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1 
 
 
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE, PÂNICO E 
FOBIAS 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Sumário 
 ............................................................................................................... 1 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................. 2 
Introdução .............................................................................................. 5 
Ansiedade .............................................................................................. 6 
Fatores de risco ...................................................................................... 8 
Gênero ................................................................................................ 8 
Trauma na infância ............................................................................. 9 
Doenças concomitantes ...................................................................... 9 
Personalidade ..................................................................................... 9 
Genética ............................................................................................. 9 
Abuso de substâncias ......................................................................... 9 
Principais transtornos de Ansiedade .................................................... 10 
Transtorno de ansiedade de separação ............................................ 10 
Tratamento .................................................................................... 11 
Transtorno de ansiedade generalizada ............................................. 12 
Tratamento .................................................................................... 13 
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ................................ 14 
Tratamento .................................................................................... 14 
Tratamentos e apoio: família, amigos, associações.............................. 15 
A Síndrome do Pânico .......................................................................... 16 
As Fobias ............................................................................................. 19 
Fobia social e Fobias especificas ...................................................... 20 
Ajuda Psicológica .......................................................................... 21 
Transtorno do pânico e Agorafobia ................................................... 22 
 
 
 
4 
Técnicas mais frequentes no tratamento para fobias ........................ 24 
Tratamentos Indicados ......................................................................... 24 
Referências .......................................................................................... 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
Introdução 
O medo é natural do ser humano, todo mundo tem ou teve medo de 
alguma coisa, um lugar ou uma pessoa em algum momento da vida, mas que, 
quando desproporcional, intenso e até irracional, pode se transformar em uma 
síndrome neurótica, que é o que os psicólogos chamam de fobia. 
Muitos indivíduos sentiram medo de dormir sozinhos no quarto quando 
criança, da loira do banheiro na escola e do homem do saco quando brincavam 
na rua. Também sentiram medo no primeiro dia de aula e no primeiro dia no 
trabalho, sem contar que quando é necessário tomar uma decisão importante 
em suas vidas, o medo também se faz presente. 
O medo muitas vezes protege as pessoas, isso é fato. Faz pensar com 
mais cuidado antes de tomar determinada atitude e, por isso, também pode 
impedir que tenhamos comportamentos mais arrojados e ousados em alguns 
casos. 
O medo é, basicamente, quando nos sentimos ameaçados por algo ou 
alguém, que desperta tensão e receio de que aquele algo ou alguém possa nos 
ferir. O ferir citado pode se enquadrar em ferimentos físicos e/ou emocionais. 
Você pode ter medo de uma barata, de uma aranha, ou medo de uma 
pessoa que acaba de entrar no ônibus e que lhe aparenta um ar desconfiado. 
Existem inúmeras formas de medo, e os psicólogos reforçam que é importante 
que você consiga entendê-las e decifrá-las. 
Assim como o medo, diversas situações cotidianas podem nos causar 
ansiedade, como a entrevista para um novo emprego ou a proximidade da 
viagem tão esperada. É um estado emocional perfeitamente normal, até mesmo 
benéfico por nos manter alertas e eventualmente mais focados. 
O medo, tornando-se algo constante e diário, pode gerar uma crise de 
ansiedade ou uma crise de pânico, o que alavanca um problema de fato maior, 
e que precisa ser analisado com cautela e por um profissional especializado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Ansiedade 
 Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, 
apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de 
perigo, de algo desconhecido ou estranho. 
A ansiedade pode ser uma reação normal a estímulos desestabilizadores 
ou que possam atemorizar as pessoas. Essa reação pode ocorrer com sintomas 
psicológicos, como apreensão, desconforto, medos diversos etc., e também com 
sintomas físicos, como taquicardia, aumento da frequência respiratória, 
alterações de pressão arterial etc. 
 Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas 
e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações tanto normais 
quanto patológicos. Diferentemente dos adultos, crianças podem não 
reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as 
menores. A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos 
quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou 
qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e 
interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho 
diário do indivíduo. Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se 
desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição 
neurobiológica herdada. 
 A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade 
patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, 
autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não. 
 Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses 
sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições 
psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno 
hipercinético, etc.). 
 Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são 
frequentes em outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica 
pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto 
esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão 
maior) e não constitui um conjuntode sintomas que determina um transtorno 
 
 
 
