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Qualidade de Software - 
Introdução
 
SST
Passos, Ubiratan Roberte Cardoso
Qualidade de Software - Introdução / Ubiratan Roberte 
Cardoso Passos 
Ano: 2020
nº de p.: 8
Copyright © 2020. Delinea Tecnologia Educacional. Todos os direitos reservados.
Qualidade de Software - 
Introdução
3
Apresentação
Vamos estudar, neste momento, que o conceito de qualidade de software é 
subjetivo e depende do indivíduo ou grupo de indivíduos que interage com ele, além 
da época em que tal interação é realizada. 
A seguir, vamos perceber que o conceito de qualidade, para a engenharia de 
software, não se restringe ao período de utilização do software e engloba todo o 
ciclo de vida o produto, desde o desenvolvimento de funcionalidades que atendam, 
de fato, aos requisitos levantados até a capacidade de manutenção e suporte, 
quando o software está em funcionamento.
Contextualização
Apesar de sua importância ter sido realmente evidenciada somente a partir da 
década de 1990, os problemas com qualidade de software, ou, falta da qualidade, 
são um pouco antigos. Nos primeiros anos da década de 1980, a revista Business 
Week publicou em sua primeira página a seguinte manchete: “Software: A 
nova força propulsora”. O interesse pelo desenvolvimento de softwares estava 
amadurecendo, impulsionado principalmente pelo grande número de computadores 
“pessoais” ou para “pequenos negócios” que eram vendidos e necessitavam de 
softwares para que pudessem ser operados e oferecessem algum valor para seus 
usuários. Anos mais tarde, agora em meados da década de 1980, uma reportagem 
de capa Fortune destacava: “Uma crescente defasagem de software”, o software 
passara a ser uma grande preocupação administrativa. Já no final da década de 
1980, novamente por meio de uma manchete, a Business Week publica: “Armadilha 
do Software – Automatizar ou não?”. 
Os softwares que eram desenvolvidos até então, não se mostravam confiáveis, 
não eram desenvolvidos dentro do prazo e nos custos inicialmente previstos, seu 
desempenho não era satisfatório e sua manutenção era um desafio. Além de que os 
preços dos hardwares vinham diminuindo, devido principalmente à sua produção 
em larga escala, enquanto os preços dos softwares continuavam a aumentar.
4
Mesmo nesse cenário, a importância do software continuava a crescer, chegando 
a ser mais importante do que o próprio hardware, sendo até mesmo por muitos 
considerado como a chave do sucesso para diversos sistemas baseados em 
computadores. Sua capacidade de ser “amigável” ao usuário, seus recursos, tudo 
fazia com que o software se diferenciasse de seus concorrentes que, por muitas 
vezes, tinham as mesmas funcionalidades, entretanto, com outros aspectos.
Percebia-se naquele tempo que o desenvolvimento de grandes sistemas, quando 
concebido de maneira informal, sem regras ou etapas predefinidas, levava ao 
fracasso do projeto, não somente no sentido de que o projeto terminava sem ser 
concluído, mas também no sentido de que, mesmo sendo concluído, prazos e 
custos eram excedidos.
Em uma entrevista publicada na internet, Bertrand Meyer diz: 
“Se produzimos um sistema de software de péssima qualidade, 
perdemos porque ninguém irá querer comprá-lo. Se, por outro 
lado, gastamos um tempo infinito, um esforço extremamente 
grande e grandes somas de dinheiro para construir um software 
absolutamente perfeito, então isso levará muito tempo para ser 
completado, e o custo de produção será tão alto que iremos à 
falência.” A situação descrita por Bertrand é conhecida como 
dilema da qualidade (VENNERS, 2003).
Curiosidade
Conceito de Qualidade de Software
Vê-se, então, que caraterísticas desse novo ambiente obriga as empresas 
desenvolvedoras de software a investirem cada vez mais na melhoria da qualidade 
de seu produto. Entretanto, surge a questão: o que de fato vem a ser um software 
de qualidade? Aparentemente a resposta pode parecer simples, mas, dentro do 
contexto da engenharia de software, o conceito de qualidade pode variar de acordo 
com o ponto do indivíduo ou grupo de indivíduos que irá interagir com o software. 
Observando a literatura, facilmente podemos encontrar as seguintes definições para 
qualidade de software.
5
Na literatura
Pressman e Maxim (2016, p. 724) afirmam que “Qualidade de Software 
é a conformidade a requisitos funcionais e de desempenho que foram 
explicitamente declarados, a padrões de desenvolvimento claramente 
documentados, e a características implícitas que são esperadas de todo 
software desenvolvido por profissionais”.
Do ponto de vista de comitês internacionais 
De acordo com a ISO 9126 de 1994, “Qualidade é a totalidade de 
características e critérios de um produto ou serviço que exercem suas 
habilidades para satisfazer as necessidades declaradas ou envolvidas. (ABNT, 
1994, p. 6). Para a NBR ISO 8402 de 1994, “Qualidade é a totalidade das 
características de uma entidade, que lhe confere a capacidade de satisfazer 
necessidades explícitas e implícitas”.
Do ponto de vista dos envolvidos no processo
Para um cliente/usuário, um software de qualidade é aquele que atende a 
todos os seus requisitos, que realize o que foi proposto de forma eficiente e 
eficaz, segura, e sem apresentar falhas, que lhe apresente respostas precisas 
para seus “questionamentos”, entregue a informação quando solicitada e que 
seja de fácil utilização, entre outros.
Para um desenvolvedor, ou equipe de desenvolvimento, um software de qualidade 
é aquele desenvolvido com base nos melhores princípios da engenharia e software, 
de fácil manutenção, documentado, de fácil entendimento, com requisitos 
rastreáveis, implementação limpa, sem redundâncias ou código desnecessário. 
Apesar de que algumas das definições apresentadas convirjam para um mesmo 
sentido, é importante, para fins de estudo, que haja um consenso sobre qual a 
definição do termo qualidade de software. Sendo assim, tomemos como base 
as definições fornecidas pela literatura e pelos comitês internacionais. Dessa 
forma, podemos dizer então que a qualidade de software se refere ao conjunto de 
características esperadas em um produto de software, de forma que, sua presença 
garanta o atendimento das especificações realizadas pelo cliente, as necessidades 
do negócio e as expectativas dos desenvolvedores.
6
Atributos de qualidade
Com o propósito de identificar o conjunto de atributos fundamentais de qualidade 
de um software, o padrão ISO 9126 faz o apontamento para seis itens de qualidade:
Funcionalidade: referente ao grau com o que o 
software é capaz de satisfazer as necessidades 
declaradas por meio do seguinte grupo 
de subatributos: adequabilidade, exatidão, 
interoperabilidade, conformidade e segurança.
 
