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Afecções cirúrgicas dos olhos e anexos 
Diferentes campos de visão 
 
 
Ossos da órbita ocular 
• Osso frontal 
• Osso lacrimal 
• Osso maxilar 
• Osso zigomático 
• Osso esfenóide 
• Osso palatino 
• Orbita aberta: permite maior abertura mandibular 
(suinos e carnivoros) 
 
Quais estruturas encontramos na órbita? 
Bulbo ocular, 3° pálpebra, glandulas lacrimais, músculos, 
gordura, vasos e nervos, glândula salivar zigomática 
 
 
 
Pálpebras e músculos extraoculares 
 
 
 
• Túnica externa ou fibrosa (córnea e esclera) 
• Túnica média ou vascular (úvea) 
• Túnica interna ou nervosa (retina e nervo óptico) 
 
Divisões anatômicas do bulbo 
Segmento anterior 
a) Câmara anterior: entre a cornea e a íris 
b) Câmara posterior: entre a íris e a lente 
 
Segmento posterior 
c) Câmara vítrea: entre lente e retina (preenchido 
pelo humor vítreo 
 
 
Córnea 
Cão 
• centro: 0,45 a 0,55mm 
• periferia: 0,5 a 0,65mm 
 
Ulceras estromais (ulcera de córnea) -> maior que 50% da 
espessura da cornea, requer tratamento cirúrgica 
 
 
 
Glândulas lacrimais 
 
Principais afecções cirúrgicas orbitárias 
• Sialocele de glândula zigomática -> sialoadenectomia 
• Neoformações -> exenteração, ortbitomias e 
orbitectomias 
• Abcessos retrobulbares -> remoção da causa 
 
Principais afecções cirúrgicas dos anexos 
oculares 
• Prolapso de glândula de terceira pálpebra -> packet 
• Neoformações -> vplastia 
• Entrópio -> hortz-celsus 
• Macrobléfaro -> cantoplastia 
 
Principais afecções cirúrgicas da superficie 
ocular 
• Úlceras estromais profundas -> enxerto pediculado 
ou transplante de cornea 
• Neoformações -> ceratectomia e enxerto 
pediculado ou avanço 
• Dermoides -> ceratectomia e enxerto 
• Sequestro corneano -> ceratectomia e enxerto 
• Descemetocele -> enxerto pediculado ou 
transplante córneo conjuntival 
• Ceratopatia bolhosa -> flap de 3° pálpebra 
 
Principais afecções cirúrgicas intraoculares 
• Catarata -> focoemulsificação 
• Luxação de cristalino C.A. -> FIC ou ticle 
• Neoplasias intraoculares -> biopsias ou enucleações 
 
Meios de diagnóstico 
• Exame oftálmico com testes adequados 
(fluoresceína, lissamina verde, rosa bengala, 
Schirmer, tonometria, fundoscopia, biomicroscopia...) 
• Imagem: Ultrassonografia ocular/ Radiografia/ 
TC/RM 
• Citologia/histopatologia 
 
Pré – operatório: quais exames solicitar? 
• Hemograma 
• Função renal 
• Função hepática: Lipidograma, glicemia, frutosamia 
(gatos) 
• ECG/ECO/PAS acima de 4 anos ou caso 
necessário 
• Radiografia de tórax – gatos e cães acima de 6 
anos 
 
Indicações e técnicas cirúrgicas 
• Protrusão da glândula da 3 pálpebra-> Pocket 
• Tumores palpebrais -> Vplastia 
• Indicações para enucleação-> Transconjuntival, 
transpalpebral (Transpalpebral ≠ exenteração) 
 
Magnificação 
Lupas de cabeça 
• Lupa de pala – até 3,5x 
• Lupa de Galileu – até 3,5x 
• Lupa prismática (lupa cirúrgica) – até 8,0x 
• Foco de luz bem posicionado 
 
 
Instrumental: 
• Kit de instrumentação padrão 
• Pinça mixter 
• Lâmina de bisturi 15c 
• Blefarostato 
• Enucleation spoon 
 
Pós-operatório 
• Colar protetor rígido, sem retirar até novas 
recomendações 
 
AINE/AIE 
• Meloxicam: cão 0,1 a 0,2mg/kg/sid/3dias. Gato: 
0,05 a 0,1mg/kg/sid 
• Dexametasona: cão 0,1mg/Kg/s24 ou q48h/3 
aplicações 
• Prednisolona/prednisona: 0,5mg/kg/sid 
 
Antibioticoterapia:Amoxicilina/clavulanato (22mg/kg/bid/7d) 
 
Analgésicos: Dipirona: cão 25mg/kg/bid, gato 25mg/kg/sid 
 
Colírios 
• Tobramicina 1g/qid/5d 
• Cloranfenicol pomada 1cm/qid/5d 
• Diclofenaco sódico colírio bid/5d 
• Lubrificante qid/anr 
 
Protusão da glândula da terceira pálpebra 
• Deslocamento dorsal da glândula e protrusão 
através da margem da terceira pálpebra 
• Cães, braquicefálicos, uni ou bilateral, até 2 anos de 
idade 
• Fragilidade do tecido conectivo entre a base da 
terceira pálpebra e os tecidos da periórbita (Não 
está completamente definido) 
 
Técnica de Morgan – Pocket 
1. Duas incisões paralelas à glândula e à margem da 
3ª pálpebra - Somente conjuntiva, não unir as 
incisões 
2. Ponto na face externa da 3ª pálpebra 
3. Passagem do fio para a face bulbar 
4. Sutura de aproximação das incisões 
5. Passagem para a face externa novamente 
6. Segundo ponto de ancoragem na face palpebral 
 
 
 
 
Complicações 
• Cistos – união das incisões 
• Recorrência – inflamação pré operatória, 
suturas absorvíveis 
• Taxa de sucesso de 95% e recorrência de 5% 
em buldogue inglês e boxer 
• KCS (ceratoconjutivite seca) – raças 
predispostas á protusão, raças predispostas a 
KCS 
• Iatrogenias 
 
V plastia 
Indicado para formações até 1/3 da rima palpebral. Pode 
ser utilizado na pálpebra superior ou inferior 
Técnica: 
• Incisar a pele em “V” ou pentágono com cabo 
bisturi n° 3 e 15c 
• Com tesoura, remover o fragmento na espessura 
total. 
• A sutura é realizada em 2 planos: 
• Subcutâneo com ponto simples ou contínuo 
(absorvível 6.0) 
• Pele: Ponto em “8” conforme esquema abaixo, com 
fio não absorvível 4.0 a 5.0 na margem seguido de 
pontos simples separados 
 
Ponto em 8: 
 
1. Entrada do fio na pele (a 2mm da margem 
palpebral e a 2mm da borda do defeito) 
2. Saída do fio na região do estroma palpebral 
3. Entrada do fio no estroma palpebral da borda 
oposta a última saída do fio 
4. Saída do fio na margem palpebral (região da 
abertura das gls. de meibômio levemente deslocado 
para a região externa para evitar o contato com a 
córnea) a 2mm da borda do defeito 
5. Entrada do fio na margem palpebral oposta a 2mm 
da borda do defeito (abertura das gls. de meibômio 
levemente deslocado para a região externa) 
6. Saída do fio no estroma palpebral 
7. Entrada do fio no estroma palpebral da margem 
oposta 
8. Saída do fio a 2mm na pele a 2mm da margem 
palpebral e 2mm do bordado defeito 
Importante manter distância das entradas e saídas da 
agulha simétricas para melhor coaptação das bordas do 
defeito palpebral (“efeito espelho”). O nó do ponto em 8 não 
deve ser apertado, evitando assim que uma borda palpebral 
se sobreponha a outra 
 
Enucleação 
As enucleações devem ser consideradas em casos de 
extrema necessidade. 
Indicações de enucleação 
• Glaucoma, corpo estranho, neoplasias intraoculares, 
proptose de bulbo ocular, perfurações córneas 
extensas com endoftalmite, lacerações de bulbo 
ocular, panoftalmite 
 
Enucleção x exenteração 
• Diferentes técnicas e indicações 
1. Transconjuntival 
2. Transpalpebral 
3. Exenteração 
 
Obs: na enucleação o bulbo ocular é removido, mas é 
mantido os musculos oculares e o tecido orbital ao redor. Na 
exenteração, o bulbo ocular é removido juntamente com 
parte ou todo o conteúdo da orbita, incluindo os musculos, 
gordura orbital e tecidos circundantes. 
 
Enucleação Transconjuntival 
Acesso Transconjuntival 
• É a técnica mais comum, com remoção do bulbo, 
terceira pálpebra e margens palpebrais. Melhor 
exposição do nervo óptico. 
• Indicações: Neoplasias intra oculares, endoftalmite, 
trauma ocular grave, perfurante ou não, sem 
possibilidade de preservação do bulbo. Olhos 
glaucomatosos sem controle. 
 