7 
ansioso típico. Mas podem ocorrer casos em que vários transtornos estão 
presentes ao mesmo tempo e não se consegue identificar o que é primário e o 
que não é, sendo mais correto referir que esse paciente apresenta mais de um 
diagnóstico coexistente (comorbidade). Estima-se que cerca de metade das 
crianças com transtornos ansiosos tenham também outro transtorno ansioso. 
 Pelos sistemas classificatórios vigentes, o transtorno de ansiedade 
de separação foi o único transtorno mantido na seção específica da infância e 
adolescência (CID-10,6 DSM-IV7). O transtorno de ansiedade excessiva da 
infância e o transtorno de evitação da infância (DSM-III-R8), passaram a ser 
referidos nas classificações atuais, respectivamente, como transtorno de 
ansiedade generalizada (TAG) e fobia social. 
 Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns 
tanto em crianças quanto em adultos, com uma prevalência estimada durante o 
período de vida de 9% e 15% respectivamente. Nas crianças e adolescentes, os 
transtornos ansiosos mais frequentes são o transtorno de ansiedade de 
separação, com prevalência em torno de 4%, o transtorno de ansiedade 
excessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%) e as fobias específicas (2,4% a 3,3%). A 
prevalência de fobia social fica em torno de 1% e a do transtorno de pânico (TP) 
0,6%. 
 A distribuição entre os sexos é de modo geral equivalente, exceto 
fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de pânico 
com predominância do sexo feminino. 
 A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes 
desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e 
ambientais diversos. Entre os indivíduos com esses transtornos, o peso relativo 
dos fatores causais pode variar. De uma maneira geral, os transtornos ansiosos 
na infância e na adolescência apresentam um curso crônico, embora flutuante 
ou episódico, se não tratados. 
 Na avaliação e no planejamento terapêutico desses transtornos, é 
fundamental obter uma história detalhada sobre o início dos sintomas, possíveis 
fatores desencadeantes (ex. crise conjugal, perda por morte ou separação, 
doença na família e nascimento de irmãos) e o desenvolvimento da criança. 
Sugere-se, também, levar em conta o temperamento da criança (ex. presença 
de comportamento inibido), o tipo de apego que ela tem com seus pais (ex. 
 
 
 
8 
seguro ou não) e o estilo de cuidados paternos destes (ex. presença de 
superproteção), além dos fatores implicados na etiologia dessas patologias. 
Também deve ser avaliada a presença de comorbidade. 
De modo geral, o tratamento é constituído por uma abordagem 
multimodal, que inclui orientação aos pais e à criança, terapia cognitivo-
comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e intervenções 
familiares. 
 
Fatores de risco 
 Fatores que podem aumentar o risco do transtorno de ansiedade 
generalizada incluem: 
Idade: os transtornos de ansiedade podem aparecer em qualquer idade. 
Na infância, os transtornos de ansiedade mais comuns são as fobias simples, 
como o medo do escuro, além da ansiedade de separação e transtorno 
obsessivo-comportamental. Crianças com transtorno de ansiedade podem 
desenvolver depressão, outros transtornos de ansiedade ou abuso de 
substâncias (por exemplo: alcoolismo) na idade adulta. 
Fatores sociais: pessoas solteiras, viúvas ou desquitadas têm maior risco 
de transtornos de ansiedade que pessoas casadas, assim como pessoas 
isoladas, sem apoio de amigos ou familiares. 
Fatores traumáticos: o trauma psicológico também desencadeia 
transtornos de ansiedade, principalmente o transtorno de estresse pós-
traumático em pessoas vulneráveis. 
Gênero 
 Mais do que o dobro do número de casos de transtorno de 
ansiedade generalizada ocorre em mulheres. Acredita-se que uma combinação 
de fatores, como mudanças hormonais e maior exposição ao estresse, possam 
agravar esse quadro. 
 
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-de-ansiedade-generalizada
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-de-ansiedade-generalizada
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/estresse
 
 
 
9 
Trauma na infância 
 As crianças que sofreram abuso ou algum tipo de trauma, ou que 
até mesmo testemunharam eventos traumáticos, estão em maior risco de 
desenvolver transtorno de ansiedade generalizada em algum momento da vida. 
 
Doenças concomitantes 
 Ter uma condição crônica de saúde ou doença grave, como 
o câncer, pode levar à constante preocupação com o futuro, ao tratamento e 
questões financeiras. Estresse do dia a dia pode desencadear no transtorno 
também. 
 
Personalidade 
 As pessoas com alguns tipos de personalidade são mais 
propensas a transtornos de ansiedade do que outras. Além disso, alguns 
transtornos de personalidade, como o Borderline, também podem estar ligados 
ao TAG. 
 
Genética 
 O transtorno de ansiedade generalizada também pode estar no 
sangue. Mais de uma pessoa da mesma família pode apresentar esse distúrbio. 
 
Abuso de substâncias 
 Uso excessivo de drogas ou álcool pode piorar e até levar ao 
transtorno de ansiedade generalizada. A cafeína e a nicotina, presente no 
cigarro, também podem aumentar a ansiedade e conduzir o indivíduo à doença. 
 
