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PROCESSO DO TRABALHO Prof. Ana Isabella Lau Professora de Direito e Processo do Trabalho Mestre em Direito pelo PPGCJ/UFPB. Advogada Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela PUC/MG. Instagram: @anaisabellalau Objetivo da disciplina: Estudo do Direito Processual do Trabalho, com todas as alterações legislativas e atualizações pertinentes. C O N TE Ú D O P R O G R A M Á TI C O • Conceito e Princípios Processuais Trabalhistas / Formas de Resolução dos conflitos • Organização da Justiça do Trabalho • Ministério Público do Trabalho • Competências da Justiça do Trabalho • Procedimento de Homologação de Acordo extrajudicial • Atos, Termos e Prazos processuais • Procedimentos Trabalhistas: sumário, sumaríssimo e ordinário • Reclamação Trabalhista: Elementos da Petição Inicial, Jus Postulandi e Benefício da Justiça Gratuita • Exceção de Incompetência territorial • Audiência Trabalhista: Trâmite, Defesas do reclamado e tipos de provas • Honorários no Processo do Trabalho: contratuais, sucumbenciais e periciais • Sentença Trabalhista, Responsabilidade por dano processual e Custas processuais • Embargos de Declaração • Recurso Ordinário • Recurso de Revista • Agravo de Instrumento e Agravo Interno • Embargos ao TST, Recurso Adesivo e Recurso Extraordinário em matéria trabalhista • Execução Trabalhista: trâmite e recursos • Penhora e Incidente de desconsideração da personalidade jurídica • Procedimentos especiais: Ação de consignação em pagamento e mandado de segurança • Ação rescisória no Processo do Trabalho: cabimento, competência e prazo • Dissídio Coletivo e Sentença normativa CONCEITO – PROCESSO DO TRABALHO • O Direito Processual do Trabalho conceitua-se como o conjunto de princípios, normas e instituições que regem a atividade da Justiça do Trabalho, com o objetivo de dar efetividade à legislação trabalhista e social, assegurar o acesso do trabalhador à Justiça e dirimir, com justiça, o conflito trabalhista. • Tem por objetivo solucionar, com justiça, o conflito trabalhista, tanto o individual (empregado e empregador, ou prestador de serviços e tomador), como o conflito coletivo (do grupo, da categoria, e das classes profissional e econômica). • Assim, como o Direito do Trabalho visa à proteção do trabalhador e à melhoria de sua condição social (art. 7º, caput, da CF), o Direito Processual do Trabalho tem sua razão de existência em propiciar o acesso dos trabalhadores à Justiça, tendo em vista garantir os valores sociais do trabalho, a composição justa do conflito trabalhista, bem como resguardar a dignidade da pessoa humana do trabalhador. CONCEITO – PROCESSO DO TRABALHO • Discussões relevantes, pós reforma trabalhista: a) Comprovação de insuficiência econômica para a gratuidade judiciária b) Pagamento de honorários periciais, caso sucumbente no objeto da perícia, mesmo sendo o reclamante beneficiário de justiça gratuita (art. 790-B, da CLT); c) Pagamento de honorários advocatícios, havendo sucumbência parcial (art. 791-A, da CLT); d) Pagamento de custas diante do arquivamento da demanda, mesmo beneficiário de justiça gratuita, salvo se comprovar que a ausência se deu por motivo legalmente justificável (art. 844, § 2o, da CLT); e) Fim do impulso oficial da execução (art. 878, da CLT); f) Prescrição intercorrente (art. 11-A, da CLT). PRINCÍPIOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS - Princípio da Oralidade - Princípio da Concentração dos atos processuais - Princípio da Proteção ou tutela - Princípio da Informalidade - Princípio da Irrecorribilidade das decisões interlocutórias - Princípio da Conciliação - Princípio da Majoração dos poderes do juiz do trabalho na condução do processo - Princípio da Subsidiariedade - Princípio do Jus postulandi - Princípio da dialeticidade - Princípio da normatização coletiva 1 – PRINCÍPIO DA ORALIDADE O princípio da oralidade tem o objetivo de simplificar o procedimento, tornando-o mais célere e efetivo, solucionando conflitos e realizando a prestação jurisdicional. Algumas manifestações na CLT: 2 – PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS A concentração dos atos processuais no direito processual do trabalho tem o objetivo de agrupar os atos de processo em eventos únicos, acelerando sua tramitação. Ex: Em regras, as audiências trabalhistas são UNAS, ou seja, todos os atos processuais realizados na mesma audiência: apresentação de defesa, manifestação da parte contrária, oitiva das testemunhas e da parte, razões finais e até mesmo pronunciação da sentença. • arts. 791 e 839, a – apresentação de reclamação trabalhista diretamente pelo interessado; • art. 840 – possibilidade de apresentação de reclamação trabalhista oral; •arts. 843 e 845 – as partes deverão comparecer pessoalmente na audiência trabalhista, independentemente do comparecimento de seus representantes legais; • art. 847 – apresentação de defesa oral em audiência; • art. 848 – interrogatório e depoimento pessoal das partes em audiência; • art. 850 – razões finais orais em audiência e sentença após o término da instrução 3 – PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO OU TUTELA O princípio da proteção ou tutela visa reduzir desigualdades entre o trabalhador e o empregador. O direito processual do trabalho confere maior proteção ao empregado, visto que é a parte hipossuficiente da relação de emprego. Ex: a gratuidade judiciária concedida ao reclamante; a possibilidade de arquivamento da ação caso o empregador não compareça na primeira audiência (art. 844, CLT); a exigência de depósito recursal somente à empregadora e a possibilidade de petição verbal. 