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UNIVERSIDADE DE CABO VERDE 
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM- ENSINO CLINICO VIII 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS 
4º ANO – 1º SEMESTRE, ANO LETIVO 2021/2022 
 
 
 
DOSSIER DO ENSINO CLINICO VIII: ENFERMAGEM 
SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA 
 
 
 
Ilias Costa 
 
 
 
 
 
Praia, Fevereiro de 2022 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE DE CABO VERDE 
LICENCIATURA EM ENFERMAGEM- ENSINO CLINICO VIII 
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS 
4º ANO – 1º SEMESTRE, ANO LETIVO 2021/2022 
 
 
DOSSIER DO ENSINO CLINICO VIII: ENFERMAGEM 
SAÚDE MENTAL E PSIQUIATRIA 
 
 
 
 
 
Discente: 
Ilias Costa 
Supervisor: Damiltom Rodrigues 
 
Praia, Fevereiro de 2022 
 
Trabalho apresentado a Universidade de 
Cabo Verde, Faculdade de Ciências e 
Tecnologias como resultado final da 
unidade curricular Ensino Clinico VIII 
em Enfermagem Saúde Mental e 
Psiquiatria, tendo como supervisor 
Enfermeiro Damiltom Rodrigues 
 
 
Sumário 
I- INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 4 
Objetivos Geral: .......................................................................................................................................... 4 
Objetivo específicos: ................................................................................................................................... 5 
1. FICHA DE MEDICAMENTO ............................................................................................................ 6 
1.1. Plano de cuidado em relação ao medicamento ............................................................................... 7 
2. REFLEXÃO CRÍTICA PESSOAL ..................................................................................................... 8 
3. ESTUDO DE CASO ........................................................................................................................... 11 
3.1. Dados de identificação do doente.................................................................................................11 
3.2. Motivo de internamento ...............................................................................................................11 
3.3. História atual da doença ...............................................................................................................11 
3.4. Antecedentes pessoais ..................................................................................................................12 
3.5. Antecedentes familiares ...............................................................................................................12 
3.6. História Pessoal ............................................................................................................................12 
3.7. Genograma ...................................................................................................................................13 
3.8. Ecomapa .......................................................................................................................................14 
3.9. Caracterização do utente segundo as Necessidades humanas Fundamentais de Virginia 
Henderson .................................................................................................................................................15 
3.10. Exame mental ...............................................................................................................................18 
3.11. Plano de cuidados – segundo Nanda 2018-2020 ..........................................................................20 
II- Conclusão ............................................................................................................................................. 24 
III- Referência bibliográfica ..................................................................................................................... 25 
IV- ANEXOS .............................................................................................................................................. 26 
 
 
I- INTRODUÇÃO 
O presente Dossiê foi elaborado no âmbito da unidade curricular ensino clinico em 
enfermagem saúde Mental e Psiquiatria (E.C-VIII) que integra o 4º ano de curso de licenciatura 
em enfermagem, sob a supervisão do enfermeiro Damiltom Rodrigues, que decorreu nos dias 
02/01/2022 a 18/02/2022 no Serviço de Psiquiatria do Hospital Dr. Agostinho Neto - Extensão 
Trindade. 
Os problemas de saúde mental já representam cinco das dez principais causas de 
incapacidade em todo o mundo; chegando a quase um terço da incapacidade no mundo. Entre 
os principais contribuintes estão: depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia e demência, 
etc. A saúde mental é essencial para a saúde e isso reflete-se na definição de saúde presente na 
Constituição da OMS: "Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não 
consiste apenas na ausência de doença ou enfermidade. É um direito fundamental do ser 
humano" (Plano Estratégico Nacional de Saúde Mental (PENSM). 2021-2025). 
As perturbações mentais têm custos económicos claros. As pessoas afetadas e as suas 
famílias ou cuidadores muitas vezes experienciam a redução da produtividade, tanto em casa 
(contexto familiar), como no trabalho (contexto laboral). A perda de salários (rendimento), 
combinados com a possibilidade de custos associados aos cuidados de saúde e a 
comportamentos de risco (e.g. dependência de substâncias ou atividades), podem afetar 
seriamente a situação financeira das pessoas com doença e das suas famílias, criando ou 
agravando a condição de pobreza (Plano Estratégico Nacional de Saúde Mental (PENSM). 
2021-2025). 
A definição de enfermagem de Henderson, no que se refere à prática de enfermagem, 
mostra que a/o enfermeira/o, cuja principal função é ser a fornecedora direta de cuidados do 
doente, irá encontrar uma recompensa imediata na passagem da dependência para a 
independência do doente. A/o enfermeira/o deve fazer todos os esforços para compreender o 
doente quando lhe falta vontade, conhecimento ou força. 
No decorrer do ensino clinico foi proposto os seguintes objetivo em detrimento da 
competência a atingir durante o mesmo: 
Objetivos Geral: Integrar os conhecimentos teóricos específicos desta área que 
facilitam o desenvolvimento de capacidades de compreensão de diferentes problemáticas 
 
 
apresentadas por pessoas com perturbações psiquiátricas e o desenvolvimento de capacidades 
de ajuda específicas. 
Objetivo específicos: 
 Assimilar os conteúdos lecionados anteriormente para melhor compreensão; 
 Desenvolver conhecimentos suficientes no âmbito da saúde mental e psiquiatria; 
 Desenvolver as competências anteriormente aprendidas; 
 Realizar trabalhos com qualidade e eficácia a nível das atividades ocupacionais e 
terapêuticas 
 Recolher dados credíveis e com qualidade para melhor compreensão do caso clinico a 
escolha; 
 Desenvolver competências nas comunicações terapêuticas; 
 Criar planos e estratégicas para a intervenção ao utente com perturbação mental. 
Neste dossiê conforme o guia proposto para elaboração do referido documento vai ser 
desenvolvido um estudo de caso clinico a um utente escolhido em seguida uma reflexão crítica 
pessoal, segue se ilustrado a ficha de medicamento seguindo as orientações devidamente 
solicita e pôr fim a conclusão e também em anexo as atividades desenvolvidas em grupos 
realizados no serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. FICHA DE MEDICAMENTO 
Idade do doente 31 anos; Género Feminino; Doença Esquizofrenia Catatónica 
Nome Farmacológico (nome químico genérico): Diazepam 
Grupo Farmacológico: é um ansiolítico do grupo dos Benzodiazepinicos de ação longa. 
Principais indicações: é utilizado na ansiedade severa, insônia, epilepsia, fraqueza 
musculares, vômitos provocados pela quimioterapia e no tratamento adjuvanteem pacientes 
que necessitam realizar procedimentos que precisam de anestesia, e coadjuvantes em 
transtornos psiquiátricos por exemplo, temos os pacientes esquizofrênicos. 
O motivo pelo qual se aplica ao utente em estudo é que a mesma apresentava um quadro 
de dor no membro inferior esquerdo que se encontrava edemaciado, o que causava dificuldades 
em dormir, a utente foi administrada analgesico para a dor e diazepam para a insonia. 
Modo de ação: Diazepam faz parte do grupo dos Benzodiazepinicos que possuem 
propriedades ansiolíticas, sedativas, miorrelaxantes, anti convulsivantes e efeitos amnésicos. 
Sabe-se atualmente que tais ações são devidas ao reforço da ação do ácido gama-aminobutírico 
(GABA), o mais importante inibidor da neuro transmissão no cérebro. 
Via de administração- Posologia habitual - Posologia Prescrita (indicar o que se aplica ao 
doente em questão) 
Via oral- 5 a 10mg-10mg (á noite). 
Toxicidade e /ou efeitos secundários e/ou contraindicações e ou critérios de vigilância: 
Contraindicação: diazepam não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade aos 
Benzodiazepinicos ou a qualquer excipiente do produto, glaucoma de ângulo agudo, 
insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática grave, síndrome da apneia do sono ou 
miastenia graves. Benzodiazepinicos não são recomendados para tratamento primário de 
doença psicótica. Eles não devem ser usados como monoterapia na depressão ou ansiedade 
associada com depressão, pela possibilidade de ocorrer suicídio nesses pacientes. 
Efeitos secundários possíveis: os efeitos secundários mais comumente citados são: cansaço, 
sonolência e relaxamento muscular, dificuldade para andar, fadiga, ansiedade, delírios, 
alucinações e boca seca, em geral, estão relacionados com a dose administrada. Esses efeitos 
 
 
ocorrem predominantemente no início do tratamento e geralmente desaparecem com a 
administração prolongada. 
Em relação ao doente em estudo ela apresenta dificuldades em movimentar, que é um 
dos sintomas da própria patologia. Relacionado com o farmaco utilizado a utente apresenta o 
risco de boca seca que é um dos efeitos adverso do farmaco. 
 