 
 
 
 
 
https://www.minhavida.com.br/temas/c%C3%A2ncer
 
 
 
10 
Principais transtornos de Ansiedade 
 
Transtorno de ansiedade de separação 
 
 O transtorno de ansiedade de separação é caracterizado por 
ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus substitutos, 
não adequada ao nível de desenvolvimento, que persiste por, no mínimo, quatro 
semanas, causando sofrimento intenso e prejuízos significativos em diferentes 
áreas da vida da criança ou adolescente. 
 As crianças ou adolescentes, quando estão sozinhas, temem que 
algo possa acontecer a si mesmo ou aos seus cuidadores, tais como acidentes, 
sequestro, assaltos ou doenças, que os afastem definitivamente destes. Como 
consequência, demonstram um comportamento de apego excessivo a seus 
cuidadores, não permitindo o afastamento destes ou telefonando repetidamente 
para eles a fim de tranquilizar-se a respeito de suas fantasias. Em casa, para 
dormir necessitam de companhia e resistem ao sono, que vivenciam como 
separação ou perda de controle. Com frequência referem pesadelos que versam 
sobre seus temores de separação. Recusa escolar secundária também é comum 
nesses pacientes. A criança deseja frequentar a escola, demonstra boa 
adaptação prévia, mas apresenta intenso sofrimento quando necessita afastar-
se de casa. 
 Quando a criança percebe que seus pais vão se ausentar ou o 
afastamento realmente ocorre, manifestações somáticas de ansiedade, tais 
como dor abdominal, dor de cabeça, náusea e vômitos são comuns. Crianças 
maiores podem manifestar sintomas cardiovasculares como palpitações, tontura 
 
 
 
11 
e sensação de desmaio. Esses sintomas prejudicam a autonomia da criança, 
restringem a sua vida de relação e seus interesses, ocasionando um grande 
estresse pessoal e familiar. Sentem-se humilhadas e medrosas, resultando em 
baixa autoestima e podendo evoluir para um transtorno do humor. 
 Estudos retrospectivos sugerem que a presença de ansiedade de 
separação na infância é um fator de risco para o desenvolvimento de diversos 
transtornos de ansiedade, entre eles, o transtorno de pânico e de humor na vida 
adulta. 
 
Tratamento 
 
 Quando há recusa escolar, o retorno à escola deve ser o mais 
rápido possível, para evitar cronicidade e evasão escolar. Deve haver uma 
sintonia entre a escola, os pais e o terapeuta quanto aos objetivos, conduta e 
manejo. O retorno deve ser gradual, pois se trata de uma readaptação, 
respeitando as limitações da criança e seu grau de sofrimento e 
comprometimento. 
 As intervenções familiares objetivam conscientizar a família sobre 
o transtorno,auxiliá-los a aumentar a autonomia e a competência da criança e 
reforçar suas conquistas. 
 As intervenções farmacológicas são necessárias quando os 
sintomas são graves e incapacitantes, embora estudos controlados 
documentando seu uso sejam limitados. O uso de antidepressivos tricíclicos 
(imipramina) mostrou resultados controversos. Os benzodiazepínicos, apesar de 
poucos estudos controlados que avaliem a sua eficácia, são utilizados para 
ansiedade antecipatória e para alívio dos sintomas durante o período de latência 
dos antidepressivos. Os inibidores seletivos da recaptura de serotonina podem 
ser efetivos para o alívio dos sintomas de ansiedade, sendo considerados 
medicação de primeira escolha devido ao seu perfil de efeitos colaterais, sua 
maior segurança, fácil administração e quando há comorbidade com transtorno 
de humor. A utilização de betabloqueadores em crianças não está bem 
estabelecida. 
 
 
 
 
12 
Transtorno de ansiedade generalizada 
 
 As crianças com TAG apresentam medo excessivo, preocupações 
ou sentimentos de pânico exagerados e irracionais a respeito de várias 
situações. Estão constantemente tensas e dão a impressão de que qualquer 
situação é ou pode ser provocadora de ansiedade. São crianças que estão 
sempre muito preocupadas com o julgamento de terceiros em relação a seu 
desempenho em diferentes áreas e necessitam exageradamente que lhes 
renovem a confiança, que as tranquilizem. Apresentam dificuldade para relaxar, 
queixas somáticas sem causa aparente e sinais de hiperatividade autonômica 
(ex. palidez, sudorese, taquipnéia, tensão muscular e vigilância aumentada). 
Tendem a ser crianças autoritárias quando se trata de fazer com que os demais 
atuem em função de tranquilizá-las. 
 Um caso típico é o de uma menina de 7 anos de idade que 
pergunta aos pais constantemente se o que eles dizem é verdade, se recusa aos 
prantos a iniciar qualquer atividade nova, pede para sua mãe verificar se ela fez 
a lição corretamente a cada trecho de lição terminada, mostra-se muito 
aborrecida e angustiada quando sua coleguinha de escola achou que ela havia 
mentido. Todo ou quase todo o tempo há algo que a preocupe, não são 
pensamentos repetitivos sobre o mesmo tema, mas são 
preocupações constantes que mudam de tema e geram ansiedade. 
 
 
 
13 
 Tornam-se crianças difíceis, pois mantêm o ambiente a seu redor 
tenso, provocam irritação nas pessoas de seu convívio pelo absurdo da situação, 
sendo difícil acalmá-las e ter atividades rotineiras ou de lazer com elas. 
 O início deste transtorno costuma ser insidioso, muitas vezes os 
pais têm dificuldade em precisar quando começou e referem que foi se 
agravando até se tornar intolerável, época em que procuram atendimento. 
 
