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CONTEMPORANEIDADES Temas transversais Anderson Wagner Araújo E Deise Nascimento Org Visit to download the full and correct content document: https://ebookstep.com/product/contemporaneidades-temas-transversais-anderson-wa gner-araujo-e-deise-nascimento-org/ https://ebookstep.com/product/contemporaneidades-temas-transversais-anderson-wagner-araujo-e-deise-nascimento-org/ https://ebookstep.com/product/contemporaneidades-temas-transversais-anderson-wagner-araujo-e-deise-nascimento-org/ https://ebookstep.com/product/contemporaneidades-temas-transversais-anderson-wagner-araujo-e-deise-nascimento-org/ More products digital (pdf, epub, mobi) instant download maybe you interests ... 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Todos os direitos reservados 1ª Edição – Editora GARCIA Brasil – Agosto de 2020 ISBN 978-65-86566-68-0 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) _______________________________________________________________________________ Araujo; Wagner (Org); Nascimento, Deise (Org) Contemporaneidades: temas transversais / Anderson Wagner Araújo (Org.); Deise Nascimento (Org.) -- 1ª ed. – Juiz de Fora, MG: Editora Garcia, 2020. ISBN 978-65-86566-68-0 1. Educação. 2.Trabalho. 3. Contemporaneidades. I. Título. CDD - 370 _______________________________________________________________________________ Editado por: Impressão: Site: E-mail: Editora Garcia Editora Garcia www.editoragarcia.com.br editorial@editoragarcia.com.br COAUTORES Ana Luisa de Paula Anderson Wagner Santos de Araújo Andrea Alice Rodrigues da Silva Beatriz Layane de Jesus Alves Cicero Rozemberg de Siqueira Alencar Claudia Maria Lourenço Cristiane Karina Alves de Lima Deise Cristiane do Nascimento Dilza Miranda Ferreira Diogo Barros Silva Elenita Florêncio da Silva Gabriel Costa Guimarães Wolkof Hilane da Silva Nogueira Joyce Rayanne Nunes Juliana Maira de Souza Laura Lácio Tomaz Lorena Ferreira Candeias Margarida Freire Matheus Dias Miranda Nadja Kalyne dos Santos Soares Neila Rejane Conceição Custódio Paula Emanuele Dias Ferreira Samarina Laiana da Cunha Sena Vanessa Feitosa Soares Victoria Iasmim Gomes Castro SUMÁRIO Apresentação.........................................................................7 1 Trabalho e educação: breve análise da sociabilidade contemporânea....................................................................12 2 Desigualdade de gênero: um olhar da luta feminina no espaço social .......................................................................26 3 A política de fnanciamento e a educação superior: uma análise do processo de contrarreforma do Estado..........40 4 Os Direitos humanos na Constituição Federal de 1988. .56 5 Trabalho e o fetiche do Capital ......................................70 6 Trabalho e questão social: dos fundamentos à contemporaneidade............................................................88 7 Trabalho e o ser social: uma refeeão mareista...........103 8 Direito e mídia: A infuência na Pós-modernidade ...112 9 A viabilidade das candidaturas avulsas dentro do cenário político brasileiro à luz do Pacto de São José da Costa Rica ........................................................................ 130 10 Instituições do Sistema Representativo: crise no presidencialismo de coalizão e aprimoramento da Democracia liberal.................................................................158 APRESENTAÇÃO É uma urgência que o sujeito hodierno possa contemplar em profundidade os temas que o tocam. Refetir sobre as diversas dimensões que lhes são intrínsecas: antropológica, ambiental, biopsicológica, social, cultural, religiosa, econômica, entre tantas outras. Ocorre que o homem atual é assolado constantemente por uma multiplicidade de informações, muitas delas sem respaldo técnico e conhecimento verdadeiro. Mas, por outro lado, também pode acessar ao que de mais belo, racional e de profundo conhecimento já foi produzido. Na contemporaneidade, é possível ter acesso em fração de segundos pela internet aos mais relevantes teetos e obras que a humanidade produziu, de todas as épocas e gerações. Em um click é possível discutir com Sócrates e Diotima acerca do Eros no Banquete de Platão; acompanhar o prisioneiro que conseguiu sair da caverna, na qual só contemplava as sombras, no mundo sensível, rumo ao sol do mundo inteligível; debater a natureza do homem com Rousseau, Thomas Hobbes, Hugo Grócio, John Locke ou Samuel Pufendorf e com eles contra-argumentar acerca da necessidade ou não do contrato social. Ainda, ter acesso as obras de Van Gogh e ler diferentes críticas aceca das mesmas; visitar o Museu do Louvrepara contemplar os detalhes do sorriso da Gioconda de Leonardo da Vinci; ir à Capela Sistina e com êetase admirar o Juízo fnal de Michelangelo; estudar a transverberação de Santa Teresa D’Ávila diante da escultura de Gian Lorenzo Bernini, fantástico escultor do século XVII. Inúmeras são as possibilidades! Rapidamente, é possível fazer um detalhado tour pela Basílica de Santa Sofa ou Hagia Sophia, construída no primeiro século (entre 532 e 537) pelo Império Bizantino (Constantinopla) ou projetar com o arquiteto catalão Antoni Gaudí, as diferentes fachadas do Templo Eepiatório da Sagrada Família em Barcelona. Com a evolução tecnológica, instantaneamente, é possível somar forças a revolução e luta do proletariado, conclamada por Mare e Engels no Manifesto Comunista: “Trabalhadores do mundo todo uni-vos!”, ou estar do lado oposto, lutando pelos valores liberais. Eeiste, ainda, a 7 possibilidade de lutar ao lado dos Aliados contra o Eieo. É possível acompanhar Hannah Arendt no julgamento de Adolf Eichmann em Jerusalém, discutir o autoconhecimento com William Shakespeare em “Hamlet”, ouvir a própria Gertrudes descrever a morte (suicídio) de Ofélia, e questionar o compleeo que leva o seu nome, com Lacan, sendo o Compleeo de Ofélia a prisão no desejo de um homem. Nos dias contemporâneos, eeiste a possibilidade de acompanhar grandes viagens fctícias: a de Rafael Hitlodeu, personagem de Thomas More, a ilha de Utopia, na qual ele compara o ipuã a sociedade inglesa da época e eepressa: “... é fácil confessar que muitíssimas coisas há na terra da Utopia que gostaria de ver implantadas nas nossas cidades, em toda a verdade e não apenas em eepectativa”; e a do historiador Antoine Roquentin, personagem sartreano, que assumiu como destino a cidade de Bouville, para a qual se mudou a fm de estudar a vida do marquês de Rollebon, pitoresco falecido francês que vivera no século XVIII e então se depara com os maiores dilemas eeistenciais. Há também a possibilidade de acompanhar as duas viagens reais ao Brasil, entre 1548 e 1549, do mercenário alemão, Hans Staden, sendo que na última delas foi feito prisioneiro dos indígenas Tupinambás durante nove meses, o que lhe permitiu conhecer bastante essa cultura, costumes e até rituais antropofágicos. Inúmeras possibilidades são possíveis na nossa contemporaneidade! Ao fazer uma leitura de Crime e Castigo de Dostoievski, A Divina Comédia de Dante Alighieri ou Ecce homo de Nietzsche, podemos, concomitantemente, ser tocados pela transcendência da nona sinfonia de Beethoven ou por um concerto de Chopin, em especial, o primeiro, composto em 1830, que marca a despedida do compositor da sua amada pátria. É facultada ainda pela web, a possibilidade de assistir a Inconfdência mineira, batalhar na Revolução Pernambucana, na Guerra Farroupilha, na Conjuração baiana ou acompanhar as desavenças entre Maria Bonita e Dadá, as aventuras do Capitão Virgulino com o Diabo Loiro (Corisco) ou, ainda, fazer companhia a Antônio Conselheiro pelas aventuras de Canudos... É adventício, que desperta perpleeidade perceber que em nossa época, como em nenhuma outra, é mais fácil obter informações sobre os mais 8 diversos temas, bastando apenas pesquisar em um buscador virtual, mas ao mesmo passo que os dados são palpáveis instantaneamente, surge a problemática da falta de profundidade e de fltro das informações, estas que muitas vezes são tomadas por verdade e sem respaldo intelectual são defendidas. A disseminação de fake news, a manipulação dos comportamentos de consumo pelos algoritmos (que torna o usuário na internet um produto, constante bombardeado por marketing e estratégias digitais) e a substituição de profssionais, competentemente formados, de todas as áreas, pelos tutoriais e sites informativos, são eeemplos da vivência atual acerca da forma de obtenção de dados, alguns que podem trazer danos irreparáveis para o indivíduo ou a coletividade. Fora do padrão comportamental hodierno, a concepção da capa deste livro parte da ilustração de Ilyam Milstein, com adaptações, na qual percebemos um homem em um espaço de estudo, que poderia não ser considerado “contemporâneo”, pois não eeistem aparelhos eletrônicos e nem livros digitais, mas uma grande quantidade de livros e publicações de forma física, o que por muitos é considerado ilógico e ultrapassado. Os livros impressos, sobretudo, para a Geração Z, de nativos digitais, são itens em desuso e retrógrados. Convém apresentar em sentido oposto que tocar as páginas de um livro é sentir a sua história e tornar tangível a sua beleza. Em cada livro pode-se encontrar a sua própria contemporaneidade, pois eeiste materialidade e presença. Um dia, G. K. Chesterton afrmou que “Cada época é salva por um pequeno punhado de homens que têm a coragem de não serem atuais". Mas em que consiste essa salvação? Onde ela se encontra? É possível encontrá-la? Alguns flósofos e autores contemporâneos nos fazem refetir que a salvação está na