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SEMINÁRIO ADVENTISTA LATINO-AMERICANO DE TEOLOGIA 1 Graciliano Martins 2 Graciliano Martins EMENTA Princípios fundamentais da psicologia: A constituição da Psicologia como ciência - características do contexto social, político e científico e seus impactos nesse processo. Fetchner e Wundt: a fundação da Psicologia científica. Os sistemas teóricos que marcaram os primórdios da Psicologia científica: Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo, Gestalt e Psicanálise. Formação da personalidade e fatores básicos do comportamento humano. O B J E T I V O S D A D I S C I P L I N A 1. Localizar historicamente a origem das principais abordagens que integram o domínio atual da Psicologia; 2. Identificar os marcos de fundação da Psicologia como campo científico; 3. Identificar os fatores históricos que explicam a atual dispersão e fragmentação da Psicologia; 4. Caracterizar as diferentes matrizes teóricas existentes na Psicologia e seu processo de constituição; O B J E T I V O S D A D I S C I P L I N A 5. Discutir sobre temas específicos do conhecimento da Psicologia; 6. Identificar os principais elementos constitutivos da personalidade; 7. Compreender os fatores básicos do comportamento humano em seus diversos aspectos, inclusive o espiritual. C O M P E T Ê N C I A S / H A B I L I D A D E S D O P E R F I L D O E G R E SS O 1. Conhecimentos básicos sobre psicologia, sua história e sua importância no mundo atual. 2. Interesse e zelo pelo saber e pela cultura, como indispensáveis para o desenvolvimento do ser humano e como algo a ser buscado continuamente; C O M P E T Ê N C I A S / H A B I L I D A D E S D O P E R F I L D O E G R E SS O 2. Atitudes que valorizem o trabalho, a conduta científica, e os valores morais e sociais do ser humano, inclusive seus aspectos psicoemocionais; 3. Compromisso com a busca contínua pelo aprimoramento intelectual; 4. Sólida visão holística que o habilite a compreender o contexto sócio-político e econômico em que está inserido e a atuar como agente de mudança; C O M P E T Ê N C I A S / H A B I L I D A D E S D O P E R F I L D O E G R E SS O 2. Habilidade para compreender o ser humano e atende-lo em suas carências psicoemocionais e espirituais, e em suas tomadas de decisões; 3. Conhecimento dos limites de sua profissão, sabendo indicar o melhor caminho para a solução de alguns problemas de saúde mental que serão encontradas em seu dia a dia pastoral. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. A Psicologia: Conceituação e introdução 2. Contexto filosófico/pré-científico 3. A constituição e evolução da psicologia como ciência 4. Principais sistemas teóricos no séc. XX e atualidade CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 5. Visão holística do homem • Mente/cérebro (Sensação, percepção, consciência e memória) • Emoção • Comportamento • Espiritualidade 6. Etapas do ciclo vital e suas características 7. Personalidade e caráter 8. Vínculos sociais 9. Distúrbios e Patologias Metodologia de Ensino Aulas expositivas dialogadas Seminários Leituras e pesquisas individuais e em parcerias Atividades em Espaços Diversificados Visita a um centro de recuperação, CAPS ou Asilo de Idosos 7,5 h CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Atividade extraclasse com relatório – 2,0 Seminário – 2,0 Avaliação escrita (prova) – 3,0 Avaliação escrita (prova) – 3,0 DISCIPLINAS COM AS QUAIS ESSA DISCIPLINA SE RELACIONA OU SE INTEGRA • Sociologia Geral • Fundamentos Teórico-Metodológicos do Evangelismo Pessoal • Axiologia e Ética • Prática Pastoral • Religião e Saúde Referência Básica BRAGHIROLLI, Elaine Maria. Psicologia Geral. Petrópolis. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007. BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias – Uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva: 2002. WHITE, Ellen. Mente, Caráter e Personalidade. Tatui-SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989. 