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Formação do 
contrato
Prof. Anderson Rodrigues
1
A Manifestação de 
Vontade
2
• A manifestação da vontade é o
primeiro e mais importante requisito
de existência do negócio jurídico.
 O contrato é um acordo de vontades que
tem por fim criar, modificar ou extinguir
direitos.
Negociações 
Preliminares
3
Na maior parte dos casos a oferta é antecedida 
de uma fase, às vezes prolongada, de 
negociações preliminares caracterizada por:
Sondagens; Conversações; Estudos;
Debates também 
denominada 
fase da 
puntuação.
Nem sempre, o contrato nasce 
instantaneamente de uma proposta 
seguida de uma imediata aceitação. 
Negociações 
Preliminares
4
• Nesta, como as partes ainda
não manifestaram a sua
vontade, não há nenhuma
vinculação ao negócio.
 Mesmo quando surge um
projeto ou minuta, ainda
assim não há vinculação das
pessoas.
• Se ficar demonstrada a deliberada intenção, com a falsa
manifestação de interesse, de causar DANO ao outro
contraente, levando-o, por exemplo, a perder outro
negócio ou realizando despesas.
 O fundamento para o pedido de PERDAS E DANOS da parte
lesada não é, nesse caso, o inadimplemento contratual, mas a
prática de um ilícito civil (CC, art. 186).
Negociações Preliminares
5
A Proposta
6
• CONCEITO E CARACTERÍSTICAS:
 Nem toda iniciativa ou manifestação
de vontade no sentido de dar vida a
um contrato é oferta em sentido
técnico;
 Declaração de vontade dirigida por
uma parte à outra com a intenção de
provocar uma adesão do destinatário
à proposta.
• A oferta traduz uma vontade definitiva de contratar nas
bases oferecidas;
 Não estando mais sujeita a estudos ou discussões;
 Dirigindo-se à outra parte para que a aceite ou não;
 Um negócio jurídico unilateral, constituindo elemento da
formação contratual.
A Proposta
7
• A proposta deve conter todos os
elementos essenciais do negócio
proposto,
 Preço; 
 Quantidade;
 Tempo de entrega;
 Forma de pagamento etc. 
• Deve também ser séria e
consciente, pois vincula o
proponente (CC, art. 427).
8
• Deve ser, ainda, clara, completa 
e inequívoca, ou seja, há de ser 
formulada em linguagem 
simples;
 Compreensível ao oblato; 
 Mencionando todos os elementos
e dados do negócio necessários ao
esclarecimento do destinatário;
 Representando a vontade 
inquestionável do proponente.
9
• A oferta é um negócio jurídico receptício, pois a sua
eficácia depende da declaração do oblato.
• Pode assumir a forma de
oferta aberta ao público;
 O art. 429 do atual Código Civil
declara que “a oferta ao público
equivale a proposta quando
encerra os requisitos essenciais
ao contrato, salvo se o contrário
resultar das circunstâncias ou
dos usos”. 10
• A OFERTA NO CÓDIGO CIVIL:
• Dispõe o art. 427 do Código Civil:
• “A proposta de contrato obriga o
proponente, se o contrário não resultar dos
termos dela, da natureza do negócio, ou das
circunstâncias do caso”.
• A proposta vincula o proponente. 11
12
• Proposta Não Obrigatória:
• Art. 427, CC:
• Se contiver cláusula expressa 
a respeito:
 O próprio proponente declara
que não é definitiva e se reserva o
direito de retirá-la.
• A proposta não obriga o proponente em 
razão da natureza do negócio. 
 É o caso, por exemplo, das chamadas
propostas abertas ao público, que se
consideram limitadas ao estoque existente
e encontram-se reguladas no art. 429, CC
13
• A oferta não vincula o proponente em razão das
circunstâncias do caso, mencionadas no art. 428 do CC.
 Não são, portanto, circunstâncias quaisquer, mas aquelas
a que a lei confere esse efeito.
 “I – Se, feita SEM PRAZO a pessoa presente, não foi
imediatamente aceita...”.
