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ead.uniguairaca.edu.br EAD PLANEJAMENTODE CENÁRIOS ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Objetivos de Aprendizagem Plano de Estudo Introdução • Explicitar as características e a importância do Planejamento para captação e ordenamento de informações estratégicas para as empresas.• Elucidar as principais ferramentas para a elaboração de planos e ações estratégicas nas organizações, atribuindo o caráter do planejamento como ponto de partida.• Apresentar os principais instrumentos para prospecção de ambientes, baseando-se no contexto de cenários e verificação de contextos organizacionais.• Identificar as principais estratégias para o planejamento de curto e médio prazo, acentuando as possibilidades e alternativas para uma gestão eficaz. A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:• Planejamento e Caracterizações’;• Ferramentas do Planejamento;• Prospecções de Ambientes;• Estratégias para o Planejamento A disciplina de Planejamento de Cenários tem por objetivo central a compreensão dos aspectos mais importantes que refletem a questão do planejamento estratégico alinhado à análise aprofundada de ambientes que possam interferir nas ações ou operações de cada organização. ead.uniguairaca.edu.br Levando-se em conta a modificação de ambientes, o crescente uso da tecnologia e expansão de negócios dos mais diversos segmentos, é importante verificar e averiguar as possibilidades e limitações de cada área, segmento, processo e, até mesmo, pessoal envolvido em cada instância do planejamento, de forma a considerar ações assertivas e eficazes. Ao longo da disciplina, será possível abranger novas técnicas, entendimento de ferramentas e instrumentos que auxiliem na percepção sobre os mais diversos cenários existentes, sendo fundamental a busca de oportunidades e saídas em momentos de recessão econômica, diversidade de serviços e consumo, bem como, da prospecção para o futuro, de forma a precaver os processos com novas práticas que agreguem maior cautela e atenda ao mercado de forma satisfatória. As estratégias advindas de um planejamento realizado de maneira assertiva, podem assegurar a manutenção de ambientes organizacionais, favorecendo a implementação de novas abordagens e configurações de processos que antes eram desconhecidos ou obsoletos, bem como, de maneira contrária, retirar da utilização os processos que não cabem mais à rotina organizacional, favorecendo novas práticas e ações mais inovadoras, que atendam ao que é solicitado pelo mercado, pela economia, ou mesmo, pelos consumidores diretos. A tarefa de planejar e estabelecer cenários não é fácil, quando consideradas todas as partes interessadas e necessidades da organização. Porém, quando são estabelecidas estratégias e ferramentas que possam otimizar as rotinas organizacionais, bem como, quando se tem conhecimento dos principais instrumentos de análise para prospecção de ambientes, é visível a evolução dos processos, tornando a organização mais forte no mercado e, consequentemente, economicamente protegida. Ao final desta unidade, espero que você se sinta mais confortável em discutir ferramentas e instrumentos de planejamento, assimilando a importância do planejamento estratégico para os processos internos ou externos das mais diversas organizações existentes. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Quando falamos em planejamento, é bastante comum que pensemos em ferramentas complexas, gráficos, análise financeira ou estipulação de metas para alcance econômico. Porém, é importante destacar que o planejamento está muito além dessas características, onde pode ser visto e trabalhado em nosso dia a dia, favorecendo estratégias que melhorem nosso desempenho, maximizem resultados e possibilitem melhorar as nossas ações e rotina. Grumbach (2000) reforça que o planejamento precisa ser incorporado às ações de rotinas pessoais, do dia a dia, para que, somente após essa maior incorporação de ferramentas e instrumentos, seja possível desenvolver nas ações organizacionais, dada sua complexidade. Dessa forma, é importante que saibamos utilizar o planejamento desde as ações mais corriqueiras, para, em seguida, desenvolver um planejamento de longo prazo, e, logo, mais complexo. Pinheiro (2012) reforça ainda que o planejamento é um dos pilares básicos e de maior risco em âmbito macroeconômico, sendo estritamente necessário para análise aprofundada e investigação de seus elementos mais convenientes de análise. Dessa forma, é possível conhecer alguns conceitos, fases e tipologias de planejamento, para identificação de necessidades e possibilidade de intervenções em ambientes. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 1: PLANEJAMENTO E CARACTERIZAÇÕES ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira 1.1 Conceituação de Planejamento Para Bethlem (2010) o planejamento é uma das maneiras mais superficiais, o estudo por antecipação de cenários e ambientes que pretende-se alcançar, ou mesmo, se prevenir. A adoção de um planejamento, dessa forma, está intrinsecamente ligado às ações de metas, objetivos e noções sobre o futuro, favorecendo a aplicação de instrumentos e ferramentas práticas para resolver possíveis gargalos. Além disso, Maximiano (2000, p. 131) traz o conceito de planejar como “o processo de tomar decisões sobre o futuro”, estabelecendo as ações de maneira prospectiva e completa, para o entendimento de mercado e, principalmente, em aspectos econômicos internos ou externos. A Figura 1, a seguir, demonstra quais os principais pilares para a caracterização do planejamento, que irão interferir diretamente nas ações e tomada de decisões das empresas.Figura 1 - Principais elementos do planejamento Fonte: Adaptado de Maximiano (2000).Ao verificar os elementos-chave para o ato de planejar, é possível identificar como ponto central dois aspectos bastante próximos e intervenientes a esse processo: a mitigação de riscos e a diminuição de incertezas. A mitigação de riscos pode representar um conforto maior, quando pensada a estratégia e o futuro da empresa (OLIVEIRA, 2004), e a diminuição de incertezas traz um panorama de maior confiabilidade nas ações e entendimento do mercado. ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Ainda de acordo com Maximiano (2000), a explicitação de metas e meios para se estabelecer uma estratégia são cruciais ao desempenho organizacional, onde, diante das metas, é reconhecido o processo de alcance de objetivos; e mediante estipulação de meios, são elencados os métodos ou processos para chegar até os objetivos estipulados. Dessa forma, estrutura-se o planejamento de maneira bastante necessária, principalmente para entendimento de cenários e ambientes não tão bem explorados.O entendimento de ambiente, nesse contexto, é pautado em todas as relações que estão inseridas nos processos organizacionais, sejam de maneira interna (diante das práticas e pessoas dentro da organização), ou externa (diante dos elementos mais complexos e, por vezes, incontroláveis da organização. Você já se perguntou qual o nível de planejamento estratégico que você conhece e qual estilo de planejamento seria o mais viável para aplicar no seu dia a dia? O Quiz a seguir traz esse apanhado sobre o Planejamento Estratégico, diante de algumas perguntas básicas, que auxiliam no entendimento sobre estratégias pautadas em um bom planejamento. Saiba mais sobre esse teste no link a seguir: https://pt.quizur.com/quiz/quiz-planejamento-estrategico-saiba-qual-o-nivel-de-planejamento-da-sua-empresa-1qPS.SAIBA MAIS Ainda de acordo com a literatura, é visível que o planejamento tem se tornado fator fundamental para as práticas organizacionais, trazendo novas abordagens e visões sobre o que acontece no momento e, posteriormente, poderá acontecer mediante evidências de mercado (ANSOFF; MCDONNELL, 1993). Em momentos de recessão econômica e crises ou momentos epidêmicos - como o exemplo mais recente do COVID-19 -, é comum perceber as organizações se adequando e aperfeiçoando suas práticas mediante planejamento bastante evidente. SAIBA MAIS ead.uniguairaca.edu.br SAIBA MAISUNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Quando estabelece-se um ambiente de crise e de recessão (principalmente econômica), é possível verificar que muitas empresas aderem a práticas que permitem modificar suas práticas, ferramentas de atuação e captação, bem como, seu planejamento em curto ou longo prazo. Sabendo disso, a reportagem a seguir traz esse contexto, explicitando as principais estratégias e ferramentas utilizadas pelas organizações em momentos de crise. Veja a reportagem no link a seguir: https://administradores.com.br/artigos/a-importancia-da-estrategia-e-do-planejamento-para-as-organizacoes-em-tempos-de-crise 1.2. Fases do Planejamento Quando colocado em prática o planejamento, ou ainda, quando pensado nessa hipótese, é importante estabelecer algumas fases ou etapas que melhor definem o pensamento estratégico dessa área e permitem distribuir melhor os recursos de maneira assertiva (BETHLEM, 2010). Assim, é possível identificar o planejamento diante de algumas fases básicas e extremamente importantes, conforme vemos a seguir.I) Análise da Realidade: Primeiramente, ao traçar um planejamento, é importante ter consciência de quais as possibilidades e limitações daquela realidade, seja essa organizacional ou ambiental. Dessa forma, é interessante traçar um diagnóstico que descreva e verifique as reais necessidades daquele ambiente, favorecendo, assim, práticas e melhor visualização de resultados. Esse diagnóstico é comumente utilizado na estratégia de abertura de novas empresas ou novidades no mercado, verificando aspectos mercadológicos, sociais e de necessidade de consumo. ead.uniguairaca.edu.br II) Definição de Objetivos e Metas: Considerada uma das etapas mais importantes no planejamento, a definição de objetivos e de metas pode ser um ponto crucial para o desempenho de ações. É importante que nessa fase sejam explicitados os reais motivos de interesse para alcance de metas, para que, em seguida, possam ser determinados os elementos para alcance de maneira completa.III) Definição de Escopo: Essa fase designa todo o processo de execução do que foi planejado, de forma a traçar um “esqueleto” do que pretende-se alcançar e como será realizado isso. Assim, essa fase reforça a necessidade de um esboço para melhor visualização de possibilidades para a tomada de decisões futuras.IV) Estabelecimento de Estratégias: Essa etapa consiste na elaboração de ferramentas e mecanismos para o alcance de resultados, bem como, a prevenção de possíveis erros ou processos que não consigam ser bem sucedidos.V) Avaliação (Feedback): Considerada uma das etapas cruciais no processo de planejamento, a Avaliação provê uma série de ferramentas auxiliares, que dão maior notoriedade sobre o desempenho de processos e como o planejamento está sendo cumprido - ou não. O Feedback é o momento crucial para identificar a continuidade ou paralisação de ações desse planejamento.VI) Monitoramento: Após todo o ciclo de planejamento ter sido concluído - considerando o êxito ou sua reformulação / adaptação - o monitoramento contínuo é um dos fatores de garantia para a continuidade e comprovação de planejamento bem-sucedido. Diante de um bom monitoramento, é possível aplicar as práticas de planejamento e de visão futura cada vez mais assertivas aos processos organizacionais, favorecendo a tomada de decisão em novas ações. É importante considerar todas as etapas do planejamento como um ciclo, onde, após a finalização de uma ação, a continuidade e retomada de fases deve ser prioritariamente retomada, de forma a aperfeiçoar os processos e otimizar a tomada de decisão.1.3. Tipos de Planejamento Ao falar sobre as ações de planejamento pautadas em ações mais assertivas, também é importante entender os principais tipos de planejamento. É comum que o planejamento seja pautado em três pilares básicos, obedecendo uma hierarquia de ações e tomada de decisões (GRUMBACH, 2000). UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br A Figura 2, a seguir, traz esse panorama de maneira mais explicitada:Figura 2 - Principais tipos de planejamento Os três tipos de planejamento também são denominados como níveis estratégicos e hierárquicos das organizações, favorecendo uma visão mais clara dos objetivos, funcionalidade e características de mercado que podem auxiliar na tomada de decisões. A reportagem a seguir, da EUAX Consultoria, traz um maior