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Por: Thiago Braz Outros resumos em: https://linktr.ee/thibraz_ 
Instagram: @thibraz_ 1 
S4P1: Sistema Límbico e Sistema Autônomo 
Objetivos 
• Compreender os componentes e funções do sistema 
límbico; 
• Estudar a divisão autônoma do sistema nervoso. 
 
Sistema Límbico 
• Originalmente, o termo “límbico” era usado para des-
crever as estruturas da borda, ao redor das regiões ba-
sais do prosencéfalo. 
 
• Porém, conforme se aprendeu mais sobre as funções 
do sistema límbico, o termo sistema límbico foi ex-
pandido para significar todo o circuito neuronal que 
controla o comportamento emocional e as forças mo-
tivacionais. 
 
• É uma margem de córtex cerebral na face medial de 
cada hemisfério, que também está relacionada com o 
controle do SNA. 
 
→Componentes do sistema 
límbico 
• Não há um consenso completo sobre quais estruturas 
deveriam fazer parte do sistema límbico. 
 
• A maioria dos autores considera 2 grupos de estrutu-
ras: 
-Componentes corticais; 
-Componentes subcorticais. 
 
 
 
 
→Componentes corticais 
• Giro do cíngulo: 
-Contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hi-
pocampal pelo istmo do giro do cíngulo; 
 
-É percorrido por um feixe de fibras: fascículo do cín-
gulo. 
 
• Giro para-hipocampal: situado na face inferior do 
lobo temporal. 
 
• Hipocampo: 
-Eminência alongada e curva que se situa no assoalho 
do corno inferior dos ventrículos laterais; 
 
-Projeta-se para o corpo mamilar e área septal através 
de um feixe compacto de fibras, o fórnix. 
 
→Componentes subcorticais 
• Corpo amigdaloide/núcleo amigdaloide/amígdala: 
-É um dos núcleos da base; 
 
-Situado no lobo temporal, próximo ao uncus. 
 
• Área septal: 
-Situada abaixo do rostro do corpo caloso, anterior-
mente à lâmina terminal e à comissura anterior; 
 
-Compreende grupos de neurônios de disposição sub-
cortical conhecidos como núcleos septais; 
 
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-Tem conexões com o hipotálamo e com a formação 
reticular. 
 
• Núcleos mamilares: 
-Pertencem ao hipotálamo e se situam nos corpos ma-
milares; 
 
-Recebem fibras do hipocampo que chegam pelo fór-
nix e se projetam principalmente para os núcleos an-
teriores do tálamo e para a formação reticular. 
 
• Núcleos anteriores do tálamo: recebem fibras dos 
núcleos mamilares e se projetam para o giro do cín-
gulo. 
 
• Núcleos habenulares: 
-Situam-se na região do trígono das habênulas no epi-
tálamo; 
 
-Recebem fibras aferentes pela estria medular e proje-
tam-se para o núcleo interpeduncular do mesencéfalo. 
 
Sistema Nervoso Autônomo
• O sistema nervoso autônomo, juntamente com o sis-
tema nervoso somático, constitui divisões do sistema 
nervoso periférico. 
 
• Estruturalmente, o SNA é formado por: 
1. Neurônios sensitivos autônomos; 
2. Centros integradores no SNC; 
3. Neurônios motores autônomos; 
 
Sistema nervoso entérico (SNE) era antigamente considerado parte 
do SNA. 
 
→Comparação SNA e SNS 
• Sistema nervoso somático (SNS): 
-Neurônios sensitivos somáticos: transmitem aferên-
cias de receptores para os sentidos somáticos e para os 
sentidos especiais. Esses estímulos são percebidos 
conscientemente. 
 
-Neurônios motores somáticos: inervam músculos es-
queléticos, gerando movimentos voluntários e refle-
xos. A estimulação do músculo promove contração e 
a falta de estimulação, relaxamento, paralisia e perda 
do tônus muscular. Axônio se estende do SNC até as 
fibras musculares. 
 