14
15
“II – Se, feita SEM PRAZO a 
pessoa ausente, tiver decorrido 
tempo suficiente para chegar a 
resposta ao conhecimento do 
proponente”.
Inexistência de contato direto 
(corretor ou correspondência);
Prazo suficiente;
“III – Se, feita a pessoa 
ausente, não tiver sido 
expedida a resposta dentro 
do prazo dado”.
Aguardar o prazo.
• “IV – Se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao 
conhecimento da outra parte a retratação do proponente”.
 Permitida, desde que chegue ao conhecimento do aceitante 
antes da proposta ou simultaneamente.
16
• A OFERTA NO CDC:
• O Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/90)
regulamenta, nos arts. 30 a 35, a proposta nos contratos que
envolvem relações de consumo.
• Deve ser:
 Séria;
 Clara;
 Precisa;
 Definitiva.
17
• A OFERTA NO CDC X CC:
 Mais ampla;
 Pessoas indeterminadas;
 Contratação em massa (regra geral).
18
• No tocante aos efeitos, a recusa
indevida de dar cumprimento à
proposta dá ensejo à execução
específica (arts. 35, I, e 84),
consistindo opção exclusiva do
consumidor a resolução em
perdas e danos.
19
• O consumidor pode optar:
 I- execução específica (CDC, art. 35, I);
 II- “aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente”;
 III- “rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia
eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a
perdas e danos”.
20
• Em conformidade com o art. 30 do diploma consumerista, toda
informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada
por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a
produtos ou serviços oferecidos ou apresentados, obriga o
fornecedor, integrando o contrato.
• A oferta deve ser clara, precisa, veiculada em língua
portuguesa e de fácil entendimento.
 Toda informação →cláusula de contrato.
21
22
A Aceitação
• Aceitação é a concordância com os 
termos da proposta. 
 É manifestação de vontade imprescindível
para que se repute concluído o contrato,
pois, somente quando o oblato se converte
em aceitante e faz aderir a sua vontade à
do proponente, a oferta se transforma em
contrato. 23
A Aceitação
• A aceitação consiste, portanto, “na formulação da
vontade concordante do oblato, feita dentro do prazo e
envolvendo adesão integral à proposta recebida”
24
Para produzir o efeito de aperfeiçoar o contrato a
aceitação deve ser pura e simples.
Se apresentada “fora do prazo, com adições, restrições, ou modificações,
importará nova proposta” (CC, art. 431), comumente denominada
contraproposta.
A Aceitação
25
A Aceitação
26
• A aceitação pode ser expressa
ou tácita.
 A primeira decorre de declaração
do aceitante, manifestando a sua
anuência;
 A segunda, de sua conduta,
reveladora do consentimento.
A Aceitação
• O art. 432 do Código Civil 
menciona duas hipóteses de 
aceitação tácita, em que se 
reputa concluído o contrato, 
não chegando a tempo a 
recusa: 
 a) quando “o negócio for 
daqueles em que não seja 
costume a aceitação expressa”; 
 b) ou quando “o proponente a 
tiver dispensado”.
27
• HIPÓTESES DE INEXISTÊNCIA 
DE FORÇA VINCULANTE DA 
ACEITAÇÃO
 a) Se a aceitação, embora expedida
a tempo, por motivos imprevistos,
chegar tarde ao conhecimento do
proponente (CC, art. 430, primeira
parte);
 b) Se antes da aceitação, ou com
ela, chegar ao proponente a
retratação do aceitante (art. 433
CC);
28
• Contratos entre presentes:
 Se celebrado entre presentes, a
proposta poderá estipular ou não
prazo para a aceitação.
 Verificar em que instante o
contrato se aperfeiçoou.
Momento da Conclusão do Contrato
29
• Quando o contrato é celebrado entre ausentes, por
correspondência (carta, telegrama, fax, radiograma, e-mail
etc.) ou intermediários, a resposta leva algum tempo para
chegar ao conhecimento do proponente e passa por
diversas fases.
Momento da Conclusão do Contrato
30
Divergência de Teorias:
A teoria da informação ou da 
cognição:
Além de receber, precisa tomar 
conhecimento da resposta
Momento da Conclusão do Contrato
31
• Teoria da declaração ou da agnição:
 a) da declaração propriamente dita;
 b) da expedição;
 c) da recepção.
