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PROCESSO DO TRABALHO 
Prof. Ana Isabella Lau 
Professora de Direito e Processo do Trabalho 
Mestre em Direito pelo PPGCJ/UFPB. Advogada 
Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela PUC/MG. 
 
Instagram: @anaisabellalau 
Objetivo da disciplina: Estudo do Direito Processual do Trabalho, 
com todas as alterações legislativas e atualizações pertinentes. 
 
 
 
 
 
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A
M
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O
 
• Conceito e Princípios Processuais Trabalhistas / Formas de Resolução dos conflitos 
• Organização da Justiça do Trabalho 
• Ministério Público do Trabalho 
• Competências da Justiça do Trabalho 
• Procedimento de Homologação de Acordo extrajudicial 
• Atos, Termos e Prazos processuais 
• Procedimentos Trabalhistas: sumário, sumaríssimo e ordinário 
• Reclamação Trabalhista: Elementos da Petição Inicial, Jus Postulandi e Benefício da Justiça Gratuita 
• Exceção de Incompetência territorial 
• Audiência Trabalhista: Trâmite, Defesas do reclamado e tipos de provas 
• Honorários no Processo do Trabalho: contratuais, sucumbenciais e periciais 
• Sentença Trabalhista, Responsabilidade por dano processual e Custas processuais 
• Embargos de Declaração 
• Recurso Ordinário 
• Recurso de Revista 
• Agravo de Instrumento e Agravo Interno 
• Embargos ao TST, Recurso Adesivo e Recurso Extraordinário em matéria trabalhista 
• Execução Trabalhista: trâmite e recursos 
• Penhora e Incidente de desconsideração da personalidade jurídica 
• Procedimentos especiais: Ação de consignação em pagamento e mandado de segurança 
• Ação rescisória no Processo do Trabalho: cabimento, competência e prazo 
• Dissídio Coletivo e Sentença normativa 
 
 
 
CONCEITO – PROCESSO DO TRABALHO 
• O Direito Processual do Trabalho conceitua-se como o conjunto de princípios, normas e instituições que regem a atividade da 
Justiça do Trabalho, com o objetivo de dar efetividade à legislação trabalhista e social, assegurar o acesso do trabalhador à 
Justiça e dirimir, com justiça, o conflito trabalhista. 
 
• Tem por objetivo solucionar, com justiça, o conflito trabalhista, tanto o individual (empregado e empregador, ou prestador de 
serviços e tomador), como o conflito coletivo (do grupo, da categoria, e das classes profissional e econômica). 
 
• Assim, como o Direito do Trabalho visa à proteção do trabalhador e à melhoria de sua condição social (art. 7º, caput, da CF), o 
Direito Processual do Trabalho tem sua razão de existência em propiciar o acesso dos trabalhadores à Justiça, tendo em vista 
garantir os valores sociais do trabalho, a composição justa do conflito trabalhista, bem como resguardar a dignidade da pessoa 
humana do trabalhador. 
 
 
 
CONCEITO – PROCESSO DO TRABALHO 
• Discussões relevantes, pós reforma trabalhista: 
 
a) Comprovação de insuficiência econômica para a gratuidade judiciária 
 
b) Pagamento de honorários periciais, caso sucumbente no objeto da perícia, mesmo sendo o reclamante 
beneficiário de justiça gratuita (art. 790-B, da CLT); 
 
c) Pagamento de honorários advocatícios, havendo sucumbência parcial (art. 791-A, da CLT); 
 
d) Pagamento de custas diante do arquivamento da demanda, mesmo beneficiário de justiça gratuita, salvo 
se comprovar que a ausência se deu por motivo legalmente justificável (art. 844, § 2o, da CLT); 
 
e) Fim do impulso oficial da execução (art. 878, da CLT); 
 
f) Prescrição intercorrente (art. 11-A, da CLT). 
 
 
 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS 
- Princípio da Oralidade 
- Princípio da Concentração dos atos processuais 
- Princípio da Proteção ou tutela 
- Princípio da Informalidade 
- Princípio da Irrecorribilidade das decisões interlocutórias 
- Princípio da Conciliação 
- Princípio da Majoração dos poderes do juiz do trabalho na condução do processo 
- Princípio da Subsidiariedade 
- Princípio do Jus postulandi 
- Princípio da dialeticidade 
- Princípio da normatização coletiva 
 
 
 
1 – PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
 
O princípio da oralidade tem o objetivo de simplificar o procedimento, tornando-o mais célere e efetivo, 
solucionando conflitos e realizando a prestação jurisdicional. 
Algumas manifestações na CLT: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 – PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
A concentração dos atos processuais no direito processual do trabalho tem o objetivo de agrupar os atos de 
processo em eventos únicos, acelerando sua tramitação. 
Ex: Em regras, as audiências trabalhistas são UNAS, ou seja, todos os atos processuais realizados na mesma 
audiência: apresentação de defesa, manifestação da parte contrária, oitiva das testemunhas e da parte, razões 
finais e até mesmo pronunciação da sentença. 
• arts. 791 e 839, a – apresentação de reclamação trabalhista diretamente pelo interessado; 
• art. 840 – possibilidade de apresentação de reclamação trabalhista oral; 
•arts. 843 e 845 – as partes deverão comparecer pessoalmente na audiência trabalhista, independentemente do 
comparecimento de seus representantes legais; 
• art. 847 – apresentação de defesa oral em audiência; 
• art. 848 – interrogatório e depoimento pessoal das partes em audiência; 
• art. 850 – razões finais orais em audiência e sentença após o término da instrução 
 
 
 
3 – PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO OU TUTELA 
 
O princípio da proteção ou tutela visa reduzir desigualdades entre o trabalhador e o empregador. O 
direito processual do trabalho confere maior proteção ao empregado, visto que é a parte 
hipossuficiente da relação de emprego. 
Ex: a gratuidade judiciária concedida ao reclamante; a possibilidade de arquivamento da ação caso o 
empregador não compareça na primeira audiência (art. 844, CLT); a exigência de depósito recursal 
somente à empregadora e a possibilidade de petição verbal. 
 
