo de perma-
nência é de 2 (dois) anos, exceto nos casos em que 
haja interesse superior, fundamentado pelo Juiz da 
Infância e Juventude.
(D) Errado. Deve ser realizado estudo psicossocial 
com a família, que inclui orientação e auxílio. Caso 
os pais não tenham como receber a criança, a pre-
ferência será colocar Jonathan aos cuidados de ou-
tros familiares. Apenas quando os recursos familia-
res se esgotarem é que a criança será cadastrada 
junto ao banco de adoção.
(E) Errado. Sempre que possível, a criança ou o 
adolescente serão ouvidos por equipe capacitada 
para tal, que respeitará seu estágio de desenvolvi-
mento e compreensão.
Fonte: L12010 (planalto.gov.br)
30
Psicólogo
31. Ainda sobre o caso hipotético de Jonathan, ana-
lise as assertivas a seguir e assinale a alternati-
va correta.
I) Para que Jonathan seja colocado em família 
substituta, deverá haver preparação gradativa e 
acompanhamento posterior pela equipe psicos-
social do TJSP.
II) Caso Jonathan seja adotado, seus pais per-
dem o direito de visitá-lo.
III) Uma pessoa ou casal cadastrado no progra-
ma de acolhimento familiar poderá receber Jona-
than mediante guarda.
(A) Somente a assertiva I está correta.
(B) Somente a assertiva III está correta.
(C) As assertivas I e II estão corretas.
(D) As assertivas I e III estão corretas.
(E) Todas as assertivas estão corretas.
Letra d.
I) Certo. Deve haver preparação anterior à chegada 
da criança e acompanhamento posterior, realizados 
pelas equipes psicossociais.
II) Errado. A menos que haja decisão fundamentada 
que determine o contrário, o fato de a guarda da 
criança ser dada a terceiros não impede o direito de 
visitas pelos pais.
III) Certo. O acolhimento institucional tem caráter de 
excepcionalidade, enquanto o acolhimento familiar 
deve ser priorizado.
Fonte: L12010 (planalto.gov.br)
32. A Lei n. 13.431/2017 foi publicada no intuito de 
estabelecer um sistema que garanta os direitos 
de crianças e adolescentes vítimas, ou testemu-
nhas, de violência. Sobre o procedimento a ser 
utilizado, a lei diferencia depoimento especial de 
escuta especializada. A respeito desse tema, es-
colha a alternativa INCORRETA.
(A) O depoimento especial é um procedimento 
de oitiva realizada por autoridade judiciária ou 
policial que segue protocolo que inclui grava-
ção em áudio e vídeo.
(B) A escuta especializada restringe-se ao relato 
do estritamente necessário, e é realizada por 
órgão de proteção.
(C) Tanto a escuta especializada quanto o de-
poimento especial podem ser realizados em 
local de escolha da criança ou adolescentes, 
em respeito à sua autonomia e pleno desen-
volvimento.
(D) O depoimento especial será transmitido ao 
vivo para sala de audiência. Após o procedi-
mento técnico, Ministério Público e Defesa 
podem solicitar perguntas complementares.
(E) No depoimento especial, é proibida a leitura 
da denúncia ou de outras peças processuais.
Letra c.
(A) Certo. Conforme o artigo 8º da lei, o depoimen-
to especial é realizado pela rede de investigação e 
responsabilização. A oitiva é um espaço de fala da 
vítima, que produz provas do crime, e por isso, deve 
ser realizada por autoridade judiciária (os psicosso-
ciais dos tribunais, por exemplo), ou policial.
(B) Certo. A escuta especializada é realizada pela 
rede de proteção, seja saúde, educação, conselho 
tutelar. Nesse momento, não deve ser produzida 
prova. Quando do acolhimento de uma vítima de 
violência, esta rede deve se preocupar no acolhi-
mento e encaminhamento da criança, e não na pro-
dução de provas.
(C) Errado. Segundo o art. 10, ambos devem ser 
realizados “em local apropriado e acolhedor, com 
infraestrutura e espaço físico que garantam a pri-
vacidade da criança ou do adolescente vítima ou 
testemunha de violência”.
(D) Certo. O juiz, em parceria com os assistentes 
técnicos, avalia a necessidade de perguntas com-
plementares. Estas são organizadas em blocos, e 
podem ser adaptadas para melhor compreensão da 
pessoa vítima de violência.
(E) Certo. Para realização desse procedimento, o 
processo deve ser estudado previamente.
Fonte: L13431 (planalto.gov.br)
33. Ainda sobre a Lei n. 13.431/2017, cabe apontar 
que esta tem gerado controvérsias entre profis-
sionais da área. Sobre o tema, assinale a alter-
nativa correta.
(A) A lei, antes de ser publicada, foi amplamen-
te discutida com profissionais da área e seus 
conselhos de classe.
(B) Um dos motivos de controvérsia é que a lei 
prevê que podem ser realizadas quantas oiti-
vas sejam necessárias.
(C) Dever e direito de fala das crianças se mis-
turam, e por isso este não é um dos temas 
controversos sobre a lei.
(D) O papel do psicólogo no depoimento especial 
está claro, e não tem sido objeto de discus-
são, uma vez que são os profissionais mais 
capacitados para aplicar a metodologia.
(E) A obtenção de provas, em que a fala da crian-
ça ou adolescente protagonizam no depoi-
mento especial, e em que há o dano causado 
a essas pessoas, deixa de estar em foco, e 
é uma das principais críticas à nova legisla-
ção, e levou o Conselho Federal de Psicolo-
gia a se posicionar contrariamente à legisla-
ção em voga.
31
Psicólogo
Letra e.
(A) Errado. Uma das críticas sobre a lei aponta a 
ausência de debate e a falta de estratégias para 
prevenção à violência contra esse público.
(B) Errado. A Lei prevêque o DE deverá ser realiza-
do, sempre que possível, apenas uma vez, evitando 
que a vítima tenha que repetir seu relato – o que 
pode incorrer em revitimização, processo pelo qual 
servidores públicos podem ser responsabilizados.
(C) Errado. Exatamente o contrário. Uma das dis-
cussões em voga é sobre a diferença entre o dever 
e o direito, e em que medida o direito das crianças 
deixa de ser respeitado quando assumem o dever 
de construir provas.
(D) Errado. Não há consenso quanto à função do 
psicólogo no DE, e este pode ser realizado por ou-
tros profissionais, como assistentes sociais.
(E) Certo. Esta é uma dúvida que muitos alunos 
têm: como assim o CFP se posicionou contraria-
mente à lei? Ao deixar de olhar para a criança e 
voltar a atenção a produção de provas, há possi-
bilidade de violação dos direitos dessa população, 
como apontado no documento indicado abaixo.
Fonte: escutFINALIMPRESSO.pdf (cfp.org.br)
34. O depoimento especial foi criado devido às difi-
culdades enfrentadas pela Justiça na realização 
de oitivas com crianças e adolescentes vítimas 
de violência. A respeito do tema, julgue os itens a 
seguir e assinale a alternativa correta.
I) É necessário treinamento e capacitação espe-
cífica para atuar como entrevistador em depoi-
mento especial.
II) Na aplicação da técnica do depoimento espe-
cial, não é necessário se ater à fase de desenvol-
vimento da pessoa vítima de violência.
III) O NICHD tem como pilares memória, suges-
tionabilidade e efeitos de estresse e trauma, e 
por isso é o protocolo mais utilizado e estuda-
do no mundo para realização de depoimento 
sem danos.
IV) O depoimento especial traz à tona necessi-
dade de interdisciplinaridade no atendimento em 
situações de violência e no cotidiano de trabalho 
com operadores do direito.
(A) I e II estão corretas, somente.
(B) I e III estão corretas, somente.
(C) I e IV estão corretas, somente.
(D) I, II, III estão corretas, somente.
(E) I, III e IV estão corretas, somente.
Letra e.
I) Certo. A lei prevê essa formação, e a atuação 
não é restrita a psicólogos, podendo ser realizada 
por profissionais de diferentes formações, como 
aponta Sanson & Hohendorff (2022).
II) Errado. É de suma importância a adequação 
do atendimento, das perguntas e da metodologia à 
fase de desenvolvimento da criança ou adolescente. 
Crianças na fase pré-operatória, por exemplo, não 
são capazes de construir narrativas de forma linear, 
mas expressam-se bem com brinquedos e jogos.
III) Certo. As autoras apontam esses aspectos, as-
sim como o respeito às fases do desenvolvimento 
humano, como base do instrumento, e afirmam que 
ele é o mais estudado e utilizado no mundo.
IV) Certo. O depoimento especial é realizado em 
contato direto com os operadores do direito, em 
que profissionais de diferentes formações estão 
interagindo e construindo saberes que auxiliaram 
no julgamento de um processo. As autoras apon-
tam a necessidade da relação entre psicólogos e 
bacharéis em Direito para realização de uma boa 
intervenção.
Fonte: Sanson, Janaina Alessandra da Silva e Hohendorff, Jean 
VonDepoimento Especial a partir de Opiniões de Psicólogos 
Brasileiros Atuantes nessa Prática. Psico-USF [online]. 2021, 
v. 26, n. 1 [Acessado 26 Janeiro 2022] , pp. 27-39. Disponível 
em: <https://doi.org/10.1590/1413-82712021260103>. Epub 
14 Abr 2021. ISSN 2175-3563. <https://doi.org/10.1590/1413-
82712021260103>.
35. A justiça restaurativa foi implementada pela re-
solução n. 225 de 31/05/2016, pelo Conselho 
Nacional da Justiça. O TJSP aponta que ela é 
“constituída de um conjunto de princípios, mé-
todos, técnicas e atividades próprias, que visa 
à conscientização sobre os fatores relacionais, 
institucionais e sociais motivadores de conflitos 
e violência, e por meio do qual os conflitos que 
geram dano” (Justiça Restaurativa: tjsp.jus.br). A 
respeito do tema, julgue os itens abaixo e esco-
lha a assertiva correta.
(A) O Tribunal do Estado de São Paulo foi um 
dos últimos estados a normatizar o tema. 
Apesar disso, sua atuação tem sido referên-
cia no país.
(B) Os danos, sejam eles concretos ou abstratos, 
gerados pelos conflitos buscam ser soluciona-
dos com a participação do ofensor e vítima ou 
familiares. A intervenção acontece de maneira 
livre e espontânea, em que os facilitadores in-
tervêm o mínimo possível.
(C) A justiça restaurativa é compreendida como 
instrumento de transformação social que 
atua nas dimensões relacional, institucio-
nal e social.
(D) A dimensão relacional busca a participação 
de toda a comunidade, para que todos pos-
sam garantir suporte à justiça restaurativa 
como política e difundir valores e princípios 
restaurativos por toda a sociedade.
