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P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
AULA 1 – INTRODUÇÃO À OBSTETRÍCIA VETERINÁRIA (Profa. Fabiana Bressan) 
 
Embrião x Feto: embrião ainda está em formação e tem morfologia semelhante entre as espécies, já o feto há 
diferenciação celular. Algumas pessoas consideram feto quando a placentação já está concluída. É de suma 
importância saber em qual período está, devido à sensibilidade ao uso de fármacos, por exemplo. O período 
embrionário é o mais delicado e requer maiores cuidados. 
 
Fertilização: ampola do oviduto. O oócito está preparado e encontra-se em metáfase II. Em cadelas e lobas, o oócito 
é fecundado quando se encontra em metáfase I, ou seja, primeira fase da gametogênese. A diferenciação do período 
embrionário na cadela é difícil. Quando há fecundação, retoma-se a meiose. 
Espermatozoide passa pelas células cumulus e atinge a zona pelúcida. A ativação do oócito aumenta cálcio intracelular 
e evita poliespermia. Em caso de falha nessa ativação e ocorrência de poliespermia, haverá anormalidades 
cromossômicas e dificilmente a gestação chegará a termo. 
 
Quando fertilizado, usará energia que carrega (herança materna) até que seja possível ativar seu próprio genoma para 
produção de RNA e proteínas. Caso este evento não ocorra, a gestação falhará. 
Células 
Especializadas 
(gametas)
Fertilização
EmbriãoFeto
Parição/ 
Neonato
Organsmo
adulto
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
Regulação epigenética: o DNA precisa ser “limpo” para recomeçar, inicialmente faz com o DNA paterno e logo em 
seguida, materno. Em clones, não há pronúcleo feminino e masculino, ocorrendo desmetilação incompleta e com isso, 
surgem animais com problemas de placentação e manutenção da prenhez. 
Reprogramação epigenética: há genes imprinted que não são desmetilados (características maternas e paternas) e 
serão expressos no novo indivíduo. Estes genes são fundamentais para desenvolvimento fetal e placentário. Se 
reprogramação não for feita adequadamente, haverá dificuldade em manter gestação ou anormalidades. 
Teoria do conflito parental: faz-se necessário equilíbrio na herança epigenética. Macho preconiza a promoção do 
crescimento, visando repassar o DNA às próximas gerações. Por outro lado, a fêmea o limita, com objetivos de guardar 
recursos para desenvolvimento do feto e sua própria manutenção. 
Blastocisto: já teve genoma ativado. Ainda não implantado (ocorre na pré implantação). 
Massa celular interna formará embrião, enquanto que o trofoblasto auxiliará na formação da parte fetal da placenta. 
 
Animal se transforma em blastocisto conforme migra pelo oviduto. Em que fase entra no útero? Cães na fase de 
blastocisto, equinos na fase de mórula e bovinos na fase de 8 a 16 células. 
Oocistos não fertilizados ou inviáveis são reabsorvidos no útero, com exceção do equino, em que nessas situações 
realiza a reabsorção ainda no oviduto. 
Equinos: quando viável, mórula secreta PGE2. Quando isso não ocorre, é retido no próprio oviduto. Entra no útero 
com 6 a 6,5 dias. Essa PGE2 tem a propriedade de provocar contrações locais e relaxamento da musculatura lisa, 
atuando na parede do oviduto, permitindo assim que o embrião se mova progressivamente com o auxílio do 
batimento ciliar rítmico, entrando no útero aproximadamente após 24 horas (Gastal et al., 1998). Desta forma, este 
estágio de desenvolvimento depende da capacidade secretória de PGE2 pelo embrião (Allen, 2000). 
A MCI (massa celular interna) dará origem ao epiblasto e hipoblasto. Quando chega ao útero e tem secreções uterinas 
(histotrofo) para alimentá-lo e suas reservas estão esgotando, necessita sair da ZP (zona pelúcida). Eclodindo, há 
elongamento do embrião. 
Placentação: mecanismo do feto se comunicar com o útero. 
PGF2a: ação luteolítica/ PGE2: ação luteotrófica. 
Para ser reconhecido precisa realizar a elongação e entrar em contato com mãe. A progesterona será responsável por 
manter a gestação e transformar o CL cíclico em CL gravídico. 
Se não tiver concepto: pico de prostaglandina, que acarretará em luteólise do CL e queda de progesterona. 
Quando não há ativação dos receptores de ocitocina: P4 mantida. Ocitocina estimula produção de PGF2a. 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
Sinalização espécie dependente: concepto pode prevenir secreação de PGF2a (ruminantes), alterar distribuição 
(suínos) ou secretar substâncias que competem com PGF2a. 
Em cadelas, o CL se mantem independente da gestação e pode levar a um quadro de pseudociese. 
Reconhecimento Materno de Gestação 
Espécie Dias 
Bovino 16 a 17 
Equino 6 a 17 
Cães Não depende do concepto 
Suínos 11 a 12 
Ovinos e Caprinos 12 a 13 
 
Equinos 
IGF2 (gene imprinted que produz), EGF e TGF-B1. 
O desenvolvimento inicial do embrião eqüino é caracterizado pela formação de uma cápsula que envolve 
completamente o concepto. A cápsula é uma fina camada acelular e transparente depositada entre a zona pelúcida e 
o trofoblasto no momento da formação do blastocisto intra-uterino no dia 6 ou 7 após a ovulação, sendo composta 
por glicoproteínas semelhantes à mucina produzidas pelo trofoblasto. O blastocisto se expande rapidamente após sua 
entrada no útero, ocorrendo uma diminuição na espessura da zona pelúcida. Desta forma ela se desprende da cápsula 
em poucos dias (dia 8), a cápsula então permanece no exterior, revestindo completamente o embrião. Embora fina, a 
cápsula é bastante resistente e elástica funcionando como uma proteção física ao concepto durante a fase de migração 
permitindo com que ele migre de uma extremidade à outra no lúmen uterino, atuando como uma molécula anti-
adesiva com alta concentração de ácido siálico e imunoprotetora. A fixação do embrião no futuro local da placentação 
está associada a uma flacidez e perda de ácido siálico das glicoproteínas capsulares. 
Particularmente nos equinos, quando o embrião se mover continuamente ao longo do corno uterino, há a supressão 
da liberação cíclica normal da prostaglandina F2α pelo endométrio, que resulta na manutenção funcional do corpo 
lúteo. 
O embrião equino na sua forma esférica (contido dentro de uma cápsula) pode migrar entre os cornos uterinos 12-15 
vezes por dia, a fim de interagir com o endométrio uterino antes da sua fixação que ocorre por volta do 18º dia de 
gestação. Esse processo parece ser um mecanismo necessário para a inibição da produção da PGF endometrial, de 
modo a proteger o corpo lúteo da luteólise. 
Este processo incomum de mobilidade do concepto na égua persiste até o dia 16 ou 17 após a ovulação, quando ocorre 
um rápido aumento no diâmetro do embrião e um súbito espasmo que aumenta o tônus miometrial e fixa o concepto 
no eventual local de implantação, na base de um dos cornos uterinos. 
Embrião expressa PGE2 para se movimentar e manter cápsula acelular. 
Se não tiver embrião até dia 14, volta à luteólise. 
Ruminantes 
ITF-T, proteínas auxiliares da gestação (PEG), TFG, Interleucinas, IGF-2. 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
Nos ruminantes a fase de reconhecimento materno ocorre entre o 12º e o 26º dia quando ocorre a secreção da 
proteína interferon-tau (INF-T), com pico entre os dias 15 e 16. Como resposta, o INF-T inibe a transcrição de 
receptores de estrógenos e ocitocina no endométrio inibindo a luteólise. Nesta fase há o alongamento do embrião, 
que coincide com a máxima produção de IFNT. O INF-T é classificado como interferon do tipo I, secretado em grandes 
quantidades pelas células trofoblásticas dos ruminantes antes da implantação. A sua principal função é evitar o retorno 
à ciclicidade, preservando o funcionamento do corpo lúteo durante a gestação. 
O INF-T também tem o papel de estimular a produção de prostaglandina E2, (um agente luteotrófico), e de aumentar 
a produção de diversas proteínas secretórias de origem uterina, que podem estar envolvidas na manutenção da 
viabilidade do concepto. Essa expressãode INF-T termina com a implantação, pois o contato do trofoblasto com o 
endométrio inibe a sua produção. Um dos efeitos da proteína interferon-tau (INF-T) pode ser a redistribuição de 
prostaglandina F (PGF), produzida pelo útero de modo que PGF e prostaglandina E (PGE) acumulam-se no lúmen 
uterino, inibindo assim sua ação luteolitica. Há evidências de que nos ruminantes os níveis venosos útero-ovarianos 
de PGF2α são reduzidos durante o início da prenhez, embora a capacidade do útero de produzir PGF permaneça 
inalterada. 
Suínos 
IGF2, Estradiol, interferon D e G 
Nesse período, há um aumento na síntese de estrógeno pelo blastocisto e a quantidade de estrógeno vai variar de 
acordo com o estágio de desenvolvimento e com o número de embriões presentes em ambos os cornos uterinos; já 
que são necessários pelo menos quatro embriões para que haja o sinal de reconhecimento da gestação e a gestação 
prossiga. 
Nos suínos, como em outras espécies, o blastocisto produz substâncias que retardam a regressão luteal quando 
entram no útero. Entretanto, os estrogênios produzidos pelos conceptos suínos reconhecidos como luteotróficos para 
a espécie são luteolíticos para outras, como ocorre, por exemplo, na ovelha. 
No período de 10 a 12 dias da gestação, a síntese do estrógeno de origem embrionária irá promover uma mudança na 
direção de secreção da PGF2α de endócrina para exócrina (lúmen uterino), inibindo, assim, a luteólise, o que irá diferir 
entre o ciclo reprodutivo normal e a gestação nos suínos. 
Se não tem concepto, irá produzir PGF2a e a direcionará para circulação, gerando luteólise do CL. Entretanto, quando 
há conceptos presentes, há redirecionamento desta PGF2a produzida para o lúmen uterino, como descrito 
anteriormente. 
Implantação (nidação ou sobreposição) 
É o mecanismo pelo qual o blastocisto estabiliza-se no útero e o trofoblasto desenvolve íntima relação com o epitélio 
uterino. 
Contato físico, após dissolução da ZP (para diminuir motilidade) entre trofoblasto e endométrio. 
Histotrofo deixa de ser suficiente e embrião busca aporte na mãe. 
Resumidamente: migra, elonga, RMG, aposiciona e implanta. 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
1. Aproximação 
2. Aposição (contato) nidação 
3. Adesão (interdigitação) 
4. Invasão (varia de acordo com tipo de placenta) 
É um processo controlado por citocinas, hormônios e enzimas. 
A duração da implantação varia desde o momento em que o embrião fica parado até estabelecer placentação. Ou 
seja, varia com desenvolvimento placentário. 
Bovinos: 11 a 40 dias. Equinos: ± 35 dias. 
Placentação 
Pode ser considerada um órgão transitório. Possibilita intercâmbio sanguíneo. Histotrofo não é mais suficiente e 
precisa de mecanismo mais invasivo para se nutrir e realizar a retirada de metabólitos tóxicos. 
Tem como funções: suprir oxigênio, nutrientes, remover metabólitos e CO2, função endócrina (hormônios), fatores 
para crescimento fetal, regulação do ambiente uterino e proteção. 
Em algumas espécies mantem progesterona e, consequentemente, prenhez. Ex: égua. 
Gastrulação: início da morfogênese. O epiblasto dá origem ao ectoderma (origina a epiderme, sistema nervoso central 
e periférico e a várias outras estruturas), mesoderma (origina as camadas musculares lisas, tecidos conjuntivos, e é 
fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretor) e 
endoderma (origina os revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e trato gastrointestinal, incluindo 
glândulas associadas). 
Trofoblasto e hipoblasto se unem para formar yolk sac e posteriormente as outras membranas. 
 