beleza de permanecer, de fncar raízes e decidir lutar pelo que é eterno ainda nas adversidades. Para C.S. Lewis “o que não é eterno, é eternamente inútil”. Baumam percebe os comportamentos atuais, em todas as dimensões do ser antropologicamente formado, sob a ótica da liquidez e a mudança de paradigmas sociogeográfcos pelo prisma da velocidade e globalização das informações: “as distâncias já não importam, ao passo que uma ideia de uma fronteira geográfca é cada vez mais difícil de sustentar no mundo 9 real” (1999, p.19). E observou, ainda, que a distância não é um dado objetivo, impessoal ou físico, mas produto social; “sua eetensão varia, dependendo da velocidade com a qual pode ser vencida (e, numa economia monetária, do custo envolvido na produção dessa velocidade). Outra característica percebida por Bauman (1999) ao complementar a visão de Pelbart (2000) é que o sujeito da contemporaneidade vive uma busca incessante por tempo livre e para isso, não para de comprar aparelhos com a fnalidade de ser dispensado das tarefas que lhe ocupam o tempo. Contudo, nessa busca desenfreada, ele passa a trabalhar mais para poder adquirir os aparelhos. Assim, paradoealmente, para obter todo o tempo o homem perde todo o tempo. O capital anteriormente “se apresentava como um doador de trabalho, agora se apresenta como um doador de tempo, quando na verdade ele faz apenas o contrário, escravizando o tempo dos trabalhadores. O tempo livre virou tempo escravizado, tempo investido em ganhar tempo” (Pelbart, 2000, p. 34). Especialmente, “se pensamos na informática doméstica, nessa fronteira entre trabalho, entretenimento, hipnose, fetiche, num esforço constante para otimizar o próprio desempenho” (Pelbart, 2000, p. 34). Assim, na contemporaneidade, tornou-se mais difícil distinguir o que é tempo e espaço de trabalho, tempo e espaço de produção ou tempo e espaço de lazer; e ainda, trabalho não é mais o oposto de prazer. Byung-Chul Han ao conceber a sociedade atual como a Sociedade do cansaço, destaca a liberdade pessoal dos indivíduos e a busca incessante de produzir, para poder usufruir das benesses ofertadas pelo Sistema Capitalista, o que se torna uma obsessão e, consequentemente, escravidão. Para ele: os “adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoeal”. (2015, p. 29), o que signifca que o depressivo crê que nada é possível, justamente porque a sociedade com eecesso de positividade em que vive lhe acena o tempo inteiro com a promessa de que tudo é possível. A impossibilidade de fazer frente a essa avalanche de positividade “leva a uma autoacusação destrutiva e a uma autoagressão”.(HAN, 2015, p. 29), Neste livro, organizado por mim e pela Professora Deise Cristiane compilamos artigos de nossos discentes, que de forma espontânea se desafaram a refetir sobre temas transversais, tais como: 10 trabalho, educação, desigualdade de gênero, política, direitos humanos, fetiche do Capital, o ser social, direito e mídia, cenário político, sistema representativo, democracia, entre outros desta compleea contemporaneidade, marcada por grandes avanços e concomitantemente por retrocessos. Como marca de contemporaneidade, cumpre destacar o momento histórico em que esse livro é publicado, a pandemia do covid-19, que tem vitimado milhares de pessoas por todo o mundo, estas que não devem ser reduzidas a mera estatística, mas a serem percebidas como seres compleeos, partícipes da odisseica aventura de eeistir e que deiearam seus legados para a humanidade, a estes dedicamos esta obra. Petrolina-PE, junho de 2020 Prof. Anderson Wagner Araújo REFERÊNCIAS BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas (M. Penchel, Trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1999. HAN, B.-C. Sociedade do cansaço. Tradução Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2015. PELBART, P. P. A vertigem por um fo: políticas da subjetividade contemporânea. São Paulo: Iluminuras. 2000. 11 1 TRABALHO E EDUCAÇÃO: BREVE ANÁLISE DA SOCIABILIDADE CONTEMPORÂNEA Claudia Maria Lourenço1 Ana Luisa de Paula2 Joyce Rayanne Nunes3 Margarida Freire4 RESUMO O objetivo desse artigo é trazer uma análise que irá abordar os aspectos relacionados ao trabalho, educação e o capitalismo, como se relacionam e quais as consequências trazidas no decorrer do tempo. Fazendo com que vol- tássemos ao século onde começa a surgir as primeiras formas de trabalho, onde o homem é submisso ao capital e não tinha noção de sua realidade, soci- oeconômica em meio aquele devastador processo. Processo esse de divisão do trabalho que traz disparidades imensuráveis ao indivíduo, eeemplo disso, uma desigualdade sem precedentes, com desemprego generalizado e com consequências que parecem não terem solução, diante desse sistema capita- lista. Essa relação social é acompanhada da crescente insegurança e precarie- dade das novas formas de ocupação. A feeibilização da força de trabalho (contratos de temporários, subcontratação, terceirização, etc.), torna ainda mais crescente o número de pessoas descobertas de direitos trabalhistas, con- quistados arduamente. Dito isso, vale salientar que a contemporaneidade traz consigo inovações e mudanças, como por eeemplo as alterações feitas a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, onde coloca a matriz curricular do ensino 1 Doutora em Educação 2 Graduanda do Curso de Serviço social pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE). 3 Graduanda do Curso de Serviço social pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE). 4 Graduanda do Curso de Serviço social pela Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (FACAPE). 12 médio uma formação técnica e profssional. Portanto, é consenso que o indi- víduo está claramente sendo formado para ser inserido o quanto antes no mercado de trabalho, fcando nítido que a Educação, que deveria formar um cidadão crítico, agora, torna-se mais uma ferramenta de preparo e especiali- zação da força de trabalho para o sistema capitalista. 1 INTRODUÇÃO O objetivo desse artigo é analisar a relação trabalho e educação no projeto de formação humana no sistema capitalista, tomando como fenô- meno de estudo a organização do trabalho, isto é, as relações e processos que se estabelecem entre o sujeito e ciclo capitalista, e o conhecimento apreendido por estes durante a vida escolar e o que agrega. Permite-se também se rebuscar sobre o que alguns autores têm a dizer e trazem de forma crítica e realista, a comparação com o passado e contemporaneidade “social e econômica”. Comparação essa que demonstra os desmontes da classe trabalhadora muitas das vezes eecluída, dos meios de produção fa- zendo com que se sujeitem a diversas formas humilhantes e cruéis de tra- balho. É necessário que voltemos a visualizar essa classe, sua cultura e sua formação escolar. Muitos deles não têm ou não tiveram oportunidades de se inserir no âmbito escolar, e outros nem sabem escrever, são analfabetos, devido a isso, por várias outras circunstancias que o mercado de trabalho não absolve essas pessoas, pois para o capital eles são desqualifcados. Nesse sentido houve, mudanças no ensino básico do país visando uma contribuição para a formação de novos profssionais. De acordo com o pressuposto da Base Nacional Curricular Comum os alunos serão capaci- tados para o mercado de trabalho, eepressam-se de forma heterogênea em diferentes conteetos nacionais. Ainda deve se levar em consideração que no Brasil, mesclam-se com problemas sociais jamais resolvidos com a pro- funda desigualdade da distribuição de renda, o analfabetismo e os baieos índices de escolaridade que atingem grande parte da população. Sendo as- sim, as mudanças inseridas têm por ideal agregar uma maior quantidade de pessoas inseridas nas escolas, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioeconômicos. 13 2 OS SENTIDOS DO TRABALHO No livro de Ricardo Antunes, “O Caracol e a sua Concha”, o autor tem como princípio atualizar suas teorias sobre a centralidade do trabalho. Em vista disso foi realizado uma análise da questão do trabalho no capitalismo contemporâneo e seus desdobramentos, trazendo a análise de Antunes acerca da concepção Mareista. Antunes retrata a defesa de seus pensamentos acerca da centralidade do trabalho no mundo. Sendo contrário às teorias que tentam desconsiderar a importância do trabalho, onde afrma também que as transformações tec- nológicas infuenciam nas formas de eeploração e acumulação do capital, mas sem retirar do trabalho seu papel central. O autor não se deiea levar pelas análises que fazem uma defesa acrítica acerca do trabalho, onde ele diz: Se por um lado, necessitamos do trabalho humano, reconhece- mos seu potencial emancipador, devemos também recusar o tra- balho que eeplora, aliena e infelicita o ser social” (2005, p.14). Ora, o ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das necessidades humanas é o que conhecemos com o nome de trabalho. Po- demos, pois, dizer que a essência do homem é o trabalho. A essência hu- mana não é, então, dada ao homem; não é uma dádiva divina ou natural; não é algo que precede a eeistência do homem. Ao contrário, a essência humana é produzida pelos próprios homens. O que o homem é, é-o pelo trabalho. A essência do homem é um feito humano. É um trabalho que se desenvolve, se aprofunda e se compleeifca ao longo do tempo: é um pro- cesso histórico. (SAVIANI, 2007, p. 154) De acordo com Antunes (2005) o caracol não pode ser separado de sua concha, o trabalhador também não pode ser separado dos meios de produção. Trazendo uma abordagem sobre o futuro das relações capital- trabalho e o centro das discussões a relevância do trabalho na atualidade. Deiea nítido as questões importantes como o suposto fm da classe que vive do trabalho, o desemprego estrutural que tem atingido um grande nú- mero de trabalhadores, inclusive nos países mais ricos do sistema além da crescente eeploração rentista na era da qualidade total. 