1.1. Plano de cuidado em relação ao medicamento 
 
Tabela 1- plano de cuidado em relação ao medicamento 
Diagnóstico de 
Enfermagem segundo 
NANDA (2018-2020) 
Intervenção Avaliação/resultados esperados 
Deambulação 
prejudicada relacionada 
com edema do membro 
inferior. 
Autônomo: 
 Promover mobilidade física; 
 Assistir na mobilidade; 
 Assistir no andar; 
 Realizar massagem do membro 
lesionado; 
 Referenciar para fisioterapia. 
 É esperado promover no utente a 
articulação e musculatura. 
 É esperado melhorar a eficiência 
neuromuscular e a função motora; 
 É esperado minimizar os efeitos das 
alterações da mobilidade. 
Risco de boca seca 
relacionado ao agente 
farmacológico. 
Autônomo 
 Explicar os feitos secundários do 
fármaco; 
 Falar da importância da adesão a 
terapêutica no processo doença/cura; 
 Informar sobre a importância de água 
neste processo e orientar a ingerir 2 a 3 
litros de água por dia; 
 Orientar a ingestão de frutas que 
produzem muita agua como (melancia, 
laranja, maca pera etc.); 
 
 
 
 
8 
 
2. REFLEXÃO CRÍTICA PESSOAL 
No âmbito da unidade curricular Ensino Clínico VII em enfermagem saúde mental 
e psiquiatria, foi proposto há elaboração de uma reflexão crítica pessoal, considerando a 
relevância psicoemocional, sócio profissional e de auto avaliação, dos aspetos 
significativos do Ensino Clínico. 
No decorrer desse ensino clinico foi varias experiência desenvolvidas do qual 
baseie para a construção da mesma, baseando nos conhecimentos que vem sido 
desenvolvidas ao longo do meu percurso acadêmico, pois será a minha visão nesta 
reflexão. 
E sobre os cuidados prestado em psiquiatria um dos aspectos que me despertou o 
interesse de pesquisar e recolher informações suficiente, que pudesse sustentar o meu 
argumento sobre as Atividades Ocupacionais Terapêuticas (AOT). 
Visto que está temática está diretamente ligada à atividade humana com o objetivo 
de dar ao indivíduo uma estruturação/ reestruturação do seu cotidiano e sua autonomia, 
gerando assim, qualidade de vida. Também permite ao profissional de saúde uma melhor 
observação do doente e a sua participação em atividade, assim como permite o 
estabelecimento de confiança entre o profissional de saúde e doente. 
Com isso queria entender mais sobre as AOT’s desde o seu conceito, o 
planeamento a sua aplicação, os seus benefícios na qualidade de vida dos utentes e o papel 
do enfermeiro. 
A doença mental e o sofrimento psíquico são fatores que isolam o indivíduo, 
passando a viver seu próprio mundo, partilhando-os menos com os outros 
Define-se AOT como atividade ou conjunto de atividades organizadas e 
sistemáticas que estruturam e dirigem o desempenho funcional do participante, 
enquadradas na relação interpessoal enfermeiro-cliente e na avaliação das necessidades 
humanas fundamentais (NHF), utilizando técnicas terapêuticas selecionadas e prescritas 
consoante o/s objetivo/s pretendido/s, com efeitos psicoterapêuticos, psicoeducacionais, 
psicomotricionais, psicossociais, socioterapêuticos, e espirituais, no sentido de promover, 
prevenir, habilitar, manter e/ou recuperar e desenvolver as habilidades da pessoa na 
obtenção do potencial máximo de desempenho, de autonomia e de satisfação nas suas 
9 
 
NHF, nas atividades de vida, na ocupação para a realização, e na recreação (Melo-Dias, 
2014). 
A utilização da ocupação como atividade terapêutica estabelece uma dinâmica 
particular entre os seus três elementos nucleares: terapeuta-cliente-atividade. Em algumas 
situações, a atividade funciona como objeto intermediário entre o terapeuta e o cliente, 
noutras é o terapeuta que funciona como intermediário entre o cliente e a atividade, 
(Melo-Dias, 2014). 
As atividades de ocupação terapêutica em enfermagem de saúde mental e 
psiquiátrica têm como características fundamentais: 
 O = Objetiva; 
 C = Congruente; 
 U = União; 
 P = Prescrição; 
 A = Adaptada; 
 C = Consentimento; 
 A= Acrescenta; 
 O = Orientação. 
Os domínios em que as AOT podem ser clinicamente relevantes e decisivos para 
a reabilitação psicossocial do cliente são: 
 Pessoal e Doméstico- atividades básicas de gestão pessoal, gestão do 
espaço pessoal e doméstico, treino de habilidades, etc. 
 Recreação e de lazer- atividades de prazer, alegria e bem-estar, 
habitualmente feitas porque se quer, e não porque as temos de fazer. 
 Expressão Pessoal- música, drama, psicomotricidade, jogos, artes 
plásticas 
 Formação/Aprendizagem- Psicoeducação, educação para a Saúde. 
 Relações Interpessoais- Dinâmica de grupos, resolução de problemas, 
treino de motivação, treinos de assertividade, reuniões (Melo-Dias, 2014). 
Os benefícios correlacionados com os objetivos específicos dos clientes são: 
 Promoção da organização comportamental, a nível individual e grupal 
10 
 
 Oferece sentido de utilidade social, “novo primeiro passo” para o retorno 
ao trabalho/família, ou descoberta de novos interesses ou aquisição da 
destreza necessária; 
 Edificação da autoestima e autoimagem, despertando interesses; 
 Ressocialização, responsabilidade e cooperação pelas atividades grupais; 
 Redução dos comportamentos inapropriados/desadequados/problemáticos; 
 Prevenção da deterioração 
Papel do Enfermeiro 
 O papel terapêutico do enfermeiro em AOT’s contêm os demais requisitos 
básicos de intervenção na área científica da saúde, assegurando-se da eficiência e eficácia 
com pessoas com doenças mentais, nomeadamente excelentes competências 
interpessoais, familiaridade com os princípios das teorias de desenvolvimento e das 
terapias cognitivo-comportamentais, entusiasmo pelo trabalho, resiliência para gerir 
procedimentos minuciosos, bem como adaptá-losàs exigências situacionais, e ainda a 
capacidade de recolher dados comportamentais para processos de feedback e feedforward 
(Melo-Dias, 2014). 
De acordo com o parágrafo anterior falando do papel dos enfermeiros nas AOT´s, 
no serviço em que foi realizado esse ensino clinico, pude constatar que não se realizaram 
AOT´s pelos enfermeiros que tive a oportunidade de ser acompanhado, durante o período 
que se decorreu o ensino clinico, o que deixa muito a desejar de um serviço de psiquiatria, 
visto que as AOT´s tem um papel muito importante no tratamento dos doentes assim 
como na sua reabilitação na sua família e na sociedade. 
 Em síntese, a aplicação de AOT’s nos doentes mentais firma-se como um 
importante instrumento que permite à pessoa desenvolver competências, identidade, 
habilidades físicas, emocionais e intelectuais necessárias à sua vida autónoma, num nível 
superior de bem-estar, e com a menor ajuda possível de profissionais de saúde. Também 
vê-se que o enfermeiro desempenha um papel fundamental para o sucesso dessa 
abordagem. Abordagem essa que vejo estar mais bem preparado em aplicar pós pesquisas 
e leituras sobre as AOT’s. 
 
 
11 
 
3. ESTUDO DE CASO 
No âmbito da unidade curricular Ensino Clínico VIII em Enfermagem Saúde 
Mental e Psiquiatria, que se integra o 1° semestre do 4º ano do curso de licenciatura em 
enfermagem, que teve a duração de cinco semanas, realizado no serviço da trindade, 
fomos propostos realizar um estudo de caso, com um utente a nossa escolha afim de criar 
condições e elaborar conjunto de planos e intervenções de acordo com a nossa capacidade 
de intervir para a melhoria e o progresso do utente em estudo. 
3.1. Dados de identificação do doente 
Utente CFS de 31 anos de idade de sexo feminino, solteira, residente em Achada 
Limpo conselho da Praia freguesia de Nossa Senhora da Graça, filha de EMS e de AAF, 
com 6ª ano de escolaridade, segundo o relatório médico a mesma trabalhava 
anteriormente como empregada de uma loja (China) na cidade da Praia, tem uma filha de 
11 anos que vive com o pai. 
Atualmente encontra-se sobre os cuidados dos profissionais de saúde do Hospital 
Universitário Agostinho Neto-Extensão Trindade. 
3.2. Motivo de internamento 
Utente CFS deu entrada no serviço de psiquiatria do Hospital Trindade no dia 28 
de dezembro de 2021, por volta das 12h00, proveniente de consulta externa, acompanhada 
pela sua irmã, com motivo de internamento mutismo, úlcera de pressão e negativismo. 
3.3. História atual da doença 
A utente em estudo, com história de doença mental grave, esquizofrenia 
catatónica, condição crónica, permanente e incapacitante que teve início no ano de 2019. 
Após o início da doença a utente foi medicada e teve alta meses depois, contudo 
após dois meses, no dia 28 de dezembro de 2021 a utente veio trazida novamente pela 
irmã com um quadro de negativismo, mutismo e uma úlcera de pressão derivada da sua 
própria condição clínica e pelo déficit de cuidados por parte da irmã. Pelo fato da mesma 
precisar de cuidados dos terciários a irmã que é a única responsável pela mesma diz estar 
cansada e houve um desleixo em relação aos cuidados que a utente necessitava o que 
originou no desenvolvimento da úlcera. 
No momento segue o tratamento com Diazepam e olanzapina. Ao exame mental 
apresenta um quatro de mutismo, porém com reação ao estímulo doloroso e comunica 
12 
 