4 – PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE Na informalidade basta que a causa de pedir seja compreensiva e não impossibilite o direito de defesa. Não é exigido para a petição inicial os rigorosos requisitos do processo comum, porém é indispensável como requisito da inicial a existência de pedido. 5 – PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS O princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias no direito processual do trabalho está previsto no art. 893 parágrafo §1º da CLT: os incidentes do processo serão resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos de decisões definitivas 6 – PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO A Justiça do Trabalho sempre preconizou a conciliação dos conflitos de interesses, por ser a solução mais célere para as partes. A CLT exige duas tentativas de conciliação: - antes do recebimento da defesa, logo após a abertura da audiência (art. 846) e - após as razões finais, antes da sentença (art. 850) Ademais, é lícita a celebração de acordo pelas partes que ponha fim ao processo, mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. 7 – PRINCÍPIO INQUISITIVO (DA MAJORAÇÃO DOS PODERES DO JUIZ DO TRABALHO NA CONDUÇÃO DO PROCESSO) Esse princípio possibilita determinar qualquer diligência processual para formar seu convencimento em busca da verdade, observando o caráter social da Justiça do Trabalho e o direito processual trabalhista. 8 – PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE Art. 765, CLT - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. Art. 769, CLT - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título. 9 – PRINCÍPIO DO JUS POSTULANDI O jus postulandi está previsto no art. 791 da CLT, é a possibilidade de empregado e empregador atuarem no processo sem a companhia de advogado. A parte pode acompanhar o processo até o final nas instâncias ordinárias, ou seja, até o TRT. Caso tenha a necessidadede atuar em instância extraordinária deverá constituir advogado. 10 – PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE Exige que todo recurso seja formulado por meio de petição pela qual a parte não apenas manifeste sua inconformidade com o ato judicial impugnado, mas, também e necessariamente, indique os motivos de fato e de direito pelos quais requer o novo julgamento da questão nele cogitada O recorrente deve motivar suas razões recursais. Isso ocorre para que a parte contrária possa se defender e o Tribunal tenha conhecimento do objeto impugnado. O art. 899 da CLT estabelece que os recursos trabalhistas serão interpostos por simples petição. Tal regramento, porém, não afasta a necessidade de fundamentar suas razões recursais, apenas permitindo que a interposição seja de forma simples. 11 – PRINCÍPIO DA NORMATIZAÇÃO COLETIVA Refere-se ao Poder Normativo da Justiça do Trabalho, que é a competência constitucionalmente assegurada aos tribunais trabalhistas de criar normas e condições gerais e abstratas, através de sentenças normativas, quando em julgamentos de dissídios coletivos, produzindo efeitos jurídicos nos contratos individuais de trabalho dos trabalhadores da categoria profissional envolvida. Art. 114, CF § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS TRABALHISTAS AUTOCOMPOSIÇÃO HETEROCOMPOSIÇÃO AUTOTUTELA As próprias partes se ajustam de forma a solucionar um conflito. Ex: negociação coletiva, mediação, conciliação (CCP), acordo extrajudicial É a forma de solução de conflitos em que as partes convencionam um terceiro para decidir a lide. Ex: Processo judicial (dissídio individual e dissídio coletivo), arbitragem (compromisso arbitral ou cláusula compromissória de arbitragem) Forma de “autodefesa”. Consiste no exercício da sua própria vontade mediante seus próprios critérios e decisões. Ex: Greve Art. 507-A, CLT. Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. Nota: Em 2024, o valor máximo que você pode receber do INSS é R$ 7.786,02 de benefício previdenciário. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA DE ARBITRAGEM • Remuneração superior a 2x o limite máximo de benefício do RGPS (R$~14mil) • Iniciativa ou Concordância expressa do empregado EMPREGADO HIPERSSUFICIENTE • Diploma de curso de ensino superior • Remuneração igual ou superior a 2x o limite dos benefícios do RGPS. X ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO VARAS DO TRABALHO ou JUÍZES DE DIREITO Art. 111, CF Art. 644, c, CLT TRT Art. 115, CF Art. 674, CLT TST Art. 92, §1º, CF 1ª instância. Jurisdição em todo o território da Comarca 2ª instância. Jurisdição na área estadual. Tem sede em regra nos Estados. Exceções: - SP com dois TRTs (2ª e 15ª Regiões) - Pará e Amapá: 8ª Região / - Distrito Federal e Tocantins: 10ª Região/ - Amazonas e Roraima: 11ª Região/ - Rondônia e Acre: 14ª Região Instância máxima. Jurisdição em todo o território nacional. Sede na capital da República VARAS Na vara do trabalho, a jurisdição é exercida por um juiz singular, isto é, as decisões de primeira instancia são sempre embasadas e desenvolvidas por um único juiz, o que caracteriza o regime de juízo monocrático, e que ocupa seu cargo mediante concurso público e exerce seu poder sobre determinada territorialidade. Nas localidades onde não houver VT ou que não sejam cobertas por Varas de Trabalho próximas, o juiz de direito local terá competência trabalhista, ou seja, poderá julgar os processos trabalhistas destas localidades. TRT Atualmente existem 24 TRT’s, compostos por juízes nomeados pelo Presidente da República, após o oferecimento da lista tríplice feita pelo próprio TRT. A composição varia de acordo com o volume de processos de cada região, sendo de no mínimo 07 e máximo 25 juízes do trabalho. Há o presidente e o vice do tribunal e nos tribunais maiores há os corregedores e os vice corregedores TST Composto por 27 juízes, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 1/5 dentre advogados e membros do MPT, com mais de 10 anos de carreira, e os demais dentre juízes dos TRT's. