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Cod. defesa do consumidor - arquiteto

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1
U N I V E R S I D A D E E S T A D U A L D E L O N D R I N A 
C E N T R O D E T E C N O L O G I A E U R B A N I S M O 
D E P A R T A M E N T O D E C O N S T R U Ç Ã O C I V I L 
3 C I V 0 1 5 - M a t e r i a i s d e C o n s t r u ç ã o 
P r o f . F r a n c i s c o M o r a t o L e i t e 
 
 
 
ASPECTOS DO 
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
DE INTERESSE DO ARQUITETO 
 
 
 
Lei n° 8.078 de 11/09/90. 
Em vigor desde 11/03/91. 
Assinada pelo Presidente Fernando Collor. 
 
 
 
 
1. OBJETIVOS 
 
 
Art. 4°, do CDC: 
 
Proteger os DIREITOS DO CONSUMIDOR, o “respeito à sua 
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses 
econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a 
transferência e harmonia das relações de consumo” . 
 
 
 
 
2. GLOSSÁRIO 
 
 
CONSUMIDOR: toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produtos ou serviços como destinatário final. (Art. 2° do CDC) 
 
 
FORNECEDOR: é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, 
nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, 
que desenvolvam atividades de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, exportação, distribuição 
ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (Art. 
3° do CDC) 
 
 
 
 2
 
 
 
ARQUITETO ⇒ PROPRIETÁRIO 
 fornecedor consumidor 
 
obs.: o profissional, dentro da relação de consumo torna-se, também, 
consumidor quando adquire produtos e serviços (ex.: construtores). 
 
 
 
DEFEITO: anomalia que ofereça ameaça ou cause dano efetivo à saúde 
ou à integridade física do consumidor e de terceiros. (exemplo: 
desabamentos, queda de materiais ou componentes) 
 
 
VÍCIO: anomalia que causa transtorno ou prejuízo ao consumidor. 
(exemplo: descascamento de pintura, descolamento de pisos, 
fissuras ou trincas em alvenarias de vedação) 
 
 
 
 
3. PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR 
 
 
 Proteção sob 2 aspectos: 
 
 
 1. Proteção físico-psíquica do consumidor: 
 - vida, saúde e segurança; 
 
 
 2. Proteção ao “bolso do consumidor”: 
 - abuso econômico do consumo, prejuízos materiais, 
desperdício. 
 
 
 
 
4. RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
 
 
defeitos ou vícios (anomalias) ⇒ obrigação de indenizar 
 
 
 
 
 3
 
 
 
4.1. RESPONSABILIDADE OBJETIVA (construtor) 
 
 
Art. 12°, do CDC: 
 
“O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, 
e o importador respondem, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, 
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou 
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos”. 
 
 
 
⇒ bastando haver um nexo de causalidade entre dano e defeito. 
 
 
⇒ rapidez na indenização do consumidor. 
 
 
⇒ construtor responde primeiro sobre os defeitos perante o consumidor. 
por exemplo: laje mal impermeabilizada executada por outra 
empresa. 
 
 
 
 
4.2. SOLIDARIEDADE 
 
 
DIREITO DE REGRESSO: 
cobrar posteriormente, judicialmente, dos outros o que pagou 
por eles. 
 
 
Art. 34°, do CDC: 
 
“O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente 
responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes 
autônomos”. 
 
 
 
 
 
 
 4
 
4.3. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA 
 
 
ônus = custo 
 
 
“quem alega deve provar” ⇒ o fornecedor tem que provar que 
não é o responsável pelas 
anomalias. 
 (Art. 6°, inc. VIII, do CDC) 
 
Como provar ? 
 
3 condições excludentes: 
 
I - que não colocou o produto no mercado; 
 
II - que o defeito não existe; 
 
III - que o dano ocorreu por culpa exclusiva do consumidor ou 
de terceiro. 
 
 
 
4.4. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA 
 
 
O Patrimônio pessoal dos diretores da empresa poderá responder pelas 
indenizações. 
 
