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Prévia do material em texto

AUTORES Equipe GEMO 
 
 
JAMERSON DIAS 
Tec. em Óptica e Optometria 
bacharelando em Optometria 
 
 
 
 
ALEXANDRA BARBOSA 
Tec. em Óptica e optometria 
Pós graduada em Ortoptica 
Pedagoga 
 
 
 
DANILO FRANCO 
Tec. em optometria 
Bacharel em Optometria 
Pós graduando em Ortoptica 
 
 
 
 
WILSON SARAIVA 
Tec. em Optometria 
 
Apresentação 
Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em 
buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. 
 
Optometria uma nova visão para todos. 
Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia 
na aprendizagem dos passos da ficha clínica de optometria. além dos 
testes, que são de grande interesse ao profissional da saúde visual, os 
textos são pequenos e mostramos apenas pontos específicos e 
necessário para o entendimento e de cada teste. 
 
Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo dos 21 passos 
da ficha clínica de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos 
e conhecimentos. 
ÍNDICE 
 
• Anamnese 
• Acuidade Visual 
• Oftalmoscopia 
• Motilidade (Kappa, Duções, Versões E Hirschiberg) 
• Ceratometria 
• Reflexos 
• Retinoscopia Estática 
• Retinoscopia Dinâmica (Bell, Book Getmam, Mem E Nott) 
• Testes Cores E Contraste (Ishihara, Semsibilidades) 
• Reservas Fusionais Positivas E Negativas RFP E RFN 
• ARP E ARN Acomodação relativa positiva e negativa 
• AA Amplitude De Acomodação E FA Flexibilidade De Acomodação 
• A/Ca Acomodação por convergência acomodativa, 
• PPC Ponto próximo de convergência 
• Maddox 
• Worht 
• Cover Test 
• Subjetivo E Afinação 
• Bicromático 
 
 Anamnese é uma palavra de origem grega. 
 Ana = trazer de volta 
 Mnesis = memória. 
 
 Ao optometrista, anamnese significa tudo que se refere á memorização dos 
sinais e sintomas da moléstia. 
 
 Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que 
se relacionam com a doença e à pessoa doente. 
Conduta do exame optométrico 
 Durante um exame optométrico, há muitos passos que finalizarão em um diagnóstico 
e a adoção de uma conduta que resolva motivo da consulta. 
 Os passos estão divididos em obrigatórios ou complementares. 
 
Conduta do exame optométrico 
 A ANAMNESE é um passo obrigatório do exame, tanto do ponto de vista clinico, 
quando do ponto de vista jurídico. 
 É a partir da anamnese que serão definidos: 
 1 – Qual é o diagnóstico mais provável? 
 2 – Qual é a etiologia mais provável? 
 3 – Qual é o próximo passo no diagnóstico? 
 
 
ANAMNESE é o principal passo do 
exame? 
 Atualmente, o que se tem observado é que cada vez mais os profissionais de 
saúde falam menos com seus pacientes. No entanto, 
60% dos diagnósticos são feitos na anamnese, 
30% no exame de rotina 
 10% nos exames complementares. 
 
60% 
30% 
10% 
Anamnese X Tempo 
 Equivocadamente, acredita-se que exames complementares resolverão os 
problemas de comunicação entre profissional e paciente. 
 A adoção desta prática é considerada desumana e desgastante ao paciente, além 
da possibilidade de falsos positivos. 
 
Portanto, valorize a anamnese, aqui se começa a construir a relação optometra-
paciente. A anamnese não é cara, mas laboriosa. Se bem feita, você ganhará tempo 
nas próximas etapas optométricas. 
 
O QUE DEVO FAZER 
PARA REALIZAR UMA BOA ANAMNESE? 
 Em primeiro lugar, seja observador e saiba que você também está sendo observado. 
 O optometrista observa todos os detalhes do paciente, ou mesmo de acompanhantes, 
desde o momento que o mesmo entra no consultório 
 Desta forma, é possível colher informações a respeito da saúde do paciente de forma 
verbal e não verbal. 
 Dentre muitos sinais não verbais, os que são mais comumente observados na consulta 
optometrica são: 
 Dificuldades motoras 
 Dificuldades de marcha 
 Dificuldades de comunicação 
 Mal estar 
 Mal humor 
 Excesso de piscar 
 Intolerância a iluminação 
 Diminuição da fenda palpebral 
 Posição viciosa da cabeça e ombros. 
 Tédio 
 Ira 
 Medo 
 Expressão facial 
 É extremamente importante que o 
profissional, esteja atento para captar 
informações não verbais ou corporais, 
diferentes das que estão sendo 
verbalizadas. 
Postura profissional 
 A comunicação á mais fácil quando estamos sentados ou em pé confortavelmente, não 
tensos, e sentados na ponta da cadeira; 
 Não devemos cruzar os braços, cerrar os punhos ou cobrir parte da face com as mãos; 
 Não demonstro pressa, não fique olhando relógio ou celular; 
 Nunca mostre impaciência; 
 Mantenha distancia culturalmente aceitável; 
 Não ter luz direta atrás do paciente ou examinador. 
 
 E principalmente ouvir 
Aparência do profissional 
 O uso de um jaleco pode ou não auxiliar a comunicação. Há pacientes que sofrem 
de síndrome do jaleco branco por exemplo, ou crianças com histórico traumáticos 
de visitas a profissionais da saúde, que acabam não colaborando com o exame 
quando encontram o profissional assim vestido. 
 Todavia, na maioria dos casos, o uso de jaleco, funciona bem e passa segurança 
suficiente para que o paciente confie no profissional. 
Expressão Facial 
Manter o contato visual tanto quanto possível. Observar os olhos do paciente 
e as expressões faciais do mesmo de acordo com a progressão da anamnese. 
 Distrações com ruídos, rádio, TV, telefones e celulares, limitam a 
comunicação. 
 
 Solicite ao paciente que diminua o volume do som, desligue o celular. 
A privacidade é essencial. 
 O consultório de optometria deve ter boa iluminação. 
 As paredes devem ser limpas e de cores neutras 
 As cadeiras devem oferecer conforto e segurança. 
Ambiente 
Escute com atenção e motive o paciente a 
contar sua historia. 
A habilidade de escutar é tão importante como a 
de perguntar e é difícil de aprender. 
Boas técnicas de escuta levam o paciente a saber 
que você escutou o que ele disse, bem como 
permitem que o paciente corrija ou complemente 
sua percepção sobre o um sintoma, por isso, 
exercite. 
Facilitadores da anamnese 
 Confirmação: Quando a mensagem é simples e direta, a confirmação leva o 
paciente, a saber, que você o ouve e, sua resposta, o encoraja para prosseguir. 
 Ex: “eu entendo”, “tudo certo”, “okay” ( é como se você estivesse dizendo 
prossiga...) 
 Empatia: Durante a anamnese o examinador pode, por vezes, perceber algo de 
importância emocional para o paciente. O paciente se sentirá reconfortado se você 
identifica esta situação. 
 Ex. Paciente: “ ao acordar percebi que estava com o olho direito com uma mancha 
grande de sangue.” 
 Optometrista: “Imagino que deve ter se assustado...” 
 Sumário: É Frequentemente de muita valia para o entrevistador fazer breves 
sumários de relato. Isto é especialmente útil quando o relato do paciente for muito 
extenso, confuso ou desconexo. 
 Confrontação: significa fazer observações que implicam que foram reconhecidas 
discrepâncias. 
 Ex: “ você diz que não sofreu nenhum acidente ocular, mas não se estava fazendo 
uso adequado de EPI durante o trabalho.” 
 Silêncio: é uma das habilidades mais valiosas de escuta, porém, uma das mais 
difíceis de apreender, especialmente se você esta inseguro. 
 
 
 
 
ANAMNESE 
 
Exemplo: 
 Maria dos santos 
 10-jan-2017 
 R.G.1234-00 
 Clinica 
 50 anos 
 Rua A, 13, centro 
 1º ano médio 
 Do lar 
 Brasil 
 Clinico 
 há 1 ano 
 
• Nome completo: 
• Data: 
• Doc.. Identidade: 
• Local : 
• Idade: 
• Endereço: 
• Grau de instrução : 
• Profissão: 
• Nacionalidade: 
• Remetido por: 
• Ultimo controle: 
 
Identificação 
Motivo Principal 
da Consulta MPC 
Técnica: Iniciar com uma questão aberta permite ao paciente falar sobre sua historia 
 espontaneamente. 
EXEMPLOS: 
 
1 – Que tipo de problema ocular você tem?2 – Como estão seus olhos e sua visão? 
3 – Por que o sr(a) veio procurar um optometrista? 
4 – por que o sr(a) veio a consultório? 
5 – O que esta acontecendo com o sr(a)? 
OBS:. É necessário ter cuidado para não induzir o paciente. 
 
A partir do que o paciente descreva, busque mais detalhes, como local, horário, 
tempo, intensidade, frequência... 
Ex: 
Optometra: “o que esta acontecendo contigo?” 
Paciente: “doutor, tenho sentido dores de cabeça.” 
Optometra: “onde dói na cabeça? Sempre? Qual a intensidade da dor?” 
Paciente: “Na testa. Sinto dor sempre ao final do dia e são dores fortes.” 
 
 
 No motivo da consulta sempre 
escreva com as palavras do 
paciente reporta os sintomas, e as 
ponha entre aspas. 
Ex: 
 “Paciente reporta que não 
consegue ver de longe e não 
consegue ficar com olhos abertos 
quando esta exposto ao sol” 
Historia Mórbida Atual 
Esta etapa é uma sequencia da anterior. Aqui se dá inicio o raciocínio clinico . 
A partir de aqui em diante as palavras a serem escritas no prontuário devem ser 
palavras técnicas. 
Ex: 
1 Diminuição de acuidade visual para longe, 
2 fotos sensibilidade, 
3 Cefaleia frontal severa. 
 
 
ANTIGUIDADE DA MOLESTIA 
 Procura-se descrever o tempo em 
que iniciaram-se os sintomas ou 
sinais. 
 (dias, semanas, meses, anos) 
 
Antecedentes Pessoais 
 OCULARES 
Devem ser descritos todos os detalhes 
possíveis, incluindo tempo. 
- Uso de óculos 
- Trauma ocular 
- Tratamento ortoptico (qual?) 
- Uso de lentes de contato 
- Doenças anteriores. Etc.. 
Antecedentes Pessoais 
 SISTÊMICOS 
Informações da saúde geral do paciente e 
antiguidade das mesmas. 
- Diabetes (Compensada, descompensada, há 
quanto tempo). 
- Hipertensão arterial sistêmica ( compensada, 
descompensada, há quanto tempo). 
- Síndromes. 
- Quadro reumático. 
 
Antecedentes Pessoais 
 FARMACOLÓGICOS 
- Descrever fármacos de uso sistêmicos, e oculares, 
- frequência de uso (disciplinado, indisciplinado) 
- tempo em que faz uso, 
- Eficácia dos fármacos para o propósito do mesmo. 
- Etc. 
 CIRÚRGICOS: 
As cirurgias de interesse ao optometrista são 
- Oculares (estrabismo, catarata, pterígio...) 
- Neurológicas 
- Faciais, 
- Nasais, 
 TRAUMÁTICOS: 
 Os principais traumas de interesse ao optometrista são: 
- Oculares 
- Cranianos 
- Faciais 
- Cervicais e torácicas. 
 
 
 OUTROS: 
 Fica reservado a informações 
complementares que não se 
encaixam nos itens anteriores. 
Ex: 
- Intoxicações 
- Vícios 
- etc. 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
 Descrição de patologia sistêmicas ou oculares graves. 
 HAS 
 DM 
 Glaucoma 
 Cegueira 
 Outros 
São de importância clinicas os dados dos pais, irmãos e avós. 
 “O profissional é convidado a sofrer com 
o paciente, dividindo sua situação existencial 
(a qual também sugere um papel espiritual...)” 
 J. Med Phil 
1979;4:32-56 
 
 
Bibliografia: 
 http://www.gesepfepar.com/propedeutica/anamnese/ana
mnese.pdf 
 http://pt.slideshare.net/pauloalambert/anamnese-
prtica?next_slideshow=1 
Definição 
 Pode se definir como a capacidade de perceber e diferenciar os estímulos 
separados por um angulo determinado (alfa), ou de outra forma é a capacidade 
de resolução espacial do sistema visual. (MARTÍN; VECILLA) 
 A AV clinicamente normal se situa em torno de AV = 1,0 ou AV = 20/20 por 
influencia de diferentes fatores, tanto físicos como fisiológicos e psicológicos. 
 Fatores Físicos 
 A sala: iluminação. 
 Os optotipos: iluminação, cor, contraste, tipografia e distancia do sujeito. 
 Do olho: tamanho e difração pupilar, ametropia e aberrações ópticas. 
 Fatores Fisiológico 
 Densidade ou disposição: dos fotorreceptores 
 Excentricidade da fixação: a máxima AV é na fóvea. 
 Motilidade ocular 
 Idade do sujeito: A AV é muito baixa ao nascer e melhora com a idade para 
estabilizar e decair lentamente a partir dos 40 a 45 anos. 
 Monocularidade/binocularidade: A binocular é maior em torno de 5 a 10% que a 
mono. 
 Efeito de Medicamentos 
 Enfermidades oculares 
 Fatores neuronais: Transmissão das informações pelas vias neurais. Fatores 
Físicos 
 Fatores Psicológicos 
 Experiências previas com a correção. 
 Fadiga física ou psíquica. 
 Motivação ou tédio, sobre todas as crianças. 
 
 
Fatores que afetam a AV 
Definição 
 Segundo (DEL RIO 1966), a acuidade visual é determinada pela capacidade visual 
expressa pelo mínimo visível, mínimo separável, poder de alinhamento e 
potencialidade de discernir a cor e forma dos objetos. 
 
 Mínimo visível objetos mais pequenos diferençável. Circulo, quadrado em fundo 
branco. 
 Mínimo separável a pequenas interrupções dos pontos. Corresponde a distância 
que a retina ocupa em diâmetro de um cone foveal. 
 Mínimo reconhecível capacidade do sistema visual de reconhecer corretamente 
formas ou objetos ou sua orientação. 
Classificação AV 
 Numero e disposição do optotipo 
 Angular (Não envolvem fatores cognitivos) 
 Baseado no mínimo visível. 
 C de Landolt; Objetos isolados; 
 
 Morfoscópica (Influenciada pela inteligência intelectual e cultural do individuo) 
 Baseado no mínimo separável. 
 Tabela de Snellen; Números e Letras. 
 
 Distância do objeto 
 Longe (6 a 4 mts) 
 Perto (33 cm, varia de acordo com a distância de trabalho) 
 
 Monocular 
 Binocular 
 
Tipos de Optotipos 
Optotipos de Letras 
Optotipo de números Optotipos direcionais 
Optotipo de figuras 
Optotipo bicromatico 
Hermann Snellen 
Em notação Logmar 
Duocromo 
New York Light House 
Anel de Landolt 
Optotipo perto 
Carta de Jager 
Anotação da Acuidade Visual 
 Fração de Snellen 
 Expressa o tamanho angular do optotipo especificando a distância do teste. 
 Ex: 20/200; 200 distância que se vê como ângulo de 5’. 
 
 Escala Decimal 
 Resolve a fração de Snellen a um só número. 
 Ex: 20/20 = 1,0 ; 20/200 = 0,1 
 
 Mínimo ângulo de resolução (MAR) 
 
 Logaritmo do mínimo ângulo de resolução (LogMAR) 
Anotação da Acuidade Visual 
Equivalente para Snellen, Decimal e LogMAR 
Snellen (mt) Snellen 
(pés) 
Decimal LogMAR 
6/61 20/200 0,1 10 
6/30 20/100 0,2 5 
6/21 20/70 0,3 3.5 
6/15 20/50 0,4 3.5 
6/12 20/40 0,5 2 
6/9 20/30 0,6 1.5 
6/8 20/25 0,8 1,25 
6/6 20/20 1 1 
Equivalência das diferentes notações de perto para AV (AREVAIO, 2005) 
Equipamentos utilizados 
 Oclusor: ocluir o olho que não deve ser estimulado. 
 Furo estenopeico (furo de 1 a 1,5 mm): O emprego deste elemento e seu método 
também ajudam nos procedimentos do subjetivo, especificamente no caso em que o 
paciente não recupera a AV com a melhor correção obtida, caracterizando suspeitas 
patológicas. 
 Tabela para longe: determinar acuidade visual longe 
 Tabela para perto: determinar acuidade visual perto. 
Acuidade Visual para Longe 
 Define a distância de longe dentre 6 a 4 mts 
 Realizado com correção (S/C) e com correção (C/C), caso haja. 
 Ocluir OE do px com oclusor 
 Ler a linha do optotipo conforme apresentado 
 Para quando o px equivocar-se com 50% ou mais do nível. 
 Anota-se o valor da AV correspondente a linha, deduzindo as letras ou símbolos 
que omitiu. 
 EX: 20/40-2 
 O procedimento deve ser repetido para o outro olho e de forma binocular. 
 Em caso de AV acima de 20/20 deve-se realizar o procedimento usando o furo 
estenopeico. 
 
Acuidade Visual Longe 
para Baixa Visão 
 Aproximar o optotipo em 50% ou mais e definir o resultado encontrado x2 até 4x. 
 Caso não leia avaliar a capacidade de contar dedos (CD), movimento da mão 
(MM) ou percepção de luz (PL). Sendo anotado conforme a distância. 
 Ex: CD a 1m; MM ou PL. 
Acuidade Visual Perto 
 Utiliza-se tabelas para perto à 33cm ou 40cm. 
 Indicadas para avaliação dos defeitos da acomodação e presbiopia. 
 Iluminar a carta. Lâmpada de 40w a cerca de 60cm. 
 O paciente lê os textos, começando pelos maiores. 
 O menor texto lido sem erros ou hesitação é considerado a AV para perto. 
 Realizar o mesmo procedimento para OD, OE e em AO. 
 Ex: OD J4; OE J5; AO J3 
 O procedimento deve ser feito com e sem 
correção. 
 
Referencial bibliográfico 
 MARTÍN, R. H.; VECILLA, G. A. Manual de Optometría. 
Panamericana, 2010. 718 p. 
 MACIEL, A. C. S; Manual prático ilustrativo da optometria 
funcional. Grafique, 2015. 262 p. 
 
DEFINIÇÕES: 
 
O exame de fundo de olho (FO). consiste na observação das estruturas do segmento 
posterior do olho: cabeça do nervo óptico, papila, retina, vasos retinianos, artérias, 
coroide, macula, fóvea, vítreo.... 
O principal aparelho utilizado para realização do exame de fundo de olho é o 
OFTALMOSCÓPIO DIRETO, dentre outros aparelhos, como o oftalmoscópio indireto e a 
lâmpada de fenda. 
 
O fundo de Olho normal aparece vermelho quando a fonte de luz do 
OFTALMOSCÓPIO, emite primariamente luz de grande comprimento de onda, essa cor 
depende de: 
 
• Concentração do sangue nos grandes vasos Coroidianos 
 ( anastomosados ). Este é o componente vermelho. 
 
• Densidade do pigmento: 
 
a: epitélio pigmentar retiniano 
 
b: melanócitos da Coroide (componente marrom) 
 
• Tipo de intensidade da fonte de luz 
 
a: luz elétrica usual é uma luz vermelho-amarelada de grande comprimento de onda( 
componente amarelo). 
 
b: luz sem vermelho ou pequeno comprimento de onda, obtida por filtros verdes. 
• Como permite detectar fases iniciais de muitas doenças graves, a oftalmoscopia é 
um exame complementar de muito valor diagnóstico. Tem uma fiabilidade de 90-95%. 
Além das doenças oculares típicas a oftalmoscopia permite avaliar o sistema 
cardiovascular, o sistema nervosa central e a repercussão ocular da HAS e do 
Diabetes. 
A oftalmoscopia e uma técnica objetiva de suma importância na exploração clínica que 
permite diagnóstico de alterações oculares, 
• É o único exame que nos permite observar a vascularização ao vivo sem a 
necessidade de ato invasivo ao corpo 
A FINALIDADE DO EXAME DE FO É: 
 
• Observar a transparência dos meios refringentes; 
 
• Determinar a existência de patologias ou alterações 
oculares e o seguimento de sua evolução; 
 
• Determinar a fixação do paciente; 
 
• Avaliar aproximadamente o defeito refrativo, segundo 
a lente com a qual visualize o fundo do olho. 
OFTALMOSCOPIO 
 
 
 
 
 
• Filtro verde 
 
• Filtro azul cobalto 
 
• Grande abertura 
 
• Filtro polarizado 
 
• Reticulo de fixação 
 
• Pequena abertura 
 
• Fenda 
 
OFTALMOSCOPIA À DISTÂNCIA 
 
• Distancia de trabalho: 40 ou 50 cm; 
• Oftalmoscópio com a lente em 0 plano; 
• Avaliação do olho direito do examinado com o olho direito 
do examinador e vice-versa; 
• Avalia-se os reflexos de Bruckner e compara-se o reflexo 
 de cada olho. Reflexos simétricos, equivalentes em cor, 
 intensidade ou ausência de opacidades. 
• PUPILA: deve aparecer de cor vermelha mais ou menos 
intensa e sem nenhuma opacidade; 
• MEIOS INTRAOCULARES: se existir alguma opacidade, 
será vista como negra sobre o fundo vermelho; 
• LOCALIZAÇÃO DAS OPACIDADES: se existe uma 
opacidade deve-se localizá-la e determinar se é fixa ou 
móvel, No primeiro caso se moverá com o olho enquanto 
que no outro continua movendo-se quando o olho está 
estático. As opacidades móveis somente se localizam no 
vítreo ou câmara anterior; 
• Anotaçõe: Bruckner presente e simétrico, meios 
transparentes. 
OFTALMOSCOPIA DIRETA 
 
• Paciente posicionado um pouco abaixo do eixo visual do examinador olhando para 
um ponto em visão de longe; 
• Ambiente com iluminação reduzida; 
• Com o oftalmoscópio na mão direita examina-se o olho direito do paciente; 
• Utilizando a roda de lentes, de potencias que vão desde +40 dpt a –35 dpt são 
estudadas estruturas como: 
 
1. pálpebras e córnea (+40dpt), 
2. câmara anterior (+20dpt), 
3. íris e câmara anterior do cristalino (+12dpt), 
4. corpo vítreo (+8, +6, +4dpt), 
5. até a retina (+2,0 a –2,0dpt). 
 
• À medida que se reduza de forma gradual a potência positiva da lente, o foco 
 de observação se estende para traz e para dentro do olho. 
Em cada uma das estruturas deve-se observar se estão transparentes e sem a 
presença de anomalias. 
 
 DICAS: 
 
Caso observe alguma opacidade, peça ao paciente que mova suavimente o olho 
horizontal e verticalmente, para determinar o lugar de colocação da opacidade. 
 
1. Movimento a favor: implica dizer que a opacidade está antes do ponto nodal (córnea, 
cápsula anterior do cristalino e/ou núcleo do cristalino; 
2. Movimento contra: implica dizer que está depois do ponto nodal (cápsula posterior 
do cristalino e/ou vítreo). 
 
Uma inclinação de (+ ou – 30 graus temporalmente), se realiza para chegar diretamente 
à cabeça do nervo óptico. 
OD 
 
PAPILA 
ESCAVAÇÃO 
ANEL 
MACULA 
FOVEOLA 
FIXAÇÃO 
RELAÇÃO A-V (VASOS) 
COR 
CRESCENTE 
LAMINA CRIVOSA 
 
OBSERVAÇÕES 
 
OFTALMOSCOPIA DIRETA 
 
Análises clínicos em Ambos os olhos. 
OE 
 
PAPILA 
ESCAVAÇÃO 
ANEL 
MACULA 
FOVEOLA 
FIXAÇÃO 
RELAÇÃO A-V 
COR 
CRESCENTE 
LAMINA CRIVOSA 
 
OBSERVAÇÕES 
 
PAPILA 
 
 
Observa-se: 
 
bordas: 
 
• Definidas, 
 
1. Planas, 
2. cor do disco (amarelo suave), 
 
• Tamanho e Forma 
 
1. redonda, 
2. inclinada, 
3. ovalada. 
 
ESCAVAÇÃO 
 
 
Analisar a proporção do diâmetro da 
escavação em relação ao diâmetro da 
papila. Anotação: 0,1 – 1,0. 
Obs.: Até 0,5 simétrico normal, além 
de 0,5 simétrioco anormal (suspeita de 
glaucoma) e diferença de 0,2 
assimétrico anormal (suspeita de 
glaucoma). 
 
Observa-se: 
 
 
• Forma; 
• Relação copa/disco; 
 
Mensurando relativamente o tamnho 
da escavação em relação ou fração, 
profundidade. 
ANEL 
Espaço compreendido entre a borda da papila e 
a borda da escavação, marca a entrada das 
fibras do nervo óptico e sua presença indica 
normalidade. 
Deve anotar-se como: 
 
• presente ; 
• ou quadrante (onde esta diminuído sua 
espessura). 
 
 SIMETRIA 
 
 Deve-se comparar a simetria de ambos dos 
olhos, as mudanças indicam o inicio de alteração 
ou possibilidade de patologias instauradas. 
MACULA 
 
Localizada no lado temporal da papila e 
aproximadamente a dois diâmetro s papilares 
de distância. 
 
 Observa-se: 
 
• o brilho foveal 
 
1. sua uniformidade; 
2. ausência de vasos. 
 
 É avascular cor vermelho cereja com um 
reflexo central brilhante “fóvea”. 
 
 
FIXAÇÃO 
 
Refere-se ao alinhamento de uma ou ambas as fóveas com um objeto ou busca. Esse 
alinhamento foveal se refere a fixação central. Sob condições monoculares, a fixação 
pode não ser foveal e em outros pontos retinianos podem desenvolver direções 
estratégicas da cabeça e do olho ao valor retiniano motor zero. 
 
• Fixação Central Estável; 
• Fixação Central Instável; 
• Fixação Excêntrica. 
VASOS 
 
Observa-se: 
• percurso desde a papila até a periferia, 
• tortuosidade, 
• cruzamentos arteriovenosos. 
 
As veias são de cor mais escura que as artérias e 
duas vezes mais grossas. 
 
• (relação 2:1) Relação artéria veia, 
• cruzamentos (sinais de Gunn), 
• artéria cilio-retinal, 
• tipos de vasos, 
• mudanças da cor, 
• diâmetro, 
• espessura, 
• vasos novos. 
COR 
Observa-se sua coloração e em geral seu conteúdo, pois não 
é normal ver manchas vermelhas ou brancas no fundo de 
olho, senão que deve estar limpo de qualquer alteração. 
Cor do fundo de olho: 
 
• vermelho pálido uniforme, com variações normais segundo 
a raça, o estado refrativo e a idade. 
FUNDO 
VERMELHO 
FUNDO 
TIGRÓIDE 
FUNDO CLARO 
(ALBINÓTICO) 
Epitélio 
pigmentar 
retiniano 
Pigmentação 
densa e uniforme 
Pequena 
pigmentação 
Escassa ou 
nenhumapigmentação 
Melanócitos 
Coridianos 
Obscurecida 
Pigmentação 
marcada 
Escassa ou 
nenhuma 
pigmentação 
 
Vasos 
coroidianos 
Obscurecida 
Visível rede 
vermelha, 
anastomoses e 
espaços 
intervasculares 
são preto-
acinzentados 
Visível como 
uma rede 
vermelha no 
fundo amarelo-
esbranquecido 
Fundo de olho normal 
Tigróide ( contrastes entre os espaços 
intervasculares escuros e claros), vasos 
coroidianos semelhantes a fitas. 
Fundo de olho normal 
Fundo albinótico, vasos coroidianos visíveis 
como uma rede anastomosada, espaço 
intervasculares amarelo bem claro, cor do 
disco quase igual ao do fundo 
Fundo de olho normal 
Vermelho uniforme 
E escavação fisiológica 
CRESCENTE 
TIPOS: 
 
• Escleral, 
• coroidal, 
• Pigmentaria, 
• atrofia peripapilar 
 
VARIAÇÕES: 
 
• Adquiridas; 
• Congêntias. 
Atrofia peripapilar 
coroidal 
Escleral 
Pigmentaria 
LÂMINA CRIVOSA 
 
 Tecido conectivo fibroso e elástico e glial. É a borda posterior da esclera que forma o 
canal. 
Visualiza-se na base da copa. 
Aumentar a lente negativa desde o bordo papilar até observar a lâmina crivosa. Tendo 
em conta a diferença entre a lente inicial e a final (cada 3.00 D equivale a 1 mm de 
profundidade). 
Alguns Achados associados a 
hipertensão arterial sistêmica (HAS), 
Exsudatos duros 
 Retinopatia 
hipertensiva com 
compressão 
arteriovenosa 
importante. 
Estreitamento arteriolar difuso 
grave (artérias em fios de 
prata). 
Hemorragia retiniana 
Alterações agudas: edema de papila 
importante e grande quantidade de 
exsudatos duros e moles e hemorragias 
de retina. 
Edema papila 
Hemorragia 
em chama de 
vela 
Microneurismas 
hemorragias manchas vermelhas e 
amarelas (pus) espessuras dilatadas das 
artérias e veias com deformidades nos 
vasos. 
Alguns Achados associados 
ao Diabetes mellitus (DM), 
retinopatia diabética proliferativa 
avançada, complicada com 
descolamento tracional da retina. 
hemorragias do tipo dot in blot nos 4 quadrantes e 
irregularidade da parede venosa, classificando-a como 
retinopatia diabética não-proliferativa grave. 
Neovascularização 
hemorragias em pontos borrão 
severas, lesões nos vasos, exsudatos 
hemorragias em pontos barrão, 
exsudatos e edema macular 
 
RETINOPATIA 
HIPERTENSIVA 
DM Diabetes Melito 
Trombose da Veia 
Central da Retina 
Glaucoma 
SINAIS 
Cefaleia, desfocamento 
e baixa na ACV 
Diminuição da acv, 
Baixa na Visão 
Diminuição Unilateral da 
acv 
Dor Ocular, perda de 
Visão Periférica, 
Vômitos e Cefaleia 
Quadro de Sintomas e 
Sinais em (HAS), (DM), 
(OVCR) e Glaucoma 
ACHADOS OBJETIVOS NO FUNDO DE OLHO 
Localização Bilateral Geralmente Bilateral Unilateral Geralmente unilateral 
Cabeça do nervo 
óptico 
Pouco saliente 
Normal na cor e 
delimitação 
Mal delimitada 
difuso, escavações 
elevadas, 
baiometamentos 
Vasos Retinianos 
Bilateralmente: 
constrição de Artéria; 
Veias dilatadas e 
tortuosas com 
cruzamentos de GUNN, 
artérias em "fios de 
prata", duplos contornos 
Dilatação fusiforme, 
Veias dilatadas com 
extensão vasculares da 
parede do vaso e 
neovasos 
Bilateralmente: 
constrição de Artéria; 
Veias dilatadas e 
tortuosas com 
cruzamentos de GUNN, 
variação do calibre, 
arcos de cruzamento de 
Salus 
Constrição de Artéria; 
Veias dilatadas e 
tortuosas com 
cruzamentos de GUNN, 
variação do calibre 
Retina 
Alterações bilaterais: 
hemorragias, turvação 
isquêmica, peripapilar 
da retina 
Alterações temporais: 
irregularmente 
distribuídos, pontos em 
chama de vela, 
microneurismas e 
esxudatos. 
Achados unilaterais: 
hemorragias maciças 
até à periferia, focos de 
degeneração, de cor 
branca 
Alterações temporais: 
perdas de fibras 
nervosas, pontos em 
chama de vela e 
escavações 
ALTERAÇÕES FUNCIONAIS 
ACV 
Diminui em alguns 
casos 
Diminui em alguns 
casos 
Diminuída Diminuída 
Campo visual Geralmente normal Geralmente normal normal 
Com perca e ameaça 
inicial à fixação 
Mancha Cega normal Geralmente normal Geralmente normal Geralmente normal 
EXAME GERAL 
Sistema Vascular Hipertensão 
alta taxa de glicose, 
Diabetes 
Frequente hipertensão 
ou esclerose arterial 
Frequente hipertensão 
Função Renal Diminuída 
As vezes Diminuída, de 
acordo com o estagio 
da DM 
Diminuída normal 
Referencias: 
 
Jack J. kanski 
Brad Bowling 
Oftalmologia Clinica uma abordagem Sistemática 
5°, 6° e 7° edição 
 
Arno Nover 
Fundo de olho 
5° edição 
 
Myron Yanoff 
Jay S Duker 
Oftalmologia 3° edição 
 
Theo Dorion 
Manual de Exames do Fundo de Olho 
 
Mark W. Leitman 
Manual de Exames e Diagnóstico Ocular 
7° edição 
 
Apostila IRV 
 
 
 
 RS OI OI RS 
 
 RL RM RL 
 
 
 RI OS OS RI 
 
OE OD 
 O estudo do sistema de motilidade ocular ou sistema oculomotor 
está associado à musculatura, aos nervos e as vias neurais. Os testes 
motores avaliam a fisiologia motora e sensorial do paciente a nível 
monocular e binocular. É preciso saber que existem os músculos 
extrínsecos do olho que são seis: quatro são retos: superior, inferior, 
medial e lateral e dois oblíquos: superior e inferior. 
 Os músculos contraem e relaxam de acordo com a 
movimentação desejada, movimentando o globo ocular de maneira rápida, 
precisa e coordenada, garantindo o posicionamento da imagem na fóvea, 
que é a região de maior precisão sensorial. 
 
MOTILIDADE OCULAR 
 
 
 
 
 
 
 Ducções – movimentos monoculares distintivos . Serve para confirmar ou 
descartar paralisias ou paresias de um ou mais músculos extraoculares. E 
necessário ter fixação central. 
 
 Monocular 
 Luz a 40 cm 
 Avaliação dos Movimentos em X 
 Lei de Inervação Recíproca de Sherrington 
 ¨ A inervação aumentada de um músculo diminui a inervação do músculo 
antagonista¨ 
• Versões - movimentos binoculares conjugados dos olhos .Determinam a 
hipofunção ou hiperfunção de um ou mais músculos. 
 
 Binocular 
 Luz a 40 cm 
 Avaliação dos Movimentos em H 
 Lei de Hering 
 ¨ Um determinado músculo de um olho tem seu músculo junta em outro 
olho, atua ao mesmo tempo por receber a mesma carga inervacional¨ 
 
 
 Reflexos Pupilares 
 Pupilas 
 Assegura e garante uma adequada entrada de luz no olho 
 Regulada pelo sistema nervoso Simpático e Parassimpático 
 SNS dilatação pupilar (midríases) 
 SNP contração pupilar (mioses) 
Hirschberg 
 
 Reflexo formado no centro pupilar como resultado do alinhamento 
dos eixos visuais ( eixo visual da fóvea e eixo visual da luz ). 
Consiste em iluminar os olhos do paciente e observar e observar os 
reflexos luminosos sobre as córneas. 
 
* Realizado com luz 
* Binocular 
* 30cm 
 
 
FORMAS DE ANOTAÇÃO: 
 
Centrado: Posição simétrica central, superior, inferior, nasal ou temporal. 
Exemplo: Hirschberg centrado nasalmente em ambos olhos. 
 
Descentrado: Descentraçaão nasal, temporal, superior e inferior em olho 
direito ou esquerdo. 
 
 Ângulo Kappa 
 
 Formado entre o eixo visual e o eixo pupilar ( da imagem até a 
fóvea) , ajuda no diagnostico de micro estrabismos. Se oclui um olho 
e se coloca uma luz apontada para o olho desocluído e se observa o 
reflexo corneal. 
 
* Realizado a 33cm / 
* Com luz 
* Monocular 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. 
 
 Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência 
Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 
 
 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi GironaSalgado.Edição 
UPC.1993. 
 Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick 
 
 
 
 
Ceratometria 
REQUISITO: 
 
 Para realizar a ceratometria necessita-se transparência corneal e 
uma superfície regular que permita o reflexo das miras. 
 
 é necessário certo grau de colaboração por parte do paciente. 
 
 
ETIMOLOGIA (origem da palavra): 
 
 CERATOS: córnea 
 METRIA: medida 
 Definição: Medida da córnea 
 
Ceratometria 
 É uma técnica clínica objetiva que se utiliza para medir a curvatura da 
superfície anterior da córnea, e conhecer o valor do astigmatismo corneal já 
que a córnea é um elemento importante na refração ocular. 
 
A informação que nos proporciona o ceratômetro é de grande ajuda, em 
pacientes que apresentam um reflexo retinoscópico pobre pela existência de 
opacidades nos meios intra-oculares ou bem por apresentar um elevado 
defeito refrativo. 
 
Também é de grande utilidade quando há pouca colaboração no exame 
subjetivo por parte do paciente (crianças, pessoas com problemas 
psicológicos...) ou ainda em pessoas que desejam uma adaptação de 
lentes de contato. 
 
Ao realizar a medida ceratométrica também obtemos informação da 
estabilidade da superfície corneal, como pode ser, a presença de ceratocone, 
ou ainda de anormalidades degenerativas que afetem a córnea, e também 
em controlar a evolução da ceratometria radial, ceratoplastias ou outras 
cirurgias corneais. 
 
 
Serve para determinar 
 
 A quantidade e o eixo do astigmatismo corneal. Relaciona-se de 
forma direta com o astigmatismo refrativo. 
 
 Em lentes de contato, a curva base e o tipo de lente a adaptar. 
 
 O estado corneal e controlar variações em sua estrutura. 
 
 A relação entre a curvatura corneal e o estado refrativo. 
 
 Há dois tipos de ceratômetros tipo Javal e tipo Helmholtz, e a diferença entre eles é 
a forma de duplicar e medir as imagens refletidas pela córnea. Há, atualmente uma 
grande confusão entre os profissionais que classificam os aparelhos pelo tipo de 
Mira utilizada. Para ambos os tipos de Miras. 
 