Enquanto que o hipoblasto dará origem às membranas fetais: saco vitelino, âmnio, alantoide, cório. 
O Mesoderma, oriundo do disco embrionário, cobre tanto o embrião quanto o saco vitelino (trofoderma e endoderma 
primitivo). A junção das duas pontas (mesoderma + trofectoderma) formará o mesâmio, fechando a cavidade 
amniótica. Em cães e equinos, este não se rompe sozinho em algumas situações e necessita do auxílio da mãe. 
Conforme o saco vitelino involui, rapidamente na maioria das espécies (com exceção do equino), o saco alantoideano 
começa a expandir e ganhar espaço. 
Para o diagnóstico de gestação observamos vesícula no útero com líquido alantoideano. 
Mesoderma e trofectoderma formam o córion. 
Vaca, cabra e porca nunca produzem progesterona suficiente para garantir a gestação. 
Envoltórios Fetais 
Mesâmio 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
Saco Vitelino: primitivo e transitório, com exceção dos equinos. Garante nutrição inicial do embrião. 
Âmnio: cavidade amniótica (selada). Emerge ao redor do cordão umbilical. Funções: proteção mecânica (hidráulica), 
permite movimentos livres para desenvolvimento neuromuscular (dobras), permite crescimento fetal e protege contra 
adesões, antibacteriano. 
Tem odor característico e permite reconhecimento materno. 
Presença de urina fetal, secreções respiratórias, cavidade bucal e circulação da mãe (rico em células tronco). 
Alantoide: envolvido com hematopoiese inicial. Os vasos sanguíneos alantoidianos (artéria e veia) iniciam os vasos 
umbilicais. O alantoide remanescente inicia ligamento do úraco que se conecta a bexiga urinária. Denominada 
cavidade de excreção. 
Cório: cório/ endométrio formam a placenta. O cório é a soma do mesoderma com trofectoderma. Permite trocas e 
oferece proteção ao concepto. Cório envolve tudo que remete ao feto. 
 
AULA 2 – TRATO REPRODUTIVO FEMININO (Prof. Paulinho) 
 
Vulva: é a primeira proteção contra agentes externos. 
É formada pelos lábios vulvares que se unem conjuntamente nos ângulos dorsal e ventral. No ângulo dorsal é redondo 
o no ventral é mais agudo, porém em éguas ocorre o oposto. Através da vulva sai concepto, urina e ocorre reprodução. 
Pode ser indicativo de cio se hiperêmica, edemaciada e também pode ser um importante método de análise para 
determinar proximidade do nascimento. 
Vestíbulo da vagina: cranial ao meato urinário externo temos o hímen. A distância entre vulva e hímen é denominado 
vestíbulo da vagina. 
Clitóris presente nessa região e é considerado análogo ao pênis, tem como função auxiliar nas contrações para que o 
espermatozoide alcance a ampola para fertilização. 
Dependendo onde chega o pênis, tem maior concentração de espermatozoides para que o objetivo seja alcançado. 
Vagina: espaço compreendido entre vestíbulo (hímen) e cervix. 
Presença de fornix ao redor do cérvix, formando um fundo cego, onde alguns espermatozoides ficam presos. 
Cérvix: primeiro obstáculo. Em ovelhas, devido ao número de anéis (14) cervicais e dificuldade em inseminar, realiza-
se o procedimento transabdominal. Em bovinos, o número de anéis cervicais é 8 e a ejaculação ocorre na vagina. Nos 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
suínos, a ejaculação pode ocorrer na cérvix, mas na maioria das vezes ocorre intrauterina devido à menor 
concentração de espermatozoides. Em equinos, a cervix apresenta pregas longitudinais e apenas um anel, que relaxa 
quando em cio, a ejaculação é vaginal, mas devido à pressão, espermatozoides entram rapidamente no útero. 
O pênis do gato tem cerca de 1 cm e contém espículas. A penetração e ejaculação são vaginais, assim como na cadela. 
Útero: o útero das espécies domésticas é do tipo bicornual, portanto, é formado por dois cornos, um corpo e uma 
cérvix. Os cornos uterinos é o local onde ocorre a gestação, e seu comprimento e formato varia entre as espécies 
domésticas. Nos ruminantes, tem a forma de um gancho com seu ápice voltado caudalmente. Nas éguas, é retilíneo e 
afastado lateralmente. Nas cadelas, também é retilíneo, porém, bastante comprido. Nas porcas, é comprido e sinuoso. 
O ponto de junção dos cornos uterinos é chamado corpo do útero, um trecho curto que caudalmente se comunica 
com a cérvix. 
Em equinos e bovinos, geralmentehá apenas 1 concepto, mas placenta se difunde por todo útero. 
 
O aparelho feminino depende de ligamentos para se manter na posição, mesmo na gestação. O principal ligamento 
do aparelho reprodutor feminino chama-se ligamento largo do útero. O ligamento largo do útero passa pelo ovário, 
tuba uterina e útero, na parede dorsal do abdômen. É dividido em três regiões: Mesovário, mesosalpinge e 
mesométrio. No ligamento largo do útero passam as artérias e veias ovarianas e uterinas. Nas fêmeas de ruminantes 
existe um ligamento que prende um corpo uterino ao outro – Ligamento intercornual. O ligamento suspensório do 
ovário é mais desenvolvido nas fêmeas carnívoras e suínas, bastante espesso, que prende o ovário nas vertebras 
lombares. Esse ligamento se localiza entre os rins e ovários e pode ceder conforme o número de gestações. Ligamento 
próprio do ovário liga este ao útero. 
Em égua recém parida, analisa-se a placenta pós parição para garantir que não ficaram partes retidas. O que se espera 
encontrar é placenta em forma de Y com maior parte no corno gestante. 
Marsupiais e coelhos podem ter dupla cérvix. 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
Tuba uterina: As tubas uterinas têm como função conectar o ovário ao útero. É dividido em 4 regiões: infundíbulo, 
ampola, istmo e óstio da tuba. O infundíbulo lembra um funil e serve para captar o óvulo através das fímbrias, pois 
não há contato direto do ovário com a tuba. A ampola é a região mais dilatada da tuba uterina e é o local onde ocorre 
a fecundação. O istmo é o trecho mais comprido e sinuoso da tuba uterina e termina em uma abertura chamada ístio 
uterino da tuba uterina. Esse óstio comunica a tuba com o corpo do útero. 
Quando não ocorre a fertilização em equinos, o oócito é degradado na própria tuba, não chega a passar do istmo. 
O istmo é o 2º desafio dos espermatozoides. 
Ovário: Ovários são órgãos pares com formato arredondado localizado caudalmente aos rins e ventralmente as 
vertebras lombares. Apresentam função endócrina (hormonal) e exócrina (produção de gametas). Na maioria das 
espécies, a área cortical é a responsável pela produção dos gametas e hormônios e a região medular pela irrigação do 
ovário, ou seja, constituída de vasos linfáticos, musculatura lisa, vasos sanguíneos. Na égua, essa organização sofre 
uma inversão e por isso, a região medular necessita de uma fossa ovulatória para poder expelir os oócitos produzidos. 
Os ovários das cadelas, gatas e vacas são envoltos por uma camada espessa de gordura que corresponde à bolsa 
ovariana. Em animais obesos essa bolsa é demasiadamente grande e acaba por impedir a ovulação. 
Ondas foliculares são ausentes na cadela e na gata. 
Cadela entra em cio a cada 6 meses. Problemas como pseudociese, porque a gestação não influencia no cio, sempre 
terá. 
Folículo primário (uma camada de células mais achatadas) – folículo secundário (mais camadas de células e cuboides) 
– folículo terciário (líquido ovariano) – folículo de Graaf. 
Após a ovulação, o corpo lúteo primário passa a produzir progesterona. Esta produção atinge concentrações 
plasmáticas de 6 a 10 ng/mL no dia 5 após a ovulação e continuam, na égua prenhe, a crescer até os 35 a 40 dias de 
gestação quando a eCG começa a ser produzida pelos cálices endometriais. No início do segundo mês de gestação os 
cálices endometriais são formados. Estes correspondem a formações discretas, pequenas protuberâncias de tecido 
altamente compacto, semelhantes a um anel, presentes na porção caudal do corno gravídico, resultantes da invasão 
de células trofoblásticas para dentro do endométrio. A eCG mimetiza as funções do FSH e LH, criando CL acessórios. 
Desta forma, aos 40 dias de gestação a concentração de progesterona sérica dobra seu valor. Os corpos lúteos 
acessórios aumentam em número e persistem até a metade da gestação, quando a placenta já está madura o 
suficiente para assumir inteiramente o suprimento de progesterona para a manutenção da gestação, sem qualquer 
ajuda dos ovários. 
Ovário da porca é multilobulado, enquanto que na vaca e na égua é mais liso. Em éguas, na palpação, nunca 
conseguirmos palpar CL, porque há inversão da medula. 
CL: produz progesterona, mas também pode produzir ocictoinas que se ligam aos receptores e estimulam produção 
de PGF2a e luteólise. Quando há fecundação em ruminantes, por exemplo, há inibição desses receptores de ocitocina 
através do interferon-tau. 
Estrógeno é produzido pelos folículos. 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
Equino: em éguas com muitas parições, útero tende a ficar caído e acumula líquido, criando ambiente inóspito ao 
embrião. 
Nos bovinos, o mesométrio não tem muito papel de suspensão e é menor quando comparado aos equinos. 
Pelviologia e Pelvimetria 
É bastante recomendado para nulíparas. Através de mensurações do canal obstétrico é possível avaliar possíveis 
dificuldades (distocias) e realizar programas de melhoramento genético. 
Fatores que contribuem para a dificuldade do parto são a inclinação (para feto “escorregar” e circunferência da pélvis 
(diâmetro sacro-púbico x diâmetro bi-ilíaco médio), disposição das estruturas que compõem a pélvis, incluindo a 
inserção do tendão pré-púbico e ainda o tamanho e formato do feto. 
Em catálogos, alguns touros vem designados como “touro para novilhas”, porque o concepto é menor. 
Articulações: lombossacral, sacrococcígea, intercoccígea, sínfise pélvica, sacroilíaca (ligamento pode afrouxar) 
Medidas: as mais importantes são sacropubiana (parte mais cranial do púbis ao promontório) e biilíaca superior (entre 
as tuberosidade psoas). 
 
