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Pedro Souza

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Professor Wagner Damazio 
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b) Incorreto. Não será por aumento da demanda pela prestação do serviço público para tal empresa 
concessionária que a duração do contrato terá prazo diminuído. 
c) Incorreto. A situação não corresponde a possibilidade de extinção do contrato pela encampação. 
Além disso, é necessário que ocorra a indenização prévia. Vejamos abaixo a definição da Lei 
8.987/1995: 
 Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo 
da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio 
pagamento da indenização, na forma do artigo anterior. (grifos não constantes do original) 
d) Incorreto. Não houve descumprimento contratual por parte da concessionária. O que houve na 
verdade foi um aumento da demanda pelo serviço da concessionária, fato que ocasionará receitas 
não previstas e, dessa forma, este fato irá impactar no equilíbrio econômico-financeiro do contrato, 
devendo este ser reequilibrado para ambas as partes. 
e) Correto. Nas situações que ocorrerem fatos não previstos no contrato de concessão no que se 
refere às tarifas, é necessário ocorrer o reequilíbrio econômico-financeiro de tal forma a manter a 
margem de lucro do concessionário. No caso da questão, ocorreu o inverso. Surgiram receitas não 
previstas e sem participação do concessionário nesse incremento e que irão favorecer a modicidade 
das tarifas. Dessa forma, o reequilíbrio ocorrerá em favor do poder concedente, uma vez que quanto 
mais receitas entrarem para o sistema, o preço da tarifa se reduz e, consequentemente, o usuário 
final dos serviços públicos irá pagar menos. Se permanecessem os mesmos preços a serem pagos a 
título de tarifas, mesmo com o aumento de receitas não previstas, o concessionário iria aumentar 
sua margem de lucro e sem ter contribuído para tal incremento das receitas. 
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder concedente 
prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade de outras fontes 
provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias ou de projetos associados, com 
ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a modicidade das tarifas, observado o disposto 
no art. 17 desta Lei. 
Parágrafo único. As fontes de receita previstas neste artigo serão obrigatoriamente consideradas 
para a aferição do inicial equilíbrio econômico-financeiro do contrato. (grifos não constantes do 
original) 
Gabarito: Letra E. 
52. 2015/FCC/TRT-6ª REGIÃO/TRT-6ª REGIÃO(PE)/Juiz do Trabalho 
Conforme destaca Maria Sylvia Zanella di Pietro, não é tarefa fácil definir o serviço público, pois 
a sua noção sofreu consideráveis transformações no decurso do tempo, quer no que diz 
respeito aos seus elementos constitutivos, quer no que concerne à sua abrangência, 
enfatizando que as primeiras noções de serviço público surgiram na França, com a chamada 
Escola de Serviço Público, e foram tão amplas, que abrangiam, algumas delas, todas as 
atividades do Estado. Esse conceito, por certo, evoluiu no tempo e, atualmente, de acordo com 
o nosso ordenamento pátrio, 
 