JAVAL 
HELMHOLTZ 
 O ceratômetro é constituído de um sistema de iluminação, que projeta as miras 
sobre a córnea e um sistema de observação, que analisará as imagens das miras 
refletidas pela córnea, agora objeto. 
 
 O ceratômetro mede apenas a área central da córnea, daí a importância da 
centralização das imagens. 
 
 A área de córnea medida depende de sua curvatura, assim uma córnea mais 
plana mede uma área maior e uma córnea mais adequada mede uma área 
menor. O diâmetro de área medida varia entre 2,5mm e 4,0mm. 
 
1- Ceratômetros com miras ( retângulo e pirâmide). 
1º passo: Ajustar a ocular. 
2º passo: Posicionar o cliente e faz-se os ajustes. 
3º passo: Centralizar a linha de fé em relação ás miras. 
4º passo: Determinar a posição do eixo para K e anotar. 
5º passo: Ajustar a Dioptria de K e anotar. 
6º passo: Girar o “canhão” 90º. 
7º passo: Ajustar a dioptria de K’ e anotar. 
 
 
 
 
 2) Determinar-se o eixo fazendo coincidir as linhas horizontais da pirâmide e do 
retângulo. 
Ex.: 
3) Ajuste-se a dioptria aproximando-se a retângulo de pirâmide, no eixo, até encontrarem. 
 Não deve sobrar espaço entre as miras, nem podem se sobrepor. 
Ex.: 
Tipo de Miras 
Ceratômetros com mira (circunferência com sinais). 
1º passo: Ajustar a ocular (pelo retículo de centralização). 
2º passo: Posicionar o cliente e ajustar o aparelho. 
3º passo: As circunferências os sinais duplicam-se, o eixo é determinado pela 
convergência ou sobreposição dos traços verticais do sinal positivo. 
4º passo: Ajustado o eixo, sobrepor os sinais de – (menos) e os traços horizontais do 
sinal positivo. 
5º passo: Anotar os valores de K, K’ e do eixo. 
Obs.: Não há necessidade de girar o “canhão”. 
 
Ceratômetro. 
 
Ocular: * Tudo no sentido anti-horário (para eliminar a acomodação). 
 * Ajuste até o 1º foco nítido. 
1º passo: Ajustar a ocular, pelo retículo (no caso 2 circunferência). 
 
Obs.: Neste tipo de aparelho ajustamos as duas medidas (horizontal e vertical) sem necessidade de girar o canhão 90º. 
Tipo de Miras 
Ajustar a ocular girando-a total, no sentido anti-horário, acrescentado desta forma a 
lente positiva que vai eliminar a acomodação. 
Girar a ocular até obter a 1º imagem nítida, interrompendo então o “giro”. A ocular 
estará ajustada. 
Se continuarmos a girar estaremos “deixando” o foco passar da retina, com a imagem 
continuando nítida por efeito de acomodação. 
 
2º passo: Com as miras duplicadas vemos três circunferências e o retículo, este deve 
ficar centralizado na circunferência do meio. 
 
Haverá foco para o olho, se a circunferência “central” aparecer nítida, não duplicada. 
Como o olho é dinâmico e pede presença do filme lacrimal, além dos movimentos 
oculares do paciente, 
devemos ficar ajustando esse foco o tempo todo, ou pelo menos quando desfocar . 
 
 
3º passo: Ajustar o eixo, pelo alinhamento dos traços 
verticais dos sinais positivos. 
4º passo: Ajustado o eixo, ajusta-se a dioptria de cada meridiano, o horizontal pela 
superposição dos sinais negativos (-) entre as circunferências central, esquerda e a 
vertical pela superposição dos traços horizontais dos sinais positivos (+) encontrados 
entre as circunferências central e superior. 
Obs.: Neste tipo de aparelho ajustamos as duas medidas (horizontal e vertical) 
sem necessidade de girar o canhão 90º. 
 
Ceratometro 
Dispõe de: 
 
1.Ocular: Serve para regular o aparelho de 
acordo com a visão do observador. Tornando a 
cruz preta o mais nítida possível. 
2.Tambor graduado em dioptrias que indica as 
curvas horizontal e vertical (no lado oposto da 
foto). 
3.Transferidor que indica a posição do eixo do 
astigmatismo. 
4.Ajuste do foco do aparelho sobre a córnea. 
5.Ajuste da testeira. Posiciona a distância do 
cliente. 
6.Elevação do conjunto. Regula a altura do 
conjunto. 
7.Fixador pós ajuste. 
8.Testeira. Aproxima ou distancia do cliente. 
9.Oclusor. 
10.Queixeira. 
11.Movimentador da testeira. 
12.Pino nivelador do olho com o centro do 
aparelho. 
é o principal instrumento do de 
partamento e Contatologia. 
Éutilizado para fazer ceratometria, 
ou seja, medir as curvaturas da 
córnea, assim como possíveis 
deformações. 
Ele mede a curva horizontal, 
vertical (ou outros eixos) e indica 
o eixo da curva K. 
Procedimento de 
Medição no Ceratometro 
 Posicione o cliente fazendo com que o queixo se adapte na queixeira e a testa 
encoste na testeira; 
 Oriente para que olhe fixamente para o centro do círculo ceratométricos, abrindo 
bem os olhos e não os movimente; 
 Usando o elevador ajuste nivelando o pino, o zero do transferidor e o centro do 
olho do cliente; 
 Gire o conjunto para a direita e esquerda, até encontrar o centro do olho, 
procurando divisar os círculos ceratométricos, e simultaneamente procurando o 
foco dos círculos ceratométricos; 
 Ajuste o foco até que os círculos se sobreponham com precisão, mantendo a cruz 
preta no meio do círculo central; 
 Faça que os sinais – e + se sobreponham 
 Procure o paralelismo entre os sinais negativos e positivos da imagem 
ceratométrica; 
 Gire o transferidor até que parte dos sinais + e – tornem-se paralelos. 
 Ajustando os tambores Horizontal e vertical, faça com que os sinais + e – se 
sobreponham, procurando o paralelismo (dos sinais) e mantendo o círculo 
central exatamente no centro da cruz preta da ocular. 
 Faça a leitura em dioptrias, tanto a curva menor (K) como a maior oposta. 
Estas curvas serão a referência para adaptação das lentes. Geralmente a curva 
menor é a horizontal, mas quando a curva k é a vertical, leia o eixo 
ceratométrico na parte superior do transferidor, próxima de 90º. 
 Quando os círculos aparecem deformados, perdendo a continuidade,é indício 
que há um ceratocone. 
 EIXO DO CILÍNDRICO NEGATIVO - Quando a curva ceratométrica menor está 
a 180º significa que o eixo da refração do cilíndrico ‘menos’ está a 180º. 
Quando a menor curva está a 90º o eixo cilíndrico negativo estará também a 
90º. Este conhecimento ajuda na hora de refratar. 
Imagens ceratométricas aproximadas 
do olho com Ceratocone demonstrado 
pelos círculos irregulares 
Imagens ceratométricas do olho normal 
Formas de Notação 
da Ceratometria 
1) Meridiano Horizontal /Meridiano Vertical x Eixo + Plano 
 
2) Meridiano + Plano/ Meridiano + Curvo x Eixo Meridiano + Plano 
 
3) Cilindro Eixo + Plano/ Meridiano + Plano 
 
4) Meridiano Horizontal x Eixo/Meridiano Vertical x Eixo 
 
 O cilindro é a diferença. 
 
MIRAS OVALADAS: Astigmatismo Corneal Alto. 
MIRAS ENTRECORTADAS: Cirurgia Refrativa, Corpo Estranho. 
MIRAS DISTORCIDAS: Queratopatias, Patologias Corneais. 
 
Videos 
 https://www.youtube.com/watch?v=CImL8dKoqBk 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=toGu1KgVJ-s 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=dFEgmHS5JY4 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=nWf3DwEfbBI 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=tPifVTStMqo 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=IeHMREwLES4 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=QjOpRKKdr84 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=LiLvsBY2VsA 
 
 https://www.youtube.com/watch?v=PR0wNipjZ3k 
 
 
 Material: 
- http://blogdooptometrista.blogspot.com.br/p/ceratometria.html 
 
 
REFLEX 
 
 Reflexo é uma reação corporal automática (mediata e constante) à estimulação. 
Ocorre quando reagimos de maneira instantânea e involuntária a estímulos ambientais. 
Alguns reflexos são inatos, como a flexão da perna de um recém nascido ao se fazer 
cócegas em seus pés. Outros são adquiridos, como o de se assustar ao ver um animal 
feroz ao nosso lado quando estamos distraídos. 
 
 Um reflexo atua um órgão sensorial (pele, olhos e ouvidos) ligado a neurônios 
sensoriais ou aferentes que o comunicam com a medula espinhal comunicando-a com 
um órgão efetor que executa uma resposta ao estímulo recebido (músculos ou glândulas). 
 
 Certos reflexos são fundamentais para a autopreservação do indivíduo. 
Tossir e espirrar, por exemplo, são reflexos que visam expulsar agentes irritantes das 
 vias digestivas e respiratórias. 
 
 Muitos reflexos permanecem entre os adultos, mas o recém-nascido tem 
alguns reflexos chamados de reflexos primitivos que desaparecem na medida em que 
o córtex vai se desenvolvendo totalmente. 
 REFLEXOS 
 
 Reações pupilares: 
 
 O reflexo fotomotor direto e consensual estão presentes desde o 7º - 8º mês fetal. 
Eles avaliam retina, nervos ópticos e nervo oculomotor. 
R E F L E X O F O T O M O T O R D I R E T O 
 Reflexo fotomotor direto: quando um olho é estimulado com um feixe de luz, a 
pupila deste olho contrai-se em virtude do seguinte mecanismo: o impulso nervoso 
originado na retina é conduzido pelo nervo óptico, quiasma óptico e tracto óptico, 
chegando ao corpo geniculado lateral. Entretanto, ao contrário das fibras relacionadas 
com a visão, as fibras ligadas ao reflexo fotomotor não fazem sinapse no corpo 
geniculado lateral, mas ganham o braço do colículo superior, terminando em neurônios 
da área pré-tectal. Daí, saem fibras que terminam fazendo sinapse com os neurônios 
do núcleo de Edinger-Westphal . Deste núcleo saem fibras pré-ganglionares que pelo I 
par vão ao gânglio ciliar, de onde saem fibras pós-ganglionares que terminam no 
musculo esfíncter da pupila, determinando sua contração 
C O M O R E A L I Z A R O F O T O M O T O R D I R E T O 
 1.Sob iluminação fraca, peça ao paciente para manter a fixação em um 
alvo distante, como uma grande letra na tabela de acuidade de Snellen. 
 2.Ilumine com uma lanterna diretamente o olho direito, aproximando-se 
pelo lado e por baixo. Não se posicione na frente do paciente ou permita 
que ele olhe diretamente para luz, o que poderia estimular o reflexo para 
perto e não permitir um teste preciso do reflexo fotomotor. 
 3.Registre o reflexo fotomotor direito no olho direito como Presente ou 
reagente, mas se quiser ser mais específico pode registrar em termos de 
intensidade (velocidade e efetividade da miose provocada) da resposta, 
graduada do 0, indicando ausência de resposta, até 4+, indicando uma 
resposta rápida e intensa. 
 4.Repita as etapas 1 a 3 no olho esquerdo. 
 
R E F L E X O C O N S E N S U A L 
 Reflexo consensual: pesquisa-se este reflexo estimulando-se a retina de 
um olho com um jato de luz e observando a contração da pupila do outro olho, 
verificando assim a integridade dos cruzamentos das fibras ópticas no 
quiasma e na comissura posterior. O impulso cruza o plano mediano por meio 
dessas estruturas, neste caso, da área pré-tectal de um lado, cruzando para o 
núcleo de Edinger-Westphal do lado oposto 
C O M O R E A L I Z A R O T E S T E C O N S E N S U A L 
 1.Na penumbra, com o paciente mantendo a fixação em um alvo distante, 
ilumine diretamente o olho direito do paciente, de modo idêntico utilizado no teste 
do reflexo fotomotor . Observe a constrição pupilar em ambos os olhos. 
 2.Mova o feixe de luz imediatamente e rapidamente sobre a ponte do nariz 
do paciente para o olho esquerdo, observando a resposta deste olho. 
Normalmente, a pupila se contrai levemente ou permanece com seu tamanho 
anterior . Se, em vez disto, a pupila se dilata sob iluminação (i.e., o reflexo 
luminoso direito é mais fraco do que o reflexo consensual), um defeito pupilar 
aferente relativo está presente, o que geralmente indica distúrbio do nervo óptico 
ou uma severa patologia retiniana. 
 3.Rapidamente, mova a luz de volta ao olho direito e avalie a resposta. Uma 
resposta normal novamente é uma leve constrição ou nenhuma mudança de 
tamanho. Uma dilatação simultânea representa uma resposta anormal. 
4.Repita as etapas 1 a 3 de modo rítmico, gastando intervalos de tempo iguais 
para iluminar cada pupila, até que esteja claro se as respostas pupilas são 
normais ou se uma pupila se dilata consistentemente. 
 5.Registre um defeito pupilar aferente relativo (DPAR) como Ausente ou 
não reagente, mas se quiser ser mais específico registre como 1+ a 4+, com 1+ 
indicando um defeito aferente leve e 4+ indicando uma pupila amaurótica, um 
defeito grave no qual o olho afetado não demonstra uma resposta direta à luz. 
Filtros de densidade neutra podem ser utilizados para uma quantificação mais 
precisa. 
 
REFLEXO DE BONECA 
 
 Reflexo de posição passiva. 
 
 Presente desde o 7º - 8º mês fetal desaparece por volta 
 dos 3 meses de idade 
 
 A rotação lenta da cabeça faz com que os olhos se movam 
 na direção oposta; se o movimento for mais rápido, pode- 
 se provocar um nistagmo. 
 
 Quando se rota, flexiona ou estende-se a cabeça da 
 criança, seus olhos permanecem fixos, não acompanham o 
 movimento da cabeça, parecendo deslocar-se em sentidoinverso; este reflexo é progressivamente inibido, isto é, 
 suprimido ou e logo substituído pelo reflexo de fixação 
 ocular que marca a capacidade da criança de fixar seu 
 olhos. 
 
REFLEXO OCULAR ATIVO 
 
 Quantifica o quanto bebê é capaz de movimentar 
 os olhos nas diferentes posições do olhar. 
 
 Recém nascido 
 
 A termo : movimentos horizontais 60° 
 
 movimentos verticais 30° 
 
 Há movimento dos oblíquos 
 
 Prematuro: movimentos horizontais 30° 
 
 movimentos verticais 10° 
 
 Não há movimento dos oblíquos 
 REFLEXO DE PISCADA REFLEXA 
 Reação condicionada. 
 
 Presente com um mês de idade para alvos grandes 
 
 para alvos pequenos apresentados no campo 
 periférico. 
apresentados no campo central e aos cinco meses 
SENSITIVO DE AFASTAMENTO 
REFLEXO DE FECHAMENTO PALPEBRAL 
SENSITIVO DE AFASTAMENTO 
REFLEXO OCULOVESTIBULAR 
 
 O Reflexo vestibulo-ocular refere-se a movimentos conjugados 
 compensatórios dos olhos que são induzidos por movimentos de 
 cabeça. Junto com o sistema optocinético, sua função é manter a 
 imagem estável 
 na retina durante os movimentos de cabeça. 
 
 Pode estar ausente ate a 3ª semana de vida. 
 
 A ausência do reflexo indica defeito visual sensorial ou atraso da 
 maturação visual. 
 
 REFLEXO DE ABERTURA PALPEBRAL 
REFLEXO ÓPTICO DE PAIPER 
 
 Reflexo olho-pescoço. 
 
 Opsistótonos frente a luz intensa. Inicio 1 a 3 meses. 
 
 Opsistótonos: espamos muscular;costas arquedas e 
 
 cabeça jogada para trás. 
 REFLEXO NASOPALPEBRAL 
 
 Piscar ao toque na base do nariz; 
 
 Desaparece aos 4 meses 
REFLEXO FOVEAL DE FIXAÇÃO 
 
 Área macular imatura. 
 
 A capacidade de decidir pela fixação num determinado objeto ou 
 porventura mudar essa fixação para um novo objeto representa 
 uma nova competência mais complexa que exige um 
 desenvolvimento cortical só adquirido após os três meses de idade. 
REFLEXO COCLEOPALPEBRAL DE ASSOCIAÇÃO 
 
 Inicia-se entre 6-7 meses. 
 
 Resposta ao som. 
 
 Som moderado: aumenta a fenda palpebral. 
 
 Som alto: fecha os olhos. 
REFLEXO DE MORO 
 
 Resposta de sobressalto; reflexo de sobressalto; 
 
 Resposta involuntária presente ao nascimento 
 
 que desaparece ao após os 3 -4 meses de idade. 
 
 Reflexo normal presente no RN e sua ausência é 
 
 anormal em RN. A presença em bebês de mais de 
 
 4 meses ou adultos também é anormal. 
 
 A ausência do reflexo de Moro em RN sugere 
 
 danos no cérebro ou medula espinhal. 
 REFLEXO DE BELL 
 REFLEXO DE LOCALIZAÇÃO ESPACIAL 
 REFLEXO DE LOCALIZAÇÃO ESPACIAL 
REFLEXO ÓPTICO VEGETATIVO 
REFERÊNCIAS 
INTRODUÇÃO 
 
As técnicas de retinoscopias há muito tempo tem sido parte do padrão da prática 
optométrica, e ao longo do tempo, inúmeras técnicas foram adicionadas e métodos 
foram modificados. Muitos optometristas esquecem a importância de uma ou de todas 
essas técnicas. 
 
 
 
O retinoscópio na verdade é uma consequência do oftalmoscópio. 
Em 1861, William Bowman observou as mudanças na luz e na 
 sombra que ocorriam dentro da borda pupilar quando 
 ele inclinava seu oftalmoscópio. 
 
 
O principio básico é o método da ponta da faca de Foucalt para determinar a potência 
focal de uma lente com o estado refrativo do olho que está sendo observado com uma 
lente desconhecida. 
“Assim, em teoria, o poder de refração do olho pode ser determinado pela localização do 
foco conjugado no espaço”. 
 
 
 JEAN BERNARD LÉON FOUCAULT WILLIAM BOWMAN 
 TEST ASPECTO AVALIADO 
DEMANDA 
COGNITIVA 
POSIÇÃO DO ALVO EXPECTATIVAS 
MEM 
Posicionamento da 
acomodação relativa à 
convergência 
 Moderado 
16 polegadas (40cm) 
ou distância de 
Harmon 
para alguns jovens 
 
 + 0.50 
DINÂMICA DE NOTT 
Posicionamento da 
acomodação relativa à 
convergência 
 Moderado 16 polegadas (40 cm) 
 
 + 0.50 
RETINOSCOPIA DE 
BELL 
Posicionamento da 
acomodação relativa à 
convergência 
 Baixo 
20 polegadas (50cm) 
no início do teste 
Movimento “a favor” 
entre 
14-17 
Polegadas. 
Muda para 
“contra” 
 entre 15- 
18 polegadas 
BOOK (GETMAN) 
Nível de 
processamento visual 
 Alto 
Distância Habitual de 
perto 
 
Alvo relatado 
MATERIAIS 
 
• Retinoscopio; 
• Refrator, Cx de prova; 
• Régua de esquiascopia; 
• Lente de trabalho (+1,50 ou +2,00); valor relativo a 
visão de longe 6m. 
• Manter os dois olhos abertos durante o exame; 
• Ponto de fixação de longe 6m; 
RETINOSCOPIA ESTÁTICA 
OBJETIVO 
 
Determina a refração objetiva de longe, os resultados desta 
prova servem como ponto de partida para o exame refrativo 
subjetivo. 
 
 
PREPARAÇÃO E PROCEDIMENTOS 
 
• O examinador se coloca a frente entre 50 a 65cm do px; 
• Olho direito do examinador examina o olho direito do px e vice e versa; 
• Realizar se a mais facilmente em luz tênue de sala; 
• Pede ao px que fixe na visão de longe, primeiro examina o olho direito; 
• Determina se o erro refrativo é esférico, cilíndrico ou misto; 
• Gira a fenda do retino 360° observando se há mudanças: 
 
1. Ruptura da luz; 
2. Estreitamento ou engrossamento da fenda; 
3. Obliquo; 
 
• Se o erro for esférico o reflexo na pupila será continuo sem ruptura; 
• Se o erro for astigmático o reflexo na pupila não será continuo havendo 
ruptura;• No caso de esférico quando o reflexo na pupila a fenda permanecem 
constante e na mesma direção da fenda; 
• No caso astigmatismo a medidas que o reflexo passa pela pupila o a 
fenda se mostra não alinhada a fenda. 
INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLINICA 
 
Observa se o movimento: 
 
• Se esférico apresentasse em movimento contra ou a favor; 
 
1. Se contra neutralizasse com lentes negativos; 
2. Se a favor neutralizasse com lentes positivas; 
 
Dica: procure sempre trabalhe com o reflexo a favor. Por esse motivo 
quando encontramos um movimento contra invertesse 
imediatamente em a favor colocando uma lente negativa maior que o 
necessário pra que se crie um movimento a favor e vai descendo o 
valor até que se neutralize 
 
• Se astigmatismo identificar primeiro os meridianos, logo neutraliza 
cada meridiano separadamente; 
 
 
Movimento contra 
(lente negativa pra 
neutralização) 
Movimento a favor 
(lente positiva pra 
neutralização) 
Astigmatismo neutralizasse os meridianos em 
duas posições perpendicularmente a 90° 
Calculo : 
Distância de trabalho +1,50 
Lente neutralização +3,00 
 
Desconta o valor da distância de 
trabalho 1,50 – (+300 régua)= +1,50 
valor refrativo encontrado. 
DETERMINANDO O VALOR DA 
RETINOSCOPIA 
 
Ex: miopia 
 
Px com distância de trabalho de +1,50 apresenta 
faixa contra sendo neutralizada com o valor 
de -1,25na régua de esquiascopia: 
 
 
Calculo : 
Distância de trabalho +1,50 
Lente neutralização -1,25 
 
Desconta o valor da distância de 
trabalho 1,50 – (-1,25 régua)= -2,75 
valor refrativo encontrado. 
“Obs. Se usarmos a LT lente de 
trabalho ao invés da distância de 
trabalho o valor encontrado 
será o valor final.” 
DETERMINANDO O VALOR DA 
RETINOSCOPIA 
 
Ex: hipermetropia 
 
Px com distância de trabalho de +1,50 apresenta 
faixa a favor sendo neutralizada com o valor 
de +3,00 na régua de esquiascopia: 
 
 
Calculo : 
Distância de trabalho +1,50 
Lente neutralização +5,00 a 180° 
E +2,50 a 90° 
 
Desconta o valor da distância de trabalho com o 
valor mais positivo 1,50 - (+5,00)= +3,50 
Ou 1,50 – (+2,50)= +1,00 da no mesmo apenas 
dará o resultado com cilíndrico positivo e eixo 
transpostos 
 
O astigmatismo é a diferença (-) entre os dois 
resultados encontrados +5,00 – 2,50= -(-)2,50 
 
 
Valor refrativo encontrado 
 +3,50 – 2,50 x 180° 
ou +1,00 + 2,50 x 90° 
DETERMINANDO O VALOR DA RETINOSCOPIA 
 
Ex: astigmatismo 
 
Px com distância de trabalho de +1,50 apresenta faixa a 
favor sendo neutralizada com o valor 
de +5,00 a 180° e +2,50 a 90° na régua de esquiascopia: 
 
 
RETINOSCOPIA DO MÉTODO DE ESTIMATIVA MONOCULAR (MEM) 
 
 OBJETIVO E DEMANDA COGNITIVA 
 
Esta técnica foi atribuída ao Dr. Harold Haynes no Pacific University College De 
Optometria. 
É um método que fornece uma medida estimada do posicionamento espacial de 
acomodação em relação ao local onde os olhos estão no espaço (convergência). 
Assim, pode haver um atraso, um adiantamento ou os dois componentes visuais 
podem ser coincidentes. (A demanda cognitiva é moderada). 
MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 
 
• Um retinoscópio; 
• Cartões com uma abertura, montados no retinoscópio (Os cartões podem ter letras 
impressas, palavras ou imagens que variam em tamanho de 20/160 (6/120) a 20/30 
(6/9); 
• O catão é colocado no retinoscópio a 40 cm (16 polegadas) do paciente ou, no caso 
de crianças, é colocado à distância Harmon do paciente e o paciente então usa suas 
lentes de compensação. 
• Feito monocularmente; 
• No entanto, ambos os olhos estão abertos e o paciente é instruído ler os alvos. 
Muitas vezes, lidos em voz alta para induzir uma demanda cognitiva maior; 
• O examinador varre a luz do retinoscópio em um dos olhos do paciente e observa o 
movimento do reflexo da luz. É feita uma estimativa da dioptria e, em seguida, o 
examinador interpõe rapidamente uma lente de prova suficiente para neutralizar o 
movimento do reflexo; 
• O examinador deve ter o cuidado de que a lente inserida altere a resposta 
acomodativa o quanto menos quanto possível; 
• A mesma técnica e repetida em seguida no outro olho do paciente. 
 
INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLÍNICA 
 
• Na maioria dos casos, haverá um reflexo "a favor" correspondente à acomodação 
posicionado mais distante do paciente do que o estímulo; 
• A quantidade de "atraso de acomodação" é o montante da lente positiva que 
neutraliza o reflexo; 
• O segredo aqui é que a quantidade de lente é estimada baseada na quantidade de 
movimento observado; 
• Embora a cor e o brilho mudem, isso não faz parte da avaliação. 
 
“Um número de estudos tem sido realizados para validar esta técnica e tem sido 
usada para medir com precisão o atraso de acomodação de forma objetiva”. 
RETINOSCOPIA DINÂMICA NOTT 
 
 
 OBJETIVO E DEMANDA COGNITIVA 
 
 Esta técnica foi desenvolvida por I. S. Nott com o objetivo principal idêntico ao 
método MEM, para fornecer uma medida objetiva do posicionamento espacial da 
acomodação em relação a onde o paciente está convergido. (A demanda cognitiva é 
moderada). 
 
 
MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 
 
• Um bloco reduzido de letras 20/20 (6/6) ; 
• colocado a 16 polegadas (40 cm) do paciente.; 
• O procedimento é realizado, tanto dentro como fora do foróptero; 
• O paciente coloca a lente de compensação e é pede-se para ler as letras. 
• O examinador executa a retinoscopia, afastando-se do plano de observação até 
que o movimento ser neutralizado; 
• A diferença dióptrica entre estas duas distâncias equivale ao atraso de 
acomodação. 
 
“Essa técnica é realizada em cada olho separadamente”. 
INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLÍNICA 
 
• Como no procedimento MEM, na maioria dos casos, haverá um reflexo "a favor" 
correspondente a acomodação mais distante do estimulo do paciente; 
• Além da medida acomodativa este método pode ser valioso na avaliação da 
estabilidade do sistema de resposta acomodativo; 
• Esse método é frequentemente estudado com e comparado com o método MEM. 
RETINOSCOPIA DE BELL 
 
 PROPÓSITO E DEMANDA COGNITIVA 
 
 Este método foi desenvolvido ao longo do tempo, principalmente pelos Drs. W.R. 
Henry e R.J. Appel. 
Essa técnica dá uma medida estimada do posicionamento espacial da acomodação 
em relação à convergência. 
Assim, pode haver um atraso, um adiantamento, ou os dois componentes visuais 
podem ser coincidentes. Ele também permite que o examinador veja os resultados 
das mudanças usando-se uma lente para perto. (A demanda cognitiva é baixa já que 
o paciente observa passivamente o alvo quando ele se move). 
MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 
 
• Alvo de visualização tridimensional; 
• O retinoscópio permanece em uma posição fixa e o alvo é movido. Este 
procedimento foi nomeado de Bell (sino ou campainha em Inglês) substituída por 
uma Wolff Wanda (uma bola de metal brilhante, ouro ou prata, de ½ polegada de 
diâmetro, montada na extremidade de uma haste) ou uma esfera translúcida.; 
• A varinha é segurada pelo examinador para que a bola esteja no nível do olho do 
paciente e meio caminho entre os dois olhos.; 
• A bola é então movida para mais perto e para mais longe do paciente ao longo desta 
linha média; 
• O retinoscópio é posicionado ligeiramente acima desta linha a uma distância fixa de 
50 cm. (20 polegadas) do paciente; 
• O paciente fixa o alvo e o examinador observa a direção do reflexo com ligeiros 
movimentos do retinoscópio; 
• A bola é movida em direção ao paciente lentamente e suavemente. Observa-se 
qualquer alteração no reflexo e o examinador observa, principalmente, o movimento 
do reflexo; mas, as mudanças de cor e brilho também podem ser observadas; 
• A distância do alvo do paciente quando a neutralidade é observada é anotada 
quando se observa uma alteração no movimento, na cor ou no brilho. 
 
INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO CLÍNICA 
 
• Com um paciente com hipermetropiaou com uma pessoa usando lentes 
compensatórias que correspondam ao estado refracional da distância, esperamos 
ver um movimento "a favor" no início da Retinoscopia de Bell; 
• À medida que o alvo é movido para mais perto do paciente haverá um ponto em 
que o movimento muda de "a favor” para "contra“; 
• O examinador deve continuar a mover o alvo mais próximo do paciente de três a 
cinco cm. (1 - 2 polegadas), em seguida, move-se o alvo para longe do paciente. O 
movimento "a favor" deve ser novamente visto em algum momento. 
Conceitualmente, o atraso de acomodação como uma medida linear está sendo 
avaliado sem o uso de lentes. A distância entre o retinoscópio e o alvo quando a 
mudança de movimento ocorre é uma medida física do atraso de acomodação; 
• Normalmente esperamos ver uma mudança de "a favor" para "contra" a cerca de 35 
- 42 cm. (14 - 17 polegadas) e uma mudança de "contra" para " a favor" entre 37 - 
45 cm. (15-18 polegadas); 
• Se o atraso de acomodação não estiver dentro destes intervalos, o procedimento é 
repetido com várias lentes de prova de potência relativa positiva até que uma 
combinação de lentes proporcione a mudança desejada na localização espacial; 
• Essa lentes são consideradas a prescrição de ponto próximo aceitável. Não basta 
supor que uma lente calculada a partir das medidas de Retinoscopia Bell terá o 
efeito desejado; 
• Deve-se realmente repetir o teste com a adição sugerida, nova correção 
anisotrópica ou cilindro no lugar; 
• Por exemplo, é possível no início do procedimento encontrar o movimento "contra", 
mesmo a 50 cm indicando-se excesso de acomodação. É então apropriado 
adicionar mais lentes e reexecutar o procedimento; 
• Se as lentes levam ao relaxamento da acomodação, um reflexo mais normal é 
visto. 
 
“Os dados aqui reunidos são de alguma forma semelhantes em termos de propósito 
para a Retinoscopia Dinâmica de Sequência Analítica, mas não requerem comparação 
com outros achados”. 
RETINOSCOPIA DE BOOK (GETMAN) 
 
 OBJETIVO E DEMANDA COGNITIVA 
 
 A Retinoscopia de Book foi desenvolvida no Instituto Gesell de Desenvolvimento 
Infantil na Universidade de Yale. 
Embora numerosos optometristas e outros profissionais tenham auxiliado em seu 
desenvolvimento, ela é mais identificada com o Dr. Gerald Getman. 
Originalmente, este tipo de teste foi desenvolvido para obter informações sobre o 
processamento visual de bebés não-verbais. Posteriormente a optometria começou a 
aplicar a técnica em muitos tipos de pacientes. 
O trabalho de Kruger é bastante favorável a esse método de retinoscopia. Sua 
finalidade principal é avaliar os processos cognitivos do sujeito ao ler. (A demanda 
cognitiva é alta). 
 
 
Dr. Gerald Getman 
MATERIAIS E PROCEDIMENTOS 
 
• Esta técnica é realizada na distância de trabalho habitual do paciente, enquanto 
suas lentes compensatórias habituais são usadas; 
• O paciente recebe material de leitura em diferentes níveis de dificuldade; 
• A Retinoscopia é realizada sobre a borda superior do material, enquanto o sujeito lê 
em voz alta; 
• O deve começar a dois níveis da abaixo do nível da leitura da criança; 
• Alternativamente, uma série de cartões (geralmente a partir do Gray Oral Reading 
Test) pode ser usado; 
• O teste destina-se a ser realizado na distância habitual de trabalho da criança; 
• A vantagem desta técnica é que a informação é recolhida em tempo real com uma 
tarefa que está próxima de sua situação normal de trabalho; 
• O examinador deve se esforçar para ficar o mais próximo possível de "eixo visual" 
enquanto a criança lê. Uma vez obtida a linha de base do nível de leitura, mais 
lentes positivas são usadas na distância e acima da distância para ver se ocorrem 
mudanças; 
• A quantidade de positivo pode ser baseada em outros resultados de ensaio, tais 
como o cilindro cruzado fundido ou outro processo "padrão" próprio à escolha do 
optometrista utilizando-se lentes de prova. 
INTERPRETAÇÃO E UTILIZAÇÃO 
CLÍNICA 
 
 Getman e Kephart descreveram os seguintes níveis de resposta com esta técnica: 
 
• Nível de leitura livre: Desejável, O reflexo varia de neutro para com e é brilhante, 
afiado e rosado. Nesta fase o sujeito está lendo e compreendendo o material 
facilmente; 
• Nível de instrução: Isto é mais exigente do que o nível de leitura livre. O reflexo é um 
movimento variado e rápido contra o movimento, enquanto a cor é brilhante, afiada, 
muito rosa e fluida; 
• Nível de frustração: Mesmo que o objeto esteja "focado" na página ele não está 
interpretando as informações corretamente. Um muito lento "a favor" com 
movimento lento, fosco e cor vermelha é visto. 
 
Uma vez que a resposta do paciente tenha sido determinada em vários níveis, as 
respostas podem ser julgadas apropriadas ou deficientes. O procedimento pode ser 
repetido com as lentes positivas apropriadas para determinar o efeito destas lentes de 
prova. 
Fonte 
OEP Foundation, 1921 E. Carnegie Ave., 3-L, Santa Ana, CA 92705, 949-250-8070, 
www.oepf. org. 
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Corresponding author: Kenneth C. Koslowe, O.D., M.S., FCOVD-A 10 Achimeir Stret 
Petach Tikva, Israel 972-3-933-2991 kenkoslowe@yahoo.com Date accepted for 
publication: 
. 
Tradicionalmente a visão humana se caracteriza pela medida de AV 
(Acuidade Visual), que é definida como o tamanho minimo de uma 
figura que um sujeito é capaz de reconhecer ou detectar, apresentados 
em condições de alto contraste em minima diferença de iluminação, 
em um texto extenso de bordas bem definidas e um campo uniforme. 
Apenas a AV não é suficiente para conhecer ou caracterizar 
completamente a visão, onde o mesmos detalhes que se 
indentificam a AV podem não ser o mesmo para variações de 
contrastes ou luminosidade, etc. A medida da sensibilidade 
ao contraste permite um maior conhecimento, em terminos 
globais da visão. 
ACUIDADE VISUAL 
CONTRASTE 
O paciente deve estar a 3m da tabela e informa a posição das listras, insto é, se estão 
inclinadas para esquerda, direita ou vertical, ou ainda, se não há listras no circulo. O 
menor contraste referido pelo paciente para cada frequencia é anotado em um gráfico, 
traçando-se então uma curva. O gráfico mostra uma área cinza escura que demonstra 
que curvas contidas nesta área representam uma sensibilidade normal ao contraste. 
TESTES DE SENSIBILIDADE AO 
CONTRASTE 
Este teste é representado por um painel, 
apresentando ciruclos preenchidos por listras de 
frequências espaciais diferentes, chamadas de 
barras senoidais, representadas por letras A, B, 
C, D e E na vertical. E cada frequência espacial, 
apresenta diferenças de contrastes que são 
representados por números de 1 a 9. 
COMO FAZER 
GRAFICO VCTS 6500 
O teste Pelli-Robson é do tipo acuidade visual de 
baixo contraste. O teste mede a sensibilidade ao 
contraste usando um único tamanho de letra 
(optotipo 20/60), com contraste que decresce 
progressivamente a cada três grupos de letras. O 
paciente lê as letras, começando com as de 
contraste mais alto, até que ele não consiga ler duas 
ou três de um mesmo contraste. O paciente recebe 
uma classificação baseada no contraste do último 
grupo do qual ele conseguiu ler duas ou três letras. 
A classificação, um único número, é o logarítmo da 
sensibilidade do paciente e dependendo do seu 
valor, o paciente é classificado como portador de 
sensibilidade ao contraste normal, deficiência visual 
ou visão subnormal. Normalmente, a distância de 
teste é de 1m ou 2m. A iluminação ambiente 
recomendada é de 85 candelas/m². 
O teste é impresso em tabela não translúcida, 
conforme mostra a figura ao lado. 
TESTE DE PELLI-ROBSON 
Este tipo de teste de acuidade visual de baixo contraste utiliza tabelas logarítmicas 
translúcidas tipo ETDRS com níveis de contraste decrescentes conforme mostra a 
figura abaixo. A distância de teste mais utilizada é a de 3m. Entretanto, alguns 
profissionais preferem as tabelas especialmente desenvolvidas para teste a 6m. 
Este tipo de teste é, também, disponível com números ou símbolos pediátricos. A 
iluminação ambiental recomendada é de 85 candelas / m². As tabelas são montadas 
em negatoscópios de 23 x 35,5 x 10cm ou de 63 x 65,5 x 17,8cm. 
TESTE TIPO BAILY-LOVIE OU 
REGAN 
TESTE TIPO BAILY-LOVIE OU 
REGAN 
A menor intensidade de contraste percebida pela visão do observador (threshold), 
ou seja, a melhor acuidade visual alcançada pelo paciente em cada uma das 
tabelas, é registrada no formulário abaixo, dando origem à linha de sensibilidade ao 
contraste ABC a qual é comparada pelo profissional com a faixa estatística de 
normalidade do teste (área sombreada). É necessário o uso de, pelo menos, duas 
tabelas para que se possa obter a linha de sensibilidade ao contraste. No exemplo, 
a seguir, foram usadas as tabelas de sensibilidade ao contraste 100%, 10% e 
1,25%. 
FUNCTIONAL ACUITY 
CONTRAST TEST (FACT) 
O FACT é um teste do tipo sensibilidade ao contraste, utilizando círculos com barras 
de ondas senoidais dispostos em cinco fileiras de diferentes freqüências espaciais 
(diferentes larguras) e nove níveis de contraste. 
O teste é impresso em tabela não translúcida (figura abaixo). 
 
