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Revisão Cognitiva 1. A glicemia é regulada pelo metabolismo hepático e a glicose é captada pelos tecidos. Neste contexto, descreva: a. Glicogênese e lipólise e o papel hormonal em ambas rotas metabólicas b. Papel, localização e afinidade à glicose dos GLUTs e SGLTs GLICOGÊNESE a) A glicogênese consiste no processo de armazenamento da glicose sob a forma de glicogênio, tendo como enzima chave a glicogênio sintase. Ocorre principalmente no fígado e no músculo esquelético Sabe-se que a glicose é uma molécula menos energética que o glicogênio, por isso ela necessita de mais fosfatos, pois essas ligações são extremamente energéticas. Para se iniciar a glicogênese necessita-se de um fragmento de glicogênio ou uma proteína primer (glicogenina) e uma glicose UDP doadora ativada. ● Na primeira reação, é adicionado à glicose, pela enzima, glicoquinase, um fósforo, e se transforma em glicose-6-fosfato, pelo gasto de umamolécula de ATP. ● A segunda reação consiste na isomerização da glicose-6-fosfato em glicose-1-fosfato, pela ação da fosfoglicomutase ● A terceira reação, mediante a um gasto de UTP, forma-se a UDP-glicose, que é a forma ativada da glicose necessária para a síntese do glicogênio ● A próxima reação entra a glicogênio sintase, que forma uma ligação ⲁ-1-4-glicosídica entre uma unidade de UDP glicose e a extremidade não redutora de uma cadeia de glicogênio ou proteína glicogenina, formando dessa forma, o glicogênio ○ ligação ⲁ-1-4 nas cadeiras lineares ○ ligação ⲁ-1-6 nas cadeias ramificadas A glicogênio sintase é inativada quando é fosforilada e ativada quando é desfosforilada. A insulina estimula a glicogênese na medida em que inibe a GSK3 (que fosforila) e estimula a PP1 (que desfosforila). Lembre que a PP1 é também a enzima que inativa glicogênio fosforilase na glicogenólise. *o que estimula a glicogênese é a insulina e a presença de glicose e a glicose-6-fosfato *fofatase → retira fosfato *glucagon e adrenalina inibem a PP1 e mantém a glicogênio sintase inativa * A PP1 é uma enzima que controla tanto a via metabólica da glicogenólise quanto a via da glicogênese. Quando temos muito glucagon e adrenalina nosso corpo quer QUEBRAR o glicogênio, então eles desativam a PP1, e o fósforo se mantém (consequentemente a glicogênio sintase para, já que ela funciona desfosforilada). Quando temos insulina, quer dizer que estamos alimentados e é o momento de produzir glicogênio, então a PP1 desfosforila o glicogênio sintase, tornando a via da glicogênese ativa. LIPÓLISE A lipólise consiste na degradação de lipídios armazenados. Ocorre no estado de jejum ou em estado de alta demanda energética, como na atividade física. *Cascata via receptor associada a proteína G, adelinil ciclase, AMPc *Os ácidos graxos chegam às células musculares onde podem ser usados como fonte de energia. O glicerol é transportado pelo sangue ao fígado que pode usá-lo, entre outras possibilidades, para a síntese de glicose pela gliconeogênese ou ser transformado em piruvato pela via da glicólise. *O primeiro passo para extrair energia dos ácidos graxos é formar o acil-CoA → ligar o ácido graxo à coenzima A. Isso requer a quebra do ATP até AMP (o que equivale ao consumo de 2 ATPs). Depois disso o ácido graxo vai ser oxidado, nos peroxissomos e nas mitocôndrias *O único problema é que a coenzima A não atravessa as membranas das mitocôndrias, por isso ela precisa de um transportador, que é a carnitina. *Na membrana externa temos a carnitina-aciltransferase (enzima marca-passo da quebra de gordura), que retira a coenzima A do Acil-CoA e coloca uma Carnitina, formando uma molécula de Acil-carnitina, entrando na mitocôndria. A carnitina se liga ao ácido graxo, leva essa estrutura para dentro da mitocôndria, sai e o acetil-CoA de dentro da mitocôndria se liga ao ácido graxo. *Dentro da mitocôndria, vai ocorrer a 𝜷-oxidação,: A cada volta na ß-oxidação há a formação de 1 NADH, 1 FADH2 (que vão para a cadeia respiratória) e o ácido graxo perde 2 carbonos na forma de acetil-CoA, que entra no ciclo de Krebs. *A lipólise é induzida pela epinefrina (produzida pelas supra renais) e pelo glucagon b) GLUT 1 → é expresso em muitas células, não depende da insulina e tem papel fundamental nos eritrócitos. GLUT 2 → localizado na membrana basolateral dos enterócitos (intestino delgado), não é sensível à insulina e tem afinidade baixa pela glicose, ou seja, possui um alto KM. Localizado também no fígado, pâncreas e nos rins. Permite também a passagem de frutose e galactose. GLUT 3 → presente nos neurônios, depende de insulina e tem elevada afinidade para a captação de glicose (baixo KM) em células nervosas. GLUT 4 → localizado principalmente nos músculos esqueléticos e nos adipócitos. Sua expressão está intimamente relacionada com a insulina, que promove a sua migração das vesículas para a membrana da célula. Possui elevada afinidade pelo transporte da glicose (baixo KM) por isso é muito importante na regulação dos níveis sistêmicos de glicose. De forma interessante, o tecido muscular esquelético, quando excitado não é dependente da atividade da insulina para que a glicose possa entrar na célula. Quando os músculos contraem, os transportadores de GLUT4 são inseridos na membrana mesmo na ausência de insulina, e a captação de glicose aumenta GLUT 5 → localizada na face luminal dos enterócitos e permite a passagem por difusão da frutose. Também exerce o papel de transporte de frutose nos espermatozóides. SGLT 1 → é um transportador que está localizado na membrana dos enterócitos na face luminal. Exerce o papel sistêmico de co-transporte, permitindo a entrada de glicose em conjunto com íons de sódio, relacionando com o balanço de cargas e fluxo de água. Envolve gasto energético SGLT-2 → presente nos túbulos renais, também pertencem ao co-transporte da glicose (reabsorção) em conjunto com íons Na+, impedindo a perda de glicose pela urina. 