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UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Disciplina: Auditoria e Controladoria
Nome: 
Polo: Paracambi
Matrícula: 
AD2
A Constituição Federal de 1988 (CF/88) assegura como princípios norteadores do
Estado Democrático de Direito que regem a Administração pública, no art. 37º, a legalidade, a
impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência (BRASIL, 2023). Conforme Di
Pietro (2018), o princípio da eficiência enfatiza que os gestores públicos devem realizar suas
atividades de forma eficaz, obtendo o melhor resultado com os recursos disponíveis. Dessa
forma, pode-se afirmar que a adequada gestão dos recursos públicos alocados em programas,
projetos e políticas governamentais é um aspecto essencial em qualquer Estado democrático.
Nesse contexto, convém relatar que os instrumentos de controle de gastos públicos
desempenham um papel fundamental na promoção da transparência, responsabilidade e
controle social na administração pública direta e indireta. Destacam-se, nesse cenário, a Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei de acesso a informação (LAI), a Lei de improbidade
administrativa (LIA) e a lei de licitações como marcos legais essenciais, complementares à
CF/88, que influenciam o sistema de controle de gastos no Brasil, e visam inibir eventuais
práticas de corrupção por meio de desvios do erário.
Segundo Meirelles (2020), o controle na administração pública é compreendido como
o conjunto de mecanismos e procedimentos utilizados para fiscalizar, avaliar e garantir a
legalidade, eficiência e eficácia das ações do poder público. Ele assegura que a administração
pública atue de acordo com a lei, cumprindo seus objetivos de forma transparente e
responsável. Esses mecanismos incluem: o controle interno, exercido por órgãos internos da
administração; o controle externo, realizado por instituições independentes, como os tribunais
de contas; e o controle social, que envolve a participação da sociedade civil na fiscalização
das atividades governamentais. Em conjunto, essas formas de controle contribuem para a
1
promoção da accountability – conjunto de mecanismos que permitem que os gestores de uma
organização prestem contas e sejam responsabilizados – e a melhoria da governança pública.
Para elucidar a temática, convém mencionar o artigo de Lígia Mori Madeira e
Leonardo Geliski sobre o combate a crimes de corrupção pela Justiça Federal da Região Sul
do Brasil. O texto examina o papel do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na
repressão aos crimes de corrupção. No período de 2003 a 2016, foram investigadas as
decisões das turmas criminais por meio de um procedimento de análise textual baseado em
dicionário, visando entender melhor os perfis dos delitos e dos infratores envolvidos. Mesmo
com as transformações nas instituições de responsabilização devido às constantes operações
da Polícia Federal, à utilização de tecnologia, à implementação de novas legislações e à
cooperação entre as agências, a pesquisa revelou que uma parcela relativamente pequena dos
fatos estavam relacionados a delitos graves, ou englobando funcionários públicos de alto
escalão e delitos de grande montante financeiro. No entanto, predominaram casos associados
a contrabando e descaminho, categorizados geralmente como formas menos graves de
corrupção. Esses casos se aplicaram especificamente às decisões das turmas criminais do
TRF4, responsáveis por analisar recursos provenientes de julgamentos em tribunais criminais
especializados e de jurisdição comum. A conclusão evidenciou que embora a corrupção de
grande escala (grand corruption) esteja frequentemente destacada na mídia e seja objeto de
preocupação pública, foi a corrupção de menor magnitude (petty corruption) que predominou
na rotina da Justiça Federal na região sul do país (MADEIRA; GELISKI, 2019).
Por fim, destaca-se a importância de fiscalização e averiguação que a accountability e
o controle social desempenham na administração pública, ao promover transparência e
eficiência nas ações governamentais. A elaboração do artigo se torna um exemplo concreto da
necessidade de se analisar os dados e compartilhar as informações para a sociedade, em busca
de entender o cenário real, e propor soluções. Esses mecanismos permitem que os cidadãos
exerçam um papel ativo na supervisão das atividades do governo, fomentando a
responsabilidade dos agentes públicos e a melhoria da qualidade dos serviços prestados à
comunidade (MEIRELLES, 2020).
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Referências bibliográficas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em:
27 set. 2023.
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. Editora Atlas, 2018.
MADEIRA, L. M., & GELISKI, L. The Federal Justice act in combating corruption in
Southern Brazil. Revista De Administração Pública, 2019.
MEIRELLES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. Editora Malheiros, 2020.
MOTTA, P. C. Accountability e controle de gastos públicos: uma análise da experiência
brasileira. Revista de Administração Pública, 2019.
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