• Sistema nervoso autônomo (SNA): 
-Neurônios sensitivos autônomos/viscerais: associa-
dos principalmente a interoceptores, que monitoram 
as condições do ambiente interno. Maioria não é per-
cebida de forma consciente; 
 
-Neurônios motores autônomos: regulam as funções 
viscerais por meio do aumento (excitação) ou da dimi-
nuição (inibição) da ação dos efetores. Maioria das 
vias é formada por 2 neurônios: pré e pós-ganglionar; 
 
-Parte motora possui 2 divisões: parte simpática (re-
pouso e digestão) e parte parassimpática (luta ou 
fuga). A maioria dos órgãos possui inervação dupla, 
pois recebem impulsos de ambas as divisões do SNA. 
 
→Anatomia das vias motoras 
autônomas 
• Componentes anatômicos: 
-Neurônio pré-ganglionar; 
-Gânglios autônomos; 
-Neurônio pós-ganglionar; 
-Plexos autônomos. 
 
• Sequência do impulso nervoso: corpo celular do 
neurônio pré-ganglionar (SNC) → axônio do pré-gan-
glionar (nervo) → corpo celular do neurônio pós-gan-
glionar (gânglio autônomo) → axônio do pós-gangli-
onar → efetor visceral. 
 
→Neurônios pré-ganglionares 
• Primeiro neurônio de qualquer via autônoma. 
 
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• Seu corpo celular está no encéfalo ou na medula espi-
nhal e seu axônio deixa o SNC por um nervo craniano 
ou espinal. 
 
• Possui axônio tipo B mielinizado, com diâmetro pe-
queno e que normalmente se estende até um gânglio 
autônomo para fazer sinapse com um neurônio pós-
ganglionar. 
 
• Pré-ganglionares simpáticos: 
-Corpos celulares nos cornos laterais da substância 
cinzenta da medula nos 12 segmentos torácicos (T1-
T12) e nos 2 primeiros segmentos da lombar (L1 e 
L2); 
 
-Por isso, é chamada de parte toracolombar; 
 
-Axônios são chamados de efluxo toracolombar. 
 
 
 
• Pré-ganglionar parassimpático: 
-Corpos celulares nos núcleos de 4 nervos cranianos 
do tronco encefálico (III, VII, IX, X) e nos cornos la-
terais de substância cinzenta do segundo até o quarto 
segmento sacral da medula espinal (S2-S4); 
 
-Por isso, é chamada de parte craniossacral; 
 
-Axônios chamados de efluxo craniossacral. 
 
 
→Gânglios autônomos 
• Divididos em 2 grupos: gânglios simpáticos e gânglios 
parassimpáticos. 
 
• Gânglios simpáticos: 
-São o local de sinapse entre neurônios pré e pós-gan-
glionares simpáticos; 
 
-2 tipos principais de gânglios simpáticos: gânglios do 
tronco simpático e gânglios pré-vertebrais; 
 
-Gânglios do tronco simpático/gânglios da cadeia 
vertebral/gânglios paravertebrais: situam-se em 
uma fileira vertical nos 2 lados da coluna vertebral, da 
base do crânio ao cóccix. A maioria dos axônios pré-
ganglionares são curtos, pois estão próximos à me-
dula, diferente dos pós que são longos. 
 
Os axônios pós-ganglionares destes gânglios inervam especial-
mente órgãos localizados acima do diafragma, como a cabeça, o 
pescoço, os ombros e o coração. Os gânglios situados no pescoço 
têm nomes específicos: são os gânglios cervicais superior, médio e 
inferior. Os demais gânglios não são nomeados. 
 
-Gânglios pré-vertebrais/colaterais: situados anteri-
ormente à coluna vertebral, próximos às grandes arté-
rias abdominais. Em geral, os axônios pós-gangliona-
res provenientes dos gânglios pré-vertebrais, inervam 
órgãos abaixo do diafragma. Existem 5 grupos princi-
pais de gânglios pré-vertebrais. 
 