Momento da Conclusão do Contrato
32
• Teoria da declaração ou da agnição:
 a) da declaração propriamente dita;
 O instante da conclusão coincide com o da redação da
correspondênciaepistolar;
 Não pode ser aceita;
 Mensagem extraviada.
Momento da Conclusão do Contrato
33
• Teoria da declaração ou da agnição:
 b) da expedição;
 Não basta a redação da resposta, sendo necessário que tenha
sido expedida, isto é, saído do alcance e controle do oblato.
Momento da Conclusão do Contrato
34
• Teoria da declaração ou da agnição:
 c) da recepção
 Além de escrita e expedida, a resposta tenha sido entregue
ao destinatário.
Momento da Conclusão do Contrato
35
• O art. 434 do Código Civil acolheu expressamente a teoria
da expedição:
 “Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que a
aceitação é expedida, exceto:
 I – no caso do artigo antecedente;
 II – se o proponente se houver comprometido a esperar resposta;
 III – se ela não chegar no prazo convencionado”.
 OBS: Sempre permitida a retratação
Momento da Conclusão do Contrato
36
• Dispõe o art. 435 do Código Civil:
• “Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi
proposto”.
• CONTRADIÇÃO
 Expedição X Recepção
Lugar da Celebração
37
Formação dos 
contratos pela Internet
38
• O direito brasileiro não
continha, até há pouco tempo,
nenhuma norma específica
sobre o comércio eletrônico,
nem mesmo no Código de
Defesa do Consumidor.
• Medida Provisória n. 2.200, de 28 de junho de 2001, que
institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira –
ICP-Brasil, e dá outras providências como:
 A garantia da comunicação com os órgãos públicos por meios
eletrônicos, publicada em 29 de junho de 2001, disciplina a:
 Questão da integridade,
 Autenticidade;
 Validade dos documentos eletrônicos.
Formação dos contratos pela Internet
39
• A obrigação do empresário brasileiro que se vale do
comércio eletrônico para vender os seus produtos ou
serviços, para com os consumidores, é a mesma que o
Código de Defesa do Consumidor atribui aos fornecedores
em geral.
Formação dos contratos pela Internet
40
• No entanto, o contrato de consumo eletrônico internacional
obedece ao disposto no art. 9º, §2º, da Lei de Introdução às
Normas do Direito Brasileiro, que determina a aplicação, à
hipótese, da lei do domicílio do proponente.
Formação dos contratos pela Internet
41
Extinção dos 
contratos
Prof. Anderson Rodrigues
42
• Os contratos, como os negócios jurídicos em geral,
têm também um ciclo vital:
 1- Nascem do acordo de vontades;
 2- Produzem os efeitos que lhes são próprios;
 3- Extinguem-se.
1. Modo normal de extinção
43
• A extinção dá-se, em regra, pela execução, seja
instantânea, diferida ou continuada.
• O cumprimento da prestação libera o devedor e satisfaz o
credor.
 Este é o meio normal de extinção do contrato.
Modo normal de extinção
44
• Comprova-se o pagamento pela quitação fornecida pelo credor,
observados os requisitos exigidos no art. 320 do Código Civil:
 “A quitação, que sempre poderá ser dada por instrumento particular,
designará o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou
quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura
do credor, ou do seu representante”.
 Parágrafo único: “ainda sem os requisitos estabelecidos neste artigo
valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar
haver sido paga a dívida”.
Modo normal de extinção
45
• Algumas vezes o contrato se extingue sem ter alcançado o seu
fim, ou seja, sem que as obrigações tenham sido cumpridas.
• Várias causas acarretam essa extinção anormal.