32
Psicólogo
(E) A dimensão institucional remete às transfor-
mações internas daqueles que participam 
das intervenções da Justiça Restaurativa, em 
que há a construção de responsabilidades e 
corresponsabilidades individuais e coletivas, 
coordenadas por facilitadores devidamente 
capacitados a tanto.
Letra c.
(A) Errado. São Paulo assumiu papel de vanguarda 
ao normatizar o tema pelo Provimento n. 35/2014, 
que fundamentou a Resolução 225/16 do CNJ. Des-
sa forma, o TJSP tem capacitado profissões de sua 
casa e pelo país, seja em formações presenciais ou 
a distância.
(B) Errado. O dano é trabalhado de maneira estru-
turada, pois se deve evitar a revitimização. Além da 
vítima e familiares, outros envolvidos da comunida-
de podem participar. Os encontros são dirigidos e 
coordenados pelos facilitadores restaurativos, que 
recebem treinamento específico para realização 
desse trabalho.
(C) Certo. Essa intervenção se propõe a atuar em 
todas as dimensões de convívio humano, como 
apontado pelo TJSP.
(D) Errado. Essa é a definição da dimensão social.
(E) Errado. Essa é a definição da dimensão 
relacional.
Fonte: Justiça Restaurativa: tjsp.jus.br.
36. A Justiça costuma ser representada por uma mu-
lher cega que carrega uma balança. Com essa 
representação, expressamos que diferenças in-
dividuais, como idade, gênero e raça não são re-
levantes para a aplicação da lei, mas o equilíbrio 
da balança. Entretanto, socialmente percebemos 
que a população percebe a Justiça como distan-
te. No intuito de aproximar-se da população, in-
tervenções têm sido realizadas nas escolas do 
Estado de São Paulo. Sobre o tema, julgue os 
itens abaixo e escolha a alternativa correta.
(A) A Justiça realizou parceria com a educação 
no intuito de andarem “de mãos dadas”, uma 
vez que uma das maiores preocupações da 
população é a violência. Esta se faz presente 
nas diversas instituições, como as escolas.
(B) Apesar da parceria estabelecida, a justiça res-
taurativa não ocupa um lugar de relevância, 
uma vez que apenas a justiça retributiva é re-
conhecida como imparcial.
(C) A colaboração entre justiça e educação não 
tem sido percebida como viável, uma vez 
que não conseguem reverter a degradação 
de valores.
(D) A transformação proposta pela justiça restau-
rativa foca-se no âmbito individual e na res-
tauração da ordem.
(E) A justiça restaurativa resolve a questão do 
que é justo e de como é uma escola justa, a 
partir de uma metodologia ativa na resolução 
de conflitos.
Letra a.
(A) Certo. A violência, que tanto preocupa os bra-
sileiros, está presente também nas escolas, como 
apontam Schilling & Kowalewski (2021).
(B) Errado. A justiça restaurativa ocupa lócus de 
destaque, uma vez que possibilita a relação com o 
outro, apresentando-se como uma alternativa mais 
justa do que a justiça retributiva, que tem sido per-
cebida como parcial e injusta.
(C) Errado. Exatamente o contrário. Ednir (2007 
apud Schilling & Kowalewski, 2021) destaca que 
“Justiça e Educação, estendendo reciprocamente 
as mãos, certamente maximizam suas capacidades 
para atuar no sentido contrário à triste realidade 
social que vivemos. As experiências anteriores de 
Justiça Restaurativa, no Brasil e no mundo, mos-
tram a viabilidade desta articulação, da qual depen-
dem a própria reversão do quadro de deterioraçãode valores e do individualismo sem limites na luta 
por sobrevivência, com a construção de direitos de 
cidadania para todos”.
(D) Errado. Transformações são esperadas nos 
âmbitos da justiça (tornando-se mais educativa), na 
educação (que se torna mais justa), impactando em 
toda a comunidade. Há expectativa de que os con-
flitos sejam solucionados de formas não-violentas.
(E) Errado. A discussão sobre o que é justo, ou o 
que é uma escola justa, é complexa. A justiça res-
taurativa tem muito a contribuir nessa construção, 
mas não é a única responsável por alterações im-
portantes nas relações escolares.
Fonte: Schilling, Flávia e Kowalewski, Daniele. O difícil 
encontro da justiça com a educação: problematizações sobre a 
justiça restaurativa. Educação e Pesquisa [online]. 2021, v. 47 
[Acessado em 28 de janeiro de 2022], e238777. Disponível em: 
<https://doi.org/10.1590/S1678-4634202147238777>. Epub 
03 Nov 2021. ISSN 1678-4634. https://doi.org/10.1590/S1678-
4634202147238777.
37. Sobre a atuação da(o) psicóloga(o) como pe-
rito no Poder Judiciário, assinale a alternativa 
INCORRETA:
(A) O psicólogo perito é profissional designado 
para assessorar a Justiça no limite de suas 
atribuições e, portanto, deve exercer tal fun-
ção com isenção em relação às partes en-
33
Psicólogo
volvidas e comprometimento ético para emitir 
posicionamento de sua competência teórico-
-técnica, a qual subsidiará a decisão judicial.
(B) Na conclusão de seu relatório, o psicólogo pe-
rito deverá apresentar uma decisão sobre o 
tema analisado, sendo que esta pode ou não 
ser seguida pelo Juiz, que tem a palavra final 
sobre o veredito.
(C) O psicólogo, no relacionamento com profis-
sionais não psicólogos, compartilhará so-
mente informações relevantes para qualificar 
o serviço prestado, resguardando o caráter 
confidencial das comunicações, assinalando 
a responsabilidade, de quem as receber, de 
preservar o sigilo.
(D) O perito poderá, para realizar seu trabalho, 
utilizar-se de observações, entrevistas, visi-
tas domiciliares e institucionais, aplicação de 
testes psicológicos, utilização de recursos lú-
dicos e outros instrumentos, métodos e técni-
cas reconhecidas pelo Conselho Federal de 
Psicologia.
(E) O juiz será assistido por psicólogo perito por 
ele nomeado, quando a prova do fato depen-
der de conhecimento técnico ou científico.
Letra b.
Todas as alternativas estão presentes na Resolu-
ção CFP n. 008/2010, que dispõe sobre a atuação 
do psicólogo como perito e assistente técnico no 
Poder Judiciário.
(A) Certo, CONSIDERANDO que o psicólogo perito 
é profissional designado para assessorar a Justiça 
no limite de suas atribuições e, portanto, deve exer-
cer tal função com isenção em relação às partes 
envolvidas e comprometimento ético para emitir po-
sicionamento de sua competência teórico-técnica, a 
qual subsidiará a decisão judicial.
(B) Errado.
Art. 7º Em seu relatório, o psicólogo perito apre-
sentará indicativos pertinentes à sua investiga-
ção que possam diretamente subsidiar o Juiz na 
solicitação realizada, reconhecendo os limites 
legais de sua atuação profissional, sem adentrar 
nas decisões, que são exclusivas às atribuições 
dos magistrados.
(C) Certo, CONSIDERANDO que o psicólogo, no 
relacionamento com profissionais não psicólogos 
compartilhará somente informações relevantes 
para qualificar o serviço prestado, resguardando o 
caráter confidencial das comunicações, assinalan-
do a responsabilidade, de quem as receber, de pre-
servar o sigilo.
(D) Certo.
Art. 3º Conforme a especificidade de cada si-
tuação, o trabalho pericial poderá contemplar 
observações, entrevistas, visitas domiciliares e 
institucionais, aplicação de testes psicológicos, 
utilização de recursos lúdicos e outros instrumen-
tos, métodos e técnicas reconhecidas pelo Con-
selho Federal de Psicologia.
(E) Certo, CONSIDERANDO que, quando a pro-
va do fato depender de conhecimento técnico 
ou científico, o juiz será assistido por perito, por 
ele nomeado.
38. Sobre a entrevista psicológica, segundo Bleger, é 
CORRETO afirmar:
(A) A entrevista psicológica, por ser um instru-
mento subjetivo de coleta de informações, 
não pode ser considerada um método cientí-
fico, sendo necessária a validação dos dados 
com a aplicação de testes, por exemplo.
(B) O objetivo da entrevista psicológica é obter 
dados completos da vida total do entrevista-
do, uma síntese tanto da situação presente 
como da história de um indivíduo, de sua do-
ença e de sua saúde.
(C) A entrevista psicológica é um instrumen-
to metodológico exclusivo de psicólogos e 
psiquiatras.
(D) Em todos os casos, a entrevista é sempre um 
fenômeno grupal, já que mesmo com a parti-
cipação de um só entrevistado, sua relação 
com o entrevistador deve ser considerada em 
função da psicologia e da dinâmica de grupo.
(E) A entrevista psicológica e a anamnese são o 
mesmo instrumento metodológico de obten-
ção de informações sobre o indivíduo.
Letra d.
Utilizando o livro “Temas de Psicologia – Entrevistas 
e Grupos”, de José Bleger, como referência, apre-
sentamos as explicações de cada alternativa:
(A) A entrevista é um instrumento fundamental do 
método clínico e é, portanto, uma técnica de inves-
tigação científica em psicologia. Como técnica tem 
seus próprios procedimentos ou regras empíricas 
com os quais não só se amplia e se verifica como 
também, ao mesmo tempo, se aplica o conheci-
mento científico.
(B) Esta alternativa traz uma visão de Bleger para a 
anamnese, e não para a entrevista psicológica.
(C) A entrevista psicológica é o instrumento funda-
mental de trabalho não somente para o psicólogo, 
como também para outros profissionais (psiquiatra, 
assistente social, sociólogo etc.).
34
Psicólogo
(D) Na perspectiva de Bleger, a relação entre en-
trevistado e entrevistador é um fenômeno social 
e, portanto, coletivo. Dessa maneira, é correta a 
afirmação.
(E) A entrevista psicológica difere da anamnese, 
pois objetiva o estudo e a utilização do comporta-
mento total do indivíduo em todo o curso da relação 
interpessoal estabelecida com o técnico, durante o 
tempo em que essa relação durar.
39. Bleger (2003) define a entrevista psicológica 
como “uma relação, com características particu-
lares, que se estabelece entre duas ou mais pes-
soas. O específico ou particular dessa relação re-
side em que um dos integrantes é um técnico da 
psicologia, que deve atuar nesse papel, e o outro 
– ou os outros – necessita de sua intervenção 
técnica” (p. 6 e 7). Com base na citação acima e 
em conhecimentos sobre entrevista psicológica, 
assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A utilização do termo técnico da psicologia 
indica que Bleger considera que a entrevista 
psicológica é um instrumento fundamental de 
trabalho não somente para o psicólogo, como 
também para outros profissionais, tais como 
o psiquiatra, o assistente social, o sociólogo, 
entre outros.
(B) O técnico não só utiliza a entrevista para apli-
car seus conhecimentos psicológicos no en-
trevistado, como também essa aplicação se 
produz precisamente através de seu próprio 
comportamento no decorrer da entrevista.