(1) Gânglios celíacos: situam-se a cada lado do tronco celíaco, uma 
artéria que está localizada logo abaixo do diafragma; 
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(2) Gânglio mesentérico superior: próximo da artéria mesentérica 
superior na parte superior do abdome; 
 
(3) Gânglio mesentérico inferior: próximo do início da artéria me-
sentérica inferior na parte média do abdome; 
 
(4) Gânglios aorticorrenais e (5) gânglios renais: próximos da artéria 
renal de cada rim. 
 
• Gânglios parassimpáticos: 
-Axônios pré-ganglionares da parte parassimpática fa-
zem sinapse com neurônios pós-ganglionares de gân-
glios terminais/intramurais; 
 
-A maioria destes gânglios situa-se próximo ou dentro 
da parede de um órgão visceral. 
 
Os gânglios terminais da cabeça têm nomes específicos: são os gân-
glios ciliar, pterigopalatino, submandibular e ótico. Os demais gân-
glios não são nomeados. Como os gânglios terminais estão próxi-
mos ou dentro da parede dos órgãos viscerais, os axônios pré-gan-
glionares parassimpáticos são longos, ao contrário dos axônios pós-
ganglionares, que são curtos. 
 
→Neurônios pós-ganglionares 
• Segundo neurônio de qualquer via autônomo. 
 
• Situado totalmente fora do SNC, pois seu corpo celu-
lar e dendritos estão em um gânglio autônomo e fazem 
sinapse com um ou mais neurônios pré-ganglionares. 
 
• Possui axônio tipo C amielinizado, com diâmetro pe-
queno e que termina em um efetor visceral. 
 
• Sinapse com neurônios pré-ganglionares simpáti-
cos: depois que os axônios pré-ganglionares simpáti-
cos chegam aos gânglios do tronco simpático, eles po-
dem se conectar com os neurônios pós-ganglionares 
de uma das maneiras a seguir: 
1. Um axônio pode fazer sinapse com os neurônios 
pós-ganglionares mais próximos; 
 
2. Um axônio pode subir ou descer para um gânglio 
mais alto ou mais baixo antes de fazer sinapse com 
neurônios pós-ganglionares. Os axônios dos neu-
rônios pré-ganglionares que sobem ou descem den-
tro do tronco simpático formam as cadeias simpá-
ticas – fibras que conectam os gânglios entre si; 
 
3. Um axônio pode atravessar, sem realizar sinapse, 
um gânglio do tronco simpático e chegar a um gân-
glio pré-vertebral, onde faz sinapse com neurônios 
pós-ganglionares; 
 
4. Um axônio pode atravessar, também sem realizar 
sinapse, um gânglio do tronco simpático e então se 
projetar para células cromafins das medulas das 
glândulas suprarrenais, funcionalmente semelhan-
tes aos neurônios pós-ganglionares simpáticos. 
 
Uma única fibra pré-ganglionar simpática tem muitos axônios cola-
terais e pode fazer sinapse com mais de 20 neurônios pós-ganglio-
nares. Este tipo de projeção é um exemplo de divergência e ajuda a 
explicar por que várias respostas autônomas afetam quase todo o 
corpo simultaneamente. Depois de sair de seus gânglios, os axônios 
pós-ganglionares normalmente terminam em vários efetores visce-
rais. 
 
• Sinapse com neurônios pré-ganglionares parassim-
páticos: 
-Os axônios de neurônios pré-ganglionares da parte 
parassimpática chegam a gânglios terminais próximos 
ou dentro de um efetor visceral; 
 
-No gânglio, o neurônio pré-sináptico geralmente faz 
sinapse com apenas quatro ou cinco neurônios pós-si-
nápticos que suprem um único efetor visceral; 
 
-Assim, as respostas parassimpáticas são restritas a 
apenas um efetor. 
 
 
 
→Plexos autônomos 
• No tórax, no abdome e na pelve, os axônios de neurô-
nios simpáticos e parassimpáticos formam redes co-
nhecidas como plexos autônomos. 
 
