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EMBRIOLOGIA
O período da fertilização se dá na tuba uterina.
A fase fetal se dá com a implantação do concepto no útero.
A 1ª fase da clivagem é a formação do zigoto que se dá após 1 dia.
A 2ª fase da clivagem é a fase de mórula que se dá após 72 horas.
A 2ª fase da clivagem é a fase do blastocisto em que forma a blastocele e se dá após 4 ou 5 dias.
gametogênese (formação dos gametas masculino e feminino)
fertilização (formação do concepto por união dos gametas).
clivagem (divisões sucessivas e especialização celular). 
**O SANGUE É UM TIPO DE TECIDO CONJUNTIVO. LOGO EM UMA INFECÇÃO SERIA O MAIS ATINGIDO.
Blastômeros, células que compõem o blastocisto SÃO célula menos diferenciada.
O aparelho reprodutor masculino é composto pelos testículos, os ductos genitais, as glândulas acessórias e o pênis.
Os testículos se desenvolvem durante o período embrionário na parede dorsal da cavidade abdominal.
Para realizar o transporte do sêmen dos testículos para o meato do pênis, existem os ductos genitais extra testiculares: epidídimo, ducto deferente e a uretra.
O trato reprodutivo masculino conta ainda com três glândulas acessórias: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.
O aparelho reprodutor feminino é composto por dois ovários, duas tubas uterinas, o útero, a vagina e a genitália externa.
menarca, corresponde à primeira menstruação.
Já o endométrio o tecido conjuntivo é rico em fibroblastos, que secretam ativamente componentes de matriz extracelular, em especial o colágeno do tipo III.
As bactérias da microbiota simbiótica vaginal são capazes de metabolizar esse glicogênio, gerando ácido lático, que produz o pH ácido que tem ação protetora contra microrganismos patogênicos (que causam doenças, patógenos).
Hiperplasia Aumento do número de células musculares lisas. 
Hipertrofia Aumento do tamanho das células. 
TERATOMAS. São tumores são compostos por células pouco diferenciadas e pluripotentes (tem potencial para originar diversos tipos de células do corpo), podendo incluir pelos, dentes, glândulas e até mesmo olhos completamente formados.
A gametogênese masculina, denominada espermatogênese, inicia-se durante a puberdade com a produção da TESTOSTERONA.
O espermatozoide totalmente formado e funcional é composto por três partes: a cabeça, que permitem a penetração do ovócito. A peça intermediária, que possui mitocôndrias, que geram emergência para o movimento, e a cauda do espermatozoide, que contém microtúbulos que permitem o deslocamento
A cada mês ocorre a produção de um gameta feminino funcional, com a preparação do útero para receber um ovócito fertilizado que, normalmente, tem duração de 28 dias.
Se não ocorre fecundação, o corpo lúteo involui e degenera em 10 a 12 dias após a ovulação, sendo chamado de corpo lúteo da menstruação. 
Barreiras contraceptivas que impedem que o espermatozóide alcance o ovócito, tais como os preservativos masculino e feminino, além do diafragma.
As pílulas contraceptivas, por sua vez, são capazes de IMPEDIR E PREVENIR a ovulação.
Há ainda métodos cirúrgicos, nos quais as vias de liberação e transportes dos gametas são interrompidas cirurgicamente.
A criptorquidia e a infertilidade MASCULINA se dá devido à retenção dos testículos na cavidade abdominal. Pois a temperatura abdominal é mais alta do que a da bolsa escrotal externalizada.
No ser humano feminino o estímulo necessário para a quebra da latência que permite que o ovócito progrida no seu desenvolvimento é o estímulo hormonal após a menarca.
Existem casos em que o embrião se implanta fora do útero, podendo fixar-se no peritônio, ovário ou outros locais que não possuem estrutura para sustentar a gravidez. As gravidezes ectópicas (do grego ektopos, fora do lugar) podem ameaçar a vida da gestante podendo haver necessidade de interrupção da gestação.
Durante o décimo sexto dia, ocorre o fenômeno de transformação epitélio-mesenquimal, no qual células de formato regular intimamente conectadas (epitélio) transformam-se em células com formatos irregulares frouxamente conectadas (mesênquima). 
