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6 GLP_2013

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Universidade Federal de Santa Catarina 
Departamento de Engenharia Civil 
Disciplina ECV5317 – Instalações I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTALAÇÕES PREDIAIS DE GÁS COMBUSTÍVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Enedir Ghisi, PhD 
Eng. Vinicius Luis Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis, Março de 2013 
UFSC / Depto de Engenharia Civil / ECV 5317 – Instalações I 
 
Prof. Enedir Ghisi / Eng. Vinicius Luis Rocha 
2
Sumário 
 
6. Instalações prediais de gás combustível............................................................................................. 3 
6.1. Terminologia ................................................................................................................................ 3 
6.2. Informações gerais ....................................................................................................................... 4 
6.2.1. Exigência legal de projeto ..................................................................................................... 4 
6.2.2. Responsabilidade técnica ..................................................................................................... 4 
6.3. Tipos de gases ............................................................................................................................. 4 
6.3.1. Gás liquefeito de petróleo (GLP) .......................................................................................... 4 
6.3.2. Gás natural (GN) .................................................................................................................. 5 
6.4. Abastecimento dos gases ............................................................................................................ 6 
6.4.1. Gás liquefeito de petróleo (GLP) .......................................................................................... 6 
6.4.2. Gás natural (GN) .................................................................................................................. 7 
6.5. Sistemas de distribuição dos gases ............................................................................................. 7 
6.5.1. Instalações em GLP ............................................................................................................. 7 
6.5.1.1. Requisitos de projeto ......................................................................................................... 9 
6.5.1.2. Central de gás ................................................................................................................. 10 
6.5.2. Instalações para uso alternativo de GN e GLP .................................................................. 17 
6.5.2.1 Requisitos de projeto ........................................................................................................ 18 
6.6. Dimensionamento da tubulação ................................................................................................ 18 
6.7. Referências bibliográficas .......................................................................................................... 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFSC / Depto de Engenharia Civil / ECV 5317 – Instalações I 
 
Prof. Enedir Ghisi / Eng. Vinicius Luis Rocha 
3
6. Instalações prediais de gás combustível 
 
Normas pertinentes sobre a utilização de gás combustível em sistemas prediais: 
 
• Norma de segurança contra incêndios (NSCI) - Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina 
(CBMSC, 1994); 
• Instrução Normativa 008/DAT/CBMSC – Instalações de Gás Combustível (CBMSC, 2009); 
• NBR 13103 - Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam 
gás combustível (ABNT, 2000a); 
• NBR 13523 - Central predial de gás liquefeito de petróleo (ABNT, 1995); 
• NBR 13932 - Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) - Projeto e execução 
(ABNT, 1997a); 
• NBR 13933 – Instalações internas de gás natural (GN) - Projeto e execução (ABNT, 1997b); 
• NBR 14024 - Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP) - Sistema de 
abastecimento a granel (ABNT, 2000b); 
• NBR 14570 - Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP - Projeto e 
execução (ABNT, 2000c). 
 
6.1. Terminologia 
 
Reproduz-se a seguir algumas das definições utilizadas nas normas e bibliografia técnica 
especializada da área: 
 
• Abrigo de medidores: construção destinada à proteção de um ou mais medidores com seus 
complementos; 
• Alta pressão: toda pressão acima de 392 kPa (4 kgf/cm²); 
• Aparelho técnico de queima ou aparelho de utilização de gás: equipamento que utiliza gás 
combustível para produção de energia, aquecimento, cocção de alimentos, secagem de 
roupas e iluminação, dentre outras finalidades; 
• Baixa pressão: toda pressão abaixo de 5 kPa (0,05 kgf/cm²); 
• Central de gás: área devidamente delimitada (ou local) que contém os recipientes 
transportáveis ou estacionário(s) e acessórios destinados ao armazenamento de gás 
liquefeito de petróleo para consumo da própria instalação; 
• Consumidor: pessoa física ou jurídica responsável pelo consumo de gás; 
• Densidade relativa do gás: relação entre a densidade absoluta do gás e a densidade absoluta 
do ar seco, na mesma pressão e temperatura; 
• Economia: é a propriedade, servindo de habitação ou ocupação para qualquer finalidade, 
podendo ser utilizada independentemente das demais; 
• Fator de simultaneidade (F): coeficiente de minoração aplicado à potência computada para 
obtenção da potência adotada; 
• Média pressão: toda pressão compreendida entre 5 kPa (0,05 kgf/cm²) e 392 kPa (4 kgf/cm²) 
para GLP ou toda pressão compreendida entre 5 kPa (0,05 kgf/cm²) e 35 kPa (0,35 kgf/cm²) 
para GN; 
• Perda de carga: perda de pressão do gás devida ao atrito ou obstrução em tubos, válvulas, 
conexões, reguladores e queimadores; 
• Poder calorífico: é a quantidade de calor que desprende na combustão (queima) de um 
determinado corpo por unidade de peso (kg) ou volume (m³); 
• Potência adotada (A): potência utilizada para dimensionamento do trecho em questão; 
• Potência computada (C): somatória das potências máximas dos aparelhos de utilização de 
gás, que potencialmente podem ser instalados a jusante do trecho considerado; 
• Potência nominal do aparelho de utilização de gás: quantidade de calor contida no 
combustível consumido na unidade de tempo, pelo aparelho de utilização de gás, com todos 
os queimadores acesos e devidamente regulados, indicada pelo fabricante do aparelho; 
• Purga: limpeza total de tubulação ou parte de um equipamento, de forma que todo material 
nele contido seja removido. É também a expulsão do ar contido no mesmo, tendo em vista a 
admissão de gás combustível, de forma a evitar uma combinação indesejada; 
• Rede de alimentação: trecho da instalação predial situado entre a central de gás e o 
regulador de primeiro estágio ou regulador de estágio único; 
UFSC / Depto de Engenharia Civil / ECV 5317 – Instalações I 
 
Prof. Enedir Ghisi / Eng. Vinicius Luis Rocha 
4
• Rede de distribuição: tubulação com seus acessórios, situada dentro do limite da propriedade 
dos consumidores, destinada ao fornecimento de gás, constituída pelas redes de alimentação 
primária e secundária; 
• Rede primária: trecho da instalação situado entre o regulador de primeiro estágio e o 
regulador de segundo estágio (opera no valor máximo de 150 kPa); 
• Rede secundária: trecho da instalação situado entre o regulador de segundo estágio ou 
estágio único e os aparelhos de utilização (opera no valor máximo de 5 kPa); 
• Rede de distribuição interna: conjunto de tubulações e acessórios situada dentro do limite da 
propriedade dos consumidores, após o regulador de primeiro estágio ou regulador de estágio 
único, para GLP, e após o regulador de pressão ou na inexistência deste após o limite da 
propriedade dos consumidores, para GN;• Registro de corte de fornecimento: dispositivo destinado a interromper o fornecimento de gás 
para uma economia; 
• Registro geral de corte: dispositivo destinado a interromper o fornecimento de gás para toda a 
edificação; 
• Regulador de primeiro estágio: dispositivo destinado a reduzir a pressão do gás, antes de sua 
entrada na rede primária, para o valor de no máximo 150 kPa (1,50 kgf/cm²); 
• Regulador de segundo estágio ou regulador de estágio único: dispositivo destinado a reduzir 
a pressão do gás, antes de sua entrada na rede secundária, para um valor adequado ao 
funcionamento do aparelho de utilização de gás abaixo de 5 kPa (0,05 kgf/cm²); 
• Tubo-luva: tubo no interior do qual a tubulação de gás é montada e cuja finalidade é não 
permitir o confinamento de gás em locais não ventilados. 
 
