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Constitucional III
Prof. Paulo Cavalcanti
site: drpaulocavalcanti.com
1
Com o objetivo de dinamizar (ou viabilizar) a atividade jurisdicional, a Constituição institucionalizou atividades profissionais (públicas e privadas), atribuindo-lhes o status de funções essenciais à Justiça, tendo estabelecido suas regras nos arts. 127 a 135 da CF/88 e que serão estudadas a seguir:
■ Ministério Público (arts. 127 a 130);
■ Advocacia Pública (arts. 131 e 132);
■ Advocacia (art. 133); e
■ Defensoria Pública (art. 134).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
MINISTÉRIO PÚBLICO
O texto de 1988 consagrou a evolução do Ministério Público, separando-o dos Poderes e o alocando no capítulo que trata das funções essenciais à Justiça (Seção I do Capítulo IV do Título IV).
Em verdadeira consagração, o MP foi elevado à posição de instituição permanente e desatrelado, de vez, da representação judicial da União, tanto é que, de maneira categórica e enérgica, o art. 129, IX, expressamente vedou a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas, ficando essa atribuição nas mãos da advocacia pública.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
MINISTÉRIO PÚBLICO - Definição e investidura (“quarentena de entrada”)
De acordo com o art. 127, caput, da CF/88, o Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Regulamentando a CF/88, foram editados os seguintes diplomas legais:
■ Lei 8.625, de 12.02.1993: Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, dispondo sobre normas gerais para a organização do Ministério Público dos Estados (iniciativa reservada ao Presidente da República, na forma da parte final do art. 61, §1.º, II, “d”, CF/88);
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
MINISTÉRIO PÚBLICO - Definição e investidura (“quarentena de entrada”)
■ Lei Complementar 75, de 20.05.1993: Lei Orgânica do Ministério Público da União (de caráter federal e não nacional, como a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público), dispondo sobre a organização, atribuição e estatuto do Ministério Público da União (Ministério Público Federal — arts. 37-82; Ministério Público Militar — arts. 116-148; Ministério Público do Trabalho — arts. 83-115 e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios — arts. 149-181, todos independentes entre si);
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
MINISTÉRIO PÚBLICO - Definição e investidura (“quarentena de entrada”)
Nos termos do art. 129, §3.º, da CF/88, o ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 3 anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.
Em relação à necessária participação da OAB, o Conselho Nacional do Ministério Público — CNMP, no exercício de sua competência fixada no art. 130-A, §2.º, I, da Constituição Federal, em conformidade com a decisão plenária proferida na 24.ª Sessão Ordinária, realizada no dia 13.12.2016, nos autos da Proposição n. 1.00223/2015-06, aprovou o Enunciado n. 11, com aplicação a partir de sua publicação, que se implementou no DECNMP de 1.º.02.2017, nos seguintes termos: “é obrigatória a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases de concurso para ingresso no Ministério Público, inclusive na apreciação de eventuais recursos apreciados pela respectiva banca, sob pena de nulidade de todas as fases posteriores à comprovada ausência de participação”.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
MINISTÉRIO PÚBLICO - Definição e investidura (“quarentena de entrada”)
Já em relação à quarentena de entrada, o CNMP alinhou-se ao decidido pelo STF no RE n. 655.265 (que reafirmou os termos da ADI n. 3.460) e, assim, pela Res. CNMP n. 141/2016, revogou a Res. n. 87/2012 e resgatou a redação original do art. 3.º da Res. n. 40/2006, voltando a prescrever que a comprovação do período de 3 anos de atividade jurídica deve se dar no momento da inscrição definitiva no concurso e não no da posse.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Organização do Ministério Público da União e Estadual
Como se vê, o art. 128, I, tratou do MP da União, enquanto o art. 128, II, do MP dos Estados.
No mesmo sentido em que no organograma do Judiciário se fala em “justiça comum” e “justiça especializada”, também aqui se observa um Ministério Público que atua na “justiça comum”, no caso, tanto a Federal (MPF — art. 109, nas matérias de competência da Justiça Federal) como a Estadual (MP Estadual), bem como aquele que atua perante os ramos especializados da Justiça Federal, quais sejam, o MPT, o MPM e também na Justiça Eleitoral, com as suas particularidades, como se verá a seguir.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Organização do Ministério Público da União e Estadual
Cumpre notar que, apesar de no âmbito federal existir uma carreira própria do Ministério Público para atuação perante a Justiça Militar da União, qual seja, o MPM (art. 128, I, “c”), no âmbito estadual, seja em primeiro grau (Auditorias Militares, que correspondem às Varas na Justiça Comum), seja no TJ ou no TJM onde houver (SP, MG e RS — art. 125, §3.º, da CF/88), a atuação dar-se-á por membro do MP Estadual, não havendo uma carreira própria e específica de Ministério Público Militar Estadual.
Trata-se de Promotoria de Justiça especializada com atuação perante a Auditoria Militar.
Por sua vez, não obstante haja ampla aproximação entre Estados e o DF, a previsão do MP do DF e dos Territórios como ramo do MP da União se justifica já que, segundo o art. 21, XIII, ele será organizado e mantido pela União.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Organização do Ministério Público da União e Estadual - MP Eleitoral 
O MP Eleitoral não tem estrutura própria, e a sua formação, como se percebe pelo quadro abaixo, é mista, sendo composto de membros do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público Estadual (MPE).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Organização do Ministério Público da União e Estadual - MP Eleitoral 
Observa-se que não há na Constituição a previsão da carreira específica do Ministério Público Eleitoral. Aliás, o texto, além de ser silente no art. 128, não tratou do assunto em nenhuma passagem da Carta.