(C) A entrevista psicológica depende da capaci-
dade técnica do entrevistador (seu conheci-
mento) e também da "arte da entrevista", uma 
sensibilidade própria necessária ao entrevis-
tador, já que é impossível sistematizar as vari-
áveis presentes na entrevista.
(D) A entrevista psicológica consiste em uma rela-
ção humana na qual um dos integrantes deve 
procurar saber o que está acontecendo (técni-
co) e deve atuar segundo esse conhecimento, 
para atingir o objetivo da entrevista (investiga-
ção, diagnóstico, orientação, entre outros).
(E) Bleger afirma que a teoria da entrevista foi 
enormemente influenciada por conhecimen-
tos provenientes da psicanálise, da Gestalt, 
da topologia e do behaviorismo.
Letra c.
Utilizando o livro “Temas de Psicologia – Entrevistas 
e Grupos”, de José Bleger, como referência, apre-
sentamos as explicações de cada alternativa:
(A) Para Bleger,a entrevista psicológica é o instru-
mento fundamental de trabalho não somente para o 
psicólogo, como também para outros profissionais 
(psiquiatra, assistente social, sociólogo etc.).
(B) A entrevista é mais do que a aplicação de uma 
técnica, é um presentificar-se do entrevistador na 
relação interpessoal. Mais do que um técnico ou um 
aplicador de técnicas, o entrevistador é parte inte-
grante do processo.
(C) O caráter científico da teoria da entrevista se 
sustenta, de acordo com Bleger, pela possibilidade 
de realizar a entrevista em condições metodológi-
cas mais restritas, convertendo-a em instrumento 
científico no qual a "arte da entrevista" foi reduzida 
em função de uma sistematização das variáveis, e 
é essa sistematização que possibilita um maior rigor 
em sua aplicação e em seus resultados. O estudo 
científico da entrevista (a pesquisa do instrumento) 
tem reduzido sua proporção de arte e incrementa-
do sua operacionalidade e utilização como técnica 
científica.
(D) A entrevista não é um interrogatório, mas uma 
relação que serve a diversos propósitos possíveis 
(investigação, diagnóstico, orientação) e será fun-
damentada no saber (técnica) e na atuação (rela-
ção interpessoal) entre entrevistado e entrevistador.
(E) Bleger aponta que mesmo que não possamos 
selecionar especificamente a contribuição de cada 
um deles, convém assinalar sumariamente que 
a psicanálise influenciou com o conhecimento da 
dimensão inconsciente do comportamento, da 
transferência e contratransferência, da resistência 
e repressão, da projeção e introjeção etc. A Gestalt 
reforçou a compreensão da entrevista como 
um todo, no qual o entrevistador é um de seus 
integrantes, considerando o comportamento deste 
como um dos elementos da totalidade. A topologia 
levou a delinear e reconhecer o campo psicológico 
e suas leis, assim como o enfoque situacional. O 
behaviorismo influenciou com a importância da 
observação do comportamento.
40. Considerando o lugar do saber psicológico 
na instituição judiciária, analise as seguintes 
afirmativas:
I) A Psicologia, no contexto da justiça, tem como 
única função subsidiar tecnicamente o magistra-
do em sua tomada de decisão.
II) Para Foucault, emerge como uma disciplina 
que legitima a norma e a manutenção das rela-
ções de poder.
III) O saber psicológico, na instituição judiciária, 
atua em uma relação de subordinação ao Direito.
(A) Todas as afirmativas estão corretas.
(B) Somente as afirmativas I e II estão corretas
(C) Somente as alternativas I e III estão corretas.
(D) Somente a alternativa II está correta.
(E) Todas as afirmativas estão incorretas.
35
Psicólogo
Letra d.
I) Errado. O saber psicológico vai muito além da 
obrigação técnica de elaborar laudos e pareceres, 
visa também propor a reflexão acerca das práticas 
judiciárias, por meio de intervenções e da compre-
ensão acerca da subjetividade humana, questio-
nando o discurso normativo da Lei.
II) Certo. A Psicologia, como ciência reconhecida, 
corrobora um conjunto de saberes acerca da sub-
jetividade, da norma e dos desvios, sancionando 
práticas disciplinares e oferecendo-se como instru-
mento da manutenção das relações de poder e do 
status estabelecido.
III) Errado. O saber psicológico atua em comple-
mentariedade com o Direito, com o objetivo de 
promover uma relação que transcende a aplicação 
pura da Lei.
41. A prática da avaliação psicológica no contexto da 
instituição judiciária visa:
(A) atender a uma demanda específica. Na perícia 
de criança, adolescente ou interdito, a autori-
zação dos responsáveis legais pode ser supri-
mida, caso haja uma determinação judicial.
(B) responder demandas gerais do avaliado, por 
meio da aplicação de testes psicológicos (re-
conhecidos pela ciência psicológica). O uso 
de testes tem como objetivo reduzir os ques-
tionamentos e o número crescente de repre-
sentações referentes ao trabalho realizado 
pelo psicólogo no contexto do Poder Judici-
ário, por constituir-se de instrumento padroni-
zado e científico, diferentemente, por exem-
plo, da entrevista psicológica.
(C) a produção de pareceres que estabelecem 
decisões que devem ser homologadas pelo 
juiz. Caso seja questionado, o juiz deve de-
terminar nova avaliação, por outro perito, utili-
zando-se do mesmo instrumental.
(D) no âmbito prisional, participar de procedimen-
tos que envolvam práticas de caráter punitivo 
e disciplinar, em função da apuração de faltas 
disciplinares.
(E) atuar sem prejuízo do princípio da autonomia 
teórico-técnica e ético-profissional. Para esse 
propósito, o periciando não deve ser informa-
do dos motivos e das técnicas utilizadas, para 
não comprometer a veracidade das informa-
ções coletadas.
Letra a.
De acordo com a Cartilha Avaliação Psicológica (CFP 
2013), respondemos as alternativas acima: 
(A) Quando há determinação judicial a fim de que 
os psicólogos forenses realizem a perícia, a neces-
sidade de anuência dos responsáveis, ainda que 
seja do detentor da guarda, é suprida pela própria 
determinação judicial, não havendo, portanto, infra-
ções éticas em face da ausência de consentimen-
to (p. 29).
(B) A avaliação é direcionada a responder deman-
das específicas, originada no contexto pericial e 
poderá contemplar observações, entrevistas, visi-
tas domiciliares e institucionais, aplicação de testes 
psicológicos, utilização de recursos lúdicos e outros 
instrumentos, métodos e técnicas reconhecidas 
pela ciência psicológica (p. 28).
(C) Quanto à produção de pareceres, o psicólogo 
perito apresentará indicativos pertinentes à sua in-
vestigação que possam diretamente subsidiar a de-
cisão da Administração Pública, de entidade de na-
tureza privada ou de pessoa natural na solicitação 
realizada, reconhecendo os limites legais de sua 
atuação profissional (p. 29). Não há obrigatorieda-
de, por parte do juiz, em acatar o parecer, nem em 
determinar os critérios da avaliação.
(D) De acordo com a Resolução n. 012/2011, que 
regulamenta a atuação da(o) psicóloga(o) no âm-
bito do sistema prisional, além dos princípios éticos 
e orientações, arrolados nos artigos 1º, 2º, 3º e 5º 
dessa resolução, é vedado à(ao) psicóloga(o) par-
ticipar de procedimentos que envolvam as práticas 
de caráter punitivo e disciplinar, notadamente os de 
apuração de faltas disciplinares (art. 2º, parágrafo 
único) (p. 31).
(E) O profissional deverá atuar eticamente, sem 
prejuízo do princípio da autonomia teórico-técnica 
e ético-profissional, informando o periciando acerca 
dos motivos, das técnicas utilizadas, datas e local 
da avaliação pericial psicológica (p. 28).
42. Sobre o Estatuto do Idoso, assinale a alternati-
va CORRETA.
(A) Os direitos fundamentais do idoso estão lis-
tados no Estatuto do Idoso e divergem dos 
direitos da população geral.
(B) É obrigação exclusiva da família e do Poder 
Público assegurar ao idoso, com absoluta 
prioridade, a efetivação do direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, à cultura, 
ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, 
à liberdade, à dignidade, ao respeito e à con-
vivência familiar e comunitária.
(C) Dentre os idosos, é assegurada priorida-
de especial aos maiores de setenta e cinco 
anos, atendendo-se suas necessidades sem-
pre preferencialmente em relação aos de-
mais idosos. 
(D) É obrigação do Estado e da família assegu-
rar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a 
dignidade, como pessoa humana e sujeito de 
direitos civis, políticos, individuais e sociais, 
garantidos na Constituição e nas leis.
36
Psicólogo
(E) É obrigação do Estado garantir à pessoa 
idosa a proteção à vida e à saúde, median-
te efetivação de políticas sociais públicas que 
permitam um envelhecimento saudável e em 
condições de dignidade.
Letra e.
De acordo com a Lei n. 10.741/2003, que dispõe 
sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências:
(A) Art. 2o O idoso goza de todos os direitos funda-
mentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo 
da proteção integral de que trata esta Lei, assegu-
rando-se-lhe, por lei ou por outrosmeios, todas as 
oportunidades e facilidades, para preservação de 
sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento 
moral, intelectual, espiritual e social, em condições 
de liberdade e dignidade.
(B) Art. 3o É obrigação da família, da comunidade, 
da sociedade e do Poder Público assegurar ao ido-
so, com absoluta prioridade, a efetivação do direito 
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultu-
ra, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à 
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência 
familiar e comunitária.
(C) Art. 3o, § 2º Dentre os idosos, é assegurada 
prioridade especial aos maiores de oitenta anos, 
atendendo-se suas necessidades sempre preferen-
cialmente em relação aos demais idosos. 
(D) Art. 10. É obrigação do Estado e da sociedade, 
assegurar à pessoa idosa a liberdade, o respeito e a 
dignidade, como pessoa humana e sujeito de direi-
tos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos 
na Constituição e nas leis.
(E) Art. 9o É obrigação do Estado, garantir à pessoa 
idosa a proteção à vida e à saúde, mediante efe-
tivação de políticas sociais públicas que permitam 
um envelhecimento saudável e em condições de 
dignidade.
43. Entre as diversas formas de violência, a violência 
doméstica se apresenta como uma questão so-
cialmente sensível, demandando cada vez mais 
a participação efetiva da sociedade e do poder 
público para modificar uma realidade vergonhosa 
do cotidiano brasileiro. Sobre a violência domés-
tica, é CORRETO afirmar que:
(A) Iniciativas como a Lei Maria da Penha, ape-
sar de constituírem um avanço do ponto de 
vista legal/jurídico, não são capazes de pro-
mover mudanças efetivas nas relações entre 
homens e mulheres, porque as leis não têm 
poder sobre as construções culturais.