2. O cortisol é um hormônio esteróide, catabolizante, hiperglicemiante e fator de transcrição. Justifique cada aspecto dessa afirmativa correlacionando-os com a descrição da via metabólica da gliconeogênese O cortisol é um hormônio esteróide uma vez que tem como precursor o colesterol. É catabolizante pois terá papel crucial na ativação de vias de degradação, a fim de produzir energia. É hiperglicemiante pois está associado à liberação de glicose em situações de estresse, por exemplo necessitando de aporte energético disponível. É um fator de transcrição pois dentro dos processos de sinalização celular, ele vai induzir a transcrição de genes específicos. Dentro da gliconeogênese, ela vai ser estimulada pelo cortisol quando o organismo necessita de energia, mas falta glicose. Assim a gliconeogênese é uma nova via para a produção de glicose a partir de compostos como piruvato, lactato, aminoácidos e glicerol. A gliconeogênese não é apenas uma inversão da glicólise, pois 3 reações da glicólise são irreversíveis. Então a gliconeogênese fará 3 desvios e consumirá energia, o que faz sentido termodinamicamente, uma vez que o substrato energético piruvato, por exemplo, tem menos energia que a molécula de glicose. Nesse sentido, é importante ressaltar que a reação 3 é a reação marcapasso da glicólise (marcado pela PFK-1). Essas vias sofrem regulação da enzima frutose 2,6 bifosfato, que evita que a gliconeogênese e glicólise ocorram no mesmo local. 3. As alterações metabólicas no diabetes tipo I e II implicam em sintomas característicos. Cite-os correlacionando os mesmos com essas alterações Os diabetes tipo 1 decorre de um problema autoimune que destrói as ilhotas de Langerhans do pâncreas, o qual produz insulina. Essa destruição pode ser auto-imune ou idiopática (sem causa conhecida) Assim, na DM 1 não há produção de insulina. Como resultado, o indivíduo fica em constante quadro de hiperglicemia sanguínea que podem acarretar: → Como a glicose não entra nas células, o organismo entende que está em estado de jejum, então inicia-se a lipólise para a produção de ATP, acarretando a perda tecidual. Isso tambémacontece com as proteínas. → Os neurônios localizados no centro de saciedade do cérebro são sensíveis à insulina. Na ausência desse hormônio, o centro de saciedade não capta glicose no plasma resultando na polifagia, excesso de vontade de comer → A hiperglicemia também ultrapassa o limite de reabsorção da glicose no túbulo proximal do rim. Como resultado, alguns açúcares não são filtrados e reabsorvidos, sendo portanto, excretados na urina: glicosúria → A presença de solutos adicionais no lúmen do ducto coletor faz com que mais água seja excretada, promovendo o excesso de urina, (poliúria) → Se a poliúria não for controlada pode acarretar na desidratação, relacionada também a redução do volume circulatório e consequentemente a diminuição da pressão arterial. Nesse contexto, a fim de recuperar a homeostase da pressão, ocorre a liberação de vasopressina, o que causa a constante sede: polidipsia → A fim de contornar a falta de glicose dentro das células, a degradação de ácidos graxos e o metabolismo anaeróbico (acidose lática) libera muitos corpos cetônicos, que podem causar a acidose metabólica, levando o paciente ao coma ou a morte. O diabetes tipo 2 resulta da resistência à insulina pelos tecidos, que com o tempo, pode levar a incapacidade de produção de insulina pelo pâncreas. Os sintomas da diabete costumam ser mais agudos, pois apesar da resistência à insulina, ela é presente e realiza parte do metabolismo da glicose. É o tipo mais comum e resulta de uma associação de pré disposição genética e o estilo de vida. O DM2 é muito associado à obesidade. Dentre os possíveis quadros da DM2 estão: alterações vasculares, predisposto a doenças vasculares. Outros sintomas coincidem com a DM2, exceto a cetoacidose (rara) e emagrecimento. 4. O kwashiorkor e o marasmo são doenças infantis por deficiência nutricional encontradas em regiões subdesenvolvidas. Kwashiorkor é uma palavra de origem africana que significa “doença que afeta uma criança quando nasce outra (uma irmã ou um irmão)”. A doença caracteriza-se por retardo de crescimento, cabelos e pele descolorido e inchaço do corpo, principalmente da barriga devido ao acúmulo de líquido nos tecidos. Esse quadro decorre da falta quase completa de proteínas na dieta, a qual é constituída essencialmente por carboidratos. O marasmo, fraqueza extrema, caracteriza-se por atrofia dos músculos, ossos salientes, fáceis de um velho; é causada por um caso de subnutrição completa causada por deficiência calórica e proteica. 