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24/08/2020 1 ANATOMIA, ACESSO E ABERTURA INTRACORONÁRIA PROFA JULIA MOURÃO BRAGA DINIZ 1 SUCESSO CLÍNICO... vinterpretação cuidadosa das radiografias vplanejamento vconhecimento da morfologia vpassos clínicos adequados. 2 RADIOGRAFIA DE ESTUDO: Análise e interpretação! Para o planeamento de todo tratamento endodôntico. 3 Tomada radiográfica em posição angulada (MESIORRADIAL ou DISTORRADIAL) Tomada radiográfica em posição ORTORRDIAL IMAGENS BIDIMENSIONAIS RADIOGRAFIAS PERIAICAIS 4 EVIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS: à Radiografia periapical bem feita, com o mínimo de distorções possíveis, para: v iden4ficar o número de canais, forma, direção e 4po de ramificação v medir a distancias entre o esmalte e o teto da cavidade à direcionar o acesso à câmara pulpar v facilitar a localização dos canais radiculares v medir o comprimento do canal 5 Evidências radiográficas: Número de canais: 2 Forma: retos, curvatura leve Direção: 1 para a mesial, 1 para distal Tipo de ramificação: terço médio da raiz Distancia da câmara pulpar: +- 4mm Comprimento total do dente: +- 21mm Dente 35 6 24/08/2020 2 SUCESSO CLÍNICO... vinterpretação cuidadosa das radiografias vplanejamento vconhecimento da morfologia vpassos clínicos adequados. 7 PLANEJAMENTO O QUE ESPERAR DAQUELE DENTE.... Ajuda... instrumental necessário... Passo a passo clínico... Dificuldades, Dúvidas... 8 PLANEJAMENTO 9 SUCESSO CLÍNICO... vinterpretação cuidadosa das radiografias vplanejamento vconhecimento da morfologia vpassos clínicos adequados. 10 TOPOGRAFIA DO SISTEMA DE CANAIS RADICULARES à Saber onde se está trabalhando! à Em um mesmo individuo NÃO existem dois dentes iguais! 11 Porção radicular: (canal radicular) § terço cervical § terço médio § terço apical § Forame(s) Porção coronária: (câmara pulpar) • teto • soalho (presente em dentes multiradiculares) • divertículos (corno pulpar) • orifício(s) de entrada do(s) canal(is) 12 24/08/2020 3 13 SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 14 SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 15 SISTEMA DE CANAIS RADICULARES 16 NÚMERO DE RAÍZES E CONDUTOS Unirradiculares Birradiculares Multirradiculares 17 CLASSIFICAÇÃO DOS CANAIS à Lembrar que: Os canais não são sempre retos e únicos! Parâmetros: Calibre: § AMPLO § MEDIANO § CONSTRITO Curvatura: § LEVE § MODERADA § SEVERA Acesso ao forame: § região apical acessível com K#15 § Região apical acessível com K#10 § região apical acessível com K#6 18 24/08/2020 4 CANAIS CLASSE I: § Calibre amplo § Retos ou com leve curvatura (até 25 graus) § Região apical acessível com lima K#15. 19 CANAIS CLASSE II: § Calibre mediano § Curvatura moderada (entre 26 a 40 graus) § Região apical acessível com lima K#10 ou 8. 20 CANAIS CLASSE III: § Calibre constrito § Curvatura severa (entre 41 a 90 graus) § Região apical acessível com lima K#6. 21 22 INCLINAÇÃO 23 INCLINAÇÃO 24 24/08/2020 5 O PERIÁPICE COMPONENTES: Zona crítica apical (4 mm finais do canal) Forame apical Cemento apical Dentina radicular Junção cemento dentina Constrição apical 25 26 CONSTRIÇÃO APICAL 27 SAÍDA LATERAL DO FORAME APICAL Nem sempre a saída foraminal será coincidente com o ápice radicular. 