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO O Ministério Público do Trabalho tem por finalidade a defesa dos direitos e interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos no âmbito trabalhista. É a ramificação do Ministério Público da União incumbida da concretização dos denominados direitos de segunda dimensão, em especial os que tutelam a saúde e integridade física do trabalhador, o direito à igualdade nas relações de trabalho, o combate ao trabalho infantil e escravo e a promoção da liberdade de atuação sindical. O Ministério Público, incluindo o do Trabalho, não é um quarto poder, mas uma instituição especial que não se encontra subordinada ao Legislativo, Executivo ou Judiciário; muito ao revés, sua atuação provoca por vezes confrontos em relação aos membros dos demais poderes, na hipótese de violação de direitos metaindividuais ou individuais indisponíveis. ATUAÇÃO DO MPT JUDICIAL EXTRAJUDICIAL COMO CUSTOS LEGIS COMO PARTE O art. 178 do CPC informa sobre as hipóteses de intervenção do Ministério Público: a) pela qualidade da parte, ou seja, nos processos que envolvam interesse de incapaz; b) pela natureza ou características da lide, ou seja, nos processos que envolvam interesse público ou social. -Ações civis públicas e ações coletivas - Ações anulatórias de convenções ou acordos coletivos de trabalho - Ações para defesa de direitos de menores, incapazes e índios - Revisão das Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST e dos TRT’s - Dissídios coletivos de greve - Mediações e arbitragens - Realização ou participação em audiências públicas - Articulação social - Implementação de políticas públicas - Celebração de termos de compromisso de ajustamento de conduta - Emissão de recomendações COMPETÊNCIAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO MATERIAL TERRITORIAL FUNCIONAL O QUE PODE SER PROCESSADO E JULGADO PELA JUSTIÇA DO TRABALHO ONDE DEVE SER AJUIZADA A RECLAMAÇÃO TRABALHISTA RELACIONADA À HIERARQUIA DO JUDICIÁRIO, AOS GRAUS DE JURISDIÇÃO. CADA INSTÂNCIA POSSUI A SUA COMPETÊNCIA, ORIGINÁRIA OU NÃO COMPETÊNCIA MATERIAL Refere-se ao que é processado e julgado pela Justiça do Trabalho. Súmula Vinculante 23: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Súmula nº 392 do TST: Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. COMPETÊNCIA TERRITORIAL Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. EXCEÇÕES! § 1º - Quando for partede dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. § 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. REGRA GERAL: LOCAL DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO Art. 651, CLT EXCEÇÕES! MACETES 1 – EMPREGADO VIAJANTE - Vara de Trabalho da Agência onde está subordinado, ou, na falta, local mais próximo ou domicílio 2 – EMPRESA VIAJANTE - Vara de Trabalho do Local onde presta o serviço ou onde celebrou o contrato Na hipótese de uma reclamatória trabalhista tramitar em juízo territorialmente incompetente, a parte adversa deverá apresentar EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL ATENÇÃO!! MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA EM RELAÇÃO À ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL - NÃO VEM MAIS COMO PRELIMINAR NA CONTESTAÇÃO - DEVE SER APRESENTADA POR MEIO DE PEÇA APARTADA – EM ATÉ 5 DIAS APÓS O RECEBIMENTO DA NOTIFICAÇÃO - ART. 800, CLT * Teremos uma aula específica sobre o procedimento da Exc. de Incomp. territorial COMPETÊNCIA FUNCIONAL Diz respeito à competência de cada instância, ao poder/dever do juiz/tribunal na direção do processo. É o que chamamos de graus de jurisdição. VARAS •Processar e julgar ações/ dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho •ART. 652, CLT TRT • Competência recursal - julgar os recursos das decisões das Varas do Trabalho • Competência originária - ações rescisórias, dissídios coletivos, mandados de segurança TST • Processar, conciliar e julgar, na forma da lei, em grau originário ou recursal ordinário ou extraordinário, as demandas individuais e os dissídios coletivos que excedam a jurisdição dos TRT’s ART. 678, CLT Reg. Interno do TST •Uniformizar jurisprudência trabalhista CONFLITOS DE COMPETÊNCIA Juiz do trabalho x juiz do trabalho (ambos do mesmo TRT) = respectivo TRT; Juiz do trabalho x juiz do trabalho (TRT diferentes) = TST TRT x TRT= TST Juiz de direito ou juiz federal x juiz do trabalho = STJ TJ ou TRF x TRT = STJ Qualquer órgão x TST = STF PROCEDIMENTO DE HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL Procedimento de jurisdição voluntária no âmbito da Justiça do Trabalho Visa conferir validade a negócio jurídico firmado pelas partes REQUISITOS PETIÇÃO CONJUNTA PARTES REPRESENTADAS POR ADV DIFERENTES EMPREGADO PODE SER REPRESENTADO PELO ADV DO SINDICATO EM ATÉ 15 DIAS DA DISTRIBUIÇÃO DA PETIÇÃO, O JUIZ IRÁ ANALISAR O ACORDO, DESIGNAR AUDIÊNCIA, SE NECESSÁRIO, E DECIDIR A petição de homologação suspende o prazo prescricional quanto aos direitos nela especificados Caberá recurso ordinário da sentença que rejeitar a homologação ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS Entre 20/12 e 20/01, é o recesso do judiciário. Nesse período os prazos são SUSPENSOS (art. 755-A) Entre 20/12 e 06/01 é o recesso dos fóruns. Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. § 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. § 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. OJ 310 SDI1 TST: LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. PRAZO EM DOBRO. ART. 229, DO CPC DE 2015. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO. Inaplicável ao processo do trabalho a regra contida no art. 229, caput e §§ 1o e 2o do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973) em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS: - NOTIFICAÇÃO - CITAÇÃO - INTIMAÇÃO CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS TRABALHISTAS: Os prazos processuais são contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento - art. 775, CLT Se o dia do início for feriado ou dia não útil, o prazo somente começa a contar no primeiro dia útil. A mesma coisa ocorre no dia do vencimento. Súmula 30, TST - Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento (CLT, art. 851, § 2º), o prazo para recurso será contado da data em que a parte receber a intimação da sentença Art. 775. § 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: - quando o juízo entender necessário; - em virtude de força maior, devidamente comprovada. SÚMULA 1, TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. SÚMULA 262, TST PRAZO JUDICIAL. NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO. RECESSO FORENSE. I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais Caso a intimação tenha se dado em dia útil, a regra é simples: o início do prazo foi o da intimação e a contagem se dá no primeiro dia útil subsequente. Caso, entretanto, tenha se dado em dia não útil, o início do prazo não será o da intimação, mas o do primeiro dia subsequente, e a contagem no outro dia subsequente útil. PROCEDIMENTOS TRABALHISTAS Procedimento (rito) é a forma pela qual o processo se desenvolve. É a maneira do desenrolar do trâmite processual. SUMÁRIO SUMARÍSSIMO ORDINÁRIO - Aplica-se a causas com valor de até 2 salários mínimos - São causas de uma única instância - Não se admitem recursos - Rito de Alçada - Aplica-se a causas com valor de até 40 salários mínimos - Admitem-se os recursos trabalhistas - Não se aplica a causas em que é parte a Adm Pública direta, fundações e autarquias. É permitido para as Soc. de Economia Mista e Empresas Públicas - Audiências UNAS - São admitidas até 2 testemunhas - Não tem limite de valor - Admitem-se os recursos trabalhistas - Em regra, as audiências são UNAS, mas podem ser divididas - São admitidas até 3 testemunhas PETIÇÃO INICIAL TRABALHISTA A Reclamação trabalhista pode ser apresentada de forma: - oral, reduzida a termo pela Secretaria, ou - escrita, seguindo o disposto no art. 840 da CLT, c/c art. 319 do CPC, nos termos do art. 769 da CLT. REQUISITOS DA RT ESCRITA: • DESIGNAÇÃO DO JUÍZO (ENDEREÇAMENTO) • QUALIFICAÇÃO DAS PARTES • FATO / FUNDAMENTO / PEDIDOS LIQ. • VALOR DA CAUSA • DATA E ASSINATURAS O jus postulandi, no processo do trabalho, é a capacidade postulatória conferida às partes, como sujeitos da relação de emprego, para postular diretamente em juízo, sem necessidade de serem representadas por advogado. Art. 791, CLT – Os empregados e empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a justiça do trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. SÚMULA 425, TST O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória,a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. JUS POSTULANDI BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA PÓS REFORMA TRABALHISTA AOS QUE PERCEBEREM SALÁRIO IGUAL OU INFERIOR A 40% DO LIMITE MÁXIMO DOS BENEFÍCIOS DO RGPS Pode ser concedido de ofício ou por mero requerimento da parte (R$ 3.114,40, em 2024) AOS QUE PERCEBEREM SALÁRIO SUPERIOR Pode ser concedido, se a parte comprovar insuficiência de recursos RT NOTIFICAÇÃO AUDIÊNCIA PRAZO DE 5 DIAS PARA EVENTUAL ALEGAÇÃO DE EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL 48H PARA EMISSÃO DA NOTIFICAÇÃO AO RECLAMADO PRAZO MÍNIMO DE 5 DIAS ENTRE O RECEBIMENTO DA NOTIFICAÇÃO E A AUDIÊNCIA Súmula nº 16, TST: Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL ATENÇÃO! Não vem mais como preliminar na contestação. Deve ser apresentada em até 5 dias úteis, contados do recebimento da notificação trabalhista. Se não for apresentada, ocorre PRORROGAÇÃO DE COMPETÊNCIA! Apresentada a exceção, o Juiz: - SUSPENDE o processo, até resolver a exceção. A audiência antes marcada não se realizará - Intima a outra parte (excepto) para se manifestar no prazo de 5 dias (prazo comum se houverem litisconsortes) - Se for necessário, marca a audiência para prova oral (das partes e testemunhas) - Da decisão do Juiz, cabe recurso? DEPENDE! Caberá Recurso Ordinário, no prazo de 8 dias, se o Juiz reconhecer a incompetência e remeter o processo para VT vinculada a TRT diferente! ART. 800, CLT. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo. §1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta Consolidação até que se decida a exceção. §2º Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para manifestação no prazo comum de cinco dias. §3º Se entender necessária a produção de prova oral, o juízo designará audiência, garantindo o direito de o excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta precatória, no juízo que este houver indicado como competente. §4º Decidida a exceção de incompetência territorial, o processo retomará seu curso, com a designação de audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual perante o juízo competente. AUDIÊNCIA TRABALHISTA - Em regra, a audiência trabalhista é UNA! Ou seja, toda a instrução do processo ocorrerá naquela audiência. - No rito ordinário, o juiz pode dividi-la. - As partes devem estar PRESENTES, pessoalmente ou através dos seus representantes legais, independentemente da presença dos advogados. AUSÊNCIA DO RECLAMANTE – ARQUIVAMENTO AUSÊNCIA DO RECLAMADO – REVELIA + CONFISSÃO FICTA SE LIGA! Súmula nº 9 do TST: A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. TRÂMITE DA AUDIÊNCIA UNA - PREGÃO/ DOCUMENTO DAS PARTES - 1ª TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO - APRESENTAÇÃO DA DEFESA (CONTESTAÇÃO/RECONVENÇÃO) - OITIVA DAS PARTES E TESTEMUNHAS - PRODUÇÃO DE PROVAS (designação de perícia, se necessário) - RAZÕES FINAIS (10 min para cada parte) - 2º TENTATIVA DE CONCILIAÇÃO - DECISÃO CONTESTAÇÃO TRABALHISTA I PRELIMINARES II PREJUDICIAIS III MÉRITO IV RECONVENÇÃO V REQUERIMENTOS FINAIS I PRELIMINARES – problema no processo Exemplos de Preliminares: 1) Pedido sem causa de pedir 2) Perempção no processo do trabalho (perda do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho pelo prazo de 6 meses) - Reclamação verbal (art. 731, CLT): ocorre quando o reclamante não comparece para reduzir a termo (art. 786, CLT) - Reclamação escrita (art. 732, CLT): ocorre quando o reclamante dá causa a dois arquivamentos seguidos A reconvenção é um instituto comum ao processo civil, tratado pelo artigo 343 do CPC, no qual o réu, ora reconvindo, formula pleito contra o autor da ação, não se limitando ao pedido de improcedência. Deverá ser apresentada em conjunto com a contestação do réu, em igual prazo, mesma peça da defesa, em tópico específico ou em petição apartada. A reconvenção trabalhista seguirá os mesmos requisitos do artigo 840, §1º, da CLT, e deverá ser apresentada em sede de contestação. A sentença deverá ser proferida junto aos autos pendentes e o sucumbente deverá arcar com os honorários advocatícios. Um exemplo possível de reconvenção é aquele em que o empregado pleiteia a reversão da justa causa, enquanto a empregadora, além da improcedência dos pedidos, também pleiteia, por reconvenção trabalhista, o pagamento dos danos materiais causados pela falta grave do trabalhador. SENTENÇA TRABALHISTA REQUISITOS: - RELATÓRIO (nome das partes, resumo da lide (dos pedidos, da resposta do réu e do que ocorreu durante a instrução) - FUNDAMENTOS (análise pelo juiz das questões de fato e de direito) - DISPOSITIVO (decisão do juiz) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Súmula nº 184 do TST: Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos. RECURSO ORDINÁRIO EFEITO DEVOLUTIVO AMPLO AGO/2023 – R$ 12.296,38 (RO) – o dobro para os demais recursos (R$ 24.592,76) R$ 12.296,38) Súmula 128, TST I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. Súmula 245, TST - DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. Súmula 25, TST - Recurso. Custas. CLT, art. 789 e CLT, art. 790-A, parágrafo único. I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais ficara isenta a parte então vencida. II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembolsar a quantia. III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte para o preparo do recurso, devendo ser as custas pagas ao final. IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em que a parte vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT. Juízo de Retratação Em regra, o juiz não pode alterar sua sentença após proferida. Porém, há três hipóteses em que será possível o juiz se retratar: 1) Com o indeferimento da liminar da petição inicial, o que provoca a extinção do processo sem resoluçãode mérito. Quando se trata de sentença, o recurso cabível no processo trabalhista é o recurso ordinário, que deve ser interposto no prazo de 8 dias. Com isso é facultado a retratação do juiz no prazo de 5 dias, isto é, o próprio juiz que prolatou a decisão pode reforma-la. Sem retratação, segue-se o trâmite normal do processo. 2) Com a extinção sem resolução de mérito. Interposto o recurso ordinário, o juiz terá 5 dias para se retratar. 3) Com a improcedência liminar. Nesse caso, interposto o recurso, o juiz também tem 5 dias para se retratar. Não havendo retratação, determinará intimação do reclamado para apresentar contrarrazões no prazo de 8 dias. RECURSO DE REVISTA INDICADORES DE TRANSCENDÊNCIA Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. § 1o São indicadores de transcendência, entre outros: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) I - econômica, o elevado valor da causa; II - política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; III - social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; IV - jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. § 2o Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. § 3o Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. RECURSOS DE REVISTA REPETITIVOS 1. Requisitos - Multiplicidade de recursos; - Fundamento em idêntica questão de direito; 2. Competência para julgamento (TST) - SDI. Poderá ser atribuída ao pleno (requerimento + maioria simples dos membros da SDI). 