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• Muitos dos plexos estão localizados junto a grandes 
artérias e também contêm gânglios simpáticos e axô-
nios de neurônios sensitivos autônomos. 
 
• Os maiores plexos torácicos são o plexo cardíaco, que 
supre o coração, e o plexo pulmonar, que inerva a ár-
vore brônquica. 
 
• O abdome e a pelve também apresentam plexos autô-
nomos importantes, em geral denominados conforme 
a artéria com a qual são distribuídos: 
-Plexo celíaco (solar): é o maior plexo autônomo e 
está localizado em torno do tronco celíaco. Ele en-
volve dois grandes gânglios celíacos, dois gânglios 
aorticorrenais e uma densa rede de axônios autônomos 
distribuídos no estômago, no baço, no pâncreas, no fí-
gado, na vesícula biliar, nos rins, nas medulas das 
glândulas suprarrenais, nos testículos e nos ovários; 
 
-Plexo mesentérico superior: envolve o gânglio me-
sentérico superior e inerva os intestinos delgado e 
grosso; 
 
-Plexo mesentérico inferior: envolve o gânglio me-
sentérico inferior, que supre o intestino grosso. Axô-
nios de alguns neurônios pós-ganglionares simpáticos 
do gânglio mesentérico inferior também se projetam 
para o plexo hipogástrico, anterior à quinta vértebra 
lombar, que inerva os efetores viscerais pélvicos; 
 
-Plexo renal: envolve o gânglio renal e supre as arté-
rias renais e os ureteres. 
 
 
→Neurotransmissores e recep-
tores do SNA 
• Os neurônios autônomos são classificados, conforme 
o neurotransmissor liberado, em colinérgico ou adre-
nérgico. 
 
• Os receptores dos neurotransmissores são proteínas 
integrais de membrana localizadas na membrana plas-
mática de um neurônio pós-sináptico ou de uma célula 
efetora. 
 
→Neurônios e receptores colinérgicos 
• Os neurônios colinérgicos liberam o neurotransmissor 
acetilcolina (ACh). 
 
• No SNA, os neurônios colinérgicos incluem: 
-Neurônios pré-ganglionares simpáticos e parassim-
páticos; 
 
-Neurônios pós-ganglionares simpáticos que inervam 
as glândulas sudoríferas; 
 
-Neurônios pós-ganglionares parassimpáticos (todos). 
 
• Sequência: produzida → armazenada em vesículas si-
nápticas → liberada por exocitose na fenda sináptica 
→ liga-se a receptores colinérgicos → captada/difun-
dida → degradada por acetilcolinesterase (AChE). 
 
• Receptores nicotínicos: 
-Encontrados na membrana plasmática de dendritos e 
corpos celulares de neurônios pós-ganglionares sim-
páticos e parassimpáticos, na membrana plasmática 
das células cromafins da medula da glândula suprarre-
nal e na placa motora da junção neuromuscular; 
 
-São ionotrópicos: ligados a canais iônicos; 
 
-Recebem essa denominação porque a nicotina mime-
tiza a ação da ACh quando se liga a eles. 
 
A nicotina, substância encontrada nas folhas de tabaco, não ocorre 
naturalmente em humanos e, de modo geral, está ausente em não 
fumantes. 
 
-A ativação de receptores nicotínicos pela ACh 
causa a despolarização e, portanto, a excitação da 
célula pós-sináptica. 
 
• Receptores muscarínicos: 
-Encontrados na membrana plasmática de todos os 
efetores (músculo liso, músculo cardíaco e glândulas) 
inervados por axônios pós-ganglionares parassimpáti-
cos; 
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-Maioria das glândulas sudoríferas é inervada por neu-
rônios pós-ganglionares simpáticos colinérgicos e 
apresenta receptores muscarínicos; 
 
-São metabotrópicos: associados a proteínas G; 
 
-Foram nomeados assim porque a muscarina, toxina 
encontrada em cogumelos, mimetiza a ação da ACh 
que se liga a eles; 
 
-A ativação de receptores muscarínicos pode causar 
despolarização (excitação) ou hiperpolarização (inibi-
ção), dependendo de que tipo de célula tenha estes re-
ceptores. 
 