28 PREPARO DA CAVIDADE ENDODÔNTICA: ACESSO INTRACORONÁRIO PRERARO DOS CANAIS 2 FASES: Acesso: deve ser: adequada em TAMANHO, FORMA e INCLINAÇÃO 29 OBJETIVOS DO ACESSO INTRACORONÁRIO: àDesgaste SUFICIENTE de dentina que permita: • Boa visibilidade • Boa iluminação • Boa irrigação • Livre acesso dos instrumentos üMelhor sensibilidade tátil üMenor risco de fraturas de instrumentos üMenor risco de formação de degraus e desvios 30 24/08/2020 6 PRINCÍPIOS DO ACESSO CORONÁRIO: § ponto de eleição § direção de trepanação § forma de contorno § forma de conveniência 31 PONTO DE ELEIÇÃO à É a região de escolha do dente onde irá se iniciar o desgaste do esmalte e da dentina. (Cada grupo de dentes terá um ponto de eleição específico e propício) 32 PONTO DE ELEIÇÃO üDentes anteriores: Superfície Palatina / Lingual üDentes posteriores: Superccie Oclusal. ANTERIORES SUPERIORES ANTERIORES INFERIORES POSTERIORES SUPERIORES POSTERIORES INFERIORES 33 PONTO DE ELEIÇÃO Palatina ou lingual, próxima ao cíngulo 34 DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO à É o posicionamento de entrada das brocas. (Cada grupo de dentes terá uma direção de trepanação específica) 35 DIREÇÃO DE TREPANAÇÃO üDentes anteriores: perpendicular ao longo eixo do dente e depois paralela ao mesmo eixo. üDentes posteriores: paralela ao longo eixo do dente. 36 24/08/2020 7 37 FORMA DE CONTORNO à É a forma geométrica dada ao acesso intracoronário, para facilitar a visualização, a localização dos condutos e a entrada dos instrumentos (A forma de contorno segue as características geométricas da câmara pulpar de cada dente) 38 FORMA DE CONTORNO ü Incisivos superiores e inferiores: Triangular ü Caninos e Prés superiores e inferiores: Oval 39 FORMA DE CONTORNO Triangular Oval ou Losangular 40 FORMA DE CONTORNO superior inferior 41 42 24/08/2020 8 FORMA DE CONTORNO ü Molares superiores: Triangular com base voltada para a vestibular ü Molares inferiores: Triangular com base voltada para a mesial V D M P D M L V 43 Molar superior Molar inferior 44 FORMA DE CONVENIÊNCIA à Como o próprio nome já diz, damos a forma ao acesso mais conveniente à nós, para nos facilitar durante as próximas etapas da tratamento. (Consiste em manobras de desgastes de interferências dentinárias, chamados de DESGASTES COMPENSATÓRIOS) 45 FORMA DE CONVENIÊNCIA 46 FORMA DE CONVENIÊNCIA 47 FORMA DE CONVENIÊNCIA Desgaste excessivo Não localização de canais 48 24/08/2020 9 LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS • Radiografia + lupa • Sonda endodôntica (passear pelo assoalho, ponta agarra nos orifícios) • Pontos de sangramento •Microscópio operatório • Borbolhas de hipoclorito • Leis de localização (orientam na hora a abertura e da localização dos orifícios) 49 LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS oSonda endodôntica (passear pelo assoalho, ponta agarra nos orifícios) 50 LOCALIZAÇÃO DOS CANAIS oPontos de sangramento oBorbolhas de hipoclorito 51 LEIS DE LOCALIZAÇÃO Lei da Centralidade: O assoalho da câmara pulpar está sempre localizado ao nível da JCE. 52 LEIS DE LOCALIZAÇÃO Lei da Concentricidade: A anatomia da superfície externa reflete a anatomia interna da câmara pulpar. 