Na prática, utilizamos um pelvômetro e o inserimos na vagina. 
Conformação da pelve: A conformação (elíptica alargada verticalmente) e constituição do estreito anterior, que pela 
sua natureza óssea opõe resistência à passagem do feto. Na parte dorsal, é delimitado pelo corpo da 1ª vertebra 
sagrada e a face inferior da articulação sacroilíaca. 
O estreito posterior (de forma oval), cujas dimensões são semelhantes ao anterior mas que aumentam no momento 
do parto. 
Classificação da pelve: (imagens vista dorsal) 
 
Platipélvico: diâmetro biilíaco é bem maior que sacro pubiano e tem aspecto mais achatado. Comum em gatos 
persas, buldogues e cães bassetoides. 
Promontório 
Tuberosidade psoas 
Púbis 
Tuberosidade psoas 
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Viviane Olivia de Lima 
Dolicopélvica: diâmetro sacro pubiano é maior que biilíaco e tem aspecto ovalado. Comum em porcas, cadelas 
grandes e ruminantes. 
Mesatipélvico: diâmetro biilíaco muito semelhante ao sacro pubiano, tendo aspecto arredondado. Comum em 
éguas, cadelas pequenas, gatas. 
 
AULA 3 – PLACENTAÇÃO COMPARADA, DESENVOLVIMENTO DO CONCEPTO E ENDOCRINOLOGIA DA 
GESTAÇÃO (Profa. Fabiana Bressan) 
Alguns animais têm placenta e outros não. Animais ovíparos, por exemplo, têm membranas fetais com funções 
diferentes. 
Os mamíferos são animais eutéricos, ou seja, dependem da placenta e problemas com ela podem implicar no 
andamento da gestação. Ao contrário do que ocorre com marsupiais que não possuem placenta. 
Blastocisto: embrião com diferenciação celular (fase pré implantação). Já saiu do oviduto (ampola) e está no útero, 
porém não implantado. Nessa fase é possível realizar coleta para estudos in vitro. O blastocisto possui duas populações 
celulares: massa celular interna (originará o feto) e trofoblasto (originará a parte fetal da placenta). Há parte celular 
que também contribui para membranas fetais, porém não é bem elucidado. 
É necessário comprometimento celular e desenvolvimento para que concepto chegue a termo. 
MCI se divide em epiblasto (origem ao feto; endoderme (revestimento do sistema respiratório, gastrointestinal, 
glândulas e órgãos associados), mesoderme (sistema esquelético, muscular, circulatório e urinário) e ectoderma 
(epiderme e anexos)) e hipoblasto (placenta fetal, anexos fetais,saco vitelínico e cório, contribuindo para com o 
trofoblasto descrito anteriormente). Em seguida, migra pelo útero (RMG) e passa pela fase de eclosão e saída da ZP 
através da protease estripsina, se tornando mais adesivo (há mudança de carga elétrica). Até o momento da 
implantação, o embrião se nutre pelo histotrofo. 
Suíno: trofectoderma cresce rapidamente e vira epiblasto trilaminar. 
Mesoderma cobre embrião e saco vitelino, como se estivesse abraçando. Haverá formação da cavidade amniótica, 
mesâmio (ponto de encontro das dobras) e cório (mesoderma + trofectoderma: mais importante para a placentação 
correta, permitindo contato do embrião com a mãe). 
Saco Vitelino: vestigial na maioria das espécies, com exceção das aves. Em equinos pode ser importante nas primeiras 
fases, posteriormente regride e fica afuncional. 
Vaca: líquido observado no US é alantoideano. 
Líquido Aminiótico: auxilia na proteção do feto, proteção do útero, dilatação (feto não consegue crescer sozinho, 
necessita que o líquido expanda, em casos onde não há essa dilatação, o animal pode entrar em estresse fetal), 
lubrificação (vias no parto), antissepsia. 
Também tem função protetora (mecânica e movimentação), odor característico que permite reconhecimento 
materno. 
P1 Obstetrícia Veterinária 
 
 
Viviane Olivia de Lima 
Composição: urina fetal, secreções aparelho respiratório e cavidade bucal, circulação materna (metabólitos, 
eletrólitos, placas aminióticas, células). É rico em células tronco. 
Amniocentese: pouco usado na MV. Aspira líquido amniotico para analisar metabolismo enzimático do feto, 
anormalidades cromossômicas, diagnósticos gestacionais, exposição da mãe à antígenos, subnutrição, cariotipagem. 
Alto valor agregado. 
Início da gestação: nas espécies domésticas o líquido com maior evidência é o alantoide, diferentemente dos humanos, 
que é o aminiótico. 
Espécie Volume Características 
Equinos 3 a 7L Amarelo âmbar, viscoso, turvo ou com muco 
Bovinos 3 a 5L Amarelo claro, mucoso e límpido 
Pequenos Ruminantes 0,5 a 1,2L Amarelo claro, viscoso, límpido com mudo 
Suínos 40 a 150mL Volume por feto; amarelo 
Problema placentação: trocas ineficientes e problema no líquido aminiótico, pode ter aumento do líquido 
alantoideano, deficiência de células. 
Líquido Alantaoideano: mais importante na MV. Mantem pressão osmótica plasma fetal, proteção do feto e do útero, 
dilatação, lubrificação, antissepsia, urina fetal, atividade excretora da membrana alantoideana, metabólitos. 
Hidroalantóide: placenta não é muito funcional e há excessivo acúmulo de líquido alantoideano. Isso ocorre em 
animais FIV, clones (dificuldade de realizar desmetilação e tem reprogramação epicelular falha). Quando está na fase 
final da gestação, pode realizar a drenagem, mas caso ocorra no início da gestação, a situação é mais complicada e as 
chances de salvamento são baixas. 
Equino possui cerca de 4 a 10L e bovinos de 10 a 20L. 
Implantação: citocinas, hormônios e enzimas. 
Fecundou e desenvolveu membranas: inicialmente alimentado pelo saco vitelino. Após regressão deste e com 
histotrofo não sendo mais suficiente, o embrião necessita de aporte materno (mais ou menos invasivo, variando 
conforme a espécie). 
1. Aproximação 
2. Aposição (contato) nidação 
3. Adesão (interdigitação) 
4. Invasão (varia de acordo com tipo de placenta) 
Placentação: aposição de tecidos maternos e fetais com a intenção de trocas fisiológicas. 
Marsupiais realizam outros tipos de trocas. 
Princípio fisiológico: intercambio sanguíneo. Suprimento de nutrientes e O2 para feto, remoção de metabólitos 
(CO2), função endócrina: hormônios (fatores de crescimento fetal, regulação ambiente uterino para manutenção da 
gestação, indução do parto e lactação). 
Variabilidade Placentária: classificações 
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Viviane Olivia de Lima 
1ª classificação: fusão das membranas fetais: membrana coriovitelina (saco vitelínico combina com cório para 
trocas. Transiente em animais domésticos. Em equinos, é maior e demora um maior tempo para regredir (até 
4º mês), posteriormente, vira corioalantoideana) e membrana corioalantoideana (MCA - predomina na maior 
parte das espécies). 
Cório sempre avascular, por isso precisa estar em contato com saco vitelino ou alantoide. 
2ª classificação: superfície de contato mãe/feto: cório frondoso (que possui vilos e microvilos que fazem 
contato com epitélio uterino) e cório liso (não tem vilos e não faz contato). 
Difusa: a MCA inteira tem contato com epitélio materno. É inteiro frondoso, sendo que em égua constituído 
por microvilos e em porcas por vilos. Embrião se fixa próximo ao corno uterino e a MCA se expande por todo 
útero, as extremidades são chamadas de necróticas porque atingem locais onde não há circulação (cório é 
avascular). 
Cotiledonária: característica de ruminantes. Focos com interdigitação materno-fetal, onde a MCA se sobrepõe 
ao tecido materno (áreas de cório frondoso: juncao de cotilédones com carúnculas: placentônios e áreas de 
cório liso(intercaruncular)). Em vacas, as carúnculas são convexas e cotilédones são côncavos, em pequenos 
ruminantes essa relação é invertida, apresentando carúnculas côncavas e cotilédones convexos. 
 
