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AUTORES Equipe GEMO JAMERSON DIAS Tec. em Óptica e Optometria bacharelando em Optometria ALEXANDRA BARBOSA Tec. em Óptica e optometria Pós graduada em Ortoptica Pedagoga DANILO FRANCO Tec. em optometria Bacharel em Optometria Pós graduando em Ortoptica WILSON SARAIVA Tec. em Optometria Apresentação Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. Optometria uma nova visão para todos. Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia na aprendizagem dos passos da ficha clínica de optometria. além dos testes, que são de grande interesse ao profissional da saúde visual, os textos são pequenos e mostramos apenas pontos específicos e necessário para o entendimento e de cada teste. Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo dos 21 passos da ficha clínica de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos e conhecimentos. ÍNDICE • Anamnese • Acuidade Visual • Oftalmoscopia • Motilidade (Kappa, Duções, Versões E Hirschiberg) • Ceratometria • Reflexos • Retinoscopia Estática • Retinoscopia Dinâmica (Bell, Book Getmam, Mem E Nott) • Testes Cores E Contraste (Ishihara, Semsibilidades) • Reservas Fusionais Positivas E Negativas RFP E RFN • ARP E ARN Acomodação relativa positiva e negativa • AA Amplitude De Acomodação E FA Flexibilidade De Acomodação • A/Ca Acomodação por convergência acomodativa, • PPC Ponto próximo de convergência • Maddox • Worht • Cover Test • Subjetivo E Afinação • Bicromático Anamnese é uma palavra de origem grega. Ana = trazer de volta Mnesis = memória. Ao optometrista, anamnese significa tudo que se refere á memorização dos sinais e sintomas da moléstia. Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente. Conduta do exame optométrico Durante um exame optométrico, há muitos passos que finalizarão em um diagnóstico e a adoção de uma conduta que resolva motivo da consulta. Os passos estão divididos em obrigatórios ou complementares. Conduta do exame optométrico A ANAMNESE é um passo obrigatório do exame, tanto do ponto de vista clinico, quando do ponto de vista jurídico. É a partir da anamnese que serão definidos: 1 – Qual é o diagnóstico mais provável? 2 – Qual é a etiologia mais provável? 3 – Qual é o próximo passo no diagnóstico? ANAMNESE é o principal passo do exame? Atualmente, o que se tem observado é que cada vez mais os profissionais de saúde falam menos com seus pacientes. No entanto, 60% dos diagnósticos são feitos na anamnese, 30% no exame de rotina 10% nos exames complementares. 60% 30% 10% Anamnese X Tempo Equivocadamente, acredita-se que exames complementares resolverão os problemas de comunicação entre profissional e paciente. A adoção desta prática é considerada desumana e desgastante ao paciente, além da possibilidade de falsos positivos. Portanto, valorize a anamnese, aqui se começa a construir a relação optometra- paciente. A anamnese não é cara, mas laboriosa. Se bem feita, você ganhará tempo nas próximas etapas optométricas. O QUE DEVO FAZER PARA REALIZAR UMA BOA ANAMNESE? Em primeiro lugar, seja observador e saiba que você também está sendo observado. O optometrista observa todos os detalhes do paciente, ou mesmo de acompanhantes, desde o momento que o mesmo entra no consultório Desta forma, é possível colher informações a respeito da saúde do paciente de forma verbal e não verbal. Dentre muitos sinais não verbais, os que são mais comumente observados na consulta optometrica são: Dificuldades motoras Dificuldades de marcha Dificuldades de comunicação Mal estar Mal humor Excesso de piscar Intolerância a iluminação Diminuição da fenda palpebral Posição viciosa da cabeça e ombros. Tédio Ira Medo Expressão facial É extremamente importante que o profissional, esteja atento para captar informações não verbais ou corporais, diferentes das que estão sendo verbalizadas. Postura profissional A comunicação á mais fácil quando estamos sentados ou em pé confortavelmente, não tensos, e sentados na ponta da cadeira; Não devemos cruzar os braços, cerrar os punhos ou cobrir parte da face com as mãos; Não demonstro pressa, não fique olhando relógio ou celular; Nunca mostre impaciência; Mantenha distancia culturalmente aceitável; Não ter luz direta atrás do paciente ou examinador. E principalmente ouvir Aparência do profissional O uso de um jaleco pode ou não auxiliar a comunicação. Há pacientes que sofrem de síndrome do jaleco branco por exemplo, ou crianças com histórico traumáticos de visitas a profissionais da saúde, que acabam não colaborando com o exame quando encontram o profissional assim vestido. Todavia, na maioria dos casos, o uso de jaleco, funciona bem e passa segurança suficiente para que o paciente confie no profissional. Expressão Facial Manter o contato visual tanto quanto possível. Observar os olhos do paciente e as expressões faciais do mesmo de acordo com a progressão da anamnese. Distrações com ruídos, rádio, TV, telefones e celulares, limitam a comunicação. Solicite ao paciente que diminua o volume do som, desligue o celular. A privacidade é essencial. O consultório de optometria deve ter boa iluminação. As paredes devem ser limpas e de cores neutras As cadeiras devem oferecer conforto e segurança. Ambiente Escute com atenção e motive o paciente a contar sua historia. A habilidade de escutar é tão importante como a de perguntar e é difícil de aprender. Boas técnicas de escuta levam o paciente a saber que você escutou o que ele disse, bem como permitem que o paciente corrija ou complemente sua percepção sobre o um sintoma, por isso, exercite. Facilitadores da anamnese Confirmação: Quando a mensagem é simples e direta, a confirmação leva o paciente, a saber, que você o ouve e, sua resposta, o encoraja para prosseguir. Ex: “eu entendo”, “tudo certo”, “okay” ( é como se você estivesse dizendo prossiga...) Empatia: Durante a anamnese o examinador pode, por vezes, perceber algo de importância emocional para o paciente. O paciente se sentirá reconfortado se você identifica esta situação. Ex. Paciente: “ ao acordar percebi que estava com o olho direito com uma mancha grande de sangue.” Optometrista: “Imagino que deve ter se assustado...” Sumário: É Frequentemente de muita valia para o entrevistador fazer breves sumários de relato. Isto é especialmente útil quando o relato do paciente for muito extenso, confuso ou desconexo. Confrontação: significa fazer observações que implicam que foram reconhecidas discrepâncias. Ex: “ você diz que não sofreu nenhum acidente ocular, mas não se estava fazendo uso adequado de EPI durante o trabalho.” Silêncio: é uma das habilidades mais valiosas de escuta, porém, uma das mais difíceis de apreender, especialmente se você esta inseguro. ANAMNESE Exemplo: Maria dos santos 10-jan-2017 R.G.1234-00 Clinica 50 anos Rua A, 13, centro 1º ano médio Do lar Brasil Clinico há 1 ano • Nome completo: • Data: • Doc.. Identidade: • Local : • Idade: • Endereço: • Grau de instrução : • Profissão: • Nacionalidade: • Remetido por: • Ultimo controle: Identificação Motivo Principal da Consulta MPC Técnica: Iniciar com uma questão aberta permite ao paciente falar sobre sua historia espontaneamente. EXEMPLOS: 1 – Que tipo de problema ocular você tem?2 – Como estão seus olhos e sua visão? 3 – Por que o sr(a) veio procurar um optometrista? 4 – por que o sr(a) veio a consultório? 5 – O que esta acontecendo com o sr(a)? OBS:. É necessário ter cuidado para não induzir o paciente. A partir do que o paciente descreva, busque mais detalhes, como local, horário, tempo, intensidade, frequência... Ex: Optometra: “o que esta acontecendo contigo?” Paciente: “doutor, tenho sentido dores de cabeça.” Optometra: “onde dói na cabeça? Sempre? Qual a intensidade da dor?” Paciente: “Na testa. Sinto dor sempre ao final do dia e são dores fortes.” No motivo da consulta sempre escreva com as palavras do paciente reporta os sintomas, e as ponha entre aspas. Ex: “Paciente reporta que não consegue ver de longe e não consegue ficar com olhos abertos quando esta exposto ao sol” Historia Mórbida Atual Esta etapa é uma sequencia da anterior. Aqui se dá inicio o raciocínio clinico . A partir de aqui em diante as palavras a serem escritas no prontuário devem ser palavras técnicas. Ex: 1 Diminuição de acuidade visual para longe, 2 fotos sensibilidade, 3 Cefaleia frontal severa. ANTIGUIDADE DA MOLESTIA Procura-se descrever o tempo em que iniciaram-se os sintomas ou sinais. (dias, semanas, meses, anos) Antecedentes Pessoais OCULARES Devem ser descritos todos os detalhes possíveis, incluindo tempo. - Uso de óculos - Trauma ocular - Tratamento ortoptico (qual?) - Uso de lentes de contato - Doenças anteriores. Etc.. Antecedentes Pessoais SISTÊMICOS Informações da saúde geral do paciente e antiguidade das mesmas. - Diabetes (Compensada, descompensada, há quanto tempo). - Hipertensão arterial sistêmica ( compensada, descompensada, há quanto tempo). - Síndromes. - Quadro reumático. Antecedentes Pessoais FARMACOLÓGICOS - Descrever fármacos de uso sistêmicos, e oculares, - frequência de uso (disciplinado, indisciplinado) - tempo em que faz uso, - Eficácia dos fármacos para o propósito do mesmo. - Etc. CIRÚRGICOS: As cirurgias de interesse ao optometrista são - Oculares (estrabismo, catarata, pterígio...) - Neurológicas - Faciais, - Nasais, TRAUMÁTICOS: Os principais traumas de interesse ao optometrista são: - Oculares - Cranianos - Faciais - Cervicais e torácicas. OUTROS: Fica reservado a informações complementares que não se encaixam nos itens anteriores. Ex: - Intoxicações - Vícios - etc. ANTECEDENTES FAMILIARES Descrição de patologia sistêmicas ou oculares graves. HAS DM Glaucoma Cegueira Outros São de importância clinicas os dados dos pais, irmãos e avós. “O profissional é convidado a sofrer com o paciente, dividindo sua situação existencial (a qual também sugere um papel espiritual...)” J. Med Phil 1979;4:32-56 Bibliografia: http://www.gesepfepar.com/propedeutica/anamnese/ana mnese.pdf http://pt.slideshare.net/pauloalambert/anamnese- prtica?next_slideshow=1 Definição Pode se definir como a capacidade de perceber e diferenciar os estímulos separados por um angulo determinado (alfa), ou de outra forma é a capacidade de resolução espacial do sistema visual. (MARTÍN; VECILLA) A AV clinicamente normal se situa em torno de AV = 1,0 ou AV = 20/20 por influencia de diferentes fatores, tanto físicos como fisiológicos e psicológicos. Fatores Físicos A sala: iluminação. Os optotipos: iluminação, cor, contraste, tipografia e distancia do sujeito. Do olho: tamanho e difração pupilar, ametropia e aberrações ópticas. Fatores Fisiológico Densidade ou disposição: dos fotorreceptores Excentricidade da fixação: a máxima AV é na fóvea. Motilidade ocular Idade do sujeito: A AV é muito baixa ao nascer e melhora com a idade para estabilizar e decair lentamente a partir dos 40 a 45 anos. Monocularidade/binocularidade: A binocular é maior em torno de 5 a 10% que a mono. Efeito de Medicamentos Enfermidades oculares Fatores neuronais: Transmissão das informações pelas vias neurais. Fatores Físicos Fatores Psicológicos Experiências previas com a correção. Fadiga física ou psíquica. Motivação ou tédio, sobre todas as crianças. Fatores que afetam a AV Definição Segundo (DEL RIO 1966), a acuidade visual é determinada pela capacidade visual expressa pelo mínimo visível, mínimo separável, poder de alinhamento e potencialidade de discernir a cor e forma dos objetos. Mínimo visível objetos mais pequenos diferençável. Circulo, quadrado em fundo branco. Mínimo separável a pequenas interrupções dos pontos. Corresponde a distância que a retina ocupa em diâmetro de um cone foveal. Mínimo reconhecível capacidade do sistema visual de reconhecer corretamente formas ou objetos ou sua orientação. Classificação AV Numero e disposição do optotipo Angular (Não envolvem fatores cognitivos) Baseado no mínimo visível. C de Landolt; Objetos isolados; Morfoscópica (Influenciada pela inteligência intelectual e cultural do individuo) Baseado no mínimo separável. Tabela de Snellen; Números e Letras. Distância do objeto Longe (6 a 4 mts) Perto (33 cm, varia de acordo com a distância de trabalho) Monocular Binocular Tipos de Optotipos Optotipos de Letras Optotipo de números Optotipos direcionais Optotipo de figuras Optotipo bicromatico Hermann Snellen Em notação Logmar Duocromo New York Light House Anel de Landolt Optotipo perto Carta de Jager Anotação da Acuidade Visual Fração de Snellen Expressa o tamanho angular do optotipo especificando a distância do teste. Ex: 20/200; 200 distância que se vê como ângulo de 5’. Escala Decimal Resolve a fração de Snellen a um só número. Ex: 20/20 = 1,0 ; 20/200 = 0,1 Mínimo ângulo de resolução (MAR) Logaritmo do mínimo ângulo de resolução (LogMAR) Anotação da Acuidade Visual Equivalente para Snellen, Decimal e LogMAR Snellen (mt) Snellen (pés) Decimal LogMAR 6/61 20/200 0,1 10 6/30 20/100 0,2 5 6/21 20/70 0,3 3.5 6/15 20/50 0,4 3.5 6/12 20/40 0,5 2 6/9 20/30 0,6 1.5 6/8 20/25 0,8 1,25 6/6 20/20 1 1 Equivalência das diferentes notações de perto para AV (AREVAIO, 2005) Equipamentos utilizados Oclusor: ocluir o olho que não deve ser estimulado. Furo estenopeico (furo de 1 a 1,5 mm): O emprego deste elemento e seu método também ajudam nos procedimentos do subjetivo, especificamente no caso em que o paciente não recupera a AV com a melhor correção obtida, caracterizando suspeitas patológicas. Tabela para longe: determinar acuidade visual longe Tabela para perto: determinar acuidade visual perto. Acuidade Visual para Longe Define a distância de longe dentre 6 a 4 mts Realizado com correção (S/C) e com correção (C/C), caso haja. Ocluir OE do px com oclusor Ler a linha do optotipo conforme apresentado Para quando o px equivocar-se com 50% ou mais do nível. Anota-se o valor da AV correspondente a linha, deduzindo as letras ou símbolos que omitiu. EX: 20/40-2 O procedimento deve ser repetido para o outro olho e de forma binocular. Em caso de AV acima de 20/20 deve-se realizar o procedimento usando o furo estenopeico. Acuidade Visual Longe para Baixa Visão Aproximar o optotipo em 50% ou mais e definir o resultado encontrado x2 até 4x. Caso não leia avaliar a capacidade de contar dedos (CD), movimento da mão (MM) ou percepção de luz (PL). Sendo anotado conforme a distância. Ex: CD a 1m; MM ou PL. Acuidade Visual Perto Utiliza-se tabelas para perto à 33cm ou 40cm. Indicadas para avaliação dos defeitos da acomodação e presbiopia. Iluminar a carta. Lâmpada de 40w a cerca de 60cm. O paciente lê os textos, começando pelos maiores. O menor texto lido sem erros ou hesitação é considerado a AV para perto. Realizar o mesmo procedimento para OD, OE e em AO. Ex: OD J4; OE J5; AO J3 O procedimento deve ser feito com e sem correção. Referencial bibliográfico MARTÍN, R. H.; VECILLA, G. A. Manual de Optometría. Panamericana, 2010. 718 p. MACIEL, A. C. S; Manual prático ilustrativo da optometria funcional. Grafique, 2015. 262 p. DEFINIÇÕES: O exame de fundo de olho (FO). consiste na observação das estruturas do segmento posterior do olho: cabeça do nervo óptico, papila, retina, vasos retinianos, artérias, coroide, macula, fóvea, vítreo.... O principal aparelho utilizado para realização do exame de fundo de olho é o OFTALMOSCÓPIO DIRETO, dentre outros aparelhos, como o oftalmoscópio indireto e a lâmpada de fenda. O fundo de Olho normal aparece vermelho quando a fonte de luz do OFTALMOSCÓPIO, emite primariamente luz de grande comprimento de onda, essa cor depende de: • Concentração do sangue nos grandes vasos Coroidianos ( anastomosados ). Este é o componente vermelho. • Densidade do pigmento: a: epitélio pigmentar retiniano b: melanócitos da Coroide (componente marrom) • Tipo de intensidade da fonte de luz a: luz elétrica usual é uma luz vermelho-amarelada de grande comprimento de onda( componente amarelo). b: luz sem vermelho ou pequeno comprimento de onda, obtida por filtros verdes. • Como permite detectar fases iniciais de muitas doenças graves, a oftalmoscopia é um exame complementar de muito valor diagnóstico. Tem uma fiabilidade de 90-95%. Além das doenças oculares típicas a oftalmoscopia permite avaliar o sistema cardiovascular, o sistema nervosa central e a repercussão ocular da HAS e do Diabetes. A oftalmoscopia e uma técnica objetiva de suma importância na exploração clínica que permite diagnóstico de alterações oculares, • É o único exame que nos permite observar a vascularização ao vivo sem a necessidade de ato invasivo ao corpo A FINALIDADE DO EXAME DE FO É: • Observar a transparência dos meios refringentes; • Determinar a existência de patologias ou alterações oculares e o seguimento de sua evolução; • Determinar a fixação do paciente; • Avaliar aproximadamente o defeito refrativo, segundo a lente com a qual visualize o fundo do olho. OFTALMOSCOPIO • Filtro verde • Filtro azul cobalto • Grande abertura • Filtro polarizado • Reticulo de fixação • Pequena abertura • Fenda OFTALMOSCOPIA À DISTÂNCIA • Distancia de trabalho: 40 ou 50 cm; • Oftalmoscópio com a lente em 0 plano; • Avaliação do olho direito do examinado com o olho direito do examinador e vice-versa; • Avalia-se os reflexos de Bruckner e compara-se o reflexo de cada olho. Reflexos simétricos, equivalentes em cor, intensidade ou ausência de opacidades. • PUPILA: deve aparecer de cor vermelha mais ou menos intensa e sem nenhuma opacidade; • MEIOS INTRAOCULARES: se existir alguma opacidade, será vista como negra sobre o fundo vermelho; • LOCALIZAÇÃO DAS OPACIDADES: se existe uma opacidade deve-se localizá-la e determinar se é fixa ou móvel, No primeiro caso se moverá com o olho enquanto que no outro continua movendo-se quando o olho está estático. As opacidades móveis somente se localizam no vítreo ou câmara anterior; • Anotaçõe: Bruckner presente e simétrico, meios transparentes. OFTALMOSCOPIA DIRETA • Paciente posicionado um pouco abaixo do eixo visual do examinador olhando para um ponto em visão de longe; • Ambiente com iluminação reduzida; • Com o oftalmoscópio na mão direita examina-se o olho direito do paciente; • Utilizando a roda de lentes, de potencias que vão desde +40 dpt a –35 dpt são estudadas estruturas como: 1. pálpebras e córnea (+40dpt), 2. câmara anterior (+20dpt), 3. íris e câmara anterior do cristalino (+12dpt), 4. corpo vítreo (+8, +6, +4dpt), 5. até a retina (+2,0 a –2,0dpt). • À medida que se reduza de forma gradual a potência positiva da lente, o foco de observação se estende para traz e para dentro do olho. Em cada uma das estruturas deve-se observar se estão transparentes e sem a presença de anomalias. DICAS: Caso observe alguma opacidade, peça ao paciente que mova suavimente o olho horizontal e verticalmente, para determinar o lugar de colocação da opacidade. 1. Movimento a favor: implica dizer que a opacidade está antes do ponto nodal (córnea, cápsula anterior do cristalino e/ou núcleo do cristalino; 2. Movimento contra: implica dizer que está depois do ponto nodal (cápsula posterior do cristalino e/ou vítreo). Uma inclinação de (+ ou – 30 graus temporalmente), se realiza para chegar diretamente à cabeça do nervo óptico. OD PAPILA ESCAVAÇÃO ANEL MACULA FOVEOLA FIXAÇÃO RELAÇÃO A-V (VASOS) COR CRESCENTE LAMINA CRIVOSA OBSERVAÇÕES OFTALMOSCOPIA DIRETA Análises clínicos em Ambos os olhos. OE PAPILA ESCAVAÇÃO ANEL MACULA FOVEOLA FIXAÇÃO RELAÇÃO A-V COR CRESCENTE LAMINA CRIVOSA OBSERVAÇÕES PAPILA Observa-se: bordas: • Definidas, 1. Planas, 2. cor do disco (amarelo suave), • Tamanho e Forma 1. redonda, 2. inclinada, 3. ovalada. ESCAVAÇÃO Analisar a proporção do diâmetro da escavação em relação ao diâmetro da papila. Anotação: 0,1 – 1,0. Obs.: Até 0,5 simétrico normal, além de 0,5 simétrioco anormal (suspeita de glaucoma) e diferença de 0,2 assimétrico anormal (suspeita de glaucoma). Observa-se: • Forma; • Relação copa/disco; Mensurando relativamente o tamnho da escavação em relação ou fração, profundidade. ANEL Espaço compreendido entre a borda da papila e a borda da escavação, marca a entrada das fibras do nervo óptico e sua presença indica normalidade. Deve anotar-se como: • presente ; • ou quadrante (onde esta diminuído sua espessura). SIMETRIA Deve-se comparar a simetria de ambos dos olhos, as mudanças indicam o inicio de alteração ou possibilidade de patologias instauradas. MACULA Localizada no lado temporal da papila e aproximadamente a dois diâmetro s papilares de distância. Observa-se: • o brilho foveal 1. sua uniformidade; 2. ausência de vasos. É avascular cor vermelho cereja com um reflexo central brilhante “fóvea”. FIXAÇÃO Refere-se ao alinhamento de uma ou ambas as fóveas com um objeto ou busca. Esse alinhamento foveal se refere a fixação central. Sob condições monoculares, a fixação pode não ser foveal e em outros pontos retinianos podem desenvolver direções estratégicas da cabeça e do olho ao valor retiniano motor zero. • Fixação Central Estável; • Fixação Central Instável; • Fixação Excêntrica. VASOS Observa-se: • percurso desde a papila até a periferia, • tortuosidade, • cruzamentos arteriovenosos. As veias são de cor mais escura que as artérias e duas vezes mais grossas. • (relação 2:1) Relação artéria veia, • cruzamentos (sinais de Gunn), • artéria cilio-retinal, • tipos de vasos, • mudanças da cor, • diâmetro, • espessura, • vasos novos. COR Observa-se sua coloração e em geral seu conteúdo, pois não é normal ver manchas vermelhas ou brancas no fundo de olho, senão que deve estar limpo de qualquer alteração. Cor do fundo de olho: • vermelho pálido uniforme, com variações normais segundo a raça, o estado refrativo e a idade. FUNDO VERMELHO FUNDO TIGRÓIDE FUNDO CLARO (ALBINÓTICO) Epitélio pigmentar retiniano Pigmentação densa e uniforme Pequena pigmentação Escassa ou nenhumapigmentação Melanócitos Coridianos Obscurecida Pigmentação marcada Escassa ou nenhuma pigmentação Vasos coroidianos Obscurecida Visível rede vermelha, anastomoses e espaços intervasculares são preto- acinzentados Visível como uma rede vermelha no fundo amarelo- esbranquecido Fundo de olho normal Tigróide ( contrastes entre os espaços intervasculares escuros e claros), vasos coroidianos semelhantes a fitas. Fundo de olho normal Fundo albinótico, vasos coroidianos visíveis como uma rede anastomosada, espaço intervasculares amarelo bem claro, cor do disco quase igual ao do fundo Fundo de olho normal Vermelho uniforme E escavação fisiológica CRESCENTE TIPOS: • Escleral, • coroidal, • Pigmentaria, • atrofia peripapilar VARIAÇÕES: • Adquiridas; • Congêntias. Atrofia peripapilar coroidal Escleral Pigmentaria LÂMINA CRIVOSA Tecido conectivo fibroso e elástico e glial. É a borda posterior da esclera que forma o canal. Visualiza-se na base da copa. Aumentar a lente negativa desde o bordo papilar até observar a lâmina crivosa. Tendo em conta a diferença entre a lente inicial e a final (cada 3.00 D equivale a 1 mm de profundidade). Alguns Achados associados a hipertensão arterial sistêmica (HAS), Exsudatos duros Retinopatia hipertensiva com compressão arteriovenosa importante. Estreitamento arteriolar difuso grave (artérias em fios de prata). Hemorragia retiniana Alterações agudas: edema de papila importante e grande quantidade de exsudatos duros e moles e hemorragias de retina. Edema papila Hemorragia em chama de vela Microneurismas hemorragias manchas vermelhas e amarelas (pus) espessuras dilatadas das artérias e veias com deformidades nos vasos. Alguns Achados associados ao Diabetes mellitus (DM), retinopatia diabética proliferativa avançada, complicada com descolamento tracional da retina. hemorragias do tipo dot in blot nos 4 quadrantes e irregularidade da parede venosa, classificando-a como retinopatia diabética não-proliferativa grave. Neovascularização hemorragias em pontos borrão severas, lesões nos vasos, exsudatos hemorragias em pontos barrão, exsudatos e edema macular RETINOPATIA HIPERTENSIVA DM Diabetes Melito Trombose da Veia Central da Retina Glaucoma SINAIS Cefaleia, desfocamento e baixa na ACV Diminuição da acv, Baixa na Visão Diminuição Unilateral da acv Dor Ocular, perda de Visão Periférica, Vômitos e Cefaleia Quadro de Sintomas e Sinais em (HAS), (DM), (OVCR) e Glaucoma ACHADOS OBJETIVOS NO FUNDO DE OLHO Localização Bilateral Geralmente Bilateral Unilateral Geralmente unilateral Cabeça do nervo óptico Pouco saliente Normal na cor e delimitação Mal delimitada difuso, escavações elevadas, baiometamentos Vasos Retinianos Bilateralmente: constrição de Artéria; Veias dilatadas e tortuosas com cruzamentos de GUNN, artérias em "fios de prata", duplos contornos Dilatação fusiforme, Veias dilatadas com extensão vasculares da parede do vaso e neovasos Bilateralmente: constrição de Artéria; Veias dilatadas e tortuosas com cruzamentos de GUNN, variação do calibre, arcos de cruzamento de Salus Constrição de Artéria; Veias dilatadas e tortuosas com cruzamentos de GUNN, variação do calibre Retina Alterações bilaterais: hemorragias, turvação isquêmica, peripapilar da retina Alterações temporais: irregularmente distribuídos, pontos em chama de vela, microneurismas e esxudatos. Achados unilaterais: hemorragias maciças até à periferia, focos de degeneração, de cor branca Alterações temporais: perdas de fibras nervosas, pontos em chama de vela e escavações ALTERAÇÕES FUNCIONAIS ACV Diminui em alguns casos Diminui em alguns casos Diminuída Diminuída Campo visual Geralmente normal Geralmente normal normal Com perca e ameaça inicial à fixação Mancha Cega normal Geralmente normal Geralmente normal Geralmente normal EXAME GERAL Sistema Vascular Hipertensão alta taxa de glicose, Diabetes Frequente hipertensão ou esclerose arterial Frequente hipertensão Função Renal Diminuída As vezes Diminuída, de acordo com o estagio da DM Diminuída normal Referencias: Jack J. kanski Brad Bowling Oftalmologia Clinica uma abordagem Sistemática 5°, 6° e 7° edição Arno Nover Fundo de olho 5° edição Myron Yanoff Jay S Duker Oftalmologia 3° edição Theo Dorion Manual de Exames do Fundo de Olho Mark W. Leitman Manual de Exames e Diagnóstico Ocular 7° edição Apostila IRV RS OI OI RS RL RM RL RI OS OS RI OE OD O estudo do sistema de motilidade ocular ou sistema oculomotor está associado à musculatura, aos nervos e as vias neurais. Os testes motores avaliam a fisiologia motora e sensorial do paciente a nível monocular e binocular. É preciso saber que existem os músculos extrínsecos do olho que são seis: quatro são retos: superior, inferior, medial e lateral e dois oblíquos: superior e inferior. Os músculos contraem e relaxam de acordo com a movimentação desejada, movimentando o globo ocular de maneira rápida, precisa e coordenada, garantindo o posicionamento da imagem na fóvea, que é a região de maior precisão sensorial. MOTILIDADE OCULAR Ducções – movimentos monoculares distintivos . Serve para confirmar ou descartar paralisias ou paresias de um ou mais músculos extraoculares. E necessário ter fixação central. Monocular Luz a 40 cm Avaliação dos Movimentos em X Lei de Inervação Recíproca de Sherrington ¨ A inervação aumentada de um músculo diminui a inervação do músculo antagonista¨ • Versões - movimentos binoculares conjugados dos olhos .Determinam a hipofunção ou hiperfunção de um ou mais músculos. Binocular Luz a 40 cm Avaliação dos Movimentos em H Lei de Hering ¨ Um determinado músculo de um olho tem seu músculo junta em outro olho, atua ao mesmo tempo por receber a mesma carga inervacional¨ Reflexos Pupilares Pupilas Assegura e garante uma adequada entrada de luz no olho Regulada pelo sistema nervoso Simpático e Parassimpático SNS dilatação pupilar (midríases) SNP contração pupilar (mioses) Hirschberg Reflexo formado no centro pupilar como resultado do alinhamento dos eixos visuais ( eixo visual da fóvea e eixo visual da luz ). Consiste em iluminar os olhos do paciente e observar e observar os reflexos luminosos sobre as córneas. * Realizado com luz * Binocular * 30cm FORMAS DE ANOTAÇÃO: Centrado: Posição simétrica central, superior, inferior, nasal ou temporal. Exemplo: Hirschberg centrado nasalmente em ambos olhos. Descentrado: Descentraçaão nasal, temporal, superior e inferior em olho direito ou esquerdo. Ângulo Kappa Formado entre o eixo visual e o eixo pupilar ( da imagem até a fóvea) , ajuda no diagnostico de micro estrabismos. Se oclui um olho e se coloca uma luz apontada para o olho desocluído e se observa o reflexo corneal. * Realizado a 33cm / * Com luz * Monocular REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi GironaSalgado.Edição UPC.1993. Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick Ceratometria REQUISITO: Para realizar a ceratometria necessita-se transparência corneal e uma superfície regular que permita o reflexo das miras. é necessário certo grau de colaboração por parte do paciente. ETIMOLOGIA (origem da palavra): CERATOS: córnea METRIA: medida Definição: Medida da córnea Ceratometria É uma técnica clínica objetiva que se utiliza para medir a curvatura da superfície anterior da córnea, e conhecer o valor do astigmatismo corneal já que a córnea é um elemento importante na refração ocular. A informação que nos proporciona o ceratômetro é de grande ajuda, em pacientes que apresentam um reflexo retinoscópico pobre pela existência de opacidades nos meios intra-oculares ou bem por apresentar um elevado defeito refrativo. Também é de grande utilidade quando há pouca colaboração no exame subjetivo por parte do paciente (crianças, pessoas com problemas psicológicos...) ou ainda em pessoas que desejam uma adaptação de lentes de contato. Ao realizar a medida ceratométrica também obtemos informação da estabilidade da superfície corneal, como pode ser, a presença de ceratocone, ou ainda de anormalidades degenerativas que afetem a córnea, e também em controlar a evolução da ceratometria radial, ceratoplastias ou outras cirurgias corneais. Serve para determinar A quantidade e o eixo do astigmatismo corneal. Relaciona-se de forma direta com o astigmatismo refrativo. Em lentes de contato, a curva base e o tipo de lente a adaptar. O estado corneal e controlar variações em sua estrutura. A relação entre a curvatura corneal e o estado refrativo. Há dois tipos de ceratômetros tipo Javal e tipo Helmholtz, e a diferença entre eles é a forma de duplicar e medir as imagens refletidas pela córnea. Há, atualmente uma grande confusão entre os profissionais que classificam os aparelhos pelo tipo de Mira utilizada. Para ambos os tipos de Miras. JAVAL HELMHOLTZ O ceratômetro é constituído de um sistema de iluminação, que projeta as miras sobre a córnea e um sistema de observação, que analisará as imagens das miras refletidas pela córnea, agora objeto. O ceratômetro mede apenas a área central da córnea, daí a importância da centralização das imagens. A área de córnea medida depende de sua curvatura, assim uma córnea mais plana mede uma área maior e uma córnea mais adequada mede uma área menor. O diâmetro de área medida varia entre 2,5mm e 4,0mm. 1- Ceratômetros com miras ( retângulo e pirâmide). 1º passo: Ajustar a ocular. 2º passo: Posicionar o cliente e faz-se os ajustes. 3º passo: Centralizar a linha de fé em relação ás miras. 4º passo: Determinar a posição do eixo para K e anotar. 5º passo: Ajustar a Dioptria de K e anotar. 6º passo: Girar o “canhão” 90º. 7º passo: Ajustar a dioptria de K’ e anotar. 2) Determinar-se o eixo fazendo coincidir as linhas horizontais da pirâmide e do retângulo. Ex.: 3) Ajuste-se a dioptria aproximando-se a retângulo de pirâmide, no eixo, até encontrarem. Não deve sobrar espaço entre as miras, nem podem se sobrepor. Ex.: Tipo de Miras Ceratômetros com mira (circunferência com sinais). 1º passo: Ajustar a ocular (pelo retículo de centralização). 2º passo: Posicionar o cliente e ajustar o aparelho. 3º passo: As circunferências os sinais duplicam-se, o eixo é determinado pela convergência ou sobreposição dos traços verticais do sinal positivo. 4º passo: Ajustado o eixo, sobrepor os sinais de – (menos) e os traços horizontais do sinal positivo. 5º passo: Anotar os valores de K, K’ e do eixo. Obs.: Não há necessidade de girar o “canhão”. Ceratômetro. Ocular: * Tudo no sentido anti-horário (para eliminar a acomodação). * Ajuste até o 1º foco nítido. 1º passo: Ajustar a ocular, pelo retículo (no caso 2 circunferência). Obs.: Neste tipo de aparelho ajustamos as duas medidas (horizontal e vertical) sem necessidade de girar o canhão 90º. Tipo de Miras Ajustar a ocular girando-a total, no sentido anti-horário, acrescentado desta forma a lente positiva que vai eliminar a acomodação. Girar a ocular até obter a 1º imagem nítida, interrompendo então o “giro”. A ocular estará ajustada. Se continuarmos a girar estaremos “deixando” o foco passar da retina, com a imagem continuando nítida por efeito de acomodação. 