Portanto, podemos falar que a função eleitoral, desempenhada pelo Ministério Público, tem natureza federal e é o que se depreende do art. 78 da LC n. 75/93 ao dispor que as funções eleitorais do Ministério Público Federal perante os Juízes e Juntas Eleitorais serão exercidas pelo Promotor Eleitoral, que é integrante do MP Estadual.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Chefe do Ministério Público - Procurador-Geral da República 
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 2 anos, permitida mais de uma recondução, sem qualquer limite (art. 128, §1.º). No entanto, para cada nova recondução o procedimento e os requisitos deverão ser observados, já que a recondução é uma nova nomeação.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Chefe do Ministério Público - Procurador-Geral da República 
O Procurador-Geral da República poderá ser destituído pelo próprio Presidente da República, dependendo, contudo, de prévia autorização da maioria absoluta do Senado Federal (art. 128, §2.º — novidade, já que, anteriormente, a escolha e a exoneração davam-se ad nutum pelo Presidente da República). A regra aqui é diferente da dos Estados e do DF e Territórios, pois o Chefe do MPU (PGR) poderá serdestituído pelo próprio Executivo, após prévia autorização do Legislativo. Os Chefes dos MPs dos Estados e do DF e Territórios (Procurador-Geral de Justiça) são destituídos pelo próprio Legislativo na forma da lei complementar respectiva (art. 128, §4.º), e não pelo Executivo. 
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Chefe do Ministério Público - Procurador-Geral da República 
Em relação ao subsídio do Procurador-Geral da República de que tratam os arts. 37, XI; 39, §4.º; 127, §2.º; e 128, §5.º, I, “c”, da CF/88, a Lei n. 13.753/2018, nos mesmos termos e limites da Lei n. 13.752/2018 (que fixou os subsídios dos Ministros do STF — teto do funcionalismo), estabeleceu que o subsídio mensal do Procurador-Geral da República corresponderá a R$ 39.293,32, correndo as despesas resultantes da aplicação da lei à conta das dotações orçamentárias consignadas ao Ministério Público da União, devendo ser observado o art. 169 da CF/88 e a LC n. 101/2000. 
A título de curiosidade, indicamos abaixo a evolução dos valores: tendo em vista o aumento de 5% fixado pela Lei n. 12.042/2009, a partir de 1.º.09.2009, o subsídio mensal do PGR passou a ser de R$ 25.725,00, prevendo-se, na referida lei, um novo aumento de 3,88% a partir de 1.º.02.2010, quando atingiu o valor de R$ 26.723,13.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Chefe do Ministério Público - Procurador-Geral da República 
Finalmente, as Leis ns. 12.770/2012 e 13.092/2015 estabeleceram novos valores para o subsídio do Procurador-Geral da República, estando o atual determinado na Lei n. 13.753/2018, conforme já vimos:
■ R$ 28.059,29: a partir de 1.º.01.2013;
■ R$ 29.462,25: a partir de 1.º.01.2014;
■ R$ 33.763,00: a partir de 1.º.01.2015;
■ R$ 39.293,32: a partir de 1.º.01.2019.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios
Os Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seus Procuradores-Gerais, que serão nomeados pelo Chefe do Poder Executivo (Governador para os Estados e Presidente da República para o chefe do MP do DF e Territórios) para mandato de 2 anos, permitida uma única recondução. O Chefe do Ministério Público, nesta hipótese, designa-se Procurador-Geral de Justiça — PGJ (art. 128, §3.º).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios
Em relação ao Procurador-Geral de Justiça dos Estados, o art. 9.º da Lei 8.625/93 determina que a lista tríplice será formada pelo próprio MP, na forma da lei respectiva de cada Estado, mediante voto plurinominal de todos os integrantes da carreira. A destituição do PGJ dos Estados será implementada pela Assembleia Legislativa local, por deliberação de sua maioria absoluta, na forma da lei orgânica do respectivo Ministério Público.
Já em relação ao Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios, o art. 2.º, parágrafo único, da Lei n. 8.625/93 dispõe que a organização, atribuições e estatuto do MP do DF e Territórios serão objeto da Lei Orgânica do MP da União, qual seja, da LC n. 75/93.
Essa vinculação à União é natural, visto que, a teor dos arts. 21, XIII, e 22, XVII, da CF/88, compete à União organizar e manter o MP do DF e Territórios.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios
O art. 156, caput, da LC n. 75/93 estatui que o Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios será nomeado pelo Presidente da República (e não Governador do DF ou de Territórios) dentre integrantes de lista tríplice elaborada pelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça, para mandato de 2 anos, permitida uma recondução, precedida de nova lista tríplice.
Concorrerão à lista tríplice os membros do MP do Distrito Federal com mais de 5 anos de exercício nas funções da carreira e que não tenham sofrido, nos últimos 4 anos, condenação definitiva ou não estejam respondendo a processo penal ou administrativo.
Em relação à destituição, o art. 128, §4.º, da CF/88 estabelece que o PGJ do DF e Territórios será destituído por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar. A LC é a de n. 75/93, que, em seu art. 156, §2.º, dispõe: “o Procurador-Geral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por deliberação da maioria absoluta do Senado Federal, mediante representação do Presidente da República”.
Cuidado: não é pela Câmara Legislativa do DF, e sim, enfatize-se, pela maioria absoluta do SF!
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios
Fica a dica para concurso:
Cabe alertar, contudo, que, para o grande mestre José Afonso da Silva, a destituição do PGJ do DF e Territórios “... depende de deliberação do Poder Legislativo que, como órgão da União, é o Congresso Nacional”, não aceitando somente uma das Casas, que, conforme apontado, é o Senado Federal.
Dessa forma, para as provas, é importante saber essa renomada opinião, mas, na medida em que o art. 128, §4.º, da CF/88 estabelece que o procedimento de destituição implementar-se-á nos termos da lei complementar, que, no caso, é a de n. 75/93, orientamos adotar a regra de seu art. 156, §2.º, qual seja, como visto, o PGJ do DF e Territórios será destituído pela maioria absoluta do Senado Federal.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios
Mais uma dica para concurso:
Por fim, uma dúvida pode surgir. E em caso de vacância do cargo, o novo Procurador-Geral assume pelo tempo que resta para completar os 2 anos (mandato-tampão) ou cumpre um novo “mandato” de 2 anos completos?