4 – PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE 
 
Na informalidade basta que a causa de pedir seja compreensiva e não impossibilite o direito de 
defesa. Não é exigido para a petição inicial os rigorosos requisitos do processo comum, porém é 
indispensável como requisito da inicial a existência de pedido. 
 
 
 
5 – PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS 
 
O princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias no direito processual do trabalho está 
previsto no art. 893 parágrafo §1º da CLT: os incidentes do processo serão resolvidos pelo próprio Juízo 
ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em 
recursos de decisões definitivas 
 
6 – PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO 
 
A Justiça do Trabalho sempre preconizou a conciliação dos conflitos de interesses, por ser a solução 
mais célere para as partes. A CLT exige duas tentativas de conciliação: 
 
- antes do recebimento da defesa, logo após a abertura da audiência (art. 846) e 
- após as razões finais, antes da sentença (art. 850) 
 
Ademais, é lícita a celebração de acordo pelas partes que ponha fim ao processo, mesmo depois de 
encerrado o juízo conciliatório. 
 
 
 
7 – PRINCÍPIO INQUISITIVO (DA MAJORAÇÃO DOS PODERES DO JUIZ DO TRABALHO NA CONDUÇÃO DO 
PROCESSO) 
 
Esse princípio possibilita determinar qualquer diligência processual para formar seu convencimento em busca 
da verdade, observando o caráter social da Justiça do Trabalho e o direito processual trabalhista. 
 
 
 
 
 
8 – PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 
 
Art. 765, CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na 
direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo 
determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
Art. 769, CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte 
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for 
incompatível com as normas deste Título. 
 
 
 
9 – PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI 
 
O jus postulandi está previsto no art. 791 da CLT, é a possibilidade de empregado e empregador 
atuarem no processo sem a companhia de advogado. A parte pode acompanhar o processo até o final 
nas instâncias ordinárias, ou seja, até o TRT. Caso tenha a necessidadede atuar em instância 
extraordinária deverá constituir advogado. 
 
10 – PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE 
 
Exige que todo recurso seja formulado por meio de petição pela qual a parte não apenas manifeste 
sua inconformidade com o ato judicial impugnado, mas, também e necessariamente, indique os 
motivos de fato e de direito pelos quais requer o novo julgamento da questão nele cogitada 
 
O recorrente deve motivar suas razões recursais. Isso ocorre para que a parte contrária possa se 
defender e o Tribunal tenha conhecimento do objeto impugnado. O art. 899 da CLT estabelece que os 
recursos trabalhistas serão interpostos por simples petição. Tal regramento, porém, não afasta a 
necessidade de fundamentar suas razões recursais, apenas permitindo que a interposição seja de 
forma simples. 
 
 
 
 
 
11 – PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA 
 
Refere-se ao Poder Normativo da Justiça do Trabalho, que é a competência constitucionalmente 
assegurada aos tribunais trabalhistas de criar normas e condições gerais e abstratas, através de 
sentenças normativas, quando em julgamentos de dissídios coletivos, produzindo efeitos jurídicos nos 
contratos individuais de trabalho dos trabalhadores da categoria profissional envolvida. 
 
 
 
 
Art. 114, CF 
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum 
acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, 
respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. 
 
 
 
 
FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS TRABALHISTAS 
 AUTOCOMPOSIÇÃO HETEROCOMPOSIÇÃO AUTOTUTELA 
As próprias partes se ajustam 
de forma a solucionar um 
conflito. 
Ex: negociação coletiva, 
mediação, conciliação (CCP), 
acordo extrajudicial 
É a forma de solução de conflitos 
em que as partes convencionam 
um terceiro para decidir a lide. 
Ex: Processo judicial (dissídio 
individual e dissídio coletivo), 
arbitragem (compromisso arbitral 
ou cláusula compromissória de 
arbitragem) 
Forma de “autodefesa”. Consiste 
no exercício da sua própria 
vontade mediante seus próprios 
critérios e decisões. 
Ex: Greve 
 
 
 
Art. 507-A, CLT. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes 
o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser 
pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou 
mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 
1996. 
 
Nota: 
Em 2024, o valor máximo que você pode receber do INSS é R$ 7.786,02 de benefício previdenciário. 
 
 
CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE 
ARBITRAGEM 
 
 
• Remuneração superior a 2x o 
limite máximo de benefício do 
RGPS (R$~14mil) 
• Iniciativa ou Concordância 
expressa do empregado 
 
 
 
EMPREGADO HIPERSSUFICIENTE 
 
 
• Diploma de curso de ensino 
superior 
• Remuneração igual ou superior a 
2x o limite dos benefícios do 
RGPS. 
 
X 
 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
VARAS DO TRABALHO ou 
JUÍZES DE DIREITO 
Art. 111, CF 
Art. 644, c, CLT 
 
TRT 
 
Art. 115, CF 
Art. 674, CLT 
TST 
 
Art. 92, §1º, CF 
1ª instância. Jurisdição em todo o território da Comarca 
2ª instância. Jurisdição na área estadual. Tem sede em regra nos 
Estados. Exceções: 
- SP com dois TRTs (2ª e 15ª Regiões) 
- Pará e Amapá: 8ª Região / - Distrito Federal e Tocantins: 10ª Região/ - 
Amazonas e Roraima: 11ª Região/ - Rondônia e Acre: 14ª Região 
Instância máxima. Jurisdição em todo o território nacional. Sede na 
capital da República 
 
 
 
VARAS 
Na vara do trabalho, a jurisdição é exercida por um juiz singular, isto é, as decisões de 
primeira instancia são sempre embasadas e desenvolvidas por um único juiz, o que 
caracteriza o regime de juízo monocrático, e que ocupa seu cargo mediante concurso 
público e exerce seu poder sobre determinada territorialidade. 
 
