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1 1 PROF. ANDRESSA A. P. DE FRANÇA 2ª Edição 2022 APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS DE BASES MORFOFUNCIONAIS II APRESENTAÇÃO A Apostila de Aulas Práticas de Bases Morfofuncionais 2, do curso de Medicina do Centro Universitário Governador Ozanam Coelho (UNIFAGOC) foi criada com o objetivo de facilitar o estudo prático da Morfologia Microscópica dos tecidos órgãos e sistemas do organismo humano, e prover ao aluno um guia eficaz para a conexão dos conhecimentos teóricos da disciplina ao conteúdo visualizado nas lâminas utilizadas nas aulas práticas. Para otimizar sua utilização, é importante que o estudante se responsabilize pela análise adequada das lâminas apresentadas nesta apostila, executando as observações que forem indicadas, procedendo às suas anotações individuais sempre que possível, e reforçando seus estudos em horários extraclasse e nas monitorias oferecidas ao longo do semestre. Além disso, é importante que o estudante de Medicina observe as normas de vestimenta para a utilização dos laboratórios do curso de Medicina, disponíveis no Manual do Estudante do curso de Medicina. Espero que este material possa contribuir para o ensino e aprendizagem de Morfologia Médica, e assim, contribua para a formação de EXCELENTES MÉDICOS! Tenham um ótimo semestre! Bons estudos... Profª. Drª. Andressa Antunes Prado de França 1 PROCEDIMENTOS PARA MANUSEIO DOS MICROSCÓPIOS NAS AULAS PRÁTICAS 1. Antes de começar a trabalhar, sempre verifique se não há nenhuma lâmina esquecida sobre a mesa (platina) do microscópio. Caso haja, abaixe a mesa usando o controle macrométrico e retire a lâmina. 2. Verifique se o microscópio está ligado na tomada. 3. Posicione a mesa na posição mais baixa, usando o controle macrométrico. 4. Verifique se a objetiva de menor aumento está posicionada para o uso. 5. Posicione sua lâmina de interesse sobre a mesa, e prenda a lâmina com a presilha (pinça). 6. Ligue o microscópio no interruptor do lado direito (On/Off). 7. Aumente a intensidade da luz no botão giratório pequeno, logo abaixo do interruptor. 8. Com a objetiva de menor aumento posicionada, suba a mesa até a posição mais alta. 9. A partir deste momento, você NÃO PODE mais utilizar o controle MACROMÉTRICO. 10. Utilize o controle micrométrico para ajustar o foco, sempre com cuidado para que a lâmina não encoste na objetiva. 11. Caso queira observar o material em maior aumento, troque a objetiva e ajuste o foco novamente. Caso perca o foco, retorne a objetiva de menor aumento para a posição. Somente utilize a objetiva de 100x com a devida autorização e acompanhamento do professor, e sempre tome cuidado para não quebrar a lâmina/objetiva. 12. Quando terminar a observação, posicione novamente a objetiva de menor aumento (gire o revólver em sentido anti-horário, para não passar pela objetiva de 100x). Caso tenha utilizado a objetiva com aumento de 100x (usando o óleo de imersão), deve passar direto para a objetiva de 4x de aumento, e limpar a lâmina imediatamente. A utilização da objetiva de 100x de aumento depende da autorização do professor! 13. Baixe a mesa. 14. Retire a lâmina. 15. Diminua a intensidade da luz. 16. Desligue o microscópio no interruptor do lado direito (On/Off). SISTEMA CIRCULATÓRIO ............................................................................................. 1 SISTEMA IMUNITÁRIO E ÓRGÃOS LINFÁTICOS ............................................................. 5 APARELHO RESPIRATÓRIO ........................................................................................ 14 TRATO DIGESTÓRIO .................................................................................................. 22 ÓRGÃOS ASSOCIADOS AO TRATO DIGESTÓRIO ......................................................... 40 APARELHO URINÁRIO ............................................................................................... 57 APARELHO REPRODUTOR MASCULINO ..................................................................... 68 APARELHO REPRODUTOR FEMININO ........................................................................ 72 1 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 SISTEMA CIRCULATÓRIO VASOS SANGUÍNEOS Estrutura geral dos vasos sanguíneos: • Camadas ou túnicas: Íntima: a) Endotélio: tecido epitelial plano simples + lâmina basal b) Subendotélio: tecido conjuntivo frouxo (de difícil visualização) c) Lâmina elástica interna (artérias de grande e médio calibre) Média: a) Camadas concêntricas de tecido muscular b) Fibras ou lâminas elásticas (só nas artérias) c) Membrana limitante elástica externa Adventícia: a) Tecido conjuntivo (de frouxo a denso não modelado) b) Vasa vasorum OBS: Para uma melhor visualização das membranas elásticas, recomenda-se fechar o diafragma; na luz dos vasos sanguíneos poderão ser observados elementos do sangue, como hemácias e leucócitos. Tipos de vasos sanguíneos: • Grandes artérias elásticas – Estabilizam o fluxo sanguíneo – Incluem a aorta e seus grandes ramos – Íntima mais espessa, com lâmina elástica interna – Cor amarelada: acúmulo de elastina na média (Lâminas elásticas concêntricas e perfuradas) – Na média: células musculares lisas, fibras colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas entre as lâminas elásticas – Adventícia pouco desenvolvida • Artérias musculares – Íntima com comada subepitelial um pouco mais espessa que a das arteríolas, com lâminas elástica interna proeminente – Túnica média feita, essencialmente, de células musculares lisas (até 40 camadas), com algumas lamelas elásticas, fibras reticulares, proteoglicanos (Lâminas elástica externa somente em artérias musculares maiores) – Adventícia (conjuntivo frouxo) com capilares linfáticos, vasa vasorum e nervos 2 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 – A contração de suas células musculares lisas pode auxiliar o controle de fluxo sanguíneo • Arteríolas – Diâmetros menores que 0,5 mm e lúmen estreito – Camada subendotelial muito delgada – Lâmina elástica interna ausente nas arteríolas muito pequenas – Média com 1 ou 2 camadas de células musculares lisas organizadas de forma circular, e sem lâmina elástica