2º passo: Com as miras duplicadas vemos três circunferências e o retículo, este deve ficar centralizado na circunferência do meio. Haverá foco para o olho, se a circunferência “central” aparecer nítida, não duplicada. Como o olho é dinâmico e pede presença do filme lacrimal, além dos movimentos oculares do paciente, devemos ficar ajustando esse foco o tempo todo, ou pelo menos quando desfocar . 3º passo: Ajustar o eixo, pelo alinhamento dos traços verticais dos sinais positivos. 4º passo: Ajustado o eixo, ajusta-se a dioptria de cada meridiano, o horizontal pela superposição dos sinais negativos (-) entre as circunferências central, esquerda e a vertical pela superposição dos traços horizontais dos sinais positivos (+) encontrados entre as circunferências central e superior. Obs.: Neste tipo de aparelho ajustamos as duas medidas (horizontal e vertical) sem necessidade de girar o canhão 90º. Ceratometro Dispõe de: 1.Ocular: Serve para regular o aparelho de acordo com a visão do observador. Tornando a cruz preta o mais nítida possível. 2.Tambor graduado em dioptrias que indica as curvas horizontal e vertical (no lado oposto da foto). 3.Transferidor que indica a posição do eixo do astigmatismo. 4.Ajuste do foco do aparelho sobre a córnea. 5.Ajuste da testeira. Posiciona a distância do cliente. 6.Elevação do conjunto. Regula a altura do conjunto. 7.Fixador pós ajuste. 8.Testeira. Aproxima ou distancia do cliente. 9.Oclusor. 10.Queixeira. 11.Movimentador da testeira. 12.Pino nivelador do olho com o centro do aparelho. é o principal instrumento do de partamento e Contatologia. Éutilizado para fazer ceratometria, ou seja, medir as curvaturas da córnea, assim como possíveis deformações. Ele mede a curva horizontal, vertical (ou outros eixos) e indica o eixo da curva K. Procedimento de Medição no Ceratometro Posicione o cliente fazendo com que o queixo se adapte na queixeira e a testa encoste na testeira; Oriente para que olhe fixamente para o centro do círculo ceratométricos, abrindo bem os olhos e não os movimente; Usando o elevador ajuste nivelando o pino, o zero do transferidor e o centro do olho do cliente; Gire o conjunto para a direita e esquerda, até encontrar o centro do olho, procurando divisar os círculos ceratométricos, e simultaneamente procurando o foco dos círculos ceratométricos; Ajuste o foco até que os círculos se sobreponham com precisão, mantendo a cruz preta no meio do círculo central; Faça que os sinais – e + se sobreponham Procure o paralelismo entre os sinais negativos e positivos da imagem ceratométrica; Gire o transferidor até que parte dos sinais + e – tornem-se paralelos. Ajustando os tambores Horizontal e vertical, faça com que os sinais + e – se sobreponham, procurando o paralelismo (dos sinais) e mantendo o círculo central exatamente no centro da cruz preta da ocular. Faça a leitura em dioptrias, tanto a curva menor (K) como a maior oposta. Estas curvas serão a referência para adaptação das lentes. Geralmente a curva menor é a horizontal, mas quando a curva k é a vertical, leia o eixo ceratométrico na parte superior do transferidor, próxima de 90º. Quando os círculos aparecem deformados, perdendo a continuidade,é indício que há um ceratocone. EIXO DO CILÍNDRICO NEGATIVO - Quando a curva ceratométrica menor está a 180º significa que o eixo da refração do cilíndrico ‘menos’ está a 180º. Quando a menor curva está a 90º o eixo cilíndrico negativo estará também a 90º. Este conhecimento ajuda na hora de refratar. Imagens ceratométricas aproximadas do olho com Ceratocone demonstrado pelos círculos irregulares Imagens ceratométricas do olho normal Formas de Notação da Ceratometria 1) Meridiano Horizontal /Meridiano Vertical x Eixo + Plano 2) Meridiano + Plano/ Meridiano + Curvo x Eixo Meridiano + Plano 3) Cilindro Eixo + Plano/ Meridiano + Plano 4) Meridiano Horizontal x Eixo/Meridiano Vertical x Eixo O cilindro é a diferença. MIRAS OVALADAS: Astigmatismo Corneal Alto. MIRAS ENTRECORTADAS: Cirurgia Refrativa, Corpo Estranho. MIRAS DISTORCIDAS: Queratopatias, Patologias Corneais. Videos https://www.youtube.com/watch?v=CImL8dKoqBk https://www.youtube.com/watch?v=toGu1KgVJ-s https://www.youtube.com/watch?v=dFEgmHS5JY4 https://www.youtube.com/watch?v=nWf3DwEfbBI https://www.youtube.com/watch?v=tPifVTStMqo https://www.youtube.com/watch?v=IeHMREwLES4 https://www.youtube.com/watch?v=QjOpRKKdr84 https://www.youtube.com/watch?v=LiLvsBY2VsA https://www.youtube.com/watch?v=PR0wNipjZ3k Material: - http://blogdooptometrista.blogspot.com.br/p/ceratometria.html REFLEX Reflexo é uma reação corporal automática (mediata e constante) à estimulação. Ocorre quando reagimos de maneira instantânea e involuntária a estímulos ambientais. Alguns reflexos são inatos, como a flexão da perna de um recém nascido ao se fazer cócegas em seus pés. Outros são adquiridos, como o de se assustar ao ver um animal feroz ao nosso lado quando estamos distraídos. Um reflexo atua um órgão sensorial (pele, olhos e ouvidos) ligado a neurônios sensoriais ou aferentes que o comunicam com a medula espinhal comunicando-a com um órgão efetor que executa uma resposta ao estímulo recebido (músculos ou glândulas). Certos reflexos são fundamentais para a autopreservação do indivíduo. Tossir e espirrar, por exemplo, são reflexos que visam expulsar agentes irritantes das vias digestivas e respiratórias. Muitos reflexos permanecem entre os adultos, mas o recém-nascido tem alguns reflexos chamados de reflexos primitivos que desaparecem na medida em que o córtex vai se desenvolvendo totalmente. REFLEXOS Reações pupilares: O reflexo fotomotor direto e consensual estão presentes desde o 7º - 8º mês fetal. Eles avaliam retina, nervos ópticos e nervo oculomotor. R E F L E X O F O T O M O T O R D I R E T O Reflexo fotomotor direto: quando um olho é estimulado com um feixe de luz, a pupila deste olho contrai-se em virtude do seguinte mecanismo: o impulso nervoso originado na retina é conduzido pelo nervo óptico, quiasma óptico e tracto óptico, chegando ao corpo geniculado lateral. Entretanto, ao contrário das fibras relacionadas com a visão, as fibras ligadas ao reflexo fotomotor não fazem sinapse no corpo geniculado lateral, mas ganham o braço do colículo superior, terminando em neurônios da área pré-tectal. Daí, saem fibras que terminam fazendo sinapse com os neurônios do núcleo de Edinger-Westphal . Deste núcleo saem fibras pré-ganglionares que pelo I par vão ao gânglio ciliar, de onde saem fibras pós-ganglionares que terminam no musculo esfíncter da pupila, determinando sua contração C O M O R E A L I Z A R O F O T O M O T O R D I R E T O 1.Sob iluminação fraca, peça ao paciente para manter a fixação em um alvo distante, como uma grande letra na tabela de acuidade de Snellen. 2.Ilumine com uma lanterna diretamente o olho direito, aproximando-se pelo lado e por baixo. Não se posicione na frente do paciente ou permita que ele olhe diretamente para luz, o que poderia estimular o reflexo para perto e não permitir um teste preciso do reflexo fotomotor. 3.Registre o reflexo fotomotor direito no olho direito como Presente ou reagente, mas se quiser ser mais específico pode registrar em termos de intensidade (velocidade e efetividade da miose provocada) da resposta, graduada do 0, indicando ausência de resposta, até 4+, indicando uma resposta rápida e intensa. 4.Repita as etapas 1 a 3 no olho esquerdo. R E F L E X O C O N S E N S U A L Reflexo consensual: pesquisa-se este reflexo estimulando-se a retina de um olho com um jato de luz e observando a contração da pupila do outro olho, verificando assim a integridade dos cruzamentos das fibras ópticas no quiasma e na comissura posterior. O impulso cruza o plano mediano por meio dessas estruturas, neste caso, da área pré-tectal de um lado, cruzando para o núcleo de Edinger-Westphal do lado oposto C O M O R E A L I Z A R O T E S T E C O N S E N S U A L 1.Na penumbra, com o paciente mantendo a fixação em um alvo distante, ilumine diretamente o olho direito do paciente, de modo idêntico utilizado no teste do reflexo fotomotor . Observe a constrição pupilar em ambos os olhos. 2.Mova o feixe de luz imediatamente e rapidamente sobre a ponte do nariz do paciente para o olho esquerdo, observando a resposta deste olho. Normalmente, a pupila se contrai levemente ou permanece com seu tamanho anterior . Se, em vez disto, a pupila se dilata sob iluminação (i.e., o reflexo luminoso direito é mais fraco do que o reflexo consensual), um defeito pupilar aferente relativo está presente, o que geralmente indica distúrbio do nervo óptico ou uma severa patologia retiniana. 3.Rapidamente, mova a luz de volta ao olho direito e avalie a resposta. Uma resposta normal novamente é uma leve constrição ou nenhuma mudança de tamanho. Uma dilatação simultânea representa uma resposta anormal. 4.Repita as etapas 1 a 3 de modo rítmico, gastando intervalos de tempo iguais para iluminar cada pupila, até que esteja claro se as respostas pupilas são normais ou se uma pupila se dilata consistentemente. 5.Registre um defeito pupilar aferente relativo (DPAR) como Ausente ou não reagente, mas se quiser ser mais específico registre como 1+ a 4+, com 1+ indicando um defeito aferente leve e 4+ indicando uma pupila amaurótica, um defeito grave no qual o olho afetado não demonstra uma resposta direta à luz. Filtros de densidade neutra podem ser utilizados para uma quantificação mais precisa. REFLEXO DE BONECA Reflexo de posição passiva. Presente desde o 7º - 8º mês fetal desaparece por volta dos 3 meses de idade A rotação lenta da cabeça faz com que os olhos se movam na direção oposta; se o movimento for mais rápido, pode- se provocar um nistagmo. Quando se rota, flexiona ou estende-se a cabeça da criança, seus olhos permanecem fixos, não acompanham o movimento da cabeça, parecendo deslocar-se em sentidoinverso; este reflexo é progressivamente inibido, isto é, suprimido ou e logo substituído pelo reflexo de fixação ocular que marca a capacidade da criança de fixar seu olhos. REFLEXO OCULAR ATIVO Quantifica o quanto bebê é capaz de movimentar os olhos nas diferentes posições do olhar. Recém nascido A termo : movimentos horizontais 60° movimentos verticais 30° Há movimento dos oblíquos Prematuro: movimentos horizontais 30° movimentos verticais 10° Não há movimento dos oblíquos REFLEXO DE PISCADA REFLEXA Reação condicionada. Presente com um mês de idade para alvos grandes para alvos pequenos apresentados no campo periférico. apresentados no campo central e aos cinco meses SENSITIVO DE AFASTAMENTO REFLEXO DE FECHAMENTO PALPEBRAL SENSITIVO DE AFASTAMENTO REFLEXO OCULOVESTIBULAR O Reflexo vestibulo-ocular refere-se a movimentos conjugados compensatórios dos olhos que são induzidos por movimentos de cabeça. Junto com o sistema optocinético, sua função é manter a imagem estável na retina durante os movimentos de cabeça. Pode estar ausente ate a 3ª semana de vida. A ausência do reflexo indica defeito visual sensorial ou atraso da maturação visual. REFLEXO DE ABERTURA PALPEBRAL REFLEXO ÓPTICO DE PAIPER Reflexo olho-pescoço. Opsistótonos frente a luz intensa. Inicio 1 a 3 meses. Opsistótonos: espamos muscular;costas arquedas e cabeça jogada para trás. REFLEXO NASOPALPEBRAL Piscar ao toque na base do nariz; Desaparece aos 4 meses REFLEXO FOVEAL DE FIXAÇÃO Área macular imatura. A capacidade de decidir pela fixação num determinado objeto ou porventura mudar essa fixação para um novo objeto representa uma nova competência mais complexa que exige um desenvolvimento cortical só adquirido após os três meses de idade. REFLEXO COCLEOPALPEBRAL DE ASSOCIAÇÃO Inicia-se entre 6-7 meses. Resposta ao som. Som moderado: aumenta a fenda palpebral. Som alto: fecha os olhos. REFLEXO DE MORO Resposta de sobressalto; reflexo de sobressalto; Resposta involuntária presente ao nascimento que desaparece ao após os 3 -4 meses de idade. Reflexo normal presente no RN e sua ausência é anormal em RN. A presença em bebês de mais de 4 meses ou adultos também é anormal. A ausência do reflexo de Moro em RN sugere danos no cérebro ou medula espinhal. REFLEXO DE BELL REFLEXO DE LOCALIZAÇÃO ESPACIAL REFLEXO DE LOCALIZAÇÃO ESPACIAL REFLEXO ÓPTICO VEGETATIVO REFERÊNCIAS INTRODUÇÃO As técnicas de retinoscopias há muito tempo tem sido parte do padrão da prática optométrica, e ao longo do tempo, inúmeras técnicas foram adicionadas e métodos foram modificados. Muitos optometristas esquecem a importância de uma ou de todas essas técnicas. O retinoscópio na verdade é uma consequência do oftalmoscópio. Em 1861, William Bowman observou as mudanças na luz e na sombra que ocorriam dentro da borda pupilar quando ele inclinava seu oftalmoscópio. O principio básico é o método da ponta da faca de Foucalt para determinar a potência focal de uma lente com o estado refrativo do olho que está sendo observado com uma lente desconhecida. “Assim, em teoria, o poder de refração do olho pode ser determinado pela localização do foco conjugado no espaço”. JEAN BERNARD LÉON FOUCAULT WILLIAM BOWMAN TEST ASPECTO AVALIADO DEMANDA COGNITIVA POSIÇÃO DO ALVO EXPECTATIVAS MEM Posicionamento da acomodação relativa à convergência Moderado 16 polegadas (40cm) ou distância de Harmon para alguns jovens + 0.50 DINÂMICA DE NOTT Posicionamento da acomodação relativa à convergência Moderado 16 polegadas (40 cm) + 0.50 RETINOSCOPIA DE BELL Posicionamento da acomodação relativa à convergência Baixo 20 polegadas (50cm) no início do teste Movimento “a favor” entre 14-17 Polegadas. Muda para “contra” entre 15- 18 polegadas BOOK (GETMAN) Nível de processamento visual Alto Distância Habitual de perto Alvo relatado MATERIAIS • Retinoscopio; • Refrator, Cx de prova; • Régua de esquiascopia; • Lente de trabalho (+1,50 ou +2,00); valor relativo a visão de longe 6m. • Manter os dois olhos abertos durante o exame; • Ponto de fixação de longe 6m; RETINOSCOPIA ESTÁTICA OBJETIVO Determina a refração objetiva de longe, os resultados desta prova servem como ponto de partida para o exame refrativo subjetivo. PREPARAÇÃO E PROCEDIMENTOS • O examinador se coloca a frente entre 50 a 65cm do px; • Olho direito do examinador examina o olho direito do px e vice e versa; • Realizar se a mais facilmente em luz tênue de sala; • Pede ao px que fixe na visão de longe, primeiro examina o olho direito; • Determina se o erro refrativo é esférico, cilíndrico ou misto; • Gira a fenda do retino 360° observando se há mudanças: 1. Ruptura da luz; 2. Estreitamento ou engrossamento da fenda; 3. Obliquo; • Se o erro for esférico o reflexo na pupila será continuo sem ruptura; • Se o erro for astigmático o reflexo na pupila não será continuo havendo ruptura;• No caso de esférico quando o reflexo na pupila a fenda permanecem constante e na mesma direção da fenda; • No caso astigmatismo a medidas que o reflexo passa pela pupila o a fenda se mostra não alinhada a fenda. INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLINICA Observa se o movimento: • Se esférico apresentasse em movimento contra ou a favor; 1. Se contra neutralizasse com lentes negativos; 2. Se a favor neutralizasse com lentes positivas; Dica: procure sempre trabalhe com o reflexo a favor. Por esse motivo quando encontramos um movimento contra invertesse imediatamente em a favor colocando uma lente negativa maior que o necessário pra que se crie um movimento a favor e vai descendo o valor até que se neutralize • Se astigmatismo identificar primeiro os meridianos, logo neutraliza cada meridiano separadamente; Movimento contra (lente negativa pra neutralização) Movimento a favor (lente positiva pra neutralização) Astigmatismo neutralizasse os meridianos em duas posições perpendicularmente a 90° Calculo : Distância de trabalho +1,50 Lente neutralização +3,00 Desconta o valor da distância de trabalho 1,50 – (+300 régua)= +1,50 valor refrativo encontrado. DETERMINANDO O VALOR DA RETINOSCOPIA Ex: miopia Px com distância de trabalho de +1,50 apresenta faixa contra sendo neutralizada com o valor de -1,25na régua de esquiascopia: Calculo : Distância de trabalho +1,50 Lente neutralização -1,25 Desconta o valor da distância de trabalho 1,50 – (-1,25 régua)= -2,75 valor refrativo encontrado. “Obs. Se usarmos a LT lente de trabalho ao invés da distância de trabalho o valor encontrado será o valor final.” DETERMINANDO O VALOR DA RETINOSCOPIA Ex: hipermetropia Px com distância de trabalho de +1,50 apresenta faixa a favor sendo neutralizada com o valor de +3,00 na régua de esquiascopia: Calculo : Distância de trabalho +1,50 Lente neutralização +5,00 a 180° E +2,50 a 90° Desconta o valor da distância de trabalho com o valor mais positivo 1,50 - (+5,00)= +3,50 Ou 1,50 – (+2,50)= +1,00 da no mesmo apenas dará o resultado com cilíndrico positivo e eixo transpostos O astigmatismo é a diferença (-) entre os dois resultados encontrados +5,00 – 2,50= -(-)2,50 Valor refrativo encontrado +3,50 – 2,50 x 180° ou +1,00 + 2,50 x 90° DETERMINANDO O VALOR DA RETINOSCOPIA Ex: astigmatismo Px com distância de trabalho de +1,50 apresenta faixa a favor sendo neutralizada com o valor de +5,00 a 180° e +2,50 a 90° na régua de esquiascopia: RETINOSCOPIA DO MÉTODO DE ESTIMATIVA MONOCULAR (MEM) OBJETIVO E DEMANDA COGNITIVA Esta técnica foi atribuída ao Dr. Harold Haynes no Pacific University College De Optometria. É um método que fornece uma medida estimada do posicionamento espacial de acomodação em relação ao local onde os olhos estão no espaço (convergência). Assim, pode haver um atraso, um adiantamento ou os dois componentes visuais podem ser coincidentes. (A demanda cognitiva é moderada). MATERIAIS E PROCEDIMENTOS • Um retinoscópio; • Cartões com uma abertura, montados no retinoscópio (Os cartões podem ter letras impressas, palavras ou imagens que variam em tamanho de 20/160 (6/120) a 20/30 (6/9); • O catão é colocado no retinoscópio a 40 cm (16 polegadas) do paciente ou, no caso de crianças, é colocado à distância Harmon do paciente e o paciente então usa suas lentes de compensação. • Feito monocularmente; • No entanto, ambos os olhos estão abertos e o paciente é instruído ler os alvos. Muitas vezes, lidos em voz alta para induzir uma demanda cognitiva maior; • O examinador varre a luz do retinoscópio em um dos olhos do paciente e observa o movimento do reflexo da luz. É feita uma estimativa da dioptria e, em seguida, o examinador interpõe rapidamente uma lente de prova suficiente para neutralizar o movimento do reflexo; • O examinador deve ter o cuidado de que a lente inserida altere a resposta acomodativa o quanto menos quanto possível; • A mesma técnica e repetida em seguida no outro olho do paciente. INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLÍNICA • Na maioria dos casos, haverá um reflexo "a favor" correspondente à acomodação posicionado mais distante do paciente do que o estímulo; • A quantidade de "atraso de acomodação" é o montante da lente positiva que neutraliza o reflexo; • O segredo aqui é que a quantidade de lente é estimada baseada na quantidade de movimento observado; • Embora a cor e o brilho mudem, isso não faz parte da avaliação. “Um número de estudos tem sido realizados para validar esta técnica e tem sido usada para medir com precisão o atraso de acomodação de forma objetiva”. RETINOSCOPIA DINÂMICA NOTT OBJETIVO E DEMANDA COGNITIVA Esta técnica foi desenvolvida por I. S. Nott com o objetivo principal idêntico ao método MEM, para fornecer uma medida objetiva do posicionamento espacial da acomodação em relação a onde o paciente está convergido. (A demanda cognitiva é moderada). MATERIAIS E PROCEDIMENTOS • Um bloco reduzido de letras 20/20 (6/6) ; • colocado a 16 polegadas (40 cm) do paciente.; • O procedimento é realizado, tanto dentro como fora do foróptero; • O paciente coloca a lente de compensação e é pede-se para ler as letras. • O examinador executa a retinoscopia, afastando-se do plano de observação até que o movimento ser neutralizado; • A diferença dióptrica entre estas duas distâncias equivale ao atraso de acomodação. “Essa técnica é realizada em cada olho separadamente”. INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLÍNICA • Como no procedimento MEM, na maioria dos casos, haverá um reflexo "a favor" correspondente a acomodação mais distante do estimulo do paciente; • Além da medida acomodativa este método pode ser valioso na avaliação da estabilidade do sistema de resposta acomodativo; • Esse método é frequentemente estudado com e comparado com o método MEM. RETINOSCOPIA DE BELL PROPÓSITO E DEMANDA COGNITIVA Este método foi desenvolvido ao longo do tempo, principalmente pelos Drs. W.R. Henry e R.J. Appel. Essa técnica dá uma medida estimada do posicionamento espacial da acomodação em relação à convergência. Assim, pode haver um atraso, um adiantamento, ou os dois componentes visuais podem ser coincidentes. Ele também permite que o examinador veja os resultados das mudanças usando-se uma lente para perto. (A demanda cognitiva é baixa já que o paciente observa passivamente o alvo quando ele se move). MATERIAIS E PROCEDIMENTOS • Alvo de visualização tridimensional; • O retinoscópio permanece em uma posição fixa e o alvo é movido. Este procedimento foi nomeado de Bell (sino ou campainha em Inglês) substituída por uma Wolff Wanda (uma bola de metal brilhante, ouro ou prata, de ½ polegada de diâmetro, montada na extremidade de uma haste) ou uma esfera translúcida.; • A varinha é segurada pelo examinador para que a bola esteja no nível do olho do paciente e meio caminho entre os dois olhos.; • A bola é então movida para mais perto e para mais longe do paciente ao longo desta linha média; • O retinoscópio é posicionado ligeiramente acima desta linha a uma distância fixa de 50 cm. (20 polegadas) do paciente; • O paciente fixa o alvo e o examinador observa a direção do reflexo com ligeiros movimentos do retinoscópio; • A bola é movida em direção ao paciente lentamente e suavemente. Observa-se qualquer alteração no reflexo e o examinador observa, principalmente, o movimento do reflexo; mas, as mudanças de cor e brilho também podem ser observadas; • A distância do alvo do paciente quando a neutralidade é observada é anotada quando se observa uma alteração no movimento, na cor ou no brilho. INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLÍNICA • Com um paciente com hipermetropiaou com uma pessoa usando lentes compensatórias que correspondam ao estado refracional da distância, esperamos ver um movimento "a favor" no início da Retinoscopia de Bell; • À medida que o alvo é movido para mais perto do paciente haverá um ponto em que o movimento muda de "a favor” para "contra“; • O examinador deve continuar a mover o alvo mais próximo do paciente de três a cinco cm. (1 - 2 polegadas), em seguida, move-se o alvo para longe do paciente. O movimento "a favor" deve ser novamente visto em algum momento. Conceitualmente, o atraso de acomodação como uma medida linear está sendo avaliado sem o uso de lentes. A distância entre o retinoscópio e o alvo quando a mudança de movimento ocorre é uma medida física do atraso de acomodação; • Normalmente esperamos ver uma mudança de "a favor" para "contra" a cerca de 35 - 42 cm. (14 - 17 polegadas) e uma mudança de "contra" para " a favor" entre 37 - 45 cm. (15-18 polegadas); • Se o atraso de acomodação não estiver dentro destes intervalos, o procedimento é repetido com várias lentes de prova de potência relativa positiva até que uma combinação de lentes proporcione a mudança desejada na localização espacial; • Essa lentes são consideradas a prescrição de ponto próximo aceitável. Não basta supor que uma lente calculada a partir das medidas de Retinoscopia Bell terá o efeito desejado; • Deve-se realmente repetir o teste com a adição sugerida, nova correção anisotrópica ou cilindro no lugar; • Por exemplo, é possível no início do procedimento encontrar o movimento "contra", mesmo a 50 cm indicando-se excesso de acomodação. É então apropriado adicionar mais lentes e reexecutar o procedimento; • Se as lentes levam ao relaxamento da acomodação, um reflexo mais normal é visto. “Os dados aqui reunidos são de alguma forma semelhantes em termos de propósito para a Retinoscopia Dinâmica de Sequência Analítica, mas não requerem comparação com outros achados”. RETINOSCOPIA DE BOOK (GETMAN) OBJETIVO E DEMANDA COGNITIVA A Retinoscopia de Book foi desenvolvida no Instituto Gesell de Desenvolvimento Infantil na Universidade de Yale. Embora numerosos optometristas e outros profissionais tenham auxiliado em seu desenvolvimento, ela é mais identificada com o Dr. Gerald Getman. Originalmente, este tipo de teste foi desenvolvido para obter informações sobre o processamento visual de bebés não-verbais. Posteriormente a optometria começou a aplicar a técnica em muitos tipos de pacientes. O trabalho de Kruger é bastante favorável a esse método de retinoscopia. Sua finalidade principal é avaliar os processos cognitivos do sujeito ao ler. (A demanda cognitiva é alta). Dr. Gerald Getman MATERIAIS E PROCEDIMENTOS • Esta técnica é realizada na distância de trabalho habitual do paciente, enquanto suas lentes compensatórias habituais são usadas; • O paciente recebe material de leitura em diferentes níveis de dificuldade; • A Retinoscopia é realizada sobre a borda superior do material, enquanto o sujeito lê em voz alta; • O deve começar a dois níveis da abaixo do nível da leitura da criança; • Alternativamente, uma série de cartões (geralmente a partir do Gray Oral Reading Test) pode ser usado; • O teste destina-se a ser realizado na distância habitual de trabalho da criança; • A vantagem desta técnica é que a informação é recolhida em tempo real com uma tarefa que está próxima de sua situação normal de trabalho; • O examinador deve se esforçar para ficar o mais próximo possível de "eixo visual" enquanto a criança lê. Uma vez obtida a linha de base do nível de leitura, mais lentes positivas são usadas na distância e acima da distância para ver se ocorrem mudanças; • A quantidade de positivo pode ser baseada em outros resultados de ensaio, tais como o cilindro cruzado fundido ou outro processo "padrão" próprio à escolha do optometrista utilizando-se lentes de prova. INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLÍNICA Getman e Kephart descreveram os seguintes níveis de resposta com esta técnica: • Nível de leitura livre: Desejável, O reflexo varia de neutro para com e é brilhante, afiado e rosado. Nesta fase o sujeito está lendo e compreendendo o material facilmente; • Nível de instrução: Isto é mais exigente do que o nível de leitura livre. O reflexo é um movimento variado e rápido contra o movimento, enquanto a cor é brilhante, afiada, muito rosa e fluida; • Nível de frustração: Mesmo que o objeto esteja "focado" na página ele não está interpretando as informações corretamente. Um muito lento "a favor" com movimento lento, fosco e cor vermelha é visto. Uma vez que a resposta do paciente tenha sido determinada em vários níveis, as respostas podem ser julgadas apropriadas ou deficientes. O procedimento pode ser repetido com as lentes positivas apropriadas para determinar o efeito destas lentes de prova. Fonte OEP Foundation, 1921 E. Carnegie Ave., 3-L, Santa Ana, CA 92705, 949-250-8070, www.oepf. org. Referências 1. Benjamin WJ. Borish’s Clinical Refraction, 3rd Ed. Chicago: The Professional Press, 1970:659. 2. Hofstetter HW, Griffin JR, Berman MS, Everson RW. Dictionary of Visual Science and Related Clinical Terms, 5th Ed. Boston: Butterworth Heinemann, 2000. 3. Cross AJ. Dynamic Skiametry in Theory and Practice, New York: A.J. Cross, 1911. 4. Sheard,C. Dynamic Skiametry and Methods of Testing the Accommodation and Convergence of the Eyes. Chicago: Kessinger Publishing, 1920. 5. Nott IS. Dynamic Skiametry accommodation and convergence. 