Nas localidades onde não houver VT ou que não sejam cobertas por Varas de Trabalho 
próximas, o juiz de direito local terá competência trabalhista, ou seja, poderá julgar os 
processos trabalhistas destas localidades. 
TRT 
Atualmente existem 24 TRT’s, compostos por juízes nomeados pelo Presidente da 
República, após o oferecimento da lista tríplice feita pelo próprio TRT. A composição varia 
de acordo com o volume de processos de cada região, sendo de no mínimo 07 e máximo 
25 juízes do trabalho. Há o presidente e o vice do tribunal e nos tribunais maiores há os 
corregedores e os vice corregedores 
TST 
Composto por 27 juízes, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela 
maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 1/5 dentre advogados e membros do MPT, 
com mais de 10 anos de carreira, e os demais dentre juízes dos TRT's. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 
O Ministério Público do Trabalho tem por finalidade a defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e 
individuais homogêneos no âmbito trabalhista. É a ramificação do Ministério Público da União incumbida da 
concretização dos denominados direitos de segunda dimensão, em especial os que tutelam a saúde e 
integridade física do trabalhador, o direito à igualdade nas relações de trabalho, o combate ao trabalho infantil 
e escravo e a promoção da liberdade de atuação sindical. 
 
O Ministério Público, incluindo o do Trabalho, não é um quarto poder, mas uma instituição especial que não se 
encontra subordinada ao Legislativo, Executivo ou Judiciário; muito ao revés, sua atuação provoca por vezes 
confrontos em relação aos membros dos demais poderes, na hipótese de violação de direitos metaindividuais ou 
individuais indisponíveis. 
 
 
 
ATUAÇÃO DO MPT 
JUDICIAL EXTRAJUDICIAL 
COMO CUSTOS LEGIS COMO PARTE 
O art. 178 do CPC informa sobre as 
hipóteses de intervenção do 
Ministério Público: 
a) pela qualidade da parte, ou 
seja, nos processos que envolvam 
interesse de incapaz; 
b) pela natureza ou características 
da lide, ou seja, nos processos que 
envolvam interesse público ou 
social. 
-Ações civis públicas e ações 
coletivas 
- Ações anulatórias de convenções 
ou acordos coletivos de trabalho 
- Ações para defesa de direitos de 
menores, incapazes e índios 
- Revisão das Súmulas e 
Orientações Jurisprudenciais do 
TST e dos TRT’s 
- Dissídios coletivos de greve 
- Mediações e arbitragens 
- Realização ou participação em audiências 
públicas 
- Articulação social 
- Implementação de políticas públicas 
- Celebração de termos de compromisso de 
ajustamento de conduta 
- Emissão de recomendações 
 
 
 
COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
MATERIAL TERRITORIAL FUNCIONAL 
O QUE PODE SER PROCESSADO 
E JULGADO PELA JUSTIÇA DO 
TRABALHO 
ONDE DEVE SER AJUIZADA A 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
RELACIONADA À HIERARQUIA 
DO JUDICIÁRIO, AOS GRAUS DE 
JURISDIÇÃO. CADA INSTÂNCIA 
POSSUI A SUA COMPETÊNCIA, 
ORIGINÁRIA OU NÃO 
 
 
 
COMPETÊNCIA MATERIAL 
Refere-se ao que é processado e julgado pela Justiça do Trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Súmula Vinculante 23: A Justiça do Trabalho é competente para processar e 
julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de 
greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. 
 
Súmula nº 392 do TST: Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da 
República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações 
de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de 
trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele 
equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do 
trabalhador falecido. 
 
 
 
COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade 
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
EXCEÇÕES! 
§ 1º - Quando for partede dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em 
que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a 
Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 
 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos 
dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja 
convenção internacional dispondo em contrário. 
 
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de 
trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da 
prestação dos respectivos serviços. 
 
 
 
 
 
REGRA GERAL: 
LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
Art. 651, CLT 
EXCEÇÕES! 
MACETES 
1 – EMPREGADO VIAJANTE 
- Vara de Trabalho da Agência onde está 
subordinado, ou, na falta, local mais próximo 
ou domicílio 
 
2 – EMPRESA VIAJANTE 
- Vara de Trabalho do Local onde presta o 
serviço ou onde celebrou o contrato 
 
 
 
 
Na hipótese de uma reclamatória trabalhista tramitar em juízo 
territorialmente incompetente, a parte adversa deverá apresentar 
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL 
ATENÇÃO!! 
MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA EM RELAÇÃO À ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
TERRITORIAL 
 
- NÃO VEM MAIS COMO PRELIMINAR NA CONTESTAÇÃO 
- DEVE SER APRESENTADA POR MEIO DE PEÇA APARTADA – EM ATÉ 5 DIAS APÓS O RECEBIMENTO 
DA NOTIFICAÇÃO 
- ART. 800, CLT 
 
* Teremos uma aula específica sobre o procedimento da Exc. de Incomp. territorial 
 
 
 
COMPETÊNCIA FUNCIONAL 
Diz respeito à competência de cada instância, ao poder/dever do juiz/tribunal na direção do processo. É o 
que chamamos de graus de jurisdição. 
VARAS 
•Processar e julgar 
ações/ dissídios 
concernentes ao 
contrato individual 
de trabalho 
 
•ART. 652, CLT 
TRT 
• Competência recursal 
- julgar os recursos 
das decisões das Varas 
do Trabalho 
 
• Competência 
originária - ações 
rescisórias, dissídios 
coletivos, mandados 
de segurança 
TST 
• Processar, conciliar e 
julgar, na forma da lei, 
em grau originário ou 
recursal ordinário ou 
extraordinário, as 
demandas individuais e 
os dissídios coletivos 
que excedam a 
jurisdição dos TRT’s 
ART. 678, CLT 
Reg. Interno do TST 
•Uniformizar jurisprudência 
trabalhista 
 
 
 
CONFLITOS DE COMPETÊNCIA 
 
Juiz do trabalho x juiz do trabalho (ambos do mesmo TRT) = respectivo TRT; 
 
Juiz do trabalho x juiz do trabalho (TRT diferentes) = TST 
 
TRT x TRT= TST 
 
Juiz de direito ou juiz federal x juiz do trabalho = STJ 
 
TJ ou TRF x TRT = STJ 
 
 Qualquer órgão x TST = STF 
 
 
 
PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL 
Procedimento de jurisdição voluntária no âmbito da Justiça do Trabalho 
Visa conferir validade a negócio jurídico firmado pelas partes 
REQUISITOS 
PETIÇÃO 
CONJUNTA 
PARTES 
REPRESENTADAS POR 
ADV DIFERENTES 
EMPREGADO 
PODE SER 
REPRESENTADO 
PELO ADV DO 
SINDICATO 
EM ATÉ 15 DIAS DA 
DISTRIBUIÇÃO DA PETIÇÃO, O 
JUIZ IRÁ ANALISAR O 
ACORDO, DESIGNAR 
AUDIÊNCIA, SE NECESSÁRIO, E 
DECIDIR A petição de homologação suspende 
o prazo prescricional quanto aos 
direitos nela especificados 
Caberá 
recurso 
ordinário da 
sentença que 
rejeitar a 
homologação 
 
 
 
 
 
 
ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS 
 
 
 
Entre 20/12 e 20/01, é o recesso do judiciário. Nesse período os prazos são SUSPENSOS (art. 755-A) 
Entre 20/12 e 06/01 é o recesso dos fóruns. 
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro 
e 20 de janeiro, inclusive. 
 
§ 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão 
suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. 
 
§ 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. 
OJ 310 SDI1 TST: 
 
LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, DO CPC DE 2015. INAPLICÁVEL AO 
PROCESSO DO TRABALHO. 
 
Inaplicável ao processo do trabalho a regra contida no art. 229, caput e §§ 1o e 2o do CPC de 2015 (art. 191 do 
CPC de 1973) em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente 
 
 
 
COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS: 
 
- NOTIFICAÇÃO 
- CITAÇÃO 
- INTIMAÇÃO 
CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS: 
 
Os prazos processuais são contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento - 
art. 775, CLT 
 
Se o dia do início for feriado ou dia não útil, o prazo somente começa a contar no primeiro dia útil. 
A mesma coisa ocorre no dia do vencimento. 
Súmula 30, TST​ - Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da 
audiência de julgamento (CLT, art. 851, § 2º), o prazo para recurso será contado da 
data em que a parte receber a intimação da sentença 
 
 
 
Art. 775. § 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: 
- quando o juízo entender necessário; 
- em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
 
SÚMULA 1, TST 
Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se 
seguir. 
 
SÚMULA 262, TST 
PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no 
subsequente. 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais 
 
Caso a intimação tenha se dado em dia útil, a regra é simples: o início do prazo foi 
o da intimação e a contagem se dá no primeiro dia útil subsequente. 
 
Caso, entretanto, tenha se dado em dia não útil, o início do prazo não será o da 
intimação, mas o do primeiro dia subsequente, e a contagem no outro dia 
subsequente útil. 
 
 
 
PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS 
Procedimento (rito) é a forma pela qual o processo se desenvolve. 
É a maneira do desenrolar do trâmite processual. 
SUMÁRIO SUMARÍSSIMO ORDINÁRIO 
- Aplica-se a causas com 
valor de até 2 salários 
mínimos 
- São causas de uma única 
instância 
- Não se admitem recursos 
- Rito de Alçada 
- Aplica-se a causas com valor de até 40 
salários mínimos 
- Admitem-se os recursos trabalhistas 
- Não se aplica a causas em que é parte 
a Adm Pública direta, fundações e 
autarquias. É permitido para as Soc. de 
Economia Mista e Empresas Públicas 
- Audiências UNAS 
- São admitidas até 2 testemunhas 
- Não tem limite de valor 
- Admitem-se os recursos 
trabalhistas 
- Em regra, as audiências são 
UNAS, mas podem ser divididas 
- São admitidas até 3 testemunhas 
 
 
 
PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA 
A Reclamação trabalhista pode ser apresentada de forma: 
- oral, reduzida a termo pela Secretaria, ou 
- escrita, seguindo o disposto no art. 840 da CLT, c/c art. 319 do CPC, nos termos do 
art. 769 da CLT. 
REQUISITOS DA RT ESCRITA: 
 
• DESIGNAÇÃO DO JUÍZO (ENDEREÇAMENTO) 
• QUALIFICAÇÃO DAS PARTES 
• FATO / FUNDAMENTO / PEDIDOS LIQ. 
• VALOR DA CAUSA 
• DATA E ASSINATURAS 
 
 
 
 
 
 
O jus postulandi, no processo do trabalho, é a capacidade postulatória conferida às 
partes, como sujeitos da relação de emprego, para postular diretamente em juízo, 
sem necessidade de serem representadas por advogado. 
 
Art. 791, CLT – Os empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente 
perante a justiça do trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
 
SÚMULA 425, TST 
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do 
Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória,a 
ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
 
JUS POSTULANDI 
 
 
 
BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
 
 
BENEFÍCIO DA 
JUSTIÇA GRATUITA 
 
 PÓS REFORMA 
TRABALHISTA 
AOS QUE PERCEBEREM SALÁRIO IGUAL 
OU INFERIOR A 40% DO LIMITE MÁXIMO 
DOS BENEFÍCIOS DO RGPS 
Pode ser concedido de ofício ou por mero 
requerimento da parte (R$ 3.114,40, em 2024) 
AOS QUE PERCEBEREM SALÁRIO 
SUPERIOR 
Pode ser concedido, se a parte comprovar 
insuficiência de recursos 
 
 
 
RT NOTIFICAÇÃO AUDIÊNCIA 
PRAZO DE 5 DIAS PARA 
EVENTUAL ALEGAÇÃO DE 
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
TERRITORIAL 
48H PARA 
EMISSÃO DA 
NOTIFICAÇÃO AO 
RECLAMADO 
PRAZO MÍNIMO DE 
5 DIAS ENTRE O 
RECEBIMENTO DA 
NOTIFICAÇÃO E A 
AUDIÊNCIA 
Súmula nº 16, TST: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta 
e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a 
entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do 
destinatário. 
 