(B) A violência doméstica se beneficia do silêncio, 
da invisibilidade, da noção de privacidade. A 
participação efetiva da sociedade no combate 
e no debate público e político sobre as rela-
ções de violência visa oferecer um lugar de 
acolhimento às vítimas, sem julgamento so-
bre o seu comportamento.
(C) Quando falamos em violência doméstica con-
tra a mulher, questões como liberdade de ir 
e vir, autonomia financeira, direitos sexuais 
e reprodutivos não são considerados, por-
que constituem formas não agressivas de 
violência.
(D) Ao não denunciar a violência doméstica ou ao 
retirar a queixa contra o agressor, a mulher 
passa da posição de vítima para a de cúmpli-
ce, contribuindo para a perpetuação do ciclo 
da violência.
(E) A lógica da relação de poder que se estabele-
ce na violência doméstica fundamenta-se em 
um domínio concreto, baseado em condições 
socioeconômicas, de modo que o simbólico 
da dominação visa ressignificar este domínio, 
mas não lhe atribuir um caráter de verdade.
Letra b.
(A) As leis criam regras/normas que auxiliam na 
determinação das transformações socioculturais 
que permitem avanços significativos no combate à 
violência doméstica. Romper com as construções 
culturais e os estereótipos são ações que se ma-
nifestam socialmente e encontram, na legitimação 
das leis, formas de se estabelecerem e constituírem 
elementos importantes para as mudanças nas atitu-
des cotidianas de indivíduos e grupos.
(B) Por se tratar de algo que acontece na intimida-
de das relações afetivas e familiares, a explicitação 
da violência doméstica como violação de direitos 
não é uma tarefa fácil. É necessário trazer para o 
debate público a questão da violência praticada no 
privado, rompendo com as justificativas que perpe-
tuam práticas agressivas nas relações domésticas.
(C) A Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) afir-
ma, no seu art. 5º, que “para os efeitos desta Lei, 
configura violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gê-
nero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. 
Também não podemos perder de perspectiva que 
toda forma de violência, seja ela física ou não, cau-
sa dano à vítima e se trata, portanto, de uma forma 
de agressão. 
(D) É necessário compreender todas as circunstân-
cias que constituem o cenário da violência domés-
tica. Muitas vezes, associado a uma violência pri-
vada, existe um contexto no qual a denúncia não é 
uma escolha fácil, já que existem condições sociais, 
econômicas, psicológicas, entre outras, que podem 
inviabilizar uma ação de ruptura desta violência. 
Tratar a violência doméstica, e sua denúncia, como 
37
Psicólogo
uma questão individual e privada, nega o caráter 
socialmente produzido e implica à vítima “culpa” 
pela manutenção dessa situação de violência.
(E) Por uma perspectiva foucaultiana, a legitimação 
das diversas formas de dominação é construída 
como uma rede discursiva que emerge nas rela-
ções sócio-históricas e é por essas alçadas ao es-
tatuto de regime de verdade. São constituídas nos 
jogos de saber-poder em que estamos imersos, os 
quais produzem nossos corpos e as formas que as-
sumem as relações, estando assim completamente 
inseridas no campo do simbólico.
44. Considerando a Resolução CFP 06/2019, o do-
cumento resultante de um processo de avaliação 
psicológica, com finalidade de subsidiar decisões 
relacionadas ao contexto em que surgiu a de-
manda, denomina-se:
(A) declaração.
(B) atestado psicológico.
(C) relatório.
(D) laudo psicológico.
(E) parecer psicológico.
Letra d.
De acordo com a Resolução CFP 06/2019:
(A) Art. 9º Declaração consiste em um documen-
to escrito que tem por finalidade registrar, de forma 
objetiva e sucinta, informações sobre a prestação 
de serviço realizado ou em realização, abrangen-
do as seguintes informações: I – comparecimento 
da pessoa atendida e seu(sua) acompanhante; II 
– acompanhamento psicológico realizado ou em 
realização; III – informações sobre tempo de acom-
panhamento, dias e horários.
(B) Art. 10. Atestado psicólogo consiste em um 
documento que certifica, com fundamento em um 
diagnóstico psicológico, uma determinada situa-
ção, estado ou funcionamento psicológico, com a 
finalidade de afirmar as condições psicológicas de 
quem, por requerimento, o solicita.
(C) Art. 11. O relatório psicológico consiste em um 
documento que, por meio de uma exposição escri-
ta, descritiva e circunstanciada, considera os condi-
cionantes históricos e sociais da pessoa, grupo ou 
instituição atendida, podendo também ter caráter 
informativo. Visa a comunicar a atuação profissio-
nal da(o) psicóloga(o) em diferentes processos de 
trabalho já desenvolvidos ou em desenvolvimento, 
podendo gerar orientações, recomendações, enca-
minhamentos e intervenções pertinentes à situação 
descrita no documento, não tendo como finalidade 
produzir diagnóstico psicológico.
(D) Art. 13. O laudo psicológico é o resultado de 
um processo de avaliação psicológica, com finalida-
de de subsidiar decisões relacionadas ao contexto 
em que surgiu a demanda. Apresenta informações 
técnicas e científicas dos fenômenos psicológicos, 
considerando os condicionantes históricos e sociais 
da pessoa, grupo ou instituição atendida.
(E) Art. 14. O parecer psicológico é um pronuncia-
mento por escrito, que tem como finalidade apre-
sentar uma análise técnica, respondendo a uma 
questão-problema do campo psicológico ou a docu-
mentos psicológicos questionados.
45. A Resolução CFP 06/2019 traz orientações sobre 
a elaboração de documentos escritos produzidos 
pela(o) psicóloga(o) no exercício profissional. De 
acordo com o que traz a referida resolução, assi-
nale a alternativa CORRETA sobre documentos 
psicológicos.
(A) O parecer psicológico não é um documento 
resultante do processo de avaliação psicoló-
gica ou de intervenção psicológica.
(B) O registro de sintomas, situações ou estados 
psicológicos é obrigatório na Declaração.
(C) O atestado psicológico não pode ser utiliza-
do para justificar afastamento do trabalho, a 
não ser que seja homologado por um Médico 
do Trabalho.
(D) Em situações nas quais a(o) psicóloga(o) 
compõe equipe multiprofissional, o laudo psi-
cológiconão pode ser utilizado.
(E) O relatório psicológico tem como finalidade 
produzir diagnóstico psicológico a partir da 
atuação profissional da(o) psicóloga(o) em di-
ferentes processos de trabalho.
Letra a.
De acordo com a Resolução CFP 06/2019:
(A) Art. 14. O parecer psicológico é um pronuncia-
mento por escrito, que tem como finalidade apre-
sentar uma análise técnica, respondendo a uma 
questão-problema do campo psicológico ou a docu-
mentos psicológicos questionados.
I – O parecer psicológico visa a dirimir dúvidas de 
uma questão-problema ou documento psicológico 
que estão interferindo na decisão do solicitante, 
sendo, portanto, uma resposta a uma consulta.
II – A elaboração de parecer psicológico exige, da(o) 
psicóloga(o), conhecimento específico e competên-
cia no assunto.
III – O resultado do parecer psicológico pode ser 
indicativo ou conclusivo.
IV – O parecer psicológico não é um documento re-
sultante do processo de avaliação psicológica ou de 
intervenção psicológica.
(B) Art. 9º Declaração consiste em um documento 
escrito que tem por finalidade registrar, de forma ob-
jetiva e sucinta, informações sobre a prestação de 
serviço realizado ou em realização, abrangendo as 
seguintes informações:
38
Psicólogo
I – Comparecimento da pessoa atendida e seu(sua) 
acompanhante;
II – Acompanhamento psicológico realizado ou em 
realização;
III – Informações sobre tempo de acompanhamen-
to, dias e horários.
§ 1º É vedado o registro de sintomas, situações ou 
estados psicológicos na Declaração.
(C) Art. 10. Atestado psicólogo consiste em um 
documento que certifica, com fundamento em um 
diagnóstico psicológico, uma determinada situa-
ção, estado ou funcionamento psicológico, com a 
finalidade de afirmar as condições psicológicas de 
quem, por requerimento, o solicita.
§ 1º O atestado presta-se também a comunicar o 
diagnóstico de condições mentais que incapacitem 
a pessoa atendida, com fins de:
I – Justificar faltas e impedimentos;
II – Justificar estar apto ou não para atividades 
específicas (manusear arma de fogo, dirigir veícu-
lo motorizado no trânsito, assumir cargo público 
ou privado, entre outros), após realização de um 
processo de avaliação psicológica, dentro do rigor 
técnico e ético que subscrevem a Resolução CFP 
n. 09/2018 e a presente, ou outras que venham a 
alterá-las ou substituí-las;
III – Solicitar afastamento e/ou dispensa, subsidiada 
na afirmação atestada do fato.
(D) Art. 13. O laudo psicológico é o resultado de 
um processo de avaliação psicológica, com finalida-
de de subsidiar decisões relacionadas ao contexto 
em que surgiu a demanda. Apresenta informações 
técnicas e científicas dos fenômenos psicológicos, 
considerando os condicionantes históricos e sociais 
da pessoa, grupo ou instituição atendida.
V – Nos casos em que a(o) psicóloga(o) atue em 
equipes multiprofissionais, e havendo solicitação de 
um documento decorrente da avaliação, o laudo psi-
cológico ou informações decorrentes da avaliação 
psicológica poderão compor um documento único.
VI – Na hipótese do inciso anterior, é indispensável 
que a(o) psicóloga(o) registre informações necessá-
rias ao cumprimento dos objetivos da atuação multi-
profissional, resguardando o caráter do documento 
como registro e a forma de avaliação em equipe.
VII – Deve-se considerar o sigilo profissional na 
elaboração do laudo psicológico em conjunto com 
equipe multiprofissional, conforme estabelece o Có-
digo de Ética Profissional do Psicólogo.
(E) Art. 11. O relatório psicológico consiste em um 
documento que, por meio de uma exposição escri-
ta, descritiva e circunstanciada, considera os condi-
cionantes históricos e sociais da pessoa, grupo ou 
instituição atendida, podendo também ter caráter 
informativo. Visa a comunicar a atuação profissio-
nal da(o) psicóloga(o) em diferentes processos de 
trabalho já desenvolvidos ou em desenvolvimento, 
podendo gerar orientações, recomendações, enca-
minhamentos e intervenções pertinentes à situação 
descrita no documento, não tendo como finalidade 
produzir diagnóstico psicológico.
46. A adolescente Alice, de 17 anos, encontra-se 
cumprindo medida socioeducativa de privação 
de liberdade (internação). Ela tem um bebê de 3 
meses, que nasceu durante o período da interna-
ção. Nessa situação, de acordo com o SINASE, 
é CORRETO afirmar que:
(A) a informação sobre a situação da mãe deve 
constar do registro de nascimento da criança.