externa • Vasos capilares – Diâmetros em média entre 5-10 μm, e extensão, de até 50 μm – Camada única de células endoteliais que repousam sobre lâminas basal (produzida pelo próprio endotélio) – Células endoteliais se enrolam em forma de tubo, geralmente são poligonais, e seu longo eixo se orienta na direção do fluxo sanguíneo – Núcleo das células endotelial se projetam para o lúmen do vaso – Presença de zônulas de oclusão que prendem uma célula à outra lateralmente (permeabilidade variável a macromoléculas, de acordo com o tipo de vaso – Presença de células de origem mesenquimal dotadas de longos prolongamentos citoplasmáticos envolvendo partes das células endoteliais = PERICITOS (também presentes em vênulas pós-capilares) • Vênulas pós-capilares (pericíticas) – Diâmetros de 0,1 – 0,5 mm – Parede formada por camada única de células endoteliais envoltas por pericitos contráteis (presença de actina, miosina e tropomiosina) – Junções intercelulares (endotélio) são as mais frouxas do sistema vascular – Mediadores inflamatório podem aumentar sua permeabilidade (extravasamento de líquido e migração de leucócitos para o sítio de resposta imunológica) – Vênulas pós-capilares dos linfonodos = Vênulas de endotélio alto – Vênulas musculares (mais distais que as pós-capilares): uma ou duas camadas de músculo liso constituindo uma túnica média; também têm uma fina adventícia • Veias – Formadas pelas confluências de vênulas – Maioria é de pequeno ou médio calibre (1 – 9mm) e não têm as túnicas tão distintas como nas artérias – Íntimaapresenta camada subendotelial fina a ausente – Média formada por pequenos pacotes de células musculares lisas entremeadas com fibras colágenas e uma rede de fibras reticulares – Adventícia é a túnica mais desenvolvida • Veias de grande calibre – Grandes troncos venosos próximos ao coração – Íntima bem desenvolvida – Média muito fina com poucas camadas de músculo liso e conjuntivo abundante 3 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 – Adventícia com feixes longitudinais de músculo liso e fibras colágenas – Contém válvulas em seu interior: – Dobras da túnica íntima em forma de meia lua que se projetam para o interior do vaso – Conjuntivo rico em fibras elásticas – Numerosas nas veias dos membros inferiores – Evitam retorno venoso Como diferenciar artérias e veias: • Calibre e espessura dos vasos: No caso de um par de artéria e veia que correm juntos um certo trajeto, é fácil comparar seu calibre e espessura da parede: o a artéria tem parede mais espessa, seu diâmetro externo é menor e a luz é mais estreita o a veia tem parede mais delgada, seu diâmetro externo é maior e sua luz é mais ampla • Espessura das túnicas: o De modo geral, as artérias têm a túnica média mais espessa que a túnica adventícia o De modo geral, as veias têm a túnica adventícia mais espessa que a túnica média • Outros critérios que auxiliam a diferenciação: o as artérias têm uma lâmina elástica interna durante quase todo o seu trajeto, o que não existe nas veias. o os vasa vasorum existem em maior quantidade nas veias que nas artérias e nas veias mais calibrosas existem na túnica adventícia e também na túnica média. Aula Prática • Objetivo geral: Na aula de hoje, você deverá ser capaz de reconhecer os diferentes tipos de vasos sanguíneos, reconhecendo as principais características de cada uma e, principalmente, diferenciando artérias e veias. 4 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Lâmina: __________________________________________________________________________ (A) (B) Figura 1 Figura 1 1. Túnica intima da artéria 2. Túnica Média da artéria→mais espessa • Lâmina elástica 3. Túnica Adventícia da artéria 4. Túnica Média da artéria • Lâminas elásticas • Corada para mostrar os componentes elásticos da parede vascular Lâmina: __________________________________________________________________________ (A) (B) Figura 2 Figura 2 5. Túnica Média da veia 6. Túnica Adventícia da veia→mais espessa OBS: Ao comparar a Figura 1 e a Figura 2 podemos observar a diferença entre as túnicas de uma artéria para uma veia 2 1 3 4 5 6 5 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 SISTEMA IMUNITÁRIO E ÓRGÃOS LINFÁTICOS AULA PRÁTICA: • Objetivo geral: reconhecer e identificar características comuns aos órgãos do sistema imunitário e órgãos linfáticos, bem como as características específicas de cada órgão, diferenciando-os; reconhecer as diferentes estruturas histológicas constituintes de cada órgão, destacando seus aspectos. TIMO Estrutura geral • Dois lobos envoltos em cápsula de conjuntivo denso que origina septos ou trabéculas • Não apresenta nódulos linfáticos • Zona cortical mais externa: Maior concentração de linfócitos • Zona medular interna: Corpúsculos tímicos (de Hassal) Figura 3 Figura 3 1. Zona cortical → mais externa com muitos linfócitos 2. Zona medular → mais interna 3. Trabéculas → septos de tecido conjuntivo que dividem parênquima em lóbulos 1 2 3 6 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 4 4. Zona medular→ mais interna 5. Corpúsculos tímicos (corpúsculos de Hassal) LINFONODOS OU GÂNGLIOS LINFÁTICOS Estrutura geral • Órgãos encapsulados (cápsula de tecido conjuntivo denso, que emite trabéculas) constituídos por tecido linfoide • Parênquima do órgão sustentado por células e fibras reticulares – Parênquima dividido em Região cortical superficial, Região cortical profunda ou paracortical e Região medular • Região cortical superficial: – Tecido linfoide frouxo, que forma os seios subcapsulares e seios peritrabeculares – Nódulos ou folículos linfáticos • Região cortical profunda ou paracortical – Ausência de nódulos linfáticos 4 5 Figura 4 7 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 • Região medular – Cordões medulares separados por seios medulares Figura 5 Figura 5 1. Cápsula 2. Região cortical superficial 3. Região cortical profunda ou paracortical 4. Folículos linfoides (tecido linfoide nodular) • Região central-mais clara→ centro germinativo • Envolvido por uma região mais corada denominada manto 5. Região medular 6. Seio subcapsular 7. Trabécula (acompanhada de seio peritrabecular – indicado pelo *) 1 2 3 4 5 6 7 * 8 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 