14 “O apregoado desenvolvimento dos processos de ‘qualidade to- tal’ converte-se na eepressão fenomênica, involucral, aparente e supérfua de um mecanismo produtivo gerador do descartá- vel e do supérfuo, condição para a reprodução ampliada do ca- pital e seus imperativos eepansionistas e destrutivos” (ANTU- NES, 2005, p. 43) Sob o olhar de Antunes (2209) a noção de classe trabalhadora é a mais abrangente que a noção de classe trabalhadora de meados do século passado, sendo mais compleea, heterogênea e fragmentada que a predomi-nou no período de auge do sistema taylorista/fordista. Discorda daqueles que entendem como classe trabalhadora somente o proletariado industrial e ainda da ideia que reduz o trabalho produtivo eeclusivamente ao universo fabril. O autor leva em consideração que a classe trabalhadora é aquela em que todos os que estiverem inseridos nela são os que vendem sua força de traba- lho e são desprovidos de meios de produção: proletariado rural e industrial, os trabalhadores terceirizados, subcontratados, temporários, os assalariados do setor de serviços, além dos desempregados, mas eeclui os gestores do capital e os que vivem de juros e da especulação. Diante do eeposto, o autor cria o de- safo de se compreender o mosaico de formas, que confgura a classe trabalha- dora atual, considerando seu caráter polissêmico e multifacetado. Nessa nova formação da classe trabalhadora tem-se dois lados: de um lado, um enorme aumento do subproletariado fabril e de serviços. De outro lado, uma minoria de trabalhadores qualifcados, polivalentes e multifuncio- nais, com maior possibilidade de eeecutar a sua dimensão “intelectual” que foi parcialmente desprezado pelo taylorismo-fordismo. É perceptível um aumen- to dos assalariados médios; além de uma nova divisão social e seeual do traba- lho, uma vez que há um crescente número de mulheres no meio; como tam- bém a eepansão do terceiro setor, que vem acrescidos de trabalhadores que foram eepulsos do mercado de trabalho formal. Essas mudanças sinalizam um processo de transformação e não de eliminação da classe trabalhadora e, posteriormente, uma nova morfologia e polissemia do trabalho. O autor aponta para duas questões importantes para o entendimento do papel da classe trabalhadora na contemporaneidade: a crescente interli- gação entre o trabalho material e imaterial, fato que se presencia, por eeemplo, nas atividades industriais mais informatizadas e nas esferas com- preendidas pelo setor de serviços, entre outras. 15 Antunes chama a atenção também para as novas formas de confronto social. “São ações que articulam luta social e luta ecológica [...] são ações que articulam lutas de classes com luta de gênero, ação social com luta éti- ca” (ANTUNES, 2005, p.37) “A Dialética do Trabalho” defende a teoria que se operou uma meta- morfose básica no universo do trabalho humano sob as relações de produ- ção capitalista, pois em vez de um trabalho como atividade vital, há uma forma de objetivação do trabalho. No capítulo posterior ele destaca o cará- ter multifacetado e polissêmico do mundo do trabalho analisando as prin- cipais consequências dessas mutações no interior da classe trabalhadora. Ao fnalizar Antunes (2005) argumenta que o processo de emancipa- ção da classe trabalhadora não pode fcar restrito aos âmbitos público e institucional. Mas que possa haver um movimento de massas radical e ee- traparlamentar, que possa criar e inventar novas formas de atuação autô- noma, capazes de articular lutas sociais, que possibilitem o resgate em ba- ses totalmente novas da inseparável unidade entre o ‘trabalhador e seus meios de produção’. Em síntese, o autor traz os elementos que discutem a centralidade do trabalho na sociedade contemporânea. O trabalho é o elemento ontologi- camente essencial e fundante, como condição para a eeistência do homem diferentemente das teorias que tentam desconstruir a importância dessa categoria de análise. Mas alerta sobre a necessidade de recusa de um tra- balho alienado, que “eeplora e infelicita o ser social”. Nessa direção argumenta que “Uma vida cheia de sentido fora do trabalho supõe uma vida dotada de sentido dentro do trabalho”. (ANTUNES, 2005, P. 91) Por tanto a obra em questão se torna referência pela riqueza das análises abordadas, podendo ser de interesse de todos que conduzam estu- dos sobre as transformações no mundo trabalho e seus desdobramentos. 3 FORMAÇÃO PROFISSIONAL E EDUCAÇÃO O sistema capitalista busca estruturar o mercado de trabalho que têm passado por mudanças desde antes mesmo do processo de industrializa- ção, o desemprego generalizado e suas consequências são acompanhadas 16 da crescente insegurança e precariedade das novas formas de ocupação. A feeibilização da força de trabalho (contratos de temporários, subcontrata- ção, terceirização, etc.) inscreve-se no mesmo processo que articula o dis- curso por maiores níveis de escolaridade para os trabalhadores que perma- necem empregados e ocupam postos de trabalho considerados essenciais para os processos produtivos donde estão inseridos. Educar para o trabalho é uma situação de instrumentalização da edu- cação para um fm específco, a solução de problemas da produção. A edu- cação ofcial, atualmente proposta e ofertada pelo Estado, embora seja considerada por muitos como uma educação voltada para o mercado, não cumpre seu papel, ou então, o propósito de tal modelo de educação não seja necessariamente esse. Ficando uma impressão que a preparação para o mercado, como trabalhador, não é a intenção desta educação. Entendemos ainda que a regulação do valor pago a mão de obra do trabalhador também é feita pelo índice de desemprego, uma intencionali- dade começa a aparecer, uma educação ambígua e de má qualidade tem suas razões, permite ao sistema econômico, de certa forma, controlar a força contida na única porção que o trabalhador tem a seu favor, seu pró- prio trabalho. É necessário que refaçamos o trajeto histórico da educação para o trabalho no Brasil, tendo em vista o caráter dual da educação, bus- cando o objetivo de compreender como a fnalidade da educação se apre- sentou em cada marco da educação para o trabalho. Nesse sentido, a educação e a formação profssional aparecem hoje como questões centrais, pois a elas são conferidas funções essencialmente instrumentais, ou seja, capazes de possibilitar a competitividade e intensifcar a concorrência do eeército de reserva, adaptando os trabalhadores às mudan- ças técnicas e mitigando os efeitos do desemprego. Voltada a isso que houve uma mudança nacional na Lei.n°9.394/96 onde estabelece as diretrizes e ba- ses da Educação Nacional que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desen- volvimento da Educação Básica e de valorização dos Profssionais da Educa- ção, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Onde, também, revoga algu- mas outras leis para reestruturação de políticas e implementações no ensino médio principalmente em tempo integral, essas mudanças têm sido funda- mental. Para tanto, como é possível apreender a partir de prescrições, quanto mais instruídos forem os trabalhadores de um país, maiores serão suas possi- 17 bilidades de absorver as técnicas e de ampliar a produtividade média. O presidente da república nacional da época Michel Temer junta- mente com o Congresso Nacional decreta no dia 16, de fevereiro de 2017 e sanciona as seguintes leis: O art. 36 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 en- trou a vigorar com as seguintes alterações: “A rt. 36 . O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e por itinerários forma- tivos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o conteeto local e a possibilidade dos sistemas de en- sino, a saber: I - linguagens e suas tecnologias; II - matemática e suas tecnologias; III - ciências da natureza e suas tecnologias; IV - ciências humanas e sociais aplicadas; V - formação técnica e profssional. § 1º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas competências e habilidades será feita de acor- do com critérios estabelecidos em cada sistema de ensi- no. § 3º A critério dos sistemas de ensino, poderá ser com- posto itinerário formativo integrado, que se traduz na composição de componentes curriculares da Base Nacio- nal Comum Curricular - BNCC e dos itinerários formati- vos, considerando os incisos I a V do caput. § 5 o Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede,possibilitarão ao aluno concluinte do ensi- no médio cursar mais um itinerário formativo de que tra- ta o caput. § 6 o A critério dos sistemas de ensino, a oferta de forma- 18 ção com ênfase técnica e profssional considerará: I - a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor produtivo ou em ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável, de instrumen- tos estabelecidos pela legislação sobre aprendizagem pro- fssional; II - a possibilidade de concessão de certifcados interme- diários de qualifcação para o trabalho, quando a forma- ção for estruturada e organizada em etapas com termina- lidade. § 7 o A oferta de formações eeperimentais relacionadas ao inciso V do caput, em áreas que não constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá, para sua conti- nuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educação, no prazo de três anos, e da inser- ção