2 vol. Referência Complementar FREIRE, I. R. Raízes da psicologia. Petrópolis: Vozes, 2010. HALL, C. S.; LINDZEY, G.; CAMPBELL, J. B. Teorias da personalidade. 4. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. MYERS, David G. Introdução à Psicologia Geral. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1999. PAPALIA, Diane et al. Psicologia do desenvolvimento. Porto Alegre:Artmed, 2006. SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2005. 17 Graciliano Martins 1) A Psicologia: Conceituação e introdução 2) Contexto filosófico/pré-científico 3) A constituição e evolução da psicologia como ciência 4) Principais sistemas teóricos no séc. XX e atualidade 18 Graciliano Martins Psicologia é a ciência que estuda o homem e suas relações com o meio interno e externo, a partir dos processos mentais (sentimentos, pensamentos, emoção, razão) e o comportamento humano tendo em vista a saúde mental e o bem-estar do indivíduo. 19 Graciliano Martins Psicologia Áreas do Conhecimento 1. Senso Comum 2. Religião 3. Filosofia 4. Artes 5. Ciência A Psicologia e o Senso Comum A disposição para ouvir os problemas do outro A persuasão do vendedor A capacidade para dar conselhos Capacidade para resolver intrigas Entre outras crenças 21 Frenologia Doutrina segundo a qual a excelência das faculdades mentais era determinada pelas dimensões da área cerebral de que dependiam aquelas, o que poderia ser calculado pelas dimensões do crânio nessa área. (obsoleta, tida como crendice, hoje é rejeitada totalmente pela comunidade científica). Mesmerismo Franz Anton Mesmer – precursor dos estudos sobre magnetismo animal ou magnetismo terapêutico. O seu método de magnoterapia, chamava-se mesmerismo. Crença em uma força magnética das pessoas, utilizável para fins terapêuticos. Há quem acredite que foi ele quem deu os primeiros passos para a terapia hipnótica. (A Rainha Antonieta foi paciente dele) Literatura de Autoajuda 1. Tem como base, experiências ou reflexões pessoais do autor, caracterizada como aconselhamento, ou senso comum; 2. Não apresenta fundamentação teórica ou referências bibliográficas; 3. O título sugere solução miraculosa e começa assim: Tudo que você sempre quis saber sobre..., Como vencer..., Como superar..., Seja um..., O maior..., O Melhor..., O poder do..., Como compreender..., Tudo sobre..., Etc. 1 . S a n g ü í n e o 2 . C o l é r i c o 3 . F l e u m á t i c o 4 . M e l a n c ó l i c o A crença nos temperamentos como pensava Hipócrates, é vista hoje como crendice, folclore... Ciência É um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso através de uma linguagem precisa e rigorosa. Bock (1999) A psicologia é a ciência que estuda o homem e suas relações com o meio interno e externo, a partir dos processos mentais (sentimentos, pensamentos, emoção, razão) e o comportamento humano tendo em vista a saúde mental e o bem- estar do indivíduo. Graciliano Martins 27 Psicologia Os primórdios da Psicologia As primeiras teorias sobre a psyché surgiram na Grécia. Mente = Alma = Razão Bock (1999) 1. Sócrates (469 – 399 a.C.) 2. Platão (427 – 347 a.C.) 3. Aristóteles (384 – 322 a.C.) A ênfase grega era no conhecimento. E a maior preocupação era com a aprendizagem. 29 Sócrates (469 – 399 a.C.) 30 Estabeleceu limites que separam o homem dos animais. A razão permitiria ao homem sobrepor-se aos instintos, que seria a base da irracionalidade. A relação do homem com o mundo seria através da percepção. Platão (427 – 347 a.C.) 31 Discípulo de Sócrates, procurou definir um lugar no corpo para a razão e afirmava que esse lugar seriaa cabeça. A medula seria o elemento de ligação da alma com o corpo. Acreditava na imortalidade da alma ou da mente, separada do corpo. Aristóteles (384 – 322 a.C.) 32 Inovou ao postular que alma e corpo não podem ser dissociados. A psyché