 
 
4.5. OBRIGATORIEDADE DA OBEDIÊNCIA ÀS NORMAS 
 
 
 
obrigatoriedade ⇒ uso compulsório das normas 
 
 
Art. 39°, inc. VIII, do CDC: 
 
“É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços: 
- colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço 
em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais 
competentes, ou, se normas específicas não existirem, pela 
Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade 
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, 
Normalização e Qualidade Industrial”. 
 5
 
 
4.6. INFORMAÇÕES AO CONSUMIDOR 
 
 
a) obrigatório a entrega do “MANUAL DO PROPRIETÁRIO”: 
 - uso e manutenção do imóvel 
 
b) arquivamento do livro de REGISTRO DE OCORRÊNCIAS (Diário de 
Obras) por 5 anos 
 
c) fornecimento de conjunto de plantas e memorial descritivo 
 
d) fornecimento das plantas “as built” 
 
e) folhetos de publicidade e informações do corretor fazem parte do 
contrato de compra e venda 
 
 
 
 
5. PRAZOS LEGAIS 
 
- Código de Defesa do Consumidor 
- Código Civil 
 
 
anomalia direito de reclamar prescrição 
defeitos quanto a solidez 
e segurança da obra 
5 anos 20 anos a partir da 
ocorrência do 
defeito 
vícios (defeitos) 
aparentes ou de fácil 
constatação 
90 dias (bens 
duráveis) 
vício = 90 dias 
defeitos = 5 anos 
vícios (defeitos) ocultos 
ou redibitórios 
 
6 meses 6 meses / 5 anos 
 Fonte: Paulo Grandiski, REVISTA CONSTRUÇÃO, n° 2466. 
 
 
 
6. MEDIDAS DE PROTEÇÃO 
 
a) medidas reparadoras: 
 - responsabilidade civil 
b) medidas preventivas: 
 - retirada do produto 
c) medidas repressivas: 
 - multas, 
 - penas restritivas de liberdade (detenção de 3 meses a 2 anos), 
 6
 - proibição temporária do exercício da profissão. 
 
NORMALIZAÇÃO BRASILEIRA (NBR) 
 
 
 
1. O QUE É NORMALIZAÇÃO ? 
 
“Processo de estabelecer e aplicar regras a fim de abordar ordenadamente 
uma atividade específica, para o benefício e com a participação de todos 
os interessados e, em particular, de promover a otimização da economia, 
levando em consideração as condições funcionais e as exigências de 
segurança”. (ABNT) 
 
 
 
 
2. OBJETIVOS DA NORMALIZAÇÃO: 
 
“a) simplificação: redução da crescente variedade de procedimentos e 
tipos de produtos; 
 
b) comunicação: proporciona maior eficiência na troca de informação entre 
o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das 
relações comerciais e de serviços; 
 
c) economia: visa a economia global, tanto do lado do produtor como do 
consumidor; 
 
d) segurança: a proteção da vida humana e da saúde é considerada como 
um dos principais objetivos da normalização; 
 
e) proteção ao consumidor: a norma traz à comunidade a possibilidade de 
aferir a qualidade dos produtos; 
 
f) eliminação de barreiras comerciais: a normalização evita a existência de 
regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em 
diferentes países, facilitando assim o intercâmbio comercial.” 
 
 
3. NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO: 
 
a) internacional: ISO; 
 
b) regional: CEN (Europa), CMN (Comitê Mercosul de Normalização), etc; 
 
c) nacional: ABNT (Brasil), DIN (Alemanha), AFNOR (França), ANSI 
(EUA), JISC (Japão), CAS (China), INTI (Argentina), ITINTEC (Peru), etc; 
 
d) empresas. 
 7
 
4. SISTEMA NACIONAL: 
 
 
 
CONMETRO ⇒ INMETRO ⇒ ABNT 
 
CONMETRO: Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
industrial é um colegiado interministerial que exerce a função de 
órgão normativo do SINMETRO. É composto pelos Ministros da 
Indústria, do Comércio e Turismo (MICT), da Ciência e 
Tecnologia (MCT), da Saúde (MS), do Trabalho (MT), do Meio 
Ambiente, Recursos Hídricos e da Amazonia Legal, das 
Relações Exteriores (MRE). 
 
INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial é uma autarquia federal que atua como secretaria 
executiva do CONMETRO. 
 
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
CB-01 - Mineração e Metalurgia; 
CB-02 - Construção Civil; 
CB-03 - Eletricidade; 
CB-04 - Máquinas e Equipamentos Mecânicos; 
CB-05 - Automóveis, Caminhões, Tratores; 
CB-06 - Metrô-ferroviário;CB-07 - Navios; 
CB-08 - Aeronáutica; 
CB-09 - Combustíveis; 
CB-10 - Química, Petroquímica e Farmácia; 
CB-11 - Couro e Calçados; 
CB-12 - Agricultura e Pecuária; 
CB-13 - Bebidas; 
CB-14 - Finanças, Bancos, Seguros; 
CB-15 - Mobiliário; 
CB-16 - Transporte e Tráfego; 
CB-17 - Têxteis; 
CB-18 - Cimento, Concreto e Agregados; 
CB-19 - Refratários; 
CB-20 - Energia Nuclear; 
CB-21 - Computadores e Processamento de Dados; 
CB-22 - Isolação Térmica e Impermeabilização; 
CB-23 - Embalagem e Acondicionamento; 
CB-24 - Segurança contra Incêndio; 
CB-25 - Qualidade; 
CB-26 - Odonto-Médico Hospitalar; 
CB-28 - Siderurgia; 
CB-29 - Celulose e Papel; 
CB-30 - Tecnologia Alimentar; 
CB-31 - Madeiras; 
CB-32 - Equipamentos de Proteção Individual; 
CB-33 - Joalheria, Gemas, Metais Preciosos. 
 8
 
5. COMO SÃO FEITAS AS NORMAS: 
 
 
a) a sociedade brasileira manifesta a necessidade de uma norma; 
 
 
b) o Comitê Brasileiro (CB) analisa e inclui no seu Programa de 
Normalização Setorial (PNS); 
 
 
c) é criada uma Comissão de Estudo (CE) com a participação voluntária 
dos diversos segmentos da sociedade: 
 
Comissões de Estudos (CE): composta por voluntários representantes dos 
produtores, consumidores e neutros (órgãos de defesa do 
consumidor, governo, entidades de classe, universidades, 
escolas técnicas e outros). 
 
 
d) a CE elabora um PROJETO DE NORMA, com base no consenso de 
seus participantes; 
 
 
e) o PROJETO DE NORMA é submetido à votação nacional entre os 
associados da ABNT e demais interessados; 
 
 
f) as sugestões recebidas após a votação nacional são analisadas pela 
CE, após o que é aprovada como NORMA BRASILEIRA; 
 
 
g) a NORMA BRASILEIRA é impressa e vendida aos interessados. 
 
 
 
 
6. TIPOS DE NORMAS BRASILEIRAS 
 
 
a) classificação: classifica produtos e serviços; 
ex.: NBR 05577/82 - Tubo de Aço - Classificação quanto ao 
Emprego Industrial. 
 
 
b) métodos de ensaio: padroniza ensaios em laboratório; 
 ex.: NBR 09289/85 - Cal Hidratada para Argamassas - 
Determinação da Finura. 
 
 
 9
 
 
c) padronização: padroniza produtos; 
ex.: NBR 10835/89 - Bloco Vazado de Solo-cimento - Forma e 
Dimensões 
 
 
d) terminologia: define os termos para serem utilizados no país; 
ex.: NBR 0 6503/71 - Cor - Define cor para usos diversos. 
 
 
e) especificação: fixa condições para recebimento; 
ex.: NBR 07211/82 - Agregados para o Concreto. 
 
 
f) procedimento: define os procedimentos de cálculo e execução; 
ex.: NBR 07190/51 - Cálculo e Execução de Estrutura de 
Madeira. 
 
 
g) simbologia: fixa os símbolos para serem empregados por todos os 
projetistas e construtores; 
ex.: NBR 06507/83 - Símbolos de Identificação das Faces e 
Sentido de Fechamento de Porta e Janela da Edificação.

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