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PRINCIPAIS TEORIAS DO PRINCIPAIS TEORIAS DO 
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO 
HUMANOHUMANO
Introdução
 Professor(a), em seu trabalho diário com as 
crianças, você deve sempre se perguntar:
 - Como elas aprendem?
 - Quais são as melhores intervenções para que elas 
ampliem seus conhecimentos? 
 - Que práticas são as mais adequadas para que elas 
aprendam? 
Introdução
 Há tanto para saber neste mundo! Matemática, 
Linguagem... e tantos outros saberes. 
 O papel da escola é, sobretudo, ampliar a 
sociabilidade das crianças, contribuindo para que 
sejam pessoas ativas, falantes, que expressem suas 
opiniões e que elaborem intervenções na 
realidade, no sentido de transformá-la. 
Introdução
 Hoje, estudos e pesquisas apontam que o 
desenvolvimento humano se dá como um 
processo de apropriação da experiência 
histórico-social pelo homem. 
 Mas,nem sempre foi assim. Essa visão é 
resultado da evolução de várias teorias. 
Teoria InatistaTeoria Inatista
 Você já ouviu algumas destas frases:
“Filho de peixe, peixinho é.”
“Pau que nasce torto, 
morre torto.”
“Quem nasceu para 
burro nunca chega 
para cavalo”
 Seu precursor foi o Filósofo Platão.
 
 Para ele o indivíduo nasce com cargas genéticas 
isto é , com conhecimentos prévios como: 
aptidões, conceitos,habilidades,conhecimentos e 
qualidades.
Teoria InatistaTeoria Inatista
O Desenvolvimento na visão O Desenvolvimento na visão 
inatistainatista
 Os fatores hereditários são preponderantes para 
o desenvolvimento da criança;
A experiência e a aprendizagem são deixadas em 
segundo plano;
A inteligência e as aptidões individuais são 
herdadas dos pais e estaria prédeterminada no 
nascimento.
Consequências da Teoria 
Inatista para a prática escolar
 Segundo esta teoria a escola não tem muito o que fazer, já 
que o aprendizado vai depender dos traços que de 
comportamento que a criança traz quando nasce.
 As características individuais da criança como agressividade, 
sensibilidade ou dificuldade de aprendizagem, por exemplo, 
são vistas como traços inatos, que não poderão ser 
modificados pela educação escolar.
 A aprendizagem da criança dependia de seus dons. Se ela 
não herdou o dom , nunca vai aprender, seria incapaz de 
aprender.
Professor(a), em sua prática, você pode perceber 
que não é assim que acontece. Embora
as crianças possam aprender de formas diferentes, 
todas são capazes de aprender
Atividade 1
 Você em seu cotidiano ou na sua vida escolar, encontra ou 
encontrou alguma situação, ou até mesmos outras frases 
que nos remetam a essa teoria? Você pode descrevê-las.
Teoria AmbientalistaTeoria Ambientalista
 Você já ouviu essas frases:
O desenvolvimento do ser humano depende 
principalmente do seu ambiente, dos estímulos do meio 
em que ele vive, das experiências pelas quais ele passa.
O desenvolvimento do ponto 
de vista da teoria 
comportamentalista
 O homem nasce como uma folha em branco
 O ambiente e as experiências são fatores determinantes 
do comportamento humano;
 A criança nasce sem características psicológicas, seria 
como uma massa a ser modelada, estimulada e corrigida 
pelo meio em que vive.
 O desenvolvimento seria resultado das múltiplas 
aprendizagens acumuladas durante a vida;
 
O desenvolvimento do ponto 
de vista da teoria 
comportamentalista
 O professor é quem detém o saber, a verdade.
 O saber está com o(a) professor(a) e, portanto, ele(a) 
precisa transmitir o conhecimento para a criança, que 
recebe de forma passiva.
 O aprendizado é obtido por meio da cópia , seguido de 
memorização.(Prática –quando se tornam hábitos).
