ARTIGO UANDERSON

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FACULDADE DOM ALBERTO
UANDERSON ALVES DA GUIA
TRABALHO DO CORPO E MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
ARIQUEMES- RO
TRABALHO DO CORPO E MOVIMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO: O presente trabalho tem como delimitação de tema o trabalho do corpo e o movimento nas aulas de educação física da educação infantil, a pesquisa tem como objetivo refletir sobre a pratica docente voltada as atividades que envolvam o corpo e o movimento, que nada mais é do que o estudo dos sentidos em meio às percepções geradas pelas crianças da educação infantil. Tendo como problema a pergunta: Qual a importância da psicomotricidade para as crianças da Educação Infantil? Justificando-se como a psicomotricidade deve ser vista como papel principal para o sucesso na aprendizagem e na educação, sendo essencial e necessária para o prazer no aprender brincando. Sendo importante usar a psicomotricidade como recurso pedagógico, pois ajuda na construção da identidade, na formação de indivíduos, na capacidade de se comunicar com o outro, reproduzindo seu cotidiano e caracterizando o processo de aprendizagem. Os resultados da pesquisa favoreceu a compreensão que escola também tem o papel fundamental de favorecer a aprendizagem, sendo a responsável pela estrutura física, funcional e didática, uma vez que colocados em um ambiente agradável, com materiais pedagógicos que as crianças se interessam a criança se sente motivada.
Palavras-chave: Corpo. Educação física. Educação infantil. Movimento. Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
O objetivo principal deste trabalho acadêmico é apresentar como é indispensável que no currículo escolar, professores e escolas estejam atentos as atividades rotineiras, devendo se organizar e planejarem atividades que beneficiem todas as percepções dos alunos.
Aborda também a percepção que é gerada pelos cinco sentidos; visão, audição, olfato, paladar e tato. Atribuindo que todos esses sentidos geram conhecimentos para as crianças, cabendo escola e professores apenas saberem organizar e planejar as atividades para o melhor entendimento dos alunos. Até porque para formar a consciência das crianças é necessário que o espaço que ela esteja inserida, esteja preparado com recursos que possa chegar ao resultado dos conhecimentos.
 No plano da consciência corporal a criança começa a reconhecer a imagem do seu próprio corpo através principalmente de interações sociais e brincadeiras diante do espelho, o que lhe proporciona a construção de sua identidade. A psicomotricidade deve ser vista como papel principal para o sucesso na aprendizagem e na educação, sendo essencial e necessária para o prazer no aprender brincando. Sendo importante usar a psicomotricidade como recurso pedagógico, pois ajuda na construção da identidade, na formação de indivíduos, na capacidade de se comunicar com o outro, reproduzindo seu cotidiano e caracterizando o processo de aprendizagem.
	
REFERENCIAL TEÓRICO
A concepção quanto à importância da integração dos conteúdos interdisciplinares no desenvolvimento das aulas para os alunos, também para os professores, utilizando uma série de passos consecutivos e característicos, formulação, tentativa de verificação, comprovação ou recusa na obtenção de conhecimento.
No caso da educação física no espaço escolar se integrando com as outras áreas do conhecimento faz com que “a interdisciplinaridade questiona a segmentação entre os diferentes campos de conhecimento produzido por uma abordagem que não leva em conta a inter-relação e a influência entre eles questiona a visão compartimentada (disciplinar) da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente se constituiu.” (BRASIL, 1998). Uma vez que segundo os Parâmetros curriculares Nacionais:
O envolvimento da Educação Física é com o desenvolvimento da criança, com o ato de aprender, com os processos cognitivos, afetivos e psicomotores, ou seja, buscando garantir a formação integral do aluno. A Educação Física é, assim, apenas um meio para ensinar Matemática, Língua Portuguesa, Sociabilização. (BRASIL, 1998, p.23).
