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BARBITÚRICOS INFORMAÇÕES ESSENCIAIS São derivados do ácido barbitúrico. Utilização inicial como ansiolítico. Potente depressor do SNC Causam dependência e tolerância Estão entre as 1° causas de intoxicação por medicamentos Baixa especificidade de efeito no SNC e baixo IT Fenobarbital (causa da maioria das intoxicações) Principal utilização como anticonvulsivante Causa diminuição de todos os sistemas excitáveis, sendo o SNC o mais sensível Toxicodinâmic a• Aumentam afinidade de outras subs. Com o GABA (potencializam agonistas) ----> depressão cardiorrespiratória • Ação cardíaca direta, diminuição da força de contração e disfunção hepática renal • Aumenta a ativação dos receptores GABA - ----> inibição da transmissão neuronal Toxicocinética Todos tem absorção pelo TGI Início da ação 10-60 min ampla distribuição Atravessam placenta 90 – 99°% metabolização hepática Metabolização lenta em idosos e crianças São indutores metabólicos: CYP3A, CYP2C, CYP1 A2 (Aceleram o próprio metabolismo e induzem aldeído desidogrenase) Obs: Fenobarbital tem baixa metabolização, 25- 35% excretado inalterado Via de excreção: Urinária Urina alcalina favorece eliminação do Fenobarbital Efeitos após doses terapêuticas Sonolência Diminuição das funções respiratórias e cardiovasculares Dose típica, 200mg de Fenobarbital Toxicidade Dose tóxica variável, depende da droga e tolerância Dose tóxica de agentes de curta duração: 2-5g Dose tóxica de agentes de longa duração: 5- 10g Efeitos de Toxicidade Aguda Decorre principalmente de ingestão acidental ou intencional (suicídio) Principais sintomas: Decorre de efeitos no SNC e Cardiorrespiratório Intoxicação leve a moderada (600-1000mg): efeito de embriaguês, fala enrolada, ataxia e confusão Miose, pode estar presente 30 min: Sedação, sonolência, Efeito de embriaguês, fala enrolada, ataxia e confusão 2-4 h: Coma, colapso cardiorrespiratório Intensidade do efeito no SNC em 4 estágio de gravidade: 1. Estupor com resposta a estímulos externos 2. Responde apenas alguns estímulos mas bons sinais vitais 3. Não responde a estímulos, bons sinais 4. Sem resposta a estímulos, sinais instáveis Sintomas Cardiorrespiratórios: Hipotensão (quanto + intensa + grave o quadro) Depressão miocárdica direta Vasodilatação por perda do tônus simpático Cianose Hipotermia DP respiratória (ventilação lenta e superficial) Causam oligúria e anúria (“bexigoma”) 6,5% dos casos causam lesões na pele (bolhas) Retardo na motilidade intestinal (absorção) Tratamento da Intoxicação Aguda Terapia de suporte a respiração: oxigenação e avaliação da necessidade de ventilação mecânica Terapia de suporte cardiovascular: adm de solução de cristaloides endovenosa para contrapor a hipertensão, administrar vasoconstrictores Contrapor depressão do SNC: adm de Naloxona Tratamento Descontaminação do TGI: lavagem gástrica, carvão ativo – dose de ataque inicial e manutenção de 4 em d horas. Aumento da excreção (só em caso de boa função renal): Diurese forçada, alcalinização urinária (bicarbonato de sódio), HCO3(manutenção do PH 8,0 (5- 10x mais rápida) OBS: ALGUNS ESTUDOS NÃO VEEM VANTAGEM NA ALCALINIZAAÇÃO OU APONTAM O USO DE CARVÃO ATIVADO COM MEDIDA MAIS EFICAZ Caso refratário ás medidas: remoção extracorpórea com hemodiálise e hemoperfusão Prognóstico Caso se consiga reverter o quadro de intoxicação tem-se recuperação total Exames Complementares Avaliação da