3. Proposta de afetação - Feita pelo Presidente da Turma ou SDI; - Selecionar um ou mais recursos representativos por indicação dos relatores - Presidente deverá expedir comunicação aos demais Presidentes de Turma ou SDI que poderão afetar outros processos sobre a questão - Se acolhida a proposta, o recurso repetitivo será distribuído a um dos ministros da SDI ou Pleno e a um revisor 4. Decisão de afetação - Relator pode determinar a suspensão dos RR ou Embargos idênticos ao recurso afetado como repetitivo - O presidente do TST oficiará os presidentes dos TRTs para que suspendam os recursos interpostos idênticos até o pronunciamento definitivo do TST - O Presidente ou vice-presidente do Tribunal de origem pode encaminhar recursos representativos da controvérsia ao TST (os demais ficam suspensos) 5. Instrução - O relator pode solicitar aos TRTs informações sobre a controvérsia a serem prestadas no prazo de 15 dias - O relator poderá admitir amicus curiae - Recebidas as informações, o MP poderá ter vista por 15 dias, se for o caso 6. Julgamento - Decidido o recurso representativo, aqueles sobrestados na origem: > Se o acórdão impugnado for igual a decisão do TST: seguimento denegado; > Se o acórdão impugnado for diferente da decisão do TST: será de novo examinado pelo tribunal de origem; → Decisão não será aplicada aos casos com situação de fato ou de direito diferente daquela julgada sob o rito dos repetitivos; 7. Revisão → Alteração da situação econômica, social ou jurídica → Respeitada a segurança jurídica das relações firmadas sob a decisão anterior → TST poderá modular os efeitos da decisão alterada - No TST, conforme art. 239 do regimento interno, deverá ser interposto em 8 (oito) dias. Na ausência de norma específica nos regimentos internos dos demais tribunais, o prazo será de 5 (cinco) dias, conforme art. 557 do CPC. - Interposto perante o juízo a quo, que é o Relator do recurso julgado monocraticamente. Este poderá reconsiderar a decisão, remetendo os autos do recurso anteriormente julgado ao colegiado. Não havendo reconsideração, os autos do agravo interno serão remetidos ao colegiado, sem contrarrazões. - Não há realização de depósito recursal e pagamento de custas processuais. EMBARGOS AO TST Medida processual que visa uniformizar o entendimento do TST quando existir divergência entre suas turmas ou contra decisão não unânime proferida em processo de dissídio coletivo de sua competência originária. Não é qualquer divergência que pode ensejar os embargos. A divergência deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do TST ou do STF, ou superada por notória jurisprudência do TST, nos termos do art. 894, §2º, da CLT. Nesses casos, o Ministro Relator denegará seguimento aos embargos, ou nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. Art. 894, da CLT - No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: I - de decisão não unânime de julgamento que: conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. (Inciso alterado pela Lei n. 13.015/2014) § 2º A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. § 3º O Ministro relator denegará seguimento aos embargos: I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la; II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. § 4º Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. RT NOT AUD. SENT ED RO ACÓRD. ED RR ACÓRD. ED EMB. TST VT TRT TST REC. EXTR. STF JOGO RÁPIDO: PROCESSO DO TRABALHO SDI FASE DE CONHECIMENTO 8 dias 8 dias 5 dias 5 dias 5 dias 15 dias EXC. DE INCOMP. TER. 5 dias EXECUÇÃO TRABALHISTA ART. 876, CLT BENS IMPENHORÁVEIS Art. 833. São impenhoráveis: I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor; IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º; V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado; VI – o seguro de vida; VII – os materiais necessários para obras emandamento, salvo se essas forem penhoradas; VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social; X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos; XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei; XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra. - BEM DE FAMÍLIA - CONTA DO FGTS DOS TRABALHADORES SENT. COND LIQUIDAÇÃO APRESENTAÇÃO DOS CÁLCULOS MANIF. DAS PARTES MANIF. DA UNIÃO SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO SENTENÇA DE LIQUIDAÇÃO MCPA - COBRANÇA PAGAR GARANTIR JUÍZO EMBARGOS À EXECUÇÃO IMPUG. À SENT. DE LIQ. SENTENÇA DEFINITIVA DA EXECUÇÃO FASE DE EXECUÇÃO 8 DIAS 10 DIAS 5 DIAS 48 HRS AGRAVO DE PETIÇÃO TRT VT ED ... Segue mesma continuação da fase de conhecimento 8 dias AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO • A ação de consignação em pagamento é um procedimento especial, por meio do qual o autor visa uma sentença declaratória de extinção de uma obrigação. • Fundamentação: Art. 335 do CC. A consignação tem lugar: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; • Dessa forma, comprovada a resistência ou dificuldade no recebimento do crédito, mostra-se cabível a ação de consignação em pagamento. • Procedimento regulamentado pelo CPC, do art. 539 ao art. 549, a ação em consignação em pagamento é perfeitamente admitida no processo do trabalho, em decorrência da omissão da CLT (art. 769 da CLT) • Normalmente, tem como objeto, o depósito de quantia devida que