seria o princípio ativo da vida. Dessa forma tudo aquilo que se alimenta, cresce e reproduz, possui a sua psyché. Aristóteles Animais Vegetais Homem • Alimentação • Reprodução • Vegetativa • Percepção • Locomoção • Vegetativa • Animal • Racional 33 34 A Psicologia na Grécia Aproximadamente 2.300 anos antes da Psicologia científica os gregos formularam duas “teorias” sobre a psyché: a platônica, que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do corpo, e a aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de pertencimento ao corpo. Bock (1999) 35 A Psicologia na Idade Média 1. Santo Agostinho (354 – 430). Defendia Platão e acreditava na alma como uma manifestação divina no homem. 2. São Tomas de Aquino (1225 – 1274). Questionou a igreja a partir do pensamento de Aristóteles. Fez distinção entre essência e existência. Bock (1999) 36 A Psicologia no Renascimento René Descartes (1596 – 1659). Defendeu a separação entre a mente (alma, espírito) e o corpo afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido da mente, é apenas uma máquina. Esse pensamento permitiu o estudo do cadáver e o avanço do conhecimento da Anatomia, da Fisiologia e do progresso da Psicologia. (A Igreja Católica não permitia o estudo do corpo sem vida por acreditar que o corpo era a sede da alma). Bock (1999) 1. Com o surgimento do positivismo, Augusto Conte alertou sobre a necessidade de maior rigor científico na construção dos conhecimentos ancorado no método da Física. 2. A partir do Séc. XIX os temas da Psicologia passaram a ser investigados pela Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia. A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA 1. R. Glock (Glocenios em 1509) - Uso do termo Psicologia pela primeira vez. 2. W. Wundt (1837 a 1926),1879 - Primeiro laboratório de Psicologia Experimental na Universidade de Leipizig. Paralelismo Psicofísico. A ORIGEM DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA Objeto de Estudo da Psicologia O objeto de estudo da Psicologia é o homem e a sua relação com o seu meio interno e o seu meio externo. O Ho mem O homem vive e sente, como o animal; mas, além disso, pensa e quer – o que o animal não faz. 40 Padovani, História da Filosofia, 1990, p. 55 O homem não possui a inocência do animal, que pode abandonar-se a sensibilidade e ao instinto para orientar-se na vida. Padovani, História da Filosofia, 1990, p. 55 41 “Os atos humanos diferem dos animais porque é consciente de sua finalidade, isto é, o ato existe antes no pensamento, como uma possibilidade, e a execução é o resultado da escolha dos meios necessários para atingir os fins propostos.” ARANHA, Maria L. A. ; MARTINS, Maria H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2003, p. 3 42 Fenômeno Psicológico Referem-se a processos que acontecem em nosso mundo interno e que são construídos durante a nossa vida. São processos contínuos, nos permitem pensar e sentir o mundo, nos comportarmos das mais diferentes formas, nos adaptarmos à realidade e transformá-la. Esses processos constituem a nossa subjetividade. Bock (1999) Subjetividade São os conteúdos construídos internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências no mundo e de sua constituição biológica. É considerado mundo interno, a fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais. Primeiras Abordagens da Psicologia 1. Funcionalismo – Willian James (1842 – 1910) 2. Estruturalismo – Edward Titchner (1867 – 1927) 3. Associacionismo – Edward L. Thorndike (1874 – 1949) FUNCIONALISMO Willian James (1842 – 1910) A partir da consciência, na medida em que o homem a usa para adaptar-se ao meio, buscava respostas para as perguntas: “o que fazem os homens” e “por que o fazem”. ESTRUTURALISMO Edward Titchner (1867 – 1927) Wundt criou a escola, mas foi o seu seguidor, Titchner, que usou o termo pela primeira vez. Atribuía a consciência ao sistema nervoso central, e os conhecimentos da psicologia aos experimentos em laboratório. 