6 Figura 6 8. Cordões medulares→ cordões de células, formando estruturas mais coradas, com maior celularidade 9. Seios medulares→ espações preenchidos por linfa, com menor concentração de células 8 9 9 9 8 8 9 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 7 Figura 7 10. Cápsula de tecido conjuntivo denso →envolve o órgão completamente 11. Nódulo linfático (tecido linfoide nodular) – indicado pelo círculo pontilhado BAÇO Estrutura geral • Cápsula de tecido conjuntivo denso que emite trabéculas • Parênquima (polpa) esplênica dividida em compartimentos incompletos • Hilo na superfície medial (entram nervos e artérias, saem veias e vasos linfáticos originados das trabéculas – polpa esplênica não tem linfáticos • Polpa branca = tecido linfático das bainhas periarteriais (linfócitos T) e nódulos linfáticos (linfócitos B) formados a partir de espessamentos dessas bainhas • Seios marginais = zona intermediária às polpas branca e vermelha, rica em linfócitos, macrófagos, e células dendríticas, importante na retenção e processamento de antígenos • Polpa vermelha = região rica em cordões esplênicos separados por sinusóides, e com rede reticular (fibras e células); rica em células sanguíneas variadas 10 11 10 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 8 Figura 8 1. Cápsula (Tecido conjuntivo se prolonga para o interior do órgão→trabéculas) 2. Trabéculas 3. Exemplo de área de polpa vermelha 4. Exemplo de área de polpa branca 1 2 3 4 11 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 9 Figura 9 5. Nódulo linfático → polpa branca 6. Arteríola central do nódulo 7. Trabéculas 8. Polpa Vermelha • Sinusoides • Cordões esplênicos 5 6 7 8 12 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 10 Figura 10 9. Mesotélio → epitélio simples pavimentoso 10. Cápsula→ tecido conjuntivo denso não modelado 11. Polpa Vermelha 12. Macrófagos contendo restos celulares de eritrócitos (hemocaterese) – células com cor amarronzada MALT Características gerais: • Pode apresentar acúmulos de linfócitos bem definidos (nódulos linfáticos) associados ao tecido linfático difuso • Abundantes na mucosa e submucosa dos tratos digestivo (GALT = gut-associated), respiratório (BALT = bronchus-associated), e genitourinário • Podem formar órgãos bem estruturados: – Tonsilas – Placas de Peyer (intestino delgado, no íleo) (FOTO ABAIXO) – Apêndice vermiforme 10 9 11 9 12 13 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 11- Detalhe de Placa de Peyer, no íleo (intestino delgado), em aumento médio (10x) Figura 11 1. Camada Mucosa 2. Nódulo linfático da placa de Peyer 2 1 14 Apostila de aulas práticasde Bases Morfofuncionais 2 APARELHO RESPIRATÓRIO AULA PRÁTICA: • Objetivo geral: reconhecer e identificar características do epitélio respiratório, presente em regiões do aparelho respiratório; reconhecer as diferentes estruturas histológicas constituintes de cada órgão, destacando seus aspectos; capacitar o estudante a identificar estruturas pulmonares, e possibilitar que compreenda a estrutura das porções condutora e respiratória. TRAQUEIA Estrutura geral: • Revestimento interno = epitélio respiratório • Lâmina própria frouxa rica em fibras elásticas • Glândulas seromucosas (ductos se abrem no lúmen traqueal) • Fluido mucoso produzido pelas células caliciformes e glândulas forma camada que possibilita o movimento ciliar propelir partícula estranhas • Barreira linfocitária • Linfócitos isolados e nódulos linfáticos ricos em plasmócitos • 16 à 20 cartilagens hialina em forma de C (extremidade livre dorsal) • Ligamentos fibroelásticos e feixes de músculo liso prendem-se ao pericôndrio e unem as porções abertas das peças cartilaginosas em forma de C • A parede da traqueia consiste em quatro camadas definidas o Mucosa, composto do epitélio pseudoestratificado e uma lâmina própria elástica rica em fibras o Submucosa, composta de conjuntivo mais denso que o da lâmina própria o Camada Cartilaginosa, contendo as cartilagens hialinas em forma de C o Adventícia, com tecido conjuntivo frouxo que conecta a traqueia aos demais órgãos 15 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 12 Figura 12 1. Tecido epitelial pseudoestratificado cilíndrico ciliado 2. Submucosa 3. Glândulas seromucosas 4. Pericôndrio: tecido conjuntivo que envolve as cartilagens 5. Cartilagem hialina 6. Tecido adiposo unilocular 1 2 3 3 4 5 6 4 16 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 13 Figura 13 7. Tecido epitelial pseudoestratificado cilíndrico ciliado Camada Mucosa 8. Tecido conjuntivo frouxo que sustenta e nutre o tecido epitelial acima 9. Tecido conjuntivo denso não modelado → Submucosa 10. Glândulas seromucosas 11. Pericôndrio: tecido conjuntivo denso modelado que envolve as cartilagens 12. Cartilagem hialina 7 8 9 10 11 12 17 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 14 Figura 14 13. Cartilagem hialina (anéis de cartilagens em forma de C) 14. Pericôndrio: tecido conjuntivo denso modelado que envolve as cartilagens 15. Tecido adiposo Unilocular com revestimento de tecido conjuntivo (asterisco) PULMÃO Estrutura geral • Presença de brônquios, bronquíolos, ductos e sacos alveolares e alvéolos • Brônquios: o Camada Mucosa: ▪ Nos ramos maiores, epitélio idêntico ao da traqueia (Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes) ▪ Nos ramos menores, o epitélio pode ser cilíndrico simples ciliado ▪ Lâmina Própria rica em fibras elásticas o Camada muscular lisa (descontínua): ▪ Formada por feixes musculares dispostos em espiral que circundam completamente o brônquio • Bronquíolos o Segmentos intralobulares (1mm ou menos) o Sem cartilagem, glândulas ou nódulos linfáticos 13 14 15 * * 18 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 o Camada mucosa: ▪ Porção inicial: epitélio simples cilíndrico ciliado ▪ Porção final: epitélio simples cúbico ciliado ou não ciliado ▪ Menor quantidade de células caliciformes ▪ Lâmina Própria ▪ Delgada e rica em fibras elásticas o Camada muscular lisa (mais desenvolvida que nos brônquios): ▪ Fibras musculares se entrelaçam com fibras elásticas ▪ Fibras elásticas se estendem para fora, em continuidade com a estrutura esponjosa do parênquima do pulmão • Bronquíolos terminais