53 LEIS DE LOCALIZAÇÃO Lei da Mudança de cor: • A medida que se vai aproximando da câmara a dentina fica mais escurecida; • Na ponta do corno pulpar ela é esbranquiçada. • O soalho é tipicamente acinzentado. 54 24/08/2020 10 LEIS DE LOCALIZAÇÃO Lei da Simetria: 1ª: Os orifícios são equidistantes entre si. 55 X 56 2ª: sempre localizados: • Na junção entre parede/assoalho, • Nos ângulos da junção, • No término das chamadas linhas de desenvolvimento. LEIS DE LOCALIZAÇÃO Lei da Simetria: 57 58 CUIDADOS! ü Remover TODA a cárie e o esmalte/dentina sem suporte, para evitar do dente quebrar, soltando o curativo ou perdendo as medidas já definidas. 59 CUIDADOS! ü Restaurações devem ser removidas, para facilitar visualização ü Se forem ajudar no isolamento pode deixar desde que não atrapalhe os outros passos ü Cuidado com o entupimento dos orifícios com debris. 60 24/08/2020 11 CUIDADOS! ü Realizar cirurgias de aumento de coroa clínica quando necessário. 61 CUIDADOS! ü Observar posição do dente na arcada dentária antes de iniciar o acesso: • girovertido • mesializado • distalizado • vestibularizado Dente girovertido Dente vestibularizado 62 63 64 CUIDADOS! ü Nódulos pulpares: têm aspecto vítreo, observar com a cavidade seca, bem iluminada, com o espelho limpo. Deve tentar se remover com colher de dentina ou brocas de BR. 65 66 24/08/2020 12 CUIDADOS! ü Dentina reacional: é mais escurecida, muda a anatomia da câmara. 67 68 CUIDADOS! ü Idade: diminuição dovolume da câmaraà deposição de dentina fisiológica. (Cuidado ao realizar o acesso: não vai se “cair no vazio”!) 69 J O V E M I D O S O 70 CUIDADOS! ü Calcificações: Obliteração do Canal Radicular (PCO) (Ocorre em decorrência de traumatismos dentários!) 71 INSTRUMENTAL NECESSÁRIO: § Broca 1557 ou diamantada esférica § Broca Endo Z § Brocas BR esféricas, #1, 2, 3 e 4 § Colher de dentina § Sonda endodôntica 72 24/08/2020 13 GENERALIDADES 73 74 75 76 77 78 24/08/2020 14 79 80 81 82 ACESSO INTRACARONÁRIO Vista frontal Vista lateral • Coroa retangular no sentido V-P (2 cúspides) • Medidas médias: +-21 mm • Número de raízes e canais: Raízes: maioria - duas diferenciadas (VESTIBULAR E PALATINA) Canais: maioria - 2 canais com 2 forames • Curvatura: distal 83 VARIAÇÕES ANATÔMICAS 10% 20% 60% 5% 5% 84 24/08/2020 15 VARIAÇÕES ANATÔMICAS 40% 5% 20% 6% 2% 20% 5% 3% 85 Elemento 24 86 ACESSO INTRACARONÁRIO • Forma de contorno: oval no sentido v-p• Ponto de eleição: oclusal – fossa central 87 ACESSO INTRACARONÁRIO • Direção de trepanação: Iniciar com a broca paralela ao longo eixo no dente, na fossa central. Aprofundar mantendo a forma oval até alcançar o teto da câmara pulpar. 88 ACESSO INTRACARONÁRIO • Forma de conveniência: ampliar a cavidade com broca endo z, dando forma divergente às paredes. Necessidade de ampliação da abertura Acesso correto 89 90 24/08/2020 16 91 92 93 94 ACESSO INTRACARONÁRIO Vista frontal Vista lateral • Coroa tetra cuspidada • Medidas médias: +-20 mm • Número de raízes: maioria – 3 diferenciadas (2 VESTIBULARES, 1 PALATINA) • Número de canais: maioria - 3 canais + 1 MV2 • Curvatura: raiz P distal P MV DV MV2 95 P MV DV P DV MV P DV MV MV2 96 24/08/2020 17 CANAIS MV E MV2 97 VARIAÇÕES ANATÔMICAS MV 40% MV2 40% MV2 20% DV 100% P 100% 98 ACESSO INTRACARONÁRIO • Ponto de eleição: oclusal • Forma de contorno: triangular, com base voltada para a vestibular 99 P MV2 MV DV 100 ACESSO INTRACARONÁRIO • Forma de conveniência: Ampliar a cavidade com broca endo z, dando forma divergente às paredes. • Direção de trepanação: 1. Iniciar com a broca paralela ao longo eixo no dente. 