Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

EpidemiologiaEpidemiologiaEpidemiologia
Ciência que estuda o processo
saúde doença em coletividades
humanas, analisando a
distribuição e os fatores
determinantes das enfermidades,
danos à saúde e eventos
associados à saúde coletiva,
propondo medidas específicas de
prevenção, controle ou
erradicação de doenças e
fornecendo indicadores que
sirvam de suporte ao
planejamento, administração e
avaliação das ações de saúde 
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
EPIEPIEPIDEMIODEMIODEMIOLOGIALOGIALOGIA
A epidemiologia congrega métodos
e técnicas de três áreas
principais de conhecimento:
estatística, ciências biológicas e
ciências sociais. EPI - sobre
DEMIO - população
LOGIA - estudo
A distribuição das doenças na
população é influenciada pelos
aspectos biológicos dos indivíduos,
pelos aspectos socioculturais e
econômicos de sua comunidade e
pelos aspectos ambientais do seu
entorno, fazendo com que o
processo saúde-doença se manifeste
de forma diferenciada entre as
populações.
A epidemiologia originou-se das observações de Hipócrates feitas há mais
de 2000 anos de que fatores ambientais influenciam a ocorrência de
doenças. 
Entretanto, foi somente no século XIX que a distribuição das doenças em
grupos humanos específicos passou a ser medida em larga escala. 
Isso determinou não somente o início formal da epidemiologia como também
as suas mais espetaculares descobertas.
Os achados de John Snow, de que o risco de contrair cólera em Londres
estava relacionado ao consumo de água proveniente de uma determinada
companhia, proporcionaram uma das mais espetaculares conquistas da
epidemiologia.
Os estudos epidemiológicos de Snow foram apenas um dos aspectos de
uma série abrangente de investigações que incluiu o exame de processos
físicos, químicos, biológicos, sociológicos e políticos
HISTÓRIAHISTÓRIA
Óbitos por cólera na
área central de
Londres, setembro de
18546,
A abordagem epidemiológica que
compara os coeficientes (ou taxas)
de doenças em subgrupos
populacionais tornou-se uma prática
comum no final do século XIX e
início do século XX. 
A sua aplicação foi inicialmente
feita visando o controle de doenças
transmissíveis e, posteriormente, no
estudo das relações entre condições
ou agentes ambientais e doenças
específicas. 
Na segunda metade do século XX,
esses métodos foram aplicados para
doenças crônicas não transmissíveis
tais como doença cardíaca e
câncer, sobretudo nos países
industrializados.
Epidemia de cólera em Londres, agosto e setembro de 1854
Atualmente a epidemiologia usa
métodos quantitativos para estudar
a ocorrência de doenças nas
populações humanas e para definir
estratégias de prevenção e
controle.
DEFINIÇÃO EDEFINIÇÃO E
ÁREA DEÁREA DE
ATUAÇÃOATUAÇÃO
O estudo da distribuição e dos
determinantes de estados ou
eventos relacionados à saúde em
populações específicas, e sua
aplicação na prevenção e controle
dos problemas de saúde
O termo “doença”
compreende todas as
mudanças desfavoráveis em
saúde, incluindo acidentes e
doenças mentais.
A palavra “epidemiologia” é derivada das palavras gregas: epi “sobre”, demos “povo” e logos “estudo”.
Essa limitada definição de epidemiologia pode ser mais elaborada como se segue:
termo explicação
Estudo
Inclui vigilância, observação, teste de hipóteses e
pesquisas analíticas e experimentais;
Distruibuição
Refere-se à análise quanto ao tempo, pessoas,
lugares e grupos de indivíduos afetados;
Determinantes
Inclui fatores que afetam o estado de saúde,
dentre os quais, os fatores biológicos, químicos,
físicos, sociais, culturais, econômicos, genéticos e
comportamentais;
Estados ou eventos relacionados à saúde
Referem-se a doenças, causas de óbito, hábitos
comportamentais (por exemplo: tabagismo),
aspectos positivos em saúde (por exemplo: bem-
estar, felicidade, etc.), reações a medidas
preventivas, utilização e oferta de serviços de
saúde entre outros;
População
Inclui indivíduos com características específicas
como, por exemplo, crianças menores de cinco
anos;
Aplicações na prevenção e controle
O objetivo da saúde pública é promover, proteger
e restaurar a saúde.
O alvo de um estudo
epidemiológico é sempre uma
população humana, que pode ser
definida em termos geográficos
ou outro qualquer. 