 Educar alguém seria moldar o seu comportamento, seu 
caráter, seu conhecimento, dando à criança tudo aquilo que 
ela não tem.
 Teoria Ambientalista acredita que a criança aprende 
através de TREINAMENTO. 
 A prática pedagógica estaria voltada para aquisição de 
determinados CONHECIMENTOS E VALORES PRÉ-
ESTABELECIDOS. 
 O papel do(a) professor(a) seria ESTIMULAR A 
CRIANÇA a responder aquilo que ele está pedindo, 
SEM QUESTIONAMENTO. 
 Essa teoria acredita que o meio é responsável pela 
formação do sujeito, sendo o ADULTO QUEM VAI 
CONTROLAR tudo o que a criança deve aprender. 
 Através de TESTES, É AVALIADO se a criança 
absorveu a informação corretamente
Consequência para a Educação:
- Organização das atividades através de pequenos passos;
- O reforço dado pelas notas;
- Distribuição de prêmios para os alunos exemplares.
- O professor é o detentor absoluto do conteúdo e pode 
programa-lo;
- O aluno é passivo;.
Atividade 2
 Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz:
 – As crianças são como uma tela em branco. Nós, 
professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de 
nós o quadro que será pintado nessa tela.
 Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria 
Ambientalista?
Atividade 2
 Ao descrever o seu trabalho, uma professora diz:
 – As crianças são como uma tela em branco. Nós, 
professores(as), temos as tintas e os pincéis, e depende de 
nós o quadro que será pintado nessa tela.
 Que relações podemos fazer entre este exemplo e a Teoria 
Ambientalista?
 A Teoria Ambientalista não foi suficiente para explicar o 
desenvolvimento humano porque, ao considerar a criança como 
passiva, podendo ser controlada ou manipulada pela situação, 
desconsiderava sua capacidade de compreender, raciocinar, contestar, 
deduzir, fantasiar, ter desejos, imaginar etc.
Teoria Interacionista
Valoriza a experiência. 
Acredita que através dela a criança aprende a olhar as 
situações de diferentes perspectivas.
Através da experiência a criança aprende a ir em frente na 
busca por certos objetivos, considera a resposta do outro, 
das pessoas com as quais interage, adulto ou criança, que 
indicam sua posição ou ponto de vista.
Os interacionistas não concordam:
 com os inatistas porque estes desprezam o papel do 
ambiente. 
com os ambientalistas porque estes ignoram fatores 
maturacionais. 
Os interacionistas levam em conta tanto os aspectos 
inatos quanto influências do ambiente no desenvolvimento 
humano.
Para os interacionistas, é através da interação com outras 
pessoas mais experientes que a criança vai construindo 
suas características (sua maneira de pensar, sentir e
agir) e sua visão de mundo (seu conhecimento).
Atividade 3 
 Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina” 
e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista?
Atividade 3 
 Que relações podemos fazer entre a história “Pedro e Tina” 
e o que estudamos sobre a Teoria Interacionista?
 Na história “Pedro e Tina”escrita por Stephen Michael King 
encontramos um exemplo clássico da teoria interacionista. 
A troca de experiências das duas crianças resultou em uma 
construção do desenvolvimento de cada uma. 
Teoria Interacionista Teoria Interacionista 
ConstrutivistaConstrutivista
O estudioso Jean Piaget, tentando entender como a 
criança aprende, pesquisou como se desenvolve o 
pensamento humano desde o nascimento da criança até a 
adolescência. 
 Em suas pesquisas na área da Psicologia, Piaget buscava 
responder a seguinte questão: 
Como as pessoas passam de um estado de menor Como as pessoas passam de um estado de menor 
conhecimento para um estado de maior conhecimento? conhecimento para um estado de maior conhecimento? 
Piaget estudou como :
 Nasce o PENSAMENTO 
ABSTRATO:
 um conhecimento 
independente da ação do 
homem sobre os objetos 
 como é gerado o 
CONHECIMENTO LÓGICO, 
 mental.
