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FISIOLOGIA DA GESTAÇÃO, DA 
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
UNIDADE III
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E 
NEUROFISIOLOGIA
Elaboração
 Flávia Bulgarelli Vicentini
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA ...........................................................................................1
UNIDADE III
CAPÍTULO 1
DIGESTÃO ........................................................................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 2
APARELHO DIGESTIVO HUMANO .......................................................................................................................................... 8
CAPÍTULO 3 
SISTEMA NERVOSO ................................................................................................................................................................... 19
REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................39
4
5
UNIDADE III
 FISIOLOGIA DO 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
E NEUROFISIOLOGIA
CAPÍTULO 1
DIGESTÃO
O sistema digestivo é composto do trato gastrointestinal – também chamado de trato 
gastrointestinal ou trato digestivo – e do fígado, pâncreas e vesícula biliar. O trato 
gastrointestinal é uma série de órgãos ocos unidos em um longo tubo de torção da boca 
até o ânus. Os órgãos ocos que compõem o trato gastrointestinal são a boca, o esôfago, 
o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o ânus. O fígado, o pâncreas e a 
vesícula biliar são os órgãos sólidos do sistema digestivo.
Podemos definir por digestão o conjunto de transformações físico-químicas que 
os alimentos sofrem para se converterem em compostos menores hidrossolúveis e 
absorvíveis.
O processo de digestão química ocorre devido à ação das enzimas que são secretadas em 
várias partes do aparelho digestivo. Essas enzimas promovem a hidrólise enzimática das 
macromoléculas ingeridas que, na presença da água, são transformadas em unidades 
capazes de serem absorvidas pelas células da mucosa gastrointestinal (nos animais que 
apresentam tubo digestivo). 
Vamos discutir mais adiante sobre as enzimas digestivas que são secretadas pelas 
diversas partes do aparelho digestivo, sua localização, os substratos em que atuam e os 
produtos que formam. 
Tipos de digestão
A digestão pode variar de acordo com o local onde é realizada, podemos citar alguns 
tipos de processos digestivos: 
6
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
Digestão intracelular 
Esse processo ocorre totalmente dentro das células (protozoários e poríferos). Os 
lisossomos são organelas envoltas por membranas que contêm uma série de enzimas 
capazes de quebrar todos os tipos de polímeros biológicos – proteínas, ácidos nucleicos, 
carboidratos e lipídios. Os lisossomas funcionam como o sistema digestivo da célula, 
servindo tanto para degradar o material absorvido de fora da célula quanto para digerir 
componentes obsoletos da própria célula.
Em sua forma mais simples, os lisossomas são visualizados como vacúolos esféricos 
densos, mas podem apresentar variações consideráveis de tamanho e forma, como 
resultado de diferenças nos materiais que foram absorvidos para a digestão. Os 
lisossomas representam, assim, organelas morfologicamente diversas, definidas pela 
função comum de degradação do material intracelular.
As enzimas digestivas produzidas no lisossomo são responsáveis pela digestão de 
vários tipos de compostos orgânicos como os listados no quadro abaixo.
Quadro 1. Digestão de compostos.
ENZIMAS COMPOSTO DIGERIDO
Desoxirribonuclease (DNA-ase) DNA
Ribonuclease (RNA-ase) RNA
Catepsina Proteínas
Fosfatases Ésteres do ác. fosfórico
Calagenase Colágeno
Glicosidase Glicogênio
Fonte: Pūtaiao, 2014.
Se a membrana do lisossomo for fragmentada, as enzimas são lançadas no citoplasma 
e a célula morre por “autodigestão”.
As partículas que penetram nas células por endocitose originam um vacúolo com 
alimento (pinossomo ou fagossomo). O lisossomo une-se ao vacúolo originando o 
vacúolo digestivo. Após a absorção das partes úteis, origina-se o corpo residual que 
defeca por clasmocitose. Quando o lisossomo digere componentes estruturais da 
própria célula, forma-se o vacúolo autofágico. As esponjas (poríferos) apresentam 
coanócitos que são células responsáveis pela digestão intracelular.
7
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
Digestão extracelular
Ocorre no interior do tubo digestivo do animal, nos invertebrados, protocordados e 
nos vertebrados. Em relação à alimentação, pode-se afirmar que o homem apresenta 
especialmente digestão extracelular, enquanto os lisossomos realizam a digestão 
de componentes celulares velhos, que devem ser renovados (autofagia ou digestão 
intracelular). Nessa digestão, as enzimas são produzidas pelos ribossomos por comando 
genético, que catalisam as reações químicas celulares. Geralmente essas enzimas são 
específicas para cada substrato e apresentam a terminação ASE, como Glicídios/
Glicosidases, Proteínas/Proteinases, DNA/DNA-ase, RNA/RNA-ase, Lipídeos/
Lipases.
Digestão extracorpórea
Esta é uma forma menos comum de digestão, observada em pequeno número 
de espécies. Na digestão extracorpórea, o organismo lança para fora, no meio 
externo, as suas enzimas digestivas, que vão fazer a hidrolise das macromoléculas 
extraorganicamente. Os fungos costumam difundir suas enzimas hidrolisastes sobre 
os substratos (substâncias orgânicas encontradas na madeira, na terra) em meio aos 
quais se desenvolvem. Só depois da fragmentação das macromoléculas em moléculas 
pequenas é feita a absorção dos nutrientes. 
As aranhas comumente injetam na presa uma quantidade de sucos digestivos 
juntamente com o veneno. Esses sucos vão proceder na vítima o amolecimento dos 
tecidos e a decomposição rápida das proteínas, lipídeos e polissacarídeos. Após este 
evento, as aranhas promovem a ingestão, sugando a matéria liquefeita do interior 
do corpo da presa que, por fim, resta seco e oco. A estrela-do-mar ejeta o estômago, 
englobando o alimento no meio externo. Após o amolecimento das substâncias pela 
ação do suco gástrico, o estômago é recolhido novamente ao interior do organismo 
onde ocorre o resto da digestão (assimilação).
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CAPÍTULO 2
APARELHO DIGESTIVO HUMANO
A evolução constante dos seres vivos permitiu por meio de transformações sucessivas 
que chegássemos à organização anatômico/fisiológica sofisticada dos animais 
superiores. Se por um lado vimos a complexidade atingida pelos órgãos e sistemas 
do corpo humano, considerado a máquina mais perfeita do mundo, por outro, ele 
necessita de muita energia para que possa estar em bom funcionamento. Essa energia 
é obtida pela nutrição.
O trato gastrointestinal (TGI) consiste em um tubo muscular oco a partir da cavidade 
oral, onde a comida entra na boca, continuando pela faringe, esôfago, estômago e 
intestinos até o reto e ânus, onde a comida é expelida. Existem vários órgãos acessórios 
que auxiliam o trato secretando enzimas para ajudar a decompor os alimentos em seus 
nutrientes componentes. Assim, as glândulas salivares, fígado, pâncreas e vesícula 
biliar têm funções importantes no sistema digestivo. A comida é impulsionada ao longo 
do comprimento do TGI por movimentos peristálticos das paredes musculares.
O objetivo principal do trato gastrointestinal é decompor os alimentos em nutrientes, 
que podem ser absorvidos pelo corpo para fornecer energia. O primeiro alimento deve 
ser ingerido na boca para ser mecanicamente processado e umedecido. Em segundo 
lugar, a digestão ocorre principalmente no estômago e no intestino delgado, onde 
proteínas, gorduras e carboidratos são quebrados quimicamente em seus blocos 
básicos de construção. Moléculas menores são, então, absorvidas através doepitélio 
do intestino delgado e, posteriormente, entram na circulação. O intestino grosso 
desempenha um papel fundamental na reabsorção do excesso de água. Finalmente, o 
material não digerido e os resíduos secretados são excretados do organismo através de 
defecação (passagem das fezes).
A digestão humana é extracelular, pois ocorre no interior do tubo digestivo. Compreende 
processos físicos (mecânicos) como a mastigação, a deglutição e os movimentos 
peristálticos. É também um processo químico, graças à ação das enzimas secretadas 
por glândulas anexas. O processo digestivo inicia-se na boca pela ação trituradora dos 
dentes.
O trato gastrointestinal é uma série de órgãos ocos unidos em um longo tubo de torção 
da boca até o ânus. Os órgãos ocos que compõem o trato gastrointestinal são a boca, 
o esôfago, o estômago, o intestino delgado, o intestino grosso e o ânus. O fígado, o 
pâncreas e a vesícula biliar são os órgãos sólidos do sistema digestivo.
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
Os dentes são estruturas calcificadas cujo objetivo principal é a mastigação. Cada dente 
é composto por uma coroa, que é a porção exposta acima da linha da gengiva, e uma 
raiz, que está embutida no osso maxilar.
Os dentes decíduos (também referidos como dentes primários ou temporários) são os 
primeiros a emergir na cavidade oral e são progressivamente substituídos pela dentição 
permanente (ou adulta). Existem 20 dentes decíduos, compreendendo 8 molares, 4 
caninos (ou cúspides) e 8 incisivos. A dentição permanente consiste em 32 dentes: 12 
molares (incluindo 4 chamados dentes do siso ou terceiros molares), 8 pré-molares (ou 
bicúspides), 4 caninos e 8 incisivos 
Os incisivos têm uma borda oclusal fina, uma coroa um tanto achatada e uma única 
raiz. Seu principal objetivo é cortar a comida. Caninos têm uma forma pontiaguda e 
raízes longas únicas. Sua principal função é perfurar e rasgar alimentos.
A superfície oclusal (ou mastigatória) dos molares e pré-molares é caracterizada por 
estruturas pontiagudas denominadas cúspides. Os pré-molares geralmente possuem 1 
ou 2 cúspides e 1 ou 2 raízes. Molares geralmente têm 4-5 cúspides e 2-3 raízes, cuja 
forma é altamente variável. O objetivo dos molares e pré-molares é moer e esmagar os 
alimentos. 
A mastigação é a primeira etapa do processo digestivo nos animais que possuem dentes. 