no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de oferta inicial da for- mação. § 8 o A oferta de formação técnica e profssional a que se refere o inciso V do caput, realizada na própria institui- ção ou em parceria com outras instituições, deverá ser aprovada previamente pelo Conselho Estadual de Educa- ção, homologada pelo Secretário Estadual de Educação e certifcada pelos sistemas de ensino. § 9 o As instituições de ensino emitirão certifcado com validade nacional, que habilitará o concluinte do ensino médio ao prosseguimento dos estudos em nível superior ou em outros cursos ou formações para os quais a con- clusão do ensino médio seja etapa obrigatória. § 10. Além das formas de organização previstas no art. 23, o ensino médio poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos com terminalidade específca. § 11. Para efeito de cumprimento das eeigências curricu- 19 lares do ensino médio, os sistemas de ensino poderão re- conhecer competências e frmar convênios com institui- ções de educação a distância com notório reconhecimen- to, mediante as seguintes formas de comprovação: I - demonstração prática; II - eeperiência de trabalho supervisionado ou outra ee- periência adquirida fora do ambiente escolar; III - atividades de educação técnica oferecidas em outras instituições de ensino credenciadas; IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupaci- onais; V - estudos realizados em instituições de ensino nacio- nais ou estrangeiras; VI - cursos realizados por meio de educação a distância ou educação presencial mediada por tecnologias. § 12. As escolas deverão orientar os alunos no processo de escolha das áreas de conhecimento ou de atuação profssio- nal previstas no caput.” (NR) É notório que toda essa mudança nas leis do sistema de Educação Básica do país, tenha sua contribuição para a formação de novos profssio- nais capacitados para o mercado de trabalho do sistema capitalista, e essas tendências, observadas mundialmente, eepressam-se de forma heterogê- nea em diferentes conteetos nacionais; no Brasil, mesclam-se com proble- mas sociais jamais resolvidos como a profunda desigualdade da distribui- ção da renda, o analfabetismo e os baieos índices de escolaridade que atin- gem grande parte da população, visto que há uma possibilidade de agregar uma maior quantidade de pessoas inseridas nas escolas, de maneira a ado- tar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioeconômicos. Trata-se de enfrentar a questão central, ou seja, as relações entre a educação e o trabalho, trazendo a formação técnica como fator importante para a formação do indivíduo e, por isso mesmo, entre a educação (geral e específca) e a globalização da economia de mercado e suas pressões por produtividade e competitividade, por sua vez indutoras/benefciárias das transformações na produção, baseadas nas e/ou potencializadas pelas ino- 20 vações tecnológicas. Também sob este aspecto há uma produção crescente de pesquisas e análises. A razão principal para essa profusão é o papel central atribuído aos recursos humanos no processo de adoção e implantação dos paradigmas que se assentam sobre o binômio feeibilidade e integração, seja no setor produtivo, seja no setor de serviços. Paradoealmente, este elemento que é erigido à condição de uma das peças fundamentais para que seja obtida maior produtividade, sob os novos paradigmas, é também seu lado mais vulnerável e, por isso, o mais fragilizado. Defrontamo-nos, portanto, com uma contradição inerente aos novos paradigmas: são, ao mesmo tempo, promotores do trabalho humano em nível mais desenvolvido e fragilizados deste sob dois aspectos distintos: o controle sutil e a ameaça constante da eeclusão. Esta não é, todavia, uma situação inteiramente nova no que diz respeito à valorização do capital. Guardadas as devidas proporções e especifcidades, Mare já nos havia aler- tado para a questão ao eeaminar o desenvolvimento da grande indústria sob o capitalismo. Todavia, há que se eeaminar a questão do trabalho humano com as particularidades de que se reveste hoje nas empresas, porque são essas par- ticularidades que remetem à discussão dos problemas que se colocam atual- mente à educação de forma geral e à educação profssional, de forma espe- cífca. Nesse sentido, devem ser destacadas as mudanças que a feeibilização e a integração promovem no processo. Deieando claro o grande interessa da sociedade capitalista que cada vez mais “engoli”, sem piedade a força e o fo- lego dos trabalhadores, agora, já trazendo esse interesse na produção técni- ca da força do trabalho dentro do ensino médio, cada vez mais mecanizando e tecnifcando a mão de obra para inserir dentro do capitalismo. No Art. 36°da Lei.n°9.394 de 20 de dezembro de 1996, nos seus inci- sos aborda os aspectos mais relevantes nessa mudança que a educação e os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede, possibilita- rão ao aluno concluinte do ensino médio cursar mais um itinerário e que sistemas de ensino. A oferta de formação com ênfase técnica e profssional, que a inclusão de vivências práticas de trabalho no setor produtivo ou em ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável, de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre aprendiza- 21 gem profssional, que a possibilidade de concessão de certifcados interme- diários de qualifcação para o trabalho, quando a formação for estruturada e organizada em etapas com terminalidade. E que a oferta de formações eeperimentais relacionadas em áreas que não constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, dependerá, para sua continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educação, no prazo de três anos, e da inserção no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, contados da data de oferta inicial da formação. 3.1 produção e educação dentro de suas relações A educação é entendida como processo de formação humana, que atua sobre os meios para a produção e reprodução da vida. Sendo que, essa compreensão da relação entre educação, trabalho e formação humana foi apontada por Saviani (2002) em uma formulação importante no interior do campo mareista de análise social, quando afrma que o trabalho é o ele- mento que diferencia o ser humano dos demais animais, sendo a educa- ção, simultaneamente, que se o ser humano se produz como ser humano no trabalho, esse processo de produção do ser humano se identifca com seu próprio processo de formação humana, que vai se compleeando ao /longo da história dando origem a diversas formas de trabalho – intelectu- al e manual, material e não-material, dentre outras. Utilizando a categoria mareista da ação recíproca e da análise crítica da economia política de Mare (2007) sobre a unidade dialética entre pro- dução e consumo, Saviani (2011) vai afrmar que “educação é trabalho e trabalho é educação”. Dizer que a educação, como processo de formação humana tambémé trabalho, não signifca afrma a eeistência de uma iden- tidade entre educação e trabalho, mas de que estas são diferenciações den- tro de uma unidade, elementos de uma mesma totalidade: a formação hu- mana (SAVIANI, 2011). A formação humana, portanto, opera dentro da perspectiva da produ- ção objetiva e subjetiva do ser humano, como neeo do singular, e que como Mare coloca que o homem se eneergar “de si para si” numa coletividade, na 22 qual a individualidade representa o singular; o ser genérico é o universal, isto é, aquilo que torna humano o ser humano, a partir da sua atividade pro- dutiva da eeistência (o trabalho); e o particular como neeo entre a individu- alidade e o universal do ser genérico, na atual forma de organizar a vida, é a sua condição de classe social. Esta unidade dialética entre trabalho e educa- ção pode ser caracterizada como o trabalho educativo que é o ato de produ- zir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objeto da educação diz respeito, de um lado, à identifcação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado e concomi- tantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esse objetivo. (SAVIANI, 2002, p.13) Porém, à medida que o trabalho é absorvido pelo capitalismo, este sentido humanizado se perde para dar lugar a um outro sentido: a acumu- lação capitalista. Nesse caso, em vez de as pessoas trabalharem para se apropriarem do produto de seu trabalho e, ao mesmo tempo, se desenvol- verem em suas várias dimensões humanas, elas agora passam a trabalhar para servir a outro, vendendo sua força de trabalho aos donos do dos mei- os de produção, na defnição de Mare, o não-trabalhador. Se o produto do trabalho não pertence ao trabalhador, se a ele se contrapõe como poder estranho, isto só é possí- vel porque o produto do trabalho pertence a outro ho- mem distinto do trabalhador. Se a sua atividade consti- tui para ele um martírio, tem de ser fonte de deleite e de prazer para outro. Só o homem, e não os deuses ou a na- tureza, é que pode ser este poder estranho sobre os ho- mens (Mare, 1844, p.119). O dono dos meios de produção depende do máeimo da eeploração do trabalhador para poder aumentar a margem de lucro e o acúmulo de seu capital. Quando o trabalhador se torna alheio ao que próprio produz, na 23 visão mareista ele realiza trabalho alienado: o trabalhador não é dono do seu tempo e muito menos do produto que a ação de sua força de trabalho; além disso, o próprio processo na produção lhe é vazio de sentido, porque eeterno às suas necessidades e abusivo nas eeigências vitais eeigidas deste para que ocorra a eetração de mais-valia. Segundo a eeplicação mareiana sobre o trabalho alienado, ou seja, se produz mais do que se consome, e o seu próprio produto não se é dono, o homem se torna apenas produtor e produto do ciclo capitalista. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse artigo foi elaborado com o objetivo de considerá-lo como mais uma oportunidade de analisar a relação de trabalho e educação, e seus im- pactos na vida do ser humano, trazendo uma refeeão crítica sobre o real intuito da inserção da formação técnica no ensino médio e de considerá-lo do ponto de vista social uma autoavaliação sobre o que pensamos sobre esse novo sistema de educação onde busca cada vez mais a inserção quali- fcada de mão de obra no mercado capitalista. E assim lance possibilidades para contribuir com um pensamento mais crítico no que diz respeito às políticas públicas que atravessam os processos de consolidação institucional da educação profssional e tecno- lógica. Estas percepções (ainda que em uma dimensão empírica), possibili- ta um espaço para muitas inquietações e indagações sobre o que está se produzindo no âmbito destas escolas, considerando as dimensões pedagó- gica, do trabalho, da ciência e da tecnologia. Que ciência, que tecnologia, os alunos têm produzido? A educação idealizada e realizada está contribuindo com a formação de que cidadãos? De que aprendizagens? Tem provocado transformações sociais de que or- dem? É eetremamente necessário compreender os múltiplos movimentos políticos e sociais pelos quais as categorias trabalho e educação perpassa- ram ao longo da história da sociedade capitalista. Haja visto que os discursos políticos mascaram uma realidade latente no percurso histórico da educação brasileira, forjando uma escola destina- da a todas as crianças, todos os jovens e adultos, homens e mulheres que 24 vivem do trabalho nesta sociedade. Há de se considerar que este sistema de produção capitalista eeerce severas infuências nas políticas públicas de educação e na dinamização das instituições de educação e no trabalho de seus trabalhadores. Ter uma análise crítica sobre tal relação e objetivos lançados pela sociedade capitalista dentro da educação brasileira, para que possam tomar consciência desta realidade e vislumbrar novas formas de ser, e de se colocar num mundo desigual com produção e divisão de rique- zas totalmente injustas. REFERÊNCIAS BRASIL. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Go- verno Nacional. Constituição Federal 1988. Lei Ordinária de 20 de dezem- bro de 1996. MACHADO, O Caracol e sua concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho-2018. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/indee.php/pega- da/article/viewFile/5773/4429.Acesso em: 27 mar. 2019. MARIANO, O Caracol e sua concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho. Disponível em: http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edi- coes/33e/res01_33esp.pdf. Acesso em: 20 março de 2019. MARX. Karl, Manuscritos Econômico-Filosófcos. Agosto de 1844. (Primei- ra Edição: 1932.) RICARDO, Antunes L. O Caracol e sua Concha: ensaios sobre a nova mor- fologia do trabalho, São Paulo: Boitempo, 2005. RICARDO, Antunes. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afrmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009. SAVIANI, Dermeval, Jose Claudinei. Capitalismo, Trabalho e Educação (primeira publicação 2002). SAVIANI, Dermeval, Pesquisador, Professor e Educador (2011) 25 2 DESIGUALDADE DE GÊNERO: UM OLHAR DA LUTA FEMININA NO ESPAÇO SOCIAL Deise Cristiane do Nascimento1 Dilza Miranda Ferreira2 Helenita Florêncio da Silva3 Paula Emanuele Dias Ferreira4 RESUMO O propósito desse artigo é verifcar a problemática de gênero no limiar da sociedade capitalista. Faz-se uma discussão história acerca da inserção da mulher no mercado de trabalho, suas conquistas e desafos. Assim como, abordou as questões relacionadas aos tipos de violência sofrida pela mu- lher, onde foi realizada uma pesquisa de campo com discentes e docentes do Curso de Serviço da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petro- lina. Um dos enfoques conclusivos de nossa pesquisa aponta para a neces- sidade de aprofundar às análises que relacionam as construções sociais de Gênero, as quais confere uma posição de subalternidade no processo de divisão seeual do trabalho, bem como a violência contra a mulher. 1 Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Maria (2001). Especialista em Gestão em Administração Pública e Mestre em Educação, professora assistente da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina. – e-mail: deisecn@hotmail.com 2 Graduanda de Serviço Social da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE – e-mail: dilzamiranda30@gmail.com. 3 Graduanda de Serviço Social da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE – e-mail: hfsilva.mk@gmail.com. 4 Graduanda de Serviço Social da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE – e-mail: manuu_2006@hotmail.com. 26 1 INTRODUÇÃO Na última década do Século XIX o movimento feminista começa a despontar, caracteriza-se como um movimento sociocultural, que tem como prioridade a luta pela justiça e igualdade nas relaçõesentre homens e mulheres. Atualmente, um dos objetivos de desenvolvimento sustentável do milênio visa alcançar à igualdade de gênero e empoderar todas as mu- lheres e meninas. Nessa perspectiva do capital sobre o olhar de apropriação da mais va- lia e da divisão seeual do trabalho, que se busca, também, refetir sobre os direitos humanos, especialmente o das mulheres em função da violência que sofrem assim como a discriminação que padecem. De acordo com Rosa Lueemburgo (1912) as mulheres economicamente e socialmente, das classes eeploradoras não são um segmento independente da população. Em contraste, as mulheres do proletariado são economica- mente independentes, estão produzindo e estão na busca de seus direi- tos. Elas são produtivas para a sociedade como os homens (traduzido pelas autoras). Desse ponto de vista, o que gera lucro para o empregador é um tra- balhador produtivo, enquanto todo o trabalho das mulheres e mães proletárias que são realizados nos seus lares é considerado improduti- vo. Isso soa brutal e insano, mas corresponde eeatamente à brutalidade e insanidade de nossa atual economia capitalista. E ver esta realidade brutal clara e nitidamente é a primeira tarefa da mulher proletária (tra- duzido pelas autoras). Sendo assim, o trabalho desenvolvido tem como metodologia a dis- cussão teórica, assim como a pesquisa de campo. Para tanto, foi realizada uma entrevista com mulheres do curso de Serviço Social da FACAPE para entendermos os tipos de violência e a inserção destas mulheres no merca- do de trabalho na contemporaneidade. O que nos permitiu nortear alguns aspectos relacionados a essas duas categorias de análise, as quais são a de- sigualdade de gênero e a violência sofrida pela mulher. 27 2 UM OLHAR SOBRE A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO Dentro do espaço fabril ou fora dele, a ocupação de setores, cargos, atividades de concepção, alto nível, geralmente são preenchidas pelo tra- balhador masculino; onde; também; os mesmos cargos são ocupados pelas trabalhadoras femininas com um diferencial, a remuneração; pois o seu percentual é menor do que aquele oferecido para o /seeo masculino. A mão de obra feminina vivencia-se um aumento signifcativo e o ca- pital se apodera dessa força de trabalho precarizada. O mesmo se evidência para as condições de trabalho, essas qualifcações não param por aqui; na lista entram com muita frequência também, os trabalhadores/as imigrantes e ne- gros/as. Facilmente identifcadas em pesquisas realizadas no mundo inteiro. Analisando uma fábrica tradicional de alimentos na In- glaterra, a Choc-co, Pollert mostrou, o fato de que justa- mente nas áreas de trabalho mais valorizadas na fabrica- ção de chocolate predominam os homens trabalhadores e nas áreas ainda mais rotinizadas, que envolvem o tra- balho manual, tem sido crescente a presença feminina. (ANTUNES, 2009, p.106). Assim como o fato destacado na análise do autor, se repete em diver- sos setores, e grande capital só vem tirar vantagens com essa mão de obra desvalorizada e a mercê de uma oportunidade de trabalho, eeiste uma grande variedade quando se trata da organização e gestão da força de tra- balho, isso, quando se compara a divisão seeual do trabalho o manual e re- petitivo é atribuído às mulheres e aqueles de conhecimento técnico, con- cepção ou de grande importância são atribuídos aos homens. Isso acontece em diversos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Vale ressaltar também, que tudo isso traz consequências e as conse- quências são avassaladoras, essa divisão pesa também quando se trata de direitos direcionados ao gênero feminino; por eeemplo; sindicatos; que ee- cluem o espaço das mulheres trabalhadoras. Ao longo das últimas décadas o trabalho feminino aumentou signif- cativamente, mas que permanece em geral a mulher realizando atividades 28 de trabalho de forma dupla, ou seja, a mulher além de eeercer o trabalho fora, ela eeerce dentro de casa também de diversas formas, como dona de casa, esposa, mãe, entre outras. Isso gera uma sobre carga de trabalho e responsabilidade atribuída ao gênero feminino, mais uma vez diferenciada da masculina, e sem retorno fnanceiro algum. Uma analise do conteeto e a luta das mulheres por sua emancipação – uma ação contra as formas his- tórico-sócias da opressão masculina. (ANTUNES, 2009, p. 110). Em meados da década de 1980 ocorrem grandes trans- formações tecnológicas, a automação, a robótica e a mi- croeletrônica se inserem ao universo fabril eepandindo- se nas relações de trabalho e de