Para isso, as células param a migração pela linha primitiva após a formação de uma camada celular mais interna, o endoderma definitivo e uma camada medial, o mesoderma intra embrionário. Além disso, uma camada externa, conhecida como ectoderma, é formada, esta que, por sua vez, se diferencia em placa neural
ECTODERMA: Origina a epiderme, sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas.
MESODERMA: Origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretores.
ENDODERMA: Origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo glândulas associadas.
O processo de formação dos órgãos denomina-se organogênese.
No mesoderma extra embrionário do saco vitelino e origina-se o tubo cardíaco primitivo.
HISTOLOGIA DO TECIDO EPITELIAL, CONJUNTIVO E ADIPOSO
A maioria dos órgãos é composta por dois componentes: o parênquima, que corresponde à parte responsável pelas funções típicas desses órgãos, e o estroma, o tecido de sustentação que é representado quase sempre pelo tecido conjuntivo.
TECIDO EPITELIAL: Reveste superfícies e excreta moléculas
Ele pode ter origem nos três folhetos embrionários:
Ectoderma Origina a epiderme, as glândulas sebáceas e mamárias. 
Mesoderma Dá origem ao epitélio de revestimento dos vasos sanguíneos e do sistema urogenital. 
Endoderma Origina o revestimento dos tratos gastrointestinal e respiratório, fígado, tireóide e pâncreas.
A parte da célula epitelial voltada para o conjuntivo é chamada de região basal. Já a extremidade oposta é a região apical.
O tecido conjuntivo atua não só na sustentação do epitélio, como também na sua nutrição, no aporte de substâncias necessárias para as células glandulares e na promoção da adesão do epitélio a estruturas vizinhas.
O contato do epitélio com a lâmina própria pode ser aumentado pelas papilas, que são áreas irregulares entre os dois tecidos na forma de invaginações do conjuntivo.
As papilas são encontradas com maior frequência nos revestimentos sujeitos a forças mecânicas, como pele, língua e gengiva
A velocidade de renovação varia de acordo com o local, podendo ser alta, como no caso do epitélio intestinal, ou baixa, como no fígado e no pâncreas. 
Lúmen Espaço interno ou cavidade dentro de uma estrutura com formato de tubo num corpo. Podemos também chamar de luz.
Epitélios simples São formados por uma única camada de células.
Simples Pavimentoso Quando reveste o lúmen dos vasos sanguíneos e linfáticos, é chamado de endotélio. O epitélio pavimentoso que reveste as grandes cavidades do corpo, como a pleural, pericárdica e peritoneal, bem como os órgãos contidos nessas cavidades, é chamado de mesotélio. 
Epitélio Cúbico As células cúbicas são encontradas na superfície externa do ovário, por exemplo, e na parede de pequenos ductos excretores de muitas glândulas. Participam, além da secreção (da glândula tireoide, por exemplo), da absorção e do transporte ativo de íons (túbulo coletor dos rins). 
Epitélio Cilíndrico, colunar ou prismático Reveste o lúmen intestinal e o lúmen da vesícula biliar. Algumas células são ciliadas, como na tuba uterina, facilitando o transporte dos espermatozoides.
Epitélios estratificados O epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado reveste cavidades úmidas, como a boca, o esôfago e a vagina, que são sujeitas ao atrito e a forças mecânicas.
Já no epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, como a superfície da pele, as células mais superficiais morrem, perdem suas organelas e seu citoplasma é ocupado por grande quantidade de queratina. 
Epitélio estratificado cilíndrico Assim como o cúbico, é raro no organismo. É encontrado na conjuntiva do olho. 
Epitélio estratificado de transição Reveste a bexiga, o ureter e a porção inicial da uretra.
Epitélios pseudoestratificados O exemplo clássico é o epitéliopseudoestratificado cilíndrico ciliado, que reveste as passagens respiratórias de maior calibre, desde o nariz até os brônquios. 
Tecido epitelial glandular O tecido epitelial glandular é constituído por células especializadas em sintetizar, armazenar e secretar proteínas (como o pâncreas), lipídeos (como a adrenal) ou complexos de carboidratos e proteínas (como as glândulas salivares).
Porém, existem glândulas capazes de secretar todos os tipos de substâncias citadas, como as glândulas mamárias, e glândulas que possuem baixa capacidade de síntese, como as sudoríparas. 
Glândulas exócrinas As glândulas exócrinas mantêm a conexão com o tecido epitelial originário, formando ductos tubulares responsáveis por transportar as substâncias secretadas.