gestualmente, negativismo, alteração a nível da motricidade (Hipo atividade- redução de 
movimento expressivo), humor triste e embotamento afetivo. 
Devido a úlcera de pressão na coxa esquerda e anemia, a mesma está a seguir o 
tratamento com multivitamina, ácido ascórbico e complexo Bê. 
3.4. Antecedentes pessoais 
Antecedentes médicos: não temos nenhuma informação sobre o mesmo. 
Antecedentes psiquiátricos: utente com quadro de esquizofrenia, com início no ano de 
2019, com internação anterior no mesmo serviço. 
3.5. Antecedentes familiares 
A informação que tivemos é que a mãe apresentava problemas mentais e que teve 
vários internamentos serviços de Psiquiatria de São Vicente. Em relação aos restantes 
familiares não tivemos outras informações. 
Pelo que se sabe das informações dadas pela sobrinha a utente não tem uma boa 
relação com os outros familiares, desde que os pais faleceram. A mesma perdeu o pai 
quando tinha 10 anos e a mãe quando tia 16 anos devido ao uso abusivo de álcool. A 
família tem histórico de uso abusivo de álcool, pelo que, assim como a mãe a utente 
também tem dois tios e um irmão que faleceram devido ao uso excessivo de álcool. 
3.6. História Pessoal 
História pré e perinatal: Utente nasceu de um parto eutócico, de uma gravidez de termo. 
Infância e adolescência: Segundo informações da sobrinha a utente em estudo sempre 
foi uma criança muito reservada, não falava muito com as pessoas, nem com os próprios 
familiares, teve um crescimento e desenvolvimento normal onde cresceu com os pais e 
os irmãos. Estudou até o sexto ano. 
Fase adulta: depois que saiu da sua ilha natal, veio aqui para a cidade da Praia onde 
arrendou uma casa e vivia com a filha, depois foi morar com o pai da sua filha em Tarrafal, 
mas devido a sua doença e problemas na relação veio residir na cidade da Praia em São 
Paulo e depois com a irmã, o cunhado e os sobrinhos em Achada Limpo. Ela trabalhava 
como empregada numa loja. 
Personalidade previa: Segundo informações dada pela sobrinha, a utente em estudo 
sempre foi muito reservada, não gostava de falar muito com as pessoas. Saia as vezes 
13 
 
para discoteca, mas não fazia uso de nenhum tipo de bebidas alcoólicas ou outras 
drogas. 
 
3.7. Genograma 
 
Legenda do Genograma: 
- Masculino 
- Feminino 
- Relação 
- Paciente em estudo 
- Doença mental 
- Relação conflituosa 
 
 
14 
 
3.8. Ecomapa 
 
Legenda do Ecomapa: 
 Relação forte 
 Relação fraca 
 Sem relação 
 Relação conflituosa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
´ 
 
 
15 
 
3.9. Caracterização do utente segundo as Necessidades humanas 
Fundamentais de Virginia Henderson 
 
Tabela 2- Caracterização do utente segundo as Necessidades humanas 
Fundamentais de Virginia Henderson 
Necessidades Manifestações de 
dependência 
Manifestações de 
independência 
Necessidade de respirar Utente apresenta eupneica 
ao ar ambiente, sem 
alteração a nível 
respiratório. 
Necessidade de comer e 
beber 
 Utente consegue fazer as 
suas refeições sem apoio 
dos terceiros, porém 
apresenta um peso muito 
abaixo para a sua altura e 
idade. 
E faz todas as suas 
refeições de acordo com o 
horário do serviço. 
Necessidade de eliminar 
 
 Utente com dificuldades na 
mobilização, realiza as 
suas necessidades de 
eliminação com apoio 
parcial. 
Necessidade de 
movimentar-se e manter 
uma postura correta 
 
Utente deambula com 
ajuda parcial, mantém uma 
postura prostrada com 
flexão do pescoço, 
necessita de apoio para 
mobilizar-se no leito. 
 
16 
 
Necessidade de dormir e 
repousar 
 
 Utente mantém um padrão 
de sono e repouso sem 
alteração. 
Necessidade de vestir e 
despir 
 
Utente necessita de ajuda 
parcial para vestir e despir-
se no momento. 
 
Necessidade de manter a 
temperatura corporal 
 
 Utente não apresenta 
alteração no padrão da 
temperatura corporal. 
Avaliado a temperatura 
corporal no momento do 
exame físico: 36.8ºC. 
Necessidade de estar 
limpa e proteger os 
tegumentos 
Utente com úlcera de 
pressão na coxa esquerda 
em processo de 
cicatrização, porém ainda 
apresenta uma pequena 
parte com tecido 
necrosado. Necessita de 
ajuda para realizar as suas 
higienes, pele apresenta 
ligeiramente desidratada e 
normocorada, edema nos 
membros inferiores 
(tornozelos) mais 
acentuado no tornozelo 
esquerdo. 
 
Necessidade de evitar 
perigos 
 
Utente com úlcera de 
pressão e dificuldade na 
marcha, não consegue 
manter um equilíbrio.Não 
tem a capacidade de se 
proteger contra algum 
 
17 
 
perigo visto que tem 
dificuldade em mobilizar-
se. No momento encontra 
se com anemia e imunidade 
baixa o que faz com que 
fique mais vulnerável a 
muitas infeções. 
Necessidade de 
comunicar 
 
Utente com quadro de 
mutismo seletivo, porém 
comunica gestualmente. 
Segundo informações da 
sobrinha desde criança a 
utente em estudo era muito 
reservada. 
 
Necessidade de agir 
segundo as crenças e 
valores 
 Segundo a informação da 
sobrinha a utente não 
pertence a nenhuma 
religião. 
Necessidade de ocupar-se 
de modo a sentir-se útil 
 
Utente que antes trabalhava 
numa loja chinesa, cuidava 
da casa e da filha, no 
momento encontra 
parcialmente imobilizada 
no leito. 
Demonstra resistência 
quando levada ao pátio 
para estar em contato com 
outros utentes. 
 
Necessidade de divertir-
se e recrear-se 
Utente não participa das 
atividades ocupacionais 
terapêuticas devido a sua 
condição clínica. 
 
18 
 
Antes da doença saía as 
vezes para se divertir, mas 
sempre gostou de ficar em 
casa, segundo sobrinha da 
utente. 
Necessidade de aprender 
 
Utente com 6º ano de 
escolaridade, devido ao 
fato de a utente em estudo 
apresentar um quadro de 
mutismo, não conseguimos 
obter outras informações. 
 
 
3.10. Exame mental 
Discrição geral: 
 Apresentação: Utente com aparência cuidada, aspecto emagrecido e com higiene 
razoável, apresenta uma postura tensa e prostrada, expressão facial triste e pobre. 
 Vontade: apresenta hipobulia e um quadro de negativismo. 
 Aparência: idade aparente não vai de encontro com a idade cronológica. 
 Contato/atitude: durante a observação a utente permaneceu sem fazer contato 
visual, com a cara sempre fixa no chão. 
 Consciência: utente apresenta consciente, porém não se sabe quanto a orientação 
e atenção. 
 Linguagem: utente com um quadro de mutismo, porém comunica gestualmente. 
 Motricidade: a nível da motricidade apresenta-se alterado, com hipo atividade- 
redução da expressão facial e redução dos movimentos direcionados. 
 Emoções/ Humor/ Afetividade: utente apresenta um estado de embotamento 
afetivo. Não apresenta indicadores suficiente para avaliar o humor. 
 Pensamento: devido a situação clínica da utente não foi possível avaliar este item. 
 Senso percepção: utente sem alteração a nível da senso percepção. 
 Estrutura do eu, funções cognitivas – memória, concentração e inteligência, 
insight e julgamento: devido a situação clínica da utente não foi possível avaliar 
estes itens. 
19 
 
 Funções Biológicas e vitais: utente apresenta aspeto emagrecido, sem alteração 
do sono, libido sexual conservada. Por apresentar um quadro de mutismo não se 
sabe se a mesma apresenta ideação suicida.
20 
 