5. O processo de digestão nos humanos é composto por duas fases: uma mecânica, na qual a correta mastigação é essencial, e outra enzimática, controlada por hormônios da digestão. Sobre esses hormônios assinale a alternativa correta a) As gorduras parcialmente digeridas, presentes no quimo, estimulam as células do duodeno a liberarem bicarbonato (pâncreas), que provoca a eliminação da bile pela vesícula biliar b) A acidez do quimo, que chega ao duodeno, estimula certas células da parede intestinal a liberar, especialmente, o hormônio colecistoquinina, que agirão no pâncreas, estimulando-o a liberar, principalmente, bile c) A secreção do suco gástrico é estimulada por impulsos nervosos e pelo hormônio gastrina, produzido no estômago d) A digestão de proteínas inicia-se no estômago e completa-se no duodeno por ação de três proteases secretadas pelo pâncreas endopeptidases, aminopeptidases e dipeptídeos. → estômago: pepsina 6. Estudos apontam que o treinamento físico no qual parte das sessões é realizada com estoques reduzidos de glicogênio (baixa disponibilidade de carboidratos) pode resultar em: Maior ativação de enzimas relacionadas com ometabolismo de lipídios 7. Uma pessoa fez uma refeição da qual constavam as substâncias proteína, carboidrato e lipídio. Durante a digestão ocorreram os seguintes processos: na boca iniciou-se a digestão de carboidratos; no estômago iniciou-se a digestão de proteínas e a de carboidratos foi interrompida; no duodeno ocorreu digestão das 3 substâncias. → ptialina é desativada na acidez estomacal 8. Quanto ao rendimento energético na respiração aeróbica e anaeróbica, deve-se considerar: a) Ao produzir o álcool, a fermentação alcoólica produz mais energia do que a fermentação lática → as fermentações produzem 2 ATPS, enquanto a respiração aeróbica >30 b) A completa degradação da glicose, na fermentação acética, libera mais energia do que na respiração aeróbia → primeiro que a fermentação libera menos energia justamente porque não degrada totalmente a glicose c) A glicólise da respiração aeróbia libera mais energia do que o processo de fermentação → saldo da glicólise 2 NADH e 2 ATP d) O aproveitamento de toda energia contida nos hidrogênio de NADs e FADs, na cadeia respiratória, fazem a respiração aeróbia mais libertadora de energia do que a fermentação e) O processo do ciclo de Krebs consome mais energia do que libera → O saldo do ciclo de Krebs 8 NADH, 2 FADH2, 2 ATP 9. Estudos apontam que o treinamento físico no qual parte das sessões é realizada com estoques reduzidos de glicogênio (baixa disponibilidade de carboidratos) pode resultar em Maior ativação de enzimas relacionadas com o metabolismo de carboidratos e/ou lipídios → para iniciar esse processo precisa aumentar a ativação das enzimas da glicólise primeiro e depois a lipólise, mas a quantidade de carboidrato não precisa ser grande, já que a quebra da gordura gera MUITO ATP 10. O organismo humano tem capacidade notável de sobreviver sem ingerir alimentos por longos períodos, da ordem de 2 meses no caso de indivíduos saudáveis e até 1 ano para obesos. Sobre as alterações no metabolismo durante o jejum prolongado, assinale a alternativa correta a) O principal substrato da síntese de glicose são os aminoácidos provenientes da degradação contínua de proteínas, que, no jejum, têm sua síntese prejudicada e sua degradação estimulada há níveis baixos de cortisol e altos de insulina → primeiro que no jejum, quem predomina é o glucagon b) A glutamina é utilizada como substrato pela gliconeogênese no músculo esquelético; gerando glicose que é liberada na circulação sanguínea, o nitrogênio é convertido em íons NH4+, cuja excreção na urina contribui para a manutenção do equilíbrio ácido-base → glutamina é a principal fonte de energia de células transportadoras epiteliais; no músculo esquelético o principal substrato da gliconeogênese é o lactato c) A enorme produção de corpos cetônicos pelo fígado ultrapassa muito sua captação pelos tecidos extra-hepáticos e instala-se uma acidose, a cetoacidose, com significativa redução do nível de bicarbonato plasmático d) Os corpos cetônicos que são produzidos no jejum prolongado podem ser utilizados como substrato energético 11. São efeitos da Epinefrina no metabolismo humano Glicogenólise hepática e lipólise Glicogenólise é a quebra de glicogênio e ocorre no jejum e na atividade física 12. Num polipeptídeo com 51 aminoácidos existem quantas ligações peptídicas? Durante a síntese quem catalisa essas ligações? 50 ligações peptídicas, peptil transferase ribossomal 13. Na obesidade, o excesso calórico crônico acarreta o acúmulo de tecido adiposo (adiposidade). No entanto, quando há saturação na sua capacidade de armazenamento, ocorre o acúmulo de lipídios em tecidos normalmente magros, como fígado, músculos e depósitos intra-abdominais ou viscerais. Assim, o aumento do risco de doença cardiovascular em indivíduos com sobrepeso/obesidade com adiposidade visceral está associado a: Elevação dos níveis de citocinas inflamatórias, redução dos níveis de adiponectina, aumento da resistência periférica e redução da vasodilatação → A adiponectina é um hormônio circulante secretado pelo tecido adiposo, que exerce efeitos protetores contra a inflamação e pode modular positivamente o sistema endócrino, aumentando a sensibilidade à insulina. A adiponectina também desempenha papéis protetores contra diabetes e aterosclerose. 