Tratamento 
 
 A abordagem psicoterápica pode ser das mais diversas 
modalidades, não se tendo estudos comprovando a relativa eficácia entre elas 
até o momento. A terapia cognitivo-comportamental consiste basicamente em 
provocar uma mudança na maneira alterada de perceber e raciocinar sobre o 
ambiente e especificamente sobre o que causa a ansiedade (terapia cognitiva) 
e mudanças no comportamento ansioso (terapia comportamental). Esse método 
pode ter eficácia duradoura sobre os transtornos ansiosos em geral. Os pais 
participam ativamente dessa terapia com crianças, ao contrário do que é feito 
com adultos com o mesmo transtorno. No caso clínico citado como exemplo, 
seria feito um acordo com a criança e seus pais de que as perguntas exageradas 
não receberiam resposta, com reasseguramento à criança da necessidade disto 
para diminuir seu sofrimento. Nesse método, parte-se do pressuposto que 
quanto mais atenção se der a esse comportamento alterado (respostas 
tranquilizadoras ou agressivas na tentativa de controlar a ansiedade da criança) 
maior a chance de reforçá-lo e ampliá-lo; ao contrário, mantendo-se a calma e 
retirando-se a atenção do comportamento ansioso, ele tende a se extinguir. 
 O TAG tem recebido pouca atenção dos pesquisadores em 
psicofarmacologia pediátrica. Em estudos abertos, observou-se melhora 
significativa dos sintomas, tanto com o uso de fluoxetina, como de 
buspirona. Pouco se sabe a respeito de benzodiazepínicos para TAG na 
infância; alguns autores recomendam o seu uso quando não há resposta a 
tratamentos psicoterápicos. 
 
 
 
 
14 
 
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) 
 
 As crianças são particularmente vulneráveis a violência e abuso 
sexual e tem havido um reconhecimento crescente que experiências traumáticas 
podem ter um impacto grave e duradouro sobre as mesmas. O TEPT tem sido 
evidenciado como um fator de risco para o desenvolvimento posterior de 
patologias psiquiátricas. 
 
 O diagnóstico do TEPT é feito quando, em consequência à 
exposição a um acontecimento que ameace a integridade ou a vida da criança, 
são observadas alterações importantes no seu comportamento, como inibição 
excessiva ou desinibição, agitação e reatividade emocional aumentada, 
hipervigilância, além de pensamentos obsessivos com conteúdo relacionado à 
vivência traumática (em vigília e em pesadelos durante o sono). Também é 
observado comportamento de evitar estímulos associados ao evento traumático. 
Pelos critérios diagnósticos do DSM-IV, tais sintomas devem durar mais de um 
mês e levar a comprometimento das atividades do paciente. 
 O paciente evita falar sobre o que aconteceu, pois isso lhe é muito 
doloroso, e essa atitude parece perpetuar os sintomas como em geral acontece 
com todos os transtornos ansiosos. Crianças apresentam uma dificuldade a 
mais, especialmente as mais jovens, que é a de compreender com clareza e 
discorrer sobre o ocorrido. Em crianças menores, os temas relacionados ao 
trauma são expressados em brincadeiras repetitivas. 
 
Tratamento 
 
 
 
 
15 
 Existe alguma evidência sobre a eficácia da abordagem cognitivo-
comportamental e da psicoterapia dinâmica breve no TEPT em crianças e 
adolescentes, porém com poucos estudos a respeito, em geral relatos de caso. 
Em crianças mais jovens, a terapia deve utilizar objetos intermediários como 
brinquedos ou desenho para facilitar a comunicação, evitando-se interpretações 
sem confirmações concretas sobre o que ocorreu, mas fornecendo subsídios 
que permitam a elaboração da experiência traumática. 
 A abordagem cognitivo-comportamental tem sido focalizada sobre 
o (s) sintoma (s) alvo, com o objetivo de reverter o condicionamento da reação 
ansiosa, pela habituação ao estímulo. O terapeuta deve auxiliar a criança ou 
adolescente a enfrentar o objeto temido, discursando sobre o evento traumático, 
orientando o paciente a não evitar o tema ou os pensamentos relacionados 
(técnica de exposição). 
 Há apenas um relato sobre o uso de medicações em TEPT em 
crianças usando propranolol, com resposta favorável. O planejamento 
terapêutico depende também da associação com outras patologias. 
 
 
Tratamentos e apoio: família, amigos, associações 
 
Os transtornos de ansiedade são fontes de grande sofrimento e limitações 
para seus portadores. Seu tratamento envolve uma série de procedimentos que 
não se restringe apenas ao consultório médico. Os estudos mostram que a 
associação do tratamento medicamentoso com psicoterapia cognitivo-
comportamental apresenta melhores resultados do que cada um desses 
procedimentos isoladamente. 
Para além do tratamento médico e psicoterapêutico, deve-se destacar a 
importância da participação da família e dos amigos no tratamento dos 
transtornos de ansiedade. Assim como os portadores, muitas vezes os familiares 
e os amigos ignoram a natureza do transtorno e desconhecem que o apoio e o 
encorajamento deles são fundamentais para ajudar o doente a aderir melhor ao 
tratamento, a diminuir seu isolamento e, consequen-temente, a melhorar a 
evolução da doença. 
 