o Última porção da árvore brônquica o Parede mais delgada que a do bronquíolo o Mucosa revestida por epitélio simples cúbico ou colunar baixo, com células ciliadas ou não ciliadas o Apresentam células de Clara o Células não ciliadas com grânulos secretores apicais ▪ Proteínas que protegem o revestimento bronquiolar • Bronquíolos respiratórios o Tubo curto, podendo ser ramificado, que constitui a transição entre porção condutora e respiratória o Estruturalmente semelhante ao bronquíolo terminal o Constituição: o Porção não alveolar: ▪ Epitélio colunar baixo a cubóide, podendo ser ciliado nas porções iniciais ▪ Contêm células de Clara ▪ Conjuntivo delgado com fibras elásticas e músculo liso o Porção alveolar ▪ Expansões saculiformes constituídas por alvéolos • Ductos alveolares o Epitélio simples plano com células extremamente delgadas o Distalmente, não apresenta músculo liso o Matriz de suporte 19 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 15 Figura 15 1. Pleura visceral 2. Alvéolos pulmonares (círculos pontilhados) 1 2 2 20 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 16 Figura 16 3. Lúmen do brônquio (o brônquio está indicado pelo círculo pontilhado) 4. Cartilagem hialina 3 2 4 21 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 17 Figura 17 5. Alvéolos pulmonares 6. Vaso sanguíneo 7. Bronquíolo 8. Septo alveolar 4 6 7 6 8 A numeração da imagem não é a mesma da legenda Usuario Realce 22 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 TRATO DIGESTÓRIO AULA PRÁTICA: • Objetivo geral: reconhecer e identificar as características gerais do trato digestório; reconhecer as diferentes estruturas histológicas constituintes de cada órgão/região, destacando seus aspectos; capacitar o estudante a identificar as diferentes estruturas do trato digestório, relacionando suas características específicas à sua função. • Objetivos específicos: o Identificar todas as camadas (túnicas) presentes nas estruturas do trato; o Reconhecer os tipos de tecidos presentes em cada camada (túnica); o Identificar diferenças existentes entre os elementos morfológicos do esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso; o Identificar as diferenças existentes entre as porções do trato estudadas nas lâminas, usando as imagens e as lâminas da aula. LÍNGUA Estrutura geral • Mucosa variável de acordo com a região • Fibras musculares esqueléticas entrecruzadas em 3 planos, agrupadas em feixes revestidos por conjuntivo • Mucosa fortemente aderida à musculatura • Lâmina própria penetra nos espaços entre os feixes musculares • Superfície ventral (inferior) lisa • Superfície dorsal (superior) recoberta por papilas • Elevações do epitélio oral e lâmina própria, com diferentes formas e funções • Face ventral (sem papilas): o Epitélio estratificado pavimentoso, com lâmina própria o Presença de glândulas mucosas abundantes e poucas serosas o Músculo esquelético em feixes organizados em direções variadas • Face dorsal (Papilas filiformes): o Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, com lâmina própria (forma também um eixo central na papila) o No corte: músculo esquelético em feixes organizados em direções variadas o Presentes em toda a superfície da língua, com função mecânica, somente • Face dorsal (Papilas Fungiformes): o Epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, com lâmina própria (forma também um eixo central na papila) o Presença de botões (ou corpúsculos) gustativos (detalhe da foto) • Face dorsal (Papilas circunvaladas): o 7 a 12 estruturas localizadas no “V” 23 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 o Presença de glândulas serosas (glândulas de von Ebner) que secretam seu conteúdo na depressão quecircunda cada papila o Fluxo contínuo de líquido sobre os botões gustativos o Presença de lipase que evita acúmulo de camada hidrofóbica sobre os botões (essa enzima é ativada no estômago) ESÔFAGO Estrutura geral • Mucosa: o Epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado o Lâmina própria na região próxima ao estômago: presença de glândulas esofágicas do cárdia (mucosas) – protegem o esôfago da acidez estomacal com um muco viscoso e neutro o Presença de uma muscular da mucosa (músculo liso) longitudinal que se inicia na altura da cartilagem cricoide (mais espessa no terço superior → deglutição) • Submucosa: o Tecido conjuntivo denso não modelado o Presença de glândulas esofágicas (mucosas) no terço superior: secreção facilita transporte do alimento e protege a mucosa o Presença de vasos sanguíneos e linfáticos , fibras nervosas e células ganglionares o As células ganglionares e as fibras nervosas constituem o plexo submucoso (de Meissner) • Muscular: o Camada circular interna e uma longitudinal externa, com plexo mioentérico (de Auerbach) entre elas (atividade peristáltica) o Proximal (superior): fibras estriadas esqueléticas (esfíncter superior, importante para deglutição) o Média: mistura de musculara esquelética e lisa o Distal (inferior): musculatura lisa, sem definição de um esfíncter anatômico (somente funcional) • Serosa / Adventícia o Porção do esôfago na cavidade abdominal revestida por membrana serosa o Restante: recoberto por adventícia, membrana de conjuntivo Lâmina 24 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 18 Figura 18 1. Epitélio estratificado pavimentoso do esôfago 2. Lâmina própria→ Tecido conjuntivo denso não modelado CAMADA MUCOSA 3. Muscular da Mucosa→ Músculo liso 4. Glândulas esofágicas (mucosas) 5. Ducto excretor de glândula esofágica 1 2 3 4 5 colocar túbulos mucosos. Obs. de monitoria: os alunos entendem que a glândula é parte da camada mucosa Usuario Realce 25 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 19 6. Muscular da Mucosa→ Músculo liso 7. Glândulas esofágicas→Camada submucosa Figura 20 8. Glândulas esofágicas (porção secretora) 9. Tecido conjuntivo denso não modelado 10. Camada muscular 6 7 8 9 10 Adicionar: (CAMADA SUBMUCOSA) Obs. de monitoria: essa legenda causa MUITA confusão nos alunos. sugestão: Usuario Riscado Usuario Riscado Usuario Nota Desconsiderar o comentário - desconfigurou no pdf 26 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 21 Figura 21 11. Corte transversal da