• A nicotina não ativa receptores muscarínicos, e a mus-
carina não ativa receptores nicotínicos, mas a ACh 
ativa ambos os tipos de receptores colinérgicos. 
 
• Como a acetilcolina é rapidamente inativada pela en-
zima acetilcolinesterase (AChE), os efeitos desenca-
deados por neurônios colinérgicostêm curta duração. 
 
 
 
→Neurônios e receptores adrenérgicos 
• No SNA, os neurônios adrenérgicos liberam norepine-
frina, também conhecida como noradrenalina. 
 
• A maior parte dos neurônios pós-ganglionares simpá-
ticos é adrenérgica. 
 
• Sequência: produzida → armazenada em vesículas si-
nápticas → liberada por exocitose na fenda sináptica 
→ liga-se a receptores colinérgicos → captada/difun-
dida → degradada por enzimas. 
 
• A noradrenalina pode causar excitação ou inibição da 
célula efetora. 
 
• Os receptores adrenérgicos se ligam à norepinefrina e 
à epinefrina. 
 
• A norepinefrina pode ser liberada como neurotrans-
missor por neurônios pós-ganglionares simpáticos ou 
secretada como hormônio na corrente sanguínea pelas 
células cromafins da medula da glândula suprarrenal; 
a epinefrina é liberada apenas como hormônio. 
 
• Os dois principais tipos de receptores adrenérgicos 
são os receptores alfa (α) e os receptores beta (β): 
-Encontrados em efetores viscerais inervados pela 
maioria dos axônios pós-ganglionares simpáticos; 
 
-Classificados em subtipos de acordo com suas res-
postas específicas e com sua ligação seletiva com fár-
macos que os ativam ou bloqueiam; 
 
-Embora existam algumas exceções, a ativação dos re-
ceptores α1 e β1 geralmente causa excitação, e a ati-
vação dos receptores α2 e β2 gera inibição dos tecidos 
efetores; 
 
-Os receptores β3 são encontrados apenas nas células 
do tecido adiposo marrom e sua ativação causa termo-
gênese (produção de calor); 
 
-As células da maioria dos efetores contêm receptores 
alfa ou beta; algumas células efetoras viscerais apre-
sentam ambos; 
 
-A norepinefrina estimula mais os receptores alfa do 
que os beta; a epinefrina é um potente estimulador de 
ambos os receptores. 
 
• Finalização da atividade da noradrenalina: 
-Quando é captada pelo axônio que a liberou; 
 
-Quando é enzimaticamente inativada pela catecol-O-
metiltransferase (COMT) ou pela monoamina oxidase 
(MAO) 
 
• Em comparação com a ACh, a norepinefrina perma-
nece na fenda sináptica por um período maior. Assim, 
os efeitos desencadeados por neurônios adrenérgicos 
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são normalmente mais duradouros que aqueles gera-
dos por neurônios colinérgicos. 
 
→Receptores agonistas e antagonistas 
• Fármacos e produtos naturais pode ativar ou bloquear 
seletivamente receptores colinérgicos ou adrenérgicos 
específicos. 
 
• Agonista: substância que ativa um receptor quando se 
liga a ele, mimetizando o efeito de um neurotransmis-
sor ou hormônio endógenos; 
 
A fenilefrina, agonista dos receptores adrenérgicos α1, é um ingre-
diente comum em medicamentos para resfriados e rinites. Por gerar 
a constrição de vasos sanguíneos na túnica mucosa do nariz, a feni-
lefrina reduz a produção de muco, diminuindo a congestão nasal. 
 
• Antagonista: substância que bloqueia um receptor 
quando se liga a ele, evitando a ação de um neuro-
transmissor ou hormônio endógenos. 
 