14. É efeito do glucagon a) O aumento dos aminoácidos no sangue também estimula a secreção de glucagon,que promove uma rápida conversão dos aminoácidos em glicose, através da estimulação da gliconeogênese principalmente nos tecidos hepáticos b) Na hipoglicemia, ao induzir um aumento na concentração da glicose sanguínea e estimular a glicogenólise hepática, ativando a enzima glicogênio fosforilase e inativando a glicogênio sintase c) Inibir a degradação da glicose por meio da glicólise no fígado e estimular a síntese da glicose por meio da gliconeogênese d) Inibir a ação da enzima piruvato quinase no fígado, bloqueando dessa forma a conversão do fosfoenolpiruvato em piruvato e prevenindo a oxidação do piruvato pelo ciclo do ácido cítrico e) Estimular a síntese e a liberação da glicose pelo fígado, além de induzir a mobilização dos ácidos graxos no tecido adiposo, para serem usados como combustível pelos tecidos (que não os cerebrais), no lugar da glicose 15. Quanto a proteína insulina a) A insulina regula tanto o metabolismo energético como a expressão gênica nas células alvo, sendo um fator de transcrição de genes envolvidos com o anabolismo. Inicialmente ela fará sua ligação ao receptor da insulina (IRS) da membrana plasmática onde desencadeará uma resposta b) O receptor da insulina ativado pela ligação do hormônio consiste em duas cadeias alfa idênticas que se projetam na face externa da membrana plasmática e em duas subunidades beta transmembrana, com seus terminais carboxilas projetando-se para dentro do citosol. c) As cadeias alfa contém o domínio da ligação da insulina, e os domínios intracelulares das cadeias beta contêm a atividade da proteína quinase, que transfere um grupo fosforila do ATP para o grupo hidroxila de resíduos do aminoácido tirosina (Tyr) em proteínas alvo d) A via da insulina é apenas uma instância de um tema mais geral no qual sinais hormonais, por meio de vias similares, resulta na fosforilação sequencial de quinases. O resultado é uma cascata de reações que amplifica o sinal inicial por muitas ordens de grandeza e) O receptor de insulina (IRS) é o tipo enzima, Tirosina-Cinase e ao se autofosforilar induz uma cascata de fosforilações a partir da ativação de quinases sobre o GLUT 4 que aumenta a captação de glicose intestinal 16. Se as células musculares podem obter energia por meio da respiração aeróbica ou da fermentação, quando um atleta desmaia após uma corrida de 1000m, por falta de oxigenação adequada de seu cérebro, o gás oxigênio que chega aos seus músculos também não é suficiente para suprir as necessidades respiratórias das fibras musculares, que passam a acumular ácido lático devido a processos anaeróbios 17. Determinado produto, ainda em análise pelos órgãos de saúde, promete o emagrecimento acelerando o metabolismo das gorduras acumuladas pelo organismo. Pode-se dizer que esse produto acelera O catabolismo dessas gorduras, em um processo metabólico do tipo exotérmico 18. A 1ª etapa de metabolização do etanol no organismo humano consiste de Oxidação do etanol para acetaldeído pela enzima álcool desidrogenase (ADH), ocorre no citoplasma → NA segunda fase, na mitocôndria, a enzima aldeído desidrogenase (ALDH) converte o aldeído em ácido acético (acetato), que finalmente é convertido em dióxido de carbono e água, liberando energia 19. Sobre o metabolismo do álcool etílico, assinale a alternativa correta No fígado, ocorrem reações catalisadas pelos sistemas enzimáticos do citocromo P450 e dado pelo aldeído desidrogenase que oxidam o álcool, facilitando sua posterior eliminação → As necessidades de NADH do indivíduo que consome álcool são supridas pelo metabolismo do etanol → O consumo de etanol leva ao acúmulo de NADH que em alta concentração, inibe a gliconeogênese, pois impede a oxidação do lactato a piruvato e transformação do malato a oxaloacetato. Com efeito, as altas concentrações de NADH determinarão o predomínio da reação inversa, com acúmulo de lactato. As consequências podem ser hipoglicemia e acidose lática → O intestino delgado absorve o álcool mais rapidamente do que o est^mago → O álcool se distribui preferencialmente no sangue por ser hidrossolúvel → A água e o gás carbônico (CO2), não são produtos finais do metabolismo do álcool 20. A intolerância à lactose produz alterações abdominais, sendo comum a diarreia. Na superfície mucosa há células que produzem, estocam e liberam lactase, responsável pela digestão da lactose. Quando esta é mal digerida passa a ser fermentada pela flora intestinal, produzindo gás e ácidos orgânicos, o que resulta na diarréia osmótica, com grande perda intestinal dos líquidos orgânicos. Pode-se afirmar: O meio intestinal se torna hipertônico após a fermentação da lactose e da contribuição da microbiota residente Intolerância a lactose é a incapacidade parcial ou total para digerir a lactose Lactose = glicose + galactose Ocorre emmaior frequência em jovens e adultos Ocorre diferentemente em etnias Desconforto abdominal, gases e diarreia são alguns sintomas observados na intolerância a lactose 21. Colocar V para verdadeiro e F para falso → A substituição de apenas um aminoácido em determinadas proteínas pode causar sérias doenças ou mesmo a morte precoce de seres humanos → Na cadeia respiratória parte da energia obtida é utilizada no gradiente de prótons através da membrana interna das mitocôndrias e desta