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Assim sendo, pode-se dizer que são elementos do ato administrativo: (1) sujeito; (2) objeto; (3) forma; (4) finalidade; e (5) motivo.
Sujeito: está relacionado à quem a lei atribui a competência para a prática do ato;
Objeto: também denominado de conteúdo, tem relação com o efeito jurídico imediato que o ato produz;
Em decorrência de todo e qualquer ato administrativo surge, extingue-se ou modifica-se um determinado direito, sendo esse o efeito jurídico produzido.
Forma: na doutrina, existem dois conceitos de forma como elemento do ato administrativo.
No conceito mais restrito, considera-se forma como a exteriorização do ato, isto é, o modo pelo qual ele é praticado (escrito, verbal, por decreto, portaria, resolução, etc).
Já no conceito mais amplo, além do modo pelo qual o ato é exteriorizado, entende-se a forma também como a necessidade de se observar todas as outras formalidades durante o processo de criação do ato administrativo, isto é as formalidades que antecedem a prática do ato e também as que sucedem a prática do ato.
Por exemplo, a demissão de um funcionário a bem do serviço público é um ato administrativo; porém, para que ele cumpra o requisito forma, há uma séria de formalidades que devem ser observadas antes, ou seja, há todo um processo administrativo disciplinar a ser trilhado. Esse processo, ao final, culminará na decisão de demissão (ato administrativo), o que deverá, ainda, ser publicado em diário oficial para ter a validade.
A corrente mais aceita é a que adota o conceito mais amplo, uma vez que a inobservância de qualquer formalidade durante o processo de criação do ato administrativo – como exposto no exemplo acima – acarretará na nulidade (invalidade) do ato.
Finalidade: consiste no resultado que a Administração Pública pretende alcançar com a prática do ato administrativo.
Vimos que o objeto constituiu o efeito jurídico imediato que o ato administrativo produz (aquisição, transformação ou extinção de direitos), já a finalidade, por sua vez, constitui o efeito jurídico mediato. Ou seja, é o resultado específico que cada ato deve produzir e encontra-se definido em lei.
Por exemplo, se a lei estabelece que a demissão é um ato punitivo, o ato administrativo de demissão não pode ser usado para outra finalidade senão a de punição.
Outro exemplo, se a lei estabelece a remoção ex officio do funcionário para atender a necessidade do serviço público, ela não pode ser utilizada para finalidade diversa (como punição, por exemplo).
Motivo: são pressupostos de fato e de direito que servem de fundamento para a prática do ato administrativo.
Pressuposto de direito significa que deve haver algum dispositivo legal em que se baseia o ato; e pressuposto de fato corresponde aos acontecimentos, as circunstâncias, enfim, as situações que fazem com que a Administração tenha que praticar o ato.
Por exemplo, no ato administrativo de punição, o motivo é a infração que o funcionário praticou. Nesse caso, deve haver o pressuposto de direito (dispositivo de lei prevendo que faltar ao serviço é infração) e deve haver o pressuposto de fato (a ocorrência da falta injustificada em si).
A prática de um ato administrativo sem que haja um motivo, seja o pressuposto de direito ou o de fato, acarreta na invalidade do ato.
Conclusão

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