A atropina bloqueia receptores muscarínicos de ACh, causando di-
latação pupilar, redução das secreções glandulares e relaxamento do 
músculo liso do sistema digestório. Devido a esses efeitos, a atro-
pina é utilizada na dilatação pupilar durante exames oftalmológicos, 
no tratamento de distúrbios da musculatura lisa como irite e hiper-
motilidade intestinal, e como antídoto contra armas químicas que 
inativam a acetilcolinesterase. 
 
→Fisiologia do SNA 
→Tônus autônomo 
• Consiste no equilíbrio entre a atividade simpática e 
parassimpática para órgãos com inervação dupla. 
 
• É regulado pelo hipotálamo. 
 
• De modo geral, quando o hipotálamo aumenta o tônus 
simpático, ele diminui o parassimpático e vice-versa. 
As duas partes podem afetar os órgãos de maneiras 
distintas porque seus neurônios pós-ganglionares libe-
ram neurotransmissores diferentes e seus órgãos efe-
tores apresentam diferentes receptores adrenérgicos e 
colinérgicos. 
 
• Em órgãos que possuem apenas inervação simpática, 
o aumento e a diminuição do tônus simpático provoca 
efeitos antagônicos. 
 
→Respostas simpáticas 
• A atividade simpática predomina durante estresse 
emocional ou físico. 
 
• Influencia o organismo de 2 formas simultâneas: 
1. Favorece atividades que suportam atividade física 
vigorosa e rápida produção de ATP; 
2. Reduz funções corporais que favorecem o armaze-
namento de energia. 
 
• Ativado em “situações E”: 
-Exercício; 
-Emergência; 
-Excitação; 
-Embaraço. 
 
• A atuação da parte simpática e a liberação de hormô-
nios pela medula das suprarrenais gera uma série de 
respostas chamadas de repostas de luta ou fuga. 
 
• Os efeitos simpáticos têm maior duração e são mais 
difundidos por 3 motivos: 
1. Axônios pós-ganglionares simpáticos apresentam 
maior divergência, logo, uma quantidade maior de 
tecidos é ativada ao mesmo tempo; 
 
2. Acetilcolinesterase rapidamente inativa a acetilco-
lina, mas a norepinefrina permanece na fenda si-
náptica por um período maior; 
 
3. Epinefrina e norepinefrina secretadas pela medula 
das glândulas suprarrenais intensificam e prolon-
gam as respostas causadas pela norepinefrina libe-
rada pelos axônios pós-ganglionares simpáticos. 
Estes hormônios circulam por todo o corpo na cor-
rente sanguínea, afetando todos os tecidos que te-
nham receptores alfa e beta. No tempo ideal, a no-
repinefrina e a epinefrina circulantes são inativadas 
por enzimas no fígado. 
 
→Respostas parassimpáticas 
• A parte parassimpática intensifica as respostas de re-
pouso e digestão. 
 
• Sua atividade permite que as funções corporais con-
servem e restaurem energia. 
 
• Cinco atividades estimuladas principalmente pela 
parte parassimpática: 
1. Salivação; 
2. Lacrimejamento; 
3. Micção; 
4. Digestão; 
5. Defecação. 
 