detalhamento sobre as práticas e principais detalhes desses níveis de planejamento. Vale a pena dar uma olhada no link a seguir: https://www.euax.com.br/2018/10/tipos-de-planejamento-estrategico/ UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAIS ead.uniguairaca.edu.br Atualmente, o processo de planejamento deve ser estabelecido de maneira bastante específica, para que o passo a passo seja percebido e adotado por todos os envolvidos nas etapas destinadas (SILVA et al., 2011). É comum que muitas organizações utilizem de auxílio externo, diante de contratações de empresas ou consultorias especializadas, que estabelecem maior detalhamento e cumprimento de prazos das etapas planejadas. Porém, de caráter bastante simples e de fácil entendimento, algumas ferramentas são colocadas em voga, de forma a estruturar e facilitar o processo de planejar, seja esse de curto, médio ou longo prazo. A seguir, vamos ver algumas ferramentas bastante utilizadas nos dias de hoje e reconhecidas como eficazes pela literatura (STONNER, 2001; ANSOFF; MCDONNELL, 1993).a. Missão, visão e valores: Peças fundamentais para o planejamento estratégico, esses três eixos permitem maior definição de escopo de ações, bem como, visão de futuro da organização ou processo que se almeja propagar. Missão diz respeito à razão de ser da organização, ou seja, o principal motivo pelo qual ela está instaurada no mercado - ou deseja instaurar num futuro próximo. Já que falamos de futuro, a Visão diz respeito a como a empresa enxerga-se no futuro, variando de acordo com a complexidade da empresa. Valores dizem a relação de tópicos que a empresa não abrirá mão em sua caminhada, comumente elencando aspectos de ética, bem-estar e dignidade aos envolvidos da organização.b. Matriz SWOT: Ferramenta básica para análise de ambientes e cenários dividido em quatros aspectos básicos: Forças (Strengths); UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 2: FERRAMENTAS DO PLANEJAMENTO ead.uniguairaca.edu.br Atualmente, o processo de planejamento deve ser estabelecido de maneira bastante específica, para que o passo a passo seja percebido e adotado por todos os envolvidos nas etapas destinadas (SILVA et al., 2011). É comum que muitas organizações utilizem de auxílio externo, diante de contratações de empresas ou consultorias especializadas, que estabelecem maior detalhamento e cumprimento de prazos das etapas planejadas. Porém, de caráter bastante simples e de fácil entendimento, algumas ferramentas são colocadas em voga, de forma a estruturare facilitar o processo de planejar, seja esse de curto, médio ou longo prazo. A seguir, vamos ver algumas ferramentas bastante utilizadas nos dias de hoje e reconhecidas como eficazes pela literatura (STONNER, 2001; ANSOFF; MCDONNELL, 1993).a. Missão, visão e valores: Peças fundamentais para o planejamento estratégico, esses três eixos permitem maior definição de escopo de ações, bem como, visão de futuro da organização ou processo que se almeja propagar. Missão diz respeito à razão de ser da organização, ou seja, o principal motivo pelo qual ela está instaurada no mercado - ou deseja instaurar num futuro próximo. Já que falamos de futuro, a Visão diz respeito a como a empresa enxerga-se no futuro, variando de acordo com a complexidade da empresa. Valores dizem a relação de tópicos que a empresa não abrirá mão em sua caminhada, comumente elencando aspectos de ética, bem-estar e dignidade aos envolvidos da organização.b. Matriz SWOT: Ferramenta básica para análise de ambientes e cenários dividido em quatros aspectos básicos: Forças (Strengths); Fraquezas (Weaknesses); Oportunidades (Opportunities); e UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Fraquezas (Weaknesses); Oportunidades (Opportunities); e Ameaças (Threats). As duas primeiras - Forças e Fraquezas - refletem um panorama interno da organização, ou seja, algo que permita o controle e modificação. Por sua vez, as outras duas variáveis - Oportunidades e Ameaças - representam o caráter incontrolável da organização, de acordo com o ambiente externo.c. Matriz Ansoff: Essa ferramenta também é amplamente utilizada na anál ise de Marketing Estratégico e mercadologia, possibilitando análise de dois eixos básicos: Mercado e Produtos, configurando, ainda, quatro eixos de designação: Penetração de Mercado, Desenvolvimento de Produtos, Desenvolvimento de Mercado, e a Diversificação. Tendo esses eixos bem configurados, é possível estabelecer análise de cenários para transição ou configuração mercadológica. d. Metas: Considerada uma das ferramentas mais importantes do planejamento, as metas permitem estabelecer o caminho em que cada organização e processo irá percorrer. A partir das metas, é possível identificar o desempenho de etapas, pessoas, processos e da organização como um todo.e. Matriz Canvas: Amplamente utilizada para desenvolver e desempenhar novos processos e projetos de maneira grandiosa nas empresas, o modelo de análise Canvas permite maior visão sobre os envolvidos no processo de planejamento, representando os relacionamentos (com clientes, fornecedores e pessoal interno), o direcionamento de mercado e os recursos disponíveis - dentro e fora da empresa.REFLITAÉ importante estabelecer metas e objetivos para cada fase ou processo do desenvolvimento (acadêmico, profissional, pessoal, familiar, etc.). Você já sabe quais são as suas metas e caminhos a serem alcançados? Você já colocou no papel essas características? ead.uniguairaca.edu.br AULA 3: PROSPECÇÕES DE AMBIENTES UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes FerreiraSAIBA MAISO conhecimento da Matriz Canvas é de fundamental importância para a elaboração de estratégias e práticas que possam influenciar no direcionamento de ações empresariais. Com ele, a visão de futuro da organização pode ser mais ampla e, consequentemente, trazer melhor retorno. O link a seguir traz um apanhado sobre as características dessa matriz, bem como, um modelo para utilização e exemplo de p r e e n c h i m e n t o . V a l e a p e n a d a r u m a o l h a d a : h t tps : //www. s i teware . com .b r/b l og /metodo log i a s /mode lo -canvas/#:~:text=O%20Business%20Model%20Canvas%20%C3%A9,adapta%C3%A7%C3%A3o%20de%20um%20j%C3%A1%20existente. Também é importante