 
 
16 
Em linhas gerais, a família pode ajudar com as seguintes atitudes: informar-se sobre o transtorno e seu tratamento; 
 mostrar interesse em aprender junto do doente, trocar ideias sobre esse 
aprendizado; 
 ter paciência com as manifestações do quadro, não querer “apressar” a 
melhora antes do tempo. É importante reconhecer os progressos parciais 
obtidos ao longo do tratamento; 
 evitar comentários críticos e preconceituosos em relação ao 
comportamento do portador; 
 ajudar a construir um ambiente familiar harmônico. Tolerância e 
acolhimento ajudam o portador a aceitar sua doença e a fazer 
corretamente o tratamento. 
 
A Síndrome do Pânico 
 
Ataques de pânico ou sintomas similares ao pânico como tremores, 
respiração acelerada e sudorese são sintomas típicos tanto de fobias quanto 
síndrome do pânico. No entanto, tais sintomas são desencadeados de forma 
diferente em cada condição específica. 
Uma pessoa com fobia pode experimentar a sensação de pânico ao 
pensar ou ser exposto ao objeto do seu medo. 
Por outro lado, a síndrome do pânico não é desencadeada por um medo 
em específico. As pessoas com síndrome do pânico têm ataques súbitos e 
inesperados, sem qualquer razão aparente. O episódio provoca uma série de 
reações físicas como taquicardia, falta de ar e sensação de morte e pode durar 
de 15 minutos até uma hora. 
Apesar de possuírem sintomas semelhantes, não há relação entre fobia 
e pânico, ou seja, uma fobia não necessariamente leva à síndrome do pânico; 
da mesma forma que a síndrome do pânico não apresenta um medo específico 
como causador do ataque. 
No entanto, não se deve descartar a probabilidade de um diagnóstico que 
inclua tanto a fobia quanto o transtorno de pânico. 
https://www.psicologoeterapia.com.br/panico-medo-e-fobia/como-lidar-com-um-ataque-de-panico-em-publico/
 
 
 
17 
O pânico é caracterizado pela ocorrência de crises de pânico recorrentes 
e repentinas que causam sensações de medo ou mal-estar intenso 
acompanhada de sintomas físicos e cognitivos. 
 
Normalmente se iniciam sem causa aparente, de forma brusca, podendo 
as crises durarem entre 10 e 20 minutos ou, em alguns casos mais graves, até 
mais de uma hora. É uma condição que acomete frequentemente mais as 
mulheres e indivíduos entre acima de 60 anos. 
Os momentos de pânico podem gerar o “medo de ter um novo ataque”, 
uma condição delicada que interfere no comportamento do indivíduo em relação 
ao trabalho, lazer, ambiente familiar e social, fazendo com que ele se isole e 
evite locais ou situações nas quais já ocorreu um ataque de pânico. 
Embora seja um transtorno psiquiátrico, os sintomas podem ser físicos ou 
emocionais (comportamentais). 
Fundamental é notar se três ou mais sintomas estão ocorrendo 
concomitantemente e com qual intensidade. Porém, os únicos profissionais que 
podem avaliar isso são os psicólogos e psiquiatras. 
 Sintomas Físicos: 
 Ansiedade extrema; 
 Tremores; 
 Náusea; 
 Tontura; 
 Suor intenso; 
 Palpitação; 
 Taquicardia (aceleração cardíaca); 
 Falta de ar (ou sensação de não conseguir respirar); 
https://www.psicologoeterapia.com.br/panico-medo-e-fobia/como-lidar-com-um-ataque-de-panico-em-publico/
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologo-sp/
https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/
 
 
 
18 
 Fraqueza; 
 Palidez; 
 Mal-estar em geral. 
 
 Sintomas Emocionais e Comportamentais: 
 Sensação iminente de morte; 
 Medo de perder o controle; 
 Medo de ataque cardíaco, sem motivos para tal; 
 Medo de vomitar em público ou de ter dor de barriga, mesmo que não 
tenha qualquer razão fisiológica; 
 Evitar dirigir ou medo de enfrentar trânsito; 
 Medo de lugares abertos ou fechados, de multidão, de sair 
desacompanhado; 
 Sensação de estar “enlouquecendo”. 
 Evitar lugares específicos como padaria e restaurantes, principalmente se 
já ocorreu algum ataque nesses locais; 
 Entre outros 
 
