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1 TRANSTORNOS DE ANSIEDADE, PÂNICO E FOBIAS 2 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 Sumário ............................................................................................................... 1 NOSSA HISTÓRIA ................................................................................. 2 Introdução .............................................................................................. 5 Ansiedade .............................................................................................. 6 Fatores de risco ...................................................................................... 8 Gênero ................................................................................................ 8 Trauma na infância ............................................................................. 9 Doenças concomitantes ...................................................................... 9 Personalidade ..................................................................................... 9 Genética ............................................................................................. 9 Abuso de substâncias ......................................................................... 9 Principais transtornos de Ansiedade .................................................... 10 Transtorno de ansiedade de separação ............................................ 10 Tratamento .................................................................................... 11 Transtorno de ansiedade generalizada ............................................. 12 Tratamento .................................................................................... 13 Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) ................................ 14 Tratamento .................................................................................... 14 Tratamentos e apoio: família, amigos, associações.............................. 15 A Síndrome do Pânico .......................................................................... 16 As Fobias ............................................................................................. 19 Fobia social e Fobias especificas ...................................................... 20 Ajuda Psicológica .......................................................................... 21 Transtorno do pânico e Agorafobia ................................................... 22 4 Técnicas mais frequentes no tratamento para fobias ........................ 24 Tratamentos Indicados ......................................................................... 24 Referências .......................................................................................... 25 5 Introdução O medo é natural do ser humano, todo mundo tem ou teve medo de alguma coisa, um lugar ou uma pessoa em algum momento da vida, mas que, quando desproporcional, intenso e até irracional, pode se transformar em uma síndrome neurótica, que é o que os psicólogos chamam de fobia. Muitos indivíduos sentiram medo de dormir sozinhos no quarto quando criança, da loira do banheiro na escola e do homem do saco quando brincavam na rua. Também sentiram medo no primeiro dia de aula e no primeiro dia no trabalho, sem contar que quando é necessário tomar uma decisão importante em suas vidas, o medo também se faz presente. O medo muitas vezes protege as pessoas, isso é fato. Faz pensar com mais cuidado antes de tomar determinada atitude e, por isso, também pode impedir que tenhamos comportamentos mais arrojados e ousados em alguns casos. O medo é, basicamente, quando nos sentimos ameaçados por algo ou alguém, que desperta tensão e receio de que aquele algo ou alguém possa nos ferir. O ferir citado pode se enquadrar em ferimentos físicos e/ou emocionais. Você pode ter medo de uma barata, de uma aranha, ou medo de uma pessoa que acaba de entrar no ônibus e que lhe aparenta um ar desconfiado. Existem inúmeras formas de medo, e os psicólogos reforçam que é importante que você consiga entendê-las e decifrá-las. Assim como o medo, diversas situações cotidianas podem nos causar ansiedade, como a entrevista para um novo emprego ou a proximidade da viagem tão esperada. É um estado emocional perfeitamente normal, até mesmo benéfico por nos manter alertas e eventualmente mais focados. O medo, tornando-se algo constante e diário, pode gerar uma crise de ansiedade ou uma crise de pânico, o que alavanca um problema de fato maior, e que precisa ser analisado com cautela e por um profissional especializado. 6 Ansiedade Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. A ansiedade pode ser uma reação normal a estímulos desestabilizadores ou que possam atemorizar as pessoas. Essa reação pode ocorrer com sintomas psicológicos, como apreensão, desconforto, medos diversos etc., e também com sintomas físicos, como taquicardia, aumento da frequência respiratória, alterações de pressão arterial etc. Em crianças, o desenvolvimento emocional influi sobre as causas e a maneira como se manifestam os medos e as preocupações tanto normais quanto patológicos. Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. A ansiedade e o medo passam a ser reconhecidos como patológicos quando são exagerados, desproporcionais em relação ao estímulo, ou qualitativamente diversos do que se observa como norma naquela faixa etária e interferem com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. Tais reações exageradas ao estímulo ansiogênico se desenvolvem, mais comumente, em indivíduos com uma predisposição neurobiológica herdada. A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não. Os transtornos ansiosos são quadros clínicos em que esses sintomas são primários, ou seja, não são derivados de outras condições psiquiátricas (depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, etc.). Sintomas ansiosos (e não os transtornos propriamente) são frequentes em outros transtornos psiquiátricos. É uma ansiedade que se explica pelos sintomas do transtorno primário (exemplos: a ansiedade do início do surto esquizofrênico; o medo da separação dos pais numa criança com depressão maior) e não constitui um conjuntode sintomas que determina um transtorno 7 ansioso típico. Mas podem ocorrer casos em que vários transtornos estão presentes ao mesmo tempo e não se consegue identificar o que é primário e o que não é, sendo mais correto referir que esse paciente apresenta mais de um diagnóstico coexistente (comorbidade). Estima-se que cerca de metade das crianças com transtornos ansiosos tenham também outro transtorno ansioso. Pelos sistemas classificatórios vigentes, o transtorno de ansiedade de separação foi o único transtorno mantido na seção específica da infância e adolescência (CID-10,6 DSM-IV7). O transtorno de ansiedade excessiva da infância e o transtorno de evitação da infância (DSM-III-R8), passaram a ser referidos nas classificações atuais, respectivamente, como transtorno de ansiedade generalizada (TAG) e fobia social. Os transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais comuns tanto em crianças quanto em adultos, com uma prevalência estimada durante o período de vida de 9% e 15% respectivamente. Nas crianças e adolescentes, os transtornos ansiosos mais frequentes são o transtorno de ansiedade de separação, com prevalência em torno de 4%, o transtorno de ansiedade excessiva ou o atual TAG (2,7% a 4,6%) e as fobias específicas (2,4% a 3,3%). A prevalência de fobia social fica em torno de 1% e a do transtorno de pânico (TP) 0,6%. A distribuição entre os sexos é de modo geral equivalente, exceto fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno de pânico com predominância do sexo feminino. A causa dos transtornos ansiosos infantis é muitas vezes desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos. Entre os indivíduos com esses transtornos, o peso relativo dos fatores causais pode variar. De uma maneira geral, os transtornos ansiosos na infância e na adolescência apresentam um curso crônico, embora flutuante ou episódico, se não tratados. Na avaliação e no planejamento terapêutico desses transtornos, é fundamental obter uma história detalhada sobre o início dos sintomas, possíveis fatores desencadeantes (ex. crise conjugal, perda por morte ou separação, doença na família e nascimento de irmãos) e o desenvolvimento da criança. Sugere-se, também, levar em conta o temperamento da criança (ex. presença de comportamento inibido), o tipo de apego que ela tem com seus pais (ex. 8 seguro ou não) e o estilo de cuidados paternos destes (ex. presença de superproteção), além dos fatores implicados na etiologia dessas patologias. Também deve ser avaliada a presença de comorbidade. De modo geral, o tratamento é constituído por uma abordagem multimodal, que inclui orientação aos pais e à criança, terapia cognitivo- comportamental, psicoterapia dinâmica, uso de psicofármacos e intervenções familiares. Fatores de risco Fatores que podem aumentar o risco do transtorno de ansiedade generalizada incluem: Idade: os transtornos de ansiedade podem aparecer em qualquer idade. Na infância, os transtornos de ansiedade mais comuns são as fobias simples, como o medo do escuro, além da ansiedade de separação e transtorno obsessivo-comportamental. Crianças com transtorno de ansiedade podem desenvolver depressão, outros transtornos de ansiedade ou abuso de substâncias (por exemplo: alcoolismo) na idade adulta. Fatores sociais: pessoas solteiras, viúvas ou desquitadas têm maior risco de transtornos de ansiedade que pessoas casadas, assim como pessoas isoladas, sem apoio de amigos ou familiares. Fatores traumáticos: o trauma psicológico também desencadeia transtornos de ansiedade, principalmente o transtorno de estresse pós- traumático em pessoas vulneráveis. Gênero Mais do que o dobro do número de casos de transtorno de ansiedade generalizada ocorre em mulheres. Acredita-se que uma combinação de fatores, como mudanças hormonais e maior exposição ao estresse, possam agravar esse quadro. https://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-de-ansiedade-generalizada