3.11. Plano de cuidados – segundo Nanda 2018-2020 
Tabela 3- Plano de cuidados – segundo Nanda 2018-2020 
Data/hora Diagnóstico Objetivo Intervenção Avaliação 
28-01-2022 
Integridade da pele prejudicada 
relacionada com a pressão sobre 
saliência óssea manifestada pela 
úlcera de pressão na região do 
trocânter. 
Evitar pressão sobre as 
saliências ósseas e 
prevenir lesões. 
 Avaliar integridade da pele; 
 Assistir na mobilidade no leito; 
 Avaliar a evolução da ferida; 
 Assistir na mobilização; 
 Promover a mudança de decúbitos. 
Estas intervenções serão realizadas 
todos dias. 
07/02/2022: Utente apresenta 
melhorias quanto a integridade da 
pele, apresenta ferida com boa 
cicatrização. 
16/02/2022: Para além da úlcera já 
existente a utente não apresentou 
mais nenhuma lesão na pele. 
28-01-2022 
Deambulação prejudicada 
relacionada com a patologia, dor 
devido a úlcera de pressão 
localizada na coxa esquerda e 
edema periférico em ambos os pés. 
Que a utente consiga 
melhorar a 
deambulação. 
Diminuir o edema. 
 
 Estimular a deambulação; 
 Assistir na mobilização; 
 Incentivar e ajudar a realizar exercício 
físico que vai ajudar no 
desenvolvimento dos músculos; 
 Elevar os membros inferiores; 
Estas intervenções serão realizadas 
todos dias. 
07/02/2022: Utente deambula com 
mais frequência e demonstra 
alguma melhoria na mobilização. 
21 
 
 Administrar medicamento para dor 
segundo prescrição médica. 
09/02/2022: utente continua com 
edema dos membros inferiores e 
deambula com ajuda. 
16/02/2022: Utente deambula sem 
ajuda, porém necessita de uma 
ordem de comando e de estímulo 
para a fazer. Apresenta o membro 
inferior esquerdo ligeiramente 
edemaciado. 
 
 
28-01-2022 
Interação social prejudicada 
relacionada com barreira de 
comunicação/mutismo 
Que o utente socialize 
com os outros e 
estabeleça relação de 
confiança com os 
profissionais de saúde. 
 
 Estabelecer confiança; 
 Promover interação; 
 Disponibilizar presença; 
 Promover participação em atividades 
ocupacionais terapêuticas; 
 Estimular a relação com os outros 
utentes. 
Estas intervenções serão realizadas 
todos dias. 
05/02/2022: Utente demonstra 
maior disponibilidade quando 
abordada demonstrando alguma 
confiança e permanece por mais 
tempo no pátio. 
22 
 
07/02/2022: Foi estabelecido uma 
relação de confiança entre os 
estudantes e a mesma. 
16/02/2022: Utente passa maior 
parte do dia no pátio. 
28-01-2022 
Déficit no autocuidado relacionada 
com os sinais/sintomas da doença 
manifestado pela mobilidade 
prejudicada. 
Que a utente tenha as 
suas necessidades de 
higiene e cuidados 
pessoais melhorada. 
 Avaliar padrão de higiene oral; 
 Ajudar a ganhar independência na 
realização das suas necessidades 
básicas; 
 Estimular a ingestão de líquidos; 
 Promover a hidratação. 
Estas intervenções serão realizadas 
todos dias. 
05/02/2022: Utente com melhoria 
na higiene pessoal e cuidados 
pessoais. 
16/02/2022: Utente apresenta 
melhoria na higiene e cuidados 
pessoais, porém necessita de ajuda 
para a realizar. 
23 
 
07/02/2022 
Risco de boca seca relacionado ao 
agente farmacológico 
Prevenir boca seca  Avaliar e vigiar os sinais de 
desidratação; 
 Oferecer e incentivar a ingestão de 
líquidos cerca de dois a três litros de 
água por dia. 
Esta intervenção por ser de 
prevenção deve ser vigiada e 
realizada todos dias. 
07/02/2022: Até o momento a 
utente não apresenta desidratação/ 
boca seca. 
18/02/2022: Até o fim deste ensino 
clínico a utente não apresentou 
boca seca nem desidratação. 
 
24 
 
II- CONCLUSÃO 
Este ensino clinico foi bastante produtivo devido tal como em todos os outros ensinos 
clínicos, mais o que tornou este especial foi o fato de proporcionar aos estudantes 
desenvolverem competências autônomas, e o fato de exigir mais em termos de comunicação e 
observação visto que nesse serviço as intervenções começam desde a observação dos doentes 
e também pelo fato de a comunicação ser muito essencial nos cuidados dos utentes. 
Também no ensino clinico tivemos oportunidade de realizar várias Atividades 
Ocupacionais Terapêuticas (AOT), de forma que pudemos aprender mais sobre elas e trabalhar 
mais a nossa comunicação, partilhar conhecimentos e adquirir novos conhecimentos fruto das 
vivencias dos utentes em que participavam das AOT´s e também das dicas que o supervisor 
nos dava. 
Durante o ensino clinico tive algumas dificuldades na adaptação, visto que é um serviço 
muito diferente dos outros que avia estado antes, mas com o tempo e observando tudo que 
acontecia e das orientações dos enfermeiros e outros profissionais que ali trabalham consegue 
contornar essa dificuldade. 
No que diz respeito a minha trajetória neste EC, posso dizer que a minha prestação foi 
positiva, tanto em termos de procedimentos, comunicação, quanto em termos de 
comportamento, atitude, espirito de equipa e responsabilidade, os objetivos do EC foram na 
maioria alcançados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
III-Referência bibliográfica 
De Almeida Filho, A. J., Cardoso Moraes, A. E., & de Almeida Peres, M. A. (2009). 
Atuação do enfermeiro nos centros de atenção psicossocial: implicações históricas da 
enfermagem psiquiátrica. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste,10(2). Disponível em: 
https://www.redalyc.org acedido em 16/02/2022; 
Melo-Dias, C., Rosa, A., Pinto, A. (2014). Atividades de ocupação terapêutica – 
intervenções de enfermagem estruturadas em reabilitação psicossocial. Revista Portuguesa de 
Enfermagem de Saúde Mental (11), 15-23. Disponível em: http://docplayer.com.br acedido 
em 14/02/2022; 
Martins, E.M., Gouveia, M.C., Machado, A.P., Carvalho, P.S., Renca, P.F. (2021) Guia 
orientador de boas práticas de cuidados de enfermagem especializados na recuperação da 
pessoa com doença mental grave. Ordem dos Enfermeiros. Disponível em: 
https://www.ordemenfermeiros.pt acedido em 15/02/2022. 
Ministério da Saúde e Segurança Social. Plano Estratégico Nacional de Saúde Mental 
(PENSM). 2021-2025. https://www.minsaude.gov.cv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.redalyc.org/
http://docplayer.com.br/
https://www.ordemenfermeiros.pt/
https://www.minsaude.gov.cv/
26 
 
IV- ANEXOS 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 1: JOGO DE PUZZLE 
Data: 25.01.22 
Duração: 25 minutos 
Local: Hospital Trindade (Sala de Reunião) 
Responsável (eis): Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes, Nelson Costa 
População alvo: Utentes internados no Hospital Trindade que apresenta déficit de concentração e hiperatividade 
Critério de inclusão: Doentes que apresentam hiperatividade, défice de concentração 
Critério de exclusão: Doentes que apresentam agressividade, 
Objetivos Metodologia/Estratégias Recursos 
Matérias/Humanos/Estruturais 
Avaliação 
 Melhorar a 
concentração e 
atenção; 
 Estimular a 
memória visual; 
 Estimular o 
raciocínio lógico; 
Método participativo e interativo; 
Orientar para a execução e acompanhamento 
dos exercícios; 
Os dinamizadores irão explicar as regras e 
objetivos da atividade, iremos distribuir os 
puzzles e as dividas imagem que irão montar. 
 Enfermeiros 
 Sala disponível (nome) 
 Puzzle 
 Mesas e carteiras 
Com critérios 
mensuráveis:(grelhas de 
avaliação) 
27 
 
 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação, atividade 1. 
Nome Participa no jogo 
até o fim? 
Participa no jogo até o 
final com interesse 
Foca na 
atividade 
Distrai com 
estímulo externo 
Consegue resolver o puzzle 
 