Técnica: 
• Cantotomia se necessário 
• Peritomia 
• Secção dos músculos extra oculares que permite 
completa rotação do bulbo 
• Pinçamento com hemostática e ligadura ao redor no 
nervo óptico e vasos com Nylon 4.0 
• Secção da terceira pálpebra (*ligadura) e incisão 
das margens palpebrais a 3mm 
• Sutura da conjuntiva em ponto contínuo nylon 4.0 
• Aproximação do subcutâneo e por fim sutura da 
pele com Ny 4.0 em pontos separados 
• Remoção dos pontos 10-15 dias 
 
 
Enucleação transpalpebral 
Acesso Transpalpebral 
• Evita a comunicação entre a superfície ocular e os 
conteúdos orbitários. Remove todos os tecidos 
conjuntivais 
• Indicações: Neoplasiasintraoculares com invasão de 
parede, panoftalmite, neoplasias orbitárias 
Cuidado! Exames importantes 
• Palpação, retropulção, abrir a boca 
• Exames complementares: US ocular, 
Tomografia/Ressonância 
 
Técnica transpalpebral: 
• Pálpebras suturadas em padrão contínuo• Incisão 
periocular a 3-5mm das margens palpebrais 
• Dissecção por fora dos músculos extraoculares 
• Nervo óptico e vasos são pinçados, seccionados e 
ligados com Nylon4,0 
• Sutura da conjuntiva em ponto contínuo nylon 4.0 
• Aproximação do subcutâneo e por fim sutura da 
pele com Ny 4.0 em pontos separados 
• Remoção dos pontos 10-15 dias 
 
Exenteração 
• Envolve remoção da conjuntiva, periórbita, músculos 
extraoculares e do bulbo ocular 
• O acesso transpalpebral pode ser utilizado 
associado, se necessário, com orbitotomia lateral 
(ressecção do arco zigomático) 
• Indicações: neoplasias 
 
 
Técnica de exenteração: 
• Acesso transpalpebral 
• Pálpebras suturadas em padrão contínuo 
• Incisão periocular a 5mm das margens palpebrais 
• Dissecção avança caudalmente por fora dos 
músculos extraoculares e junto à órbita. 
• É removido no “bloco” cirúrgico: 
• Músculos extraoculares, bulbo ocular, conjuntiva, 3ª 
pálpebra e glândula lacrimal. 
• Se necessário, gordura e tecido conjuntivo 
remanescentes devem ser removidos. 
• Nervo óptico e vasos são pinçados, seccionados e 
ligados com Nylon4.0 
• Sutura da conjuntiva em ponto contínuo nylon 4.0 
• Aproximação do subcutâneo e por fim sutura da 
pele com Ny 4.0 em pontos separados 
 
 
Desvantagens da exenteração 
• Maior espaço morto na região da órbita 
• Maior concavidade da região orbitária 
• Aspecto estético 
 
Complicações de enuncleação 
Transconjuntival 
• Remoção incompleta do canto medial pode 
promover fístulas (secreção residual das células 
caliciformes) 
• Cistos (glândula da terceira pálpebra 
remanescente) 
• Pode ocorrer semanas ou meses depois da cirurgia 
 
Transpalpebral/exenteração 
• Maior espaço na órbita, menor resultado estético 
• Potencial de maior tração no nervo óptico. 
 
• Secreção serosanguinolenta pela narina ipsilateral 
• Mucocele 
• Emfisema orbitário (braquicefálicos) 
 
Desmistificando a enucleação 
• Não é normal sangramento intenso no pós 
operatório 
• Não é normal sangramento excessivo no trans 
operatório 
• Não é normal edema após 2 ou 3 dias 
• Não é normal secreção 
• Não é normal apatia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cavidade Oral 
Exame clínico 
• observações externas da cabeça-avaliação de 
contornos, trauma, fístula... 
• observações internas da cavidade oral avaliação 
mucosas, língua, palato, orofaringe, avaliação dental, 
avaliação periodontal 
Exames complementares 
• Radiografia extra-ral, radiografa intra-oral, 
tomografia computadorizada, biopsia incisional, 
biopsia excisional 
 
Exodontia 
Indicações: periodontite, dentição decídua, complexo gengivite 
– estomatite – faringite, lesão de reabsorção 
odontoclástica felina, fratura, dentes inclusos (não 
erupcionados), dentes supra-numerários, maloclusão 
 
Técnica: 
• Sindesmotomia 
• Luxação 
• Avulsão 
• Curetagem 
• Alveoloplastia 
• Sutura 
• Retalho muco-gengival 
• Odonto-secção (dentes com mais de uma raiz) 
• Alveolectomia (cinzel e martelo ou brocas) 
• Caninos: retalho muco gengival com bisturi e 
sindesmótomo, alvelolectomia, luxação com alavanca, 
uso do fórceps, sutura do retalho muco-gengival 
com fio absorvível e pontos simples separados 
 
Complicações: fratura do dente a ser avulsionado, 
fratura de mandíbula, alveolite seca, lesão de tecidos 
moles, invasão de estruturas circunvizinhas (fossa 
nasal, seio maxilar, canal mandibular) 
 
Sialocele 
• Glândulas salivares maiores: parótida, mandibular, 
sublingual, zigomática, molar (gatos) 
• Patogenia: neoplasias (raras), inflamação (filhotes), 
mucocele (sialocele) 
Rânula 
Lesões resultantes do extravasamento de saliva da glândula 
sublingual 
 
Lábio e palato 
• Comprometimento de lábio, rebordo alveolar, palato 
duro e palato mole 
• quanto à origem, divididas em: de palato primário 
(não fusão dos ossos maxilares e incisivos), de 
palato secundário (não fusão das placas palatinas) 
• associação -> fenda lábio-palatina completa 
 
Fenda labial 
• Unilateral ou bilateral 
• Completa ou incompleta 
 
 
Fenda palatina 
• Distal ao forame incisivo 
• Parcial ou completa 
• Sinais: tosse, espirros, secreção nasal, menor 
ganho de peso 
• Tratamento: alimentação por sonda, cirurgia 
(palatorrafia) após os 3 meses de idade (variável 
conforme a raça) 
 
 
Tratamento cirúrgico – palato duro 
 
 
Tratamento cirúrgico – palato mole 
 
 
Protese palatina 
 
 
 
 
Comunicação oro-nasal 
Causas: pós exodontia, avulsão dental traumática, neoplasias, 
osteomielite, fratura de maxila, necrose ossea (sequestro) 
 
 
Tratamento cirúrgico 
 
• Retalho muco-gengival simples (mais utilizado) 
• Incisão do periósteo, liberando a mucosa 
 
Dermatite de dobra labial 
• Sinais clínicos: odor pútrido (diferencial com halitose 
da doença periodontal), eritema e ulceração em 
dobra labial (dermatite) 
• Predisposição: Cocker 
• Tratamento: conservador (anti-sépticos) ou 
cirúrgico 
 
 
 
Tratamento cirúrgico – queiloplastia 
• Remoção do excesso de pele (dobra) 
 
 
 
Fraturas de mandíbula e maxila 
• Anamnese 
• Exame clínico: geral, visual direto da oclusão, 
palpação (sedação, anestesia), radiografia 
• Diagnóstico diferencial: neoplasias, luxação da 
articulação temporomandibular 
• Prevalência de fraturas da mandíbula: na região dos 
molares nos cães e incisivo nos gatos 
• Predisposição: doença periodontal 
 
Técnicas cirúrgicas para correção de fraturas da mandíbula 
e maxila 
• Pré-operatório: estabilização do animal. 
antibiótico/antiinflamatório/analgésicos 
• Regras gerais: preservação dos dentes, permitir a 
mastigação, manter a oclusão normal 
• Fraturas expostas: debridamento e sutura dos 
tecidos moles 
• Funil esparadrapado: estabilização ou animais até 
um ano 
• Osteossíntese: hemi-cerclagem 
• Fixação dental: fios de aço (amarria interdental; 
lesão ao periodonto), ferulização com resina acrílica 
ou composta, associação de ambos 
 
Mandibulectomia/ Maxilectomia parcial 
• Combinação de 2 ou mais métodos 
• Placas e parafusos (cuidado!) 
• Pino intra-medular (cuidado!) 
• Transfixação externa (cuidado!) 
 
Funil esparadrapado: método mais simples 
• Indicações: emergências, fraturas favoráveis (sem 
desvio grave dos ligamentos), filhotes 
• Desvantagens: não permite boa estabilização, 
acúmulo de sujidades, salta-se facilmente 
 
Osteossíntese com fio de aço 
 
 
Pino intramedular 
 
 
Placas e parafusos 
• Iatrogenia (cuidado) 
 
 
Transfixação externa 
 
Amarria Inter-dental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esofâgo 
 
Corpo estranho esofágico 
Sinais clínicos: Regurgitação de sólidos e líquidos (obstrução 
completa), regurgitação de sólidos (obstrução parcial), 
anorexia, dor, sialorreia, dispneia aguada, tosse e febre 
Diagnóstico: Anamnese, histórico, sinais clínicos, exame 
físico, exames complementares (raio-x simples, raio-x 
contrastado, endoscopia) 
Abordagem cirúrgica: esofagotomia ou esofagectomia parcial 
 
 
Tratamento: 
• Observação 2 a 3 dias- sinais de extravasamento 
esofágico e infecção 
• Tratar esofagite e pneumonia por aspiração – 
antibióticos, antiácidos e analgésicos 
• Tubo gastrotomia se necessário 
• Restrição alimentar de no mínimo 24h após 
remoção do corpo estranho (erosão/ulcera) 
• Ausência regurgitação – inicio água seguido 
alimentação pastosa 5-7 dias 
 
Prognóstico 
• Bom: ser perfuração 
• Bom: remoção não cirúrgica – pinçacom ou sem 
auxilio endoscopia 98% sucesso 
• Reservado: mortalidade 57% nas perfurações 
esofágicas tratadas cirurgicamente 
 
Megaesôfago 
Sinais clínicos: 
• Animais jovens ou idosos 
• Regurgitação — após alimentação 
• Distensão esôfago cervical — compressão tórax + 
narinas fechadas 
• Perda de peso, emaciação, retardo crescimento 
• Dispneia, tosse e febre — pneumonia aspiração 
• Quadros de fraqueza muscular generalizada 
 