reconhecer que outras ferramentas podem ser incrementadas no processo de planejamento organizacional, como a utilização de softwares, ferramentas financeiras e orçamentárias, bem como, a verificação contínua com auxílio de consultorias específicas. ead.uniguairaca.edu.br Nas últimas décadas, temos vivenciado uma modificação de cenários e ambientes cada vez maior, dado período de recessão econômica, mudanças de comportamentos dos consumidores, especificidades de mercado, e outros fatores que aceleram a necessidade de adequação (MATIAS-PEREIRA, 2011). São encontradas lacunas e, de certa forma, riscos que exigem a necessidade de avaliação e configuração de planejamento em curto, médio e longo prazo, principalmente em um contexto macroeconômico (PINHEIRO, 2012). Vasconcellos e Garcia (2005) ainda reforçam a necessidade de adaptação rápida ao panorama econômico no Brasil, considerando os aspectos de flexibilização de leis, modificação de impostos, taxas e juros, e, consequentemente, a rápida mudança de mercado com relação a essas alterações.Fernandes e Berton (2005) trazem o panorama que, com a aceleração da tecnologia e do alto fluxo de informações, foi possível identificar a necessidade de adequação e reformulação de práticas de mercado, por hora, trazendo inovações e processos cada vez mais funcionais; e em outro momento, favorecendo o fechamento e maximizando a mortalidade de empresas. Para isso, torna-se fundamental determinar a análise de ambientes e determinar suas prospecções ao longo do tempo.Os ambientes a serem analisados podem ser divididos em dois eixos fundamentais para análise - que também apresentam-se na ferramenta de análise SWOT e em diagnósticos empresariais: ambiente interno e ambiente externo (BETHLEM, 2010).• Ambiente interno: Consiste em todos os elementos que compõem a organização de maneira totalitária. Sem esses elementos ou fatores, a organização não consegue realizar as tarefas básicas, estabelecer planejamento e designar funções e tarefas para os grupos de trabalho envolvidos. Esse tipo de ambiente permite maior flexibilidade e modificação de processos, deixando um aspecto organizacional mais harmônico, organizável e mutável.• Ambiente externo: A configuração desse tipo de ambiente remete um caráter menos flexível e bastante dependente. Remete todo o contexto em que a organização opera, tratando como características elementos e fatores bastante complexos, como a cultura, política, tecnologia e sociedade. Dessa forma, verifica-se que a modificação desse tipo de ambiente não cabe à organização, em si, mas depende de fatores que estão fora do domínio organizacional. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Os ambientes podem ser divididos para análise contemplando dois tipos de fatores básicos: internos e externos (GRUMBACH, 2000). Vamos ver algumas características básicas de cada fator:Fatores internos: São determinados e administrados diretamente dentro de cada organização. Exemplos de fatores internos que podem ser controláveis e devidamente quantificados ou retomados para manutenção são: • Estrutura, considerando os setores, processos, elementos da produção e maquinários.• Cultura organizacional, considerando a relação entre os colaboradores e envolvidos, assertividade nas relações, desempenho de funcionários e liderança gerencial de nível satisfatório.• Recursos gerais, considerando os aspectos financeiros - fluxo de caixa e reservas, aspectos de matéria prima, diante de produção e desempenho de resultados e aspectos de recursos humanos, diante do desempenho dos profissionais e envolvidos.Fatores externos: Esses fatores não são controlados e administrados pelas “mãos” da organização, mas são pontos centrais para direcionar e limitar as ações, de acordo com cada necessidade de mercado. Alguns exemplos desses fatores são tidos por:•Aspectos políticos, regulamentando leis, novas abordagens legais e técnicas, para atendimento integral das organizações.• Aspectos econômicos, considerando juros, impostos, taxas e regulamentação orçamentárias. Ao avaliar os ambientes internos e externos da organização, é importante estar disposto a coletar informações mais precisas e diagnosticar os processos que possam interferir direta ou indiretamente no padrão em que cada organização opera. Para isso, a reportagem a seguir traz maior detalhamento sobre as ações e estratégias para manutenção desses dois tipos de ambiente. Vale a pena acessar para reforço de conteúdo: https://xerpay.com.br/blog/ambiente-organizacional/ SAIBA MAIS UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br • Aspectos tecnológicos, considerando a evolução da tecnologia e necessidade de adequação de processos em prol de melhoria contínua interna das organizações.• Aspectos ambientais-ecológicos, configurando as práticas que permitam maior alcance de proteção ao meio-ambiente e favorecendo menor degradação ecológica.• Aspectos culturais, estabelecendo as características subjetivas de comportamento, gostos, personalidades e de configuração social, diante de características próprias e bastante singulares de cada região ou espaço organizacional. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Um panorama bastante conhecido para analisar o ambiente competitivo e determinar os fatores internos e externos é tido pelas 5 Forças de Porter. Essas forças trazem um panorama geral de mercadologia, dimensão de empresas e características que devem ser levadas em conta no processo de tomada de decisão. É extremamente importante gastar um tempo para identificar as necessidades, limites, concorrência e produtos ou serviços necessitados pelo mercado e pelo público consumidor. Dessa forma, o Sebrae elaborou uma apostila que explicita os principais pontos das 5 Forças de Porter, trazendo suas principais características e pontos de levantamento, em prol das estratégias organizacionais. Para verificar essa apost i la , acesse o l ink a seguir : https : //www.sebrae.com.br /Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_5-Forcas-Porter.PDF SAIBA MAIS Ao designar os ambientes e fatores internos e externos, é visível que o planejamento prevê um cuidado especial para a tomada de decisão, especialmente para não interferir ou desalinhar seus processos com as metas e objetivos traçados no início do processo estratégico. Conhecendo todo esse panorama, é possível verificar algumas estratégias para alinhamento do planejamento e conquista dos objetivos de maneira assertiva e direta. ead.uniguairaca.edu.br AULA 4: ESTRATÉGIAS PARA O PLANEJAMENTO Além de preparar a organização para as práticas de reformulação e necessidades de mercado, a elaboração de estratégias também garante maior sinergia entre os envolvidos nesse processo (MATIAS-PEREIRA, 2011). A sinergia é a responsável pela comunicação e direcionamento harmônico de práticas entre clientes, fornecedores, colaboradores e gerência de qualquer organização (GRUMBACH, 2000). Dessa forma, é extremamente importante que algumas estratégias atuem de maneira sinérgica e assertiva nos processos. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Ao longo do tempo, a sinergia tem se mostrado um aspecto fundamental para o funcionamento e maior entendimento de ações dentro das organizações, favorecendo estratégias mais claras e que possam trazer retorno de maneira satisfatória. Para saber mais sobre esse propósito de s inergia e al inhamento estratégico, acesse o l ink a seguir : https://facilit.com.br/criar-maior-sinergia-estrategia-empresa/ SAIBA MAIS ead.uniguairaca.edu.br Sabendo-se da necessidade de reformulação estratégica e estímulo ao planejamento bem definido, podemos ver alguns passos essenciais para a assertividade em um ambiente a ser planejado com acurácia e preparando-se para enfrentar diversos cenários (MINTZBERG, 2007):a. Determine pontos iniciais de missão, visão, valores e objetivos: Considerando esses elementos como fundamentais ao planejamento básico, é importante que esses pontos sejam impostos de maneira clara, concisa e exposta a todos os participantes do processo estratégico organizacional. Somente assim, é possível unificar as ações e tornar o processo de mudança - quando necessário - mais harmônico.b. Avalie o ambiente interno e externo da organização: Utilizando-se de matriz SWOT ou levantamento de informações generalistas, é importante que a análise ambiental - seja pelo ambiente controlável - interno - ou incontrolável - externo - propicie maior visão de como alcançar os objetivos e metas traçados pela organização.c. Mantenha contato direto com o consumidor e público esperado: Além de análise mercadológica, esse passo permite que a tomada de decisão também identifique o ambiente com relação aos concorrentes diretos e indiretos, já que, ao observar o consumidor e o público, também é possível averiguar como estão as demais organizações desse segmento em nível local e global. O retorno ou feedback do público esperado pode trazer a chave para modificação de processos, melhoria contínua e atendimento a novos mercados, que, antes, eram tidos como inexplorados.d. Defina estratégias-chave ou “cartas na manga”: Como nem todas as estratégias são exatas ou proporcionam o resultado esperado, é importante que, ao planejar, sejam estabelecidas saídas secundárias ou a manutenção de novas práticas, que permitam a melhor orientação para resultados. Dessa forma, para a melhor resolução de problemas, é interessante que novas ideias e a utilização de ações “chave” sejam postas em prática, de forma a contornar as inconsistências ou gargalos.e. Realize planos de mitigação ou resolução de problemas: Mitigação de problemas é um termo bastante utilizado na área de gestão de projetos. Esse termo simboliza a diminuição ou corte de problemas de maneira estratégica, assimilando suas causas e prospectando saídas para que não ocorram mais nos processos. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Ao longo da unidade, foi falado sobre estratégias, planejamento e planejamento estratégico, mas, será que esses termos são considerados sinônimos? Ou ainda: será que todos esses termos têm um caráter complementar? A reportagem a seguir traz esse panorama sobre a diferença entre a Estratégia e o Planejamento Estratégico, de forma a acentuar a importância de ambas e da correta utilização, considerando-se a p l a u s i b i l i d a d e e c o n s c i ê n c i a e m a p l i c á - l a s : https: //emgotas.com/2018/09/30/diferenca-entre-estrategia-e-planejamento-estrategico/ UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Independente do contexto, ou cenário, a utilização de um planejamento é considerada uma plataforma extremamente importante para manutenção das organizações, bem como, a obtenção e maximização de recursos de maneira eficaz. REFLITA Para a resolução desses problemas, bem como a prevenção futura, são dispostas uma série de ferramentas - principalmente da área de Qualidade - que permitem uma visão global e a tomada de decisão mais consciente. Como pudemos ver, o planejamento reforça a necessidade de buscar novas ferramentas, cenários e instrumentos que auxiliem na clareza de objetivos e metas que são estipuladas pelas organizações. Ao se traçar as possibilidades e limitações, torna-se mais fácil tomar decisões baseadas em realidades encontradas.A identificaçãode forças, fraquezas, oportunidades e ameaças em ambientes diferentes traz um arcabouço de elementos que permitem a modificação de estruturas, prevenção a possíveis erros e gargalos produtivos e, consequentemente, estimar as necessidades ou novas realidades de mercado que podem vir a seguir. RESUMO ead.uniguairaca.edu.br Atividade de Autoestudo01. O planejamento já possuiu diversos conceitos ao longo do tempo, onde, de acordo com cada cenário vivido, foram estabelecidas práticas e dinâmicas de forma a abarcar as necessidades e limitações de cada ambiente. Com relação à conceituação de planejamento para identificação de cenários, assinale a única alternativa que não representa a assertiva verdadeira:A. O planejamento é, de uma das maneiras mais superficiais, o estudo por antecipação de cenários e ambientes que pretende-se alcançar, ou mesmo, se prevenir. A adoção de um planejamento, dessa forma, está intrinsecamente ligado às ações de metas, objetivos e noções sobre o futuro, favorecendo a aplicação de instrumentos e ferramentas práticas para resolver possíveis gargalos.B. O planejamento é um dos pilares básicos e de menor risco em âmbito macroeconômico, sendo opcional para análise aprofundada e investigação de seus