6.2. Informações gerais 
 
6.2.1. Exigência legal de projeto 
 
De acordo com a norma de segurança contra incêndios do Corpo de Bombeiros Militar de Santa 
Catarina (CBMSC, 1994) o sistema de gás de uma edificação deverá fazer parte do Projeto de 
Prevenção Contra Incêndios, constando dos seguintes elementos: 
• Planta de locação, planta baixa e cortes; 
• Detalhes construtivos das canalizações e do abrigo dos medidores da central de gás; 
• Esquema isométrico (em escala ou cotado); 
• Planilha de dimensionamento das canalizações; 
• Planilha de dimensionamento da central de gás. 
 
A Resolução no 41/CAT/CCB/04 (CBMSC, 2004) prevê a possibilidade da aplicação de normas 
diversas a NSCI desde que os sistemas consignados em projeto confiram maior grau de segurança 
contra incêndios para a edificação. A mesma resolução estabelece a não obrigatoriedade de 
atendimento do projeto por uma única norma, ou seja, determinados aspectos podem ser amparados 
por normas distintas (desde que oficialmente reconhecidas). 
 
6.2.2. Responsabilidade técnica 
 
Segundo as normas NBR 13932 (ABNT, 1997a) e NBR 14570 (ABNT, 2000c) o projeto e a execução 
da rede interna de gás devem ser elaborados por profissionais com registro no respectivo órgão de 
classe, acompanhado da devida Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). 
 
6.3. Tipos de gases 
 
6.3.1. Gás liquefeito de petróleo (GLP) 
 
O gás liquefeito de petróleo é o último produto resultante do refino do petróleo, pois é o mais leve de 
todos. É uma mistura de dois hidrocarbonetos denominados propano (C3H8) e butano (C4H10). Em 
condições normais de temperatura e pressão (CNTP), se apresenta no estado gasoso; e quando 
mantido em pressão, encontra-se no estado líquido, o que facilita sua armazenagem e utilização 
(LIQUIGAS, 2006). 
 
O GLP é um combustível de alto poder calorífico (≅ 24000 kcal/m³) e sua combustão é uma das mais 
limpas (ABNT, 1997a; ULTRAGAZ, 2006). Por ser um gás inodoro, é adicionado um composto a base 
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5
de enxofre na sua mistura para caracterizar seu cheiro e dessa forma detectar facilmente 
vazamentos. Não é tóxico, mas se inalado em grande quantidade tem efeito anestésico (FDE, 2004). 
 
Todo combustível é inflamável e, portanto, potencialmente perigoso. Assim como a gasolina, o álcool 
ou o querosene, o GLP também pega fogo com facilidade ao entrar em contato com chamas, brasas 
ou faíscas. Se houver um grande vazamento em um ambiente não ventilado, o gás se acumulará no 
ambiente. Assim, qualquer chama ou faísca provocará uma explosão e, conseqüentemente, incêndio. 
 
6.3.2. Gás natural (GN) 
 
O gás natural é um hidrocarboneto combustível gasoso, essencialmente metano (CH4), cuja produção 
pode ser associada ou não a produção de petróleo. Além do metano, outros hidrocarbonetos fazem 
parte do GN, tais como: etano, propano, dentre outros. Por ser mais leve que o ar, ele se dissipa, 
podendo se acumular nas partes altas dos ambientes (FDE, 2004; COMPAGAS, 2006a). 
 
O poder calorífico do GN (≅ 9230 kcal/m³) é menor quando comparado ao GLP, entretanto sua 
utilização vem crescendo em diversos setores devido ao seu baixo custo de produção (ABNT, 1997b; 
COMPAGAS, 2006b). De acordo com Santos (2002), além do preço do GN quando comparado com o 
preço de outros combustíveis, um fator preponderante para sua escolha é a característica de gerar a 
menor taxa de emissão de CO2 dentre os combustíveis fósseis, contribuindo para a redução do efeito 
estufa. A Figura 6.1 mostra percentuais de aumento de emissão de CO2 em relação ao GN para 
diversos combustíveis. 
 
 
Figura 6.1. Aumento da emissão de CO2 em relação ao GN para a mesma geração de energia 
Fonte: adaptado de COMPAGAS (2006b) 
 
Em relação à viabilidade econômica do uso do GN em substituição ao GLP, além dos preços unitários 
praticados pelos fornecedores, deve-se analisar o custo das quantidades equivalentes dos gases 
para gerar a mesma energia. O potencial energético de 1 kg de GLP equivale ao potencial de 1,23 m³ 
de GN (COMGAS, 2007). Em Santa Catarina, 13 kg de GLP custam em média R$ 35,00 (R$ 2,69/kg) 
e 1-m³ de GN para residências R$ 2,30 (SCGAS,.2007). Sendo assim, 1,23 m³ de GN custam 
R$.2,83, valor superior ao custo de 1 kg de GLP. 
 
 
 
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6.4. Abastecimento dos gases 
 
6.4.1. Gás liquefeito de petróleo (GLP) 
 
O GLP pode ser comercializado em recipientes transportáveis (geralmente de 2 a 90 kg) ou a granel 
através do abastecimento de recipientes estacionários (acima de 90 kg) ou tanques. A 
comercialização a granel ocorre em estabelecimentos com maior demanda de GLP, como indústrias, 
empresas e grandes condomínios. Para esta modalidade de abastecimento exige-se área de 
segurança e fácil acesso para caminhões tanque. Na Tabela 6.1 são apresentados os recipientes 
transportáveis mais encontrados no comércio, bem como suas respectivas indicações de utilização. 
 
Para serem seguros, os recipientes transportáveis de gás (botijões e cilindros) precisam ser 
fabricados de acordo com rigorosas normas técnicas. Um recipiente de GLP não deve ser aceito se 
apresentar pintura danificada, ferrugem, partes soltas ou outros danos. Neste caso, deve-se solicitar 
a imediata substituição por outro em boas condições de uso. Cabe às empresas engarrafadoras 
manter seus recipientes em boas condições de utilização e com a devida manutenção. 
 
Tabela 6.1. - Capacidade de carga e indicação de uso de recipientes transportáveis de GLP 
Recipiente Dimensões (mm) 
Indicação de uso / observação Tipo Capacidade de carga (kg) Diâmetro Altura 
P2 2 212 239 Fogareiros, lampiões, soldas, laboratórios / não 
adaptável a regulador de pressão 
P5 5 272 333 Fogões residenciais 
P13 13 360 460 Fogões residenciais 
P20 20 309 885 Específico para empilhadeiras / deve ser usado na horizontal, porque o consumo se dá na fase líquida 
P45 45 380 1280 Centrais de gás (edifícios residenciais e comerciais, 
restaurantes, bares, lavanderias, hospitais, escolas) 
P90 90 555 1213 Centrais de gás (edifícios residenciais e comerciais, 
restaurantes, bares, lavanderias, hospitais, escolas) 
Fonte: ULTRAGAZ (2006) e LIQUIGÁS (2006). 
 
A Figura 6.2 ilustra os recipientes transportáveis de GLP apresentados na Tabela 6.1. Os recipientes 
do tipo P2, P5 e P13 são normalmente conhecidos como botijões e os recipientes P20, P45 e P90 
como cilindros. 
 
 
(a) P2 (b) P5 (c) P13 (d) P20 (e) P45 (f) P90 
 
Figura 6.2. Recipientes transportáveis de GLP 
Fonte: adaptado de ULTRAGAZ (2006) 
 
 
 
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6.4.2. Gás natural (GN) 
 
O gás natural chega ao local de consumo de forma canalizada através da rede de distribuição da 
concessionária (no caso de Santa Catarina, a SCGÁS). Deste modo, elimina-se a necessidade de 
estocagem e reabastecimento, permitindo um fornecimento contínuo e propiciando a liberação de 
área nas edificações. Noslocais de consumo, o GN é conduzido ao fogão e aos demais 
equipamentos pela rede interna da edificação. 
 
