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do lençol de rocha, devem ser feitos levantamentos sísmicos, de preferência em pontos equidistantes de duas sondagens executadas, objetivando uma delimitação mais precisa do referido lençol ou definindo se a constatação de rocha é devida à presença de matacões. Manual de Implantação Básica de Rodovia 169 MT/DNIT/IPR Coleta de amostras e ensaios Caracterização Deve ser coletada, em cada furo de sondagem, para cada camada de solo, uma amostra representativa, para a realização dos ensaios de granulometria, limite de liquidez, limite de plasticidade e umidade natural, de acordo com os métodos descritos nas normas do DNIT. A coleta deve ser procedida em pontos espaçados de 100 m, atendendo à sequência: eixo, borda direita, eixo, borda esquerda, eixo etc. Os solos podem ser classificados por critérios relativos à formação geológica, visando à identificação daqueles que apresentam o mesmo comportamento. Assim, as informações geológico-geotécnicas analisadas em conjunto permitem o grupamento de solos com características geológico-geotécnicas idênticas, como também, a mesma classificação de solos segundo a TRB - Transportation Researd Board. Os solos de mesma caracterização geológica constituem solos originários de um mesmo material matriz, tendo horizontes semelhantes e, essencialmente, as mesmas características ao longo do perfil, exceto quanto à textura do horizonte superficial. Os solos do mesmo grupo geológico que apresentarem a mesma classificação geotécnica (TRB) formarão o tipo de solo. A critério do projetista podem ser utilizadas outras classificações de solos, de acordo com as características apresentadas, tais como: a classificação de solos finos tropicais; classificação unificada; e classificação quanto à resiliência, que constam do Manual de Pavimentação do DNIT. Compactação e Índice de Suporte Em face do perfil de solos, deve ser programada a coleta de amostras de solos ao longo do futuro corte, inclusive subleito, pela escolha de pontos para a realização de ensaios de compactação e do Índice de Suporte Califórnia (ISC), atendendo ao número mínimo de nove ensaios para cada tipo de solo. Os ensaios de compactação e do Índice de Suporte Califórnia devem ser realizados de acordo com os métodos prescritos pelas normas do DNIT. Manual de Implantação Básica de Rodovia 170 MT/DNIT/IPR No caso dos materiais dos cortes, o conhecimento de suas características visa à aplicação futura como material de aterros (corpo e topo) e como material de fundo de cortes em solos e em rocha. Os pontos de coleta, visando à realização dos ensaios de compactação e ISC, devem ser utilizados, também, para coleta de amostras para os ensaios de caracterização. Nos casos em que for necessária maior rapidez na coleta, em relação à realização dos ensaios, o que gera mais armazenagem superior à área disponível, é admitida amostragem em duas fases, procurando fazê-las sempre nos mesmos pontos. As quantidades de amostras para os ensaios de caracterização, compactação e Índice de Suporte Califórnia, assim como outros ensaios necessários, acham-se definidas nas normas de Método de Ensaio do DNIT. Quadro resumo dos resultados dos ensaios Os resultados dos ensaios realizados devem ser apresentados no "Quadro-Resumo dos Resultados de Ensaios", de acordo com o modelo do Quadro 6. Ainda, com referência ao estudo dos materiais dos cortes, incluindo o subleito, deve ser apresentado um ―Boletim de Sondagem‖, de acordo com o modelo do Quadro 7, onde deve constar, também, a presença do lençol d'água até a profundidade de 1,50 m abaixo do greide. Este deve ser o critério básico para a recomendação de instalação de drenos profundos nos cortes; todavia, o projetista pode recomendar sua instalação, justificadamente, com base em outros elementos, que possam favorecer a acumulação d'água, tais como textura relativa dos solos, condições topográficas, geológica etc. Manual de Implantação Básica de Rodovia 171 MT/DNIT/IPR Quadro 6 – Quadro resumo dos resultados de ensaios Manual de Implantação Básica de Rodovia 172 MT/DNIT/IPR Quadro 7 – Boletim de sondagem PROFUNDIDADE NÍVEL DO ESTACA POSIÇÃO REGISTRO (m) CLASSIFICAÇÃO LENÇOL Nº Nº DE ATÉ EXPEDITA D‘ÁGUA BOLETIM DE SONDAGEM RODOVIA: TERRENO NATURAL E/OU SUBLEITO TRECHO: CÓDIGO SUBTRECHO: Análise Estatística Tomando como referência o "Quadro-Resumo dos Resultados de Ensaios" e para trechos com extensão máxima de 20 km, os solos de mesmo tipo devem ser grupados, e para cada grupo (ou subgrupo), deve ser feita uma análise estatística dos valores de limite de liquidez, índice de plasticidade, umidade ótima, massa específica aparente seca máxima, I.S.C., expansão e umidade natural. Para esta análise estatística é necessário que, de cada uma as características citada, haja pelo menos, 9 (nove) valores individuais. Manual de Implantação Básica de Rodovia 173 MT/DNIT/IPR Quadro 8 – Análise estatística de resultados de ensaios GRUPOS DE SOLOS (1) CARACTERÍSTICA N (2) X (3) (4) 1 (5) 2 (6) Xmín(7) Xmáx(8) G R A N U L O M E T R IA % P A S S A N D O 2‖ 1‖ 3/8‖ Nº 4 Nº 10 Nº 40 Nº 200 LL IP EA s máx. hót ISC EXPANSÃO hnat ANÁLISE ESTATÍSTICA DE RESULTADOS DE ENSAIOS RODOVIA: TRECHO: SUBTRECHO: EMPRÉSTIMO Nº. CÓDIGO Ideal seria dividir a rodovia em estudo em trechos, segundo o critério unicamente geológico, isto é, em extensões que reunissem solos da mesma origem. Tal divisão poderia levar a trechos muito longos ou excessivamente pequenos. A fixação de uma extensão máxima de 20 km para os trechos em questão serve para prevenir variações maiores dos valores representativos das características geotécnicas dos solos dos trechos. No caso de ocorrerem subtrechos muito pequenos e próximos, de solos da mesma origem geológica, convém tratá-los conjuntamente, como se contíguos fossem. Manual de Implantação Básica de Rodovia 174 MT/DNIT/IPR De um modo geral, chamando X1, X2, X3. Xn os valores individuais de qualquer uma das características citadas, tem-se: X X N (1) X X N 2 1 (2) (3) N 29,1 X1 (3) N 29,1 X2 (4) X = - 0,68 (5)min 1 (5) X = + 0,68 (6)max 2 (6) Onde: X = valor individual; N = número de valores individuais. Calculados X e , pelas fórmulas (1) e (2), verifica-se se há algum valor individual X fora do intervalo X + 2,5 (no caso de 9 < N < 20) ou, do intervalo X + 3 (no caso de N > 20); caso afirmativo, estes valores devem ser desprezados, refazendo-se os cálculos de X e . Em sequência, organizam-se, então, para cada grupo de solos, quadros correspondentes à "Análise Estatística dos Resultados de Ensaios", de acordo com o modelo do Quadro 8. Tendo em vista os resultados obtidos com a análise estatística, fixa-se a utilização dos diferentes grupos de solos, que podem ser empregados no corpo dos aterros, no subleito ou destinados a bota- fora. Verifica-se, também, nesta ocasião, de acordo com os valores de suporte dos materiais, se há necessidade de rebaixamento dos cortes, com substituição por material apropriado,