 
 
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL 
ATENÇÃO! Não vem mais como preliminar na contestação. Deve ser apresentada em até 5 dias úteis, 
contados do recebimento da notificação trabalhista. 
Se não for apresentada, ocorre PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA! 
 
Apresentada a exceção, o Juiz: 
 
- SUSPENDE o processo, até resolver a exceção. A audiência antes marcada não se realizará 
- Intima a outra parte (excepto) para se manifestar no prazo de 5 dias (prazo comum se houverem 
litisconsortes) 
- Se for necessário, marca a audiência para prova oral (das partes e testemunhas) 
- Da decisão do Juiz, cabe recurso? DEPENDE! Caberá Recurso Ordinário, no prazo de 8 dias, se o 
Juiz reconhecer a incompetência e remeter o processo para VT vinculada a TRT diferente! 
 
 
 
ART. 800, CLT. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da 
notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o 
procedimento estabelecido neste artigo. 
 
§1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 
843 desta Consolidação até que se decida a exceção. 
 
§2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os 
litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. 
 
§3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito 
de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver 
indicado como competente. 
 
§4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação 
de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente. 
 
 
 
AUDIÊNCIA TRABALHISTA 
- Em regra, a audiência trabalhista é UNA! Ou seja, 
toda a instrução do processo ocorrerá naquela 
audiência. 
 
- No rito ordinário, o juiz pode dividi-la. 
 
- As partes devem estar PRESENTES, pessoalmente 
ou através dos seus representantes legais, 
independentemente da presença dos advogados. 
 
 
 
 
 
 
 
AUSÊNCIA DO RECLAMANTE – ARQUIVAMENTO 
AUSÊNCIA DO RECLAMADO – REVELIA + CONFISSÃO FICTA 
SE 
LIGA! 
Súmula nº 9 do TST: A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após 
contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. 
 
 
 
TRÂMITE DA AUDIÊNCIA UNA 
 
- PREGÃO/ DOCUMENTO DAS PARTES 
- 1ª TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO 
- APRESENTAÇÃO DA DEFESA (CONTESTAÇÃO/RECONVENÇÃO) 
- OITIVA DAS PARTES E TESTEMUNHAS 
- PRODUÇÃO DE PROVAS (designação de perícia, se necessário) 
- RAZÕES FINAIS (10 min para cada parte) 
- 2º TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO 
- DECISÃO 
 
 
 
 
CONTESTAÇÃO TRABALHISTA 
I PRELIMINARES 
II PREJUDICIAIS 
III MÉRITO 
IV RECONVENÇÃO 
V REQUERIMENTOS FINAIS 
I PRELIMINARES – problema no processo 
 
Exemplos de Preliminares: 
 
1) Pedido sem causa de pedir 
2) Perempção no processo do trabalho (perda do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho pelo prazo de 6 
meses) 
- Reclamação verbal (art. 731, CLT): ocorre quando o reclamante não comparece para reduzir a termo (art. 786, CLT) 
- Reclamação escrita (art. 732, CLT): ocorre quando o reclamante dá causa a dois arquivamentos seguidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A reconvenção é um instituto comum ao processo civil, tratado pelo artigo 343 do CPC, no 
qual o réu, ora reconvindo, formula pleito contra o autor da ação, não se limitando ao pedido 
de improcedência. 
 
Deverá ser apresentada em conjunto com a contestação do réu, em igual prazo, mesma peça 
da defesa, em tópico específico ou em petição apartada. 
 
A reconvenção trabalhista seguirá os mesmos requisitos do artigo 840, §1º, da CLT, e deverá 
ser apresentada em sede de contestação. A sentença deverá ser proferida junto aos autos 
pendentes e o sucumbente deverá arcar com os honorários advocatícios. 
 
Um exemplo possível de reconvenção é aquele em que o empregado pleiteia a reversão da 
justa causa, enquanto a empregadora, além da improcedência dos pedidos, também pleiteia, 
por reconvenção trabalhista, o pagamento dos danos materiais causados pela falta grave do 
trabalhador. 
 
 
 
SENTENÇA TRABALHISTA 
REQUISITOS: 
 
- RELATÓRIO (nome das partes, resumo da lide (dos pedidos, da resposta do réu e do que 
ocorreu durante a instrução) 
 
- FUNDAMENTOS (análise pelo juiz das questões de fato e de direito) 
 
- DISPOSITIVO (decisão do juiz) 
 
 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
 
 
 
Súmula nº 184 do TST: Ocorre preclusão 
se não forem opostos embargos 
declaratórios para suprir omissão 
apontada em recurso de revista ou de 
embargos. 
 
 
 
RECURSO ORDINÁRIO 
EFEITO DEVOLUTIVO AMPLO 
 
 
 
AGO/2023 – R$ 12.296,38 (RO) – o dobro para os demais recursos 
(R$ 24.592,76) 
R$ 12.296,38) 
 
 
 
 
 
 
Súmula 128, TST 
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada 
novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum 
depósito mais é exigido para qualquer recurso. 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer 
decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do 
débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado 
por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia 
sua exclusão da lide. 
 
Súmula 245, TST - DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO 
O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição 
antecipada deste não prejudica a dilação legal. 
 
 
 
Súmula 25, TST - Recurso. Custas. CLT, art. 789 e CLT, art. 790-A, parágrafo único. 
 
I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, 
independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais 
ficara isenta a parte então vencida. 
II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou 
atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um 
novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, 
reembolsar a quantia. 
III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não 
houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte 
para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final. 
IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em que 
a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, parágrafo 
único, da CLT. 
 
 
 
Juízo de Retratação 
 
Em regra, o juiz não pode alterar sua sentença após proferida. Porém, há três hipóteses em que será possível o 
juiz se retratar: 
 
1) Com o indeferimento da liminar da petição inicial, o que provoca a extinção do processo sem resoluçãode 
mérito. Quando se trata de sentença, o recurso cabível no processo trabalhista é o recurso ordinário, que 
deve ser interposto no prazo de 8 dias. Com isso é facultado a retratação do juiz no prazo de 5 dias, isto é, o 
próprio juiz que prolatou a decisão pode reforma-la. Sem retratação, segue-se o trâmite normal do processo. 
 