https://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-de-ansiedade-generalizada https://www.minhavida.com.br/saude/temas/estresse 9 Trauma na infância As crianças que sofreram abuso ou algum tipo de trauma, ou que até mesmo testemunharam eventos traumáticos, estão em maior risco de desenvolver transtorno de ansiedade generalizada em algum momento da vida. Doenças concomitantes Ter uma condição crônica de saúde ou doença grave, como o câncer, pode levar à constante preocupação com o futuro, ao tratamento e questões financeiras. Estresse do dia a dia pode desencadear no transtorno também. Personalidade As pessoas com alguns tipos de personalidade são mais propensas a transtornos de ansiedade do que outras. Além disso, alguns transtornos de personalidade, como o Borderline, também podem estar ligados ao TAG. Genética O transtorno de ansiedade generalizada também pode estar no sangue. Mais de uma pessoa da mesma família pode apresentar esse distúrbio. Abuso de substâncias Uso excessivo de drogas ou álcool pode piorar e até levar ao transtorno de ansiedade generalizada. A cafeína e a nicotina, presente no cigarro, também podem aumentar a ansiedade e conduzir o indivíduo à doença. https://www.minhavida.com.br/temas/c%C3%A2ncer 10 Principais transtornos de Ansiedade Transtorno de ansiedade de separação O transtorno de ansiedade de separação é caracterizado por ansiedade excessiva em relação ao afastamento dos pais ou seus substitutos, não adequada ao nível de desenvolvimento, que persiste por, no mínimo, quatro semanas, causando sofrimento intenso e prejuízos significativos em diferentes áreas da vida da criança ou adolescente. As crianças ou adolescentes, quando estão sozinhas, temem que algo possa acontecer a si mesmo ou aos seus cuidadores, tais como acidentes, sequestro, assaltos ou doenças, que os afastem definitivamente destes. Como consequência, demonstram um comportamento de apego excessivo a seus cuidadores, não permitindo o afastamento destes ou telefonando repetidamente para eles a fim de tranquilizar-se a respeito de suas fantasias. Em casa, para dormir necessitam de companhia e resistem ao sono, que vivenciam como separação ou perda de controle. Com frequência referem pesadelos que versam sobre seus temores de separação. Recusa escolar secundária também é comum nesses pacientes. A criança deseja frequentar a escola, demonstra boa adaptação prévia, mas apresenta intenso sofrimento quando necessita afastar- se de casa. Quando a criança percebe que seus pais vão se ausentar ou o afastamento realmente ocorre, manifestações somáticas de ansiedade, tais como dor abdominal, dor de cabeça, náusea e vômitos são comuns. Crianças maiores podem manifestar sintomas cardiovasculares como palpitações, tontura 11 e sensação de desmaio. Esses sintomas prejudicam a autonomia da criança, restringem a sua vida de relação e seus interesses, ocasionando um grande estresse pessoal e familiar. Sentem-se humilhadas e medrosas, resultando em baixa autoestima e podendo evoluir para um transtorno do humor. Estudos retrospectivos sugerem que a presença de ansiedade de separação na infância é um fator de risco para o desenvolvimento de diversos transtornos de ansiedade, entre eles, o transtorno de pânico e de humor na vida adulta. Tratamento Quando há recusa escolar, o retorno à escola deve ser o mais rápido possível, para evitar cronicidade e evasão escolar. Deve haver uma sintonia entre a escola, os pais e o terapeuta quanto aos objetivos, conduta e manejo. O retorno deve ser gradual, pois se trata de uma readaptação, respeitando as limitações da criança e seu grau de sofrimento e comprometimento. As intervenções familiares objetivam conscientizar a família sobre o transtorno,auxiliá-los a aumentar a autonomia e a competência da criança e reforçar suas conquistas. As intervenções farmacológicas são necessárias quando os sintomas são graves e incapacitantes, embora estudos controlados documentando seu uso sejam limitados. O uso de antidepressivos tricíclicos (imipramina) mostrou resultados controversos. Os benzodiazepínicos, apesar de poucos estudos controlados que avaliem a sua eficácia, são utilizados para ansiedade antecipatória e para alívio dos sintomas durante o período de latência dos antidepressivos. Os inibidores seletivos da recaptura de serotonina podem ser efetivos para o alívio dos sintomas de ansiedade, sendo considerados medicação de primeira escolha devido ao seu perfil de efeitos colaterais, sua maior segurança, fácil administração e quando há comorbidade com transtorno de humor. A utilização de betabloqueadores em crianças não está bem estabelecida. 