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Frank Bartolomeu Mário Guidione 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias de mudanças de comportamento sobre o HIV/SIDA 
(Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Estatística – 4º ano) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
ISDRB – Lichinga 
2024
 
Frank Bartolomeu Mário Guidione 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias de mudanças de comportamento sobre o HIV/SIDA 
 (Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Estatística – 4º ano) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de pesquisa de Temas transversais 
submetido ao Departamento de Ciências 
Naturais e Matemática para fins avaliativos da 
cadeira de Temas Transversais IV. Leccionada 
pela docente: Msc. Nivia Malauene. 
 
 
 
 
Universidade Rovuma 
ISDRB – Lichinga 
2024
Índice 
Introdução ................................................................................................................................... 4 
Teorias gerais de mudança de comportamento sobre o HIV/SIDA ........................................... 5 
Modelo da crença na saúde ......................................................................................................... 5 
Teoria cognitiva (ou da aprendizagem) social ............................................................................ 5 
Teoria da acção racionalizada..................................................................................................... 6 
Modelo transteórico .................................................................................................................... 6 
Modelo de redução de risco do SIDA (ARRM) ......................................................................... 7 
Estádios do processo de mudança de acordo com o modelo de redução de risco de SIDA ....... 8 
Modelo da informação, competências comportamentais e motivação (ICCM) ......................... 8 
Componentes do Modelo da ICCM ............................................................................................ 8 
Conclusão ................................................................................................................................. 10 
Referências bibliográficas ........................................................................................................ 11 
Apêndices ................................................................................................................................. 12 
 