Uma etapa mecânica e o ato de engolir (deglutição), também mecânico, ocorrem graças 
ao músculo, revestido de tecido conjuntivo conhecido como língua. A língua tem sua 
extremidade posterior presa ao osso hioide.
A língua é uma massa de músculo que é quase completamente coberta por uma 
membrana mucosa. Ocupa a maior parte da cavidade oral e orofaringe. É conhecida por 
seu papel no paladar, mas também auxilia na mastigação, na deglutição, na articulação 
(fala) e na limpeza bucal. Cinco nervos cranianos contribuem para a inervação complexa 
desse órgão multifuncional.
As origens embriológicas da língua aparecem pela primeira vez às 4 semanas de 
gestação. O corpo da língua se forma a partir de derivados do primeiro arco branquial. 
Isso dá origem a 2 inchaços linguais laterais e 1 inchaço mediano (conhecido como 
tuberculum impar). Os inchaços linguais laterais crescem lentamente sobre o 
tubérculo impar e se fundem, formando os dois terços anteriores da língua. Partes do 
segundo, terceiro e quarto arcos branquiais dão origem à base da língua. Os somitos 
occipitais dão origem aos mioblastos, que formam a musculatura intrínseca da língua.
10
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
De anterior para posterior, a língua tem 3 superfícies: ponta, corpo e base. A ponta é a 
parte anterior da língua, altamente móvel e pontiaguda. Posteriormente à ponta está o 
corpo da língua, que tem superfícies dorsal (superior) e ventral (inferior).
A língua desempenha importante papel na percepção do gosto, pois nela estão 
localizadas as papilas gustativas. Tem papel importantíssimo também na fonação. É 
inervada por dois pares de nervos cranianos: glossofaríngeo e o hipoglosso. 
Mantém-se constantemente umedecida pela secreção das glândulas salivares. Da 
língua, o bolo alimentar é deglutido para a faringe, que pelos movimentos voluntários, 
leva o bolo alimentar para o esôfago. Do esôfago, por meio de contrações involuntárias, 
o alimento chega ao estômago.
As paredes da faringe contêm músculos estriados. Durante a deglutição, o palato 
mole é levantado, o que divide a faringe em seções dorsal e ventral. O compartimento 
dorsal é a nasofaringe e o compartimento rostral é a orofaringe. A faringe laríngea é 
separada da orofaringe pela epiglote. As tonsilas estão presentes nas paredes laterais 
da orofaringe e estão cobertas por retalhos de mucosa.
A musculatura lisa do tubo digestivo é inervada pelo sistema nervoso autônomo 
(simpático e parassimpático). A estimulação do parassimpático aumenta o peristaltismo 
da musculatura lisa gastrointestinal, enquanto a estimulação do simpático a modera 
ou inibe completamente. Concomitantemente, ao “trânsito” do bolo alimentar pelo 
tubo digestivo, ocorre a digestão química dos alimentos com a subsequente absorção 
dos componentes digeridos.
No final deste processo, os “restos” dos alimentos ingeridos que não foram degradados, 
que conhecemos como fezes, são armazenados no ceco, para posteriormente serem 
eliminados pelo ato involuntário da defecação.
Etapas da digestão química
Os processos químicos constituem a transformação das grandes moléculas de proteínas, 
lipídios, glicídios e ácidos nucleicos em pequenas moléculas que serão absorvidas para 
corrente sanguínea pela mucosa intestinal. Neste processo intervêm as enzimas que 
são secretadas pelas glândulas anexas ao tubo digestivo.
Na boca 
As principais glândulas salivares estão em íntima relação com as estruturas da cavidade 
oral, embora não façam parte da cavidade oral.
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
A função final da cavidade oral é a absorção de pequenas moléculas, como glicose e 
água, através da mucosa. Da boca, a comida passa pela faringe e pelo esôfago pela ação 
da deglutição.
O processo digestivo inicia-se na boca graças à ação de enzimas da saliva que é secretada 
pelas glândulas salivares parótidas, submaxilares, sublinguais e em outras glândulas 
salivares menores. A mucina (uma glicoproteína) na saliva atua como um lubrificante. 
A cavidade oral também desempenha um papel limitado na digestão de carboidratos.
A principal enzima da saliva é a amilase salivar (ptialina). Outras enzimas presentes 
na saliva como a maltase e catalase são menos importantes porque são produzidas em 
quantidades menores. A saliva tem pH entre 6,4 - 7,5, que favorece a ação da amilase 
salivar. Esta catalisa a hidrólise de polissacarídeos (amido, glicogênio e seus derivados). 
A digestão do amido (polissacarídeo) pela saliva produz oligossacarídeos e maltose. 
Quando o alimento é colocado na boca, reflexos nervosos estimulam a secreção da 
saliva, especialmente se o alimento é saboroso ou apetitoso. Tal controle é realizado 
pelo sistema nervoso autônomo. O SNP estimula secreção e o SNS inibe a secreção.
Digestão no estômago 
O esôfago é revestido por epitélio escamoso estratificado não queratinizado, que se 
transforma em epitélio colunar no estômago. As células colunares de todo o estômago 
secretam mucina; as células principais (zimogênicas) no fundo secretor digerem a 
proteína pré-enzima pepsinogênio; as células parietais (oxínticas) no corpo (corpo) do 
estômago secretam ácido (íons H +) e fator intrínseco; e as células G no antro secretam 
gastrina (que por sua vez atua nas células parietais).
Múltiplos estímulos (no cérebro, estômago ou intestino delgado) são usados para 
ativar as várias glândulas do estômago. Por exemplo, a visão ou cheiro de comida 
pode estimular o estômago a secretar fluido digestivo. Ou quando a comida entra 
no estômago e a estica, os receptoressão pressionados e desencadeiam a secreção 
de líquido digestivo. Glândulas também podem sincronizar. Por exemplo, quando o 
conteúdo ácido do estômago cai muito baixo, as células reagem ao parar a secreção de 
HCI e aumentar a secreção mucosa.
No estômago, o alimento sofre a ação do suco gástrico que é secretado pelas glândulas 
localizadas na parede estomacal. O muco é produzido pelas glândulas pilóricas e 
cárdicas do estômago e lubrifica o bolo alimentar, além de proteger a parede do 
estômago contra a ação das enzimas gástricas e do HCl.
12
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
O HCl apresenta as seguintes funções: facilita a absorção de ferro; proporciona um pH 
ótimo para a digestão proteica; ativa o Pepsinogênio e a Pepsina; age contra os germes 
restringindo a fermentação microbiana (ação germicida). As enzimas do suco gástrico 
são: pepsina, lípase gástrica, amilase gástrica.
 » A pepsina é uma enzima proteolítica (digere proteínas em peptídeos), que atua 
num meio altamente ácido (pH = 2,0) e acima de pH = 5,0 apresenta pouca 
atividade proteolítica, tornando-se inativa.
 » A lípase gástrica (tributirase) age sobre a tributirina (um tipo de gordura 
encontrado no leite e seus derivados), quase não tem atividade lipolítica sobre as 
gorduras comuns. 
 » A amilase gástrica não desempenha papel importante na digestão do amido.
A secreção gástrica é regulada por mecanismos nervosos e hormonais. A regulação 
hormonal é realizada por meio de dois hormônios: gástrica e enterogastrona. A gástrica 
é produzida pela mucosa da região pilórica do próprio estômago e tem ação estimulante 
sobre a secreção gástrica. A enterogastrona é produzida no intestino delgado (duodeno) 
em presença de gordura e inibe a secreção gástrica.
Digestão no intestino 
Do ponto de vista da absorção de nutrientes importantes, o jejuno proximal e o íleo 
distal são mais importantes; o jejuno distal e o íleo proximal (intestino médio-pequeno) 
podem ser mais facilmente sacrificados sem muita perturbação da absorção. A ressecção 
maciça do intestino delgado (por exemplo, na doença vascular mesentérica) ou 
ressecções repetidas (por exemplo, na doença de Crohn) podem resultar em síndrome 
do intestino curto.
As enzimas encontradas no intestino delgado decorrem do suco pancreático, secretado 
por um órgão anexo ao aparelho digestivo, o pâncreas.
Suco pancreático 
O suco pancreático é alcalino devido ao alto conteúdo de HCO3-. Ele neutraliza o quimo 
ácido do estômago, auxiliado pela bile e pelos sucos do intestino delgado. No jejuno, 
o quimo é mantido a um pH neutro, conforme necessário para o funcionamento ideal 
das enzimas digestivas pancreáticas. Um pâncreas normal segrega cerca de 1,5 a 2 L 
de suco por dia.
13
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
O suco pancreático contém as pró-enzimas tripsinogênio, quimotripsinogênio, 
procarboxipeptidases e proelastase. Todos são ativados pela tripsina no lúmen 
intestinal.
A enteropeptidase localizada na borda em escova da mucosa jejunal converte 
tripsinogênio em tripsina. Um inibidor de tripsina no suco pancreático protege contra 
autodigestão indiscriminada da ativação intraductal do tripsinogênio.
Tripsina: é sintetizada nas células pancreáticas na forma do precursor inativo 
(tripsinogênio). A ativação do tripsinogênio é realizada pela enzima enteroquinase 
(produzida pelo intestino delgado). O tripsinogênio também pode ser ativado 
pela própria tripsina (autocatálise). Esta enzima atua sobre proteínas inteiras ou 
parcialmente digeridas produzindo frações menores (peptídeos).
Quimotripsina: é produzida pelo pâncreas na forma de quimotripsinogênio que 
é ativado pela tripsina, passando, então, a quimotripsina. Esta enzima age sobre 
proteínas inteiras ou parcialmente digeridas produzindo frações menores (peptídeos).
Carboxi e Aminopeptidase: digerem peptídeos a aminoácidos pela região carboxi e 
amino terminal, respectivamente.
Amilase Pancreática: hidrolisa os polissacarídeos a dissacarídeos. Obs.: Alguns 
polissacarídeos, como a celulose e a quitina, não são hidrolisados pelas amilases 
humanas.
Lipase Pancreática: hidrolisa as gorduras neutras, ácidos graxos e glicerol.
Nucleases: (ribonuclease e desoxirribonuclease) hidrolisam, respectivamente, o ácido 
ribonucleico e o desoxirribonucleico a frações menores (nucleotídeos).