O novo Procurador-Geral deve cumprir os 2 anos, vale dizer, um novo período completo de 2 anos, já que, segundo José Afonso da Silva, não se trata de mandato, mas sim de investidura a tempo certo. E o STF já decidiu que: “por ofensa ao §3.º do art. 128 da CF — que fixa em dois anos o mandato dos Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e do Distrito Federal —, o Tribunal, julgando procedente a ação direta ajuizada pelo Procurador-Geral da República, declarou, na Lei Orgânica do Ministério Público do Estado da Bahia (LC estadual n. 11/96), a inconstitucionalidade das disposições que previam, no caso de vacância do cargo de Procurador-Geral de Justiça, a eleição e nomeação de novo Procurador-Geral para que completasse o período restante do mandato de seu antecessor. ADI 1.783-BA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, 11.10.2001 (ADI 1.783)” (Inf. 245/STF, de 08 a 12.10.2001).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral do Trabalho
Nos termos dos arts. 87 e 88 da LC n. 75/93 (que dispõe sobre a organização, as atribuições e o Estatuto do Ministério Público da União), o Procurador-Geral do Trabalho será o Chefe do Ministério Público do Trabalho, nomeado pelo PGR, dentre membros da Instituição, com mais de 35 anos de idade e de 5 anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos com mais de 5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de 2 anos na carreira.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral do Trabalho
A sua exoneração, antes do término do mandato, será proposta ao PGR pelo Conselho Superior, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral da Justiça Militar
Já os arts. 120 e 121 da LC. 75/93 prescrevem que o Procurador-Geral da Justiça Militarserá o Chefe do Ministério Público Militar, nomeado pelo PGR, dentre integrantes da Instituição, também com mais de 35 anos de idade e de 5 anos na carreira, escolhidos em lista tríplice mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores, para um mandato de 2 anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja número suficiente de candidatos com mais de 5 anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de 2 anos na carreira.
A sua exoneração antes do término do mandato será proposta ao PGR pelo Conselho Superior, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador-Geral Eleitoral
Conforme vimos, o art. 73 da LC n. 75/93 consigna que o Procurador-Geral Eleitoral é o próprio PGR que exerce as funções do Ministério Público nas causas de competência do TSE.
Por sua vez, o Vice-Procurador-Geral Eleitoral será designado pelo Procurador-Geral Eleitoral, que o substituirá em seus impedimentos e exercerá o cargo em caso de vacância, até o provimento definitivo.
Ainda, além do Vice-Procurador-Geral Eleitoral, o Procurador-Geral Eleitoral poderá designar, por necessidade de serviço, membros do Ministério Público Federal para oficiarem, com sua aprovação, perante o TSE.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Procurador Regional Eleitoral
Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral (que é o PGR, reforçamos) designar o Procurador Regional Eleitoral em cada Estado e no Distrito Federal, juntamente com o seu substituto, dentre os Procuradores Regionais da República no Estado e no Distrito Federal, ou, onde não houver, dentre os Procuradores da República vitalícios, para mandato de 2 anos, podendo ser reconduzido uma vez.
Na prática, buscando dar maior legitimidade — apesar da inexistência de previsão normativa —, vêm sendo realizadas eleições no âmbito do MPF para a escolha dos 2 nomes (candidatos a Procurador Regional Eleitoral e o seu substituto) e, normalmente, sem ter essa obrigação, o PGR vem escolhendo os integrantes da chapa mais votada.
De acordo com o art. 76, §2.º, da LC n. 75/93, o Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério Público Federal.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípios institucionais - Regras gerais 
O art. 127, §1.º, da CF/88 prevê como princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
■ unidade: sob a égide de um só Chefe, o Ministério Público deve ser visto como uma instituição única, sendo a divisão existente meramente funcional. Importante notar, porém, que a unidade se encontra dentro de cada órgão, não se falando em unidade entre o Ministério Público da União (qualquer deles) e o dos Estados, nem entre os ramos daquele;
■ indivisibilidade: corolário do princípio da unidade, em verdadeira relação de logicidade, é possível que um membro do Ministério Público substitua outro, dentro da mesma função, sem que, com isso, exista alguma implicação prática. Isso porque quem exerce os atos, em essência, é a instituição “Ministério Público”, e não a pessoa do Promotor de Justiça ou Procurador;
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípios institucionais - Regras gerais 
O art. 127, §1.º, da CF/88 prevê como princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
■ independência funcional: trata-se de autonomia de convicção, na medida em que os membros do Ministério Público não se submetem a nenhum poder hierárquico no exercício de seu mister, podendo agir, no processo, da maneira que melhor entenderem. A hierarquia existente restringe-se às questões de caráter administrativo, materializada pelo Chefe da Instituição, mas nunca, como dito, de caráter funcional. Tanto é que o art. 85, II, da CF/88 considera crime de responsabilidade qualquer ato do Presidente da República que atentar contra o livre exercício do Ministério Público.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Curiosidades – O Ministério Público Estadual pode postular autonomamente perante ao STF? 
O STF analisou, em um primeiro momento, a legitimidade autônoma ou não do MP Estadual para o ajuizamento de reclamação constitucional perante o STF (art. 102, I, “l”, da CF/88), nos autos da Rcl 7.358, na qual se analisava o suposto descumprimento da Súmula Vinculante 9 pelo TJ/SP. A discussão surgiu a partir do voto da Rel. Min. Ellen Gracie que, em razão do art. 46 da LC n. 75/93, entendeu que o PGR teria a atribuição exclusiva para atuação perante o STF.
O citado art. 46 determina ser incumbência do Procurador-Geral da República exercer as funções do Ministério Público junto ao STF, manifestando-se previamente em todos os processos de sua competência.
Contudo, o Min. Marco Aurélio, em divergência, sustentou que, como o MP Estadual havia atuado na 1.ª e na 2.ª instâncias, não teria sentido retirar a atribuição para o ajuizamento de reclamação do parquet estadual.