Zonária: carnívoros, mamíferos marinhos e elefantes. Similar a uma cinta na região onde o cório é frondoso, 
apresentando grande irrigação. A placenta de cães é invasiva a ponto de gerar hematomas. 
Discoide: primatas, roedores e humanos. Apenas um disco e bastante invasivo. 
 
3ª classificação: interdigitações corioalantoideanas: forma como se conectam. 
Pregueada/ rugosa: pregas da mucosa uterina e trofoblasto se interdigitam. Suínos. 
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Viviane Olivia de Lima 
Lamelar: pregas mais complexas com múltiplas ramificações. Carnívoros. 
Vilosa: equinos e ruminantes. 
Labiríntica: cório penetrado por lacunas ou canais. Roedores. 
4ª classificação: camadas/ barreira placentária: justaposição do cório fetal com epitélio uterino. Determina o 
grau de invasividade de cada placenta. 
 
Basicamente 6 camadas: feto (sangue - endotélio, células mesenquimais (tecido conjuntivo) e MCA) e mãe 
(epitélio uterino, tecido conjuntivo do útero e endotélio - sangue). 
Epiteliocorial: 6 camadas presentes. Característica de equinos e suínos. Menos invasiva, aposicional com 
interdigitações. Ligações mais fracas. Adeciduados (pouco ou nenhum tecido materno é perdido no parto, 
expelindo apenas membranas fetais). 
Sinepteliocorial: 6 camadas. Característica de bovinos. Células trofoblásticas são especiais: formam células 
gigantes binucleadas produtoras de hormônios, apresentando função endócrina importante, que passam do 
feto para mãe formando células trinucleadas (sincícios). Em pequenos ruminantes, as células gigantes são 
trinucleadas e formam sincícios multinucleados. Placentônios. 
 
A fusão das células fetais com maternas tornam a placenta um pouco mais adesiva, se compara à anterior. 
Endoteliocorial: ligação do cório com endotélio vascular materno. Característico de cães e gatos. 4 camadas (3 
do feto + endotélio). É classificada como deciduada ou parcialmente deciduada, porque há certo grau de 
hemorragia devido à proximidade. 
Hemocorial: sangue da mãe em contato direto com MCA (exposição do trofoblasto ao tecido materno). 
Característico de humanos, primatas e roedores. Grande hemorragia no parto. 
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Viviane Olivia de Lima 
Placenta de Ruminantes: início da implantação em bovinos entre 16 e 18 dias e ovinos entre 15 e 20 dias. 
Término da implantação aos 40 dias, quando placenta está se formando. 
Reconhecimento materno da gestação ocorre em bovinos por volta de 16 a 17 dias (em seguida já implanta). 
Quando a implantação está ocorrendo, já inicia a placentação. 
Características: membrana corioalantoideana, cotiledonária, vilosa, sinepteliocorial e adecídua. 
Bovinos cerca de 75 a 120 dias apresentamplacentônios convexos e ovinos entre 80 e 100 dias com placentônios 
côncavos. 
Células binucleadas são 20% das células do cório e dessas, 20% migram para epitélio materno. As células trofoblásticas 
cobrem cotilédones e produzem hormônios e fusionam com epitélio endometrial formando os sincícios materno-
fetais. Em pequenos ruminantes, essa fusão é mais pronunciada e tem função secretora de P4, estradiol, lactogênio 
placentário e PEGs (proteínas endoteliais da gestação) e PAGs (proteínas associadas da gestação). A principal função 
é adesão. 
Lactogênio placentário? Sua secreção começa desde poucos dias após a fecundação até metade da gestação. Possui 
atividade luteotrópica e lactogênica, embra esta última não suficientemente elucidada. Os efeitos metabólicos são 
similares aos ocasionados pelo hormônio do crescimento (GH). 
Os níveis circulantes de lactogênio placentário caem à medida que o parto se aproxima. Contudo, no primeiro estágio 
da lactação ainda persistem alguns níveis tão baixos (de forma prática indetectáveis), que há dúvida que por si só 
possam ter atividade lactogênica. 
A ação do lactogênio placentário é mediada através do receptor de PRL. Por si só o lactogênio bloqueia o receptor 
ocupando seu sítio de ativação, mas esta ação é de maior nível se existe progesterona circulante. 
Acredita-se que os LP têm maior ação no processo de mamogênese que no de lactogênese, o que explica sua ação 
similar ao hormônio do crescimento. Conhece-se que o LP bovino é secretado primariamente na circulação fetal, mas 
o significado fisiológico deste fato não se sabe. 
Placenta de Suínos: implantação ocorre entre os dias 13 e 14, após RMG (11 a 12 dias). 
Estradiol: mudança no local de secreção da prostaglandina. Ao invés de enviar para sangue, envia para lúmen uterino. 
Se menos que 4 embriões a gestação não progride. 
Saco vitelino involui antes do dia 20 e alantoide começa a aumentar no dia 15. Placentação dia 24. 
Características: MCA, difusa, pregueada, epiteliocorial e adecídua. 
Útero precisa manter a secreção de histotrofo e uteroferrina, como a placenta é difusa e está toda em contato, em 
alguns pontos há formações de auréolas (imagem abaixo) no local de saída das glândulas. 
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Placenta de Equinos: 25 a 35 dias há proliferação do trofectoderma para formação da cinta coriônica. Alantoide e saco 
vitelino tem proliferação de células denominadas girdle cells (binucleadas), que tem como principal função excretar 
eCG e MHC-1 dando origem, posteriormente, aos cálices endometriais (36 a 40 dias). Inicialmente tem característica 
de cinta e depois formam nichos. 
Dia 42 há troca da placenta coriovitelinica pela corioalantoideana (MCA). 
Características: MCV e depois MCA, difusa, vilosa, epiteliocorial e adecídua. 
Também há presença de auréolas. 
Placenta de Cadelas e Gatas: início da placentação entre 17 e 18 dias em cadelas e 12 a 14 dias em gatas. 
2 tipos celulares: basal (citotrofoblasto) e superficial (sinciotrofoblasto – fusão de células trofoblásticas). 
Margem da zona placentária: endotélio materno pode degenerar e formar hematomas. 
Hematomas são fontes de ferro para embrião. Em cães são mais verdes e em felinos são mais dispersos e 
amarronzados. Sem auréolas e mesâmio. 
Desenvolvimento do Concepto: 
1. Período de “Ovo”: fecundação a implantação. Eclosão do embrião, chega no útero é nutrido por glândulas 
uterinas (histotrofo) e RMG (não ocorre em pequenos animais); 
2. Período Embrionário: implantação a placentação. Organogênese (esboço do concepto), batimento 
cardíaco. Parecido entre espécies. É mais sensível a fatores externos (fármacos, estresse) e também à 
teratogênese. 
3. Período Fetal: final da placentação até o nascimento. Morfogênese. Crescimento em peso e tamanho e 
maiores diferenças entre as espécies (ex: casco, cupim, tromba). 
4. Período Pós-Natal: funcional. Pulmões, encéfalo, ossos e dentes. São maturados pouco antes do parto e 
funcionais apenas pós nascimento. 
Duração da Gestação: há influência da raça, sexo fetal (machos demoram mais), idade da mãe, tamanho do feto, 
número de fetos, fatores ambientais (nutrição, estresse, drogas – pode desregular hormonalmente e não ter estímulo 
para parir, não há pico de cortisol porque vem se mantendo em um platô), afecções. 
Bovinos: 270 a 290 dias (9 meses) 
Equina: 340 dias (11 meses) 
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Caprinos e Ovinos: 148 dias (5 meses) 
Suínos: 114 dias (3 meses 3 semanas e 3 dias) 
Cães e gatos: 63 dias (2 meses) 
5 Processos Principais para Desenvolvimento do Concepto: são dependentes, mas não sequenciais. 
1. Clivagens e Embriogênese: divisões rápidas. Primeira diferenciação celular. Blastulação e ativação do 
genoma embrionário (reprogramação genética): blastocisto – MCI e trofoblasto. Ativação do genoma 
pode ser alterada por fatores maternos. Se não ativa direito, não vira embrião 
2. Formação de Padrão: padrão espacial e temporal de atividades celulares organizados no embrião. 
Formação de eixos (dorso ventral e crânio caudal) no embrião através do gradiente de proteínas 
morfógenas. Há gradientes de fatores de sinalização ou morfógenos. Se não forma padrões, o embrião 
não vinga ou tem má formações. Os primeiros morfógenos ocorrem antes mesmo da blastulação. 
3. Morfogênese: células se especificando e especializando. Gastrulação: formação do embrial trilaminar (3 
camadas germinativas – endoderme, mesoderme, ectoderme). 
4. Diferenciação Celular: expressão gênica diferenciada, onde diferentes tipos celulares sintetizam e 
acumulam grupos de RNA mensageiro e proteínas. Dependente da formação do padrão (2). 
Embrião como sendo raiz de uma árvore e as folhas mais novinha são as especificações 
(comprometimento celular). Na diferenciação, adquire-se características especializadas. 
5. Crescimento: término da morfogênese. Há crescimento exagerado, acarretando em falta espaço e 
sinalização fetal (com pico de cortisol) que culminam para fisiologia do parto. 
Membranas Placentárias: transporte de substâncias e barreira seletiva entre fluxo sanguíneo da mãe e do feto. 
Função Substâncias Mecanismo 
Homeostase bioquímica 
Eletrólitos, água e gases 
respiratórios 
Difusão (rápida) 
Nutrição fetal 
Aa, açúcares, vitaminas 
hidrossolúveis 
Transporte ativo 
Crescimento fetal, manutenção 
da gestação e parto 
Hormônios Difusão (lenta) 
Importância toxicológica Drogras e anestésicos Difusão rápida/ pinocitose 
Imunoproteção Imunoglobulinas 
Depende: ruminantes, suínos e equinos: colostro. 
Carnívoros: placenta (colostro é reforço). 
Endocrinologia da Gestação: hormônios que influenciam na prenhez. 
Progesterona: necessária para manutenção da gestação em todas as espécies domésticas. Inicialmente é produzida 
pelo corpo lúteo (tendo ou não conceptos cães tem CL). 
Células luteínicas grandes tem mais receptores de LH, enquanto que as pequenas LH mobilizam colesterol para as 
grandes. 
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Progesterona só é eficaz se endométrio preparado anteriormente por estrógeno. 
Placenta produz progesterona e estrógeno para manutenção da gestação. 
Estrógenos: fonte ovários, placenta e gônadas. 
Preparo uterino: multiplicação de células epiteliais uterinas, hipertrofia do miométrio e síntese proteica e de colágeno. 
Pré requisito para ação de ocitocina e P4 no endométrio. 
Estrógeno modulam síntese de outros hormônios: P4, prolactina (ambas atuam também na glândula mamária), 
relaxina (atuando na sínfese púbica) e ocitocina (contração para o parto). 
Prolactina: produzido pela hipófise. 
Efeito luteotrófico, estimulando metabolistmo do colesterol para ativação da colesterol sintetase. 
Prolactina + P4: cuidados maternos (preparo do ninho e cuidados com neonato). 
Induz aparecimento e manutenção dos receptores de LH nas células luteínicas. 
Hipófise materna: FSH: na égua odesenvolvimento folicular continua mesmo durante a gestação, isso é muito 
importante para formação de CL acessórios. 
LH: luteotrófico. Importante para o início da gestação. 
OT: importante no parto. Contração uterina, crescimento dos alvéolos mamários e ação luteolítica. OT é inibida pela 
relaxina. 
Relaxina: importante no final da gestação na maioria das espécies. Em bovinos não se sabe ao certo a importância. 
Provavelmente pelo CL e/ou endométrio ou placenta. 
No parto atua na sínfese púbica e cérvix. 
Lactogênio placentário: somatotrófico. Similar ao GH. Visto apenas em bovinos e humanos. 
Ruminantes: células binucleadas gigantes. Sincícios em pequenos ruminantes. 
Humanos: células gigantes similares ao GH, estimulando crescimento fetal e glândula mamária. 
Ação mamogênica, ou seja, ser maior ou menor produtora de leite: herança paterna (programas de melhoramento). 
Endocrinologia da Gestação na Vaca: progesterona produzida pelo CL durante toda gestação. 
Começa a declinar entre 2 a 4 semanas antes do parto e regride 2 dias antes. 
Há contribuição da placenta. Se retirar ovário no início da gestação, não há aporte suficiente e aborta, mas se tirar no 
final a placenta já estabelecida consegue manter, mas pode adiantar parição e ter problema de formação fetal. 
Prolactina e estrógeno só aumentam no final da gestação. 
Endocrinologia da Gestação em Pequenos Ruminantes: em ovelhas, o CL produz progesterona até 60 dias, quando a 
placenta assume importante contribuição (até 5x maior). Se retirarmos CL, não haverá problema. 
Em cabras, só a placenta não suporta gestação. Tem estrógeno total mais alto que em ovelhas. Se realizar ovariectomia 
bilateral há abortamento. 
Endocrinologia da Gestação na Porca: CL persiste e sempre necessários. P4 é elevado durante maior parte da 
gestação, caindo antes do parto. 
Número de embriões não influencia na concentração de progesterona (porém precisa ser pelo menos 4). 
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Viviane Olivia de Lima 
Aumento de estrógeno 2 a 3 semanas antes do parto. 
Endocrinologia da Gestação na Égua: não precisa de CL, porque só a placenta mantém. 
CL primário: até 35 a 40 dias de gestação. 
Implantação: 16 ao 17º dia. 
Cálices endometriais produzem eCG a partir do dia 33 (pico entre 50 a 70 dias), tendo como função síntese de novos 
CL (secundários e acessórios). Aos 90 dias há regressão dos cálices endometriais e param produção aos 150 dias (eCG 
CL primários e secundários: 140 a 160 dias). 
Progesterona da placenta inicia aos 70/90 dias e persiste até final da gestação, ovariectomia não influencia em nada. 
Prolactina não é constante e tem grande aumento no final da gestação. 
Dependendo do tamanho dos cálices endometriais, temos grandes quantidades de eCG (isso é alcançado com 
cruzamentos). 
Endocrinologia da Gestação de Cadelas: os CL são necessários, mas eles estão presente com embrião ou não. 
Gestação = diestro. 
Placenta não tem função esteroidogênica: nem P4 e nem estradiol. 
Com 60 dias: diferença entre prenhe e não prenhe começa a aparecer (nas prenhes o feto sinaliza e induz parto). Se 
aumentar prolactina sem estar prenhe, há grandes chances de causar pseudociese. 
Não há RMG. 
Endocrinologia da Gestação de Gatas: não se sabe real ação do CL e placenta. 
http://www.reproducao.ufc.br/reprodf2.pdf 
http://www.fmvz.unesp.br/sony/Carol.pdf - cadelas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.reproducao.ufc.br/reprodf2.pdf
http://www.fmvz.unesp.br/sony/Carol.pdf
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Viviane Olivia de Lima 
 