Os pacientes com Síndrome do Pânico podem ter que seguir muitas 
visitas ao psicólogo até que se encontre uma causa para suas crises e sintomas. 
Toda crise é acompanhada de três ou mais sintomas acima e quem vai definir a 
gravidade deles é o psicólogo ou psiquiatra. 
Assim, qualquer sintoma típico de ataques de pânico deve ser 
comunicado ao profissional de sua confiança o quanto antes. As crises não são 
facilmente controladas pela própria pessoa e, se não houver atenção profissional 
durante sua ocorrência, podem piorar. 
Não custa reforçar que por se tratar de um transtorno neurológico, embora 
com sintomas físicos, o diagnóstico somente pode ser feito por um psicólogo ou 
psiquiatra. 
A importância da ajuda do psicólogo está também em avaliar se há outros 
transtornos associados, tais como depressão, esquizofrenia, fobia social, TOC, 
dentre outros. 
https://www.psicologoeterapia.com.br/panico-medo-e-fobia/7-dicas-para-enfrentar-o-medo/
https://www.psicologoeterapia.com.br/quais-as-diferencas-entre-o-psicologo-e-o-psiquiatra/
https://www.psicologoeterapia.com.br/o-que-um-psicologo-faz/
https://www.psicologoeterapia.com.br/depressao/
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/esquizofrenia/
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologo-ajuda-emocional/o-que-e-toc/
 
 
 
19 
As Fobias 
Clinicamente, as fobias são classificadas como sendo um Transtorno de 
Ansiedade e podem ser definidas como um medo intenso e irracional e 
incessante de situações, objetos, atividades ou pessoas, cujo receio é altamente 
desproporcional em relação ao perigo real ou probabilidade de mal que este 
pode causar – por exemplo, o medo de palhaços, a Coulrofobia. 
O medo associado a uma fobia vai além de uma simples aversão ou 
desconforto: A angústia causada pelo medo é tão intensa que o indivíduo faz o 
possível para evitar entrar em contato com o objeto de seu medo, e muitas vezes 
gastam uma enorme quantidade de tempo pensando se estão propensos a 
encontrá-lo em uma determinada situação. 
Na verdade, se você tem uma fobia, provavelmente você já sabe que seu 
medo é irracional, porém é incapaz de controlá-lo. 
Quando se trata de fobia, o indivíduo não consegue arriscar a 
experimentar o desconhecido, a ultrapassar a barreira do que acredita fazer mal 
e que deixa com medo. 
A fobia pode existir em lugares muito grandes e com muita gente 
(agorafobia), porque dificilmente o indivíduo consegue escapar ou identificar 
pessoas conhecidas rapidamente, como quando está fora de casa, em um 
grande congestionamento ou em um Shopping Center em época de festas. 
A fobia também pode ser em relação a objetos (seringa, faca, tesoura, 
etc.) e animais (barata, aranha, sapo, gato, etc.). 
Comportamentos de fuga são comuns, já que o fóbico é determinado a 
ficar longe do seu medo específico. Quando forçado a enfrentar o objeto ou 
situação temida, o indivíduo experimenta um nível acentuado de sofrimento 
e ansiedade. 
Os sintomas mais comuns incluem: ritmo cardíaco acelerado, tremores, 
sudorese, tremores, sensação de terror e uma urgência de se afastar do objeto 
da situação causadora do medo. De acordo com a DSM-V, as fobias são 
classificadas em três categorias: 
https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/angustia/
https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/
 
 
 
20 
Fobia social e Fobias especificas 
 
 Fobias específicas são definidas pela presença de medo excessivo e 
persistente relacionado a um determinado objeto ou situação, que não seja 
situação de exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico. Diante do 
estímulo fóbico, a criança procura correr para perto de um dos pais ou de alguém 
que a faça se sentir protegida e pode apresentar reações de choro, desespero, 
imobilidade, agitação psicomotora ou até mesmo um ataque de pânico. 
Os medos mais comuns na infância são de pequenos animais, injeções, 
escuridão, altura e ruídos intensos. 
 As fobias específicas são diferenciadas dos medos normais da infância 
por constituírem uma reação excessiva e desadaptativa, que foge do controledo 
indivíduo, leva a reações de fuga, é persistente e causa comprometimento no 
funcionamento da criança. 
Na Fobia social o medo persistente e intenso de situações onde a pessoa 
julga estar exposta à avaliação de outros, ou se comportar de maneira 
humilhante ou vergonhosa, caracteriza o diagnóstico de fobia social em crianças 
e adolescentes. Em jovens, a ansiedade pode ser expressa por choro, "acessos 
de raiva" ou afastamento de situações sociais nas quais haja pessoas não 
familiares. 
Crianças com fobia social relatam desconforto em inúmeras situações: 
falar em sala de aula, comer na cantina próximo a outras crianças, ir a festas, 
escrever na frente de outros colegas, usar banheiros públicos, dirigir a palavra a 
 
 
 