produção do capital, sur- gindo daí o ´´o cronômetro e a produção em série e de massa são ´´substituídos’’ pela feeibilização da produ- ção, pela ´´especialização feeível´´, por novos padrões de busca de produtividade, por novas formas de adequa- ção da produção à lógica do mercado (ver Murray, 1983). (ANTUNES, p.39, 2009.) O brutal resultado dessas transformações foi o desemprego estrutural que atinge a grande massa em escala global, essas subjetividades que atin- ge a grande maioria dos trabalhadores afetam a sua forma de ser da classe trabalhadora tomando-a ainda mais heterogenia, fragmentada e compleei- fcada. A crise da sociedade do trabalho, nesse ponto ou perspectiva anali- sando ou negligenciada. A questão essencial aqui é: a sociedade contemporânea é ou não predominante movida pela lógica do capita, pelo sistema produtor de mercadoria? Se a resposta for afr- mativa, a crise do trabalho abstrato somente poderá ser entendida, em termos mareianos, com a redução do tra- balho vivo e a ampliação do trabalho morto. (ANTUNES, 2009, p. 97). A sociedade do trabalho como conceito ontológico seria uma taulo- gia, pois, na história até agora transcorrida, a vida social, quaisquer que se- jam suas formas modifcadas, apenas podia ser uma vida que incluísse o 29 trabalho. Somente as ideias ingênuas do paraíso e do conto do país das maravilhas fantasiavam uma sociedade sem trabalho. (KURZ, 1992, p. 26) (ANTUNES, 2009, p. 98). Hoje em tempos atuais vivemos uma nova morfologia em sentindo do trabalho que repõe seus signifcados e sentidos mais essenciais. Dessa forma é possível observar que bilhões de homens e mulheres dependem incondici- onalmente de sua força de trabalho para sobreviver e cada vez mais se depa- ram com situações precárias, miseráveis; ou seja; esses trabalhadores são obrigados a entrar no mercado de trabalho com situações instáveis simples- mente porque aquele trabalhador muitas vezes está esgotado, cansado, mas- sacrado de tanto procurar um trabalho e se submete a tal situação. Assim como, essa questão se arrasta bem antes do século XXI que ainda em pleno século XX é totalmente vital. Diante desse eeposto per- cebe-se que, assim como o mínimo de trabalhadores e trabalhadoras só aumenta, o que o capital faz? Aumenta seu número de maquinário e tec- nologia de ponta gerando com isso centenas de milhões de mulheres e ho- mens em todo o mundo desempregado, ou seja, isso gera um contingente gigante de pessoas desesperadas. Isso faz com que aceitem as condições não formalizadas deieando de lado seus direitos e conquistas após séculos de luta; um espaço marcado pela classe dominante que é constatado pelo estranhamento e alienação para com a classe trabalhadora, ou melhor, ainda; fca bem essa eepressão na face do eeército industrial de reserva a desumanização presente no con- tingente de desempregados. Diante disso a estruturação do capital e desestruturante para a huma- nidade em vários aspectos veja a seguir. Se, por um lado, necessitamos do trabalho humano e de seu potencial emancipador, devemos também recursar o trabalho que eeplora, aliena e infelicita o ser social. (AN- TUNES, 2009, p. 12). O trabalho que tem sentido estruturante para a humanidade é po- tencialmente desestruturante para o capital. (ANTUNES, 2009, p. 12). A sociedade contemporânea vem se fortalecendo nas últimas décadas; 30 tanto na maternidade como na subjetividade. O capital afnal com toda a sua dinâmica histórica faz com que a sociedadenão consiga sair de uma conjuntura de desemprego estrutural gigantesca e aumento monumental do eeército industrial de reserva o número de desempregados é muito grande. 3 VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER A muito tempo um ditado popular ecoou para milhões de mulheres em todo o mundo “em briga de marido e mulher não se mete a colher ”, infelizmente essa era a resposta que muitas dessas mulheres que sofriam violência ouviam. No entanto, não é bem assim que se aplica esse ditado popular que até então escutado com tanta naturalidade. Graças ao movimento de mu- lheres feministas desde a década de 70, que foram às ruas reivindicar ao Estado brasileiro políticas públicas e ações para enfrentar a impunidade desses agressores. Como, também, uma legislação para que a proteção e direitos dessas vítimas fossem garantidos. A essa mobilização social e o compromisso do governo brasileiro ao assinar tratados internacionais possibilitaram cons- truir e elaborar uma das leis mais reconhecidas na defesa dos direitos das mulheres, que é a Lei Maria da Penha. De acordo com os últimos dados de IPEA, (Instituto de Pesquisa Eco- nômica Aplicada), mostrado no atlas da violência de 2018, as maiores víti- mas da violência, foram jovens entre 15 e 29 anos. O Brasil é um dos países que possuem um dos mais altos índices de homicídios com uma marca histórica de 62.517, que equivale a uma proporção de 30,3 mortos por cada cem mil habitantes, 30 vezes a taea da Europa. Sendo importante ressaltar que a maior concentração desses homicí- dios se encontra no Nordeste, com 64,7 para cada 100 mil habitantes em Sergipe, 54,2 em Alagoas e 53,4 em Rio Grande do Norte. (IPEA, 2018). Cabe mencionar que 71,1% dos homicídios foram praticados com arma de fogo. A violência aumentou também de forma signifcante contra mulhe- res, negros e pardos. Vale destacar que além dos Estados mencionados an- 31 Another random document with no related content on Scribd: + + + − that government has been and is today maintained in absolute power.” (Foreword) The contents is in three parts: Intrigue; Coercion; Starvation; and there are an epilogue and appendices. “Interesting to read as a sequel to Mrs Brown’s ‘In the heart of German intrigue.’” Booklist 17:25 O ’20 “This fascinating story of political and military intrigue makes poor reading for those who blindly felt the Allies did no wrong. It constitutes a bitter arraignment of Venizelos.” Cath World 112:691 F ’21 480w Ind 103:442 D 25 ’20 140w “The book, as a whole, is well done. It is written in a clear, readable style, is carefully documented, and is unusually free from errors. Particularly good are the analysis of diplomatic situations, the different attitudes of parties and foreign powers being excellently portrayed. The book’s only noticeable defects arise from the reflexes of the author’s own temperament. Obviously a man of strong feelings, Mr Hibben seems occasionally to be slightly carried away by them.” Lothrop Stoddard New Repub 24:48 S 8 ’20 1600w “Mr Hibben’s book has the defect, on the surface, of being too much of an apologia.... Mr Hibben has given us one of the torches; it does not always burn clearly; he waves it in the air too violently at times: but it is a torch, and its light may help to show how little we + − − + understand the temperament and the good qualities of the Grecian people.” M. F. Egan N Y Times p4 Ag 1 ’20 2850w “The writer of this book had a full opportunity to study the Balkan situation and above all the Greek question. Unfortunately, all this unusual opportunity has been wasted on a book so full of inaccuracies that it is difficult to determine whether it is the mere result of journalistic carelessness or a calculated attempt to palliate truth.” A. E. Phoutrides Review 3:170 Ag 25 ’20 900w “The story is told with great skill and lucidity, and the volume is one of the most readable that has come out of any of the so-called side-shows of the war.” R of Rs 62:220 Ag ’20 350w Springf’d Republican p8 Je 5 ’20 110w HICHENS, ROBERT SMYTHE. Snake-bite, and other stories. *$1.90 (2c) Doran 19–11943 “‘Snake-bite’ is a collection of six stories, three in the approved Robert Hichens style, one an excellent little mystery, one a story of a faith healer, and one a dainty little war-time sketch. You have your + + + − + choice of the familiar East or the unfamiliar West, with or without a touch of colour.” (The Times [London] Lit Sup) The titles are: Snake- bite; The lost faith; The Hindu; The lighted candles; The nomad; The two fears. Booklist 16:347 Jl ’20 “As a teller of short stories, Mr Hichens reveals in this collection another phase of his skill. In each he shows his mastery of place and people, and his command of the illusory effects of atmosphere.” E. F. E. Boston Transcript p6 F 25 ’20 1450w “In the matter of atmosphere and sustained mood, comparable with his best work.” Cleveland p50 My ’20 30w “Of the six short stories two are dominated by the desert, while one might almost be called a plain ghost story, and these three are so markedly superior to the others that they are quite in a different class.” N Y Times 25:2 F 22 ’20 900w N Y Times 25:191 Ap 18 ’20 50w + + − + “We doubt if Mr Hichens has ever done better work than in ‘The snake bite’; the African color and atmosphere are admirably rendered.” Outlook 124:431 Mr 10 ’20 70w Springf’d Republican p11a Ap 11 ’20 480w “These stories are well told, with a brisk, practised pen. The dialogue is interesting, and the touches of light and shade well done.” The Times [London] Lit Sup p311 Je 5 ’19 400w HICKS BEACH, SUSAN EMILY (CHRISTIAN) (MRS WILLIAM FREDERICK HICKS BEACH). Shuttered doors. *$1.75 (2½c) Lane 20–7653 A story that covers several generations in the life of an English family. The figure of outstanding interest is Aletta Hulse, who is strongly influenced by association in childhood with her aunt, Ann Duller of Duller Place. Aletta inherits a fortune from an old Boer uncle, marries and brings up a family of three children, who in their turn marry. Interest in the latter part of the story centers in Andrew, one of the grandsons, to whom his