muscular (músculo estriado esquelético nesta região) 12. Corte longitudinal da muscular (músculo estriado esquelético nesta região) 11 12 Obs. de monitoria: Esta legenda causa muita confusão nos alunos. Sugestão: 11. CAMADA LONGITUDINAL EXTERNA EM CORTE TRANSVERSAL (músculo estriado esquelético nesta região) 12. CAMADA CIRCULAR INTERNA EM CORTE TRANSVERSAL (músculo estriado esquelético nesta região) 27 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 22 Figura 22 13. Corte transversal das fibras muscular (camada muscular externa) 14. Adventícia ESTÔMAGO Estrutura geral: Anatomia macroscópica divide o estômago em quatro regiões distintas, mas histologicamente somente identificamos três regiões, uma vez que o fundo e o corpo são idênticos histologicamente; de modo geral, contudo, a estrutura histológica das regiões é semelhante. • Mucosa: o Mucosa: o Epitélio glandular com unidade secretora tubular ramificada, desembocando na superfície, em uma fosseta gástrica o O epitélio que recobre as fossetas gástricas e a superfície é colunar simples e todas essas células secretam muco alcalino, rico em Lâmina própria escassa e restrita = conjuntivo frouxo com células musculares lisas, fibras reticulares, tecido linfoide, e rede vascular o Muscular da mucosa: até 3 camada de células musculares (1 circular interna e 1 longitudinal externa; 3ª camada pode ser externa e circular) • Submucosa 13 14 28 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 o Tecido conjuntivo denso, vasos sanguíneos e linfáticos, infiltrado por células linfóides e macrófagos; o Pode apresentar tecido adiposo associado o Fibras nervosas de células ganglionares (plexo submucoso = de Meissner) – inervam muscular da mucosa e os vasos da submucosa • Muscular o Até 3 camadas: longitudinal externa, média circular e interna oblíqua o Presença do plexo mioentérico (de Auerbach) – inerva as camadas musculares • Serosa o Delgada e contínua com o peritônio (parietal, através do omento maior; visceral do fígado, no omento menor) Lâmina Figura 23 Figura 23 1. Epitélio 2. Mucosa 3. Muscular da Mucosa 4. Submucosa 1 2 3 4 Sugestão: TROCAR POR LÂMINA PRÓPRIA Usuario Riscado 29 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 24 Figura 24 5. Submucosa 6. Muscular - camada circular interna 7. Muscular – Camada longitudinal externa 8. Serosa 5 6 7 8 30 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 25 Figura 25 9. Fossetas Gástricas 10. Epitélio colunar simples 11. Glândulas gástricas→na lâmina própria e camada mucosa 12. Muscular da mucosa 9 10 11 12 Sugestão: TROCAR POR " PRESENTES NA REGIÃO DE LÂMINA PRÓPRIA DA CAMDA MUCOSA" 31 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 26 Figura 26 13. Camada muscular circular interna 14. Camada muscular longitudinal externa 15. Serosa 16. Gânglio do plexo mioentérico INTESTINO DELGADO Estrutura geral: Anatomia macroscópica divide o intestino delgado em três segmentos distintos, a saber: duodeno, jejuno e íleo, totalizando cerca de 5 metros de comprimento. Apresenta pregas circulares visíveis a olho nu que aumentam sua superfície de contato, constituídas de mucosa e submucosa; tais pregas são mais desenvolvidas no jejuno. • Mucosa: o As vilosidades intestinais (vilos) são projeções alongadas formadas por epitélio e lâmina própria o Epitélio colunar (cilíndrico) simples, formado por enterócitos (células absortivas) e células caliciformes → epitélio contínuo com o das criptas o Epitélio das criptas possuem enterócitos, células caliciformes, células enteroendócrinas, células de Paneth e células-tronco o Lâmina própria ▪ Tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e fibras musculares lisas (auxiliam a movimentação rítmica) 13 15 14 16 32 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 ▪ Preenche o centro das vilosidades intestinais o Muscular da mucosa ▪ Sem peculiaridades • Submucosa o No duodeno, apresenta grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas que se abrem nas glândulas intestinais, denominadas glândulas duodenais o Lâmina própria e submucosa contêm GALT (no íleo, formam-se as placas de Peyer) • Muscular o Túnica circular interna e túnica longitudinal externa o Presença do plexo mioentérico (de Auerbach) – inerva as camadas musculares • Serosa o Delgada e contínua com o peritônio Lâmina Figura 27 Figura 27 1. Vilosidades 2. Glândulas →com tecido conjuntivo frouxo em volta 3. Muscular (duas camadas) 2 1 3 33 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 28 Figura 28 4. Epitélio cilíndrico simples (células com microvilosidades – borda em escova) 5. Célula caliciforme 3 4 Corrigir os números na legenda 4 -> 3 5 -> 4 Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce 34 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 29 Figura 29 6. Vilosidades intestinais7. Glândulas intestinais 5 6 corrigir os números na legenda 6 -> 5 7 -> 6 Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce Usuario Realce 35 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 30 Figura 30 8. Camada mucosa 9. Camada Submucosa 10. Camada muscular (duas camadas) INTESTINO GROSSO Estrutura geral: Ceco (com o apêndice vermiforme), cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide, reto e ânus. • Mucosa: o Epitélio colunar simples o Glândulas intestinais tubulares, com criptas profundas (criptas de Lieberkühn), células caliciformes abundantes, e pequeno número de células enteroendócrinas o Células absortivas (enterócitos) colunares com microvilosidades curtas e irregulares / Células de Paneth normalmente ausentes em humanos o Ausência de pregas (exceto no reto, onde há colunas retais) e vilosidades o Lâmina própria rica em células linfoides e nódulos linfáticos (GALT), que podem estar presentes até a submucosa 7 8 9 corrigir os números na legenda 8 -> 7 9 -> 8 10 -> 9 36 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 o Em geral, sem vasos linfáticos entre as glândulas intestinais e nem em direção ao lúmen intestinal, apenas pequenos vasos linfáticos na base das glândulas, que drenam para a rede linfática dentro da muscular da mucosa o Na saída do canal anal, o epitélio é estratificado pavimentoso • Submucosa e serosa o Mesma estrutura geral já descrita