6.5. Sistemas de distribuição dos gases 
 
6.5.1. Instalações em GLP 
 
Nas residências unifamiliares não é necessário central de gás, assim como em edificações onde a 
capacidade de armazenamento de GLP é menor ou igual a 90 kg (CBMSC, 1994). Os botijões ou 
cilindros devem ser instalados em abrigos próprios (de alvenaria ou concreto), fora da edificação, em 
locais ventilados e de fácil acesso. Caso possuam porta, ela deverá ter área de ventilação. A 
Figura_6.3 apresenta um esquema típico para instalação de botijões de 13 kg. 
 
 
Figura 6.3. Esquema típico de instalação de botijões P13 
Fonte: adaptado de FDE (2004) 
 
Para conduzir o GLP dos recipientes até os aparelhos de queima são utilizadas mangueiras flexíveis 
normalizadas (fixadas com braçadeiras metálicas), além de outros dispositivos auxiliares como 
mostra a Figura 6.4. 
 
As mangueiras flexíveis devem ser feitas em PVC transparente e possuir uma tarja amarela na qual 
deverão estar gravados o prazo de sua validade (5 anos a partir da data de fabricação), a inscrição 
NBR_8613, a pressão de utilização e a marca de conformidade do INMETRO (FDE, 2004; 
MINASGAS, 2007). Além disso, as mangueiras devem ter comprimento de 0,80 m e deve-se evitar 
sua utilização em locais onde a temperatura seja superior a 50°C (ABNT, 1997a). 
 
O regulador de pressão deve ser fabricado de acordo com os requisitos de construção e 
funcionamento estabelecidos pela NBR 8473 (ABNT, 2005). Em seu corpo devem estar gravados a 
inscrição NBR 8473 e o prazo de sua validade (5 anos a partir da data de fabricação). Expirado este 
prazo é recomendada a sua substituição. 
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Prof. Enedir Ghisi / Eng. Vinicius Luis Rocha 
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Figura 6.4. Dispositivos utilizados em botijões 
Fonte: adaptado de FDE (2004) e LIGUIGÁS (2006) 
 
As finalidades dos dispositivos apresentados na Figura 6.4 são: 
• Cone-borboleta: abrir a válvula do recipiente e deixar passar o gás para o regulador (nos 
botijões P13, a válvula que permite a saída do gás fecha automaticamente sempre que o 
cone-borboleta for desconectado); 
• Regulador de pressão: reduzir a pressão com a qual o gás sai do recipiente até o nível 
necessário para alimentação dos queimadores; 
• Registro: bloquear o fluxo de gás do recipiente para o fogão (deve permanecer fechado 
sempre que o gás não estiver sendo usado). 
 
As edificações onde a capacidade de armazenamento de GLP é maior que 90 kg devem dispor de 
central de gás, independentemente do número de pavimentos ou da área construída total 
(CBMSC,.1994). Além da central de gás é necessária uma rede interna de distribuição. Esta rede 
pode ser projetada com prumadas individuais (maior custo de implantação) como mostra a Figura 6.5 
ou coletivas (menor agilidade na leitura “in-loco” dos medidores) como mostra a Figura 6.6, sendo 
permitida a leitura remota ou à distância dos medidores. 
 
 
Figura 6.5. Exemplo de rede interna de distribuição de GLP com prumadas individuais 
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Figura 6.6. Exemplo de rede interna de distribuição de GLP com prumada coletiva 
 
A Figura 6.7 mostra os principais dispositivos utilizados nas redes de distribuição de GLP. Os 
elementos identificados no desenho, estão acomodados em um abrigo exclusivo para instalações de 
gás e correspondem à seguinte relação: 
• 1: indicação do sentido de abastecimento da prumada; 
• 2: prumada coletiva; 
• 3: registro de corte de fornecimento; 
• 4: regulador de 2o estágio; 
• 5: medidor; 
• 6: indicação do sentido de abastecimento da economia. 
 
 
Figura 6.7. Dispositivos utilizados nas redes internas de distribuição de GLP 
 
6.5.1.1. Requisitos de projeto 
 
A rede de distribuição pode ser embutida, enterrada ou aparente e deve atender a uma série de 
requisitos dispostos na NSCI (CBMSC, 1994) e na NBR 13932 (ABNT, 1997a). Alguns desses 
requisitos são apresentados a seguir: 
• As tubulações não devem passar no interior de: dutos de lixo, ar condicionado, águas 
pluviais, reservatórios de água, incineradores de lixo, poços de elevadores, compartimentos 
de equipamento elétrico, dormitórios, locais de captação de ar para sistemas de ventilação, 
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subsolos ou porões com pé direito inferior a 1,20 m entre pisos, ao longo de qualquer tipo de 
forro falso (exceto quando utilizado tubo-luva) e em qualquer vazio ou parede de tijolos 
vazados (exceto shafts privativos para gás); 
• Toda tubulação aparente deve ser pintada de amarelo conforme o padrão 5Y8/12 do sistema 
Munsell (em conformidade com a NBR 13932) ou pintada na cor de alumínio (em 
conformidade com a NSCI); 
• As tubulações aparentes devem ter um afastamento mínimo de: 0,30 m de tubos de 
eletricidade, 0,50 m de condutores de eletricidade e 2,00 m de pára-raios e de outros 
dispositivos de aterramento; 
• Deve possuir um registro geral de corte instalado em local de fácil acesso e devidamente 
identificado; 
• A ligação dos aparelhos à rede secundária deve ser feita por conexões rígidas, interpondo-se 
um registro entre cada aparelho e a rede, de modo a permitir isolar-se ou retirar-se o aparelho 
de gás sem interrupção do abastecimento dos demais pontos de consumo; 
• Os medidores, os registros de corte de fornecimento e os reguladores devem ser instalados 
em abrigos exclusivos, situados em áreas de servidão comum e de fácil acesso; 
• Os abrigos para medidores não devem ser instalados em escadas e patamares, 
antecâmaras, saídas de emergência e em ambientes destinados a outros fins. 
 
6.5.1.2. Central de gás 
 
A central de gás pode ser composta por recipientes transportáveis (cilindros P45 e P90) dispostos em 
2 baterias (uma ativa e outra de reserva) ou por recipientes estacionários. Normalmente, o local 
destinado à sua instalação é sobre a superfície do terreno, porém a NBR 13523 prevê a possibilidade 
de centrais de gás aterradas ou subterrâneas para recipientes estacionários. As principais 
especificações da NSCI para projeto da edificação da central de gás composta por cilindros são: 
• Apresentar conjunto para controle e manobra, instalado em abrigo exclusivo junto à parede 
externa da central de gás; 
• Teto em concreto com 10 cm de espessura, com declive para escoamento de água pluvial; 
• Paredes de vedação do tipo corta-fogo (proibido o uso de tijolos furados); 
• Porta com veneziana para ventilação, de eixo vertical pivotante, com abertura no sentido do 
fluxo de saída e dimensões de 0,90 x 1,70 m; 
• Aberturas nas paredes laterais e frontais do abrigo para ventilação, posicionadas a cada 
metro linear ao nível do piso e do teto, nas dimensões de 15 x 10 cm, devidamente 
protegidas por telas quebra-chamas; 
• Piso em concreto com espessura de no mínimo 5 cm; 
• Os recipientes devem ser dispostos sobre estrado de madeira tipo grade; 
• Altura mínima de 1,80 m (medida na parte mais baixa do teto) e largura mínima de 0,90 m. 
 