Diagnóstico: 
• RX simples: distensão do esófago intratorácico 
cranial por gás, fluido ou alimento 
• RX contrastado - Esofagograma com bário — 
confirmação dilatação 
• Esofagoscopia — não indicada ou apenas para 
descartar obstrução 
 
Tratamento 
• Clínico 
• Cirúrgico 
 
 
Manejo e suporte 
• refeições frequentes e pouca quantidade com 
posição vertical - manter IO — 15 min = efeito 
gravidade 
• Dieta mais líquida 
• Tratar esofagite e pneumonias 
• pró-cinéticos para musculatura lisa: metoclopramida 
ou cisaprida (prepulsid) 
 
Prognóstico: 
• reservado: depende da etiologia, pode causar 
pneumonias por aspiração (frequente causa de 
óbito) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Principais afecções cirúrgicas do Estômago 
Corpo estranho gástrico 
• Ingesta que não pode ser digerida (pedra, plástico, 
tecidos, metais) 
• Digestão lenta (ossos) 
• Corpos estranhos lineares — gato embaixo da 
língua 
• Estômago ou intestino — explorar 
 
Sinais clínicos: Vômitos, distensão gástrica, dor abdominal, 
irritação de mucosa 
 
Diagnóstico por imagem: 
• Diagnóstico por imagem 
• CE radiopaco — radiografia 
• CE radioluscente — ultrassom 
• RX contrastado - Gastrograma 
• Endoscopia 
• Laparotomia exploratória 
• Cuidado com exames de contraste — ruptura 
 
Tratamento: 
• Manejo clinico: indução de vomito (cuidado), controle 
de êmese 
• Cirúrgico: gastrotomia, endoscopia 
 
Cuidados pós-operatório: 
• Manutenção da hidratação 
• Correção de distúrbios hidroeletrolíticos – 
hipocalemia 
• Dieta leve: 12 a 14 após a intervenção cirúrgica 
• Alimento pastoso até 7 dias 
 
Prognóstico 
• Bom se não houver perfuração estomacal 
• Melhor por endoscopia 
 
Síndrome dilatação vólvulo gástrica 
• Emergência médico cirúrgica 
 
Sinais clínicos: abdômen cranial distendido e timpânico, ânsia 
de vomito improdutiva, hiper salivação, inquietação, apatia e 
prostração 
 
Diagnóstico: 
• RX: após estabilização - decúbito lateral direito 
• Estômago distendido com área radiodensa central 
— compartimentalização 
• Piloro deslocado cranialmente 
 
Tratamento: 
• Celiotomia mediana pré-umbilical 
• Descompressão transoperatória se necessário 
(gastrocentese) 
• Reposicionamento de estômago, epíplon e baço 
• Síndrome de reperfusão 
• Avaliar mucosa, serosa: coloração, perfusão, 
motilidade 
• Gastrectomia parcial / esplenectomia se 
necessário 
• Gastropexia 
 
Pós-operatório 
• Arritmias importantes (trans) 
• Hospitalização 
• Jejum comida 24h 
• Ingestão água em 1-2h (48h) 
• Fluido e equilíbrio hidroeletrolítico 
• Antibióticos, anti-inflamatórios, antioxidantes, 
protetores de mucosa, analgésicos, antieméticos 
• Oxigenioterapia 
 
Complicações 
• Arritmias — parada cardiorrespiratória 
• Choque 
• Edema pulmonar 
• IRA (Insuficiência Renal Aguda) 
• Gastrite, esofagite, peritonite, pancreatite 
• Deiscência pontos / ruptura 
 
Prognóstico 
• Reservado a ruim 
• Tempo é importante 
• Quanto pior a condição inicial e choque, pior 
prognóstico 
• Recidiva depende de gastropexia (inferior a se 
realizada) 
 
Gastrotomia 
 
 
Gastrectomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afceções Cirurgicas do Ouvido 
Otite 
Objetivos cirúrgicos: melhora da drenagem do canal auditivo, 
acesso para administração de medicamentos tópicos, 
remoção de tecido doente ou neoplásico 
 
Diagnóstico: 
• Exame Físico: Palpação e Otoscópio. Avaliação da 
integridade da membrana timpânica, gravidade da 
alteração nos canais horizontais e verticais 
• Exame Complementar: radiografia ou tomografia 
computadorizada (TC) de crânio 
 
Observação: 
• Dor pós-operatória deve ser prevista (ex: Morfina 
associada a meloxicam). 
• Antibióticos tópicos e sistêmicos associados (Cultura 
e Antibiograma) 
• ressecção do canal auditivo lateral não é uma cura 
- tratamento médico do ouvido provavelmente será 
necessário pelo resto da vida do animal. 
• Certifique-se de que o proprietário esteja ciente 
dos deficits auditivos de seu cão antes da cirurgia. 
Isso reduz a insatisfação do proprietário associada 
a qualquer perda auditiva percebida após o 
procedimento. 
 
Ressecção do canal auditivo lateral 
• aumenta a drenagem e melhora a ventilação do 
canal auditivo. 
 
 
 
 
Ressecção do canal auditivo vertical 
• pode ser realizada quando toda a estrutura está 
doente, mas o canal horizontal é normal. 
• técnica de escolha em caso de neoplasia confinada 
ao canal vertical ou em alguns animais com otite 
externa crônica. 
 
 
Oto-hematoma 
Objetivos cirúrgicos: remoção do hematoma, prevenção de 
recidivas, manutenção da aparência natural da orelha 
 
Reparo de oto-hematoma 
• suturas em sentido vertical 
• pontos atravessam a cartilagem sem incorporar a 
pele 
• suturas alternativas intradérmica 
• pontos absorvíveis, incomodam menos no pós-
operatório 
 
 
Curativo pós-operatório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paratopatias – Hernias 
Definição 
Deslocamento ou passagem de vísceras contidas em 
cavidades próprias (geralmente abdominal), para outra 
vizinha natural ou neo formada, através de abertura 
anatômica, teratológica ou acidental, mas de tal forma que a 
parte do órgão herniado não se põe em contato com o meio 
exterior. 
 
Localização das hérnias 
• Hérnias abdominais craniais: Umbilical 
• Hérnias abdominais caudais: inguinal, escrotal e 
femoral 
• Hérnia Perineal 
• Hérnias Diafragmáticas – Traumáticas: Hérnias 
peritônio-pericárdica, hérnia pleuroperitonial, hérnia 
de Hiato 
 
Hernias 
Classificações: 
• Congênitas ou adquiridas 
• Verdadeiras ou falsas 
• Redutível 
• Encarcerada (irredutível, parte presa sem 
isquemia) 
• Estrangulada (irredutível, parte presa isquêmica – 
dor) 
 
 
Definições: 
• Nomenclatura: relativa a localização. 
• Composição: anel, saco herniário, conteúdo 
(verdadeira) 
• Classificação: redutíveis e irredutíveis; congênitas e 
adquiridas. 
• Etiopatogenia: Predisponentes e desencadeantes. 
• Tratamento: cirúrgico (sutura/tela de marlex) 
• Complicações: encarceramento, alteração vascular 
 
Tipos: 
• Hérnia umbilical: fechamento incompleto da parede 
abdominal (músculo reto 
abdominal) 
• Hérnia inguinal: aumento do diâmetro do anel inguinal 
causado por alterações 
congênitas ou traumáticas 
• Hérnia inguinoescrotal: alteração do processo 
vaginal, permitindo a passagem do conteúdo 
através desta estrutura até o saco escrotal 
• Hérnia femoral: é rara. O conteúdo abdominal, 
neste caso, atravessa o canal femoral. 
• Hérnia perineal: está localizada na região do períneo 
e se forma em consequência da frouxidão dos 
músculos da região do diafragma pélvico; 
• Hérnia traumática: ocorre em consequência da 
ruptura traumática da parede 
abdominal; 
• Hérnia incisional: é formada quando ocorre uma 
deiscência na sutura da parede 
abdominal, a qual foi submetida anteriormente a um 
procedimento cirúrgico 
• Abdominal externa: através de defeitos da parede 
abdominal (umbilical, inguinal, femoral, escrotal, 
perineal). 
• Abdominal interna: São confinadas dentro do 
abdômen ou tórax (diafragmática, de hiato). 
 
Hernia abdominal traumática 
Etiologia: traumas contusos, traumas perfurantes, hernias 
incisionais 
 
Eventração x Evisceração 
• Eventração: Ampla abertura da parede abdominal 
com saídade vísceras, formando um saco coberto 
de epiplon e pele 
• Evisceração: Exposição das vísceras, por solução de 
continuidade da parede abdominal e pele 
(traumatismo). 
 