Ao final, referida questão de ordem foi resolvida por 6 x 4, concluindo o STF, nos termos da divergência aberta, pelo reconhecimento da legitimidade autônoma do MP Estadual para a propositura de reclamação perante o STF, sem a necessidade de requerimento junto ao PGR, que, no caso, atuaria não como parte, mas como custos legis (lembramos que o Novo CPC não usa mais a expressão “fiscal da lei”, prevista no art. 83, caput, do revogado CPC/73, passando a falar em “fiscal da ordem jurídica”).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Curiosidades – O Ministério Público Estadual pode postular autonomamente perante ao STF? 
Vejamos o entendimento contemporâneo do STF:
O Procurador-Geral da República não dispõe de poder de ingerência na esfera orgânica do Parquet estadual, pois lhe incumbe, unicamente, por expressa definição constitucional (art. 128, §1.º), a Chefia do Ministério Público da União. O Ministério Público de estado-membro não está vinculado, nem subordinado, no plano processual, administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério Público da União, o que lhe confere ampla possibilidade de postular, autonomamente, perante o STF, em recursos e processos nos quais o próprio Ministério Público estadual seja um dos sujeitos da relação processual”, podendo, inclusive, promover sustentação oral (RE 593.727, j. 14.05.2015).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípio do promotor natural 
Além de ser julgado por órgão independente e pré-constituído, o acusado também tem o direito e a garantia constitucional de somente ser processado por um órgão independente do Estado, vedando-se, por consequência, a designação arbitrária, inclusive, de promotores ad hoc ou por encomenda (art. 5.º, LIII, e art. 129, I, c/c o art. 129, §2.º).
Buscando sistematizar, a doutrina avança no tocante a garantia do promotor natural e passa, necessariamente, por quatro exigências básicas:
■ pessoa investida no cargo de promotor;
■ existência de órgão de execução;
■ lotação por titularidade e inamovibilidade do promotor do órgão de execução, ressalvadas as hipóteses legais de substituição e remoção;
■ definição em lei das atribuições do cargo.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípio do promotor natural 
Pedido de arquivamento dos autos do inquérito policial por um promotor de justiça e oferta da denúncia por outro.
“EMENTA: (...) Crime de homicídio qualificado. Alegação de violação ao princípio do promotor natural e de ausência de justa causa para o oferecimento da denúncia. Inexistência de constrangimento ilegal. Nenhuma afronta ao princípio do promotor natural há no pedido de arquivamento dos autos do inquérito policial por um promotor de justiça e na oferta da denúncia por outro, indicado pelo Procurador-Geralde Justiça, após o Juízo local ter considerado improcedente o pedido de arquivamento. A alegação de falta de justa causa para o oferecimento da primeira denúncia foi repelida pelo Tribunal de Justiça estadual, sendo acatada tão somente a tese de sua inépcia. Não se pode trancar a segunda denúncia, quando descritos, na ação penal, comportamentos típicos, ou seja, quando factíveis e manifestos os indícios de autoria e materialidade delitivas. (...)” (HC 92.885, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 29.04.2008, DJE de 20.06.2008).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípio do promotor natural 
Ocorrência de opiniões colidentes manifestadas, em momentos sucessivos, por procuradores de justiça oficiantes no mesmo procedimento recursal.
Em outro interessante julgado, o STF teve de enfrentar a seguinte situação: após interposição do recurso em sentido estrito, determinado procurador de justiça emitiu parecer pela impronúncia. Contudo, na sessão de julgamento, outro procurador de justiça se manifestou pelo improvimento do recurso e confirmação da sentença de pronúncia. Diante disso, o STF admitiu a ocorrência de opiniões colidentes nos seguintes termos:
“EMENTA: (...). Ocorrência de opiniões colidentes manifestadas, em momentos sucessivos, por procuradores de justiça oficiantes no mesmo procedimento recursal. Possibilidade jurídica dessa divergência opinativa. Pronunciamentos que se legitimam em face da autonomia intelectual que qualifica a atuação do membro do Ministério Público. Situação que não traduz ofensa ao postulado do promotor natural. Significado dos princípios constitucionais da unidade e da indivisibilidade do Ministério Público. “Habeas corpus” parcialmente conhecido e, nessa parte, indeferido” (HC 102.147, Rel. Min. Celso de Mello, decisão monocrática, j. 16.12.2010, DJE de 03.02.2011).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípio do promotor natural 
Deve-se deixar claro que o STF não passou a admitir a imotivada designação de promotores para atuarem, por encomenda, em casos específicos.
Na parte conclusiva de seu voto, o Min. Celso de Mello observa que o princípio do Promotor Natural impede o arbitrário afastamento do membro do Ministério Público do desempenho de suas atribuições nos procedimentos em que ordinariamente oficie (ou em que deva oficiar), exceto:
■ “por relevante motivo de interesse público”;
■ “por impedimento ou suspeição”;
■ “por razões decorrentes de férias ou de licença”.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípio do promotor natural 
Designação, pelo Procurador-Geral de Justiça, de outro promotor, com a concordância do promotor de justiça titular, para funcionar em feito determinado, de atribuição daquele.
O art. 10, IX, “f”, da Lei n. 8.625/93 (LONMP) estabelece ser competência do Procurador-Geral de Justiça designar membros do Ministério Público para assegurar a continuidade dos serviços, em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou suspeição de titular de cargo, ou com consentimento deste.
Nesta última hipótese (“consentimento deste”), o art. 24 da LONMP estabelece que o Procurador-Geral de Justiça poderá, com a concordância do Promotor de Justiça titular, designar outro Promotor para funcionar em feito determinado, de atribuição daquele.
Diante do que foi amplamente exposto, entendemos conveniente que esse ato de designação seja motivado e dentro de critérios de razoabilidade, reprimindo substituições imotivadas ou por inaceitável e combatida encomenda.