A principal finalidade do conjunto para controle e manobra é possibilitar a interrupção do fornecimento 
de gás para o interior da edificação, através do fechamento de uma válvula de fecho rápido, em caso 
de incêndio. Além disso é possível controlar a pressão na rede primária por meio de um manômetro e 
executar testes de entanqueidade na tubulação. A Figura 6.8 apresenta o detalhe de um conjunto 
para controle e manobra elaborado de acordo com os requisitos da NSCI. As peças identificadas no 
desenho correspondem à relação: 
• 1: tubo coletor de ∅ 3/4”; 
• 2: cotovelo 90º - 3/4”; 
• 3: bucha de redução - 3/4” x 3/8”; 
• 4: niple duplo de redução - 3/4” x 1/4”; 
• 5: regulador de 1o estágio; 
• 6: válvula de esfera (fecho rápido) - 3/4”; 
• 7: niple duplo - 3/4”;• 8: bujão - 1/2”; 
• 9: tê de redução - 3/4” x 1/2”; 
• 10: união - 3/4”; 
• 11: niple duplo de redução - 3/4” x 1”; 
• 12: luva de redução - 1” x ∅ do item 13; 
• 13: tubo da rede primária. 
 
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11
 
Figura 6.8. Detalhe do conjunto para controle e manobra de acordo com a NSCI (1994) 
Fonte: adaptado de Oliveira e Coelho Neto (2006) 
 
A Figura 6.9 ilustra uma central de gás projetada de acordo com as especificações da NSCI. Na 
planta, pode ser visto o posicionamento dos cilindros, dos extintores, das aberturas para ventilação e 
do conjunto de controle e manobra (identificado pela sigla CCM). Os demais elementos contidos no 
desenho são identificados por números e obedecem a seguinte correspondência: 
• 1: cilindro removível P45 ou P90; 
• 2: registro de corte rápido (válvula de esfera); 
• 3: gambiarra (tubulação de interligação dos cilindros); 
• 4: tubo de aço ∅ 3/4”; 
• 5: tredolet; 
• 6: pig tail (em cobre ou borracha). 
 
 
 Figura 6.9. Modelo de central de gás de acordo com a NSCI (1994) 
Fonte: adaptado de Oliveira e Coelho Neto (2006) 
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12
Os dispositivos e acessórios comumente utilizados na rede interna de interligação dos cilindros da 
central de gás são apresentados na Figura 6.10. A válvula de esfera, conhecida também por registro 
de corte, serve para controlar o fluxo de gás na tubulação. 
 
 
Figura 6.10. Dispositivos e acessórios utilizados na interligação dos cilindros da central de gás 
Fonte: adaptado de FDE (2004) 
 
A Figura 6.11 mostra a vista externa da central de gás de um edifício residencial localizado em 
Florianópolis. O projeto e a execução da edificação atendeu as especificações da NSCI (1994). Na 
parede externa estão fixados os abrigos dos extintores e do conjunto para controle e manobra. A 
porta possui veneziana para ventilação, eixo vertical pivotante, dimensões de 0,90 x 1,70 m e abre-se 
para fora, ou seja, no sentido do fluxo de saída. A sinalização de segurança atende a NSCI, mas 
seria considerada insuficiente caso a central tivesse sido projetada pela NBR 13523, porque faltam os 
seguintes avisos: perigo, inflamável e proibido fumar. 
 
 
Figura 6.11. Vista externa da central de gás de um edifício residencial em Florianópolis 
 
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Alunos que atuarão em outros estados do país deverão verificar a legislação local do Corpo de 
Bombeiros no tocante ao projeto da central de gás. Um padrão de abrigo muito utilizado em outros 
estados brasileiros agrupa os cilindros em linha conforme mostra a Figura 6.12, onde podem ser 
vistos, também, trechos das redes primária e secundária de distribuição. 
 
 
Figura 6.12. Modelo de central de gás com cilindros agrupados em linha 
Fonte: adaptado de FDE (2004) 
 
A central de GLP deve obedecer a um afastamento mínimo da projeção vertical do corpo da 
edificação, levando-se em consideração a quantidade de gás, de acordo com os dados da 
Tabela_6.2. Deve-se respeitar simultaneamente os afastamentos mínimos preconizados na NBR 
13523 e na IN008, a seguir relacionados: 
• 1,50 m de aberturas como ralos, poços, canaletas e outras em nível inferior aos recipientes; 
• 3,00 m de qualquer fonte de ignição, material de fácil combustão e estacionamento de 
veículos, de outras edificações, vias públicas, aparelhos de ar condicionado e aberturas de 
edificações ; 
• 3,00 m de linhas de eletricidade (medida em projeção horizontal); 
• 6,00 m de qualquer depósito de materiais inflamáveis; 
• 15,00 m de depósitos de hidrogênio. 
 
Tabela 6.2. - Afastamento mínimo da central de GLP em relação à projeção vertical do corpo da 
edificação 
Quantidade de GLP 
Afastamento mínimo (m) 
Recipiente em 
central 
Recipiente de 
superfície 
Recipiente enterrado 
ou aterrado 
Até 1000 kg 0 1,5 3,0 
Acima de 1000 kg a 2750 kg 1,5 3,0 3,0 
Acima de 2750 kg a 4000 kg 3,0 7,5 3,0 
Acima de 4000 kg a 60000 kg 7,5 15,0 15,0 
Acima de 60000 kg 15,0 22,5 15,0 
Fonte: IN008/CBMSC (2009) 
 
Recipiente de superfície: instalado diretamente sobre o solo ou sobre suportes rentes ao chão. A 
central com este tipo de recipiente deve ter os mesmos assentados em base ou suportes estáveis, 
de material incombustível. 
 
Recipiente aterrado: recoberto de terra compactada, com no mínimo 30cm de espessura. 
 
Recipiente enterrado: instalado a uma profundidade mínima de 30cm (entre o topo do recipiente e o 
nível do solo. 
 
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14
Observação: os afastamentos preconizados na NBR 13523 são inferiores aos da NSCI, não sendo 
aceitos pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. 
 
Além dos afastamentos mencionados anteriormente, a central de gás não poderá ser instalada em 
fossos de iluminação e ventilação, garagens e subsolos, cota negativa (levando em consideração o 
logradouro público) e local de difícil acesso (CBMSC, 1994). 
 
A proteção contra incêndios da central de gás deverá ser feita por extintores de pó químico em 
função da capacidade de armazenamento de GLP e do número de capacidades extintoras (CE), 
conforme indicado na Tabela 6.3. 
 
Tabela 6.3. - Número de capacidades extintoras em função da quantidade de GLP 
Quantidade de GLP Total de CE 
Até 360 kg 01 
De 361 kg até 720 kg 02 
De 721 kg até 1080 kg 03 
Acima de 1080 kg para cada 360 kg de GLP excedente, acrescentar 01 CE 
Fonte: CBMSC (1994) 
 
A condição mínima para que se constitua uma “CE”, obedece a critérios de tipo e quantidade de 
agente extintor: 
• Espuma: capacidade extintora igual a 10 litros; 
• Gás Carbônico (CO2): capacidade extintora igual a 4kg; 
• Pó Químico: capacidade extintora igual a 4 kg (à base de bicarbonato de sódio); 
• Água pressurizada: capacidade extintora igual a 10 litros. 
 
A NBR 13523 apresenta quantidades diferenciadas de agente extintor para a proteção contra 
incêndios da central de gás em relação a NSCI, como mostra a Tabela 6.4. Caso o projetista opte 
pela utilização das duas normas, deverá comparar as quantidades obtidas para o agente extintor e 
adotar o valor que confira maior grau de segurança contra incêndios (CBMSC, 2004). 
 