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Tradicionalmente a visão humana se caracteriza pela medida de AV (Acuidade Visual), que é definida como o tamanho minimo de uma figura que um sujeito é capaz de reconhecer ou detectar, apresentados em condições de alto contraste em minima diferença de iluminação, em um texto extenso de bordas bem definidas e um campo uniforme. Apenas a AV não é suficiente para conhecer ou caracterizar completamente a visão, onde o mesmos detalhes que se indentificam a AV podem não ser o mesmo para variações de contrastes ou luminosidade, etc. A medida da sensibilidade ao contraste permite um maior conhecimento, em terminos globais da visão. ACUIDADE VISUAL CONTRASTE O paciente deve estar a 3m da tabela e informa a posição das listras, insto é, se estão inclinadas para esquerda, direita ou vertical, ou ainda, se não há listras no circulo. O menor contraste referido pelo paciente para cada frequencia é anotado em um gráfico, traçando-se então uma curva. O gráfico mostra uma área cinza escura que demonstra que curvas contidas nesta área representam uma sensibilidade normal ao contraste. TESTES DE SENSIBILIDADE AO CONTRASTE Este teste é representado por um painel, apresentando ciruclos preenchidos por listras de frequências espaciais diferentes, chamadas de barras senoidais, representadas por letras A, B, C, D e E na vertical. E cada frequência espacial, apresenta diferenças de contrastes que são representados por números de 1 a 9. COMO FAZER GRAFICO VCTS 6500 O teste Pelli-Robson é do tipo acuidade visual de baixo contraste. O teste mede a sensibilidade ao contraste usando um único tamanho de letra (optotipo 20/60), com contraste que decresce progressivamente a cada três grupos de letras. O paciente lê as letras, começando com as de contraste mais alto, até que ele não consiga ler duas ou três de um mesmo contraste. O paciente recebe uma classificação baseada no contraste do último grupo do qual ele conseguiu ler duas ou três letras. A classificação, um único número, é o logarítmo da sensibilidade do paciente e dependendo do seu valor, o paciente é classificado como portador de sensibilidade ao contraste normal, deficiência visual ou visão subnormal. Normalmente, a distância de teste é de 1m ou 2m. A iluminação ambiente recomendada é de 85 candelas/m². O teste é impresso em tabela não translúcida, conforme mostra a figura ao lado. TESTE DE PELLI-ROBSON Este tipo de teste de acuidade visual de baixo contraste utiliza tabelas logarítmicas translúcidas tipo ETDRS com níveis de contraste decrescentes conforme mostra a figura abaixo. A distância de teste mais utilizada é a de 3m. Entretanto, alguns profissionais preferem as tabelas especialmente desenvolvidas para teste a 6m. Este tipo de teste é, também, disponível com números ou símbolos pediátricos. A iluminação ambiental recomendada é de 85 candelas / m². As tabelas são montadas em negatoscópios de 23 x 35,5 x 10cm ou de 63 x 65,5 x 17,8cm. TESTE TIPO BAILY-LOVIE OU REGAN TESTE TIPO BAILY-LOVIE OU REGAN A menor intensidade de contraste percebida pela visão do observador (threshold), ou seja, a melhor acuidade visual alcançada pelo paciente em cada uma das tabelas, é registrada no formulário abaixo, dando origem à linha de sensibilidade ao contraste ABC a qual é comparada pelo profissional com a faixa estatística de normalidade do teste (área sombreada). É necessário o uso de, pelo menos, duas tabelas para que se possa obter a linha de sensibilidade ao contraste. No exemplo, a seguir, foram usadas as tabelas de sensibilidade ao contraste 100%, 10% e 1,25%. FUNCTIONAL ACUITY CONTRAST TEST (FACT) O FACT é um teste do tipo sensibilidade ao contraste, utilizando círculos com barras de ondas senoidais dispostos em cinco fileiras de diferentes freqüências espaciais (diferentes larguras) e nove níveis de contraste. O teste é impresso em tabela não translúcida (figura abaixo). O paciente deve indicar o último círculo de barras que ele vê em cada fileira (A, B, C, D ou E) e relatar a orientação das barras, se para direita, esquerda ou para cima. O último círculo de barras visto corretamente pelo paciente em cada freqüência espacial deve ser localizado no formulário da curva de sensibilidade ao contraste fornecida pelo fabricante. RABIN CONTRAST SENSITIVITY TEST Este teste, tipo acuidade visual de baixo contraste, é composto por uma tabela translúcida contendo fileiras de cinco letras tamanho 20/50 a 4m, com 8 níveis decrescentes de sensibilidade ao contraste (CS), conforme mostra a figura abaixo. O logarítmo da sensibilidade ao contraste (log CS) decresce 0,25 passos por fileira, isto é, 0,05 log CS por letra. A tabela translúcida precisa ser usada em negatoscópio de dimensões 23 x 35,5 x 10 cm. Opcionalmente, o teste pode ser fornecido com filtro de clarão (glare filter) e low photopic filter. De acordo com este teste as pessoas com visão acima do normal são as que têm sensibilidade ao contraste maior que 1,75 log CS, isto é, são capazes de ler letras na linha 8. As que tem visão abaixo do normal são as que têm sensibilidade ao contraste menor que 1,30 log CS, isto é, não são capazes de ler nas linhas 6, 7 e 8. conclusão A medida da função de sensibilidade ao contraste permite caracterizar com maior detalhe a função visual ao apontar maior informação que sobre o valor de acuidade visual. O seu uso no gabinete permite indentificar alterações da função visual que pode pasar inadvertidamente com a medida da AV tradicional. É especialmente util em diversas situações. •Pessoas que reportam visão ruim com valores de AV nomal. •Suspeita de patologia ocular: do nervo óptico, da retina, opacidade de meios e etc. •Após processos cirurgicos como a cirurgia refrativa. (LASIK, implante de LIO). Uma diminuição da função de sensibilidade ao contraste não se considera como enfermidade ou alteração ocular em particular. Consiste na capacidade que possui o olho de apreciar as cores, as quais são sensações elementares da luz produzidas no aparelho visual pelas radiações de diferentes comprimentos de ondas do aspecto visível. Visão Cromática Na retina, mais precisamente na área chamada fóvea central, existem milhões de célulasfotossensíveis capazes de transformar luz em impulso eletroquímico. São os cones e bastonetes. Na percepção das cores existem 3 mecanismos: • FÍSICOS: A luz e sua longitude de onda • BIOLÓGICOS: A forma em que o olho percebe a luz através da desnaturalização do 11-cisretinal em retinol e opsina. • PSICOLOGICOS: O conceito de cor que cada pessoa tem. Estimulo da visão = espectro eletromagnético visível (entre 400 e 700 nm) Se uma longitude de onda esta por cima de 700nm ou abaixo de 400nm, os fótons passam pela retina sensorial sem ser absorvidos pelos fotorreceptores. TEORIA TRICROMÁTICA Thomas Young (1801): A visão de cor se deve a estimulação de três tipos de cones na retina. TIPO DE CONE TIPO DE OPSINA TIPO DE ONDA LONG DE ONDA COR* PREFIXO CONE L Eritrolabe Larga 563nm Vermelho PROTAN CONE M Clorolabe Media 535nm Verde DEUTAN CONE S Cianolabe Curta 420nm Azul TRITAN Discromatopsia Quando o sistema cones/bastonetes presentes na retina não está em conformidade, produz-se uma série de irregularidades na captação das cores, causando a discromatopsia. Existem tês grupos de discromatopsia: Monocromacias, dicromacias e tricromacias anômalas. • Monocromacias – Visão em preto, branco e tonalidades de cinza. • Dicromacias – É caracterizada pela ausência de um grupo especifico de cones: • Protanopia: ausência de cones vermelhos • Deuteranopia: ausência de cones verdes • Tritanopia: ausência de cones azuis • Tricomacias anômalas – Causada por uma mutação no pigmento de cones: • Protanomalia: sensibilidade menor ao vermelhos • Deuteranomalia: sensibilidade menor ao verdes • Tritanomalia: impossibilita a percepção dos azuis e amarelos. VISÃO ACROMATICA Nome dado a um distúrbio que corresponde ao grau máximo do daltonismo. Um portador de visão acromática não possui os cones que fazem a recepção das cores vermelha, verde e azul, vendo então tudo a preto e branco. AVALIAÇÃO DA VISÃO CROMÁTICA • O teste rotineiramente empregado para avaliação na capacidade de discriminar cores é o que emprega placas pseudoisocromáticas (o mais popular deles é o teste de ishihara), contendo placas coloridas. • Uma serie de laminas com algarismos impressos, formados de pontos de cores primarias, sobre um fundo também de ponto, mas das cores de confusão. O teste deve ser colocado a 40cm do paciente, monocular, e procede a perguntar ao paciente qual a figura está observando em cada uma das laminas. COMO FAZER • Quando o paciente reconhece as laminas é reconhecido como normal. • Se não identificar o examinado tem anomalia ou cegueira ao vermelho- verde. • Se paciente confundir alguma lamina de ishihara, deve submeter a teste de Fransworth – ordenar botões. TESTE DE ISHIHARA O Dr. Shinobu Ishihara (1879 – 1963), professor emérito da Universidade de Tókio, densenvolveu, em 1917, uma série de testes para testar deficiências na percepção de cores. RESULTADOS PARA TESTE DE ISHIHARA TESTE DE FARNSWORTH MUNSELL 100 Albert Henry Munsell (1858 – 1918), professor de arte americano, pintor e inventor do sistema de cores Munsell. Publicou seu sistema de cores em 1905 e em 1929 Munsell publica “Munsell Book of Colors”. Em COLORIMETRIA, o sistema de Munsell é um espaço de cores que especifica as cores com base em três caracteristicas: Tonalidade, Luminosidade e Pureza da Cor (saturação). TESTE DE FARNSWORTH MUNSELL 100 Este teste permite identificar as deficiencias de cores moderadas ou severas. A habilidade para discriminar matrizes se calcula através de representação gráfica e os resultados obtidos. O teste é composto por 84 peças em que variam a cor mantendo constante a luminancia e saturação. O sujeito deve colocar as peças em ordem de cor, os erros na classificação podem por em manifesto as alterações cromaticas ao representar-se em um grafico de coordenadas polares e saber se é congenita ou adquirida. RESULTADOS EM FARNSWORTH MUNSELL 100 . Reservas Fusionais Positiva (RFP) Avaliação das reservas que serve para avaliar a quantidade de força muscular em prismas que tem os músculos do olho para fazer convergência para poder fusionar Reservas Fusionais Positiva (RFP) Medir a amplitude de fusão em convergência, definindo os valores normais e os valores encontrados, detectando assim se o pact. requer ou não ampliar suas reservas. Realizado com prismas a 6m e 33cm Prisma de base temporal Coloca-se prisma de base temporal aumentando até pact. ver duplo e reduz prisma até ele ver normal. Anota-se o valor da diplopia sobre recobro diplopia 25 Exemplo: RFP 6m 25/20 Recobro 20 Reservas Fusionais Negativas (RFN) Avaliação das reservas que serve para avaliar a quantidade de força muscular em prismas que tem os músculos do olho para fazer divergência para poder fusionar Reservas Fusionais Negativas (RFN) Medir a amplitude de fusão em divergência definindo os valores normais e os valores encontrados, detectando assim se o pact. requer ou não ampliar suas reservas Realizado a 6m e 33cm Prisma de base nasal Coloca-se prismas de base nasal aumentado até pact. Ver duplo e reduz até ele ver normal Anota-se o valor da diplopia sobre recobro diplopia 10 Exemplo: RFN 6m 10/8 recobro 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição UPC.1993. Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick . ACOMODAÇÃO RELATIVA Forma subjetiva de avaliar a capacidade acomodativa em condições binoculares apresentando informações relevantes em respeito ao nível de integração do sistema acomodativo e vergencial consequente com a estimulação visual ARP(ACOMODAÇÃO RELATIVA POSITIVA) Capacidade de ativar a acomodação sem alterar a convergência Binocular Corrigido Realizado a 33 cm Coloca-se lentes esféricas – no passo de 0,25 até o pact. não ler mais Tabela de perto ( linha menor a melhor AV do paciente ) Valores normais – 2,37 +- 0,50 D ARN(ACOMODAÇÃO RELATIVA NEGATIVA) Capacidade de relaxar a acomodação sem alterar a convergência Binocular Corrigido Realizado a 33 cm Coloca-se lentes esféricas + no passo de 0,25 até o pact. não ler mais Tabela de perto ( linha menor a melhor AV do paciente ) Valores normais + 2,00-- +- 0,50 D REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição UPC.1993. Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick . Acomodação É a capacidade do cristalino em mudar seu poder dióptrico com o objetivo de manter visão nítida de objetos em diferentes distâncias. Com o passar dos anos esta capacidade do cristalino vai diminuindo. Amplitude de acomodação Capacidade de ativar a acomodação Métodos para medir a amplitude de acomodação Método de Sheards Método de Donders Método de Jackson Idade 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 V. normal 1 8 1 6 14 12 10 8,5 7 5,5 4,5 3,52,5 Método de Sheard Tabela de visão próxima Oclusor Caixa de prova monocularmente Corrigido Distância 33 cm Pedir ao paciente que fixe em uma linha menor a sua AV Adiciona –se lentes negativas em passos de -0,25 dando tempo ao paciente para focar e em cada mudança da lente pedir que feche os olhos Pedir ao paciente que reporte quando não consegui mais ver Registre o valor encontrado e some a mais 3,00 dioptrias ( compensação da distância) Consulte a tabela para analisar o resultado Método de Jackson Mesmo procedimento de Sheard , porém feita em visão de longe e sem compensação de distância Oclusor Feito a visão de longe 6m Caixa de prova monocularmente Corrigido Pedir ao paciente que fixe em uma linha menor a sua AV Adiciona –se lentes negativas em passos de -0,25 dando tempo ao paciente para focar e em cada mudança da lente pedir que feche os olhos Pedir ao paciente que reporte quando não consegui mais ver Registre o valor encontrado e some a mais 3,00 dioptrias ( compensação da distância) Consulte a tabela para analisar o resultado Método de Donders Tabela de visão próxima Oclusor Corrigido monocularmente Pedir ao paciente que fixe em uma linha menor a sua AV ( tabela de perto) Lentamente aproxime a tabela de perto até que o paciente indique que as letras se veem borrosas Tome a medida em centímetros com uma régua , registre o valor convertido a dioptrias por meio da seguinte fórmula VALOR DIÓPTRICO 100/distância em CM Exemplo :100/8 CM AA 12,5 D Consulte a tabela para analisar o resultado Idade 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 V. normal 14 12 10 8,5 7 5,5 4,5 3,5 2,5 1,75 1,0 Flexibilidade de acomodação Capacidade de ativar e relaxar a acomodação em um determinado tempo Caixa de prova Tabela de visão de perto Paciente deve segurar a tabela de perto a uma distância de 30 cm e fixar o olhar em uma linha acima da melhor AV Alternar lentes de + - 3,00 em intervalos de 3 segundos cada durante 1 minutos e anotar quantos ciclos de +- realizou . Se o paciente tiver dificuldade em ler com alguma das duas lentes se diminui a potência ou o valor da lente com que teve dificuldade . O resultado normal é de 8 ciclos por minuto. Anotar resultado OD +3,00/-3,00 OE +2,75/-3,00. Dificuldade com lentes positivas e problema para relaxar e com lentes negativas problemas para acomodar REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição UPC.1993. INTRODUÇÃO O exame binocular requer vários passos. A primeira fase do exame consiste na mensuração da magnitude e direção das forias de longe e de perto, junto com a relação Acomodação por convergência acomodativa, A/CA. ACOMODAÇÃO A acomodação consiste na modificação da forma do cristalino para produção de maior ou menor força dióptrica do olho, afim de manter a formação da imagem nítida sobre a retina em qualquer distancia que se encontre o objeto de interesse. CONVERGENCIA Capacidade de mover os eixos visuais em adução para manter a fixação bifoveal. É mensurada em dioptrias prismáticas. PONTO REMOTO É o ponto de enfoque do olho quando a acomodação é zero. É o ponto mais distante que se pode focar nitidamente. R=1/PR PONTO PRÓXIMO É o ponto de enfoque do olho com o máximo de acomodação. É o ponto mais próximo que se pode focar nitidamente. PP= 1/PP A/CA É a quantidade de convergência acomodativa que se pode estimular ou inibir por unidade de acomodação. É um dado clinico importante no diagnóstico das alterações vergenciais. Segundo Sheiman (2002), é determinante para estabelecer a sequencia do tratamento ortoptico. RELAÇÃO A/CA É a relação entre acomodação e convergência, pela qual, cada dioptria de acomodação se efetuam 4 dioptrias prismáticas de convergência. Base fisiológica: - Esfíncter da iris - Músculo ciliar - Músculos retos mediais - III par cranial. PROPÓSITO: Determinar a diferença entre a convergência acomodativa quando o paciente acomoda ou relaxa a acomodação em uma determinada quantidade; FATORES IMPORTANTES Determinar a relação AC/A é importante na analise dos dados optometricos. O AC/A é um dado chave para dar um diagnóstico final. É também um dos dados mais importantes utilizados para determinar a sequencia de tratamento adequada para cada caso. DETERMINAÇÃO DO A/CA Ha dois métodos para determinar a relação A/CA de um paciente. São: - A/CA CALCULADO - A/CA GRADIENTE O estimulo pode ser um objeto real, ou variações ópticas introduzidas ao interpor lentes negativas como recomendam Sloa e Sear. A/CA CALCULADO A/CA= DIP(cm) + DFP(m) (Fp-Fl) Sendo: DIP= Distancia Interpupilar em centímetros DFP= Distancia de fixação de perto em metros FP= foria de perto Fl= foria de longe (na formula as esoforias devem ser representas por + e as exoforias por -) EXEMPLO: DIP=60mm, o paciente tem X2P para longe e X10P 40cm A/CA= 6+0.4(-10+2) = 6+0.4(-8) =6+(3.2) = 2.8 A/CA GRADIENTE Neste a mudança do estimulo acomodativo consegue-se interpondo lentes, não com a variações da distancia de olhar. Para uma distancia determinada a lentes negativa incrementa o requerimento acomodativo e as posivas o relaxam. Supostamente em relação 1 a 1, por tanto a convergência acomodativa conseguida a dentro de certas margens, lineal. A/CA= i - o D Sendo: i = foria induzida com lente o = foria original (ou habitual) D = Poder da lente Se aplica da mesma forma que no calculado. Esoforia + Exoforia – DIAGNÓSTICO Considera-se normal A/CA Normal entre 3-5 A/CA baixo valor menor q 3 A/CA alto acima de 5 http://www.slideshare.net/YasminAlvarezUribe/relacion-aca http://webx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/visaoBin.pdf Terapia y entrenamiento visual: uma vision integral. Marcela Camacho Motoya Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick Referências: DEFINIÇÕES: O Ponto Próximo de Convergência (PPC) é o ponto mais próximo aos olhos no qual há convergência e esta pode ser mantida por alguns segundos. A uma distância menor, que essa ocorre a quebra da fusão e o paciente ou relata diplopia ou suprime uma das imagens. A insuficiência de convergência ocorre quando o paciente tem dificuldade de convergir o bastante e manter a convergência a uma distância adequada a atividades de perto, como a leitura. Os principais sintomas da insuficiência de convergência são astenopia ou cefaleia frontal em trabalhos de perto e dificuldade de leitura. Avaliação do Ponto Próximo de Convergência (PPC) O teste é realizado com a face do cartão que contém apenas uma letra e um desenho voltada para a extremidade 0 da régua, luz ou objeto real. Esta extremidade é encostada no meio do buço, entre o nariz e os lábios com o paciente suportando a régua nessa extremidade. O examinador apoia a outra extremidade da régua, recua o cartão até essa extremidade e lentamente o move na direção do paciente até que ele perca a convergência. A avaliação do valor da convergência pode ser feita de 2 formas: 1. objetivamente quando o examinador observa a ruptura da fusão e um dos olhos diverge; 2. subjetivamente quando o paciente informa a ocorrência de visão dupla. Valores considerados normais para o PPC estão entre 6 e 10 cm. Pacientes com insuficiência de convergência geralmenteapresentam o PPC a 20 ou 25 cm Considera-se normal um PPC com valor numérico em torno do valor da distância interpupilar. Problemas de acomodação podem levar a uma falsa insuficiência de convergência e, por isso, o paciente deve ter sua acomodação avaliada. Porque é importante determinar o PPC? Quando a convergência ocorre de maneira correta (ambos os olhos focalizados no mesmo objeto de forma simultânea e conjugada) a visão ao perto é nítida, única e confortável. Porém quando este mecanismo falha, é excessivo ou descoordenado o trabalho ao perto como a leitura torna-se cansativo e provoca desconfortos como dores de cabeça, lacrimejo, tonturas entre outros. Uma falha neste sistema é normalmente o fator impeditivo para uma aprendizagem saudável, pois provoca uma incapacidade de concentração. Frequentemente a causa para crianças com dificuldade de concentração, dificuldade de compreensão após curtos períodos de leitura, hiperativas é um anormal funcionamento da convergência, muitas vezes uma insuficiência de convergência. Que com este pequeno teste em conjunto com outros, que se realiza em alguns segundos, conseguimos despistar. Como determinar o Ponto Próximo de Convergência com lanterna: • Boa Iluminação; • Colocar lanterna a cerca de 40 cm; • Colocar lanterna na linha média dos dois olhos; • Aproximar a lanterna e medir a convergência/ruptura de uma destas formas,: 1. Calcular subjetivamente quando o paciente indica que vê duas imagens.. 2. Calcular objetivamente quando observar ruptura de fusão e um dos olhos diverge. • Com régua medir a ruptura de fusão; • Afastar novamente a lanterna até o paciente retornar a fusão vendo uma só imagem e medir a recuperação. Quais os valores Normais de PPC? Valores considerados normais para o PPC estão entre 6 e 10 cm. Considera-se normal um PPC com valor numérico em torno do valor da distância interpupilar. • Pacientes com insuficiência de convergência geralmente apresentam o PPC a 20 ou 25 cm. • Problemas de acomodação podem levar a uma falsa insuficiência de convergência e, por isso, o paciente deve ter sua acomodação avaliada. Anota-se: • Com e sem correção • E como avaliou: com luz, objeto real Referencias: • Scheiman, M.; Wick. B.: Clinical Management of Binocular Vision: Heterophoric, accomodative and eye movement disorders, Lippincott Company, 1994. • Apostila IRV. • Manual pratico ilustrativo da optometria funcional, Claudio Maciel. • Csheimam, M and Wick DEFINIÇÕES: Exame subjetivo dos desvios oculares baseado no estudo da diplopia. O maddox consiste no conjunto de varetas de vidro em um disco que mantem os raios refratados em ângulos retos em relação perpendicular ao eixo. Assim um ponto luminoso é convertido em linha reta. Serve pra medir as heteroforias, e na medida de heterotropias em conjunto com a escala maddox, no diagnóstico e na medida de ciclodesvios. REQUESITOS: • Binocular; • Vareta de maddox (sobre o olho não dominante); • Ponto de fixação luminoso; a 6m ou 40 cm; Respostas possíveis: 1. Linha vertical sobre a luz – ORTOFORIA 2. Linha vertical sobre o lado direito ( lado não cruzado ou homônimo) – ENDOFORIA 3. Linha vertical sobre o lado esquerdo ( lado cruzado ou heterônomo) – EXOFORIA 4. Linha horizontal sobre o ponto luminoso – não há presença de foria vertical 5. Linha horizontal abaixo do ponto luminoso – HIPER FORIA 6. Linha horizontal acima do ponto luminoso – HIPO FORIA Referencias: • FUNDAMENTOS DA NEUROLOGIA DA VISÃO, edi Santos, 2010; • Manual pratico ilustrativo da optometria funcional, Claudio Maciel; • Bicas, Haley – arquiv.bras. De oftalmologia 2004 • https://sites.google.com/site/neydiasopticaoftalmica/optometria; Definição O teste com as Luzes de Worth é usualmente recomendado como um dos primeiros testes de avaliação da cooperação motor e sensória dos olhos. Determina a presença ou não de visão binocular. É composto de quatro círculos iluminados (dois verdes, um vermelho e um branco) em um fundo negro. O teste é subjetivo e realizado binocularmente de longe, a 6 mts, e em seguida de perto, a 33cms Kit Luzes de Worth Lanterna ou optotipo fixo para longe. (máx. 6mts; min 5mts) Lanterna portátil para o teste de perto. Lanterna com 3 luzes figurativas para crianças. Um par de óculos com filtro verde e vermelho. Como fazer Binocularmente Ametropia corrigida Vermelho olho dominante (preferencial) Determina um olho com filtro vermelho (padrão direito). Determina o outro olho com filtro verde (padrão esquerdo). Paralelismo motor. Observa o teste a 6 mts. Observa "lanterna" 40, 50 cm. Luzes de Worth 6mts Luzes de Worth 40, 50 cm Interpretações 1- Se as quatro luzes são vistas em suas cores originais, significa que a fusão está normal. 2- Se forem vistas quatro luzes com aparição de um desvio manifesto, existe então, um CRA, ( Correspondência Retiniana Anormal) 3- Se forem vistas duas luzes vermelhas, existe uma supressão esquerda (se filtro vermelho no olho direito). 4- Se forem vistas apenas três luzes verde apenas, indica que há uma supressão direita. 5- Se forem vistas duas luzes vermelhas e três verdes, indica a existência de uma diplopia. Interpretação (Resumo) Ver 2 pontos vermelho: supressão OE. Ver 3 pontos verdes: supressão OD. Ver 4 pontos: normal. Ver 5 pontos: 3 verdes e 2 vermelhos: diplopia Vermelho à direita e verde à esquerda = diplopia homônima. Vermelho à esquerda e verde à direita = diplopia cruzada. Referencias bibliográficas MACIEL, A. C. S; Manual prático ilustrativo da optometria funcional. Grafique, 2015. 262 p. MARTÍN, R. H.; VECILLA, G. A. Manual de Optometría. Panamericana, 2010. 718 p. http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html Cover Teste Avalia o estado motor descartando forias (desvio compensado pela fusão (latente) e tropias (desvio não compensado pela fusão (manifesto) e ao mesmo tempo serve para medir o desvio. Requisitos básicos do paciente Fixação central Não pode ter paresias ou paralisias Binocularidade Não ter ambliopia profunda que dificulte a fixação Exames de Motilidade Ocular Cover Teste Materiais e distâncias usadas: Oclusor Luz 6m 33cm 20cm Binocular Realizado com correção e sem correção PROCEDIMENTO O teste é dividido em três partes: 1- Cover alternante Consiste em fazer oclusão de cada olho alternadamente).Serve para conhecer a direção do desvio. Neste teste se oclui alternadamente olho por olho e se observa o movimento que tem o olho quando se passa o oclusor de um olho para o outro. Exemplo de interpretação : quando com o movimento do oclusor o olho faz o movimento de fora para dentro o paciente tem um desvio EXO. 2- Cover uncover Consiste em ocluir e desocluir cada olho , para saber se o desvio que foi descoberto no cover alternante, se pode compensar ou não quando o paciente tem de fusionar).Ou seja, esta parte do teste serve para saber se é uma foria ou tropia. Exemplo de interpretação : quando se tira o oclusor os olhos fazem o movimento para fusionar é porque tem um desvio compensado pela fusão. Se quando se tira o oclusor um dos olhos fica parado e não fusiona é porque tem um desvio não compensadopela fusão, neste caso o paciente tem uma tropia. 3- Prisma cover teste Consiste em medir o desvio do paciente com prismas. Nele se colocam prismas na frente de um dos olhos no sentido inverso ao movimento. Vai se colocando prismas até que os olhos não tenham mais movimento. O valor do prisma em que o movimento para é o valor do desvio. ENDO –prismas base externa EXO- prisma base interna HIPO- prisma base superior HIPER- prisma base inferior COVER TESTE UNCOVER Foria Exoforia Endoforia Hiper foria Hipor foria Anaforia Cataforia Para fora (X) Para cima 2 olhos Para baixo 2 olhos Para cima Para baixo Para dentro (E) Tropia Exotropia Endotropia Hiper tropia Hipor tropia Para fora Para dentro Para cima Para baixo REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição UPC.1993. Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick TESTE SUBJETIVO DEFINIÇÃO Determinar SUBJETIVAMENTE o estado refrativo do paciente. PROCEDIMENTO EQUIPPAMENTOS: • Optotipo (tabelas, projetores, dial,cruz, relógio); • Cx de prova com armação ou Greens. TÉCNICA PREPARAÇÃO: • Paciente bem acomodado sentado; • Ajustar a distância pupilar no greens ou armação de prova; • Normalmente inicia-se pelo resultado da retinoscopia estática. PROCEDIMENTOS Passo a Passo: • Monocularmente, • Sobre a ret. Estática ou a mais positiva adicione dioptrias suficientes para poder embaçar a AV do px em 20/200; • Se o valor do cilíndrico for menor que 1,00 D inicie só com esférico, se maior que 1,00 D e menor que 3,00 D coloque a metade, e se for maior que 3,00 D coloque a 75% do valor do astigmatismo encontrado na ret. Est.; • Esteja seguro que o px esta com AV de 20/200; • Inicie a massagem acomodava aumentando o esferico positivo de +0,25 e diminuindo +0,50 D, não deixe o px sem lente, e continue a massagem até que o px possa alcançar a AV de 20/40; • Na linha de 20/40 passe o px para o DIAL Astigmático ou LEQUE Astigmático para obter a correção cilíndrica, caso o px seja astigmata. 1. Pergunte se todas as linhas estão iguais? Borradas ou definidas pretas. 2. Existe alguma linha mais clara ou mais nítida que outras? 3. Qual linha esta melhor se ressalta mais? POSSÍVEIS RESPOSTAS: • Todas linhas iguais ( px não tem cilíndrico ou cilíndrico colocado anteriormente esta correto); • Uma linha se ressalta, então a 90° de sua posição está o eixo inicial; • Se 2 linhas ressaltam mais, então a 90° de juma posição intermediaria encontrara o eixo do astigmatismo; • Se 3 linhas ressaltam mais que as outras, então a 90° da linha central esta o eixo do astigmatismo; • Se mais de 4 linhas ficam escuras, o px não entendeu ou não possui astigmatismo; • Coloque o eixo obtido com o DIAL, adicione cilindro negativo até que o px reporte que todas as linhas estão igualmente nítidas ou borradas; • Continue a massagem até conseguir a melhor AV com o máximo positivo; • Repita o procedimento em cada olho. ANOTAÇÕES • Anote o valor encontrado na técnica subjetiva e a AV reportada pelo px; • Corrija sempre com ao máxima lente positiva que obtenha a melhor AV em VL visão de longe e a mínima lente positiva para calculo da adição. AFINAMENTO Afinar a correção subjetiva. PROCEDIMENTO TEC. DE CIL CRUZADO DE JACKSON AFINAMENTO DO EIXO: • Colocar a correção obtida no subjetivo MONOCULAR por miopização; • Pedir ao px que leia na tabela uma linha acima da sua melhor AV; • Peça pra ele escolher em qual posição fica melhor; • Gire o cilindro cruzado nas duas posições e repita a pergunta: 1. Melhor nesta ou nesta posição: 2. Espere um tempo com cada posição; 3. Ou se o px reporta que são iguais, então o eixo da potência cilíndrica esta correta; • Escolhido uma das posições, gire o eixo na armação de prova de 5° em direção aos pontos vermelhos e continue afinando o eixo; • O eixo estará correto quando o px ver nítida ou borrada nas duas posições. AFINAMENTO AFINAMENTO DA POTÊNCIA CILÍNDRICA • Coloque os pontos vermelhos paralelos ao eixo do cilíndrico encontrado no subjetivo; • Gire o cabo CIL cruzado e pergunte em qual das 2 posições ele ver melhor; • Se vê melhor quando o ponto vermelho coincide com o eixo do astigmatismo, então AUMENTE cilíndrico negativo em passos de 0,25 até que as duas imagens sejam iguais; • Se vê mais nítido quando o ponto verde coincidem com o eixo do astigmatismo, então DIMINUA o cilíndrico negativo em passos de 0,25 até que as duas imagens sejam iguais; • A comprovação da potência terminara quando qualquer das seguintes condições sejam cumpridas e ambas as imagens fiquem iguais AFINAMENTO DA POTÊNCIA ESFÉRICA • Utiliza-se a CRUZ; • Coloque o CIL cruzado na posição A; • Pergunta ao px que se fica mais nítido a linha horizontal ou a vertical; POSSIVEIS RESPOSTAS • Se vê melhor a linha HORIZONTAL, Aumenta o poder positivo ou Diminui o poder negativo em passos de 0,25 até que as duas linhas sejam vistas iguais; • Se vê melhor a linha VERTICAL, Diminui o poder positivo ou Aumenta o negativo em passos de 0,25 até que as duas linhas sejam vistas iguais; • Tome a AV; • Repita o procedimento em cada olho monocularmente. AFINAMENTO PARA VISÃO PROXÍMA OBJETIVO: Afinar a correção para a correção de visão próxima, a uma distancia de trabalho determinada segundo os requerimentos do px (adição). TÉCNICA • Tabela pra fixação de perto; • Com a correção de longe; • Adicione a compensação relativa com a tabela de adição na distancia de trabalho; • Monocular; • Coloque o CIL cruzado na posição A; • Pergunte qual dos componentes da tabela estão mais nítidos as linhas (horizontais ou verticais); POSSIVEIS REPOSTAS • Se vê melhor as linhas Horizontais : Aumente o poder positivo do esférico em passos de 0,25 até que se fiquem iguais; • Se vê melhor as linhas Verticais: Diminua o poder positivo do esférico em passos de 0,25 até que se vejam iguais; ANOTA-SE RX Final com sua AV REFERÊNCIAS • Alves Refratometria ocular. 3° ed, cultura médica 2013; • Manual prático ilustrativo da Optometria funcional, Claudio Maciel, 2015; • Ney Dias Ótica Oftálmica Básica Ed. Nova Óptica; • Diaz, Julio Prieto ESTRABISMO, Roca 1986; • Protocolo de procedimentos clínicos (Fasup), Anyella M, 2015 • Procedimientos Clínicos en el Examen Visual, Colegio Nacional de Opticos- Optometristas. 1990. PRÍNCIPIO DO TESTE Baseia – se no princípio que o índice de refração do meio se relaciona com o comprimento de onda da luz que determina o balanceamento entre os efeitos de dispersão da luz pelo sistema dióptrico ocular . PRÍNCIPIO DO TESTE A luz do espectro visível é medida em nanômetro(nm) e se encontra entre 400 a 700 nm com onda de energias de propriedades específicas: Amplitude –por sua intensidade luminosa; Comprimento: a medida de onda ( nm); Frequência : medida de vibrações/tempo. A RELAÇÃO DAS CORES COM AS AMETROPIAS Na óptica as duas cores com comprimento , frequência e amplitude de onda usadas par estudo dos erros refrativos são o verde e vermelho. O verde ( 550 nm) ; O vermelho ( 720 nm) MIOPIA E A COR VERMELHAEstando o foco de projeção mais afastado da retina a imagem refratada apresentará um erro de refração de tamanho maior e embaçada destacando se principalmente na decomposição cromática lateral e axial .A cor com maior comprimento e intensidade neste caso é o vermelho que está próximo a 700 nm. HIPERMETROPIA E A COR VERDE O foco de projeção da imagem poderá estar mais próximo da retina em baixas e médias dioptrias ou até mesmo não percebido dentro do limite ocular em altas dioptrias. A imagem refratada apresentará um erro refrativo de tamanho menor e embaçada e, percebida com mais facilidade em baixas e médias ametropias. Desta forma, na decomposição cromática axial e lateral a cor com maior comprimento e intensidade será mais destacada, neste caso, o verde que está mais próximo de 550 nm OBJETIVO DO TESTE É um teste subjetivo que tem por objetivo afinar a dioptria esférica depois de obter os dados da refração, verificando se há hipo ou hipercorreções. O TESTE É realizada nas mesmas condições de ambiente e posicionamento da retinóscopia estática, intensidade de luz ambiente e distância da tabelas devem ser respeitados. PASSO A PASSO DO TESTE Paciente posicionado a 6 metros. Com a compensação Oclua o OE e peça perguntar em qual lado vê melhor as letras. Respostas : a . vejo melhor do lado vermelho : aumentar esferas negativas. b . vejo melhor do lado verde : aumentar esferas positivas. Desoclua o OE e repita o mesmo procedimento no OD. HIPER E HIPO CORREÇÃO DAS AMETROPIAS Quando temos um míope com hipercorreção ele verá melhor o verde .Por isso precisará de afinamento positivo. Na hipocorreção verá melhor o vermelho, necessitando de mais correção da sua ametropia. Quando temos uma hipermetropia a melhor visualização estará no vermelho, precisando afinamento negativo. Na hipocorreção a melhor visualização será para o verde necessitando de mais correção para a sua ametropia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência Cordovez .Bogotá , Colombia,2009; Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição UPC.1993.; http://slideplayer.com.br/slide/1265074/ AUTORES: Equipe GEMO JAMERSON DIAS Tec. em Óptica e Optometria Bacharelando em Optometria ALEXANDRA BARBOSA Tec. em Óptica e optometria Pós graduada em Ortoptica Pedagoga DANILO FRANCO Tec. em optometria Bacharel em Optometria Pós graduando em Ortoptica WILSON SARAIVA Tec. em Optometria CO - AUTORES ARTEMIR BEZERRA Tec. em Óptica e Optometria bacharel em Optometria Pós graduando em Ortoptica HENRRIQUE BARROS Tec. em Óptica e optometria Pós graduado em Ortoptica BRENO BARROS Tec. Óptica em optometria Esp. em Lente de Contato e Visão subnormal Apresentação Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. Optometria uma nova visão para todos. Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia na aprendizagem nos estudos clínicos de optometria. além do conhecimento óptico, que são de grande interesse ao profissional da saúde visual, os textos são pequenos e mostramos apenas pontos específicos e necessário para o entendimento do assunto. Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo do profissional de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos e conhecimentos. Índice • Óptica oftálmica 1. Medidas 2. Prescrição 3. Lentes • Erros refrativos (Miopia e Hipermetropia) • Erros refrativos ( Astigmatismo e Presbiopia) • Leis inervacionais (Hering e Sherrington) • Músculos Extraoculares M.E.O • Biomicroscopia + 3,00 – 2,00 x 180° CONCEITOS BÁSICOS DE ÓPTICA CIÊNCIA ÓPTICA Óptica é a ciencia que estuda os fenômenos da luz e da visão, é a parte da física que estuda a energia radiante em forma de luz Óptica oftálmica é pertinente a visão e faz parte da ciência que estuda os olhos, a visão, as lentes e as armações dos óculos • Refração é o desvio que a luz sofre ao atravessar dois meios de diferentes densidades • Também é a relação entre a velocidade da luz, no vácuo e num meio mais denso • Ao penetrar perpendicularmente num meio mais denso, a luz perde sua velocidade • Uma haste inserida na água aparece desviada: é a refração REFRAÇÃO REFRAÇÃO Quando olhamos através de uma lente neutra, com suas superficies situadas perpendicularmente à linha de visão do olho, não há refração alguma e muito menos efeito prismático; Os músculos do olho não necessitam de nenhum esforço para manter os objetos distantes, na mesma direção. Quando olhamos através desta lente, colocada diante do olho, com uma inclinação, há um desvio do raio de luz e dos objetos Neste caso, o olho deverá fazer um pequeno movimento, pelos seus músculos, para compensar o desvio devido esta inclinação No caso de lentes neutras, com curva 9,00, a inclinação será maior ainda, exigindo do olho, um esforço maior para trazer o raio de luz para sua posição normal MEDIDAS ÓPTICAS As medidas ópticas mais importantes são: Distância Pupilar Altura de Centro Óptico Distância Vértice Medidas POR QUE REALIZAR AS PRINCIPAIS MEDIDAS? ERROS NAS MEDIDAS Erros nas medidas está entre as principais causas de inadaptações com óculos. Vendedores não dispensam a verdadeira importância. CONSEQUÊNCIAS Não é só o usuário dos óculos que fica no prejuízo. Todo o mercado padece. QUEIXAS DIVERSAS ASTENOPIA é o principal sintoma reportado. DNPs ACO ou CO Alt. De película Convergência Ângulo Pantoscópico Distância Vértice Longe Perto Medidas horizontais PRINCIPAIS MEDIDAS D.N.P. DE LONGE Distância Naso-pupilar • Empregue sempre equipamento adequado; • Realizar sempre em função do reflexo corneano; • Levar em conta a influência da convergência; • Realizar a medida monocularmente; • Não desconsiderar 0,5 mm; • Sempre anotar separadamente; • Fazer no mínimo duas medidas do mesmo cliente; • Ao realizar com escala, use uma lanterna. CONCLUSÃO Quanto maior a dioptria do usuário, menor a tolerância de erros nas DNPs. ATENÇÃO! Merecem atenção especial: Nistagmos Estrabismos Crianças D.N.P. DE PERTO Evite seguir as “tabelas” já conhecidas. Caso necessite das D.N.P.s de perto, faça-as. A maioria das pessoas convergem 2,5 mm para cada olho. Realizada a partir do reflexo até o aro inferior INTERNO da armação. A.C.O. OU C.O. • Medida realizada mesmo nas lentes mono; • Realizada separadamente para cada olho; • Vendedor e cliente na mesma altura; • Armação totalmente ajustada; • Altas potências e progressivas merecem maior atenção. ALTURA DE PELÍCULA PELÍCULA DOS BIFOCAIS CORRETO ERRADO Medida realizada em função do limbo. CONVERGÊNCIA No caso de alterações devemos posicionar a lente de forma que o olho, ao convergir tenha sempre uma boa amplitude de campo visual Para isso devemos mediar a DNP de perto e acrescentar 2,5 mm para cada olho e montar conforme o resultado Quando privilegiamos a DNP de perto ampliamos os campos de perto e intermediário Capacidade dos olhos desviarem para nasal. • Usuários de lentes progressivas necessitam de convergênciaadequada para a perfeita adaptação. • A técnica tem seus críticos ferrenhos, porém, em baixas ametropias para longe, é possível conseguir êxito MEDIR A CONVERGÊNCIA • Medir o PPC. • Verificando as DNPs de longe e de perto. INCLINAÇÃO PANTOSCÓPICA Necessária, pois, a maior parte do uso da visão é da linha do horizonte para baixo. 5° a 18° Lentes progressivas e altas potências dióptricas. ATENÇÃO EM: DISTÂNCIA VÉRTICE A preocupação com a DV deve ser maior nos casos de potências altas. Em geral, DV menor proporciona maior conforto. ATENÇÃO EM: Para melhor conforto do usuário temos que atentar para o ajuste do Ângulo Pantoscópio e Distância de Vértice. Ângulo Pantocópico é a inclinação da armação em relação ao rosto do cliente. Para visão simples, o ângulo varia de 7 a 12 graus o mais usado é de 10 graus. Para bifocais e multifocais o ângulo deve ser maior. Sua variação é de 12 a 15 graus, o mais usado é de 12 graus. Distância de Vértice (DV) é a distância entre a curva interna da lente e a córnea do usuário. DV e o Ângulo Pantoscópio PROCEDIMENTOS Conhecer a distância real em que foi feito o exame, normalmente entre 10 e 12 mm Verificar a distância vértice da armação escolhida Calcular o valor da dioptria a ser compensada através da formula a seguir: Fórmula da DV DC = __ D²__ x d 1000 Onde: Exemplo da alteração da dioptria de +14,00 que ficará com 5 mm a mais deslocada dos olhos: • Dc: 14²/1000 x 5 = 196/1000 x 5 = 0,196 x 5 = 0,98 D Conclusão: A dioptria é positiva e as lentes mais afastada dos olhos, então devemos reduzir a dioptria para +13,02 Caso a lente ficasse 5 mm mais próximo, a dioptria teria que ser aumentada para + 14,89 Exemplo da alteração da dioptria de – 10,00 com exame realizado com a DV de 16 mm, mas a armação escolhida gerou uma DV de 10 mm • Dc: 10²/1000 x 6 = 100/1000 x 6 = 0,100 x 6 = 0,60 D Conclusão: a dioptria é negativa e a lente mais próxima dos olhos, logo será preciso reduzir a dioptria da receita em 0,60, passando a ser – 9,40 D Dc: Dioptria compensada D: Dioptria da receita D: Deslocamento da lente em relação aos olhos REFERÊNCIAS • CARNEIRO, Manuel. Óptica Oftálmica em Exercício. 4 ed. Bahia: Salvador, 2015. • ARTEMIR, Bezerra Silva. Óptica Oftálmica Aplicada. Salvador. 1 ed. 2013. Lentes mais espessas no centro do que nos bordos, por causa de sua curva convexa (externa) ser mais acentuada do que a côncava (interna) Quando se desloca uma lente positiva, o objeto caminha em sentido contrário O centro óptico coincide com sua espessura mais grossa As lentes esféricas positivas aumentam as imagens focadas, observe na figura que as barras aumentam igualmente, os poderes são iguais AÇÃO REFRATIVA DAS LENTES OFTÁMICAS LENTES ESFÉRICAS As lentes esféricas tem um mesmo poder dióptrico em todos os meridianos LENTES ESFÉRICAS POSITIVAS Prescrição e Lentes LENTES ESFÉRICAS NEGATIVAS Lentes mais espessas na borda e com espessura mínima no centro, por causa de sua curva convexa (externa) ser menos acentuada do que a côncava (interna) Quando se desloca uma lente negativa, o objeto caminha no mesmo sentido O centro óptico coincide com sua espessura mais fina As lentes esféricas negativas diminuem as imagens focadas, observe na figura que as barras diminuem igualmente, os poderes são iguais AÇÃO REFRATIVA DAS LENTES OFTÁLMICAS LENTES CILINDRICAS As lentes cilindricas tem poderes dióptricos diferentes nos meridianos principais, que são perpendiculares (diferença de 90° entre eles) Quando movimentada no sentido horário e anti-horário as imagens aparecem distorcidas Lentes com poder dioptrico positivo em um meridiano principal, sendo que o meridiano perpendicular não tem poder Lentes com poder dióptrico negativo em um meridiano principal, sendo que o meridiano perpendicular não tem poder LENTES ESFÉRICO-CILINDRICO Lente com poder dióptrico diferente nos dois meridianos principais Duas lentes plano-cilindricas com o mesmo poder dióptrico sobrepostas, resultarão em uma lente esférica O PODER DIÓPTRICO DAS LENTES OFTÁMICAS ESFÉRICAS Podemos ver que o poder dióptrico de uma lente esférica sempre vai resultar no mesmo valor As lentes esféricas tem um mesmo poder dióptrico em todos os meridianos Podemos ler o poder dióptrico de uma lente cilindrica, iniciando por qualquer um dos meridianos principais Se o primeiro meridiano tomado para esférico é positivo e o oposto é negativo, o sinal do cilindrico será negativo Partindo da reta absoluta (números relativos do 1° grau), quando saímos de um número positivo e terminamos num negativo, tomamos a direção negativa, logo o sinal do cilindrico será negativo Se tomamos para esférico o meridiano negativo e o oposto é positivo, o sinal do cilindrico, neste caso será positivo O valor do cilindrico é exatamente a diferença de valores que há entre um e outro meridiano principal, sendo que, não havendo diferença, trata-se de uma lente esférica O PODER DIÓPTRICO DAS LENTES CILINDRICAS O VALOR DOS MERIDIANOS PRINCIPAIS O VALOR DOS MERIDIANOS PRINCIPAIS Embora designadas como esféricos e cilindricos diferentes, têm o mesmo valor de refração Tanto faz designá-la como - 3,00 de = + 5,00 dc eixo 180°, como + 2,00 de = - 5,00 dc eixo 90° Observem na reta absoluta -5,00 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 +1,00 +2,00 +3,00 +4,00 +5,00 A DISTÂNCIA ENTRE OS DOIS MERIDIANOS CHAMAMOS DE CILINDRICO Como já vimos anteriormente, a mudança na forma de ler os poderes dióptricos das lentes, não altera seu valor de refração Transposição é a forma que denominamos esta operação Podemos fazer a transposição com uma simples regra: 1. Toma-se para esférico a soma algébrica do esférico com o cilindrico 2. Troca-se o sinal do cilindrico, mantendo o seu valor 3. Se o eixo é maior que 90°, subtraimos 90°, se o eixo é menor que 90°, somamos 90° TRANSPOSIÇÃO - SOMA ALGÉBRICA EXEMPLOS DE SOMA ALGÉBRICA: +1,00 -3,00 +2,00 +2,00 +1,00 -3,00 -2,00 +4,00 ESF +2,00 -2,00 0,00 -1,00 -2,00 -0,50 +3,00 -1,00 CIL +3,00 -5,00 +2,00 +1,00 -1,00 -3,50 +1,00 +3,00 ESF SOMA ALGÉBRICA DO ESFÉRICO + CILINDRICO = COMO RESULTADO TEMOS UM NOVO ESFÉRICO LENTES BIFOCAIS Bifocal é uma lente constituída de dois focos, um para longe e outro para perto O setor de perto é conhecido como película Esta lente é utilizada para correção da presbiopia em combinação com qualquer ametropia Para trabalhar com lentes bifocais, é necessário a compreensão de certas regras básicas, com respeito a graduação A transcrição de uma receita de bifocais nós vimos, quando tratamos do assunto adição, mas vamos relembrar alguns fatores LENTES BIFOCAIS - REGRAS Quando a dioptria de longe é 0,00 a de perto será obrigatoriamente positivo Quando a dioptria de perto é 0,00, a de longe será obrigatoriamente negativo Quando a dioptria de longe é positivo, a de perto será obrigatoriamente positiva Quando a dioptria de perto é negativo, a de longe será obrigatoriamente negativo e maior Quando a dioptria de longe é negativa, a de perto poderá ser: negativo mais fraco, plano ou positivo Quando na rx para longe temos poder cil., O de perto também o terá com o mesmo valor, sinal e eixo ESCOLHA DOS TIPOS DE BIFOCAIS Para sabermos qual o tipo mais adequado de bifocais que devemos indicar ao cliente, faz-se necessário conhecermos os tipos de lentes disponíveis no mercado e suas características Uma lente bifocal tendo dois campos de visão, tem dois diferentes poderes dióptricos, um para longe e outro para perto Os bifocais são divididos em dois tiposprincipais: de uma só peça e os fundidos Os de uma só peça são: ultex, kryptok, flat top e executivo Os fundidos, todos de cristal são: kryptok, flat top e retangular TIPO DE BIFOCAIS - BALUX Bifocal ultex, balux, película meia lua, base prismática inferior TIPOS DE BIFOCAIS – FLAT TOP Bifocal flat top, topo reto, panoptick, biovis, base prismática superior Cristal ou orgânico é desta mesma forma TIPOS DE BIFOCAIS - EXECUTIVE Bifocal tipo executive, em cristal quase não encontrado mais no mercado e organico, base prismática superior TIPOS DE BIFOCAIS - KRYPTOK Bifocal kryptok, k2, base prismática central Em cristal ou orgânico sua forma é igual BASE PRISMÁTICA Com vistas a redução do salto de imagem, quando o usuário muda a visão do campo de longe para perto, é comum a indicação de determinados tipos de bifocais que reduzem este salto, de acordo com o poder dióptrico no meridiano vertical A base prismática é determinada pela forma do tipo da película do bifocal, vejamos BASE PRISMÁTICA INFERIOR Conhecido como ultex ou balux, sua película assemelha-se com um prisma de base prismática inferior quando vista de perfil É recomendado para casos de adição menor que a dioptria positiva de longe BASE PRISMÁTICA CENTRAL Conhecido como kryptok, sua película vista de perfil, tem a forma de dois prismas unidos pela base Este bifocal é recomendado, principalmente para quando a adição é aproximadamente igual a dioptria positiva de longe Pode ser usado para substituir o balux e o flat top BASE PRISMÁTICA SUPERIOR Conhecido como flat top, panoptik ou topo reto, sua película vista de perfil, tem a forma de um prisma de base prismática superior É recomendado para adições maiores que a dioptria positiva de longe e para todas as dioptrias negativas de longe MULTIFOCAIS PROGRESSIVOS São lentes que possuem dois ou mais pontos focais ou poderes dióptricos progressivamente contínuos Esta lente tem inúmeros valores dióptricos, em sequência progressiva A lente progressiva tem uma mudança de poder dióptrico gradual e progressivo,sendo que esta mudança ocorre dentro de um corredor, opticamente puro, ou seja, sem aberrações Este corredor se inicia aproximadamente na metade da lente e vai progredindo até o ponto máximo de visão para perto Nas zonas laterais, ao lado do corredor , estão as zonas de aberrações astimáticas, por onde a visão não é completamente nítida EX: Lente + 1,00 de com adição 2,50 d, com progressão do poder dióptrico, partindo do centro da lente de visão para longe, até o apogeu, com o poder dióptrico para perto MARCAS INDELÉVEIS NOS MULTIFOCAIS As marcas indeléveis são: Dois pequenos círculos laterais, indicadores da linha horizontal Adição, marcada no lado temporal Logomarca, marcada no lado nasal MARCAÇÕES NOS MULTIFOCAIS Estas marcas são feitas especialmente para facilitar a localização de pontos importantes no posicionamento das lentes nas armações, em função da pupila, assim como a conferência da exatidão dos óculos São essenciais na montagem e principalmente na marcação para o processo de surfaçagem Marcados à tinta nos multifocais, estão os seguintes referenciais: Circulo superiro – longe – maior círculo inferior – perto – menor Marcas e logotipos Cruz central de progressão As marcas à tinta, ficam gravadas na lente, para serem verificadas pelo técnico, optometrista ou oftalmologista, sendo retirada após este procedimento LENTES MULTIFOCAIS CRUZ CENTRAL DE PROGRESSÃO É marcada à tinta e é o ponto principal de referência de uma lente progressiva A montagem deve ser executada de tal forma que, a cruz central de progressão coincida com o centro da pupila do usuário, com o cliente olhando para o horizonte, em posição normal Esta marca à tinta é feita propositalmente para que, ao ser limpa, não ofereça a menor interferência na visão principal de longe do usuário Poderá ser limpa com produto indicado pelo fabricante e poderá ser refeita, com uma marca no centro geométrico, entre os dois círculos laterais A cruz central de progressão, deve coincidir com o centro da pupila REFERÊNCIAS • CARNEIRO, Manuel. Óptica Oftálmica em Exercício. 4 ed. Bahia: Salvador, 2015. • ARTEMIR, Bezerra Silva. Óptica Oftálmica Aplicada. Salvador. 1 ed. 2013. • Favaro, Paulo. Apostila Óptica oftalmica, Pernambuco. 2015 OLHO EMÉTROPE E IMAGEM NÍTIDA NA RETINA É o estado refracional do globo ocular em que, estando o olho em repouso, as imagens provenientes de estímulos situados no infinito (6,10m) se formam na retina, mais precisamente na fóvea. Há uma correlação proporcional entre o poder dióptrico do segmento anterior e do diâmetro anteroposterior do globo ocular. OLHO AMÉTROPE É quando os raios vindos paralelos do infinito incidem no olho, atravessam os meios transparentes e formam seu foco antes e/ou depois da retina. E OLHO MÍOPE É quando os raios vindos paralelos do infinito incidem no olho e formam seu foco antes da retina. Míope geralmente vê bem para perto (dependendo da dioptria/ponto remoto) • Inadequação entre diâmetro anteroposterior e poder dióptrico do globo ocular. Miopia axial (eixo anteroposterior) e refracional (sistema de refração ocular) MIOPIA LENTES ESFÉRICAS NEGATIVAS Corrigida com lentes esféricas negativas (divergentes). Têm por característica serem finas no centro e espessas nas bordas. Degenerativa Apresenta dioptrias quase sempre muito elevadas (6,00 DE), com concomitância de lesões degenerativas da coróide e retina. Costuma se manifestar nos primeiros anos de vida. MIOPIA (TIPOS) Simples A maioria dos casos se manifesta entre os 9 e 13 anos de idade, tendendo a se estabilizar até os 18 anos de idade. Miopia Degenerativa 1 – Axial: segmento anterior do globo normal, mas eixo anteroposterior alongado 2 – De Curvatura: olho de tamanho normal mas curvatura de córnea e/ou cristalino alterada 3 – De Índice: como no caso dos diabéticos, gestantes, pacientes sob o uso de medicação controlada, etc. Seus índices refrativos dos meios refringentes encontram-se alterados. Facilmente detectável: o míope não enxerga bem para longe, os sintomas são facilmente detectáveis e evidentes. *PSEUDO MIOPIA (correlato à acomodação) MIOPIA OLHO HIPERMÉTROPE É quando os raios vindos paralelos do infinito incidem no olho em repouso e formam seu foco depois da retina. • Inadequação entre diâmetro anteroposterior e poder dióptrico do globo ocular, podendo estes estarem associados ou não. HIPERMETROPIA LENTES ESFÉRICAS POSITIVAS Corrigida com lentes esféricas positivas (convergentes). Têm por característica serem espessas no centro e finas nas bordas. • Congênita • Acentuada nos primeiros meses de vida (menor comprimento axial) • Diminui com o crescimento • Estabiliza junto com dimensões normais do globo ocular HIPERMETROPIA OU HIPEROPIA • Muito associada com a acomodação! (cefaléia frontal e temporal) • Jovens possuem alto poder acomodativo, podendo dispensar correção. • Maior correção após 30 anos (perda de amplitude acomodativa) • Hipermetropia latente: baixas hipermetropias nem sempre são corrigidas (alta amplitude acomodativa) Amplitude acomodativa (duane¹) ¹D U A N E , A le x a n d e r. S tu d ie s in M o n o c u la r a n d B in o c u la r A c c o m m o d a tio n w ith T h e ir C lin ic a l A p p lic a tio n s . A m e ric a n J o u rn a l o f O p h ta lm o lo g y , S e rie s 3 , V o l. 5 , N o . 1 1 , N o v e m b e r, 1 9 2 2 PONTO PRÓXIMO • É o ponto mais próximo de visão nítida, sem correção. • No olho emétrope o PP corresponde à amplitude de acomodação.Se amplitude = 10D, PP = 10cm (D=1/F) • No olho míope PP = acomodação + módulo da dioptria (ou seja, desconsiderar sinal da dioptria) • No olho hipermetrope PP = acomodação – módulo da dioptria (ou seja, desconsiderar sinal da dioptria) PONTO REMOTO • É o ponto mais distante de visão nítida sem correção, com a acomodação totalmente relaxada • Emétrope = infinito • No olho míope, é igual a sua dioptria (D=1/F); Míope de 2: F=1m/2 = 50cm • No olho hipermétrope: virtual (olho sempre acomoda) PONTO PRÓXIMO E REMOTO DO HIPERMÉTROPE Todos os PXs abaixo possuem a mesma amplitude de acomodação (AC=10D). Qual é o ponto próximo e o ponto remoto de cada olho deles? a) OD: +2,00 OE: +2,75 b) OD: +0,50 OE: +0,25 c) OD: +8,50 OE: +10,00 HIPERMÉTROPE: PP: acomodação – |dioptria|. PR: virtual. Ida de 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 AC 18 16 14 12 10 8,5 7,0 5,5 4,5 3,5 2,5 1,75 1,0 0,75 0,25 0,00 Míope Hipermétrope PP PR PP PR a) 2.00 8,33cm 50cm 12,5cm virtual 2.75 7,84cm 36,36cm 13,79cm virtual b) 0.50 9,52cm 200Cm 10,52cm virtual 0.25 9,75cm 400cm 10,25cm virtual c) 8.50 5,40cm 11,76cm 66,66cm virtual 10.00 5,0cm 10cm 0cm virtual PP – PONTO PRÓXIMO Míope Hipermétrope a) 2.00 8,33cm 12,5cm 2.75 7,84cm 13,79cm b) 0.50 9,52cm 10,52cm 0.25 9,75cm 10,25cm c) 8.50 5,40cm 66,66cm 10.00 5,0cm 0cm COMPARATIVO – PP DO MÍOPE VS HIPERMÉTROPE O míope geralmente enxerga bem de perto sem correção. Altas miopias geram um PP e um PR muito baixos, tornando a distância de visão nítida muito próxima e curta para que o indivíduo tenha uma condição visual normal sem correção. Referência: • Duane, alexander. Studies in monocular and binocular accommodation with their clinical applications. American journal of ophtalmology, series 3, vol. 5, no. 11, november, 1922 ASTIGMATISMO substantivo masculino defeito óptico resultante de uma curvatura desigual gerada na córnea ou mais raramente no cristalino ou do globo ocular como um todo aberração geométrica de um sistema óptico de tal modo que a imagem de um ponto é igual a dois pequenos segmentos de reta perpendiculares que se formam a distâncias diferentes do sistema. Astigmatismo é a dificuldade do sistema óptico em formar um ponto focal na retina, devido a diferença na curvatura de uma ou mais superfícies refrativas do globo ocular. A imagem de um ponto jamais será um ponto, e sim uma linha. O astigmatismo total consiste no astigmatismo das faces anterior e posterior da córnea assim como no astigmatismo lenticular ou também denominado de cristaliniano além de em situações raras o astigmatismo retiniano. 1- Astigmatismo Hipermetrópico Composto (AHC): As duas linhas focais estão situadas atrás da retina ou o que é o mesmo, a retina está situada em frente da 1ª linha focal. 2- Astigmatismo Hipermetrópico Simples (AHS): A 1ª linha focal está situada na retina e a 2ª linha focal está situada atrás da retina, ou ainda, a retina coincide com a primeira linha focal. 3- Astigmatismo Misto: A retina está situada entre as duas linhas focais, a 1ª linha focal está situada antes da retina e a 2ª linha focal está situada depois da retina. 4- Astigmatismo Miópico Simples (AMS): A 2ª linha focal coincide com a retina, enquanto a 1ª linha focal está situada antes de retina, ou ainda simplesmente, a retina coincide com a 2ª linha focal. 5- Astigmatismo Miópico Composto (AMC): As duas linhas focais estão situadas atrás da retina, ou a retina está depois da 2ª linha focal. CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO Classificação do astigmatismo no olho não acomodado está baseada na posição da retina relativamente às linhas focais do feixe refractado, Dando um ponto objecto distante, cada uma das duas linhas focais está situada no ponto principal do meridiano correspondente, isto é, F ’α e F ’β. Existem 5 formas de classificar os astigmatismo: Representação esquemática da classificação do astigmatismo. No astigmatismo miópico (simples e composto) A visão ao longe não pode ser melhorada através da acomodação, visto que se for empregue a acomodação o erro refractivo aumenta em vez de diminuir. Nas situações em que o astigmatismo é hipermetrópico (simples ou composto) O indivíduo pode colocar na retina a secção transversal mais favorável do feixe astigmático através da sua acomodação (a que estiver disponível). • Se um olho não acomodado tem astigmatismo misto, só uma das linhas focais pode ser colocada na retina, porque tem uma linha focal antes da retina e outra depois da retina, uma é miópica e outra hipermetrópica e só a hipermetrópica, pode com a ajuda da acomodação, ser colocada em foco na retina. • Este astigmatismo depende muito da posição do círculo de confusão mínima, que pode estar atrás ou à frente da retina de acordo com a refracção ocular média, isto é, se estamos do lado da miopia ou do lado da hipermetropia. DIRECÇÃO DO EIXO Como as linhas verticais e horizontais são as predominantes nas letras utilizadas para testes de visão, bem como na maior parte dos objectos que nos rodeiam, a visão é mais baixa (pobre) quando o astigmatismo ocular é oblíquo (está segundo um eixo oblíquo) com os outros factores permanecendo invariáveis. A melhor maneira de se ver o efeito do astigmatismo não corrigido é simular com óculos de prova, os vários casos dos erros refractivos, ou através de fotografias ou figuras que evidenciem ou simulem os vários casos de astigmatismo variando só o eixo do astigmatismo. Ilustrações dos vários tipos de casos de astigmatismo e a sua influência na visão das letras. Sintomas: - Dificuldade de focagem. - Fotofobia. - Sono. - Dor de cabeça frontal. - Dor nos olhos. - Sensação de queimação nos olhos. - Pode apresentar ambliopia Correção O astigmatismo é corrigido com OCULOS, LENTES DE CONTATO ,CIRUGICAMENTE uma lente cilíndrica ou lente tórica tendo dois meridianos curvaturas diferente. Algumas considerações devem ser feitas com o intuito de conseguir a melhor adaptação do paciente aos seus óculos: • Óculos com armações pequenas têm menor chance de produzir alterações na periferia da lente. • Quanto menor for a distância vertex, menor será a disparidade na magnificação da imagem entre os meridianos do astigmatismo. • Recomenda-se o uso de lentes cilíndricas negativas por estas localizarem a correção do astigmatismo na parte posterior da lente e conseqüentemente mais próximas do globo ocular. PRESBIOPIA A presbiopia é uma alteração fisiológica decorrente do envelhecimento que atinge biliões de pessoas em todo o mundo. A sua base fisiopatológica permanece controversa contudo a teoria de Helmholtz é a mais aceite pela comunidade científica. A presbiopia afeta o dia a dia dos indivíduos pelo que a sua correção é de extrema importância para melhorar a sua qualidade de vida. São várias as correções para a presbiopia, desde a utilização de óculos de leitura, aos tratamentos cirúrgicos. Todos os métodos de correção apresentam vantagens e desvantagens pelo que a sua análise é importante para uma escolha mais conscienciosa para cada indivíduo. PRESBIOPIA A presbiopia é uma alteração fisiológica decorrente do envelhecimento que se caracteriza pela diminuição progressiva da capacidade acomodativa máxima, com consequente diminuição da acuidade visual ao perto. A capacidade acomodativa diminui com a idade, uma vez que nos indivíduos jovens o cristalino é elástico e deforma-se facilmente com a contração do músculo ciliar. Nesta fase, os indivíduos têm uma capacidade acomodativa de 11.0 ± 2.0 dioptrias. No entanto, com o avançar da idade, esta capacidade diminui para 6.0 ± 2.0 dioptrias aos 40 anos, atingindo valores inferiores a 2.5 ± 1.5 dioptrias aos 52 anos. EPIDEMIOLOGIAA prevalência da presbiopia é, tal como seria espectável, mais elevada nos países com EMV mais elevada, atingindo atualmente cerca de 2 biliões de pessoas em todo o mundo. Relativamente ao impacto na qualidade de vida dos indivíduos, acredita-se que, nos países industrializados, este impacto é superior, dado que as pessoas necessitam mais frequentemente de uma boa capacidade visual para realizarem diferentes tarefas, não só a nível profissional como a nível pessoal, pois muitos dos seus hobbies implicam uma boa capacidade de leitura. Assim, a presbiopia pode ser um defeito incapacitante, não só a nível físico, mas também emocional, se não corrigida apropriadamente. A PRESBIOPIA É definida como a principal alteração refrativa da vida adulta, inicia-se aos 40/45 anos atingindo a sua intensidade máxima por volta dos 65 anos. O principal sintoma referido é a dificuldade de focar objetos próximos e visualizar os seus detalhes, mencionando a visualização de uma imagem desfocada que melhora com o afastamento dos objetos (estratégia muitas vezes utilizada pelos indivíduos para contornar a situação). No entanto, podem ser observados outros sintomas tais como: • a astenopia, • o estrabismo, • a diplopia, • as cefaleias, • o lacrimejo. Esta sintomatologia é mais evidente à noite, no fim da semana e em condições de fraca luminosidade, sendo referido pelos indivíduos a necessidade de utilizar luz mais brilhante para ler. A utilização da luz mais intensa facilita a visualização pois esta induz a constrição da pupila com aumento da profundidade do foco. Contudo, com o evoluir da presbiopia, a sintomatologia surge igualmente em boas condições de luminosidade. A fadiga e as cefaleias podem ser explicadas pela contração do músculo orbicular e parte dos músculos occipitofrontais perante a incapacidade de focar objetos próximos. Por sua vez a diplopia pode ser justificada pela exotropia e pela exoforia. Alguns indivíduos com presbiopia incipiente referem ainda a visualização de uma imagem distorcida à distância que pode ser explicada por uma resposta lenta do músculo ciliar e do cristalino quando se passa de um foco de curta distância para um de longa distância, principalmente após longos períodos de focagem ao perto. Todos estes sintomas podem ser explicados pelas alterações da capacidade de acomodação. No entanto, se se verificar uma melhoria espontânea da sintomatologia em indivíduos com mais de 40 anos deve ser pesquisada a possibilidade de existência de cataratas. O início da sintomatologia associada à presbiopia depende de diversos fatores e, apesar de a idade ser um fator preponderante no seu desenvolvimento, esta pode surgir mais precocemente em certas situações Sintomas da presbiopia DIAGNÓSTICO Para um diagnóstico precoce e eficaz deve ser realizada uma boa história clínica, um exame VISUAL completo e, se necessário, exames complementares de diagnóstico. A história clínica realizada deve ser completa e com especial enfoque nos principais sintomas referidos pelo indivíduo. No decurso da entrevista clínica deve ainda ser questionada a medicação habitual (principalmente nos indivíduos com medicação crónica), alergias, profissão atual e prévias, antecedentes pessoais patológicos, bem como deve ser explorada a sua história familiar. Na pesquisa de antecedentes pessoais deve ser dada especial atenção às patologias que podem induzir o início precoce da presbiopia. A idade do indivíduo é uma das informações essenciais, uma vez que esta será importante no estabelecimento do diagnóstico de presbiopia, e também irá influenciar o tipo de tratamento proposto. O diagnóstico da presbiopia baseia-se na avaliação de três pontos essenciais: a capacidade e profundidade do foco, bem como a distância necessária para ver ao perto. Assim, o exame ocular deve englobar a avaliação da acuidade visual, da capacidade refrativa, da visão binocular, da acomodação, de patologia ocular e de patologias sistémicas que possam influenciar a visão. A avaliação da acuidade visual (AV) É essencial para o diagnóstico de presbiopia. Esta avaliação engloba a verificação da acuidade visual sem correção ocular e com a correção anteriormente utilizada pelo indivíduo, uma vez que a verificação da acuidade visual com uma nova correção ocular irá indicar o erro refractivo do indivíduo em causa. A avaliação da capacidade refractiva é importante para decidir a forma de tratamento da presbiopia, pois a correção ocular vai depender da perda da capacidade refractiva. Indivíduos com miopia prévia têm necessidade de correção ocular para a presbiopia mais tardia do que os indivíduos com hipermetropia e a correção necessária para míopes é menor do que para os hipermetropes. A avaliação da acomodação e da visão binocular apesar de bastante utilizada na avaliação da presbiopia, tem uma confiança limitada. Os seus resultados são influenciados por diversas variáveis tais como a iluminação, o tamanho do objeto, o contraste, o ângulo de visão e a efetividade da lente, entre outros. Classificação da presbiopia • A presbiopia incipiente, ou primeira fase da presbiopia, engloba os casos iniciais em que os indivíduos referem dificuldade em ver ao perto, mencionando um esforço extra para ler letras de reduzidas dimensões. Nesta fase, o indivíduo apresenta um bom desempenho nos testes visuais e, quando questionado, muitas vezes prefere manter-se sem correção oftálmica. • A presbiopia funcional, ou segunda fase de presbiopia, engloba os indivíduos que referem diminuição da acuidade visual comprovada clinicamente pelos testes visuais. • A presbiopia absoluta é o estado mais avançado da presbiopia em que a capacidade de acomodação é perdida na totalidade. • A presbiopia prematura é uma forma de presbiopia caracterizada pelo mesmo tipo de sintomatologia mas com um início precoce. • A presbiopia noturna caracterização pela dificuldade de visão ao perto em ambientes com pouca luz em consequência da diminuição da capacidade de acomodação. TRATAMENTO A maioria dos indivíduos com presbiopia vão necessitar de uma correção ocular que varia entre +1 e +3 dioptrias para melhorar a sua visão ao perto. Durante muitos anos, o tratamento da presbiopia baseou-se em métodos não invasivos tais como utilização de óculos com lentes monofocais, bifocais, progressivas ou multifocais. No entanto, estas lentes apesar de melhorarem a acuidade visual e de não apresentarem os riscos inerentes a uma cirurgia, não conseguem restabelecer a capacidade acomodativa de um indivíduo jovem. Com o avançar dos meios tecnológicos e do conhecimento médico e científico, as opções terapêuticas tornaram-se mais vastas e adaptadas aos diferentes indivíduos. Atualmente existem para além dos óculos ou lentes de contacto, métodos cirúrgicos e farmacológicos para a correção da presbiopia. Contudo, a maioria das pessoas com presbiopia continua a ser tratada com lentes bifocais, progressivas e óculos de leitura. No entanto, este tipo de terapêutica é considerado por muitos como incómoda. Assim muitos dos indivíduos preferem realizar uma cirurgia que permita um tratamento a longo prazo, pelo que o aumento da prática cirúrgica na presbiopia aumentou significativamente após o advento da ablação de superfície por laser (principalmente o Laser-Assisted in Situ Keratomileusis, LASIK) e das lentes intra-oculares. Porém, apesar de muitos tratamentos terem sido propostos, não existe ainda um método eficaz e reprodutível para a correção deste defeito. Na correção da presbiopia com óculos podem ser utilizados diferentes tipos de lentes. CORREÇÃO Correção por lentes de contacto As lentes de contacto podem ser divididas em quatro grupos consoante as suas características principais Tratamento cirúrgico As técnicas cirúrgicaspodem ser divididas em três grupos principais consoante a estrutura ocular intervencionada A PRESBIOPIA Apresenta elevadas taxas de prevalência nos diversos países do mundo, não sendo um defeito restrito a determinada região do globo pelo que, de certo modo, pode ser considerada como uma “epidemia” à escala global. Esta patologia atinge cada vez mais pessoas em virtude de uma população cada vez mais envelhecida, pelo que o conhecimento mais aprofundado da sua fisiopatologia é importante. Conclui-se, que apesar do diagnóstico da presbiopia ser relativamente simples e acessível à maioria das populações, a correção encontra-se um pouco mais limitada. Apesar das inúmeras formas de correção disponíveis, existe ainda um longo caminho a percorrer com o intuito de tornar a correção da presbiopia esteticamente mais atrativa e associada a menores riscos cirúrgicos. REFERÊNCIAS ASTIGMATISMO • J. Boyd Eskridge, John F. Amos, Jimmy D. Bartlett. Clinical Procedures in Optometry, J.B.Lippincott, 1991. • Jurgen Meyer-Arendt. Introduction to Classical and Modern Optics, 4th ed., Prentice- Hall, 1995. • Sandra Mogo. Optometria I, Universidade Beira Interior, 2003 • Francisco Barra Lazaro. Optometria I: Concepto de Optometria, Universidade Complutense de Madrid, 1992-93. • • Halliday, Resnick, Walker. Fundamentals of Physics, 5th ed., John Wiley & Sons, 1997. REFERÊNCIAS PRESBIOPIA • Neto ES; Alves MR. New concepts in accommodation and presbyopia. Revista brasileira de oftalmologia. 