elementos mais convenientes de análise.C. O âmbito do planejamento, bem como a ação de planejar reflete o UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Além disso, nessa unidade também foi possível verificar os principais pontos - ou passos - que estimulam um planejamento direcionado e assertivo, contribuindo para a tomada de decisão que contemple todas as etapas da tomada de decisão, construindo possibilidades às organizações e fortalecendo a execução de tarefas e grupos de trabalho. Ao utilizar ferramentas e instrumentos pautados em estratégias competitivas, os cenários ficam, cada vez mais, explícitos para a modificação de elementos e envolvidos, favorecendo novas perspectivas e práticas inovadoras. Como resultado de todas as aulas, espera-se que novas práticas sejam direcionadas à tomada de decisão, favorecendo a análise de ambientes cada vez mais diferentes, e mitigando resultados negativos. Dessa forma, novas abordagens podem ser consideradas para as organizações mais diversas possíveis, de modelos organizacionais que exigem maior atenção e resolução de estratégias pautadas em maximização de resultados, otimização de recursos e bem-estar dos envolvidos. ead.uniguairaca.edu.br JUSTIFICATIVA 02. O planejamento, quando realizado de maneira coerente e que permita maior envolvimento entre os responsáveis, possibilita a utilização de ferramentas e instrumentos que trazem maior benefício em curto ou longo prazo. Sobre as ferramentas, analise as assertivas a seguir e assinale a que melhor representa a verdade:I. A Matriz SWOT é amplamente utilizada na análise de Marketing Estratégico e mercadologia, possibilitando análise de dois eixos básicos: Mercado e Produtos, configurando, ainda, quatro eixos de designação: penetração de mercado, desenvolvimento de produtos, desenvolvimento de mercado, e a diversificação.II. Considerada uma das ferramentas mais importantes do planejamento, as metas permitem estabelecer o caminho em que cada organização e processo irá percorrer. III. A Matriz Ansoff é uma ferramenta básica para análise de ambientes e cenários dividido em quatros aspectos básicos: Forças (Strengths) ; Fraquezas (Weaknesses) ; Oportunidades (Opportunities); e Ameaças (Threats).IV. A partir das metas, é possível identificar o desempenho de etapas, pessoas, processos e da organização como um todo. A opção “b” é a única assertiva que não está correta, pois trata o planejamento como um caráter opcional e não aprofundado, simbolizando uma área ou aspecto de planejamento de maneira superficial. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira processo de tomar decisões sobre o futuro, favorecendo as ações de maneira assertiva e completa, para o entendimento de mercado e, principalmente, em aspectos econômicos internos ou externos.D. O planejamento precisa ser incorporado às ações de rotinas pessoais, do dia a dia, para que, somente após essa maior incorporação de ferramentas e instrumentos, seja possível desenvolver nas ações organizacionais, dada sua complexidade. ead.uniguairaca.edu.br JUSTIFICATIVAA alternativa “c” é a opção correta. Conforme demonstrado na unidade, algumas ferramentas são amplamente difundidas e utilizadas. As assertivas I e III tem suas caracterizações e funcionalidades trocadas, não representando a realidade de cada ferramenta. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira A. I, II, III estão corretas.B. I e III estão corretas.C. II IV estão corretas.D. I, II, III e IV estão corretas. E. Todas estão corretas. 03. Considerando os tipos de ambientes e fatores para a prospecção de ambientes, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa que melhor representa a alternativa verdadeira:I. Ambiente interno consiste em todos os elementos que compõem a organização de maneira totalitária. Sem esses elementos ou fatores, a organização não consegue realizar as tarefas básicas, estabelecer planejamento e designar funções e tarefas para os grupos de trabalho envolvidos.II. O ambiente interno permite maior flexibilidade e modificação de processos, deixando um aspecto organizacional mais harmônico, organizável e mutável.III. A configuração do ambiente externo remete a um caráter menos flexível e bastante dependente. Remete todo o contexto em que a organização opera, tratando como características elementos e fatores bastante complexos, como a cultura, política, tecnologia e sociedade. IV. Verifica-se que a modificação do ambiente externo não cabe à organização, em si, mas depende de fatores que estão fora do domínio organizacional. ead.uniguairaca.edu.br JUSTIFICATIVAA alternativa “d” é a opção correta. UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira A. I, II, III estão corretas.B. I e III estão corretas.C. I e IV estão corretas.D. I, II, III e IV estão corretas.E. Todas estão corretas. MATERIAL COMPLEMENTAR ead.uniguairaca.edu.br ANSOFF, H. I.; MCDONNELL, E. J. Implantando a administração estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993.BETHLEM, A. Estratégia empresarial: conceitos, processo e administração estratégica (6a ed.). São Paulo: Atlas, 2010.FERNANDES, B. H. R.; BERTON, L. H. Administração estratégica: da competência empreendedora à avaliação de desempenho. São Paulo: Saraiva, 2005.GRUMBACH, R. J. Prospectiva: a chave para o planejamento estratégico. 2. ed. Rio de Janeiro: Catau, 2000.MATIAS-PEREIRA, J. Administração estratégica: foco no planejamento estratégico. São Paulo: Atlas, 2011.MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.MINTZBERG, Henry. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. São Paulo: Bookman, 2007.OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2004.PINHEIRO, Armando Castelmar. Além da euforia: riscos e lacunas do modelo brasileiro de desenvolvimento. Rio de janeiro: Elsevier, 2012.SILVA, Helton Haddad et al. Planejamento estratégico de marketing. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.STONNER, Rodolfo. Ferramentas de Planejamento: Utilizando o MS Project para gerenciar empreendimentos. Rio de Janeiro: E-papers, 2001.VASCONCELLOS, Antônio S.; GARCIA. Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2005. REFERÊNCIAS UNIDADE I - PLANEJAMENTO E O USO DA PROSPECÇÃO Prof. Me. RafaelHenrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br EAD PLANEJAMENTODE CENÁRIOS ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Objetivos de Aprendizagem Plano de Estudo Introdução • Apresentar as principais características e enfoques dos cenários, trazendo seus contextos e possibilidades. • Elucidar a importância da formulação de cenários para a competitividade estratégica e do planejamento da gestão.• Explicitar os atributos para análise de ambientes configurados a diversos cenários e contextos organizacionais.• Contextualizar os cenários de acordo com cada ciclo econômico, elucidando as práticas para cada modelo organizacional. A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:• Caracterizações de Cenários• Cenários e Competitividade Estratégica• Cenários e Análise de Ambientes• Cenários e os Ciclos Econômicos Ao longo do tempo, a evolução do pensamento humano possibilitou maior acompanhamento de diversos processos e modificações de ambientes, de acordo com as necessidades e períodos em que estão inseridos os ambientes. Os momentos de recessão e crises históricas, propiciaram, consequentemente, o levantamento de pontos positivos e negativos sobre cada elemento que compõem os ambientes, distribuindo elementos que facilitam a análise de ações, como um todo. Os cenários são caracterizados pela exibição desses elementos que foram capturados em cada momento da história, capacitando-os para uma análise futura e prospecção de novas abordagens que possam interferir diretamente nos processos e dinâmicas organizacionais. ead.uniguairaca.edu.br Sabendo-se desse panorama, nesta unidade veremos um pouco sobre as características e designações dos cenários ao longo da história e no atual contexto, considerando os aspectos sociais, culturais, ecológicos e, com maior enfoque econômico. É importante saber, de antemão, que os cenários são designados para melhor entendimento do planejamento - realizado previamente, considerando todos os elementos que interferem direta ou indiretamente nos processos organizacionais e nos espaços empresariais. Ao compreender a importância de analisar os ambientes interno e externo, bem como, avaliar seus fatores de maior impacto. É imprescindível que a construção dos cenários seja pautada em averiguações realistas, proporcionando maior estímulo às mudanças e demonstrando as limitações de cada ambiente.Ao final desta unidade, você irá perceber que os cenários trazem diversas possibilidades de atuação, evidenciando as limitações, capacidades de recursos e manutenção de relações em diversas escalas de atuação organizacional.Espera-se que, após a compreensão dos cenários e suas caracterizações, fique ainda mais visível sua importância para a competitividade de diversas formas de ambientes e empresas no mercado, não esquecendo os principais aspectos de planejamento estratégico e otimização de resultados, seja em curto, médio ou longo prazo. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 1: CARACTERIZAÇÃO DE CENÁRIOS ead.uniguairaca.edu.br Com o advento da expansão tecnológica e a maximização de recursos empresariais, ficou cada vez mais evidente e prático a inserção de análise preditiva nos processos manufatureiros. O ser humano, apesar de não prever com exatidão o que irá acontecer no futuro, possui um arcabouço de possibilidades que permitem cálculos, métricas e prospecções que auxiliam na tomada de decisão assertiva, para colher bons resultados no futuro (MARCIAL; GRUMBACH, 2008). Obviamente, quanto mais informações e dados forem levantados, maior a precisão dessas prospecções em longo prazo (GRUMBACH, 2000).Sabendo-se disso, abre-se espaço para a construção, caracterização e importância do entendimento de cenários para cada ambiente organizacional. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Uma discussão bastante controversa sobre a utilização de cenários está relacionada à manutenção preditiva de ações. Essa predição, embora muito fidedigna em algumas organizações, ainda não estabelece um cenário totalmente “certeiro”, já que atua com prospecções e premissas. Você conhece alguma empresa ou organização que utiliza-se dessas prospecções? Como ela realiza esse detalhamento de ações para se precaver com o futuro? REFLITA Considerando um panorama histórico, a predição e prospecção já foram elencados em escritos milenares, como em manifestação de profetas e definições astrológicas (MARCIAL; GRUMBACH, 2008). Porém, com o passar do tempo, a modernização permitiu definir os cenários - ou a cenarização - de maneira científica e bastante regulamentada.De acordo com Grumbach (2000) os cenários consistem na formalização e interpretação de mapas mentais, somados a fatos e dados que possibilitem a funcionalidade de ações em cenários preditivos e, consequentemente, que possam trazer prejuízos ou possibilidades às organizações ou sociedades. Ao formalizar esses mapas mentais, fica mais fácil atuar com abordagens criteriosas e com um rigor técnico-científico mais assertivo. ead.uniguairaca.edu.br Schwartz (2000) estabelece o conceito de cenários como oportunidades de visão, diferenciação e estabelecimento de decisões, favorecendo uma amplitude de negociações, percepção de recursos e manutenção dos processos organizacionais.Van Der Heijden (2009) já estabelece a conceituação de cenários como uma possibilidade de catalogação, sumarização e diferenciação de elementos para a predição de possíveis problemas que possam ser encontrados em cada situação. Basicamente, esse conceito traz os cenários como uma plataforma de amostragem do mesmo problema em diferentes versões, como enfoque à modificação de processos.De acordo ainda com Hamel e Prahalad (1995) o estabelecimento de cenários somente é possível a partir da definição de objetivos, metas e mapeamento do planejamento estratégico. Esse mapeamento é fundamental para compreender quais as limitações e direcionamentos que cada ambiente organizacional vai ocupar, bem como, quais os processos devem ser atribuídos a cada cenário, seja em curto, médio ou longo prazo.Dessa forma, também é importante entender que existem diferentes tipologias de cenários, de forma a adequar a cada necessidade e movimento organizacional. Desde o ano de 2020, no início da pandemia de COVID-19, muito tem-se especulado sobre os processos que sucederão