o Nos locais onde o intestino grosso está diretamente em contato com outras estruturas (principalmente na superfície posterior), o revestimento externo é uma adventícia • Muscular o Camada externa parcialmente condensada em três faixas longitudinais proeminentes, as tênias do cólon (visíveis macroscopicamente) ▪ Exceto no reto, canal anal e no apêndice vermiforme o Entre as faixas, a camada longitudinal forma um folheto fino o Feixes de músculo das tênias penetram na camada interna circular em intervalos irregulares, formando os haustros ou sáculos Lâmina Figura 31 Figura 31 1. Camada mucosa→com criptas (sem vilosidades) 2. Camada submucosa 3. Camada muscular 1 2 3 37 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 32 Figura 32 4. Glândulas tubulosas com muitas células caliciformes 4 38 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 33 Figura 33 5. Camada muscular (duas camadas, sendo que na parte de cima da imagem só aparece uma parte da camada circular interna) 5 39 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Figura 34 Figura 34 Glândulas tubulosas com células caliciformes revestida com epitélio simples colunar 40 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 ÓRGÃOS ASSOCIADOS AO TRATO DIGESTÓRIO AULA PRÁTICA: • Objetivo geral: reconhecer e identificar os órgãos associados ao trato digestório, identificar suas características histológicas e relacioná-las às suas funções efetivas. • Objetivos específicos: o Diferenciar a estruturas histológicas das glândulas salivares maiores em relação ao pâncreas e ao fígado; o Identificar os constituintes intralobulares e interlobulares em cada estrutura estudada, diferenciando-as entre si; o Relacionar o tipo das porções secretoras de cada glândula salivar com sua função no aparelho; o Identificar as porções exócrinas e endócrinas no pâncreas, e diferenciá-lo em relação a parótida. GLÂNDULA PARÓTIDA Estrutura geral • Glândula acinosa composta • Produz 30% da produção total o Produção serosa – acinos serosos • Presença de grânulos de secreação ricos em proteínas e amilase salivar – digestão inicial (hidrólise) de carboidratos Lâmina 41 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 1. Ácinos serosos dentro de um lóbulo 2. Septo ou trabécula 1 2 42 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 3. Unidade de secreção serosa 4. Septo (tecido conjuntivo denso não modelado) 5. Ducto dentro do lóbulo 3 4 5 43 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Observação detalhada dos ácinos (um deles está indicado pelo círculo pontilhado). GLÂNDULA SUBMANDIBULAR Estrutura geral • Produz 60% da saliva: Secreção mista (glândula tubuloacinosa composta) o 90% ácinos serosos – amilase o 10% túbulos mucosos com semiluas serosas – mucina • As células das semiluas serosas secretam uma lisozima – hidrólise da parede bacteriana • Células acinosas e dos ductos intercalares secretam lactoferrina – liga ao ferro, não o disponibilizando para as bactérias • Ductos estriados fáceis de serem observados e os intercalares já são muito curtos Lâmina Reveja os objetivos específicos da aula, no início deste assunto. Observações sobre o material a seguir (Considere todos os aumentos utilizados): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 44 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 _________________________________________________________________________________ A glândula submandibular é uma glândula mista: as regiões densamente coradas contêm ácinos serosos, enquanto as regiões circuladas contém túbulos mucosos. 45 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 1. Ductos dentro do lóbulo 2. Adipócitos 3. Tecido glandular misto – neste campo, somente estão visíveis ácinos serosos 1 2 3 1 46 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 4. Túbulo mucoso 5. Ácino seroso 6. Ácino misto, com semi-lua serosa GLÂNDULA SUBLINGUAL Estrutura geral • Glândula tubuloacinosa composta (células serosas e mucosas) o Componente mucoso predomina (células serosas somente nas semiluas serosas) • Produz 5% do volume da saliva • Secreta lisozima (células serosas das semiluas) • Não forma ducto terminal – múltiplas aberturas ductais no assoalho da boca e no ducto da glândula submandibular Lâmina Reveja os objetivos específicos da aula, no início deste assunto. Observações sobre o material a seguir (Considere todos os aumentos utilizados): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 4 5 6 Sugestão: deixar apenas como "SEMI-LUA SEROSA" 47 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 A glândula sublingual é mista, com túbulos mucoso (em maior quantidade e representados acima) e poucos ácinos serosos. 48 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 1. Septos de tecido conjuntivo 2. Ducto interlobular (há quantidade expressiva de tecido conjuntivo ao redor) 3. Ácino mucoso 4. Ducto intercalar 1 4 2 3 Sugestão: corrigir para TÚBULO MUCOSA MUCOSO Usuario Realce Usuario Riscado 49 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 5. Célula serosa 6. Ducto dentro do lóbulo PÂNCREAS Estrutura geral • Fina camada de conjuntivo frouxo forma cápsula externa • Septos a partir da cápsula (lóbulos mal definidos) • Estroma: conjuntivo frouxo • Porção exócrina: o Glândula acinosa composta (estrutura similar à da parótida) o Ausência de ductos estriados e presençadas ilhotas (diferenciação em relação à parótida) o Penetração de porções iniciais dos ductos intercalares no lúmen dos ácinos (células centroacinosas) Lâmina Reveja os objetivos específicos da aula, no início deste assunto. Observações sobre o material a seguir (Considere todos os aumentos utilizados): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 5 6 6 50 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 1. Ácinos pancreáticos que forma os lóbulos 2. Ilhota pancreática ou de Langerhans 1 2 2 51 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 3. Ácino pancreático 4. Ilhota pancreática 3 4 4 4 52 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Na imagem acima, é possível visualizar os ácinos em um grande aumento. Nota-se que o citoplasma basal é mais basofílico devido à abundância de retículo endoplasmático rugoso, ao contrário do citoplasma apical que contém grânulos zimogênicos (hipocorados). 