Refletindo sobre a citação anterior, pode-se notar que a educação física tem sim diferentes conteúdos disciplinares, porém quando refletida pelo processo psicomotor nota-se que há inúmeras possibilidades de aprendizagem, uma vez que, ela impulsiona outras habilidades do aluno. Logo, O discurso e a prática da Educação Física sob a influência da psicomotricidade conduzem à necessidade de o professor de sentir-se um professor com responsabilidades escolares e pedagógicas. Buscam desatrelar sua atuação na escola dos pressupostos da instituição desportiva, valorizando o processo de aprendizagem e não mais a execução de um gesto técnico isolado.
Para que a abordagem interdisciplinar tenha um padrão de ensino, no que diz respeito a forma de aplicar seus conceitos sobre a disciplina, uma vez que o estudo de forma integral, veio de forma a contribuir no contexto educacional, possuindo inúmeros pontos a serem discutidos e avaliados pelos educadores. 
Estimular a aprendizagem quanto à integração das disciplinas atualmente exige pensar a abordagem histórica da construção de conhecimentos para o ensino, onde professor deve ter uma formação especifica na área para que ele transfira aos seus alunos concepções adequadas sobre cada conhecimento.
Para as diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil (2009, p.19-20) no que diz respeito as organização de espaço, tempo e materiais, professor da educação infantil deve pensar com muita intencionalidade sobre a organização do ambiente onde acontecem as aulas. Primeiro porque esse espaço precisa contribuir com autonomia das crianças, elas precisam saber onde os materiais estão dispostos para quando necessitarem desenvolver alguma atividade, ou seja, os recursos da sala de aula devem ser apresentados para as crianças e não estarem escondidas ou fora do alcance delas. Fazendo isto o professor através do próprio movimento do alunos otimiza o tempo das atividades, até porque o tempo deve ser utilizado em prol da aprendizagem. Logo, a organização deve sempre estar relacionada à intencionalidade do professor em relação à aprendizagem das crianças.
Quando Helbel e Vestena (2017, p.69) diz que é “Por meio da percepção, um indivíduo é capaz de interpretar e organizar o significado que o meio lhe estabelece. A percepção consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos”, atribuindo isto ao corpo e movimento no espaço escolar, percebe-se que o educar está permeado durante toda a permanência da criança no lócus da educação, uma vez que está permeado nas ações do cuidar e do brincar ao se tratar de um processo de ensino-aprendizagem a incorporação de hábitos cotidianos (lavagem das mãos, alimentação, banho, necessidades fisiológicas, entre outros aspectos) e o aprender a conviver por meio das relações interpessoais estabelecidas nas brincadeiras.
O brinquedo, a brincadeira e o jogo que envolvem o movimento são oportunidades de desenvolvimento. Se movimentando a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Segundo Velasco (1996), “o brincar tem um papel muito significativo no desenvolvimento infantil, pois representa o desejo, colabora com o surgimento das nossas expressões psicomotoras de maneira harmoniosa e prazerosa”. Ainda de acordo com o mesmo autor, além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção, fazendo uma retrospectiva do tempo e analisando o ato de brincar, podemos verificar que o brincar está presente em todas as épocas, desde os tempos mais remotos até a atualidade.
 	Nas brincadeiras que envolvem o corpo e movimento a criança desenvolve sua identidade, atenção e memória, compreendendo o seu próximo, enfim, é se movimento que se descobre como pessoa socialmente incluída e capaz de conviver com o diferente. Para Oliveira (2010), quando a criança se move ela cria experiências que irá ajudá-la a amadureceremocionalmente, ressalta ainda que as diferentes habilidades psicomotoras podem ser integradas através de jogos e brincadeiras, isto é, estimular o processo do desenvolvimento da criança adequando ao seu aprendizado. Desse modo, o lúdico proporciona à criança um melhor desempenho e um melhor desenvolvimento no ensino- aprendizagem.