 Ruminantes Equinos Caninos Felinos Suínos Ovinos Caprinos 
Gestação 270 a 290 11 meses 63 dias 62 dias 114 dias 5 meses 5 meses 
RMG 16 a 17 6 a 17 - - 11 a 12 dias 12 a 13 dias 12 a 13 dias 
Implantação 11 a 40 dias ± 35 dias 13 a 14 dias 15 a 20 dias 15 a 20 dias 
Fusão das membranas MCA MCV 40 dias e 
depois MCA 
MCA MCA MCA MCA MCA 
Superfície de contato Cotiledonária Difusa Zonária Zonária Difusa Cotiledonária Cotiledonária 
Interdigitação C – A Vilosa Vilosa Lamelar Lamelar Pregueada Vilosa Vilosa 
Número de camadas Sinepteliocorial Epiteliocorial Endoteliocorial Endoteliocorial Epiteliocorial Sinepteliocorial Sinepteliocorial 
Perda de tecido 
materno 
Parcialmente 
decídua 
Adecídua Decídua Decídua Adecídua Parcialmente 
decídua 
Parcialmente 
decídua 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Viviane Olivia de Lima 
AULA 4 – PARTO E PUERPÉRIO (Profa. Kiki) 
É o feto e não a mãe quem sinaliza o final da gestação (devido à falta de espaço) e participa ativamente no momento 
do parto. 
Periparto: maturação final do feto. 
Estágios final da maturação feto-placentária (começa produção de substância surfactante). 
Animais pode não ter sinais que está gestante, mas apresenta sinais que está acabando (vulva edemaciada, por 
exemplo). Ex: coelhos desenvolvem habilidade materna e tem comportamento de fazer ninho, retirando os próprios 
pelos e buscando lugar silencioso. 
Desenvolvimento da glândula ou da cadeia mamária. 
Involução uterina: útero volta à sua localização na pelve. Se comumente gesta em um corno, este será maior. 
Retorno à ciclicidade ovariana em espécies não estacionais. Éguas apresentam cio do potro 8 dias após parto e cadela 
voltam a ciclar após 4 meses (é sempre 6 meses). 
Vacas e éguas geralmente apresentam apenas um concepto por gestação, sendo denominadas uníparas. 
Multíparas: múltiplas ovulações. 
Parto: terminação natural da gestação. 
Feto começa a disputar espaço com a mãe. Ex: porca com 15 fetos (3º final da gestação crescem muito e dobram de 
tamanho). Há aumento de volume uterino e mães comem menos, mas fetos exigem muito, acarretando em estresse 
fetal. 
Ativação do eixo hipotalâmico hipofisário adrenal fetal que começa a produzir cortisol e sintetizar enzimas que 
convertem P4 em E2. Ocorrerá aumento na produção de estrógeno placentário, formação dos receptores de OT e 
diminuirá P4 circulante. 
Aumento na secreção de prostaglandina pelo endométrio via cortisol e estradiol culminando em luteólise e início da 
contratilidade uterina devido à, também, liberação de ocitocina. Ex: porca e cabra produzem progesterona via CL, 
então dependem dessa luteólise, que por sua vez, depende da prostaglandina uterina. 
Aumento na liberação de relaxina (produzida pelo corpo lúteo) agirá na cérvix para permitir a passagem do feto (cadela 
produz relaxina também na placenta). 
Sob ação do cortisol: a progesterona é hidrolisada com ação do cortisol e sofre ação de enzimas que a reduzem a 
androstenediona, em seguida, sofre ação de aromatases e se torna estradiol. Isso ocorre gradativamente no final da 
gestação. 
Vai aumentando estradiol - somatória de hormônios que vão agindo no desenvolvimento da glândula mamária, edema 
de vulva, lubrificação da vagina. 
Aumenta secreção de prostaglandina via cortisol e E2 e provoca luteólise e início da contratilidade uterina e também 
liberação de ocitocina (se liga as células mioepiteliais da glândula mamária para ter reflexo neuro-hormonal (quando 
mamar, essa ligação fará secretar mais para suprir demanda), além do que ajuda nas contrações (parto e involução 
uterina). 
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Viviane Olivia de Lima 
Na cadela, podemos utilizar a relaxina como marcador gestacional, porque a placenta é responsável por sua produção 
(em baixas quantidades durante toda gestação). 
Mudanças endócrinas associadas ao parto: feto precisa sair e para isso interage com a mãe, alterando parâmetros 
endócrinos. Hormônios envolvidos no final da gestação, parto e lactação. 
aumenta crh -> + acth -> + cortisol -> +e2 -p4 
+e2 -> + pgf2alfa -> regride cl -> + ocitocina -> age no miométrio 
+relaxina -> cervix 
Hormônios envolvidos no final da gestação, parto e lactação: 
Proteicos: Lactogênio placentário (produzido pelas células binucleadas (gigantes – apenas em ruminantes, humanos 
e primatas). Bastante importante em uníparas. Efeito somatotróficono feto durante a gestação e atua na glândula 
mamária. Ex: vaca – nova glândula mamária a cada gestação, por isso precisa secar), Relaxina, Ocitocina, Prolactina 
(cadela e coelha: induz formação de glândula mamária). 
Esteróides: Progesterona, Estradiol, Cortisol. 
Eicosanóide: Prostaglandina. 
Progesterona P4: inibe contrações uterinas. 
OBS: gravidez apenas para seres bípedes, que menstruam. Para animais utilizamos o termo gestante ou prenhe. 
Humanos tem placenta hemocorial e discoide, em apenas um corno (unicórnio), quando algo de errado acontece a 
placenta se solta (vasos não são suficientes). 
Ruminantes tem placentas com múltiplos pontos de adesão (cotiledonária). 
A progesterona estimula secreções uterinas, como proteínas e glicídeos através do endométrio (leite uterino). 
Forma saco uterino: se nutre com vitelo até que esteja capacidade de sobreviver através do cordão umbilical, ou seja, 
precisa que coração, rins e fígados estejam prontos nesse momento. 
Forma tampão mucoso para impedir entrada de agentes no útero, este é eliminado quando a cérvix dilata e serve 
como lubrificante para vagina. 
A P4 também participa do desenvolvimento da glândula mamária: formação dos alvéolos. 
Mantém a gestação em todas as espécies doméstica, oriundas do CL, da placenta ou de ambos. 
Ex: equinos com 35 dias – produz eCG através dos cálices endometriais até que gestação seja mantida pela placenta. 
Estradiol (E2): limitado aos últimos dias de gestação. 
Estimula localmente o endométrio com o aumento do fluxo sanguíneo e secreções. 
Vasodilatação com presença de macrófagos. 
Fundamental nos eventos que desencadeiam o parto (periparto): formação de receptores para a ocitocina, estimula a 
secreção de prostaglandina (primeiras contrações uterinas) e liquefaz o tampão mucoso para lubrificação do canal do 
parto. 
Atua diretamente no desenvolvimento da glândula mamária, na formação dos ductos galactóforos. 
Relaxina: produzida pelo CL e também pela placenta (membrana coriônica). 
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Viviane Olivia de Lima 
Em cadelas, é produzida durante toda a gestação e é um marcador gestacional (existe meios de mensurá-la, mas são 
caros e pouco utilizados). 
Placenta é grande glândula endócrina com vida pré estabelecida, mas quando rompe, deve receber o nome de anexos 
fetais. 
Reestrutura a cérvix e permite relaxamento e dilatação. Através da colagenase, permite o amolecimento da cérvix pré-
parto. Também relaxa os ligamentos da sínfise púbica. 
Sinaliza o parto (timming). 
Animais nascem com patas na frente para poder diminuir o diâmetro da escápula, que é o maior problema nos animais. 
Via Fetal: é o conduto formado por parte do aparelho genital e regiões circunvizinhas pelo qual o produto transita 
durante o parto. Ou seja, tudo que o feto precisa atravessar para chegar ao meio exterior. 
Pode-se lançar mão de pelviometria. Ex: vaca (mesatipélvica). 
Via fetal óssea: é formada pelos ossos ílio, isquio, pubis, sacro e primeiras vértebras. 
Via fetal mole: é constituída pela cérvix, vagina, vestíbulo da vagina e ligamentos sacro isquiático. Ou seja, 
tudo que pode sofrer laceração na hora do parto. Ex: novilhas imaturas que ainda não tem estrutura para tal 
evento. Embora tenha lubrificação, pode ocorrer. 
OBS: Concentração hormonal de éguas – até 140 dias progesterona via CL é fundamental. Em vacas, há um platô de 
progesterona e importante influência do lactogênio placentário para preparação das glândulas mamárias. 
Prolactina é de grande importância em todas as espécies e tem pico nos pródromos do parto. É fundamental para o 