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
Sem 
dificuldade 
Com 
dificuldade 
Não consegue 
executar 
OS X X X X X 
/EG X X X X X 
28 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 2: Brincadeira do ovo na colher 
Data: 27/01/22 
Duração: 30 minutos 
Local: No pátio do hospital da trindade 
Responsável: Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes, Nelson Costa 
População alvo: Utente hiperativo e com déficit de concentração internados no hospital da trindade 
Objetivos Metodologias/estratégias Recursos 
Materiais/Humanos/estruturais 
Avaliação 
 Melhorar a concentração e 
equilíbrio dos utentes; 
 Diminuir a hiperatividade 
dos utentes; 
 Proporcionar um momento 
de descontração; 
Participativo e interativo 
OS utentes vão fazer um trajeto de 
um ponto para outro com a boca 
segurando uma colher sobre o qual 
se equilibra o ovo cozido. 
Vai ser definido um ponto de 
partida e um ponto de chegada, os 
utentes terão que chegar sem 
deixar o ovo cair. 
Enfermeiros 
Pátio 
Colheres e ovos 
Com critérios 
mensuráveis:(grelhas 
de avaliação) 
 
29 
 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação, atividade 2. 
Nomes 
 
Coordenação Motora Concentração 
Consegue levar o ovo até a meta Deixa cair o ovo; Participa na atividade até 
ao fim; 
Demonstra interesse na 
atividade; 
Percebe as orientações 
da atividade; 
Distrai com 
estímulos externos. 
Sem 
dificuldade 
Com alguma 
dificuldade 
Com muita 
dificuldade 
 
 Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
OS X X X X X X 
G X X X X X X 
AT X X X X X X 
JG X X X X X X 
30 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica-3: Atividade de lançar a bola 
DATA: 29/01/2022 
DURACAO: 15 min 
LOCAL: Pátio de Hospital da Trindade 
RESPONSÁVEIS: Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes e Nelson Costa. 
POPULAÇÃO ALVO: doentes hiperativos, doentes com perturbações de ansiedade e doentes com déficit de concentração. 
CRITERIO DE EXCLUSÃO: utentes com transtorno bipolar afetivo (maníaco) 
 
Objetivos Metodológicas/estratégias Recursos 
Material/humanos/estruturas 
Avaliação 
 Diminuir os efeitos extrapiramidais 
 Promover a articulação e musculatura: 
(porção clavicular do deltoide, a porção 
clavicular do peitoral maior, e o 
coracobraquial extensores dos quadris, 
bíceps, tríceps, musculo tibial anterior, 
musculo gastrocnêmico, musculo 
extensor breve dos dedos, musculo sóleo 
entre outros). 
 Melhorar a concentração; 
 Diminuir a ansiedade; 
 Promover a interação social. 
 
 Método interativo e participativo; 
 
 Os formadores vão explicar as regras e objetivo 
da atividade; 
 Todos os utentes vão realizar um breve 
alongamento, depois vão formar uma roda 
juntamente com os enfermeiros, em que vão 
passando a bola de mão em mão 
 No final vão efetuar de novo um breve 
alongamento. 
 Pátio; 
 
 Enfermeiros; 
 
 Bola de basquetebol. 
Com critérios 
mensuráveis:(grelhas 
de avaliação) 
31 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação, atividade 3. 
 
 
 
 
 
 
Nomes 
 
Coordenação Motora Concentração 
Consegue efetuar os movimentos com a 
bola. 
Consegue Efetuar 
o alongamento; 
Participa na atividade 
até ao fim; 
Demonstra interesse 
na atividade; 
Percebe as orientações 
da atividade; 
Distrai com 
estímulos 
externos. 
Sem 
dificuldade 
Com 
alguma 
dificuldade 
Com muita 
dificuldade Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
OS X X X X X X 
EG X X X X X X 
WS X X X X X X 
AG X X X X X X 
G X X X X X X] 
JG X X X X X X 
32 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 4: Técnica de relaxamento (meditação guiada) 
Data: 31 de janeiro de 2022 
Duração: 15 minutos 
Local: Pátio do Hospital da Trindade 
Responsáveis: Nelson Costa, Ilias Costa, Keila Vieira e Leoline Mendes 
Público alvo: Utentes internados no Hospital de Trindade, que apresentam ansiedade moderada, stress moderado, hiperatividade. 
Critério de exclusão: utentes com transtorno bipolar afetivo tipo 1 (maníaco). 
Objetivos Metodologias/estratégicas Recursos 
Materiais/humanas/estruturais 
 
 Incentivar a participação dos 
utentes na atividade; 
 
 
 Criar um ambiente calmo e de 
confiança; 
 
 
 Melhorar a concentração; 
 
 
 Diminuir os sintomas da 
ansiedade; 
Método participativo/interativo 
 Iniciar, providenciando um ambiente calmo (eliminar todos os fatores de distração 
como a circulação de outros utentes, profissionais e ruídos) e de confiança (através 
da explicação em que consiste a técnica de relaxamento); 
 Pedir ao doente para ficar numa posição em que sente confortável, (sentado ou 
deitado); 
 Pedir para fecharem os olhos e tentarem focar naquele momento e prosseguimos 
para a colocação de uma música relaxante com frases motivacionais durante 10 
minutos; 
 Por fim, pedir para mexerem as pontas dos dedos (das mãos e pés) suavemente, 
abrir os olhos e ficarem de pé. 
 
Estudantes de enfermagem do 4 
ano; 
Pátio do Hospital da Trindade; 
Coluna; 
Pendrive (músicas relaxantes) 
2 Esteiras; 
5 almofadas; 
 
33 
 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação, atividade 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NomesParticipa na atividade até ao 
fim; 
Demonstra interesse na 
atividade 
Percebe as orientações 
da atividade; 
Distrai com estímulos 
externos. 
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO 
OS X X X X 
EG X X X X 
ET X X X X 
AT X X X X 
AG X X X X 
G X X X X 
34 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 5: Caça PALAVRAS 
Data: O2.02.22 
Duração: 25 minutos 
Local: Hospital Trindade (Sala de Reunião) 
Responsável (eis): Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes, Nelson Costa 
População alvo: Utentes internados no Hospital Trindade que apresenta déficit de concentração e hiperatividade 
Critério de inclusão: Doentes que apresentam hiperatividade, déficit de concentração 
Critério de exclusão: Doentes que apresentam agressividade, maníacos, doente bipolar 
Objetivos Metodologia/Estratégias Recursos Matérias/Humanos/Estruturais Avaliação 
1. Melhorar a concentração 
e atenção; 
2. Estimular a memória 
visual; 
3. Melhorar a capacidade 
de observação; 
4. Estimular o raciocínio 
lógico, e a 
aprendizagem; 
Método participativo e interativo; 
Orientar para a execução e acompanhamento 
dos exercícios; 
Os dinamizadores irão explicar as regras e 
objetivos da atividade, iremos distribuir 
folhas com várias palavras misturadas em que 
os utentes tem que descobrir as palavras 
escondidas. 
 Enfermeiros 
 Sala disponível (nome) 
 Folha de caça palavras. 
 Mesas e carteiras 
Com critérios 
mensuráveis:(grelhas de 
avaliação) 
35 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação, atividade 4. 
Nome Participa no jogo 
até o fim? 
Participa no jogo até o final 
com interesse 
Foca na 
atividade 
Distrai com estímulo 
externo 
Consegue atingir objetivo do jogo 
sem dificuldade? 
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
AM X X X X X 
PG X X X X X 
IB X X X X X 
EG X X X X X 
EM X X X X X 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 6: Jogo de Futebol 
DATA: 04/02/2022 
DURACAO: 15 min 
LOCAL: Pátio de Hospital da Trindade 
RESPONSÁVEIS: Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes e Nelson Costa. 
POPULAÇÃO ALVO: doentes hiperativos, doentes com perturbações de ansiedade e doentes com déficit de concentração. 
CRITÉRIO DE EXCLUSÃO: utentes com transtorno bipolar afetivo (maníaco 
Objetivos Metodológicas/estratégias Recursos 
Material/humanos/estruturas 
Avaliação 
 Diminuir os efeitos extrapiramidais 
 Promover a articulação e musculatura: (porção 
clavicular do deltoide, a porção clavicular do 
peitoral maior, e o coracobraquial extensores dos 
quadris, bíceps, tríceps, musculo tibial anterior, 
musculo gastrocnêmico, musculo extensor breve 
dos dedos, musculo sóleo entre outros). 
 Melhorar a concentração; 
 Promover a autoestima; 
 Diminuir a ansiedade; 
 Promover a interação social. 
 Método interativo e participativo; 
 Os formadores vão explicar as regras e 
objetivo da atividade; 
 Os utentes vão realizar um breve 
alongamento depois os utentes vão 
participar na atividade, formando duas 
equipas e jogarem entre si com o 
objetivo de introduzir a bola na baliza 
contraria. 
 Na fase final os doentes vão realizar um 
breve alongamento. 
 Pátio; 
 
 Enfermeiros; 
 
 Bola de futebol. 
Com critérios 
mensuráveis:(grelhas 
de avaliação) 
37 
 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação atividade 6.
Nomes 
 
Coordenação Motora Concentração 
Consegue efetuar os movimentos com 
a bola. 
Consegue 
Efetuar o 
alongamento; 
Participa na 
atividade até ao fim; 
Demonstra 
interesse na 
atividade; 
Percebe as 
orientações da 
atividade; 
Distrai com 
estímulos 
externos. 
Sem 
dificuldad
e 
Com 
alguma 
dificuldade 
Com 
muita 
dificuldad
e 
 
 Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
OS X X X X X X 
G X X X X X X 
AM X X X X X X 
AT X X X X X X 
EG X X X X X X 
38 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 7: Técnica de relaxamento (meditação) 
Data:10/02/22 
 Duração: 20 minutos 
Local: Hospital trindade no pátio 
Responsável: Keila Vieira, Leoline Mendes, Ilias Costa, Nelson Costa 
População alvo: Doentes internado no hospital da trindade 
Critério de inclusão: Doentes que apresentam ansiedade, hiperatividade, déficit de concentração, 
Critério de exclusão: Doentes com delírios e alucinações, agressividade. 
 