2011. 70 (5). • Hickenbotham A, Roorda A, Steinmaus C, Glasser A. Meta-Analysis of sex diferences in presbyopia. Investigative ophthalmology & visual science. 2012. • Werner L, Trindade F, Pereira F, Werner L. Fisiologia da acomodação e presbiopia. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. 2000. • Yanoff M., Duker J.S. Ophthalmology: Expert Consult: Online and Print. Saunders Elsivier. 4ºedição. 2014 A LEI DE HERING: Relata que os diferentes grupos musculares de um ou outro olho que participam em um determinado movimento ocular recebem simultaneamente a mesma quantia de impulsos inervacionais, tanto para a contração da junta como o relaxamento dos antagonistas contralaterais. Esta é uma lei binocular. Ex. Ao movermos os olhos para a esquerda, recebem a Mesma carga inervacional : 1. Reto lateral esquerdo. 2. Reto medial direito. Em todos os movimentos binoculares, o estímulo nervoso que se transmite é igual e simultâneo para o músculo de um olho e para o seu correspondente no outro olho. Dextro infra versão Od Oe Od Oe Dextro versão Versões: movimentos dos 2 olhos na mesma direção, com a mesma velocidade e amplitude (os eixos visuais mantêm-se na mesma situação relativa) A LEI DE SHERRINGTON: Diz que quando um músculo se contrai para realizar um determinado movimento, o antagonista relaxa e vice-versa. Um aumento de inervação de um músculo extra-ocular acompanhado de um descanso na inervação de seu antagonista. Esta é uma lei monocular e de reciprocidade. A quantidade de inervação que chega a um músculo para que se contraia é igual e simultânea à quantidade de estímulo de relaxação que chega ao seu músculo antagonista. Ducções: movimentos de 1 só olho em torno do eixo vertical ou transversal Od Oe Levo ducção Levo infra ducção A LEI DE SHERRINGTON: Sherrigtom, para demostrar na prática a sua lei seccionou os III e IV nervos craneanos do olho direito e deixou intacto o VI nervo. O olho se colocou em abdução graças ao tônus muscular do reto lateral. Estimulou então, eletricamente , a área cortical do lado direito, com que provocou um movimento conjugado dos olhos para a esquerda. O olho esquerdo se deslocou normalmente para uma posição de abdução e o olho direito abandonou a abdução em que se encontrava e se situou na linha média. Esse movimento do olho direito só ode ter sido provocado pela elasticidade dos tecidos perioculares depois do relaxamento do reto lateral, resultando disso um equilíbrio entre ele e o reto medial paralisado. A ordem de contração enviada ao reto medial , embora impossível de ser realizada , determinou o relaxamento do seu antagonista. REFERÊNCIAS: • Bicas HEA. Oftalmologia: fundamentos. São Paulo: Contexto; 1991. • Prieto Diaz J, Souza-Dias C. Estrabismo. 3a ed. La Plata: J. Poch; 1996. • Bicas HEA. Estudos da mecânica ocular. II – Análise das rotações oculares. Arq Bras Oftalmol 1981. • Alpern M. Movements of the eye. In: Davson H, editor. The eye- muscular mechanisms. 2nd ed., New York & London: Academic Press; 1969 5. Oblíquo superior 6. Oblíquo inferior 3. Reto lateral 4. Reto inferior 2. Reto medial 1. Reto superior anel fibroso de Zinn troclear M.E.O Músculos extra oculares MÚSCULOS EXTRA-OCULARES : 4 Retos: superior, inferior, medial, lateral. 2 Oblíquos: superior e inferior. MOVIMENTOS: Duções: movimentos monoculares. * Avalia o músculo em seu campo de ação. Versões: movimentos conjugados dos olhos. Movimento para cima: supradução ou supraversão. Movimento para cima e para a direita: dextrosupradução (versão) Movimento para cima e para a esquerda: levosupradução (versão) Movimento para baixo:infradução ou infraversão. Movimento para baixo e para a direita: dextroinfraradução (versão) Movimento para baixo e para a esquerda: levoinfradução (versão) Movimento temporal: abdução. Movimento nasal: adução. POSIÇÕES DE MIRADA DO OLHAR DUÇÕES POSIÇÕES DE MIRADA DO OLHAR VERSÕES MÚSCULOS EXTRAOCULAR Os olhos são localizados dentro do que chamamos órbitas, as estruturas ósseas na parte frontal do crânio, que possuem um formato cônico, com paredes laterais formando um ângulo de 45 graus com o plano do meio do crânio. No fundo da órbita encontramos um buraco por onde passa o nervo ótico, com 7 milímetros de comprimento, ligando a órbita com o crânio. No interior desse buraco existe um anel fibroso, que fica em torno do canal, chamado de ânulo de Zinn e que serve como base para ancorar a maior parte dos músculos extrínsecos do olho, ou músculos extraoculares. Temos seis músculos extraoculares que movem o olho: • RETO SUPERIOR, • RETO MEDIAL, • RETO INFERIOR, • OBLÍQUO INFERIOR, • OBLÍQUO SUPERIOR • O RETO LATERAL. O músculo oblíquo inferior origina-se na porção anterior da órbita, enquanto os outros cinco tem sua origem no ânulo de Zinn. AÇÕES PRIMÁRIAS, SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS Músculo primária secundária terciária Reto medial adução .................... ............. Reto lateral abdução .................... ............ Reto superior elevação adução intorção Reto inferior depressão adução extorsão Oblíquo superior intorção depressão abdução Oblíquo inferior extorção elevação abdução Os movimentos oculares coordenados dependem de seis músculos extra-oculares, da inervação proporcionada pelos lll,lv e vl pares bem como da integração neuromotora com o sistema nervoso central. MÚSCULOS ENVOLVIDOS NAS POSIÇÕES DE MIRADA DO OLHAR DESTROSUPRA VERSÃO SUPRAVERSÃO LEVOSUPRA VERSÃO 1. RSD1. OID 1. RSE 2. RID 2. OSD 2. RIE 3. OIE 3. OSE 3. OID 4. OSE 4. OIE 4. OSD DESTROVERSÃO LEVOVERSÃO 1. RLD 1. RLE 2. RMD P.P.M. 2. RME 3. RME 3. RMD 4. RLE 4. RLE DESTROINFRAVERSÃO INFRA VERSÃO LEVOINFRAVERSÃO 1. RID 1. OSD 1. RIE 2. RSD 2. OID 2. RSE 3. OSE 3. OSE 3. OSD 4. OIE 4. OIE 4. OID Legenda: 1. Agonista. 3. Junta. 2. Antagonista homolateral. 4. Antagonista contralateral. Agonista:[Do gr. agonistés, 'que luta (nos jogos)'; 'que combate'.]Anat. Diz-se de músculo que promove uma ação à qual se opõe outro músculo, denominado antagonista LEI DE DONDERS Qualquer rotação pode ser executada tomando-se um único eixo de giro. Se pode obter qualquer posição terciária á partir de uma posição primária realizando-se apenas um único giro. EX. Levar o olho direito para cima e para a direita. pode-se fazer assim: 1. realizar uma dextrosupradução, ou 2. realizar uma supradução e depois uma: 2.1. destrodução ou 2.2. uma abdução. Em geral, para ir de uma posição primária para uma Terciária, o olho sempre utiliza a rota mais curta, segundo o princípio do “mínimo esforço” girando ao redor de um eixo perpendicular ao plano cujo o qual Contêm os pontos, inicial e final. Embora pareça que a posição final do olho deveria ser a mesma por um ou pelo outro caminho, na verdade o que acontece é que “a posição final é diferente ”. sacádicos ............. 100 á 700 por segundo. Movimentos seguimento ........... 50 por segundo. LEI DE LISTING Referências: • Harley RD. Paralytic strabismus in children. Etiologic incidence and management of the third, fourth, and sixth nerve palsies. Ophthalmology. 1980. • MACHADO, A. NEUROANATOMIA FUNCIONAL. Ed. Atheneu; 2006. • SOBOTTA, J; BECKER. Sobotta – ATLAS DE ANATOMIA HUMANA. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 21ª Ed., 2000. BIOMICROSCOPIA A biomicroscopia é uma parte fundamental do exame primário dos olhos. Se ocupa da avaliação dos tecidos in-vivo, no corpo. Sua disposição anatômica, alterações patológicas e comportamentos. É utilizado principalmente para avaliação do segmento anterior e seus anexos, porém com auxilio de lentes especiais pode-se apreciar estruturas do segmento posterior. É utilizado o biomicroscopio, também chamado lâmpada de fenda. Atualmente, o mercado oferece muitos modelos de lâmpadas de fendas. São desde os modelos portáteis, que por sua vez podem ter limitações em sua funções, até modelos mais modernos com sistemas de vídeo integrados, aumentos de maior alcance, praticidade e tecnologia. Embora hajam estas alternativas, o principio óptico e de uso de todas devem ser o mesmo. LÂMPADA DE FENDA LÂMPADA DE FENDA A lâmpada de fenda apresenta dois braços giratórios, um para a iluminação alternada e o outro para o biomicroscopio, ambos instalados em um mesmo eixo. A unidade de iluminação é, essencialmente, um projetor com uma fonte de luz ajustável em termos de largura, altura, direção, intensidade e cor. Um descanso para a cabeça imobiliza o paciente, um joystick e oculares ajustáveis permitem ao examinador focalizar a imagem de uma forma estereoscópica. Iluminação e os braços do biomicroscópio são parafocais, estando ambos os focos, desta forma, no mesmo ponto, sendo o feixe de luz centralizado no campo de visão do examinador. Este arranjo permite uma iluminação direta, e o deslocamento intencional do alinhamento, leva a uma iluminação indireta. Variações dessas técnicas de iluminação usando campos de contraste em campo escuro e campo luminoso, são usadas para examinar o segmento anterior do olho. COMPONENTES DA LAMPADA DE FENDA AJUSTES PARA UTILIZAÇÃO DA LÂMPADA DE FENDA. Sistema de zoom ou tambor de aumentos variáveis. O intervalo de aumentos podem variar entre 5x a 40x. A profundidade de foco e o campo visual é menor quando utilizamos muitos aumentos. Alguns biomicroscópios tem um sistema de alavanca com apenas duas posições de aumentos disponíveis. Nestes casos se podem incrementar as oculares por outros de maior aumento, ampliando o intervalo disponível. Zoom de aumentos TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO A iluminação direta é classificada como difusa quando é projetado um feixe luminoso cilíndrico em direção ao olho, com objetivo de estudar as estruturas de forma global. A iluminação difusa permite valorar a presença de qualquer alteração ou inflação das pálpebras. Permite observar e valorar distintos graus de disfunções das glândulas de Meibomio. Altura do menisco lacrimal e contaminação do mesmo por restos mucoso e celulares. Quase todos os tipos de irritação, traumatismo e infecção e seus graus. Anormalidades conjuntivais. Observação geral de córnea e lentes de contato, opacidades corneais, depósitos em superfícies de lentes de contato e o movimento das lentes entre piscadas. Alterações da iris e da borda pupilar, observação de lentes intraoculares de câmara anterior e detecção de nevus, nódulos, sinéquias anteriores e posteriores. ILUMINAÇÃO DIFUSA PROCEDIMENTO: A lente difusora se situa a frente do sistema de iluminação para difundir a luz e produzir uma iluminação homogênea sobre o polo anterior. A intensidade é controlada pela largura da fenda e pelo reostato. O ângulo do sistema de iluminação é variável entre 45° e 60°. A iluminação difusa se utiliza com aumento baixo ou médio 6x a 10x. O feixe de luz e o microscópio devem ficar com os focos coincidentes mantendo o feixe em posição com o click-stop. Ajuste as aberturas de tal forma que o feixe de luz tenha uma largura de 3-4mm e uma altura máxima. ESTRUTURAS OBSERVÁVEIS: - Pálpebras - Cílios - sobrancelhas - Orifícios das glândulas de Meibomio - Altura do menisco lacrimal - Conjuntiva bulbar, tarsal - Córnea (observação global) - Superfície de lentes de contato - Dinâmica de lentes de contato - Íris - Pupila É utilizada para o estudo de detalhes, é obtida através da modificação do tamanho e da forma do feixe luminoso, que passa a formar o paralelepípedo, o corte óptico ou o pincel luminoso. ILUMINAÇÃO DIRETA FOCAL ILUMINAÇÃO DIRETA COM PARALELEPÍPEDO: É a forma de iluminação mais utilizada. O braço do sistema de iluminação se situa ao lado da parte da córnea que vamos avaliar (lado temporal para córnea temporal). A largura do feixe se aumenta até igualar aproximadamente a profundidade aparente da córnea. Desta forma construímos um paralelepípedo entre a córnea no qualapreciamos em 3D, com o epitélio na superfície anterior e o endotélio na superfície posterior. PROCEDIMENTO: - O ângulo é variável entre 30° a 60° - A magnitude é variável entre 10x a 40x - Utiliza-se intensidade média-alta. DESENHO ESQUEMÁTIDO DA ILUMINAÇÃO PARALELEPÍPEDO PARALELEPÍPEDO PARA EXAME DO CRISTALINO A luz direta com uma largura entre 0,5 e 2mm poder utilizada para examinar a transparência do cristalino. Para enfocar as distintas camadas é necessário ir introduzindo o biomicroscópio desde a área pupilar em um movimento de maior amplitude para o enfoque das distintas camadas. O ângulo de iluminação é menor (mais perpendicular) que o utilizado para a observação da córnea e pode oscilar entre 10° a 45° é a técnica básica para observação de manchas ou opacidades no cristalino. setas apontando para o cristalino transparente Catarata moderada CORTE ÓPTICO O corte óptico é obtido diminuindo-se ainda mais o meridiano horizontal do paralelepípedo, até que as faces anterior e posterior formem duas linhas densas e separadas. O perfil do corte óptico é caracterizado por duas linhas, anterior e posterior, que representam porções determinadas da estrutura ocular em estudo. Esta técnica permite realizar um corte transversal de luz sobre a córnea. Assim é possível valorar a profundidade das seguintes condições oculares: corpo estranho alojado na córnea, opacidades corneais e infiltrados estromais. Permite avaliar o grau de adelgaçamento estromal, assim como o edema epitelial e a turvação ou pigmento endotelial. 1- Filme lacrimal: 1º linha brilhante 2 – Linha epitelial: obscura. 3 – Linha de Bowman: mais brilhante 4 – Estroma: de aspecto cinza granular. 5 – linha endotelial: mais brilhante que o estroma. FEIXE CÔNICO O feixe cônico é obtido reduzindo-se o diâmetro do feixe luminoso cilíndrico. É utilizado no estudo do humor aquoso, para identificação de "flare" ou células inflamatórias. Usa-se principalmente para observar células inflamatórias e proteínas na câmara anterior e quando se tem uma uveíte anterior. PROCEDIMENTO: O feixe de luz se reduz em largura e altura até obter um ponto, ou partindo de um corte óptico, se reduz a altura até 0.2mm. A intensidade de luz deve ser máxima e preferivelmente apagar a luz do meio ambiente para aumentar o contraste. Deve-se usar aumento médio e com um ângulo maior que 60° e vagarosamente se aproxima a luz da pupila até que se consiga o efeito Tyndall. FONTES: https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=zKmrWJ2zOMS7wAT wzoD4Bw#q=manual+da+lampada+de+fenda+download http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/ http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1227&fase =imprime - Perez, Anyella - apostila de biomicroscopia -Doenças externas oculares e córnea. CBO - Alem das fontes o material conta com acréscimos de informações baseadas em minha experiência. https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=zKmrWJ2zOMS7wATwzoD4Bw https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=zKmrWJ2zOMS7wATwzoD4Bw http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/ http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/ http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/ http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1227&fase=imprime http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1227&fase=imprime AUTORES: Equipe GEMO JAMERSON DIAS Tec. em Óptica e Optometria Bacharelando em Optometria ALEXANDRA BARBOSA Tec. em Óptica e optometria Pós graduada em Ortoptica Pedagoga DANILO FRANCO Tec. em optometria Bacharel em Optometria Pós graduando em Ortoptica WILSON SARAIVA Tec. em Optometria CO - AUTORES REBECA U. SARAIVA Tec. Óptica e Optometria Bacharel em optometria Pós graduada em Neuro optometria KARINE T. ROCHA Tec. em Óptica e Optometria Bacharelando em Optometria Apresentação Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. Optometria uma nova visão para todos. Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia na aprendizagem nos estudos clínicos de optometria. além do conhecimento óptico Optometrico motor e sensorial, que são de grande interesse ao profissional da saúde visual, os textos são pequenos e mostramos apenas pontos específicos e necessário para o entendimento do assunto. Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo do profissional de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos e conhecimentos. ÍNDICE • Pupilas 1. Vias aferentes 2. Vias aferentes • Síndrome de Robertson • Síndrome de Holmes Adie • Síndrome de Marcos Gun • Síndrome de Horner • Excesso de Convergência • Excesso de Divergência • Insuficiência de Convergência • Insuficiência de Divergência • Ambliopia • Estrabismos 1. Endodesviações 2. Exodesviações Resposta parassimpática do controle pupilar A pupila exerce papel importante na regulação da entrada de luz, sendo assim, ela otimiza a iluminação da retina e maximiza a percepção visual. Na presença de luz tênue, a dilatação da pupila supõe um meio imediato pelo qual se maximiza a chegada de fótons na retina, que por sua vez complementa os mecanismos lentos de adaptação ao escuro que implicam no controle retiniano dos fotorreceptores e das células bipolares. Durante a exposição à luz brilhante, a constrição pupilar pode reduzir a iluminação retiniana até 1,5 unidades log em 1-2 segundos, o que garante uma contribuição imediata e importante na adaptação precoce à luz. Pacientes com pupilas fixas e imóveis podem apresentar sintomas durante as mudanças bruscas de iluminação ambiental entre os que incluem fotofobia no caso de aumentos súbitos e incapacidade para discernir objetos ao redor ao entrar em um ambiente com luz tênue. O diâmetro da pupila pode também contribuir a melhorar (até certo ponto), a qualidade da imagem da retina quando este, em estado normal, é pequeno. Uma pupila pequena reduz a aberração cromática e esférica. Uma pupila pequena aumenta a profundidade do enfoque do sistema óptico do olho, de forma similar ao efeito estenopéico. A PUPILA FUNÇÕES DA PUPILA A PUPILA Profundidade de enfoque: A miose durante a visão de perto produz um efeito estenopéico que reduz o erro de refração e aumenta a profundidade do enfoque. Redução das aberrações ópticas: Minimiza as aberrações ópticas na córnea e no cristalino, limitando a entrada de feixes de luz ao olho. As aberrações e o deslumbramento podem ser produzidos por pupilas grandes na escuridão ou frente a midríase. Controle retiniano de iluminação A resposta às mudanças de iluminação ambiental mantem-se constante à iluminação retiniana. Facilita a adaptação imediata à luz na escuridão durante as mudanças bruscas de iluminação ambiental. ASPECTOS CLÍNICOS DA FUNÇÃO PUPILAR 1) O movimento pupilar como indicador de entrada aferente; 2) O diâmetro pupilar como indicador de vigília; 3) A desigualdade pupilar como reflexo da inervação autônoma eferente de cada íris. 4) A influência do diâmetro pupilar sobre as propriedades ópticas do olho; 5) A resposta pupilar a fármacos como meio para controlar seus efeitos. IMPORTÂNCIA CLÍNICA DA PUPILA Indicador objetivo da entrada de luz Reflexo fotomotor utilizado para avaliar a assimetria de entrada dos olhos, DPAR. Indicador do nível de vigília Transtornos do sono: narcolepsia Controle da fadiga Monitorização do nível de anestesia Resposta a estímulos nociceptivos Pupilas grandes (midríase) Fotofobia Deslumbramento e aberrações frente a cirurgia refrativa ou cataratas Desigualdade pupilar (anisocoria) Estado de inervação daíris Dano direto ao esfíncter da íris Miose ou midríase farmacológica Indicador farmacológico Prova de hipersensibilidade por desenervação Localização da desnevarão simpática Provas de tratamento farmacológico em enfermidades psiquiátricas como depressão e esquizofrenia. A pupilar atua como um indicador objetivo da quantidade de luz transduzida ao sistema visual. Neste sentido, pode utilizar-se para monitorar a sensibilidade da retina à luz. A contração pupilar transitória em resposta a um estímulo luminoso, ou o diâmetro pupilar normal, frente a uma iluminação constante, pode refletir a integridade da retina e do nervo óptico, usando-se para detectar enfermidades. A prova mais habitual para avaliar a assimetria da entrada aferente entre ambos os olhos é a prova com luz alternante (balanço de lanterna ou “Swinging- flashlight test”), com esse teste, é possível avaliar a presença ou ausência de DPAR (Defeito pupilar aferente relativo), podendo indicar dano na retina ou no nervo óptico. O diâmetro da pupilar também é útil para determinar o grau de inibição supranuclear mesencefálica, que por sua vez se relaciona com o nível de vigília. A desigualdade pupilar (anisocoria) pode representar uma interrupção da inervação autônoma da íris, uma lesão direta do músculo esfíncter da íris ou uma exposição farmacolócgica à substâncias mióticas ou midriáticas. Pupilas grandes podem produzir sintomas visuais com significação clínica em forma de aberrações de cor e de imagem, em especial à noite. Utilizada também como indicador farmacológico dos efeitos centrais ou periféricos dos fármacos. IMPORTÂNCIA CLÍNICA VIAS NEURONAIS DO REFLEXO FOTOMOTOR E DA REAÇÃO DE PROXIMIDADE (Parassimpático) O reflexo fotomotor consta de três divisões neuronais principais que fazem com que o estímulo luminoso produza uma contração pupilar: 1) Uma divisão aferente 2) Uma divisão interneuronal 3) Uma divisão eferente. A divisão aferente consiste na entrada do estímulo à retina desde os fotorreceptores, neurônios bipolares e células ganglionares. Os axônios das células ganglionares proporcionam informação sobre a entrada luminosa que converge por meio de sinapses nos interneurônios localizados nos núcleos olivares pretectais no mesencéfalo. Os interneurônios distribuem o sinal luminoso aos neurônios nos núcleos de Edinger –Westphal direito e esquerdo, com as que conectam por meio de fibras cruzadas e diretas. Os neurônios dos núcleos de EW enviam seus axônios parassimpáticos pré- ganglionares ao longo do nervo oculomotor (III par) para fazer sinapse com o gânglio ciliar em cada órbita. Os neurônios deste gânglio enviam seus axônios pós-ganglionares junto com os nervos ciliares ao músculo esfíncter da íris. Diagrama das vias nervosas implicadas no reflexo fotomotor. As aferências desde a pupila nasal cruzam ao lado contralateral e as aferências pupilares dos axônios das células ganglionares da retina abandonam o trato óptico no braço superior do colículo superior para fazer sinapse com o núcleo olivar pretectal. As aferências da retina temporal do mesmo olho seguem um caminho similar no lado ipsilateral. Os neurônios dos núcleos olivares pretectais emitem fibras diretas e cruzadas através da comissura posterior até o núcleo de Edinger-Westphal de cada lado. Desde aqui, as fibras parassimpáticas pré-ganglionares viajam com o nervo oculomotor e fazem sinapse no gânglio ciliar. Os neurônios parassimpáticos pós-ganglionares vão desde o gânglio ciliar até o músculo esfíncter da íris seguindo os nervos ciliares curtos. RAMO AFERENTE DO REFLEXO FOTOMOTOR Inicia-se com o ramo aferente na retina e inclui fotorreceptores, células pipolares e células ganglionares. AS vias neuronais implicadas no reflexo fotomotor e a percepção visual compartilham os mesmos fotorreceptores, não existem tipos distintos. Quase todas as mudanças nas características do estímulo que induzem diferenças na percepção visual também produzem mudanças comparáveis na resposta pupilar. A resposta pupilar à luz é paralela a percepção visual. Tanto os cones, como os bastonetes contribuem ao funcionamento do reflexo fotomotor, mas em distinto grau em função das condições luminosas. No escuro e em baixa luminosidade, o reflexo fotomotor se converte em um detector de luz de alta sensibilidade mediado sobretudo pelos bastonetes que originam contrações pupilares de pequena amplitude. Em condições de alta luminosidade, são os cones os que dominam o reflexo fotomotor, e, em relação aos bastonetes, originam contrações pupilares amplas. As células bipolares, que recebem aferências dos fotorreceptores, são os neurônios que proporcionam a entrada aferente do reflexo fotomotor e as mesmas que mediam a percepção visual. RAMO AFERENTE DO REFLEXO FOTOMOTOR As células ganglionares W parecem ser as responsáveis pela transmissão do reflexo fotomotor ao mesencéfalo. Respondem sobretudo a aumentos da intensidade da luz e são relativamente insensíveis ao movimento. A densidade central das células ganglionares, sua interação aproximada de um-a- um com os fotorreceptores e as células bipolares, e as propriedades de seu campo receptivo condicionam a maior amplitude de resposta pupilar aos estímulos no campo visual central. INTERNEURÔNIOS DO REFLEXO FOTOMOTOR Os axônios das células ganglionares que transmitem o estímulo aferente da via clássica do reflexo fotomotor se separam dos demais axônios das células ganglionares na parte distal do trato óptico, antes de chegar ao corpo geniculado lateral. Os axônios das células ganglionares pupilares procedentes das áreas homônimas do campo visual se distribuem no trato óptico, desde onde discorrem pelo braço do colículo superior e fazem sinapses no mesencéfalo com os seguintes neurônios envolvidos com o reflexo fotomotor que se localizam no núcleo pré-tectal da oliva. Se trata de interneurônios, já que integram o sinal aferente procedente da retina com o sinal eferente mesencefálico do reflexo fotomotor. Estes interneurônios constituem uma “parada” para os impulsos convergentes do campo receptivo das células ganglionares retinianas, são menos abundantes e exercem um efeito somatório do estímulo aferente das células ganglionares neste ponto da via. Alguns destes neurônios mostram uma resposta “plana”, o que implica que respondem de igual forma ante aferências procedentes de qualquer ponto do seu campo receptivo, porém, outro subgrupo destes mesmos neurônios mostram uma resposta “mediada pela fóvea”, descarregam a maior frequência quando o estímulo se situa perto do centro do campo visual. INTERNEURÔNIOS DO REFLEXO FOTOMOTOR Os neurônios pré- tectais enviam fibras diretas e cruzadas através da comissura posterior, à pequena população neuronal que constitui o núcleo de Edinger Westhphal. Desta forma, o sinal aferente desde o núcleo pré-tectal de cada lado se distribui quase que de igual maneira à via eferente originada no núcleo de EW. RAMO EFERENTE DO REFLEXO FOTOMOTOR Os neurônios dos núcleos de Edinger-Westphal enviam axônios pré-ganglionares aos fascículos esquerdo e direito do nervo oculomotor, onde se unem aos axônios motores que inervam os músculos do olho e as fibras pré-ganglionares acomodativas que se tem originado em núcleos próximos. As fibras pupilares pré-ganglionares se localizam na parte superior do nervo oculomotor quando este sai do mesencéfalo, porém, imediatamente depois passam a ocupar uma localização medial. Depois de atravessar o seio cavernoso até o ápice da órbita, as fibras pupilares pré- ganglionares e as fibras acomodativas fazem sinapses no gânglio ciliar (gânglio parassimpático). Os últimos neurônios da cadeia, os pós-ganglionares, entram no olho atravésdos nervos ciliares curtos, onde inervam o músculo esfíncter da íris. Inervação do esfíncter da íris desde o núcleo de Edinger-Westphal, através do nervo oculomotor, o gânglio ciliar e os nervos ciliares curtos, juntos com algumas causas de pupila dilatada fixa. REAÇÃO DE PROXIMIDADE E ACOMODAÇÃO Apesar da relação direta entre acomodação, convergência e miose, tem-se demonstrado que qualquer das três funções pode desligar-se de forma seletiva sem afetar as outras duas. Estas observações são resultados de estudos, que foi de acordo geral que os impulsos que originam a acomodação, a convergência e a contração pupilar, devem ser gerados a partir de grupos celulares distintos no núcleo oculomotor e que viajam como fibras separadas até seus músculos efetores. A acomodação, a convergência e a contração pupilar são movimentos associados e não estão ligados entre se de maneira que só pode ser chamado de reflexo. Estão controlados, sincronizados e associados a partir de conexões supranucleares, porém não são causa uns de outros. A miose e a reação de proximidade, têm uma única via eferente comum desde o núcleo de Edinger-Westphal até o esfíncter da íris através do gânglio ciliar. Com um estímulo próximo, com a acomodação, a pupila deve contrair-se mesmo sem mudanças na iluminação retiniana. A reação de proximidade está mediada pela mesma via nervosa eferente procedente dos mesmos neurônios do núcleo de EW que o do reflexo fotomotor. REAÇÃO DE PROXIMIDADE E ACOMODAÇÃO Contudo, o controle supranuclear desta resposta diferente do que medeia o reflexo fotomotor, cujo caso a entrada aferente provém do núcleo pretectal. No caso da reação de proximidade, que implica a acomodação, a convergência e a miose, se crê que a entrada aferente supranuclear se origina em áreas corticais em torno do córtex visual e em áreas corticais nas regiões frontais oculares. Os neurônios corticais desde as que se transmite o impulso aferente da reação de proximidade, parece fazer sinapse antes de se dirigir em sentido ventral até os neurônios viscerais suprajacentes ao complexo oculomotor no mesencéfalo. Como a via supranuclear da reação de proximidade atravessa o mesencéfalo por sua zona ventral e a do reflexo fotomotor o faz na dorsal, ambos sistemas podem ver-se afetados de forma distinta por processos patológicos. A aferência neuronal supranuclear de um estímulo de visão próxima estimula os neurônios constritores da pupila, localizados na porção visceral dos núcleos de Edinger-Westphal, e os numerosos neurônios acomodativos próximos que se encontram no resto da porção visceral do núcleo de EW. Destes neurônios pré-ganglionares partem axônios acomodativos que viajam junto aos neurônios pupilares pré-ganglionares do reflexo fotomotor no nervo oculomotor para fazer sinapse no gânglio ciliar da órbita. REAÇÃO DE PROXIMIDADE E ACOMODAÇÃO Os axônios pós-ganglionares parassimpáticos acomodativos, que inervam o músculo ciliar, são os mais abundantes que os axônios pós-ganglionares do reflexo fotomotor, com uma razão de 30:1. Como o número de corpos celulares dos neurônios acomodativos é superior a dos neurônios do reflexo fotomotor, quase todos os axônios que chegam ao esfíncter da íris se originam de corpos celulares de neurônios acomodativos. Ante a um estímulo próximo, tanto os neurônios acomodativos, como os do reflexo fotomotor do núcleo visceral de Edinger Westhphal, se estimulam desde níveis supranucleares, isso origina duas eferências neuronais pré-ganglionares separadas para a acomodação e para o reflexo fotomotor que viajam pelo nervo oculomotor até o gânglio ciliar, no qual, emite inervações pós-ganglionares separadas aos músculos do corpo ciliar e do esfíncter da íris. As vias pré-ganglionar e pós-ganglionar do reflexo fotomotor usam os mesmos neurônios como mediadores da contração pupilar em resposta a estímulos próximos ou luminosos. Resposta simpática do controle pupilar DILATAÇÃO PUPILAR REFLEXA Em dilatação pupilar, ocorrem dois processos integrados: relaxamento do esfíncter da íris e contração do dilatador da íris. Como o músculo esfíncter é bem mais forte do que o dilatador, não se produz dilatação pupilar até que o mesmo relaxe, o que acontece a partir da inibição supranuclear do núcleo de Edinger Westphal. Quando se ativa a via inibitória central, a eferência pré-ganglionar parassimática desde o núcleo de EW se inibe e se produz o relaxamento relativo do esfíncter da íris e a dilatação pupilar. No caso inativação da via inibitória, como ocorre durante o sono, sob o efeito de anestesia ou narcóticos, os neurônios pré-ganglionares disparam a maior frequência e se provoca uma miose. Em estado de alerta, a inibição supranuclear está ativada e os neurônios de EW inibidos, aumentando as pupilas. Os mesmos fatores que originam a dilatação reflexa da pupila também produzem uma maior eferência até o sistema nervoso simpático periférico que inerva o músculo dilatador da íris. Podemos considerar que a invervação sináptica atua como uma “recarga rápida” para a dilatação pupilar, porém, esta via não é responsável pela dilatação e sim a inibição parassimpática, mas potencializa a dinâmica de dilatação pupilar quanto a velocidade e diâmetro máximo alcançado. DILATAÇÃO PUPILAR REFLEXA A inervação sináptica do dilatador da íris pode resumir-se em uma cadeia trineuronal sem decussações. O primeiro neurônio se origina no hipotálamo e desce pelo tronco encefálico, por ambos os lados do mesmo, até a parte lateral da medula espinhal, onde fazem sinapses a nível cervico-torácico C7 – T2 (núcleo Cílio-Espinhal de Budge). O segundo neurônio, pré-ganglionar, abandona a medula a este nível e viaja sobre a pleura apical do pulmão e pelos ramos espinhais para fazer sinapse no gânglio cervical superior, que se situa a nível da bifurcação carotídea nos lados direito e esquerdo do pescoço. O terceiro neurônio, pós-ganglionar, realiza um percurso longo seguindo a artéria carótida interna até a cabeça e a órbita. Ao passar pelo seio cavernoso, estes neurônios mantém uma breve associação com os nervos abducentes e trigêmeo antes de entrar na órbita e chegar ao músculo dilatador da íris através dos nervos ciliares longos. Existem também mecanismos hormonais que podem contribuir ao diâmetro pupilar. Inervação simpática do olho que mostra a cadeia trineuronal com suas fibras central, pré- ganglionar e pós-ganglionar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DANTAS, A, M. Neurofisiologia da ocular. Ed. Colina/Revinter, Rio de Janeiro, 1995. KAUFMAN, P. L; ALM, A. Adler Fisiologia del Ojo. 10° edição. Ed. Elsevier, Espanha, 2004. EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. 