 
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a) o elemento subjetivo utilizado para definição de serviço público considera que determinada 
atividade se enquadra em tal categoria quando prestada originalmente pelo poder público, que 
pode, todavia, transferir a titularidade da mesma a particular sob o regime de concessão ou 
permissão. 
b) o elemento finalístico envolvido no conceito de serviço público considera que determinada 
atividade apenas pode ser classificada como serviço público quando não passível de exploração 
econômica. 
c) constituem serviço público as atividades de interesse da coletividade apenas quando 
prestadas, diretamente pelo poder público, sendo este o seu principal elemento subjetivo. 
d) um dos elementos de definição do serviço público é o formal, que predica que o 
enquadramento de determinada atividade material nessa categoria pressupõe previsão legal 
ou constitucional. 
e) decorre do conceito material de serviço público a conclusão de que determinada atividade 
se insere em tal categoria em face de sua própria natureza, independentemente de previsão 
legal ou constitucional. 
Comentários 
a) Incorreto. Segundo a lição de Maria Sylvia de Pietro para elemento subjetivo (p.135,2018), 
1. sua criação é feita por lei e corresponde a uma opção do Estado; este assume a execução de determinada 
atividade que, por sua importância para a coletividade, parece não ser conveniente ficar dependendo da 
iniciativa privada; 
2. a sua gestão também incumbe ao Estado, que pode fazê-lo diretamente (por meio dos próprios órgãos que 
compõem a Administração Pública centralizada da União, Estados e Municípios) ou indiretamente, por meio 
de concessão ou permissão, ou de pessoas jurídicas criadas pelo Estado com essa finalidade. 
Dessa forma, o conceito de serviço público sob a ótica do elemento subjetivo diz que os serviços são 
escolhidos por Lei e correspondem a uma opção do Estado. A afirmativa disse que o conceito de 
serviço público era relativo ao que ela realizava. Com isso, só por ser realizado pelo ente público já 
era considerado serviço público. Além disso, a questão se equivoca ao dizer que “que pode, todavia, 
transferir a titularidade da mesma a particular sob o regime de concessão ou permissão”, uma vez 
que quando delega os serviços a terceiros transfere apenas a execução dos serviços e não a 
titularidade. 
b) Incorreto. O conceito finalístico de serviço público tem a ver com a oportunidade de alcançar a 
solidariedade social; 
c) Incorreto. Pois no conceito de serviço público no aspecto subjetivo também é aceitável a execução 
pelos particulares, conforme comentado na letra “a”. 
d)Correto. Por serviço público formal, entende-se que o regime jurídico deva ser o de direito público. 
 
 
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e) Incorreto. Para se inserir no conceito material de serviço público basta que a atividade seja 
exercida pelo Estado beneficiando uma coletividade de indivíduos. 
Gabarito: Letra D. 
53. 2015/CESPE/DPE-PE/Defensor Público 
Com base na jurisprudência do STJ, julgue o item seguinte. 
Segundo o entendimento jurisprudencial dominante no STJ relativo ao princípio da 
continuidade dos serviços públicos, não é legítimo, ainda que cumpridos os requisitos legais, o 
corte de fornecimento de serviços públicos essenciais, em caso de estar inadimplente pessoa 
jurídica de direito público prestadora de serviços indispensáveis à população. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentários 
Correto. Não pode ocorrer a interrupção no fornecimento de serviços essenciais às pessoas jurídicas 
de direito público, ainda que cumpridos os requisitos legais. Portanto, sempre quando existir a 
presença do serviço essencial será vedado o corte. Vejamos abaixo um precedente importante do 
STJ sobre o tema: 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 1.290.034 - GO (2018/0107129-7) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL 
MARQUES AGRAVANTE : MUNICÍPIO DE PIRANHAS ADVOGADOS : RUBENS FERNANDO MENDES DE CAMPOS E 
OUTRO (S) - GO008198 VALDENÍSIA MARQUES SILVA - GO022358 AGRAVADO : CELG DISTRIBUIÇÃO S.A. - CELG 
D ADVOGADOS : DIRCEU MARCELO HOFFMANN E OUTRO (S) - GO016538 FABIANO DOS REIS TAIANO - 
GO021179 PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO N. 
3/STJ. IRREGULARIDADE NA INTIMAÇÃODO PROCURADOR DO MUNICÍPIO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. SÚMULA 
7/STJ. SUSPENSÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. 
INTERESSE DA COLETIVIDADE. PRESERVAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS. INTERRUPÇÃO EM RAZÃO DE DÉBITOS 
ATUAIS. POSSIBILIDADE. PRECEDENTES. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL PREJUDICADO. AGRAVO CONHECIDO PARA 
SE CONHECER PARCIALMENTE DO RECURSO ESPECIAL E NESSA EXTENSÃO NEGAR-LHE PROVIMENTO. DECISÃO 
Trata-se de agravo interposto pelo Município de Piranhas/GO, contra decisão de inadmissibilidade de recurso 
especial em face de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, cuja ementa assim estabelece: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO EM AÇÃO DE COBRANÇA E COMPENSAÇÃO DE DÍVIDAS. SUSPENSÃO NO 
FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO. INTERESSE DA COLETIVIDADE. 
PRESERVAÇÃO DE SERVIÇOS ESSENCIAIS. INTERRUPÇÃO EM RAZÃO DE DÉBITOS ATUAIS. POSSIBILIDADE. 1. É 
lícita a interrupção no fornecimento de energia elétrica em caso de inadimplemento, desde que atendidos os 
requisitos definidos em lei, quais sejam, que o débito seja recente e o corte antecedido de notificação, pois a 
finalidade é resguardar o interesse da coletividade na continuidade do serviço, a qual restaria ameaçada porque 
sucessivos débitos onerariam a sociedade como um todo. Inteligência da Resolução nº 414, de 09 de setembro 
de 2010, da ANEEL. 2. Em que pese o artigo 6º, § 3º, inciso II, da Lei federal nº 8.987/1995 estabeleça ser possível 
a interrupção, nos casos de inadimplência de pessoa jurídica de direito público, no fornecimento de serviços 
públicos essenciais, tal como a distribuição de energia elétrica, este mesmo dispositivo legal consignou 
expressamente ser inviável que esta suspensão ocorresse de maneira indiscriminada, devendo ser considerado o 
interesse da coletividade. 3. É possível a suspensão do fornecimento de energia elétrica na hipótese de 
inadimplemento do consumidor, mesmo em se tratando de órgão público. Todavia, segundo disposto no artigo 
 