Forma a base para definir
subgrupos de acordo com o
sexo, grupo etário, etnia e
outros aspectos
Os séculos XIX e XX foram
marcados pela influência da
microbiologia sobre a epidemiologia,
uma vez que permitiu não apenas
identificar os principais agentes
etiológicos envolvidos na
transmissão de doenças
infectocontagiosas responsáveis por
altas taxas de morbimortalidade
(tuberculose, influenza, varíola,
peste, entre outras), mas também
possibilitar o desenvolvimento de
medidas de prevenção e tratamento
dessas enfermidades.
Determinação das condições de saúde
da população e à busca sistemática
dos agentes etiológicos das doenças
ou dos fatores de risco envolvidos
no seu aparecimento
Estudo de coorte: estudo capaz de abordar
hipóteses etiológicas, produzindo medidas de
incidência e, por conseguinte, medidas diretas
de risco. 
A maioria dos estudos de coorte parte da
observação de grupos comprovadamente
expostos a um fator de risco suposto como
causa de doença a ser detectada no futuro.
Ex.: Coorte de Framingham.
Estudo de caso-controle: estudo para a
abordagem de associações etiológicas com
doenças de baixa incidência. Este estudo
inicia-se pelos doentes identificados (casos),
estabelece controles (sujeitos comparáveis
aos casos, porém reconhecidamente não
doentes) para eles e, retrospectivamente,
procura conhecer os níveis de exposição ao
suposto fator de risco. 
Ex.: surgimento de câncer após exposição
radioativa. 
1. Descrição das condições de
saúde da população por meio da
construção de indicadores de
saúde. Exemplo: taxa de
mortalidade, taxa de incidência de
uma doença;
A epidemiologia tornou-se ao longo
dos anos uma ciência ampla que
abriga inúmeras áreas do
conhecimento e muitas subdivisões.
APLICAÇÃOAPLICAÇÃO
» epidemiologia clínica; 
» epidemiologia investigativa; 
» epidemiologia nutricional; 
» epidemiologia de campo; 
» epidemiologia descritiva
Apresenta três grandes áreas de
atuação:
2. Investigação dos fatores
determinantes da situação de
saúde. Exemplo: investigação de
agentes etiológicos, fatores de
risco; 
3. Avaliação do impacto das
ações para alterar a situação
de saúde. Exemplo: avaliação do
impacto do saneamento para
diminuir parasitoses na
comunidade.
Descrevem-se como principais
objetivos da epidemiologia:
I. Descrever a distribuição e a
magnitude dos problemas de saúde
das populações humanas; 
II. Proporcionar dados essenciais
para o planejamento, execução e
avaliação das ações de prevenção,
controle e tratamento das doenças,
bem como para estabelecer
prioridades; 
III. Identificar fatores etiológicos
na gênese das enfermidades
DESCRIÇÃO CAUSALIDADE PREVISÃO AVALIAÇÃO
Conhecer e
estudar a
distribuição
dos
problemas e
agravos de
saúde das
populações
cobertas
pelas
equipes das
Unidades
Básicas de
Saúde.
Investiga as
causas
destes
problemas
nas
comunidades.
Fatores
nutricionais,
comportament
ais, sociais,
psíquicos,
condições de
moradia,
saneamento
básico etc.
Aponta quem é
mais propenso a
adquirir e
morrer destes
problemas,
auxiliando a
desenvolver
ações voltadas
a populações
específicas, por
exemplo:
crianças,
gestantes,
mulheres, idosos,
trabalhadores
rurais etc.
Auxilia na avaliação de
medidas implementadas
para decisão de
manutenção ou correção.
Por exemplo: efetividade
de campanhas de
imunização, avaliação
periódica do controle de
doenças endêmicas, efeito
de intervenções
comunitárias etc. Podem
vir em ícones de tooltip
(dica de contexto).
USO da EPIDEMIOLOGIA na ATENÇÃO BÁSICA da seguinte forma:
A investigação dos agentes
etiológicos das doenças sempre foi,
desde os seus primórdios, um
objetivo prioritário da epidemiologia.
No final do séculoXIX até meados
do século XX, foi dado um grande
enfoque às doenças
infectocontagiosas, tendo em vista
a evolução da microbiologia e a
grande prevalência de doenças
infecciosas no mundo.
Inicialmente, foi adotada uma
abordagem unicausal para o
processo de adoecimento, ou seja,
toda doença apresentava um agente
etiológico que, uma vez identificado,
poderia ser combatido.