 Algumas são anteriores ou contemporâneas à formação do
contrato;
 Supervenientes
2. Extinção do contrato sem 
cumprimento 
46
• Defeitos decorrentes do não preenchimento de seus
requisitos:
 Subjetivos (capacidade das partes e livre consentimento);
 Objetivos (objeto lícito, possível, determinado ou
determinável);
 Formais (forma prescrita em lei), que afetam a sua validade,
acarretando a nulidade absoluta ou relativa (anulabilidade);
Causas anteriores ou contemporâneas à 
formação do contrato
47
• Implemento de cláusula resolutiva,
expressa ou tácita;
• Exercício do direito de arrependimento
convencionado.
Causas anteriores ou contemporâneas à 
formação do contrato
48
• A nulidade absoluta decorre de ausência de elemento
essencial do ato, com transgressão a preceito de ordem
pública, impedindo que o contrato produza efeitos
desde a sua formação (ex tunc).
Nulidade absoluta e relativa
49
• A anulabilidade advém da imperfeição da vontade: ou
porque emanada de um relativamente incapaz não
assistido (prejudicando o interesse particular de
pessoa que o legislador quis proteger), ou porque
contém algum dos vícios do consentimento, como erro,
dolo, coação etc.
Nulidade absoluta e relativa
50
• Como pode ser sanada e até mesmo não arguida no
prazo prescricional, não extinguirá o contrato
enquanto não se mover ação que a decrete, sendo ex
nunc os efeitos da sentença.
Nulidade absoluta e relativa
51
• Não pode ser arguida por ambas as partes da relação
contratual, nem declarada ex officio pelo juiz.
 Legitimado somente o contraente em cujo interesse foi
estabelecida a regra (CC, art. 177).
 Tratando-se apenas de proteger o interesse do incapaz
(representante legal), do lesado, do enganado ou do ameaçado.
Nulidade absoluta e relativa
52
• Na execução do contrato, cada contraente tem a faculdade
de pedir a resolução, se o outro não cumpre as obrigações
avençadas.
• Quando as partes a convencionam → a cláusula resolutiva
expressa ou pacto comissório expresso.
 Na ausência de estipulação, tal pacto é presumido pela lei.
Cláusula resolutiva → O adimplemento 
substancial do contrato
53
• Art. 420 CC.
• Quando expressamente previsto no contrato, o
arrependimento autoriza qualquer das partes a rescindir o
ajuste, mediante declaração unilateral da vontade,
sujeitando-se à perda do sinal, ou à sua devolução em
dobro, sem, no entanto, pagar indenização suplementar.
Direito de arrependimento
54
• O direito de arrependimento deve ser exercido no prazo
convencionado ou antes da execução do contrato, se nada
foi estipulado a esse respeito, pois o adimplemento deste
importará renúncia tácita àquele direito.
Direito de arrependimento
55
• Verifica-se a dissolução do contrato em função de causas
posteriores à sua criação por:
 a) Resolução, como consequência do seu inadimplemento
voluntário, involuntário ou por onerosidade excessiva;
 b) Resilição, pela vontade de um ou de ambos os contratantes;
 c) Morte de um dos contratantes, se o contrato for intuitu
personae;
 d) Rescisão, modo específico de extinção de certos contratos.
Causas supervenientes à formação 
do contrato
56
• Nem sempre, no entanto, os contraentes conseguem
cumprir a prestação avençada, em razão de situações
supervenientes, que impedem ou prejudicam a sua
execução.
 A extinção do contrato mediante resolução tem como causa a
inexecução ou incumprimento por um dos contratantes.
Resolução
57
• RESOLUÇÃO POR INEXECUÇÃO VOLUNTÁRIA:
 A resolução por inexecução voluntária decorre de
comportamento culposo de um dos contraentes, com prejuízo ao
outro.
 Produz efeitos ex tunc, extinguindo o que foi executado e
obrigando a restituições recíprocas, sujeitando ainda o
inadimplente ao pagamento de perdas e danos e da cláusula
penal, convencionada para o caso de total inadimplemento da
prestação. 58
• RESOLUÇÃO POR INEXECUÇÃO VOLUNTÁRIA:
 Entretanto, se o contrato for de trato sucessivo, como o de prestação
de serviços de transporte e o de locação, por exemplo, a resolução
não produz efeito em relação ao pretérito, não se restituindo as
prestações cumpridas.