 
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6º, § 3º, inciso II, da Lei federal n.º 8.987/95 e artigo 140, § 3º, inciso II, da Resolução 414/2010/ANEEL, a medida 
extrema pressupõe, sempre, observância ao interesse da coletividade, mantidos os serviços públicos essenciais, 
uma vez que sua interrupção poderia acarretar graves e imprevisíveis transtornos aos munícipes. 
(...) 
(STJ - AREsp: 1290034 GO 2018/0107129-7, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Publicação: 
DJ 28/05/2018) (grifos não constantes do original) 
Gabarito: Correto. 
 
3.9 Regime Jurídico Disciplinar 
 
1. 2019/FUNDEP/DPE-MG/Defensor Público 
Analise as afirmativas a seguir. 
I. Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é permitida a instauração de 
processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, desde que devidamente 
motivada e com amparo em investigação ou sindicância. 
PORQUE 
II. À administração se impõe o poder-dever de autotutela. 
A respeito dessas afirmativas, assinale a alternativa correta. 
A) As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a II não justifica a I. 
B) As afirmativas I e II são verdadeiras e a II justifica a I. 
C) A afirmativa I é verdadeira e a II é falsa. 
D) A afirmativa I é falsa e a II é verdadeira. 
Comentários: 
De acordo com a súmula 611 do STJ, desde que devidamente motivada e com amparo em 
investigação ou sindicância, é possível a instauração de processo administrativo disciplinar com 
base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à Administração. 
Gabarito: Alternativa “b”. 
2. 2017/CESPE/DPE-AC/Defensor Público 
Em razão da prática de infração disciplinar tipificada como crime, foi instaurado procedimento 
administrativo disciplinar em desfavor de determinado servidor público, o qual já responde à 
ação penal relacionada aos mesmos fatos. 
 
 
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Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta, de acordo com a jurisprudência dos 
tribunais superiores sobre o assunto. 
a) A independência das esferas administrativa e criminal não permite que a efetivação de 
penalidade de demissão imposta em sede administrativa ocorra anteriormente ao trânsito em 
julgado da ação penal. 
b) É aceita a utilização de prova emprestada no procedimento administrativo disciplinar em 
curso, desde que autorizada pelo juiz criminal e respeitados o contraditório e a ampla defesa. 
c) A absolvição criminal fundada na inocorrência de crime impede a imposição de penalidade 
em sede do procedimento administrativo disciplinar. 
d) A condenação criminal impõe a aplicação da penalidade administrativa em sede de 
procedimento disciplinar, independentemente da regularidade do procedimento 
administrativo instaurado. 
Comentários 
Resposta: alternativa “b”. 
A alternativa “b” está em linha com a Súmula nº 591 do STJ (É permitida a “prova emprestada” no 
processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e 
respeitados o contraditório e a ampla defesa). 
 A alternativa “a” incorre em erro por causa da partícula “não”. A independência entre as esferas 
permite a conclusão do processo administrativo ainda que pendente processo criminal. 
A alternativa “c” incorre em erro porque, nos termos do art. 126 da Lei nº 8.112, de 1990, a 
responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue 
a existência do fato ou sua autoria. Observe que a alternativa cita inocorrência de crime, mas não 
que não existiu o fato ou que o investigado não foi o autor. A inocorrência de crime e, portanto, a 
absolvição pode ter ocorrido por exemplo em função de falta de prova. Isso não é motivo para que 
a decisão penal repercuta na esfera administrativa. Ademais, ainda que não tenha ocorrido crime, 
pode ter ocorrido infração puramente administrativa hábil a impelir a aplicação de sanção apenas 
nesta seara. 
A alternativa “d” incorre em erro porque não necessariamente a condenação criminal irá impor 
também sanção administrativa, no caso de o PAD ter sido irregular, como cita a alternativa. O PAD 
irregular acarreta sua nulidade. 
 