21 
figuras de autoridade como professores e treinadores, além de 
conversas/brincadeiras com outras crianças. Nessas situações, comumente há 
a presença de sintomas físicos como: palpitações, tremores, calafrios e calores 
súbitos, sudorese e náusea. A depressão é uma comorbidade frequente em 
crianças e adolescentes com fobia social. 
Segundo Castillo (2000) fobias específicas são definidas pela presença 
de medo excessivo e persistente relacionado a um determinado objeto ou 
situação, que não seja situação de exposição pública ou medo de ter um ataque 
de pânico. Obviamente, as fobias específicas podem desencadear no sujeito a 
chamada ansiedade antecipatória. 
O contato com o estímulo fóbico para Rangé (2011) causa ansiedade, 
surgindo sintomas físicos que podem ser do sistema nervoso autônomo 
(cardiorrespiratório), muscular, cinestésico e outros: 
 Autonômicos: taquicardia (cardiorrespiratório), sudorese quente ou fria, 
taquipneia, vasoconstrição (extremidades frias, palidez) midríase, 
piloereção, aumento do peristaltismo (diarreia); 
 Musculares: dores, contraturas, tremores, trepidação; 
 Cinestésico: parestesias, calafrios, adormecimentos; 
 Outros: Urgência de ir urinar, vazio no estômago, dor e aperto no peito. 
Sintomas psíquicos também são característicos em pessoas com fobia, 
como por exemplo: tensão, nervosismo, apreensão, insegurança, dificuldade de 
concentração, sensação de estranheza, sensação de morte iminente etc. 
(RANGÉ, 2011). 
A fobia específica segundo o DSM – V é ocasionalmente desenvolvida 
após um evento traumático, por observação de outras pessoas, passando pelo 
evento traumático, por um ataque de pânico na situação temida, entre outros 
fatores. No entanto, muitas pessoas que possuem fobia específica não lembram 
o evento desencadeador da fobia. 
Ajuda Psicológica 
 
Embora o desenvolvimento das fobias seja relativamente complexo, seu 
tratamento é bastante objetivo. Estas quererem exercícios estruturados e 
consistentes com base na exposição gradual do paciente ao estímulo fóbico. O 
 
 
 
22 
problema resume- -se apenas em persuadir o paciente de que a exposição vale 
à pena, pois será benéfica (BALOW, 2010 APUD HALES ET AL., 2012). 
No tratamento para fobias existem diversas terapias, sendo que a 
abordagem comportamental é a mais utilizada. As práticas terapêuticas mais 
comuns são as de exposição ao ambiente real, a imaginativa e mais 
recentemente, a exposição a ambientes virtuais 3D, (WAUKE ET AL, 2004). 
As psicoterapias, que são realizadas a partir da interação entre o 
paciente e o terapeuta, buscam conduzir o paciente a um estado de 
adaptação maior, envolvendo seus comportamentos e sentimentos, ou 
seja, restabelecer seu equilíbrio mental. (WAUKE ET AL., 2004. p. 2). 
 
A técnica chamada de Tensão Aplicada consiste segundo Ost & Sterner 
(1987) ensinar o paciente como tencionar e contrair os músculos do corpo ao 
primeiro sinal de diminuição da pressão arterial, evitando que a pessoa tenha 
uma síncope ao entrar em contato com o estímulo fóbico (D’EL REY e MONTIEL, 
2001). 
 Estudos sobre o uso de medicações nos transtornos de ansiedade são 
poucos. Na prática clínica não tem sido utilizado o tratamento farmacológico para 
fobias específicas, Castillo (2000). Os medicamentos não demonstram 
efetividade no tratamento das fobias específicas. Os ADTs, benzodiazepínicos, 
β-bloqueadores, não parecem úteis com base no número limitado de estudos, 
(HALES ET AL., 2012). 
Transtorno do pânico e Agorafobia 
 
 No transtorno do pânico (TP) ocorrem episódios agudos com 
sintomas ansiosos intensos, não apenas psíquicos, mas também físicos. Esses 
 
 
 
23 
episódios são chamados ataques de pânico. A duração dos ataques é variável, 
mas o pico dos sintomas ocorre geralmente em 10 minutos. 
 Ataques de pânico não é sinônimo de transtorno do pânico. O 
ataque de pânico pode ocorrer em outros transtornos ansiosos ou até mesmo 
em transtornos do humor, como transtorno bipolar, por exemplo. Outras 
condições que podem desencadear ataques de pânico são o consumo de 
substâncias ilícitas ou a uma condição médica geral. Para o diagnóstico de TP é 
necessário que os episódios de pânico sejam recorrentes e inesperados, 
seguidos de um dos seguintes sintomas: preocupação persistente com a 
possibilidade de novos ataques, preocupação com a consequência dos ataques 
ou mudança comportamental significativa. 
 A maioria dos pacientes com TP procura o serviço médico geral, 
em especial a emergência, antes de procurar o médico psiquiatra. Apesar de 
haver avaliação médica, apenas 2% dos pacientes com TP são diagnosticados 
no serviço de emergência. O diagnóstico precoce de TP é benéfico para o 
paciente, pois são melhores as taxas de resposta ao tratamento. Quando não 
tratada, pode evoluir para incapacitação, com evitação fóbica, agorafobia e maior 
uso dos serviços de saúde. Muitas vezes o paciente ouve “não é problema do 
coração”, mas isso não resolve a questão para o doente e a possibilidade de o 
paciente retornar ao serviço de emergência é alta. Um estudo transversal de 
pacientes de cuidados primários que apresentavam TP revelou que 84% deles 
estavam dispostos a procurar tratamento psiquiátrico. Segundo os autores, é 
recomendável que “os médicos de cuidados primários informem de forma mais 
assertiva os seus pacientes com diagnóstico TP e recomendem tratamento 
psiquiátrico com menos medo de estigmatizar e aliená-los”. 
 A agorafobia pode seguir-se ao transtorno do pânico. Consiste em 
uma ansiedade acerca de estar em locais de onde possa ser difícil (ou 
embaraçoso) escapar ou onde o auxílio não pode estar disponível na 
eventualidade de um ataque de pânico. A origem etimológica da palavra (ágora= 
praça; fobia=medo) refere-se ao medo de locais abertos. Hoje o termo assumiu 
outras conotações e as situações temidas podem variar de uma pessoa para 
outra: medo de estar sozinho, de estar em meio à multidão, de locais fechados, 
etc. Na agorafobia, a situação temida é evitada ou suportada a custo de 
 