O paciente deve indicar o último círculo de barras que ele vê em cada fileira (A, B, C, 
D ou E) e relatar a orientação das barras, se para direita, esquerda ou para cima. O 
último círculo de barras visto corretamente pelo paciente em cada freqüência espacial 
deve ser localizado no formulário da curva de sensibilidade ao contraste fornecida 
pelo fabricante. 
RABIN CONTRAST 
SENSITIVITY TEST 
Este teste, tipo acuidade visual de baixo contraste, é composto por uma tabela 
translúcida contendo fileiras de cinco letras tamanho 20/50 a 4m, com 8 níveis 
decrescentes de sensibilidade ao contraste (CS), conforme mostra a figura abaixo. 
O logarítmo da sensibilidade ao contraste (log CS) decresce 0,25 passos por fileira, 
isto é, 0,05 log CS por letra. A tabela translúcida precisa ser usada em negatoscópio 
de dimensões 23 x 35,5 x 10 cm. Opcionalmente, o teste pode ser fornecido com filtro 
de clarão (glare filter) e low photopic filter. De acordo com este teste as pessoas com 
visão acima do normal são as que têm sensibilidade ao contraste maior que 1,75 log 
CS, isto é, são capazes de ler letras na linha 8. As que tem visão abaixo do normal 
são as que têm sensibilidade ao contraste menor que 1,30 log CS, isto é, não são 
capazes de ler nas linhas 6, 7 e 8. 
conclusão 
A medida da função de sensibilidade ao contraste permite 
caracterizar com maior detalhe a função visual ao apontar 
maior informação que sobre o valor de acuidade visual. 
O seu uso no gabinete permite indentificar alterações 
da função visual que pode pasar inadvertidamente com 
a medida da AV tradicional. É especialmente util em 
diversas situações. 
•Pessoas que reportam visão ruim com valores de AV 
nomal. 
•Suspeita de patologia ocular: do nervo óptico, da 
retina, opacidade de meios e etc. 
•Após processos cirurgicos como a cirurgia refrativa. 
(LASIK, implante de LIO). 
Uma diminuição da função de sensibilidade ao contraste não se considera como 
enfermidade ou alteração ocular em particular. 
 Consiste na capacidade que possui o olho de apreciar as cores, as 
quais são sensações elementares da luz produzidas no aparelho visual 
pelas radiações de diferentes comprimentos de ondas do aspecto 
visível. 
Visão Cromática 
Na retina, mais precisamente na área chamada fóvea central, existem milhões de 
célulasfotossensíveis capazes de transformar luz em impulso eletroquímico. São os 
cones e bastonetes. 
 
Na percepção das cores existem 3 mecanismos: 
 
• FÍSICOS: 
 
A luz e sua longitude de onda 
 
• BIOLÓGICOS: 
 
A forma em que o olho percebe a luz através da desnaturalização do 11-cisretinal em 
retinol e opsina. 
 
• PSICOLOGICOS: 
 
O conceito de cor que cada pessoa tem. 
Estimulo da visão = espectro eletromagnético visível (entre 400 
e 700 nm) 
Se uma longitude de onda esta por cima de 700nm ou abaixo de 
400nm, os fótons passam pela retina sensorial sem ser 
absorvidos pelos fotorreceptores. 
TEORIA TRICROMÁTICA 
Thomas Young (1801): 
 
A visão de cor se deve a estimulação de três tipos de cones na retina. 
TIPO DE 
CONE 
TIPO DE 
OPSINA 
TIPO DE 
ONDA 
LONG DE 
ONDA 
COR* PREFIXO 
CONE L Eritrolabe Larga 563nm Vermelho PROTAN 
CONE M Clorolabe Media 535nm Verde DEUTAN 
CONE S Cianolabe Curta 420nm Azul TRITAN 
Discromatopsia 
 Quando o sistema cones/bastonetes presentes na retina não está 
em conformidade, produz-se uma série de irregularidades na captação das 
cores, causando a discromatopsia. 
Existem tês grupos de discromatopsia: Monocromacias, dicromacias e 
tricromacias anômalas. 
• Monocromacias – Visão em preto, branco e tonalidades de cinza. 
• Dicromacias – É caracterizada pela ausência de um grupo especifico de 
cones: 
• Protanopia: ausência de cones vermelhos 
• Deuteranopia: ausência de cones verdes 
• Tritanopia: ausência de cones azuis 
• Tricomacias anômalas – Causada por uma mutação no pigmento de 
cones: 
• Protanomalia: sensibilidade menor ao vermelhos 
• Deuteranomalia: sensibilidade menor ao verdes 
• Tritanomalia: impossibilita a percepção dos azuis e amarelos. 
VISÃO ACROMATICA 
Nome dado a um distúrbio que corresponde ao grau máximo do daltonismo. 
Um portador de visão acromática não possui os cones que fazem a recepção 
das cores vermelha, verde e azul, vendo então tudo a preto e branco. 
AVALIAÇÃO DA VISÃO 
CROMÁTICA 
• O teste rotineiramente empregado para avaliação na capacidade de 
discriminar cores é o que emprega placas pseudoisocromáticas (o mais 
popular deles é o teste de ishihara), contendo placas coloridas. 
• Uma serie de laminas com algarismos impressos, formados de pontos de 
cores primarias, sobre um fundo também de ponto, mas das cores de 
confusão. 
O teste deve ser colocado a 40cm do paciente, monocular, e procede a 
perguntar ao paciente qual a figura está observando em cada uma das 
laminas. 
COMO FAZER 
• Quando o paciente reconhece as laminas é reconhecido como normal. 
• Se não identificar o examinado tem anomalia ou cegueira ao vermelho-
verde. 
• Se paciente confundir alguma lamina de ishihara, deve submeter a teste 
de Fransworth – ordenar botões. 
TESTE DE 
ISHIHARA 
O Dr. Shinobu Ishihara (1879 – 1963), professor emérito da Universidade de 
Tókio, densenvolveu, em 1917, uma série de testes para testar deficiências na 
percepção de cores. 
RESULTADOS PARA 
TESTE DE ISHIHARA 
TESTE DE FARNSWORTH 
MUNSELL 100 
Albert Henry Munsell (1858 – 1918), professor de arte americano, pintor e 
inventor do sistema de cores Munsell. Publicou seu sistema de cores em 1905 e 
em 1929 Munsell publica “Munsell Book of Colors”. Em COLORIMETRIA, o 
sistema de Munsell é um espaço de cores que especifica as cores com base em 
três caracteristicas: Tonalidade, Luminosidade e Pureza da Cor (saturação). 
TESTE DE FARNSWORTH 
MUNSELL 100 
Este teste permite identificar as deficiencias de cores moderadas ou severas. A 
habilidade para discriminar matrizes se calcula através de representação gráfica e os 
resultados obtidos. O teste é composto por 84 peças em que variam a cor mantendo 
constante a luminancia e saturação. 
O sujeito deve colocar as peças em ordem de cor, os erros na classificação podem 
por em manifesto as alterações cromaticas ao representar-se em um grafico de 
coordenadas polares e saber se é congenita ou adquirida. 
RESULTADOS EM FARNSWORTH 
MUNSELL 100 
. 
 
 Reservas Fusionais Positiva (RFP) 
 
 Avaliação das reservas que serve para avaliar a quantidade de força 
muscular em prismas que tem os músculos do olho para fazer convergência para 
poder fusionar 
 
 Reservas Fusionais Positiva (RFP) 
 
 Medir a amplitude de fusão em convergência, definindo os valores 
normais e os valores encontrados, detectando assim se o pact. 
requer ou não ampliar suas reservas. 
 Realizado com prismas a 6m e 33cm 
 Prisma de base temporal 
 Coloca-se prisma de base temporal aumentando até pact. ver duplo 
e reduz prisma até ele ver normal. 
 Anota-se o valor da diplopia sobre recobro 
 
 diplopia 25 
 Exemplo: RFP 6m 25/20 
 Recobro 20 
 
 
 
 Reservas Fusionais Negativas (RFN) 
 
 Avaliação das reservas que serve para avaliar a quantidade de força 
muscular em prismas que tem os músculos do olho para fazer divergência para poder 
fusionar 
Reservas Fusionais Negativas (RFN) 
 
 Medir a amplitude de fusão em divergência definindo os 
valores normais e os valores encontrados, detectando assim 
se o pact. requer ou não ampliar suas reservas 
 Realizado a 6m e 33cm 
 Prisma de base nasal 
 Coloca-se prismas de base nasal aumentado até pact. Ver 
duplo e reduz até ele ver normal 
 Anota-se o valor da diplopia sobre recobro 
 
 diplopia 10 
 Exemplo: RFN 6m 10/8 
 recobro 8 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. 
 
 Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência 
Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 
 
 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição 
UPC.1993. 
 Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick 
 
 
 
 
. 
 
 ACOMODAÇÃO RELATIVA 
 
 Forma subjetiva de avaliar a capacidade acomodativa em condições binoculares 
apresentando informações relevantes em respeito ao nível de integração do 
sistema acomodativo e vergencial consequente com a estimulação visual 
ARP(ACOMODAÇÃO RELATIVA POSITIVA) 
 Capacidade de ativar a acomodação sem alterar a convergência 
 Binocular 
 Corrigido 
 Realizado a 33 cm 
 Coloca-se lentes esféricas – no passo de 0,25 até o pact. não ler mais 
 Tabela de perto ( linha menor a melhor AV do paciente ) 
 Valores normais – 2,37 +- 0,50 D 
 
ARN(ACOMODAÇÃO RELATIVA NEGATIVA) 
 Capacidade de relaxar a acomodação sem alterar a convergência 
 Binocular 
 Corrigido 
 Realizado a 33 cm 
 Coloca-se lentes esféricas + no passo de 0,25 até o pact. não ler mais 
 Tabela de perto ( linha menor a melhor AV do paciente ) 
 Valores normais + 2,00-- +- 0,50 D 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. 
 
 Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência 
Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 
 
 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição 
UPC.1993. 
 Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick 
 
 
 
 
. 
 
 Acomodação 
 
É a capacidade do cristalino em mudar seu poder dióptrico com o objetivo de manter 
visão nítida de objetos em diferentes distâncias. Com o passar dos anos esta 
capacidade do cristalino vai diminuindo. 
Amplitude de acomodação 
 
 Capacidade de ativar a acomodação 
 Métodos para medir a amplitude de acomodação 
 Método de Sheards 
 Método de Donders 
 Método de Jackson 
 
Idade 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 
V. normal 1
8 
1
6 
14 12 10 8,5 7 5,5 4,5 3,52,5 
Método de Sheard 
 Tabela de visão próxima 
 Oclusor 
 Caixa de prova 
 monocularmente 
 Corrigido 
 Distância 33 cm 
 Pedir ao paciente que fixe em uma linha menor a sua AV 
 Adiciona –se lentes negativas em passos de -0,25 dando tempo ao paciente para 
focar e em cada mudança da lente pedir que feche os olhos 
 Pedir ao paciente que reporte quando não consegui mais ver 
 Registre o valor encontrado e some a mais 3,00 dioptrias ( compensação da 
distância) 
 Consulte a tabela para analisar o resultado 
 
 
 Método de Jackson 
 
 Mesmo procedimento de Sheard , porém feita em visão de longe e sem 
compensação de distância 
 
 
 
 Oclusor 
 Feito a visão de longe 6m 
 Caixa de prova 
 monocularmente 
 Corrigido 
 Pedir ao paciente que fixe em uma linha menor a sua AV 
 Adiciona –se lentes negativas em passos de -0,25 dando tempo ao paciente para 
focar e em cada mudança da lente pedir que feche os olhos 
 Pedir ao paciente que reporte quando não consegui mais ver 
 Registre o valor encontrado e some a mais 3,00 dioptrias ( compensação da 
distância) 
 Consulte a tabela para analisar o resultado 
 
Método de Donders 
 
 Tabela de visão próxima 
 Oclusor 
 Corrigido 
 monocularmente 
 Pedir ao paciente que fixe em uma linha menor a sua AV ( tabela de perto) 
 Lentamente aproxime a tabela de perto até que o paciente indique que as letras 
se veem borrosas 
 Tome a medida em centímetros com uma régua , registre o valor convertido a 
dioptrias por meio da seguinte fórmula VALOR DIÓPTRICO 100/distância em CM 
 Exemplo :100/8 CM AA 12,5 D 
 Consulte a tabela para analisar o resultado 
 
 
 
Idade 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 
V. normal 14 12 10 8,5 7 5,5 4,5 3,5 2,5 1,75 1,0 
Flexibilidade de acomodação 
 
 Capacidade de ativar e relaxar a acomodação em um determinado tempo 
 
 Caixa de prova 
 Tabela de visão de perto 
 Paciente deve segurar a tabela de perto a uma distância de 30 cm e fixar o olhar 
em uma linha acima da melhor AV 
 Alternar lentes de + - 3,00 em intervalos de 3 segundos cada durante 1 minutos e 
anotar quantos ciclos de +- realizou . 
 Se o paciente tiver dificuldade em ler com alguma das duas lentes se diminui a 
potência ou o valor da lente com que teve dificuldade . 
 O resultado normal é de 8 ciclos por minuto. 
 Anotar resultado OD +3,00/-3,00 OE +2,75/-3,00. Dificuldade com lentes positivas 
e problema para relaxar e com lentes negativas problemas para acomodar 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. 
 
 Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência 
Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 
 
 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição 
UPC.1993. 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 O exame binocular requer vários passos. 
 A primeira fase do exame consiste na mensuração da magnitude e direção das 
forias de longe e de perto, junto com a relação Acomodação por convergência 
acomodativa, A/CA. 
ACOMODAÇÃO 
 A acomodação consiste na modificação da forma do cristalino para produção de 
maior ou menor força dióptrica do olho, afim de manter a formação da imagem 
nítida sobre a retina em qualquer distancia que se encontre o objeto de interesse. 
 
CONVERGENCIA 
 Capacidade de mover os eixos visuais em adução para manter a fixação 
bifoveal. 
 É mensurada em dioptrias prismáticas. 
 
PONTO REMOTO 
 É o ponto de enfoque do olho quando a acomodação é zero. É o ponto mais 
distante que se pode focar nitidamente. 
 R=1/PR 
PONTO PRÓXIMO 
 É o ponto de enfoque do olho com o máximo de acomodação. É o ponto mais 
próximo que se pode focar nitidamente. 
 PP= 1/PP 
A/CA 
 É a quantidade de convergência acomodativa que se pode estimular ou inibir por 
unidade de acomodação. É um dado clinico importante no diagnóstico das 
alterações vergenciais. Segundo Sheiman (2002), é determinante para 
estabelecer a sequencia do tratamento ortoptico. 
 
RELAÇÃO A/CA 
 É a relação entre acomodação e convergência, pela qual, cada dioptria de 
acomodação se efetuam 4 dioptrias prismáticas de convergência. 
 
 Base fisiológica: 
- Esfíncter da iris 
- Músculo ciliar 
- Músculos retos mediais 
- III par cranial. 
 
 PROPÓSITO: 
 Determinar a diferença entre a 
convergência acomodativa quando o paciente 
acomoda ou relaxa a acomodação em uma 
determinada quantidade; 
 
FATORES IMPORTANTES 
 Determinar a relação AC/A é importante na analise dos dados optometricos. O 
AC/A é um dado chave para dar um diagnóstico final. É também um dos dados 
mais importantes utilizados para determinar a sequencia de tratamento adequada 
para cada caso. 
DETERMINAÇÃO DO A/CA 
 Ha dois métodos para determinar a relação A/CA de um paciente. 
São: 
- A/CA CALCULADO 
- A/CA GRADIENTE 
 O estimulo pode ser um objeto real, ou variações ópticas introduzidas ao interpor 
lentes negativas como recomendam Sloa e Sear. 
A/CA CALCULADO 
 A/CA= DIP(cm) + DFP(m) (Fp-Fl) 
 Sendo: 
 DIP= Distancia Interpupilar em centímetros 
 DFP= Distancia de fixação de perto em metros 
 FP= foria de perto 
 Fl= foria de longe 
(na formula as esoforias devem ser representas por + e as exoforias por -) 
 
 EXEMPLO: 
 DIP=60mm, o paciente tem X2P para longe e X10P 40cm 
 
A/CA= 6+0.4(-10+2) 
= 6+0.4(-8) 
=6+(3.2) 
= 2.8 
A/CA GRADIENTE 
 Neste a mudança do estimulo acomodativo consegue-se interpondo lentes, não 
com a variações da distancia de olhar. Para uma distancia determinada a lentes 
negativa incrementa o requerimento acomodativo e as posivas o relaxam. 
Supostamente em relação 1 a 1, por tanto a convergência acomodativa conseguida 
a dentro de certas margens, lineal. 
 A/CA= i - o 
 D 
Sendo: 
 i = foria induzida com lente 
 o = foria original (ou habitual) 
D = Poder da lente 
Se aplica da mesma forma que no calculado. 
Esoforia + 
Exoforia – 
 
DIAGNÓSTICO 
 Considera-se normal 
 A/CA Normal entre 3-5 
 A/CA baixo valor menor q 3 
 A/CA alto acima de 5 
 http://www.slideshare.net/YasminAlvarezUribe/relacion-aca 
 http://webx.ubi.pt/~smogo/disciplinas/alunos/visaoBin.pdf 
 Terapia y entrenamiento visual: uma vision integral. Marcela 
Camacho Motoya 
 Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick 
Referências: 
DEFINIÇÕES: 
 
O Ponto Próximo de Convergência (PPC) é o ponto mais próximo aos olhos no qual há 
convergência e esta pode ser mantida por alguns segundos. A uma distância menor, que 
essa ocorre a quebra da fusão e o paciente ou relata diplopia ou suprime uma das 
imagens. A insuficiência de convergência ocorre quando o paciente tem dificuldade de 
convergir o bastante e manter a convergência a uma distância adequada a atividades de 
perto, como a leitura. Os principais sintomas da insuficiência de convergência são 
astenopia ou cefaleia frontal em trabalhos de perto e dificuldade de leitura. 
 
 
Avaliação do Ponto Próximo de Convergência (PPC) 
 
O teste é realizado com a face do cartão que contém apenas uma letra e um desenho 
voltada para a extremidade 0 da régua, luz ou objeto real. 
Esta extremidade é encostada no meio do buço, entre o nariz e os lábios com o paciente 
suportando a régua nessa extremidade. 
O examinador apoia a outra extremidade da régua, recua o cartão até essa extremidade 
e lentamente o move na direção do paciente até que ele perca a convergência. 
 
A avaliação do valor da convergência pode ser feita de 2 formas: 
 
1. objetivamente quando o examinador observa a ruptura da fusão e um dos olhos 
diverge; 
2. subjetivamente quando o paciente informa a ocorrência de visão dupla. Valores 
considerados normais para o PPC estão entre 6 e 10 cm. 
Pacientes com insuficiência de convergência geralmenteapresentam o PPC a 20 ou 25 
cm Considera-se normal um PPC com valor numérico em torno do valor da distância 
interpupilar. Problemas de acomodação podem levar a uma falsa insuficiência de 
convergência e, por isso, o paciente deve ter sua acomodação avaliada. 
Porque é importante determinar o PPC? 
 
Quando a convergência ocorre de maneira correta (ambos os olhos focalizados no 
mesmo objeto de forma simultânea e conjugada) a visão ao perto é nítida, única e 
confortável. 
 
Porém quando este mecanismo falha, é excessivo ou descoordenado o trabalho ao 
perto como a leitura torna-se cansativo e provoca desconfortos como dores de cabeça, 
lacrimejo, tonturas entre outros. 
 
Uma falha neste sistema é normalmente o fator impeditivo para uma aprendizagem 
saudável, pois provoca uma incapacidade de concentração. 
 
Frequentemente a causa para crianças com dificuldade de concentração, dificuldade 
de compreensão após curtos períodos de leitura, hiperativas é um anormal 
funcionamento da convergência, muitas vezes uma insuficiência de convergência. Que 
com este pequeno teste em conjunto com outros, que se realiza em alguns segundos, 
conseguimos despistar. 
Como determinar o Ponto Próximo de Convergência com 
lanterna: 
 
• Boa Iluminação; 
• Colocar lanterna a cerca de 40 cm; 
• Colocar lanterna na linha média dos dois olhos; 
• Aproximar a lanterna e medir a convergência/ruptura de uma destas 
formas,: 
1. Calcular subjetivamente quando o paciente indica que vê duas 
imagens.. 
2. Calcular objetivamente quando observar ruptura de fusão e um dos 
olhos diverge. 
 
• Com régua medir a ruptura de fusão; 
• Afastar novamente a lanterna até o paciente retornar a fusão vendo uma 
só imagem e medir a recuperação. 
 
 
Quais os valores Normais de PPC? 
 
 
Valores considerados normais para o PPC estão entre 6 e 10 cm. Considera-se 
normal um PPC com valor numérico em torno do valor da distância interpupilar. 
 
• Pacientes com insuficiência de convergência geralmente apresentam o PPC a 20 
ou 25 cm. 
 
• Problemas de acomodação podem levar a uma falsa insuficiência de convergência 
e, por isso, o paciente deve ter sua acomodação avaliada. 
 
Anota-se: 
 
• Com e sem correção 
• E como avaliou: com luz, objeto real 
Referencias: 
 
• Scheiman, M.; Wick. B.: Clinical Management of 
Binocular Vision: Heterophoric, accomodative and 
eye movement disorders, Lippincott Company, 
1994. 
• Apostila IRV. 
• Manual pratico ilustrativo da optometria funcional, 
Claudio Maciel. 
• Csheimam, M and Wick 
DEFINIÇÕES: 
 
Exame subjetivo dos desvios oculares baseado no estudo da diplopia. 
 
O maddox consiste no conjunto de varetas de vidro em um disco que mantem os raios 
refratados em ângulos retos em relação perpendicular ao eixo. Assim um ponto luminoso 
é convertido em linha reta. 
Serve pra medir as heteroforias, e na medida de heterotropias em conjunto com a 
escala maddox, no diagnóstico e na medida de ciclodesvios. 
REQUESITOS: 
 
• Binocular; 
• Vareta de maddox (sobre o olho não dominante); 
• Ponto de fixação luminoso; a 6m ou 40 cm; 
 
 
Respostas possíveis: 
 
1. Linha vertical sobre a luz – ORTOFORIA 
2. Linha vertical sobre o lado direito ( lado não cruzado ou homônimo) – ENDOFORIA 
3. Linha vertical sobre o lado esquerdo ( lado cruzado ou heterônomo) – EXOFORIA 
 
4. Linha horizontal sobre o ponto luminoso – não há presença de foria vertical 
5. Linha horizontal abaixo do ponto luminoso – HIPER FORIA 
6. Linha horizontal acima do ponto luminoso – HIPO FORIA 
Referencias: 
 
 
• FUNDAMENTOS DA NEUROLOGIA DA VISÃO, edi Santos, 2010; 
• Manual pratico ilustrativo da optometria funcional, Claudio Maciel; 
• Bicas, Haley – arquiv.bras. De oftalmologia 2004 
• https://sites.google.com/site/neydiasopticaoftalmica/optometria; 
 
Definição 
O teste com as Luzes de Worth é usualmente recomendado como um dos primeiros 
testes de avaliação da cooperação motor e sensória dos olhos. 
 Determina a presença ou não de visão binocular. 
 É composto de quatro círculos iluminados (dois verdes, um vermelho e um 
branco) em um fundo negro. 
O teste é subjetivo e realizado binocularmente de longe, a 6 mts, e em seguida de 
perto, a 33cms 
Kit Luzes de Worth 
 Lanterna ou optotipo fixo para longe. (máx. 6mts; min 5mts) 
 Lanterna portátil para o teste de perto. 
 Lanterna com 3 luzes figurativas para crianças. 
 Um par de óculos com filtro verde e vermelho. 
 
Como fazer 
 Binocularmente 
 Ametropia corrigida 
 Vermelho olho dominante (preferencial) 
 Determina um olho com filtro vermelho (padrão direito). 
 Determina o outro olho com filtro verde (padrão 
esquerdo). 
 Paralelismo motor. 
 Observa o teste a 6 mts. 
 Observa "lanterna" 40, 50 cm. 
 
Luzes de Worth 6mts 
Luzes de Worth 40, 50 cm 
Interpretações 
1- Se as quatro luzes são vistas em suas cores originais, significa 
que a fusão está normal. 
2- Se forem vistas quatro luzes com aparição de um desvio manifesto, 
existe então, um CRA, ( Correspondência Retiniana Anormal) 
3- Se forem vistas duas luzes 
vermelhas, existe uma supressão 
esquerda (se filtro vermelho no olho 
direito). 
4- Se forem vistas apenas três luzes 
verde apenas, indica que há uma 
supressão direita. 
5- Se forem vistas duas luzes 
vermelhas e três verdes, indica a 
existência de uma diplopia. 
Interpretação (Resumo) 
 Ver 2 pontos vermelho: supressão OE. 
 Ver 3 pontos verdes: supressão OD. 
 Ver 4 pontos: normal. 
 Ver 5 pontos: 3 verdes e 2 vermelhos: diplopia 
 Vermelho à direita e verde à esquerda = diplopia homônima. 
 Vermelho à esquerda e verde à direita = diplopia cruzada. 
 Referencias bibliográficas 
 
 MACIEL, A. C. S; Manual prático ilustrativo da optometria funcional. 
Grafique, 2015. 262 p. 
 
 MARTÍN, R. H.; VECILLA, G. A. Manual de Optometría. Panamericana, 
2010. 718 p. 
 
 http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html 
 
http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html
http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html
http://optometriainfoco.blogspot.com.br/2016/01/teste-de-worth.html
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Cover Teste 
 
Avalia o estado motor descartando forias (desvio compensado pela fusão (latente) e 
tropias (desvio não compensado pela fusão (manifesto) e ao mesmo tempo serve 
para medir o desvio. 
 
 
Requisitos básicos do paciente 
 
 Fixação central 
 Não pode ter paresias ou paralisias 
 Binocularidade 
 Não ter ambliopia profunda que dificulte a fixação 
Exames de Motilidade Ocular Cover Teste 
 
Materiais e distâncias usadas: 
 
 Oclusor 
 Luz 
 6m 
 33cm 
 20cm 
 Binocular 
 Realizado com correção e sem correção 
PROCEDIMENTO 
 
O teste é dividido em três partes: 
 
1- Cover alternante 
 
Consiste em fazer oclusão de cada olho alternadamente).Serve para 
conhecer a direção do desvio. Neste teste se oclui alternadamente olho por 
olho e se observa o movimento que tem o olho quando se passa o oclusor 
de um olho para o outro. 
 
Exemplo de interpretação : 
 
 quando com o movimento do oclusor o olho faz o movimento de fora para dentro o 
paciente tem um desvio EXO. 
 
2- Cover uncover 
 
Consiste em ocluir e desocluir cada olho , para saber se o desvio que 
foi descoberto no cover alternante, se pode compensar ou não quando 
o paciente tem de fusionar).Ou seja, esta parte do teste serve para 
saber se é uma foria ou tropia. 
 
 
Exemplo de interpretação : 
 
 quando se tira o oclusor os olhos fazem o movimento para fusionar é porque tem 
um desvio compensado pela fusão. 
 Se quando se tira o oclusor um dos olhos fica parado e não fusiona é porque tem 
um desvio não compensadopela fusão, neste caso o paciente tem uma tropia. 
 
 
3- Prisma cover teste 
 
Consiste em medir o desvio do paciente com prismas. Nele se colocam prismas na 
frente de um dos olhos no sentido inverso ao movimento. Vai se colocando prismas 
até que os olhos não tenham mais movimento. O valor do prisma em que o movimento 
para é o valor do desvio. 
 
 ENDO –prismas base externa 
 EXO- prisma base interna 
 HIPO- prisma base superior 
 HIPER- prisma base inferior 
 
 
 
 COVER TESTE UNCOVER 
 
 
 
 Foria 
 Exoforia 
 Endoforia 
 Hiper foria 
 Hipor foria 
Anaforia 
 Cataforia 
Para fora (X) 
Para cima 
2 olhos Para baixo 
2 olhos Para cima 
Para baixo 
Para dentro (E) 
 
 
 
 
 
 
 Tropia 
 
 Exotropia 
 Endotropia 
 Hiper tropia 
 Hipor tropia 
Para fora 
Para dentro 
 Para cima 
Para baixo 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 Manuel prático ilustrativo da optometria funcional , Claudio Maciel. 
 
 Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . Clemência 
Cordovez .Bogotá , Colombia,2009 
 
 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona Salgado.Edição 
UPC.1993. 
 Tratamiento clinico de la vision binocular M sheiman, B. Wick 
 
 
 
 
TESTE SUBJETIVO 
 
DEFINIÇÃO 
 
Determinar SUBJETIVAMENTE o estado refrativo do paciente. 
 
PROCEDIMENTO 
 
EQUIPPAMENTOS: 
 
• Optotipo (tabelas, projetores, dial,cruz, relógio); 
• Cx de prova com armação ou Greens. 
 
TÉCNICA 
 
PREPARAÇÃO: 
 
• Paciente bem acomodado sentado; 
• Ajustar a distância pupilar no greens ou armação de prova; 
• Normalmente inicia-se pelo resultado da retinoscopia estática. 
 
 
 
PROCEDIMENTOS 
 
Passo a Passo: 
 
• Monocularmente, 
• Sobre a ret. Estática ou a mais positiva adicione dioptrias suficientes para poder 
embaçar a AV do px em 20/200; 
• Se o valor do cilíndrico for menor que 1,00 D inicie só com esférico, se maior que 
1,00 D e menor que 3,00 D coloque a metade, e se for maior que 3,00 D coloque a 
75% do valor do astigmatismo encontrado na ret. Est.; 
• Esteja seguro que o px esta com AV de 20/200; 
• Inicie a massagem acomodava aumentando o esferico positivo de +0,25 e 
diminuindo +0,50 D, não deixe o px sem lente, e continue a massagem até que o px 
possa alcançar a AV de 20/40; 
• Na linha de 20/40 passe o px para o DIAL Astigmático ou LEQUE Astigmático para 
obter a correção cilíndrica, caso o px seja astigmata. 
 
1. Pergunte se todas as linhas estão iguais? Borradas ou definidas pretas. 
2. Existe alguma linha mais clara ou mais nítida que outras? 
3. Qual linha esta melhor se ressalta mais? 
 
POSSÍVEIS RESPOSTAS: 
 
• Todas linhas iguais ( px não tem cilíndrico ou cilíndrico colocado anteriormente esta 
correto); 
• Uma linha se ressalta, então a 90° de sua posição está o eixo inicial; 
• Se 2 linhas ressaltam mais, então a 90° de juma posição intermediaria encontrara o 
eixo do astigmatismo; 
• Se 3 linhas ressaltam mais que as outras, então a 90° da linha central esta o eixo 
do astigmatismo; 
• Se mais de 4 linhas ficam escuras, o px não entendeu ou não possui astigmatismo; 
• Coloque o eixo obtido com o DIAL, adicione cilindro negativo até que o px reporte 
que todas as linhas estão igualmente nítidas ou borradas; 
• Continue a massagem até conseguir a melhor AV com o máximo positivo; 
• Repita o procedimento em cada olho. 
ANOTAÇÕES 
 
• Anote o valor encontrado na técnica subjetiva e a AV reportada pelo px; 
 
• Corrija sempre com ao máxima lente positiva que obtenha a melhor AV 
em VL visão de longe e a mínima lente positiva para calculo da adição. 
 
 
 
 
AFINAMENTO 
 
 
Afinar a correção subjetiva. 
 
PROCEDIMENTO TEC. DE CIL CRUZADO DE JACKSON 
 
AFINAMENTO DO EIXO: 
 
• Colocar a correção obtida no subjetivo MONOCULAR por miopização; 
• Pedir ao px que leia na tabela uma linha acima da sua melhor AV; 
• Peça pra ele escolher em qual posição fica melhor; 
• Gire o cilindro cruzado nas duas posições e repita a pergunta: 
1. Melhor nesta ou nesta posição: 
2. Espere um tempo com cada posição; 
3. Ou se o px reporta que são iguais, então o eixo da potência cilíndrica esta correta; 
• Escolhido uma das posições, gire o eixo na armação de prova de 5° em direção 
aos pontos vermelhos e continue afinando o eixo; 
• O eixo estará correto quando o px ver nítida ou borrada nas duas posições. 
 
 
 
AFINAMENTO 
 
AFINAMENTO DA POTÊNCIA CILÍNDRICA 
 
• Coloque os pontos vermelhos paralelos ao eixo do cilíndrico encontrado no 
subjetivo; 
• Gire o cabo CIL cruzado e pergunte em qual das 2 posições ele ver melhor; 
• Se vê melhor quando o ponto vermelho coincide com o eixo do astigmatismo, 
então AUMENTE cilíndrico negativo em passos de 0,25 até que as duas imagens 
sejam iguais; 
• Se vê mais nítido quando o ponto verde coincidem com o eixo do astigmatismo, 
então DIMINUA o cilíndrico negativo em passos de 0,25 até que as duas imagens 
sejam iguais; 
• A comprovação da potência terminara quando qualquer das seguintes condições 
sejam cumpridas e ambas as imagens fiquem iguais 
 
 
 
AFINAMENTO DA POTÊNCIA ESFÉRICA 
 
 
• Utiliza-se a CRUZ; 
• Coloque o CIL cruzado na posição A; 
• Pergunta ao px que se fica mais nítido a linha 
horizontal ou a vertical; 
 
POSSIVEIS RESPOSTAS 
 
• Se vê melhor a linha HORIZONTAL, Aumenta o 
poder positivo ou Diminui o poder negativo em 
passos de 0,25 até que as duas linhas sejam vistas 
iguais; 
• Se vê melhor a linha VERTICAL, Diminui o poder 
positivo ou Aumenta o negativo em passos de 0,25 
até que as duas linhas sejam vistas iguais; 
• Tome a AV; 
• Repita o procedimento em cada olho 
monocularmente. 
 
AFINAMENTO PARA VISÃO 
PROXÍMA 
 
OBJETIVO: 
Afinar a correção para a correção de visão próxima, a uma distancia de trabalho 
determinada segundo os requerimentos do px (adição). 
 
TÉCNICA 
 
• Tabela pra fixação de perto; 
• Com a correção de longe; 
• Adicione a compensação relativa com a tabela de adição na distancia de 
trabalho; 
• Monocular; 
• Coloque o CIL cruzado na posição A; 
• Pergunte qual dos componentes da tabela estão mais nítidos as linhas 
(horizontais ou verticais); 
 
POSSIVEIS REPOSTAS 
 
• Se vê melhor as linhas Horizontais : Aumente o poder positivo do esférico em 
passos de 0,25 até que se fiquem iguais; 
• Se vê melhor as linhas Verticais: Diminua o poder positivo do esférico em passos 
de 0,25 até que se vejam iguais; 
 
 
ANOTA-SE 
 
RX Final com sua AV 
REFERÊNCIAS 
 
• Alves Refratometria ocular. 3° ed, cultura médica 2013; 
• Manual prático ilustrativo da Optometria funcional, Claudio Maciel, 2015; 
• Ney Dias Ótica Oftálmica Básica Ed. Nova Óptica; 
• Diaz, Julio Prieto ESTRABISMO, Roca 1986; 
• Protocolo de procedimentos clínicos (Fasup), Anyella M, 2015 
• Procedimientos Clínicos en el Examen Visual, Colegio Nacional de Opticos-
Optometristas. 1990. 
 
PRÍNCIPIO DO TESTE 
 
Baseia – se no princípio que o índice de refração do meio se relaciona com 
o comprimento de onda da luz que determina o balanceamento entre os 
efeitos de dispersão da luz pelo sistema dióptrico ocular . 
 
 
 
 
PRÍNCIPIO DO TESTE 
 
 A luz do espectro visível é medida em nanômetro(nm) e se encontra entre 
400 a 700 nm com onda de energias de propriedades específicas: 
 Amplitude –por sua intensidade luminosa; 
 Comprimento: a medida de onda ( nm); 
 Frequência : medida de vibrações/tempo. 
 
A RELAÇÃO DAS CORES COM AS AMETROPIAS 
 
Na óptica as duas cores com comprimento , frequência e amplitude de onda 
usadas par estudo dos erros refrativos são o verde e vermelho. 
 O verde ( 550 nm) ; 
 O vermelho ( 720 nm) 
 
 
 
 
 
 
 
 MIOPIA E A COR VERMELHAEstando o foco de projeção mais afastado da retina a 
imagem refratada apresentará um erro de refração de 
tamanho maior e embaçada destacando se 
principalmente na decomposição cromática lateral e 
axial .A cor com maior comprimento e intensidade 
neste caso é o vermelho que está próximo a 700 nm. 
HIPERMETROPIA E A COR VERDE 
 
O foco de projeção da imagem poderá estar mais 
próximo da retina em baixas e médias dioptrias ou até 
mesmo não percebido dentro do limite ocular em altas 
dioptrias. A imagem refratada apresentará um erro 
refrativo de tamanho menor e embaçada e, percebida 
com mais facilidade em baixas e médias ametropias. 
Desta forma, na decomposição cromática axial e lateral a 
cor com maior comprimento e intensidade será mais 
destacada, neste caso, o verde que está mais próximo de 
550 nm 
 
 
 
 
 
OBJETIVO DO TESTE 
 
É um teste subjetivo que tem por objetivo afinar a dioptria esférica depois de 
obter os dados da refração, verificando se há hipo ou hipercorreções. 
 O TESTE 
 
É realizada nas mesmas condições de ambiente e 
posicionamento da retinóscopia estática, intensidade de luz 
ambiente e distância da tabelas devem ser respeitados. 
 