2) Com a extinção sem resolução de mérito. Interposto o recurso ordinário, o juiz terá 5 dias para se retratar. 
 
3) Com a improcedência liminar. Nesse caso, interposto o recurso, o juiz também tem 5 dias para se retratar. 
Não havendo retratação, determinará intimação do reclamado para apresentar contrarrazões no prazo de 8 
dias. 
 
 
 
RECURSO DE REVISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDICADORES DE TRANSCENDÊNCIA 
 
Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece 
transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. 
 
§ 1o São indicadores de transcendência, entre outros: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
I - econômica, o elevado valor da causa; 
II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho 
ou do Supremo Tribunal Federal; 
III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; 
IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. 
 
§ 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar 
transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. 
 
§ 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar 
sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. 
 
 
 
RECURSOS DE REVISTA REPETITIVOS 
 
1. Requisitos 
- Multiplicidade de recursos; 
- Fundamento em idêntica questão de direito; 
 
2. Competência para julgamento (TST) 
- SDI. Poderá ser atribuída ao pleno (requerimento + maioria simples dos membros da SDI). 
 
3. Proposta de afetação 
- Feita pelo Presidente da Turma ou SDI; 
- Selecionar um ou mais recursos representativos por indicação dos relatores 
- Presidente deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou SDI que poderão afetar outros processos 
sobre a questão 
- Se acolhida a proposta, o recurso repetitivo será distribuído a um dos ministros da SDI ou Pleno e a um revisor 
 
4. Decisão de afetação 
- Relator pode determinar a suspensão dos RR ou Embargos idênticos ao recurso afetado como repetitivo 
- O presidente do TST oficiará os presidentes dos TRTs para que suspendam os recursos interpostos idênticos até o 
pronunciamento definitivo do TST 
- O Presidente ou vice-presidente do Tribunal de origem pode encaminhar recursos representativos da controvérsia ao TST 
(os demais ficam suspensos) 
 
 
 
 
5. Instrução 
- O relator pode solicitar aos TRTs informações sobre a controvérsia a serem prestadas no prazo de 15 dias 
- O relator poderá admitir amicus curiae 
- Recebidas as informações, o MP poderá ter vista por 15 dias, se for o caso 
 
6. Julgamento 
- Decidido o recurso representativo, aqueles sobrestados na origem: 
> Se o acórdão impugnado for igual a decisão do TST: seguimento denegado; 
> Se o acórdão impugnado for diferente da decisão do TST: será de novo examinado pelo tribunal de origem; 
 
→ Decisão não será aplicada aos casos com situação de fato ou de direito diferente daquela julgada sob o rito 
dos repetitivos; 
 
7. Revisão 
→ Alteração da situação econômica, social ou jurídica 
→ Respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a decisão anterior 
→ TST poderá modular os efeitos da decisão alterada 
 
 
 
 
 
 
 
- No TST, conforme art. 239 do regimento interno, deverá ser interposto em 8 (oito) dias. Na ausência de norma 
específica nos regimentos internos dos demais tribunais, o prazo será de 5 (cinco) dias, conforme art. 557 do CPC. 
 
- Interposto perante o juízo a quo, que é o Relator do recurso julgado monocraticamente. Este poderá 
reconsiderar a decisão, remetendo os autos do recurso anteriormente julgado ao colegiado. Não havendo 
reconsideração, os autos do agravo interno serão remetidos ao colegiado, sem contrarrazões. 
 
- Não há realização de depósito recursal e pagamento de custas processuais. 
 
 
 
EMBARGOS AO TST 
Medida processual que visa uniformizar o entendimento do TST quando existir divergência entre 
suas turmas ou contra decisão não unânime proferida em processo de dissídio coletivo de sua 
competência originária. 
 
Não é qualquer divergência que pode ensejar os embargos. 
 
A divergência deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do TST ou do STF, ou 
superada por notória jurisprudência do TST, nos termos do art. 894, §2º, da CLT. Nesses casos, o 
Ministro Relator denegará seguimento aos embargos, ou nas hipóteses de intempestividade, 
deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco 
de admissibilidade. 
 
 
 
Art. 894, da CLT - No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: 
 
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais 
do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e 
 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias 
a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. 
(Inciso alterado pela Lei n. 13.015/2014) 
 
§ 2º A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal 
Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do 
Trabalho. 
 
§ 3º O Ministro relator denegará seguimento aos embargos: 
I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo 
Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la; 
 
II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto 
extrínseco de admissibilidade. 
 
§ 4º Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. 
RT NOT AUD. SENT ED 
RO ACÓRD. ED 
RR ACÓRD. 
ED 
EMB. 
TST 
VT 
TRT 
TST 
REC. 
EXTR. 
STF JOGO RÁPIDO: PROCESSO DO 
TRABALHO 
SDI FASE DE CONHECIMENTO 
8 dias 
8 dias 
5 dias 
5 dias 
5 dias 
15 dias 
EXC. DE 
INCOMP. TER. 
5 dias 
 
 
 
EXECUÇÃO TRABALHISTA 
ART. 876, CLT 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BENS IMPENHORÁVEIS 
Art. 833. São impenhoráveis: 
I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; 
II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de 
elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; 
III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; 
IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as 
pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas 
ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional 
liberal, ressalvado o § 2º; 
V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou 
úteis ao exercício da profissão do executado; 
VI – o seguro de vida; 
 
 
 
VII – os materiais necessários para obras emandamento, salvo se essas forem penhoradas; 
VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou 
assistência social; 
X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; 
XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; 
XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, 
vinculados à execução da obra. 
 