53 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Na imagem acima é possível observar a ilhota de Langerhans em aumento maior, cujas células têm núcleos que variam em forma e tamanho. FÍGADO Estrutura geral • Revestimento externo por cápsula delgada de conjuntivo que se espessa no hilo (entrada da veia porta e artéria hepática, e saída dos ductos hepáticos direito e esquerdo e dos vasos linfáticos) • Vasos e ductos revestidos pelo conjuntivo até o espaço porta • Lóbulo hepático o Massa poligonal de tecido hepático o Organização estrutural básica dos hepatócitos, agrupados em placas interconectadas • Espaço porta: o 3 a 6 espaços porta por lóbulo, presentes nos cantos do lóbulo o Um ramo da veia porta, um ramo da artéria hepática, um ducto biliar, e vasos linfáticos • Presença de sinusoides hepáticos entre as fileiras de hepatócitos 54 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 • Presença de um espaço subendotelial entre as células endoteliais dos sinusóides e os hepatócitos (uma lâmina basal descontínua também pode estar presente) = espaço de Disse Lâmina Reveja os objetivos específicos da aula, no início deste assunto. Observações sobre o material a seguir (Considere todos os aumentos utilizados): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 1. Lóbulo hepático clássico 2. Septo de tecido conjuntivo 1 2 55 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 3. Ramo da veia porta 4. Ramo da artéria hepática 5. Ducto biliar 6. Parte de um lóbulo hepático 3 4 6 5 56 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 7. Hepatócitos 8. Células de Kupffer ou macrófagoc hepáticos (com núcleo hipercorado) entre os hepatócitos. 7 8 57 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 APARELHO URINÁRIO AULA PRÁTICA: • Objetivo geral: reconhecer e identificar os órgãos associados ao trato digestório, identificar suas características histológicas e relacioná-las às suas funções efetivas. • Objetivos específicos: o Identificar a estrutura de córtex e medula renal, diferenciando seus elementos histológicos respectivos, além da cápsula renal, e estrutura de cálice; o Reconhecer os elementos do corpúsculo renal, e outros elementos funcionais relevantes no rim; o Reconhecer o urotélio presentes na bexiga e no ureter, identificando as semelhanças entre a mucosa de tais órgãos, bem como nas demais camadas da parede dessas estruturas. RIM Estrutura geral • Cápsula (conjuntivo denso), zona cortical e zona medular • Zona medular: 10 – 18 pirâmides medulares • Corpúsculo renal o Glomérulo = rede de capilares fenestrados sem diafragma o Cápsula de Bowman com dois folhetos (1 interno ou visceral e 1 externo ou parietal) e espaço capsular (recebe o líquido filtrado através da parede capilar e do folheto visceral) • Túbulos contorcido proximal maior que o túbulo distal (secções vistas com mais frequência próximo ao corpúsculo); na lâmina histológica: lúmen frequentemente reduzido com orla em escova mal preservada e capilares colabados (artefatual) • Alça de Henle com segmento espesso (histologia semelhante à do túbulo contorcido distal, com menos microvilosidades, e segmento delgado (epitélio pavimentoso simples e lúmen amplo) • Túbulo contorcido distal, com epitélio cúbico simples, com células menores que as do TCP (visualização de maior número de núcleos no corte transversal) e ausência das microvilosidades (borda ou orla em escova) • Túbulos e ductos coletores com células que vão ficando mais altas até formarem um epitélio cilíndrico (diâmetro do tubo também aumenta) • Aparelho justaglomerular: Células musculares modificadas, da arteríola aferente, próximas ao corpúsculo renal (células justaglomerulares, com grânulos de renina) e a Mácula densa (TCD) 58 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Lâmina 1 Reveja os objetivos específicos da aula, no início deste assunto. Observações sobre o material a seguir (Considere todos os aumentos utilizados): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 1. Cápsula renal com uma camada externa composta de fibroblasto e uma camada interna de células musculares lisas 2. Córtex renal 3. Corpúsculo renal 1 2 3 59 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 4. Corpúsculo renal 5. Ductos e túbulos coletores na medula renal 4 5 60 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 6. Corpúsculo renal 7. Túbulo contorcido proximal 8. Túbulo contorcido distal 6 7 8 61 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 9. Glomérulo renal (aglomerado de capilares dentro do corpúsculo renal) 10. Túbulos contorcidos proximais 11. Cápsula de Bowman 12. Espaço capsular BEXIGA E VIAS URINÁRIAS Estrutura geral • Cálices, pelve, ureter e bexiga com a mesma estrutura básica (parede fica mais espessa no sentido da bexiga) • Mucosa: epitélio de transição, com lâmina própria variando de conjuntivo frouxo a denso • Túnica muscular: camada muscular longitudinal interna e camada muscular circular externa (mal definidas) • Parte proximal da uretra: musculatura da bexiga forma o esfíncter interno da uretra • Ureter com válvula que impede refluxo deurina (se abre na passagem da urina do ureter para a bexiga, por contração da muscula lisa longitudinal, que aparece sozinha nesse trecho) • Adventícia externa (conjuntivo sem mesotélio), exceto na parte superior da bexiga, revestida por serosa = peritônio Lâmina 2 9 10 10 11 12 62 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 Reveja os objetivos específicos da aula, no início deste assunto. Observações sobre o material a seguir (Considere todos os aumentos utilizados): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 1. Epitélio estratificado de transição 2. Tecido conjuntivo denso não modelado 3. Tecido muscular liso 1 2 3 3 63 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 4. Epitélio estratificado de transição, com células apicais em morfologia arredondada 5. Tecido conjuntivo denso não modelado 6. Tecido muscular liso 4 5 6 64 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 7. Artérias 8. Veias 9. Tecido muscular liso 8 7 8 9 9 65 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 10. Epitélio estratificado de transição 11. Tecido conjuntivo denso não modelado 12. Vaso sanguíneo contendo eritrócitos Lâmina 3 Reveja os objetivos específicos da aula, no início deste assunto. Observações sobre o material a seguir (Considere todos os aumentos utilizados): _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ 10 11 12 66 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 1. Lúmen do ureter 2. Epitélio estratificado de transição 3. Tecido conjuntivo denso não modelado Camada mucosa 4. Tecido muscular liso 5. Adventícia 1 2 3 4 5 67 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 A imagem acima mostra a transição entre os tecidos conjuntivo denso não modelado (à esquerda) e muscular liso (à direita). 