(B) será autorizado um período máximo de 6 
meses para que a criança permaneça com 
a mãe, para que seja possível a garantia da 
amamentação à criança.
(C) a criança só poderá visitar a mãe após com-
pletar 1 ano de nascida.
(D) há atendimento garantido em creche e pré-
-escola aos filhos de 0 (zero) a 5 (cinco) anos.
(E) a medida deve ser declara extinta, a partir da 
identificação da gravidez da adolescente.
Letra d.
SINASE
(A) Art. 63. (VETADO).
§ 1º O filho de adolescente nascido nos estabeleci-
mentos referidos no caput deste artigo não terá tal 
informação lançada em seu registro de nascimento.
(B) Art. 63. (VETADO)
§ 2º Serão asseguradas as condições necessárias 
para que a adolescente submetida à execução de 
medida socioeducativa de privação de liberdade 
permaneça com o seu filho durante o período de 
amamentação.
(C) Art. 69. É garantido aos adolescentes em cum-
primento de medida socioeducativa de internação 
o direito de receber visita dos filhos, independente-
mente da idade desses.
(D) Art. 49. São direitos do adolescente submeti-
do ao cumprimento de medida socioeducativa, sem 
prejuízo de outros previstos em lei:
VIII – ter atendimento garantido em creche e pré-
-escola aos filhos de 0 (zero) a 5 (cinco) anos.
(E) Art. 46. A medida socioeducativa será declara-
da extinta:
I – pela morte do adolescente;
II – pela realização de sua finalidade;
III – pela aplicação de pena privativa de liberdade, a 
ser cumprida em regime fechado ou semiaberto, em 
execução provisória ou definitiva;
IV – pela condição de doença grave, que torne o 
adolescente incapaz de submeter-se ao cumpri-
mento da medida; e
V – nas demais hipóteses previstas em lei.
39
Psicólogo
47. Sobre as medidas socioeducativas aplicadas a 
adolescente em conflito com a Lei, assinale a al-
ternativa INCORRETA.
(A) A internação provisória (antes da sentença) 
pode ser determinada pelo prazo máximo de 
sessenta dias.
(B) As medidas socioeducativas previstas no 
ECA são: advertência; obrigação de reparar 
o dano; prestação de serviço à comunidade, 
liberdade assistida; semiliberdade; e interna-
ção em estabelecimento educacional.
(C) A prestação de serviços à comunidade deve 
ter duração máxima de 8 horas semanais, 
podendo ocorrer aos sábados, domingos 
e feriados.
(D) A medida de internação deve levar em con-
sideração os princípios de brevidade, excep-
cionalidade e respeito à condição peculiar 
do adolescente enquanto pessoa em desen-
volvimento.
(E) São direitos do adolescente em privação de 
liberdade, entre outros: peticionar diretamen-
te a qualquer autoridade; receber visitas, ao 
menos, semanalmente; corresponder-se com 
seus familiares e amigos; receber escolariza-
ção e profissionalização; realizar atividades 
culturais, esportivas e de lazer; receber as-
sistência religiosa, segundo a sua crença, e 
desde que assim o deseje.
Letra a.
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adoles-
cente (ECA):
(A) Art. 108. A internação, antes da sentença, pode 
ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e 
cinco dias.
(B) Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, 
a autoridade competente poderá aplicar ao adoles-
cente as seguintes medidas:
I – advertência;
II – obrigação de reparar o dano;
III – prestação de serviços à comunidade;
IV – liberdade assistida;
V – inserção em regime de semiliberdade;
VI – internação em estabelecimento educacional;
(C) Art. 117. A prestação de serviços comunitá-
rios consiste na realização de tarefas gratuitas de 
interesse geral, por período não excedente a seis 
meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, 
escolase outros estabelecimentos congêneres, 
bem como em programas comunitários ou go-
vernamentais.
Parágrafo único. As tarefas serão atribuídas confor-
me as aptidões do adolescente, devendo ser cum-
pridas durante jornada máxima de oito horas se-
manais, aos sábados, domingos e feriados ou em 
dias úteis, de modo a não prejudicar a frequência à 
escola ou à jornada normal de trabalho.
(D) Art. 121. A internação constitui medida privativa 
da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, 
excepcionalidade e respeito à condição peculiar de 
pessoa em desenvolvimento.
(E) Art. 124. São direitos do adolescente privado 
de liberdade, entre outros, os seguintes:
I – entrevistar-se pessoalmente com o representan-
te do Ministério Público;
II – peticionar diretamente a qualquer autoridade;
III – avistar-se reservadamente com seu defensor;
IV – ser informado de sua situação processual, 
sempre que solicitada;
V – ser tratado com respeito e dignidade;
VI – permanecer internado na mesma localidade ou 
naquela mais próxima ao domicílio de seus pais ou 
responsável;
VII – receber visitas, ao menos, semanalmente;
VIII – corresponder-se com seus familiares e amigos;
IX – ter acesso aos objetos necessários à higiene e 
asseio pessoal;
X – habitar alojamento em condições adequadas de 
higiene e salubridade;
XI – receber escolarização e profissionalização;
XII – realizar atividades culturais, esportivas 
e de lazer:
XIII – ter acesso aos meios de comunicação social;
XIV – receber assistência religiosa, segundo a sua 
crença, e desde que assim o deseje;
XV – manter a posse de seus objetos pessoais e 
dispor de local seguro para guardá-los, recebendo 
comprovante daqueles porventura depositados em 
poder da entidade;
XVI – receber, quando de sua desinternação, os 
documentos pessoais indispensáveis à vida em 
sociedade.
48. O enfrentamento das desigualdades sociais pas-
sa pelo reconhecimento das diferenças e pela va-
lorização das capacidades dos indivíduos. Com a 
Lei n. 13.146/2015, conhecida como Estatuto da 
Pessoa com Deficiência, estabelecem-se princí-
pios de igualdade, proteção e garantia de direitos 
para a pessoa com deficiência, entre as quais é 
CORRETO afirmar:
(A) Toda pessoa com deficiência tem direito à 
igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas, considerando as limitações impos-
tas pela sua deficiência.
(B) A deficiência não afeta a plena capacidade 
civil da pessoa, exceto para o exercício de di-
reitos à fertilidade, não estando habilitada a 
participar de programas de fertilização e re-
produção humana.
40
Psicólogo
(C) Compete ao poder público garantir a digni-
dade da pessoa com deficiência ao longo de 
toda a vida.
(D) A avaliação da deficiência, quando necessá-
ria, será realizada por médico perito, de acor-
do com os critérios estabelecidos no Catálogo 
Internacional de Doenças (CID).
(E) A pessoa com deficiência está obrigada à 
fruição de benefícios decorrentes de ação 
afirmativa.
Letra c.
De acordo com a Lei n. 13.146/2015 (Estatuto da 
Pessoa com Deficiência), identificamos os erros 
nas questões acima:
(A) Errado.
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito 
à igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de dis-
criminação.
Devemos ficar atentos à questão da não promoção 
de qualquer tipo de discriminação.
(B) Errado.
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacida-
de civil da pessoa, inclusive para:
I – casar-se e constituir união estável;
II – exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III – exercer o direito de decidir sobre o número 
de filhos e de ter acesso a informações adequa-
das sobre reprodução e planejamento familiar;
IV – conservar sua fertilidade, sendo vedada a 
esterilização compulsória;
V – exercer o direito à família e à convivência fa-
miliar e comunitária; e
VI – exercer o direito à guarda, à tutela, à cura-
tela e à adoção, como adotante ou adotando, 
em igualdade de oportunidades com as de-
mais pessoas.
Devemos atentar para o fato de que a deficiência 
não afeta a plena capacidade civil da pessoa, nem o 
exercício dos direitos garantidos a todos, como, por 
exemplo, os direitos reprodutivos.
(C) Certo.
Art. 10. Compete ao poder público garantir a dig-
nidade da pessoa com deficiência ao longo de 
toda a vida.
A garantia da dignidade da pessoa com deficiência 
compete ao poder público. Em muitas situações, é 
estabelecida responsabilidade compartilhada entre 
Estado (poder público), sociedade e família sobre o 
bem-estar e garantias de direitos, como, por exem-
plo, na área da educação. Entretanto, a Lei esta-
belece que a dignidade é uma competência do po-
der público.
(D) Errado.
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência 
aquela que tem impedimento de longo prazo de 
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, 
o qual, em interação com uma ou mais barreiras, 
pode obstruir sua participação plena e efetiva na 
sociedade em igualdade de condições com as 
demais pessoas.
§ 1º A avaliação da deficiência, quando neces-
sária, será biopsicossocial, realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar.
(E) Errado.
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito 
à igualdade de oportunidades com as demais 
pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de dis-
criminação.
§ 2º A pessoa com deficiência não está obriga-
da à fruição de benefícios decorrentes de ação 
afirmativa.
49. De acordo com o Código de Ética do Psicólogo 
(Resolução CFP 10/2005), são deveres funda-
mentais da(o) psicóloga(o), EXCETO:
(A) prestar serviços profissionais em situações de 
calamidade pública ou de emergência, sem 
visar benefício pessoal.
(B) informar, a quem de direito, todos os resulta-
dos decorrentes da prestação de serviços psi-
cológicos, por meio de relatório psicológico.
(C) assumir responsabilidades profissionais so-
mente por atividades para as quais esteja ca-
pacitado pessoal, teórica e tecnicamente.
(D) sugerir serviços de outros psicólogos, sempre 
que, por motivos justificáveis, não puderem 
ser continuados pelo profissional que os assu-
miu inicialmente, fornecendo ao seu substitu-
to as informações necessárias à continuidade 
do trabalho.
(E) levar ao conhecimento das instâncias compe-
tentes o exercício ilegal ou irregular da pro-
fissão, transgressões a princípios e diretrizes 
desse Código ou da legislação profissional.
Letra b.
De acordo com o Código de Ético do Psicólogo:
Art. 1º São deveres fundamentais dos psicólogos:
g) Informar, a quem de direito, os resultados de-
correntes da prestação de serviços psicológicos, 
transmitindo somente o que for necessário para 
41
Psicólogo
a tomada de decisões que afetem o usuário ou 
beneficiário.
As informações decorrentes da prestação de ser-
viços psicológicos têm obrigatoriedade de registro 
(Resolução CFP 01/2009), sendo que apenas as in-
formações necessárias devem ser compartilhadas.
50. Sobre o Código de Ética do Psicólogo (Resolu-
ção CFP 10/2005), é correto afirmar que:
(A) ao psicólogo que atua em serviços de saúde 
é vedada a participação em greves ou pa-
ralisações.
(B) o psicólogo, no relacionamento com profis-
sionais não psicólogos, não fará registro de 
informações em relatório multiprofissional, 
como forma de assegurar o sigilo e a confi-
dencialidade das informações.
