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fragataeantunes.mg@fragataeantunes.com.br 
Rua Paraíba, 550- 8º andar 
Savassi - Belo Horizonte - MG 
CEP: 30130-141 
 
SÃO PAULO - RIO DE JANEIRO - SALVADOR - BELO HORIZONTE - CURITIBA - PORTO ALEGRE 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DE 
PIRAQUARA/PR. 
 
 
 
PROCESSO Nº: 0003134-14.2020.8.16.0034 
 
 
 
 
VIA S/A., devidamente qualificada nos Autos da Ação movida por ROBERTO DOS SANTOS 
MELOS, também já qualificada, por seu advogado que esta subscreve, vem, 
respeitosamente, à presença de V. Excelência, apresentar suas CONTRARRAZÕES ao 
Recurso interposto, requerendo-se a remessa dos autos ao Colégio Recursal competente 
para o seu julgamento. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Paraná, 26 de Outubro de 2022. 
 
FRANCISCO ANTONIO FRAGATA JUNIOR 
OAB/PR 48.835, OAB/SC 55.916 e OAB/RS 69.584. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO 
 
 
Recorrente: ROBERTO DOS SANTOS MELOS 
Recorrida: VIA S/A 
Origem: VARA CÍVEL DE PIRAQUARA/PR. 
 
Egrégia turma recursal, 
Colenda Câmara, 
Ínclitos Julgadores. 
 
RESUMO DOS FATOS 
DA SÍNTESE DA DEMANDA 
 
TRATA-SE DE AÇÃO, em síntese, em que a parte autora alega que adquiriu vários produtos 
da recorrida, dentre eles um fogão, que foi entregue com cor errada. Disse que reclamou 
acerca do ocorrido, oportunidade em que a recorrida registrou a aquisição de um novo 
fogão. Alegou que passou a ser cobrado por dois fogões. Pediu, assim, pela declaração 
não de inexigibilidade do débito indevidamente cobrado, bem como pela condenação da 
recorrida ao pagamento de indenização por danos morais. 
 
O juízo a quo julgou procedente o pedido da parte autora, senão vejamos: 
 
“(...)Em face do exposto, nos termos do artigo 487, I do Código de 
Processo Civil em vigor, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para 
confirmar a liminar e: a) declarar rescindido o contrato, reconhecendo 
a inexistência do débito referente ao contrato 21 1113 0072.138-9; b) 
condenar a empresa requerida ao pagamento pelos danos materiais 
quanto ao pagamento do contrato 21 1113 0072.138-9, a ser 
apurado em liquidação, que deverá ser corrigido pela média 
INPC/IGPDI desde a data de cada um dos pagamentos e com juros 
de 1% (um por cento) a partir da citação. c) condenar a empresa 
requerida ao pagamento pelos danos morais no importe de R$ 
2.000,00 (dois mil reais), sobre este valor deve incidir a correção 
monetária pela média INPC/IGPDI a partir da data da sentença e 
com juros de mora de 1% ao mês a contar da citação. (...)” 
 
Irresignado com a r. sentença, interpôs o Recorrente o presente Recurso, requerendo a 
reforma do julgado. Entretanto, a mesma não merece prosperar, senão vejamos: 
 