A secreção pancreática é regulada por mecanismo nervoso e também hormonal.
A visão, o cheiro, o paladar e também a chegada do bolo alimentar ao estômago 
desencadeiam impulsos parassimpáticos pelo nervo vago até o pâncreas, determinando 
uma secreção moderada do suco pancreático.
Quando o bolo alimentar chega ao intestino delgado ocorre o estímulo da mucosa 
duodenal e essa inicia a produção dos hormônios secretina e pancreosina, que, por sua 
vez, estimulam o pâncreas a secretar o suco pancreático.
A secretina é produzida em resposta à estimulação da acidez do bolo alimentar que 
chega ao intestino delgado. O suco pancreático, que chega ao duodeno, é altamente 
rico em bicarbonato que tem por finalidade neutralizar a acidez do bolo alimentar e, 
14
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
assim, garantir a ação das enzimas pancreáticas que funcionam em pH ligeiramente 
alcalino e neutro.
Outro anexo do aparelho digestivo é a vesícula biliar, que armazena um líquido 
denominado bile.
Bile 
A principal função digestiva da bile é ajudar na emulsificação e digestão da gordura 
no lúmen do intestino delgado. A bile é formada inicialmente no hepatócito (célula 
hepática), e a taxa de formação depende principalmente da taxa na qual os ácidos 
biliares são secretados nos canais biliares ou canalículos.
Não apresenta enzimas digestivas. Possui sais biliares (glicolato e taurocolato de sódio) 
que emulsionam as gorduras, facilitando a ação das lípases (aumentam a superfície de 
ação). 
Uma porção do fluxo biliar, no entanto, está relacionada a outros fatores, além da 
secreção de ácidos biliares; em particular, parece ser dependente da secreção de sódio 
do hepatócito e também é parcialmente governado pela ação de hormônios intestinais, 
como secretina, colecistocinina (CCK) e gastrina.
Os sais biliares também possuem a função de solubilizar os produtos finais da digestão 
lipídica, facilitando assim a sua absorção pela mucosa intestinal. Quando presente 
no intestino delgado, a gordura estimula a mucosa duodenal a produzir o hormônio 
colecistoquinina, o qual age determinando a contração da parede da vesícula que, 
então, elimina a bile para o intestino.
Em sua maior parte, os sais biliares são reabsorvidos pelo intestino e a seguir reutilizados 
pelo fígado várias vezes, antes de serem transformados em biliverdina (pigmento que 
dá a cor às fezes). 
Suco Entérico
É produzido pelo epitélio glandular das criptas de Lieberkuhn, localizadas no intestino 
delgado. Ele contém muco, que tem a função de realizar a proteção da parede intestinal 
contra uma autodigestão. Também contém as enzimas: enteroquinase, erepsina e as 
enzimas produzidas pelo pâncreas: lípase, amilase, maltase, lactase e sucrase. Seu pH 
é de aproximadamente 6,5 a 7,5.
A enteroquinase, além do papel de ativadora do tripsinogênio, digere peptídeos a 
aminoácidos. Importantes estímulos diretos ou reflexos regulam a secreção do intestino 
15
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
delgado. A distensão do intestino e estímulos táteis ou irritantes resultam em intensa 
secreção do suco intestinal. A secretina, um dos principais hormônios produzidos pelo 
intestino delgado, tem ação sobre as células do ducto pancreático e do trato biliar, 
aumentando a secreção de bicarbonato, o que produz um suco pancreático aquoso 
alcalino.
O Quadro 2 resume a localização das enzimas envolvidas no processo digestivo, seus 
substratos e seus produtos de hidrólise.
Quadro 2. Enzimas digestivas.
Sucos digestivos e enzimas Substância digerida Substratos eprodutos de hidrólise
Saliva (amilase) Amido Maltose
Suco gástrico
(protease – pepsina, ácido clorídrico)
Proteínas Proteínas parcialmente digeridas
Suco pancreático Proteases – Tripsina,
Lipase
Amilase
Proteína
Gordura emulsificada (bile)
Amido 
Peptídeos e aminoácidos
Ácidos graxos e glicerol
Maltose 
Enzimas intestinais
Peptidases
Sacarase
Lactase 
Maltase
Peptídeos 
Sacarose (açúcar)
Lactose
Maltose
Aminoácidos
Glicose e frutose
Glicose e galactose
Glicose
Bile
Sais biliares
Gordura Gordura emulsificada
 
Fonte: Pūtaiao, 2011.
Regulação hormonal do processo digestivo
Já está bem estabelecido que os hormônios intestinais têm um papel fundamental no 
controle da ingestão de alimentos e no gasto de energia. O intestino é o maior órgão 
produtor de hormônios do corpo, liberando mais de 20 diferentes hormônios peptídicos, 
além de dois ou mais aminoácidos ligados entre si para formar uma cadeia, alguns dos 
quais direcionam o cérebro para regular o apetite e influenciar o prazer de comer.
Os hormônios intestinais trabalham em associação com o extenso sistema nervoso 
do intestino (sistema nervoso entérico) e desempenham um papel coordenador 
16
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
no controle do apetite, na digestão dos alimentos, na regulação do balanço energético 
e na manutenção dos níveis de glicose no sangue. O intestino envia continuamente 
informações ao cérebro sobre a qualidade e quantidade do alimento que é consumido.
Segue uma breve descrição do papel que alguns desses hormônios desempenham:
 » A grelina é produzida no estômago, e sua função é dizer ao cérebro que o corpo 
precisa ser alimentado. Aumenta o apetite.
 » A gastrina é produzida no estômago quando é esticada. Estimula a liberação 
de suco gástrico rico em pepsina e ácido clorídrico.
 » A secretina é produzida no duodeno e tem o efeito de estimular o pâncreas a 
produzir secreções alcalinas, além de retardar o esvaziamento do estômago.
 » A colecistocinina (CCK) é produzida no duodeno. Ele reduz o apetite, diminui o 
esvaziamento do estômago e estimula a liberação de bile da vesícula biliar.
 » O peptídeo YY (PYY) é produzido na última parte do intestino delgado, conhecido 
como íleo, bem como em partes do intestino grosso. Ele desempenha um papel no 
retardamento da passagem de alimentos ao longo do intestino, o que aumenta a 
eficiência da digestão e a absorção de nutrientes após a refeição.
 » O péptido 1, semelhante ao glucagon (GLP-1), é produzido no intestino delgado e 
no cólon e tem múltiplas ações, incluindo a inibição do esvaziamento gástrico e 
do apetite, bem como a estimulação da libertação de insulina.
Hormônios reguladores de apetite
Existem hormônios secretados pelos tecidos e órgãos do corpo que são transportados 
pela corrente sanguínea para o centro da saciedade, uma região do cérebro que 
desencadeia impulsos que nos dão sensação de fome ou ajuda a suprimir nosso 
apetite. A grelina é um hormônio que é liberado pelo estômago e atinge a glândula 
pituitária, sinalizando para o corpo que ele precisa comer.
O PYY é um hormônio liberado pelo intestino delgado para combater a grelina. É 
liberado pelo hipotálamo e sinaliza que você acabou de comer e ajuda a suprimir nosso 
apetite.
O pâncreas libera o hormônio insulina, que atua no hipotálamo e também ajuda a 
suprimir nosso apetite. Depois que acabamos de comer, há um aumento nos níveis de 
glicose no sangue.
O último hormônio é a leptina, que também ajuda a suprimir o apetite. A leptina é 
produzida pelo tecido gorduroso adiposo e atinge o hipotálamo.
17
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
Absorção dos alimentos
A absorção dos alimentos ocorre principalmente no intestino delgado, que possui 
microvilosidades, estruturas responsáveis pelo aumento da superfície de absorção.
Ao nível do jejuno-íleo há uma grande absorção de glicose, aminoácidos etc. O estômago 
e o intestino grosso também participam da absorção, principalmente de água. Algumas 
substâncias são absorvidas por pinocitose, porém, a maior parte da absorção ocorre 
por difusão e transporte ativo.
Uma população bacteriana está presente no intestino grosso, sendo responsável pela 
produção de vitaminas: k, B12, tianina, riboflavina e vários gases.
Sistema digestório na gravidez
Durante a gravidez, náuseas e vômitos são queixas muito comuns, afetando 50-90% 
das gestações. Esse pode ser um mecanismo adaptativo da gravidez, com o objetivo de 
evitar que as mulheres grávidas consumam substâncias potencialmente teratogênicas, 
como frutas e vegetais com sabor forte. O mecanismo subjacente exato não é claro, mas 
os hormônios associados à gravidez, como a gonadotrofina coriônica humana (hCG), 
estrogênio e progesterona, podem estar envolvidos na etiologia. 
Os níveis de hCG atingem o pico no final do primeiro trimestre, quando o trofoblasto 
está produzindo mais ativamente hCG, correlacionando-se com os sintomas de náusea. 
A náusea também é mais frequente em gestações com altos níveis de hCG, como em 
gestações gemelares.
Hormônios tireoidianos também podem estar envolvidos no desenvolvimento de 
sintomas de náusea, já que uma forte associação com náusea e testes anormais de função 
tireoidiana foram encontrados. O hormônio estimulante da tireoide (TSH) e o hCG 
têm estruturas biomoleculares semelhantes e, portanto, o hCG reage de forma cruzada 
com o TSH, estimulando a glândula tireoide. Causas psicológicas, incompatibilidade 
genética, fatores imunológicos, deficiências nutricionais e infecção por Helicobacter 
pylori têm sido propostos como fatores etiológicos de náuseas e vômitos durante a 
gestação.
Os sintomas de náusea geralmente desaparecem na semana 20, mas cerca de 10 
a 20% dos pacientes apresentam sintomas além da 20ª semana e outros até o final 
da gravidez. Na maioria dos casos, a modificação dietética menor e a observação do 
balanço eletrolítico são suficientes. 