desenvolvimento e comportamento materno. 
Cadelas: cio hemácias saem por diapedese. 
Estágios do parto 
1. Dilatação da cérvix: ação conjunta da relaxina, PGE2, estradiol e ocitocina. 
“Amolecimento” da cérvix devido a alterações físicas no colágeno, com um aumento nas contrações uterinas 
e termina quando a cérvix está totalmente dilatada. 
Mecanismos das contrações uterinas e expulsão do feto: endométrio sintetiza PGF2a, que provoca luteólise e 
inicia contrações miometriais em ação conjunta com estradiol e relaxina. 
Ocitocina: produzida pela neurohipófise. Despolariza a membrana das células miometrais na ausência de 
progesterona via alfa adreno-receptores do sistema nervoso simpático e aumenta ou mantém as contrações. 
Inicialmente são irregulares e com duração de 25-50 segundos. Posteriormente são rítmicas, enérgicas e com 
duração de 50-90 segundos. É possível ver bolsa alantoideana na maioria das vezes. 
2. Expulsão do feto: reflexo de “Ferguson” (devido às contrações, o feto começa a ir de encontro com a cérvix 
da mãe e essa ação causa liberação neuronal de ocitocina pela adeno hipófise). 
Na fase de expulsão as contrações permanecem ativas por até 120 segundos. O normal é 6 contrações a cada 
15 minutos. Terminado o parto, segue uma contração por minuto, diminuindo gradativamente até o quinto 
dia (auxilia na volta do útero para pelve). 
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É proibido qualquer uso de corticoide durante a gestação devido ao risco de abortamento. Entretanto, no 
momento do parto, pode utilizar (dexametasona, ex) para auxiliar na maturação pulmonar (substância 
surfactante). 
Estudos relevam que a mãe reconhece a prole devido ao odor do âmnio. 
3. Expulsão dos anexos fetais (puerpério): rompimento do cordão umbilical. 
Vacas podem ter 45 placentonios com células gigantes e outros 45 pequenos. 
Bolsa alantoideana é composta por urina fetal, basicamente. 
A membrana amniótica tem como função a lubrificação e permitir que animal saia sem qualquer tipo de 
laceração. 
Espécie Duração da Gestação Expulsão Anexos Involução Uterina 
Bovina 280 a 290 dias Até 12 horas 42 a 47 dias 
Equina 340 dias 30 a 60 minutos 13 a 25 dias 
Caprina 150 dias Até 4 horas 28 dias 
Ovina 148 dias Até 4 horas 28 dias 
Suína 114 dias 1 a 4 horas 28 dias 
Canina 63 dias Junto com o feto 31 dias a 4 meses 
Felina 58 a 63 dias Junto com o feto 31 dias 
Quando mama: reflexo neuronal para ejeção de leite. 
Ocitocina também auxilia na expulsão das membranas fetais e involução uterina. 
Gado de leite: quando não tem cria (devido à separação), precisa ordenhar para evitar retenção. 
Em cães e gatos, a mãe precisa romper anexos (mesâmio) e realizar a lambedura para estimular a respiração. 
É comum que a mãe “jogue” o RN de um lado para o outro para força-lo a respirar fundo. 
Para evitar a retenção de anexos é importante não interagir com mãe e filhote caso não seja necessário. 
Pródromos do parto: observar o comportamento da gestante. 
Se afasta do rebanho: ruminantes. 
Faz ninho: cadelas, gastas, porcas. 
Procura um lugar calmo. 
Diminui ingestão de alimentos. 
Queda de 1 grau na temperatura corporal (cadela) ou aumenta 1 grau (porca). 
Edema de glândula ou cadeia mamaria: mojo. 
Edema de membros, prolapsos, contrações e esforços expulsivos não produtivos (não há nem sinal de bolsa 
alantoideana, por exemplo): assistência ao parto. 
Em cabras, podemos observar edema de boleto em casos de toxemia da gestação. 
Ex: cadela que expulsa vários e fica fazendo força – necessita de avaliação, porque pode haver torção de útero. 
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Cadela com fetos e aplicação de progestágenos (anticoncepcionais): pode haver mumificação. Em gatos, é ainda mais 
crítico, porque as unhas dos fetos podem provocar ruptura de útero e grande hemorragia (óbito). 
Cadelas e gatas: nas cadelas a fase de dilatação é acompanhada por uma queda de temperatura 24 horas antes do 
parto, o que não ocorre na gata. Entretanto, nesta há aumento da agitação, o animal fica inquieto e vocaliza nas 24 
horas que antecedem o parto, que corresponde à fase prodrômica. Em cadelas, a temperatura pode diminuir em até 
3 graus. 
Fatores que afetam a duração da gestação: Idade da mãe (animais jovens terão uma gestação mais curta), tamanhoda ninhada (se for apenas 1 a gestação tende a ser mais longa), taxa de crescimento e sexo, peso do feto, genético 
(diferenças raciais), fatores ambientais (nutrição, temperatura e estação do ano). 
Região da cérvix mais dolorida para os animais devido à quantidade de terminações nervosas (reflexo de Ferguson). 
Bolsa amniótica: aspecto mais branco. 
Puerpério: período após o parto, compreendido da expulsão dos anexos até o retorno do organismo materno ao 
estado normal (“não gestante”). 
Égua: não tem lesão do útero e com isso o útero involui rapidamente e após 8 dias é possível ver cio do potro. 
Características: 
1ª fase: dequitação, delivramento ou expulsão dos anexos. 
2ª fase: involução uterina. 
3ª fase: útero apto a uma nova concepção e gestação (cães: após 4 meses, ex; em vacas só estará apto a receber 
embrião após 45 dias). 
4ª fase: Retorno a atividade ovariana e ciclos estrais nas linhagens-raças não estacionais. Otimização do período 
de serviço em bovinos. 
Reajustes fisiológicos durante o puerpério: em vacas há grande quantidade de sangue que fica no útero provindo do 
cordão umbilical e também precisa reestruturar as carúnculas. As cadelas liberam secreção com coloração esverdeada 
(verde petróleo – lóquios) que simbolizam limpeza uterina. 
Involução do útero anatômica, morfológica e histológica: contrações miometrias e expulsão dos lóquios; 
Reestruturação do endométrio; 
Eliminação da eventual contaminação bacteriana no trato reprodutivo. 
Involução uterina: retorno do útero a sua situação morfológica e anatômica normais (não gestante). 
Eliminação dos lóquios composto de muco, sangue, restos de membranas fetais e maternas, de diferentes colorações. 
Durante os primeiros 12 dias pós-parto em bovinos com coloração avermelhada (quando animal senta, conteúdo vem 
para vagina e libera sem maiores problemas e sem moscas); durante 15 a 18 dias em caprinos e ovinos com coloração 
vinho; e pós-parto em suínos, equinos, caninos e felinos. 
Cadela: 31 dias a 4 meses em anestro (involução uterina). 
Égua: involução uterina entre 13 e 25 dias. Entretanto, com 8 dias já manifesta cio do potro. 
Bovinos 
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Após rompimento do cordão umbilical ocorre colabamento dos capilares da par fetalis da placenta (“esgarça”), atrofia 
das vilosidades coriônicas e contração da artéria uterina, com redução do fluxo sanguíneo em todo o genital. 
As contrações uterinas decrescem progressivamente e cessam após 5 dias, porque não há mais receptores para a 
ocitocina. 
A involução da cérvix é mais lenta que os cornos uterinos, podendo haver entrada de ar e contaminantes, por isso 
requer atenção. Se houver laceração perineal ou vulvar, por exemplo, há predisposição à endometrite. 
As carúnculas involuem lentamente após eliminação dos anexos, diminuindo de tamanho. O tecido caruncular necrosa 
em 5 dias e seus restos participam dos lóquios. O epitélio está renovado após 5-6 semanas pós parto. 
Sincronizar vacas: se bezerro ao pé, há bloqueio de retorno ao estro e IATF. 
A involução uterina, histológica, morfológica, e anatômica se completam por volta do 45 dia, na ausência e infecção 
uterina. Vaca no pós parto pode ter endometrite grau 1. 
Retorno à atividade ovariana: fundamental para o controle natural de agentes contaminantes. 
Características dos lóquios 
Bovino: no início aquoso e de coloração avermelhada ou castanha, passando a branca acinzentada. 
Pequenos ruminantes: vinho. 
Equino: “cor de burro quando foge”. 
Porca: mucoso claro, tornando-se gradualmente estriado com manchas amarelo cremosas, passando a cremoso 
Cadelas: inicialmente aquoso e de cor verde petróleo, passando a mucoso e vermelho escuro. Cor verde devido aos 