12 Transtorno de ansiedade generalizada As crianças com TAG apresentam medo excessivo, preocupações ou sentimentos de pânico exagerados e irracionais a respeito de várias situações. Estão constantemente tensas e dão a impressão de que qualquer situação é ou pode ser provocadora de ansiedade. São crianças que estão sempre muito preocupadas com o julgamento de terceiros em relação a seu desempenho em diferentes áreas e necessitam exageradamente que lhes renovem a confiança, que as tranquilizem. Apresentam dificuldade para relaxar, queixas somáticas sem causa aparente e sinais de hiperatividade autonômica (ex. palidez, sudorese, taquipnéia, tensão muscular e vigilância aumentada). Tendem a ser crianças autoritárias quando se trata de fazer com que os demais atuem em função de tranquilizá-las. Um caso típico é o de uma menina de 7 anos de idade que pergunta aos pais constantemente se o que eles dizem é verdade, se recusa aos prantos a iniciar qualquer atividade nova, pede para sua mãe verificar se ela fez a lição corretamente a cada trecho de lição terminada, mostra-se muito aborrecida e angustiada quando sua coleguinha de escola achou que ela havia mentido. Todo ou quase todo o tempo há algo que a preocupe, não são pensamentos repetitivos sobre o mesmo tema, mas são preocupações constantes que mudam de tema e geram ansiedade. 13 Tornam-se crianças difíceis, pois mantêm o ambiente a seu redor tenso, provocam irritação nas pessoas de seu convívio pelo absurdo da situação, sendo difícil acalmá-las e ter atividades rotineiras ou de lazer com elas. O início deste transtorno costuma ser insidioso, muitas vezes os pais têm dificuldade em precisar quando começou e referem que foi se agravando até se tornar intolerável, época em que procuram atendimento. Tratamento A abordagem psicoterápica pode ser das mais diversas modalidades, não se tendo estudos comprovando a relativa eficácia entre elas até o momento. A terapia cognitivo-comportamental consiste basicamente em provocar uma mudança na maneira alterada de perceber e raciocinar sobre o ambiente e especificamente sobre o que causa a ansiedade (terapia cognitiva) e mudanças no comportamento ansioso (terapia comportamental). Esse método pode ter eficácia duradoura sobre os transtornos ansiosos em geral. Os pais participam ativamente dessa terapia com crianças, ao contrário do que é feito com adultos com o mesmo transtorno. No caso clínico citado como exemplo, seria feito um acordo com a criança e seus pais de que as perguntas exageradas não receberiam resposta, com reasseguramento à criança da necessidade disto para diminuir seu sofrimento. Nesse método, parte-se do pressuposto que quanto mais atenção se der a esse comportamento alterado (respostas tranquilizadoras ou agressivas na tentativa de controlar a ansiedade da criança) maior a chance de reforçá-lo e ampliá-lo; ao contrário, mantendo-se a calma e retirando-se a atenção do comportamento ansioso, ele tende a se extinguir. O TAG tem recebido pouca atenção dos pesquisadores em psicofarmacologia pediátrica. Em estudos abertos, observou-se melhora significativa dos sintomas, tanto com o uso de fluoxetina, como de buspirona. Pouco se sabe a respeito de benzodiazepínicos para TAG na infância; alguns autores recomendam o seu uso quando não há resposta a tratamentos psicoterápicos. 14 Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) As crianças são particularmente vulneráveis a violência e abuso sexual e tem havido um reconhecimento crescente que experiências traumáticas podem ter um impacto grave e duradouro sobre as mesmas. O TEPT tem sido evidenciado como um fator de risco para o desenvolvimento posterior de patologias psiquiátricas. O diagnóstico do TEPT é feito quando, em consequência à exposição a um acontecimento que ameace a integridade ou a vida da criança, são observadas alterações importantes no seu comportamento, como inibição excessiva ou desinibição, agitação e reatividade emocional aumentada, hipervigilância, além de pensamentos obsessivos com conteúdo relacionado à vivência traumática (em vigília e em pesadelos durante o sono). Também é observado comportamento de evitar estímulos associados ao evento traumático. Pelos critérios diagnósticos do DSM-IV, tais sintomas devem durar mais de um mês e levar a comprometimento das atividades do paciente. O paciente evita falar sobre o que aconteceu, pois isso lhe é muito doloroso, e essa atitude parece perpetuar os sintomas como em geral acontece com todos os transtornos ansiosos. Crianças apresentam uma dificuldade a mais, especialmente as mais jovens, que é a de compreender com clareza e discorrer sobre o ocorrido. Em crianças menores, os temas relacionados ao trauma são expressados em brincadeiras repetitivas. Tratamento 15 Existe alguma evidência sobre a eficácia da abordagem cognitivo- comportamental e da psicoterapia dinâmica breve no TEPT em crianças e adolescentes, porém com poucos estudos a respeito, em geral relatos de caso. Em crianças mais jovens, a terapia deve utilizar objetos intermediários como brinquedos ou desenho para facilitar a comunicação, evitando-se interpretações sem confirmações concretas sobre o que ocorreu, mas fornecendo subsídios que permitam a elaboração da experiência traumática. A abordagem cognitivo-comportamental tem sido focalizada sobre o (s) sintoma (s) alvo, com o objetivo de reverter o condicionamento da reação ansiosa, pela habituação ao estímulo. O