Cerca de 0,5 a 3% das mulheres grávidas desenvolvem hiperemese gravídica, uma 
forma grave de náusea e vômito excessivo, frequentemente resultando em desidratação, 
18
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
desequilíbrio eletrolítico, cetonúria, perda de peso e deficiências de vitaminas ou 
minerais. Nestes casos, a reposição intravenosa de fluidos e vitaminas é comumente 
necessária. A suplementação de tiamina é importante para evitar o desenvolvimento 
da encefalopatia de Wernicke.
À medida que a gravidez avança, também ocorrem mudanças mecânicas no trato 
alimentar, causadas pelo útero em crescimento. O estômago está cada vez mais 
deslocado para cima, levando a um eixo alterado e aumento da pressão intragástrica. 
O tônus do esfíncter esofágico também está diminuído e esses fatores podem predispor 
a sintomas de refluxo, além de náuseas e vômitos.
Alterações nos níveis de estrogênio e progesterona também influenciam as alterações 
estruturais do trato gastrointestinal. Estes incluem anormalidades na atividade neural 
gástrica e na função do músculo liso, levando a disritmia gástrica ou gastroparesia. 
As alterações são pronunciadas em mulheres com doenças gastrointestinais 
preexistentes, como doença do refluxo gastroesofágico, gastroparesia diabética, 
cirurgia de bypass gástrico ou doença inflamatória intestinal.
A motilidade digestiva pode diminuir, devido aos elevados níveis de progesterona, que 
diminui a produção de motilina. O aumento do tempo de trânsito dos alimentos pelo 
tubo digestivo promove a reabsorção de água, provocando obstipação.
A salivação pode diminuir devido às dificuldades na deglutição associadas às náuseas. 
Se o pH da cavidade oral diminuir, podem surgir cáries dentárias, que não se devem à 
falta de cálcio, pois o cálcio dentário não é mobilizado durante a gravidez, ao contrário 
do que acontece com o cálcio ósseo. 
As gengivas podem hipertrofiar-se, tornando-se hiperêmicas e friáveis, o que se deve 
aos elevados níveis de estrogênios circulantes. Adeficiência de vitamina C também 
pode causar dor e hemorragias gengivais.
Em nível esofagogástrico, verifica-se uma diminuição do peristaltismo esofágico e uma 
tendência ao refluxo gastroesofágico, devido à lentificação do trânsito e ao relaxamento 
do cárdia. Para além dos sintomas de refluxo (azia, pirose, regurgitação), estas 
alterações aumentam o risco anestésico pela possibilidade de aspiração do conteúdo 
gástrico. O refluxo tende a piorar com o avanço da gestação, pela compressão exercida 
pelo útero sobre o estômago. A produção de gastrina aumenta, levando à diminuição 
do pH gástrico.
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CAPÍTULO 3 
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é composto de todas as células nervosas do corpo. É através do 
sistema nervoso que nos comunicamos com o mundo exterior e, ao mesmo tempo, 
muitos mecanismos dentro do nosso corpo são controlados. O sistema nervoso coleta 
informações através de nossos sentidos, processa as informações e desencadeia reações, 
como fazer com que seus músculos se movam ou causem dor. Por exemplo, se você 
tocar em uma chapa quente, você puxa sua mão reflexivamente e seus nervos enviam 
simultaneamente sinais de dor para o cérebro. Os processos metabólicos também são 
controlados pelo sistema nervoso.
O sistema nervoso é um tecido originário de um folheto embrionário denominado 
exoderme, mais precisamente de uma área diferenciada deste folheto embrionário, a 
placa neural. Inicialmente a placa neural contém cerca de 130 mil células, que vão dar 
origem a um sistema que é composto por aproximadamente 100 bilhões de neurônios 
no futuro.
A placa neural, aproximadamente na 3ª semana de gestação, se fecha, formando 
um tubo longitudinal (tubo neural) que na sua região rostral ou anterior, sofre uma 
dilatação que dará origem a uma parte fundamental do Sistema Nervoso Central, o 
Encéfalo. Nos pontos de encontro ou fechamento das extremidades da placa neural, 
no recém-formado tubo neural, forma-se a crista neural que dá origem a componentes 
que a neuroanatomia nomina como elementos periféricos e componentes celulares 
gliais, a serem compreendidos na leitura deste texto, adiante.
Classificações
O sistema nervoso pode ser classificado de várias formas, sendo a classificação mais 
comum aquela que o divide em:
a. Sistema Nervoso Central (SNC), aquele que está contido no interior do chamado 
“estojo axial” (canal vertebral e crânio), ou seja, o encéfalo e a medula espinhal;
b. Sistema Nervoso Periférico (SNP), aquele que é encontrado fora deste estojo 
ósseo, que se relaciona com o esqueleto apendicular, sendo os nervos (axônios) 
e gânglios (formações de corpos neuronais ganglionares dispersas em regiões 
do corpo ou mesmo dispostas ao longo da coluna vertebral, como os gânglios 
sensitivos). No entanto podemos dividir o sistema nervoso funcionalmente em 
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UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
somático ou de vida de relação, que lembra o sistema nervoso que atua em todas 
as relações que são percebidas por nossa consciência; e em visceral ou vegetativo, 
aquele que interage de forma inconsciente, no controle e na percepção do meio 
interno e vísceras. Tanto o somático quanto o vegetativo possuem componentes 
aferentes (sensitivos) e eferentes (motores).
Sistema nervoso somático
O sistema nervoso somático (SNS), também conhecido como sistema nervoso 
voluntário, faz parte do sistema nervoso periférico (SNP). Consiste em neurônios 
que estão associados a fibras musculares esqueléticas ou estriadas e influenciam os 
movimentos voluntários do corpo.
O SNS contém ambos os nervos aferentes que viajam para o SNC e os nervos eferentes 
responsáveis por enviar sinais do SNC para o resto do corpo. O cérebro e a medula 
espinhal processam a entrada de uma variedade de fontes e as integram antes de 
elaborar uma resposta. Essa resposta determina a localização e a força da contração 
muscular em diferentes partes do corpo. Portanto, a principal função do sistema 
nervoso somático é conectar o SNC com órgãos e músculos estriados, a fim de permitir 
movimentos e comportamentos complexos.
Além disso, o SNS também medeia um subconjunto de respostas musculares 
involuntárias chamadas de arcos reflexos. Um arco reflexo resulta em uma contração 
muscular extremamente rápida em resposta a um estímulo, com intervenção mínima 
do cérebro. Enquanto o impulso para a maioria das contrações musculares voluntárias 
se origina no cérebro ou tronco cerebral, uma ação reflexa pode ser realizada com 
apenas um único neurônio sensorial e motor que faz sinapse na medula espinhal.
A resposta motora é praticamente “ligada por hardware” para um estímulo específico. 
A resposta instintiva à estimulação do ligamento patelar no joelho é um exemplo de 
resposta reflexa. Outros exemplos incluem a retirada imediata de uma mão ao tocar 
em um fogão quente ou uma mudança rápida na postura quando o pé é colocado em 
uma pedra afiada.
Sistema nervoso visceral
 » Aferente: Sistema Nervoso Visceral Aferente. Ex.: percebe informações de paredes 
de vísceras, como dilatações, aumento da pressão ou relaxamentos.
 » Eferente: Sistema Nervoso Autônomo.
 » Simpático: ex.: aumenta os batimentos do coração.
 » Parassimpático: ex.: diminui os batimentos do coração.
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
O SNC (Sistema Nervoso Central) recebe, analisa e integra informações. É o local onde 
ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. O SNP (Sistema Nervoso Periférico) 
carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema 
nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas). O SNC divide-se em 
encéfalo e medula. O encéfalo corresponde ao telencéfalo (hemisférios cerebrais), 
diencéfalo (tálamo e hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico (que se divide em: bulbo, 
situado caudalmente; mesencéfalo, situado cranialmente; e ponte, situada entre 
ambos).
Proteção do sistema nervoso central
Os órgãos do SNC são protegidos por estruturas esqueléticas (caixa craniana, protegendo 
o encéfalo; e coluna vertebral, protegendo a medula – também denominada raque) e 
por membranas denominadas meninges, situadas sob a proteção esquelética: dura-
máter (a externa), aracnoide (a do meio) e pia-máter (a interna). Entre as meninges 
aracnoide e pia-máter, há um espaço preenchido por um líquido denominado líquido 
cefalorraquidiano ou líquor.
O Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinhal) está contido em um estojo 
ósseo denominado estojo axial. Este estojo é constituído pelo crânio, que abriga o 
encéfalo e a coluna vertebral, formada por vértebras nos segmentos cervical, torácica 
(ou dorsal) e lombar que contém em sua luz (no canal vertebral ou forame vertebral) a 
medula espinhal, que se entende somente até a primeira vértebra lombar. Já na região 
lombossacral o canal vertebral abriga a cauda equina e o filum terminale.
Meninges
O Sistema Nervoso Central possui uma proteção que é realizada por três envoltórios 
formados por tecido conjuntivo, denominados meninges, sendo estas, na ordem do 
interior para o exterior:
a. Pia-máter: está acoplada mais intimamente ao sistema nervoso. Sendo assim, 
fica impossível de ser totalmente removida sem remover consigo o próprio tecido 
nervoso.
b. Aracnoide: situada entre a pia-máter e dura-máter, é provida de trabéculas 
que permitem a circulação do líquor.c. Dura-máter: trata-se do envoltório 
mais externo e mais forte, que em conjunto com a Aracnoide, é denominado 
paquimeninge.
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UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
O conjunto, pia-máter e aracnoide, é denominado leptomeninge.
Figura 12. Meninges.
 
 
Pele Periósteo 
Osso 
 
Dura-máter 
 
Aracnoide 
 
Pia-máter 
Fonte: TeachMeAnatomy, 2018.
O líquor é produzido nos plexos coroides no interior dos ventrículos encefálicos e é 
absorvido no nível das granulações aracnoideas, junto ao seio venoso. Sua função é 
proteger o sistema nervoso, de acordo com as leis de Pascal(absorve os impactos) e 
Arquímedes (empuxo-flutuação). O líquor é renovado três vezes por dia, de 8 em 8 
horas.