2. Aprofundar mantendo a forma triangular até alcançar o teto da câmara pulpar 1. 2. 101 102 24/08/2020 18 103 104 105 106 ACESSO INTRACARONÁRIO • Medidas médias: +-21 mm • Número de raízes e canais: raiz única • Casos raros: 1 raiz com 2 canais • Curvatura: ausente 107 ACESSO INTRACARONÁRIO Incisivos Centrais inf.: 1 (73,4%) / 2 (26,6%) Incisivos Laterais inf.: 1 (84,6%) / 2 (15,4%) 108 24/08/2020 19 VARIAÇÕES ANATÔMICAS 70% 5% 20% 5% 109 ACESSO INTRACARONÁRIO • Ponto de eleição: superfície lingual, região acima do cíngulo. • Forma de contorno: triangular com base para a incisal. 110 ACESSO INTRACARONÁRIO • Direção de trepanação: Iniciar com a broca perpendicular ao longo eixo no dente. Após entrar meia ponta ativa, direcionar a broca de forma paralela ao longo eixo do dente. Aprofundar mantendo a forma triangular até alcançar o teto da câmara pulpar. • Forma de conveniência: Ampliar a cavidade com broca endo z, dando forma divergente às paredes. 111 Abertura circular (incorreta) Abertura triangular (eliminação da interferência dentinária – ombro lingual) (correta) 112 113 114 24/08/2020 20 115 116 ACESSO INTRACARONÁRIO Vista frontal Vista lateral • Medidas médias: +-26 mm • Número de raízes: única • Curvatura: ausente • Ponto de eleição: = caninos sup. • Forma de contorno: = caninos sup. • Direção de trepanação= caninos sup. • Forma de conveniência: = caninos sup. 117 VARIAÇÕES ANATÔMICAS 70% 20% 3% 7% 118 119 ACESSO INTRACARONÁRIO Vista frontal Vista lateral • Medidas médias: +-21 mm • Número de raízes: única • Curvatura: distal • Ponto de eleição: oclusal • Forma de contorno: oval no sengdo V - L • Direção de trepanação: = pré mol. sup. • Forma de conveniência: = pré mol. sup. 120 24/08/2020 21 VARIAÇÕES ANATÔMICAS 70% 5% 2,5% 20% 2,5% 121 122 123 124 125 126 24/08/2020 22 127 ACESSO INTRACARONÁRIO Vista frontal Vista lateral • Coroa penta cuspidada • Medidas médias: +-20 mm • Número de raízes: maioria -2 (1 MESIAL , 1 DISTAL) • Número de canais: maioria 3 com forames diferenciados (D, MV, ML) • Curvatura: distal D MESIAIS MV ML 128 VARIAÇÕES ANATÔMICAS M 12% D 70% M 28% M 43% M 8% M 10% M 1% D 15% D 5% D 8% D 2% 129 Raiz mesial com 3 condutos: Canal MÉDIO MESIAL 130 ACESSO INTRACARONÁRIO • Forma de contorno: triangular, com base voltada para a mesial, ou retangular. • Ponto de eleição: oclusal 131 Triangular Retangular 132 24/08/2020 23 ACESSO INTRACARONÁRIO • Direção de trepanação: Iniciar com a broca paralela ao longo eixo no dente. Aprofundar mantendo a forma triangular até alcançar o teto da câmara pulpar. • Forma de conveniência: Ampliar a cavidade com broca endo z, dando forma divergente às paredes. 133 134 135 136 137 138 24/08/2020 24 SUCESSO CLÍNICO... vinterpretação cuidadosa das radiografias vplanejamento vconhecimento da morfologia vpassos clínicos adequados. 139 DÚVIDAS... 140