INVESTIGAÇÃOINVESTIGAÇÃO
ETIOLÓGICAETIOLÓGICA
Tal abordagem também serviu para
doenças não infecciosas, como é o
caso do “bócio endêmico”, que foi
praticamente eliminado pela iodação
do sal de cozinha. 
Com a evolução do conhecimento
científico, a abordagem unicausal
não foi capaz de explicar as causas
de várias doenças, surgindo assim a
abordagem multicausal para a
investigação dos agentes etiológicos.
infecções, exercício; 
estresse emocional; 
exposição a alérgicos; 
obesidade; 
níveis de colesterol; 
sedentarismo; 
tabagismo;
Exemplos das descobertas:
Os numerosos fatores associados à
ocorrência da asma brônquica.
Exemplos: 
A etologia das doenças
coronarianas. Exemplos: 
Merecem destaque as ações
sistemáticas e contínuas de coleta,
análise, interpretação e
disseminação de informação com a
finalidade de recomendar e adotar
medidas de prevenção e controle de
problemas de saúde.
ENDEMIAS,ENDEMIAS,
EPIDEMIAS,EPIDEMIAS, 
PANDEMIAS EPANDEMIAS E
SURTOSSURTOS
A ENDEMIA é definida como a
presença habitual de uma doença,
dentro dos limites esperados, em
uma determinada área geográfica,
por um período de tempo ilimitado.
Pode, também, referir-se à
ocorrência usual de uma determinada
doença, dentro de uma área
A EPIDEMIA, é definida como a
ocorrência em uma comunidade ou
região, de um grupo de doenças de
natureza similar, excedendo
claramente a expectativa normal,
derivada de uma fonte comum de
propagação. Resulta, portanto, em
um “claro excesso de casos em
relação ao esperado” quando
comparado à frequência esperada
(ou habitual) de uma doença em uma
determinada população, em um
período determinado, não sendo
necessariamente a “ocorrência de
muitos casos”.
O número de casos de uma epidemia vai
variar de acordo com o agente, o tipo
e o tamanho da população exposta,
além do período e do local de
ocorrência.
A ocorrência de um único caso
autóctone em uma região onde
nunca tenha ocorrido ou que esteja
há muitos anos livre de uma
determinada doença, representa uma
epidemia, pois demonstra uma
alteração substantiva na estrutura
epidemiológica relacionada à doença
Qual diferença entre os casos autóctones e
casos alóctones?
Os casos autóctones são aqueles oriundos
do mesmo local onde ocorreram.Já os casos alóctones são aqueles casos
importados de outras localidades.
Quando as condições facilitam a
propagação de agentes infecciosos
no ambiente e associam-se a um
grande número de pessoas
suscetíveis, pode ser dado espaço
para o desenvolvimento de uma
pandemia. 
O termo PANDEMIA refere-se a uma
epidemia de grandes proporções
geográficas, ou seja, atingindo
Como exemplo, podemos citar
a doença influenza A (H1N1)
no ano de 2009, cujos
primeiros casos ocorreram no
México, expandindo-se para
Europa, América do Sul,
América Central, África e Ásia 
vários países, inclusive mais de
um continente.
A ocorrência de uma epidemia restrita a um
espaço geográfico circunscrito é denominada
SURTO. 
O surto consiste em uma ocorrência epidêmica,
em que todos os casos estão relacionados entre
si, acometendo uma área geográfica pequena e
delimitada (como vilas ou bairros) ou uma
população institucionalizada (como creches,
asilos, escolas e presídios). 
Podemos citar como exemplo, a ocorrência de
inúmeros casos de intoxicação alimentar em um
asilo, após ingestão de alimentos contaminados.
Em geral, no início da investigação, emprega-se uma definição de caso
mais sensível, que envolve casos confirmados e casos prováveis. 
Facilitar a identificação, a extensão do problema e os grupos
populacionais mais atingidos (pode levar a elaboração de hipóteses
importantes)
O processo de confirmação de uma epidemia ou surto envolve o
estabelecimento do diagnóstico da doença e do estado epidêmico. 
Torna-se imprescindível conhecer a frequência habitual de casos no lugar
e período. 
A confirmação decorre da comparação dos coeficientes de incidências
(antes e depois). 
As hipóteses são formuladas com vistas a identificar: fonte de infecção,
transmissibilidade, agente etiológico, população em maior risco e período
de exposição.

Mais conteúdos dessa disciplina