Glândulas endócrinas não existem ductos e as substâncias são liberadas na corrente sanguínea, sendo transportadas até seu local de ação.
Glândulas compostas são estruturas glandulares que geralmente estão envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo. Essa cápsula se estende formando septos, que dividem a glândula em lóbulos. Dentro desses septos, além de muitos ductos maiores, há a presença de vasos sanguíneos e nervos, que penetram na glândula e se ramificam. Alguns órgãos possuem tanto funções endócrinas quanto exócrinas, onde um único tipo de célula pode desempenhar ambas as funções. Um exemplo disso é o fígado, que secreta bile pelos ductos, mas também libera substâncias na corrente sanguínea.
Glândulas mucosas Quando seu produto secretado é rico em glicoproteínas e água.
Glândulas serosas Com secreções ricas em proteína e água.
Glândulas mistas Que contêm células mucosas e células serosas.
Ácidos serosos e túbulos mucosos Os ácidos serosos e os túbulos mucosos são unidades glandulares comuns no corpo. Os ácinos serosos são porções secretoras redondas, formadas por células colunares, com núcleos esféricos na base e grânulos de secreção na parte superior. Os túbulos mucosos são estruturas tubulares alongadas, com células piramidais e núcleos densos. Alguns órgãos, como a submandibular, possuem ambos os tipos de estruturas glandulares.
Estrutura geral e funções do tecido conjuntivo O tecido conjuntivo é composto por células dispersas em uma matriz extracelular, contendo fibras e substância fundamental. Suas células incluem fibroblastos, macrófagos, células adiposas e imunes. Suas funções incluem suporte, preenchimento de espaços, transporte, defesa e reparo tecidual.
Características do tecido conjuntivo adulto: células, fibras e substância fundamental O tecido conjuntivo apresenta diversas células com funções específicas:
1. Fibroblastos/Fibrócitos: Fibroblastos são células com intenso metabolismo sintetizador, responsáveis pela produção de colágeno, elastina, glicosaminoglicanos e outras substâncias da matriz extracelular. Quando em estado quiescente, são chamados de fibrócitos, com menos atividade e menor número de prolongamentos citoplasmáticos.
2. Macrófagos: Células de vida longa com capacidade fagocítica, responsáveis pela ingestão e destruição de partículas estranhas, como bactérias, e pela secreção de citocinas, essenciais para a regulação do sistema imunológico.
3. Mastócitos: Derivados de células hematopoiéticas, são células globosas com grânulos no citoplasma, responsáveis pelo armazenamento e liberação de mediadores químicos da resposta inflamatória e imune.
4. Plasmócitos: Derivados de linfócitos B, são responsáveis pela produção de anticorpos. Encontrados principalmente em inflamações crônicas e áreas com penetração de agentes estranhos.
5. Leucócitos: Também conhecidos como glóbulos brancos, são células de defesa contra microrganismos agressores, divididos em granulócitos (com grânulos citoplasmáticos) e agranulócitos (sem grânulos).
Essas células desempenham papéis essenciais na manutenção da integridade e função do tecido conjuntivo, contribuindo para a resposta imune, reparo tecidual e regulação da matriz extracelular.
Células adiposas
As células adiposas são especializadas no armazenamento de energia na forma de triglicerídeos. Suas funções e características são discutidas em detalhes quando estudamos o tecido adiposo. Outro componente do tecido conjuntivo são as fibras, formadas por proteínas que se polimerizam para formar estruturas alongadas. Os três tipos principais são as fibras colágenas, reticulares e elásticas, com distribuição variável nos diferentes tipos de tecidos conjuntivos. A substância fundamental é uma mistura complexa altamente hidratada de moléculas aniônicas e glicoproteínas, que preenche os espaços entre as células e fibras, atuando como lubrificante e barreira contra microrganismos invasores. O tecido conjuntivo propriamente dito pode ser classificado em frouxo e denso, dependendo da proporção de células, fibras e substância fundamental. O tecido conjuntivo embrionário inclui o mesênquima e o tecido mucoide, com funções essenciais no desenvolvimento e formação dos tecidos conjuntivos e outros tecidos do corpo.