Confiabilidade: refere-se ao tempo em que o 
software permanece disponível para o uso, sendo 
indicado pelo seguinte grupo de subatributos: 
maturidade, tolerância a falhas, facilidade de 
recuperação.
Usabilidade: o quão fácil é a utilização do 
software, sendo sua medição realizada por 
meio dos seguintes subatributos: facilidade 
de compreensão, facilidade de aprendizagem, 
operabilidade.
Eficiência: o quanto o software otimiza o uso 
dos recursos de hardware. É indicado a partir 
dos seguintes subatributos: comportamento em 
relação ao tempo, comportamento em relação 
aos recursos.
7
Facilidade de manutenção: indica o quão fácil é 
de se realizar uma correção no software, sendo 
indicado pelos seguintes subatributos: facilidade 
de análise, facilidade de realização de mudanças, 
estabilidade, testabilidade.
Portabilidade: facilidade com a qual um software 
pode ser transposto de um ambiente a outro 
conforme indicado pelos seguintes subatributos: 
adaptabilidade, facilidade de instalação, 
conformidade, facilidade de substituição.
Outras instituições de reconhecimento internacional que também trazem conceitos, 
definições e características para qualidade de software são: ABNT ISO 9000:2015; 
Software Quality Assurance; SWEBOK do IEEE; e PMBOK.
Fechamento
Constatamos que o conceitode qualidade de software é relativo quando depende 
do indivíduo ou grupo de indivíduos que interage com ele. Porém, não há que se 
falar em qualidade se o software não cumpriu com os requisitos que levaram à sua 
produção ou não foi desenvolvido a tempo de ser utilizado por quem o demandou.
Destacamos que, além de atender preceitos relacionados a prazos e custos 
envolvidos no desenvolvimento, um software de qualidade deve implementar 
funcionalidades relacionadas aos requisitos com confiabilidade, usabilidade, 
eficiência, facilidade de manutenção e portabilidade.
8
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 9126:1994 - 
Engenharia de software - Qualidade de produto. Rio de Janeiro, ABNT, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR ISO 8402:1994 - 
Gestão da qualidade e garantia da qualidade - Terminologia. Rio de Janeiro, ABNT, 
1994. 
PRESSMAN, R. S.; MAXIM, B. R. Engenharia de software: uma abordagem 
profissional. 8. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016. 
VENNERS, B. Design by Contract: A Conversation with Bertrand Meyer. Artima 
Developer, December 8, 2003.

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