48 ESTRUTURALISMO Edward Titchner (1867 – 1927) ASSOCIACIONISMO Edward L. Thorndike (1874 – 1949) O termo surgiu pela crença de que a aprendizagem se dá por um processo de associação de idéias (das mais simples às mais complexas). Daí Thorndike formulou a lei do efeito. Todo comportamento de um organismo vivo tende a se repetir, se for recompensado logo após emitir. Como também pode ser evitado se for castigado. Áreas de Atuação Profissional 1. Psicologia clínica 2. Psicologia organizacional 3. Psicologia escolar 4. Psicologia hospitalar 5. Psicologia da comunidade 6. Psicologia jurídica 7. Psicologia do trânsito 8. Psicologia social 9. Psicologia do esporte 10. Orientação vocacional 11. Pesquisa em Psicologia 12. Magistério em Psicologia 51 Ivan Petrovitch Pavlov (1849-1936), Nasceu em Riazan, Rússia, foi Químico, médico e fisiólogo. 52 Em 1903 apresentou a teoria dos reflexos físicos provocados artificialmente (portanto condicionados), no congresso mundial de medicina realizado em Madri. 53 A teoria foi o resultado dos estudos da salivação de um cão, induzida por estímulos externos como luz, som, tato e olfato. 54 Ivan Pavlov 55 Teoria do Reflexo Comportamento Natural Estímulo natural do ambiente = resposta natural do organismo. Comportamento Condicionado Estímulo natural associado a um estímulo artificial = resposta aprendida do organismo BEHAVIORISM O Behaviorismo O Termo Behaviorismo (behavior = comportamento) surgiu na Psicologia com John B. Watson em 1913. 57 Estímulo Resposta Teoria S - R 58 Behaviorismo - Skinner 1. Condicionamento Respondente É o comportamento reflexo, não voluntário. (lacrimejar ao cortar a cebola) 2. Condicionamento Operante É o comportamento aprendido. 59 60 Behaviorismo Reforço – É o estímulo reforçador. 1. Reforço Positivo – É o estímulo usado para fortalecer a resposta que mantém um comportamento desejado. Fortalece o comportamento que o precede. 2. Reforço Negativo – É quando um comportamento está sendo instalado para evitar um estímulo indesejado. 61 GESTA LT A Gestalt e o Behaviorismo estudam o comportamento. O Behaviorismo estuda o comportamento através da relação estímulo-resposta. A Gestalt contextualiza o estímulo para explicar o comportamento. 63 Gestalt forma ou configuração A percepção é o ponto de partida dessa teoria. (o que percebe e como percebe). 64 65 A percepção é o ponto de partida dessa abordagem. O comportamento depende do estímulo a partir da interpretação do indivíduo. Ou seja, o comportamento ocorre a partir do que ele percebe e como percebe o estímulo. 66 Princípio da Figura e Fundo O vaso é a figura. Mas você pode se concentrar e ver o que está no fundo. O que é? 67 68 A percepção busca o fechamento, a simetria e a regularidade. MUITO INTERESSANTE! 69 De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrtea etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. CRESCIMENTO PSICOLÓGICO Indivíduos auto apoiadose auto regulados têm clara percepção de figura e fundo, expressam suas necessidades com clareza, sabe dos limites entre ele e os outros e fazem distinção entre suas fantasias sobre os outros ou sobre o ambiente. Maturidade psicológica é a capacidade de emergir do apoio e regulação ambientais para o auto apoio e auto regulação. Podemos escolher a maneira como nos relacionamos com o meio. 70 EXISTENCIA LI SMO O Existencialismo originou-se com Sören Aabye Kierkegaard Copenhague, Dinamarca, 1813 - 1855 72 A verdadeira realidade é o existente, singular. Ênfase no aqui e agora Viver com a atenção voltada para o presente ao invés do passado ou futuro leva ao crescimento psicológico Neuróticos são incapazes de viver o presente. Ansiedade é a lacuna entre o agora e o depois. Pode desviar a energia e atenção do presente criando situações inacabadas perpetuamente A condição para se sentir satisfeito e realizado a cada momento da vida é a simples aceitação sincera da experiência presente. 