oxigenação sanguínea (gasometria) Creatinina (avaliar a função renal) PH da urina (facilitação da excreção) Somente Fenobarbital apresenta correlação entre níveis sanguíneos e quadro clínico (avaliar com cautela) Tolerância e Dependência Uso frequente acarreta em tolerância e dependência Tolerância farmacocinética: indução do próprio metabolismo Ocorre tolerância cruzada com outros depressores Dependência : Pode ocorrer após uma única dose – não é relacionada a neuroadaptação Retirada acarreta síndrome de abstinência com: Ansiedade; Alucinações; Delírios; Convulsões https://coggle.it/ BENZODIAZEPÍNICOS � Pertencem a uma variedade de substâncias com capacidade de deprimir o Sistema Nervoso Central (SNC), provocando calma ou sedação (sonolência). � Os ansiolíticos primários usados na clínica veterinária são os benzodiazepínicos DIAZEPAM CLORAZEPATO LORAZEPAM ALPRAZOLAM CLONAZEPAM MECANISMO DE AÇÃO É GABAminérgico mediante interação alostérica com o receptor GABA. FARMACOCINÉTICA Apresentam variações em sua farmacocinética, desde a absorção até sua excreção, porém em aspectos generalizados todos são rapidamente absorvidos, independente da via de administração, por conta da sua alta lipossolubilidade, que é uma característica que confere ainda extensa distribuição pelos tecidos, em sua maioria assim como seus metabólitos possuem alta ligação à proteínas, e apresentam fácil travessia pela barreira hematoencefálica. Sofrem intenso metabolismo hepático, sendo necessário que ocorra biotransformação em metabólitos mais hidrossolúveis para que eles sejam eliminados. FARMACODINÂMICA Agem principalmente no sistema nervoso central (SNC) aumentando as ações do ácido γ-aminobutírico (GABA), principal inibidor do SNC. [2,6-8] (QE-C) Receptores para o GABA estão presentes em 30% dos neurônios corticais e do tálamo, e os principais são GABAa, GABAb e GABAc. Os BZD atuam no GABAa. A GABAA tem uma estrutura pentamérica composta por cinco subunidades e um canal por onde há o influxo de íons Cl- . [2,6-8] (QE-C) São 19 subunidades possíveis presentes nos receptores GABAA e estão elucidadas: α 1-6, β 1-3, γ 1-3, δ, ε, π, θ, σ, ρ. A combinação mais comum de subunidades do GABAA é 2α, 2β e 1γ, e 40 a 50% desses receptores terão, em geral, α1 + β2 + γ2 (este é a subunidade mais comum dos receptores GABAA). [6,7] (QE-C). Para o BZD se ligar ao receptor, é necessária a presença de 2α, 2β e 1γ. [2,6-8] (QE-C), estes receptores estão localizados nos neurônios póssinápticos e, quando o GABA está ligado (entre uma unidade α e β), o influxo de Clé aumentado e, portanto, há uma redução da excitação neuronal. O BZD se liga a um receptor alostérico entre as subunidades α e γ e aumenta a frequência da abertura dos canais de Cl - , porém sem aumentar a intensidade do influxo ou duração da abertura. [7] (QE-C) Como se liga alostericamente, o BZD só tem função se o GABA também estiver ligado. [6] (QE-C) � Dependendo das subunidades presentes em GABAA, a função do receptor varia. � A subunidade α1 está mais relacionada com o sono e a sedação, a α2 tem função ansiolítica e tanto α2 quanto α3, tem ação relaxante muscular [6-8] (QE-C) � É possível que na epilepsia haja uma expressão anormal das subunidades γ2, α2 e δ. [6] (QE-C). � Outras subunidades têm funções diversas, algumas possíveis e outras já conhecidas, porém as subunidades supra citadas são os principais sítios, nos quais os BZD exercem sua ação. https://coggle.it/