 O efeito será, nesse caso, ex nunc.
59
• Exceção de contrato não cumprido:
 Preceitua o art. 476 do Código Civil:
 “Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes
de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento
da do outro”.
60
• Garantia de execução da obrigação a prazo:
• Preceitua o art. 477do Código Civil:
 “Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das
partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de
comprometer ou tornar duvidosa a prestação pela qual se
obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe
incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê
garantia bastante de satisfazê-la”.
61
• RESOLUÇÃO POR INEXECUÇÃO INVOLUNTÁRIA:
 A resolução pode também decorrer de fato não imputável às
partes, como sucede nas hipóteses de ação de terceiro ou de
acontecimentos inevitáveis, alheios à vontade dos contraentes,
denominados caso fortuito ou força maior, que impossibilitam o
cumprimento da obrigação.
62
• RESOLUÇÃO POR INEXECUÇÃO INVOLUNTÁRIA:
 A inexecução involuntária caracteriza-se pela impossibilidade
superveniente de cumprimento do contrato.
 A impossibilidade deve ser, também, total, pois se a inexecução for
parcial e de pequena proporção, o credor pode ter interesse em
que, mesmo assim, o contrato seja cumprido.
 Há de ser, ainda, definitiva.
 Em geral, a impossibilidade temporária acarreta apenas a
suspensão do contrato.
63
• RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA:
• A cláusula “rebus sic stantibus” e a teoria da imprevisão:
 Os negócios jurídicos podem sofrer as consequências de modificações
posteriores das circunstâncias, com quebra insuportável da
equivalência.
 Tal constatação deu origem ao princípio da revisão dos contratos ou
da onerosidade excessiva;
 Permite aos contratantes recorrerem ao Judiciário, para obterem
alteração da convenção e condições mais humanas, em determinadas
situações.
64
• RESOLUÇÃO POR ONEROSIDADE EXCESSIVA:
• A onerosidade excessiva no Código Civil brasileiro de 2002:
• O Código Civil de 2002 consolidou o direito à alteração do contrato
em situações específicas, dedicando uma seção, composta de três
artigos, à resolução dos contratos por onerosidade excessiva.
65
• “Art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se
a prestação de uma das partes se tornar excessivamente
onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de
acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o
devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença
que a decretar retroagirão à data da citação”.
66
• “Art. 421. “A liberdade contratual será exercida nos 
limites da função social do contrato”.
• Os requisitos para a resolução do contrato por
onerosidade excessiva são os seguintes:
 a) vigência de um contrato comutativo de execução diferida
ou de trato sucessivo;
 b) ocorrência de fato extraordinário e imprevisível;
 c) considerável alteração da situação de fato existente no
momento da execução, em confronto com a que existia por
ocasião da celebração;
 d) nexo causal entre o evento superveniente e a consequente
excessiva onerosidade.
68
• A resilição não deriva de inadimplemento contratual, mas
unicamente da manifestação de vontade, que pode ser
bilateral ou unilateral.
 Resilir, do latim resilire, significa, etimologicamente, “voltar
atrás”.
 A resilição bilateral denomina-se distrato, que é o acordo de
vontades que tem por fim extinguir um contrato
anteriormente celebrado.
Resilição
69
• Dispõe o art. 472 do Código Civil:
• “O distrato faz-se pela mesma forma exigida para o
contrato”.
• Qualquer contrato pode cessar pelo distrato.
• É necessário, todavia, que os efeitos não estejam exauridos,
uma vez que o cumprimento é a via normal da extinção.
Distrato e quitação
70
• Contrato extinto não precisa ser dissolvido.
• Se já produziu algum efeito, o acordo para extingui-lo não
é distrato, mas outro contrato que modifica a relação.
• O mecanismo do distrato é o que está presente na
celebração do contrato:
 A mesma vontade humana, que tem o poder de criar, atua na
direção oposta, para dissolver o vínculo e devolver a liberdade
àqueles que se encontravam compromissados.
Distrato e quitação
71
• A resilição, como já se disse, não deriva de
inadimplemento contratual, mas unicamente da
manifestação de vontade.