É sabido que a educação física na escola tem o mesmo objetivo que todas as outras disciplinas dentro do contexto escolar, que é o desenvolvimento dos alunos no sentido de contribuir para a sua formação, no que tange a sua cultura, o seu desenvolvimento físico e até mesmo na construção do seu “eu critico”, além de propiciar variados conhecimentos. Mas é necessário aqui destacar a função do professor que nada mais é que mediar esses conhecimentos com os inúmeros recursos que a educação física pré-estabelece, de forma a garantir que a dança não seja apenas um meio artístico dentro da escola.
Para os Parâmetros curriculares Nacionais (PCN’s) as atividades que envolvam movimentos devem ser introduzidas no contexto escolar de forma a garantir a integração dos alunos, tanto nas atividades que envolva a singularidade dos alunos quanto às atividades que envolvem o trabalho coletivo, como se pode ver no fragmento textual a seguir citado neste mesmo documento. A dança mesmo, por exemplo, é uma forma de integração e expressão tanto individual quanto coletiva, em que o aluno exercita a atenção, a percepção, a colaboração e a solidariedade. (PCN, 1997, p.49).
É preciso destacar que para se tornar uma atividade que proporcione aprendizagem, os educadores devem introduzir de forma lúdica na rotina escolar, uma vez que atividades sistematizadas e exercícios repetitivos podem fazer com que os alunos se reprimam da participação.
A brincadeira é uma das metodologias indispensáveis para o professor de. Brincar é a atividade mais típica da vida humana, por proporcionar alegria, liberdade e contentamento. Os profissionais da educação passam por uma crescente preocupação com a forma mais pratica e proveitosa ao ato de trabalhar em sala de aula. Os educadores vêm utilizando os recursos pedagógicos como forma de avaliação e melhoria da aprendizagem. 
Uma vez que ele é o mediador do conhecimento, para que sirva para a criança como referencial para dos anos seguintes. No ponto de vista cientifico pode relatar que as dificuldades de aprendizagem que as crianças apresentam na escola podem ser originadas pela falta de pré-requisitos básicos essenciais para a compreensão e execução das tarefas escolares. Uma vez que a criança não tiver oportunidade de brincar, poderá não desenvolver certas habilidades cognitivas, perceptivas ou motoras.
Nessa perspectiva, o professor é mediador entre as crianças e os objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas emocionais, sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano (BRASIL/RCNEI, 1998, p.30).
Desta forma é importante que os profissionais da educação tenham muita atenção na hora de selecionar as atividades, jogos, brincadeiras e brinquedos, devem se preocupar com o desenvolvimento da criança, porque nem todos os jogos, brincadeiras e brinquedos serão sempre voltados ao desenvolvimento da criança. Deve-se na hora de escolher, fazer uso de diversos recursos como; jornais, revistas, vídeos, materiais recicláveis, materiais produzidos pela própria criança, aproveitar as experiências que a criança traz entre elas e as experiências vivenciadas na rua. É importante incentivar a troca de experiência da criança entre elas mesmas em sala de aula e também as experiências vivenciadas no meio social que ela vive.
Quando a criança brinca e compete ela cria experiências que irá ajudá-la a amadurecer emocionalmente Ela ainda ressalta que as diferentes habilidades psicomotoras podem ser integradas através de jogos e brincadeiras, isto é, estimular o processo do desenvolvimento da criança adequando ao seu aprendizado. Desse modo, o lúdico proporciona à criança um melhor desempenho e um melhor desenvolvimento no ensino- aprendizagem.
Para Oliveira (2010), ao brincar, a criança passa a compreender as características dos objetos, seu funcionamento, os elementos da natureza e os acontecimentos sociais. O brincar, em situações educacionais não é só um meio real de aprendizagem como permite também que os adultos perceptivos e competentes aprendam sobre as crianças e suas necessidades no contexto escolar, isso significa professores capazes de compreender o desenvolvimento o que por sua vez da aos docentes o ponto de partida para promover novas aprendizagens.
