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ATIVIDADE PRÉVIA PROF PAULO MONT' ALVERNE QUESTÃO 1 – TERCEIRIZAÇÃO - RESPONSABILIDADE CIVIL - ANÁLISE DO CASO O dono de uma panificadora mandou chamar dois de seus padeiros, PEDRO e JOÃO, os quais recebiam salário de R$ 2.500,00. Diante desses empregados, alegou que a crise econômica que afetava o país lhe obrigara a reduzir o seu quadro de pessoal e que, lamentavelmente, os dois seriam despedidos. Todavia, indicou que eles procurassem a empresa EPST MAGNA - EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇOS A TERCEIROS, firma de um ex-supervisor da panificadora que havia sido dela desligado há dois meses. Ainda segundo o dono da panificadora, os dois padeiros seriam, então, contratados, de imediato, pela EPST e, na condição de terceirizados, voltariam a trabalhar na panificadora 45 dias depois, porém ganhando R$ 1.800,00 por mês. À falta de outro emprego à vista, os dois padeiros aceitaram ser contratados pela citada empresa de terceirização. Quando já atuavam na panificadora, na condição de terceirizados, sofreram acidente de trabalho, o qual fora motivado porque a panificadora, para não gastar com a manutenção de um certo equipamento, funcionava com uma gambiarra feita para vedar um vazamento de gás. Queimados e com perda parcial de suas capacidades laborais, os referidos padeiros decidiram contratar um advogado e este ajuizou uma reclamação trabalhista contra a EPST pleiteando a rescisão indireta dos seus contratos de trabalho, o pagamento das mesmas verbas devidas numa rescisão sem justa causa e, ainda, indenizações por danos morais e materiais em razão das lesões decorrentes do aludido acidente de trabalho. E como os padeiros estavam a serviço da panificadora quando do acidente, pleitearam fosse ela condenada como responsável solidária ao pagamento tanto das verbas rescisórias, quanto das indenizações por danos morais e materiais cobradas da EPST. Diante do caso posto, quais as ilegalidades cometidas pela panificadora e pela EPST no que diz respeito à terceirização de serviços? Ilegalidade cometidas: Contratar a empresa de um ex-colaborador recém desligado como prestador de serviço. Fazer com o que a terceirizada contrate dois colaboradores desligados para prestar serviços. Qual(quais) equívoco(s) foram cometidos pelo advogado dos trabalhadores no ajuizamento da reclamação? A empresa contratante teria que ser subsidiária nas verbas trabalhistas, e responsável solidária nas indenizações por danos morais e materiais. QUESTÃO 2 – ASSÉDIO MORAL E ASSÉDIO SEXUAL - RESPONSABILIDADE CIVIL. Um ex-empregado de uma fabricante de refrigerantes, contratado em 02.01.2020, com remuneração média no valor de R$ 3.000,00, propôs reclamação trabalhista contra a sua antiga empregadora, postulando a rescisão indireta do contrato de trabalho e o pagamento das verbas decorrentes dessa modalidade rescisória, além do pagamento de indenização por danos morais decorrentes de assédio moral. DOS FATOS: Ele relatou na reclamação que, por conta de não haver batido a meta de produtividade em vendas no mês de agosto de 2022, foi obrigado a pagar uma prenda consistente em desfilar com trajes femininos e dançar na boca de uma garrafa, sendo alvo de chacota e humilhação por parte dos demais colegas do setor. Acrescentou que em novembro de 2022, também por não haver alcançado a meta de vendas estabelecida pela empresa, foi submetido, pelo seu gerente, ao vexame de, perante os colegas e superiores hierárquicos, ser “agraciado” com o “Troféu Bundão do Mês”, o qual era uma representação em acrílico de uma garrafa do refrigerante com uma saliência lateral em forma de glúteos, tendo que ostentar referido “troféu”, inclusive sendo com ele fotografado. Também alegou que, nos 15 dias seguintes ao tal evento, o constrangimento perdurara, já que, ao longo desse período, todo dia, quando prestava constas das vendas com o gerente, este colocava o “Troféu Bundão” sobre a mesa, diante do reclamante, isso em uma sala onde mais de dez empregados atuavam. Por fim, o trabalhador alegou que, ao final desses 15 dias, em 10.11.2018, sentindo-se seriamente agredido na sua honra, na sua imagem e dignidade, não mais tornou ao trabalho e procurou um advogado, daí ajuizando a reclamação na Justiça do Trabalho, buscando a rescisão indireta do contrato e a condenação da reclamada ao pagamento das verbas rescisórias, além de indenização por haver sofrido dano moral em razão do alegado assédio. PERGUNTAS PERGUNTAS: No tocante às prendas as quais o empregado foi submetido, houve uma prática lícita de incentivo às vendas ou houve dano à personalidade do empregado? Dano a personalidade do empregado. Esse dano pode ser enquadrado como assédio moral? Por quê? Se enquadra como assedio instucional, e nesse caso o assedio moral visa busca incessante para o atingimento de metas. Caso você entenda que houve prejuízo extrapatrimonial ao reclamante, qual seria, segundo a legislação trabalhista, o valor de uma indenização capaz de reparar o dano sofrido pelo empregado? (imagine-se sendo você o referido empregado) 150mil reais Diante do caso posto, o trabalhador agiu corretamente ao pleitear a rescisão indireta do contrato na Justiça do Trabalho? Sim. image1.jpeg