5 
 
 
Introdução 
O presente trabalho da cadeira de Temas transversais IV, tem como tema, as teorias de 
mudanças de comportamento sobre o HIV/SIDA. 
Este um trabalho com conteúdos necessário para qualquer estudante, apresenta alguns 
conteúdos como, as teorias gerais de mudança de comportamento, em que dentro dela temos o 
modelo da crença na saúde, teoria cognitiva, teoria da acção racionalizada, modelo 
transteorico, modelo de redução de risco, e o modelo da ICCM, nos apêndices deste trabalho 
constam as entrevistas preenchidas por 5 estudantes do ISDRB - Lichinga.
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Teorias gerais de mudança de comportamento sobre o HIV/SIDA 
As teorias gerais que têm sido adaptados à prevenção do HIV são: o modelo da Crenças na 
Saúde, a teoria Cognitiva Social (TCS), o modelo Transteórico, e por fim a teoria da Acção 
Racionalizada. 
Modelo da crença na saúde 
O modelo da crença na saúde, desenvolvido nos anos 50, considera que o comportamento 
saudável é uma função das características sociodemográficas, conhecimento e atitudes do 
indivíduo. De acordo com este modelo, uma pessoa deve ter as seguintes crenças para ser 
capaz de mudar de comportamento: 
1. Susceptibilidade percebida a um problema particular de saúde (“estou em risco em 
relação ao HIV?”) 
2. Gravidade percebida dessa condição (“quão grave é o SIDA; quão dura há-de ser a 
minha vida for infectado?”) 
3. Crença na eficácia do novo comportamento (“os preservativos são eficientes contra a 
transmissão do HIV”) 
4. Disposições para a acção (“testemunhar a morte ou doença de um grande amigo ou 
familiar devido ao SIDA”) 
5. Sentir as vantagens da acção preventiva (“se começo a usar o preservativo, evito a 
infecção do HIV”) 
6. Barreiras para iniciar a acção (“não gosto de usar preservativos”) 
Neste modelo, promover acções para a mudança de comportamento inclui mudar as crenças 
pessoais do indivíduo. Os indivíduos pesam os benefícios contra os possíveis custos e 
barreiras para a mudança. Para a mudança ocorrer, os benefícios devem pesar mais que os 
custos. Com respeito ao HIV, as intervenções normalmente visam a percepção do risco, 
crenças na gravidade percebida (“não há cura”), crenças na eficiência e nos benefícios do uso 
do preservativo ou no retardamento do início de relações sexuais. 
Teoria cognitiva (ou da aprendizagem) social 
A premissa da teoria cognitiva social ou teoria da aprendizagem social (TCS) é a de que os 
novos comportamentos são aprendidos, ou imitando o comportamento dos outros, ou por 
experiência directa. A teoria da aprendizagem social centra-se nos importantes papéis jogados 
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pêlo processo de colocar-se no lugar de outro, pêlos processos simbólicos e pêlo de auto-
regulação no funcionamento psicológico e olha para o comportamento humano como uma 
contínua interacção entre determinantes cognitivos, comportamentais e ambientais (Bandura, 
1977). Os principais princípios da teoria social cognitiva são: 
• Auto-eficácia – a crença na habilidade de implementar o comportamento necessário 
(“eu sei que posso insistir no uso do preservativo com o meu parceiro”); 
• Resultados esperados – crenças acerca dos resultados, tais como a crença de que usar 
correctamente o preservativo irá prevenir a infecção com o HIV. 
Teoria da acção racionalizada 
A teoria de acção racionalizada, produzida em meados dos anos 60 por Fishbeim e Agzem, é 
baseada na suposição de que os seres humanos são geralmente racionais e fazem uso 
sistemático da informação que têm à disposição. As pessoas consideram as implicações das 
suas acções num dado contexto e numa dada altura antes de se decidirem a adoptar ou não 
adoptar um dado comportamento, e que muitas das acções de relevância social estão sob 
controlo volitivo (Agzem,1980). A teoria de acção racionalizada é, conceptualmente igual ao 
modelo de crença na saúde, mas acrescenta o constructo da intenção comportamental como 
uma determinante do comportamento saudável. 
Ambas as teorias centram-se na susceptibilidade percebida e nos benefícios e impedimentos 
percebidos da mudança de comportamentos. A teoria de acção racionalizada centra-se 
especificamente no papel da intenção pessoal de determinar se um comportamento há-de 
ocorrer. A intenção de uma pessoa é uma função de duas determinantes básicas: 
1. Atitude (em relação ao comportamento) e 
2. ‘normas subjectivas’, i.e., influência social 
As crenças “normativas” jogam um papel central na teoria e, geralmente, incidem sobre 
aquilo que um indivíduo acredita que outras pessoas, especialmente pessoas influentes, 
esperarão que ele/ela faça. 
Modelo transteórico 
O Modelo Transteórico foi desenvolvido por Prochaska & Marcus (1994) com o objectivo de 
apresentarem e descreverem quais os processos envolvidos nas mudanças que ocorrem nas 
mais variadas áreas do comportamento. De acordo com este modelo existem 3 factores que de 
forma hierárquica, produzem a mudança comportamental. No primeiro encontramos o 
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conceito de estádio, no segundo seguem-se os conceitos de processo de mudança e de decisão 
equilibrada, o terceiro diz respeito ao conceito de auto-eficácia Marcus & Simkin (1994) apud 
Mota (1997). 
Ao conceito de estádio está inerente uma medida de tempo no qual vão se dar as mudanças, 
de carácter progressivo, transpondo de estádio sempre que o individuo se empenhe para obter 
comportamentos mais ajustados. 
Segundo Prochaska e Marcus (1994) o conceito de estádio é possuidorde uma essência 
sólida e activa, dado que pode se manter durante um longo período de tempo, mas no entanto 
é susceptível de mudança. 
Ainda segundo estes autores, a modificação de comportamentos envolve, não só o abandonar 
de comportamentos de risco bem são favoráveis à existência de comportamentos saudáveis, 
existindo progresso, no entanto também deveremos estar cientes de que existirão muitos 
retrocessos (Prochaska & DiClemente, 1986, citados por Mota, 1997). 
Para existir a mudança comportamental pretendida, os indivíduos deverão passar por uma 
série de estádios organizados por medidas de motivação e comportamentos, onde temos: 
A pré-contemplação – onde o indivíduo não tem como objectivo a mudança 
comportamental, pêlo menos a curto prazo; 
A contemplação – diz respeito à fase em que os indivíduos admitem a necessidade de se 
efectuar uma mudança comportamental e têm intenção de a realizar a curto prazo; 
Modelo de redução de risco do SIDA (ARRM) 
Segundo Catania e colaboradores (1989), este modelo enfatiza a importância do 
contexto social onde o comportamento sexual acontece, como sendo o principal lugar 
onde devem ser implementadas as intervenções de carácter preventivo. Apesar de ser 
um modelo que engloba muitos constructos dos modelos já anteriormente referidos, o 
modelo da redução do risco, acredita que a mudança ocorrerá porque a intervenção 
vai incidir no contexto onde o comportamento de risco ocorre e também porque esta 
mudança não é susceptível de ser apreendida, somente, através da avaliação das 
crenças e atitudes dos indivíduos. 
9 
 