terapeuta deve auxiliar a criança ou adolescente a enfrentar o objeto temido, discursando sobre o evento traumático, orientando o paciente a não evitar o tema ou os pensamentos relacionados (técnica de exposição). Há apenas um relato sobre o uso de medicações em TEPT em crianças usando propranolol, com resposta favorável. O planejamento terapêutico depende também da associação com outras patologias. Tratamentos e apoio: família, amigos, associações Os transtornos de ansiedade são fontes de grande sofrimento e limitações para seus portadores. Seu tratamento envolve uma série de procedimentos que não se restringe apenas ao consultório médico. Os estudos mostram que a associação do tratamento medicamentoso com psicoterapia cognitivo- comportamental apresenta melhores resultados do que cada um desses procedimentos isoladamente. Para além do tratamento médico e psicoterapêutico, deve-se destacar a importância da participação da família e dos amigos no tratamento dos transtornos de ansiedade. Assim como os portadores, muitas vezes os familiares e os amigos ignoram a natureza do transtorno e desconhecem que o apoio e o encorajamento deles são fundamentais para ajudar o doente a aderir melhor ao tratamento, a diminuir seu isolamento e, consequen-temente, a melhorar a evolução da doença. 16 Em linhas gerais, a família pode ajudar com as seguintes atitudes: informar-se sobre o transtorno e seu tratamento; mostrar interesse em aprender junto do doente, trocar ideias sobre esse aprendizado; ter paciência com as manifestações do quadro, não querer “apressar” a melhora antes do tempo. É importante reconhecer os progressos parciais obtidos ao longo do tratamento; evitar comentários críticos e preconceituosos em relação ao comportamento do portador; ajudar a construir um ambiente familiar harmônico. Tolerância e acolhimento ajudam o portador a aceitar sua doença e a fazer corretamente o tratamento. A Síndrome do Pânico Ataques de pânico ou sintomas similares ao pânico como tremores, respiração acelerada e sudorese são sintomas típicos tanto de fobias quanto síndrome do pânico. No entanto, tais sintomas são desencadeados de forma diferente em cada condição específica. Uma pessoa com fobia pode experimentar a sensação de pânico ao pensar ou ser exposto ao objeto do seu medo. Por outro lado, a síndrome do pânico não é desencadeada por um medo em específico. As pessoas com síndrome do pânico têm ataques súbitos e inesperados, sem qualquer razão aparente. O episódio provoca uma série de reações físicas como taquicardia, falta de ar e sensação de morte e pode durar de 15 minutos até uma hora. Apesar de possuírem sintomas semelhantes, não há relação entre fobia e pânico, ou seja, uma fobia não necessariamente leva à síndrome do pânico; da mesma forma que a síndrome do pânico não apresenta um medo específico como causador do ataque. No entanto, não se deve descartar a probabilidade de um diagnóstico que inclua tanto a fobia quanto o transtorno de pânico. https://www.psicologoeterapia.com.br/panico-medo-e-fobia/como-lidar-com-um-ataque-de-panico-em-publico/ 17 O pânico é caracterizado pela ocorrência de crises de pânico recorrentes e repentinas que causam sensações de medo ou mal-estar intenso acompanhada de sintomas físicos e cognitivos. Normalmente se iniciam sem causa aparente, de forma brusca, podendo as crises durarem entre 10 e 20 minutos ou, em alguns casos mais graves, até mais de uma hora. É uma condição que acomete frequentemente mais as mulheres e indivíduos entre acima de 60 anos. Os momentos de pânico podem gerar o “medo de ter um novo ataque”, uma condição delicada que interfere no comportamento do indivíduo em relação ao trabalho, lazer, ambiente familiar e social, fazendo com que ele se isole e evite locais ou situações nas quais já ocorreu um ataque de pânico. Embora seja um transtorno psiquiátrico, os sintomas podem ser físicos ou emocionais (comportamentais). Fundamental é notar se três ou mais sintomas estão ocorrendo concomitantemente e com qual intensidade. Porém, os únicos profissionais que podem avaliar isso são os psicólogos e psiquiatras. Sintomas Físicos: Ansiedade extrema; Tremores; Náusea; Tontura; Suor intenso; Palpitação; Taquicardia (aceleração cardíaca); Falta de ar (ou sensação de não conseguir respirar); https://www.psicologoeterapia.com.br/panico-medo-e-fobia/como-lidar-com-um-ataque-de-panico-em-publico/ https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologo-sp/ https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/ 18 Fraqueza; Palidez; Mal-estar em geral. Sintomas Emocionais e Comportamentais: Sensação iminente de morte; Medo de perder o controle; Medo de ataque cardíaco, sem motivos para tal; Medo de vomitar em público ou de ter dor de barriga, mesmo que não tenha qualquer razão fisiológica; Evitar dirigir ou medo de enfrentar trânsito; Medo de lugares abertos ou fechados, de multidão, de sair desacompanhado; Sensação de estar “enlouquecendo”. Evitar lugares específicos como padaria e restaurantes, principalmente se já ocorreu algum ataque nesses