3° edição. Ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2008. DANTAS, A, M. Anatomia Funcional do Olho e seus anexos. 2° edição. Ed. Elsevier. Rio de Janeiro, 2002. (Nascido em 1837 em Edimburgo, ele morreu em 3 de janeiro de 1909, em Gondal) medicina interna. médico escocês. Ele estudou medicina na Universidade de St. Andrews, onde se formou em 1857, com a idade de 20 anos. Em 1859, ele viajou para Berlim, onde participou de clínicas médicos Robert Remak, Moritz Romberg, neurologistas eminentes, e Friedrich von Graefe, grande oftalmologista no momento. Um ano mais tarde, em 1860, ele voltou para Edimburgo, onde desenvolveu sua prática oftalmologia. Ele organizou o primeiro laboratório classe de fisiologia na Universidade de Edimburgo naquele ano e deu várias palestras sobre doenças oculares na Faculdade de Medicina de Edimburgo desde 1862. ARGYLL ROBERTSON Síndrome de ARGYLL ROBERTSON É um fenómeno pupilar caracterizado pela presença de uma pupila pequena (somente 1 a 2 mm de diâmetro), de forma irregulare desigual ao hemisfério contralateral, mostrando ausência típico de luz pupilar e persistência reflexo de acomodação (embora é geralmente leve). É patogenomónica de tabes dorsais, paresia geral e neurosyphilis, embora a condição pode também ser causada por diabetes mellitus e sarcoidose. síndrome da síndrome Argyll-Robertson tipicamente ocorre nas formas de sífilis interrupção tardia das fibras variam de núcleo pretectal para núcleos parassimpático ou Edinger Westphal como oculomotores, caracterizado pelo fenómeno de dissociação reflexo à luz e visão de perto, de modo que o que se observa é uma contração da pupila durante a acomodação, mas não o estímulo luminoso (Ropper et al; 2005). Em resumo, as características da síndrome são Argyll • função visual normal. • reação pupilar à luz diminuída. • resposta pupilar a acomodação normal. • miose. • pupilas irregulares. • Pode ser bilateral, mas assimétrica. • A dilatação é pobre. • Pode haver atrofia da íris (variável). • não se dilatam com a instilação de drogas midriáticos. Causas: • Diabetes mellitus • esclerose múltipla • processos degenerativos do sistema nervoso central, • alcoolismo • Encefalites • sífilis. A FISIOPATOLOGIA desta síndrome é atualmente desconhecida. não sabe a localização das zonas ou zona lesionada. a miosis permanentes nessa síndrome pode ser explicado pelo fenômeno conhecido como "hipersensibilidade a desenervação." Este é que o músculo do esfíncter tenta compensar a deficiência causada por lesão de fibras eferentes (o que lhe chegar), através do aumento da produção de acetilcolina (que causa a constrição pupilar neurotransmissor instantânea) Para fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também podem ter dissociação a reação a luz e reflexo acomodativo de convergência, como em meningorradiculitis da doença de Lyme, diabetes mellitus ou lesões do tronco cerebral (mesencéfalo), conforme isso acontece em pinealomas ou esclerose múltipla, apesar de todas estas doenças, frequentemente, tem miose, pupilas irregulares ou falta de resposta à midriático como na pupila de Argyll robertson (Ropper et al; 2005). REFERÊNCIAS • Aliaga Gómez J, Marcos Martín C, Serrano Molina C, Gato Morais R (2003). Neuroftalmología. En: Oftalmología en Atención Primaria (pp 341- 356). Jaén: Ed. Formación Alcalá. • Brieva L, Bestué M, Oliveros Juste A (2000). Patología del sistema nervioso autónomo. 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A síndrome de Holmes-Adie (pupila de Adie, pupila tônica e reflexos profundos ausentes, síndrome de Weill e Reys) foi descrita pela primeira vez por Ware em 1813 e posteriormente por Strasburger e Sanger (1902), Markus (1905), Moore (1924, 1931), Holmes (1931), Adie (1931, 1932) e Russel (1956) e tornou-se conhecida como síndrome de Holmes-Adie. Sua incidência predomina no sexo feminino e ocorre entre 20-40 anos de idade. . A SÍNDROME DE HOLMES-ADIE O quadro clínico se inicia com midríase unilateral (80%) e visão obscura; a pupila comprometida exibe reflexo fotomotor ausente ou que responde de maneira lenta e retardada. A resposta à acomodação é no entanto positiva. Diferente da midríase paralitica, uma pupila tônica se contrai sob efeito de mecolil (2,5%) em 64% dos casos e de pilocarpina (0,10%) em 80% dos casos. . Condição unilateral ; Afeta mais frequentemente a mulheres na faixa dos 20- 40 anos; Não há queixa de queda de pálpebra/diplopia ou dor Midríase unilateral não reagente a estimulação fotomotora direta e consensual. Pacientes notam embaçamento para perto/mas a condição pode ser assintomática; Pacientes com esta síndrome apresentam reflexos tendinosos profundos(joelhos e tornozelos); os pacientes queixam –se de fotofobia/visão borrada e anisocoria. Redilatação vagarosa quando o paciente olha para perto e para longe; Paresia da acomodação , o paciente tem dificuldade para ler; Denervação supersensitiva colinérgica : demostrada pelo teste da pilocarpina a 0,10% diluída em soro fisiológico que é instalada em ambos os olhos .A pupila afetada após o teste contrai mais do que a pupila não afetada. É uma condição benigna e com o tempo há tendência em a pupila afetada torna-se menor que a normal; nos casos de fotofobia ou visão borrada é indicada a pilocarpina diluída; Pode-se também desenvolver-se agudamente e em alguns casos tornar-se bilateral em que pode ser encontrada em pacientes com diabetes, alcoolismo ou doença de lyme. Acredita-se que a lesão responsável pela pupila tônica de adie está situada no gânglio ciliar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Neuroftalmiologia. I .Mario Luiz Ribeiro.II.Conselho Brasileiro de oftalmologia.3 ed. Rio de Janeiro.2013. • Semiologia básica em oftalmologia. Carlos Augusto Moreira.Conselho Cultura médica .ed. Rio de Janeiro.2013 Robert Marcus Gunn (1850, Dunnet - 29 de novembro de 1909, Hindhead ) era um oftalmologista escocês lembrado por sinal de Gunn e o pupila de Marcus Gunn . Gunn era um médico da casa no hospital do olho de Moorfields e trabalhou então na anatomia comparativa no hospital da faculdade da universidade . Ele trabalhou no Asilo do Distrito de Perth durante os verões de 1874 e 1875, onde examinou o fundi de todos os pacientes. Ele passou seis meses em Viena trabalhando sob Eduard Jäger von Jaxtthal . Retornou a Moorfields em 1875, tornando-se cirurgião de casa júnior e então cirurgião de casa sênior em 1876. Introduziu a técnica estéril de Lister, melhorando os resultados de cirurgia de catarata . PUPILA DE MARCUS GUN Pupila de Marcus Gun (não confundir com fenômeno de Marcus-Gun) É um defeito na função pupilar causado por lesões do nervo óptico e vias ópticas. Seu nome foi dado em homenagem a Robert Marcus Gunn, oftalmologista escocês do século XIX. Também pode ser chamado de defeito pupilar aferente relativo (DPAR). O que ocorre é que a pupila doente não contrai quando joga-se luz sobre ela reflexo fotomotor, mas contrai ao jogarmos luz no outro olho reflexo consensual. “O fenômeno de Marcus Gunn foi descrito em pela primeira vez em 1883 e é caracterizado pela ptose palpebral, de grau variável, que diminui ou mesmo se transforma em retração palpebral à movimentação mandibular. Geralmente é de ocorrência esporádica e o fenômeno é responsável por 2 a 13% das ptoses congênitas”. No fenômeno de Marcus Gunn, a elevação ou mesmo retração da pálpebra ptótica é desencadeada por mastigação, sucção, movimentação lateral da mandíbula, sorriso, contração do esternocleidomastóideo, protrusão da língua, manobra de Valsava e até mesmo por uma simples inspiração DEFEITO PUPILAR AFERENTE RELATIVO DPAR ⇒ Ocorre nas lesões do nervo óptico, ocorrendo o fenômeno do escape pupilar (a pupila reage à luz, mas não mantêm a reação). A pesquisa do fenômeno se faz alternando a fonte luminosa entre um olho e outro, com intervalo de 3-5 segundos. Se o paciente apresenta um defeito aferente em um nervo óptico, as pupilasirão dilatar tão logo a fonte luminosa seja direcionada do olho normal para o olho afetado. O defeito pupilar aferente relativo deve ser diagnosticado sempre que a resposta consensual é maior do que a resposta direta. Sempre que um DPAR é diagnosticado, se pressupõe que exista uma neuropatia óptica ipsilateral (desmielinização, isquemia, compressão ou glaucoma). Nesta condição, a pupila contrai menos em resposta a iluminação iluminação direta a pupila contralateral (Resposta Normalmente direta é maior do que o consensual). o anormalidade é detectado rapidamente mudando luz olho saudável afetado, com a reação paradoxal que Marcus-Gunn onde o aluno começa a dilatar-se, apesar de ter estímulo brilhante. O defeito pupilar comumente associada com distúrbios ipsilateral do nervo óptico (isto é, a porção da via visual após a retina e antes do quiasma), que interrompe a trato aferentes, afetando a resposta à luz. esses transtornos comumente afeta a visão (especialmente cor) no olho afetados. O defeito pupilar aferente ou pupila Marcus Gunn indica envolvimento do nervo óptica ou retinopatia grave e às vezes o único sinal de doença como neurite retrobulbar óptica e lesão macular grave TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO Ele é explorado numa sala com luz fraca ou escuridão. uma fonte de luz uniforme e brilhante (luz pode ser utilizada em rotação o máximo de dioptria oftalmoscópio ligação) é usado. Ele diz ao paciente para manter olhando para a frente olhando para um objeto distante / a distância para evitar que produziria mioses olhar atentamente para a reflexão de convergência. Inicialmente, cada olho é digitalizado separadamente para observar a resposta direta (miose do olho iluminado) e (miose contralateral do olho) ou indireta consensual resposta. Em seguida, cada olho alternadamente ilumina, na mesma gama, cada um cerca de um segundo. Em cada olho de iluminação deve ser do mesmo comprimento para evitar pupilar aferente defeito causado. FISIOPLOGIA Tendo uma doença com envolvimento da retina ou lesão do nervo óptico ocorre no primeiro circuito parassimpático neurónio, de modo que o impulso de acionamento para o segundo neurónio é parcialmente ou completamente interrompida, e é por esta razão que não há nenhuma resposta pupilar diretamente no olho afetado. RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Com a estimulação direta deve produzir mioses olho iluminado. defeito pupilar aferente está presente quando um dos alunos tende a expandir-se ou pelo menos não completamente contraída. . INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Não é raro que um defeito pupilar aferente e o paciente também apresentar um diagnóstico prévio de patologias oftalmológicas puramente (descolamento da retina, cataratas, degeneração macular, ambliopia ...) é observada. Nestas situações pode haver dúvida se o que é observado pode "explicar" um problema do nervo óptico ou o "globo ocular". Como "regras gerais" deve ser assumida até que de outra forma uma neuropatia óptica defeito aferente pupilar é devido, antes de ser atribuída a catarata, hemorragia vítrea ou lesões da retina leve-moderada comprovada. Obviamente, cada caso deve ser avaliado individualmente. Referencias • "Pupillary Responses". Stanford University School of Medicine. Retrieved 2015-11- 04. • doctor/2687 at Who Named It? • a b Pearce J (November 1996). "The Marcus Gunn pupil". J. Neurol. Neurosurg. Psychiatr. 61 (5): 520. doi:10.1136/jnnp.61.5.520. PMC 1074053Freely accessible. PMID 8937350. • Mumenthaler Neurology 4ed, Thieme 2004, page 486 Demyelinating diseases • Blaydon SM. Marcus Gunn jaw-winking syndrome. Medicine Journ. 2001; vol. 2, 7. • Doucet TW, Crawford JG. The quantification, natural course and surgical results in Eyes with Marcus Gunn Syndrome. Am J Ophtalmol. 1981 • Hwang JM, Park SH. A case of Marcus Gunn jaw-winking and pseudo-inferior oblique overaction. Am J Ophtalmol; 2001 • Gunn RM. Congenital ptosis with peculiar associated movements of the affected lid. Trans Ophtalmol Soc UK. 1883 • Freedman HL, Kushner BJ. Congenital ocular aberrant innervation - new concepts. J Pediatric Ophtalmol Strabismus. 1997 • Kwik RS. Marcus Gunn syndrome associated with an unusual oculo-cardiac reflex Anaestesia. 1993 DESCOBERTA DA SÍNDROME “A Síndrome de Horner é caracterizada pela interrupção do nervo oculossimpático entre sua origem no hipotálamo e o olho. Claude Bernard primeiro notou a condição experimentalmente em 1852, e o oftalmologista suíço Johann Friedrich Horner descreveu-a em 1869. Pela participação dos dois médicos na descrição da clínica e fisiopatologia da síndrome, ela é conhecida com Síndrome de Claude Bernard-Horner (SCBH).” Claude Bernard Horner DEFINIÇÃO Também conhecida como paralisia óculo-simpática, a SCBH é uma síndrome originada de lesões nos nervos da face e dos olhos que pertence ao sistema nervoso simpático. Pode ser congênita ou adquirida através de lesões centrais, pré e pós ganglionares. CAUSAS Lesões centrais (do hipotálamo até o Núcleo Cilioespinhal de Budge): Pode ser causado por AVE, tumores intracraneanos e intraespinhais, síndrome medular lateral (Wallenberg), oclusão da artéria posterior-inferior cerebral; Lesões pré-ganglionares (da medula espinhal até o gânglio cervical superior):Pode ser causado por lesões torácicas altas e cervicais baixas, Tumor de Pancoast, tumor de tireoide; Lesões pós-ganglionares (ao logo da artéria carótida até os pares de NC V e VI, órbita e Músculo Dilatador): Pode ser causado por lesões na área do seio cavernoso, traumatismo craniano, enxaqueca, lesão de pescoço, aneurisma da artéria carótida interna, doenças vasculares, dissecção da carótida, infecções. VIA SIMPÁTICA EFERENTE SINAIS Ptose palpebral Ptose reversa (elevação da pálpebra inferior) Anisocória (diferença no tamanho das pupilas) Heterocromia da íris (Quando congênita. Geralmente afeta o olho mais claro) Anidrose (ausência de suor na face) Em penumbra a pupila do olho afetado não reage com midríase ou reage muito pouco As reações aos reflexos pupilares a luz (fotomotores e consensuais) são normais Acomodação e convergência produz miose bilateral Diminuição da PIO Hiperemia ipsolateral na conjuntiva SINTOMAS Visão turva Dor Déficits neurológicos Congestão nasal ipsolateral Pode ser assintomática A sintomatologia depende da área e do estágio da lesão. A paralisia óculo-simpática surge após lesão em um dos três neurônios da cadeia simpática. Assim, pode-se denominar a síndrome SCBH como tipo I, II e III. Há grandes variações nas estatísticas quanto às frequências e causas dos três tipos de síndrome SCBH. Entretanto, a síndrome SCBH III tende a ser muito mais comum que as outras duas. Do ponto de vista etiológico a forma III associa-se, no mais das vezes, a moléstias pouco graves (cefaléias vasculares). Por outro lado, costumam ser graves as afecções que provocam as síndromes SCBH I e II (tumores, acidentes vasculares, traumas, infecções). TIPOS AVALIAÇÃO Médica Ao suspeitar de SCBH o oftalmologista deve ministrar 01 gota de colírio de cocaína a 10% e após o período de 15 a 20 minutos, nota-se que a pupila afetada não dilata ou dilata muito pouco enquanto a outra pupila sofre dilatação normal. A localização das lesões podem ser definidas com o uso do colírio de hidroxianfetamina a 1% onde haverá dilatação quando a lesão for pré-ganglionar e manterá a miose quando a lesão for pós-ganglionar. Também por ausência ou existência de sudorese ou lesões neurológicas. OBS: Sobre a farmacologia aplicada é somente a título informativo. O optometrista não pode utilizar qualquer medicamento ou realizar procedimentos invasivos em seus pacientes. PROGNÓSTICO E TRATAMENTO O tratamento consiste em extinguir a etiologia pressupostae se necessário a correção cirúrgica da ptose. O prognóstico depende da causa. Lesões pré-ganglionares e centrais tendem a ter uma maior gravidade enquanto as outras lesões costumam ser benignas. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Miastenia Tumores Cerebrais Ptose congênita Pupila de Argyll-Robertson Pupila tônica de Adie Miose medicamentosa Anisocória Heterocromia (quando congênita) Muito diferente da ptose da paralisia do III nervo que é maior, a ptose da síndrome de SCBH é muito discreta a ponto de passar despercebida ou ser considerada como variação normal ou decorrente de senilidade. Esta leve ptose simula enoftalmo que, de fato, não existe. A miose desta síndrome é também pouco expressiva e não raro negligenciada em portadores de íris marrons e que são a maioria da nossa população. Com respeito às variações do diâmetro pupilar sob vários níveis de iluminação, elas ocorrem na síndrome de SCBH, como o fazem no normal. E também há reflexos fotomotor direto e consensual preservados nesta síndrome. Com tudo isto, conclui-se que muitos casos de SCBH não são diagnosticados, especialmente se as íris forem muito escuras e nos idosos. A pupila da SCBH mostra redilatação lenta depois da miose induzida pelo estímulo luminoso, quando este é retirado. Tal anomalia funcional não é de fácil observação, as vezes com poucos recursos instrumentais disponíveis. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS Neuroftalmologia / editor Mário Luiz Ribeiro Monteiro ; coordenador Milton Ruiz Alves. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Cultura Médica : Guanarabara Koogan, 2013. il. (Oftalmologia brasileira / CBO). Manual ilustrado de oftalmologia / Neil J. Friedman, Peter K. Kaiser; (tradução Denise Costa Rodrigues... Et al.). Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Adler fisiología del ojo – aplicación clínica / Paul L. Kaufman ; Albert Alm – 10. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2004. Oftalmologia / Myron Yanoff ; Jay S. Duker. – 3. ed. – Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. Oftalmológica clínica, uma abordagem sistemática / Jack J. 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http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner http://www.msdmanuals.com/es/hogar/enfermedades-cerebrales,-medulares-y-nerviosas/trastornos-del-sistema-nervioso-aut%C3%B3nomo/s%C3%ADndrome-de-horner https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html https://www.clinicadam.com/salud/5/000708.html http://sindrome.info/horner/ http://sindrome.info/horner/ http://sindrome.info/horner/ http://sindrome.info/horner/ http://sindrome.info/horner/ http://sindrome.info/horner/ http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdfhttp://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.ibb.unesp.br/Home/Graduacao/ProgramadeEducacaoTutorial-PET/OKResumo_Artigo_Medicina_de_Lab.pdf http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1044.html DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR São disfunções em que os olhos não se coordenam adequadamente para trabalhar de forma conjunta. Podem ser classificados em dois grandes grupos: as alterações não estrábicas (mais comuns) e as estrábicas. As disfunções binoculares não estrábicas provocam importantes sintomatologia, porém frequentemente passam desapercebidas em exames visuais convencionais. São alterações muito comuns e que habitualmente os pacientes frequentemente tem maior sintomatologia que aqueles que possuem alterações binoculares estrábicas. Isso se deve a que os pacientes com alterações não estrábicas mantém um esforço continuo (inconsciente) afim de não romper sua binocularidade e continuar usando ambos os olhos. DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR NÃO ESTRÁBICAS CLASSIFICAÇÕES - Excesso de convergência. - Excesso de divergência. - Insuficiência de convergência. - Insuficiência de divergência. - Esoforia básica - Exoforia básica - Disfunções das reservas fusionais. DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR NÃO ESTRÁBICAS É uma das disfunções binoculares não estrábicas mais comuns. Se caracteriza por ortoforia ou endoforia em visão longe dentro dos ângulos comparados com a normalidade, uma endoforia de perto elevada e descompensada, um A/CA ALTO e vergencia fusional negativa reduzida em visão próxima. EXCESSO DE CONVERGÊNCIA CAUSAS DE EXCESSO DE CONVERGÊNCIA Uma causa habitual de endoforia descompensada de perto é a hipermetropia não corrigida, denominado em tal casos como endoforia acomodatíva. Higiene visual incorreta. Pacientes adolescentes e jovens adultos com demandas importantes em visão próximas, podem desenvolver endoforia para perto, ao manterem-se a uma distancia de trabalho excessivamente diminuída e adotar posturas inadequadas. Não obstante , o agente etiológico mais frequente é a relação A/CA ALTA. EXAME DIAGNÓSTICO: Visão longe: - Em visão longe se encontra uma ortoforia ou ligeira endoforia compensada. Apesar de não existir sintomatologia em problema visual associado a esta distancia, as reservas de convergencia com prismas base temporal são caracteristicamente maiores do que as normais, sinal premonitório, quiçá, da endoforia de perto. Visão próxima: 1. Endoforia elevada, que pode determinar-se tanto com o cover test como com qualquer outro método de dissociação. Sem embargo, não se recomenta o uso da vareta de Maddox para medir heteroforias horizontais em pacientes jovens e colaboradores; nem a luz pontual que se apresenta como estimulo, nem a linha vertical, em geral de cor vermelho, que se observa através da vareta de Maddox permitem realizar um controle preciso sobre a resposta acomodativa em visão próxima, manifestando-se em alguns pacientes forias instáveis e muitos variáveis. *Em um excesso de convergência, a desviação é comitante e não existe restrição alguma na motilidade ocular. 2. Convergência fusional negativa (exame de reservas prisma base nasal) reduzida ou muito reduzida. Estes pacientes mostram uma grande dificuldade nos exames de divergencia em visão próxima e em alguns casos pe possivel que o ponto de recuperação do exame se determine com prismas de base temporal ( valor negativo) 3. Convergência fusional positiva ( exame de reservas com prismas base temporal) normal ou elevada. Não é de estranhar que se encontre valores superiores acima de 30 ou 35 prismas. 4. A flexibilidade vergência é quase nula quando se determina com prismas base nasal; diferente da flexibilidade com prismas base temporal, que em geral é automática. 5. O PPC não se encontra diminuído, ao contrário, pode encontrar-se muito próximo ou até o septo nasal. 6. Pode estar presente uma endodisparidade de fixação. 7. O valor da acomodação relativa positiva ( exame binocular com lentes negativas) é menor que o esperado para idade, e é fácil que se experimente diplopia em vez de borrosidade durante o exame 8. No exame de flexibilidade acomodativa existe dificuldade para realizar o exame binocular através de lentes negativas. Isto é devido a demanda de convergência fusional negativa que induz a realização desta prova e que o paciente com excesso de convergência a tem diminuída. Assim mesmo, a elevada relação A/CA aumenta esta dificuldade. Também aqui o paciente pode referir diplopia mais que borrosidade. 9. Os exame de flexibilidade de acomodação monocular e de amplitude de acomodação dão resultados normais. Porem se o excesso de convergência se associa a uma disfunção acomodativa, se detectará alterações nestes exames. 10. O retraso acomodativo, determinado mediante o MEM o qualquer outra retinoscopia em visão próxima, é normal ou ligeiramente elevado, em principio este resultado não se considera diagnóstico de problema acomodativo. Dado que quando o paciente realiza o esforço acomodativo normal em visão próxima, sua alta relação A/CA provoca uma endoforia que suas reservas fusionais não compensam facilmente, o sistema visual do individuo opta por hipoacomodar, reduzindo assim a convergência acomodativa, mesmo as custas de uma ligeira borrosidade das letras. 11. a estereopsia pode ser normal ou encontrar-se ligeiramente aumentada como consequência do desenvolvimento de uma pequena supressão foveal. EXCESSO DE CONVERGÊNCIA Em algumas circunstancias, a endoforia de perto não é o verdadeiro problema visual do paciente, se não um sinal secundário de uma verdadeira disfunção acomodativa. Desta forma, se existe um excesso de acomodação, o paciente realiza um excessivo esforço acomodativo de perto que converta uma resposta também excessiva de convergência acomotativa, e aparece uma endoforia. É necessãrio um exame clinico completo para chegar a um diagnóstico correto, sem negligenciar nenhum exame, e não errar no tratamento optometrico do paciente Como menor frequência pode detectar-se uma endoforia secundária a uma insuficiência de acomodação. Em geral a endoforia é intermitente e muito variável, e se produz quando o paciente realiza um grande esforço acomodativo para compensar sua insuficiência de acomodação e conseguir focar os objetos próximos. É importante distinguir esta condição, pois um diagnóstico incorreto pode representar uma perda de tempo vital para o paciente em realização de terapias desnecessárias ou com uso inadequado de óculos, passando por muitos outros fatores mais importantes da saúde do individuo. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O excesso de convergência geralmente é uma condição de origem funcional, porem é necessário diferencia-la do espasmo de convergência. O espasmo de convergência é uma entidade clinica infrequente que consiste em episódios de: (1) convergência máxima, criando endodesviações; (2) espasmo acomodativo, criando miopias variáveis de até 9dptou mais; (3) miose. Na maioria das ocasiões se observa em indivíduos de caráter histérico ou neuróticos. O optometrista deve ter presente que esta situação pode ter uma origem orgânica. Pode provocar-se por paralisia cerebral, patologia do labirinto, trauma, encefalites, tumores, lesões do mesencéfalo e distrofia miotônica. TRATAMENTO CLÍNICO A diminuição dos sintomas em pacientes com excesso de convergência se consegue rapidamente e de forma passiva com prescrição de uma adição para perto. Ainda assim, é possível que o paciente reporte sintomas. Por isso é indicado a terapia visual Sintomas -Relacionados com demanda em visão próxima -Pode existir uma ligeira supressão que elimine os sintomas Exame clínico -Endoforia em visão próxima -Habilidades de divergência reduzida -Possível anomalia de acomodação associada. Diagnóstico diferencial -Hipermetropia latente -Alterações acomodativas primárias -Espasmo de convergência Opções de tratamentos -Rx de qualquer grau de hipermetropia -Adição -Terapia visual EXCESSO DE CONVERGÊNCIA SINAIS EM EXCESSO DE CONVERGÊNCIA o Endoforia maior em para perto que para longe. o Maior frequência de desvios para perto que para longe. o A/CA ALTO o Hipermetropia moderada a alta o Desviação concomitante. o Vergência fusional negativa reduzida para perto. o ARP baixo o Falha -2.00 na avaliação de flexibilidade acomodativa binocular. o Alto valor de MEM SINTOMAS EM EXCESSO DE CONVERGÊNCIA Tensão ocular associada com a leitura. Cefaleia associada com leituras. Incapacidade de atenção e concentração em leituras. Problemas com a compreensão de leituras. Diplopia ocasionalmente. Diminuição de acuidade visual. Referencial: http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los- ninos/problemas-binoculares Vision binocular. Diagnóstico y tratamiento Terapia y entrenamiento visual: uma vision integral. CAMACHO. Marcela Tratamento clinico de la vision binocular. M. Scheiman, B. Wick Foram somados dados baseados em minha experiência. http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR São disfunções em que os olhos não se coordenam adequadamente para trabalhar de forma conjunta. Podem ser classificados em dois grandes grupos: as alterações não estrábicas (mais comuns) e as estrábicas. As disfunções binoculares não estrábicas provocam importantes sintomatologia, porém frequentemente passam desapercebidas em exames visuais convencionais. DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR NÃO ESTRÁBICAS São alterações muito comuns e que habitualmente os pacientes frequentemente tem maior sintomatologia que aqueles que possuem alterações binoculares estrábicas. Isso se deve a que os pacientes com alterações não estrábicas mantém um esforço continuo (inconsciente) afim de não romper sua binocularidade e continuar usando ambos os olhos. CLASSIFICAÇÕES - Excesso de convergência. - Excesso de divergência. - Insuficiência de convergência. - Insuficiência de divergência. - Esoforia básica - Exoforia básica - Disfunções das reservas fusionais. EXCESSO DE DIVERGÊNCIA É uma condição na qual existe uma exodesviação maior em visão longe que em visão próxima, com ausência ou pouca sintomatologia. SINTOMAS A queixa mais comum esta relacionada com a estética, pois a descompensação binocular se faz evidentes ao olhar o infinito. Se apresenta diplopia de forma ocasional, fotofobia, fechar um olho ante uma luz brilhante. Astenopia, tão comum de outras anomalias binoculares e acomodativas, é menos comum nos pacientes com excesso de divergência. SINAIS Se apresenta com exoforia ou exotropia intermitente descompensada em visão longe Exoforia maior em visão longe que em visão próxima. As desviações tendem a manifestar-se durante as tarefas de longe, com falta de atenção e fadiga. Pode ter exoforia em visão próxima, porem se compensa com as reservas fusionais. Relação A/CA ALTO Exodesviação elevada comitante Reservas fusionais diminuídas Amplitudes de fusão baixas Convergência relativa positiva baixa Amplitude de acomodação normal Flexibilidade de acomodação normal Ponto próximo de convergência normal CASUAS Problemas tônicos Problemas anatômicos Estresse Em visão longe: 1. Exoforia elevada, que facilmente alcança valores superiores aos 15 prismas. O exame mais adequado para a detecção da dita exoforia é o cover test. É necessário recordar que para obter a máxima informação em um cover test., é adequado não negligenciar o cover test. alternante, e manter a oclusão durante um tempo não menor que três segundos, com a finalidade de romper o esforço de fusão do paciente. A desviação é sempre comitante, ou seja, é a mesmas em todas as posições de mirada EXAME DIAGNÓSTICO: 2. A convergência fusional negativa (reservas com prisma base nasal), caracteristicamente no pacientes com excesso de divergência, é elevada e é um dos sinais determinantes da condição. Esta característica justifica a tendência a supressão em visão longe, pode ser difícil determinar as amplitudes de fusão, tanto em base nasal como temporal, já que o paciente suprime uma imagem e não refere diplopia. Por isso se recomenda realizar o exame sem foróptero e com barra de prismas, já que o optometrista poderá observar diretamente os olhos do paciente e determinar as amplitudes de fusão de forma objetiva. Em visão longe: 3. A convergência fusional positiva (reservas com prisma base temporal) geralmente são inferiores aos valores normais para esta distancia e sempre insuficiente para compensar a exoforia do paciente. A habilidade em saltos de convergência com prismas de base temporal também se encontram diminuídas. 