Este projeto de estudo piagetiano é denominado 
epistemologia genética
.
ESPISTEMOLOGIA GENÉTICA.
Piaget 
pesquisou a origem do conhecimento 
científico no homem.
O conhecimento não está pronto antes da relação do homem com 
o meio, mas é construído nessa relação.
Por isso, sua teoria é denominada Construtivismo
CONCEITOS BÁSICOS DA 
EPISTEMOLOGIA 
GENÉTICA
 Piaget apoia sua teoria em três grandes eixos:
 o processo de conhecimento e os objetos a serem 
conhecidos adaptam-se uns aos outros;O conhecimento é fruto de um processo de construção;
 O conhecimento nasce e é elaborado através dos 
interações que o sujeito estabelece com o meio.
 Esses eixos nos mostram que o ato de conhecer é 
construído e estruturado a partir daquilo que se vivencia 
com os objetos de conhecimento.
 Mas de que maneira os objetos presentes no mundo podem ser 
conhecidos? Para Piaget, isto ocorre através da ação do sujeito. 
 Essa ação procura fazer com que o sujeito se adapte ao meio 
através de dois processos, chamados por ele de assimilação e 
acomodação.
ADAPTAÇÃO
ASSIMILAÇÃO + ACOMODAÇÃO
 ASSIMILAÇÃO
 O sujeito procura conhecer o 
objeto, trazendo-o para dentro de 
seus referenciais e usando 
competências que já possui, ainda 
que sejam insuficientes para 
responder ou “dar conta” da 
situação nova.
 é o movimento de buscar 
incorporar o objeto novo às 
estruturas de conhecimento 
 ACOMODAÇÃO
 Quando o sujeito se modifica em 
função do movimento assimilador, 
tendo em vista superar o desafio 
que o novo objeto traz.
 É a mudança nessas estruturas 
decorrente da tentativa de 
assimilar o novo
Para Piaget, a relação do sujeito com os objetos do mundo 
físico é uma relação de equilibração
Isto quer dizer que o processo de conhecer tem início com 
o desequilíbrio entre o sujeito e a sua realidade. 
Os objetos apresentam um problema ou desafio para o 
sujeito, gerando um desequilíbrio. 
Este desequilíbrio leva o sujeito a agir sobre o objeto 
com o propósito de restabelecer o equilíbrio.
 Piaget elaborou um modelo explicativo para o surgimento do 
pensamento no início da vida do ser humano. Sua observação partiu 
dos comportamentos reflexos.
 Os reflexos possibilitam uma primeira adaptação do bebê ao 
ambiente em que vive. É através deles que as crianças assimilam 
objetos do cotidiano, como a mamadeira, o seio materno, os bichinhos 
de pelúcia etc. 
 Esse contato com o meio vai transformando os reflexos, dando origem 
aos esquemas de ação puxar, pegar, sugar, empurrar, etc.
 É por meio da exploração ativa da criança em seu meio que o 
desenvolvimento cognitivo tem início
 os fatores que impulsionam o desenvolvimento segundo a teoria 
piagetiana são:
 Maturação orgânica: condição imprescindível porque permite o 
aparecimento de novas condutas durante o desenvolvimento.
 A experiência: A experiência física com os objetos nos permite obter 
informações de suas propriedades
 Transmissão social – as informações que nos são passadas por 
diversos meios contribuem para modificar nossos esquemas, 
permitindo que avancemos em nosso desenvolvimento intelectual.
 Processo de equilibração – é o fator determinante que permite 
explicar o desenvolvimento intelectual. Todos nós temos uma 
tendência a buscar o equilíbrio nas trocas que fazemos com o meio
Desenvolvimento das 
estruturas cognitivas
 Para Piaget, o desenvolvimento humano se caracteriza por 
uma série de equilibrações sucessivas que nos levam a 
maneiras de pensar e agir cada vez mais complexas. 
 Esse processo apresenta estágios ou períodos que se 
definem pela organização de uma estrutura e que se 
sucedem em uma ordem fixa, de maneira que um estágio 
sempre é integrado ao seguinte.