Medula vertebral (medula espinhal)
A medula espinhal é uma estrutura longa e frágil semelhante a um tubo, que começa no 
final do tronco encefálico e continua quase até o fundo da espinha. A medula espinhal 
consiste em nervos que transportam mensagens de entrada e saída entre o cérebro e 
o resto do corpo. É também o centro de reflexos, como o reflexo do reflexo do joelho.
Etimologicamente, medula significa miolo e indica tudo o que está dentro. A medula 
espinhal é assim denominada por estar dentro do canal espinhal ou vertebral. A medula é 
uma massa de tecido nervoso alongada e cilindroide, situada dentro do canal vertebral, 
sem ocupá-lo completamente e ligeiramente achatada anteroposteriormente. Tem 
calibre não uniforme por possuir duas dilatações, as intumescências cervical e lombar, 
de onde parte o maior número de nervos por meio dos plexos braquial e lombossacral, 
para inervar os membros superiores e inferiores, respectivamente.
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
Figura 13. Corte da medula espinhal.
 
 
Substância 
cinzenta Gânglio 
espinhal 
Canal 
ventral 
Raiz posterior de um 
nervo espinhal 
Nervo espinhal 
Substância branca 
Fissura mediana anterior Raiz anterior de um 
nervo espinhal 
Fonte: Gonçalves, 2018.
Seu comprimento médio é de 42 cm na mulher adulta e de 45 cm no homem adulto. 
Sua massa total corresponde a apenas 2% do Sistema Nervoso Central humano, 
contudo, inerva áreas motoras e sensoriais de todo o corpo, exceto as áreas inervadas 
pelos nervos cranianos. Na sua extremidade rostral, é contínua com o tronco cerebral 
(bulbo) aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital. Termina ao 
nível do disco intervertebral entre a primeira e a segunda vértebra lombares. A medula 
termina afilando-se e forma o cone medular que continua com o filamento terminal-
delgado filamento meníngeo composto da pia-máter e fibras gliais. Algumas estruturas 
são de extrema importância na fixação da medula, como o ligamento coccígeo que se 
fixa no cóccix, a própria ligação com o bulbo, os ligamentos denticulados, a emergência 
dos nervos espinhais e a continuidade da dura-máter com o epineuro que envolve os 
nervos.
A medula espinhal recebe impulsos sensoriais de receptores e envia impulsos motores 
a efetuadores tanto somáticos quanto viscerais. Ela pode atuar em reflexos dependente 
ou independentemente do encéfalo.
Este órgão é a parte mais simples do Sistema Nervoso Central tanto ontogenético 
(embriológico), quanto filogeneticamente (evolutivamente). Daí o fato de a maioria 
das conexões encefálicas com o Sistema Nervoso Periférico ocorrer via medula.
Tecido nervoso
No SNC, existem as chamadas substâncias cinzenta e branca. A substância cinzenta é 
formada pelos corpos dos neurônios e a branca, por seus prolongamentos. Com exceção 
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UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
do bulbo e da medula, a substância cinzenta ocorre mais externamente e a substância 
branca, mais internamente.
O tecido nervoso é o termo para grupos de células organizadas no sistema nervoso, 
que é o sistema de órgãos que controla os movimentos do corpo, envia e transporta 
sinais de e para as diferentes partes do corpo e tem um papel no controle das funções 
corporais, como digestão. O tecido nervoso é agrupado em duas categorias principais: 
neurônios e neuroglia.
A unidade funcional e estrutural do sistema nervoso é o neurônio ou célula nervosa. 
São os neurônios que fazem a ligação entre as células receptoras dos diversos órgãos 
sensoriais e as células efetoras, nomeadamente músculos e glândulas. Os neurônios 
são células muito especializadas que apresentam um ou mais prolongamentos, ao 
longo dos quais se desloca um sinal elétrico.
Podem ser classificados, com base no sentido em que conduzem impulsos relativamente 
ao sistema nervoso central, em: neurônios sensoriais ou aferentes – os que transmitem 
impulsos do exterior para o Sistema Nervoso Central; neurônios motores ou eferentes 
– os que transmitem impulsos do Sistema Nervoso Central para o exterior; neurônios 
de conexão – os que conduzem impulsos entre os outros dois tipos de neurônios.
É composto basicamente por dois tipos celulares: 
I. Os neurônios: são a unidade fundamental do tecido nervoso, cuja função é 
receber, processar e enviar informações; estes, após o nascimento, geralmente 
não se dividem. Os que morrem, seja naturalmente ou por efeitos de toxinas ou 
traumatismos, jamais serão substituídos.
II. Células gliais (neuroglia): são as células que ocupam os espaços entre os 
neurônios, com função de sustentação, revestimento, modulação da atividade 
neuronal e defesa; diferente dos neurônios, essas células mantêm a capacidade 
de mitose. Os neurônios são compostos basicamente por três estruturas: corpo 
celular, dendritos e axônio.
Neurônio
A unidade básica de trabalho do sistema nervoso é uma célula chamada neurônio. O 
cérebro humano contém cerca de 100 bilhões de neurônios. Um neurônio consiste 
em um corpo celular contendo o núcleo e extensões especiais chamadas axônios 
(pronunciado AK-sonz) e dendritos (pronuncia-se DEN-drahytz).
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
Os neurônios se comunicam usando axônios e dendritos. Quando um neurônio recebe 
uma mensagem de outro neurônio, ele envia um sinal elétrico pelo comprimento de 
seu axônio. No final do axônio, o sinal elétrico é convertido em um sinal químico, e 
o axônio libera mensageiros químicos chamados neurotransmissores (pronuncia-se 
noor-oh-TRANS-mit-erz).
Os neurotransmissores são liberados no espaço entre a extremidade de um axônio e a 
ponta de um dendrito de outro neurônio. Esse espaço é chamado de sinapse (pronuncia-
se SIN-aps). Os neurotransmissores percorrem a curta distância através da sinapse até 
o dendrito. O dendrito recebe os neurotransmissores e os converte de volta em um 
sinal elétrico. O sinal, então, viaja através do neurônio, para ser convertido novamente 
em um sinal químico quando chega aos neurônios vizinhos.
Os neurônios motores transmitem mensagens do cérebro para controlar o movimento 
voluntário. Os neurônios sensoriais detectam a luz, o som, o odor, o gosto, a pressão e 
o calor que chegam e enviam mensagens ao cérebro. Outras partes do sistema nervoso 
regulam os processos involuntários, como a liberação de hormônios como a adrenalina, 
a dilatação do olho em resposta à luz ou a regulação do sistema digestivo, que estão 
envolvidos na função dos órgãos e glândulas do corpo.
O cérebro é composto de muitas redes de neurônios em comunicação. Dessa forma, 
diferentes partes do cérebro podem “conversar” umas com as outras e trabalhar juntas 
para enviar mensagens para o resto do corpo.
 » Corpo Celular ou Pericário: contém núcleo e citoplasma nos quais estão contidos 
ribossomos, retículo endoplasmático granular, agranular e aparelho de Golgi. 
Centro metabólico do neurônio, este tem como função sintetizar todas as 
proteínas neuronais e realizar a maioria dos processos de degradação e renovação 
de constituintes celulares. Do corpo celular partem prolongamentos: dendritos 
(que assim como o pericárdio, recebem estímulos) e axônios.
 » Dendritos: os dendritos do neurônio são extensões efetivamente ramificadas 
do corpo celular. Coletivamente, essas estruturas ramificadas dos dendritos 
são conhecidas como “árvore dendrítica”. A árvore dendrítica é o local onde a 
entrada para o neurônio ocorre através de sinapses com axônios de outras células 
nervosas. Na maioria dos casos, os impulsos nervosos viajam de outras células 
nervosas para o corpo celular e, em seguida, são conduzidos ao longo do axônio 
da própria célula nervosa para outros corpos celulares. No entanto, os próprios 
dendritos são incapazes de propagar impulsos nervosos à maneira dos axônios, 
pois os dendritos são incapazes de secretarneurotransmissores. Da mesma forma, 
os axônios não possuem os quimiorreceptores que são encontrados dentro dos 
26
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
dendritos e, portanto, são incapazes de receber impulsos nervosos. Os impulsos 
nervosos são, portanto, conduzidos em apenas uma direção.
 » Axônio: o axônio é uma projeção muito fina que pode medir até milhares de vezes 
o diâmetro do soma em comprimento. O axônio carrega sinais nervosos do soma. 
A estrutura e função do axônio é muito semelhante entre o SNC e o SNP. 
Os axônios têm uma membrana externa chamada axolema e dentro dela há o 
axoplasma que é contínuo com o citoplasma do neurônio. Não há ribossomos, livres 
ou ligados ao retículo endoplasmático em axônios e, portanto, sem síntese proteica. A 
síntese proteica ocorre dentro do corpo celular e alguns dendritos e toda a reposição 
de proteína necessária para a manutenção do axônio dependem da importação de 
proteínas do corpo celular. Uma característica crítica do axônio é seu citoesqueleto, que 
consiste em dois elementos-chave; neurofilamentos e microtúbulos. Neurofilamentos 
são filamentos intermediários de cerca de 10 nm de diâmetro e pertencem à mesma 
classe que outras proteínas do citoesqueleto, como queratina, desmina, vimentina ou 
GFAP de astrócitos. 
Os neurofilamentos são formados a partir de um tripleto de subunidades polipeptídicas 
de pesos moleculares pesados (~ 200 kD), médios (~ 150 kD) e baixos (~ 60 kD). 
Tipicamente, estas subunidades são fortemente fosforiladas e são mais numerosas do 
que os microtúbulos, especialmente em axônios de grande diâmetro, tendo um papel 
fundamental na determinação do diâmetro do axônio. 
Eles são formados no corpo celular, transportados pelo axônio pelo transporte 
axoplasmático e degradados nos terminais por proteases ativadas por Ca 2+. Em outras 
palavras, há um turnover constante de neurofilamento dentro do axônio saudável. 
Microtúbulos dentro dos axônios são semelhantes aos microtúbulos em outros lugares, 
consistindo em dímeros polimerizados de tubulina alfa e beta dispostos como um 
tubo oco de cerca de 28 nm. Eles são relativamente abundantes em axônios de menor 
diâmetro e também são sintetizados no corpo celular. 