Localização 
• Paracostal 
• Abdômen ventro-lateral caudal (área inguinal ou pré 
púbica) 
• Pacientes politraumatizados 
 
Apresentação clínica: 
• Assimetria do contorno abdominal 
• Tamanho x Extensão 
• Choque hipovolêmico 
 
Diagnóstico: 
• Palpação 
• RX 
 
Tratamento: 
• Estado geral 
• Estabilizar o paciente 
• Eviscerações e feridas devem ser protegidas 
• Evisceração – emergência 
 
Acesso 
• Direto 
• Linha alba 
 
 
Hernia umbilical 
• Congênitas 
• Hereditárias 
• Causadas por embriogênese defeituosa 
• No feto passam pelo anel umbilical vasos umbilicais, 
ducto vitelínico e cabo do alantóide, mas essa 
abertura se fecha ao nascimento 
formando a cicatriz umbilical 
• Pode estar associada a outros defeitos, no macho 
criptorquidismo 
 
Patogenia: 
• Aumento da pressão intra-abdominal 
• Má formação da cicatriz umbilical/hipoplasia 
muscular 
• Saco herniário: epíplon,tecido adiposo, intestino 
delgado (raro) 
 
Sinais clínicos: 
• Aumento de volume da cicatriz umbilical 
• consistência mole 
• redutibilidade 
• indolor 
 
Diagnóstico 
• Exame físico: palpação 
• Ultrassom 
• Diagnostico diferencial: onfaloflebite (inflamação da 
veia umbilical) 
 
Tratamento Cirúrgico 
• Redutível: herniorrafia 
• Irredutível: incisão do saco herniário e sutura do 
anel herniário 
 
 
 
 
 
 
Hernia inguinal 
Canal inguinal 
• Macho – cordão espermático 
• Fêmea – ligamento redondo 
• Ramo genital do n. genito femural 
• Artéria e veia pudenda externa 
 
Anel inguinal 
• Externo 
• Interno 
 
Incidência 
• Fêmeas intactas 
• Machos jovens 
• Raras em gatos 
• Podem ser adquiridas ou congênitas 
 
Fatores: 
• Hereditário: Golden retrivier, Cocker Spaniel, 
Dachshund 
• Hormonais (prenhez) 
• Anatômicos 
• Metabólico (obesidade) 
 
Apresentação Clínica: 
• Formação inguinal indolor: 
•  volume inguinal D / E / ambas 
• Complicações: (bexiga / alças / útero) 
• Sinais de obstrução intestinal 
 
Conteúdo da hérnia: útero, intestino, bexiga, omento, 
gordura, baço 
Diagnóstico 
• Palpação 
• Rx ou US 
• Diferencial: neoplasias mamárias, abcessos, 
linfoadenopatias, hematomas etc.. 
 
Tratamento: 
• incisão cutânea linha média (bilateral) 
• abertura saco herniário 
• inspeção conteúdo (aderência + aparência) 
• redução conteúdo (alargar o anel) 
• escarificar as bordas + sutura (vasos!) 
• Acesso: Linha alba; direto; OSH 
• Casos de histerocele: OSH, herniorrafia 
 
 
 
 
Hernia Perineal 
Ocorre quando os músculos perianais se separam, 
permitindo o movimento (deslocamento) da pele perianal pelo 
conteúdo retal, pélvico e/ou abdominal. 
Fisiopatologia: Maioria ocorre entre os músculos elevador do 
ânus, esfíncter anal externo e coccigeo. Fragilidade do 
diafragma pélvico relacionada aos hormônios masculinos, 
esforço para defecação, atrofia ou fraqueza muscular 
adquirida. 
Afetam mais cães machos inteiros, de meia idade a idosos e 
raro em gatos. Podendo ser uni ou bilateral. 
Principais órgãos: bexiga, próstata, reto, gordura. 
Apresenta sintomas urinários e entéricos. Com ou sem 
aumento de volume lateral ao ânus. 
 
Encarceramento, obstrução e estrangulamento 
 
 
Sinais clínicos 
• Aumento de volume perianal 
• Constipação 
• Tenesmo 
• Prolapso de reto 
• Anúria 
• Vomito 
• Ulceração de pele 
• Estrangúria 
• Afecção prostática 
• Retroflexão da bexiga e próstata 
• Incontinência fecal e urinária 
 
Diagnóstico: Histórico, exame físico, exames 
complementares (Rx simples, uretrograma, cistograma, USG) 
• Diagnostico diferencial: disquesia, Corpos estranhos, 
fístula perineal, estenose anal/ retal, abscesso de 
saco anal, neoplasias retais, traumatismo, prolapso 
anorretal 
 
Tratamento clínico 
Objetivo: 
• Aliviar e evitar constipação, disúria e 
estrangulamento de órgãos. 
• Laxantes formadores de volume. 
• Amolecedores fecais. 
• Evacuação retal manual. 
• Descompressão da bexiga (cistocentese e catéter 
urinário) 
 
Tratamento Cirúrgico: 
• Castração 
• Herniorrafia: tradicional (reposicionamento 
anatômico), técnica de transposição (elevação do 
musculo obturador interno) 
 
Transposição do músculo Semitendinoso (ipsilateral ou 
contralateral) 
• Fixação no ligamento sacrotuberoso 
• Uso de material sintético 
 
 
Herniorrafia 
• Musculatura com monofilamento absorvível ou 
inabsorvível, pontos em padrão interrompidos. 
• Tecido subcutâneo com fio absorvível, padrão 
interrompidos. 
• Pele com fio não absorvível, pontos interrompidos. 
• Possibilidade de cistopexia/colopexia 
 
 
 
Prognóstico 
• Razoável a bom (depende do cirurgião) 
• Tratamento clínico prolongado 
(encarceramento) 
• Retroflexão vesical – pior prognóstico. 
 
Complicações pós-operatórias 
• Infecção na ferida 
• Incontinência fecal 
• Tenesmo 
• Prolapso retal 
• Disfunção do trato urinário 
• Paralisia do Ciático 
• dieta rica em fibras (farelo trigo) 
• Antibiótico 
• limpeza extrema na incisão 
 
Ruptura diafragmática – Hernia diafragmática 
• Congênito: falha do fechamento septo transverso 
– 5 a 10% 
• Traumas contusos – 85% casos 
• Politraumatizados 
• Orgãos herniados: fígado (88%), baço, intestino, 
estômago. 
 
 
Sinais clínicos: 
• Aguda: Cardiovascular - dispnéia, intolerância 
exercícios, sons abafados, ICC. 
• Crônica: Gastrointestinal - anorexia, vômito, diarréia, 
perca de peso, disfagia, constipação. 
 
Achados Radiográficos 
• Perda da definição da silhueta cardíaca 
• Elevação dorsal traqueia 
• Descontinuidade diafragma com deslocamento de 
órgãos 
• Fígado, delgado, estômago, baço, omento, pâncreas, 
ceco 
 
Traumatismo grave 
• projeção inicial - lateral (dispnéia e fraturas) 
• vísceras no tórax 
• obstrução/deslocamento silhueta cardíaca 
• líquido pleural – 30% casos toracocentese – 
ULTRA-SOM 
• Contraste c/ bário (trânsito demorado - obstrução) 
 
Tratamento- hernia diafragmática: 
• Estabilizar o paciente: controle da hipóxia 
• Herniorrafia primeiras 24 hs – 72hs (contusão 
pulmonar) 
Acesso: 
• Celiotomia 
• Toracotomia após 5 dias- Aderências 
 
Tratamento – ruptura diafragmática: 
• severa dispnéia - O2 - máscara nasal / câmara 
• posicionamento - Cão sentado (esternal) 
• efusão pleural moderada / severa – 
toracocentese 
• choque (fluidoterapia + ATB + Corticosteróide) 
• intervenção cirúrgica: laparotomia ou toracotomia 
intercostal; localização lado e cronicidade (aderência 
tórax) 
 
Sutura e cuidados transoperatórios 
• Padrão de sutura contínua simples. tendo início na 
porção mais dorsal do defeito em direção a sua 
região ventral 
• Se o diafragma tiver sido avulsionado das costelas, 
incorporar uma costela na sutura contínua para 
adicionar força. 
• Remover o ar da cavidade pleural após fechar o 
defeito. 
• Se pneumotórax ou efusão contínuos forem 
prováveis, colocar um dreno torácico 
• Explorar toda cavidade abdominal quanto a lesões 
associadas (p. ex., comprometimento da vasculatura 
para o intestino ou traumas 
esplênico, renal ou de bexiga) e reparar qualquer 
defeito 
 
Toracocentese ou toracostomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Afceções Cirurgicas do Trato gastro-intestinal 
Classificação das obstruções intestinais 
• Grau de obstrução -> completa ou parcial 
• Localização: proximal ou alta (duodeno e jejuno 
superior), média (jejuno médio), distal ou baixa 
(jejuno distal e íleo), cólica 
• Tempo de evolução 
• Tipo de Corpo estranho 
• Alterações fisiopatológicas: simples/mecânica, 
estranguladora 
 
Obstruções intestinais 
Etiologia: 
• Obstruções intraluminais 
• Obstruções intramurais 
• Compressões extramuraisSinais Clínicos 
• Vômito 
• Anorexia (perda de peso) 
• Dor abdominal 
• Desidratação 
• Diarreia (com ou sem hematoquesia) 
• Corpo estranho em cavidade oral ou ânus 
 
 
Diagnóstico 
• História 
• Exame físico 
• Rx – simples ou contrastado (cuidado com suspeita 
de ruptura intestinal) 
• US (alças intestinais com hipermotilidade e 
preenchidas com fluido é muito sugestivo de 
obstrução.) 
• Repetir as radiografias antes da cirurgia 
• A maioria dos corpos estranhos que entra no 
intestino grosso é eliminada nas fezes. 
 
 
Pré-operatório 
• Hemograma completo, perfil bioquímico, exame de 
urina, 
• Eletrocardiograma. 
• Repetir procedimento de Localização da lesão por 
meio de palpação abdominal, radiografia, 
ultrassonografia e/ou endoscopia. 
• Corrigir anormalidades hídricas, eletrolíticas e ácido-
básicas. 
• Transfundir caso o hematócrito for inferior a 20% 
ou se o animal está 
• clinicamente debilitado 
• Retirar o alimento dos animais adultos por 12 a 18 
horas e dos 
• pacientes pediátricos quatro a oito horas antes da 
indução. 
• Administrar antibióticos profiláticos, se indicado. 
 