locais; Entre outros Os pacientes com Síndrome do Pânico podem ter que seguir muitas visitas ao psicólogo até que se encontre uma causa para suas crises e sintomas. Toda crise é acompanhada de três ou mais sintomas acima e quem vai definir a gravidade deles é o psicólogo ou psiquiatra. Assim, qualquer sintoma típico de ataques de pânico deve ser comunicado ao profissional de sua confiança o quanto antes. As crises não são facilmente controladas pela própria pessoa e, se não houver atenção profissional durante sua ocorrência, podem piorar. Não custa reforçar que por se tratar de um transtorno neurológico, embora com sintomas físicos, o diagnóstico somente pode ser feito por um psicólogo ou psiquiatra. A importância da ajuda do psicólogo está também em avaliar se há outros transtornos associados, tais como depressão, esquizofrenia, fobia social, TOC, dentre outros. https://www.psicologoeterapia.com.br/panico-medo-e-fobia/7-dicas-para-enfrentar-o-medo/ https://www.psicologoeterapia.com.br/quais-as-diferencas-entre-o-psicologo-e-o-psiquiatra/ https://www.psicologoeterapia.com.br/o-que-um-psicologo-faz/ https://www.psicologoeterapia.com.br/depressao/ https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/esquizofrenia/ https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologo-ajuda-emocional/o-que-e-toc/ 19 As Fobias Clinicamente, as fobias são classificadas como sendo um Transtorno de Ansiedade e podem ser definidas como um medo intenso e irracional e incessante de situações, objetos, atividades ou pessoas, cujo receio é altamente desproporcional em relação ao perigo real ou probabilidade de mal que este pode causar – por exemplo, o medo de palhaços, a Coulrofobia. O medo associado a uma fobia vai além de uma simples aversão ou desconforto: A angústia causada pelo medo é tão intensa que o indivíduo faz o possível para evitar entrar em contato com o objeto de seu medo, e muitas vezes gastam uma enorme quantidade de tempo pensando se estão propensos a encontrá-lo em uma determinada situação. Na verdade, se você tem uma fobia, provavelmente você já sabe que seu medo é irracional, porém é incapaz de controlá-lo. Quando se trata de fobia, o indivíduo não consegue arriscar a experimentar o desconhecido, a ultrapassar a barreira do que acredita fazer mal e que deixa com medo. A fobia pode existir em lugares muito grandes e com muita gente (agorafobia), porque dificilmente o indivíduo consegue escapar ou identificar pessoas conhecidas rapidamente, como quando está fora de casa, em um grande congestionamento ou em um Shopping Center em época de festas. A fobia também pode ser em relação a objetos (seringa, faca, tesoura, etc.) e animais (barata, aranha, sapo, gato, etc.). Comportamentos de fuga são comuns, já que o fóbico é determinado a ficar longe do seu medo específico. Quando forçado a enfrentar o objeto ou situação temida, o indivíduo experimenta um nível acentuado de sofrimento e ansiedade. Os sintomas mais comuns incluem: ritmo cardíaco acelerado, tremores, sudorese, tremores, sensação de terror e uma urgência de se afastar do objeto da situação causadora do medo. De acordo com a DSM-V, as fobias são classificadas em três categorias: https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/angustia/ https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/ 20 Fobia social e Fobias especificas Fobias específicas são definidas pela presença de medo excessivo e persistente relacionado a um determinado objeto ou situação, que não seja situação de exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico. Diante do estímulo fóbico, a criança procura correr para perto de um dos pais ou de alguém que a faça se sentir protegida e pode apresentar reações de choro, desespero, imobilidade, agitação psicomotora ou até mesmo um ataque de pânico. Os medos mais comuns na infância são de pequenos animais, injeções, escuridão, altura e ruídos intensos. As fobias específicas são diferenciadas dos medos normais da infância por constituírem uma reação excessiva e desadaptativa, que foge do controledo indivíduo, leva a reações de fuga, é persistente e causa comprometimento no funcionamento da criança. Na Fobia social o medo persistente e intenso de situações onde a pessoa julga estar exposta à avaliação de outros, ou se comportar de maneira humilhante ou vergonhosa, caracteriza o diagnóstico de fobia social em crianças e adolescentes. Em jovens, a ansiedade pode ser expressa por choro, "acessos de raiva" ou afastamento de situações sociais nas quais haja pessoas não familiares. Crianças com fobia social relatam desconforto em inúmeras situações: falar em sala de aula, comer na cantina próximo a outras crianças, ir a festas, escrever na frente de outros colegas, usar banheiros públicos, dirigir a palavra a 21 figuras de autoridade como professores e treinadores, além de conversas/brincadeiras com outras crianças. Nessas situações, comumente há a presença de sintomas físicos como: palpitações, tremores, calafrios e calores súbitos, sudorese e náusea. A depressão é uma comorbidade