 
 
 
 
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3. 2017/CESPE/DPU/Defensor Público 
Considerando o entendimento do STJ acerca do procedimento administrativo, da 
responsabilidade funcional dos servidores públicos e da improbidade administrativa, julgue o 
seguinte item. 
 
Em procedimento disciplinar por ato de improbidade administrativa, somente depois de 
ocorrido o trânsito em julgado administrativo será cabível a aplicação da penalidade de 
demissão. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
Comentários 
Resposta: “errado”. De acordo com o STJ, MS 19.488/DF (Informativo 559), é possível o 
cumprimento imediato da penalidade imposta ao servidor logo após o julgamento do PAD e antes 
do julgamento do recurso administrativo cabível. Em outras palavras, não há qualquer ilegalidade 
na imediata execução de penalidade administrativa imposta em PAD a servidor público, ainda que a 
decisão não tenha transitado em julgado administrativamente. 
 
4. 2017/VUNESP/Câmara de Sumaré – SP/Procurador Jurídico 
A respeito do processo administrativo disciplinar, assinale a alternativa correta. 
 
a) A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar ofende a 
Constituição. 
b) O uso de prova decorrente de interceptação telefônica é vedadono processo administrativo 
disciplinar, mesmo que obtida licitamente no processo criminal. 
c) A participação do servidor é indispensável na fase de investigação, ainda que desse 
procedimento não possa resultar a aplicação de punição. 
d) Em respeito ao princípio da inafastabilidade da jurisdição, o ato disciplinar pode ser 
analisado pelo Poder Judiciário, que deverá aplicar pena mais branda, quando cabível. 
e) É vedado o agravamento de penalidade imposta a servidor público após o encerramento de 
processo disciplinar por decisão definitiva da autoridade competente, ainda que a 
Administração tenha aplicado pena mais branda em desconformidade com a lei. 
Comentários 
Resposta: “e”. 
 
 
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Correta a alternativa “e”, que está em linha com a jurisprudência do STJ que proíbe a revisão com 
reformatio in pejus após o encerramento do processo disciplinar com o julgamento definitivo da 
autoridade competente (MS 11554; MS 17.370; MS 10.950; MS 11749). Também está em linha com 
a Súmula 19 do STF: É inadmissível segunda punição de servidor público, baseada no mesmo processo 
em que se fundou a primeira. 
 Incorreta a alternativa “a”, já que a Súmula Vinculante nº 5 do STF prevê exatamente o contrário: A 
falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a 
Constituição. 
Incorreta a alternativa “b” porque, conforme entendimento sedimentado pelo STJ, é possível utilizar 
interceptação telefônica emprestada de procedimento penal no processo administrativo disciplinar, 
desde que devidamente autorizada pelo juízo criminal (MS 16146; RMS 28774). 
Incorreta a alternativa “c” porque na sindicância investigatória (aquela da qual não decorre punição 
direta ao servidor) não há necessidade de participação do servidor, por não haver ampla defesa e 
contraditório. Esses mandamentos constitucionais deverão ser respeitados em eventual Processo 
Administrativo Disciplinar em sentido estrito (PAD). Por outro lado, na sindicância acusatória, da 
qual poderá decorrer punição direta ao servidor sem a realização do PAD, é imprescindível a 
participação do servidor, a ampla defesa e contraditório. 
Incorreta a alternativa “d” porque a jurisprudência firmada pelo STJ é no sentido de que o controle 
jurisdicional do PAD restringe-se ao exame da regularidade do procedimento e à legalidade do ato, 
à luz dos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, sendo-lhe defesa 
qualquer incursão no mérito administrativo, a impedir a análise e valoração das provas constantes 
no processo disciplinar (MS 17474; MS16121; MS 16530; MS 17515). 
 