Características gerais e funções do tecido adiposo
O tecido adiposo é formado por células adiposas, ou adipócitos, e é um importante depósito de energia na forma de triglicerídeos. Além de sua função energética, o tecido adiposo desempenha papéis diversos no corpo, incluindo modelagem das superfícies corporais, absorção de choque, isolamento térmico, preenchimento de espaços entre tecidos e secreção hormonal, como a leptina, que regula o apetite. Existem dois tipos principais de tecido adiposo: o unilocular, onde os adipócitos possuem uma grande gota de gordura, e o multilocular, onde os adipócitos possuem várias gotículas lipídicas e muitas mitocôndrias. Ambos os tipos são inervados pelo sistema nervoso simpático, que desempenha um papel importante na mobilização de gorduras em situações como jejum prolongado, frio e atividades físicas intensas.
Tecido adiposo unilocular: características histológicas e função
O tecido adiposo unilocular, também conhecido como amarelo, é formado por adipócitos que acumulam uma grande gotícula de gordura em seu interior. Estas células são originadas a partir de lipoblastos, derivados de células mesenquimais. Sob a influência da insulina, os lipoblastos sintetizam lipase lipoproteica e acumulam gotículas de gordura, resultando nos adipócitos uniloculares maduros. Estes adipócitos são grandes, esféricos, mas tornam-se poliédricos devido à compressão recíproca no tecido. Sua característica marcante é a grande gotícula lipídica no citoplasma, que desloca o núcleo para a periferia celular. A cor amarelada do tecido se deve à presença de triglicerídeos ricos em caroteno. Além de armazenar energia, o tecido adiposo unilocular sintetiza moléculas como leptina e lipase lipoproteica. Em casos de desnutrição, o tecido perde gordura e suas células tornam-se poligonais e fusiformes. Este tecido também pode originar tumores benignos, como lipomas, e malignos, como os lipossarcomas.
Tecido adiposo multilocular: características histológicas e função
A segunda via de diferenciação dos lipoblastos resulta nos adipócitos multiloculares, presentes principalmente no feto e no recém-nascido. Este tecido adiposo é encontrado em áreas como pescoço, ombros, dorso e regiões perirenal e para-aórtica. Diferentemente do tecido unilocular, que predomina em adultos, o tecido multilocular é reduzido na vida adulta. Sua cor acastanhada se deve ao pigmento lipocromo e às mitocôndrias ricas em citocromos. Estimulado pela noradrenalina, o tecido multilocular acelera a lipólise e a oxidação de ácidos graxos, gerando calor em vez de ATP devido à presença da termogenina nas mitocôndrias. Este processo contribui para a dissipação de energia na forma de calor, importante para a termorregulação, especialmente em recém-nascidos e mamíferos que hibernam.
CARACTERÍSTICAS GERAIS E FUNÇÕES DO TECIDO CARTILAGINOSO 
O tecido cartilaginoso é formado por células e matriz extracelular, envolvidos pelo pericôndrio, que contém células indiferenciadas capazes de se transformar em condroblastos. Estes, quando maduros,são chamados de condrócitos. A cartilagem hialina é o tipo mais comum, formando o esqueleto fetal e presente em várias partes do corpo humano, como nas articulações, traqueia e fossas nasais. Sua matriz é composta principalmente por colágeno do tipo II, associado a proteoglicanos hidratados e glicoproteínas. O pericôndrio, uma camada de tecido conjuntivo, é responsável pela nutrição da cartilagem, pois esta é avascular. Os condroblastos e condrócitos se encontram em lacunas na matriz e são responsáveis pela síntese e manutenção da matriz cartilaginosa.
CARTILAGEM ELÁSTICA
A cartilagem elástica é similar à hialina, mas contém elastina em sua matriz, proporcionando elasticidade e resiliência. Encontrada na tuba auditiva, epiglote, pavilhão auditivo, orelha externa e cartilagem cuneiforme da laringe, ela não se calcifica com o envelhecimento.
FIBROCARTILAGEM
A fibrocartilagem, também conhecida como cartilagem fibrosa, é um tecido intermediário entre a cartilagem hialina e o tecido conjuntivo denso. Ela está associada principalmente a esse último e é encontrada em áreas como discos intervertebrais, sínfise pubiana, discos articulares do joelho e locais de inserção de tendões e ligamentos nos ossos. A matriz da fibrocartilagem é rica em fibras colágenas, principalmente do tipo I, e não possui pericôndrio. Nos discos intervertebrais, é composta por um anel fibroso e um núcleo pulposo central. Esta estrutura proporciona resistência à compressão e a forças de cisalhamento, funcionando como um amortecedor. A degeneração dos discos intervertebrais está relacionada à degradação dos agregados de versicano e agrecano na matriz da cartilagem.