Assim, parece correta a decisão do STF que validou a substituição de promotor titular, recém-promovido para determinada promotoria, em razão da complexidade do feito, com 14 volumes e diversos incidentes, e pelo fato de o indicado ter atuado como promotor de justiça originário/natural do caso quando exercia as suas atribuições na referida comarca do julgamento:
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Princípio do promotor natural 
EMENTA: (...). No caso, a designação prévia e motivada de um promotor para atuar na sessão de julgamento do Tribunal do Júri da Comarca de Santa Izabel do Pará se deu em virtude de justificada solicitação do promotor titular daquela localidade, tudo em estrita observância aos artigos 10, inc. IX, alínea ‘f’, parte final, e 24, ambos da Lei n. 8.625/93. Ademais, o promotor designado já havia atuado no feito quando do exercício de suas atribuições na Promotoria de Justiça da referida comarca” (HC 103.038, Rel. Min. Joaquim Barbosa, j. 11.10.2011, 2.ª Turma, DJE de 27.10.2011).
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Garantias do Ministério Público - Garantias institucionais 
Autonomia funcional.
A autonomia funcional, inerente à Instituição como um todo e abrangendo todos os órgãos do Ministério Público, está prevista no art. 127, §2.º, da CF/88, no sentido de que, ao cumprir os seus deveres institucionais, o membro do Ministério Público não se submeterá a nenhum outro “poder” (Legislativo, Executivo ou Judiciário), órgão, autoridade pública etc. Deve obediência, apenas, à Constituição, às leis e à sua própria consciência.
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Garantias do Ministério Público - Garantias institucionais 
Autonomia administrativa.
A autonomia administrativa consiste na capacidade de direção de si próprio, autogestão, autoadministração, um governo de si. Assim, o Ministério Público poderá, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira, enfim, sua organização e funcionamento (cf. art. 127, §2.º).
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Garantias do Ministério Público - Garantias institucionais 
Autonomia financeira.
Pela garantia institucional da autonomia financeira, ao Ministério Público assegurou-se a capacidade de elaborar sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, podendo, autonomamente, administrar os recursos que lhe forem destinados (cf. art.127, §3.º).
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Garantias dos membros do Ministério Público - Vitaliciedade 
Adquire-se a vitaliciedade após a transcorrência do período probatório, ou seja, 2 anos de efetivo exercício do cargo, tendo sido admitido na carreira mediante aprovação em concurso de provas e títulos (art. 128, §5.º, I, “a”). A garantia da vitaliciedade assegura ao membro do Ministério Público a perda do cargo somente por sentença judicial transitada em julgado.
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Garantias dos membros do Ministério Público - Inamovibilidade
Em razão da garantia da inamovibilidade, o membro do Ministério Público não poderá ser removido ou promovido, unilateralmente, sem a sua autorização ou solicitação. Excepcionalmente, contudo, por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público (no caso, o Conselho Superior do Ministério Público), por voto da maioria absoluta de seus membros, desde que lhe seja assegurada ampla defesa, poderá vir a ser removido do cargo ou função (art.128, §5.º, I, “b”, modificado pela EC n. 45/2004).
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Garantias dos membros do Ministério Público - Irredutibilidade de subsídios
É assegurada ao membro do Ministério Público (art. 128, §5.º, I, “c”, da CF/88) a garantia da irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, §4.º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI; 150, II; 153, III; 153, §2.º,I. 
O subsídio dos membros do Ministério Público não poderá ser reduzido, lembrando que está assegurada a irredutibilidade nominal, não se garantindo a corrosão inflacionária.
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Impedimentos imputados aos membros do Ministério Público (vedações)
Deacordo com os arts. 128, § 5.º, II, §6.º; e 129, IX, os membros do Ministério Público não poderão:
■ receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
■ exercer a advocacia;
■ participar de sociedade comercial, na forma da lei;
■ exercer qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
■ exercer atividade politico-partidária;
■ receber, a qualquer título, auxílios ou contribuições;
■ exercer a advocacia antes da quarentena de saída; e
■ exercer a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas;
Em relação ao exercício da advocacia devemos observar que essa proibição não é absoluta.
O art. 29, §3.º, do ADCT estabeleceu que o membro do Ministério Público poderia optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, desde que admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta.
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Impedimentos imputados aos membros do Ministério Público (vedações)
É de lembrar que, na dicção do art. 2.º da Res. n. 8/CNMP, além dos impedimentos e vedações previstos na legislação que regula o exercício da advocacia pelos membros do Ministério Público, quando puderem advogar, estes não poderão fazê-lo nas causas em que, por força de lei ou em face do interesse público, esteja prevista a atuação do Ministério Público, por qualquer dos seus órgãos e ramos (Ministérios Públicos dos Estados e da União).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Funções institucionais do Ministério Público
As funções institucionais do Ministério Público estão contempladas no art. 129 da CF/88. Trata-se de rol meramente exemplificativo, uma vez que seu inciso IX estabelece que compete, ainda, ao Ministério Público exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade. 
Assim, suas funções podem ser exemplificadas como segue:
■ titularidade e monopólio da ação penal pública, na forma da lei, com a única exceção prevista no art. 5.º, LIX, que admite ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal (sem, contudo, observe-se, retirar a titularidade da ação penal pública do Ministério Público);
■ zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Funções institucionais do Ministério Público
■ promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.32 Lembrar que a legitimação acima referida para a ação civil pública não impede a dos outros legitimados, conforme se observa pelo art. 5.º da Lei n. 7.347/85 (Lei da Ação Civil Pública);
■ promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição;
■ defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
■ expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
Funções institucionais do Ministério Público
■ exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no art. 128;
■ requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
■ exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
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ADVOCACIA PÚBLICA
Atribuições e prerrogativas dos ocupantes dos cargos das carreiras jurídicas da advocacia pública (regras gerais).
Diante da timidez do constituinte de 1988 em relação à Seção da Advocacia (timidez perto do detalhamento da Seção que tratou do Ministério Público), muitas regras foram destinadas ao legislador infraconstitucional, motivo pelo qual, orienta-se a estudar, de modo aprofundado, as leis orgânicas de cada carreira, sobretudo, no âmbito da Administração Federal (direta, autárquica e fundacional) (área jurídica) as de:
■ Advogado da União;
■ Procurador da Fazenda Nacional;
■ Procurador Federal;
■ Procurador do Banco Central do Brasil.
