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SIMULADO CNU BLOCO 4 – TRABALHO E SAÚDE DO SERVIDOR EIXO TEMÁTICO 5 – DIREITO DO TRABALHO 1- No Direito do Trabalho, as Convenções Coletivas de Trabalho, os costumes e as sentenças normativas da Justiça do Trabalho são classificados, respectivamente, como fontes: (A) formal autônoma, material heterônima e formal autônoma. (B) formal autônoma, formal autônoma, formal heterônima. (C) formal autônoma, material heterônima e material heterônima. (D) material heterônima, formal autônoma e material heterônima. (E) formal heterônima, formal autônoma e formal autônoma. RESPOSTA: Letra b. Assunto abordado: Fontes do Direito do Trabalho. As fontes formais são aquelas que exteriorizam o direito, como a Lei, os costumes, CCT, ACT, entre outras. Já as fontes materiais são os fatos sociais, econômicos e políticos que dão ensejo ao surgimento das normas. Quanto ao sujeito que cria a fonte, esta se classifica em heterônoma (sujeito estranho ao conflito e relação jurídica) e autônoma (criadas pelos próprios destinatários da norma). 2- Quanto às normas aplicáveis ao Direito do Trabalho, assinale a alternativa correta. (A) O direito comum será fonte direta do Direito do Trabalho. (B) Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho poderão restringir direitos legalmente previstos e criar obrigações mesmo que não estejam previstas em lei. (C) No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (D) É vedada a utilização do julgamento por equidade no Direito do Trabalho. (E) A Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirá, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do Direito do Trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas nunca de maneira que o interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. RESPOSTA: Letra c. Assunto abordado: Fontes do Direito do Trabalho. (A) Errada. Contraria o disposto no artigo 8º, § 1º, da CLT: §1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. (B) Errada. Contraria o disposto no artigo 8º, § 2º, da CLT: § 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. (C) Certa. Conforme o artigo 8º da CLT, § 3º. (D) Errada. Contraria o caput do artigo 8º da CLT: Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. (E) Contraria o artigo 8º, caput, da CLT. Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2º Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3º No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. 3- Quanto ao contrato de trabalho do trabalhador intermitente, assinale a alternativa incorreta. (A) O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, cinco dias corridos de antecedência. (B) Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de três dias corridos para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. (C) A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. (D) Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. (E) O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. RESPOSTA: Letra b. Assunto abordado: Fontes do Direito do Trabalho. (A) Certa, conforme o § 1º do artigo 452-A da CLT. (B) Errada, pois contraria o § 2º do artigo 452-A da CLT: § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. (C) Certa, conforme o § 3º do artigo 452-A da CLT. (D) Certa, conforme o § 4º do artigo 452-A da CLT. (E) Certa, conforme o § 5º do artigo 452-A da CLT. Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 1º O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) I – remuneração; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) II – férias proporcionais com acréscimo de um terço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) III – décimo terceiro salário proporcional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) IV – repouso semanal remunerado; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) V – adicionais legais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) § 7º O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. §8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. 4- Acerca da responsabilização do empregador quanto às verbas trabalhistas, assinale a alternativa correta. (A) As alterações na estrutura jurídica da empresa afetarão os direitos adquiridos por seus empregados, uma vez que ensejará a extinção contratual imotivada. (B) O sócio retirante responderá subsidiariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. (C) O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato. (D) Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego, formando-se contratos de trabalho distintos com cada uma das empresas integrantes do grupo. (E) Caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios. RESPOSTA: Letra c. Assunto abordado: Empregador. (A) Errada. Contraria o artigo 10 da CLT: Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. (B) Errada. Contraria o artigo 10-A, parágrafo único, da CLT: Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. (C) Certa, conforme o caput do artigo 10-A da CLT. (D) Errada, contraria a teoria do empregador único prevista na Súmula 129 do TST: A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. (E) Errada. Contraia o § 3º do artigo 2º da CLT. Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) I – a empresa devedora; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) II – os sócios atuais; e (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) III – os sócios retirantes. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 5-Quanto à alteração do contrato de trabalho, assinale a alternativa incorreta. (A) A determinação do empregador para que o empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. (B) A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial. (C) A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. (D) Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio. (E) Presume-se legítima a transferência de empregados que exerçam cargo de confiança mesmo sem comprovação da necessidade do serviço. RESPOSTA: Letra e. Assunto abordado: Contrato de trabalho. (A) Certa, conforme artigo 468, §§ 1º e 2º, da CLT. (B) Certa, conforme a Súmula 248 do TST. (C) Certa, conforme Súmula 265 do TST. (D) Certa, conforme artigo 469 da CLT. (E) Errada, pois contraria a Súmula 43 do TST: Presume-se abusiva a transferência de que trata o § 1º do art. 469 da CLT, sem comprovação da necessidade do serviço. Art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. § 1o Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) § 2o A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)