- BEM DE FAMÍLIA 
- CONTA DO FGTS DOS TRABALHADORES 
 
 
 
SENT. 
COND 
LIQUIDAÇÃO 
APRESENTAÇÃO 
DOS CÁLCULOS 
MANIF. 
DAS 
PARTES 
MANIF. DA 
UNIÃO 
SENTENÇA DE 
LIQUIDAÇÃO 
SENTENÇA DE 
LIQUIDAÇÃO 
MCPA 
- 
COBRANÇA 
 
PAGAR 
GARANTIR 
JUÍZO 
EMBARGOS À 
EXECUÇÃO 
IMPUG. À 
SENT. DE LIQ. 
SENTENÇA 
DEFINITIVA DA 
EXECUÇÃO 
FASE DE EXECUÇÃO 
8 DIAS 10 DIAS 
5 DIAS 
48 HRS 
AGRAVO DE 
PETIÇÃO 
TRT 
VT 
ED 
... 
Segue mesma continuação 
da fase de conhecimento 
8 dias 
 
 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
• A ação de consignação em pagamento é um procedimento especial, por meio 
do qual o autor visa uma sentença declaratória de extinção de uma obrigação. 
 
• Fundamentação: Art. 335 do CC. 
A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar 
quitação na devida forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; 
 
• Dessa forma, comprovada a resistência ou dificuldade no recebimento do 
crédito, mostra-se cabível a ação de consignação em pagamento. 
 
 
 
• Procedimento regulamentado pelo CPC, do art. 539 ao art. 549, a ação em consignação em 
pagamento é perfeitamente admitida no processo do trabalho, em decorrência da omissão da CLT 
(art. 769 da CLT) 
 
• Normalmente, tem como objeto, o depósito de quantia devida que o trabalhador se recusa a 
receber, sendo utilizada para desobrigar o empregador da mora no pagamento de determinadas 
verbas, por exemplo, para evitar a aplicação do § 8º do art. 477 da CLT, no caso de falta de 
pagamento das verbas rescisórias, nos prazos previstos nas alíneas do § 6º do art. 477 da CLT. 
 
• A utilização da consignação em pagamento é frequente para os casos em que o empregado foi 
dispensado com justa causa (art. 482 da CLT), mas não concorda com a modalidade de rescisão 
contratual e decide não receber o pagamento das verbas rescisórias. 
 
• Nesse caso, a procedência da ação de consignação de pagamento se presta apenas a desonerar o 
empregador da obrigação de pagar os valores registrados no Termo de Rescisão do Contrato de 
Trabalho, nos termos do art. 334 do Código Civil. 
 
 
 
 
• A causa da dispensa, no entanto, não poderá ser discutida em sede de ação de 
consignação em pagamento, pois demanda a produção de prova pela via 
processual adequada. 
 
• A consignatória tramitará na Justiça do Trabalho pelo rito especial, de 
conformidade com a Instrução Normativa n. 27/2005 do TST. As partes podem 
ser denominadas, na petição inicial, de consignante para o autor da ação, o 
devedor da obrigação, e consignado, para o réu da ação, o credor da obrigação. 
 
• OBS: Suponha que um dirigente sindical, detentor de garantia de emprego, 
ausentou-se, injustificadamente do trabalho por mais de 30 dias, caracterizando-
se a justa causa por abandono de emprego. Nesse caso, será cabível a Ação de 
consignação em pagamento cumulada com inquérito para apuração de falta 
grave. 
 
 
 
 
Artigo 890, CPC 
§ 3º — Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o 
devedor ou terceiro poderá propor, dentro de 30 dias, a ação de consignação, 
instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. 
 
• No processo do trabalho, o prazo de 30 dias ser contado a partir do momento em 
que houve a recusa em aceitar as verbas trabalhistas, desde que respeitados os 
prazos estabelecidos no artigo 477 parágrafo 6º da CLT. 
 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA NO PROC DO TRABALHO 
• Com previsão no art. 5º, LXIX da CRFB/88, o mandado de segurança trata-se de importante ação 
constitucional que visa garantir direito líquido e certo que tenha sofrido lesão ou que esteja na 
iminência de sofrê-la. 
 
• Considerando que a EC 45/2004 que ampliou a competência da Justiça do Trabalho para processar 
e julgar não apenas as causas entre empregados e empregadores, mas também demais litígios 
decorrentes das relações de trabalho (art. 114, IX da CRFB/88), há inúmeras ações previstas no 
ordenamento jurídico brasileiro que podem ser admitidas no processo do trabalho, dentre elas, o 
mandado de segurança. 
 
• Na Justiça do Trabalho, em razão de não haver recurso próprio para impugnar as decisões 
interlocutórias (irrecorribilidade imediata dessas decisões), conforme disposto no art. 893, § 1º da 
CLT, ação de segurança é largamente utilizada contra tais decisões que violem direito líquido e 
certo das partes. 
 
 
 
• São exemplos de direito líquido e certo que ensejam a impetração de MS: 
- suspensão do empregado até decisão final do inquérito (OJ 137 da SBDI-II do TST) 
- realização da perícia independentemente de depósito prévio (OJ 98 da SDBI-II do TST). 
 
• OJ 137 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Dirigente sindical. Art. 494 da clt. Aplicável – 
Constitui direito líquido e certo do empregador a suspensão do empregado, ainda que 
detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito em que se apure a falta 
grave a ele imputada, na forma do art. 494, “caput” e parágrafo único, da CLT. 
 
• OJ 98 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Cabível para atacar exigência de depósito 
prévio de honorários periciais – É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos 
honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível 
o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito. 
 
 
 
Súmula nº 33 do TST – Mandado de segurança. Decisão judicial transitada em julgado – Não cabe 
mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado. 
 
OJ 99 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Esgotamento de todas as vias processuais disponíveis. 
Trânsito em julgado formal. Descabimento – Esgotadas as vias recursais existentes, não cabe 
mandado de segurança. 
 
Súmula nº 414 do TST – Mandado de segurança. Tutela provisória concedida antes ou na sentença 
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de 
segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito 
suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao 
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do 
trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015 
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe 
mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de 
segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. 
 
 
 
Súmula nº 418 do TST – Mandado de segurança visando à homologação de acordo (nova redação em 
decorrência do CPC de 2015) – A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo 
direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. 
 