PRINCÍPIOS DA CIRURGIA INTESTINAL 
Materiais e métodos cirúrgicos 
• Fios de sutura: monofilamento, sintético, absorvível 
tal como polidioxanona, poligliconato, poliglecaprone 
25 ou glicômero 631 
• Padrões de sutura: simples interrompida, Gambee, 
esmagamento ou simples contínua; técnicas de 
grampeamento são viáveis. Envolver submucosa em 
todas as suturas 
• Cobrir o local cirúrgico com omento ou um tampão 
seroso. 
• Substituir os instrumentos e luvas contaminados 
antes de fechar o abdome. 
• Força do nó (A laceração iatrogênica da borda 
mesentérica pode ocorrer se a tensão excessiva 
levar o objeto a serrar a parede antes e durante a 
extração.) 
 
Risco elevado de contaminação bacteriana 
• Técnicas assépticas 
• Terapia antimicrobiana profilática 
 
 
Endoscopia 
• Endoscopia raramente diagnostica corpos 
estranhos intestinais que não foram detectados 
radiograficamente ou com ultrassom. 
• Raramente pode ser avançado além do duodeno 
descendente. 
• No entanto, a endoscopia é útil no diagnóstico e 
remoção corpos estranhos duodenais 
elevados. 
• Além de ser utilizado para biópsias em duodeno 
parte alta e íleo por colonoscopia baixa 
• Jejuno não é acessado por endoscopia, apenas por 
cirurgia. 
• OBS: em gatos as biópsias de intestino devem ser 
realizadas por cirurgia devido a alteração em 
camada muscular -enviar para imunohistoquímica. 
 
Assessoramento da viabilidade intestinal 
• Coloração, pulsação e peristaltismo. 
• Alteração em pelo menos um dos parâmetros → 
ressecção 
 
Proteção da ferida cirúrgica intestinal 
• Omentalização 
• Retalhos de serosa 
 
 
Considerações pós-operatórias importantes 
• Monitoramento (estabilização e infecção) 
• Identificação precoce das complicações 
• Se não houver vômito: água de 8-12h e comida 
pastosa em 12-24h 
• Prognóstico depende de: tempo de obstrução 
(quadro clínico), perfurações intestinais, viabilidade 
de alças remanescentes, ruptura total de alças - 
ruim 
 
Pós-operatório 
AINE/AIE 
• meloxicam (cão: 0,1 a 0,2 mg/kg/sid/3dias, gato: 
0,05 a 0,1 mg/kg/sid) 
• dexametasona: cão 0,1mg/kg/s24 ou q 48h/3 
aplicações 
• prednisolona/prednisona: 0,5mg/kg/sid 
Antibioticoterapia: 
• amoxicilina/clavulanato (22mg/kg/bid/7d) 
 
Analgesia: 
• dipirona: cão: 25mg/kg/bid, gato: 25mg/kg/sid 
 
• Utilizar colar protetor rígido, sem retirar até novas 
recomendações 
• Pode-se associar metronidazol ou sulfa 
• Retorno à alimentação: alimentação em etapas ao 
longo de 21 dias: 7 dias líquida, 7 dias pastosa, 7 
dias alimento úmido 
 
Corpos estranhos intestinais 
 
Introdução 
• Maior prevalência em pequenos animais 
• Ingestão de objetos estranhos 
• Mais comum em filhotes de cães e gatos 
• Grande potencial de obstrução 
 
Pontos importantes 
• Tratamento Conservador: Espera pelo trânsito 
intestinal (8h) 
ou 36h para evacuação, em casos de dor abdominal 
seguir para IC. Pouco efetivo. Risco de complicações 
• Tratamento Cirúrgico: Mais indicado, Intervir em 
até 12h. 
 
Corpos estranhos intestinais lineares 
 
• Objetos de conformação linear 
• Comum em cães e gatos filhotes 
• Potencial causa de obstrução 
 
Diagnóstico 
• Exame físico => Avaliar base da língua 
• Palpação abdominal — massa abdominal anormal 
com alças intestinais plissadas 
• Rx, Rx contrastado, ultrassom (repetir antes do IC) 
 
• Múltiplas enterotomias e omentalização 
• Enterectomia se necessário 
 
Plissamento 
 
 
Abordagem terapêutica: Corpos estranhos lineares NÂO 
podem ser tracionados 
 
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL 
É uma invaginação de um segmento intestinal (intussuscepto) 
no interior do lúmen de um segmento adjacente 
(intussuscepiente) 
 
 
Tratamento 
• Redução manual: leve tração das porções 
adjacentes ás acometidas. Contraindicada em 
adesões ou perfurações intestinais e/ou 
comprometimento vascular 
• Prevenção da recidiva: Plicatura intestinal, remoção 
da causa 
 
Plicatura intestinal 
 
 
Cirurgias intestinais 
 
Enterotomia 
• Definição: É uma incisão no intestino. 
• Indicações: Remoção de C.E, realização de biópsia, 
exame luminal 
 
• Suturar na transversal - lúmen intestinal 
pequeno. 
• Separação de 2 a 3 mm entre eles. 
• Teste de vazamento do local da sutura 
 
 
Enterectomia+Anastomose: 
• Definição: É a remoção de um segmento intestinal 
com posterior aproximação das extremidades 
restantes. 
• Indicações: isquemia/necrose, neoplasias, 
intussuscepção irredutível 
 
• intestino: PSS, a cada 2 a 3mm entre eles e da 
incisão 
• Mesentério: contínua simples 
 
 
Megacólon 
• Aumento do diâmetro do intestino grosso 
persistente e hipomotilidade - constipação intestinal 
grave. 
• Um diagnóstico de megacólon idiopático é feito se 
causas mecânicas, neurológicas ou endócrinas não 
podem ser identificadas. 
• A constipação é a defecação difícil ou pouco 
frequente com a passagem do material fecal 
excessivamente duro e seco; obstipação é 
constipação extrema (as fezes não podem passar). 
• Mais comum em gatos. 
• Geralmente idiopático; outras causas incluem 
obstrução pélvica, neurológica, endócrina, 
comportamental ou congênita. 
• O tratamento médico é recomendado inicialmente. 
• A colectomia subtotal é recomendada quando o 
tratamento medicamentoso se torna insatisfatório. 
• Os gatos frequentemente lidam bem a com a 
colectomia subtotal; os cães tendem a não lidar 
bem a colectomia subtotal. 
• No pós-operatório: frequência de aumentos de 
defecação, diarreia aumenta com fezes moles em 
4-6 semanas. 
• A constipação pode recidivar, mas pode em geral 
ser tratada conservadoramente 
 
Complicações 
• Soltura de pontos 
• Peritonite 
• Estenose 
• Recidiva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Urinário 
Técnicas cirúrgicas no Sistema urinário 
• Rim: nefrotomia, nefrectomia 
• Bexiga: cistotomia, cistostomia, cistectomia 
• Uretra: Uretrotomia, Uretrostomia 
• Ureter: Ureterotomia, neoureterostomia, 
ureteroneocistostomia 
 
Pré operatório 
• Hemograma 
• Função renal 
• Função hepática: Lipidograma, glicemia, frutosamia 
(gatos) 
• ECG/ECO/PAS acima de 4 anos u caso necessário 
• Radiografia de tórax – gatos e cães acima de 6 
anos 
 
Urolitíases 
Ciatolitíase, nefrolitíase, ureterolitíase 
• Cistolitíases - 90 a 95% 
• Nefrolitíase e ureterolitíase - 5 a 10% 
 
Fatores que contribuem para formação: Ph Urinário, 
infecção, concentração de cristaloides na urina 
(alimentação), diminuição de inibidores de cristaloides 
(genética). 
Raças predispostas: Schnauzer, Pug, Lhasa Apso, Shih Tzu, 
Yorkshire 
 
Cálculos 
São agregações de cristais à matéria orgânica. 
Estruvita: Bactérias produtores de urease transformam 
ureia em amônia e dióxido de carbono.Hidrólise da amônia 
(íons amônia e hidroxila). Alcalinizam a urina e diminuem a 
solubilidade da estruvita 
 
Oxalato de cálcio: 
• Hipercalcemia e hipercalciúria 
• Urina ácida – alimentação 
 
Urato de amônio 
• Dálmatas (alteração no transporte hepático de 
ácido úrico) 
• Diminui a produção de alantoína e aumento de 
excreção urinária de ácido úrico 
 
Sinais clínicos 
• DTUIF – muito difícil ou impossível tratar na 
presença de cálculos 
• Disúria – ansiedade, lambedura pênis/vulva 
• Hematúria/piúria (pielonefrite) 
• Polaciúria, estranguria 
• Dor abdominal/lombar 
• Hidronefrose 
• IRA, azotemia pós renal (anorexia, vômito, 
prostração) 
• Sinais cínicos são inespecíficos 
Diagnóstico: 
• Exame físico: palpação abdominal e lombar (dor, 
aumento da bexiga), pênis edemaciado e hiperêmico 
(lambedura), desidratação 
• Exames auxiliares: rx, ultrassom, cistoscopia, 
urinálise, FR, Na, K e tomografia computadorizada 
abdominal 
. 
Tratamento 
• Tratamento DTUIF recorrente 
• Restabelecer o fluxo urinário completo, desobstruir 
o ureter, a uretra e fazer descompressão da 
bexiga por cistocentese. 
• A terapia de suporte envolve equilíbrio 
hidroeletrolítico e função renal. 
 
Pós operatório 
Envolve análise de cálculos, monitorar extravasamento ou 
obstrução e insuficiência renal. Analgésicos, antibióticos, 
antiinflamatórios, monitorar fluxo urinário, frequência 
respiratória, limpeza da ferida cirúrgica, colar, evitar 
cateterização por mais de 24h (risco de infecção) e 
acompanhamento clínico (25% recidiva sem). 
As principais complicações envolvem hemorragias, 
estenoses, deiscência, necrose 
subcutânea (extravasamento da urina), infecção urinária e 
incontinência urinária/fecal. 
 