CRESCIMENTO E REPARO DA CARTILAGEM
Durante a condrogênese, as células mesenquimais se agrupam em nódulos condrogênicos e se diferenciam em condroblastos sob a influência do fator de crescimento SOX-9. Estes condroblastos secretam a matriz cartilaginosa, afastando-se à medida que ela é depositada. A diferenciação celular ocorre do centro para a periferia, formando condroblastos periféricos e condrócitos centrais. O pericôndrio surge a partir do mesênquima ao redor dos nódulos condrogênicos. O crescimento cartilaginoso continua por dois processos: aposicional, onde nova cartilagem forma-se na superfície de outra, e intersticial, onde células dentro da cartilagem existente se dividem e secretam mais matriz. O reparo da cartilagem é limitado devido à ausência de vascularização, imobilidade e baixa capacidade proliferativa dos condrócitos.
ESTRUTURA GERAL DOS OSSOS E FUNÇÕES DO TECIDO ÓSSEO
O tecido ósseo é caracterizado pela sua matriz extracelular mineralizada, composta principalmente por cristais de hidroxiapatita e fibras colágenas, conferindo rigidez e resistência. Suas funções incluem o armazenamento de cálcio, fosfato e outros íons, a proteção de órgãos vitais, o suporte para a movimentação e o armazenamento de substâncias. O osso pode ser dividido em ossos longos, curtos, planos e irregulares, cada um com características estruturais específicas. A estrutura interna dos ossos inclui osso compacto e esponjoso, além de medula óssea vermelha e amarela, responsáveis pela produção de células sanguíneas e armazenamento de gordura, respectivamente.
CARACTERÍSTICAS DO TECIDO ÓSSEO
Os tecidos ósseos são compostos por uma variedade de células, incluindo osteoblastos, osteócitos e osteoclastos, cada uma com funções específicas. Os osteoblastos são responsáveis pela síntese dos componentes orgânicos da matriz óssea e pela mineralização da mesma. Uma vez envolvidos pela matriz que secretaram, tornam-se osteócitos, que ocupam as lacunas da matriz óssea e desempenham um papel essencial na manutenção e regulação do tecido ósseo. Por outro lado, os osteoclastos são células responsáveis pela reabsorção óssea, atuando na remodelação, remoção ou reparo do osso. A matriz óssea é composta por uma parte inorgânica, principalmente fosfato e cálcio, e uma parte orgânica, principalmente fibras colágenas do tipo I, glicoproteínas e proteoglicanos. Essas células e componentes trabalham juntos para manter a integridade e a função do tecido ósseo.
TIPOS DE TECIDO ÓSSEO
O tecido ósseo pode ser classificado em primário ou imaturo, e secundário, maduro ou lamelar, ambos compostos pelos mesmos constituintes celulares e de matriz, mas diferem na organização das fibras colágenas. O tecido ósseo primário é encontrado inicialmente em cada osso, sendo gradualmente substituído pelo tecido ósseo secundário. É pouco comum em adultos, presente principalmente próximo às suturas cranianas, nos alvéolos dentários e em pontos de inserção de tendões. Esse tecido apresenta menor quantidade de minerais, mais osteócitos e fibras colágenas desorganizadas. Por outro lado, o tecido ósseo secundário é caracterizado pela organização das fibras colágenas em lamelas, formando ósteons ou sistemas de Havers, com vasos sanguíneos no centro. Esses sistemas são típicos da diáfise dos ossos longos e permitem a comunicação entre os canais vasculares através dos canais de Volkmann. Essa organização é essencial para a integridade e a resistência do tecido ósseo.
FORMAÇÃO E MINERALIZAÇÃO ÓSSEA
O tecido ósseo pode se formar por dois processos distintos: ossificação endocondral e ossificação intramembranosa. Na ossificação endocondral, um molde de cartilagem hialina serve como precursor do osso, sendo comum em ossos dos membros e partes do esqueleto que suportam peso. Já na ossificação intramembranosa, um processo mais simples ocorre no interior de uma membrana conjuntiva, formando ossos chatos do crânio, da face, a mandíbula e a clavícula.