Tabela 6.4. - Número de capacidades extintoras em função da quantidade de GLP 
Quantidade de GLP Quantidade e capacidade de extintores 
Até 270 kg 2 x 4 kg 
De 271 kg até 1800 kg 2 x 6 kg 
Acima de 1800 kg 2 x 12 kg 
Fonte: ABNT (1995) 
 
O número de cilindros de GLP da central de gás pode ser determinado através das seguintes etapas: 
 
1o Verificar a potência nominal de cada aparelho de utilização de gás através das Tabelas 6.5. e 6.6. 
Caso o fabricante forneça a potência nominal do aparelho, ela deverá ser utilizada e registrada em 
projeto. 
 
Tabela 6.5. - Potência nominal dos aparelhos de utilização pela NBR 13932 e NBR 13933 
Aparelho Tipo Potência nominal (kcal/h) 
Fogão 4 bocas Com forno 7000 
Fogão 4 bocas Sem forno 5000 
Fogão 6 bocas Com forno 11000 
Fogão 6 bocas Sem forno 8000 
Forno de parede - 3000 
Aquecedor de acumulação 50 L - 75 L 7500 
Aquecedor de acumulação 100 L - 150 L 9000 
Aquecedor de acumulação 200 L - 300 L 15000 
Aquecedor de passagem 6 L/min 9000 
Aquecedor de passagem 8 L/min 12000 
Aquecedor de passagem 10 L/min 14700 
Aquecedor de passagem 15 L/min 22000 
Aquecedor de passagem 25 L/min 38000 
Aquecedor de passagem 30 L/min 45000 
Secadora de roupa - 6000 
Fonte: adaptado de ABNT (1997a) e ABNT (1997b) 
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Tabela 6.6. - Potência nominal dos aparelhos de utilização pela IN008 do CBMSC 
Aparelho de utilização Tipo Capacidade nominal kW Kcal/h Kcal/min 
Fogão 4 bocas Com forno8,1 7000 117 
Fogão 4 bocas Sem forno 5,8 5000 84 
Fogão 6 bocas Com forno 12,8 11000 184 
Fogão 6 bocas Sem forno 9,3 8000 134 
Forno de parede - 3,5 3000 50 
Aquecedor acumulação 50 L – 75 L 8,7 7500 125 
Aquecedor acumulação 100 L – 150 L 10,5 9000 150 
Aquecedor acumulação 200 L - 300 L 17,4 15000 250 
Aquecedor passagem 6 L/min 10,5 9000 150 
Aquecedor passagem 8 L/min 14,0 12000 200 
Aquecedor passagem 10 L/min 17,1 14700 245 
Aquecedor passagem 15 L/min 26,5 22800 380 
Aquecedor passagem 20 L/min 28,7 24700 410 
Lenhos (Lareira) Infravermelho 6,1 5200 87 
Lenhos (Lareira) C/Labaredas 8,5 7300 122 
Aquecedor de ambientes - 6,63 5700 95 
Secadora de roupa - 7,0 6000 100 
Fogão 4 queimadores Semi-Industrial 16,3 14000 234 
Fogão 6 queimadores Semi-Industrial 18,9 16250 270 
Fogão industrial com: 
 queimador duplo 10,0 8600 144 
 queimador simples - 3,9 3360 56 
 chapa - 6,2 5330 89 
 banho maria - 3,9 3360 56 
 forno - 4,8 8 4130 69 
Kit Compact Sem forno 
 cada queimador - 1,4 1200 20 
Máquina de lavar louça - 13,0 11200 187 
Churrasqueira 5 queimadores 9,8 8400 140 
Churrasqueira 4 queimadores 7,8 6700 112 
Churrasqueira 3 queimadores 5,9 5100 85 
Churrasqueira 2 queimadores* 3,9 3360 56 
* Nesta linha, na IN008 consta “5 queimadores”, mas pelos valores indicados, parece ser “2 
queimadores”. 
 
2o Determinar a potência computada (C) em função do número e da potência nominal dos aparelhos. 
 
3o Calcular o consumo de GLP por meio da equação 6.1. 
 
PCI
CCg = (6.1) 
 
Onde: 
Cg é o consumo de GLP (kg/h); 
C é a potência computada (kcal/h); 
PCI é o poder calorífico inferior do GLP (kcal/kg). 
Observação: o poder calorífico do GLP pode variar de 11000 kcal/kg a 11800 kcal/kg em função dos 
teores de butano e de propano do gás (MACINTYRE, 1996). 
 
4o Determinar o número de cilindros de GLP através da Tabela 6.7. 
 
 
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Tabela 6.7. - Número de cilindros de gás (P45) em função do consumo de GLP pela NSCI 
Cg S NC Cg S NC Cg S NC Cg S NC 
2 100% 2+2 16 53% 8+8 30 36% 11+11 70 23% 17+17 
3 100% 3+3 17 52% 9+9 32 35% 11+11 75 22% 17+17 
4 95% 4+4 18 50% 9+9 34 34% 12+12 80 21% 17+17 
5 83% 4+4 19 49% 9+9 36 32% 12+12 85 20% 17+17 
6 80% 5+5 20 47% 9+9 38 31% 12+12 90 19% 18+18 
7 77% 5+5 21 46% 10+10 40 30% 12+12 95 19% 18+18 
8 73% 6+6 22 45% 10+10 42 29% 13+13 100 18% 18+18 
9 70% 6+6 23 44% 10+10 44 28% 13+13 105 18% 19+19 
10 64% 6+6 24 43% 10+10 46 28% 13+13 110 17% 19+19 
11 63% 7+7 25 41% 10+10 48 27% 13+13 115 17% 20+20 
12 61% 7+7 26 40% 10+10 50 27% 14+14 120 17% 20+20 
13 59% 8+8 27 39% 10+10 55 26% 15+15 125 16% 20+20 
14 57% 8+8 28 38% 11+11 60 25% 15+15 130 16% 21+21 
15 55% 8+8 29 37% 11+11 65 24% 16+16 135 16% 22+22 
Onde: Cg é o consumo de GLP (kg/h), S é o fator de simultaneidade e NC é o número de cilindros de 
45 kg de GLP. 
 
Exercício 6.1. Determinar a quantidade de cilindros de GLP para a central de gás de um edifício de 
10 pavimentos, sendo 2 apartamentos por pavimento, com os seguintes aparelhos por economia: 1 
fogão de 4 bocas com forno e 1 aquecedor de passagem de 25 l/min. Adotar cilindros P45. 
Determinar também o afastamento mínimo da central em relação à edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exercício 6.2. Determinar o número de capacidades extintoras necessárias para a proteção contra 
incêndios da central de gás dimensionada no exercício 6.1. Adotar os parâmetros da NSCI (1994). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.5.2. Instalações para uso alternativo de GN e GLP 
 
Face aos investimentos na extensão das redes de distribuição de GN, é apropriado tecnicamente 
projetar as instalações prediais de distribuição de gás para uso alternativo de GN ou GLP. Desse 
modo, os consumidores podem optar pela utilização do gás combustível mais conveniente. 
 
O projeto da rede de distribuição interna é semelhante ao das instalações para uso exclusivo de GLP. 
Além da central de gás, cujos requisitos foram descritos no item 6.5.1.2, é necessária a previsão de 
um ramal para interligação com a rede de distribuição da concessionária de GN. A Figura 6.13 ilustra 
uma rede de distribuição para uso alternativo de GN ou GLP. 
 