Rim e cirurgia renal 
• Acesso cirúrgico: celiotomias (Longitudinal mediana 
ou paramediana, paracostal) 
• Técnicas cirúrgicas 
• Indicações / Técnicas cirúrgicas no rim - Urólitos 
 
Cirurgia renal 
• Indicações / Técnicas cirúrgicas no rim 
• Urólitos - nefrotomia 
 
 
Dioctophyma renale 
Sinais clínicos 
• Apatia 
• Tristeza 
• Emagrecimento 
• Arqueamento do dorso 
• Hematúria 
• Aumento de volume palpável na região renal 
• Andar vacilante 
• Peritonite 
• Uremia devido à insuficiência renal 
 
Meios de diagnóstico 
Constatação e identificação de ovos em exame 
parasitológico de urina, vermes por ocasião de necropsia (às 
vezes vermes jovens podem ser eliminados pela urina), e 
ultrassonografia abdominal. 
O único tratamento eficaz é a remoção cirúrgica do 
parasita, e em alguns casos, do rim afetado. 
 
 
Técnicas cirúrgicas – nefrectomia 
Indicado em casos de neoplasia renal, dioctophyma renale, 
cistos, anomalias ureterais sem reparo cirúrgico, trauma 
renal grave, pielonefrite resistente, hidronefrose, abscesso, 
urólitos e ruptura de ureter proximal. 
• Incisão do peritônio e dissecção romba para liberar 
o rim de suas fixações sublombares 
• Retração medial do rim para visualização do hilo 
dorsal 
• Identificação e isolamento dos vasos 
• Ligadura dupla dos vasos renais 
• Ligadura do ureter próximo à bexiga 
• Fio absorvível sintético ou não absorvível sintético 
 
bexiga 
• CISTOTOMIA: incisão cirúrgica no interior da bexiga. 
• CISTECTOMIA: remoção de uma porção da bexiga. 
 
Cistotomia 
Indicação: remoção de cálculos vesicais, identificação e 
biópsia de lesões, reparo de ureteres ectópicos 
Técnica cirúrgica: incisão retro umbilical até o púbis, colocar 
suturas de fixação no ápice vesical, animal sempre 
cateterizado antes do procedimento, incisão na bexiga pode 
ser dorsal ou ventral. 
Acesso vesical: ventral, caso se torne necessária 
identificação e/ou cateterização das aberturas ureterais 
Síntese: padrão de aproximação de camada única ou dupla ou 
por padrões de suturas inversoras usando-se material de 
sutura absorvível 
 
Sutura – cistorrafia 
• Dois planos/parede mais espessa único plano 
• Fio absorvível sintético 3-0 ou 4-0 
• 1° plano – simples, contínuo ou invaginante. Não 
incluir a mucosa 
• 2° plano – invaginante (Cushing ou lembert) 
 
Cistectomia: 
Indicação: excisão de neoplasia, excisão de mucosas 
necrosadas por trauma, ruptura, técnica idem a cistotomia. 
 
Ureteres 
• Ureterotomia 
• Neoureterostomia 
• Ureteroneocistostomia 
• Indicações cirúrgicas: ectopia 
 
Ureter ectópico 
É uma alteração anatômica congênita mais comum em cães, 
onde um ou ambos os ureteres não se inserem na bexiga. Há 
dois tipos: extraluminais (totalmente desviados) e 
intraluminais (submucosa se abre na vagina ou na uretra, 
incidência de 70%). 
 
 
Sinais clínicos: envolvem maior diagnóstico em fêmeas 
jovens, machos em geral o diagnóstico é mais tardio, 
havendo hidronefrose. A incontinência aparece de forma 
contínua ou intermitente desde o nascimento pelos peri 
vulvares úmidos e odor com eritema na pele adjacente. 
DTUIF é comumente associada. 
 
Diagnóstico: raio x (urografia excretora) mas não diferencia 
intra de extramural.. Tomografia e a cistoscopia. 
 
Tratamento cirúrgico: deve ser o mais breve possível para 
evitar outras alterações secundárias (hidronefrose/DTUIF). 
É preciso se certificar do funcionamento correto dos rins. 
Para ureteres ectópicos pode-se usar neoureterostomia e 
ureteroneocistostomia. 
 
Ectopia extramural - URETERONEOCISTOSTOMIA 
 
 
 
 
 
Ectopia intramural – NEOURETEROSTOMIA 
 
 
 
Há também a possibilidade de fazer a cirurgia em casos de 
trauma de ureter, fazendo anastomose ureteral. Em caso 
de ureterolitíase, faz-se a ureterotomia. O pós-operatório 
envolve o manejo de ferida, colar protetor, observar fluxo 
urinário e função renal (obstruções e extravasamentos), 
antibióticos e AINE. 
 
Uretra 
• Uretrotomia: incisão no interior da uretra 
• Uretroatomia: criação de uma fístula permanente 
no interior da uretra e deve ser realizada em 
casos de estenose uretral irreparável 
 
Indicações: Urolitíase uretral 
• Obstrução em machos 
• Sinais Clínicos: Disúria, hematúria, anúria e distensão 
abdominal. Uremia – em 48 h após a obstrução 
total. 
• Diagnóstico: impossibilidade de cateterismo e RX 
• O acesso da uretrotomia ou uretrostomia é pré-
escrotal, escrotal, perineal e pré-púbica. 
 
 
Uretrotomia perineal 
É a abertura permanente da uretra pélvica e pele perineal. 
É indicado em casos de obstrução recorrente (plug), 
obstrução que não pode ser aliviada, constricção uretral 
permanente e neoplasia. Em gatos há preparação de 4 a 5 
cm abaixo da cauda. O posicionamento é feito em decúbito 
ventral e caudal. A sutura é feita com bolsa de tabaco ao 
redor do ânus (lembrar de remover ao final da IC). 
A incisão é feita de forma elíptica no prepúcio e no escroto, 
deixando 1cm de pele íntegra abaixo do ânus. As 
complicações envolvem infecções, estenoses, hidronefrose, 
urolitíase (fio) e manutenção de incontinência (30-55%) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Histerotomia, OH, Mastectomia 
Cães e gatos têm o tempo gestacional de 60 dias e os fetos 
são considerados a partir de 34 dias. 
A menos que se tenha informações precisas sobre a data 
da ovulação e da cobertura, o principal critério utilizado na 
determinação da idade dos embriões e fetos é baseado no 
tamanho e características gerais do desenvolvimento do 
útero e do feto. 
 
Meios de diagnóstico: Observação, palpação, 
ultrassonografia 
 
Técnicas cirúrgicas 
• Histerectomia (cesárea) 
• Ooforectomia ou ovariectomia 
• Histerectomia 
• Ovariossalpingohisterectomia (OSH) ou pan-
histerectomia ou ovariohisterectomia 
 
Cesariana - histerectomia 
Procedimento de emergência, evitando fadiga ou 
endotoxemia da fêmea em trabalho de parto ou sofrimento 
do neonato. Indicado em casos de: 
• Inércia uterina primária (potencial de contração do 
miométrio está comprometido) 
• Inércia uterina secundária, por exaustão uterina; 
• Distocias obstrutivas 
•Tração e remoção do feto não forem possíveis. 
• Tamanho exagerado dos fetos 
• Estreitamento do canal pélvico da fêmea 
• Cirurgias eletivas são indicadas em casos de raças 
braquicefálicas, histórico prévio de distocia e 
fraturas de pelve 
 
Anatomia aplicada 
O útero gravídico repousa no assoalho abdominal durante a 
última metade da gestação. Os cornos uterinos encontram-
se em paralelos e em contato entre si. Aumentam de 
tamanho, flexionam e curvam o útero cranial e 
ventralmente sobre si mesmo. O útero encontra-se próximo 
à parede abdominal, que está fina e distendida. 
Possui três camadas: túnica serosa (perimétrio), túnica 
muscular (miométrio) e túnica mucosa (endométrio). São 
supridos com sangue arterial das artérias ovarianas e 
uterinas e aumentam de calibre durante a gestação, 
complicando potencialmente uma OSH realizada em 
associação com uma cesariana. 
 
Pré-operatório: 
• OSH simultânea - quando houver comprometimento 
da parede uterina. 
• Distocia prolongada - má condição fisiológica 
• Radiografias abdominais - número de fetos. 
• Testes laboratoriais - fluidoterapia corretiva. 
• Corrigir todos os déficits de volume 
• Antibioticoterapia endovenosa na presença de 
fetos mortos ou decompostos. 
 
 
Técnica Operatória 
• Assepsia 
• A indução anestésica e a intubação devem 
acontecer no centro cirúrgico. 
• Decúbito dorsal 
• Incisão: cicatriz umbilical, linha média ventral. 
Extensão da incisão depende do tamanho (tecido 
glandular mamário deve ser evitado). Risco de 
perfuração 
• Exterioriza-se primeiro um corno uterino e depois o 
outro por meio de elevação cuidadosa através da 
incisão 
• A cavidade abdominal deve ser protegida com 
compressas. 
• A incisão no corno uterino pode ser realizada no 
corpo do útero ou em cada corno separadamente. 
Inicialmente com o bisturi e estendida com uma 
tesoura até um comprimento suficiente para a 
remoção fácil dos fetos 
• Cada feto pode ser trazido à incisão por uma 
compressão suave no corno uterino, comprimindo-o 
cranialmente ao aumento de volume. 
• Uma vez que o feto se encontre próximo à incisão, 
pode-se segurá-lo e aplicar uma tração suave para 
facilitar sua remoção 
• Rompe-se os anexos fetais, na altura da cabeça - 
respiração 
• Pinçar vasos umbilicais - 2 cm a 3 cm da parede 
abdominal 
• Neonato - compressa estéril - assistente. 
• Removem-se os anexos associados por meio de 
uma tração suave na pinça para minimizar a 
hemorragia 
• Todos os fetos e seus anexos removidos 
• Antes da sutura o útero deve ser palpado desde os 
ovários até o interior da pelve 
• O útero começa a se contrair rapidamente; essa 
contração é importante no controle da hemorragia. 
• Se o útero não iniciar a contração no momento do 
fechamento, pode-se administrar ocitocina (5 a 20 
unidades intramuscular IM ou IV ou maleato de 
ergonovina (0,02 a 0,1 mg/kg IM). 
 