5. 2017/QUADRIX/CFO-DF/Procurador Jurídico 
No que se refere a agentes públicos, julgue o item a seguir. 
 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) não admite a utilização de prova emprestada no processo 
administrativo disciplinar, mesmo que autorizada na esfera criminal diante do princípio da 
independência das instâncias. 
 
( ) certo ( ) errado 
 
 
 
 
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Resposta: “errado”. Assertiva incorreta porque, conforme súmula 591 do STJ, é permitida a “prova 
emprestada” no processo administrativo disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo 
competente e respeitados o contraditório e a ampla defesa. 
 
6. 2017/CESPE/DPU/Defensor Público 
Considerando o entendimento do STJ acerca do procedimento administrativo, da 
responsabilidade funcional dos servidores públicos e da improbidade administrativa, julgue o 
seguinte item. 
 
É possível a instauração de procedimento administrativo disciplinar com base em denúncia 
anônima. 
 
( ) certo ( ) errado 
Comentários 
Resposta: “certo”. A assertiva está correta porque, conforme jurisprudência do STJ (MS 13.348; EDcl 
no REsp 1096274; REsp 867666; MS 10419; MS 12.385; MS 7415), “a denúncia anônima é apta a 
deflagrar processo administrativo disciplinar, não havendo, portanto, qualquer ilegalidade na 
instauração deste com fundamento naquela, tendo em vista o poder-dever de autotutela imposto à 
Administração e, por conseguinte, o dever da autoridade de apurar a veracidade dos fatos que lhe 
são comunicados”. 
 
7. 2015/VUNESP/Prefeitura de Suzano/Procurador Jurídico 
No que se refere a agentes públicos, julgue o item a seguir. 
 
Fulano da Silva, funcionário público municipal, detentor de cargo efetivo, praticou ato 
considerado ilícito nas esferas criminal e administrativa. A sentença penal, transitada em 
julgado, negou a existência do fato e absolveu Fulano. Considerando as normas do direito 
pátrio no que tange ao tema da responsabilidade dos agentes públicos, é correto afirmar que 
Fulano 
a) poderá ainda ser punido administrativamente, uma vez que essas duas instâncias são 
independentes e não se comunicam. 
b) não mais poderá ser punido pela Administração, tendo em vista que a referida decisão penal 
de absolvição do servidor afasta a responsabilidade administrativa. 
 
 
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c) poderá ser punido pela Administração, posto que a responsabilidade administrativa somente 
poderia ser afastada se a sentença criminal negasse a autoria do fato. 
d) não mais poderá ser punido, uma vez já julgado na esfera penal, independentemente do 
fundamento, vez que esta prevalece sobre as demais esferas de responsabilidade. 
e) poderá ser ainda punido pela Administração, considerando que a absolvição criminal que 
negou a existência do fato não vincula o administrador. 
Comentários 
Resposta: alternativa “b”. 
A alternativa “b” está correta porque, em que pese, em regra as esferas civil, penal e administrativas 
serem independentes e autônomas, haverá repercussão da decisão na seara criminal na seara 
administrativa quando a absolvição criminal se der por negativa da existência do fato ou da autoria 
do agente público. Nessa linha, por exemplo, é o teor do art. 126 da Lei nº 8.112, de 1990, na esfera 
federal: Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição 
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Frise-se que nem mesmo por isso se pode 
dizer que a esfera criminal prevalece sobre as demais esferas, bem como é importante ressaltar que 
se a absolvição for por outro motivo que não a inexistência do fato ou a não autoria por parte do 
agente público (absolvição por falta de provas, por exemplo), a sanção administrativa poderá ocorrer 
normalmente. 
 