DO MÉRITO 
DOS DANOS MORAIS 
 
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Em apertada síntese, o Douto Juízo a quo reconheceu que não há nos autos qualquer 
indicativo de sua influência nos danos que a parte autora alega ter sofrido. Ora, não restou 
demonstrado nos autos elementos suficientes para firmar convicção quanto a existência do 
fato constitutivo do seu direito, porque não consta nos autos provas de que houve a 
ocorrência dos fatos alegados na exordial. 
Assim, coaduna com a verdade o entendimento do M. Magistrado a quo, visto que ausente 
qualquer falha na prestação de serviço da recorrida. As provas juntadas pelo autor são 
insuficientes, e não demonstraram qualquer desídia da Recorrida. 
Não houve nos autos a demonstração dos alegados danos alegados pelo demandante. O 
fato é que a ausência de provas prejudica, ou melhor, torna impossível a aferição das 
informações contidas na inicial, pois restou claro que não houve danos, não houve falha, e 
sim alegações infundadas e inverídicas. Deveria, o demandante ter se desincumbido de 
provar os fatos alegados, assim não o fez. 
Ora, a análise levada a efeito pelo MM Juiz atende ao princípio do livre convencimento 
motivado, pelo qual, a partir do caso concreto que lhe foi posto, e após a apresentação de 
provas e argumentos dispostos pelas partes, tem ele liberdade para decidir acerca de seu 
conteúdo de forma que considerar mais adequada – conforme seu convencimento – e 
dentro dos limites impostos pela lei e pela Constituição, e dando motivação à sua decisão. 
Assim, certo entendimento do Magistrado que não há de ser falar em danos morais, 
materiais, ou qualquer reforma do julgado, visto que o Magistrado analisou os documentos 
comprobatórios e a boa-fé da Requerida, vez que cumpriu seu papel de intermediadora de 
serviços, e diligentemente com o que lhe cabe. 
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ 
 
Vale ressaltar, litigância de má-fé se configura quando a parte deduzir pretensão ou defesa 
contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; alterar a verdade dos fatos; usar do 
processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do 
processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; provocar 
incidentes manifestamente infundados ou, ainda, interpuser recurso com intuito 
manifestamente protelatório (artigo 80 do CPC/15). 
 
Vejamos a jurisprudência: 
 
Processo: Apelação Cível 1.0620.15.001890-6/001 0018906-
62.2015.8.13.0620 (1) Relator(a): Des.(a) Arnaldo Maciel Data 
de Julgamento: 11/07/2017 Data da publicação da súmula: 
14/07/2017 Ementa: EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO - 
EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA E DA DÍVIDA 
DEMONSTRADA - AUSÊNCIA DE PROVAS ACERCA DO 
PAGAMENTO - INSCRIÇÃO EM CADASTROS DE 
PROTEÇÃO AO CRÉDITO - EXERCÍCIO REGULAR DE 
DIREITO - PRÉVIA NOTIFICAÇÃO - RESPONSABILIDADE 
 
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DO ÓRGÃO PROTETOR - SÚMULA 359 DO STJ - 
LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ CONFIGURADA. Restando 
comprovada a existência de débito junto à instituição financeira 
requerida em razão da contratação firmada entre as partes e 
não havendo qualquer prova da quitação da dívida, há que se 
reconhecer a regularidade da inscrição do nome da parte 
requerente nos cadastros de maus pagadores, por ter se 
tratado de exercício regular de direito. A teor do que dispõe a 
Súmula 359 do STJ, compete aos órgãos de proteção ao 
crédito a prévia notificação do consumidor, não podendo ser 
atribuída à empresa de telefonia tal responsabilidade. Cabível a 
aplicação das penalidades por litigância de má-fé em desfavor 
da parte autora, quando evidenciado que alterou a verdade dos 
fatos. 
 
A eleição dessas circunstâncias decorre das obrigações anteriormente explicitadas pelas 
próprias normas de processo civil que exigem da parte o dever de expor os fatos conforme a 
verdade; proceder com lealdade e boa-fé; não formular pretensões, nem alegar defesa, 
cientes de que são destituídas de fundamento; não produzir provas, nem praticar atos 
inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito e cumprir com exatidão os 
provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de 
natureza antecipatória ou final (art. 77, I a V, do CPC). 
 
Dessa forma, qualquer conduta que ultrapasse esse limite será considerada temerária e 
implicará nas consequências previstas Lei Processual Civil, que autoriza o juiz ou tribunal, 
de ofício ou a requerimento, condenar o litigante de má-fé ao pagamento de multa, cujo 
valor não excederá a 1% do valor da causa(art. 81 do CPC). 
DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, requer que seja negado provimento a apelação interposta pela parte 
autora, mantendo a r. sentença proferida pelo D. Juízo a quo pelos seus exatos termos. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
Paraná, 26 de Outubro de 2022. 
 
FRANCISCO ANTONIO FRAGATA JUNIOR 
OAB/PR 48.835, OAB/SC 55.916 e OAB/RS 69.584.

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