 1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos)1º PERÍODO – SENSÓRIO-MOTOR ( do nascimento até aproximadamente 2 nos)
 - período da inteligência prática, anterior à linguagem.
 - Caracteriza-se pela ação do sujeito sobre o meio (primeira ação para o próprio corpo e 
depois para os objetos), tendo como recursos as sensações e os movimentos. 
 - O mundo é algo a experimentar e conhecer através dos órgãos do sentido e das ações 
físicas/corporais sobre os objetos. 
 - não há representações, ou seja, imagens mentais das coisas que cercam a criança.
 - A criança está presa à experiência imediata, a presença física dos objetos,
 - Os modos de agir que se desenvolvem são todos esquemas de ação: olhar, agarrar, 
morder, e assim por diante. 
 - predomina a assimilação
 2º PERÍODO – PRÉ-POPERATÓRIO (aproximadamente entre 2 e 7 anos)
 - caracteriza-se pelo aparecimento das primeiras representações/imagens mentais;
 - é nesse período que tem início o processo de socialização da criança e a linguagem;
 - a linguagem oral progride
 - Entre 3 e 6 anos, mais ou menos, os antigos esquemas de ação são transformados em 
esquemas representativos,
 - - tem início a atividade simbólica, que se caracteriza pela capacidade da criança de tornar 
presentes objetos e pessoas ausentes, através da imitação e do faz de conta. 
 - a lógica das percepções predomina sobre as operações mentais e a lógica mental nas crianças 
de até 7 anos.
 3º PERÍODO – OPERATÓRIO-CONCRETO (aproximadamente entre 7 e 
11 anos)
 - As operações lógicas são ações mentais que possibilitam as crianças 
fazer constatações e construir explicações.
 - Essas ações são regidas por regras, como é o caso da reversibilidade, 
que é a capacidade de fazer o movimento inverso, voltando ao ponto de 
partida.
 - Essa capacidade marca a entrada da criança no período das operações 
concretas.
 - A percepção passa a ser regida pela lógica.
 4º PERÍODO – OPERAÇÕES FORMAIS (a partir dos 12 anos)
 - É somente a partir da adolescência que o ser humano adquire a 
capacidade de pensar sobre os conceitos abstratos.
 - as operações lógicas agora são aplicadas a hipóteses formuladas em 
palavras.
 - O adolescente não tem a necessidade de estar diante dos objetos 
concretos para pensar sobre a realidade.
 - Outra caraterística da adolescência é a metacognicação, ou seja, 
capacidade de fazer uma reflexão sobre a capacidade de refletir.
As implicações das 
descobertas de Jean Piaget 
na sala de aula
 - Revolucionou a noção de sujeito e aprendiz;
 - Mostrou a importância da criança e do adolescente para 
que haja construção do conhecimento;
 - Mudou o modo de pensar e de fazer escola;
 - Problematizou a questão do erro e do acerto;
 - Mostrou que a escola é o lugar de aprender a perguntar 
sobre os mistérios do mundo
 - Trouxe consequências para a organização e planejamento das atividades escolares:
 1) Os conceitos tem gênese, apropriá-los requer um longo processo que envolve a 
ação dos sujeitos e tempo de elaboração.
 2) O conhecimento é construído e, essa construção se dá no encontro com a 
herança genética e com o meio.
 3) Nem todo erro é igual:
 - Erro comum (falta de informação)
 - Erro construtivo (o próprio erro é fonte de construção de conhecimento) . Ele 
mostra que a criança está seguindo suas próprias concepções a respeito da 
realidade. É o esforço que esta faz para aprender.
 O erro faz parte da aprendizagem e do desenvolvimento cognitivo.
 4) A fala e a escrita são processos indispensáveis na construção o 
conhecimento;
 5) O aluno precisa ser imerso no conhecimento e não apenas repetir o 
professor tem a dizer.