 
Figura 6.13. Exemplo de rede de distribuição interna de GN / GLP com prumada coletiva 
 
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6.5.2.1 Requisitos de projeto 
 
Devem ser atendidos os requisitos apresentados no item 6.5.1.1 e na NBR 14570 (ABNT, 2000c). O 
projetista deve atentar para: 
• A instalação de gás deve ser provida de válvulas de fechamento manual em cada ponto em 
que sejam necessárias para a segurança, a operação e manutenção; 
• As tubulações não podem ser consideradas como elementos estruturais e não devem passar 
por pontos que as sujeitem a tensões inerentes à estrutura da edificação; 
• É proibida a utilização de tubulações de gás como aterramento elétrico; 
• As tubulações devem ser envoltas em revestimento maciço quando embutidas em paredes; 
• Deve-se garantir que o consumidor final fique com uma planta (projeto como construído) da 
tubulação. 
 
6.6. Dimensionamento da tubulação 
 
O dimensionamento da tubulação de gás e a especificação dos reguladores de pressão devem 
manter a pressão, nos pontos de utilização, tão próxima quanto possível da pressão nominal 
estabelecida pelas normas brasileiras para os respectivos aparelhos de utilização de gás ou, na falta 
destes, da pressão nominal informada pelo fabricante. Deve ser garantida a vazão necessária para 
suprir a instalação levando-se em conta a perda de carga máxima admitida para permitir um perfeito 
funcionamento dos aparelhos de utilização de gás. A pressão máxima para condução do gás na rede 
interna deve ser definida em função da norma técnica utilizada para dimensionamento: 
a) Dimensionamento pela NBR 13932 ou pela NBR 14570 
• 150 kPa (≅ 1,50 kgf/cm²) para redes primárias; 
• 5 kPa (≅ 0,05 kgf/cm²) para redes secundárias. 
b) Dimensionamento pela NBR 13933 (para gás natural) 
• 35 kPa (≅ 0,35 kgf/cm²) para média pressão; 
• 5 kPa (≅ 0,05 kgf/cm²) para baixa pressão. 
 
As normas brasileiras estabelecem uma série de requisitos para dimensionamento da rede interna de 
distribuição de gás. Entretanto, observou-se durante a elaboração desta apostila, a inexistência de 
padronização na apresentação desses requisitos. Assim sendo, elaborou-se um resumo das 
condições preconizadas nas normas atualmente vigentes conforme apresenta a Tabela 6.8. 
 
Tabela 6.8. - Condições exigidas no dimensionamento da rede interna de distribuição de gás 
Indicador 
Condições 
GLP 
(NBR 13932) 
GN 
(NBR 13933) 
GLP 
(NBR 14570) 
GN 
(NBR 14570) 
Perda de carga máxima na 
rede primária 
15 kPa na 
rede primária - 
15 kPa na 
rede primária - 
Perda de carga máxima na 
rede interna - 
0,19 kPa 
(20 mmca) - 10% 
Pressão inicial de cálculo - - 2,74 kPa (280 mmca) 
1,96 kPa 
(200 mmca) 
Pressão nominal para 
aparelho de modelo 
doméstico 
2,8 kPa 2 kPa - - 
Pressão final mínima no ponto 
de utilização 2,6 kPa - 2,6 kPa - 
DN mínimo na rede interna 15 mm (1/2”) - 15 mm (1/2”) - 
Fonte: ABNT (1997a), ABNT (1997b) e ABNT (2000c) 
 
A NBR.13932 e a NBR 13933 não estabelecem valores da pressão inicial de cálculo para o 
dimensionamento das instalações de GLP e GN. Sendo assim, a pressão inicial deverá ser definida 
em função da disposição dos reguladores de pressão na rede interna, devendo-se respeitar as 
pressões máximas para condução do gás na rede e os demais requisitos da Tabela 6.8. 
 
Nos exemplos da NBR 13932, os trechos das redes internas de distribuição são dimensionados com 
as seguintespressões iniciais: 
a) Trechos em baixa pressão (após o regulador de 2o estágio) : 2,8 kPa; 
b) Trechos em média pressão (após o regulador de 1o estágio): 150 kPa. 
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Salienta-se, porém, que os trechos dimensionados em baixa pressão nos exemplos da NBR 13932, 
poderiam ter pressão inicial de até 5 kPa, desde que a pressão final nos pontos de utilização 
estivesse compreendida entre 2,6 kPa e 2,8 kPa. Já nos exemplos da NBR 13933, as redes internas 
são dimensionadas considerando uma pressão inicial de 1,96 kPa (200 mmca) e a perda de carga 
nas tubulações é sempre inferior a 0,19 kPa (20 mmca). 
 
Quando a rede de distribuição é dimensionada para uso alternativo de GN ou GLP deve-se atentar 
para as exigências da NBR 14570. As tubulações deverão ser dimensionadas em baixa pressão, 
tanto para GN quanto para GLP, e deverá ser adotado o maior diâmetro de tubulação calculado. Nos 
exemplos de dimensionamento desta norma, as pressões iniciais de cálculo são iguais a 2,80 kPa 
para GLP e 1,96 kPa para GN, porém, no texto da norma é estabelecida uma pressão inicial 
ligeiramente inferior para o GLP, igual a 2,74.kPa. Essa diferença pode ser, possivelmente, oriunda 
da conversão das unidades de pressão. Entretanto, é importante ressaltar que boa parte dos 
reguladores de 2o estágio, comercializados atualmente, são dimensionados para uma pressão de 
saída de 2,80 kPa. 
 
A seguir é sugerido um roteiro de dimensionamento da tubulação baseado nas fórmulas da 
NBR 13932, NBR 13933 e NBR 14570. 
 
1o Verificar a potência nominal de cada aparelho de utilização de gás através da Tabela 6.5. 
 
Caso o fabricante forneça a potência nominal do aparelho, ela poderá ser utilizada. 
 
2o Apurar a potência computada (C) em cada trecho através do somatório das potências nominais 
dos aparelhos por ele supridos. 
 
3o Encontrar o fator de simultaneidade (F) em função da potência computada (C). Cabe ao 
projetista verificar as condições prováveis da utilização dos equipamentos e possíveis expansões de 
utilizações para decidir sobre qual valor será utilizado no fator de simultaneidade, sendo permitido o 
valor encontrado através do gráfico da Figura 6.14 ou o calculado pelas equações 6.2 a 6.5. 
 
C < 350 F = 100 (6.2) 
350 < C < 9612 F = 100 / [1 + 0,001 (C - 349)0,8712] (6.3) 
9612 < C < 20000 F = 100 / [1 + 0,4705 (C - 1055)0,19931] (6.4) 
C > 20000 F = 23 (6.5) 
 
Onde: 
C é a potência computada (kcal/min); 
F é o fator de simultaneidade (%). 
 
Observação: para um único equipamento o fator de simultaneidade deve ser igual a 100% 
 
4o Calcular a potência adotada (A) através da equação 6.6. 
 
A = C x F / 100 (6.6) 
 
Onde: 
A é a potência adotada (kcal/h); 
C é a potência computada (kcal/h); 
F é o fator de simultaneidade (%). 
 
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Figura 6.14. Fator de simultaneidade em função da potência computada 
Fonte: ABNT (1997a), ABNT (1997b) e ABNT (2000c) 
 
5o Determinar a vazão de gás (Q) por meio da equação 6.7. 
 
Q = A / PCI (6.7) 
 
Onde: 
Q é a vazão de gás (m³/h); 
A é a potência adotada (kcal/h); 
PCI é o poder calorífico inferior do gás (kcal/m³). 
 
O poder calorífico do gás deve ser adotado em função dos seguintes usos para as instalações 
internas: 
• Uso exclusivo de gás liquefeito de petróleo: PCIGLP = 24000 kcal/m³ (ABNT, 1997a); 
• Uso exclusivo de gás natural: PCIGN = 9230 kcal/m³ (ABNT, 1997b); 
• Uso alternativo de GN ou GLP: PCIGLP = 24000 kcal/m³, PCIGN = 8600 kcal/m³ (ABNT, 2000c). 
 