73 Jean-Paul Sartre A existência precede e governa a essência. Essa definição funda a liberdade e a responsabilidade do homem, visto que esse existe sem que seu ser seja pré-definido. O homem não é nada mais do aquilo que faz de si próprio. 74 O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós. A VIDA DO RIACHO A vida do riacho é cortada de obstáculos: As pedras, o terreno, as curvas, os homens, os animais... mas o riacho não se intimida. Sua vocação é prosseguir superando os desafios, vencendo as barreiras. Não fica “Adorando” obstáculos! Ele contorna, passa por cima ou passa por baixo. Sempre dá um jeito, vencendo os problemas da sua trajetória. Porque em suas águas que rolam, o riacho carrega as últimas recomendações da fonte geradora: “Não pare no caminho, siga sempre em frente, e com certeza, chegarás ao mar”. Extraído do livro Minha Vida é um Riacho, de Roque Schnaider. 75 EXISTENCIALISMO E FENOMENOLOGIA O mundo vivencial de um indivíduo só pode ser compreendido por meio da descrição direta que o próprio indivíduo faz de sua situação única. Não existe cisão entre corpo e mente como também é intima a relação sujeito e objeto - organismo e meio. 76 PSICANÁLISE S igmund Fre ud 1856 - 1939 78 1. Formou-se em Medicina em Viena em 1881; 2. Escolheu a psiquiatria como especialidade; 3. Fez residência na França com Jean Charcot, psiquiatra, que tratava histeria com hipnose; 4. Retornou a Viena onde conheceu Breuer. Pe rguntas de Fre ud 79 “Qual poderia ser a causa dos pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior como exterior?” Por que o esquecido era sempre algo penoso? Por que às vezes lembravam de fragmentos dos ocorridos e sentiam vergonha? Bock (1999) S igmund Freud 80 1. Usou a hipnose no início para obter a história e a origem dos sintomas, mas logo trocou pelo método catártico; 2. Modificou o método catártico de Breuer e abandonou a hipnose; 3. Criou a técnica da Associação Livre que permite a fala desordenada do paciente sem a hipnose. A De sco be r ta do Inco nsc ie nte 81 O processo psíquico que retira da consciência uma idéias ou representação dolorosa e insuportável, dando origem ao sintoma, Freud denominou de repressão. A força psíquica que evita a lembrança ele chamou de resistência. Estes conteúdos psíquicos localizam-se no inconsciente. Bock (1999) O Aparelho Psíquico 82 Aparelho Psíquico se compreende por organização mental dividida em sistemas, ou em instâncias psíquicas, com funções específicas e interligadas entre si. Estrutura do Aparelho Psíquico Primeira Teoria 1900 83 1. Consciente - Recebe informações do mundo interior e do mundo exterior. 2. Pré-Consciente – Conteúdos acessíveis ao consciente. 3. Inconsciente - Conteúdos reprimidos S i g m u n d F r e u d 1856 - 1939 84 Graciliano Martins Grande parte do nosso comportamento provém de processos inconscientes (crenças, medos, desejos) e nossas reações de instintos animais básicos como o sexo e a agressão. 85 Graciliano Martins Teorias 1. Consciente Ego* 2. Pré-Consciente Superego 3. Inconsciente Id * Estruturas Topográfica e Estrutural 86 Graciliano Martins 87 O APARELHO PSÍQUICO 88 Graciliano Martins ESTRUTURA DA PERSONALIDADE ID – Constituído por conteúdos reprimidos. Voltado para satisfazer tais necessidades, busca o prazer imediato, não tolera frustrações, não mede conseqüências dos atos para se satisfazer. (Amoral) EGO – Intermediário entre o ID e o mundo externo, controla os impulsos e decide a melhor maneira de agir. (Razão) SUPEREGO – Classifica moralmente o Certo e o errado a partir das regras sociais que reprimem e censuram os impulsos do ID “Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo...” Fernando Pessoa 89 SEMINÁRIO ADVENTISTA LATINO-AMERICANO DE TEOLOGIA 90 Graciliano Martins
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