o trabalhador se recusa a receber, sendo utilizada para desobrigar o empregador da mora no pagamento de determinadas verbas, por exemplo, para evitar a aplicação do § 8º do art. 477 da CLT, no caso de falta de pagamento das verbas rescisórias, nos prazos previstos nas alíneas do § 6º do art. 477 da CLT. • A utilização da consignação em pagamento é frequente para os casos em que o empregado foi dispensado com justa causa (art. 482 da CLT), mas não concorda com a modalidade de rescisão contratual e decide não receber o pagamento das verbas rescisórias. • Nesse caso, a procedência da ação de consignação de pagamento se presta apenas a desonerar o empregador da obrigação de pagar os valores registrados no Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho, nos termos do art. 334 do Código Civil. • A causa da dispensa, no entanto, não poderá ser discutida em sede de ação de consignação em pagamento, pois demanda a produção de prova pela via processual adequada. • A consignatória tramitará na Justiça do Trabalho pelo rito especial, de conformidade com a Instrução Normativa n. 27/2005 do TST. As partes podem ser denominadas, na petição inicial, de consignante para o autor da ação, o devedor da obrigação, e consignado, para o réu da ação, o credor da obrigação. • OBS: Suponha que um dirigente sindical, detentor de garantia de emprego, ausentou-se, injustificadamente do trabalho por mais de 30 dias, caracterizando- se a justa causa por abandono de emprego. Nesse caso, será cabível a Ação de consignação em pagamento cumulada com inquérito para apuração de falta grave. Artigo 890, CPC § 3º — Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, o devedor ou terceiro poderá propor, dentro de 30 dias, a ação de consignação, instruindo a inicial com a prova do depósito e da recusa. • No processo do trabalho, o prazo de 30 dias ser contado a partir do momento em que houve a recusa em aceitar as verbas trabalhistas, desde que respeitados os prazos estabelecidos no artigo 477 parágrafo 6º da CLT. MANDADO DE SEGURANÇA NO PROC DO TRABALHO • Com previsão no art. 5º, LXIX da CRFB/88, o mandado de segurança trata-se de importante ação constitucional que visa garantir direito líquido e certo que tenha sofrido lesão ou que esteja na iminência de sofrê-la. • Considerando que a EC 45/2004 que ampliou a competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar não apenas as causas entre empregados e empregadores, mas também demais litígios decorrentes das relações de trabalho (art. 114, IX da CRFB/88), há inúmeras ações previstas no ordenamento jurídico brasileiro que podem ser admitidas no processo do trabalho, dentre elas, o mandado de segurança. • Na Justiça do Trabalho, em razão de não haver recurso próprio para impugnar as decisões interlocutórias (irrecorribilidade imediata dessas decisões), conforme disposto no art. 893, § 1º da CLT, ação de segurança é largamente utilizada contra tais decisões que violem direito líquido e certo das partes. • São exemplos de direito líquido e certo que ensejam a impetração de MS: - suspensão do empregado até decisão final do inquérito (OJ 137 da SBDI-II do TST) - realização da perícia independentemente de depósito prévio (OJ 98 da SDBI-II do TST). • OJ 137 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Dirigente sindical. Art. 494 da clt. Aplicável – Constitui direito líquido e certo do empregador a suspensão do empregado, ainda que detentor de estabilidade sindical, até a decisão final do inquérito em que se apure a falta grave a ele imputada, na forma do art. 494, “caput” e parágrafo único, da CLT. • OJ 98 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Cabível para atacar exigência de depósito prévio de honorários periciais – É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito. Súmula nº 33 do TST – Mandado de segurança. Decisão judicial transitada em julgado – Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado. OJ 99 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Esgotamento de todas as vias processuais disponíveis. Trânsito em julgado formal. Descabimento – Esgotadas as vias recursais existentes, não cabe mandado de segurança. Súmula nº 414 do TST – Mandado de segurança. Tutela provisória concedida antes ou na sentença I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015 II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. Súmula nº 418 do TST – Mandado de segurança visando à homologação de acordo (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. OJ 88 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Valor da causa. Custas processuais. Cabimento – Incabível a impetração de mandado de segurança contra ato judicial que, de ofício, arbitrou novo valor à causa, acarretando a majoração das custas processuais, uma vez que cabia à parte, após recolher as custas, calculadas com base no valor dado à causa na inicial, interpor recurso ordinário e, posteriormente, agravo de instrumento no caso de o recurso ser consideradodeserto. OJ 67 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Transferência. Art. 659, IX, da CLT – Não fere direito líquido e certo a concessão de liminar obstativa de transferência de empregado, em face da previsão do inciso IX do art. 659 da CLT. OJ 92 SBDI-II TST – Mandado de segurança. Existência de recurso próprio – Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível de reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito diferido. • O mandado de segurança deve ser impetrado