Em ambos os processos, o osso inicialmente formado é primário e é gradualmente substituído pelo osso secundário. Durante o crescimento dos ossos, podem ser encontradas áreas de tecido primário, absorção e tecido secundário devido à remodelação contínua do osso. Na ossificação intramembranosa, a matriz não mineralizada é secretada por osteoblastos e subsequentemente mineralizada, formando uma estrutura esponjosa. Na ossificação endocondral, ocorrem modificações na cartilagem, seguidas pela invasão de capilares sanguíneos e células osteogênicas, resultando na substituição gradual da cartilagem por tecido ósseo. Este processo é essencial para a formação de ossos curtos e longos.
ARTICULAÇÕES
As articulações são responsáveis por ligar os ossos do esqueleto e existem dois tipos principais: sinartroses e diartroses. As sinartroses, que incluem as sinostoses, sincondroses e sindesmoses, são articulações que permitem movimentos limitados ou são totalmente imóveis, dependendo do tipo de tecido que une os ossos. Por outro lado, as diartroses são articulações altamente móveis, geralmente presentes em ossos longos, e possuem uma cápsula articular que contém líquido sinovial para lubrificação e nutrição das superfícies articulares. Essas articulações são essenciais para a mobilidade e funcionalidade do esqueleto humano.
VISÃO GERAL, CLASSIFICAÇÃO E FUNÇÃO DOS MÚSCULOS
O tecido muscular é um dos principais tipos de tecido do corpo humano, responsável pelo movimento dos membros, do corpo como um todo e pelas mudanças no formato e tamanho dos órgãos internos. Caracteriza-se pela presença de células alongadas especializadas, organizadas em arranjos paralelos e contendo uma grande quantidade de filamentos citoplasmáticos de proteínas contráteis. Essas células, também chamadas de fibras musculares, geram forças necessárias para a contração do tecido muscular a partir da hidrólise de moléculas de adenosina trifosfato (ATP). Existem três tipos principais de tecido muscular: estriado esquelético, estriado cardíaco e liso. Cada tipo possui características morfológicas e funcionais distintas, adequadas às suas funções específicas no organismo.
ORGANIZAÇÃO MUSCULAR
O tecido muscular é organizado em fibras que formam feixes envolvidos por camadas de tecido conjuntivo. O epimísio cobre todo o músculo, enquanto o perimísio separa os feixes e o endomísio envolve cada fibra muscular individualmente. Essa organizaçãopermite a transmissão da força de contração gerada pelas fibras ao músculo como um todo, essencial para sua função. Além disso, o tecido conjuntivo também transmite a força para outras estruturas, como tendões e ossos, e fornece suporte vascular e nervoso aos músculos. A contração muscular é mediada pela interação entre os filamentos de actina e miosina dentro das fibras musculares, desencadeada pelo influxo de cálcio e controlada pelos nervos motores. Essa interação resulta no deslizamento dos filamentos, encurtando a fibra muscular e gerando força. O processo é energizado pela hidrólise de ATP, que é catalisada pela miosina. O sistema de túbulos transversais garante uma contração uniforme em toda a fibra muscular esquelética, permitindo a propagação eficiente do sinal despolarizador e a liberação coordenada de cálcio do retículo sarcoplasmático.
MÚSCULO ESTRIADO – CARDÍACO
O tecido muscular cardíaco é composto por células alongadas e ramificadas, aderidas umas às outras por junções intercelulares complexas, chamadas discos intercalares. Esses discos contêm especializações juncionais, como zônulas de adesão, desmossomos e junções comunicantes, que desempenham papéis importantes na coesão celular e na comunicação iônica entre células vizinhas. As células cardíacas apresentam um ou dois núcleos centrais e são envolvidas por uma bainha de tecido conjuntivo, com uma rede abundante de capilares sanguíneos. O sistema T e o retículo sarcoplasmático nas células musculares cardíacas são menos organizados do que nos músculos esqueléticos. As células musculares cardíacas contêm muitas mitocôndrias devido ao seu intenso metabolismo aeróbio. Elas armazenam ácidos graxos na forma de triglicerídeos e glicogênio em pequena quantidade. Além disso, o músculo cardíaco possui uma rede de células modificadas que desempenham um papel crucial na geração e condução do estímulo cardíaco, regulando as contrações atriais e ventriculares. Por outro lado, o músculo liso é composto por células longas e espessas no centro, com invaginações da membrana celular chamadas cavéolas. A contração do músculo liso é desencadeada pelo influxo de cálcio e envolve a fosforilação da miosina II, resultando no deslizamento dos filamentos de actina e miosina. A inervação do músculo liso é realizada pelo sistema nervoso simpático e parassimpático, com terminações nervosas que liberam acetilcolina ou norepinefrina, estimulando ou inibindo a contração muscular.