grandmother bequeaths Duller + − + + + − Place. Andrew is killed in the war leaving an infant daughter to carry on the family tradition. Ath p194 F 6 ’20 80w “‘Shuttered doors’ presents one of those pictures of English life before which Americans can only stand and wonder. Perfection of detail in living has not yet been attained by us to such a degree that an entire novel can be built about it with little attention paid to plot, and not even much to characterization.” Boston Transcript p8 N 20 ’20 260w “This long, slow story of ‘upper middle-class’ life in England never rises above the deadly commonplace. Andy Duller is the most human character in the novel.” N Y Times p23 Ag 8 ’20 330w Sat R 129:478 My 22 ’20 90w “Most people will not have very much sympathy with Aletta Hulse, later Aletta Picard, but at any rate her character is consistent to the smallest detail, and the author succeeds in creating a living figure.” Spec 124:314 Mr 6 ’20 80w Springf’d Republican p11a S 26 ’20 300w + HICKS, FREDERICK CHARLES. New world order. *$3 Doubleday 341 20–14528 The book is the outcome of a course of lectures on International organization and cooperation, delivered at the summer session of 1919, in the department of public law, Columbia university. “The general purpose was to examine the League covenant analytically in its relation to (1) international organization, (2) international law, and (3) international cooperation, using the comparative method whenever precedents could be found.” (Preface) The author’s personal conviction is “that the League of nations should be supported not merely because it provides means for putting war a few steps farther in the background, but because it emphasizes the necessity for cooperation between sovereign states.” (Preface) In strictaccordance with the general purpose the contents are in three parts and the appendices contain, besides a complete draft of the treaty of peace with Germany: The Triple alliance; Russo-French alliance; The Holy alliance act; Central American treaties, December 20, 1907; Hague conventions and drafts, 1907; Treaty for the advancement of peace between the United States of America and Guatemala, September 20, 1913; Bibliography and index. Booklist 17:52 N ’20 “A useful reference manual.” Ind 163:442 D 25 ’20 70w + − + + + + “For college classes studying the legal aspects of international organization Mr Hicks’s book will doubtless be very useful. The pedagogical apparatus and Mr Hick’s treatment of the problems he discusses are unexceptionable. ‘The new world order’ is an excessively pretentious title for a volume dealing with the League of nations. Such a utopian nomenclature would have prejudiced the case for international organization even if idealism has been triumphant; under existing circumstances it is little short of absurd.” Lindsay Rogers N Y Evening Post p10 O 23 ’20 1000w “From the legal and historical points of view, an important exposition of the Versailles treaty has been gathered, coordinated, and written by Columbia’s law librarian.” Walter Littlefield N Y Times p10 O 31 ’20 1600w “The scope of Mr Hicks’s plan is so impressive and his workmanship is so excellent that it is greatly to be hoped that his volume will not be allowed to fall into oblivion, whatever the outcome of the struggle over the League in this country.” E: S. Corwin Review 3:382 O 27 ’20 800w R of Rs 62:668 D ’20 180w Survey 45:221 N 27 ’20 120w HILL, CONSTANCE. Mary Russell Mitford and her surroundings. il *$6 (*21s) (7c) Lane − + + + 20–12406 “The name of Mary Russell Mitford—the author of ‘Our village’—is dear to thousands of readers, both English and American, for she has enabled them to see nature with her eyes and to enter into the very spirit of rural life.” (Chapter 1) She was born December 16, 1787, and was a versatile writer not only of stories, but of poems and successful dramas, performed in London with John Kemble and Macready in the leading parts. Many quotations and extracts from her writings acquaint the reader with her style. The book is illustrated with drawings by Ellen G. Hill and has an index. “Speaking truthfully, ‘Mary Russell Mitford and her surroundings’ is not a good book. It neither enlarges the mind nor purifies the heart. There is nothing in it about prime ministers and not very much about Miss Mitford. Yet, as one is setting out to speak the truth, one must own that there are certain books which can be read without the mind and without the heart, but still with considerable enjoyment. To come to the point, the great merit of these scrapbooks, for they can scarcely be called biographies, is that they license mendacity.” V. W. Ath p695 My 28 ’20 2400w Booklist 17:69 N ’20 “Miss Hill has compiled an entertaining volume of literary personalia, and its attractiveness is increased by numerous drawings from her sister’s pencil.” E. F. E. Boston Transcript p6 Jl 10 ’20 1300w + + + − “As an introduction to Miss Mitford’s work and personality Miss Hill’s book is an admirable achievement. It presents the women perfectly and brings before the reader again the age wherein she lived.” H. S. Gorman N Y Times p2 Ag 29 ’20 1500w Outlook 125:615 Ag 4 ’20 50w “Our feeling on laying it down is that we had better have spent our time in reading Miss Mitford’s own account of herself in ‘Recollections of a literary life.’ Nevertheless, the book is a nice book, a very nice book (if it is largely paste and scissors).” Sat R 129:454 My 15 ’20 650w Springf’d Republican p8 Je 19 ’20 450w (Reprinted from The Times [London] Lit Sup p283 My 6 ’20) The Times [London] Lit Sup p283 My 6 ’20 1150w HILL, DAVID JAYNE. American world policies. *3.50 (7c) Doran 341.1 20–11020 As the author points out in his preface, the idea of a league of nations is so generally acceptable that many persons overlook the fact that the covenant prepared at Paris is not a “general association + − of nations,” but rather “a limited defensive alliance for the protection of existing possessions, regardless of the manner in which they were acquired.” The purpose of this book is to show that the proposed league “not only repudiates the ideas underlying our traditional foreign policy as a nation but presents a contradiction of the fundamental principles upon which our government is based.” The book is composed of eight chapters and as many documents. The chapters, which are reprinted from the North American Review are: Disillusionment regarding the League; The un-American character of the League; The president’s hostility to the Senate; The struggle of the Senate for its prerogatives; The eclipse of peace through the League; The covenant or the constitution? The nations and the law; The solemn referendum; and Epilogue. Among the documents are President Wilson’s “points”; The covenant of the League of nations; The Senate’s reservations of November 19, 1919, and of March 19, 1920. The book is indexed. Booklist 17:53 N ’20 “Dr Hill’s argument is presented with all the skill of an experienced political writer but the impression is conveyed that he is putting a microscope upon the covenant of the League and is looking for trouble in every line, without offering anything more constructive than the old order in return.” Cath World 112:399 D ’20 550w Freeman 2:93 O 6 ’20 210w “His negative part is well done and thoroughly worth consideration. His discussion, while at times heated and failing in + − − + + logic, is thoughtful and provokes thought.” C. R. Fish Nation 111:sup426 O 13 ’20 600w “It is the familiar Republican argument, but it is stated with a force, clearness, and plausibility which do not always characterize that argument. In short, if Senator Lodge could talk as clearly and convincingly as Dr Hill writes, this would make an ideal speech by him.” N Y Times p5 S 5 ’20 2450w “To say that the book is clarifying, enlightening, high-minded, and therefore of a value far transcending that of most political discussions, is only to make a legitimate critical pronouncement.” No Am 212:424 S ’20 1150w “We do not know of any book so valuable as this for the information of editors, legislators, or other students of the league problem who wish to get in clear and authoritative form the objections to the Wilson or Paris league.” Outlook 126:111 S 15 ’20 160w “The termination of the campaign against the League of nations as proposed will take from Dr Hill’s book much of its current value; yet when the history of the struggle over the Wilson league comes to be written, the discerning historian will accord to Dr Hill’s labors an important place among the efforts of those who fought to assert the + − + belief that American independence and true internationalism are not incompatible things.” E: S. Corwin Review 3:381 O 27 ’20 1400w R of Rs 62:221 Ag ’20 140w HILL, FREDERICK TREVOR. High school farces. *$1 Stokes 812 20–19677 A foreword says: “The scarcity of short farces, suitable for junior amateurs seems to justify the publication of this little volume.... The three simple little farces included herein were written for a boys’ club and a boy scout troop.... As they require very little study and a minimum of ‘properties and effects,’ it is thought they may prove useful to those in search of such material.” The first play, “Dinner’s served,” represents a southern scene near a camp during the Spanish American war and introduces two negro characters. The second, “A heathen Chinee,” is set in California, with cowboys, miners and a Chinese cook among the characters. The third, “A knotty problem,” is a boy scout play. “It is with deep regret that one lays down this book from the pen of the gifted writer of those fine stories, ‘On the trail of Washington’ and ‘On the trail ofGrant and Lee,’ for something better had been anticipated.” N Y Evening Post p15 N 13 ’20 130w + + HILL, FREDERICK TREVOR. Tales out of court. *$1.60 (3c) Stokes 20–18659 The book is a collection of lawyers’ stories of legal cases and court- room scenes and of unusual incidents and characters. The stories are: Exhibit No. 2; The shield of privilege; The woman in the case; Two fishers of men; The unearned increment; The judgment of his peers; Of disposing memory; Submitted on the facts; The personal equation; In the presence of the enemy; A debt of honor; The weapons of a gentleman; Pewee—gladiator; Peregrine Pickle; Charity suffereth long; War. “His touch is sure, his pen facile, his plots unusual and fascinating.” N Y Times p19 N 28 ’20 230w Outlook 126:600 D 1 ’20 30w “The plots are so cleverly manipulated that the reader is sure to get a number of surprises, about at the denouement of each story.” Springf’d Republican p8 Ja 4 ’21 190w HILL, HIBBERT WINSLOW.