pela ATP sintase leva a formação de ATP → O balanço da glicólise é simples: a glicose forma dois piruvatos e dois ATPs, NADH+H → Os estudos revelam que o DM2, o GLUT4 reduz-se dramaticamente o que desempenha um papel importante na resistência insulínica → Omúsculo possui glicose-6-fosfatase e contribui com amanutenção da glicemia 22. Analise as afirmações abaixo I. Fermentação, respiração aeróbica e respiração anaeróbica são processos de degradação das moléculas orgânicas em compostos mais simples, liberando energia II. A energia liberada nos processos do metabolismo energético é armazenado nas moléculas de ATP III. No processo de fermentação, não existe uma cadeia de aceptores de hidrogênio que está presente na respiração aeróbica e anaeróbica IV. Na respiração aeróbica, o último aceptor de hidrogênio é o oxigênio, enquanto na respiração aeróbica é outra substância inorgânica V. Na fermentação, a energia liberada nas reações de degradação é armazenada em 2 ATPs, enquanto na respiração aeróbica é em 38 ATPs 23. Com relação à digestão de proteínas, podemos afirmar que I. Inicia-se no estômago pela ação da pepsina II. Termina no intestino pela ação da tripsina e das peptidases intestinais 24. Os carboidratos complexos, polissacarídeos, como o amido e o glicogênio, começam a ser digeridos na boca pela ação da enzima amilase salivar, formando malto-oligossacarídeos, maltose, dextrinas. No estômago, esta enzima é desnaturada pelo pH ácido. A digestão de carboidratos reinicia no duodeno pela ação da amilase pancreática. Os malto-oligossacarídeos são digeridos pela glicoamilase e a dextrinase digere as dextrinas, liberando moléculas de glicose. 25. A síndrome de Zollinger-Ellison é caracterizada pela presença de um tumor hipersecretor de gastrina, podendo causar a formação de úlceras porque a gastrina aumenta a secreção de H+ pelas células parietais 26. Menina de 7 anos, previamente eutrófica, apresenta queixa de emagrecimento há 1 mês, aumento da sede e da frequência de micção. O exame físico é normal, sem sinais de desidratação, glicemia capilar de 260mg/dL, glicosúria positiva, cetonúria negativa. Em relação ao diagnóstico e conduta, assinale a alternativa correta O quadro clínico de poliúria, polidipsia, emagrecimento e glicemia capilar ao acaso acima de 200mg/dL é suficiente para fazer o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 1. 27. GPCRs são receptores acoplados à proteína G que São proteínas com 7 alças transmembranares que sob ativação na superfície celular se acoplam às proteínas G heterotriméricas 28. Segundos mensageiros Medeiam as respostas intracelulares como as que ocorrem a partir da PKA (Proteína Cinase A) 29. As moléculas de glicose atravessam a membrana celular das célulasintestinais, combinadas com moléculas de proteínas transportadoras denominadas permeases. Esse processo é denominado: Difusão facilitada 30. Sobre as vitaminas → A tiamina, também conhecida como vitamina B1, participa do ciclo de krebs e via das pentoses fosfatadas → Classicamente, são divididas em dois grupos: hidrossolúveis (como tiamina, riboflavina, ácido fólico e ácido ascórbico) e lipossolúveis (vitaminas A, D, E e K) → Desempenham um papel fundamental no metabolismo oxidativo de glicídios e lipídios, sendo importantes para a produção de energia no organismo → Vitaminas são compostos orgânicos de natureza e composição variada. Embora sejam necessárias em pequenas quantidades, são essenciais para o metabolismo dos organismos vivos 31. Os sistemas celulares do corpo heterotróficos pluricelulares (animais) dispõe de dois sistemas de sinalização para integração dos sistemas corporais, são eles: Sistema nervoso e hormonal 32. Uma dieta baseada em carboidratos é desaconselhada para portadores de diabetes mellitus (DM). Isso ocorre porque Alterações nas ações da insulina no anabolismo e na normoglicemia 33. O fígado é um órgão essencial do trato gastrointestinal, encontrado no quadrante superior direito do abdome. Ele é um órgão acessório que realiza funções como desintoxicação, síntese de proteínas e armazenamento de nutrientes. Sobre o fígado: I. É a maior glândula no corpo humano, pesando aproximadamente 1,5kg, coberto parcialmente pelo peritônio visceral, estando parte dele em contato com o diafragma II. O fígado recebe mais sangue venoso que arterial devido ao fato de auxiliar na limpeza do sangue através da desintoxicação. A maior parte do suprimento vascular é levada ao órgão pela veia porta, e o restante pela veia hepática III. As veias hepáticas fazem a drenagem do fígado, sendo formadas pela união das veias centrais, e drenam diretamente para a veia cava inferior, logo antes de passar pelo diafragma IV. O ligamento redondo do fígado é um remanescente fibroso da veia umbilical, que se estende da porção interna do umbigo até o fígado V. O suprimento nervoso do fígado vem do plexo hepático, que segue ao longo da artéria hepática e da veia porta. O fígado recebe fibras simpáticas do plexo celíaco e fibras parassimpáticas dos troncos vagais anterior e posterior 34. A Na+K+ATPase eletrogênica tem um papel crítico na fisiologia celular Utilizando a energia do ATP para retirar 3Na+ da célula na troca por 2K+ para dentro da célula 35. Qual o efeito genômico do cortisol? O cortisol age em receptor citoplasmático cujo dímero entra no núcleo e age como fator de transcrição na região promotora do gene, o que leva a síntese de proteínas O cortisol é glicocorticoide e hiperglicemiante. 