Atividade 4
 Você seria capaz de identificar, em sua prática, um erro 
construtivo? Tente descrevê-lo e explicar por que você o 
considera um “erro construtivo”.
Teoria Sócio-Interacionista
Tem como principal representante Lev Vygotsky
 Vygotsky, em suas pesquisas na área da Psicologia, 
buscava compreender como o sujeito torna-se capaz de 
produzir símbolos, ou seja, a linguagem, que lhe permite 
organizar-se na realidade e comunicar-se.
Desde seu nascimento, a partir de suas relações com o 
outro, a criança vai se apropriando das significações 
socialmente construídas.
Teoria Sócio-Interacionista
 Aprendemos a ser homens fazendo parte de uma cultura 
humana.
 Consideram o ser humano como o resultado de uma 
tensão permanente entre o que eles chamaram de linha de 
desenvolvimento biológico, e linha de desenvolvimento 
cultural.
O desenvolvimento biológico diz respeito a nossa herança 
natural. Viemos ao mundo dotados de funções mentais 
elementares.
Em um nível elementar, as funções mentais operam de forma 
espontânea, sem intencionalidade e controle da vontade da 
criança, como a memória,a inteligência prática, a percepção, a 
atenção são exemplos dessas funções.
No curso do desenvolvimento, através da interação que o 
sujeito tem com seu meio de cultura, essas funções vão 
amadurecendo e se transformando em funções superiores.
Essas funções são processos psicológicos usados 
intencionalmente, por todo ser humano, para desenvolver-se.
 O exercício que todo ser humano faz de dar significado aos 
objetos, às relações, aos sentimentos, enfim, a um mundo no 
qual já estamos imersos, é mediado e não direto.
 As ferramentas utilizadas no processo de mediação são os 
instrumentos e os signos.
 Instrumentos são criações humanas que auxiliam no processo 
de significação do meio de cultura, assim como potencializam 
as ações humanas em todos os momentos de nossa vida. 
Exemplo: A enxada, o arado, as máquinas.
 Signos são instrumentos internos, que servem para nos 
comunicarmos uns com os outros, assim como para 
categorizarmos e organizarmos o mundo. Exemplo: A 
linguagem falada, os gestos, a escrita, a linguagem matemática.
Atividade 5
 Analise essa história da Menina Lobo tomando como 
referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações 
entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural.
Atividade
 Analise essa história da Menina Lobo tomando como 
referencial a discussão feita por Vygotsky sobre as relações 
entre o desenvolvimento biológico e histórico-cultural.
 O desenvolvimento é entendido por Vygotsky como um 
processo de internalização dos modos de pensar e agir de 
uma determinada cultura.
 As aptidões biológicas estavam presentes na menina lobo, 
mas, não foram desenvolvidas
 .
 A internalização é um processo pelo qual o que está externo ao 
indivíduo (ações, reflexões), entre as pessoas (em um nível 
interpsicológico), se transforma em algo interno (conceitos, 
compreensão de si e do mundo), dentro da pessoa (em um 
nível intrapsicológico).
 Vygotsky instituiu dois níveis de desenvolvimento:
 - O nível de desenvolvimento real, que são aquelas atividades 
ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar sozinha;
 - O nível de desenvolvimento potencial, que são aquelas 
atividades ou tarefas que a pessoa é capaz de realizar com a 
ajuda de alguém mais experiente.
 Vygotsky ressalta que a distância entre o nível real e o 
potencial configura a zona de desenvolvimento proximal (onde 
ocorrem as aprendizagens). 
 O que a criança hoje faz com ajuda, amanhã fará sozinha.
 A aprendizagem precede e impulsiona o desenvolvimento, 
criando o que ele denominou de zona de desenvolvimento 
proximal, que seria a distância entre o que a criança pode fazer 
sozinha e o que faz com a ajuda de outra pessoa. 
Vygotsky não sugere estágios ou etapas através dos quais a 
criança vai progredindo. 