(C) o psicólogo poderá ser perito, avaliador ou pa-
recerista em situações nas quais possua vín-
culos profissionais atuais com a parte, desde 
que encerre este vínculo para assumir a nova 
atividade.
(D) ao psicólogo é vedado receber, pagar remu-
neração ou porcentagem por encaminhamen-
to de serviços.
(E) ao psicólogo é vedado realizar atendimento 
não eventual de criança, adolescente ou inter-
dito, sem obter a autorização formal de ambos 
os pais ou responsáveis, observadas as de-
terminações da legislação vigente.
Letra d.
De acordo com o Código de Ética do Psicólogo:
(A) Art. 5º O psicólogo, quando participar de greves 
ou paralisações, garantirá que: a) As atividades de 
emergência não sejam interrompidas; b) Haja pré-
via comunicação da paralisaçãoaos usuários ou 
beneficiários dos serviços atingidos pela mesma.
(B) Art. 6º O psicólogo, no relacionamento com pro-
fissionais não psicólogos: b) Compartilhará somen-
te informações relevantes para qualificar o serviço 
prestado, resguardando o caráter confidencial das 
comunicações, assinalando a responsabilidade, de 
quem as receber, de preservar o sigilo.
(C) É vedado a(ao) psicóloga(o) ser perito, avaliador 
ou parecerista em situações nas quais seus víncu-
los pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, 
possam afetar a qualidade do trabalho a ser realiza-
do ou a fidelidade aos resultados da avaliação.
(D) Certo. Art. 2º Ao psicólogo é vedado: p) Rece-
ber, pagar remuneração ou porcentagem por enca-
minhamento de serviços;
(E) Art. 8º Para realizar atendimento não eventu-
al de criança, adolescente ou interdito, o psicólogo 
deverá obter autorização de ao menos um de seus 
responsáveis, observadas as determinações da le-
gislação vigente.
51. O documento Relações Raciais: Referências 
Técnicas para a Prática da(o) Psicóloga(o), ela-
borado pelo Conselho Federal de Psicologia no 
âmbito do Centro de Referência Técnica em Psi-
cologia e Políticas Públicas (Crepop), representa 
o compromisso e um posicionamento da Psicolo-
gia diante das diversas formas de discriminação. 
Com base no referido documento, assinale a al-
ternativa CORRETA.
(A) O racismo é uma construção sócio-histórica 
de dominação pautada na presunção de que 
existem raças superiores e inferiores, basea-
do em uma ideologia que afeta as relações 
interpessoais, mas que hoje, por conta de po-
líticas afirmativas, tem menos impacto social 
do que a desigualdade de renda.
(B) O fortalecimento do pertencimento e da iden-
tidade negra, que surge como efeito psicosso-
cial do racismo, apesar de bem-intencionado, 
acaba contribuindo para uma cisão social e 
o aumento das tensões entre pessoas ne-
gras e brancas. A superação do racismo é 
a única forma de atingirmos uma sociedade 
harmoniosa.
(C) O racismo reverso acontece quando uma pes-
soa branca é discriminada pelo simples fato 
de ser branco, expondo um preconceito que 
muitas vezes não é admitido no Brasil.
(D) A resolução do CFP n. 18/2002 é um marco 
no combate à discriminação racial, estabele-
cendo que é vedado ao psicólogo falar sobre 
racismo na sua atuação profissional.
(E) Um dos efeitos psicossociais possíveis do ra-
cismo é a negação da discriminação sofrida, 
como forma de garantir certa integridade psí-
quica e intersubjetiva à vítima.
Letra e.
(A) Não é possível separar os impactos da desi-
gualdade social presentes no Brasil do processo 
histórico de dominação e opressão vivenciados 
pela população negra. As políticas afirmativas bus-
cam trazer oportunidades, mas ainda não garantem 
equilíbrio nas relações sociais. Como afirma o do-
cumento, “o racismo é uma ideologia de abrangên-
cia ampla, complexa, sistêmica, violenta, que pene-
tra e participa da cultura, da política, da economia, 
da ética..., enfim, da vida subjetiva, vincular, social e 
institucional das pessoas” (p. 10), ou seja, vai muito 
além das relações interpessoais, estando presente 
nas diversas esferas da vida social.
42
Psicólogo
(B) Atribuir a valorização da identidade negra um 
potencial desagregador e conflituoso às relações 
sociais surge como (mais) uma forma de opressão. 
Segundo nossa referência “[Em Ansara, 2008] o 
sentimento de pertença ao grupo racial negro per-
mite ao negro a construção de uma identidade pes-
soal e coletiva saudável, estimulante de laços e co-
esão, instigante de perspectiva positiva em relação 
a sua própria capacidade. Dessa forma, entende-se 
que a identidade pessoal e a identidade coletiva 
negras pautadas em valoração positiva contribuem 
para o aumento da autoconfiança, da autoestima e 
do potencial da sociedade como um todo” (p. 59).
(C) Racismo reverso não existe. O racismo é resul-
tado de uma dominação histórico-cultural realizado, 
no Brasil, com as populações negra e indígena, de 
modo que não se pode falar em racismo contra a 
população branca porque, historicamente, não se 
trata de uma população oprimida ou dominada. Isso 
não significa que não existam atitudes preconceitu-
osas direcionadas a pessoas brancas, mas isso não 
constitui racismo, mas discriminação.
(D) A resolução CFP n. 18/2002 marca o compro-
misso da Psicologia em combater o racismo e pro-
mover os direitos humanos, por meio do diálogo, do 
questionamento e de uma postura antirracista. Não 
falar sobre racismo é negá-lo, e isso não promove a 
transformação dessa atitude. A resolução afirma em 
seus artigos:
Art. 1º Os psicólogos atuarão segundo os princípios 
éticos da profissão contribuindo com o seu conhe-
cimento para uma reflexão sobre o preconceito e 
para a eliminação do racismo.
Art. 2º Os psicólogos não exercerão qualquer ação 
que favoreça a discriminação ou preconceito de 
raça ou etnia.
Art. 3º Os psicólogos, no exercício profissional, não 
serão coniventes e nem se omitirão perante o crime 
do racismo.
Art. 4º Os psicólogos não se utilizarão de instru-
mentos ou técnicas psicológicas para criar, manter 
ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou 
discriminação racial.
Art. 5º Os psicólogos não colaborarão com eventos 
ou serviços que sejam de natureza discriminatória 
ou contribuam para o desenvolvimento de culturas 
institucionais discriminatórias.
Art. 6º Os psicólogos não se pronunciarão nem par-
ticiparão de pronunciamentos públicos nos meios 
de comunicação de massa de modo a reforçar o 
preconceito racial
(E) Certo. Podemos delinear três (3) efeitos psicos-
sociais para a vítima do racismo:
Crescimento e questionamento – apoiado em cons-
truções culturais e políticas contra o racismo, em 
laços familiares e amistosos, o sujeito percebe o 
impacto do racismo vivido e constrói recursos psí-
quicos e sociais para enfrentá-lo. Para isso é ne-
cessário ter consciência sobre o racismo e suas 
estruturas.
Utilização de mecanismos psíquicos defensivos 
contra o racismo – afetado pelo impacto da domi-
nação racista, numa tentativa de não enfrentar a 
discriminação vivida, faz uso de mecanismos de 
defesa (como a negação e a identificação com o 
agressor) para que haja a manutenção de certa in-
tegridade psíquica e intersubjetiva.
Dilaceramento psíquico – nestes casos, a vivência 
do racismo é catastrófica, gerando efeitos psicoló-
gicos que demandam uma gama variada de apoio 
para se refazer do trauma vivido, o que pode incluir 
terapia individual, familiar, acesso a políticas públi-
cas reparadoras etc.
52. Sobre os aspectos psicossociais do fenômeno da 
violência, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) A violência contra a mulher é uma forma 
específica de violência estabelecida social-
mente sobre a concepção de que a mulher é 
“propriedade do homem”, de modo que lhe é 
“legitimado” o direito sobre o seu corpo, sua 
liberdade, suas escolhas e sobre sua vida. O 
enfrentamento desse tipo de violência passa 
por mudanças profundas nas relações de gê-
nero, na eliminação de concepções segrega-
das e discriminadoras associadas ao masculi-
no/masculinidade e ao feminino/feminilidade, 
a promoção da igualdade e valorização das 
diferenças.
(B) Cada sociedade tem a sua própria concep-
ção sobre violência, porque ela é um produto 
de seu meio. Portanto, não é possível definir 
violência sem caracterizá-la socialmente, pois 
ela se nutre de fatos políticos, econômicos e 
culturais traduzidos nas relações cotidianas. 
Mesmo que atos de violência estejam presen-
tes universalmente, eles não são percebidos 
da mesma maneira, tendo representações e 
significados distintos em cada contexto.
(C) A teoria da aprendizagem social de Bandu-
ra afirma que aprendemos comportamentos 
sociais através da observação e imitação; 
somos recompensados e punidos por estes 
comportamentos. No caso da violência, com-
portamentos comumente percebidos como 
inapropriados podem ser “permitidos” caso 
haja um modelo que os legitime. É o caso da 
“violência que gera violência”.(D) A violência contra minorias (mulheres, negros, 
homossexuais, por exemplo) é um fenômeno 
comum na nossa sociedade. Leis e ações so-
ciais que visam punir e dar maior visibilidade à 
violência praticada contra estas minorias têm 
43
Psicólogo
enfrentado resistência dentro da sociedade, 
por se tratar de políticas segregacionistas e 
que criminalizam o livre pensar.
(E) A violência é um ato consciente e delibera-
do, no qual, em uma situação de interação 
social, um ou vários atores agem de maneira 
direta ou indireta, causando danos a uma ou 
várias pessoas, em sua integridade física, em 
sua integridade moral, em suas posses, ou 
em suas participações simbólicas e culturais. 
Há intenção no agir violento, que se consti-
tui socialmente como instrumento de domínio 
e opressão.
Letra d.
O argumento de que a proteção oferecida aos gru-
pos vulneráveis (minorias) fere o direito à opinião re-
produz concepções da violência e da discriminação 
estruturais que existem na sociedade. O argumento 
das liberdades individuais de manifestação não au-
toriza atitudes racistas, opressivas e violentas. Não 
se trata de políticas segregacionistas, porque, de 
fato, elas garantem direitos que já estão estabeleci-
dos constitucionalmente, e fortalecem o sentido da 
busca por uma sociedade livre do preconceito e de 
violências.
BLOCO III
CONHECIMENTOS GERAIS
ATUALIDADES
OTONIEL LINHARES
53. O Talibã retomou o poder do Afeganistão 20 anos 
depois que eles foram derrubados pelas tropas 
norte-americanas que invadiram o país em 2001. 
A retomada do poder pelo Talibã se iniciou com 
o anúncio do governo norte-americano de que as 
tropas dos Estados Unidos abandonariam o país.
Fonte: Uol Notícias (2021).