Atividade de cooperação e o jogo livre consistiriam no modo básico de funcionamento daquela proposta educacional. O manuseio de objetos e a participação em atividades diversas de livre expressão através da música, de gestos, de construções com papel, argila e blocos, ou de linguagem, possibilitariam que o mundo interno da criança se exteriorizasse, podendo ela então ver-se objetivamente e modificar-se (OLIVEIRA, 2010, p.13).
Atividades lúdicas que envolvam o corpo e os movimentos não atende apenas as necessidades dos alunos no sentido recreativo, ela surge também como um recurso metodólogo eficaz no processo pedagógico, o professor também deve ter esse contato direto com as atividades lúdicas, até porque ninguém ensina aquilo que não sabe. Ensinar é ir além de passar apenas informações ou conteúdos, ou ainda dar apenas um caminho para que o aluno aprenda, e sim é contribuir para que o outro tenha conhecimento de si, ou mais ainda proporcionar que ele tenha varias opções de como aprender, escolhendo a forma que mais condiz com sua realidade.
 Assim, cabe ao professor propiciar situações de conversa, brincadeiras ou de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma a que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e a autoestima (BRASIL/RCNEI, 1998, v.1, p. 31).
Quando o professor proporciona uma aula com envolvimento da psicomotricidade para seus alunos, ela não esta apenas trabalhando o aprendizado como também está estimulando os alunos a se aproximarem mais da sala de aula e das atividades rotineiras, isso sendo trabalhado de forma interdisciplinar, uma vez que a forma sistêmica de ensinar acarreta num afastamento deles da escola. Este fator abrange também a questão da forma de educar, esclarece que o ensino deve ser de forma que trabalhe toda a integridade dos indivíduos, de forma que contribua para os desenvolvimentos, intelectuais, sociais e psicológicos, além de promover a socialização dos alunos. 
As salas de aulas em todas as instituições são compostas de forma heterogêneas o que leva a ter a necessidade de um professor que planeje de acordo com todas as necessidades dos alunos, a ludicidade nesse contexto quando acompanhada pelo professor de forma correta pode contribuir que o aluno alcance ou chegue perto de tal conhecimento, o que Vygotsky (1984) chamou de “desenvolvimento Proximal”. 
Ainda sobre o auxílio do professor nas atividades lúdicas, a escola não deve ser um lugar onde estejam preocupados apenas em formas gênios e pessoas superdotadas de conhecimentos, mas sim que a escola seja um lugar onde formem pessoas que tenham enriquecimento pessoal, que usa da sua socialização para contribuir com uma sociedade igualitária para todos, ou seja, a escola deve pensar na criança na sua totalidade e integralidade. 
Feijó (1992) ainda aponta que,
Através do lúdico e de sua história são recuperados os modos e costumes das civilizações. As possibilidades que o ele oferece à criança são enormes: é capaz de revelar as contradições existentes entre a perspectiva adulta e a infantil quando da interpretação do brinquedo; travar contato com desafios, buscar saciar a curiosidade de tudo, conhecer; representar as práticas sociais,liberar riqueza do imaginário infantil; enfrentar e superar barreiras e condicionamentos, ofertar a criação, imaginação e fantasia, desenvolvimento afetivo e cognitivo (FEIJÓ, 1992, p. 185). 
A escola também tem o papel fundamental de favorecer a aprendizagem, sendo a responsável pela estrutura física, funcional e didática, uma vez que colocados em um ambiente agradável, com materiais pedagógicos que as crianças se interessam a criança se sente motivada. Para Fonseca (1995) as dificuldades de aprendizagem aumentam na presença de escolas superlotadas e mal equipadas, carentes de materiais didáticos inovadores, além de frequentemente contarem com muitos professores "derrotados" e "desmotivados". 