Seu olhar para o desenvolvimento não obedece a uma linha 
reta 
A criança é um ser social desde que nasce e, ao longo do 
desenvolvimento.
Para nós, professores(as), o grande valor dos conceitos de 
Vygotsky está nas interações sociais. A valorização das trocas 
entre as crianças de um grupo e de grupos diferentes (de 
diferentes idades e momentos evolutivos) serve como 
incentivo no desenvolvimento de cada uma. 
Teoria do desenvolvimento Teoria do desenvolvimento 
de Henry Wallonde Henry Wallon
 Wallom buscava compreender a base orgânica e cerebral 
das funções psíquicas que investigava. Interessava a ele 
saber onde se localizava na mente material, no cérebro, 
funções tais como a memória, a afetividade, o 
comportamento social.
 Segundo Wallon, para a compreensão do desenvolvimento infantil não bastam os 
dados fornecidos pela psicologia genética.
 É preciso recorrer a dados provenientes de outros campos de conhecimento como a 
neurologia, psicopatologia, antropologia e a psicologia infantil, campos estes de 
comparação, privilegiados por ele. 
 É por meio da emoção que se estabelecem as relações entre o organismo e o meio. 
 O componente orgânico depende do meio social para ser atendido em suas 
necessidades de sobrevivência. 
 A emoção é orgânica, significa que é a primeira manifestação do psiquismo, que vai 
realizar “a transição entre o estado orgânico do ser e a sua etapa cognitiva, 
racional, que só pode ser atingida através da mediação cultural, isto é social”
A partir das ideias elaboradas por Wallon, podemos entender 
que, na base orgânica do corpo humano, o Sistema Nervoso, as 
conexões cerebrais modificam-se à medida que o ser humano 
relaciona-se socialmente.
propôs três centros que se entrelaçam diferentemente ao 
longo do desenvolvimento da criança: a afetividade, a 
motricidade e a cognição
Considerava que a escola deveria perceber a criança como um 
ser total, concreto e ativo e de manter-se em contato com o 
meio social.
Estágios do Desenvolvimento Mental
1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos)
Num período inicial do desenvolvimento no recém-nascido, 
predomina a afetividade (a inteligência ou cognição não se 
separa da afetividade). 
 a afetividade, isto é, a possibilidade de afetar e ser afetado nas 
relações, predomina nesse momento. 
Nesse processo, Wallon reconhece algo como um “diálogo 
tônico”, ou seja, uma espécie de conversa entre o bebê e o 
adulto por intermédio não só das palavras, mas do tônus 
corporal, da expressão facial, dos gestos, do contato físico
 
Estágios do Desenvolvimento Mental
1º Estágio - Impulsivo-emocional (até 2 anos)
 o bebê não discrimina o que é ele e o que é o mundo, a mãe, os 
objetos. Aos poucos, mergulhado nas interações sociais, vai 
surgindo uma diferenciação. Quando o adulto se relaciona com o 
bebê dizendo “você é esse”, quando brinca de sumir e 
reaparecer atrás de um pano, quando nomeia as coisas e ações 
do bebê, quando o toca, olha e sorri, contribui na sua 
discriminação naquela realidade – o que é o bebê, o que é o 
mundo (objetos, mãe, pai etc.)
 
2º Estágio -Sensório-motor e projetivo: vai até os 3 anos. 
O deslocamento do corpo no espaço com cada vez mais 
desenvoltura e segurança, gera o ato mental. 
 As primeiras ideias mentais das crianças nascem em seus 
movimentos.
a intensa motricidade vai sendo inibida pelo ato mental, pelo 
funcionamento cognitivo. Na verdade, o ato interioriza-se, desloca-
se de fora, do motor, ligado aos objetos físicos, para o mental, 
ligado à atividade interna da criança.
Ocorre o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. O 
termo projetivo refere-se ao fato da ação do pensamento precisar 
dos gestos para se exteriorizar. 
O ato mental "projeta-se" em atos motores. 
3º Estágio - Personalismo: dos 3 aos 6 anos. 