6o Adotar um diâmetro interno inicial (D) para determinar o comprimento equivalente total (L). 
 
O comprimento equivalente total deve ser calculado somando-se os trechos retos da tubulação e os 
comprimentos equivalentes de conexões e registros conforme valores fornecidos pelos fabricantes. 
Na falta destes dados, pode-se utilizar valores consagrados internacionalmente, desde que se 
garanta que a perda de carga localizada real não ultrapasse o valor utilizado no cálculo. As Tabelas 
6.9 e 6.10 apresentam os comprimentos equivalentes para diferentes conexões em função do 
diâmetro nominal para tubos de cobre e aço, respectivamente. Nestas tabelas são apresentados 
ainda os diâmetros internos dos tubos. 
 
Na rede de distribuição interna são admitidos tubos de cobre rígido, sem costura, com espessura 
mínima de 0,8 mm para baixa pressão e classes A ou I para média pressão. São admitidos também 
tubos de aço, com ou sem costura, preto ou galvanizado, das classes normal ou média. Caso forem 
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utilizados tubos de aço preto, quando na montagem, deverão receber tratamento superficial 
anticorrosivo (ABNT, 1997a; ABNT, 1997b; ABNT, 2000c). Os tubos de cobre de classe A ou I 
também podem ser utilizados para baixa pressão, visto que os tubos da classe E somente 
apresentam espessura de parede superior a 0,8 mm para diâmetros maiores que 35 mm. 
 
As conexões para tubos de aço, acopladas por rosqueamento, podem ter roscas cônicas (sistema 
NPT - padrão americano) ou do tipo macho cônica e fêmea paralela (sistema BSP - padrão 
internacional). As conexões com rosca BSP devem ser acopladas em tubos de aço de classe média e 
as conexões com rosca NPT devem ser acopladas em tubos de aço de classe normal (ABNT, 1997a; 
ABNT, 1997b; ABNT, 2000c). 
 
Tabela 6.9. - Perda de carga em conexões – comprimento equivalente para tubos de cobre (m) 
Diâmetro 
nominal 
(mm) 
Diâmetro interno (mm) Tipo de conexão 
Classe A Classe I Cotovelo 90o Curva 45o Tê passagem direta 
Tê passagem 
lateral 
15 13,4 13,0 1,1 0,4 0,7 2,3 
22 20,2 19,8 1,2 0,5 0,8 2,4 
28 26,2 25,6 1,5 0,7 0,9 3,1 
35 32,8 32,2 2,0 1,0 1,5 4,6 
42 39,8 39,2 3,2 1,0 2,2 7,3 
54 51,6 51,0 3,4 1,3 2,3 7,6 
66 64,3 63,7 3,7 1,7 2,4 7,8 
79 76,4 75,6 3,9 1,8 2,5 8,0 
104 101,8 100,8 4,3 1,9 2,6 8,3 
Fonte: ELUMA (2006) 
 
Os valores apresentados na Tabela 6.10 foram determinados através de ensaios efetuados pelo 
Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos, estado de São 
Paulo, em maio de 1976. 
 
Tabela 6.10. - Perda de carga em conexões– comprimento equivalente para tubos de aço (m) 
Diâmetro 
nominal 
(pol) 
Diâmetro interno 
mínimo (mm) Tipo de conexão 
Classe 
Normal 
Classe 
Média 
Cotovelo 
90o 
Cotovelo 
45o 
Tê fluxo 
direto 
Tê fluxo 
lateral 
Tê 45o 
fluxo 
direto 
Tê 45o 
fluxo em 
ângulo 
Válvula 
de 
esfera 
1/2 15,8 15,7 0,47 0,22 0,08 0,69 0,09 0,44 0,10 
3/4 20,9 21,2 0,70 0,32 0,12 1,03 0,13 0,66 0,20 
1 26,6 26,6 0,94 0,43 0,17 1,37 0,18 0,88 0,30 
1.1/4 35,0 35,3 1,17 0,54 0,21 1,71 0,22 1,10 0,40 
1.1/2 40,8 41,2 1,41 0,65 0,25 2,06 0,27 1,31 0,70 
2 52,3 52,2 1,88 0,86 0,33 2,74 0,36 1,75 0,80 
2.1/2 62,4 67,8 2,35 1,08 0,41 3,43 0,44 2,19 0,90 
3 77,7 79,9 2,82 1,30 0,50 4,11 0,55 2,70 0,90 
4 102,3 104,1 3,76 1,73 0,66 5,49 0,76 3,51 1,00 
5 127,9 128,5 4,70 2,16 0,83 6,86 - - - 
6 154,1 153,5 5,64 2,59 0,99 8,23 - - - 
Fonte: TUPY (2006) 
 
7o Verificar a perda de carga. 
 
A verificação da perda de carga nas redes de distribuição de GLP pode ser realizada através das 
equações 6.8 e 6.9. 
 
→ Rede de GLP em média pressão (até 150 kPa) 
 
82,4
82,1
g
5
abs
2
abs
2
D
)QxLxdx10x67,4(
PBPA =− (6.8) 
UFSC / Depto de Engenharia Civil / ECV 5317 – Instalações I 
 
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22
Onde: 
PAabs é a pressão absoluta inicial na saída do regulador de 1o estágio em média pressão (kPa); 
PBabs é a pressão absoluta na entrada do regulador de 2o estágio no ponto mais crítico do trecho (kPa); 
dg é a densidade relativa do GLP (adota-se 1,8); 
L é o comprimento equivalente total (m); 
Q é a vazão de gás (m³/h); 
D é o diâmetro interno do tubo (mm). 
 
→ Rede de GLP em baixapressão (até 5 kPa) 
 
82,4
82,1
g
D
)QxLxdx2273(
PBPA =− (6.9) 
 
Onde: 
PA é a pressão inicial na saída do regulador de 2o estágio ou estágio único em baixa pressão (kPa); 
PB é a pressão na entrada do aparelho de utilização no ponto mais crítico do trecho (kPa); 
dg é a densidade relativa do GLP (adota-se 1,8); 
L é o comprimento equivalente total (m); 
Q é a vazão de gás (m³/h); 
D é o diâmetro interno do tubo (mm). 
 
Nas redes de distribuição de GN a verificação da perda de carga é efetuada por meio da equação 
6.10. 
 
8,4
8,08,1
D
)LxSxQx2029(PBPA =− (6.10) 
 
Onde: 
PA é a pressão de entrada de cada trecho (kPa); 
PB é a pressão de saída de cada trecho (kPa); 
S é a densidade relativa do GN (adota-se 0,6); 
L é o comprimento equivalente total (m); 
Q é a vazão de gás (m³/h); 
D é o diâmetro interno do tubo (mm). 
 
8o Adicionar a perda ou ganho de carga devido ao peso da coluna de gás. 
 
A inclusão da perda de carga devida ao peso da coluna de GLP nos trechos verticais de tubulação é 
calculada pela equação 6.11. 
 
)1d(xHx10x318,1z g2 −=∆ − (6.11) 
 
Onde: 
∆z é a perda de pressão (kPa); 
H é a altura do trecho vertical (m); 
dg é a densidade relativa do GLP (adotar 1,8); 
 
Nas redes de distribuição de GN deve-se considerar um ganho de pressão nos trechos verticais de 
tubulação ascendente e uma perda de pressão nos trechos verticais descendentes, ambos 
calculados pela equação 6.12. 
 
Hx005,0z =∆ (6.12) 
 
Onde: 
∆z é a perda ou ganho de pressão (kPa); 
H é a altura do trecho vertical (m); 
 
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23
9o Conferir diâmetros. 
 