no TRT se a autoridade coatora for juiz do trabalho ou desembargador do próprio TRT (Súmula 433 do STF); e no TST quando a autoridade coatora for seus próprios ministros. • O prazo para impetração do mandado de segurança individual ou coletivo, nos termos do art. 23 da Lei 12.016/2009, é de 120 dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Trata-se de prazo decadencial e sua fluência não se interrompe ou se suspende. • De acordo com a Súmula 425 do TST, a petição inicial do mandado de segurança deve ser obrigatoriamente subscrita por advogado, não se admitindo o jus postulandi das próprias partes. Súmula nº 425 do TST – Jus postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance – O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. • O juiz, ao despachar a petição inicial, determinará: a) notificação da autoridade coatora para que preste informações em 10 dias; b) ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando- lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; c) suspensão do ato que deu motivo ao pedido • Da decisão liminar do ato impugnado, não caberá mandado de segurança, tendo em vista o procedimento recursal trabalhista não admitir recurso imediato de decisões interlocutórias. Cabível, entretanto, novo mandado de segurança para impugnar a decisão que apreciar a medida. • Após o transcurso do prazo para prestação das informações, o Ministério Público será intimado para opinar dentro de 10 dias, e ao final do prazo os autos serão conclusos ao juiz para a decisão ser proferida, necessariamente, em 30 dias (art. 12, caput e parágrafo único da Lei 12.016/2009). • Da decisão, caberá recurso ordinário ao TST e quando a competência originária for deste Tribunal, conforme art. 102, II, a e III da CRFB/88, da decisão denegatória da segurança caberá recurso ordinário, enquanto a concessão da segurança permitirá recurso extraordinário, ambos ao STF. • No mandado de segurança coletiva, conforme CRFB/88 e Lei 12.016/2009, possuem legitimação ativa: - o partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária; ou - sindicato, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. • Os demais requisitos do mandado de segurança coletivo assemelham-se aos da ação de segurança individual. AÇÃO RESCISÓRIA NO PROCESSO DO TRABALHO • Forma prevista em lei de rescindir a coisa julgada. • Regulada no CPC, art. 966 e seguintes • Algumas poucas menções na CLT. Art. 836, CLT É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX do Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação rescisória far-se-á nos próprios autos da ação que lhe deu origem, e será instruída com o acórdão da rescisória e a respectiva certidão de trânsito em julgado. IN 39/2016 do TST: Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os seguintes temas: (...) XXVI - Arts. 966 a 975 (ação rescisória) Súmula 338/STF: Não cabe ação rescisória no âmbito da justiça do trabalho. * Apesar de a Súmula 338 do STF não ter sido formalmente cancelada, está absolutamente superada. • A ação rescisória busca rescindir decisão de mérito transitada em julgado Súmula 413/TST: AÇÃO RESCISÓRIA. SENTENÇA DE MÉRITO. VIOLAÇÃO DO ART. 896,"A", DA CLT É incabível ação rescisória, por violação do art. 896, "a", da CLT, contra decisão transitada em julgado sob a égide do CPC de 1973 que não conhece de recurso de revista, com base em divergência jurisprudencial, pois não se cuidava de sentença de mérito (art. 485 do CPC de 1973). • A competência originária é do tribunal Art. 678 - Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete I - ao Tribunal Pleno, especialmente: c) processar e julgar em última instância: 2) as ações rescisórias das decisões das Juntas de Conciliação e Julgamento, dos juízes de direito investidos na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos; • O prazo é de 2 anos do trânsito em julgado Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. § 1o Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo a que se refere o caput, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia em que não houver expediente forense. • Só é cabível a Ação Rescisória nas seguintes hipóteses (art. 966, CPC): I – decisão proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; - a ser apurado na própria AR (prejudicial) ou em outra demanda II – juiz impedido ou absolutamente incompetente; III – dolo da parte vencedora ou colusão das partes; - ex: simulação de demanda para réu ficar sem patrimônio IV – violar coisa julgada anterior V – violar manifestamente norma jurídica VI – fundada em prova falsa; - seja prova falsa apurada em processo crime ou mesmo demonstrada na própria rescisória VII – prova nova; - ela já existia, mas o autor a obteve após o trânsito em julgado VIII – fundada em erro de fato - se houve debate e divergência quanto ao fato no processo de origem, não se admite a AR para rediscutir o tema Art. 969, CPC. A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória. Art. 970. O relator ordenará a citação do réu, designando-lhe prazo nunca inferior a 15 (quinze) dias nem superior a 30 (trinta) dias para, querendo, apresentar resposta, ao fim do qual, com ou sem contestação, observar-se-á, no que couber, o procedimento comum. Art. 972. Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o relator poderá delegar a competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3 (três) meses para a devolução dos autos. - Concluída a instrução, vista para alegações finais - Acórdão