 
 
PASSO A PASSO DO TESTE 
 
 Paciente posicionado a 6 metros. 
 Com a compensação 
 Oclua o OE e peça perguntar em qual lado vê melhor as 
letras. 
 Respostas : 
 a . vejo melhor do lado vermelho : aumentar esferas 
negativas. 
 b . vejo melhor do lado verde : aumentar esferas positivas. 
 Desoclua o OE e repita o mesmo procedimento no OD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPER E HIPO CORREÇÃO DAS AMETROPIAS 
 
 Quando temos um míope com hipercorreção ele verá melhor o verde .Por isso 
precisará de afinamento positivo. Na hipocorreção verá melhor o vermelho, 
necessitando de mais correção da sua ametropia. 
 
 Quando temos uma hipermetropia a melhor visualização estará no vermelho, 
precisando afinamento negativo. Na hipocorreção a melhor visualização será 
para o verde necessitando de mais correção para a sua ametropia. 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 Pruebas clínicas optométricas. Universidade de La Salle . 
 Clemência Cordovez .Bogotá , Colombia,2009; 
 Optometria.Manual de exames clínicos.Jordi Girona 
Salgado.Edição UPC.1993.; 
 http://slideplayer.com.br/slide/1265074/ 
 
 
 
AUTORES: Equipe GEMO 
 
JAMERSON DIAS 
Tec. em Óptica e Optometria 
Bacharelando em Optometria 
 
 
 
 
 
ALEXANDRA BARBOSA 
Tec. em Óptica e optometria 
Pós graduada em Ortoptica 
Pedagoga 
 
 
 
 
DANILO FRANCO 
Tec. em optometria 
Bacharel em Optometria 
Pós graduando em Ortoptica 
 
 
 
 
 
 
WILSON SARAIVA 
Tec. em Optometria 
CO - AUTORES 
 
ARTEMIR BEZERRA 
Tec. em Óptica e Optometria 
bacharel em Optometria 
Pós graduando em Ortoptica 
 
 
 
HENRRIQUE BARROS 
Tec. em Óptica e optometria 
Pós graduado em Ortoptica 
 
 
 
BRENO BARROS 
Tec. Óptica em optometria 
Esp. em Lente de Contato e 
Visão subnormal 
Apresentação 
Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em 
buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. 
 
Optometria uma nova visão para todos. 
Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia 
na aprendizagem nos estudos clínicos de optometria. além do 
conhecimento óptico, que são de grande interesse ao profissional da 
saúde visual, os textos são pequenos e mostramos apenas pontos 
específicos e necessário para o entendimento do assunto. 
 
Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo do profissional 
de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos e 
conhecimentos. 
Índice 
 
• Óptica oftálmica 
1. Medidas 
2. Prescrição 
3. Lentes 
• Erros refrativos (Miopia e Hipermetropia) 
• Erros refrativos ( Astigmatismo e Presbiopia) 
• Leis inervacionais (Hering e Sherrington) 
• Músculos Extraoculares M.E.O 
• Biomicroscopia 
+ 3,00 – 2,00 x 180° 
CONCEITOS BÁSICOS DE ÓPTICA 
CIÊNCIA ÓPTICA 
 Óptica é a ciencia que estuda os fenômenos da luz e da visão, é a parte da física 
que estuda a energia radiante em forma de luz 
 
 Óptica oftálmica é pertinente a visão e faz parte da ciência que estuda os olhos, a 
visão, as lentes e as armações dos óculos 
• Refração é o desvio que a luz sofre ao atravessar dois meios de diferentes 
densidades 
• Também é a relação entre a velocidade da luz, no vácuo e num meio mais 
denso 
• Ao penetrar perpendicularmente num meio mais denso, a luz perde sua 
velocidade 
• Uma haste inserida na água aparece desviada: é a refração 
 
REFRAÇÃO 
REFRAÇÃO 
 Quando olhamos através de uma lente neutra, com 
suas superficies situadas perpendicularmente à linha 
de visão do olho, não há refração alguma e muito 
menos efeito prismático; 
 Os músculos do olho não necessitam de nenhum 
esforço para manter os objetos distantes, na mesma 
direção. 
 Quando olhamos através desta lente, colocada diante 
do olho, com uma inclinação, há um desvio do raio de 
luz e dos objetos 
 Neste caso, o olho deverá fazer um pequeno 
movimento, pelos seus músculos, para compensar o 
desvio devido esta inclinação 
 No caso de lentes neutras, com curva 9,00, a 
inclinação será maior ainda, exigindo do olho, um 
esforço maior para trazer o raio de luz para sua 
posição normal 
MEDIDAS ÓPTICAS 
As medidas ópticas mais importantes são: 
 
 Distância Pupilar 
 
 
 
 Altura de Centro Óptico 
 
 
 
 
 
 
 Distância Vértice 
 
 
Medidas 
 POR QUE REALIZAR AS PRINCIPAIS MEDIDAS? 
 ERROS NAS MEDIDAS 
 Erros nas medidas está entre as principais causas de inadaptações com óculos. 
 Vendedores não dispensam a verdadeira importância. 
CONSEQUÊNCIAS 
 
 Não é só o usuário dos óculos que fica no prejuízo. 
 
 Todo o mercado padece. 
QUEIXAS DIVERSAS 
 
 ASTENOPIA é o principal sintoma reportado. 
 DNPs 
 
 ACO ou CO 
 Alt. De película 
 Convergência 
 Ângulo Pantoscópico 
 Distância Vértice 
Longe 
 
Perto 
Medidas horizontais 
PRINCIPAIS MEDIDAS 
D.N.P. DE LONGE 
 
Distância Naso-pupilar 
• Empregue sempre equipamento adequado; 
• Realizar sempre em função do reflexo corneano; 
• Levar em conta a influência da convergência; 
• Realizar a medida monocularmente; 
• Não desconsiderar 0,5 mm; 
• Sempre anotar separadamente; 
• Fazer no mínimo duas medidas do mesmo cliente; 
• Ao realizar com escala, use uma lanterna. 
CONCLUSÃO 
 Quanto maior a dioptria do usuário, 
menor a tolerância de erros nas 
 DNPs. 
ATENÇÃO! 
 
Merecem atenção especial: 
 
 Nistagmos 
 Estrabismos 
 Crianças 
D.N.P. DE PERTO 
 Evite seguir as “tabelas” já conhecidas. Caso necessite das D.N.P.s de perto, faça-as. 
 A maioria das pessoas convergem 2,5 mm para cada olho. 
Realizada a partir do reflexo até o aro inferior INTERNO da armação. 
A.C.O. OU C.O. 
• Medida realizada mesmo nas lentes mono; 
• Realizada separadamente para cada olho; 
• Vendedor e cliente na mesma altura; 
• Armação totalmente ajustada; 
• Altas potências e progressivas merecem 
maior atenção. 
ALTURA DE PELÍCULA 
PELÍCULA DOS BIFOCAIS 
CORRETO ERRADO 
Medida realizada em função do limbo. 
CONVERGÊNCIA 
 
 
No caso de alterações devemos posicionar a lente de forma que o 
olho, ao convergir tenha sempre uma boa amplitude de campo 
visual 
Para isso devemos mediar a DNP de perto e acrescentar 2,5 mm 
para cada olho e montar conforme o resultado 
Quando privilegiamos a DNP de perto ampliamos os campos de 
perto e intermediário 
 
Capacidade dos olhos desviarem para nasal. 
• Usuários de lentes progressivas necessitam de 
convergênciaadequada para a perfeita adaptação. 
• A técnica tem seus críticos ferrenhos, porém, em baixas 
ametropias para longe, é possível conseguir êxito 
MEDIR A CONVERGÊNCIA 
 
• Medir o PPC. 
• Verificando as DNPs de longe e de perto. 
INCLINAÇÃO PANTOSCÓPICA 
Necessária, pois, a maior parte do uso da visão é da 
linha do horizonte para baixo. 
5° a 18° 
Lentes progressivas e altas 
 potências dióptricas. 
ATENÇÃO EM: 
DISTÂNCIA VÉRTICE 
A preocupação com a DV deve ser maior nos casos de potências altas. 
Em geral, DV menor proporciona 
maior conforto. 
ATENÇÃO EM: 
 Para melhor conforto do usuário temos que atentar para o ajuste do Ângulo 
Pantoscópio e Distância de Vértice. 
 Ângulo Pantocópico é a inclinação da armação em relação ao rosto do cliente. 
Para visão simples, o ângulo varia de 7 a 12 graus o mais usado é de 10 graus. 
 Para bifocais e multifocais o ângulo deve ser maior. Sua variação é de 12 a 15 
graus, o mais usado é de 12 graus. 
 Distância de Vértice (DV) é a distância entre a curva interna da lente e a córnea 
do usuário. 
 
DV e o Ângulo Pantoscópio 
PROCEDIMENTOS 
 Conhecer a distância real em que foi feito o exame, normalmente entre 10 e 12 
mm 
 Verificar a distância vértice da armação escolhida 
 Calcular o valor da dioptria a ser compensada através da formula a seguir: 
 
Fórmula da DV 
DC = __ D²__ x d 
 1000 
 
Onde: 
Exemplo da alteração da dioptria de +14,00 que ficará 
com 5 mm a mais deslocada dos olhos: 
• Dc: 14²/1000 x 5 = 196/1000 x 5 = 0,196 x 5 = 0,98 D 
Conclusão: A dioptria é positiva e as lentes mais afastada 
dos olhos, então devemos reduzir a dioptria para +13,02 
Caso a lente ficasse 5 mm mais próximo, a dioptria teria 
que ser aumentada para + 14,89 
 
 
Exemplo da alteração da dioptria de – 10,00 com exame 
realizado com a DV de 16 mm, mas a armação escolhida 
gerou uma DV de 10 mm 
• Dc: 10²/1000 x 6 = 100/1000 x 6 = 0,100 x 6 = 0,60 D 
 
Conclusão: a dioptria é negativa e a lente mais próxima 
dos olhos, logo será preciso reduzir a dioptria da receita 
em 0,60, passando a ser – 9,40 D 
 
 
Dc: Dioptria compensada 
D: Dioptria da receita 
D: Deslocamento da lente 
em relação aos olhos 
REFERÊNCIAS 
 
• CARNEIRO, Manuel. Óptica Oftálmica em Exercício. 4 ed. Bahia: Salvador, 2015. 
• ARTEMIR, Bezerra Silva. Óptica Oftálmica Aplicada. Salvador. 1 ed. 2013. 
 Lentes mais espessas no centro do que nos bordos, por causa 
de sua curva convexa (externa) ser mais acentuada do que a 
côncava (interna) 
 Quando se desloca uma lente positiva, o objeto caminha em 
sentido contrário 
 O centro óptico coincide com sua espessura mais grossa 
 As lentes esféricas positivas aumentam as imagens focadas, 
observe na figura que as barras aumentam igualmente, os 
poderes são iguais 
 
AÇÃO REFRATIVA DAS LENTES OFTÁMICAS LENTES ESFÉRICAS 
 As lentes esféricas tem um mesmo poder dióptrico em todos os meridianos 
 
LENTES ESFÉRICAS POSITIVAS 
Prescrição e Lentes 
LENTES ESFÉRICAS NEGATIVAS 
 Lentes mais espessas na borda e com espessura mínima no centro, por causa 
de sua curva convexa (externa) ser menos acentuada do que a côncava 
(interna) 
 Quando se desloca uma lente negativa, o objeto caminha no mesmo sentido 
 O centro óptico coincide com sua espessura mais fina 
 As lentes esféricas negativas diminuem as imagens focadas, observe na figura 
que as barras diminuem igualmente, os poderes são iguais 
 
AÇÃO REFRATIVA DAS LENTES 
OFTÁLMICAS LENTES CILINDRICAS 
 As lentes cilindricas tem poderes dióptricos diferentes nos meridianos 
principais, que são perpendiculares (diferença de 90° entre eles) 
 Quando movimentada no sentido horário e anti-horário as imagens 
aparecem distorcidas 
 
 Lentes com poder dioptrico positivo 
 em um meridiano principal, sendo que o meridiano 
 perpendicular não tem poder 
 
 Lentes com poder dióptrico negativo em um 
meridiano principal, sendo que o meridiano 
perpendicular não tem poder 
 
LENTES ESFÉRICO-CILINDRICO 
 Lente com poder dióptrico diferente nos dois meridianos principais 
 Duas lentes plano-cilindricas com o mesmo poder dióptrico sobrepostas, 
resultarão em uma lente esférica 
O PODER DIÓPTRICO DAS 
LENTES OFTÁMICAS ESFÉRICAS 
 Podemos ver que o poder dióptrico de uma lente 
esférica sempre vai resultar no mesmo valor 
 As lentes esféricas tem um mesmo poder dióptrico em 
todos os meridianos 
 Podemos ler o poder dióptrico de uma lente cilindrica, iniciando por qualquer um 
dos meridianos principais 
 Se o primeiro meridiano tomado para esférico é positivo e o oposto é negativo, o 
sinal do cilindrico será negativo 
 Partindo da reta absoluta (números relativos do 1° grau), quando saímos de um 
número positivo e terminamos num negativo, tomamos a direção negativa, logo o 
sinal do cilindrico será negativo 
 Se tomamos para esférico o meridiano negativo e o oposto é positivo, o sinal do 
cilindrico, neste caso será positivo 
 O valor do cilindrico é exatamente a diferença de valores que há entre um e outro 
meridiano principal, sendo que, não havendo diferença, trata-se de uma lente 
esférica 
 
O PODER DIÓPTRICO DAS LENTES 
CILINDRICAS O VALOR DOS MERIDIANOS 
PRINCIPAIS 
O VALOR DOS MERIDIANOS 
PRINCIPAIS 
 Embora designadas como esféricos e cilindricos diferentes, têm o mesmo valor 
de refração 
 Tanto faz designá-la como 
 - 3,00 de = + 5,00 dc eixo 180°, como 
 + 2,00 de = - 5,00 dc eixo 90° 
 Observem na reta absoluta 
 
 -5,00 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 +1,00 +2,00 +3,00 +4,00 +5,00 
 
A DISTÂNCIA ENTRE OS DOIS MERIDIANOS CHAMAMOS DE CILINDRICO 
 Como já vimos anteriormente, a mudança na forma de ler os poderes dióptricos 
das lentes, não altera seu valor de refração 
 Transposição é a forma que denominamos esta operação 
 Podemos fazer a transposição com uma simples regra: 
1. Toma-se para esférico a soma algébrica do esférico com o cilindrico 
2. Troca-se o sinal do cilindrico, mantendo o seu valor 
3. Se o eixo é maior que 90°, subtraimos 90°, se o eixo é menor que 90°, somamos 
90° 
TRANSPOSIÇÃO - SOMA ALGÉBRICA 
 EXEMPLOS DE SOMA ALGÉBRICA: 
 
+1,00 -3,00 +2,00 +2,00 +1,00 -3,00 -2,00 +4,00 ESF 
+2,00 -2,00 0,00 -1,00 -2,00 -0,50 +3,00 -1,00 CIL 
+3,00 -5,00 +2,00 +1,00 -1,00 -3,50 +1,00 +3,00 ESF 
 
 SOMA ALGÉBRICA DO ESFÉRICO + CILINDRICO = COMO RESULTADO 
TEMOS UM NOVO ESFÉRICO 
LENTES BIFOCAIS 
 Bifocal é uma lente constituída de dois focos, um para longe e outro para perto 
 O setor de perto é conhecido como película 
 Esta lente é utilizada para correção da presbiopia em combinação com qualquer 
ametropia 
 Para trabalhar com lentes bifocais, é necessário a compreensão de certas regras 
básicas, com respeito a graduação 
 A transcrição de uma receita de bifocais nós vimos, quando tratamos do assunto 
adição, mas vamos relembrar alguns fatores 
LENTES BIFOCAIS - REGRAS 
 Quando a dioptria de longe é 0,00 a de perto será obrigatoriamente positivo 
 Quando a dioptria de perto é 0,00, a de longe será obrigatoriamente negativo 
 Quando a dioptria de longe é positivo, a de perto será obrigatoriamente positiva 
 Quando a dioptria de perto é negativo, a de longe será obrigatoriamente negativo e 
maior 
 Quando a dioptria de longe é negativa, a de perto poderá ser: negativo mais fraco, 
plano ou positivo 
 Quando na rx para longe temos poder cil., O de perto também o terá com o mesmo 
valor, sinal e eixo 
ESCOLHA DOS TIPOS DE BIFOCAIS 
 Para sabermos qual o tipo mais adequado de bifocais que devemos indicar ao 
cliente, faz-se necessário conhecermos os tipos de lentes disponíveis no mercado e 
suas características 
 Uma lente bifocal tendo dois campos de visão, tem dois diferentes poderes 
dióptricos, um para longe e outro para perto 
 Os bifocais são divididos em dois tiposprincipais: de uma só peça e os fundidos 
 Os de uma só peça são: ultex, kryptok, flat top e executivo 
 Os fundidos, todos de cristal são: kryptok, flat top e retangular 
TIPO DE BIFOCAIS - BALUX 
 Bifocal ultex, balux, película meia lua, base prismática inferior 
TIPOS DE BIFOCAIS – FLAT TOP 
 
 Bifocal flat top, topo reto, panoptick, 
biovis, base prismática superior 
 Cristal ou orgânico é desta mesma 
forma 
TIPOS DE BIFOCAIS - EXECUTIVE 
 Bifocal tipo executive, em 
cristal quase não encontrado 
mais no mercado e organico, 
base prismática superior 
TIPOS DE BIFOCAIS - KRYPTOK 
 Bifocal kryptok, k2, base prismática central 
 Em cristal ou orgânico sua forma é igual 
BASE PRISMÁTICA 
 Com vistas a redução do salto de imagem, quando o usuário muda a visão do 
campo de longe para perto, é comum a indicação de determinados tipos de bifocais 
que reduzem este salto, de acordo com o poder dióptrico no meridiano vertical 
 A base prismática é determinada pela forma do tipo da película do bifocal, vejamos 
BASE PRISMÁTICA INFERIOR 
 Conhecido como ultex ou balux, sua película assemelha-se com 
um prisma de base prismática inferior quando vista de perfil 
 É recomendado para casos de adição menor que a dioptria 
positiva de longe 
BASE PRISMÁTICA CENTRAL 
 Conhecido como kryptok, sua película vista de perfil, tem a 
forma de dois prismas unidos pela base 
 Este bifocal é recomendado, principalmente para quando a 
adição é aproximadamente igual a dioptria positiva de longe 
 Pode ser usado para substituir o balux e o flat top 
BASE PRISMÁTICA SUPERIOR 
 Conhecido como flat top, panoptik ou topo reto, sua película 
vista de perfil, tem a forma de um prisma de base prismática 
superior 
 É recomendado para adições maiores que a dioptria positiva 
de longe e para todas as dioptrias negativas de longe 
MULTIFOCAIS PROGRESSIVOS 
 São lentes que possuem dois ou mais pontos focais ou poderes dióptricos 
progressivamente contínuos 
 Esta lente tem inúmeros valores dióptricos, em sequência progressiva 
 A lente progressiva tem uma mudança de poder dióptrico gradual e 
progressivo,sendo que esta mudança ocorre dentro de um corredor, opticamente 
puro, ou seja, sem aberrações 
 Este corredor se inicia aproximadamente na metade da lente e vai progredindo até o 
ponto máximo de visão para perto 
 Nas zonas laterais, ao lado do corredor , estão as zonas de aberrações astimáticas, 
por onde a visão não é completamente nítida 
EX: Lente + 1,00 de com adição 2,50 d, com progressão do poder dióptrico, partindo do 
centro da lente de visão para longe, até o apogeu, com o poder dióptrico para perto 
MARCAS INDELÉVEIS NOS MULTIFOCAIS 
 As marcas indeléveis são: 
 Dois pequenos círculos laterais, indicadores da linha horizontal 
 Adição, marcada no lado temporal 
 Logomarca, marcada no lado nasal 
MARCAÇÕES NOS MULTIFOCAIS 
 Estas marcas são feitas especialmente para facilitar a 
localização de pontos importantes no posicionamento das 
lentes nas armações, em função da pupila, assim como a 
conferência da exatidão dos óculos 
 São essenciais na montagem e principalmente na marcação 
para o processo de surfaçagem 
 Marcados à tinta nos multifocais, estão os seguintes 
referenciais: 
 Circulo superiro – longe – maior 
 círculo inferior – perto – menor 
 Marcas e logotipos 
 Cruz central de progressão 
 As marcas à tinta, ficam gravadas na lente, para serem 
verificadas pelo técnico, optometrista ou oftalmologista, sendo 
retirada após este procedimento 
 
LENTES MULTIFOCAIS 
CRUZ CENTRAL DE PROGRESSÃO 
 É marcada à tinta e é o ponto principal de referência de uma lente progressiva 
 A montagem deve ser executada de tal forma que, a cruz central de progressão 
coincida com o centro da pupila do usuário, com o cliente olhando para o horizonte, 
em posição normal 
 Esta marca à tinta é feita propositalmente para que, ao ser limpa, não ofereça a 
menor interferência na visão principal de longe do usuário 
 Poderá ser limpa com produto indicado pelo fabricante e poderá ser refeita, com 
uma marca no centro geométrico, entre os dois círculos laterais 
A cruz central de progressão, deve coincidir com o centro da pupila 
REFERÊNCIAS 
 
• CARNEIRO, Manuel. Óptica Oftálmica em Exercício. 4 ed. Bahia: Salvador, 2015. 
• ARTEMIR, Bezerra Silva. Óptica Oftálmica Aplicada. Salvador. 1 ed. 2013. 
• Favaro, Paulo. Apostila Óptica oftalmica, Pernambuco. 2015 
 
 
OLHO EMÉTROPE 
 
E
IMAGEM 
NÍTIDA 
NA RETINA 
É o estado refracional do globo ocular em que, estando o olho em repouso, as 
imagens provenientes de estímulos situados no infinito (6,10m) se formam na 
retina, mais precisamente na fóvea. Há uma correlação proporcional entre o 
poder dióptrico do segmento anterior e do diâmetro anteroposterior do globo 
ocular. 
 
OLHO AMÉTROPE 
 
É quando os raios vindos paralelos do infinito incidem no olho, atravessam os 
meios transparentes e formam seu foco antes e/ou depois da retina. 
 
E
OLHO MÍOPE 
É quando os raios vindos paralelos do infinito incidem no olho e formam seu foco antes 
da retina. Míope geralmente vê bem para perto (dependendo da dioptria/ponto remoto) 
• Inadequação entre diâmetro anteroposterior e poder dióptrico do globo ocular. 
Miopia axial (eixo anteroposterior) e refracional (sistema de refração ocular) 
 
 
MIOPIA 
 
LENTES ESFÉRICAS NEGATIVAS 
 
Corrigida com lentes esféricas negativas 
(divergentes). Têm por característica serem 
finas no centro e espessas nas bordas. 
 
 
Degenerativa 
 
Apresenta dioptrias quase sempre muito elevadas (6,00 DE), com concomitância de 
lesões degenerativas da coróide e retina. Costuma se manifestar nos primeiros anos de 
vida. 
 
MIOPIA (TIPOS) 
 
Simples 
 
A maioria dos casos se manifesta entre os 9 e 13 
anos de idade, tendendo a se estabilizar até os 
18 anos de idade. 
 
Miopia Degenerativa 
1 – Axial: segmento anterior do globo normal, mas eixo 
anteroposterior alongado 
 
 
 
2 – De Curvatura: olho de tamanho normal mas 
curvatura de córnea e/ou cristalino alterada 
 
 
 
3 – De Índice: como no caso dos diabéticos, gestantes, 
pacientes sob o uso de medicação controlada, etc. 
Seus índices refrativos dos meios refringentes 
encontram-se alterados. 
 
 
Facilmente detectável: o míope não enxerga bem 
para longe, os sintomas são facilmente detectáveis e 
evidentes. 
 
*PSEUDO MIOPIA (correlato à acomodação) 
MIOPIA 
OLHO HIPERMÉTROPE 
 
É quando os raios vindos paralelos do infinito incidem no olho em repouso e 
formam seu foco depois da retina. 
 
• Inadequação entre diâmetro anteroposterior e poder dióptrico do globo ocular, 
podendo estes estarem associados ou não. 
 
HIPERMETROPIA 
LENTES ESFÉRICAS POSITIVAS 
 
Corrigida com lentes esféricas positivas 
(convergentes). Têm por característica 
serem espessas no centro e finas nas 
bordas. 
 
• Congênita 
• Acentuada nos primeiros meses de vida (menor comprimento axial) 
• Diminui com o crescimento 
• Estabiliza junto com dimensões normais do globo ocular 
HIPERMETROPIA OU 
 HIPEROPIA 
• Muito associada com a acomodação! (cefaléia frontal e 
temporal) 
• Jovens possuem alto poder acomodativo, podendo dispensar 
correção. 
• Maior correção após 30 anos (perda de amplitude 
acomodativa) 
• Hipermetropia latente: baixas hipermetropias nem sempre são 
corrigidas 
(alta amplitude acomodativa) 
 
Amplitude acomodativa (duane¹) 
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PONTO PRÓXIMO 
• É o ponto mais próximo de visão nítida, sem correção. 
• No olho emétrope o PP corresponde à amplitude de acomodação.Se amplitude = 
10D, PP = 10cm (D=1/F) 
• No olho míope PP = acomodação + módulo da dioptria (ou seja, desconsiderar 
sinal da dioptria) 
• No olho hipermetrope PP = acomodação – módulo da dioptria (ou seja, 
desconsiderar sinal da dioptria) 
 
PONTO REMOTO 
• É o ponto mais distante de visão nítida sem correção, com a acomodação 
totalmente relaxada 
• Emétrope = infinito 
• No olho míope, é igual a sua dioptria (D=1/F); Míope de 2: F=1m/2 = 50cm 
• No olho hipermétrope: virtual (olho sempre acomoda) 
PONTO PRÓXIMO E REMOTO 
 DO HIPERMÉTROPE 
Todos os PXs abaixo possuem a mesma amplitude de acomodação (AC=10D). 
Qual é o ponto próximo e o ponto remoto de cada olho deles? 
 
 
 
a) OD: +2,00 
OE: +2,75 
 
b) OD: +0,50 
OE: +0,25 
 
c) OD: +8,50 
OE: +10,00 
 
HIPERMÉTROPE: PP: acomodação – |dioptria|. PR: virtual. 
Ida
de 
1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 
AC 18 16 14 12 10 8,5 7,0 5,5 4,5 3,5 2,5 1,75 1,0 0,75 0,25 0,00 
Míope Hipermétrope 
PP PR PP PR 
a) 2.00 8,33cm 50cm 12,5cm virtual 
2.75 7,84cm 36,36cm 13,79cm virtual 
b) 0.50 9,52cm 200Cm 10,52cm virtual 
0.25 9,75cm 400cm 10,25cm virtual 
c) 8.50 5,40cm 11,76cm 66,66cm virtual 
10.00 5,0cm 10cm 0cm virtual 
PP – PONTO PRÓXIMO 
Míope Hipermétrope 
a) 2.00 8,33cm 12,5cm 
2.75 7,84cm 13,79cm 
b) 0.50 9,52cm 10,52cm 
0.25 9,75cm 10,25cm 
c) 8.50 5,40cm 66,66cm 
10.00 5,0cm 0cm 
COMPARATIVO – PP DO 
MÍOPE VS HIPERMÉTROPE 
O míope geralmente enxerga bem de perto sem correção. Altas miopias geram um 
PP e um PR muito baixos, tornando a distância de visão nítida muito próxima e curta 
para que o indivíduo tenha uma condição visual normal sem correção. 
Referência: 
 
• Duane, alexander. Studies in monocular and binocular 
accommodation with their clinical applications. American journal of 
ophtalmology, series 3, vol. 5, no. 11, november, 1922 
 
 
ASTIGMATISMO 
 
 substantivo masculino 
 defeito óptico resultante de uma curvatura desigual gerada na córnea ou mais 
raramente no cristalino ou do globo ocular como um todo aberração geométrica de 
um sistema óptico de tal modo que a imagem de um ponto é igual a dois pequenos 
segmentos de reta perpendiculares que se formam a distâncias diferentes do 
sistema. 
 
Astigmatismo é a dificuldade do sistema óptico em formar um ponto focal na retina, 
devido a diferença na curvatura de uma ou mais superfícies refrativas do globo ocular. A 
imagem de um ponto jamais será um ponto, e sim uma linha. O astigmatismo total 
consiste no astigmatismo das faces anterior e posterior da córnea assim como no 
astigmatismo lenticular ou também denominado de cristaliniano além de em situações 
raras o astigmatismo retiniano. 
 
1- Astigmatismo Hipermetrópico Composto (AHC): As duas 
linhas focais estão situadas atrás da retina ou o que é o 
mesmo, a retina está situada em frente da 1ª linha focal. 
2- Astigmatismo Hipermetrópico Simples (AHS): A 1ª linha 
focal está situada na retina e a 2ª linha focal está situada atrás 
da retina, ou ainda, a retina coincide com a primeira linha 
focal. 
3- Astigmatismo Misto: A retina está situada entre as duas 
linhas focais, a 1ª linha focal está situada antes da retina e a 
2ª linha focal está situada depois da retina. 
4- Astigmatismo Miópico Simples (AMS): A 2ª linha focal 
coincide com a retina, enquanto a 1ª linha focal está situada 
antes de retina, ou ainda simplesmente, a retina coincide com 
a 2ª linha focal. 
5- Astigmatismo Miópico Composto (AMC): As duas linhas 
focais estão situadas atrás da retina, ou a retina está depois 
da 2ª linha focal. 
CLASSIFICAÇÃO DO ASTIGMATISMO 
 
Classificação do astigmatismo no olho não acomodado está baseada na posição da 
retina relativamente às linhas focais do feixe refractado, Dando um ponto objecto 
distante, cada uma das duas linhas focais está situada no ponto principal do meridiano 
correspondente, isto é, F ’α e F ’β. 
Existem 5 formas de classificar os astigmatismo: 
Representação esquemática da 
classificação do astigmatismo. 
No astigmatismo miópico 
(simples e composto) 
 
A visão ao longe não pode ser melhorada através da 
acomodação, visto que se for empregue a acomodação o 
erro refractivo aumenta em vez de diminuir. 
Nas situações em que o astigmatismo é 
hipermetrópico 
(simples ou composto) 
 
O indivíduo pode colocar na retina a secção transversal 
mais favorável do feixe astigmático através da sua 
acomodação (a que estiver disponível). 
• Se um olho não acomodado tem astigmatismo misto, só uma das linhas focais pode 
ser colocada na retina, porque tem uma linha focal antes da retina e outra depois da 
retina, uma é miópica e outra hipermetrópica e só a hipermetrópica, pode com a 
ajuda da acomodação, ser colocada em foco na retina. 
• Este astigmatismo depende muito da posição do círculo de confusão mínima, que 
pode estar atrás ou à frente da retina de acordo com a refracção ocular média, isto é, 
se estamos do lado da miopia ou do lado da hipermetropia. 
DIRECÇÃO DO EIXO 
 
Como as linhas verticais e horizontais são as predominantes nas letras utilizadas para 
testes de visão, bem como na maior parte dos objectos que nos rodeiam, a visão é mais 
baixa (pobre) quando o astigmatismo ocular é oblíquo (está segundo um eixo oblíquo) 
com os outros factores permanecendo invariáveis. 
A melhor maneira de se ver o efeito do astigmatismo não corrigido é simular com óculos 
de prova, os vários casos dos erros refractivos, ou através de fotografias ou figuras que 
evidenciem ou simulem os vários casos de astigmatismo variando só o eixo do 
astigmatismo. 
Ilustrações dos vários tipos de casos 
de astigmatismo e a sua influência na 
visão das letras. 
Sintomas: 
 
- Dificuldade de focagem. 
- Fotofobia. 
- Sono. 
- Dor de cabeça frontal. 
- Dor nos olhos. 
- Sensação de queimação nos olhos. 
- Pode apresentar ambliopia 
 
Correção 
 
O astigmatismo é corrigido com OCULOS, LENTES DE CONTATO ,CIRUGICAMENTE 
uma lente cilíndrica ou lente tórica tendo dois meridianos curvaturas diferente. 
Algumas considerações devem ser feitas 
com o intuito de conseguir a melhor adaptação do paciente aos seus óculos: 
 
• Óculos com armações pequenas têm menor chance de produzir alterações na 
periferia da lente. 
• Quanto menor for a distância vertex, menor será a disparidade na magnificação da 
imagem entre os meridianos do astigmatismo. 
• Recomenda-se o uso de lentes cilíndricas negativas por estas localizarem a correção 
do astigmatismo na parte posterior da lente e conseqüentemente mais próximas do 
globo ocular. 
PRESBIOPIA 
 
A presbiopia é uma alteração fisiológica decorrente do envelhecimento que atinge 
biliões de pessoas em todo o mundo. A sua base fisiopatológica permanece controversa 
contudo a teoria de Helmholtz é a mais aceite pela comunidade científica. 
A presbiopia afeta o dia a dia dos indivíduos pelo que a sua correção é de extrema 
importância para melhorar a sua qualidade de vida. 
São várias as correções para a presbiopia, desde a utilização de óculos de leitura, aos 
tratamentos cirúrgicos. Todos os métodos de correção apresentam vantagens e 
desvantagens pelo que a sua análise é importante para uma escolha mais 
conscienciosa para cada indivíduo. 
PRESBIOPIA 
 
 A presbiopia é uma alteração fisiológica decorrente do envelhecimento que se 
caracteriza pela diminuição progressiva da capacidade acomodativa máxima, com 
consequente diminuição da acuidade visual ao perto. A capacidade acomodativa 
diminui com a idade, uma vez que nos indivíduos jovens o cristalino é elástico e 
deforma-se facilmente com a contração do músculo ciliar. Nesta fase, os indivíduos têm 
uma capacidade acomodativa de 11.0 ± 2.0 dioptrias. 
No entanto, com o avançar da idade, esta capacidade diminui para 6.0 ± 2.0 dioptrias 
aos 40 anos, atingindo valores inferiores a 2.5 ± 1.5 dioptrias aos 52 anos. 
EPIDEMIOLOGIAA prevalência da presbiopia é, tal como seria espectável, mais elevada nos 
países com EMV mais elevada, atingindo atualmente cerca de 2 biliões de 
pessoas em todo o mundo. Relativamente ao impacto na qualidade de vida 
dos indivíduos, acredita-se que, nos países industrializados, este impacto é 
superior, dado que as pessoas necessitam mais frequentemente de uma boa 
capacidade visual para realizarem diferentes tarefas, não só a nível 
profissional como a nível pessoal, pois muitos dos seus hobbies implicam uma 
boa capacidade de leitura. Assim, a presbiopia pode ser um defeito 
incapacitante, não só a nível físico, mas também emocional, se não corrigida 
apropriadamente. 
A PRESBIOPIA 
 
É definida como a principal alteração refrativa da vida adulta, inicia-se aos 40/45 anos 
atingindo a sua intensidade máxima por volta dos 65 anos. 
O principal sintoma referido é a dificuldade de focar objetos próximos e visualizar os 
seus detalhes, mencionando a visualização de uma imagem desfocada que melhora 
com o afastamento dos objetos (estratégia muitas vezes utilizada pelos indivíduos para 
contornar a situação). 
No entanto, podem ser observados outros sintomas tais como: 
 
• a astenopia, 
• o estrabismo, 
• a diplopia, 
• as cefaleias, 
• o lacrimejo. 
 