4. Em caso de existir disparidade de fixação se trata de exodiparidade de fixação, apesar de não ser uma regra geral. 5. A flexibilidade de acomodação binocular será normal, já que as lentes negativas com as que se realizam o exame facilitam a diminuição da exoforia. A flexibilidade de acomodação monocular também será normal, se não se associa com uma anomalia acomodativa e a condição de excesso de divergência. Visão próxima: 1. Os resultados dos exames de binocularidade e de acomodação se encontram dentro dos parâmetros de normalidade. Geralmente não existe sintomatologia associada a trabalho em visão próxima. Em caso de existir algum grau de exoforia, esta se encontra compensada, o PPC é correto e a estereopsia normal. 2. É inevitável o exame visual completo da visão próxima para diagnosticar corretamente um excesso de divergência. Se existe sintomas associados as tarefas de perto, um PPC afastado e/ou umas reservas de convergência insuficientes, provavelmente se trata de uma EXOFORIA BÁSICA. EXAME DIAGNÓSTICO: TRATAMENTOCLÍNICO Dada a ausência de sintomas que geralmente acompanha esta disfunção visual, é levado em conta que o motivo da consulta do paciente com frequência é só estético, é difícil contar com a colaboração do paciente para realizar um tratamento que demanda certo grau de esforço e dedicação, como poderia ser em uma terapia visual. Caso haja erro refrativo, deve ser compensado. Caso não haja erro refrativo ou o paciente esteja adequadamente compensado, as alterações da potencias esféricas do sujeito pode ser uma opção de tratamento adequado para jovens pacientes com excesso de divergência, incrementando poderes negativos para longe e adição para visão próxima em forma de bifocais. Terapia visual é a forma mais adequada de tratamento para excesso de divergência. Referencial: Vision binocular. Diagnóstico y tratamiento Terapia y entrenamiento visual: uma vision integral. CAMACHO. Marcela Tratamento clinico de la vision binocular. M. Scheiman, B. Wick Foram somados dados baseados em minha experiência. INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA É caracterizada pela incapacidade de obter e/ou manter uma adequada convergência sem esforço. A sua prevalência varia entre 1,75% e 33,0%. Esta variabilidade pode ser atribuída às variações na definição de insuficiência de convergência, aos seus critérios de diagnóstico e às diferenças entre a população em estudo SINTOMAS o fadiga ocular, o cefaleias, o visão turva, o diplopia, o sonolência, o dificuldade de concentração, o dificuldade de compreensão após curtos períodos de leitura ou após atividades de perto, entre outros. Estes são influenciados pelo estado geral de saúde, ansiedade e trabalho de perto prolongado. Assim, a insuficiência de convergência interfere na capacidade de ler, de aprender e de realizar trabalhos de perto. A insuficiência de convergência é definida pela incapacidade de manter um adequado alinhamento binocular dos olhos à medida que os objetos se aproximam. CARACTERÍSTICAS DA INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA o RFP baixa; o RFN normal ou diminuída; o PPC afastado; é o resultado mas consistente em uma insuficiência de convergência; o AA normal; o A/CA baixo o COVER TEST 1. Longe Orto ou X 2. Perto X ou XT DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DA INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA • Pseudo insuficiência de convergência; • Exoforia básica; • Excesso de divergência; • Debilidade do reto devido a: 1. Esclerose múltiplas 2. Miastenia graves 3. Cirurgia estrábica previa REFERÊNCIAS 1. Scheiman M, Rouse MW, editors. Optometric management of learning-related vision problems. 2nd ed. New York: Mosby; 2005. ISBN 9780323029650 2. V on Noorden GK, Campos EC, editors. Binocular vision and ocular motility: theory and management of strabismus. 6th ed. New York: Mosby; 2002. ISBN 9780323011297 3 . R owe FJ, editors. Clinical orthoptics. 2nd ed. Oxford: Wiley Blackwell; 2004. ISBN 9781405113427 4. R ouse MW, Hyman L, Hussein M, Solan H. Frequency of convergence insufficiency in optometric clinic settings: Convergence Insufficiency and Reading Study (CIRS) Group. Optom Vis Sci. 1998;75(2):88-96. 5. Gupta A, Kailwoo SK, Vijayawali. Convergence insufficiency in patients visiting eye OPD with headache. Science. 2008;10(3):135-6. 6. Scheiman M, Mitchell GL, Cotter S, Cooper J, Kulp M, Rouse M, et al. A randomized clinical trial of treatments for convergence insufficiency in children. Arch Ophthalmol. 2005 O termo insuficiência de divergência foi utilizada pela primeira vez por Duane. Foi descrita como uma condição em que há uma endoforia maior de longe do que de perto , versões normais /RFN reduzida em visão de longe e relação ACA baixo A insuficiência de divergência é uma disfunção binocular muito incomum e pode ser confundida com outras anomalias visuais . SINTOMAS Problema de longa duração; diplopia intermitente de longe e que piora com o cansaço( de aparição repentina); cefaléia; tensão ocular; náuseas; sensibilidade a luz; visão borrosa; dificuldade para focalizar de perto. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL A insuficiência de divergência é uma condição benigna mas não pode ser confundida com outras condições binoculares tais como : excesso de convergência /endoforia básica/paralisia da divergência/paralisia do VI nervo e outras que podem apresentar endodesvios de longe. prescrever prisma vertical se existir desvio vertical; A terapia visual só se usa quando o prisma não funciona ( quando o paciente é incapaz de tolerar o prisma base externa para trabalho de perto se pode prescrever terapia visual par aumenta a vergência fusional positiva ). TRATAMENTO Corrigir o defeito refrativo : se tratar se de hipermetropia é o melhor porque reduz a endoforia.Se prescreve o máximo positivo para diminuir um possível desvio; prisma horizontal geralmente é a melhor opção do tratamento; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Tratamiento Clínico de la Vision Binocular .Disfunciones heterofóticas,acomodativas y oculomotoras. Scheimam, Mitchell ; Wick , Bruce .Madri.Espanha .1996.. AMBLIOPIA É a redução funcional da visão de um ou ambos os olhos, provocado pelo desuso ou mal-uso durante o “período crítico” do desenvolvimento visual. Tal período se inicia ao nascimento e se estende até os cinco anos de idade. Se detectada e tratada precocemente, a ambliopia pode ser curada. Entretanto, o tratamento raramente é bem sucedido se iniciado após dez anos de idade, e a deficiência visual persiste por toda a vida. Pediatras e médicos de família provavelmente serão os primeiros a ver um jovem paciente com ambliopia ou fatores predisponentes e, portanto, têm a responsabilidade de detecção e tratamento precoces, devendo estar familiarizados com os tipos, a detecção e a relação de ambliopia e estrabismo. FISIOPATOLOGIA Desenvolve-se em crianças que recebem de um olho informações visuais turvas (erros refrativos) ou conflitantes (olhos desalinhados, mirados em alvos distintos) com as informações do outro olho. O cérebro da criança, ao receber dois estímulos visuais distintos, seleciona a melhor imagem e suprime as imagens borradas ou conflitantes, o que resulta no desenvolvimento defeituoso da visão, uma vez que passa a não haver os estímulos necessários para o desenvolvimento das vias neuronais. Se essa privação se estender por um período prolongado durante o período crítico (até os cinco anos), pode ocorrer lesão neurológica irreversível, representada por atrofia de neurônios do corpo geniculado lateral e do córtex estriado. Em outras palavras, o cérebro continuamente favorece o olho com melhor visão, em detrimento do desenvolvimento visual no outro olho. Por essa razão, a ambliopia é geralmente unilateral e referida popularmente como “olho preguiçoso AMBLIOPIA APRESENTA-SE COMO UMA: o baixa AV unilateral ou bilateral; o Afeta 5% das crianças com baixa AV. o Causada por privação visual da forma ou rivalidade binocular anormal. o É uma anomalia funcional complexa que afeta mais a visão central que a periférica. o Não resulta de qualquer processo patológico detectável através do exame visual. o Em certos casos é reversível. CLASSIFICAÇÃO DA AMBLIOPIA 1. AMBLIOPIA ORGÂNICA • Nutricional • Tóxica • Idiopática 2. AMBLIOPIA FUNCIONAL Ambliopia por privação de estímulo • Reflexo vermelho dos bebés deve ser observado à nascença • Ptoses completa, opacidade corneal, cataratas congénitas, outras opacidade dos meios oculares • Causas orgânicas como lesões maculares e glaucoma devem ainda ser despistados • Preferencialmente, remover as barreiras àvisão nos primeiros 6 meses de vida • Erro refrativo não corrigido não permite obter imagens retinianas claras (ver ambliopia refractiva) 3. AMBLIOPIA ESTRÁBICA • Mais provável com tropias (T) constantes • Pouco comum em exotropias (XT) intermitentes A natureza hereditária da ambliopia e do estrabismo à muito que é conhecida. Apesar da elevada incidência de estrabismo (40%) em crianças com tratamento de ambliopia, a sua interligação é multifatorial o que torna impossível fazer previsões específicas. O estrabismo unilateral é normalmente acompanhado por ambliopia. Grandes estrabismos, talvez por serem observados e tratados desde cedo, tende a apresentar melhor acuidade final do que os pequenos estrabismos. Crianças com baixo peso ao nascer (<1500 g) apresentam um risco particularmente elevado de estrabismo e ambliopia, tal com crianças com síndrome de Down ou paralisia cerebral. 4. AMBLIOPIA REFRACTIVA • Isometrópica o Devido quer a H bilateral (> 4-5 D) ou M bilateral (> 6-7 D) o Mais comum em H bilateral o É menos provável em elevada M bilaterais dado que os objetos próximos mantém-se focados devido à acomodação • Anisometrópica o Devido a erro refrativo desigual entre os 2 olhos o Aniso hipermetropia – diferença em H > 1.5D o Anisometrooiopia - diferença em M > 3D • Meridional o Devido a astigmatismo > 1.5D Ambliopia refrativa Ao nascer, o erro refrativo é muito variável (+2.00 D ± 2.00 D). Sob o efeito da emetropização, esta variabilidade diminui para ≈ +1.00 D com 1 ano de idade. Apenas ≈ 5% das crianças com 6-9 meses de idade apresentam hipermetropia > +3.50 D e apenas 0.5% apresentam miopia > - 3.00 D. Crianças prematuras tendem a ser míopes. Ambliopia anisometrópica e estrábica O estrabismo domina qualquer anisometropia coexistente e impõe as características do estrabismo de um defeito exclusiva na retina central. A ambliopia anisometrópica , tal como a privação visual, é mais distribuída sobre toda a retina. Ambliopia meridional Devido ao facto do globo ocular crescer mais rapidamente do lado temporal do que do lado nasal, é normal que apareça ao nascer um astigmatismo contra-a-regra de 1-2 D. Este astigmatismo regride durante os primeiros 2 anos de idade até valores próximos dos típicos da idade adulta (apenas 30% apresenta astigmatismo > 1 D). Se este astigmatismpo persistir ou aumentar e a criança não for compensada é provável que apresente uma ambliopia meridional. Isto resultará numa perda permanente, cortical, de sensibilidade ao contraste para redes de determinadas orientações, mesmo para uma óptima correcção do astigmatismo. As cartas de Snellen não são muito sensíveis para detectar defeitos meridionais. PREVENÇÃO • Exame visual a irmãos e irmãs de pacientes com ambliopia e estrabismo • Educação e atenção dos Optometrista • Programas de despistagem visual são essenciais • Reflexo vermelho de fundo do olho dos bebés deve ser observado à nascença DIAGNÓSTICO A ambliopia pode ser detectada por testes de AV, realizados em cada olho separadamente, sendo importantes ainda para a detecção de outros distúrbios oculares, como catarata, glaucoma e retinoblastoma. O rastreio regular pelo pediatra ou médico de família ajuda, assim, a garantir que a visão da criança está se desenvolvendo normalmente ou, senão, instituir um tratamento precoce. AVALIAÇÃO E PROGNÓSTICO No estrabismo existem 3 aspectos que às vezes requerem tratamento. São o desvio motor, adaptações sensoriais binoculares e as adaptações sensoriais monoculares. O tratamento da ambliopia pode ser um passo para o tratamento do estrabismo, mas se a probabilidade de que se restabeleça a VB for mínima, será melhor não começar qualquer programa de tratamento sensorial. Assim deve considerar-se: 1. Tipo de ambliopia; 2. Idade do paciente; 3. Plasticidade cortical; 4. Acuidade visual; 5. Cooperação e interesse; Eleição do método a seguir • Não existem um método adequado para todos os pacientes e alguns podem necessitar mais do que um tipo de terapia em alguma fase do tratamento • Independentemente de ser mais ou menos óbvio o procedimento a seguir e mais ou menos óbvio o prognóstico, devemos em em todo o caso ser honestos com o paciente • Ver em apêndice o workflow sobre tratamento da ambliopia funcional PREVENÇÃO • Exame visual a irmãos e irmãs de pacientes com ambliopia e estrabismo • Educação e atenção dos Optometrista • Programas de despistagem visual são essenciais • Reflexo vermelho de fundo do olho dos bebés deve ser observado à nascença CONDUTA A detecção precoce de ambliopia é uma responsabilidade de extrema importância para todos os envolvidos em cuidados da saúde infantil. O diagnóstico tardio pode ter consequências graves para a criança. Se uma anormalidade é suspeitada, o paciente deve ser imediatamente encaminhado a um profissional adequado. ALGUNS TIPOS DE TRATAMENTO DA AMBLIOPIA 1. CORRECÇÃO COM LENTES Quando o erro refractivo seja um fator da ambliopia • Idade < 10 anos • AV≥ 0.25 • 6-8 semanas com lentes antes de qualquer outro tipo de tratamento (alinhamento foveal monocular: oclusão) • Quando lentes equilibram esforço acomodativo entre os dois olhos • Quando lentes reduzem ângulo de estrabismo 2. OCLUSÃO DO OLHO NÃO AMBLÍOPE (OCLUSÃO DIRECTA) • Oclusão total • Oclusão parcial 3. PENALIZAÇÃO • Normalmente reservado a situações de fracasso na oclusão ou falta de colaboração no programa de oclusão • Farmacológica • Óptica • Filtro polarizado 4. TERAPIA DE AMBLIOPIA ACTIVA: Complementares à oclusão 5. TERAPIA DE AMBLIOPIA ACTIVA: Técnicas e instrumentos especiais • Intermittent photic stimulation (IPS) de Mallett • Tratamento de supressão • Outros REFERÊNCIAS 1. BRADFORD, C. A. Basic ophthalmology. San Francisco: American Academy of Ophthalmology, 2004. 2. FACULDADE DE MEDICINA DA USP. Programa Educacional de Oftalmologia. São Paulo: Merck Sharp & Dohme, 2008. 3. KANSKI, J. J. Oftalmologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 4. REY, L. Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 5. BECHARA, S. J.; KARA-JOSE, N. Detecção e tratamento de pacientes amblíopes na cidade de São Paulo, SP (Brasil). Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 21, n. 4, Ago. 1987. 6. COATS, D. K.; PAYSSE, E. A. Overview of amblyopia. UpToDaTe, 2012. 7. Von Noorden, Gunter K., 1928– Binocular vision and ocular motility : theory and management of strabismus / Gunter K. von Noorden, Emilio C. Campos.—6th ed. ESTRABISMO Um estrabismo (ou tropia) é a condição em que os eixos visuais não estão adequadamente alinhados para conseguir fixação bifoveal. ETIOLOGIA DO ESTRABISMO Causas variadas; Nem sempre é possível determinar a causa exata ou é devido a múltiplos fatores; Erros refrativos (principalmente hipermetropias ou anisometropias); Interferências sensoriais; Causas orgânicas: alterações anatômicas, musculares, de inervação e outras. ESTRABISMOS ESSENCIAIS OU IDIOPÁTICOS: são os mais frequentes, representam 60 – 65%. Sua origem é desconhecida. ETIOLOGIA DO ESTRABISMO ESTRABISMOS ACOMODATIVOS: representam aproximadamente entre 15 – 20% dos estrabismos. Se produzem relaxamento da relação AC/A em sujeitos hipermetropes que necessitam acomodar para enfocar a imagem na retina. Se estima que aproximadamente 30% das crianças com hipermetropia maior de 4,00 D desenvolvem endotropia aos 3 anos de idade. ESTRABISMOS POR INTERFERÊNCIA SENSORIAL: são produzidos como consequência de uma lesão que impede o correto desenvolvimento do equilíbrio oculomotor. Catarata; Coriorretinite; Retinoblastoma; Atrofia do nervo óptico; Erro refrativo não corrigido. ESTRABISMOS PARALÍTICOS: são produzidos como consequência de uma paralisia muscular. Congênito Adquirido Aplasias Traumatismo Inserções aberrantes Vainas (?) Bandas fibrosas ou atípicas ESTRABISMOS MECÂNICOS: são secundários a anomalias nos músculos. Em crianças são mais frequentes os estrabismos idiopáticos, os acomodativos (hipermetropes) e os devido à interferência sensorial, de maneira que uma ambliopia pode provocar um estrabismo ou vice-versa. No adulto se destacam os estrabismos secundários a uma alteração neurológica como em paralisias, tumores, etc. ou enfermidades sistêmicas como diabetes, etc. CLASSIFICAÇÃO DO ESTRABISMO DEPENDENDO DA DIREÇÃO DO DESVIO: EXOTROPIA: desvio horizontal de um eixo visual para fora. Divergente. ENDOTROPIA: desvio horizontal de um eixo visual para dentro. Convergente. HIPERTROPIA: desvio vertical de um eixo visual para cima. HIPOTROPIA: desvio vertical de um eixo visual para baixo. INCICLOTROPIA/EXCICLOTROPIA: são torções internas ou externas ao redor do eixo anteroposterior (paralisia do oblíquo superior). DEPENDENDO DA MAGNITUDE: MICROESTRABISMO: desvios menores de 15∆. ESTRABISMO PROPRIAMENTE DITO: desvios maiores de 15∆. VARIAM SEGUNDO A POSIÇÃO DE MIRADA: ESTRABISMOS COMITANTES: o ângulo de desvio é o mesmo em todas as posições de mirada (ou menor do que 10∆ entre uma distância e outra). ESTRABISMOS INCOMITANTES: o ângulo de desvio apresenta diferente valor dependendo da posição de mirada e do olho fixador (ou maior do que 10∆ entre uma distância e outra). DE ACORDO COM O OLHO FIXADOR: ESTRABISMO ALTERNANTE: quando podem fixar espontaneamente ambos os olhos. ESTRABISMO MONOCULAR OU MONOFIXADOR: quando um olho é sempre o fixador (olho dominante) e o outro o desviado. DE ACORDO COM A FREQUÊNCIA DE APARIÇÃO: INTERMITENTE: desvio que se apresenta de maneira intermitente, em alguns momentos o estrabismo é manifesto em outros pode ser compensado e se mantém os eixos visuais alinhados. CONSTANTE: estrabismo que se apresenta de forma constante. VÍDEO OU IMAGEM PÁG 415 DEPENDENDO DO ESTADO DA VERGÊNCIA: EXCESSO DE CONVERGÊNCIA: maior endotropia em visão próxima do que em visão longe; INSUFICIÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: maior endotropia em visão de longe que em visão de perto; EXCESSO DE DIVERGÊNCIA: maior exotropia em visão de longe do que em visão de perto; INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA: maior exotropia em visão próxima que em visão de longe. DEPENDENDO DO MOMENTO DE APARIÇÃO: ESTRABISMO CONGÊNITO: Está presente no momento do nascimento. É menos frequente. Mais do tipo endotrópico. ESTRABISMO INFANTIL: aparece em torno dos 6 meses de vida. Mais do tipo endotrópico. ESTRABISMO ADQUIRIDO: aparece após os 6 meses de vida. Mais endotrópico. ESTRABISMO AGUDO: de aparição repentina; ESTRABISMO SECUNDÁRIO: provocado por uma alteração sensorial (ambliopia, catarata congênita, anisometropia unilateral, patologia macular, cirurgia, etc.). Pode ser endotrópico ou exotrópico. POSSÍVEIS CAUSAS DE UM ESTRABISMO AGUDO: Neoplasias; Traumatismos cranioencefálicos; Aneurismas intracraniais; Hipertensão arterial; Diabetes mellitus; Arteriosclerose; Hidrocefalia; Esclerose Múltipla; Meningocefalia; Miastenia Gravis Enxaqueca oftalmoplégica; Quimioterapia; Desde o ponto de vista clínico, os estrabismos podem ser classificados em função de sua direção horizontal e/ou vertical, em função da mudança no desvio (comitante ou incomitante) e em função da capacidade de fixar com um só olho ou com ambos os olhos. SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS Os sintomas dependem da etiologia e idade de aparição. Estrabismos congênitos são assintomáticos; Estrabismos agudos podem ser acompanhados de diplopia; Estrabismos intermitentes podem apresentar diplopia ocasional (depois de esforço visual, apresentam fadiga, debilidade, cefaléia). Desalinhamento dos eixos visuais (comitante ou incomitante); Nistagmo (estrabismos congênitos); Alterações da motilidade ocular (restrições nas duções ou versões, hiperação de músculos oblíquos; Ambliopia; Diminuição da estereopsia; Fixação excêntrica (micro estrabismos); CRA; Disfunções acomodativas. CONCLUSÕES Em crianças menores de 6 anos, a presença de estrabismo pode associar-se com alterações do desenvolvimento da visão tanto mono como binocular. O optometrista tem que ser capaz de realizar um diagnóstico diferencial adequado e precoce que permitirá tomar as medidas terapêuticas necessárias para evitar os fenômenos de adaptação sensorial que podem ocasionar ampliopia ou redução da estereopsia; Um estrabismo agudo em um adulto pode estar relacionado com uma patologia sistêmica potencialmente grave que precisará que o sujeito seja derivado para seu estudo médico. As diferenças clínicas entre um sujeito com estrabismo (desvio manifesto) e um com foria (desvio latente) exigem uma abordagem profissional diferenciada. ENDODESVIOS É um desalinhamento convergente dos olhos. É o tipo mais comum de estrabismos , responsável por mais de 50% dos desvios oculares .É também o tipo mais frequente que acompanha as perversões sensórias como a ambliopia e a correspondência retiniana anômala , além das complicações oculomotoras, como as disfunções dos músculos oblíquos , a DVD ( divergência vertical dissociada) e o nistagmo latente. Os principais fatores de risco desse estrabismo são a alta hipermetropia/a relação ACA elevada, o surgimento precoce e a hereditariedade. AS ABREVIATURAS PARA ENDODESVIOS • endotrpia permanente = ET • endotropia intermitente = E(T) • endotropia de visão em objeto próximo = ET • endoforia = E . Há diversos tipos de endodesvios , mas a sua classificação não é absoluta No entanto, de maneira geral, pode –se dizer que o endodesvio surge quase sempre antes dos seis primeiros meses; as que surgem antes, até mesmo ao nascer, são geralmente casos mais complicados pertencentes a certas síndromes , como a de mobius. CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS ENDOTROPIAS Endotropia congênita ( síndrome da ciancia ); Endotropia comitante adquirida não acomodativa Endotropia acomodativa; Endotropia parcialmente acomodativa; Microtropia; Endotropia clínica; Endotropia progressiva de alta miopia; Endotropia comitante aguda com diplopia ( tipo Franceschetti e tipo Bielschowsky). 1. Endotropia congênita caracteriza – se pela limitação bilateral de abdução e o nistagmo latente que aparece entre os dois ou três meses de vida. Ambliopia costuma ser moderada ou ausente e a hipermetropia costuma ser baixa em níveis considerados normais para crianças pequenas , até cerca de 2,50 D. grande ângulo de desvio > 35 prismas. torcicolo torcional. 2. Endotropia comitante adquirida não acomodativa é a mais frequente em nosso meio e surge ao seis meses podendo –se iniciar mais tarde , mas sempre antes da maturação visual; Inicia- se de forma alternante e na maioria das vezes e acompanhada de ambliopia variável; a hipermetropia não costuma ser alta; Ângulo de desvio de 30 a 35 prismas. 3. Endotropia acomodativa surge sempre que o paciente utiliza a acomodação .Ao relaxa la ( com correção total da hipermetropia e olhar distante), possui ortotropia com visão binocular sensorialmente normal . Neste caso , é uma endotropia acomodativamente pura. Se ao relaxar a acomodação restar algum desvio convergente a endotropia é parcialmente acomodativa, com desvio pequeno e discreta ambliopia. 4. Microtropia de ângulo de desvio não maior que 8 prismas ; discretaambliopia; fixação parafoveolar 4. Endotropia clínica é rara. Caracteriza- se por períodos de desvios alternados com período de ortotropia .Essa alternância varia de cada paciente ,mas a forma mais comum é a de 24 horas. no período do desvio o ângulo costuma de 30 a 40 prismas 6. Endotropia progressiva da alta miopia ( - 6,00 a - 24,00 D) é um tipo especial de estrabismo, só surge entre a quarta e quinta década de vida em paciente anteriormente normais. Caracteriza –se por endotropia de grande ângulo e hipotropia com forte limitação de abdução e elevação e também, diplopia. 7. Endotropia comitante aguda com diplopia e endotropia associada a lesões nervosas exige investigação neurológica urgente. A mesma é aguda , comitante e a causa pode não ser benigna; todos os estrabismos surgidos agudamente em crianças abaixo de 3 ou 4 anos devem alertar nos para a possibilidade de lesão nervosa. 8. Endotropia comitante aguda tipo Franceschetti surge agudamente podendo ser intermitente de inicio , mas tornam-se permanente em pouco tempo. 9. endotropia comitante aguda tipo bielschowsky associado a pequena miopia. De início, apresenta se pequeno ângulo a visão distante , com diplopia sem sinal de paresia de um músculo reto lateral , em alguns casos não tratados pode , com o tempo aumentar o desvio e estender-se para visão próxima, tornam-se comitante na relação longe e perto. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Os estrabismos :teoria e casos comentados/Carlos R .Souza –Dias, Mauro Goldchmit.Rio de Janeiro : cultura médica : Guanabara Koogan, 2011. EXODESVIOS É um estrabismo caracterizado pelo desvio divergente dos olhos. O termo exotropia permanente costuma ser abreviado por XT e intermitente por X( T ). EXOTROPIA INTERMITENTE X ( T ) Correspondência retiniana normal durante o período de ortotropia ; quando o paciente desvia os olhos o fator preponderante é a supressão , motivo pelo qual os pacientes quase nunca se queixam de diplopia; a supressão é responsável pela piora do quadro que se nota em alguns pacientes com o passar dos anos, então quanto mais o paciente desvia mais suprime. EXOTROPIA INTERMITENTE X ( T ) A X( T ) não provoca sintomas , contrariamente ao que ocorre na exoforia; nesta o paciente faz permanente esforço de convergência para evitar a diplopia o qual provoca sintomas de astenopia, enquanto o exotrópico intermitente , ao desviar, imediatamente suprime, o que não causa sintoma .Raramente um exotrópico intermitente refere diplopia. Uma característica frequente entre os exotrópicos intermitentes é o fechamento de um dos olhos a luz intensa, é um sinal útil na anamnese, o que aumenta a possibilidade de X ( T ) , pois na XT esse sinal não aparece Ao exame ortóptico é frequente notarmos que, após dissociarmos a visão binocular mediante oclusão de um dos olhos , ao retirar o oclusor o paciente pisca para ajuda lo a recuperar a fusão. As vezes , o piscar é acompanhado de movimento rápido de cabeça. EXOTROPIA PERMANENTE XT Acompanha uma profunda dissociação binocular. Na XT , o olho desviado apresenta forte supressão , mas a visão periférica mantem se ativa , motivo pelo qual esses pacientes gozam da vantagem de alargarem o seu campo visual horizontal.; maior incidência de ambliopia do que na X(T ); maior incidência e maior graus de disfunção dos oblíquos; maior incidência de hipofunções de RM e hiperfunções de RL. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Os estrabismos :teoria e casos comentados/Carlos R .Souza –Dias, Mauro Goldchmit.Rio de Janeiro : cultura médica : Guanabara Koogan, 2011. AUTORES: Equipe GEMO JAMERSON DIAS Tec. em Óptica e Optometria Bacharelando em Optometria ALEXANDRA BARBOSA Tec. em Óptica e optometria Pós graduada em Ortoptica Pedagoga DANILO FRANCO Tec. em optometria Bacharel em Optometria Pós graduando em Ortoptica WILSON SARAIVA Tec. em Optometria Apresentação Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. Optometria uma nova visão para todos. Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia na aprendizagem nos estudos clínicos de optometria. além do conhecimento óptico Optometrico que são de grande interesse ao profissional da saúde visual, os textos são pequenos e mostramos apenas pontos específicos e necessário para o entendimento do assunto. Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo do profissional de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos e conhecimentos. ÍNDICE • Síndrome de Brown • Síndrome de Duane I, II e III • Síndrome de Mobius • Miopatias • Paresia e Paralesias • Orbitopatia de Graves • DVD • Lesões supra nucleares • Ciclopégicos ( Ricardo Bezerra) SÍNDROME DE BROWN Descrita como síndrome da bainha do obliquo superior ocorre com frequência de 1 em 500 pacientes estrábicos, É usualmente congênita e unilateral em 90%dos casos, mas ocasionalmente pode ser adquirida; Predomina no sexo feminino; Congênita –idiopática/síndrome congênita do “ estalo” onde existe dificuldade do tendão através da tróclea; Adquirida –dano da tróclea ou tendão do oblíquo superior. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Usualmente alinhado na posição primária; Deficiência da elevação e adução; Discreto aumento da rima palpebral no olhar em adução; Depressão em adução; Ortotropia ou hiportropia do olho afetado em PPM; Divergência em supraversão, com anisotropia em Y ou V CONDUTA Casos congênitos :usualmente não requerem tratamento. Indicações para cirurgia incluem a presença de hipotropia em PPM e/ou postura anômala de cabeça; casos adquiridos: podem beneficiar-se de esteróides por via oral ou injeção perto da tróclea , junto ao tratamento de causa subjacente. CLASSIFICADA COMO: Leve; Moderada; Grave. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL Paralisia do obliquo inferior no teste de dução forçada; Anisotropia em A na paralisia do obliquo inferior e em V ou Y na de Brown; Fibrose do reto inferior; Fratura do assoalho da orbita. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistémica.Jack .Kanski. 4ª Edição, 2004. • Estrabismos, harley Biras CBO 3ª ed. SÍNDROME DE DUANE É a retração do globo na tentativa da adução causada pela co-contração dos retos medial e lateral. Ambos os olhos são afetados em 20% dos casos. Algumas crianças com a síndrome tem defeitos congênitos associados , onde a mas comum é a surdez perceptiva com desordem da fala associada. CLASSIFICAÇÃO Tipo I é a mais comum é caracterizado pela limitação ou ausência de abdução/adução normal ou levemente limitada/na posição primária , alinhado e levemente esotrópico; tipo II é o menos comum caracteriza se por limitação ou ausência de adução ou levemente limitada/posição primária alinhada ou levemente exotrópico; Tipo III é caracterizado por adução e abdução limitada/na posição primária alinhada ou levemente exotrópico. CARACTERÍSTICAS e DIAGNOSTICOS Estreitamento da fenda palpebral; um desvio para cima ( UP SHOOT) ou para fora ( DOWN SHOOT ) é visto em alguns pacientes; não tem ambliopia. Paralisia de abdução com endotropia de ate 30 diop prismáticas; Posição anômala da cabeça (torcicolo ); Anisotropia do meridiano vertical em A em V ou em Y, associada a hipo ou hiper função dos músculos oblíquos CONDUTA A cirurgia está indicada se os olhos não estão alinhados em PPM e o paciente tem que adotar uma posiçãoanômala de cabeça para atingir fusão; a cirurgia pode também ser necessária por up shoot e down shoot esteticamente inaceitáveis ou retração severa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistémica.Jack .Kanski. 