frequente em crianças e adolescentes com fobia social. Segundo Castillo (2000) fobias específicas são definidas pela presença de medo excessivo e persistente relacionado a um determinado objeto ou situação, que não seja situação de exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico. Obviamente, as fobias específicas podem desencadear no sujeito a chamada ansiedade antecipatória. O contato com o estímulo fóbico para Rangé (2011) causa ansiedade, surgindo sintomas físicos que podem ser do sistema nervoso autônomo (cardiorrespiratório), muscular, cinestésico e outros: Autonômicos: taquicardia (cardiorrespiratório), sudorese quente ou fria, taquipneia, vasoconstrição (extremidades frias, palidez) midríase, piloereção, aumento do peristaltismo (diarreia); Musculares: dores, contraturas, tremores, trepidação; Cinestésico: parestesias, calafrios, adormecimentos; Outros: Urgência de ir urinar, vazio no estômago, dor e aperto no peito. Sintomas psíquicos também são característicos em pessoas com fobia, como por exemplo: tensão, nervosismo, apreensão, insegurança, dificuldade de concentração, sensação de estranheza, sensação de morte iminente etc. (RANGÉ, 2011). A fobia específica segundo o DSM – V é ocasionalmente desenvolvida após um evento traumático, por observação de outras pessoas, passando pelo evento traumático, por um ataque de pânico na situação temida, entre outros fatores. No entanto, muitas pessoas que possuem fobia específica não lembram o evento desencadeador da fobia. Ajuda Psicológica Embora o desenvolvimento das fobias seja relativamente complexo, seu tratamento é bastante objetivo. Estas quererem exercícios estruturados e consistentes com base na exposição gradual do paciente ao estímulo fóbico. O 22 problema resume- -se apenas em persuadir o paciente de que a exposição vale à pena, pois será benéfica (BALOW, 2010 APUD HALES ET AL., 2012). No tratamento para fobias existem diversas terapias, sendo que a abordagem comportamental é a mais utilizada. As práticas terapêuticas mais comuns são as de exposição ao ambiente real, a imaginativa e mais recentemente, a exposição a ambientes virtuais 3D, (WAUKE ET AL, 2004). As psicoterapias, que são realizadas a partir da interação entre o paciente e o terapeuta, buscam conduzir o paciente a um estado de adaptação maior, envolvendo seus comportamentos e sentimentos, ou seja, restabelecer seu equilíbrio mental. (WAUKE ET AL., 2004. p. 2). A técnica chamada de Tensão Aplicada consiste segundo Ost & Sterner (1987) ensinar o paciente como tencionar e contrair os músculos do corpo ao primeiro sinal de diminuição da pressão arterial, evitando que a pessoa tenha uma síncope ao entrar em contato com o estímulo fóbico (D’EL REY e MONTIEL, 2001). Estudos sobre o uso de medicações nos transtornos de ansiedade são poucos. Na prática clínica não tem sido utilizado o tratamento farmacológico para fobias específicas, Castillo (2000). Os medicamentos não demonstram efetividade no tratamento das fobias específicas. Os ADTs, benzodiazepínicos, β-bloqueadores, não parecem úteis com base no número limitado de estudos, (HALES ET AL., 2012). Transtorno do pânico e Agorafobia No transtorno do pânico (TP) ocorrem episódios agudos com sintomas ansiosos intensos, não apenas psíquicos, mas também físicos. Esses 23 episódios são chamados ataques de pânico. A duração dos ataques é variável, mas o pico dos sintomas ocorre geralmente em 10 minutos. Ataques de pânico não é sinônimo de transtorno do pânico. O ataque de pânico pode ocorrer em outros transtornos ansiosos ou até mesmo em transtornos do humor, como transtorno bipolar, por exemplo. Outras condições que podem desencadear ataques de pânico são o consumo de substâncias ilícitas ou a uma condição médica geral. Para o diagnóstico de TP é necessário que os episódios de pânico sejam recorrentes e inesperados, seguidos de um dos seguintes sintomas: preocupação persistente com a possibilidade de novos ataques, preocupação com a consequência dos ataques ou mudança comportamental significativa. A maioria dos pacientes com TP procura o serviço médico geral, em especial a emergência, antes de procurar o médico psiquiatra. Apesar de haver avaliação médica, apenas 2% dos pacientes com TP são diagnosticados no serviço de emergência. O diagnóstico precoce de TP é benéfico para o paciente, pois são melhores as taxas de resposta ao tratamento. Quando não tratada, pode evoluir para incapacitação, com evitação fóbica, agorafobia e maior uso dos serviços de saúde. Muitas vezes o paciente ouve “não é problema do coração”, mas isso não resolve a questão para o doente e a possibilidade de o paciente retornar ao serviço de emergência é alta. Um estudo transversal de pacientes de cuidados primários que apresentavam TP revelou que 84% deles estavam dispostos a procurar tratamento psiquiátrico. Segundo os autores, é recomendável que “os médicos de cuidados primários informem de forma mais assertiva os seus pacientes com diagnóstico TP e recomendem tratamento psiquiátrico com menos medo de estigmatizar e