 Outras vezes, o contrato se baseia na confiança e só perdura
enquanto esta existir entre as partes.
 Por último, os próprios sujeitos reservam-se o direito de
arrependimento, sujeitando-se à perda ou pagamento em
dobro das arras penitenciais.
Resilição unilateral: denúncia, revogação, 
renúncia e resgate
72
• A resilição unilateral pode ocorrer somente nas obrigações
duradouras, contra a sua renovação ou continuação,
independentemente do não cumprimento da outra parte,
nos casos permitidos na lei (p. ex., denúncia prevista nos
arts. 6o, 46, § 2o, e 57 da Lei n. 8.245, de 18-10-1991, sobre
locação de imóveis urbanos) ou no contrato.
Resilição unilateral: denúncia, revogação, 
renúncia e resgate
73
• A resilição unilateral independe de pronunciamento
judicial e produz efeitos ex nunc, não retroagindo.
 Para valer, deve ser notificada à outra parte, produzindo
efeitos a partir do momento em que chega a seu conhecimento.
Resilição unilateral: denúncia, revogação, 
renúncia e resgate
74
• Dispõe o art. 473 do Código Civil de 2002, inovando:
 “A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou
implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada
à outra parte.
 Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma
das partes houver feito investimentos consideráveis para a sua
execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito depois de
transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos
investimentos”.
Resilição unilateral: denúncia, revogação, 
renúncia e resgate
75
• Quando em um contrato bilateral as partes convencionam
a possibilidade de resilição voluntária por declaração
unilateral de vontade produz ela as consequências do
distrato.
 No contrato de trabalho por tempo determinado em que se
reservam o direito de resilir ante tempus, mediante aviso
prévio.
 Notificação unilateral → efeito bilateral
Resilição unilateral: denúncia, revogação, 
renúncia e resgate
76
• A morte de um dos contratantes só acarreta a dissolução
dos contratos personalíssimos (intuitu personae), que não
poderão ser executados pela morte daquele em
consideração do qual foi ajustado.
 Subsistem as prestações cumpridas, pois o seu efeito opera-se
ex nunc.
Morte de um dos contratantes
77
• Deve ser empregado, em boa técnica, nas hipóteses de
dissolução de determinados contratos, como aqueles em
que ocorreu lesão ou que foram celebrados em estado de
perigo.
Rescisão 
78
79
	Slide 1: Formação do contrato
	Slide 2: A Manifestação de Vontade
	Slide 3
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	Slide 39
	Slide 40
	Slide 41
	Slide 42: Extinção dos contratos
	Slide 43: 1. Modo normal de extinção
	Slide 44: Modo normal de extinção
	Slide 45: Modo normal de extinção
	Slide 46: 2. Extinção do contrato sem cumprimento 
	Slide 47: Causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato
	Slide 48: Causas anteriores ou contemporâneas à formação do contrato
	Slide 49: Nulidade absoluta e relativa
	Slide 50: Nulidade absoluta e relativa
	Slide 51: Nulidade absoluta e relativa
	Slide 52: Nulidade absoluta e relativa
	Slide 53: Cláusula resolutiva  O adimplemento substancial do contrato
	Slide 54: Direito de arrependimento
	Slide 55: Direito de arrependimento
	Slide 56: Causas supervenientes à formação do contrato
	Slide 57: Resolução
	Slide 58
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62
	Slide 63
	Slide 64
	Slide 65
	Slide 66
	Slide 67
	Slide 68
	Slide 69: Resilição
	Slide 70: Distrato e quitação
	Slide 71: Distrato e quitação
	Slide 72: Resilição unilateral: denúncia, revogação, renúncia e resgate
	Slide 73: Resilição unilateral:denúncia, revogação, renúncia e resgate
	Slide 74: Resilição unilateral: denúncia, revogação, renúncia e resgate
	Slide 75: Resilição unilateral: denúncia, revogação, renúncia e resgate
	Slide 76: Resilição unilateral: denúncia, revogação, renúncia e resgate
	Slide 77: Morte de um dos contratantes
	Slide 78: Rescisão 
	Slide 79

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