Histerorrafia – sutura 
Principal tempo cirúrgico na cesariana, possuindo implicação 
direta na determinação da futura via de parto, bem como 
no porvir obstétrico. Falhas técnicas no momento da 
histerorrafia poderão contribuir para gerar ou agravar 
desfechos indesejáveis, imediatos ou tardios. 
• Sutura absorvível 0 a 2-0 
• Duas camadas: sutura simples contínuo/sutura 
Cushing ou lembert 
• Antes de retornar o útero ao abdome, a ferida 
deve ser inspecionada e o útero limpo com gaze 
embebida em solução salina estéril morna 
• Omento sobre o útero 
 
Anestesia – cesariana 
As mudanças fisiológicas associadas à prenhez influenciam a 
escolha dos anestésicos e analgésicos em gatas e cadelas. 
Todos os agentes analgésicos e anestésicos atravessam a 
barreira placentária. 
• Levopromazina, Diazepam e midazolam são seguros 
como medicação pré-anestésica 
• Indução recomenda-se propofol ou máscara com 
anestésico inalatório 
• Na manutenção podem ser utilizados os anestésicos 
inalatórios isofluorano 
• Anestesia epidural é a que menos causa depressão 
fetal, sendo uma das excelentes opções para as 
cadelas menos agitadas, ao passo que os filhotes já 
nascem vigorosos e com rápido reflexo de sucção. 
 
Ovariohisterectomia 
Indicações: Controle de natalidade (Oh x ovariectomia), 
piometra/metrites, complicações da cesariana, trauma, 
neoplasia, distúrbios hormonais 
 
Piometra 
• Cadelas de meia idade a idosas 
• Após 4 meses no cio 
• Fatores hormonais e bacterianos 
• Hiperplasia cística endometrial (CEH) também é um 
fator predisponente 
• Endotoxemia e sépsis 
• Maior chance de vida – diagnóstico e tratamento 
• Diagnóstico: sinais clínicos, exame fisiológico, 
laboratoriais, USG abdominal 
• TTO: OH – mais seguro e efetivo 
 
Neoplasia mamária 
Fisiopatologia 
• Tumores mais comuns nas cadelas de 7 a 12 anos 
• Ocorrência em machos é de 1% ou menos 
• Carcinomas, adenocarcinomas e sarcomas 
• Causa desconhecida/hormonal (receptores de 
estrogênio/progesterona) 
• Vasos linfáticos e sanguíneos – linfonodos e pulmão 
• Raças grandes mais predispostas 
• Progestágenos (acetato de medroxiprogesterona) 
• Terceiro tumor em incidência 
• 90% dos casos em felinos são malignos 
• Aumento do potencial metastático em felinos 
• Aumento da taxa de mortalidade 
• Não castradas e uso de fármacos 
• Adenocarcinomas 
 
Carcinoma inflamatória 
• Glândula mamária e pele 
• Endurecido 
• Espessa 
• Calor, edema e dor 
 
Sinais clínicos: Envolve cadelas e gatas de meia idade ou 
idosas, que apresentam nódulos firmes, único ou múltiplo, 
ulcerado e infeccionado. Ocorre dispnéia em casos graves 
(efusão pleural/felinos), claudicação e edema de membros, 
glândulas mamárias abdominais e inguinais são mais atingidas, 
e os linfonodos atingidos são o axilar e inguinal. 
O tratamento é através de analgésicos, pseudociese (secar 
o leite), curativo local, 
AINE (inibidores de COX 2), piroxicam (inflamene) e firocoxibe 
(previcox, merial). O tratamento cirúrgico é de escolha, 
exceto para carcinomas inflamatórios. Possivelmente 
sempre mastectomia unilateral em cães, com intervalo de 3 
a 4 semanas, e OH. No pré-operatório é necessário 
verificar o tórax por meio de raio X. 
 
Técnica cirúrgica 
• Mastectomia simples 
• Mastectomia regional 
• Mastectomia unilateral 
• Mastectomia bilateral 
 
• Tricotomía ampla e decúbito dorsal 
• Evitar incidir na glândula mamária 
• Glândulas torácicas são mais aderidas 
• Ligadura da epigástrica superficial caudal 
• Dreno de penrose 
• Retirada do linfonodo inguinal superficial e o axilar 
• Azul de metileno 1% injetável – uso intradérmico ao 
redor do rumor (0,5 ml até 15kg, 1 ml mais de 
15kg) 
• Azul patente – 2mg/kg 
 
Pós operatório 
• AINE (COX 2 por 3 a 6 meses) 
• Observar ferida quanto a necrose, seroma e dema 
• Encaminhar material para histopatologia 
• Avaliação de metástase a cada 3 a 4 meses 
• Tratamento oncológico 
As complicações envolvem dor, edema de membro anterior 
ou posterior, recorrência tumoral local (2 anos), e o 
prognóstico depende do tipo histológico (grau de invasão, 
tamanho tumoral, envolvimento dos linfonodos e presença 
de metástase). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cicatrização de feridas 
É o processo biológico preferencial que restaura a 
continuidade do tecido após uma lesão. Trata-se de uma 
combinação de eventos físicos, químicos e celulares, que 
restaura um tecido ferido ou substitui por colágeno. 
A cicatrização é uma tarefa comum na rotina do médico 
veterinário e requer conhecimento dos mecanismos normais 
da cicatrização das feridas e dos fatores que possam 
incrementar ou retardar estes processos. A anatomia 
cirúrgica envolve: epiderme, derme, vasos musculocutaneos 
e alças capilares. 
Os princípios básicos da cicatrização de pele são: fase 
inflamatória; fase de debridamento; fase de reparo e fase 
de manutenção. A fase inflamatória dura em média 5 dias e 
conta com hemorragia,vasoconstrição, vasodilatação e 
tromboplastina - formação do coágulo. 
Na fase inflamatória, há resposta tecidual protetora iniciada 
por uma lesão. Tem como característica a permeabilidade 
vascular. Há quimiotaxia entre neutrófilos e monócitos, onde 
os monocitos se transformam em macrófagos, e estes 
macrófagos envolvem colagenase, fatores de crescimento e 
angiogênese. 
 
Princípios básicos de cicatrização de pele 
Fase de desbridamento 
Neutrófilos e monócitos (macrófagos) estimulam a 
angiogênese, fazendo a fagocitose dos debris celulares. As 
plaquetas vêm como fatores de crescimento e os linfócitos 
estimulam ou inibem a migração e a síntese proteica de 
outras células. A partir dos leucócitos forma-se exsudato 
com tecido morto e líquido da ferida. 
Fase de reparo 
Início de 3 a 5 dias, duração de 12 a 14 dias. Os macrófagos 
estimulam DNA e a proliferação de fibroblastos, produzindo 
colágenos jovens, onde há intensa migração celular com 
queratinócitos, epitelização, e caráter avermelhado na 
cicatriz. Os fibroblastos produzem fibronectina e tem como 
função depositar colágeno, elastina e proteoglicanos que 
amadurecem no tecido fibroso. 
A partir de novos capilares, juntamente com fibroblastos e 
tecido fibroso há tecido de granulação que se forma na 
borda da lesão e tem como função preencher o defeito, 
proteger a ferida, sendo uma barreira para infecção, uma 
superfície para migração epitelial e fonte de miofibroblastos. 
O epitélio é uma importante barreira contra infecções 
externas e perda de líquido. A reparação epitelial envolve 
várias feridas suturadas ou abertas, através de inibição por 
contato, folículos pilosos e glândulas da migração na sutura. 
Essa migração epitelial é aleatória, onde as células epiteliais 
migratórias aumentam de tamanho, ficam planas e se 
movem. Células vão passando por cima das primeiras a 
entrarem em contato com a superfície da ferida. A 
epitelização é mais rápida quando ocorre em ambiente úmido. 
 
Contração da ferida 
Envolve a contração dos miofibroblastos, onde há contração, 
epitelização e granulação. As bordas da lesão cutânea são 
puxadas para dentro entre 5 a 9 dias, deixando a pele ao 
redor esticada e com aparência estrelada. 
As bordas se encontram, mas com limitações de contrações 
devido à fatores que inibem a contração. Se a contração 
cessa antes que o tecido de granulação esteja coberto, a 
epitelização pode continuar a cobrir a ferida. 
 
Fase de maturação 
Pode durar de meses a anos. Acontece reorganização do 
colágeno, adquirindo maior força tênsil e empalidece. A 
cicatriz assume a coloração semelhante à pele adjacente. A 
circulação cutânea e sua preservação é essencial para a 
sobrevida da pele. 
O ambiente úmido para cicatrização de feridas é ótimo, pois 
tem como vantagens presença de citocinas e fatores de 
crescimento, estímulo à formação do tecido de granulação, 
estimular a epitelização, debridamento acelerado e seletivo. 
O medicamento tópico penetra mais facilmente, havendo 
velocidade de reepitelização 2x maior, juntamente com 
antibiótico sistêmico, sendo menos dolorida e menos 
pruriginosa. Como desvantagem há maceração da borda da 
ferida e foliculite. 
Os fatores do hospedeiro que dificultam a cicatrização 
envolvem animais mais idosos, desnutrição, hipoproteinemia, 
doenças hepáticas, diabetes. A cicatrização do cão é 
diferente do gato. 
 