 
Objetivos 
 
Metodologias/Estratégias Recursos 
materiais/humanos/estruturais 
Avaliação 
Diminuir os efeitos 
extrapiramidais dos 
medicamentos; 
Proporcionar um ambiente 
calmo e de confiança; 
Melhorar a concentração; 
Diminuir a ansiedade. 
Método participativo e interativo 
Explicar aos utentes os objetivos da atividade 
Meditação; 
Iniciar providenciando um ambiente calmo, vamos solicitar 
aos utentes que sentam-se de forma confortável; 
Colocaremos música para meditação no fundo, os utentes 
vão fechar os olhos e vamos guiar a meditação. 
. 
Enfermeiros 
Cadeiras 
Coluna 
Música 
Água 
Através de indicadores 
mensuráveis 
39 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação, atividade 7. 
Nomes Participa na atividade 
até o final. 
Demonstra interesse na 
atividade 
Percebe as orientações 
da atividade 
Distrai com estímulos 
externos. 
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
IB X X X X 
DN X X X X 
PS X X X X 
JG X X X X 
G X X X X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 8: Palavras cruzadas 
Data: 14.02.22 
Duração: 25 minutos 
Local: Hospital Trindade (Sala de Reunião) 
Responsável (eis): Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes, Nelson Costa 
População alvo: Utentes internados no Hospital Trindade que apresenta déficit de concentração e hiperatividade 
Critério de exclusão: Doentes que apresentam agressividade, maníacos, doente bipolar 
Objetivos Metodologia/Estratégias Recursos 
Matérias/Humanos/Estruturais 
Avaliação 
Melhorar a concentração e 
atenção; 
Melhorar a capacidade de 
observação; 
Estimular o raciocínio lógico, 
e a aprendizagem; 
 
Método participativo e interativo; 
Orientar para a execução e acompanhamento do 
jogo 
Os dinamizadores irão explicar as regras e 
objetivos da atividade, iremos distribuir a folha 
com palavras cruzadas, onde os participantes tem 
de descobrir as palavras certas para preencher o 
jogo com base na orientação ilustrada, 
 Enfermeiros 
 Sala disponível (nome) 
 Folha de palavras cruzadas 
 Mesas e carteiras 
Com critérios 
mensuráveis:(grelhas de 
avaliação) 
 
41 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação, atividade 8. 
Nome Participa no jogo até 
o fim? 
Participa no jogo até o final 
com interesse 
Foca na 
atividade 
Distrai com estímulo 
externo 
Consegue atingir objetivo do jogo 
sem dificuldade? 
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
IS X X X X X 
ID X X X X X 
JC X X X X X 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
Planificação De Atividade Ocupacional Terapêutica 9: alongamento 
Data: 18.02.22 
Duração: 25 minutos 
Local: Hospital Trindade (Pátio) 
Responsável (eis): Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes, Nelson Costa 
População alvo: Utentes internados no Hospital Trindade que apresenta déficit de concentração e hiperatividade 
Critério de inclusão: Doentes que apresentam hiperatividade, défice de concentração 
Critério de exclusão: Doentes que apresentam agressividade, maníacos, doentes bipolares 
Objetivos Metodologia/Estratégias Recursos 
Matérias/Humanos/Estruturais 
Avaliação 
Diminuir os efeitos extra 
piramidais 
Estimular no bem estar físico e 
psicológico 
 
 
Método participativo e interativo; 
Orientar para a execução e acompanhamento 
do jogo 
Osdinamizadores irão explicar os objetivos e 
as regras da atividade (em anexo as 
orientações do alongamento e os músculos 
utilizados na atividade física) 
Enfermeiros 
Agua 
Com critérios 
mensuráveis:(grelhas de 
avaliação) 
43 
 
 
Grelha de registo dos indicadores de avaliação atividade 9. 
Nomes 
Participa no jogo 
até o fim? 
Participa no jogo até o 
final com interesse 
Foca na atividade Distrai com 
estímulos externo 
Consegue atingir objetivo 
do jogo sem dificuldade? 
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não 
IB X X X X X 
GJ X X X X X 
PS X X X X X 
DG X X X X X 
DF X X X X X 
44 
 
PLANO DA SESSAO EDUCATIVA 
Projeto No midjora nos pratica: Um kuidadu seguru e de qualidade 
Tema Contenção fisica em doentes no serviço de psiquiatria 
Data 18.02.22 
Local Serviço Psiquiatrico 
Tempo previsto 45 min 
Formadores responsáveis 
 
Ilias Costa, Keila Vieira, Leoline Mendes e Nelson Costa. 
Convidado (s) Enf Damilton, João, Odete Mota 
Grupo alvo Enfermeiros 
Objetivos geral Refletir sobre cuidados de enfermagem na contenção fisica. 
 
45 
 
Ação Objetivos 
especificos 
Conteúdos Metodologia Recursos Atividades 
dos 
formandos 
Avaliação Duração 
 
 
 
 
 
Introdução / 
acolhimento 
Apresentacao 
dos 
formandos e 
da tematica 
Breve 
contextualização 
da tematica) 
 
Interrativo e 
participativo 
Humanos: 
Formadores 
e formandas 
Expor os seus 
conhecimentos 
acerca das 
seguintes 
questões: 
Quado que 
devemos 
colocar um 
doente na 
contenção 
fisica ? 
Quais os 
cuidados a ter 
na conteção 
fisica ? 
 
Avaliar os seus 
conhecimentos 
acerca do tema 
 
3 
 
 
 
 
 
 
Interrativo e 
participativo 
 
 
Interativa 
 
 
 
46 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
Refletir sobre 
os cuidados 
de 
enfermagem 
na conteção 
fisica antes 
durante a 
após 
Cuidados de 
enfermagem na 
conteção fisica 
 
 
 
 
 
 
Data show 
Computador 
Atadura de 
crepe 
 
 
 
 
participativa/ 
interativo 
 
Quado que 
devemos 
colocar um 
doente na 
contenção 
fisica ? 
 
Avaliar os 
formandos 
atraves de seus 
interreses 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
Conclusão Sintetizar os 
principais 
aspetos 
abordado; 
 
Sintese da 
sessão por 
completo 
Interrativo e 
participativo 
 Expor dúvidas 
e opiniões 
Resumo 
sessão 
abordada 
2 
47 
 
Revisão da literatura 
I. Abordagem de enfermagem na contenção física em psiquiatria 
 
A contenção física se refere ao uso da força do profissional e a contenção mecânica ao uso 
de qualquer instrumento, que possa restringir a capacidade de um indivíduo cuidar de si e 
locomover-se. Por vezes apresentam o mesmo sentido: emprego de dispositivos que limitam 
a capacidade do indivíduo no autocuidado e impedem a locomoção. (Backes, Beuter, 
Venturini, Benetti, Bruinsma, Perlini, Oliveira, 2019) 
Contenção física é qualquer ação ou procedimento que impeça o movimento livre do corpo 
de uma pessoa para uma posição de escolha e/ou acesso normal ao seu corpo pelo uso de 
qualquer método, anexado ou adjacente ao corpo de uma pessoa que ela não possa controlar 
ou remover facilmente. Vai desde de aplicar os freios em uma cadeira de rodas ou levantar 
as grades da cama, até usar uma restrição abdominal (Möhler, Nürnberger, Abraham, Köpke, 
e Meye,2016; Bleijlevens, Wagner, Capezuti e Hamers, 2016; citado por Bruijn, Daams, 
Hunnik, Arends, Boelens, Bosnak, Meerveld, Roelands, Munster, Verwey, Figee, Rooij e 
Zombando, 2020). 
Ainda a 'contenção' pode abranger o uso de força corporal (contenção física) ou um 
dispositivo para controlar a liberdade de movimento de uma pessoa (contenção mecânica) 
(Roperet, 2015, citado por Kinner, Harvey, Hamilton, Brophy, Roper, McSherry e Young, 
2016). 
A contenção física é um procedimento utilizado na clínica psiquiátrica em situações de 
emergência caracterizadas pela manifestação de comportamento agressivo ou agitação 
psicomotora do paciente, quando esta não puder ser resolvida pela abordagem verbal (Paes 
& Maltun, 2012). 
 