36. IMC I. IMC expressa a relação entre peso e o quadrado da estatura, tem vantagem de ser um índice empregado em várias fases da vida adulta e é um indicador recomendado internacionalmente no diagnóstico individual e coletivo dos distúrbios nutricionais II. Idade, sexo e nível de atividade física podem influenciar os valores de taxa metabólica basal III. Taxa metabólica basal é a quantidade de energia necessárias para manutenção das funções vitais em repouso IV. Circunferência abdominal é uma medida utilizada em adultos como ferramenta para avaliação de risco cardiovascular V. IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m^2 é considerado peso normal 37. A necessidade energética de um indivíduo refere-se ao nível mínimo de energia que o corpo precisa para funcionar. Essa necessidade é suprida através da alimentação, sendo que a idade, o nível de atividade física e a saúde de forma global influenciam a necessidade energética de cada pessoa. Proporcionalmente, bebês e adolescentes normalmente têm necessidade energética maior que crianças maiores e adultos. Quando adultos homens têm, em média, necessidade energética diária superior à de uma mulher da mesma idade. O aporte energético é garantido pelos principais nutrientes: proteínas, carboidratos e lipídios, com respectivamente valor calórico total de: 15 25% de proteínas, de 50 a 60% de carboidratos e 25 a 30% de lipídios 38. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os lipídios biologicamente mais relevantes são os fosfolipídios, o colesterol e os triglicerídeos. Eles circulam na corrente sanguínea ligados a proteínas específicas formando complexos denominados lipoproteínas, sendo que estas permitem a solubilização e o transporte desses elementos. A determinação do colesterol ligado a essas lipoproteínas, chamado lipidograma ou perfil lipídico, direciona o tratamento e prevenção da aterosclerose, condição ligada a problemas cardíacos I. Os métodos enzimáticos colorimétricos são os mais utilizados nos dias de hoje em laboratórios clínicos para determinação do CT, do HDL-c e dos trigliceróis. II. O principal problema da dosagem direta do LDL-c é a grande variação existente entre os ensaios disponíveis no mercado. Assim, ainda hoje, a maior parte dos laboratórios pelo mundo utiliza para cálculo a fórmula de Friedewald, mesmo com suas limitações III. O não HDL-c representa a fração do colesterol nas lipoproteínas plasmáticas, exceto a HDL. A utilização do não HDL-c tem a finalidade de estimar a quantidade de lipoproteínas aterogênicas circulantes no plasma, especialmente em indivíduos com TG elevados 39. As associações entre tipo de atividade física x fonte energética estão corretas a) Os nutrientes que se constituem nas principais fontes de energia durante o exercício físico são carboidratos e as gorduras b) Atleta jogando basquetebol x via oxidativa c) Maratona x oxidação aeróbica d) Arremesso de peso x síntese imediata de ATP e) Corrida de 50m x fosfocreatina → fosfocreatina é a forma de estocar ATP, tampão / estabilizador do nível de ATP no músculo, usadas em atividade que necessita uma explosão muscular 39. Associações corretas ● Lipídios → dentre as principais funções biológicas está o armazenamento de energia a longo prazo; geram 9 kcal de energia por grama consumida; metabolismo ocorre prioritariamente no fígado; os glicerídeos são a principal fonte desse macronutriente na dieta humana ● Proteínas → quando há o consumo excessivo há a formação de amônia, que é convertida em uréia no fígado, seguindo para excreção renal; tanto participam de estruturas celulares como catalisam reações bioquímicas; estrutura composta por aminoácidos unidos entre si através de ligações peptídicas; é o macronutriente mais abundante no corpo, sendo o principal componente estrutural celular ● Carboidratos → glicogênio é o principal polissacarídeo de reserva energética; glicose, frutose e galactose são os principais monômeros utilizados no metabolismo energético 40. O músculo em contração utiliza-se da glicose para produzir ATP cujo aumento de Ca2+ favorece a captação de glicose pelo GLUT4 41. Enzimas e hormônios da digestão ● Nuclease → atua sobre os ácidos nucleicos, transformando-os em nucleotídeos ● Colecistocinina → estimula a liberação de enzimas pancreáticas e a liberação de bile pela vesícula biliar ● Gastrina → estimula a secreção de HCl e aumenta a motilidade gástrica ● Lipase → enzima que digere lipídios no intestino delgado ● Secretina → hormônio produzido pelo intestino que estimula o pâncreas a secretar bicarbonato de sódio ● Pepsina → enzima que inicia a quebra das proteínas no estômago ● Pepsinogênio → forma inativa de enzima gástrica ● Ácido clorídrico → importante para a ativação de enzima proteolítica gástrica ● Lectina → ação de emulsificação e na absorção de gorduras ● Quimotripsina → enzima proteolítica com ação no intestino delgado ● Ptialina → enzima presente na saliva ● Fator intrínseco → papel na absorção da vitamina B12 42. Onde ocorre cada evento da digestão 1) Emulsão de lipídios → duodeno 2) Final da digestão de proteínas → jejuno-íleo 3) Início da digestão do amido → boca 4) Absorção de água → intestino grosso 43. O metabolismo da glicose em mamíferos é limitado pela taxa de captação de glicose pelas células e sua fosforilação pelohexocinase (baixo KM e baixa velocidade, evita que o músculo prenda glicose em excesso). A captação de glicose do sangue é medida pela família de transportadores chamados GLUTs a) O GLUT4 está presente no tecido adiposo e muscular e é o único da família que depende de insulina b) O GLUT 3 existente nos neurônios e apresenta alta afinidade pela glicose c) O GLUT2 está presente na membrana basolateral do enterócito e é responsável pela captação de glicose na dieta d) O GLUT 1 foi o primeiro transportador de glicose descrito e está presente no intestino. 