A escola não pode continuar a ser uma fábrica de insucessos. Na escola, a criança deve ser amada, pois só assim poderá se sentir instigada a se socializar e aprender no seu meio. Vygotsky (2010) esclarece que a função da escola consiste em direcionar a criança a alcançar o que lhe falta e não se isentar-se de sua responsabilidade causando o abandono e presa a um universo específico.
METODOLOGIA
Esta pesquisa foi de caráter bibliográfico, a qual foi fundamentada teoricamente por meio de uma fundamentação teórica que conforme Boccato (2006, p. 266) “busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas”. Este tipo de pesquisa é aquela que liga o pesquisador ao tema a ser investigado, ou seja, é a base que alimenta a investigação cientifica. 
Trata-se de uma revisão sistemática de literatura com aplicabilidade em busca de artigos científicos e trabalhos acadêmicos com base de consultas de dados em Scientific Electronic Library Online (Scielo), Revistas brasileiras de educação, foi feita uma revisão literária na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e a Base Nacional Comum Curricular, com artigos publicados no período entre 2000 a 2020. 
A seleção dos artigos, inicialmente foi realizada uma triagem dos títulos relacionados ao tema abordado, cuja ideia principal é a relevância do corpo e o movimento na aulas de educação física da educação intantil. Ao final da busca foram excluídos títulos duplicados, devido à pesquisa ter diversas bases de dados. Logo após, será realizada leituras detalhadas dos resumos de artigos, visando selecionar aqueles que abrangessem o tema exclusivamente aos que beneficiam a fundamentação teórica em relação ao tema. Foram excluídos os resumos que não condiz com tema da pesquisa, e os que no se enquadravam nos critérios exclusão foram inclusos como resultado final.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O Referencial Curricular para Educação Infantil, Brasil (1998) foi elaborado para servir como instrumento didático e pedagógico, orientando o planejamento de aula dos professores que atuam na modalidade de educação infantil, um documento dividido em três volumes1) introdução, 2) formação pessoal e social, 3) conhecimento de mundo.
No terceiro volume apresenta seis propostas que norteia a prática educativa na educação infantil (sociedade e natureza, linguagem oral e escrita, movimento, artes visuais, musica, noções de matemática.) tais orientações elenca importantes informações sobre o planejamento de aula da professora regente na construção da referida pesquisa. .
Sobre o eixo movimento como uma atividade bem presente na creche, Brasil (1998) aborda que o movimento passa a existir a partir do nascimento da criança e conforme vai recebendo estimulo vai adquirindo maior mobilidade física, tendo cada vez mais o controle de seu corpo, expressando seus sentimentos, emoções e pensamentos. Para trabalhar este eixo movimento, foi realizado um projeto no ambiente externo, contendo vários obstáculos para desafio corporal e transposição de barreiras: escada, pneus, linhas retas e tortuosas, estimulando a percepção de lateralidade e equilíbrio.
De acordo com Oliveira, (2010, p.120) “a oportunidade para explorar ambientes ricos e variados geralmente está associada ao desenvolvimento cognitivo, social e motor”. A organização dos espaços, contudo deve permitir a criança, locomover-se com destreza e segurança, vencendo os obstáculos que a desafiam. 
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação (BRASIL, 1998a, p.23).
Na visão de Almeida (2010 p.24), “os ambientes psicomotores educativos são aqueles em que se busca explorar cada ação acontecida ali. Toda e qualquer relação humana tem de ser considerada”. Dessa forma é importante que os espaços que compõe as estruturas do ambiente permitam que a criança possa se deslocar com segurança explorando cada canto com desenvoltura, procurando entender qual o lugar dela no ambiente que está inserida. 
De acordo com o R.C.N.E. I (1998a vol.3 p.110) ”muitas vezes as atividades nas instituições acontecem num mesmo espaço”. Esse documento orienta o professor na preparação de cantos particulares, instigando que cada criança escolha, o lugar e o brinquedo preferido, sendo importante vez ou outra, fazer modificações, apenas alternando as posições dos objetos, essa técnica aguça a curiosidade do manuseio e exploração dos materiais disponibilizados.