Esta sintomatologia é mais evidente à noite, no fim da semana e em condições de fraca 
luminosidade, sendo referido pelos indivíduos a necessidade de utilizar luz mais 
brilhante para ler. 
A utilização da luz mais intensa facilita a visualização pois esta induz a constrição da 
pupila com aumento da profundidade do foco. Contudo, com o evoluir da presbiopia, a 
sintomatologia surge igualmente em boas condições de luminosidade. 
A fadiga e as cefaleias podem ser explicadas pela contração do músculo orbicular e 
parte dos músculos occipitofrontais perante a incapacidade de focar objetos próximos. 
Por sua vez a diplopia pode ser justificada pela exotropia e pela exoforia. 
Alguns indivíduos com presbiopia incipiente referem ainda a visualização de uma 
imagem distorcida à distância que pode ser explicada por uma resposta lenta do 
músculo ciliar e do cristalino quando se passa de um foco de curta distância para um de 
longa distância, principalmente após longos períodos de focagem ao perto. 
Todos estes sintomas podem ser explicados pelas alterações da capacidade de 
acomodação. 
No entanto, se se verificar uma melhoria espontânea da sintomatologia em indivíduos 
com mais de 40 anos deve ser pesquisada a possibilidade de existência de cataratas. 
O início da sintomatologia associada à presbiopia depende de diversos fatores e, 
apesar de a idade ser um fator preponderante no seu desenvolvimento, esta pode 
surgir mais precocemente em certas situações 
Sintomas da presbiopia 
DIAGNÓSTICO 
 
Para um diagnóstico precoce e eficaz deve ser realizada uma boa história clínica, um 
exame VISUAL completo e, se necessário, exames complementares de diagnóstico. 
A história clínica realizada deve ser completa e com especial enfoque nos principais 
sintomas referidos pelo indivíduo. 
No decurso da entrevista clínica deve ainda ser questionada a medicação habitual 
(principalmente nos indivíduos com medicação crónica), alergias, profissão atual e 
prévias, antecedentes pessoais patológicos, bem como deve ser explorada a sua 
história familiar. 
Na pesquisa de antecedentes pessoais deve ser dada especial atenção às patologias 
que podem induzir o início precoce da presbiopia. 
A idade do indivíduo é uma das informações essenciais, uma vez que esta será 
importante no estabelecimento do diagnóstico de presbiopia, e também irá influenciar o 
tipo de tratamento proposto. 
O diagnóstico da presbiopia baseia-se na avaliação de três pontos essenciais: a 
capacidade e profundidade do foco, bem como a distância necessária para ver ao 
perto. 
Assim, o exame ocular deve englobar a avaliação da acuidade visual, da capacidade 
refrativa, da visão binocular, da acomodação, de patologia ocular e de patologias 
sistémicas que possam influenciar a visão. 
A avaliação da acuidade visual (AV) 
 
É essencial para o diagnóstico de presbiopia. 
Esta avaliação engloba a verificação da acuidade visual sem correção ocular e com a 
correção anteriormente utilizada pelo indivíduo, uma vez que a verificação da acuidade 
visual com uma nova correção ocular irá indicar o erro refractivo do indivíduo em 
causa. 
A avaliação da capacidade refractiva é importante para decidir a forma de tratamento 
da presbiopia, pois a correção ocular vai depender da perda da capacidade refractiva. 
Indivíduos com miopia prévia têm necessidade de correção ocular para a presbiopia 
mais tardia do que os indivíduos com hipermetropia e a correção necessária para 
míopes é menor do que para os hipermetropes. 
A avaliação da acomodação e da visão binocular apesar de bastante utilizada na 
avaliação da presbiopia, tem uma confiança limitada. 
Os seus resultados são influenciados por diversas variáveis tais como a iluminação, o 
tamanho do objeto, o contraste, o ângulo de visão e a efetividade da lente, entre 
outros. 
Classificação da presbiopia 
• A presbiopia incipiente, ou primeira fase da 
presbiopia, engloba os casos iniciais em que os 
indivíduos referem dificuldade em ver ao perto, 
mencionando um esforço extra para ler letras de 
reduzidas dimensões. Nesta fase, o indivíduo 
apresenta um bom desempenho nos testes visuais e, 
quando questionado, muitas vezes prefere manter-se 
sem correção oftálmica. 
• A presbiopia funcional, ou segunda fase de 
presbiopia, engloba os indivíduos que referem 
diminuição da acuidade visual comprovada 
clinicamente pelos testes visuais. 
• A presbiopia absoluta é o estado mais avançado da 
presbiopia em que a capacidade de acomodação é 
perdida na totalidade. 
• A presbiopia prematura é uma forma de presbiopia 
caracterizada pelo mesmo tipo de sintomatologia mas 
com um início precoce. 
• A presbiopia noturna caracterização pela dificuldade 
de visão ao perto em ambientes com pouca luz em 
consequência da diminuição da capacidade de 
acomodação. 
TRATAMENTO 
 
A maioria dos indivíduos com presbiopia vão necessitar de uma correção ocular que 
varia entre +1 e +3 dioptrias para melhorar a sua visão ao perto. 
Durante muitos anos, o tratamento da presbiopia baseou-se em métodos não invasivos 
tais como utilização de óculos com lentes monofocais, bifocais, progressivas ou 
multifocais. No entanto, estas lentes apesar de melhorarem a acuidade visual e de não 
apresentarem os riscos inerentes a uma cirurgia, não conseguem restabelecer a 
capacidade acomodativa de um indivíduo jovem. 
Com o avançar dos meios tecnológicos e do conhecimento médico e científico, as 
opções terapêuticas tornaram-se mais vastas e adaptadas aos diferentes indivíduos. 
Atualmente existem para além dos óculos ou lentes de contacto, métodos cirúrgicos e 
farmacológicos para a correção da presbiopia. 
Contudo, a maioria das pessoas com presbiopia continua a ser tratada com lentes 
bifocais, progressivas e óculos de leitura. 
No entanto, este tipo de terapêutica é considerado por muitos como incómoda. Assim 
muitos dos indivíduos preferem realizar uma cirurgia que permita um tratamento a longo 
prazo, pelo que o aumento da prática cirúrgica na presbiopia aumentou 
significativamente após o advento da ablação de superfície por laser (principalmente o 
Laser-Assisted in Situ Keratomileusis, LASIK) e das lentes intra-oculares. Porém, apesar 
de muitos tratamentos terem sido propostos, não existe ainda um método eficaz e 
reprodutível para a correção deste defeito. 
Na correção da presbiopia com óculos podem ser 
utilizados diferentes tipos de lentes. 
CORREÇÃO 
 
Correção por lentes de contacto 
As lentes de contacto podem ser divididas em 
quatro grupos consoante as suas características 
principais 
Tratamento cirúrgico 
As técnicas cirúrgicaspodem ser divididas em três 
grupos principais consoante a estrutura ocular 
intervencionada 
 
A PRESBIOPIA 
 
Apresenta elevadas taxas de prevalência nos diversos países do mundo, não sendo 
um defeito restrito a determinada região do globo pelo que, de certo modo, pode 
ser considerada como uma “epidemia” à escala global. 
Esta patologia atinge cada vez mais pessoas em virtude de uma população cada 
vez mais envelhecida, pelo que o conhecimento mais aprofundado da sua 
fisiopatologia é importante. Conclui-se, que apesar do diagnóstico da presbiopia 
ser relativamente simples e acessível à maioria das populações, a correção 
encontra-se um pouco mais limitada. 
Apesar das inúmeras formas de correção disponíveis, existe ainda um longo 
caminho a percorrer com o intuito de tornar a correção da presbiopia esteticamente 
mais atrativa e associada a menores riscos cirúrgicos. 
REFERÊNCIAS ASTIGMATISMO 
 
• J. Boyd Eskridge, John F. Amos, Jimmy D. Bartlett. Clinical Procedures in Optometry, 
J.B.Lippincott, 1991. 
• Jurgen Meyer-Arendt. Introduction to Classical and Modern Optics, 4th ed., Prentice-
Hall, 1995. 
• Sandra Mogo. Optometria I, Universidade Beira Interior, 2003 
• Francisco Barra Lazaro. Optometria I: Concepto de Optometria, Universidade 
Complutense de Madrid, 1992-93. 
• • Halliday, Resnick, Walker. Fundamentals of Physics, 5th ed., John Wiley & Sons, 
1997. 
 
REFERÊNCIAS PRESBIOPIA 
 
• Neto ES; Alves MR. New concepts in accommodation and presbyopia. Revista 
brasileira de oftalmologia. 2011. 70 (5). 
• Hickenbotham A, Roorda A, Steinmaus C, Glasser A. Meta-Analysis of sex diferences 
in presbyopia. Investigative ophthalmology & visual science. 2012. 
• Werner L, Trindade F, Pereira F, Werner L. Fisiologia da acomodação e presbiopia. 
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. 2000. 
• Yanoff M., Duker J.S. Ophthalmology: Expert Consult: Online and Print. Saunders 
Elsivier. 4ºedição. 2014 
A LEI DE HERING: 
 
Relata que os diferentes grupos musculares de um ou outro olho que participam em um 
determinado movimento ocular recebem simultaneamente a mesma quantia de 
impulsos inervacionais, tanto para a contração da junta como o relaxamento dos 
antagonistas contralaterais. Esta é uma lei binocular. 
 
Ex. Ao movermos os olhos para a esquerda, recebem a 
Mesma carga inervacional : 1. Reto lateral esquerdo. 
 2. Reto medial direito. 
Em todos os movimentos binoculares, o estímulo nervoso que se transmite é igual e 
simultâneo para o músculo de um olho e para o seu correspondente no outro olho. 
Dextro infra versão 
Od Oe Od Oe 
Dextro versão 
Versões: movimentos dos 2 olhos na mesma direção, com a mesma velocidade e 
amplitude (os eixos visuais mantêm-se na mesma situação relativa) 
A LEI DE SHERRINGTON: 
 
Diz que quando um músculo se contrai para realizar um determinado movimento, o 
antagonista relaxa e vice-versa. Um aumento de inervação de um músculo extra-ocular 
acompanhado de um descanso na inervação de seu antagonista. Esta é uma lei 
monocular e de reciprocidade. 
A quantidade de inervação que chega a um músculo para que se contraia é igual e 
simultânea à quantidade de estímulo de relaxação que chega ao seu músculo 
antagonista. 
Ducções: movimentos de 1 só olho em torno do eixo vertical ou transversal 
Od Oe 
Levo ducção Levo infra ducção 
A LEI DE SHERRINGTON: 
 
Sherrigtom, para demostrar na prática a sua lei seccionou os III e IV nervos craneanos 
do olho direito e deixou intacto o VI nervo. 
 
O olho se colocou em abdução graças ao tônus muscular do reto lateral. Estimulou 
então, eletricamente , a área cortical do lado direito, com que provocou um movimento 
conjugado dos olhos para a esquerda. 
 
O olho esquerdo se deslocou normalmente para uma posição de abdução e o olho 
direito abandonou a abdução em que se encontrava e se situou na linha média. 
Esse movimento do olho direito só ode ter sido provocado pela elasticidade dos 
tecidos perioculares depois do relaxamento do reto lateral, resultando disso um 
equilíbrio entre ele e o reto medial paralisado. 
A ordem de contração enviada ao reto medial , embora impossível de ser realizada , 
determinou o relaxamento do seu antagonista. 
REFERÊNCIAS: 
 
• Bicas HEA. Oftalmologia: fundamentos. São Paulo: Contexto; 1991. 
• Prieto Diaz J, Souza-Dias C. Estrabismo. 3a ed. La Plata: J. Poch; 1996. 
• Bicas HEA. Estudos da mecânica ocular. II – Análise das rotações 
oculares. Arq Bras Oftalmol 1981. 
• Alpern M. Movements of the eye. In: Davson H, editor. The eye- muscular 
mechanisms. 2nd ed., New York & London: Academic Press; 1969 
5. Oblíquo superior 
6. Oblíquo inferior 
3. Reto lateral 
4. Reto inferior 
2. Reto medial 
1. Reto superior 
anel fibroso de Zinn 
 
troclear 
M.E.O 
Músculos extra oculares 
MÚSCULOS EXTRA-OCULARES : 
 
4 Retos: superior, inferior, medial, lateral. 
2 Oblíquos: superior e inferior. 
 
 MOVIMENTOS: 
 
Duções: movimentos monoculares. * Avalia o músculo em seu campo de ação. 
Versões: movimentos conjugados dos olhos. 
 
Movimento para cima: supradução ou supraversão. 
Movimento para cima e para a direita: dextrosupradução (versão) 
Movimento para cima e para a esquerda: levosupradução (versão) 
Movimento para baixo:infradução ou infraversão. 
Movimento para baixo e para a direita: dextroinfraradução (versão) 
Movimento para baixo e para a esquerda: levoinfradução (versão) 
Movimento temporal: abdução. 
Movimento nasal: adução. 
 
POSIÇÕES DE MIRADA DO OLHAR 
DUÇÕES 
POSIÇÕES DE MIRADA DO OLHAR 
VERSÕES 
 
MÚSCULOS EXTRAOCULAR 
 
Os olhos são localizados dentro do que chamamos órbitas, as estruturas ósseas na 
parte frontal do crânio, que possuem um formato cônico, com paredes laterais formando 
um ângulo de 45 graus com o plano do meio do crânio. 
No fundo da órbita encontramos um buraco por onde passa o nervo ótico, com 7 
milímetros de comprimento, ligando a órbita com o crânio. No interior desse buraco 
existe um anel fibroso, que fica em torno do canal, chamado de ânulo de Zinn e que 
serve como base para ancorar a maior parte dos músculos extrínsecos do olho, 
ou músculos extraoculares. 
 
Temos seis músculos extraoculares que movem o olho: 
 
• RETO SUPERIOR, 
• RETO MEDIAL, 
• RETO INFERIOR, 
• OBLÍQUO INFERIOR, 
• OBLÍQUO SUPERIOR 
• O RETO LATERAL. 
 
O músculo oblíquo inferior origina-se na porção anterior da órbita, enquanto os outros 
cinco tem sua origem no ânulo de Zinn. 
AÇÕES PRIMÁRIAS, 
SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS 
Músculo primária secundária terciária 
 
Reto medial adução .................... ............. 
 
Reto lateral abdução .................... ............ 
 
Reto superior elevação adução intorção 
 
Reto inferior depressão adução extorsão 
 
Oblíquo superior intorção depressão abdução 
 
Oblíquo inferior extorção elevação abdução 
 
Os movimentos oculares coordenados dependem de seis músculos extra-oculares, da 
inervação proporcionada pelos lll,lv e vl pares bem como da integração neuromotora 
com o sistema nervoso central. 
MÚSCULOS ENVOLVIDOS NAS 
POSIÇÕES DE MIRADA DO OLHAR 
DESTROSUPRA VERSÃO SUPRAVERSÃO LEVOSUPRA VERSÃO 
 1. RSD1. OID 1. RSE 
 2. RID 2. OSD 2. RIE 
 3. OIE 3. OSE 3. OID 
 4. OSE 4. OIE 4. OSD 
 
 DESTROVERSÃO LEVOVERSÃO 
 1. RLD 1. RLE 
 2. RMD P.P.M. 2. RME 
 3. RME 3. RMD 
 4. RLE 4. RLE 
 
DESTROINFRAVERSÃO INFRA VERSÃO LEVOINFRAVERSÃO 
 
 1. RID 1. OSD 1. RIE 
 2. RSD 2. OID 2. RSE 
 3. OSE 3. OSE 3. OSD 
 4. OIE 4. OIE 4. OID 
 
Legenda: 1. Agonista. 3. Junta. 
 2. Antagonista homolateral. 4. Antagonista contralateral. 
Agonista:[Do gr. agonistés, 'que luta (nos jogos)'; 'que combate'.]Anat. Diz-se de músculo que 
promove uma ação à qual se opõe outro músculo, denominado antagonista 
LEI DE DONDERS 
Qualquer rotação pode ser executada tomando-se um único eixo de giro. Se pode obter 
qualquer posição terciária á partir de uma posição primária realizando-se apenas um 
único giro. 
EX. 
Levar o olho direito para cima e para a direita. 
pode-se fazer assim: 
1. realizar uma dextrosupradução, ou 
2. realizar uma supradução e depois uma: 
 2.1. destrodução ou 
 2.2. uma abdução. 
Em geral, para ir de uma posição primária para uma Terciária, o olho sempre utiliza a 
rota mais curta, segundo o princípio do “mínimo esforço” girando ao redor de um eixo 
perpendicular ao plano cujo o qual Contêm os pontos, inicial e final. Embora pareça que 
a posição final do olho deveria ser a mesma por um ou pelo outro caminho, na verdade 
o que acontece é que “a posição final é diferente ”. 
 
 sacádicos ............. 100 á 700 por segundo. 
Movimentos seguimento ........... 50 por segundo. 
LEI DE LISTING 
Referências: 
 
• Harley RD. Paralytic strabismus in children. Etiologic incidence and 
management of the third, fourth, and sixth nerve palsies. Ophthalmology. 
1980. 
• MACHADO, A. NEUROANATOMIA FUNCIONAL. Ed. Atheneu; 2006. 
• SOBOTTA, J; BECKER. Sobotta – ATLAS DE ANATOMIA HUMANA. Rio 
de Janeiro: Guanabara Koogan, 21ª Ed., 2000. 
BIOMICROSCOPIA 
 A biomicroscopia é uma parte fundamental do exame primário dos olhos. 
 Se ocupa da avaliação dos tecidos in-vivo, no corpo. Sua disposição anatômica, 
alterações patológicas e comportamentos. 
 É utilizado principalmente para avaliação do segmento anterior e seus anexos, 
porém com auxilio de lentes especiais pode-se apreciar estruturas do segmento 
posterior. 
 É utilizado o biomicroscopio, também chamado lâmpada de fenda. 
 Atualmente, o mercado oferece muitos 
modelos de lâmpadas de fendas. São 
desde os modelos portáteis, que por sua 
vez podem ter limitações em sua 
funções, até modelos mais modernos 
com sistemas de vídeo integrados, 
aumentos de maior alcance, praticidade e 
tecnologia. 
 Embora hajam estas alternativas, o 
principio óptico e de uso de todas devem 
ser o mesmo. 
LÂMPADA DE FENDA 
LÂMPADA DE FENDA 
 A lâmpada de fenda apresenta dois braços giratórios, um para a iluminação 
alternada e o outro para o biomicroscopio, ambos instalados em um mesmo eixo. 
A unidade de iluminação é, essencialmente, um projetor com uma fonte de luz 
ajustável em termos de largura, altura, direção, intensidade e cor. Um descanso 
para a cabeça imobiliza o paciente, um joystick e oculares ajustáveis permitem ao 
examinador focalizar a imagem de uma forma estereoscópica. 
 Iluminação e os braços do biomicroscópio são parafocais, estando ambos os 
focos, desta forma, no mesmo ponto, sendo o feixe de luz centralizado no campo 
de visão do examinador. Este arranjo permite uma iluminação direta, e o 
deslocamento intencional do alinhamento, leva a uma iluminação indireta. 
Variações dessas técnicas de iluminação usando campos de contraste em campo 
escuro e campo luminoso, são usadas para examinar o segmento anterior do 
olho. 
COMPONENTES DA 
LAMPADA DE FENDA 
AJUSTES PARA UTILIZAÇÃO 
DA LÂMPADA DE FENDA. 
 Sistema de zoom ou tambor de aumentos 
variáveis. O intervalo de aumentos podem 
variar entre 5x a 40x. A profundidade de foco e 
o campo visual é menor quando utilizamos 
muitos aumentos. Alguns biomicroscópios tem 
um sistema de alavanca com apenas duas 
posições de aumentos disponíveis. Nestes 
casos se podem incrementar as oculares por 
outros de maior aumento, ampliando o 
intervalo disponível. 
Zoom de aumentos 
TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO 
TÉCNICAS DE ILUMINAÇÃO 
A iluminação direta é classificada como difusa quando é 
projetado um feixe luminoso cilíndrico em direção ao olho, 
com objetivo de estudar as estruturas 
de forma global. 
 A iluminação difusa permite valorar a presença de qualquer 
alteração ou inflação das pálpebras. 
 Permite observar e valorar distintos graus de disfunções das 
glândulas de Meibomio. 
 Altura do menisco lacrimal e contaminação do mesmo por 
restos mucoso e celulares. 
 Quase todos os tipos de irritação, traumatismo e infecção e 
seus graus. 
 Anormalidades conjuntivais. 
 Observação geral de córnea e lentes de contato, opacidades 
corneais, depósitos em superfícies de lentes de contato e o 
movimento das lentes entre piscadas. 
 Alterações da iris e da borda pupilar, observação de lentes 
intraoculares de câmara anterior e detecção de nevus, 
nódulos, sinéquias anteriores e posteriores. 
 
 
ILUMINAÇÃO DIFUSA 
 PROCEDIMENTO: 
 A lente difusora se situa a frente do sistema de iluminação para difundir a luz e 
produzir uma iluminação homogênea sobre o polo anterior. A intensidade é 
controlada pela largura da fenda e pelo reostato. O ângulo do sistema de 
iluminação é variável entre 45° e 60°. A iluminação difusa se utiliza com aumento 
baixo ou médio 6x a 10x. O feixe de luz e o microscópio devem ficar com os focos 
coincidentes mantendo o feixe em posição com o click-stop. Ajuste as aberturas de 
tal forma que o feixe de luz tenha uma largura de 3-4mm e uma altura máxima. 
 
 ESTRUTURAS OBSERVÁVEIS: 
- Pálpebras 
- Cílios 
- sobrancelhas 
- Orifícios das glândulas de Meibomio 
- Altura do menisco lacrimal 
- Conjuntiva bulbar, tarsal 
- Córnea (observação global) 
- Superfície de lentes de contato 
- Dinâmica de lentes de contato 
- Íris 
- Pupila 
 
É utilizada para o estudo de detalhes, é obtida através da 
modificação do tamanho e da forma do feixe luminoso, que 
passa a formar o paralelepípedo, o corte óptico ou o pincel 
luminoso. 
ILUMINAÇÃO DIRETA FOCAL 
 ILUMINAÇÃO DIRETA COM PARALELEPÍPEDO: 
 É a forma de iluminação mais utilizada. O braço do sistema de iluminação se situa 
ao lado da parte da córnea que vamos avaliar (lado temporal para córnea 
temporal). A largura do feixe se aumenta até igualar aproximadamente a 
profundidade aparente da córnea. Desta forma construímos um paralelepípedo 
entre a córnea no qualapreciamos em 3D, com o epitélio na superfície anterior e 
o endotélio na superfície posterior. 
 PROCEDIMENTO: 
- O ângulo é variável entre 30° a 60° 
- A magnitude é variável entre 10x a 40x 
- Utiliza-se intensidade média-alta. 
 
DESENHO ESQUEMÁTIDO DA 
ILUMINAÇÃO PARALELEPÍPEDO 
PARALELEPÍPEDO PARA EXAME DO CRISTALINO 
 A luz direta com uma largura entre 0,5 e 2mm poder utilizada para 
examinar a transparência do cristalino. Para enfocar as distintas 
camadas é necessário ir introduzindo o biomicroscópio desde a área 
pupilar em um movimento de maior amplitude para o enfoque das 
distintas camadas. 
 O ângulo de iluminação é menor (mais perpendicular) que o utilizado 
para a observação da córnea e pode oscilar entre 10° a 45° 
 é a técnica básica para observação de manchas ou opacidades no 
cristalino. 
 setas apontando para o cristalino 
transparente 
 Catarata 
moderada 
CORTE ÓPTICO 
 O corte óptico é obtido diminuindo-se ainda mais o meridiano horizontal do 
paralelepípedo, até que as faces anterior e posterior formem duas linhas densas e 
separadas. O perfil do corte óptico é caracterizado por duas linhas, anterior e 
posterior, que representam porções determinadas da estrutura ocular em estudo. 
 Esta técnica permite realizar um corte transversal de luz sobre a córnea. Assim é 
possível valorar a profundidade das seguintes condições oculares: corpo estranho 
alojado na córnea, opacidades corneais e infiltrados estromais. Permite avaliar o 
grau de adelgaçamento estromal, assim como o edema epitelial e a turvação ou 
pigmento endotelial. 
1- Filme lacrimal: 1º linha brilhante 
2 – Linha epitelial: obscura. 
3 – Linha de Bowman: mais brilhante 
4 – Estroma: de aspecto cinza granular. 
5 – linha endotelial: mais brilhante que o estroma. 
FEIXE CÔNICO 
 O feixe cônico é obtido reduzindo-se o diâmetro do feixe luminoso cilíndrico. É 
utilizado no estudo do humor aquoso, para identificação de "flare" ou 
células inflamatórias. 
 Usa-se principalmente para observar células inflamatórias e proteínas na câmara 
anterior e quando se tem uma uveíte anterior. 
 PROCEDIMENTO: 
 O feixe de luz se reduz em largura e altura 
até obter um ponto, ou partindo de um 
corte óptico, se reduz a altura até 0.2mm. 
A intensidade de luz deve ser máxima e 
preferivelmente apagar a luz do meio 
ambiente para aumentar o contraste. 
Deve-se usar aumento médio e com um 
ângulo maior que 60° e vagarosamente se 
aproxima a luz da pupila até que se 
consiga o efeito Tyndall. 
FONTES: 
https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=zKmrWJ2zOMS7wAT
wzoD4Bw#q=manual+da+lampada+de+fenda+download 
http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/ 
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1227&fase
=imprime 
- Perez, Anyella - apostila de biomicroscopia 
-Doenças externas oculares e córnea. CBO 
- Alem das fontes o material conta com acréscimos de 
informações baseadas em minha experiência. 
https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=zKmrWJ2zOMS7wATwzoD4Bw
https://www.google.com.br/?gws_rd=cr,ssl&ei=zKmrWJ2zOMS7wATwzoD4Bw
http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/
http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/
http://www.isaacramos.com.br/2013/10/catarata-2/
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1227&fase=imprime
http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?id_materia=1227&fase=imprime
AUTORES: Equipe GEMO 
 
 
 
JAMERSON DIAS 
Tec. em Óptica e Optometria 
Bacharelando em Optometria 
 
 
 
 
 
ALEXANDRA BARBOSA 
Tec. em Óptica e optometria 
Pós graduada em Ortoptica 
Pedagoga 
 
 
 
 
DANILO FRANCO 
Tec. em optometria 
Bacharel em Optometria 
Pós graduando em Ortoptica 
 
 
 
 
 
 
WILSON SARAIVA 
Tec. em Optometria 
CO - AUTORES 
 
 
REBECA U. SARAIVA 
Tec. Óptica e Optometria 
Bacharel em optometria 
Pós graduada em Neuro optometria 
 
 
KARINE T. ROCHA 
Tec. em Óptica e Optometria 
Bacharelando em Optometria 
 
 
Apresentação 
Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em 
buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. 
 
Optometria uma nova visão para todos. 
Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia 
na aprendizagem nos estudos clínicos de optometria. além do 
conhecimento óptico Optometrico motor e sensorial, que são de grande 
interesse ao profissional da saúde visual, os textos são pequenos e 
mostramos apenas pontos específicos e necessário para o entendimento 
do assunto. 
 
Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo do profissional 
de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos e 
conhecimentos. 
ÍNDICE 
• Pupilas 
 
1. Vias aferentes 
2. Vias aferentes 
 
• Síndrome de Robertson 
• Síndrome de Holmes Adie 
• Síndrome de Marcos Gun 
• Síndrome de Horner 
 
• Excesso de Convergência 
• Excesso de Divergência 
• Insuficiência de Convergência 
• Insuficiência de Divergência 
 
• Ambliopia 
 
• Estrabismos 
 
1. Endodesviações 
2. Exodesviações 
Resposta parassimpática do controle pupilar 
 A pupila exerce papel importante na regulação da entrada de luz, sendo assim, 
ela otimiza a iluminação da retina e maximiza a percepção visual. 
 Na presença de luz tênue, a dilatação da pupila supõe um meio imediato pelo 
qual se maximiza a chegada de fótons na retina, que por sua vez complementa 
os mecanismos lentos de adaptação ao escuro que implicam no controle 
retiniano dos fotorreceptores e das células bipolares. 
 Durante a exposição à luz brilhante, a constrição pupilar pode reduzir a 
iluminação retiniana até 1,5 unidades log em 1-2 segundos, o que garante uma 
contribuição imediata e importante na adaptação precoce à luz. 
 Pacientes com pupilas fixas e imóveis podem apresentar sintomas durante as 
mudanças bruscas de iluminação ambiental entre os que incluem fotofobia no 
caso de aumentos súbitos e incapacidade para discernir objetos ao redor ao 
entrar em um ambiente com luz tênue. 
 O diâmetro da pupila pode também contribuir a melhorar (até certo ponto), a 
qualidade da imagem da retina quando este, em estado normal, é pequeno. 
Uma pupila pequena reduz a aberração cromática e esférica. 
 Uma pupila pequena aumenta a profundidade do enfoque do sistema óptico do 
olho, de forma similar ao efeito estenopéico. 
 
A PUPILA 
 
FUNÇÕES DA PUPILA 
 
A PUPILA 
 
Profundidade de enfoque: 
A miose durante a visão de 
perto produz um efeito 
estenopéico que reduz o erro 
de refração e aumenta a 
profundidade do enfoque. 
Redução das aberrações 
ópticas: 
Minimiza as aberrações 
ópticas na córnea e no 
cristalino, limitando a entrada 
de feixes de luz ao olho. 
As aberrações e o 
deslumbramento podem ser 
produzidos por pupilas 
grandes na escuridão ou 
frente a midríase. 
Controle retiniano de 
iluminação 
A resposta às mudanças de 
iluminação ambiental 
mantem-se constante à 
iluminação retiniana. 
Facilita a adaptação imediata 
à luz na escuridão durante as 
mudanças bruscas de 
iluminação ambiental. 
ASPECTOS CLÍNICOS DA 
FUNÇÃO PUPILAR 
 
1) O movimento pupilar como indicador de entrada aferente; 
2) O diâmetro pupilar como indicador de vigília; 
3) A desigualdade pupilar como reflexo da inervação autônoma eferente de cada 
íris. 
4) A influência do diâmetro pupilar sobre as propriedades ópticas do olho; 
5) A resposta pupilar a fármacos como meio para controlar seus efeitos. 
 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA DA PUPILA 
 
Indicador objetivo da entrada de luz 
Reflexo fotomotor utilizado para 
avaliar a assimetria de entrada dos 
olhos, DPAR. 
Indicador do nível de vigília 
Transtornos do sono: narcolepsia 
Controle da fadiga 
Monitorização do nível de anestesia 
Resposta a estímulos nociceptivos 
Pupilas grandes (midríase) 
Fotofobia 
Deslumbramento e aberrações frente 
a cirurgia refrativa ou cataratas 
Desigualdade pupilar (anisocoria) 
Estado de inervação daíris 
Dano direto ao esfíncter da íris 
Miose ou midríase farmacológica 
Indicador farmacológico 
Prova de hipersensibilidade por desenervação 
Localização da desnevarão simpática 
Provas de tratamento farmacológico em 
enfermidades psiquiátricas como depressão e 
esquizofrenia. 
 A pupilar atua como um indicador objetivo da quantidade de luz transduzida ao 
sistema visual. Neste sentido, pode utilizar-se para monitorar a sensibilidade da 
retina à luz. 
 A contração pupilar transitória em resposta a um estímulo luminoso, ou o 
diâmetro pupilar normal, frente a uma iluminação constante, pode refletir a 
integridade da retina e do nervo óptico, usando-se para detectar enfermidades. 
 A prova mais habitual para avaliar a assimetria da entrada aferente entre ambos 
os olhos é a prova com luz alternante (balanço de lanterna ou “Swinging-
flashlight test”), com esse teste, é possível avaliar a presença ou ausência de 
DPAR (Defeito pupilar aferente relativo), podendo indicar dano na retina ou no 
nervo óptico. 
 O diâmetro da pupilar também é útil para determinar o grau de inibição 
supranuclear mesencefálica, que por sua vez se relaciona com o nível de vigília. 
 A desigualdade pupilar (anisocoria) pode representar uma interrupção da 
inervação autônoma da íris, uma lesão direta do músculo esfíncter da íris ou 
uma exposição farmacolócgica à substâncias mióticas ou midriáticas. 
 Pupilas grandes podem produzir sintomas visuais com significação clínica em 
forma de aberrações de cor e de imagem, em especial à noite. 
 Utilizada também como indicador farmacológico dos efeitos centrais ou 
periféricos dos fármacos. 
 
 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA 
 
VIAS NEURONAIS DO REFLEXO FOTOMOTOR E DA 
REAÇÃO DE PROXIMIDADE (Parassimpático) 
  O reflexo fotomotor consta de três divisões neuronais principais que fazem com que 
o estímulo luminoso produza uma contração pupilar: 
1) Uma divisão aferente 
2) Uma divisão interneuronal 
3) Uma divisão eferente. 
 A divisão aferente consiste na entrada do estímulo à retina desde os fotorreceptores, 
neurônios bipolares e células ganglionares. 
 Os axônios das células ganglionares proporcionam informação sobre a entrada 
luminosa que converge por meio de sinapses nos interneurônios localizados nos 
núcleos olivares pretectais no mesencéfalo. 
 Os interneurônios distribuem o sinal luminoso aos neurônios nos núcleos de Edinger 
–Westphal direito e esquerdo, com as que conectam por meio de fibras cruzadas e 
diretas. 
 Os neurônios dos núcleos de EW enviam seus axônios parassimpáticos pré-
ganglionares ao longo do nervo oculomotor (III par) para fazer sinapse com o 
gânglio ciliar em cada órbita. 
 Os neurônios deste gânglio enviam seus axônios pós-ganglionares junto com os 
nervos ciliares ao músculo esfíncter da íris. 
 
Diagrama das vias nervosas implicadas no reflexo fotomotor. As aferências desde a pupila nasal 
cruzam ao lado contralateral e as aferências pupilares dos axônios das células ganglionares da retina 
abandonam o trato óptico no braço superior do colículo superior para fazer sinapse com o núcleo 
olivar pretectal. As aferências da retina temporal do mesmo olho seguem um caminho similar no lado 
ipsilateral. Os neurônios dos núcleos olivares pretectais emitem fibras diretas e cruzadas através da 
comissura posterior até o núcleo de Edinger-Westphal de cada lado. Desde aqui, as fibras 
parassimpáticas pré-ganglionares viajam com o nervo oculomotor e fazem sinapse no gânglio ciliar. 
Os neurônios parassimpáticos pós-ganglionares vão desde o gânglio ciliar até o músculo esfíncter da 
íris seguindo os nervos ciliares curtos. 
RAMO AFERENTE DO REFLEXO FOTOMOTOR 
 
 Inicia-se com o ramo aferente na retina e inclui fotorreceptores, células pipolares e 
células ganglionares. 
 AS vias neuronais implicadas no reflexo fotomotor e a percepção visual 
compartilham os mesmos fotorreceptores, não existem tipos distintos. 
 Quase todas as mudanças nas características do estímulo que induzem diferenças 
na percepção visual também produzem mudanças comparáveis na resposta pupilar. 
A resposta pupilar à luz é paralela a percepção visual. 
 Tanto os cones, como os bastonetes contribuem ao funcionamento do reflexo 
fotomotor, mas em distinto grau em função das condições luminosas. 
 No escuro e em baixa luminosidade, o reflexo fotomotor se converte em um detector 
de luz de alta sensibilidade mediado sobretudo pelos bastonetes que originam 
contrações pupilares de pequena amplitude. 
 Em condições de alta luminosidade, são os cones os que dominam o reflexo 
fotomotor, e, em relação aos bastonetes, originam contrações pupilares amplas. 
 As células bipolares, que recebem aferências dos fotorreceptores, são os neurônios 
que proporcionam a entrada aferente do reflexo fotomotor e as mesmas que mediam 
a percepção visual. 
 
RAMO AFERENTE DO REFLEXO FOTOMOTOR 
 
 As células ganglionares W parecem ser as responsáveis pela transmissão do reflexo 
fotomotor ao mesencéfalo. Respondem sobretudo a aumentos da intensidade da luz 
e são relativamente insensíveis ao movimento. 
 A densidade central das células ganglionares, sua interação aproximada de um-a-
um com os fotorreceptores e as células bipolares, e as propriedades de seu campo 
receptivo condicionam a maior amplitude de resposta pupilar aos estímulos no 
campo visual central. 
 
INTERNEURÔNIOS DO REFLEXO FOTOMOTOR 
 
 Os axônios das células ganglionares que transmitem o estímulo aferente da via 
clássica do reflexo fotomotor se separam dos demais axônios das células 
ganglionares na parte distal do trato óptico, antes de chegar ao corpo geniculado 
lateral. 
 Os axônios das células ganglionares pupilares procedentes das áreas homônimas 
do campo visual se distribuem no trato óptico, desde onde discorrem pelo braço do 
colículo superior e fazem sinapses no mesencéfalo com os seguintes neurônios 
envolvidos com o reflexo fotomotor que se localizam no núcleo pré-tectal da oliva. 
Se trata de interneurônios, já que integram o sinal aferente procedente da retina com 
o sinal eferente mesencefálico do reflexo fotomotor. 
 Estes interneurônios constituem uma “parada” para os impulsos convergentes do 
campo receptivo das células ganglionares retinianas, são menos abundantes e 
exercem um efeito somatório do estímulo aferente das células ganglionares neste 
ponto da via. 
 Alguns destes neurônios mostram uma resposta “plana”, o que implica que 
respondem de igual forma ante aferências procedentes de qualquer ponto do seu 
campo receptivo, porém, outro subgrupo destes mesmos neurônios mostram uma 
resposta “mediada pela fóvea”, descarregam a maior frequência quando o estímulo 
se situa perto do centro do campo visual. 
 
INTERNEURÔNIOS DO REFLEXO FOTOMOTOR 
 
 Os neurônios pré-
tectais enviam fibras 
diretas e cruzadas 
através da comissura 
posterior, à pequena 
população neuronal 
que constitui o núcleo 
de Edinger 
Westhphal. Desta 
forma, o sinal 
aferente desde o 
núcleo pré-tectal de 
cada lado se distribui 
quase que de igual 
maneira à via 
eferente originada no 
núcleo de EW. 
 
RAMO EFERENTE DO REFLEXO FOTOMOTOR 
 
 Os neurônios dos núcleos de Edinger-Westphal enviam axônios pré-ganglionares 
aos fascículos esquerdo e direito do nervo oculomotor, onde se unem aos axônios 
motores que inervam os músculos do olho e as fibras pré-ganglionares 
acomodativas que se tem originado em núcleos próximos. 
 As fibras pupilares pré-ganglionares se localizam na parte superior do nervo 
oculomotor quando este sai do mesencéfalo, porém, imediatamente depois passam 
a ocupar uma localização medial. 
 Depois de atravessar o seio cavernoso até o ápice da órbita, as fibras pupilares pré-
ganglionares e as fibras acomodativas fazem sinapses no gânglio ciliar (gânglio 
parassimpático). 
 Os últimos neurônios da cadeia, os pós-ganglionares, entram no olho atravésdos 
nervos ciliares curtos, onde inervam o músculo esfíncter da íris. 
 
Inervação do esfíncter da íris desde o 
núcleo de Edinger-Westphal, através 
do nervo oculomotor, o gânglio ciliar 
e os nervos ciliares curtos, juntos 
com algumas causas de pupila 
dilatada fixa. 
 
REAÇÃO DE PROXIMIDADE E ACOMODAÇÃO 
 
 Apesar da relação direta entre acomodação, convergência e miose, tem-se 
demonstrado que qualquer das três funções pode desligar-se de forma seletiva sem 
afetar as outras duas. 
 Estas observações são resultados de estudos, que foi de acordo geral que os 
impulsos que originam a acomodação, a convergência e a contração pupilar, devem 
ser gerados a partir de grupos celulares distintos no núcleo oculomotor e que viajam 
como fibras separadas até seus músculos efetores. 
 A acomodação, a convergência e a contração pupilar são movimentos associados e 
não estão ligados entre se de maneira que só pode ser chamado de reflexo. Estão 
controlados, sincronizados e associados a partir de conexões supranucleares, 
porém não são causa uns de outros. 
 A miose e a reação de proximidade, têm uma única via eferente comum desde o 
núcleo de Edinger-Westphal até o esfíncter da íris através do gânglio ciliar. 
 Com um estímulo próximo, com a acomodação, a pupila deve contrair-se mesmo 
sem mudanças na iluminação retiniana. A reação de proximidade está mediada pela 
mesma via nervosa eferente procedente dos mesmos neurônios do núcleo de EW 
que o do reflexo fotomotor. 
 