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ADVOCACIA PÚBLICA
Atribuições e prerrogativas dos ocupantes dos cargos das carreiras jurídicas da advocacia pública (regras gerais).
No tocante às prerrogativas dos ocupantes dos citados cargos, sem prejuízo daquelas previstas em outras normas, o art. 38 da lei 13.327/16 estabeleceu as seguintes:
■ receber intimação pessoalmente, mediante carga ou remessa dos autos, em qualquer processo e grau de jurisdição, nos feitos em que tiver que oficiar, admitido o encaminhamento eletrônico na forma de lei;
■ requisitar às autoridades de segurança auxílio para sua própria proteção e para a proteção de testemunhas, de patrimônio e de instalações federais, no exercício de suas funções, sempre que caracterizada ameaça, na forma estabelecida em portaria do Advogado-Geral da União;
■ não ser preso ou responsabilizado pelo descumprimento de determinação judicial no exercício de suas funções;
■ somente ser preso ou detido por ordem escrita do juízo criminal competente, ou em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade policial lavrará o auto respectivo e fará imediata comunicação ao juízo competente e ao Advogado-Geral da União, sob pena de nulidade;
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ADVOCACIA PÚBLICA
Atribuições e prerrogativas dos ocupantes dos cargos das carreiras jurídicas da advocacia pública (regras gerais).
■ ser recolhido a prisão especial ou a sala especial de Estado Maior, com direito a privacidade, e ser recolhido em dependência separada em estabelecimento de cumprimento de pena após sentença condenatória transitada em julgado;
■ ser ouvido, como testemunha, em dia, hora e local previamente ajustados com o magistrado ou a autoridade competente;
■ ter o mesmo tratamento protocolar reservado aos magistrados e aos demais titulares dos cargos das funções essenciais à justiça;
■ ter ingresso e trânsito livres, em razão de serviço, em qualquer recinto ou órgão público, sendo-lhe exigida somente a apresentação da carteira de identidade funcional;
■ usar as insígnias privativas do cargo.
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ADVOCACIA PÚBLICA
O advogado público pode exercer a advocacia fora dasatribuições do respectivo cargo?
Em âmbito constitucional, nada consta. Assim, cabe às leis de organização de cada carreira disciplinar a matéria.
A título de informação, as duas únicas previsões constitucionais proibindo a advocacia fora das atribuições institucionais foram estabelecidas para a defensoria pública (que, apesar de ser pública, não pode ser colocada no conceito de advocacia pública, pois não atua em nome de ente estatal, mas do hipossuficiente — cf. art. 134, §1.º) e para o Ministério Público, com as ressalvas já apresentadas (art. 128, §5.º, II, “b”, da CF/88 e art. 29, caput e §2.º, do ADCT,), que também está longe de ser alocado como advocacia pública, especialmente em razão do alargamento de suas funções no novo ordenamento, da sua evolução e de sua consagração como instituição permanente e verdadeiro advogado da sociedade.
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ADVOCACIA PÚBLICA
O advogado público pode exercer a advocacia fora dasatribuições do respectivo cargo?
Portanto, teoricamente, e desde que não haja proibição legal (visto que não houve previsão constitucional), os advogados públicos poderão advogar fora das atribuições institucionais desdeque não violem os interesses da pessoa de direito público em relação à qual pertençam. Assim, resta investigar o que disciplinou a lei para cada carreira. Vejamos:
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ADVOCACIA PÚBLICA
Advocacia-Geral da União.
Antes das novas regras trazidas pela CF/88, a representação judicial da União (administração direta) competia ao Ministério Público Federal, podendo, por força da EC n. 1/69, a União ser representada pelo Ministério Público estadual nas comarcas do interior.
Por sua vez, o Decreto n. 93.237/86 regulava as atividades de advocacia consultiva da União, no Poder Executivo, tendo sido a Consultoria-Geral da República erigida à instância máxima das atividades de consultoria e assessoramento jurídicos da Administração Federal.
Nesses termos, o art. 3.º do referido Decreto estabelecia que a Advocacia Consultiva da União compreendia: a) a Consultoria-Geral da República; b) a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, no Ministério da Fazenda; c) as Consultorias Jurídicas dos demais Ministérios, do Estado-Maior das Forças Armadas, da Secretaria de Planejamento da Presidência da República e da Secretaria de Administração Pública da Presidência da República; d) as Procuradorias-Gerais ou os departamentos jurídicos das autarquias; e) os órgãos jurídicos das empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações sob supervisão ministerial e demais entidades controladas, direta ou indiretamente, pela União.
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ADVOCACIA PÚBLICA
Advocacia-Geral da União.
Com a promulgação da Constituição de 1988, a Advocacia-Geral da União (AGU), cujo ingresso nas classes iniciais das carreiras far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, passou a ser a instituição que, diretamente ou por meio de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo (art. 131, caput).
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ADVOCACIA PÚBLICA
Advogado-Geral da União.
O Chefe da Advocacia-Geral da União é o Advogado-Geral da União (AGU), em relação ao qual temos as seguintes regras:
■ nomeação: o AGU é de livre nomeação pelo Presidente da República (art. 84, XVI);
■ exoneração: por ser o cargo de livre nomeação pelo Presidente da República, trata-se de cargo de confiança e, portanto, também de livre exoneração. Assim, pode-se afirmar que o AGU é demissível ad nutum;
■ requisitos: o AGU será escolhido dentre cidadãos maiores de 35 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada;
■ poderá ser estranho à carreira: por ser de livre nomeação, o AGU poderá ser estranho à carreira da advocacia pública, o que, em nosso entender, não parece ser a melhor solução;
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ADVOCACIA PÚBLICA
Advogado-Geral da União.