Um componente importante do citoesqueleto são as proteínas associadas aos 
microtúbulos ou as proteínas MAP e tau. Estas proteínas são importantes na 
montagem e estabilidade dos microtúbulos. Diferentes classes de MAPs ocorrem nos 
dendritos e nos axônios e, em certa medida, explicam as diferentes características 
ultraestruturais que distinguem esses dois tipos de processos neuronais. Eles formam 
ligações cruzadas entre os microtúbulos adjacentes, mas também se conectam a 
neurofilamentos e microfilamentos de actina, implicando interações complexas entre 
os vários componentes do esqueleto do axônio.
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
Os neurônios são classificados em:
 » Multipolares: possuem vários dendritos e um axônio; conduzem potenciais 
graduáveis ao pericárdio, e este em direção à zona de gatilho, em que é gerado o 
potencial de ação.
 » Bipolares: possuem um dendrito e um axônio.
 » Pseudounipolares: corpos celulares localizados em gânglios sensitivos, de onde 
parte apenas um prolongamento que logo se divide em dois ramos, o periférico 
(que se dirige à periferia, formando terminações nervosas sensitivas) e o central 
(que se dirige ao sistema nervoso central, estabelecendo contato com outros 
neurônios). 
Como os axônios não possuem ribossomos, toda a proteína necessária à manutenção 
destes deriva do pericárdio (fluxo anterógrado), e para que haja a renovação dos 
componentes das terminações é necessário um fluxo oposto, em direção ao corpo (fluxo 
retrógrado). Esse fluxo de substâncias e organelas pelo axoplasma é denominado fluxo 
axoplasmático.
Neurônios como células excitáveis são células altamente excitáveis que se comunicam 
entre si ou com células efetuadoras (células musculares e secretoras) usando basicamente 
uma linguagem elétrica, as alterações do potencial de membrana. A membrana celular 
separa o meio intracelular, em que predominam íons com cargas negativas e certa 
quantidade do íon potássio (K+), do meio extracelular, no qual predominam cargas 
positivas, Sódio (Na+), Cálcio (Ca+) e certa quantidade do íon Cloro (Cl-).
As fibras nervosas têm a propriedade de propagar impulsos muito rapidamente, em 
todo o seu comprimento, e de transmiti-los à célula que se lhe segue, pelos contatos 
conhecidos por sinapses. 
As sinapses podem existir entre dois neurônios, entre célula sensorial e neurônio ou 
entre neurônio e órgão efetor (músculo ou glândula). Quando a célula efetora é um 
músculo, o local da sinapse é chamado de placa motora.
O impulso é captado pelos dendritos, passa ao corpo celular e deste para o axônio, que 
o envia para a célula seguinte.
No estado de repouso, o neurônio encontra-se polarizado, ou seja, o interior está 
carregado mais negativamente que o exterior. Ao atingir a membrana celular, o 
estímulo altera a permeabilidade aos íons Na+ e K+ no ponto excitado, permitindo, 
assim, um influxo (entrada) de íons sódio (Na+) e a saída de íons potássio (K+). 
28
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
Neste momento ocorre a despolarização, ou seja, diminui a negatividade no interior 
da célula. A entrada inicial de íons Na+ provoca a abertura de canais para esses íons 
nos segmentos seguintes, de modo que o processo se repete e o impulso nervoso se 
transmite por todo o neurônio. Em alguns casos, a união de neurônios é tão estreita que 
a onda de despolarização passa diretamente do axônio de um neurônio a um dendrito 
do neurônio seguinte, o que se denomina sinapse elétrica.
Geralmente o que ocorre são as sinapses químicas. Nestas, o sinal elétrico que chega à 
terminação axônica provoca a liberação de neurotransmissores, mensageiros químicos 
presentes no interior de vesículas na terminação axônica. Ao atingir a terminação 
axônica, o potencial de ação faz com que as vesículas se fusionem com a membrana 
da terminação, liberando os neurotransmissores que estavam contidos para a fenda 
sináptica (espaço virtual entre o neurônio e a célula efetora). Ao serem liberados na 
fenda sinóptica, os neurotransmissores se ligam a receptores específicos presentes 
na membrana da célula pós-sináptica (célula efetora). A ligação do neurotransmissor 
com o seu receptor específico gera uma alteração no potencial de membrana da célula 
efetora, transmitindo o impulso nervoso e gerando uma resposta (contração muscular, 
por exemplo). Podemos, então, concluir que a transmissão do impulso implica a 
transformação de um sinal elétrico em um sinal químico que, posteriormente, é 
transformado em outro sinal elétrico.
Os axônios são cobertos por uma membrana denominada bainha de mielina, que 
possui a característica de isolante elétrico, impedindo que as cargas elétricas se 
dispersem. Assim, condução do impulso nervoso nas fibras mielínicas (com bainha de 
mielina) e amielínicas (sem bainha de mielina) difere na sua velocidade, sendo maior 
nas mielínicas. No trajeto do axônio, há regiões chamadas nódulos de Ranvier, em que 
a bainha de mielina é interrompida, gerando assim a condução saltatória, nos quais o 
impulso nervoso é transmitido, aos saltos, de um nódulo de Ranvier ao outro, ao longo 
da fibra (axônio).
Sinapses
Os neurotransmissores são liberados no espaço entre a extremidade de um axônio e 
a ponta de um dendrito de outro neurônio. Esse espaço é chamado de sinapse. Os 
neurotransmissores percorrem a curta distância através da sinapse até o dendrito. O 
dendrito recebe os neurotransmissores e os converte de volta em um sinal elétrico. 
O sinal então viaja através do neurônio, para ser convertido novamente em um sinal 
químico quando chega aos neurônios vizinhos. 
29
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
a. Sinapses elétricas: são exclusivamenteinterneuronais (entre neurônios) e raras 
em vertebrados. A comunicação entre dois neurônios se dá através de canais 
iônicos presentes em cada uma das membranas em contato, que permitem a 
passagem direta de pequenas moléculas do citoplasma de uma das células para o 
da outra. 
b. Sinapses químicas: estas não são polarizadas, ou seja, a comunicação se faz nos 
dois sentidos. As s
c. inapses químicas ocorrem na maioria das sinapses interneuronais e em todas 
as sinapses neuroefetuadoras. Esta comunicação depende da liberação de uma 
substância química chamada neurotransmissor, que está presente no elemento 
pré-sináptico armazenado em vesículas sinápticas.
d. Sinapses químicas interneuronais: geralmente ocorrem entre uma terminação 
axônica e qualquer outra parte de outro neurônio, formando sinapses 
axodendríticas (entre o axônio de um neurônio com o dendrito de outro), 
axossomáticas (entre o axônio de um neurônio e o corpo de outro) ou axoaxônicas 
(entre axônios). Porém, é possível que o elemento pré-sináptico seja um dendrito 
ou um pericárdio, gerando sinapses dendrodendríticas, somatossomáticas, 
somatoaxônicas etc.
Quando o axônio é o elemento pré-sináptico, os contatos ocorrem por meio de botões 
sinápticos, estruturas que ficam na sua extremidade ou por meio de varicosidades, 
terminações azoicas em que se acumulam as vesículas sinápticas.
Uma sinapse química apresenta sempre um elemento pré-sináptico (que armazena 
e libera o neurotransmissor, ex.: botão sináptico), um elemento pós-sináptico (que 
contém o receptor para o neurotransmissor) e uma fenda sináptica (que separa as 
duas membranas). Na célula pré-sináptica, encontramos a membrana pré-sináptica, 
que possui projeções densas que mantêm, de forma organizada, as vesículas sinápticas 
(estruturas que contêm em seu interior os neurotransmissores). Na célula pós-sináptica, 
encontramos a membrana pós-sináptica, que possui os receptores específicos para os 
neurotransmissores.
a. Sinapses químicas neuroefetuadoras: também chamadas junções 
neuroefetuadoras, envolvem os axônios dos nervos periféricos e uma célula 
efetuadora não neuronal. Estas podem ser:
 › junção neuroefetuadora somática: faz-se com células musculares estriadas 
esqueléticas (células pós-sinápticas) em que o elemento pré-sináptico é uma 
terminação axônica de um neurônio motor somático, cujo corpo se localiza 
30
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
na medula espinhal ou no tronco encefálico. São sinapses direcionadas, 
denominadas placa motora.
 › junção neuroefetuadora visceral: é o contato de células musculares lisas ou 
cardíacas ou glandulares com terminações nervosas de neurônios do sistema 
nervoso autônomo simpático e parassimpático, cujos corpos se encontram em 
gânglios. Não são direcionadas, ou seja, a transmissão ocorre nas duas direções.
 › transmissão sináptica: quando um impulso nervoso atinge a membrana 
pré-sináptica (neurônio) ocorre uma alteração no seu potencial, abrindo os 
canais de sódio que permitem a sua entrada na célula, aumentando, assim, 
a quantidade deste íon no seu interior. Este aumento estimula a liberação do 
neurotransmissor na fenda sináptica, que atinge os receptores da célula pós-
sináptica. Estes receptores podem ser canais iônicos que se abrem quando 
em contato com o neurotransmissor, permitindo a entrada ou saída de 
determinados íons.
Figura 14. Sinapses.
 
 
Mitocôndrias 
Vesículas 
Axônio 
Sinapse 
Axônio 
Fnte: Santos, 2018.
A movimentação de íons, tanto para dentro, quanto para fora, causa alterações no 
potencial de membrana (no caso de entrada de sódio uma despolarização, e quando há 
entrada de cloro, uma hiperpolarização).
Quando o receptor não é um canal iônico, a sua combinação com o neurotransmissor 
gera uma nova molécula chamada de segundo mensageiro, que causará modificações 
na célula pós-sináptica.
Após o contato com o receptor, é necessário que o neurotransmissor seja removido 
da fenda sináptica para que não haja excitação ou inibição por tempo prolongado. 
Essa remoção pode ser feita por ação enzimática ou por receptação pela membrana 
31
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
pré-sináptica; e uma vez dentro da terminação nervosa, o neurotransmissor pode ser 
reutilizado ou inativado.