Características boas das feridas 
• superfícies intactas 
• antisépticos 
• material cirúrgico 
• oxigênio 
• irrigação sanguínea 
 
Características ruins para as feridas 
• infecção da ferida 
• seroma 
• corpo estranho 
• umidade do ambiente. 
 
Fatores externos 
• Medicamentos 
• Quimioterapia 
• Radioterapia 
 
Feridas 
Uma ferida é uma interrupção na continuidade de um tecido 
corpóreo. Tal interrupção pode ser provocada por algum 
trauma, ou ainda ser desencadeada por uma afecção que 
atinge as defesas do organismo. 
Alguns agentes traumáticos envolvem colisões, mordeduras 
e objetos penetrantes. Podem ser classificadas quanto a sua 
natureza, extensão, produção, grau de contaminação e tipos 
de ferida. 
Podem ser elas: feridas por incisão, laceração, avulsão, 
abrasão, perfurante, avulsão e esmagamento, queimaduras 
 
Tratamento das feridas 
Tem como objetivo cuidar de um ferimento aberto 
convertendo em um ferimento cirurgicamente limpo que 
possa ser fechado, através de procedimentos emergenciais 
como acesso para ventilação, intravenoso, hemostasia 
temporária/definitiva, reposição do volume sanguíneo, 
controle da dor e prevenção de contaminação adicional. 
O manejo da ferida envolve tricotomia, lubrificante 
hidrossolúvel estéril, tesoura e pontos provisórios. A lavagem 
da ferida deve ser feita com solução salina estéril, 
antissépticos (diacetato de clorexidina ou iodo-povidona), 
evitando peróxido de hidrogênio e líquido de DAKIN. 
É necessário realizar a lavagem da ferida, o debridamento 
(excisão cirúrgica, enzimas ou ataduras). 
 
Direcionamento da cicatrização 
• 1° intenção 
• 1° intenção com retardo 
• 2° intenção 
• 3° intenção 
Se há dúvida sobre o fechamento da ferida, é melhor deixar 
aberta. 
 
 
 
Tipos de cicatrização 
• antibiótico sistêmico 
• medicação tópica em feridas 
• controle da infecção: redução da inflamação, 
microtrombos, etc 
 
Antimicrobianos 
• clorexidina - merthiolate/furanil 
• sulfadiazina de prata - silvadene 
• pomada atb tripla - bacitracina, neomicina e 
polimixina 
• nitrofurazona - furacin 
• calêndula - antimicrobiana 
 
Desbridantes químicos 
• colagenase -iruxol 
• desoxirribonuclease -fibrase 
 
Ataduras (curativos) 
• camada primária (contato com a ferida) 
• camada secundária: intermediária, é absorvente 
(algodão) 
• camada terciária: mantém as outras no lugar( 
esparadrapo) 
Vantagens: Proporcionam limpeza ao ferimento, reduzindo o 
edema e hemorragia, eliminando espaço morto. Devem ser 
confortáveis. Os tipos de ataduras primárias (curativos) 
envolvem: 
aderente seco (tecido necrosado), aderente úmida (mais 
confortáveis), não aderente (sem tecido necrosado em fase 
de reparação). Na camada terciária pode ser feito curativo 
semi-oclusivo e oclusivo. 
 
Queimaduras 
São lesões da pele, provocadas pelo calor, radiação, 
produtos químicos que causam dores fortes e podem levar 
à infecções. Podem ser classificadas de acordo com seu 
agente causador, profundidade ou grau, extensão ou 
severidade, localização e período evolutivo. 
Possuem como causas fogo, líquidos quentes, eletricidade, 
radiação, agentes químicos, animais (lagarta-de-fogo, água-
viva, medusa) e vegetais (látex de certas plantas, urtiga) 
 
Graus: 
• O primeiro grau de queimadura ataca a epiderme 
causando dor. 
• O segundo grau superficial ataca a epiderme e a 
derme parcial, sendo identificada pela formação de 
edema SC e inflamação, sendo dolorosa. No segundo 
grau profundo, há acometimento da epiderme e 
derme. Ocorre formação de tecido necrótico-
fibrinoso, podendo deixar sequelas cicatriciais. 
• No terceiro grau de queimação, há acometimento 
de todos os elementos da pele, podendo envolver 
também planos anatômicos profundos. Não 
apresenta dor, porque a necrose é total, inclusive 
nos terminais nervosos. 
 
 
Extensão ou severidade: 
• A extensão ou severidade pode ser baixa com 
menos de 15% da superfície corporal 
• média entre 15 e menos de 40% 
• alta com mais de 40% do corpo queimado, sendo 
indicado eutanásia acima de 50%. 
Sua localização pode ser nas patas, face, genitais, pulmões e 
queimaduras circulares (falta de circulação sanguínea). O 
período evolutivo depende do contato prolongado. Pode 
haver perda de pele (pois é a primeira linha de defesa), 
causando desequilíbrio da microbiota e crescimento de 
bactérias gram positivas em tecido nervoso necrosado. De 3 
a 5 dias o ferimento é colonizado por bactérias gram 
negativas.A queimadura pode levar à falência múltipla de órgãos devido 
a dor intensa que pode levar ao choque, a não eliminação de 
toxinas (pois não há suor), perda de líquidos corporais, 
desequilíbrio eletrolítico e perdas proteicas. 
As queimaduras tem como consequência anormalidades 
cardíacas, imunossupressão, anemia, insuficiência renal, 
insuficiência hepática, coagulação intravascular disseminada 
e pneumonia. 
 
Tratamento 
O tratamento envolve os primeiros socorros com 
resfriamento, suporte sistêmico com analgésicos, colóides, 
ab, fluidoterapia, transfusões, oxigenoterapia, debridamento 
cirúrgico, sulfadiazina de prata e aloe vera. 
A sulfadiazina de prata é um creme hidromiscível a 1% que 
penetra em tecidos necrosados, inibindo a contração da 
ferida, sendo eficaz contra a maior parte das bactérias 
gram-positivas, gram negativas e dos fungos. Os recursos 
adicionais em feridas difíceis podem envolver enxertos de 
pele e técnicas de anaplastia. 
 
Dobras cutâneas sobressalentes 
Tem como definição a sobreposição ou a aproximação 
cutânea que criam dobras de profundidades variáveis. É 
característica de raças como cocker spaniel, shar pei, pug, 
pequinês, bulldog, boxer, basset, e hound. 
Tem como consequência piodermites, devido ao crescimento 
bacteriano, havendo odor fétido, prurido, maceração 
cutânea, eritema, alopecia, pápulas, filme sebáceo ou 
purulento, malasseziose secundária. 
 
Tratamento: 
O tratamento envolve terapia clínica paliativa, reduzindo 
infecções, inflamações e secreções (tricotomia, xampu anti-
seborreico e adstringente, antimicrobianos sistêmicos e 
corticosteróides). Bem como a redução de peso, e terapia 
cirúrgica de ressecção e reconstrução. 
Algumas complicações podem envolver autotraumatismo, 
infecção, soltura de pontos, e recorrência de piodermatite. 
 
Pregas de face 
Em casos de pregas em faces, o ducto nasolacrimal é 
sinuoso, havendo preenchimento do ducto com grânulos e 
secreções e consequente obstrução parcial ou total da 
drenagem da lágrima. 
 
Dobras nasais 
As dobras nasais caracterizam-se pelo excesso de pele 
abaixo da pálpebra inferior, transversalmente à ponte nasal 
(braquicefálicos - pugs e bulldogs). 
Tem como sinais clínicos epífora, hiperemia conjuntival, 
alterações corneanas, edemas, vascularização, pigmentação, 
úlceras e cicatrizes. 
 
Técnica cirúrgica 
A técnica cirúrgica envolve o animal em decúbito ventral, 
fazendo incisão elíptica ao redor da dobra cutânea, sem 
tensão. 
Em caso de entropio com prega facial em shar pei, a 
técnica envolve decúbito ventral, incisão elíptica ao redor da 
dobra cutânea, incisão em pálpebras inferior e superior. 
Em dobras labiais (lábio superior maior que lábio inferior) há 
umidade constante, acúmulo de restos alimentares, 
fermentação, irritação de pele, infecção bacteriana e pode 
estar associada à estomatite e cálculo dentário. 
Em caso de dobras vulvares há infantilismo genital e 
obesidade, causando processos infecciosos urinários, 
vulvovaginite e dermatite perivulvar. 
 
A técnica de episioplastia envolve posição perineal para 
avaliação de dobra cutânea, onde a incisão (semilunar 
elíptica) inicia-se próximo à comissura vulvar ventral. 
Em dobras caudas, a pele sobressalente se sobrepõe à 
vértebra caudal terminal deformada, acometendo cães de 
cauda enrolada (braquicefálicos), com grande profundidade, 
ocorrendo piodermatite intensa, odor fétido, úlceras, 
fístulas, prurido e dor. o Tratamento envolve caudectomia 
completa. 
A caudectomia completa envolve ressecção em bloco 
(cauda+dobra), com incisão elíptica, seccionando a cauda 
cranialmente às vértebras desviadas, rompendo pontas 
ósseas, utilizando dois drenos de penrose (ventrais e laterais 
ao ânus, removendo em 3 a 5 dias) com sutura simples 
contínua com fio absorvível

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