• Além destas, existem 3 respostas conhecidas como as 
“3 diminuições”: 
-Da frequência cardíaca; 
-Do diâmetro das pupilas (miose); 
-Do diâmetro das vias respiratórias (broncoconstri-
ção). 
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COMPARAÇÃO ENTRE OS EFEITOS DAS PARTES SIMPÁTICA E PARASSIMPÁTICA DO SNA 
EFETOR VISCERAL 
EFEITO DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA 
(receptores α ou β-adrenérgicos, exceto 
quando mencionado outro receptor 
EFEITO DA ESTIMULAÇÃO 
PARASSIMPÁTICA 
(receptores ACh muscarínicos) 
GLÂNDULAS 
Medula das glândulas 
suprarrenais 
Secreção de epinefrina e de norepinefrina (receptores de ACh 
nicotínicos). 
Sem inervação. 
Glândulas lacrimais Discreta secreção de lágrimas (a). Secreção de lágrimas. 
Pâncreas Inibe a secreção de enzimas digestivas e de insulina (α2); 
promove a secreção de glucagon (β2). 
Secreção de enzimas digestivas e de insu-
lina. 
Neuro-hipófise Secreção de hormônio antidiurético (HAD) (β1). Sem inervação. 
Pineal Aumenta a síntese e a liberação de melatonina (β). Sem inervação. 
Glândulas sudoríferas Aumenta a sudorese na maior parte do corpo (receptores de 
ACh muscarínicos); sudorese nas palmas das mãos e nas 
plantas dos pés (α). 
Sem inervação. 
Tecido adiposo† Lipólise (decomposição de triglicerídios em ácidos graxos e 
glicerol) (β1); liberação de ácidos graxos na corrente sanguí-
nea (β1 e β3). 
Sem inervação. 
Fígado† Glicogenólise (conversão de glicogênio em glicose); glicone-
ogênese (conversão de não carboidratos em glicose); dimi-
nuição da secreção de bile (α e β2). 
Síntese deglicogênio; aumento da secreção 
de bile. 
Células justaglomerula-
res do rim† 
Secreção de renina (β1). Sem inervação. 
CORAÇÃO 
Músculo cardíaco Aumento da frequência cardíaca e da força das contrações 
atriais e ventriculares (β1). 
Diminuição da frequência cardíaca e da 
força de contração atrial. 
MÚSCULO LISO 
Íris, músculo dilatador 
da pupila 
Contração → dilatação pupilar (α1). Sem inervação. 
Íris, músculo esfíncter 
da pupila 
Sem inervação. 
 
Contração → constrição pupilar. 
Músculo ciliar do bulbo 
do olho 
Relaxamento para ajustar o formato da lente para visão de 
longe (β2). 
Contração para visão de perto. 
Pulmões, musculatura 
brônquica 
 
Relaxamento → broncodilatação (β2). Contração → broncoconstrição. 
Vesícula biliar e ductos 
biliares 
Relaxamento para facilitar o armazenamento de bile na vesí-
cula biliar (β2). 
Contração → liberação de bile no intestino 
delgado. 
Estômago e intestinos 
 
Diminuição da motilidade e do tônus (α1, α2, β2); contração 
de esfíncteres (α1). 
Aumento da motilidade e do tônus; relaxa-
mento de esfíncteres. 
Baço 
 
Contração e liberação do sangue armazenado para a circula-
ção geral (α1). 
Sem inervação. 
Ureter Aumento da motilidade (α1). Aumento da motilidade (?). 
Bexiga urinária 
 
Relaxamento da parede (β2); contração do esfíncter uretral 
interno (α1). 
Contração da parede; relaxamento do esfínc-
ter uretral interno. 
Útero 
 
Inibe a contração em não gestantes (β2); estimula a contração 
em gestantes (α1). 
Efeitos mínimos. 
Órgãos sexuais 
 
 
Em homens: contração dos músculos lisos do ducto defe-
rente, da próstata e da glândula seminal, resultando na ejacu-
lação (α1). 
Vasodilatação; ereção do clitóris (mulheres) 
e do pênis (homens). 
Folículos pilosos, múscu-
los eretores dos pelos 
Contração → piloereção, provocando arrepios (α1). Sem inervação. 
MÚSCULO LISO VASCULAR 
Arteríolas das glândulas 
salivares 
Vasoconstrição, diminuindo a secreção de saliva (α1). Vasodilatação, aumentando a produção de 
saliva. 
Arteríolas das glândulas 
gástricas 
Vasoconstrição, inibindo a secreção (α1). Secreção de suco gástrico. 
Arteríolas das glândulas 
intestinais 
Vasoconstrição, inibindo a secreção (α1). Secreção de suco intestinal. 
Arteríolas coronarianas Relaxamento → vasodilatação (β2); 
contração → vasoconstrição (α1, α2); 
contração → vasoconstrição (receptores de ACh muscaríni-
cos). 
Contração → vasoconstrição. 
Arteríolas da pele e de 
túnicas mucosas 
Contração → vasoconstrição (α1). Vasodilatação, que pode não ser fisiologica-
mente significativa. 
Arteríolas de músculos Contração → vasoconstrição (α1); Sem inervação. 
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esqueléticos relaxamento → vasodilatação (β2); 
relaxamento → vasodilatação (receptores de ACh muscaríni-
cos). 
Arteríolas de viscerais 
abdominais 
Contração → vasoconstrição (α1, β2). Sem inervação. 
Arteríolas encefálicas Discreta contração → vasoconstrição (α1). Sem inervação. 
Arteríolas renais Vasoconstrição → diminuição do volume urinário (α1). Sem inervação. 
Veias sistêmicas Contração → constrição (α1); relaxamento → dilatação (β2). Sem inervação. 
→Reflexos autônomos 
• São respostas que acontecem quando impulsos nervo-
sos passam por um arco reflexo autônomo. 
 