68 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 6.1. AULA PRÁTICA: • Objetivo geral: reconhecer e identificar os órgãos associados ao aparelho reprodutor masculino, identificar suas características histológicas e relacioná-las às suas funções efetivas. 6.2. TESTÍCULO 6.2.1. Estrutura geral • Tubos enovelados, dispostos em alças e contínuos aos túbulos retos, que se conectam à rede testicular (mediastino do testículo) • Parede formada por epitélio germinativo ou seminífero, envolvido por lâmina basal e bainha de conjuntivo denso • Conjuntivo apresenta células mioides (miofibroblastos) na região em contato com a lâmina basal • Células intersticiais (Leydig) localizadas nesse tecido conjuntivo • Túbulos retos: • Sem células espermatogênicas; segmento inicial formado só por células de Sertoli seguido de epitélio de células cuboides sobre tecido conjuntivo denso • Rede testicular (no mediastino do testículo): • Rede de canais revestidos por epitélio de células cuboides 6.2.2. Lâmina: ________________________________________________________ – Esquematize a lâmina observada dentro dos círculos abaixo, usando um círculo para cada aumento utilizado. – Descreva a estrutura histológica dos túbulos seminíferos. Identifique as estruturas citadas acima, e use os diferentes aumentos. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 69 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 70 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 6.3. EPIDÍDIMO 6.3.1. Estrutura geral – Forma corpo e cauda do epidídimo, com tecido conjuntivo e vasos sanguíneos – Epitélio colunar pseudoestratificado, com células basais arredondadas e células colunares com estereocílios – Presença de lâmina basal e camada de músculo liso adjacente, e tecido conjuntivo frouxo a denso 6.3.2. Lâmina: ________________________________________________________ – Esquematize a lâmina observada dentro dos círculos abaixo, usando um círculo para cada aumento utilizado. – Descreva a estrutura histológica do epidídimo. Identifique as estruturas citadas acima, e use os diferentes aumentos. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 71 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 6.4. PRÓSTATA 6.4.1. Estrutura geral – Epitélio cuboide alto ou pseudoestratificado colunar, com estroma fibromuscular – Presença de cápsula fibroelástica rica em músculo liso – Regulada por testosterona – Produz sua secreção e armazena para a ejaculação 6.4.2. Lâmina: ________________________________________________________ – Esquematize a lâmina observada dentro dos círculos abaixo, usando um círculo para cada aumento utilizado. – Descreva a estrutura histológica do epidídimo. Identifique as estruturas citadas acima, e use os diferentes aumentos. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 72 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 APARELHO REPRODUTOR FEMININO 7.1. AULA PRÁTICA: • Objetivo geral: reconhecer e identificar órgãos associados ao aparelho reprodutor feminino, identificar suas características histológicas e relacioná-las às suas funções efetivas. 7.2. ÚTERO 7.2.1. Estrutura geral • ENDOMÉTRIO o Epitélio colunar simples (células ciliadas e células secretoras) • + o Lâmina própria com glândulas uterinas tubulares simples (podem se ramificar nas partes mais profundas) o Epitélio das glândulas ≈ epitélio uterino, com raras células ciliadas o Conjuntivo rico em fibroblastos / matriz extracelular abundante o Camada basal (conjuntivo + porções basais das glândulas) o Camada funcional (conjuntivo + porções mais apicais das glândulas + epitélio) • MIOMÉTRIO o Grandes feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo → 4 camadas pouco definidas o Durante gestação, sofre hiperplasia e hipertrofia, e células musculares adquirem característicasde células secretoras de próteínas ( ↑síntese de colágeno) • PERIMÉTRIO o Delgada serosa (Mesotélio + tec. Conjuntivo) – ou adventícia (conjuntivo sem mesotélio, na parte anterior do útero) 7.2.2. Lâmina: ________________________________________________________ – Esquematize a lâmina observada dentro dos círculos abaixo, usando um círculo para cada aumento utilizado. – Descreva a estrutura histológica dos túbulos seminíferos. Identifique as estruturas citadas acima, e use os diferentes aumentos. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 73 Apostila de aulas práticas de Bases Morfofuncionais 2 ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ 7.3. OVÁRIO 7.3.1. Estrutura geral – EPITÉLIO GERMINATIVO = epitélio cúbico simples a pavimentoso (superfície externa) – TÚNICA ALBUGÍNEA = tecido conjuntivo denso – Região cortical = predomínio de folículos ovarianos imersos em estroma de tecido conjuntivo frouxo rico em fibroblastos e fibras musculares lisas dispersas – Região medular = tecido conjuntivo frouxo com rico leito vascular, vasos linfáticos e nervos • Tipos histológicos de folículos: 1. Folículos primordiais 2. Folículos em crescimento • Primários • Secundários (ou Antrais) 3. Maduros (ou Pré-ovulatórios, ou de Graaf) 7.3.2. Lâmina: ________________________________________________________ – Esquematize a lâmina observada dentro dos círculos abaixo, usando um círculo para cada aumento utilizado. – Descreva a estrutura histológica dos túbulos seminíferos. Identifique as estruturas citadas acima, e use os diferentes aumentos. ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________ ____________________________________________________________________