hematomas periféricos da placenta zonária, com produção de uteroverdina, originário da degradação de hemoglobina 
(biliverdina). 
Gata: mais amarronzado. 
Fatores que interferem na involução uterina: mamadas (vacas que separam – ordenha logo), infecção uterina, reinício 
da atividade ovariana. 
Cio pós-parto: cada espécie apresenta suas particularidades. 
Éguas geralmente manifestam o cio do potro 1-2 semanas pós-parto (média 8 dias). 
Porcas terão um cio não ovulatório 3 a 5 dias após o parto e um cio fértil após desmame. 
Cabras e ovelhas estacionais apenas o manifestarão no outono subsequente. 
Cadelas terão um anestro fisiológico de cerca 3-4 meses após o parto 
Gatas apresentaram cio fértil pós desmame. 
Neonatologia: cuidados no parto normal e assistido. 
Porca: difícil rejeitar. 
Quando nasce, tem que se adaptar ao ambiente, descolabar alvéolos. Pode parir debaixo de neve, vento, chuva, ... 
Pode parir sem colostro, fetos fracos. 
Nascimento: adaptação do neonato ao ambiente extrauterino 
Trocas gasosas (descolabar alvéolos) 
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Eliminação dos excrementos: precisa eliminar mecônios através da lambedura (potro – rolha, pode morrer se 
não a eliminar). 
Controle da temperatura 
Fluxo sanguíneo: cordão umbilical forma e vai para bolsa coriônica (veia porta que se abre para cordão 
umbilical); há mudanças no coração e na relação átrio-ventrículo (ducto arterioso). 
Alimentação 
Cadela: embrião longo até 37 dias e feto 15 dias. 
Cuidados com Neonato: cuidados devem ser providos pela mãe. Deve-se intervir o mínimo possível, apenas em casos 
de necessidade: 
Conduta materna inadequada (má habilidade materna); 
Partos laboriosos e cesariana; 
Falha na lactação; 
Doença da mãe ou orfandade (utilizar sucedâneo, banco de colostro); 
Filhotes prematuros, debilitados e/ou doentes; 
Ninhadas numerosas (multíparas). 
Ex: cadela de rua cruzada com cão bem maior: não há tamanho de cérvix suficiente e precisa intervir. 
Cuidados iniciais 
Respiração recém-nascido: anteriormente ao nascimento, animal realiza trocas gasosas e circulação através do cordão 
umbilical e placenta. Respiração apenas pós-natal. 
Centro respiração: entre nariz e boca (estimular essa área se necessário: ressuscita) – VG26. 
Partos prematuros: não tem substância surfactante porque ainda não está maturado, pode utilizar dexametasona para 
tal. Função do surfactante é estabilizar alvéolos. 
Bezerros asfixiados: muito tempo para ter reflexo de deglutição. Se sabe que aconteceu algo, melhor não forçar, 
porque pode fazer falsa via. Pode usar RL (200 a 250mL) ou 4% de bicarbonato (IV lento), mas é preciso ter cuidado 
para não gerar alcalose. 
Vários filhotes: primeiros podem estar letárgicos. Últimos geralmente ficam com tetos com menor quantidade de 
colostro/leite e se não conseguir mamar adequadamente pode entrar em quadro de hipotermia. 
Estímulo à respiração geralmente é feito pela mãe. Em casos onde ela não atua, é preciso intervir: retirar âmnio das 
narinas, realizar movimentos bruscos para baixo (segurar cabeça), apertar narinas (conta até 5”), massagear dorso 
(com auxílio de pano ou papel), capotagem (bater com as mãos na cavidade torácica), jato de água fria (acorda e 
diminui hiportermia), movimentos natatórios. É importante não deixar animal parado. 
Clones: bezerros tingidos, porque já estavam em sofrimento. Geralmente tem gigantismo e umbigo gigante. Em alguns 
casos é preciso causar anóxia para descolabar alvéolos (quando volta, espera-se que tenha respiração profunda). 
Pode-se utilizar o ponto de acupuntura para estímulo da respiração: utiliza-se uma agulha cinza e a gira levemente 
(pode sangrar em poucas quantidades). Ponto VG26. Tem grande importância para ressuscitação, reanimação. 
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Cordão umbilical: esgarçar e romper (composto por 1 veia, 2 artérias e úraco). 
É importante “secá-lo” e desinfetá-lo com Iodo. 
Lambidas da mãe também auxiliam retração do cordão umbilical (geleia de Warton). 
Bovino: cordão umbilical não é muito longo (30 a 40 cm) e tem pouca chance de enrolar no pescoço. Se animal contrai 
e não vem feto, podemospensar em torção uterina. 
Em mulheres e éguas, pensamos no cordão umbilical devido ao comprimento. 
Pode-se utilizar iodo 10%, mas é preciso cuidado para não queimar pele. Se o serviço for repassado a funcionários da 
fazenda, optar por iodo com concentração mais baixa e estender o tempo. 
Equinos: há linha de destacamento natural que solta quando levanta. O maior problema nas éguas é o tamanho do 
cordão umbilical (quase 1 metro), que pode enrolar no pescoço do feto. 
Suínos: porca pare e já amarra? Apenas se ambiente sujo, caso contrário esgarça e ele mesmo se mantém. 
Colostro: ideal para transferência de imunidade passiva (Ig) e para repor energia (termorregulação). 
Quando há queda na temperatura, pode estabilizar em 24 horas (alguns após dias), mas mama bem. 
Cordeiros: gordura marrom, porque pare no final do inverno e início da primavera, e essa gordura permite a 
sobrevivência mesmo em condições adversas. 
Medidas auxiliares no controle de termorregulação: aquecer local do parto (manter temperatura agradável), secar 
neonato, garantir alimentação adequada. 
O colostro precisa ser oferecido em temperatura morna (descongelar em banho maria). 
Ideal que o local de parição seja coberto por cama (serragem, panos). 
Colostragem é fundamental nas primeiras 8 horas. 
Cadela, gata: placenta endoteliocorial e primatas: placenta hemocorial. Já recebe imunoglobulina, mas colostro 
também é importante para energia do RN. 
Vaca caída? Ordenha e fornece colostro ao RN. 
É de suma importância a presença de banco colostral para situações de emergência, como orfandade, por exemplo. 
Ingestão de colostro normal e necessária: 10% PV nas primeiras 24 horas (ideal 8 horas) – podemos utilizar algumas 
bolinhas de pelo quando atendimento for a campo para ter base. 
Sucedâneos podem ser alternativas à falta de colostro. Em animais de produção, prepara sucedâneo com soro da mãe. 
Ex: ruminantes – retira 500 mL de sangue, isso resultará em ±200 mL de soro que será misturado com 300 mL de leite 
para formação de sucedâneo artificial. 
Em éguas, o leite é mais albuminoso, diferente do de vacas (mais caseoso). Sendo assim, para formular um sucedâneo, 
utilizamos 1/3 de leite de vaca + 1/3 de leite em pó ou mingau de aveia + 1/3 água fervida + 1 gema/litro + ácido cítrico 
(algumas gotas, para talhar) + lactose 3g/L. Quebra micelas de gordura. Ovo auxilia no aumento de albumina. 
É de suma importância que os potros mamem para, além da transferência de imunidade passiva, ocorra a liberação 
do mecônio. Caso contrário, o animal pode entrar em quadro de cólica e vir a óbito. 
Não pode deixar sem mamar mais que duas horas após o nascimento. 
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Viviane Olivia de Lima 
Em suínos, os leitões começam a mamar entre 10 a 60 minutos pós nascimento. 
Cães e gatos: é necessário que os animais que forem nascendo mamem para estimular produção de ocitocina e auxiliar 
nas contrações e expulsão dos próximos. Há uma série de receitas e sucedâneos comerciais que podem ser utilizados 
nesses animais RN em situações adversas. 
Orfandade: é necessário pegar algodão com água morna, realizar a limpeza dos olhinhos e estimular vulva e ânus para 
eliminação dos mecônios. 
Deve-se oferecer colostro nos primeiros cinco dias na proporção 10%PV por dia (nos primeiros dias com intervalos de 
1-2 horas). 
Animais devem ser secos e mantidos aquecidos. 
Afecções recém-nascido: asfixia, retenção de mecônio, úraco persistente (em especial nos bovinos, por isso é 
importante esgarçar cordão e realizar a cura), onfalite e onfaloflebite (há contato direto com fígado, pode ser local de 
contaminação e formação de abscessos hepáticos), icterícia RN (potro), traumatismos, anomalias congênitas ou 
hereditárias (ex atrogrifose – má formação de ossos longos), afecções em clones. 
 