O brincar está presente na vida da criança isolado do nível sócio e econômico na qual está inserida. Segundo (HORN 2004, p.70) “o brinquedo sempre fez parte da vida das crianças, independentemente de classe social ou cultural em que está inserida”. O brincar torna-se uma importante ferramenta pedagógica no processo educativo.
Para tanto, Bondioli (1988, p. 223) enfatiza que: “materiais e brinquedos de diferentes dimensões muito maiores do que aqueles que os espaços domésticos permitem”. Além disso, como já foi muitas vezes observada, a creche oferece a possibilidade de interação e isso também pode constituir um enriquecimento em relação às situações domésticas onde, no melhor dos casos, a criança pode ter a ocasião de brincar com um irmão um pouco maior. 
Na creche existem horários estipulados para cada trabalho, é a organização do trabalho rotineiro desenvolvido com as crianças, que aos poucos, vão entendendo que tem momentos para brincar, fazer atividades e até ajudar na organização da sala, dessa forma ao tornarem adultos, seguirão a mesma postura, disciplinados para atuar na sociedade como cidadão consciente de seus direitos e deveres.
A rotina é compreendida como uma categoria pedagógica da Educação Infantil que opera como uma estrutura básica organizadora da vida cotidiana diária em certo tipo de espaço social, creches ou pré-escola. Devem fazer parte da rotina todas as atividades recorrentes ou reiterativas na vida cotidiana coletiva, mas nem por isso precisam ser repetitivas (BARBOSA, 2006, p. 201).
Inserir as crianças, na organização dos brinquedos e outras atividades internas, traz satisfação para os mesmos, no fim da tarde as toalhas e lençóis usados no dia eram levados até a lavanderia, alternadamente de forma que todos participassem uma criança auxiliava nessa ação, era muito gratificante, vê-los andando com a toalha na mão sentindo-se úteis por poder colaborar. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a integração das disciplinas, o aluno passa a desenvolver todos os conhecimentos e o aprendizado na escola sendo de fundamental importância proporcionar a ele situações onde através da influência do professor promoverá uma aprendizagem de modo em que ele possa explorar e desenvolver todos os sentidos harmonicamente da aprendizagem. 
As aulas devem ser com conteúdos interdisciplinares devem ser de forma dinâmicas, estimulantes e interessantes, com conteúdo com uma complexidade crescente a cada serie acompanhando o desenvolvimento motor e cognitivo do aluno. 
A forma interativa do ensino atrai conhecimentos que poderãotrazer muitos benefícios se inseridos no cotidiano, porém é necessário que sejam aplicados de forma correta, sendo essencial manter a regularidade nas atividades escolares.
A intervenção pedagógica ocorre de maneira mais coerente e qualificada quando o professor desenvolve em sala de aula a consciência de que todas as disciplinas aplicadas, devem estar em consonância com a BNCC e que envolva conteúdo dentro das normas estabelecidas, sendo necessário a construção de significados a partir da formação do aluno.
O professor tem de inovar e diversificar os conteúdos interdisciplinares, pois o campo de trabalho envolve muitas atividades que podem ser trabalhadas com os alunos como jogos, dança, música, jogo de mímica, gincanas, leituras de textos, teatro, expressão corporal, práticas de aptidão, dinâmica em grupo entre outros, desta forma, tornará as aulas mais interativas e participativas.
A Educação básica, possibilita a criança experimentar novas alternativas transcendendo onde o a integração de disciplina está presente nela como executora de séries repetitivas para construção do conhecimento. Sendo assim, este trabalho foi de muita importância para nosso conhecimento.
REFERÊNCIAS
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BARBOSA, Maria Carmem. Projetos pedagógicos na educação infantil / Silveira Barbosa, Maria da Graça Souza Horn. - Porto Alegre: ArtMed, 2008.
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OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2010.
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