Neurotransmissores: existem muitos tipos diferentes de neurotransmissores e novos 
ainda estão sendo descobertos! Com o passar dos anos, a própria ideia do que faz 
de algo um neurotransmissor mudou e se ampliou. Como a definição se expandiu, 
alguns neurotransmissores descobertos recentemente podem ser vistos como “não 
tradicionais” ou “não convencionais” (em relação às definições mais antigas). 
A maioria dos neurotransmissores situam-se em três categorias: aminoácidos, aminas 
e peptídeos. Os neurotransmissores peptídeos constituem-se de grandes moléculas 
armazenadas e liberadas em grânulos secretores. A síntese dos neurotransmissores 
peptídicos ocorre no retículo endoplasmático rugoso do soma. Após serem sintetizados, 
são clivados no complexo de Golgi, transformando-se em neurotransmissores ativos, 
que são secretados em grânulos secretores e transportados ao terminal axonal 
(transporte anterógrado) para serem liberados na fenda sináptica.
Endorfinas e encefálicas: bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como 
analgésicos.
Dopamina: neurotransmissor inibitório derivado da tirosina. Produz sensações 
de satisfação e prazer. Os neurônios dopaminérgicos podem ser divididos em três 
subgrupos com diferentes funções. O primeiro grupo regula os movimentos: uma 
deficiência de dopamina neste sistema provoca a doença de Parkinson, caracterizada 
por tremuras, inflexibilidade, e outras desordens motoras, e em fases avançadas pode 
verificar-se demência.
Serotonina: neurotransmissor derivado do triptofano, regula o humor, o sono, a 
atividade sexual, o apetite, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, 
sensibilidade à dor, atividade motora e funções cognitivas. Atualmente vem sendo 
intimamente relacionada aos transtornos do humor, ou transtornos afetivos e a 
maioria dos medicamentos chamados antidepressivos age produzindo um aumento 
da disponibilidade dessa substância no espaço entre um neurônio e outro. Tem efeito 
inibidor da conduta e modulador geral da atividade psíquica. Influi sobre quase todas 
as funções cerebrais, inibindo-a de forma direta ou estimulando o sistema GABA.
GABA (ácido gama-aminobutírico): principal neurotransmissor inibitório do SNC. Ele 
está presente em quase todas as regiões do cérebro, embora sua concentração varie 
conforme a região. Está envolvido com os processos de ansiedade. Seu efeito ansiolítico 
seria fruto de alterações provocadas em diversas estruturas do sistema límbico, 
inclusive a amígdala e o hipocampo. A inibição da síntese do GABA ou o bloqueio de 
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UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
seus neurotransmissores no SNC resultam em estimulação intensa, manifestada por 
meio de convulsões generalizadas.
Ácido glutâmico ou glutamato: principal neurotransmissor estimulador do SNC. A sua 
ativação aumenta a sensibilidade aos estímulos dos outros neurotransmissores.
Neuroglia (Células Gliais): são as células mais frequentes do tecido nervoso, que se 
relacionam com os neurônios. No sistema nervoso central, a neuroglia apresenta 
quatro tipos celulares:
a. astrócitos: têm a forma de estrela, com inúmeros prolongamentos; em grande 
quantidade, apresentam-se sob duas formas: astrócitos protoplasmáticos, 
localizados na substância cinzenta; e astrócitos fibrosos localizados na substância 
branca. Têm como funções sustentação e isolamento de neurônios, controle dos 
níveis de potássio extraneuronal e armazenamento de glicogênio no SNC.
b. oligodendrócitos: em conjunto com os astrócitos, denominam-se micróglia. São 
células menores que as primeiras, com poucos prolongamentos. Organizam-
se em dois tipos: oligodendrócito satélite (junto ao pericárdioe dendritos) e 
oligodendrócito fascicular (junto às fibras nervosas), sendo os últimos responsáveis 
pela formação da bainha de mielina em axônios no SNC.
c. microgliócitos: células pequenas com poucos prolongamentos, presentes tanto 
na substância branca, como na substância cinzenta, com principal função de 
fagocitose.
d. células ependimárias: com disposição epitelial e geralmente ciliadas, revestem 
as paredes dos ventrículos cerebrais, do aqueduto cerebral e do canal da medula 
espinhal. Em conjunto com os microgliócitos, formam a micróglia.
No SNP, a neuroglia compreende dois tipos celulares: as células satélites, que envolvem 
os pericárdios dos neurônios dos gânglios sensitivos e do sistema nervoso autônomo; 
e as células de Schwann, que circundam os axônios formando a bainha de mielina e o 
neurilema e que têm importante função na regeneração das fibras nervosas.
Fibras nervosas: geralmente são formadas por um neurônio e seus envoltórios. As 
fibras envolvidas pela bainha de mielina são denominadas fibras mielínicas, sendo 
denominadas de amielínicas as fibras não envolvidas pela bainha de mielina. No SNC, 
a região que contém apenas fibras nervosas mielínicas e células da Glia é denominada 
substância branca; e a região em que estão presentes corpos dos neurônios, fibras 
amielínicas e algumas neuróglias denomina-se substância cinzenta. No SNC as fibras 
reunidas formam fascículos e no SNP formam os nervos.
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
No SNP, o axônio, ao longo de seu comprimento, é envolvido por células de Schwann 
(em axônios motores e na maioria dos sensitivos, formam-se duas bainhas, a de 
mielina mais interna e o neurilema mais externamente), que se interrompem em 
intervalos regulares chamados nódulos de Ranvier (onde se encontram os canais de 
sódio e potássio), sendo os espaços situados entre eles denominados internódulos. Na 
terminação axônica, a bainha de mielina desaparece, porém permanece o neurilema (no 
SNC não há formação de neurilema). A bainha de mielina funciona como um isolante 
e, portanto, permite a condução mais rápida do impulso nervoso, que em consequência 
dos nódulos de Ranvier, é saltatória.
Duas classes de transmissores não convencionais são os endocanabinoides e os 
gasotransmissores (gases solúveis, como o óxido nítrico e monóxido de carbono). Essas 
moléculas não são convencionais, pois não são armazenadas em vesículas sinápticas 
e podem levar mensagens do neurônio pós-sináptico para o neurônio pré-sináptico. 
Além disso, ao invés de interagir com os receptores na membrana plasmática de 
suas células-alvo, os gasotransmissores podem atravessar a membrana celular e agir 
diretamente sobre as moléculas dentro da célula.
Outros mensageiros não convencionais provavelmente serão descobertos à medida 
que aprendemos mais e mais sobre como os neurônios funcionam. Quando esses novos 
mensageiros químicos forem descobertos, talvez tenhamos que mudar ainda mais a 
nossa ideia do que significa ser um neurotransmissor.
O processo de formação da bainha de mielina se dá em etapas:
1º em cada célula de Schwann forma-se um sulco que contém o axônio.
2º fechamento do sulco com a formação de uma dupla membrana denominada 
mesaxônio.
3º o mesaxônio enrola-se várias vezes em volta do axônio expulsando o citoplasma 
entre as voltas. Ocorre a oposição das faces citoplasmáticas da membrana, formando a 
linha densa principal.
4º as faces externas do mesaxônio se encontram e formam a linha densa menor; e o 
restante da célula de Schwann forma o neurilema.
No SNP há fibras do sistema nervoso autônomo e algumas sensitivas que são envolvidas 
por célula de Schwann sem que haja a formação de mielina. Fibras amielínicas 
conduzem mais lentamente o impulso nervoso devido à pequena distância entre os 
canais sensíveis à voltagem.
34
UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
Estrutura do Nervo: um nervo contém feixes de fibras nervosas (utiliza-se o termo 
fibra nervosa para designar o axônio ou os dendritos) envolvidas por uma membrana 
conjuntiva resistente. Cada feixe é, por sua vez, envolvido por uma bainha conjuntiva; 
entre os feixes existe tecido conjuntivo que encerra vasos sanguíneos. Os nervos 
apresentam cor branca porque são formados por grande quantidade de fibras mielínicas 
(a mielina, invólucro principalmente lipídico, apresenta coloração esbranquiçada).
O sistema nervoso periférico é constituído, principalmente pelos nervos, que são 
representantes dos axônios (fibras motoras) ou dos dendritos (fibras sensitivas). São as 
fibras nervosas dos nervos que fazem a ligação dos diversos tecidos do organismo com 
o sistema nervoso central. Para a percepção da sensibilidade, na extremidade de cada 
fibra sensitiva há um dispositivo captador, denominado receptor, e uma expansão que 
coloca a fibra em relação com o elemento que reage ao impulso motor; este elemento 
na grande maioria dos casos é uma fibra muscular, podendo ser também uma célula 
glandular. A estes elementos é dado o nome de efetor.
Portanto, o sistema nervoso periférico é constituído por fibras que ligam o sistema 
nervoso central ao receptor, no caso da transmissão de impulsos sensitivos; ou ao 
elemento efetor, quando o impulso é motor.
Os nervos do sistema periférico se dividem em dois grandes grupos: os nervos 
espinhais e cranianos. As fibras que constituem os nervos são em geral mielínicas com 
neurilema. São três as bainhas conjuntivas que entram na constituição de um nervo: 
epineuro (envolve todo o nervo e emite septos para seu interior), perineuro (envolve os 
feixes de fibras nervosas), endoneuro (trama delicada de tecido conjuntivo frouxo que 
envolve cada fibra nervosa). As bainhas conjuntivas conferem grande resistência aos 
nervos sendo mais espessas nos nervos superficiais, pois estes são mais expostos aos 
traumatismos. Durante o seu trajeto, os nervos podem se bifurcar ou se anastomosar.
Os nervos espinhais se originam na medula e os cranianos, no encéfalo.
Encéfalo
O encéfalo, ou cérebro, é a porção do eixo cérebro-espinhal que se aloja dentro da 
cavidade craniana e constitui (em peso) cerca de 98% do todo. Consiste no cérebro, no 
cerebelo, na ponte Varolii e na medula oblonga.