44. Considerações a) a epinefrina aumenta a glicogenólise no músculo esquelético b) O glucagon aumenta a gliconeogênese hepática, o que justifica seu importante papel na manutenção da glicemia c) O cortisol, por ser um glicocorticóide, porta uma molécula de glicose acoplada a sua cadeia lateral (o que dá o nome a esta categoria de hormônio = glicocorticoide e é capaz de induzir aumento da glicemia, mesmo quando circulante em baixas concentrações d) Glucagon é perfeitamente capaz de induzir liberação de glicose pelo fígado, mas não no músculo e) A insulina incrementa a síntese proteica e atividade proliferativa celular, o que justifica o fato de que diabéticos têm dificuldade de cicatrização 45. Sobre a gliconeogênese é correto afirmar: Para evitar um ciclo fútil com produção e consumo simultâneo de ATP, a glicólise e a gliconeogênese são reguladas coordenadamente, sendo que AMP inibe frutose-1,6-bifosfatase a ativa fosfofrutocinase -1 → FRUTOSE 2,6 BIFOSFATO DIMINUI A GLICONEOGÊNESE E AUMENTA A GLICÓLISE Para garantir a inibição da gliconeogênese, citrato e ATP possuem um efeito ativador alostérico na fosfofrutocinase, ativando a via glicolítica durante um período de jejum, garantindo a produção energética celular mesmo em baixas concentrações de glicose. 44. Considerando-se que, tanto no músculo esquelético quanto no fígado, existem receptores acoplados a proteínas G que ativa a adenil ciclase, que, por sua vez, induz aumento nas concentrações intracelulares de cAMP que promove a fosforilação de várias proteínas intracelulares por intermédio da proteína quinase quinase A (dependente de cAMP). Tanto a adrenalina quanto o glucagon agem por mecanismos de segundos mensageiros. 45. Sobre o metabolismo do tecido adiposo ● Com a maior oferta de nutrientes, período pós-prandial, ocorre a liberação de insulina que estimula a lipogênese ● O processo de lipólise é dependente de ativação enzima lipase hormônio sensível por meio de uma fosforilação realizada pela cinase A (PKA) e ocorre principalmente mediante estimulação por catecolaminas quando há grande demanda energética, ou no estado de jejum ● O armazenamento de lipídios e sua incorporação em TAG dependem da captação de ácidos graxos contidos nos quilomícrons ● O tecido adiposo é um órgão endócrino e secreta leptina, hormônio esse associado que desempenha importante papel na regulação da ingestão alimentar e no gasto energético, gerando um aumento na queima de energia e diminuindo a ingestão alimentar. Catecolaminas são secretadas pela medula adrenal ● No tecido adiposo, os quilomícrons sofrem ação da lipase de lipoproteínas que degrada os triacilgliceróis dos quilomícrons e os ácidos graxos liberados são transferidos para os adipócitos 46. Com relação ao tratamento das dislipidemias O uso de ácidos graxos Ômega-3 está associado à diminuição de eventos cardiovasculares e mortalidade, principalmente em diabéticos. 47. Podemos dizer que a tripsina, além de atuar diretamente na digestão das proteínas, também pode potenciar ainda mais esse processo, isto se deve ao fato de que A tripsina pode favorecer a formação de mais tripsinas além de iniciar a ativação de outras enzimas 48. Qual a localização dos componentes do sistema nervoso, plexo de Auerbach e plexo de Meissner na parede do tubo digestivo Plexo de Auerbach (plexo mientério): camada muscular Plexo de Meissner (plexo submucoso): camada submucosa 49. Com relação ao metabolismo dos carboidratos podemos afirmar I. O sistema nervosos parassimpático aumenta a disponibilidade de glicose e para o rápido metabolismo energético II. O glicogênio muscular contribui para a mobilização de glicose porque o músculo possui glicogênio fosforilase que degrada o glicogênio III. A glicogenólise refere-se a degradação do glicogênio armazenado na célula para a formação de glicose IV. A gliconeogênese ocorre no fígado 50. Um baixo nível sanguíneo de peptídeo C no diabetes Mellitus tipo 1 indica: Baixa/comprometimento da produção de insulina A dosagem do peptídeo C é importante para definir se existe produção de insulina pelo pâncreas 51. Pedro queixou-se a seu médico que sofria de flatulência excessiva, com isso podemos afirmar: Se ele fosse de origem africana e tivesse história de diarréia frequente seria provável deficiência de lactose 52. Rosa tinha o hábito de ingerir caldo de cana todos os dias. A nível intestinal deve ocorrer: Maior quantidade de glicose e frutose 53. Responda a alternativa correta com relação à inervação do tubo digestivo O plexo mioentérico está localizado entre as camadas musculares circular e longitudinal O plexo mioentérico controla os movimentos do trato gastrointestinal e o submucoso o equilíbrio