AULA 5 – DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO DA GESTAÇÃO EM ANIMAIS DE PRODUÇÃO (Prof. 
Guilherme Pugliese) 
Importância do diagnóstico: identificar a eficácia do programa reprodutivo, melhorar manejo reprodutivo e 
identificar fêmeas (nova chance). 
2ª a 3ª semana: 20 a 50% perdas gestacionais. 
Slides 
 
AULA 6 – PRÁTICA DE DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO (Prof. Guilherme Pugliese) 
Tônus cervical 
Processos patológicos: útero mais pesado 
Útero 
Progesterona leva ao relaxamento (égua ao contrário), espera-se encontrá-lo mais atônico. 
Posicionamento 
Espessura da parede 
Quando se estabelece gestação: presença de fluido. 
Tamanho do útero e cornos (simetria) 
Fluido e simetria: principais análises que devem ser feitas. 
Beliscamento: pressiona parede uterina para sentir membranas fetais (40 dias). Muitos não fazem isso a campo devido 
ao risco, mas se correto, não há problemas de perdas gestacionais. 
Balotamento: 60 dias gestação. Pressiona mão no reto do animal e espera que tenha uma resposta do feto. 
90 dias: começa perder acesso ao útero. 
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Viviane Olivia de Lima 
Aos 130 dias perde acesso ao feto e não consegue mais contornar útero. Se útero mais penduloso, não consegue já 
com 115 dias. 
Próximo oitavo mês: já se insinua para cavidade pélvica e apresenta reflexo de mamada. 
Placentônio: a partir de 40 dias consegue evidenciar na US. Palpação 70 dias. 
Palpar artéria uterina: está em ambos os lados. Ver tamanho (aumenta calibre) e frêmito (alto pulso devido à alta 
perfusão sanguínea. Começa no corno gestante (4 meses: 110 a 130d) e depois passa para as duas - bilateral: 5 a 6 
meses) 
Quanto maior aporte, mais cedo conseguimos sentir frêmito, mas não indica que vai crescer mais ou menos. 
US com 100% acc: 28-30 dias 
Novilha, pode saber com 24 dias, mas precisa de prática. 
28 dias visualiza: líquido alantoideano e depois vesícula (mais evidente com 40 dias). 
US trabalha com diagnóstico mais precoce: 30-60 dias consegue visualizar quase tudo, depois fica difícil avaliar todas 
as estruturas. 
Em gestação de 5 meses, não acessa feto e só consegue ver placentônio. 
Palpação Transretal e US 
Vaca 01 
Cérvix: está bem abdominal (caindo para abdômen). 
Pegando a cerviz não consegue levantar útero, porque está pesado. Útero todo abdominal. 
Não contorna útero. 
Acesso feto? Não. 
Isso tudo não é compatível só com gestação: pode ter processo infeccioso, pós-parto isso também ocorre (mas 
importante lembrar que é uma somatória de eventos e no pós parto podemos observar lóquio) 
Placentônios: sim. 
Frêmito: bilateral (lado direito mais forte e maior e lado esquerdo tem fremito, mas mais curto) 
6 meses 
Geralmente de 6 para 7 conseguimos começar a palpar o feto novamente. 
US: fluido do alantoide e placentônio (bem irrigados - Doppler). Não consegue muitas informações com US. 
Vaca 02 
Utero caído. 
Cerviz com tônus elevado. 
Contorno útero. 
Fazer beliscamento: negativo. 
Tudo indica que está vazia. 
US: pouco acúmulo de líquido. Parede uterina espessa (se gestante, mais delgada). 
Folículo no ovário: pode medir, mas ovula com mais de 15mm. 
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Viviane Olivia de Lima 
Outro ovário: CL pequeno. Com Doppler: tem sinal colorido na periferia. Já perdeu funcionalidade. Está presente, mas 
com progesterona a níveis basais e já tem folículo crescendo. 
Qual estágio? Pro estro (marcado pela regressão do corpo Lúteo e crescimento final dos folículos) 
Estro: quando deixa-se montar. Próximos dois dias, provavelmente. 
Vaca 03 
Cerviz caindo para abdomen. 
Útero maleável, consegue subir um pouco pela cerviz. 
Assimetria. 
Tem fluido. 
Beliscamento positivo. 
Artéria uterino: não pensa se consegue contornar útero. 
Balotamento? Não balota. 
Acima de 40 e menos de 60. 
Medir tamanho da vesícula. 
Feto com batimento cardíaco. 
Cordão umbilical. 
Até 60 dias cabe na tela. 
Consegue medir da nuca até garupa (48 dias: 35.7mm) 
Sexagem? Não. Ainda não teve migração tubérculo genital completo. Esperar mais 10 dias (consegue com 60-70 dias) 
Ovário: CL funcional - Doppler: bem irrigado. 
20 a22 dias: luteólise já ocorreu se não tiver gestante. 
Vaca 4 
Cerviz abdominal (útero pesado): não consegue delimitar corno uterino. Pensa acima de 130 dias. 
Balotamento: acessa e sente o feto. 
Artéria: esquerda: frêmito e direito: sente pulsar forte, mas não tem frêmito evidente. Próximo de 5 meses (provável 
que comece com frêmito na outra nos próximos dias). 
Frêmito unilateral: 110/120 d. 
Placentônios mais fáceis de acessar. Útero não é tão caído. 
US: analisar tamanho da órbita também ajuda em saber idade gestacional. 
Vaca 5 
Cerviz transacional: pélvico abdominal. 
Não pesado. 
Consegue puxar cerviz e vir junto. 
Consegue puxar ele todo. 
Parede espessa. 
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Viviane Olivia de Lima 
Vazia. 
Pode ter corpo lúteo. 
Não tem beliscamento. 
Útero sem fluido. 
2CL ovário direito: novos - irrigação na periferia. Dupla ovulação, mas vazia. Ovário esquerdo: folículos pequeno. 
O que fazer? Dar prostaglandina para voltar ciclar mais rápido. 
Vaca 6 
Cerviz caída para abdominal. 
Útero consegue puxar quando pega cerviz. 
Contorna útero: menos de 130. 
30 a 60 dias: bola futsal. 
Corno direito maior (assimetria) 
Beliscamento e balotamento: positivo. 
Mais de 60 dias tem. 
Feto presente, mas não cabe no US 
Viabilidade: batimento cardíaco, movimentando. 
Período ideal para sexar: 55 a 60 dias. 
Sexagem? Tubérculo genital próximo cauda. Fêmea. 
Olhar se tem gestação gemelar 
Apenas 1 CL. se for gemelar, geralmente tem 2. 
Se for gemelar: geralmente fica simétrico. Perde um pouco noção de dias. Artéria dos dois lados tb. No US consegue 
ver fácil. 
 
REFERÊNCIAS 
http://www.fmv.ulisboa.pt/spcv/PDF/pdf6_2008/25-34.pdf 
https://www.researchgate.net/profile/Diego_Viana/publication/275771175_Reconhecimento_materno_da_gestaca
o_em_animais_de_producao_Maternal_recognition_of_pregnancy_in_livestock_animals/links/55468a280cf23ff716
86d79f/Reconhecimento-materno-da-gestacao-em-animais-de-producao-Maternal-recognition-of-pregnancy-in-
livestock-animals.pdf 
http://www.fmvz.unesp.br/sony/Carol.pdf 
http://revistas.bvs-vet.org.br/recmvz/article/view/25564 
http://veterinaria.com.pt/media/DIR_27001/VCP5-1-2-e1.pdf 
http://www.reproducao.ufc.br/reprodf2.pdf 
https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/endocrino_lactacao.pdf 
 
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Viviane Olivia de Lima 
 
 
Função das auréolas e diferença entre pregas e anéis cervicais

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