 
REAÇÃO DE PROXIMIDADE E ACOMODAÇÃO 
 
 Contudo, o controle supranuclear desta resposta diferente do que medeia o reflexo 
fotomotor, cujo caso a entrada aferente provém do núcleo pretectal. No caso da 
reação de proximidade, que implica a acomodação, a convergência e a miose, se 
crê que a entrada aferente supranuclear se origina em áreas corticais em torno do 
córtex visual e em áreas corticais nas regiões frontais oculares. 
 Os neurônios corticais desde as que se transmite o impulso aferente da reação de 
proximidade, parece fazer sinapse antes de se dirigir em sentido ventral até os 
neurônios viscerais suprajacentes ao complexo oculomotor no mesencéfalo. 
 Como a via supranuclear da reação de proximidade atravessa o mesencéfalo por 
sua zona ventral e a do reflexo fotomotor o faz na dorsal, ambos sistemas podem 
ver-se afetados de forma distinta por processos patológicos. 
 A aferência neuronal supranuclear de um estímulo de visão próxima estimula os 
neurônios constritores da pupila, localizados na porção visceral dos núcleos de 
Edinger-Westphal, e os numerosos neurônios acomodativos próximos que se 
encontram no resto da porção visceral do núcleo de EW. 
 Destes neurônios pré-ganglionares partem axônios acomodativos que viajam junto 
aos neurônios pupilares pré-ganglionares do reflexo fotomotor no nervo oculomotor 
para fazer sinapse no gânglio ciliar da órbita. 
 
 
REAÇÃO DE PROXIMIDADE E ACOMODAÇÃO 
 
 Os axônios pós-ganglionares parassimpáticos acomodativos, que inervam o 
músculo ciliar, são os mais abundantes que os axônios pós-ganglionares do reflexo 
fotomotor, com uma razão de 30:1. 
 Como o número de corpos celulares dos neurônios acomodativos é superior a dos 
neurônios do reflexo fotomotor, quase todos os axônios que chegam ao esfíncter da 
íris se originam de corpos celulares de neurônios acomodativos. 
 Ante a um estímulo próximo, tanto os neurônios acomodativos, como os do reflexo 
fotomotor do núcleo visceral de Edinger Westhphal, se estimulam desde níveis 
supranucleares, isso origina duas eferências neuronais pré-ganglionares separadas 
para a acomodação e para o reflexo fotomotor que viajam pelo nervo oculomotor até 
o gânglio ciliar, no qual, emite inervações pós-ganglionares separadas aos músculos 
do corpo ciliar e do esfíncter da íris. 
 As vias pré-ganglionar e pós-ganglionar do reflexo fotomotor usam os mesmos 
neurônios como mediadores da contração pupilar em resposta a estímulos próximos 
ou luminosos. 
 
 
Resposta simpática do controle pupilar 
DILATAÇÃO PUPILAR REFLEXA 
  Em dilatação pupilar, ocorrem dois processos integrados: relaxamento do esfíncter 
da íris e contração do dilatador da íris. 
 Como o músculo esfíncter é bem mais forte do que o dilatador, não se produz 
dilatação pupilar até que o mesmo relaxe, o que acontece a partir da inibição 
supranuclear do núcleo de Edinger Westphal. 
 Quando se ativa a via inibitória central, a eferência pré-ganglionar parassimática 
desde o núcleo de EW se inibe e se produz o relaxamento relativo do esfíncter da 
íris e a dilatação pupilar. 
 No caso inativação da via inibitória, como ocorre durante o sono, sob o efeito de 
anestesia ou narcóticos, os neurônios pré-ganglionares disparam a maior frequência 
e se provoca uma miose. 
 Em estado de alerta, a inibição supranuclear está ativada e os neurônios de EW 
inibidos, aumentando as pupilas. 
 Os mesmos fatores que originam a dilatação reflexa da pupila também produzem 
uma maior eferência até o sistema nervoso simpático periférico que inerva o 
músculo dilatador da íris. 
 Podemos considerar que a invervação sináptica atua como uma “recarga rápida” 
para a dilatação pupilar, porém, esta via não é responsável pela dilatação e sim a 
inibição parassimpática, mas potencializa a dinâmica de dilatação pupilar quanto a 
velocidade e diâmetro máximo alcançado. 
 
 
DILATAÇÃO PUPILAR REFLEXA 
 
 A inervação sináptica do dilatador da íris pode resumir-se em uma cadeia trineuronal 
sem decussações. 
 O primeiro neurônio se origina no hipotálamo e desce pelo tronco encefálico, por 
ambos os lados do mesmo, até a parte lateral da medula espinhal, onde fazem 
sinapses a nível cervico-torácico C7 – T2 (núcleo Cílio-Espinhal de Budge). 
 O segundo neurônio, pré-ganglionar, abandona a medula a este nível e viaja sobre a 
pleura apical do pulmão e pelos ramos espinhais para fazer sinapse no gânglio 
cervical superior, que se situa a nível da bifurcação carotídea nos lados direito e 
esquerdo do pescoço. 
 O terceiro neurônio, pós-ganglionar, realiza um percurso longo seguindo a artéria 
carótida interna até a cabeça e a órbita. Ao passar pelo seio cavernoso, estes 
neurônios mantém uma breve associação com os nervos abducentes e trigêmeo 
antes de entrar na órbita e chegar ao músculo dilatador da íris através dos nervos 
ciliares longos. 
 Existem também mecanismos hormonais que podem contribuir ao diâmetro pupilar. 
 
 
 Inervação simpática do olho que 
mostra a cadeia trineuronal com 
suas fibras central, pré-
ganglionar e pós-ganglionar. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 DANTAS, A, M. Neurofisiologia da ocular. Ed. Colina/Revinter, Rio de Janeiro, 1995. 
 KAUFMAN, P. L; ALM, A. Adler Fisiologia del Ojo. 10° edição. Ed. Elsevier, Espanha, 
2004. 
 EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. 3° edição. Ed. Elsevier. 
Rio de Janeiro, 2008. 
 DANTAS, A, M. Anatomia Funcional do Olho e seus anexos. 2° edição. Ed. Elsevier. 
Rio de Janeiro, 2002. 
 
 
(Nascido em 1837 em Edimburgo, ele morreu em 3 de janeiro de 1909, em Gondal) 
medicina interna. médico escocês. Ele estudou medicina na Universidade de St. 
Andrews, onde se formou em 1857, com a idade de 20 anos. Em 1859, ele viajou 
para Berlim, onde participou de clínicas médicos Robert Remak, Moritz Romberg, 
neurologistas eminentes, e Friedrich von Graefe, grande oftalmologista no momento. 
Um ano mais tarde, em 1860, ele voltou para Edimburgo, onde desenvolveu sua 
prática oftalmologia. Ele organizou o primeiro laboratório classe de fisiologia na 
Universidade de Edimburgo naquele ano e deu várias palestras sobre doenças 
oculares na Faculdade de Medicina de Edimburgo desde 1862. 
ARGYLL ROBERTSON 
Síndrome de ARGYLL ROBERTSON 
 
É um fenómeno pupilar caracterizado pela presença de uma pupila pequena (somente 
1 a 2 mm de diâmetro), de forma irregulare desigual ao hemisfério contralateral, 
mostrando ausência típico de luz pupilar e persistência reflexo de acomodação (embora 
é geralmente leve). É patogenomónica de tabes dorsais, paresia geral e neurosyphilis, 
embora a condição pode também ser causada por diabetes mellitus e sarcoidose. 
síndrome da síndrome Argyll-Robertson tipicamente ocorre nas formas de sífilis 
interrupção tardia das fibras variam de núcleo pretectal para núcleos parassimpático ou 
Edinger Westphal como oculomotores, caracterizado pelo fenómeno de dissociação 
reflexo à luz e visão de perto, de modo que o que se observa é uma contração da 
pupila durante a acomodação, mas não o estímulo luminoso (Ropper et al; 2005). 
Em resumo, as características da síndrome são Argyll 
 
• função visual normal. 
• reação pupilar à luz diminuída. 
• resposta pupilar a acomodação normal. 
• miose. 
• pupilas irregulares. 
• Pode ser bilateral, mas assimétrica. 
• A dilatação é pobre. 
• Pode haver atrofia da íris (variável). 
• não se dilatam com a instilação de drogas midriáticos. 
 
Causas: 
 
• Diabetes mellitus 
• esclerose múltipla 
• processos degenerativos do 
sistema nervoso central, 
• alcoolismo 
• Encefalites 
• sífilis. 
A FISIOPATOLOGIA desta síndrome é atualmente 
desconhecida. não sabe a localização das zonas ou 
zona lesionada. a miosis permanentes nessa 
síndrome pode ser explicado pelo fenômeno 
conhecido como "hipersensibilidade a 
desenervação." Este é que o músculo do esfíncter 
tenta compensar a deficiência causada por lesão de 
fibras eferentes (o que lhe chegar), através do 
aumento da produção de acetilcolina (que causa a 
constrição pupilar neurotransmissor instantânea) 
Para fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também podem ter 
dissociação a reação a luz e reflexo acomodativo de convergência, como em 
meningorradiculitis da doença de Lyme, diabetes mellitus ou lesões do tronco 
cerebral (mesencéfalo), conforme isso acontece em pinealomas ou esclerose 
múltipla, apesar de todas estas doenças, frequentemente, tem miose, pupilas 
irregulares ou falta de resposta à midriático como na pupila de Argyll robertson 
(Ropper et al; 2005). 
REFERÊNCIAS 
 
• Aliaga Gómez J, Marcos Martín C, Serrano Molina C, Gato Morais R (2003). 
Neuroftalmología. En: Oftalmología en Atención Primaria (pp 341- 356). Jaén: Ed. 
Formación Alcalá. 
• Brieva L, Bestué M, Oliveros Juste A (2000). Patología del sistema nervioso 
autónomo. En: Grau JM, Escartín A (Eds), Manual del residente de Neurología, 
(pp 95-104). Madrid: Litofinter. 
• Corbett JJ (2003). The bedside and office neuro-ophthalmology examination. 
Seminars in Neurology. Vol 23(1): 63-76. 
• Sánchez B (2003). Anomalías pupilares. Annals d´Oftalmología; 11 (1): 21-32. 
• Slamovits TL, Glaser JS (Eds) (1999). The pupils and Accomodation. En: Neuro-
ophthalmology, (pp 527-549). Philadelphia: Lippincott Williams. 
• Ropper AH, Brown, RH. (Eds) (2005). Trastornos del sistema nervioso vegetativo, 
respiración y deglución. En: Principios de Neurología de Adams y Víctor, (pp 452-
471). Méjico: McGraw-Hill Interamericana. 
• Snell RD (Ed) (1997). Sistema nervioso autónomo. En: Neuroanatomía clínica, 
(pp 449-478). Buenos Aires: Panamericana. 
A síndrome de Holmes-Adie (pupila de Adie, pupila tônica e reflexos 
profundos ausentes, síndrome de Weill e Reys) foi descrita pela primeira vez por 
Ware em 1813 e posteriormente por Strasburger e Sanger (1902), Markus (1905), 
Moore (1924, 1931), Holmes (1931), Adie (1931, 1932) e Russel (1956) e tornou-se 
conhecida como síndrome de Holmes-Adie. Sua incidência predomina no sexo 
feminino e ocorre entre 20-40 anos de idade. 
 
 
. 
A SÍNDROME DE HOLMES-ADIE 
 
O quadro clínico se inicia com midríase unilateral (80%) e visão obscura; a pupila 
comprometida exibe reflexo fotomotor ausente ou que responde de maneira lenta e 
retardada. A resposta à acomodação é no entanto positiva. Diferente da midríase 
paralitica, uma pupila tônica se contrai sob efeito de mecolil (2,5%) em 64% dos 
casos e de pilocarpina (0,10%) em 80% dos casos. 
 
. 
 Condição unilateral ; 
 
 Afeta mais frequentemente 
a mulheres na faixa dos 20-
40 anos; 
 
 Não há queixa de queda de 
pálpebra/diplopia ou dor 
 
 Midríase unilateral não 
reagente a estimulação 
fotomotora direta e 
consensual. 
 
 Pacientes notam embaçamento para perto/mas 
a condição pode ser assintomática; 
 
 Pacientes com esta síndrome apresentam 
reflexos tendinosos profundos(joelhos e 
tornozelos); 
 
 os pacientes queixam –se de fotofobia/visão 
borrada e anisocoria. 
 
 
 Redilatação vagarosa quando o paciente olha para perto e para longe; 
 
 Paresia da acomodação , o paciente tem dificuldade para ler; 
 
 Denervação supersensitiva colinérgica : demostrada pelo teste da 
pilocarpina a 0,10% diluída em soro fisiológico que é instalada em ambos 
os olhos .A pupila afetada após o teste contrai mais do que a pupila não 
afetada. 
 
 
 É uma condição benigna e com o tempo há tendência em a pupila afetada 
torna-se menor que a normal; 
 
 nos casos de fotofobia ou visão borrada é indicada a pilocarpina diluída; 
 
 Pode-se também desenvolver-se agudamente e em alguns casos tornar-se 
bilateral em que pode ser encontrada em pacientes com diabetes, 
alcoolismo ou doença de lyme. 
 
 Acredita-se que a lesão responsável pela pupila tônica de adie está situada 
no gânglio ciliar. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• Neuroftalmiologia. I .Mario Luiz Ribeiro.II.Conselho Brasileiro de 
oftalmologia.3 ed. Rio de Janeiro.2013. 
 
 
• Semiologia básica em oftalmologia. Carlos Augusto 
Moreira.Conselho Cultura médica .ed. Rio de Janeiro.2013 
Robert Marcus Gunn (1850, Dunnet - 29 de 
novembro de 1909, Hindhead ) era um 
oftalmologista escocês lembrado por sinal de Gunn 
e o pupila de Marcus Gunn . 
 
Gunn era um médico da casa no hospital do olho de 
Moorfields e trabalhou então na anatomia 
comparativa no hospital da faculdade da 
universidade . Ele trabalhou no Asilo do Distrito de 
Perth durante os verões de 1874 e 1875, onde 
examinou o fundi de todos os pacientes. Ele passou 
seis meses em Viena trabalhando sob Eduard Jäger 
von Jaxtthal . Retornou a Moorfields em 1875, 
tornando-se cirurgião de casa júnior e então 
cirurgião de casa sênior em 1876. Introduziu a 
técnica estéril de Lister, melhorando os resultados 
de cirurgia de catarata . 
PUPILA DE MARCUS GUN 
Pupila de Marcus Gun (não confundir com fenômeno de Marcus-Gun) É um defeito na 
função pupilar causado por lesões do nervo óptico e vias ópticas. Seu nome foi dado em 
homenagem a Robert Marcus Gunn, oftalmologista escocês do século XIX. Também 
pode ser chamado de defeito pupilar aferente relativo (DPAR). 
O que ocorre é que a pupila doente não contrai quando joga-se luz sobre ela reflexo 
fotomotor, mas contrai ao jogarmos luz no outro olho reflexo consensual. 
 
“O fenômeno de Marcus Gunn foi descrito em pela primeira vez em 1883 e é 
caracterizado pela ptose palpebral, de grau variável, que diminui ou mesmo se 
transforma em retração palpebral à movimentação mandibular. 
Geralmente é de ocorrência esporádica e o fenômeno é responsável por 2 a 13% das 
ptoses congênitas”. 
No fenômeno de Marcus Gunn, a elevação ou mesmo retração da pálpebra ptótica é 
desencadeada por mastigação, sucção, movimentação lateral da mandíbula, sorriso, 
contração do esternocleidomastóideo, protrusão da língua, manobra de Valsava e até 
mesmo por uma simples inspiração 
DEFEITO PUPILAR AFERENTE 
RELATIVO DPAR 
 
 ⇒ Ocorre nas lesões do nervo óptico, ocorrendo o fenômeno do escape 
pupilar (a pupila reage à luz, mas não mantêm a reação). A pesquisa do fenômeno se 
faz alternando a fonte luminosa entre um olho e outro, com intervalo de 3-5 segundos. 
Se o paciente apresenta um defeito aferente em um nervo óptico, as pupilasirão 
dilatar tão logo a fonte luminosa seja direcionada do olho normal para o olho afetado. 
O defeito pupilar aferente relativo deve ser diagnosticado sempre que a resposta 
consensual é maior do que a resposta direta. Sempre que um DPAR é diagnosticado, 
se pressupõe que exista uma neuropatia óptica ipsilateral (desmielinização, isquemia, 
compressão ou glaucoma). 
Nesta condição, a pupila contrai menos em resposta a iluminação iluminação direta a 
pupila contralateral (Resposta Normalmente direta é maior do que o consensual). o 
anormalidade é detectado rapidamente mudando luz olho saudável afetado, com a 
reação paradoxal que Marcus-Gunn onde o aluno começa a dilatar-se, apesar de ter 
estímulo brilhante. O defeito pupilar comumente associada com distúrbios ipsilateral 
do nervo óptico (isto é, a porção da via visual após a retina e antes do quiasma), que 
interrompe a trato aferentes, afetando a resposta à luz. esses transtornos comumente 
afeta a visão (especialmente cor) no olho afetados. 
O defeito pupilar aferente ou pupila 
Marcus Gunn indica envolvimento 
do nervo óptica ou retinopatia grave e 
às vezes o único sinal de doença 
como neurite retrobulbar óptica e lesão 
macular grave 
TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO 
 
Ele é explorado numa sala com luz fraca ou 
escuridão. uma fonte de luz uniforme e brilhante (luz 
pode ser utilizada em rotação o máximo de dioptria 
oftalmoscópio ligação) é usado. Ele diz ao paciente para 
manter olhando para a frente olhando para um objeto 
distante / a distância para evitar que produziria mioses 
olhar atentamente para a reflexão de convergência. 
Inicialmente, cada olho é digitalizado separadamente 
para observar a resposta direta (miose do olho 
iluminado) e (miose contralateral do olho) ou indireta 
consensual resposta. Em seguida, cada olho 
alternadamente ilumina, na mesma gama, cada um 
cerca de um segundo. Em cada olho de iluminação deve 
ser do mesmo comprimento para evitar pupilar aferente 
defeito causado. 
FISIOPLOGIA 
 
Tendo uma doença com envolvimento da retina ou lesão do nervo óptico ocorre no 
primeiro circuito parassimpático neurónio, de modo que o impulso de acionamento 
para o segundo neurónio é parcialmente ou completamente interrompida, e é por esta 
razão que não há nenhuma resposta pupilar diretamente no olho afetado. 
RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO 
 
Com a estimulação direta deve produzir mioses olho iluminado. defeito pupilar aferente 
está presente quando um dos alunos tende a expandir-se ou pelo menos não 
completamente contraída. . 
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
Não é raro que um defeito pupilar aferente e o paciente também apresentar um 
diagnóstico prévio de patologias oftalmológicas puramente (descolamento da retina, 
cataratas, degeneração macular, ambliopia ...) é observada. Nestas situações pode 
haver dúvida se o que é observado pode "explicar" um problema do nervo óptico ou o 
"globo ocular". 
 
Como "regras gerais" deve ser assumida até que de outra forma uma neuropatia 
óptica defeito aferente pupilar é devido, antes de ser atribuída a catarata, hemorragia 
vítrea ou lesões da retina leve-moderada comprovada. Obviamente, cada caso deve 
ser avaliado individualmente. 
Referencias 
 
• "Pupillary Responses". Stanford University School of Medicine. Retrieved 2015-11-
04. 
• doctor/2687 at Who Named It? 
• a b Pearce J (November 1996). "The Marcus Gunn pupil". J. Neurol. Neurosurg. 
Psychiatr. 61 (5): 520. doi:10.1136/jnnp.61.5.520. PMC 1074053Freely accessible. 
PMID 8937350. 
• Mumenthaler Neurology 4ed, Thieme 2004, page 486 Demyelinating diseases 
• Blaydon SM. Marcus Gunn jaw-winking syndrome. Medicine Journ. 2001; vol. 2, 7. 
• Doucet TW, Crawford JG. The quantification, natural course and surgical results in 
Eyes with Marcus Gunn Syndrome. Am J Ophtalmol. 1981 
• Hwang JM, Park SH. A case of Marcus Gunn jaw-winking and pseudo-inferior 
oblique overaction. Am J Ophtalmol; 2001 
• Gunn RM. Congenital ptosis with peculiar associated movements of the affected lid. 
Trans Ophtalmol Soc UK. 1883 
• Freedman HL, Kushner BJ. Congenital ocular aberrant innervation - new concepts. 
J Pediatric Ophtalmol Strabismus. 1997 
• Kwik RS. Marcus Gunn syndrome associated with an unusual oculo-cardiac reflex 
Anaestesia. 1993 
DESCOBERTA DA SÍNDROME 
 “A Síndrome de Horner é caracterizada pela interrupção do nervo 
oculossimpático entre sua origem no hipotálamo e o olho. Claude Bernard primeiro 
notou a condição experimentalmente em 1852, e o oftalmologista suíço Johann 
Friedrich Horner descreveu-a em 1869. Pela participação dos dois médicos na 
descrição da clínica e fisiopatologia da síndrome, ela é conhecida com Síndrome de 
Claude Bernard-Horner (SCBH).” 
Claude Bernard Horner 
 
DEFINIÇÃO 
 Também conhecida como paralisia óculo-simpática, a SCBH é uma 
síndrome originada de lesões nos nervos da face e dos olhos que pertence ao 
sistema nervoso simpático. 
 Pode ser congênita ou adquirida através de lesões centrais, pré e pós 
ganglionares. 
CAUSAS 
 Lesões centrais (do hipotálamo até o Núcleo Cilioespinhal de Budge): Pode ser 
causado por AVE, tumores intracraneanos e intraespinhais, síndrome medular 
lateral (Wallenberg), oclusão da artéria posterior-inferior cerebral; 
 
 Lesões pré-ganglionares (da medula espinhal até o gânglio cervical 
superior):Pode ser causado por lesões torácicas altas e cervicais baixas, Tumor 
de Pancoast, tumor de tireoide; 
 
 Lesões pós-ganglionares (ao logo da artéria carótida até os pares de NC V e VI, 
órbita e Músculo Dilatador): Pode ser causado por lesões na área do seio 
cavernoso, traumatismo craniano, enxaqueca, lesão de pescoço, aneurisma da 
artéria carótida interna, doenças vasculares, dissecção da carótida, infecções. 
 
VIA SIMPÁTICA EFERENTE 
SINAIS 
 Ptose palpebral 
 Ptose reversa (elevação da pálpebra inferior) 
 Anisocória (diferença no tamanho das pupilas) 
 Heterocromia da íris (Quando congênita. Geralmente afeta o olho mais claro) 
 Anidrose (ausência de suor na face) 
 Em penumbra a pupila do olho afetado não reage com midríase ou reage muito 
pouco 
 As reações aos reflexos pupilares a luz (fotomotores e consensuais) são normais 
 Acomodação e convergência produz miose bilateral 
 Diminuição da PIO 
 Hiperemia ipsolateral na conjuntiva 
 
SINTOMAS 
 Visão turva 
 Dor 
 Déficits neurológicos 
 Congestão nasal ipsolateral 
 Pode ser assintomática 
 
A sintomatologia depende da área e do estágio da lesão. 
 A paralisia óculo-simpática surge após lesão em um dos três neurônios da 
cadeia simpática. Assim, pode-se denominar a síndrome SCBH como tipo I, II e III. 
 Há grandes variações nas estatísticas quanto às frequências e causas dos 
três tipos de síndrome SCBH. Entretanto, a síndrome SCBH III tende a ser muito 
mais comum que as outras duas. Do ponto de vista etiológico a forma III associa-se, 
no mais das vezes, a moléstias pouco graves (cefaléias vasculares). Por outro lado, 
costumam ser graves as afecções que provocam as síndromes SCBH I e II (tumores, 
acidentes vasculares, traumas, infecções). 
 
TIPOS 
AVALIAÇÃO Médica 
 Ao suspeitar de SCBH o oftalmologista deve ministrar 01 gota de colírio de 
cocaína a 10% e após o período de 15 a 20 minutos, nota-se que a pupila afetada não 
dilata ou dilata muito pouco enquanto a outra pupila sofre dilatação normal. 
 A localização das lesões podem ser definidas com o uso do colírio de 
hidroxianfetamina a 1% onde haverá dilatação quando a lesão for pré-ganglionar e 
manterá a miose quando a lesão for pós-ganglionar. Também por ausência ou 
existência de sudorese ou lesões neurológicas. 
OBS: Sobre a farmacologia aplicada é somente a título informativo. O 
optometrista não pode utilizar qualquer medicamento ou realizar procedimentos 
invasivos em seus pacientes. 
PROGNÓSTICO E TRATAMENTO 
 O tratamento consiste em extinguir a etiologia pressupostae se necessário a 
correção cirúrgica da ptose. 
 
 O prognóstico depende da causa. Lesões pré-ganglionares e centrais tendem a ter 
uma maior gravidade enquanto as outras lesões costumam ser benignas. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 Miastenia 
 Tumores Cerebrais 
 Ptose congênita 
 Pupila de Argyll-Robertson 
 Pupila tônica de Adie 
 Miose medicamentosa 
 Anisocória 
 Heterocromia (quando congênita) 
 
 
 Muito diferente da ptose da paralisia do III nervo que é maior, a ptose da 
síndrome de SCBH é muito discreta a ponto de passar despercebida ou ser 
considerada como variação normal ou decorrente de senilidade. Esta leve ptose simula 
enoftalmo que, de fato, não existe. A miose desta síndrome é também pouco expressiva 
e não raro negligenciada em portadores de íris marrons e que são a maioria da nossa 
população. 
 Com respeito às variações do diâmetro pupilar sob vários níveis de 
iluminação, elas ocorrem na síndrome de SCBH, como o fazem no normal. E também 
há reflexos fotomotor direto e consensual preservados nesta síndrome. Com tudo isto, 
conclui-se que muitos casos de SCBH não são diagnosticados, especialmente se as íris 
forem muito escuras e nos idosos. A pupila da SCBH mostra redilatação lenta depois da 
miose induzida pelo estímulo luminoso, quando este é retirado. Tal anomalia funcional 
não é de fácil observação, as vezes com poucos recursos instrumentais disponíveis. 
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DISTÚRBIOS DA VISÃO 
BINOCULAR 
 São disfunções em que os olhos não se coordenam adequadamente 
para trabalhar de forma conjunta. Podem ser classificados em dois 
grandes grupos: as alterações não estrábicas (mais comuns) e as 
estrábicas. As disfunções binoculares não estrábicas provocam 
importantes sintomatologia, porém frequentemente passam 
desapercebidas em exames visuais convencionais. 
 São alterações muito comuns e que habitualmente os pacientes 
frequentemente tem maior sintomatologia que aqueles que possuem 
alterações binoculares estrábicas. Isso se deve a que os pacientes 
com alterações não estrábicas mantém um esforço continuo 
(inconsciente) afim de não romper sua binocularidade e continuar 
usando ambos os olhos. 
DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR NÃO ESTRÁBICAS 
 CLASSIFICAÇÕES 
- Excesso de convergência. 
- Excesso de divergência. 
- Insuficiência de convergência. 
- Insuficiência de divergência. 
- Esoforia básica 
- Exoforia básica 
- Disfunções das reservas fusionais. 
 
DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR 
 NÃO ESTRÁBICAS 
 É uma das disfunções binoculares não estrábicas mais comuns. 
 Se caracteriza por ortoforia ou endoforia em visão longe dentro dos 
ângulos comparados com a normalidade, uma endoforia de perto 
elevada e descompensada, um A/CA ALTO e vergencia fusional 
negativa reduzida em visão próxima. 
 
EXCESSO DE CONVERGÊNCIA 
CAUSAS DE EXCESSO DE CONVERGÊNCIA 
 Uma causa habitual de endoforia descompensada de perto é a 
hipermetropia não corrigida, denominado em tal casos como endoforia 
acomodatíva. 
 Higiene visual incorreta. 
 Pacientes adolescentes e jovens adultos com demandas importantes 
em visão próximas, podem desenvolver endoforia para perto, ao 
manterem-se a uma distancia de trabalho excessivamente diminuída e 
adotar posturas inadequadas. 
 Não obstante , o agente etiológico mais frequente é a relação A/CA 
ALTA. 
EXAME DIAGNÓSTICO: 
 Visão longe: 
- Em visão longe se encontra uma ortoforia ou ligeira endoforia 
compensada. Apesar de não existir sintomatologia em problema visual 
associado a esta distancia, as reservas de convergencia com prismas 
base temporal são caracteristicamente maiores do que as normais, 
sinal premonitório, quiçá, da endoforia de perto. 
 Visão próxima: 
 1. Endoforia elevada, que pode determinar-se tanto com o cover test 
como com qualquer outro método de dissociação. Sem embargo, 
não se recomenta o uso da vareta de Maddox para medir 
heteroforias horizontais em pacientes jovens e colaboradores; nem 
a luz pontual que se apresenta como estimulo, nem a linha vertical, 
em geral de cor vermelho, que se observa através da vareta de 
Maddox permitem realizar um controle preciso sobre a resposta 
acomodativa em visão próxima, manifestando-se em alguns 
pacientes forias instáveis e muitos variáveis. 
 *Em um excesso de convergência, a desviação é comitante e não 
existe restrição alguma na motilidade ocular. 
 
2. Convergência fusional negativa (exame de reservas prisma base nasal) 
reduzida ou muito reduzida. Estes pacientes mostram uma grande 
dificuldade nos exames de divergencia em visão próxima e em alguns 
casos pe possivel que o ponto de recuperação do exame se determine 
com prismas de base temporal ( valor negativo) 
3. Convergência fusional positiva ( exame de reservas com prismas base 
temporal) normal ou elevada. Não é de estranhar que se encontre 
valores superiores acima de 30 ou 35 prismas. 
 
4. A flexibilidade vergência é quase nula quando se determina com prismas 
base nasal; diferente da flexibilidade com prismas base temporal, que 
em geral é automática. 
5. O PPC não se encontra diminuído, ao contrário, pode encontrar-se muito 
próximo ou até o septo nasal. 
6. Pode estar presente uma endodisparidade de fixação. 
7. O valor da acomodação relativa positiva ( exame binocular com lentes 
negativas) é menor que o esperado para idade, e é fácil que se 
experimente diplopia em vez de borrosidade durante o exame 
 
8. No exame de flexibilidade acomodativa existe dificuldade para realizar o 
exame binocular através de lentes negativas. Isto é devido a demanda de 
convergência fusional negativa que induz a realização desta prova e que 
o paciente com excesso de convergência a tem diminuída. Assim mesmo, 
a elevada relação A/CA aumenta esta dificuldade. Também aqui o 
paciente pode referir diplopia mais que borrosidade. 
9. Os exame de flexibilidade de acomodação monocular e de amplitude de 
acomodação dão resultados normais. Porem se o excesso de 
convergência se associa a uma disfunção acomodativa, se detectará 
alterações nestes exames. 
10. O retraso acomodativo, determinado mediante o MEM o qualquer outra 
retinoscopia em visão próxima, é normal ou ligeiramente elevado, em 
principio este resultado não se considera diagnóstico de problema 
acomodativo. Dado que quando o paciente realiza o esforço acomodativo 
normal em visão próxima, sua alta relação A/CA provoca uma endoforia 
que suas reservas fusionais não compensam facilmente, o sistema visual 
do individuo opta por hipoacomodar, reduzindo assim a convergência 
acomodativa, mesmo as custas de uma ligeira borrosidade das letras. 
11. a estereopsia pode ser normal ou encontrar-se ligeiramente aumentada 
como consequência do desenvolvimento de uma pequena supressão 
foveal. 
EXCESSO DE CONVERGÊNCIA 
 Em algumas circunstancias, a endoforia de perto não é o verdadeiro 
problema visual do paciente, se não um sinal secundário de uma 
verdadeira disfunção acomodativa. Desta forma, se existe um 
excesso de acomodação, o paciente realiza um excessivo esforço 
acomodativo de perto que converta uma resposta também excessiva 
de convergência acomotativa, e aparece uma endoforia. É necessãrio 
um exame clinico completo para chegar a um diagnóstico correto, 
sem negligenciar nenhum exame, e não errar no tratamento 
optometrico do paciente 
 
 Como menor frequência pode detectar-se uma endoforia secundária a 
uma insuficiência de acomodação. Em geral a endoforia é intermitente 
e muito variável, e se produz quando o paciente realiza um grande 
esforço acomodativo para compensar sua insuficiência de 
acomodação e conseguir focar os objetos próximos. 
 
 É importante distinguir esta condição, pois um diagnóstico incorreto 
pode representar uma perda de tempo vital para o paciente em 
realização de terapias desnecessárias ou com uso inadequado de 
óculos, passando por muitos outros fatores mais importantes da saúde 
do individuo. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 O excesso de convergência geralmente é uma condição de origem 
funcional, porem é necessário diferencia-la do espasmo de 
convergência. O espasmo de convergência é uma entidade clinica 
infrequente que consiste em episódios de: (1) convergência máxima, 
criando endodesviações; (2) espasmo acomodativo, criando miopias 
variáveis de até 9dptou mais; (3) miose. Na maioria das ocasiões se 
observa em indivíduos de caráter histérico ou neuróticos. O 
optometrista deve ter presente que esta situação pode ter uma origem 
orgânica. Pode provocar-se por paralisia cerebral, patologia do 
labirinto, trauma, encefalites, tumores, lesões do mesencéfalo e 
distrofia miotônica. 
TRATAMENTO CLÍNICO 
 A diminuição dos sintomas em pacientes com excesso de 
convergência se consegue rapidamente e de forma passiva com 
prescrição de uma adição para perto. Ainda assim, é possível que 
o paciente reporte sintomas. 
 
 Por isso é indicado a terapia visual 
 
Sintomas -Relacionados com demanda em visão 
próxima 
-Pode existir uma ligeira supressão que 
elimine os sintomas 
 
Exame clínico -Endoforia em visão próxima 
-Habilidades de divergência reduzida 
-Possível anomalia de acomodação 
associada. 
Diagnóstico diferencial -Hipermetropia latente 
-Alterações acomodativas primárias 
-Espasmo de convergência 
Opções de tratamentos -Rx de qualquer grau de hipermetropia 
-Adição 
-Terapia visual 
EXCESSO DE CONVERGÊNCIA 
SINAIS EM EXCESSO DE 
CONVERGÊNCIA 
o Endoforia maior em para perto que 
para longe. 
o Maior frequência de desvios para 
perto que para longe. 
o A/CA ALTO 
o Hipermetropia moderada a alta 
o Desviação concomitante. 
o Vergência fusional negativa reduzida 
para perto. 
o ARP baixo 
o Falha -2.00 na avaliação de 
flexibilidade acomodativa binocular. 
o Alto valor de MEM 
SINTOMAS EM 
EXCESSO DE 
CONVERGÊNCIA 
 Tensão ocular associada com 
a leitura. 
 Cefaleia associada com 
leituras. 
 Incapacidade de atenção e 
concentração em leituras. 
 Problemas com a 
compreensão de leituras. 
 Diplopia ocasionalmente. 
 Diminuição de acuidade 
visual. 
 
Referencial: 
 http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-
ninos/problemas-binoculares 
 Vision binocular. Diagnóstico y tratamiento 
 Terapia y entrenamiento visual: uma vision integral. CAMACHO. 
Marcela 
 Tratamento clinico de la vision binocular. M. Scheiman, B. Wick 
 
 Foram somados dados baseados em minha experiência. 
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
http://www.doctorsilva.es/index.php/problemas-visuales-en-los-ninos/problemas-binoculares
DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR 
 São disfunções em que os olhos não se coordenam adequadamente para 
trabalhar de forma conjunta. Podem ser classificados em dois grandes grupos: 
as alterações não estrábicas (mais comuns) e as estrábicas. As disfunções 
binoculares não estrábicas provocam importantes sintomatologia, porém 
frequentemente passam desapercebidas em exames visuais convencionais. 
DISTÚRBIOS DA VISÃO BINOCULAR NÃO ESTRÁBICAS 
 São alterações muito comuns e que 
habitualmente os pacientes frequentemente 
tem maior sintomatologia que aqueles que 
possuem alterações binoculares estrábicas. 
Isso se deve a que os pacientes com 
alterações não estrábicas mantém um esforço 
continuo (inconsciente) afim de não romper 
sua binocularidade e continuar usando ambos 
os olhos. 
 CLASSIFICAÇÕES 
- Excesso de convergência. 
- Excesso de divergência. 
- Insuficiência de 
convergência. 
- Insuficiência de divergência. 
- Esoforia básica 
- Exoforia básica 
- Disfunções das reservas 
fusionais. 
EXCESSO DE DIVERGÊNCIA 
 É uma condição na qual existe uma exodesviação maior em visão longe que em 
visão próxima, com ausência ou pouca sintomatologia. 
 