Caso a rede de distribuição seja projetada para uso alternativo de GN ou GLP, após finalizar o 
dimensionamento, é necessário conferir os diâmetros calculados, devendo-se adotar os maiores 
diâmetros encontrados para as tubulações. 
 
A NSCI apresenta tabelas para dimensionamento da tubulação da rede secundária. Inicialmente, 
verifica-se a potência nominal dos aparelhos de utilização de gás, apura-se as potências computadas 
nos trechos da rede e os comprimentos da tubulação. Em seguida, com o auxílio de uma tabela 
presente na norma, levanta-se a potência adotada para cada trecho da tubulação e em posse destes 
valores e dos comprimentos anteriormente apurados, determina-se o diâmetro das tubulações com o 
auxílio de uma segunda tabela (CBMSC, 1994). A NSCI não faz menção ao cálculo da perda de 
carga, ao ganho ou perda de carga devido ao peso da coluna de gás, a densidade relativa do gás e 
nem ao tipo de material utilizado. 
 
Exercício 6.3. Dimensionar as tubulações de distribuição de GLP para a rede esquematizada 
abaixo (edificação residencial). Adotar tubos de cobre classe I e regulador de pressão de 2,8kPa no 
abrigo. 
 
 
 
 
 
Trech
o 
Potência 
computada 
(kcal/h) 
Fator 
simult. 
(%) 
Potência 
adotada 
(kcal/h) 
Vazão 
(m³/h) 
Comp. 
tubos 
(m) 
Comp. 
equiv. 
(m) 
Comp. 
total 
(m) 
∆z 
(kPa) 
Pressão 
inicial 
(kPa) 
∆P 
(kPa) 
Pressão 
final 
(kPa) 
∅ 
(mm) 
AB 
 
BB’ 
 
BC 
 
CC’ 
 
CD 
 
 
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24
Continuação exercício 6.3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício 6.4. Dimensionar as tubulações de distribuição de gás da rede esquematizada no 
exercício 6.3 considerando uso alternativo de GN. Adotar tubos de cobre classe I. 
 
Trech
o 
Potência 
computada 
(kcal/h) 
Fator 
simult. 
(%) 
Potência 
adotada 
(kcal/h) 
Vazão 
(m³/h) 
Comp. 
tubos 
(m) 
Comp. 
equiv. 
(m) 
Comp. 
total 
(m) 
∆z 
(kPa) 
Pressão 
inicial 
(kPa) 
∆P 
(kPa) 
Pressão 
final 
(kPa) 
∅ 
(mm) 
AB 
 
BB’ 
 
BC 
 
CC’ 
 
CD 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25
Exercício 6.5. Dimensionar a rede de distribuição de GLP de um edifício de 10 pavimentos, sendo 
4 apartamentos por pavimento, com os seguintes aparelhos por economia: 1 fogão de 6 bocas com 
forno e 1 aquecedor de passagem de 6 l/min. Adotar tubos de aço galvanizado classe normal. 
Considerar um regulador de estágio único de 5 kPa no ponto A, e regulador de 2,8 kPa junto ao 
medidor de cada apartamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26
Continuação exercício 6.5 
Trecho 
Potência 
computada 
(kcal/h) 
Fator 
simult. 
(%) 
Potência 
adotada 
(kcal/h) 
Vazão 
(m³/h) 
Comp. 
tubos 
(m) 
Comp. 
equiv. 
(m) 
Comp. 
total 
(m) 
∆z 
(kPa) 
Pressão 
inicial 
(kPa) 
∆P 
(kPa) 
Pressão 
final 
(kPa) 
∅ 
(mm) 
AB 
 
BC 
 
CD 
 
DE 
 
EF 
 
FG 
 
GH 
 
HI 
 
IJ 
 
JK 
 
 
XY 
 
YZ 
 
YY’ 
 
 
Observações: 
 
1. A NBR 13103 (ABNT, 2000a) e a NBR 13523 (ABNT, 1995) encontravam-se em revisão até a 
1a edição desta apostila; 
2. A NBR 13523 (ABNT, 1995) não inclui parâmetros para dimensionamento das centrais de 
gás. 
 
6.7. Referências bibliográficas 
 
ABNT. NBR 8473: Regulador de baixa pressão para gás liquefeito de petróleo (GLP) com capacidade 
até 4 kg/h. Rio de Janeiro, 2005. 
 
ABNT. NBR 8613: Mangueiras de PVC plastificado para instalações domésticas de gás liquefeito de 
petróleo (GLP). Rio de Janeiro, 1999. 
 
ABNT. NBR 13103: Adequação de ambientes residenciais para instalação de aparelhos que utilizam 
gás combustível. Rio de Janeiro, 2000a. 
 
ABNT. NBR 13523: Central predial de gás liquefeito de petróleo. Rio de Janeiro, 1995. 
 
ABNT. NBR 13932: Instalações internas de gás liquefeito de petróleo (GLP) - Projeto e execução. Rio 
de Janeiro, 1997a. 
 
UFSC / Depto de Engenharia Civil / ECV 5317 – Instalações I 
 
Prof. Enedir Ghisi / Eng. Vinicius Luis Rocha 
27
ABNT. NBR 13933: Instalações internas de gás natural (GN) - Projeto e execução. Rio de Janeiro, 
1997b. 
 
ABNT. NBR 14024: Centrais prediais e industriais de gás liquefeito de petróleo (GLP) - Sistema de 
abastecimento a granel. Rio de Janeiro, 2000b. 
 
ABNT. NBR 14570: Instalações internas para uso alternativo dos gases GN e GLP - Projeto e 
execução. Rio de Janeiro, 2000c. 
 
CBMSC. Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina: Norma de segurança contra incêndios 
(NSCI). Florianópolis, 1994. 
 
CBMSC. Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina: Resolução no 41/CAT/CCB/04. Florianópolis, 
2004. 
 
CBMSC. Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina: Instrução Normativa 008/DAT/CBMSC, 2009. 
 
COMPAGAS. Regulamento para instalações prediais de gás. Disponível em: 
<http://www.compagas.com.br>. Acesso em: novembro de 2006a. 
 
COMPAGAS. Disponível em: <http://www.compagas.com.br>. Acesso em: novembro de 2006b. 
 
COMGAS. Regulamento de instalações prediais - gás. Disponível em: 
<http://www.comgas.com.br>. Acesso em: janeiro de 2007. 
 
ELUMA. Catálogo de produtos. Disponível em: <http://www.eluma.com.br>. Acesso em: novembro 
de 2006. 
 
FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FDE). Manual de uso e segurança de 
instalações de gás em escolas / Fundação para o Desenvolvimento da Educação. São Paulo: 
FDE/DOS, 2004. 
 
LIQUIGAS. Disponível em: <http://www.liquigas.com.br>. Acesso em: novembro de 2006. 
MACINTYRE, A.J. Instalações hidráulicas prediais e industriais. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora 
LTC, 1996. 
 
MINASGAS. Disponível em: <http://www.minasgas.com.br>. Acesso em: janeiro de 2007. 
 
OLIVEIRA, R.C. DE; COELHO NETO, R.B. Adequação do projeto preventivo de incêndio da 
catedral metropolitana de Florianópolis.2006. 107p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação 
em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006. 
 
SANTOS, E.M. Gás natural, estratégias para uma nova energia no Brasil. 1ª ed. Rio de Janeiro: 
Editora Annablume, FAPESP e PETROBRÁS, 2002. 
 
SCGAS. Disponível em: <http://www.scgas.com.br>. Acesso em: janeiro de 2007. 
 
TUPY. Catálogo de produtos. Disponível em: <http://www.tupy.com.br>. Acesso em: novembro de 
2006. 
 
ULTRAGAZ. Disponível em: <http://www.ultragaz.com.br>. Acesso em: novembro de 2006.

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