 
 
24 
acentuado sofrimento. Quase sempre a agorafobia é secundária ao pânico, 
apesar de alguns autores dizerem que pode ocorrer na ausência dele. 
 
Técnicas mais frequentes no tratamento para fobias 
 
Exposição ao que é temido – que poderá ser tanto imaginária quanto real, 
através de um processo por etapas definidas juntamente com o cliente; 
Técnicas de relaxamento – apesar de não ser eficaz no tratamento, se 
utilizadas isoladamente, os exercícios de respiração, por exemplo, tendem a 
ajudar o paciente a se concentrar no aqui-agora e, assim, controlar os sintomas 
durante, ou até mesmo antes, dos episódios temidos; 
Treino de habilidades sociais – que podem ocorrer na sessão através de 
ensaios comportamentais e/ou fora da sessão (tarefas de casa). O treino pode 
reduzir a ansiedade no confronto interpessoal nos casos de fobia social. 
Contudo, entre técnicas e diálogos, o foco do psicólogo sempre será 
trazer o máximo de conforto, bem-estar e autoconhecimento ao paciente, para 
que ele consiga lidar de forma tranquila e saudável com situações que antes lhe 
causavam pavor, por meio da terapia.Tratamentos Indicados 
Tanto a Síndrome do Pânico quanto as condições de Medo e Fobia são 
condições complexas que só podem ser diagnosticadas por um profissional 
qualificado. 
As opções de tratamento incluem psicoterapia realizada por 
psicólogo, medicamentos (sempre prescritos por um médico) e técnicas de 
relaxamento. 
A psicoterapia pode ajudar o paciente de inúmeras maneiras, como o 
desenvolvimento de estratégias de enfrentamento enquanto os medicamentos 
funcionam para reduzir os níveis de ansiedade. Já as técnicas de relaxamento, 
além de também reduzirem a intensidade do medo, ajudam na gestão 
do estresse cotidiano. 
Durante uma crise o importante é tranquilizar o indivíduo informando que 
os seus sintomas são fruto de um ataque de ansiedade, sem risco de morte. 
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologo-ajuda-emocional/seis-formas-de-voce-alcancar-o-seu-bem-estar/
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/inteligencia-emocional-e-autoconhecimento/
https://www.psicologoeterapia.com.br/o-que-um-psicologo-faz/#o-processo-psicoterapeutico
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/psicoterapia-ou-medicacao/
https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/cinco-indicios-que-voce-precisa-da-ajuda-de-um-psicologo/
https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/estresse/
 
 
 
25 
Deve-se reforçar que a crise é passageira e comentar que pode ser realmente 
intensa, desagradável e causar mal-estar. 
A respiração deve ser concentrada, feita pelo nariz, estimulando o 
indivíduo a colocar a atenção nela de modo que possa se tranquilizar 
rapidamente. Medicamentos somente devem ser tomados quando receitados 
por um psiquiatra. 
A psicoterapia é fundamental para que as causas orgânicas sejam 
encontradas e trabalhadas dentro do contexto de vida do paciente. 
Durante o tratamento, o paciente deve ser consciente de que o mesmo 
será mais efetivo diante de sua determinação em realizar as ações indicadas 
pelo psicólogo, bem como se comprometer a não o interromper ou prejudicá-lo 
com o uso de álcool ou drogas. 
Tudo depende da forma como a terapia é encarada pelo paciente. Não é 
possível estipular um tempo exato, mas podemos ter como base a forma como 
as sessões podem ser proveitosas ao paciente, assim como todas as 
informações importantes que ele consegue absorver dentro da terapia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
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ed., Porto Alegre, 1995. 
https://www.psicologoeterapia.com.br/o-que-um-psicologo-faz/#o-processo-psicoterapeutico
 
 
 
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