8. 2015/CESPE/AGU/Advogado da União 
No que se refere a agentes públicos, julgue o item a seguir. 
 
Se, em uma operação da Polícia Federal, um agente público for preso em flagrante devido ao 
recebimento de propina, e se, em razão disso, houver ajuizamento de ação penal, um eventual 
processo administrativo disciplinar deverá ser sobrestado até o trânsito em julgado do 
processo criminal. 
( ) certo ( ) errado 
Comentários 
Resposta: “errado”. As esferas civil, administrativa e penal são, em regra, autônomas e 
independentes. De acordo com o STJ, MS 22534/PR, a ausência de decisão judicial com trânsito em 
julgado não torna nulo o ato demissório aplicado com base em processo administrativo em que foi 
assegurada ampla defesa, pois a aplicação da pena disciplinar ou administrativa independe da 
conclusão dos processos civil e penal, eventualmente instaurados em razão dos mesmos fatos. Ou, 
ainda, conforme MS 18090/DF também julgado noSTJ: Não deve ser paralisado o curso de processo 
administrativo disciplinar apenas em função de ajuizamento de ação penal destinada a apurar 
 
 
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criminalmente os mesmos fatos investigados administrativamente. As esferas administrativa e penal 
são independentes, não havendo falar em suspensão do processo administrativo durante o trâmite 
do processo penal. 
 
9. 2015/UEPA/PGE-PA/Procurador 
Quanto ao regime disciplinar do servidor público e processo administrativo, afirma-se que: 
 
I. É punido com demissão a ofensa física praticada em serviço por servidor a outro servidor ou 
a particular, ainda que em legítima defesa. 
 
II. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados após o 
decurso de 5 anos de efetivo exercício. 
 
III. O cancelamento da penalidade aplicada não surtirá efeitos retroativos. 
 
IV. A revelação de segredo por servidor do qual se apropriou em razão do cargo é falta punida 
por demissão. 
 
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é: 
a) I e IV 
b) II e III 
c) III e IV 
d) II e IV 
e) I, II, III e IV 
Comentários 
Resposta: alternativa “c”. Atenção: em que pese a Lei nº 5.810, de 1994, do Estado do Pará 
disciplinar o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias 
e Fundações Públicas daquele Estado, as respostas serão embasadas na Lei Federal nº 8.112, de 
1990. 
Dessa forma, pode-se afirmar que está incorreta a assertiva I, já que a legítima defesa é causa 
excludente da ilicitude, bem como está correta a assertiva IV, já que, de fato a revelação de segredo 
apropriado em razão do cargo é motivo para demissão. Nessa linha, a Lei nº 8.112, de 1990, art. 132, 
 
 
Professor Wagner Damazio 
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prevê que são puníveis com demissão: I - crime contra a administração pública; II - abandono de 
cargo; III - inassiduidade habitual; IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e 
conduta escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa física, em 
serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou de outrem; VIII - aplicação 
irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X 
- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação 
ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
Incorreta a assertiva II porque, de acordo com o art. 131 da Lei nº 8.112, de 1990, as penalidades de 
advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) 
anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova 
infração disciplinar. 
Correta a assertiva III que está em linha com o §único do art. 131 da Lei nº 8.112, de 1990. 
 
 
10. 2015/CESPE/MPU/Analista do MPU 
Em cada um dos próximos itens, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada com base no que dispõe a Lei n.º 8.112/1990. 
 
João, servidor público federal, atuou, junto à repartição pública competente, como 
intermediário da concessão de determinado benefício previdenciário do qual o seu pai figura 
como titular. Nessa situação, conforme o disposto na Lei n.º 8.112/1990, João praticou conduta 
vedada pela norma regente. 
 
( ) certo ( ) errado 
Comentários 
Resposta: “errado”. De acordo com o art. 117, inciso XI, da Lei nº 8.112, de 1990, ao servidor público 
é proibido atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se 
tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge 
ou companheiro. Portanto, como João atuou como intermediário para concessão de benefício 
previdenciário para seu pai, ascendente em 1º grau, não há proibição. 
 
11. 2015/FCC/CNMP/Analista-Direito 
Considere as seguintes situações:

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