■ status de Ministro de Estado: de acordo com o art. 22, VI, da Lei 13.502/2017, o AGU é considerado Ministro de Estado até que seja aprovada emenda constitucional para incluí-lo no rol das alíneas “c” e “d” do inciso I do caput do art. 102 da Constituição Federal (referida lei foi revogada pela MP n. 870, de 1.º.01.2019, que, contudo, manteve a mesma regra em seu art. 20, VI — no momento da leitura conferir a vigência da medida provisória — pendente);
■ infrações penais comuns: o AGU, por ser considerado Ministro de Estado (art. 22, VI, da Lei n. 13.502/2017 — art. 20, VI, da MP 870/2019), será julgado pelo STF nas infrações penais comuns;
■ crime de responsabilidade: o AGU será processado e julgado nos crimes de responsabilidade pelo Senado Federal (art. 52, II);
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ADVOCACIA PÚBLICA
Advogado-Geral da União.
■ delegação de atribuições do Chefe do Executivo: de acordo com o art. 84, parágrafo único, da CF/88, o Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte (do referido art. 84), além dos Ministros de Estado e do Procurador-Geral da República, para o Advogado-Geral da União, devendo ser observados os limites traçados nas respectivas delegações;
■ direito de “manifestação” no controle concentrado de constitucionalidade: em razão da importância do assunto, chegando à conclusão de que o AGU não tem necessariamente de defender a lei quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo. O dever que o texto lhe impõe é de manifestação, mitigando-se, assim, a sua função de “defensor legis”, que passa a ser repensada à luz de um conceito mais amplo, de “custos constitutionis”;
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ADVOCACIA PÚBLICA
Advogado-Geral da União.
■ supervisão do Presidente da República: o art. 3.º, §1.º, da LC 73/93 estabelece que o Advogado-Geral da União é o mais elevado órgão de assessoramento jurídico do Poder Executivo, submetido à direta, pessoal e imediata supervisão do Presidente da República.
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ADVOCACIA PÚBLICA
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
A Constituição estabeleceu que, na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União caberá à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Dessa forma, com o novo ordenamento, a PGFN deixou de ter vinculação exclusiva com o Ministério da Fazenda, passando a ser órgão de direção superior da nascente Advocacia-Geral da União, e se subordinando direta, técnica e juridicamente ao Advogado-Geral da União (art. 2.º, I, “b”, e §1.º, da LC n. 73/93).
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ADVOCACIA PÚBLICA
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
À Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional compete especialmente (arts. 12 e 13 da LC n. 73/93):
■ apurar a liquidez e certeza da dívida ativa da União de natureza tributária, inscrevendo-a para fins de cobrança, amigável ou judicial;
■ representar privativamente a União, na execução de sua dívida ativa de caráter tributário;
■ examinar previamente a legalidade dos contratos, acordos, ajustes e convênios que interessem ao Ministério da Fazenda, inclusive os referentes à dívida pública externa, e promover a respectiva rescisão por via administrativa ou judicial;
■ representar a União nas causas de natureza fiscal;
■ desempenhar as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos no âmbito do Ministério da Fazenda e seus órgãos autônomos e entes tutelados.
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ADVOCACIA PÚBLICA
Procuradoria-Geral Federal.
Em relação à representação judicial e extrajudicial das autarquias e fundações públicas federais, foi instituída a Procuradoria-Geral Federal, que está vinculada à Advocacia-Geral da União (art. 9.º, caput, da Lei 10.480/2002 e arts. 2.º, §3.º, e 17 da LC 73/93).
Com autonomia administrativa e financeira, aos órgãos jurídicos das autarquias e das fundações públicas compete:
■ exercer a sua representação judicial e extrajudicial;
■ prestar as respectivas atividades de consultoria e assessoramento jurídicos;
■ promover a apuração da liquidez e certeza dos créditos, de qualquer natureza, inerentes às suas atividades, inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial.
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ADVOCACIA PÚBLICA
Procuradoria-Geral do Banco Central.
No caso particular do Banco Central do Brasil, muito embora seja a instituição uma autarquia, houve regramento específico e previsão de carreira própria a ser organizada também por ato normativo.
Trata-se da Procuradoria-Geral do Banco Central, que faz parte da estrutura administrativa do Banco Central do Brasil e está em igual sentido vinculada à Advocacia-Geral da União (arts. 2.º, §3.º, e 17 daLC 73/93). É responsável, com exclusividade, por sua assessoria jurídica e representação judicial e extrajudicial, nos termos do art. 4.º da Lei 9.650/98 (cf. arts. 164 e 192 da CF/88).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
ADVOCACIA PÚBLICA
Procuradoria-Geral dos Estados e do Distrito Federal.
A representação judicial e a consultoria jurídica das respectivas unidades federadas serão exercidas pelos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, cujo ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas fases (art. 132).
Dessa forma, a organização da Procuradoria deverá implementar-se dentro de uma estrutura unitária, cabendo, com exclusividade, aos Procuradores, formalmente constituídos e por concurso público, as atividades de representação judicial (salvo eventual impedimento de todos os procuradores) e consultoria jurídica (salvo a possibilidade de eventual contratação de pareceres jurídicos em caso específico e em razão de notoriedade de jurista na matéria).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
ADVOCACIA PÚBLICA
Procuradoria-Geral dos Municípios.
Já mencionamos que não houve previsão explícita de Procuradorias Municipais, podendo, naturalmente e desde que observadas as regras constitucionais, a matéria ser tratada nas Constituições Estaduais, Leis Orgânicas e legislação própria.
André Ramos Tavares ensina que a procuradoria municipal “... não foi contemplada pela Constituição como instituição obrigatória (até rendendo-se à realidade de municípios que não teriam como arcar com um quadro de advogados públicos permanentes)”.
Não há previsão constitucional proibindo ou permitindo os Procuradores dos municípios de advogar fora das atribuições institucionais. Assim, essa definição ficará ao encargo das Constituições Estaduais e das leis orgânicas. Não havendo proibição, poderão advogar.