A respeito do retorno do Talibã ao poder, é corre-
to afirmar que
(A) minorias étnicas e religiosas e mulheres são 
os grupos que mais sofrem com o Talibã.
(B) países como Rússia e China não têm interes-
se em negociar diplomaticamente com os fun-
damentalistas.
(C) agosto de 2021 ficou marcado como o dia em 
que o Talibã perdeu o controle sobre Cabul, 
capital do Afeganistão.
(D) o Talibã nunca controlou algumas províncias 
afegãs, mas, em agosto, a campanha militar 
do grupo se intensificou.
(E) analistas apontavam que a retirada das tro-
pas norte-americanas do Afeganistão pode-
ria resultar em um retorno do Talibã ao poder 
afegão e foi exatamente o que não aconte-
ceu, pois o grupo que assumiu o poder foi 
a Al-Qaeda.
Letra a.
A avanço do Talibã já resultou em execuções em 
algumas partes do Afeganistão, e estima-se que 
alguns dos avanços que aconteceram no país nos 
últimos 20 anos, como a grande presença de mu-
lheres em escolas e no mercado de trabalho, já dei-
xaram de existir. Outro temor é o acerto de contas 
que o Talibã pode promover no país por ter sido der-
rubado do poder 20 anos atrás.
Durante o domínio talibã na região, as mulheres não 
tinham permissão para trabalhar ou estudar e de-
veriam ficar confinadas em casa. Elas só poderiam 
sair se estivessem acompanhadas de um homem.
As autoridades provinciais emitiram diretrizes e 
decretos baseados em interpretações locais da lei 
e tradições islâmicas que restringiram os direitos 
das mulheres.
As estudantes do ensino médio não puderam retor-
nar às escolas nas províncias, onde muitas univer-
sidades fecharam, e as mulheres foram impedidas 
de trabalhar na administração pública.
44
Psicólogo
As mulheres que fazem viagens longas também 
devem ser acompanhadas por um parente do sexo 
masculino, e placas nas ruas ordenam que usem a 
burca, um véu que cobre todo o rosto com uma rede 
de pano sobre os olhos.
Fonte: <Istoedinheiro.com.br> (2022).
54. Foram 229 votos a favor da mudança da urna 
eletrônica, 218 contra e 1 abstenção. Embora o 
placar tenha sido levemente favorável à PEC, o 
resultado ficou bem distante do necessário para 
aprovar a medida. Por se tratar de uma tentativa 
de alteração da Constituição, era preciso ao me-
nos 308 deputados a favor para que a proposta 
seguisse tramitando no Congresso.
Fonte:< www.bbcbrasil.com>. Agosto de 2021.
Utilizando o fragmento como referência, marque 
o item correto.
(A) A proposta do voto impresso nunca foi uma 
bandeira de Bolsonaro.
(B) A PEC foi analisada no plenário da Câmara 
após ter sido aprovada na comissão especial 
criada para analisar a proposta.
(C) Bolsonaro continua com seu discurso de con-
testação à segurança das urnas eletrônicas.
(D) O próprio presidente da República indicou 
que desistirá do assunto.
(E) O voto impresso se tornou uma união entre o 
Palácio do Planalto e o Poder Judiciário.
Letra c.
A proposta do voto impresso se tornou uma bandei-
ra central de Bolsonaro. Sem apresentar provas, ele 
alega que as urnas eletrônicas podem ser frauda-
das e que apenas o registro físico do voto permitiria 
uma auditoria do resultado do pleito, o que o Tribu-
nal Superior Eleitoral (TSE) refuta.
Após receber alta hospitalar no dia 05/01/2022, o 
presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a 
segurança das urnas eletrônicas e ameaçou o TSE 
(Tribunal Superior Eleitoral). O mandatário disse, 
ainda, que o Ministério da Defesa enviou questio-
namentos ao órgão e que, se não se convencerem 
das respostas, "algo terá que ser mudado no TSE".
55. O Brasil poderá ter uma nova unidade da fede-
ração com a criação do estado de Tapajós, que 
surgiria da divisão do Pará. O projeto de lei sobre 
o tema está na pauta do Senado.
Fonte: Uol Notícias. Novembro de 2021.
Sobre a proposta de criação de uma nova unida-
de da federação, marque o item correto.
(A) Para de fato ocorrer – a criação do estado de 
Tapajós –, é necessária apenas a consulta à 
população.
(B) O governo do Pará é a favor a divisão e 
afirma que o novo estado consegue ser in-
dependente.
(C) A divisão do Pará é um tema tranquilo que 
vem sendo discutido desde os anos 1940.
(D) Em 2011, ocorreu um plebiscito para consul-
tar se a população era favorável à divisão do 
estado em três: Pará, Tapajós e Carajás. A 
confirmação da rejeição veio nas urnas.
(E) A Constituição rege que a criação de novos 
estados só pode ocorrer mediante medida 
provisória.
Letra d.
Para de fato ocorrer, a criação do estado de Tapajós 
passará por várias etapas, dentre elas a consulta à 
população. O governo do Pará é contra a divisão e 
afirma que o estado consegue ser governado com 
o território original.
A divisão do Pará é um tema polêmico que vem sen-
do discutido desde os anos 1990. Em 2011, ocorreu 
um plebiscito para consultar se a população era fa-
vorável à divisão do estado em três: Pará, Tapajós 
e Carajás.
Dez anos depois, o assunto voltou a ser discutido 
com o projeto de lei da criação do estado de Tapa-
jós entrando na pauta da CCJ (Comissão de Cons-
tituição e Justiça) (janeiro de 2021).
O projeto de lei foi protocolado em 2019 e tramita 
na CCJ do Senado. Caso seja aprovado, vai para o 
plenário decidir se será discutido na Câmara. Pas-
sando por estas etapas, haverá um plebiscito con-
sultando a população junto ao próximo pleito elei-
toral. Caso o projeto não passe pela CCJ, ele será 
arquivado ainda no Senado.
A Constituição rege que criação de novos estados 
só pode ocorrer mediante lei complementar, apro-
vada pela maioria dos parlamentares, tanto no Se-
nado quanto na Câmara.
Fonte: <www.noticias.uol.com.br>.
45
Psicólogo
DEVERES DOS SERVIDORES 
PÚBLICOS
RODRIGO CARDOSO
56. Levando em consideração as disposições da Lei 
n. 10.261/1968, analise as assertivas abaixo.
I – A responsabilidade administrativa exime o fun-
cionário da responsabilidade civil ou criminal. 
Do mesmo modo, o pagamento da indenização 
a que ficar obrigado afasta a responsabilidade 
administrativa.
II – A autoridade que aplicar a pena de suspensão 
poderá converter essa penalidade em multa, 
na base de cinquenta por cento por dia de ven-
cimento ou remuneração, sendo o funcionário, 
nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
III – Será reintegrado ao serviço público o servidor 
que for absolvido pela Justiça, mediantesim-
ples comprovação do trânsito em julgado de 
decisão que negue a existência de sua autoria 
ou do fato que deu origem à sua demissão.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas II e III.
(E) Apenas I e II.
Letra d.
I – Errado.
Art. 250. A responsabilidade administrativa não exi-
me o funcionário da responsabilidade civil ou crimi-
nal que no caso couber, nem o pagamento da inde-
nização a que ficar obrigado, na forma dos arts. 247 
e 248, o exame da pena disciplinar em que incorrer.
II – Certo.
Art. 254, § 2º A autoridade que aplicar a pena de 
suspensão poderá converter essa penalidade em 
multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia 
de vencimento ou remuneração, sendo o funcioná-
rio, nesse caso, obrigado a permanecer em serviço.
III – Certo.
Art. 250, § 2º Será reintegrado ao serviço público, 
no cargo que ocupava e com todos os direitos e 
vantagens devidas, o servidor absolvido pela Jus-
tiça, mediante simples comprovação do trânsito em 
julgado de decisão que negue a existência de sua 
autoria ou do fato que deu origem à sua demissão.
57. A Lei de Improbidade Administrativa (Lei n. 
8.429/1992) foi um diploma legal criado para 
atender aos anseios da sociedade que clamava 
por uma maior punição aos danos sofridos pelo 
erário motivados por interesses pessoais ou de 
grupo. Nesse sentido, é correto afirmar que
(A) o mero exercício da função ou desempenho 
de competências públicas, sem comprovação 
de ato doloso com fim ilícito, afasta a res-
ponsabilidade por ato de improbidade admi-
nistrativa. 
(B) se houver indícios de ato de improbidade, a 
autoridade que conhecer dos fatos represen-
tará ao delegado de polícia competente, para 
as providências necessárias.
(C) os herdeiros daquele que que se enriquecer 
ilicitamente estão sujeitos à obrigação de re-
parar o dano integralmente.
(D) constitui ato de improbidade administrativa 
que causa prejuízo ao erário perceber van-
tagem econômica para intermediar a libera-
ção ou aplicação de verba pública de qual-
quer natureza.
(E) constitui ato de improbidade administrativa 
que gera enriquecimento ilícito revelar ou per-
mitir que chegue ao conhecimento de terceiro, 
antes da respectiva divulgação oficial, teor de 
medida política ou econômica capaz de afetar 
o preço de mercadoria, bem ou serviço.
Letra a.
(A) Certo.
Art. 1º, § 3º O mero exercício da função ou desem-
penho de competências públicas, sem comprova-
ção de ato doloso com fim ilícito, afasta a responsa-
bilidade por ato de improbidade administrativa.
(B) Errado.
Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, 
a autoridade que conhecer dos fatos representará 
ao Ministério Público competente, para as providên-
cias necessárias.
(C) Errado.
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que cau-
sar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamen-
te estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo 
até o limite do valor da herança ou do patrimônio 
transferido. 
(D) Errado.
Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa 
importando em enriquecimento ilícito: (...)
IX – perceber vantagem econômica para interme-
diar a liberação ou aplicação de verba pública de 
qualquer natureza; 
(E) Errado.
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrati-
va que atenta contra os princípios da administração 
pública: (...)
46
Psicólogo
VII – revelar ou permitir que chegue ao conheci-
mento de terceiro, antes da respectiva divulgação 
oficial, teor de medida política ou econômica capaz 
de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
FABRÍCIO MELO
58. No Windows 10, é possível acessar a sua nova 
Área de Transferência por meio da combinação 
de teclas:
(A) WINDOWS+A
(B) WINDOWS+C
(C) WINDOWS+D
(D) WINDOWS+G
(E) WINDOWS+V
Letra e.
Ao pressionarmos WINDOOWS+V surge a Área de 
Transferência:
(A) Central de Ações.
(B) Cortana.
(C) Exibir o DESKTOP.
(D) Barra de jogos.
59. Considere que Luciano tenha enviado um e-mail 
com sucesso PARA: CARLOS@GRAN.COM.