HISTOLOGIA DO TECIDO NERVOSO, SANGUÍNEO E SISTEMA CARDIOVASCULAR
O tecido nervoso constitui o sistema nervoso, responsável por detectar, transmitir e processar estímulos sensoriais, coordenando diversas funções do organismo. Ele é formado por neurônios e células gliais, cuja neurogênese começa na terceira semana de vida do embrião. Durante o desenvolvimento embrionário, a placa neural forma o tubo neural, que origina o encéfalo (bulbo raquidiano, hipotálamo, corpo caloso, tálamo e cerebelo) e a medula espinhal. O tecido nervoso é uma rede complexa de células especializadas, essenciais para o funcionamento do sistema nervoso.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
O sistema nervoso é comparado a um sistema operacional que coordena as ações do corpo. Ele é formado pelas diferentes partes do encéfalo (cérebro e cerebelo) e da medula espinhal.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP)
O sistema nervoso periférico consiste na ramificação do sistema nervoso pelo corpo, composto por nervos e gânglios nervosos. Os nervos são formados principalmente pelos prolongamentos dos neurônios, localizados no sistema nervoso central ou nos gânglios. A comunicação entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico ocorre através desses neurônios, alguns dos quais podem ter mais de um metro de comprimento. As células da glia fornecem suporte e nutrição aos neurônios, enquanto a morfologia dos neurônios permite a distinção entre substância branca e substância cinzenta no sistema nervoso central.
COMPOSIÇÃO E MORFOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO
Os neurônios, células nervosas do sistema nervoso, recebem, transmitem e processam estímulos. Quando estimulados, liberam neurotransmissores que afetam outros neurônios e tipos celulares. Existem diversos tipos de neurônios, cada um com morfologia básica dividida em corpo celular, dendritos e axônio. Os dendritos recebem estímulos, enquanto o axônio transmite informações para outras células. O corpo do axônio é revestido por mielina, aumentando a velocidade de condução dos impulsos nervosos. Lesões no axônio podem causar perda de sensibilidade ou paralisia.
CÉLULAS DA GLIA, MICRÓGILA OU NEUROGLIA
A neuróglia, presente no sistema nervoso central, inclui vários tipos celulares que fornecem suporte e desempenham diversas funções essenciais. Os astrócitos, com sua morfologia estrelada, conectam neurônios a capilares e regulam o ambiente extracelular. As células microgliais, com núcleos escuros, atuam na defesa e reparo tecidual. As células ependimárias facilitam o movimento do líquido cefalorraquidiano. Oligodendrócitos e células de Schwann produzem a bainha de mielina, isolante elétrico dos axônios. Neurônios podem ser classificados em bipolares, multipolares e pseudounipolares, com diferentes funções sensoriais e motores. Neurônios motores inervam órgãos efetores, enquanto neurônios sensoriais percebem estímulos internos e externos. Interneurônios conectam outros neurônios, formando uma rede complexa e interligada.
ORGANIZAÇÃO DOS SISTEMAS NERVOSOS CENTRAL, PERIFÉRICO E AUTÔNOMO
O sistema nervoso central, composto por cérebro, cerebelo e medula espinhal, exibe duas regiões distintas: substância branca e substância cinzenta. A substância branca consiste em axônios mielinizados, oligodendrócitos e outras células gliais, enquanto a substância cinzenta abriga corpos neuronais, dendritos e axônios não mielinizados. Nas sinapses do sistema nervoso central, a substância cinzenta desempenha um papel fundamental. As meninges, membranas que revestem o sistema nervoso central, oferecem proteção e suporte. O sistema nervoso periférico inclui nervos, gânglios e terminações nervosas, que conectam os centros nervosos aos órgãos efetores e sensoriais. Os gânglios nervosos, associados aos nervos, são importantes estações de conexão no sistema nervoso. O sistema nervoso autônomo, influenciado pelo sistema nervoso central, regula atividades involuntárias do organismo, como o ritmo cardíaco, e pode ser dividido em sistema nervoso simpático e parassimpático, localizados em diferentes regiões da medula espinhal.