aliená-los”. A agorafobia pode seguir-se ao transtorno do pânico. Consiste em uma ansiedade acerca de estar em locais de onde possa ser difícil (ou embaraçoso) escapar ou onde o auxílio não pode estar disponível na eventualidade de um ataque de pânico. A origem etimológica da palavra (ágora= praça; fobia=medo) refere-se ao medo de locais abertos. Hoje o termo assumiu outras conotações e as situações temidas podem variar de uma pessoa para outra: medo de estar sozinho, de estar em meio à multidão, de locais fechados, etc. Na agorafobia, a situação temida é evitada ou suportada a custo de 24 acentuado sofrimento. Quase sempre a agorafobia é secundária ao pânico, apesar de alguns autores dizerem que pode ocorrer na ausência dele. Técnicas mais frequentes no tratamento para fobias Exposição ao que é temido – que poderá ser tanto imaginária quanto real, através de um processo por etapas definidas juntamente com o cliente; Técnicas de relaxamento – apesar de não ser eficaz no tratamento, se utilizadas isoladamente, os exercícios de respiração, por exemplo, tendem a ajudar o paciente a se concentrar no aqui-agora e, assim, controlar os sintomas durante, ou até mesmo antes, dos episódios temidos; Treino de habilidades sociais – que podem ocorrer na sessão através de ensaios comportamentais e/ou fora da sessão (tarefas de casa). O treino pode reduzir a ansiedade no confronto interpessoal nos casos de fobia social. Contudo, entre técnicas e diálogos, o foco do psicólogo sempre será trazer o máximo de conforto, bem-estar e autoconhecimento ao paciente, para que ele consiga lidar de forma tranquila e saudável com situações que antes lhe causavam pavor, por meio da terapia.Tratamentos Indicados Tanto a Síndrome do Pânico quanto as condições de Medo e Fobia são condições complexas que só podem ser diagnosticadas por um profissional qualificado. As opções de tratamento incluem psicoterapia realizada por psicólogo, medicamentos (sempre prescritos por um médico) e técnicas de relaxamento. A psicoterapia pode ajudar o paciente de inúmeras maneiras, como o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento enquanto os medicamentos funcionam para reduzir os níveis de ansiedade. Já as técnicas de relaxamento, além de também reduzirem a intensidade do medo, ajudam na gestão do estresse cotidiano. Durante uma crise o importante é tranquilizar o indivíduo informando que os seus sintomas são fruto de um ataque de ansiedade, sem risco de morte. https://www.psicologoeterapia.com.br/psicologo-ajuda-emocional/seis-formas-de-voce-alcancar-o-seu-bem-estar/ https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/inteligencia-emocional-e-autoconhecimento/ https://www.psicologoeterapia.com.br/o-que-um-psicologo-faz/#o-processo-psicoterapeutico https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/psicoterapia-ou-medicacao/ https://www.psicologoeterapia.com.br/psicoterapia/cinco-indicios-que-voce-precisa-da-ajuda-de-um-psicologo/ https://www.psicologoeterapia.com.br/ansiedade/estresse/ 25 Deve-se reforçar que a crise é passageira e comentar que pode ser realmente intensa, desagradável e causar mal-estar. A respiração deve ser concentrada, feita pelo nariz, estimulando o indivíduo a colocar a atenção nela de modo que possa se tranquilizar rapidamente. Medicamentos somente devem ser tomados quando receitados por um psiquiatra. A psicoterapia é fundamental para que as causas orgânicas sejam encontradas e trabalhadas dentro do contexto de vida do paciente. Durante o tratamento, o paciente deve ser consciente de que o mesmo será mais efetivo diante de sua determinação em realizar as ações indicadas pelo psicólogo, bem como se comprometer a não o interromper ou prejudicá-lo com o uso de álcool ou drogas. Tudo depende da forma como a terapia é encarada pelo paciente. Não é possível estipular um tempo exato, mas podemos ter como base a forma como as sessões podem ser proveitosas ao paciente, assim como todas as informações importantes que ele consegue absorver dentro da terapia. Referências DSM – IV, Manual Diagnostico e Estatístico de transtornos Mentais. 4ª ed., Porto Alegre, 1995. https://www.psicologoeterapia.com.br/o-que-um-psicologo-faz/#o-processo-psicoterapeutico 26 Compêndio de clínica psiquiátrica / editores Orestes Vicente Forlenza, Euripides Constantino Miguel. – Barueri, SP : Manole, 2012. From Normal Fear to Pathological Anxiety. Jeffrey B. Rosen, Jay Schulkin – National Institute of Mental Health. Psychological Review 1998, Vol. 105, No. 2, 325-350 Clinical characteristics of unipolar disorder and bipolar disorder according to the lifetime presence of recurrentpanic attacks. Forty L, Smith D, Jones L, Jones I, Caesar S, Cooper C, Fraser C, Gordon-Smith K, Hyde S, Farmer A, McGuffin P, Craddock N. Prevalence of ICD-10 mental disorders in a catchment area in the city of São Paulo, Brazil. Andrade L, Walters EE, Gentil V, Laurenti R. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 2002 Jul;37(7):316-25. Allen AJ, Leonard H, Swedo SE. 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