 
 
 
 
 
48 
 
II. Indicações para contenção física 
O uso da contenção física é indicado quando o paciente apresenta extrema agitação e 
risco à integridade física. Mesmo assim, antes da realização desse procedimento a equipe que 
o atende deve avaliar amplamente a situação para tomar a melhor conduta, como, por 
exemplo, a forma adequada de abordagem e a utilização de recursos humanos e físicos de 
modo a dar segurança ao paciente e à equipe durante a contenção física (Paes & Maltun, 
2012). 
As restrições físicas e farmacológicas são utilizadas quando o paciente apresenta 
comportamento que compromete sua própria segurança e que pode causar graves lesões 
físicas ou mentais, ou comprometer a segurança de outras pessoas ou seja comportamentos 
como andar e fazer barulhos repetitivos ou perturbadores até comportamento agitado e 
agressivo ou até mesmo suicídio (Möhler, Nürnberger, Abraham, Köpke, e Meye,2016; 
Möhler, Richter, Köpke, Meyer, 2011; Kales, Gitlin, Lyketsos, 2015; Zuidema, Smalbrugge, 
Bil, Geelen, Kok, Luijendijk, 2018; citado por Bruijn, 2020 ). 
Segundo Vieta, Garriga, Cardete, Bernardo, Lombrana, Blanch, Catalã, Vázquez, 
Soler, Ortuño e Martínez-Arán1, (2017), a contenção física deve ser utilizada somente 
quando as medidas menos restritivas como modificações ambientais e descalada verbal não 
resultar, podem ser complementadas por opções mais restritivas que incluem tratamento 
farmacológico. Ainda os mesmos autores frisam que as modificações ambientais têm como 
objetivo garantir o conforto físico do doente e reduzir os estímulos externos (fatores irritantes 
como luz, ruído, correntes de ar frio ou quente). A remoção de todos os objetos que possam 
ser potencialmente perigosos e a manutenção de uma distância segura ideal para respeitar o 
espaço pessoal do paciente também devem ser realizadas. 
Enquanto a desescalada verbal é uma técnica interativa e complexa é um processo 
dinâmico em que o doente é orientado para um estado de calma enquanto a relação 
terapêutica é estabelecida (Richmond et al, 2012, citado por Vieta et al, 2017). 
Tem por objetivos restabelecer o autocontrole do doente; introduzir limites 
comportamentais claros; garantir a segurança do doente, equipe e demais usuários do sistema 
de saúde; alcançar uma aliança terapêutica com o doente que permita a realização de uma 
avaliação diagnóstica adequada; assegurar o envolvimento do doente em seu próprio 
processo de tomada de decisão terapêutica; e reduzir a hostilidade e agressividade, 
49 
 
prevenindo possíveis episódios de violência (Zeller SL, Rhoades, 2010; Richmond et al, 
2012, citado por Vieta et al, 2017). 
Vieta et al,( 2017), defendem que a contenção física deve ser considerada excepcional 
e um último recurso quando outras estratégias falharam, pois essa abordagem pode resultar 
em resultados negativos para o doente (incluindo efeitos negativos na saúde física e mental). 
 
 
Segundo Da Silva. et al. (2016) as indicações para contenção física é a última opção 
na intervenção num doente da psiquiatria, tais como: 
 A contenção física/mecânica está indicada quando, em virtude de agitação 
psicomotora, confusão mental, auto e heteroagressividade; 
 Imobilização para prevenção de quedas após sedações; 
 Alto risco de degradação do ambiente; 
 Por solicitação do próprio utente quando houver risco de agitação 
psicomotora; 
 Em procedimentos como exames ou tratamentos essenciais, nos casos em que 
o interno/paciente não colaborar. 
 Para evitar quedas, seja em crianças, pacientes agitados, semiconscientes, 
inconscientes ou demenciados, drogados ou em síndromes de abstinência; 
 Pacientes em risco de fuga e auto-extermínio. 
 As intervenções de enfermagem na prevenção e gestão da agressividade 
encontram-se associadascom as três fases da violência e da agressividade, 
sendo elas denominadas de: fase de relativa normalidade, fase de pré-agressão 
e fase de ataque (Townsend, 2011). 
 
 
 
 
 
50 
 
 Fase de relativa normalidade 
Na primeira fase, a intervenção centra-se na observação do cliente, a fim de identificar um 
potencial agressivo através de comportamentos manifestados ou sinais de alarme, tal como: 
postura corporal e facial tensa, desconforto intenso, voz elevada, contato ocular intenso ou 
evitamento, agitação psicomotora, comportamentos passivo-agressivos, rubor facial, 
ameaças físicas ou verbais, alteração do conteúdo do pensamento, ansiedade, pânico 
conduzindo-se assim a uma intervenção precoce (Townsend, 2011). 
Também consideradas as intervenções mais adequadas na problemática da agressividade nas 
unidades de internamento de saúde mental passa pelo recurso a medidas preventivas, tais 
como as técnicas comunicacionais de inversão da escalada ou “de-escalation techniques” 
(Duxbury, 2002 citado por Ferreira & Florindo, 2011). Sendo estas técnicas iniciadas ainda 
numa fase precoce e com um intuito preventivo, elas devem ser mantidas como medidas de 
suporte ao longo de toda a intervenção, inclusive noutras fases de maior potencial agressivo. 
 Fase de pré-agressão 
Na segunda fase, existe um potencial agressivo instalado, onde compreende intervenções 
como divergir, distrair e defletir o cliente, ou seja, redirecionar a agressividade para outros 
alvos através, da realização de intervenções psicoterapêuticas, por exemplo, no contexto do 
sociodrama, a técnica inversão de papéis apresenta-se como “a técnica mais importante e 
frequente” (Abreu, 2006, p.40). Desta forma, esta técnica proporciona a vivência do papel do 
outro, como também o emergir de dados sobre o próprio papel que, sem este distanciamento, 
não haveria essa possibilidade (Ramalho, 2010). E poderão ser utilizadas técnicas no âmbito 
cognitivo-comportamental, tais como: o controlo da raiva e técnicas de redução de stress 
(Townsend, 2011). 
 Fase de ataque 
Na terceira e última fase, na qual existe a manifestação de um comportamento agressivo 
compreendendo intervenções como: a contenção ambiental, contenção física, contenção 
mecânica e contenção farmacológica (Townsend, 2011). 
51 
 
Remetendo para a problemática deste relatório e considerando a agressividade como uma 
manifestação inadequada de um sentimento que pode gerar dano em si próprio ou em outros, 
a intervenção do enfermeiro irá centrar-se em parceria com o cliente, na identificação de 
fatores precursores de comportamentos agressivos e no desenvolvimento de estratégias 
individualizadas, a fim de permitir uma expressão de sentimentos inerentes a esses 
comportamentos, tais como a raiva e a frustração, embora manifestados por comportamentos 
socialmente aceites (ISPMHN, 2010). 
 
III. Cuidado de enfermagem na contenção física 
O cuidado de enfermagem é visto na sua integralidade e se baseia em conteúdos 
conceituais e experimentados em teoria e prática, levando a reflexões sobre a qualidade de 
seu desenvolvimento. O cuidado não se caracteriza somente pelos procedimentos técnicos 
desenvolvidos pelo profissional, mas leva em consideração sua postura, olhar, gestos, a forma 
de tocar no paciente. Assim, deve ser desenvolvido com o intuito de ajudá-lo a manter sua 
dignidade e condição humana nos momentos de fragilidade (SILVA, 2005) 
As manifestações de agitação e agressividade que são visualizadas em psiquiatria, 
maioria por pacientes sob efeito de substâncias psicoativas ilícitas. Ressalta-se que é difícil 
prever quando o paciente apresentará comportamento agressivo e violento, entretanto, são 
poucos os que realmente constituem perigo genuíno. Esse medo, algumas vezes inconsciente, 
que os profissionais de saúde sentem ao atender a uma pessoa com transtorno mental, 
interfere na avaliação do paciente, tanto pela equipe médica, como pela da enfermagem 
(Paes,2009) 
O resultado dessa condição é o uso excessivo de sedação e a contenção física como 
primeiro procedimento a ser realizado (Paes,2009). Ainda o mesmo autor frisa que diante da 
apresentação de episódios de agressividade, existem três medidas cabíveis de intervenção 
para garantir a segurança do paciente e da equipe que o atende: 
 Contenção verbal, 
 Contenção química 
52 
 