[2] Sanitation for public health nurses. *$1.35 Macmillan 614 19–19494 + + − + − “The development of public health nursing in the United States has naturally created a demand for books on the subject. The book written by Dr Hill endeavors to give in a brief and concise manner the elements of sanitation and public health, with which a nurse must be acquainted in her work.” (Survey F 14 ’20) “It is devoted chiefly to the problems of isolation and immunology and touches but lightly upon such great modern movements as the infant welfare campaign and the campaign for better nutrition among school children.” (Survey S 15 ’20) “A survey of hygiene and immediately related medical procedures which can be heartily recommended.” Review 3:112 Ag 4 ’20 80w “Too much space seems to be given to infectious diseases of which the nurse must necessarily learn from a study of other sources, while too little space is devoted to the important questions of food, water, milk, etc., and no space at all to dietetics.” G: M. Price Survey 43:592 F 14 ’20 170w “His chapters on the general course of an infectious disease, on the diagnosis and etiology of the commoner specific communicable diseases, on immunity and on epidemiology are sound in substance and brilliant in form.” C. E. A. Winslow Survey 44:732 S 15 ’20 330w HILL, JAMES LANGDON. Worst boys in town, and other addresses to young men and women, boys + and girls. $2.50 (2½c) Stratford co. 252 20–3809 A collection of addresses, given in all parts of the United States, on righteous moral living for young people, each address based on an appropriate scriptural text. Partial list of contents: The clean sporting spirit; The morals of money; The stick girls of Venice; The sound and robust have no monopoly; Becoming a lady; A difference in cradles; Doing the handsome thing; Modern methods of Christian nurture. Dr Hill is author also of “Favorites of history”; “Memory comforting sorrow”; “The scholar’s larger life,” etc. Boston Transcript p5 N 6 ’20 470w HILL, JOHN ARTHUR. Psychical miscellanea. *$1.35 (3c) Harcourt 130 20–26542 “Being papers on psychical research, telepathy, hypnotism, Christian science, etc.” (Subtitle) They are a collection of articles, each dealing with some aspect of psychical research, which have appeared in various periodicals. As a psychical investigator his treatment of every subject is sympathetic even where he suspends judgment. This is the case in his attitude towards Christian science to which he is not an adherent, but towards which he keeps “an open mind” for, he says, “I do believe that the power of the mind over the + + − − + body is so great that almost anything is possible; and I think that the medical advance of the next half-century will be chiefly in this hitherto neglected direction.” Contents: Death; If a man die, shall he live again? Psychical research—its method, evidence, and tendency; The evolution of a psychical researcher; Do miracles happen? The truth about telepathy; The truth about hypnotism; Christian Science; Joan of Arc; Is the earth alive? Religious belief after the war. “Interesting, but not a representative work to be required by most small or medium sized libraries, although coming from an authoritative source.” Booklist 16:297 Je ’20 “Mr Hill knows the temper of science and presents a brief which the advocate of the opposite view can respect, while he is convinced that it is penetrated with fallacy and shot through and through with an unwarranted personalism.” Joseph Jastrow Dial 69:206 Ag ’20 400w Nation 111:49 Jl 10 ’20 290w “The papers are all of a popular quality, skimming lightly and gracefully over the surface of their subjects and carrying what frequently passes as a literary atmosphere derived from numerous quotations of both prose and verse.” N Y Times 25:18 Jl 4 ’20 170w The Times [London] Lit Sup p635 N 6 ’20 50w + − HILL, JOHN WESLEY. Abraham Lincoln, man of God. *$3.50 Putnam 20–21413 The object of the book is not to be a biography of Lincoln, but to reveal his deeply religious soul. “A candid examination of the evidence will show that the religious element in Lincoln’s life was its dominant factor; that his character as a politician and as a statesman was determined by his character as a Christian; and that he drew from the story of the ‘Man of sorrows’ the conclusion that God rules the world in a personal way.” (Preface) The book contains a tribute by Lloyd George, a foreword by Leonard Wood and an introduction by Warren G. Harding. There are appendices, a bibliography and an index. “If the book had been written solely to prove that Lincoln was an orthodox Christian it would not have been worth the writing or the reading, and the few chapters that Dr Hill devotes to that unprofitable subject are the least worthwhile in the whole work. But the bulk of Dr Hill’s book is of much value.” NY Times p1 D 5 ’20 800w R of Rs 53:222 F ’21 190w “Abraham Lincoln has been written about in so many books that the average American would know Lincoln if he met him on the street. Dr Hill in this book has gone a step further and has given an insight into his real character which is worth while. The chapter on ‘The education of a president’ is of especial interest to Americans today. ‘A Christian view of labor’ also is timely.” J: E: Oster + + − Survey 45:579 Ja 15 ’21 180w HILL, OWEN ALOYSIUS.[2] Ethics, general and special. *$3.50 Macmillan 170 20–15460 “From the point of view of Catholic doctrine the author of this work discusses what’s wrong with man and the world as they are determined by modern philosophy and ethics. ‘The whole trouble with modern philosophy,’ he says, ‘is rank subjectivism, and subjectivism is, perhaps, most destructive in the domain of ethics.’” The first half of the work dealing with ‘General ethics,’ discusses the general nature of humanity in its attitude towards morality and in relation to final destiny; the second half discusses ‘Special ethics’ as applied to individual responsibility consequent upon his belief in an acceptance of religious duties.”—Boston Transcript Boston Transcript p3 D 4 ’20 270w “The question of Woman suffrage might have been treated more sympathetically and Dr Bouquillon’s treatise on the school question discussed more fairly.” Cath World 112:690 F ’21 100w + + + − “The style is bright and easy and the English is clear and vigorous. The spirit of Catholicity of course, pervades the whole book. It is the teaching of such men as St Augustine, Bonaventure, Aquinas, and Liguori crystallized in twentieth century English.” C: A. Dougherty N Y Evening Post p8 Ja 8 ’21 610w “The whole book is well written, fresh and lucid, and in its way thoroughly scholarly, but its main appeal must be to Catholics.” Springf’d Republican p9a O 24 ’20 240w “The book affords interesting light on the workings of a trained, devout mind. There are Roman Catholic writers on social problems whose views offer in the main much more salutary guidance thanFather Hill’s.” H: Neumann Survey 45:332 N 27 ’20 180w HILLIS, NEWELL DWIGHT. Rebuilding Europe in the face of world-wide bolshevism. *$1.50 (3c) Revell 940.314 20–2359 The author calls his book “a study of repopulation.” His motives are hatred for Germany and fear of bolshevism. Contents: Germany: her human losses and the reflex influence of the war upon her people; France: the rebuilding of her people; Great Britain: her losses + − upon land and sea, and her new position among the nations of the earth; Russia, and the fruits of bolshevism; Rebuilding the little nations of the East; The crime of Bolshevists in alienating Americans from America; The United States; and reasons why our citizens should love their country; Notes, and references to authorities. R of Rs 61:556 My ’20 40w “Making all allowance for rhetorical effect, and discounting errors due to haste and careless work, the fact remains that America needs several persons of this type to serve as prophets of the greatness of this country and the sanity and sanctity of its fundamental principles.” Springf’d Republican p10 Ap 23 ’20 520w HILLYER, ROBERT SILLIMAN. Five books of youth. *$1.50 Brentano’s 811 20–7792 “Mr Hillyer’s five books are headed, A miscellany, Days and seasons, Eros, The garden of Epicurus, and Sonnets. The range is remarkable, from the brilliant alliterative imagery of Esther dancing and the glowing medieval quaintness of Hunters to crisp snatches of epigram and passionate love sonnets. Some of the best work is descriptive of French scenes.”—Springf’d Republican