A medula é contínua com a medula espinhal na decifração das pirâmides. O encéfalo, 
tomado como um todo, tem forma elipsoidal ou ovoidal, apresentando-se acima de uma 
convexidade toleravelmente uniforme formada pelos hemisférios cerebrais, mas abaixo 
de uma superfície mais irregular, correspondente à fossa na base do crânio. O cérebro 
compreende os hemisférios cerebrais contendo os ventrículos laterais (prosencéfalo), os 
35
 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
tálamos ópticos com o terceiro ventrículo entre eles (o talamencéfalo) e o mesencéfalo. 
Ocupa o compartimento superior da cavidade craniana, descansando em um assoalho 
formado pelas fossas cranianas anterior e média e pelo tentorium cerebelli. 
O cerebelo ocupa a fossa craniana posterior e é colocado acima e atrás do quarto 
ventrículo. Está ligado por três pares de pedúnculos ou crura ao cérebro, ponte e a 
medula, respectivamente. O quarto ventrículo é delimitado abaixo e na frente pela 
ponte e medula. 
Em cada parte do encéfalo, dois tipos distintos de substância nervosa devem ser 
encontrados, denominados matéria cinzenta e branca. 
A substância cinzenta é principalmente disposta sobre a face siu, como nas 
circunvoluções do cérebro e do cerebelo, mas também é encontrada em massas ou 
núcleos destacados ou parcialmente separados, como os corpora striata e os tálamos 
ópticos no cérebro, núcleos da medula e da ponte, e do corpo dentado do cerebelo, 
composto de grupos de células gpmglion, que possuem o poder de originar impulsos 
nervosos, ou de receber impulsos produzidos pela ação de estímulos externos nos 
órgãos terminais do cérebro, nervos, ou de modificar e redirecionar tais impulsos.
A matéria branca ocorre em maiorquantidade nas partes centrais dos hemisférios 
cerebrais. É composta de fibras nervosas mielinizadas que conduzem os impulsos de e 
para as células ganglionares na matéria cinzenta. Tanto a substância cinzenta como a 
branca são suportadas por um delicado tecido intersticial denominado neuroglia.
O telencéfalo
O encéfalo humano contém cerca de 35 bilhões de neurônios e pesa aproximadamente 
1,4 kg. O telencéfalo ou cérebro é dividido em dois hemisférios cerebrais bastante 
desenvolvidos.
O telencéfalo compreende um conjunto complexo de estruturas que são necessárias 
para algumas das funções mais complexas e evoluídas do cérebro de mamíferos. 
Grande parte dessa complexidade está relacionada à grande diversidade de classes 
neuronais que ela contém, um processo que é grandemente facilitado pelos diferentes 
mecanismos de migração celular que operam no telencéfalo.
Assim, enquanto a migração radial estabelece a organização citoarquitetônica geral 
das principais subdivisões do telencéfalo, a migração tangencial permite a dispersão 
generalizada de tipos neuronais gerados a partir de diferentes domínios histogenéticos. 
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UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
Este último mecanismo é, portanto, fundamental para entender a complexidade celular 
dos circuitos telencefálicos. 
Nos hemisférios cerebrais, situam-se as sedes da memória e dos nervos sensitivos 
e motores. Entre os hemisférios, estão os ventrículos cerebrais (ventrículos laterais 
e terceiro ventrículo); contamos ainda com um quarto ventrículo, localizado mais 
abaixo, ao nível do tronco encefálico. São reservatórios do Líquido Céfalo-Raquidiano 
(Líquor), participando na nutrição, proteção e excreção do sistema nervoso. Em seu 
desenvolvimento, o córtex ganha diversos sulcos para permitir que o cérebro esteja 
suficientemente compacto para caber na calota craniana, que não acompanha o seu 
crescimento. Por isso, no cérebro adulto, apenas 1/3 de sua superfície fica “exposta”, o 
restante permanece por entre os sulcos.
O cérebro apresenta dois hemisférios ambos têm reentrâncias e saliências: as 
circunvoluções cerebrais.
É o órgão no qual se radicam a sensibilidade consciente, a mobilidade voluntária e a 
inteligência; por este motivo é considerado o centro nervoso mais importante de todo o 
sistema. Apresenta um profundo sulco que chega até o corpo caloso e o divide em dois 
hemisférios simétricos (esquerdo e direito). 
O córtex cerebral constitui o nível superior na organização hierárquica do sistema 
nervoso; se encontra repregada apresentando pregas ou circunvoluções e figuras ou 
canais. O córtex cerebral não é homogêneo, encontrando-se diferenças na espessura 
total, nas das diferentes capas e na conformação celular fibrilar. O cérebro contém 
os centros nervosos relacionados com os sentidos, a memória, o pensamento e a 
inteligência. O cérebro coordena também as ações voluntárias desenvolvidas pelo 
indivíduo, além de comandar atos inconscientes.
Observando a figura de um cérebro, você vê que ele se divide em duas partes ou 
hemisférios cerebrais: um direito, outro esquerdo. Repare também nas reentrâncias 
e saliências que o cérebro apresenta: elas são denominadas circunvoluções cerebrais.
1. Hipocampo: região do córtex que está dobrada sobre si e possui apenas três 
camadas celulares; localiza-se medialmente ao ventrículo lateral.
2. Córtex olfativo: localizado ventral e lateralmente ao hipocampo; apresenta duas 
ou três camadas celulares.
3. Neocórtex: córtex mais complexo; separa-se do córtex olfativo mediante um 
sulco chamado fissura rinal; apresenta muitas camadas celulares e várias áreas 
sensoriais e motoras. As áreas motoras estão intimamente envolvidas com o 
controle do movimento voluntário.
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 FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA | UNIDADE III
Desenvolvimento neurológico na criança e adolescente
Evidências da neurociência sugerem que fases críticas do desenvolvimento do cérebro 
ocorrem além dos primeiros 1.000 dias e, em alguns casos, muito tempo depois. Aos seis 
anos, o cérebro atingiu aproximadamente 95% de seu volume adulto, mas o tamanho 
não é tudo; em vez disso, as conexões dentro do cérebro são de crescente importância 
até a meia infância e adolescência.
Diferentes áreas do cérebro têm funções diferentes e se desenvolvem em taxas 
diferentes. O pico de desenvolvimento do córtex sensório-motor – que está associado 
à visão, audição e controle motor – ocorre relativamente cedo, e o desenvolvimento é 
limitado após a puberdade. O complexo de associação parietal e temporal, responsável 
por habilidades de linguagem e numeramento, desenvolve-o mais rápido um pouco 
mais tarde; assim, por volta dos 14 anos, embora seja possível aprender novas línguas, 
é mais difícil falar uma nova língua da mesma maneira que um falante nativo. 
O córtex pré-frontal se desenvolve mais tarde ainda; essa área está associada a funções 
cerebrais superiores, como o controle executivo.
O desenvolvimento do cérebro durante a infância e a primeira infância é marcado 
pelo desenvolvimento de habilidades cognitivas e emocionais primárias. Com o 
início das mudanças hormonais da puberdade no meio da infância, uma nova fase do 
desenvolvimento cerebral começa em que as interações do indivíduo com o ambiente 
social, cultural e educacional moldam os processos de mielinização e poda sináptica 
dos centros envolvidos no processamento emocional e funcionamento executivo. 
Embora as habilidades cognitivas primárias em crianças deficientes possam melhorar 
durante a infância média, o desenvolvimento do cérebro durante esses anos e durante 
a adolescência concentra-se principalmente na aquisição de habilidades cognitivas, 
emocionais e sociais de nível superior essenciais para o funcionamento em sistemas 
sociais complexos... Como na primeira infância, ambientes nutricionais e sociais 
moldam o desenvolvimento do cérebro.
A intervenção precoce é fundamental para estabelecer o desenvolvimento humano em 
uma trajetória efetiva. No entanto, a ênfase na proposição de que o dano experimentado 
no início da vida é irreversível não é apenas fracamente apoiada pelas evidências, mas 
também levou a uma infeliz falta de ênfase na exploração de intervenções mais tarde 
na infância.
Da mesma forma, a estrutura conceitual amplamente citada de taxas de retorno 
continuamente decrescentes com a idade está em desacordo com o que agora se sabe 
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UNIDADE III | FISIOLOGIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO E NEUROFISIOLOGIA
sobre a plasticidade do desenvolvimento cerebral e crescimento físico durante grande 
parte da meia infância, e também não leva em conta os benefícios intergeracionais das 
ações na infância e adolescência posteriores.
Algumas intervenções só fazem sentido em pontos específicos do desenvolvimento; 
por exemplo, alguns tenistas famosos atribuem seu sucesso a aprender a jogar aos oito 
anos, mas reconhecem que nenhuma quantidade de aulas de tênis aos três anos teria 
alcançado o mesmo resultado. Evidências atuais sugerem que há retornos substanciais 
nos investimentos feitos nas duas primeiras décadas de vida. 
Na adolescência, o desenvolvimento do cérebro envolve dois processos-chave: 
crescimento e mudança significativos nas regiões do córtex pré-frontal e melhor 
conectividade entre regiões do córtex pré-frontal e regiões do sistema límbico. 
Acredita-se que essas mudanças sustentem funções cognitivas de ordem superior, 
como o raciocínio, as interações interpessoais, a percepção do risco e recompensa a 
curto e longo prazo e a regulação do comportamento e da emoção.
 Os processos normativos de desenvolvimento neurológico preparam o cérebro para 
responder às demandas da adolescência e da vida adulta, mas também podem tornar 
os adolescentes vulneráveis a comportamentos de risco e psicopatologia. 
Domínios cognitivos, incluindo aprendizagem, raciocínio, processamento de informação 
e memória, melhoram à medida que os adolescentes se desenvolvem. As capacidades 
de funcionamentoexecutivo, que facilitam a autorregulação de pensamentos, ações e 
emoções, continuam a se desenvolver paralelamente às mudanças no córtex pré-frontal. 
Acredita-se que esses aumentos no controle autorregulatório apoiam o raciocínio 
dedutivo; processando informação; eficiência; e a capacidade de pensamento abstrato, 
planejado, hipotético e multidimensional. 
39
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	 Fisiologia do Sistema Digestório e Neurofisiologia
	Capítulo 1
	Digestão
	Capítulo 2
	Aparelho digestivo humano
	Capítulo 3 
	Sistema nervoso
	Referências

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