4ª Edição, 2004. • Estrabismos, harley Biras CBO 3ª ed. SÍNDROME DE MOBIUS É uma condição congênita muito rara onde se encontra como principais manifestações clínicas oculares : paralisia bilateral do sexto nervo; em PPM 50% dos casos são de esotropia e o restante alinhados; Uma paralisia no olhar horizontal está presente em 50% ,mas o olhar vertical é normalmente intacto; uma pseudo –esotropia pode ser vista em crianças que apresentam fixação cruzada porque a convergência está intacta. MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS Paralisia bilateral do neurônio motor superior do sétimo nervo , usualmente assimétrica, do neurônio motor superior do sétimo nervo que poupa os músculos faciais inferiores; a face é inexpressiva e a ceratite de exposição pode ocorrer como resultado de fechamento palpebral inadequado; paresia dos nono e décimo segundo nervos cranianos. O último resulta na atrofia da língua; Retardo leve e anomalias de membros. DIAGNOSTICO e CARACTERÍSTICAS pode ser feito logo após o nascimento devido ao fechamento incompleto palpebral durante o sono; Dificuldade de sucção; Dificuldades nas expressões faciais; Acometimento do Nervo facial uni ou bilateral; Presença de estrabismo pelo VI NC; Endotropias mais frequentes; Sinal de BELL presente na maioria dos casos; Baixa AV; Emetropias em especial Astigmatismos; Podem afetar vários NC como: 1. III 2. IV 3. VIII 4. VII 5. XII podem ter inteligências e neurodesenvolvimentos normais ou acima da media REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistémica.Jack .Kanski. 4ª Edição, 2004. • Estrabismos, harley Biras CBO 3ª ed. MIOPATIAS É uma afecção muscular, diferenciando-se de neuropatia em que a doença é primariamente do SNC ou Periférico, mas que pode afetar os músculos secundariamente. Alguns tipos Distrofia Miotônica; Miastenia Gravis; Miopatia Ocular. Diagnostico diferencial entre Mio e Neuropatia é geralmente fácil, pois aquelas as Mios evoluem lentamente, afetando os músculos oculares externos de maneira simétrica, sem diplopia. Já as Neuropatias afetam especificamente o(s) músculos inervados por um ou mais NC, causando estrabismos e diplopia. Existem diversas exceções como a miastenia de gravis. DISTROFIA MIOTÔNICA É uma degeneração heredofamiliar AD, caracterizada por hipotrofia ou atrofia muscular, miotonia, catarata, calvície, deterioração mental. A fraqueza muscular é achado constante, porem em grau e localização variável. Na parte ocular podemos perceber: o comprimento do elevador da pálpebra causar blefaroptose variável sistêmica ou não, e do orbicular produz lagoftalmo. Dos músculos os RMs são os mais afetados frequentemente causando exotropia tanto pra longe quanto pra perto ou um quadro de Insuficiência de convergência com endodesvio variável, baixa amplitude de convergência e PPV remoto, em alguns casos pode se perder quase todo o movimento ocular. Características Miotonia que consiste em uma contração muscular seguido de relaxamento extremamente prolongado. Divide-se • Miotonia de preensão • Miotonia de percussão MIOTONIA DE PREENSÃO Em que o paciente, após apertar a mão do examinador, não consegue solta-la subitamente, sendo a extensão dos dedos muito lenta e, as vezes, só ocorrendo com o auxilio da outra mão. MIOTONIA DE PERCUSSÃO É que o paciente mantem a mão aberta, enquanto o examinador bate sobre a eminência tenar com o martelo de percussão ou mesmo com o seu dedo médio. Produzindo uma contração vermiforme: os dedos fazem um movimento de flexão e depois um movimento muito lento de extensão. MIASTENIA GRAVIS É uma doença caracterizada por excessiva fatigabilidade da musculatura voluntaria e estriada, principalmente dos Músculos Oculares externos e outros inervados por NC. Características Mais frequente em mulheres de qualquer idade; Doença simétrica; Discreta blefaroptose unilateral; Diplopia por estrabismo vertical Os músculos ciclovertical e o elevador da pálpebra são os mais afetados. Pode haver comprometimento dos orbiculares, mais os primeiros sintomas são: dificuldade de mastigação, deglutição, fala ou fraqueza das pernas e mãos. MIOPATIA OCULAR É uma degeneração heredofamiliar, AD, caracterizada por hipotrofia ou atrofia muscular, geralmente simétrica, presente ao nascimento ou de inicio nas primeiras décadas de vida, sem fenômeno miotônico e com níveis enzimáticos altos no soro. Características: rara após os 35 anos; Considerada por alguns autores como distrofia muscular progressiva; Não se tem elementos suficientes pra afirmar que seja uma doença primariamente uma Mio ou Neuropatia. A blefaroptose simétrica é geralmente o primeiro sinal da doença, que é lentamente progressiva e em um certo ponto da evolução faz com que o paciente comece a usar os músculos frontais para abrir os olhos. REFERÊNCIAS 1. Estrabismo, harley Bicas, cboo 2013 2. BRADFORD, C. A. Basic ophthalmology. San Francisco: American Academy of Ophthalmology, 2004. 2. FACULDADE DE MEDICINA DA USP. Programa Educacional de Oftalmologia. São Paulo: Merck Sharp & Dohme, 3. KANSKI, J. J. Oftalmologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. ORBITOPATIA DE GRAVES É uma condição auto-imune da órbita , intimamente associada com o hipertireoidismo de Graves (HG), embora uma condição possa existir sem a outra. A oftalmopatia de Graves é a doença orbitária mais comum e acomete 25 a 50% dos pacientes portadores da Doença de Graves. É uma doença autoimune caracterizada pela deposição de imunocomplexos antitireoglobulina nos músculos extraoculares. Nas fases iniciais da doença existe uma infiltração dos tecidos adiposo, muscular e conjuntivo da órbita por linfócitos T, mastócitos, macrófagos e plasmócitos. Acredita-se que os linfócitos T ativados dirigidos contra as células foliculares tireoidianas reconheçam e se liguem a antígenos semelhantes presentes nos tecidos orbitários. Macrófagos e células dendríticas iniciam a resposta imunológica que é propagada pelo recrutamento de células T sensibilizadas. A partir daí passam a ser liberados diversos mediadores inflamatórios (IFN gama, TNF, IL1) que estimulam os fibroblastos a produzirem glicosaminoglicanos, que, com sua característica hidrofílica, atraem água para os tecidos adiposo, conjuntivo e muscular resultando em edema, e por conseguinte, fibrose de toda a periórbita, com hipertrofia dos músculos extraoculares , principalmente dos retos medial e inferior e da gordura orbitária, resultando em aumento do volume orbitário, manifestado primariamente como proptose. Distúrbio auto-imune: Subtipos: 1. Congestivo 2. Miopático 3. Misto Imunorreatividade cruzada entre antígenos orbitais e tiroideanos ( TSH-R e proteína G2S = FOXP1) 1. Fp – subunidade flavoprotéica da enzima mitocondrial desidrogenase succinato. 2. Colágeno XIII Epidemiologia Mais frequente no sexo feminino Incidência anual: • fem. 16/100000 • masc. 2,9/100000 Distribuição bimodal: • mulher: 40-44; 60-64 anos • homem: 45-49; 65-69 anos • Mais grave quando surge após os 50 anos. FISIOPATOLOGIA Alteração mais evidente: • espessamento dos músculos extraoculares. • Microscopia: fibras musculares preservadas. • Aumento no volume reflete alterações no tecido conjuntivo. • Aumentode fibroblastos, infiltração linfocitária, depósito excessivo de colágeno e glicosaminoglicanos (GAC) → edema intersticial. • Resposta auto-imune → produção de citocinas → estimulação dos fibroblastos, produção de colágeno e GAC. • Músculos: retos medial e inferior • Dificuldade para olhar superior ou lateral • ↑ vol. muscular e tec. conjuntivo orbitário → elevação da pressão no interior da órbita → proptose, edema de papila e neuropatia óptica. • Tendência natural: melhora espontânea. • Fase aguda (ativa): edema, infiltrado linfocitário dos tecidos retrobulbares. • Fase inativa: fibrose. (Pode ser vista durante todos os estágios). Pacientes com hipertireoidismo que apresentam apenas retração palpebral, ou associada à eritema de conjuntiva leve ou edema peri-orbitário não têm oftalmopatia ativa. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL OFTALMOPATIA DE GRAVES • Oftalmopatia de Graves • Tumores primários orbitais ( Glioma) • Linfomas • Displasia fibrosa dos ossos • Tumores lacrimais • Hematomas ( sec. a traumas) • Hematoma subdural • Trombose da veia oftálmica • Enfisema do seio nasal • Celulite • Adenomas hipofisários • Doença de Cushing • Triquinose • Pseudotumor ou cisto da órbita • Tumores metastáticos • Doença de Paget • Meningioma • Carcinoma nasofaringeano, etc. Conduta na oftalmopatia leve a moderada: Correção de disfunção tiroideana e eliminação dos fatores de risco ( tabagismo) Sinal/ Sintoma: • Fotofobia • Dor, sensação de areia nos olhos • Sensação de corpo estranho • Pressão ocular elevada • Lagoftalmo • Diplopia leve • Edema periorbital e conjuntival Medida terapêutica: Óculos escuros Colírio de metilcelulose Lágrimas artificiais Colírios betabloqueadores Oclusão noturna dos olhos Lentes prismáticas Levantar cabeceira do leito durante o sono Diuréticos, dieta hipossódica ( se necessário) TRATAMENTO MÉDICO • Glicocorticóides; • OG congestiva; • Radioterapia; • Descompressão cirúrgica; O tratamento é baseado na fase na qual a doença se encontra (aguda ou crônica). Na fase aguda o tratamento anti-inflamatório de escolha é a corticoterapia por via oral ou endovenosa. Associada à corticoterapia se empregam a radioterapia, utilizando-se o acelerador linear, em dez sessões contínuas e nos casos mais severos em dez sessões semanais, com doses totais de 2000cGy. Outra opção de tratamento medicamentoso é o uso da colchicina, na dose de 0,5 a 1,5 mg/dia, isolada ou associada à radioterapia e/ou a corticosteroide, com boa resposta terapêutica. Excetuando-se os casos de urgência em que há risco de perda da visão, por exposição da córnea ou por neuropatia óptica compressiva, o tratamento cirúrgico deve ser indicado na fase inativa da orbitopatia de Graves. Este tratamento é constituído pela descompressão orbitária, tratamento do estrabismo, correção da retração palpebral e blefaroplastia estética, nesta ordem. No seguinte relato de caso, abordaremos uma forma atípica de manifestação clínica da oftalmopatia de Graves. REFERÊNCIAS • Estrabismo, harley Bicas, cboo 2013 • THYROID ,Volume 21, Number 6, 2011 • The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Volume 96(1), January 2011, • Br J Ophthalmol; 1998; • ISSN 0871-3413 • ©ArquiMed, 2008; • American Thyroid Associacion, agosto 2010, vol 3; • Laszlo Hegedu¨ s et al Clinical Endocrinology (2011) • Stamato FJ, Maciel RM,Manso PG, Wolosker AM, Paiva ER, Lopes AC,et al. Colchicina no tratamento da fase inflamatória da oftalmopatia de Graves: um estudo prospectivo e randomizado com prednisona. Arq Bras Oftalmol.2006; • Höfling Lima AL, Morales PH, Manso PG, Farah ME. Alterações oculares de doenças sistêmicas: retinopatia diabética e oftalmopatia de Graves. RBM Rev Bras Med.2006; • Pitz S, Kahaly G, Rösler HP, Krummenauer F, Wagner B, Stübler M, et al. [Retrobulbar irradiation for Graves’ ophthalmopathy — long-term results]. Klin Monbl Augenheilkd. 2002 DVD É uma disfunção supranuclear do sistema oculomotor que afeta seletivamente determinados movimentos .O mesmo se caracteriza por elevação , abdução e extorção do olho ,espontaneamente ou ao sofrer redução na sua iluminação ou na nitidez da imagem que sobre ele incide. Isto significa introduzir uma assimetria dos estímulos visuais entre os olhos .Entre os componentes do movimento o que se destaca geralmente e a elevação. O primeiro a publicar uma descrição detalhada dessa entidade estrabológica foi Bielschowsky em 1938. QUADRO CLÍNICO Movimento lento do olho quando é ocluído , quando se diminui a quantidade de luz que sobre ele incide ou quando se reduz a nitidez da imagem que se forma na retina .Quando se desoclui , normaliza-se a quantidade de luz ou a nitidez da imagem , há tendência ao retorno do olho a posição inicial; o movimento apresentado pelo olho em DVD tem três componentes e :elevação, abdução e extorção . A participação desses componentes são variáveis , predominando a elevação, podendo os outros aparecerem com diferentes intensidades ou até faltar; QUADRO CLÍNICO A DVD pode ser simétrica ou assimétrica , sendo que nesta última o grau de assimetria pode ser variável; a ambliopia desenvolve-se subsequentemente em 50% dos casos. O FENÔMENO DE BIELSCHOWSKY É o comportamento que estabelece o diagnóstico de certeza do DVD. De fato, nenhum outro distúrbio oculomotor apresenta este fenômeno. Quando o paciente, tem a quantidade de iluminação de um dos seus olhos reduzida, pela colocação de um filtro vermelho escuro, e o olho contralateral realiza movimento descendente, lento e com ligeira adução, tornando-se hipotrópico. Este comportamento confirma a ocorrência do Fenômeno de Bielschowsky. E, certamente, o paciente pode ser diagnosticado como portador do DVD. No entanto, a manifestação do fenômeno de Bielschowsky não é constante. Em geral, a amplitude dos movimentos deste fenômeno (adução e principalmente a depressão lenta do olho contralateral) depende da magnitude da hipertropia do olho que recebeu o filtro vermelho escuro quando testado apenas com o oclusor. Quanto maior a magnitude da hipertropia do olho que recebeu o filtro vermelho escuro, maior o movimento de depressão do olho contralateral quando da verificação do fenômeno de Bielschowsky. A manobra de BIELSCHOWSY foi proposta especificamente para o diagnóstico da paresia do OS , mas tarde PARKS estendeu para o diagnóstico de todos os músculos cicloverticais O teste se faz da seguinte maneira : 1-Que lado o desvio é maior ( direita ou esquerda) ? 2- Qual músculo está falhando em supra ou infra ? 3- Ver qual músculo intorsor ou extorsor está afetado . O músculo afetado tem que coincidir nos três círculos na quadriga muscular Através de um simples teste de oclusão-desoclusão relacionado à redução no estímulo luminoso e à privação da percepção de forma pode-se diagnosticar a presença do DVD. Este teste é muito útil quando o avaliador não tem disponível o filtro vermelho escuro para a verificação do DVD pelo Fenômeno de Bielschowsky. O TESTE DE POSNER É realizado num ambiente com iluminação normal da seguinte forma: O paciente fixa uma fonte de luz localizada à 5m. Um dos olhos é ocluído por um oclusor colocado à 10/12cm de distância dele (dessa forma a perda da percepção de forma é maior do que a perda do estímulo luminoso). Sob essa condição o olho ocluído sobe. Enquanto o olhar é mantido para a fonte de luz, o outro olho (fixador) é ocluído da mesma forma. Assim, os dois olhos estão ocluídos, e nessa situação, o olho inicialmente ocluído, que está hipertrópico, desce para sua posição inicial. Desocluíndoo olho fixador, o outro olho (ocluído) sobe lentamente outra vez. No final, o paciente é instruído a continuar a olhar para a fonte de luz, enquanto o olho fixador é ocluído e desocluído rapidamente. Nesse movimento do oclusor, o outro olho, que está permanentemente ocluído, sobe e desce em resposta à oclusão alternada realizada no olho fixador. Na presença do DVD, o comportamento do movimento dos olhos deverá seguir exatamente a descrição acima durante cada etapa do teste de Posner. TRATAMENTO O tratamento da DVD é essencialmente cirurgico , mas somente quando descompensada deve ser operada , a menos que ela se descompense em alguns momentos e traga desconforto psicológico ao paciente .A hipertropia tem grande importância antiestética. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Os estrabismos :teoria e casos comentados/Carlos R .Souza –Dias, Mauro Goldchmit.Rio de Janeiro : cultura médica : Guanabara Koogan, 2011. Estrabismo/Carlos R.Souza –Dias ,Henderson C.de Almeida ;colaboradores Alberto O.Ciancia ...(et al).São Paulo : Roca ,1993. Estrabismo /editores Harley E.A.Bicas , Carlos R.Souza –Dias e Henderson Celestino de Almeida;coordenação Milton Ruiz Alves -3 ed- Rio de Janeiro :cultura médica : Guanabara Koogan , 2013 Oftalmologia Clínica –Jack J.Kanski–Uma abordagem Sistemática ,quarta edição-Rio de Janeiro, 2004. INTRODUÇÃO: Os nervos oculomotores – oculomotor, troclear e abducente – e os seis músculos oculares extrínsecos são os responsáveis por qualquer tipo de movimentação ocular. Os neurônios do III, IV e VI nervos participam igualmente de todos os movimentos, seguimento ou sacádicos, com diferentes latências, mas não são capazes, por si só, sem informações pré-nucleares (ou supranucleares), de gerar estes movimentos. Para tanto existem diferentes sistemas com a função de deflagrar e organizar tipos diferentes de movimentos oculares, que têm como objetivo manter a imagem estável. Esta estabilização é atingida impedindo que haja um deslocamento da imagem em toda a retina, e mantendo a imagem na fóvea. Músculos extraoculares MÚSCULOS EXTRAOCULARES MÚSCULOS ENVOLVIDOS EM CADA MOVIMENTO. CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS SUPRANUCLEARES: Sistema Vestibular: estabiliza a imagem durante movimentos da cabeça, com uma curta latência. Sistema optocinético: depende de estímulos visuais e mantém a imagem estável durante movimentos contínuos; Vergência: move os olhos em direções opostas para evitar discrepância de imagens em amas as retinas Fixação: mantém os olhos na nova posição atingida após qualquer um dos movimentos citados. Sacádicos ou movimentos oculares rápidos; - Voluntário (ativado internamente) - Reflexos (ativado externamente – por estímulos visuais ou auditórios) - Espontâneos em busca, movimento rápidos dos olhos durante o sono) Movimentos oculares lentos ou seguimento suave. - Seguimento foveal - Seguimento de campo completo (fase optocinética lenta), fase vestibular lenta (inclui os movimentos de torção) vergência. O centro pontino de mirada horizontal (azul) e o centro de mirada vertical (amarelo) no mesencéfalo recebem informação dos campos oculares frontais, para iniciarem os sacadicos e da junção parietal- occipital-temporal para controlar o seguimento. Os centros de mirada controlam a motilidade ocular pela inervação dos núcleos dos nervos motores (III, IV e VI). CONTROLE SUPRANUCLEAR DOS MOVIMENTOS OCULARES O centro de movimentos voluntários se localiza na parte posterior da segunda circunvolução frontal. A excitação desta zona produz um desvio conjugado dos olhos em direção ao lado oposto. As fibras que partem do centro seguem o feixe piramidal da capsula interna. Chegando ao tronco cerebral, cessam este e seu trajeto não é conhecido de forma muito precisa. Entre os centros corticais e os núcleos oculomotores, força a supor um sistema de lugares de paradas e trocas que informam as ordens dos movimentos em ordens destinadas a cada músculo. Pode-se dizer que tudo ocorre como se existissem centros particulares ordenando os movimentos de verticalidade, lateralidade, convergência e divergência. CONTROLE SUPRANUCLEAR DOS MOVIMENTOS HORIZONTAIS É considerado um dos movimentos mais complexos neurologicamente. Sacadicos: o movimento dos olhos acontece através do córtex frontal oposto ao movimento. Ao olhar para esquerda é o córtex direito que envia o impulsos que passam pelo mesencéfalo até chegar a formação reticular paramediana pontina (FRPP) esquerda (contrário ao córtex). A FRPP destina a mensagem para o ,músculo antagonista principal e para o junta, que no caso envia impulsos ao VI par esquerdo responsável pelo movimento odo músculo reto lateral, e para o III para oposto (oculomotor direito) responsável pelo músculo reto médio – VI envia o impulsos ao RLE e o III par ao RMD, para que haja equilíbrio o FRPP manda impulsos ao núcleo vestibular e o labirinto, no casos ambos direitos. As vias vestibulares centrais coordenam e interagem as informações sobre os movimentos da cabeça e do corpo e as utilizam para controlar a eferência dos neurônios motores que ajustam a posição da cabeça, dos olhos e do corpo. Este sistema faz conexões com o tálamo e, então, com o neocrotex. Seguimento: são os movimentos de leitura. Utiliza-se o mesmo processo do horizontal, a diferença é a origem dos impulsos que surgem do córtex occipital oposto. CONTROLE SUPRANUCLEAR PARA OS MOVIMENTOS HORIZONTAIS Para os movimentos de elevação o córtex frontal oposto de cada olho emana as ordens que são conduzidas aos centros supranucleares, onde parte as fibras para os núcleos oculomotores (III par) que, respectivamente, ativam os músculos oculares correspondentes ao movimento (reto superior e obliquo inferior). Para depressão é utilizado o III e o IV pares. O III para o movimentar o músculo reto inferior e o IV para o obliquo superior CONTROLE SUPRANUCLEAR DOS MOVIMENTOS VERTICAIS MOVIMENTOS TORCIONAIS: Origina-se do núcleo vestibular de cada lado que emana as ordens seus pares respectivos enviando a mensagem do movimento aos músculos correspondentes. Uma função particularmente importante do sistema central é manter os olhos orientados para uma determinada direção em qualquer demanda. Isto é realizado pelo reflexo vestíbulo-ocular, pois é essencial para a visão que a imagem permaneça estável nas retinas. DISTÚRBIOS SUPRANUCLEARES DA MOTILIDADE OCULAR A perda dos movimentos oculares sacádicos voluntários (rápidos) e de seguimento (lentos) resulta da interrupção das vias neurais que transportam os comandos do córtex cerebral para os núcleos motores oculares no tronco encefálico. Distúrbios de movimentos oculares desconjugados e paralisia de mirada resultam de lesões que envolvem vias pré-nucleares entre os centros de mirada e os núcleos motores dos olhos. DISFUNÇÕES DO CONTROLE SUPRANUCLEAR Características principais: - Anormalidade de sacádicos voluntários, perseguição ou movimentos de vergência. - Preservação dos movimentos oculares reflexos (vestíbulo-ocular, optocinético e fenômeno de Bell). Características associadas - Sinais piramidais ( paralisia pseudobulbar, fraqueza de membros, espasticidades, hiper-reflexia e respostas extensoras plantares). - Sinais extrapiramidais ( bradicinesia, distonia, rigidez e tremores) - Evidencias de distúrbios que causem paralisias supranucleares de mirada ( doenças degenerativas, desmielinizastes, neoplásicas, vasculares ou traumáticas). TIPOS DE DISFUNÇÕES SUPRANUCLEARES Paralisias congênitas de mirada Paralisias adquiridas de mirada Problemas no seguimento visual Oftalmoplegia internuclear Distúrbios da mirada vertical Distúrbio de motilidade ocular e o sistema vestibular Distúrbio de vergência Distúrbio da motilidade ocular e do cerebelo AVALIAÇÃO CLÍNICA Sacádicos - Pede-se ao paciente que alterne a fixação rapidamente entre dois alvos, como o dedo e o nariz do examinador. Testam-se tanto os sacadicos verticais quanto os horizontais e as observações são feitas quanto a latência, velo - Anormalidades na acurácia sacádica incluem ultrapassar ou antecipar o alvo, são referidas como dismetrias e indicam patologia cerebelar. Anormalidades grosseiras são clinicamente observáveis, mas a detecção de mudanças sutis requer oculografia quantitativa. Fixação O paciente olha para um alvo estacionário e acomodativo, projetado à distancia, enquanto o examinador confere a fixação mono e binocular. A fixação deveria ser sustentada e sem nistagmo ou outras oscilações oculares significativas. Pequenos movimentos oculares, como movimentos rápidos semelhantes a ondas quadradas com menos de 1-2 graus, são normais e não interrompem a fixação. AVALIAÇÃO CLÍNICA Seguimento: Pede-se ao paciente que fixe os olhos num pequeno objeto, como um lápis, e que siga lentamente através das extensões horizontal e vertical o olho do paciente deverá acompanhar o objeto suavemente. Se o sistema de seguimento estiver danificado ou se o objeto se mover muito rapidamente, os olhos o seguem e fazem “sacádicos de captura” para refixar o alvo, o que produz sacádicos ou seguimento em roda denteada. Seguimento O seguimento também pode ser avaliado enquanto se testa a habilidade de o paciente suprimir o reflexo vestíbulo-ocular. Com o paciente sentado num bando giratório, peça a ele que fixe o olhar num dos seus polegares ao comprimento de um braço. Então rode o banco de maneira que a cabeça, braço e polegar do paciente se movam ao mesmo tempo. Um paciente normal consegue suprimir o VOR induzido pela manutenção da fixação no polegar, mesmo no escuro ou com os olhos fechados – a supressão do VOR, provavelmente envolve as mesmas vias de seguimento suave. Como pacientes cegos também conseguem suprimir o VOR, esta técnica auxilia, particularmente, a diferenciação entre os déficits visuais reais e os psicogênicos – paciente psicogênicos aparentemente são incapazes de seguir um alvo de forma suave. Movimentos oculares de vergência Um alvo é movido para perto do paciente(convergência) e, então, para longe (divergência) do paciente que o segue. Alinhamento ocular O alinhamento ocular deve ser determinado por testes simultâneos com prisma cover test, para tropias, pelo prisma cover test alternante para as forias e para medir o desvio básico, durante a refração cicloplégica apropriada, e pela fixação de um alvo acomodativo. Se o paciente possui uma paralisia de mirada, o examinador determina quando os olhos podem ser movidos, reflexamente, na direção da paralisia pelas duas maneiras seguintes: DIFERENCIANDO LESÕES SUPRANUCLEARES DAS LESÕES NUCLEARES E INFRANUCLEARES Reflexo oculocefálico (olhos de boneca) O reflexo oculocefálico é executado pela inclinação da cabeça 30º para frente e fixando olhar num alvo distante. A cabeça é, então, rodada na direção oposta à paralisia de mirada. Esta manobra usa projeções diretas do sistema vestibular para os núcleos motores oculares. Paralisias de mirada causadas por lesões no córtex cerebral podem ser tipicamente neutralizadas pelo teste vestibulo-ocular, nas lesões pré ou infranucleares , o reflexo não conseguirá neutralizar a paralisia. Teste do reflexo vestíbulo-ocular A cabeça do paciente é inclinada 60° para trás e o meato auditivo externo é irrigado com água gelada ou aquecida para estimular o canal semicircular horizontal. Em indivíduos normais e pacientes com paralisia supranuclear, a estimulação com água gelada faz com que os olhos se desviem lentamente em direção ao lado estimulado, o que resulta em nistagmo com a fase rápida (corretiva) para o lado oposto. Quando a água aquecida é utilizada, a fase rápida do nistagmo dá-se para o lado estimulado. O mnemônico COWS (cool, opposite,waarm, same) refere-se â direção da fase rápida do nistagmo. Em pacientes comatosos, nenhum movimento corretivo (rápido) ocorre. Então, com a água gelada os olhos se desviam tonicamente em relação a orelha irrigada. Teste calórico bilateral e simultâneo pode ser usado para avaliar movimentos oculares verticais, e que, no entanto, é menos confiável que o teste oculocefálico. REFERENCIAS: https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores- oculares CARLSON, Neil, 2013 KANSKU 2013 http://www.vertigemetontura.com.br/vias%20supranucleares %20-%20sistema%20motor%20ocular.pdf https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares CICLOPLEGIA É paralisia da musculatura ciliar ocular, resultante na perda de acomodação visual. Isso pode ser obtida através de fármacos; Isso ocorre pela contração dos músculos ciliares em resposta à ativação dos receptores, traciona o corpo ciliar para frente e para dentro é, consequentemente, relaxa a tensão sobre o ligamento suspensor do cristalino, permitindo que o cristalino fique mais abaulado; OBS: O músculo constritor da pupila é importante não só porque ajusta a pupila em resposta a intensidade da luz, mas também porque regula a pressão intraocular; Desenho da câmara anterior do olho EXEMPLO DE UMA AÇÃO NA REFRAÇÃO Ocasionalmente, um paciente com hipermetropia intensa e não corrigida aparentará possuir espasmo do reflexo de acomodação; no entanto, uma refração cuidadosa sobre ciclopegia revelará uma esotropia. acomodativa que foi precipitada ou desmascarada. Em tais casos o gerenciamento da correção consiste em prescrever a refração cicloplégica completa.. ATROPINA 1-FARMACOLOGIA: É um agente anticolinérgico que atua bloqueando a acetilcolina nos receptores pós-sinápticos do sistema parassimpático, impedindo assim a estimulação do músculos ciliar e esfíncter da pupila com consequente cicloplegia e dilatação pupilar; É absorvida pela córnea, conjuntiva e o sistema nasolacrimal, sendo posterior hidrolisada pelo fígado e excretada pelo rins; Pacientes com íris de coloração mais escura são mais resistentes a dilatação pupilar com atropina do que os de íris de pigmentação mais clara; 2- USO CLÍNICO: Utilizado como coadjuvante no tratamento das inflamações do segmento posterior; É utilizado em cirurgia de descolamento de retina, para obter uma midríase duradoura tanto no trans-operatório quanto no pós-operatório; Por ser um cicloplégico potente, geralmente é usada na refração estática de crianças e jovens com suspeita de hipermetropia latente ou esotropia acomodativa 3-EFEITOS ADVERSOS OCULARES: Dermatite de contato; Risco de fechamento de ângulo em portadores de glaucoma de ângulo estreito; Elevação da PIO; Conjuntivite papilar alérgica; Ceratite superficial; 4- CONTRA-INDICAÇÕES Glaucoma de ângulo estreito; Pacientes com historia prévia a reação sistêmica grave a atropina; Portadores da síndrome de Down; HOMATROPINA 1- FARMACOLOGIA É um parassimpaticolítico semelhante a atropina, porém mais fraco e com tempo de ação mais curto; O efeito cicloplégico e midriático e mais rápido que o efeito do fármaco atropina; Enquanto a duração da cicloplegia é maior do fármaco homatropina que o de ciclopentolato; 2- USO CLÍNICO Utilizado para se obter midríase pré e pós-operatório para auxilio óptico em caso de opacidade axial do cristalino; Pacientes com iridociclites; Boaopção para substituir a atropina em indivíduos sensíveis; OBS: Não é o fármaco de 1 escolha para refração sob cicloplegia e exames de fundo de olho. 3-EFEITOS ADVERSOS OCULARES Conjuntivite; Edema palpebral; 4-CONTRA-INDICAÇÕES São as mesmas da atropina; Toxicidade para o SNC em idosos CICLOPENTOLATO 1-FARMACOLOGIA É um potente parassimpaticolítico; O efeito cicloplégico é superior homatropina com inicio mais rápido e duração mais curta; 2- USO CLÍNICO Utilizado para produzir cicloplegia e midríase; Fármaco para escolha na refração estática em pacientes estrábicos com mais de 4 anos ou não estrábicos de qualquer idade; Pacientes portadores de iridociclites; 3-EFEITOS ADVERSOS OCULARES Elevação da PIO; Pode precipitar a crise de glaucoma agudo em olho com seio camerular estreito; Lacrimejamento; Sensação de queimação ocular; Ardor; 4-CONTRA-INDICAÇÕES Pacientes portadores de glaucoma com ângulo estreito; Pacientes que apresentam hipersensibilidade a fórmula do medicamento; TROPICAMIDA 1-FARMACOLOGIA É um parassimpaticolítico de ação rápida e tem efeito mais midriático do que cicloplégico; Difunde com muita facilidade na porção lipídica do epitélio corneano, o qual torna o efeito mais rápido do medicamento; 2- USO CLÍNICO Usado para cicloplegia e midríase de curta duração; Utilizado junto com a fenilefrina na cirurgia de catarata; Neste fármaco, a pigmentação da íris não influência na dilatação da pupila; 3- EFEITOS ADVERSOS OCULARES Pode elevar PIO; Desconforto e ardor; 4-CONTRA-INDICAÇÕES Pacientes hipersensíveis a fórmula do medicamento; Glaucoma de ângulo estreito; PROPRIEDADES Concentração Máxima(min) Recuperação(dia) Atropina 1,0 % 60 a 180 7 a 12 Homatropina 1,0 % 30 a 60 1 a 3 Ciclopentolato 0,50 a 1,0 % 30 a 60 1 Tropicamida 0,50 a 1,0 % 30 a 45 1/4 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA DANTAS, Adalmir Morterá, Fisiologia, farmacologia e patologia ocular (série oftalmológica brasileira), 3º edição, Rio de Janeiro, ed. Cultura médica: Guanabara/Koogan, 2013 KANSKI, Jack J.; BOWLING, Brad. Oftalmologia Clínica: Uma abordagem sistêmica 7 ed. Rio de Janeiro. Editora Elsevier, 2012 YANOFF, Myron; DUKER, Jay S. Oftalmologia. 3.ed- Rio de Janeiro: Elsevier, 2013 SÁ, Luis Carlos F., PLUTT, Mauro. Acomodação. Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf, acessado em 05/05/2017; RANG, H. P., DALE, M.M.- Farmacologia. 7ª edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2012 http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf (81) 99597-3885