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ADVOCACIA
A Constituição traz diversas prescrições sobre a classe de advogados, a OAB e o Conselho Federal, destacando-se as seguintes:
■ art. 5.º, LXIII: o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
■ art. 93, I: participação da OAB em todas as fases do concurso público para ingresso na carreira da magistratura;
■ art. 94: regra do quinto constitucional, pela qual advogados passam a integrar alguns dos tribunais do Judiciário brasileiro (TRFs — art. 107, I; TJs; TJDFT; TST — art. 111-A, I; TRT — art. 115, I);
■ art. 103, VII: legitimidade do Conselho Federal da OAB para propositura das ações de controle concentrado: ADI, ADC, ADPF e ADO;
■ art. 103-B, XII: 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB, integram o CNJ;
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
ADVOCACIA
■ art. 103-B, §6.º: o Presidente do Conselho Federal da OAB oficia junto ao CNJ;
■ art. 104, parágrafo único, II: 1/6 dos Ministros do STJ será escolhido dentre advogados, na forma da Constituição;
■ art. 119, II: 2 Ministros do TSE serão escolhidos dentre advogados, na forma da Constituição;
■ art. 120, §1.º, III: 2 juízes do TRE serão escolhidos dentre advogados, na forma da Constituição;
■ art. 123, parágrafo único, I: 3, dentre os 15 Ministros vitalícios do STM, serão escolhidos dentre advogados, na forma da Constituição;
■ art. 129, §3.º: participação da OAB na realização do concurso público de provas e títulos para o ingresso na carreira do Ministério Público;
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
ADVOCACIA
■ art. 132: participação da OAB em todas as fases do concurso público de provas e títulos para a carreira de Procuradores dos Estados e do Distrito Federal;
■ art. 133: o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei;
■ art. 235, V, “b”: composição do Tribunal de Justiça nos 10 primeiros anos de criação de novo Estado-membro.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
ADVOCACIA
A leitura do art. 133 permite a extração de duas regras: a) indispensabilidade do advogado, que, contudo, não é absoluta. Vejamos alguns exemplos de dispensa de advogado: 
Impetração de habeas corpus; 
Revisão criminal; 
Ajuizamento de ação nos denominados Juizados de “Pequenas Causas” — Juizados Especiais Cíveis e Criminais (em âmbito estadual, nas causas com valor de até 20 salários mínimos — art. 9.º, caput, da Lei n. 9.099/95 e, conforme a Lei n. 10.259, de 12.07.2001, que instituiu os Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal, nas causas cíveis de até 60 salários mínimos, de acordo com a possibilidade de dispensa prevista no art. 10 da referida lei); 
Na Justiça do Trabalho etc.;
b) imunidade do advogado, que também não é irrestrita, devendo obedecer aos limites definidos na lei (Estatuto da OAB — Lei n. 8.906/94) e restringir-se, como prerrogativa, às manifestações durante o exercício da atividade profissional de advogado.
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ADVOCACIA
Requisitos para a inscrição na OAB, como advogado
Capacidade civil;
Diploma ou certidão de graduação em Direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; 
Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
Aprovação em Exame de Ordem; 
Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
Idoneidade moral; e 
Prestar compromisso perante o Conselho (cf. art. 8.º do Estatuto da OAB).
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
ADVOCACIA
Observação Importante
Destaque deve ser dado à Lei 13.245/2016, que assegurou importantes conquistas, notadamente: 
O direito do advogado de examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, e não apenas na repartição policial, mesmo sem procuração, exceto nas hipóteses de sigilo, os autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; 
O direito de assistir seus clientes investigados durante a apuração de infrações (art. 7.º, XIV e XXI e §§10 a 12, da Lei n. 8.906/94).
Lembramos, também, a Lei 13.363/2016, que alterou a Lei 8.906/94 (Estatuto da Advocacia), e a Lei n. 13.105/2015 (CPC), para estipular direitos e garantias para a advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz e para o advogado que se tornar pai.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
DEFENSORIA PÚBLICA
Regras gerais e abrangência da Defensoria Pública
Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente (competência concorrente) sobre assistência jurídica e defensoria pública (art. 24, XIII). Isso significa que a União legislará sobre normas gerais e os Estados, bem como o Distrito Federal, sobre regras específicas.
Nos termos do art. 134, §1.º (antigo parágrafo único renumerado pela EC 45/2004), lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais (art. 24, XIII) para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
Por seu turno, o art. 61, §1.º, II, “d”, da CF/88 prevê serem de iniciativa exclusiva do Presidente da República (portanto indelegável) as leis que disponham sobre a organização da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
DEFENSORIA PÚBLICA
Regras gerais e abrangência da Defensoria Pública
A teor do art. 2.º da referida LC, a Defensoria Pública abrange,procurando harmonizar-se com as novidades introduzidas pela EC 69/2012 (que transferiu da União para o Distrito Federal as atribuições de organizar e manter a Defensoria Pública do Distrito Federal):
■ Defensoria Pública da União;
■ Defensoria Pública dos Territórios;
■ Defensoria Pública dos Estados;
■ Defensoria Pública do Distrito Federal.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
DEFENSORIA PÚBLICA
Visão topológica
Partindo das prescrições estabelecidas pelas ECs 45/2004, 69/2012, 74/2013, podemos dizer que a EC n. 80/2014 introduziu profundas alterações em relação à Defensoria Pública, trazendo avanços extraordinários e a consolidação de seu reconhecimento constitucional como “metagarantia”.
A prestação de assistência aos necessitados e vulneráveis não deve ser vista como “favor”, mas direito da sociedade e dever do Estado.
O mais importante, nos parece, diz respeito à sua previsão “topológica”, no capítulo IV, do título IV, da Constituição, agora em seção separada própria e exclusiva. Antes da EC n. 80/2014, a Defensoria Pública estava alocada na mesma sessão da Advocacia.
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Visão topológica
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
DEFENSORIA PÚBLICA
Instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado
De acordo com o art. 134, caput, na redação dada pela EC 80/2014, a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, nos termos do inciso LXXIV do art. 5.º da Constituição Federal, de forma integral e gratuita, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente e em prol dos necessitados:
■ a orientação jurídica;
■ a promoção dos direitos humanos;
■ a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos.
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FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
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