BR CC: ROBERTO@GRAN.COM.BR CCO: MA-
RIA@GRAN.COM.BR ASSUNTO: WALTER@
GRAN.COM.BR. A quantidade de pessoas que 
receberão o e-mail é:
(A) 0.
(B) 1.
(C) 2.
(D) 3.
(E) 4.
Letra d.
Receberão o e-mail as pessoas inscritas em PARA, 
CC e o CCO.
O campo assunto não se destina a destinatários. O 
endereço inserido irá como título do e-mail.
60. No MS-EXCEL 2016, considere a seguinte plani-
lha, ilustrada a seguir:
A fórmula =MÉDIA(A2;B3), inserida com sucesso 
na célula C1, irá retornar como resultado:
(A) 3
(B) 2
(C) 1
(D) 0
(E) 3,25
Letra a.
Com o uso do ponto e vírgula “;”, o Excel irá retornar 
a média das células
A2 E B3 → (2+4)/2 = 3
RACIOCÍNIO LÓGICO
THIAGO FERNANDO
61. Assinale a alternativa que indica uma sentença 
que NÃO pode ser considerada uma proposição.
(A) Bruna é graduada em medicina.
(B) Joana, apague a luz antes de dormir.
(C) A cortina de Josefa é azul.
(D) Nenhum policial é formado em engenharia.
(E) O meu pai é chinês.
Letra b.
Uma proposição lógica é uma sentença declarativa 
que pode ser classificada como verdadeira ou falsa. 
Entre as principais sentenças que não se enqua-
dram como proposição, encontram-se: as senten-
ças exclamativas, interrogativas e no imperativo. 
Diante disso, vamos analisar os itens.
(A) Embora não conheçamos Bruna, uma pessoa 
pode ser graduada em medicina ou não. No primei-
ro caso, a sentença será verdadeira. No segundo 
caso, a sentença será falsa. Então, é possível clas-
sificar essa frase como verdadeira ou falsa. Logo, 
ela é uma proposição. Afirmação incorreta.
47
Psicólogo
(B) Essa sentença está no imperativo. Logo, a sen-
tença não é uma proposição. Afirmação correta.
(C) Caso semelhante ao de Bruna. Portanto, a sen-
tença é uma proposição. Afirmação incorreta.
(D) Nesse caso, é uma proposição que sabemos 
ser falsa. Existem policiais que são formados em 
engenharia. Portanto, é uma proposição. Afirmação 
incorreta.
(E) O meu pai, na realidade, não é chinês. Mas, 
independentemente disso, vale observar que a 
sentença poderia ser classificada em verdadei-
ra ou falsa.
62. Uma negação lógica para a proposição: “Nos fi-
nais de semana, todas os cachorros latem” é:
(A) No final de semana, algum cachorro não late.
(B) No final de semana, algum cachorro late.
(C) No final de semana, nenhum cachorro late.
(D) Nos dias úteis, algum cachorro não late.
(E) Nos dias úteis, nenhum cachorro late.
Letra a.
A negação de uma proposição universal afirmativa 
é uma proposição particular negativa. É importante 
observar que o termo “nos finais de semana” não 
deve ser convertido, porque esse é apenas um mar-
co temporal na proposição.
Assim, uma negação da sentença seria: “Nos finais 
de semana, algum cachorro não late”.
63. Uma equivalência lógica para a proposição: “Se 
Joaquim não toma café da manhã, então ele não 
sai para pedalar” é:
(A) Joaquim não tomou café da manhã e não saiu 
para pedalar.
(B) Joaquim tomou café da manhã e não saiu 
para pedalar.
(C) Joaquim não tomou café da manhã ou saiu 
para pedalar.
(D) Se Joaquim toma café da manhã, então ele 
sai para pedalar.
(E) Se Joaquim saiu para pedalar, então ele to-
mou café da manhã.
Letra e.
A equivalência lógica de uma proposição com o 
SE… ENTÃO pode ser feita com o operador OU. 
Para isso, deve-se negar a primeira ou afirmar 
a segunda. Dessa forma, uma equivalente lógi-
ca pedida é:
“Joaquim toma café da manhã ou saiu para pedalar.”
Não encontramos essa opção entre as alternativas. 
Podemos, então, tentar a outra equivalência lógica 
clássica do operador SE… ENTÃO, que pode ser 
feita com a propriedade de inversão. Para isso, in-
vertemos as duas proposições e as negamos.
“Se Joaquim saiu para pedalar, então ele tomou 
café da manhã.”
64. Assinale a alternativa que apresenta a nega-
ção lógica da sentença: “Ester bebe cerveja 
ou vinho” é:
(A) Ester não bebe cerveja ou não bebe vinho.
(B) Se Ester não bebe cerveja, então ela 
bebe vinho.
(C) Ester bebe cerveja, se, e somente se, não 
bebe vinho.
(D) Ester não bebe cerveja nem vinho.
(E) Ester bebecerveja, mas não bebe vinho.
Letra d.
A negação lógica de uma sentença com o operador 
OU deve ser feita pela Lei de De Morgan para a 
negação. Para isso, troca-se OU por E e nega-se 
ambas as proposições atômicas.
Desse modo, a negação pedida é Ester não bebe 
cerveja E não bebe vinho. Observe que o “e não” 
pode ser substituído por “nem”, como mostrado 
na letra D.
65. Considere a seguinte sequência: {0, 1, 3, 6, 10, 
15}. Seguindo a lógica de formação observada, o 
próximo termo é:
(A) 18.
(B) 20.
(C) 21.
(D) 24.
(E) 25.
Letra c.
Vamos observar que o padrão de crescimento da 
sequência.
0 + 1 = 1
1 + 2 = 3
3 + 3 = 6
6 + 4 = 10
10 + 5 = 15
Portanto, o termo que é adicionado vai sempre 
crescendo de um em um. Portanto, o próximo termo 
será igual ao anterior somado a 6.
a7 = 15 + 6 = 21
48
Psicólogo
66. Um delegado interrogou quatro suspeitos de um 
crime: Ana, Bruno, Joaquim e Henrique, e sabe 
que somente um deles falou a verdade no seu 
depoimento.
Ana: fui eu.
Bruno: não fui eu.
Henrique: não fui eu.
Joaquim: foi Henrique.
Com base nessas informações, é possível con-
cluir que o autor do crime foi:
(A) Ana.
(B) Bruno.
(C) Henrique.
(D) Joaquim.
(E) Não é possível concluir quem foi o real au-
tor do crime.
Letra b.
Observe que Henrique e Joaquim se contradizem. 
Portanto, um está falando a verdade e o outro 
está mentindo.
Como somente um dos depoentes fala a verdade, 
podemos concluir que Ana e Bruno estão necessa-
riamente mentindo.
Desse modo, não foi Ana, pois Ana está mentindo. 
E também podemos concluir que Bruno foi o autor 
do crime, pois ele mentiu no seu depoimento.
Considerando que o crime só tem um único autor, 
Henrique falou a verdade, pois realmente não foi 
ele. E Joaquim mentiu, porque não foi Henrique.
Assim, realmente somente um falou a verdade: 
Henrique. Os demais estão mentindo. Bruno foi o 
autor do crime.
MATEMÁTICA
THIAGO FERNANDO
67. Em uma equipe de analistas judiciários, 32 deles 
despacham processos da área civil e 27 despa-
cham processos da área empresarial. Sabe-se, 
ainda, que 15 analistas judiciários despacham 
processos das duas áreas. Desse modo, o nú-
mero de analistas judiciários presentes nes-
sa equipe é:
(A) 44.
(B) 56.
(C) 64.
(D) 72.
(E) 89.
Letra a.
Vamos utilizar a expressão do número de elemen-
tos da união de dois conjuntos.
#(A∪B) = #A + #B – #(A∩B)
#(A∪B) = 32 + 27 – 15 = 44
68. Seis analistas trabalhando 4 horas por dia são 
capazes de concluir 12 processos. Com o fim das 
restrições, a equipe presencial foi amentada para 
8 analistas trabalhando 6 horas por dia. Assim, 
eles serão capazes de concluir:
(A) 48 processos.
(B) 40 processos.
(C) 32 processos.
(D) 24 processos.
(E) 16 processos.
Letra d.
Devemos observar que, quanto mais analistas esti-
verem presentes, maior será quantidade de proces-
sos que eles serão capazes de concluir. Portanto, 
são duas grandezas diretamente proporcionais.
Analogamente, quanto mais horas trabalharem es-
ses analistas, maior será a quantidade de proces-
sos que eles serão capazes de concluir.
 Agora, podemos montar a proporção:
x
=
8
·
6
12 6 4
 Podemos simplificar o lado direito:
x
=
8
= 2
12 4
∴ ۛx = 12 · 2 = 24
69. Em um país hipotético, a renda média e as popu-
lações dos seus 5 estados é:
Estado População Renda
A 50.000 R$3.000
B 120.000 R$2.500
C 180.000 R$3.000
D 80.000 R$6.000
E 70.000 R$4.000
A renda média do país é:
(A) R$2.900
(B) R$3.100
(C) R$3.200
(D) R$3.400
(E) R$3.500
49
Psicólogo
Letra e.
Devemos tomar a média aritmética das rendas de 
cada estado ponderada pela sua respectiva popu-
lação. Podemos simplificar os pesos (a população) 
por 1000 a fim de facilitar as contas.
M =
50·3000+120·2500+180·3000+80·6000+70·4000
50+120+180+80+70
M =
150000+300000+540000+480000+280000
=
1750000
500 500
Vamos simplificar o numerador e o denomina-
dor por 100:
M =
17500
= 3500
5
70. O preço de um produto foi aumentado em 10% 
devido ao aumento do custo de venda dos fabri-
cantes. A seguir, o preço desse mesmo produto 
foi aumentado em 15%. Então, o vendedor resol-
veu fazer uma promoção e retornar o preço do 
produto ao original. Com isso, ele deve reduzir o 
preço do produto em aproximadamente:
(A) 20,9%
(B) 22,5%
(C) 25,0%
(D) 26,5%
(E) 28,0%
Letra a.
Suponha que o preço inicial do produto tenha sido 
igual a R$ 100. Ao sofrer um aumento de 10%, esse 
preço passou a ser R$ 110. Depois há o segundo 
aumento de 15%, que incidirá sobre esses R$ 110, 
atingindo R$ 126,50.
Esses resultados podem ser obtidos pela expres-
são do crescimento percentual:
P1 = P0·(1+i) = 100·(1+0,10) = 100·1,1 = 110
P2 = P1·(1+i) = 120·(1+0,15) = 110·1,15 = 126,50
Agora, queremos saber a redução percentual ne-
cessária para trazer o preço de R$ 126,50 para R$ 
100. Assim, precisamos de uma redução de preço 
de R$ 26,50. Em relação ao preço de R$ 132, essa 
redução representa:
% =
26,5
≅ 0,209 = 20,9%
126,5

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