OJ 88 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Valor da causa. Custas processuais. Cabimento – Incabível 
a impetração de mandado de segurança contra ato judicial que, de ofício, arbitrou novo valor à causa, 
acarretando a majoração das custas processuais, uma vez que cabia à parte, após recolher as custas, 
calculadas com base no valor dado à causa na inicial, interpor recurso ordinário e, posteriormente, 
agravo de instrumento no caso de o recurso ser consideradodeserto. 
 
OJ 67 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Transferência. Art. 659, IX, da CLT – Não fere direito 
líquido e certo a concessão de liminar obstativa de transferência de empregado, em face da previsão 
do inciso IX do art. 659 da CLT. 
 
OJ 92 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Existência de recurso próprio – Não cabe mandado de 
segurança contra decisão judicial passível de reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito 
diferido. 
 
 
 
• O mandado de segurança deve ser impetrado no TRT se a autoridade coatora for juiz do 
trabalho ou desembargador do próprio TRT (Súmula 433 do STF); e no TST quando a 
autoridade coatora for seus próprios ministros. 
 
• O prazo para impetração do mandado de segurança individual ou coletivo, nos termos do art. 
23 da Lei 12.016/2009, é de 120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato 
impugnado. Trata-se de prazo decadencial e sua fluência não se interrompe ou se suspende. 
 
• De acordo com a Súmula 425 do TST, a petição inicial do mandado de segurança deve ser 
obrigatoriamente subscrita por advogado, não se admitindo o jus postulandi das próprias 
partes. 
 
Súmula nº 425 do TST – Jus postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance – O jus postulandi das 
partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais 
do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
 
 
• O juiz, ao despachar a petição inicial, determinará: 
a) notificação da autoridade coatora para que preste informações em 10 dias; 
b) ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-
lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; 
c) suspensão do ato que deu motivo ao pedido 
 
• Da decisão liminar do ato impugnado, não caberá mandado de segurança, tendo em vista o 
procedimento recursal trabalhista não admitir recurso imediato de decisões interlocutórias. 
Cabível, entretanto, novo mandado de segurança para impugnar a decisão que apreciar a 
medida. 
 
• Após o transcurso do prazo para prestação das informações, o Ministério Público será 
intimado para opinar dentro de 10 dias, e ao final do prazo os autos serão conclusos ao juiz 
para a decisão ser proferida, necessariamente, em 30 dias (art. 12, caput e parágrafo único da 
Lei 12.016/2009). 
 
 
 
• Da decisão, caberá recurso ordinário ao TST e quando a competência originária for deste 
Tribunal, conforme art. 102, II, a e III da CRFB/88, da decisão denegatória da segurança caberá 
recurso ordinário, enquanto a concessão da segurança permitirá recurso extraordinário, ambos 
ao STF. 
 
• No mandado de segurança coletiva, conforme CRFB/88 e Lei 12.016/2009, possuem 
legitimação ativa: 
- o partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses 
legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária; ou 
- sindicato, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há 
pelo menos um ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade ou de parte de seus 
membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes às suas 
finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. 
 
• Os demais requisitos do mandado de segurança coletivo assemelham-se aos da ação de 
segurança individual. 
 
 
 
AÇÃO RESCISÓRIA NO PROCESSO DO TRABALHO 
• Forma prevista em lei de rescindir a coisa julgada. 
 
• Regulada no CPC, art. 966 e seguintes 
• Algumas poucas menções na CLT. 
 
Art. 836, CLT 
É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos 
expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no 
Capítulo IV do Título IX do Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por 
cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. 
 
Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação rescisória far-se-á nos próprios autos da 
ação que lhe deu origem, e será instruída com o acórdão da rescisória e a respectiva certidão de 
trânsito em julgado. 
 
 
 
IN 39/2016 do TST: 
Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de 
omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que 
regulam os seguintes temas: (...) 
XXVI - Arts. 966 a 975 (ação rescisória) 
 
Súmula 338/STF: Não cabe ação rescisória no âmbito da justiça do trabalho. 
* Apesar de a Súmula 338 do STF não ter sido formalmente cancelada, está 
absolutamente superada. 
 
 
 
• A ação rescisória busca rescindir decisão de mérito transitada em julgado 
 
Súmula 413/TST: AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA DE MÉRITO. VIOLAÇÃO DO ART. 896,"A", DA CLT 
É incabível ação rescisória, por violação do art. 896, "a", da CLT, contra decisão transitada em julgado sob a égide do 
CPC de 1973 que não conhece de recurso de revista, com base em divergência jurisprudencial, pois não se cuidava 
de sentença de mérito (art. 485 do CPC de 1973). 
 
• A competência originária é do tribunal 
 
Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete 
I - ao Tribunal Pleno, especialmente: 
c) processar e julgar em última instância: 
2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na 
jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos; 
 
• O prazo é de 2 anos do trânsito em julgado 
Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão 
proferida no processo. 
§ 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar 
durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. 
 
 
 
• Só é cabível a Ação Rescisória nas seguintes hipóteses (art. 966, CPC): 
 
I – decisão proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; 
- a ser apurado na própria AR (prejudicial) ou em outra demanda 
II – juiz impedido ou absolutamente incompetente; 
III – dolo da parte vencedora ou colusão das partes; 
- ex: simulação de demanda para réu ficar sem patrimônio 
IV – violar coisa julgada anterior 
V – violar manifestamente norma jurídica 
VI – fundada em prova falsa; 
- seja prova falsa apurada em processo crime ou mesmo demonstrada na própria rescisória 
VII – prova nova; 
- ela já existia, mas o autor a obteve após o trânsito em julgado 
VIII – fundada em erro de fato 
- se houve debate e divergência quanto ao fato no processo de origem, não se admite a AR para 
rediscutir o tema 
 
 
 
Art. 969, CPC. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da 
decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória. 
 
Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca 
inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, 
apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no 
que couber, o procedimento comum. 
 
Art. 972. Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator 
poderá delegar a competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, 
fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) meses para a devolução dos autos. 
 
- Concluída a instrução, vista para alegações finais 
- Acórdão

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