O sangue é uma especialização do tecido conjuntivo, constituído por células sanguíneas (hemácias, plaquetas e diversos tipos de leucócitos) e plasma, onde as células estão suspensas. O volume total de sangue em um adulto de 70 quilogramas é de cerca de 5 litros, correspondendo a 7% do peso corporal. O sistema circulatório mantém o movimento regular e unidirecional do sangue pelo corpo através das contrações rítmicas do coração.
Os componentes do sangue podem ser separados por centrifugação na presença de anticoagulantes como a heparina. O hematócrito é o resultado da sedimentação sanguínea e permite estimar o volume de sangue ocupado pelas hemácias em relação ao sangue total.
A principal função do sangue é o transporte, incluindo oxigênio, gás carbônico, nutrientes, resíduos metabólicos, hormônios e outras substâncias reguladoras, facilitando trocas químicas entre órgãos distantes e atuando no equilíbrio do organismo.
No entanto, o sangue também pode transportar células cancerosas, levando à metástase.
O plasma é uma solução aquosa que contém proteínas, gases, hormônios, nutrientes e outros solutos. As proteínas plasmáticas correspondem a 7-8% do plasma e incluem albumina, globulinas e fibrinogênio. A albumina, principal proteína plasmática, regula a pressão osmótica e o equilíbrio de fluidos nos tecidos. As globulinas incluem imunoglobulinas, que são anticorpos, e outras proteínas que transportam substâncias como cobre, ferro e hemoglobina. O fibrinogênio é essencial para a coagulação sanguínea.Os elementos figurados do sangue incluem eritrócitos (hemácias), leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos) e plaquetas. Os eritrócitos são anucleados e contêm hemoglobina para transporte de oxigênio e dióxido de carbono. Os leucócitos são células de defesa que combatem agentes patogênicos. As plaquetas são fragmentos citoplasmáticos derivados de megacariócitos e são essenciais para a coagulação sanguínea e o reparo de tecidos lesados.
A medula óssea é responsável pela produção de células sanguíneas e é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Existem dois tipos de medula óssea: vermelha, responsável pela produção de células sanguíneas, e amarela, que contém principalmente adipócitos. A medula óssea vermelha produz eritrócitos, plaquetas e leucócitos e está presente em ossos como esterno, vértebras e costelas. A produção de células sanguíneas é altamente regulada e ajustada às necessidades do organismo.
O texto aborda o sistema circulatório, composto pelo sistema vascular sanguíneo e pelo sistema vascular linfático. O sistema vascular sanguíneo é um sistema fechado formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos, enquanto o sistema vascular linfático é composto por tubos que coletam a linfa dos tecidos e a direcionam de volta ao sistema circulatório sanguíneo.
Os vasos sanguíneos apresentam três camadas ou túnicas: íntima, média e adventícia. A túnica íntima é a mais interna, constituída por células endoteliais e tecido conjuntivo. A túnica média é composta principalmente por células musculares lisas e elastina. A túnica adventícia é a camada mais externa, formada por tecido conjuntivo.
Existem diferentes tipos de vasos sanguíneos, como artérias elásticas, musculares e arteríolas, cada uma com características específicas em relação à espessura da parede e à composição das túnicas. As veias, por sua vez, têm paredes mais finas que as artérias e possuem válvulas para evitar o refluxo sanguíneo.
O coração é responsável por bombear o sangue para os pulmões (circulação pulmonar) e para o resto do corpo (circulação sistêmica). Ele possui quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. A estrutura do coração inclui o endocárdio, o miocárdio e o pericárdio, além do sistema gerador e condutor do impulso cardíaco.
Além dos vasos sanguíneos, o corpo humano possui um sistema linfático, que coleta a linfa dos tecidos por meio de capilares linfáticos e a retorna ao sistema circulatório. Os vasos linfáticos convergem em ductos que desembocam nas veias, e a linfa passa pelos linfonodos, onde é exposta a células do sistema imune. O sistema linfático também é responsável pela remoção de substâncias do corpo.
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