 
SINTOMAS 
 A queixa mais comum esta relacionada com a estética, pois a 
descompensação binocular se faz evidentes ao olhar o infinito. Se 
apresenta diplopia de forma ocasional, fotofobia, fechar um olho ante 
uma luz brilhante. 
 Astenopia, tão comum de outras anomalias binoculares e 
acomodativas, é menos comum nos pacientes com excesso de 
divergência. 
SINAIS 
 Se apresenta com exoforia ou exotropia intermitente descompensada em visão 
longe 
 Exoforia maior em visão longe que em visão próxima. 
 As desviações tendem a manifestar-se durante as tarefas de longe, com falta de 
atenção e fadiga. 
 Pode ter exoforia em visão próxima, porem se compensa com as reservas fusionais. 
 Relação A/CA ALTO 
 Exodesviação elevada comitante 
 Reservas fusionais diminuídas 
 Amplitudes de fusão baixas 
 Convergência relativa positiva baixa 
 Amplitude de acomodação normal 
 Flexibilidade de acomodação normal 
 Ponto próximo de convergência normal 
 
 
 
 
CASUAS 
 
 Problemas tônicos 
 Problemas anatômicos 
 Estresse 
 
 Em visão longe: 
 
1. Exoforia elevada, que facilmente alcança valores superiores aos 15 prismas. O 
exame mais adequado para a detecção da dita exoforia é o cover test. É 
necessário recordar que para obter a máxima informação em um cover test., é 
adequado não negligenciar o cover test. alternante, e manter a oclusão durante um 
tempo não menor que três segundos, com a finalidade de romper o esforço de 
fusão do paciente. A desviação é sempre comitante, ou seja, é a mesmas em todas 
as posições de mirada 
 
EXAME DIAGNÓSTICO: 
 
2. A convergência fusional negativa (reservas com prisma base nasal), 
caracteristicamente no pacientes com excesso de divergência, é elevada e é um 
dos sinais determinantes da condição. Esta característica justifica a tendência a 
supressão em visão longe, pode ser difícil determinar as amplitudes de fusão, 
tanto em base nasal como temporal, já que o paciente suprime uma imagem e não 
refere diplopia. Por isso se recomenda realizar o exame sem foróptero e com 
barra de prismas, já que o optometrista poderá observar diretamente os olhos do 
paciente e determinar as amplitudes de fusão de forma objetiva. 
 Em visão longe: 
 
3. A convergência fusional positiva (reservas com prisma base temporal) geralmente 
são inferiores aos valores normais para esta distancia e sempre insuficiente para 
compensar a exoforia do paciente. A habilidade em saltos de convergência com 
prismas de base temporal também se encontram diminuídas. 
 
4. Em caso de existir disparidade de fixação se trata de exodiparidade de fixação, 
apesar de não ser uma regra geral. 
 
5. A flexibilidade de acomodação binocular será normal, já que as lentes negativas 
com as que se realizam o exame facilitam a diminuição da exoforia. A flexibilidade 
de acomodação monocular também será normal, se não se associa com uma 
anomalia acomodativa e a condição de excesso de divergência. 
 
 Visão próxima: 
 
1. Os resultados dos exames de binocularidade e de acomodação se encontram 
dentro dos parâmetros de normalidade. Geralmente não existe sintomatologia 
associada a trabalho em visão próxima. Em caso de existir algum grau de 
exoforia, esta se encontra compensada, o PPC é correto e a estereopsia 
normal. 
2. É inevitável o exame visual completo da visão próxima para diagnosticar 
corretamente um excesso de divergência. Se existe sintomas associados as 
tarefas de perto, um PPC afastado e/ou umas reservas de convergência 
insuficientes, provavelmente se trata de uma EXOFORIA BÁSICA. 
EXAME DIAGNÓSTICO: 
TRATAMENTOCLÍNICO 
 Dada a ausência de sintomas que geralmente acompanha esta disfunção visual, 
é levado em conta que o motivo da consulta do paciente com frequência é só 
estético, é difícil contar com a colaboração do paciente para realizar um 
tratamento que demanda certo grau de esforço e dedicação, como poderia ser 
em uma terapia visual. 
  Caso haja erro refrativo, deve ser compensado. 
 Caso não haja erro refrativo ou o paciente esteja adequadamente compensado, 
as alterações da potencias esféricas do sujeito pode ser uma opção de 
tratamento adequado para jovens pacientes com excesso de divergência, 
incrementando poderes negativos para longe e adição para visão próxima em 
forma de bifocais. 
 Terapia visual é a forma mais adequada de tratamento para excesso de 
divergência. 
 
 
Referencial: 
 Vision binocular. Diagnóstico y tratamiento 
 Terapia y entrenamiento visual: uma vision integral. 
CAMACHO. Marcela 
 Tratamento clinico de la vision binocular. M. Scheiman, B. 
Wick 
 
 Foram somados dados baseados em minha experiência. 
 
INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA 
 
É caracterizada pela incapacidade de obter e/ou manter uma adequada 
convergência sem esforço. 
 A sua prevalência varia entre 1,75% e 33,0%. Esta variabilidade pode 
ser atribuída às variações na definição de insuficiência de convergência, 
aos seus critérios de diagnóstico e às diferenças entre a população em 
estudo 
SINTOMAS 
 
o fadiga ocular, 
o cefaleias, 
o visão turva, 
o diplopia, 
o sonolência, 
o dificuldade de concentração, 
o dificuldade de compreensão após 
 curtos períodos de leitura ou após 
 atividades de perto, entre outros. 
 
 
 
Estes são influenciados pelo estado geral de saúde, ansiedade e trabalho 
de perto prolongado. Assim, a insuficiência de convergência interfere na 
capacidade de ler, de aprender e de realizar trabalhos de perto. 
A insuficiência de convergência é definida pela incapacidade de manter um 
adequado alinhamento binocular dos olhos à medida que os objetos se 
aproximam. 
CARACTERÍSTICAS DA INSUFICIÊNCIA 
DE CONVERGÊNCIA 
 
 
o RFP baixa; 
 
o RFN normal ou diminuída; 
 
o PPC afastado; é o resultado mas 
consistente em uma insuficiência de 
convergência; 
 
o AA normal; 
 
o A/CA baixo 
 
o COVER TEST 
1. Longe Orto ou X 
2. Perto X ou XT 
 
 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DA 
INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA 
 
 
• Pseudo insuficiência de convergência; 
 
• Exoforia básica; 
 
• Excesso de divergência; 
 
• Debilidade do reto devido a: 
1. Esclerose múltiplas 
2. Miastenia graves 
3. Cirurgia estrábica previa 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Scheiman M, Rouse MW, editors. Optometric management 
of learning-related vision problems. 2nd ed. New York: Mosby; 2005. ISBN 
9780323029650 
2. V on Noorden GK, Campos EC, editors. Binocular vision and ocular 
motility: theory and management of strabismus. 6th ed. New York: Mosby; 
2002. ISBN 9780323011297 
3 . R owe FJ, editors. Clinical orthoptics. 2nd ed. Oxford: Wiley Blackwell; 
2004. ISBN 9781405113427 
4. R ouse MW, Hyman L, Hussein M, Solan H. Frequency of convergence 
insufficiency in optometric clinic settings: Convergence Insufficiency and 
Reading Study (CIRS) Group. Optom Vis Sci. 1998;75(2):88-96. 
5. Gupta A, Kailwoo SK, Vijayawali. Convergence insufficiency in patients 
visiting eye OPD with headache. Science. 2008;10(3):135-6. 
6. Scheiman M, Mitchell GL, Cotter S, Cooper J, Kulp M, Rouse M, et al. 
A randomized clinical trial of treatments for convergence insufficiency in 
children. Arch Ophthalmol. 2005 
 
O termo insuficiência de divergência foi utilizada pela primeira vez por 
Duane. Foi descrita como uma condição em que há uma endoforia maior 
de longe do que de perto , versões normais /RFN reduzida em visão de 
longe e relação ACA baixo 
 
A insuficiência de divergência é uma disfunção binocular muito incomum e 
pode ser confundida com outras anomalias visuais . 
 SINTOMAS 
 
 Problema de longa duração; 
 diplopia intermitente de longe e que 
piora com o cansaço( de aparição 
repentina); 
 cefaléia; 
 tensão ocular; 
 náuseas; 
 sensibilidade a luz; 
 visão borrosa; 
 dificuldade para focalizar de perto. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
 
 A insuficiência de divergência é uma condição benigna mas não 
pode ser confundida com outras condições binoculares tais como 
: excesso de convergência /endoforia básica/paralisia da 
divergência/paralisia do VI nervo e outras que podem apresentar 
endodesvios de longe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 prescrever prisma vertical se existir desvio vertical; 
 
 A terapia visual só se usa quando o prisma não funciona ( quando o 
paciente é incapaz de tolerar o prisma base externa para trabalho de 
perto se pode prescrever terapia visual par aumenta a vergência 
fusional positiva ). 
 TRATAMENTO 
 
 Corrigir o defeito refrativo : se tratar se de 
hipermetropia é o melhor porque reduz a 
endoforia.Se prescreve o máximo positivo para 
diminuir um possível desvio; 
 
 prisma horizontal geralmente é a melhor opção do 
tratamento; 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Tratamiento Clínico de la Vision Binocular .Disfunciones 
heterofóticas,acomodativas y oculomotoras. Scheimam, Mitchell ; Wick , 
Bruce .Madri.Espanha .1996.. 
 
 
AMBLIOPIA 
 
É a redução funcional da visão de um ou ambos os olhos, provocado pelo 
desuso ou mal-uso durante o “período crítico” do desenvolvimento visual. 
Tal período se inicia ao nascimento e se estende até os cinco anos de 
idade. Se detectada e tratada precocemente, a ambliopia pode ser curada. 
Entretanto, o tratamento raramente é bem sucedido se iniciado após dez 
anos de idade, e a deficiência visual persiste por toda a vida. Pediatras e 
médicos de família provavelmente serão os primeiros a ver um jovem 
paciente com ambliopia ou fatores predisponentes e, portanto, têm a 
responsabilidade de detecção e tratamento precoces, devendo estar 
familiarizados com os tipos, a detecção e a relação de ambliopia e 
estrabismo. 
FISIOPATOLOGIA 
 
Desenvolve-se em crianças que recebem de um olho informações visuais 
turvas (erros refrativos) ou conflitantes (olhos desalinhados, mirados em 
alvos distintos) com as informações do outro olho. O cérebro da criança, 
ao receber dois estímulos visuais distintos, seleciona a melhor imagem e 
suprime as imagens borradas ou conflitantes, o que resulta no 
desenvolvimento defeituoso da visão, uma vez que passa a não haver os 
estímulos necessários para o desenvolvimento das vias neuronais. Se 
essa privação se estender por um período prolongado durante o período 
crítico (até os cinco anos), pode ocorrer lesão neurológica irreversível, 
representada por atrofia de neurônios do corpo geniculado lateral e do 
córtex estriado. Em outras palavras, o cérebro continuamente favorece o 
olho com melhor visão, em detrimento do desenvolvimento visual no outro 
olho. Por essa razão, a ambliopia é geralmente unilateral e referida 
popularmente como “olho preguiçoso 
AMBLIOPIA APRESENTA-SE COMO UMA: 
 
o baixa AV unilateral ou bilateral; 
o Afeta 5% das crianças com baixa AV. 
o Causada por privação visual da forma ou rivalidade binocular anormal. 
o É uma anomalia funcional complexa que afeta mais a visão central que 
a periférica. 
o Não resulta de qualquer processo patológico detectável através do 
exame visual. 
o Em certos casos é reversível. 
CLASSIFICAÇÃO DA AMBLIOPIA 
 
1. AMBLIOPIA ORGÂNICA 
 
• Nutricional 
• Tóxica 
• Idiopática 
2. AMBLIOPIA FUNCIONAL 
 
Ambliopia por privação de estímulo 
 
• Reflexo vermelho dos bebés deve ser observado à nascença 
• Ptoses completa, opacidade corneal, cataratas congénitas, outras 
opacidade 
dos meios oculares 
• Causas orgânicas como lesões maculares e glaucoma devem ainda ser 
despistados 
• Preferencialmente, remover as barreiras àvisão nos primeiros 6 meses de 
vida 
• Erro refrativo não corrigido não permite obter imagens retinianas claras 
(ver ambliopia refractiva) 
3. AMBLIOPIA ESTRÁBICA 
 
• Mais provável com tropias (T) constantes 
• Pouco comum em exotropias (XT) intermitentes 
 
A natureza hereditária da ambliopia e do estrabismo à muito que é 
conhecida. Apesar da elevada incidência de estrabismo (40%) em crianças 
com tratamento de ambliopia, a sua interligação é multifatorial o que torna 
impossível fazer previsões específicas. O estrabismo unilateral é 
normalmente acompanhado por ambliopia. Grandes estrabismos, talvez por 
serem observados e tratados desde cedo, tende a apresentar melhor 
acuidade final do que os pequenos estrabismos. Crianças com baixo peso 
ao nascer (<1500 g) apresentam um risco particularmente elevado de 
estrabismo e ambliopia, tal com crianças com síndrome de Down ou 
paralisia cerebral. 
4. AMBLIOPIA REFRACTIVA 
 
• Isometrópica 
 
o Devido quer a H bilateral (> 4-5 D) ou M bilateral (> 6-7 D) 
o Mais comum em H bilateral 
o É menos provável em elevada M bilaterais dado que os objetos 
próximos mantém-se focados devido à acomodação 
 
• Anisometrópica 
 
o Devido a erro refrativo desigual entre os 2 olhos 
o Aniso hipermetropia – diferença em H > 1.5D 
o Anisometrooiopia - diferença em M > 3D 
 
• Meridional 
 
o Devido a astigmatismo > 1.5D 
Ambliopia refrativa Ao nascer, o erro refrativo é muito variável (+2.00 D ± 
2.00 D). Sob o efeito da emetropização, esta variabilidade diminui para ≈ +1.00 D com 
1 ano de idade. Apenas ≈ 5% das crianças com 6-9 meses de idade apresentam 
hipermetropia > +3.50 D e apenas 0.5% apresentam miopia > - 3.00 D. Crianças 
prematuras tendem a ser míopes. 
 
Ambliopia anisometrópica e estrábica O estrabismo domina qualquer 
anisometropia coexistente e impõe as características do estrabismo de um 
defeito exclusiva na retina central. A ambliopia anisometrópica , tal como a 
privação visual, é mais distribuída sobre toda a retina. 
 
Ambliopia meridional Devido ao facto do globo ocular crescer mais 
rapidamente do lado temporal do que do lado nasal, é normal que apareça ao nascer 
um astigmatismo contra-a-regra de 1-2 D. Este astigmatismo regride durante os 
primeiros 2 anos de idade até valores próximos dos típicos da idade adulta (apenas 
30% apresenta astigmatismo > 1 D). Se este astigmatismpo persistir ou aumentar e a 
criança não for compensada é provável que apresente uma ambliopia meridional. Isto 
resultará numa perda permanente, cortical, de sensibilidade ao contraste para redes 
de determinadas orientações, mesmo para uma óptima correcção do astigmatismo. As 
cartas de Snellen não são muito sensíveis para detectar defeitos meridionais. 
PREVENÇÃO 
 
• Exame visual a irmãos e irmãs de pacientes com ambliopia e estrabismo 
• Educação e atenção dos Optometrista 
• Programas de despistagem visual são essenciais 
• Reflexo vermelho de fundo do olho dos bebés deve ser observado à 
nascença 
DIAGNÓSTICO 
 
A ambliopia pode ser detectada por testes de AV, realizados em cada olho 
separadamente, sendo importantes ainda para a detecção de outros 
distúrbios oculares, como catarata, glaucoma e retinoblastoma. 
O rastreio regular pelo pediatra ou médico de família ajuda, assim, a garantir 
que a visão da criança está se desenvolvendo normalmente ou, senão, 
instituir um tratamento precoce. 
AVALIAÇÃO E PROGNÓSTICO 
 
No estrabismo existem 3 aspectos que às vezes requerem tratamento. São o 
desvio motor, adaptações sensoriais binoculares e as adaptações sensoriais 
monoculares. O tratamento da ambliopia pode ser um passo para o 
tratamento do estrabismo, mas se a probabilidade de que se restabeleça a 
VB for mínima, será melhor não começar qualquer programa de tratamento 
sensorial. Assim deve considerar-se: 
 
1. Tipo de ambliopia; 
2. Idade do paciente; 
3. Plasticidade cortical; 
4. Acuidade visual; 
5. Cooperação e interesse; 
 
Eleição do método a seguir 
• Não existem um método adequado para todos os pacientes e alguns podem 
necessitar mais do que um tipo de terapia em alguma fase do tratamento 
• Independentemente de ser mais ou menos óbvio o procedimento a seguir e 
mais ou menos óbvio o prognóstico, devemos em em todo o caso ser 
honestos com o paciente 
• Ver em apêndice o workflow sobre tratamento da ambliopia funcional 
PREVENÇÃO 
 
• Exame visual a irmãos e irmãs de pacientes com ambliopia e estrabismo 
• Educação e atenção dos Optometrista 
• Programas de despistagem visual são essenciais 
• Reflexo vermelho de fundo do olho dos bebés deve ser observado à 
nascença 
CONDUTA 
 
A detecção precoce de ambliopia é uma responsabilidade de extrema 
importância para todos os envolvidos em cuidados da saúde infantil. 
O diagnóstico tardio pode ter consequências graves para a criança. Se uma 
anormalidade é suspeitada, o paciente deve ser imediatamente 
encaminhado a um profissional adequado. 
ALGUNS TIPOS DE TRATAMENTO 
 DA AMBLIOPIA 
 
1. CORRECÇÃO COM LENTES 
 
Quando o erro refractivo seja um fator da ambliopia 
• Idade < 10 anos 
• AV≥ 0.25 
• 6-8 semanas com lentes antes de qualquer outro tipo de tratamento 
(alinhamento foveal monocular: oclusão) 
• Quando lentes equilibram esforço acomodativo entre os dois olhos 
• Quando lentes reduzem ângulo de estrabismo 
 
2. OCLUSÃO DO OLHO NÃO AMBLÍOPE (OCLUSÃO DIRECTA) 
 
• Oclusão total 
• Oclusão parcial 
 
3. PENALIZAÇÃO 
 
• Normalmente reservado a situações de fracasso na oclusão ou falta de 
colaboração no programa de oclusão 
• Farmacológica 
• Óptica 
• Filtro polarizado 
 
4. TERAPIA DE AMBLIOPIA ACTIVA: Complementares à oclusão 
 
5. TERAPIA DE AMBLIOPIA ACTIVA: Técnicas e instrumentos 
especiais 
 
• Intermittent photic stimulation (IPS) de Mallett 
• Tratamento de supressão 
• Outros 
REFERÊNCIAS 
 
1. BRADFORD, C. A. Basic ophthalmology. San Francisco: American 
Academy of Ophthalmology, 2004. 
2. FACULDADE DE MEDICINA DA USP. Programa Educacional de 
Oftalmologia. São Paulo: Merck Sharp & Dohme, 2008. 
3. KANSKI, J. J. Oftalmologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
4. REY, L. Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 
5. BECHARA, S. J.; KARA-JOSE, N. Detecção e tratamento de pacientes 
amblíopes na cidade de São Paulo, SP (Brasil). Revista de Saúde 
Pública, São Paulo, v. 21, n. 4, Ago. 1987. 
6. COATS, D. K.; PAYSSE, E. A. Overview of amblyopia. UpToDaTe, 2012. 
7. Von Noorden, Gunter K., 1928– Binocular vision and ocular motility : 
theory and management of strabismus / Gunter K. von Noorden, Emilio C. 
Campos.—6th ed. 
ESTRABISMO 
 Um estrabismo (ou tropia) é a condição em que os eixos visuais não estão 
adequadamente alinhados para conseguir fixação bifoveal. 
ETIOLOGIA DO ESTRABISMO 
 Causas variadas; 
 Nem sempre é possível determinar a causa exata ou é devido a múltiplos 
fatores; 
 Erros refrativos (principalmente hipermetropias ou anisometropias); 
 Interferências sensoriais; 
 Causas orgânicas: alterações anatômicas, musculares, de inervação e 
outras. 
 
ESTRABISMOS ESSENCIAIS OU IDIOPÁTICOS: 
são os mais frequentes, representam 60 – 65%. Sua origem 
é desconhecida. 
 
ETIOLOGIA DO ESTRABISMO 
 ESTRABISMOS ACOMODATIVOS: representam aproximadamente entre 15 – 
20% dos estrabismos. Se produzem relaxamento da relação AC/A em sujeitos 
hipermetropes que necessitam acomodar para enfocar a imagem na retina. 
Se estima que aproximadamente 30% das crianças 
com hipermetropia maior de 4,00 D desenvolvem 
endotropia aos 3 anos de idade. 
 ESTRABISMOS POR INTERFERÊNCIA SENSORIAL: 
são produzidos como consequência de uma lesão que impede o correto 
desenvolvimento do equilíbrio oculomotor. 
 Catarata; 
 Coriorretinite; 
 Retinoblastoma; 
 Atrofia do nervo óptico; 
 Erro refrativo não corrigido. ESTRABISMOS PARALÍTICOS: são produzidos como consequência de uma 
paralisia muscular. 
Congênito Adquirido 
Aplasias Traumatismo 
Inserções aberrantes 
Vainas (?) 
Bandas fibrosas ou atípicas 
 ESTRABISMOS MECÂNICOS: são secundários a anomalias nos músculos. 
Em crianças são mais frequentes os estrabismos idiopáticos, 
os acomodativos (hipermetropes) e os devido à interferência 
sensorial, de maneira que uma ambliopia pode provocar um 
estrabismo ou vice-versa. 
No adulto se destacam os estrabismos secundários a uma 
alteração neurológica como em paralisias, tumores, etc. ou 
enfermidades sistêmicas como diabetes, etc. 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTRABISMO 
 DEPENDENDO DA DIREÇÃO DO DESVIO: 
 EXOTROPIA: desvio horizontal de um eixo visual para fora. Divergente. 
 ENDOTROPIA: desvio horizontal de um eixo visual para dentro. Convergente. 
 HIPERTROPIA: desvio vertical de um eixo visual para cima. 
 HIPOTROPIA: desvio vertical de um eixo visual para baixo. 
 INCICLOTROPIA/EXCICLOTROPIA: são torções internas ou externas ao redor 
do eixo anteroposterior (paralisia do oblíquo superior). 
 DEPENDENDO DA MAGNITUDE: 
 MICROESTRABISMO: desvios menores de 15∆. 
 ESTRABISMO PROPRIAMENTE DITO: desvios maiores de 15∆. 
 VARIAM SEGUNDO A POSIÇÃO DE MIRADA: 
 ESTRABISMOS COMITANTES: o ângulo de desvio é o mesmo em todas as 
posições de mirada (ou menor do que 10∆ entre uma distância e outra). 
 ESTRABISMOS INCOMITANTES: o ângulo de desvio apresenta diferente valor 
dependendo da posição de mirada e do olho fixador (ou maior do que 10∆ entre 
uma distância e outra). 
 
 DE ACORDO COM O OLHO FIXADOR: 
 ESTRABISMO ALTERNANTE: quando podem fixar espontaneamente ambos 
os olhos. 
 ESTRABISMO MONOCULAR OU MONOFIXADOR: quando um olho é sempre 
o fixador (olho dominante) e o outro o desviado. 
 
 DE ACORDO COM A FREQUÊNCIA DE APARIÇÃO: 
 INTERMITENTE: desvio que se apresenta de maneira intermitente, em alguns 
momentos o estrabismo é manifesto em outros pode ser compensado e se 
mantém os eixos visuais alinhados. 
 CONSTANTE: estrabismo que se apresenta de forma constante. 
 VÍDEO OU IMAGEM PÁG 415 
 DEPENDENDO DO ESTADO DA VERGÊNCIA: 
 EXCESSO DE CONVERGÊNCIA: maior endotropia em visão próxima do que 
em visão longe; 
 INSUFICIÊNCIA DE DIVERGÊNCIA: maior endotropia em visão de longe que 
em visão de perto; 
 EXCESSO DE DIVERGÊNCIA: maior exotropia em visão de longe do que em 
visão de perto; 
 INSUFICIÊNCIA DE CONVERGÊNCIA: maior exotropia em visão próxima que 
em visão de longe. 
 
 DEPENDENDO DO MOMENTO DE APARIÇÃO: 
 
 ESTRABISMO CONGÊNITO: Está presente no momento do nascimento. É 
menos frequente. Mais do tipo endotrópico. 
 ESTRABISMO INFANTIL: aparece em torno dos 6 meses de vida. Mais do 
tipo endotrópico. 
 ESTRABISMO ADQUIRIDO: aparece após os 6 meses de vida. Mais 
endotrópico. 
 ESTRABISMO AGUDO: de aparição repentina; 
 ESTRABISMO SECUNDÁRIO: provocado por uma alteração sensorial 
(ambliopia, catarata congênita, anisometropia unilateral, patologia macular, 
cirurgia, etc.). Pode ser endotrópico ou exotrópico. 
 POSSÍVEIS CAUSAS DE UM ESTRABISMO AGUDO: 
 Neoplasias; 
 Traumatismos cranioencefálicos; 
 Aneurismas intracraniais; 
 Hipertensão arterial; 
 Diabetes mellitus; 
 Arteriosclerose; 
 Hidrocefalia; 
 Esclerose Múltipla; 
 Meningocefalia; 
 Miastenia Gravis 
 Enxaqueca oftalmoplégica; 
 Quimioterapia; 
 
Desde o ponto de vista clínico, os estrabismos podem ser 
classificados em função de sua direção horizontal e/ou 
vertical, em função da mudança no desvio (comitante ou 
incomitante) e em função da capacidade de fixar com um só 
olho ou com ambos os olhos. 
SINTOMAS E SINAIS CLÍNICOS 
 Os sintomas dependem da etiologia e idade de aparição. 
 Estrabismos congênitos são assintomáticos; 
 Estrabismos agudos podem ser acompanhados de diplopia; 
 Estrabismos intermitentes podem apresentar diplopia ocasional (depois de 
esforço visual, apresentam fadiga, debilidade, cefaléia). 
 Desalinhamento dos eixos visuais (comitante ou incomitante); 
 Nistagmo (estrabismos congênitos); 
 Alterações da motilidade ocular (restrições nas duções ou versões, hiperação 
de músculos oblíquos; 
 Ambliopia; 
 Diminuição da estereopsia; 
 Fixação excêntrica (micro estrabismos); 
 CRA; 
 Disfunções acomodativas. 
CONCLUSÕES 
 Em crianças menores de 6 anos, a presença de estrabismo pode associar-se 
com alterações do desenvolvimento da visão tanto mono como binocular. O 
optometrista tem que ser capaz de realizar um diagnóstico diferencial 
adequado e precoce que permitirá tomar as medidas terapêuticas 
necessárias para evitar os fenômenos de adaptação sensorial que podem 
ocasionar ampliopia ou redução da estereopsia; 
 
 Um estrabismo agudo em um adulto pode estar relacionado com 
uma patologia sistêmica potencialmente grave que precisará que o 
sujeito seja derivado para seu estudo médico. 
 As diferenças clínicas entre um sujeito com estrabismo (desvio 
manifesto) e um com foria (desvio latente) exigem uma abordagem 
profissional diferenciada. 
ENDODESVIOS 
 
É um desalinhamento convergente dos olhos. É o tipo mais comum de 
estrabismos , responsável por mais de 50% dos desvios oculares .É 
também o tipo mais frequente que acompanha as perversões sensórias 
como a ambliopia e a correspondência retiniana anômala , além das 
complicações oculomotoras, como as disfunções dos músculos oblíquos , 
a DVD ( divergência vertical dissociada) e o nistagmo latente. Os principais 
fatores de risco desse estrabismo são a alta hipermetropia/a relação ACA 
elevada, o surgimento precoce e a hereditariedade. 
 
 
 
 
AS ABREVIATURAS PARA 
 ENDODESVIOS 
 
• endotrpia permanente = ET 
• endotropia intermitente = E(T) 
• endotropia de visão em objeto próximo = ET 
• endoforia = E . 
 
Há diversos tipos de endodesvios , mas a sua classificação 
não é absoluta No entanto, de maneira geral, pode –se dizer 
que o endodesvio surge quase sempre antes dos seis 
primeiros meses; as que surgem antes, até mesmo ao nascer, 
são geralmente casos mais complicados pertencentes a 
certas síndromes , como a de mobius. 
 
CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA 
 DAS ENDOTROPIAS 
 
 Endotropia congênita 
( síndrome da ciancia ); 
 Endotropia comitante adquirida não acomodativa 
 Endotropia acomodativa; 
 Endotropia parcialmente acomodativa; 
 Microtropia; 
 Endotropia clínica; 
 Endotropia progressiva de alta miopia; 
 Endotropia comitante aguda com diplopia ( tipo 
Franceschetti e tipo Bielschowsky). 
 
1. Endotropia congênita caracteriza – se pela limitação 
bilateral de abdução e o nistagmo latente que aparece 
entre os dois ou três meses de vida. 
 Ambliopia costuma ser moderada ou ausente e a 
hipermetropia costuma ser baixa em níveis considerados 
normais para crianças pequenas , até cerca de 2,50 D. 
 grande ângulo de desvio > 35 prismas. 
 torcicolo torcional. 
 
2. Endotropia comitante adquirida não 
acomodativa é a mais frequente em nosso meio 
e surge ao seis meses podendo –se iniciar mais 
tarde , mas sempre antes da maturação visual; 
 Inicia- se de forma alternante e na maioria das 
vezes e acompanhada de ambliopia variável; 
 a hipermetropia não costuma ser alta; 
 Ângulo de desvio de 30 a 35 prismas. 
 
3. Endotropia acomodativa surge sempre que o 
paciente utiliza a acomodação .Ao relaxa la ( com 
correção total da hipermetropia e olhar distante), 
possui ortotropia com visão binocular 
sensorialmente normal . Neste caso , é uma 
endotropia acomodativamente pura. 
 Se ao relaxar a acomodação restar algum desvio 
convergente a endotropia é parcialmente 
acomodativa, com desvio pequeno e discreta 
ambliopia. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Microtropia de ângulo de desvio não maior que 8 
prismas ; 
 discretaambliopia; 
 fixação parafoveolar 
 
4. Endotropia clínica é rara. Caracteriza- se por 
períodos de desvios alternados com período de 
ortotropia .Essa alternância varia de cada paciente 
,mas a forma mais comum é a de 24 horas. 
 no período do desvio o ângulo costuma de 30 a 40 
prismas 
 
6. Endotropia progressiva da alta miopia ( - 6,00 a -
24,00 D) é um tipo especial de estrabismo, só surge 
entre a quarta e quinta década de vida em paciente 
anteriormente normais. 
 Caracteriza –se por endotropia de grande ângulo e 
hipotropia com forte limitação de abdução e 
elevação e também, diplopia. 
 
 
 
 
 
 
7. Endotropia comitante aguda com diplopia e 
endotropia associada a lesões nervosas exige 
investigação neurológica urgente. A mesma é aguda , 
comitante e a causa pode não ser benigna; 
 todos os estrabismos surgidos agudamente em crianças 
abaixo de 3 ou 4 anos devem alertar nos para a 
possibilidade de lesão nervosa. 
 
8. Endotropia comitante aguda tipo Franceschetti 
surge agudamente podendo ser intermitente de inicio , 
mas tornam-se permanente em pouco tempo. 
 
9. endotropia comitante aguda tipo bielschowsky 
associado a pequena miopia. De início, apresenta se 
pequeno ângulo a visão distante , com diplopia sem 
sinal de paresia de um músculo reto lateral , em alguns 
casos não tratados pode , com o tempo aumentar o 
desvio e estender-se para visão próxima, tornam-se 
comitante na relação longe e perto. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• Os estrabismos :teoria e casos comentados/Carlos R .Souza –Dias, 
Mauro Goldchmit.Rio de Janeiro : cultura médica : Guanabara 
Koogan, 2011. 
 
EXODESVIOS 
 
É um estrabismo caracterizado pelo desvio divergente dos olhos. O termo 
exotropia permanente costuma ser abreviado por XT e intermitente por X( T ). 
 
 
 EXOTROPIA INTERMITENTE X ( T ) 
 
 Correspondência retiniana normal 
durante o período de ortotropia ; 
 quando o paciente desvia os olhos o 
fator preponderante é a supressão , 
motivo pelo qual os pacientes quase 
nunca se queixam de diplopia; 
 a supressão é responsável pela 
piora do quadro que se nota em 
alguns pacientes com o passar dos 
anos, então quanto mais o paciente 
desvia mais suprime. 
EXOTROPIA INTERMITENTE X ( T ) 
 
 A X( T ) não provoca sintomas , contrariamente ao que 
ocorre na exoforia; nesta o paciente faz permanente 
esforço de convergência para evitar a diplopia o qual 
provoca sintomas de astenopia, enquanto o exotrópico 
intermitente , ao desviar, imediatamente suprime, o que 
não causa sintoma .Raramente um exotrópico 
intermitente refere diplopia. 
 
 
 
 
 
 
 
 Uma característica frequente entre os exotrópicos 
intermitentes é o fechamento de um dos olhos a luz 
intensa, é um sinal útil na anamnese, o que aumenta a 
possibilidade de X ( T ) , pois na XT esse sinal não 
aparece 
 Ao exame ortóptico é frequente notarmos que, após 
dissociarmos a visão binocular mediante oclusão de um 
dos olhos , ao retirar o oclusor o paciente pisca para 
ajuda lo a recuperar a fusão. As vezes , o piscar é 
acompanhado de movimento rápido de cabeça. 
 
 
 
 
 
 
EXOTROPIA PERMANENTE XT 
 
 Acompanha uma profunda dissociação binocular. 
Na XT , o olho desviado apresenta forte 
supressão , mas a visão periférica mantem se 
ativa , motivo pelo qual esses pacientes gozam 
da vantagem de alargarem o seu campo visual 
horizontal.; 
 maior incidência de ambliopia do que na X(T ); 
 maior incidência e maior graus de disfunção dos 
oblíquos; 
 maior incidência de hipofunções de RM e 
hiperfunções de RL. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Os estrabismos :teoria e casos comentados/Carlos R .Souza –Dias, 
Mauro Goldchmit.Rio de Janeiro : cultura médica : Guanabara Koogan, 
2011. 
 
AUTORES: Equipe GEMO 
 
 
 
JAMERSON DIAS 
Tec. em Óptica e Optometria 
Bacharelando em Optometria 
 
 
 
 
 
ALEXANDRA BARBOSA 
Tec. em Óptica e optometria 
Pós graduada em Ortoptica 
Pedagoga 
 
 
 
 
DANILO FRANCO 
Tec. em optometria 
Bacharel em Optometria 
Pós graduando em Ortoptica 
 
 
 
 
 
 
WILSON SARAIVA 
Tec. em Optometria 
Apresentação 
Dedicado a todos os profissionais de Optometria, o qual se empenham em 
buscar maior conhecimento e qualidade de atendimento ao paciente. 
 
Optometria uma nova visão para todos. 
Este material vem pra servir de auxilio e um suplemento de ajuda e guia 
na aprendizagem nos estudos clínicos de optometria. além do 
conhecimento óptico Optometrico que são de grande interesse ao 
profissional da saúde visual, os textos são pequenos e mostramos apenas 
pontos específicos e necessário para o entendimento do assunto. 
 
Apresenta aspectos básicos da pratica da analise e estudo do profissional 
de optometria, que sirva de ponto de partida para estudos e 
conhecimentos. 
ÍNDICE 
 
• Síndrome de Brown 
• Síndrome de Duane I, II e III 
• Síndrome de Mobius 
• Miopatias 
• Paresia e Paralesias 
• Orbitopatia de Graves 
• DVD 
• Lesões supra nucleares 
• Ciclopégicos ( Ricardo Bezerra) 
 
SÍNDROME DE BROWN 
 
Descrita como síndrome da bainha do obliquo superior ocorre 
com frequência de 1 em 500 pacientes estrábicos, 
 
 É usualmente congênita e unilateral em 90%dos casos, mas 
ocasionalmente pode ser adquirida; 
 Predomina no sexo feminino; 
 Congênita –idiopática/síndrome congênita do “ estalo” onde 
existe dificuldade do tendão através da tróclea; 
 Adquirida –dano da tróclea ou tendão do oblíquo superior. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 
 Usualmente alinhado na posição primária; 
 Deficiência da elevação e adução; 
 Discreto aumento da rima palpebral no olhar em adução; 
 Depressão em adução; 
 Ortotropia ou hiportropia do olho afetado em PPM; 
 Divergência em supraversão, com anisotropia em Y ou V 
 
CONDUTA 
 
 Casos congênitos :usualmente não requerem tratamento. Indicações para 
cirurgia incluem a presença de hipotropia em PPM e/ou postura anômala de 
cabeça; 
 
 casos adquiridos: podem beneficiar-se de esteróides por via oral ou injeção perto 
da tróclea , junto ao tratamento de causa subjacente. 
CLASSIFICADA COMO: 
 
 Leve; 
 Moderada; 
 Grave. 
 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL 
 
 Paralisia do obliquo inferior no teste de dução 
forçada; 
 Anisotropia em A na paralisia do obliquo 
inferior e em V ou Y na de Brown; 
 Fibrose do reto inferior; 
 Fratura do assoalho da orbita. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistémica.Jack .Kanski. 4ª 
Edição, 2004. 
• Estrabismos, harley Biras CBO 3ª ed. 
SÍNDROME DE DUANE 
 
 
É a retração do globo na tentativa da adução causada pela co-contração 
dos retos medial e lateral. 
Ambos os olhos são afetados em 20% dos casos. Algumas crianças com 
a síndrome tem defeitos congênitos associados , onde a mas comum é a 
surdez perceptiva com desordem da fala associada. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
 Tipo I é a mais comum é caracterizado pela 
limitação ou ausência de abdução/adução normal 
ou levemente limitada/na posição primária , 
alinhado e levemente esotrópico; 
 
 
 
 tipo II é o menos comum caracteriza se por 
limitação ou ausência de adução ou levemente 
limitada/posição primária alinhada ou levemente 
exotrópico; 
 
 
 
 Tipo III é caracterizado por adução e abdução 
limitada/na posição primária alinhada ou 
levemente exotrópico. 
 