• Fundamentais na regulação de certas funções corpo-
rais, como a pressão arterial, ajustando a frequência 
cardíaca, a força de contração ventricular e o diâmetro 
dos vasos sanguíneos. 
 
• Componentes de um arco reflexo autônomo: 
-Receptor: assim como o receptor em um arco reflexo 
somático, o receptor em um arco reflexo autônomo é 
a porção distal de um neurônio sensitivo, que responde 
a um estímulo e gera uma mudança que produzirá im-
pulsos nervosos. Os receptores sensitivos autônomos 
estão associados principalmente a interoceptores; 
 
-Neurônio sensitivo: conduz os impulsos nervosos 
dos receptores para o SNC; 
 
-Centro integrador: interneurônios do SNC transmi-
tem sinais dos neurônios sensitivos para os neurônios 
motores. Os principais centros integradores da maioria 
dos reflexos autônomos são encontrados no hipotá-
lamo e no tronco encefálico e alguns na medula espi-
nal; 
 
-Neurônios motores: os impulsos nervosos dispara-
dos pelo centro integrador se propagam para fora do 
SNC por meio de neurônios motores em direção a um 
efetor. Em um arco reflexo autônomo, dois neurônios 
motores conectam o SNC a um efetor. O neurônio pré-
ganglionar conduz impulsos nervosos do SNC para 
um gânglio autônomo, e o neurônio pós-ganglionar 
conduz impulsos nervosos de um gânglio autônomo 
para um efetor; 
 
-Efetor: em um arco reflexo autônomo, os efetores 
são os músculos lisos, o músculo cardíaco e as glân-
dulas, e o reflexo é chamado de reflexo autônomo. 
 
→Controle autônomo por centros superi-
ores 
• De modo geral, as respostas autônomas não são per-
cebidas conscientemente porque os centros integrado-
res responsáveis por estas respostas autônomas estão 
localizados na medula espinal ou em regiões inferiores 
do encéfalo. 
 
• O hipotálamo é o principal centro controlador e in-
tegrador do SNA: 
-Recebe aferências sensitivas relacionadas com fun-
ções viscerais, olfação e gustação, bem como relacio-
nadas com mudanças de temperatura, osmolaridade e 
níveis sanguíneos de várias substâncias; 
 
-Interpreta impulsos nervosos relacionados com emo-
ções oriundos do sistema límbico; 
 
-As eferências hipotalâmicas influenciam centros au-
tônomos no tronco encefálico (como os centros cardi-
ovascular, de salivação, de deglutição e de vômito) e 
na medula espinal. 
 
• Anatomicamente, o hipotálamo se conecta com as par-
tes simpática e parassimpática do SNA por meio de 
axônios de neurônios cujos dendritos e corpos celula-
res são encontrados em vários núcleos hipotalâmicos. 
Estes axônios formam tratos que se estendem do hipo-
tálamo até núcleos parassimpáticos e simpáticos no 
tronco encefálico e na medula espinal por meio de re-
lés na formação reticular. 
 
• As porções posterior e lateral do hipotálamo contro-
lam a parte simpática e as partes anterior e medial do 
hipotálamo controlam a parte parassimpática. 
 
 
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