Estádios do processo de mudança de acordo com o modelo de redução de risco de SIDA 
 
Ao verificarmos o organograma apercebemo-nos que este modelo identifica 3 fases que estão 
relacionadas com a mudança: Classificação, Compromisso e o Desempenho – Procurar Ajuda. 
Modelo da informação, competências comportamentais e motivação (ICCM) 
Alguns autores consideram que as intervenções que foram efectuadas para fazer face ao vírus 
tiveram, um impacto nulo nos comportamentos de risco relacionados com a infecção pêlo 
HIV/SIDA (Fisher, Fisher, Misovich, Kimble e Malloy, 1996). 
Este modelo, sugere 3 factores que deverão estar presentes quando se fala em 
comportamentos preventivos. Segundo este modelo, estes três factores poderão influenciar, 
positivamente, na redução dos comportamentos de risco, contudo qualquer desequilíbrio num 
destes 3 compostos, provocará um défice a nível dos comportamentos preventivos. Assim 
sendo, para existir sucesso na implementação e manutenção, de forma a facilitar a promoção 
dos comportamentos preventivos, o nível destas 3 categorias deverão ser aumentados 
(Cardoso. A, 1999). 
Componentes do Modelo da ICCM 
São três (3) os factores que compõem este modelo, nomeadamente: informação, motivação e 
competências comportamentais. Como ilustra o organograma abaixo: 
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11 
 
 
Conclusão 
Chegando no fim deste trabalho, é um espaço em que deixo algumas teses de todo trabalho, 
primeiramente conteúdos mais citado no trabalho. A partir desta pesquisa, como estudante 
digo que pude aprender um pouco sobre as matérias envolvidas no trabalho principalmente 
quando se fala de teorias de mudança de comportamento sobre o HIV/SIDA, em que temos as 
seguintes teorias: modelo da crença na saúde, teoria cognitiva, teoria da acção racionalizada, 
modelo transteorico, modelo de redução de risco, e o modelo da ICCM que o trabalho 
apresenta. Tendo em conta que um dos elementos que levou-me a ter estes conhecimentos, é o 
resumo desta matéria e da pesquisa por mim feita, claro que tive dificuldades de alguns em 
perceber, mais consegui ter uma percentagem maior dos conhecimentos do trabalho feito em 
causa. E pude fazer um entrevistas nos colegas, sobre estes aspectos. 
12 
 
 
Referências bibliográficas 
Bandura, A. (1977). Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. 
Psychological Review; 84: 191-215). 
Ajzen, I. & Fishbein, M. (1980). Understanding attitudes and predicting social behaviours. 
Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall. 
Prochaska, J. O. & DiClemente, C. C. (1983). Stages and processes of self-change in 
smoking: towards an integrative model of change. Journal of Consulting and Clinical 
Psychology; 51: 390-395. 
Catania, J.A., Kegeles, S.M. & Coates, T.J. (1990). Towards an understanding of risk 
behaviour: An AIDS risk reduction model (ARRM). Health Education Quarterly, 17: 53-72. 
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Apêndices 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apêndice 
	Introdução
	Teorias gerais de mudança de comportamento sobre o HIV/SIDA
	Modelo da crença na saúde
	Teoria cognitiva (ou da aprendizagem) social
	Teoria da acção racionalizada
	Modelo transteórico
	Modelo de redução de risco do SIDA (ARRM)
	Estádios do processo de mudança de acordo com o modelo de redução de risco de SIDA
	Modelo da informação, competências comportamentais e motivação (ICCM)
	Componentes do Modelo da ICCM
	Conclusão
	Referências bibliográficas
	Apêndices

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