 
CARACTERÍSTICAS e DIAGNOSTICOS 
 
 Estreitamento da fenda palpebral; 
 um desvio para cima ( UP SHOOT) ou para fora ( DOWN 
SHOOT ) é visto em alguns pacientes; 
 não tem ambliopia. 
 Paralisia de abdução com endotropia de ate 30 diop 
prismáticas; 
 Posição anômala da cabeça (torcicolo ); 
 Anisotropia do meridiano vertical em A em V ou em Y, 
associada a hipo ou hiper função dos músculos oblíquos 
 
CONDUTA 
 
 A cirurgia está indicada se os olhos não estão alinhados em PPM e o 
paciente tem que adotar uma posiçãoanômala de cabeça para atingir 
fusão; 
 a cirurgia pode também ser necessária por up shoot e down shoot 
esteticamente inaceitáveis ou retração severa. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistémica.Jack .Kanski. 4ª 
Edição, 2004. 
• Estrabismos, harley Biras CBO 3ª ed. 
SÍNDROME DE MOBIUS 
 
É uma condição congênita muito rara onde se encontra como 
principais manifestações clínicas oculares : 
 
 paralisia bilateral do sexto nervo; 
 
 
 em PPM 50% dos casos são de esotropia e o restante 
alinhados; 
 
 Uma paralisia no olhar horizontal está presente em 50% ,mas 
o olhar vertical é normalmente intacto; 
 
 uma pseudo –esotropia pode ser vista em crianças que 
apresentam fixação cruzada porque a convergência está 
intacta. 
MANIFESTAÇÕES NEUROLÓGICAS 
 
 Paralisia bilateral do neurônio motor superior do sétimo 
nervo , usualmente assimétrica, do neurônio motor 
superior do sétimo nervo que poupa os músculos 
faciais inferiores; 
 
 a face é inexpressiva e a ceratite de exposição pode 
ocorrer como resultado de fechamento palpebral 
inadequado; 
 
 paresia dos nono e décimo segundo nervos cranianos. 
O último resulta na atrofia da língua; 
 
 Retardo leve e anomalias de membros. 
 
 
 
DIAGNOSTICO e CARACTERÍSTICAS 
 
 pode ser feito logo após o nascimento devido ao fechamento 
incompleto palpebral durante o sono; 
 Dificuldade de sucção; 
 Dificuldades nas expressões faciais; 
 Acometimento do Nervo facial uni ou bilateral; 
 Presença de estrabismo pelo VI NC; 
 Endotropias mais frequentes; 
 Sinal de BELL presente na maioria dos casos; 
 Baixa AV; 
 Emetropias em especial Astigmatismos; 
 Podem afetar vários NC como: 
1. III 
2. IV 
3. VIII 
4. VII 
5. XII 
 podem ter inteligências e neurodesenvolvimentos normais ou 
acima da media 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
• Oftalmologia Clínica: uma abordagem sistémica.Jack .Kanski. 4ª 
Edição, 2004. 
• Estrabismos, harley Biras CBO 3ª ed. 
MIOPATIAS 
 
É uma afecção muscular, diferenciando-se de neuropatia em que a doença é 
primariamente do SNC ou Periférico, mas que pode afetar os músculos 
secundariamente. 
 
 
Alguns tipos 
 
 Distrofia Miotônica; 
 Miastenia Gravis; 
 Miopatia Ocular. 
Diagnostico diferencial entre Mio e Neuropatia é geralmente fácil, pois 
aquelas as Mios evoluem lentamente, afetando os músculos oculares 
externos de maneira simétrica, sem diplopia. 
Já as Neuropatias afetam especificamente o(s) músculos inervados por um 
ou mais NC, causando estrabismos e diplopia. 
Existem diversas exceções como a miastenia de gravis. 
DISTROFIA MIOTÔNICA 
É uma degeneração heredofamiliar AD, caracterizada por hipotrofia ou atrofia 
muscular, miotonia, catarata, calvície, deterioração mental. 
 
A fraqueza muscular é achado constante, porem em grau e localização variável. Na 
parte ocular podemos perceber: o comprimento do elevador da pálpebra causar 
blefaroptose variável sistêmica ou não, e do orbicular produz lagoftalmo. Dos 
músculos os RMs são os mais afetados frequentemente causando exotropia tanto pra 
longe quanto pra perto ou um quadro de Insuficiência de convergência com 
endodesvio variável, baixa amplitude de convergência e PPV remoto, em alguns 
casos pode se perder quase todo o movimento ocular. 
 
Características 
 
Miotonia que consiste em uma contração 
muscular seguido de relaxamento extremamente 
 prolongado. 
 
Divide-se 
 
• Miotonia de preensão 
• Miotonia de percussão 
 MIOTONIA DE PREENSÃO 
 
Em que o paciente, após apertar a mão do examinador, não consegue solta-la 
subitamente, sendo a extensão dos dedos muito lenta e, as vezes, só ocorrendo com o 
auxilio da outra mão. 
 
 
 MIOTONIA DE PERCUSSÃO 
 
É que o paciente mantem a mão aberta, enquanto o examinador bate sobre a 
eminência tenar com o martelo de percussão ou mesmo com o seu dedo médio. 
Produzindo uma contração vermiforme: os dedos fazem um movimento de flexão e 
depois um movimento muito lento de extensão. 
 
 
 
MIASTENIA GRAVIS 
 
É uma doença caracterizada por excessiva fatigabilidade da musculatura voluntaria e 
estriada, principalmente dos Músculos Oculares externos e outros inervados por NC. 
 
Características 
 
 Mais frequente em mulheres de qualquer 
 idade; 
 Doença simétrica; 
 Discreta blefaroptose unilateral; 
 Diplopia por estrabismo vertical 
 
Os músculos ciclovertical e o elevador 
da pálpebra são os mais afetados. 
Pode haver comprometimento dos orbiculares, mais os primeiros sintomas são: 
dificuldade de mastigação, deglutição, fala ou fraqueza das pernas e mãos. 
 
 
MIOPATIA OCULAR 
 
É uma degeneração heredofamiliar, AD, caracterizada por hipotrofia ou atrofia muscular, 
geralmente simétrica, presente ao nascimento ou de inicio nas primeiras décadas de 
vida, sem fenômeno miotônico e com níveis enzimáticos altos no soro. 
 
Características: 
 
 
 rara após os 35 anos; 
 Considerada por alguns autores como 
 distrofia muscular progressiva; 
 Não se tem elementos suficientes pra 
 afirmar que seja uma doença primariamente 
 uma Mio ou Neuropatia. 
 
 
 
A blefaroptose simétrica é geralmente o primeiro sinal 
da doença, que é lentamente progressiva e em um certo 
ponto da evolução faz com que o paciente comece a usar 
os músculos frontais para abrir os olhos. 
REFERÊNCIAS 
 
1. Estrabismo, harley Bicas, cboo 2013 
2. BRADFORD, C. A. Basic ophthalmology. San Francisco: American 
Academy of Ophthalmology, 2004. 
2. FACULDADE DE MEDICINA DA USP. Programa Educacional de 
Oftalmologia. São Paulo: Merck Sharp & Dohme, 
3. KANSKI, J. J. Oftalmologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
ORBITOPATIA DE GRAVES 
 
É uma condição auto-imune da órbita , intimamente associada com o hipertireoidismo 
de Graves (HG), embora uma condição possa existir sem a outra. A oftalmopatia de 
Graves é a doença orbitária mais comum e acomete 25 a 50% dos pacientes 
portadores da Doença de Graves. 
É uma doença autoimune caracterizada pela deposição de imunocomplexos 
antitireoglobulina nos músculos extraoculares. 
 
Nas fases iniciais da doença existe uma infiltração dos tecidos adiposo, muscular e 
conjuntivo da órbita por linfócitos T, mastócitos, macrófagos e plasmócitos. 
Acredita-se que os linfócitos T ativados dirigidos contra as células foliculares 
tireoidianas reconheçam e se liguem a antígenos semelhantes presentes nos tecidos 
orbitários. 
Macrófagos e células dendríticas iniciam a resposta imunológica que é propagada pelo 
recrutamento de células T sensibilizadas. A partir daí passam a ser liberados diversos 
mediadores inflamatórios (IFN gama, TNF, IL1) que estimulam os fibroblastos a 
produzirem glicosaminoglicanos, que, com sua característica hidrofílica, atraem água 
para os tecidos adiposo, conjuntivo e muscular resultando em edema, e por 
conseguinte, fibrose de toda a periórbita, com hipertrofia dos músculos extraoculares , 
principalmente dos retos medial e inferior e da gordura orbitária, resultando em 
aumento do volume orbitário, manifestado primariamente como proptose. 
 
Distúrbio auto-imune: 
Subtipos: 
 
1. Congestivo 
2. Miopático 
3. Misto 
 
Imunorreatividade cruzada entre antígenos orbitais e tiroideanos ( TSH-R 
e proteína G2S = FOXP1) 
 
1. Fp – subunidade flavoprotéica da enzima mitocondrial desidrogenase succinato. 
2. Colágeno XIII 
Epidemiologia 
 
Mais frequente no sexo feminino Incidência anual: 
 
• fem. 16/100000 
• masc. 2,9/100000 
 
Distribuição bimodal: 
 
• mulher: 40-44; 60-64 anos 
• homem: 45-49; 65-69 anos 
• Mais grave quando surge após os 50 anos. 
FISIOPATOLOGIA 
 
Alteração mais evidente: 
 
• espessamento dos músculos extraoculares. 
• Microscopia: fibras musculares preservadas. 
• Aumento no volume reflete alterações no tecido conjuntivo. 
• Aumentode fibroblastos, infiltração linfocitária, depósito excessivo de colágeno e 
glicosaminoglicanos (GAC) → edema intersticial. 
• Resposta auto-imune → produção de citocinas → estimulação dos fibroblastos, 
produção de colágeno e GAC. 
• Músculos: retos medial e inferior 
• Dificuldade para olhar superior ou lateral 
• ↑ vol. muscular e tec. conjuntivo orbitário → elevação da pressão no interior da 
órbita → proptose, edema de papila e neuropatia óptica. 
• Tendência natural: melhora espontânea. 
• Fase aguda (ativa): edema, infiltrado linfocitário dos tecidos retrobulbares. 
• Fase inativa: fibrose. (Pode ser vista durante todos os estágios). 
Pacientes com hipertireoidismo que apresentam apenas retração palpebral, ou 
associada à eritema de conjuntiva leve ou edema peri-orbitário não têm oftalmopatia 
ativa. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
OFTALMOPATIA DE GRAVES 
 
• Oftalmopatia de Graves 
• Tumores primários orbitais ( Glioma) 
• Linfomas 
• Displasia fibrosa dos ossos 
• Tumores lacrimais 
• Hematomas ( sec. a traumas) 
• Hematoma subdural 
• Trombose da veia oftálmica 
• Enfisema do seio nasal 
• Celulite 
• Adenomas hipofisários 
• Doença de Cushing 
• Triquinose 
• Pseudotumor ou cisto da órbita 
• Tumores metastáticos 
• Doença de Paget 
• Meningioma 
• Carcinoma nasofaringeano, etc. 
Conduta na oftalmopatia leve a 
moderada: 
 
Correção de disfunção tiroideana e eliminação dos fatores de risco 
( tabagismo) 
Sinal/ Sintoma: 
 
• Fotofobia 
• Dor, sensação de areia nos olhos 
• Sensação de corpo estranho 
• Pressão ocular elevada 
• Lagoftalmo 
• Diplopia leve 
• Edema periorbital e conjuntival 
 
 
Medida terapêutica: 
 
Óculos escuros Colírio de metilcelulose Lágrimas artificiais Colírios betabloqueadores 
Oclusão noturna dos olhos Lentes prismáticas Levantar cabeceira do leito durante o 
sono Diuréticos, dieta hipossódica ( se necessário) 
TRATAMENTO MÉDICO 
 
• Glicocorticóides; 
• OG congestiva; 
• Radioterapia; 
• Descompressão cirúrgica; 
O tratamento é baseado na fase na qual a doença se encontra (aguda ou crônica). 
Na fase aguda o tratamento anti-inflamatório de escolha é a corticoterapia por via oral 
ou endovenosa. Associada à corticoterapia se empregam a radioterapia, utilizando-se 
o acelerador linear, em dez sessões contínuas e nos casos mais severos em dez 
sessões semanais, com doses totais de 2000cGy. Outra opção de tratamento 
medicamentoso é o uso da colchicina, na dose de 0,5 a 1,5 mg/dia, isolada ou 
associada à radioterapia e/ou a corticosteroide, com boa resposta terapêutica. 
 
Excetuando-se os casos de urgência em que há risco de perda da visão, por 
exposição da córnea ou por neuropatia óptica compressiva, o tratamento cirúrgico 
deve ser indicado na fase inativa da orbitopatia de Graves. 
Este tratamento é constituído pela descompressão orbitária, tratamento do 
estrabismo, correção da retração palpebral e blefaroplastia estética, nesta ordem. No 
seguinte relato de caso, abordaremos uma forma atípica de manifestação clínica da 
oftalmopatia de Graves. 
REFERÊNCIAS 
 
• Estrabismo, harley Bicas, cboo 2013 
• THYROID ,Volume 21, Number 6, 2011 
• The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Volume 96(1), 
January 2011, 
• Br J Ophthalmol; 1998; 
• ISSN 0871-3413 • ©ArquiMed, 2008; 
• American Thyroid Associacion, agosto 2010, vol 3; 
• Laszlo Hegedu¨ s et al Clinical Endocrinology (2011) 
• Stamato FJ, Maciel RM,Manso PG, Wolosker AM, Paiva ER, 
Lopes AC,et al. Colchicina no tratamento da fase inflamatória da 
oftalmopatia de Graves: um estudo prospectivo e randomizado 
com prednisona. Arq Bras Oftalmol.2006; 
• Höfling Lima AL, Morales PH, Manso PG, Farah ME. Alterações 
oculares de doenças sistêmicas: retinopatia diabética e 
oftalmopatia de Graves. RBM Rev Bras Med.2006; 
• Pitz S, Kahaly G, Rösler HP, Krummenauer F, Wagner B, Stübler 
M, et al. [Retrobulbar irradiation for Graves’ ophthalmopathy — 
long-term results]. Klin Monbl Augenheilkd. 2002 
 
DVD 
 
É uma disfunção supranuclear do sistema oculomotor que afeta seletivamente 
determinados movimentos .O mesmo se caracteriza por elevação , abdução e 
extorção do olho ,espontaneamente ou ao sofrer redução na sua iluminação ou 
na nitidez da imagem que sobre ele incide. Isto significa introduzir uma 
assimetria dos estímulos visuais entre os olhos .Entre os componentes do 
movimento o que se destaca geralmente e a elevação. O primeiro a publicar 
uma descrição detalhada dessa entidade estrabológica foi Bielschowsky em 
1938. 
 
 QUADRO CLÍNICO 
 
 Movimento lento do olho quando é ocluído , quando se 
diminui a quantidade de luz que sobre ele incide ou 
quando se reduz a nitidez da imagem que se forma na 
retina .Quando se desoclui , normaliza-se a quantidade 
de luz ou a nitidez da imagem , há tendência ao retorno 
do olho a posição inicial; 
 o movimento apresentado pelo olho em DVD tem três 
componentes e :elevação, abdução e extorção . A 
participação desses componentes são variáveis , 
predominando a elevação, podendo os outros 
aparecerem com diferentes intensidades ou até faltar; 
 
 
 
 
 
 
 
 QUADRO CLÍNICO 
 
 A DVD pode ser simétrica ou assimétrica , sendo que nesta última o grau de 
assimetria pode ser variável; 
 a ambliopia desenvolve-se subsequentemente em 50% dos casos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O FENÔMENO DE BIELSCHOWSKY 
 
É o comportamento que estabelece o diagnóstico de certeza do DVD. De fato, 
nenhum outro distúrbio oculomotor apresenta este fenômeno. 
 
Quando o paciente, tem a quantidade de iluminação de um dos seus olhos reduzida, 
pela colocação de um filtro vermelho escuro, e o olho contralateral realiza movimento 
descendente, lento e com ligeira adução, tornando-se hipotrópico. Este 
comportamento confirma a ocorrência do Fenômeno de Bielschowsky. E, certamente, 
o paciente pode ser diagnosticado como portador do DVD. 
 
No entanto, a manifestação do fenômeno de Bielschowsky não é constante. Em geral, 
a amplitude dos movimentos deste fenômeno (adução e principalmente a depressão 
lenta do olho contralateral) depende da magnitude da hipertropia do olho que recebeu 
o filtro vermelho escuro quando testado apenas com o oclusor. Quanto maior a 
magnitude da hipertropia do olho que recebeu o filtro vermelho escuro, maior o 
movimento de depressão do olho contralateral quando da verificação do fenômeno de 
Bielschowsky. 
 
A manobra de BIELSCHOWSY foi proposta especificamente para o diagnóstico da 
paresia do OS , mas tarde PARKS estendeu para o diagnóstico de todos os músculos 
cicloverticais 
 
O teste se faz da seguinte maneira : 
 
1-Que lado o desvio é maior ( direita ou esquerda) ? 
 
2- Qual músculo está falhando em supra ou infra ? 
 
3- Ver qual músculo intorsor ou extorsor está afetado . 
 
O músculo afetado tem que coincidir nos três círculos na quadriga muscular 
Através de um simples teste de oclusão-desoclusão relacionado à redução no 
estímulo luminoso e à privação da percepção de forma pode-se diagnosticar a 
presença do DVD. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este teste é muito útil quando o avaliador não 
tem disponível o filtro vermelho escuro para a 
verificação do DVD pelo Fenômeno de 
Bielschowsky. 
O TESTE DE POSNER 
 
É realizado num ambiente com iluminação normal da seguinte forma: 
 
O paciente fixa uma fonte de luz localizada à 5m. 
Um dos olhos é ocluído por um oclusor colocado à 10/12cm de distância dele (dessa 
forma a perda da percepção de forma é maior do que a perda do estímulo luminoso). 
Sob essa condição o olho ocluído sobe. 
Enquanto o olhar é mantido para a fonte de luz, o outro olho (fixador) é ocluído da 
mesma forma. Assim, os dois olhos estão ocluídos, e nessa situação, o olho 
inicialmente ocluído, que está hipertrópico, desce para sua posição inicial. 
Desocluíndoo olho fixador, o outro olho (ocluído) sobe lentamente outra vez. 
No final, o paciente é instruído a continuar a olhar para a fonte de luz, enquanto o 
olho fixador é ocluído e desocluído rapidamente. Nesse movimento do oclusor, o 
outro olho, que está permanentemente ocluído, sobe e desce em resposta à oclusão 
alternada realizada no olho fixador. 
Na presença do DVD, o comportamento do movimento dos olhos deverá seguir 
exatamente a descrição acima durante cada etapa do teste de Posner. 
TRATAMENTO 
 
O tratamento da DVD é essencialmente cirurgico , mas 
somente quando descompensada deve ser operada , a menos 
que ela se descompense em alguns momentos e traga 
desconforto psicológico ao paciente .A hipertropia tem grande 
importância antiestética. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Os estrabismos :teoria e casos comentados/Carlos R .Souza –Dias, 
Mauro Goldchmit.Rio de Janeiro : cultura médica : Guanabara Koogan, 
2011. 
 
Estrabismo/Carlos R.Souza –Dias ,Henderson C.de Almeida 
;colaboradores Alberto O.Ciancia ...(et al).São Paulo : Roca ,1993. 
 
Estrabismo /editores Harley E.A.Bicas , Carlos R.Souza –Dias e 
Henderson Celestino de Almeida;coordenação Milton Ruiz Alves -3 ed-
Rio de Janeiro :cultura médica : Guanabara Koogan , 2013 
 
Oftalmologia Clínica –Jack J.Kanski–Uma abordagem Sistemática 
,quarta edição-Rio de Janeiro, 2004. 
INTRODUÇÃO: 
 Os nervos oculomotores – oculomotor, troclear e abducente – e os seis músculos 
oculares extrínsecos são os responsáveis por qualquer tipo de movimentação 
ocular. Os neurônios do III, IV e VI nervos participam igualmente de todos os 
movimentos, seguimento ou sacádicos, com diferentes latências, mas não são 
capazes, por si só, sem informações pré-nucleares (ou supranucleares), de gerar 
estes movimentos. Para tanto existem diferentes sistemas com a função de 
deflagrar e organizar tipos diferentes de movimentos oculares, que têm como 
objetivo manter a imagem estável. Esta estabilização é atingida impedindo que 
haja um deslocamento da imagem em toda a retina, e mantendo a imagem na 
fóvea. 
Músculos extraoculares 
 
MÚSCULOS EXTRAOCULARES 
MÚSCULOS ENVOLVIDOS 
EM CADA MOVIMENTO. 
CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS SUPRANUCLEARES: 
 Sistema Vestibular: estabiliza a imagem durante movimentos da cabeça, com 
uma curta latência. 
 Sistema optocinético: depende de estímulos visuais e mantém a imagem estável 
durante movimentos contínuos; 
 Vergência: move os olhos em direções opostas para evitar discrepância de 
imagens em amas as retinas 
 Fixação: mantém os olhos na nova posição atingida após qualquer um dos 
movimentos citados. 
 Sacádicos ou movimentos oculares rápidos; 
- Voluntário (ativado internamente) 
- Reflexos (ativado externamente – por estímulos visuais ou auditórios) 
- Espontâneos em busca, movimento rápidos dos olhos durante o sono) 
 Movimentos oculares lentos ou seguimento suave. 
- Seguimento foveal 
- Seguimento de campo completo (fase optocinética lenta), fase 
vestibular lenta (inclui os movimentos de torção) vergência. 
 
 O centro pontino de mirada horizontal (azul) e o centro de mirada 
vertical (amarelo) no mesencéfalo recebem informação dos campos 
oculares frontais, para iniciarem os sacadicos e da junção parietal-
occipital-temporal para controlar o seguimento. Os centros de mirada 
controlam a motilidade ocular pela inervação dos núcleos dos nervos 
motores (III, IV e VI). 
CONTROLE SUPRANUCLEAR 
DOS MOVIMENTOS OCULARES 
 O centro de movimentos voluntários se localiza na parte posterior da 
segunda circunvolução frontal. 
 A excitação desta zona produz um desvio conjugado dos olhos em 
direção ao lado oposto. 
 
 
 
 As fibras que partem do centro seguem o feixe piramidal da capsula 
interna. Chegando ao tronco cerebral, cessam este e seu trajeto não é 
conhecido de forma muito precisa. 
 Entre os centros corticais e os núcleos oculomotores, força a supor um 
sistema de lugares de paradas e trocas que informam as ordens dos 
movimentos em ordens destinadas a cada músculo. 
 Pode-se dizer que tudo ocorre como se existissem centros particulares 
ordenando os movimentos de verticalidade, lateralidade, convergência e 
divergência. 
CONTROLE SUPRANUCLEAR 
DOS MOVIMENTOS 
HORIZONTAIS 
 É considerado um dos movimentos mais complexos neurologicamente. 
 Sacadicos: o movimento dos olhos acontece através do córtex frontal oposto ao 
movimento. Ao olhar para esquerda é o córtex direito que envia o impulsos que 
passam pelo mesencéfalo até chegar a formação reticular paramediana pontina 
(FRPP) esquerda (contrário ao córtex). A FRPP destina a mensagem para o 
,músculo antagonista principal e para o junta, que no caso envia impulsos ao VI par 
esquerdo responsável pelo movimento odo músculo reto lateral, e para o III para 
oposto (oculomotor direito) responsável pelo músculo reto médio – VI envia o 
impulsos ao RLE e o III par ao RMD, para que haja equilíbrio o FRPP manda 
impulsos ao núcleo vestibular e o labirinto, no casos ambos direitos. 
 
 As vias vestibulares centrais coordenam e interagem as informações sobre os 
movimentos da cabeça e do corpo e as utilizam para controlar a eferência dos 
neurônios motores que ajustam a posição da cabeça, dos olhos e do corpo. Este 
sistema faz conexões com o tálamo e, então, com o neocrotex. 
 Seguimento: são os movimentos de leitura. Utiliza-se o mesmo processo do 
horizontal, a diferença é a origem dos impulsos que surgem do córtex occipital 
oposto. 
CONTROLE SUPRANUCLEAR PARA OS MOVIMENTOS 
HORIZONTAIS 
 Para os movimentos de elevação o córtex frontal oposto de cada olho emana as 
ordens que são conduzidas aos centros supranucleares, onde parte as fibras para 
os núcleos oculomotores (III par) que, respectivamente, ativam os músculos 
oculares correspondentes ao movimento (reto superior e obliquo inferior). Para 
depressão é utilizado o III e o IV pares. O III para o movimentar o músculo reto 
inferior e o IV para o obliquo superior 
CONTROLE 
SUPRANUCLEAR DOS 
MOVIMENTOS VERTICAIS 
MOVIMENTOS TORCIONAIS: 
 Origina-se do núcleo vestibular de cada lado que emana as ordens seus pares 
respectivos enviando a mensagem do movimento aos músculos 
correspondentes. Uma função particularmente importante do sistema central é 
manter os olhos orientados para uma determinada direção em qualquer 
demanda. Isto é realizado pelo reflexo vestíbulo-ocular, pois é essencial para a 
visão que a imagem permaneça estável nas retinas. 
DISTÚRBIOS 
SUPRANUCLEARES DA 
MOTILIDADE OCULAR 
 A perda dos movimentos oculares sacádicos voluntários (rápidos) e de 
seguimento (lentos) resulta da interrupção das vias neurais que transportam os 
comandos do córtex cerebral para os núcleos motores oculares no tronco 
encefálico. 
 Distúrbios de movimentos oculares desconjugados e paralisia de mirada resultam 
de lesões que envolvem vias pré-nucleares entre os centros de mirada e os 
núcleos motores dos olhos. 
DISFUNÇÕES DO CONTROLE 
SUPRANUCLEAR 
 Características principais: 
- Anormalidade de sacádicos voluntários, perseguição ou movimentos de 
vergência. 
- Preservação dos movimentos oculares reflexos (vestíbulo-ocular, optocinético e 
fenômeno de Bell). 
 
 Características associadas 
- Sinais piramidais ( paralisia pseudobulbar, fraqueza de membros, espasticidades, 
hiper-reflexia e respostas extensoras plantares). 
- Sinais extrapiramidais ( bradicinesia, distonia, rigidez e tremores) 
- Evidencias de distúrbios que causem paralisias supranucleares de mirada ( 
doenças degenerativas, desmielinizastes, neoplásicas, vasculares ou traumáticas). 
TIPOS DE DISFUNÇÕES 
SUPRANUCLEARES 
 Paralisias congênitas de mirada 
 Paralisias adquiridas de mirada 
 Problemas no seguimento visual 
 Oftalmoplegia internuclear 
 Distúrbios da mirada vertical 
 Distúrbio de motilidade ocular e o sistema vestibular Distúrbio de vergência 
 Distúrbio da motilidade ocular e do cerebelo 
 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
 Sacádicos 
 - Pede-se ao paciente que alterne a fixação rapidamente entre dois alvos, como o 
dedo e o nariz do examinador. Testam-se tanto os sacadicos verticais quanto os 
horizontais e as observações são feitas quanto a latência, velo 
- Anormalidades na acurácia sacádica incluem ultrapassar ou antecipar o alvo, são 
referidas como dismetrias e indicam patologia cerebelar. Anormalidades grosseiras 
são clinicamente observáveis, mas a detecção de mudanças sutis requer 
oculografia quantitativa. 
 Fixação 
 O paciente olha para um alvo estacionário e acomodativo, projetado à distancia, 
enquanto o examinador confere a fixação mono e binocular. A fixação deveria ser 
sustentada e sem nistagmo ou outras oscilações oculares significativas. Pequenos 
movimentos oculares, como movimentos rápidos semelhantes a ondas quadradas 
com menos de 1-2 graus, são normais e não interrompem a fixação. 
 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
 Seguimento: 
 Pede-se ao paciente que fixe os olhos num pequeno objeto, como um lápis, e que 
siga lentamente através das extensões horizontal e vertical o olho do paciente 
deverá acompanhar o objeto suavemente. Se o sistema de seguimento estiver 
danificado ou se o objeto se mover muito rapidamente, os olhos o seguem e 
fazem “sacádicos de captura” para refixar o alvo, o que produz sacádicos ou 
seguimento em roda denteada. 
 Seguimento 
 O seguimento também pode ser avaliado enquanto se testa a habilidade de o 
paciente suprimir o reflexo vestíbulo-ocular. Com o paciente sentado num bando 
giratório, peça a ele que fixe o olhar num dos seus polegares ao comprimento de 
um braço. Então rode o banco de maneira que a cabeça, braço e polegar do 
paciente se movam ao mesmo tempo. Um paciente normal consegue suprimir o 
VOR induzido pela manutenção da fixação no polegar, mesmo no escuro ou com 
os olhos fechados – a supressão do VOR, provavelmente envolve as mesmas vias 
de seguimento suave. Como pacientes cegos também conseguem suprimir o VOR, 
esta técnica auxilia, particularmente, a diferenciação entre os déficits visuais reais 
e os psicogênicos – paciente psicogênicos aparentemente são incapazes de seguir 
um alvo de forma suave. 
 
 Movimentos oculares de vergência 
 Um alvo é movido para perto do paciente(convergência) e, então, para longe 
(divergência) do paciente que o segue. 
 Alinhamento ocular 
 O alinhamento ocular deve ser determinado por testes simultâneos com prisma 
cover test, para tropias, pelo prisma cover test alternante para as forias e para 
medir o desvio básico, durante a refração cicloplégica apropriada, e pela fixação 
de um alvo acomodativo. 
 Se o paciente possui uma paralisia de mirada, o examinador determina quando os 
olhos podem ser movidos, reflexamente, na direção da paralisia pelas duas 
maneiras seguintes: 
DIFERENCIANDO LESÕES 
SUPRANUCLEARES DAS LESÕES NUCLEARES E INFRANUCLEARES 
 Reflexo oculocefálico (olhos de boneca) 
 O reflexo oculocefálico é executado pela inclinação da cabeça 30º para frente e 
fixando olhar num alvo distante. A cabeça é, então, rodada na direção oposta à 
paralisia de mirada. Esta manobra usa projeções diretas do sistema vestibular 
para os núcleos motores oculares. Paralisias de mirada causadas por lesões no 
córtex cerebral podem ser tipicamente neutralizadas pelo teste vestibulo-ocular, 
nas lesões pré ou infranucleares , o reflexo não conseguirá neutralizar a paralisia. 
 Teste do reflexo vestíbulo-ocular 
 A cabeça do paciente é inclinada 60° para trás e o meato auditivo externo é irrigado com 
água gelada ou aquecida para estimular o canal semicircular horizontal. Em indivíduos 
normais e pacientes com paralisia supranuclear, a estimulação com água gelada faz com 
que os olhos se desviem lentamente em direção ao lado estimulado, o que resulta em 
nistagmo com a fase rápida (corretiva) para o lado oposto. Quando a água aquecida é 
utilizada, a fase rápida do nistagmo dá-se para o lado estimulado. O mnemônico COWS 
(cool, opposite,waarm, same) refere-se â direção da fase rápida do nistagmo. Em 
pacientes comatosos, nenhum movimento corretivo (rápido) ocorre. Então, com a água 
gelada os olhos se desviam tonicamente em relação a orelha irrigada. Teste calórico 
bilateral e simultâneo pode ser usado para avaliar movimentos oculares verticais, e que, 
no entanto, é menos confiável que o teste oculocefálico. 
REFERENCIAS: 
 https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-
oculares 
 CARLSON, Neil, 2013 
 KANSKU 2013 
 http://www.vertigemetontura.com.br/vias%20supranucleares
%20-%20sistema%20motor%20ocular.pdf 
 
https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares
https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares
https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares
https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares
https://pt.slideshare.net/neuroligaunivasf/nervos-motores-oculares
CICLOPLEGIA 
 É paralisia da musculatura ciliar ocular, resultante na perda de acomodação 
visual. Isso pode ser obtida através de fármacos; 
 Isso ocorre pela contração dos músculos ciliares em resposta à ativação dos 
receptores, traciona o corpo ciliar para frente e para dentro é, 
consequentemente, relaxa a tensão sobre o ligamento suspensor do cristalino, 
permitindo que o cristalino fique mais abaulado; 
 OBS: O músculo constritor da pupila é importante não só porque ajusta a pupila 
em resposta a intensidade da luz, mas também porque regula a pressão 
intraocular; 
Desenho da câmara 
anterior do olho 
EXEMPLO DE UMA AÇÃO NA REFRAÇÃO 
 
Ocasionalmente, um paciente com hipermetropia intensa e não corrigida aparentará 
possuir espasmo do reflexo de acomodação; no entanto, uma refração cuidadosa 
sobre ciclopegia revelará uma esotropia. acomodativa que foi precipitada ou 
desmascarada. Em tais casos o gerenciamento da correção consiste em prescrever a 
refração cicloplégica completa.. 
ATROPINA 
1-FARMACOLOGIA: 
 
 É um agente anticolinérgico que atua bloqueando a acetilcolina nos 
receptores pós-sinápticos do sistema parassimpático, impedindo assim a 
estimulação do músculos ciliar e esfíncter da pupila com consequente 
cicloplegia e dilatação pupilar; 
 É absorvida pela córnea, conjuntiva e o sistema nasolacrimal, sendo 
posterior hidrolisada pelo fígado e excretada pelo rins; 
 Pacientes com íris de coloração mais escura são mais resistentes a 
dilatação pupilar com atropina do que os de íris de pigmentação mais clara; 
 
 
 
 
 
 
2- USO CLÍNICO: 
 
 Utilizado como coadjuvante no tratamento das inflamações do segmento posterior; 
 É utilizado em cirurgia de descolamento de retina, para obter uma midríase 
duradoura tanto no trans-operatório quanto no pós-operatório; 
 Por ser um cicloplégico potente, geralmente é usada na refração estática de 
crianças e jovens com suspeita de hipermetropia latente ou esotropia acomodativa 
 
 
3-EFEITOS ADVERSOS OCULARES: 
 
 Dermatite de contato; 
 Risco de fechamento de ângulo em portadores de glaucoma de ângulo estreito; 
 Elevação da PIO; 
 Conjuntivite papilar alérgica; 
 Ceratite superficial; 
 
4- CONTRA-INDICAÇÕES 
 
 Glaucoma de ângulo estreito; 
 Pacientes com historia prévia a reação sistêmica grave a atropina; 
 Portadores da síndrome de Down; 
 
HOMATROPINA 
1- FARMACOLOGIA 
 
 É um parassimpaticolítico semelhante a atropina, porém mais fraco e com tempo de 
ação mais curto; 
 O efeito cicloplégico e midriático e mais rápido que o efeito do fármaco atropina; 
 Enquanto a duração da cicloplegia é maior do fármaco homatropina que o de 
ciclopentolato; 
2- USO CLÍNICO 
 
 Utilizado para se obter midríase pré e pós-operatório para auxilio óptico em caso 
de opacidade axial do cristalino; 
 Pacientes com iridociclites; 
 Boaopção para substituir a atropina em indivíduos sensíveis; 
 OBS: Não é o fármaco de 1 escolha para refração sob cicloplegia e exames de 
fundo de olho. 
3-EFEITOS ADVERSOS OCULARES 
 
 Conjuntivite; 
 Edema palpebral; 
 
4-CONTRA-INDICAÇÕES 
 
 São as mesmas da atropina; 
 Toxicidade para o SNC em idosos 
 
 
 
CICLOPENTOLATO 
1-FARMACOLOGIA 
 
 É um potente parassimpaticolítico; 
 O efeito cicloplégico é superior homatropina com inicio mais rápido e duração 
mais curta; 
2- USO CLÍNICO 
 
 Utilizado para produzir cicloplegia e midríase; 
 Fármaco para escolha na refração estática em 
pacientes estrábicos com mais de 4 anos ou 
não estrábicos de qualquer idade; 
 Pacientes portadores de iridociclites; 
 
3-EFEITOS ADVERSOS OCULARES 
 
 Elevação da PIO; 
 Pode precipitar a crise de glaucoma 
agudo em olho com seio camerular 
estreito; 
 Lacrimejamento; 
 Sensação de queimação ocular; 
 Ardor; 
4-CONTRA-INDICAÇÕES 
 
 Pacientes portadores de glaucoma 
com ângulo estreito; 
 Pacientes que apresentam 
hipersensibilidade a fórmula do 
medicamento; 
TROPICAMIDA 
1-FARMACOLOGIA 
 
 É um parassimpaticolítico de ação rápida e tem efeito mais midriático do que 
cicloplégico; 
 Difunde com muita facilidade na porção lipídica do epitélio corneano, o qual 
torna o efeito mais rápido do medicamento; 
2- USO CLÍNICO 
 
 Usado para cicloplegia e midríase de curta duração; 
 Utilizado junto com a fenilefrina na cirurgia de catarata; 
 Neste fármaco, a pigmentação da íris não influência na 
dilatação da pupila; 
3- EFEITOS ADVERSOS OCULARES 
 
 Pode elevar PIO; 
 Desconforto e ardor; 
 
 
 
4-CONTRA-INDICAÇÕES 
 
Pacientes hipersensíveis a fórmula do 
medicamento; 
Glaucoma de ângulo estreito; 
PROPRIEDADES 
Concentração Máxima(min) Recuperação(dia) 
Atropina 1,0 % 60 a 180 7 a 12 
Homatropina 1,0 % 30 a 60 1 a 3 
Ciclopentolato 0,50 a 1,0 % 30 a 60 1 
Tropicamida 0,50 a 1,0 % 30 a 45 1/4 
 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA 
 DANTAS, Adalmir Morterá, Fisiologia, farmacologia e patologia ocular 
(série oftalmológica brasileira), 3º edição, Rio de Janeiro, ed. Cultura 
médica: Guanabara/Koogan, 2013 
 KANSKI, Jack J.; BOWLING, Brad. Oftalmologia Clínica: Uma abordagem 
sistêmica 7 ed. Rio de Janeiro. Editora Elsevier, 2012 
 YANOFF, Myron; DUKER, Jay S. Oftalmologia. 3.ed- Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013 
 SÁ, Luis Carlos F., PLUTT, Mauro. Acomodação. Sociedade Brasileira de 
Oftalmologia Pediátrica. Disponível em 
http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf, acessado em 05/05/2017; 
 RANG, H. P., DALE, M.M.- Farmacologia. 7ª edição, Rio de Janeiro, 
Elsevier, 2012 
http://www.scielo.br/pdf/abo/v64n5/8372.pdf
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(81) 99597-3885

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