das glândulas intestinais 54. Com referÊncia ao diagnóstico laboratorial do diabetes mellitus podemos afirmar I. Dois níveis de glicose em jejum com nível > ou = 126 mg/dL II. Nível de glicose > ou = 200 mg/dL 55. Proporção de macronutrientes em uma dieta balanceada 55 a 65% de carboidratos, 20 a 25% de lipídios e 15 a 18% de proteínas 56. Assinale a alternativa correta I. A amilase salivar, a alfa-amilase-pancreática e as oligossacaridases são enzimas que digerem os carboidratos II. A sacarase, a lactase e a maltase são oligossacaridases produzidas pelas vilosidades intestinais III. A sacarose existe no açúcar comum e nas frutas, enquanto o amido é encontrado nos cereais e tubérculos IV. A digestão do amido é iniciada na boca, pausada no estômago e continua no intestino delgado, mais especificamente no duodeno 57. Sobre a glicose é correto afirmar I. O mecanismo de transporte pode ser por difusão facilitada (GLUTS) ou transporte ativo (SGLT) II. Absorção da glicose ocorre no intestino delgado III. O transporte ativo de sódio e glicose ocorre principalmente nas células epiteliais do intestino delgado e nos túbulos renais nos rins. IV. Uma vez dentro do enterócito a glicose passa por transporte passivo para os capilares do sistema porta V. A glicose é o principal monossacarídeo produto da digestão dos carboidratos 58. Sobre a fosforilação da glicose I. No fígado é promovida pela glicocinase, enquanto que na maioria das outras células, é catalisada por hexocinase II. O resultado desta reação é a glicose-6-fosfato 59. Os aminoácidos entram na corrente sanguínea No intestino delgado 60. Para estudar experimentalmente a digestão da proteína do leite, o procedimento mais adequado seria usar Pepsina emmeio ácido 61. Quais processos ocorrem no intestino delgado? Absorção de nutrientes; adição de bile e suco pancreático ao suco digestivo 62. Em relação a glicólise anaeróbia podemos afirmar A degradação da glicose até (piruvato) não requer O2, obtendo-se pequena quantidade de energia 63. Transporte de lipídios Lipoproteínas: Os ácidos graxos e o colesterol são transportados no sangue ligados a lipoproteínas, como o HDL (lipoproteína de alta densidade) e o LDL (lipoproteína de baixa densidade). Essas lipoproteínas plasmáticas são partículas esféricas com um núcleo central de lipídios apolares, circundada por uma monocamada de lipídios anfipáticos que estão associados a proteínas. As apolipoproteínas embutidas na superfície das partículas de lipoproteína determinam suas interações com receptores celulares. Outras regulam a atividade de enzimas e demais proteínas envolvidas no transporte e na distribuição de lipídios. Cada classe de lipoproteínas contém um conjunto específico de apoliproteínas As lipoproteínastêm duas funções importantes → distribuir o substrato energético e transportar colesterol. O grupo HDL leva o colesterol da circulação para o fígado, enquanto o grupo LDL e VLDL atua no transporte hepático para a circulação. Os ácidos graxos são transportados ligados à proteína sérica (albumina) Os quilomícrons também participam desse transporte, porém eles sofrem um processo de maturação. De início, o HDL transfere as apoproteínas apoE e CII, isso faz com o quilomícron nascente se transforme em maduro. Nesse processo a LPL difere os triacilgliceróis, produzindo ácidos graxos e glicerol. A perda de triacilglicerol aumenta a densidade do quilomícron e ele passa a ser quilomícron remanescente. 64. A insulina é produzida na célula beta e age na célula alfa pancreática, sendo um hormônio peptídico hipoglicemiante e fator de crescimento. Descreva sua síntese, excreção, sinalização (a partir do receptor) e função na célula-alvo A síntese de insulina se dá por meio da transcrição do DNA em RNAm no núcleo e posterior tradução do RNAm em cadeias polipeptídicas no citosol. A princípio, é sintetizada a pré-pró-insulina, que é formada por um peptídeo sinalizador, as cadeias alfa (21 AA) e beta (30 AA) e um peptídeo c. No retículo endoplasmático, o peptídeo sinalizador é clivado e, assim, forma a pró-insulina, com as cadeias alfa e beta com o peptídeo c. Tal pró-insulina é carregada até o complexo de golgi e perde seu peptídeo c, formando, então, a insulina propriamente dita, que permanece armazenada em grânulos até ser secretada. A sua secreção é induzida, sobretudo, pelos altos níveis séricos de glicose. Assim, a glicose entra nas células pelo GLUT 2 e é fosforilada, gerando glicose-6-fosfato. Esse composto promove a síntese de ATP e a maior proporção de ATP induz o fechamento dos canais de K+ ATP dependentes. Esse processo causa a despolarização da membrana que promove a abertura dos canais de Ca2+. O maior influxo de Ca2+ estimula a secreção dos grânulos de insulina. Após a secreção, a insulina vai ser reconhecida por seus receptores nos diversos tecidos-alvo. Tais receptores, como tirosina cinase, possuem partes extra-membranas (alfa) e partes intermembranas (beta) que servem de ligação para a insulina e para um segundo mensageiro, respectivamente, dentro da célula, que propiciará uma série de reações estimulantes. Nessa perspectiva, a insulina age nos tecidos-alvo sobretudo induzindo a síntese de compostos energéticos, como glicogênio, lipídio, proteína e etc. E, assim, responde aos altos níveis de glicose sanguínea, induzindo o anabolismo e a hipoglicemia.