 Contenção física no leito 
Ressalta que a contenção verbal deve ser a primeira estratégia a ser utilizada e, para 
sua efetividade, o profissional deve oferecer segurança, ajuda e compreensão ao paciente. 
Conforme Paes,(2009) um dos cuidados que a equipe de enfermagem pode realizar 
com pacientes, que eventualmente apresentem alteração de conduta e agressividade, é tentar 
avaliar se esse comportamento tem relação com o ambiente. O enfermeiro, ao perceber essa 
situação, pode utilizar sua competência gerencial do cuidado e intervir nesse ambiente 
conforme a dinâmica da unidade e reconhecer que a ação de enfermagem apropriada nessas 
situações é a prevenção do comportamento, que poderia culminar na necessidade de 
contenções físicas e sedação. 
As contenções físicas em psiquiatria utilizam-se com maior frequência na restrição 
de movimento dos membros superiores e inferiores com ataduras, e a outra com 
enfeixamento da maior parte do corpo com tecido de algodão cru (PAES, 2007). 
Cabe ressaltar que ao mesmo tempo em que a contenção física ou a restrição de 
movimentos pode significar segurança, ação protetora, ela pode funcionar como forma de 
atemorização e punição, pois alguns profissionais a utilizam para subjugar os pacientes, 
descaracterizando esse procedimento como cuidado (PAES, 2007). O mesmo autor afirma 
que para adequar o uso das contenções físicas, a equipe de enfermagem precisa se preocupar 
com as características que envolvem o procedimento: 
 o material a ser utilizado, da real necessidade, se há outras possibilidades, 
 o que pode ser listado em protocolos de atendimentos, 
 tomar o hábito de anotar toda a sequência realizada no procedimento. 
Um dos cuidados após a contenção física é a reavaliações frequentes (de trinta em 
trinta minutos) visando identificar lesões e/ou edemas e a necessidade da manutenção da 
contenção. Se necessário alternar locais de contenção (Da Silva. et al. 2016). 
Apesar de as indicações serem consensuais entre os especialistas, as evidências 
empíricas de que a contenção física seja uma intervenção segura e eficaz são insuficientes. 
A abordagem por meio da contenção deve garantir a segurança, bem como manter a 
53 
 
dignidade individual do paciente, uma vez que o uso dessa técnica pode gerar efeitos físicos 
e psicológicos nocivos (Araújo, et. 2010). 
Fazer o registro fidedigno no prontuário do doente do momento da realização da 
contenção, a justificativa pela qual o doente foi contido, registrar os sinais vitais e demais 
padrões clínicos, o tempo de emprego da contenção, e as possíveis intercorrências resultantes, 
a exemplo de um possível edema de membro ( Enns E, Rhemtulla, 2014; Gagnon, 2013; 
Huang, 2014; citado por Backes et al, 2019). 
Informar o doente o motivo da contenção e ter mais oportunidade de 
cumprir as opções alternativas de tratamento, deve ser explicado que a contenção 
não é uma punição, mas visa garantir sua segurança. 
O monitoramento geral da contenção física deve incluir a observação direta 
do doente a cada 15 minutos durante as primeiras duas horas e depois a cada hora até 
que a contenção seja removida. 
Mudança de posição do paciente a cada hora e os dispositivos de retenção 
devem ser reposicionados para reduzir o risco de úlceras de pressão e promover a 
circulação e a cabeceira do leito deve estar sempre em um ângulo de 30 graus (Vieta 
et al, 2017). 
Durante todo o período de contenção, as necessidades básicas do doente devem ser 
atendidas incluindo alimentação, hidratação, higiene, eliminação, mobilização ativo-passiva,postura, alinhamento corporal, bem-estar físico e emocional, mantendo privacidade e 
comunicação frequente com o doente (Vieta et al, 2017). 
 
 
 
II. Cuidados de enfermagem após a contenção física 
 
a. Consequências da contenção 
Há vários danos potenciais associados à contenção como: a desnutrição, escaras, 
incontinência, contraturas, quedas, bem como deterioração mental e piora do comportamento 
que foi o motivo para usar a contenção em primeiro lugar (Gemert, Koopman, Overmars, 
Scholten, Sterk ,2013; Heinze, Dassen, Grittner,2012, citado por Bruijn, Daams, Hunnik, 
54 
 
Arends, Boelens, Bosnak, Meerveld, Roelands, Munster, Verwey, Figee, Rooij e Zombando, 
2020). 
Backes et al, (2019) afirmam que ainda podem ocorrer lesões por pressão, redução do 
nível de força muscular dos membros, implicações ao bem-estar e segurança; agressividade, 
quedas, sofrimento psíquico, má nutrição e incontinência urinária. 
O uso de contenção também é conhecido por ter um impacto psicológico negativo 
nos pacientes, provocando sentimentos de medo ou raiva, bem como sentimentos de 
constrangimento e a experiência de perda da dignidade (Kruger, Mayer, Haastert, Meyer, 
2013; Heinze, Dassen, Grittner,2012, citado por Bruijn, Daams, Hunnik, Arends, Boelens, 
Bosnak, Meerveld, Roelands, Munster, Verwey, Figee, Rooij e Zombando, 2020) 
Kinner et al (2016), vão mais longe ao afirmarem que a reclusão e a contenção 
provavelmente causariam danos, incluindo violação de direitos humanos, comprometimento 
da confiança terapêutica e potencialmente causar ou desencadear traumas passados. 
 
Aplicação correta de restrições para pessoas severamente agitadas pacientes. Imagem original por Skylar Burchatz com permissão 
 
A contenção física traz riscos e é passível de ocorrência de lesões físicas, tanto no 
paciente quanto na equipe, por isso ela deve ser empregada depois de esgotadas todas as 
possibilidades de abordagem ao paciente. Quando tais abordagens não surtirem efeito e os 
procedimentos restritivos forem empregados, eles devem ser adequados, desenvolvidos com 
rigor técnico e mantidos por um breve espaço de tempo a fim de que surta o efeito terapêutico 
desejado de maneira segura e eficaz, evitando danos e complicações aos envolvidos: paciente 
e equipe (Paes, Castro, & Kalinke, 2013) 
55 
 
b. Segundo a normativa do Ministério de Saúde de Portugal (2007), aponta que 
os enfermeiros devem: 
a) Vigiar com periodicidade não superior a 15-30 minutos, sinais de alteração 
circulatória e perfusão dos tecidos que possam resultar de compressão pelas 
respetivas faixas. 
b) Efetuar prevenção de acidentes tromboembólicos. 
c) Posicionar o doente em decúbito dorsal, com a cabeça levemente elevada e os 
membros superiores posicionados de forma a permitir o acesso venoso. Sempre que 
necessário deve ser utilizado um posicionamento alternativo, nomeadamente, em 
decúbito lateral. 
d) Fazer alternância de decúbitos para prevenção de úlceras devido à imobilização. 
e) Manter a comunicação com o doente no âmbito do seu processo terapêutico. 
f) Vigiar frequentemente os parâmetros vitais e analíticos do doente. 
g) Proceder ao exame físico periódico do doente. 
h) Hidratar o doente em caso de sedação prolongada. 
i) Reavaliar a necessidade de manutenção da contenção física no decurso de um período 
máximo de duas horas, repetindo-a pelo menos com esta periodicidade. 
j) Retirar a contenção física de acordo com a eficácia da medicação e a avaliação do 
estado clínico do doente. 
k) Registar, obrigatoriamente, no processo clínico do doente os motivos e as 
particularidades da contenção física, especificando o que antecedeu a necessidade do 
procedimento, o insucesso de outras medidas e os eventos inesperados. 
Durante todo o período de contenção, as necessidades básicas do doente devem ser 
atendidas incluindo alimentação, hidratação, higiene, eliminação, mobilização ativo-passiva, 
postura, alinhamento corporal, bem-estar físico e emocional, mantendo privacidade e 
comunicação frequente com o doente (Vieta et al, 2017). 
A contenção por um longo período pode resultar em vários problemas de saúde, 
dependendo do mecanismo adotado e do doente. 
 
 
 
56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
Fluxograma orientadora da sessão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que vocês nos digam ou pensam sobre 
a pratica de contenção no serviço da 
psiquiatria? 
 
Introdução 
Contextualização da sessão 
educativa 
Abordagem de contenção física 
CUIDADOS ENFERMAGEM ANTES CONTENÇÃO FISICA 
Falar sobre Agressividade (Fases) 
Falar sobre contenção verbal, química 
I. Comunicação terapêutica 
Questionar sobre quando deve 
colocar um doente na contenção 
física? 
 
É fácil impor a comunicação? 
 Dicas e estratégias de 
que devem fazer 
 
 
 
Desenvolvimento 
CUIDADOS APOS 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM 
CONSEQUENCIAS DA CONTENCAO. 
I. Agora o que 
devemos fazer 
enquanto 
enfermeiros? 
58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
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