Desenvolve-se a construção da consciência de si mediante as 
interações sociais, reorientando o interesse das crianças pelas 
pessoas;
◦ Construção da consciência de si pela interação social (é a 
diferenciação psíquica da criança em relação ao outro);
◦ Necessidade de manifestação expressiva (espaço e permissão 
para a ação);
◦ A criança já se auto denomina “eu”, “mim”;
◦ Marcada por 3 fases:
 Oposição - A criança precisa se opor ao outro para demarcar 
seu espaço, em busca da afirmação de si.
 Sedução - criança sente necessidade de ser admirada
 Imitação - criança busca incorporar o outro imitando-o
 
4º Estágio - Categorial: (6-11 anos) cognitivo – construção do real
 Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as 
coisas, para o conhecimento e conquista do mundo exterior;
◦ Pensamento pré-categorial até os 9-10 anos;
◦ Capacidade de autodisciplina mental (atenção);
◦ Inteligência discursiva;
◦ A formação de categorias intelectuais possibilita à criança a 
identificação, a análise, a definição e a classificação dos 
objetos ou acontecimentos .
◦ Aquisição da capacidade conceitual.
5º Estágio - Predominância funcional: Adolescência (11-12 
anos) afetivo – construção de si
◦Ocorrência de modificações fisiológicas impostas pelo 
amadurecimento sexual;
◦Necessidade de reorganização do esquema corporal;
◦Nova definição dos contornos da personalidade;◦Envolve questões pessoais, morais e existenciais. 
A Emoção na teoria de Wallon 
 A afetividade precede nitidamente o aparecimento das condutas 
cognitivas e as possibilita, daí a afirmação de que estimular a 
afetividade é nutrir a inteligência;
 A emoção, tipo particular de manifestação afetiva, é o primeiro 
recurso de que o ser humano dispõe para comunicar-se e 
interagir com o outro;
 As emoções são expressivas e contagiosas;
 As emoções são antagônicas às atividades reflexivas: “A razão 
nasce da emoção e sobrevive de sua morte”
 
O Movimento na teoria de Wallon 
 As necessidades de movimento, e as necessidades posturais são 
imprescindíveis ao desenvolvimento infantil;
 “Quem sustenta o pensamento no início é a motricidade, que 
será depois inibida por ele.” (DANTAS, 1990);
 A redução da motricidade exterior e o progressivo ajustamento 
do movimento ao mundo físico está ligada, também, à 
possibilidade de controle voluntário sobre o ato motor.
 O controle da criança sobre suas próprias ações, o que Wallon 
denominou de “autodisciplinas mentais”, é um processo lento e 
gradual que depende de fatores orgânicos e sociais. 
Contribuições da teoria de Wallon na Educação 
 O meio, que inclui os objetos físicos e as relações 
humanas, é de extrema importância para o 
desenvolvimento da pessoa. 
 O papel do outro na construção do conhecimento é 
indiscutível. Dessa forma, as interações da criança 
com a professora e com as outras crianças tornam-se 
condição para a construção não só de conhecimentos, 
mas da sua personalidade como um todo. 
 O professor deixa de ser o agente exclusivo de informação e 
formação das crianças, uma vez que a interação com as outras 
crianças também assume um papel fundamental no 
desenvolvimento e aprendizagem de cada uma delas. Seu papel, 
contudo, é de extrema importância já que é ele quem irá 
possibilitar e mediar as interações das crianças entre si e delas 
com os objetos de conhecimento;
 A prática pedagógica precisa ser pautada nas necessidades das 
crianças como um todo e promover o seu desenvolvimento em 
todos os aspectos: afetivo, cognitivo e motor.
Atividade 6
 Na leitura do texto “Menino a bico de pena” de Clarice 
Lispector, que relações podemos fazer com o que Wallon 
fala sobre o processo de diferenciação da criança? Nestas 
cenas do conto, como o bebê vai reconhecendo a si 
mesmo e o mundo em volta?

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