o isolamento, a manutenção de empresas e novas práticas de mercado, nos anos consecutivos, em pós-pandemia. A reportagem a seguir, da Revista Exame, traz esse panorama de forma especulativa, sobre as possibilidades de estratégias após a pandemia. Veja mais no link a seguir: https://exame.com/blog/opiniao/os-tres-passos-da-estrategia-empresarial-no-pos-pandemia/ UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAIS ead.uniguairaca.edu.br 1.1 Tipos de CenáriosAo se designar as diferenciações de cenários, é fundamental que o alinhamento estratégico - como a visão de futuro e designação de metas - esteja provendo um norte para as ações de decisões e detalhamento de práticas (CHIAVENATO; SAPIRO, 2003). Após a formalização dessas metas, objetivos e da visão, torna-se fundamental a diferenciação dos cenários em alguns modelos básicos:• Cenários Exploratórios: Esse tipo de cenário, é comum que sejam obtidas alternativas utilizando-se um conhecimento antecipado e formalização de dados e informações, a partir da busca de fontes, identificação de limites e abertura de possibilidades no mercado ou segmento. O caráter exploratório desse tipo de cenário pode ser configurado demaneira individual ou coletiva, decorrente de cada necessidade estipulada.• Cenários Desejáveis: Nesse tipo de cenário, é interessante configurar a visão coletiva como principal aspecto de instauração. A coletividade de ações, bem como o desejo de alcance de metas, torna esse tipo de cenário um panorama de conhecimentos e indagações que permitem antecipação informal, favorecendo a força de expectativas, anseios e desejos.• Cenários Realizáveis: Após realizar a busca e identificação de fatores que auxiliem na verificação de processos futuros - prospecção -, fica mais fácil quantificar as informações que irão compor os cenários, tratando esses aspectos com maior envolvimento e tangibilidade. Logo, permite-se estabelecer ações como: alcance percentual, desvio padrão médio, completude de resultados e estruturação objetiva de novas práticas.• Cenários Irrealizáveis: Da mesma forma que a apreensão de informações e quantificação de dados permite avaliar o cenário como realizável, o cenário irrealizável é capaz de nortear as ações para limitar a tomada de decisão, impedindo que os recursos disponíveis sejam direcionados a certas tomadas de decisões que não auxiliem integralmente nos processos.• Cenários Prováveis: Outro tipo de cenário bastante utilizado, é o de probabilidade, considerando aspectos positivos e negativos. Os cenários prováveis e positivos podem ser enquadrados como realizáveis, abarcando uma série de benefícios em sua execução. Já os cenários prováveis e negativos estabelecem um perfil de atenção e cautela, no que diz respeito às ações que pretendem ser implantadas e suas consequências ao futuro. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br SAIBA MAIS • Cenários Otimistas: Esse modelo tem um caráter mais indutivo do que realista, considerando as análises como fatores mais qualitativos do que realistas, segundo alguns autores. Serve para estabelecer cenários que permitam maior segurança de ações e práticas de bem-estar geral.• Cenários Pessimistas: Esse modelo considera as ações de exploração, degradação de relações, insubordinações e aspectos que possibilitem o atraso organizacional. Tal cenário prevê a facilidade de entrada de novas crises e recessões, favorecendo a necessidade de buscas de ações e práticas para contornar e estimular o mundo corporativo. De acordo com Marcial e Grumbach (2008), sugere-se a escolha de tipologia de cenário mais adequado mediante análise probabilística e verificação de fatores que envolvem cada ambiente, para, em seguida, obter maior respaldo tangível para a orientação futura mais tangível. Os cenários e as prospecções de ambientes possuem um arsenal de elementos e caracterizações, que permitem uma tomada de decisão mais assertiva e dinâmica. A autora Elaine Marcial, Doutora em Ciência da Informação, formalizou a temática sobre as características básicas dos cenários sob forma de apostila para o ENAP - Escola Nacional de Administração Pública. Para conhecimento do material na íntegra, acesse o link a seguir: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4186/2/Ce narios_ENAP_minicurso_2019_NOVO_v2.pdf. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 2:CENÁRIOS E COMPETITIVIDADE ESTRATÉGICAQuando pensada a formulação de competitividade estratégica, é fundamental que os cenários obedeçam alguns critérios básicos de execução, sugerindo a utilização de elementos norteadores (VAN DER HEIJDEN, 2009). ead.uniguairaca.edu.br Esses elementos precisam demonstrar claramente as etapas de ações estratégicas da organização, favorecendo elementos que agreguem possibilidades de maneira tangível (SCHWARTZ, 2000). Esses elementos podem ser vistos mediante atribuição de: a. Missão: Consiste em identificar quem são os envolvidos, e qual a função real ou qual atividade é realizada na organização. Para os cenários, a missão é importante para elencar as principais funções e habilidades que os envolvidos possuem em seu arsenal.b. Visão: Elemento fundamental e, por vezes, central na construção de cenários, a visão estabelece onde a empresa deseja chegar, diante do estabelecimento de um horizonte tangível. É importante que todos os envolvidos estejam alinhados nessa visão, proporcionando maior integração de recursos, captação de mercado e análise aprofundada de concorrentes, para sobressair no segmento ou área de atuação.c. Valores ou Princípios: O estabelecimento de princípios é de suma importância aos cenários e nas práticas estratégicas, considerando que, em grande parte, o que será feito para atingir os resultados acarretará em exposição de ideais e perspectivas da organização e dos envolvidos.d. Key Performance Indicators (KPIs): A utilização de KPIs também é tido como um elemento de monitoramento e percepção dos processos em busca de cenários desejáveis ou satisfatórios. O desempenho, como o próprio nome já diz, é a peça central dos KPIs , proporc ionando maior notor iedade , quando a competitividade é colocada em voga.e. Metas e objetivos: Juntamente com a Visão, esses elementos agregam um direcionamento tangível e específico às ações de competitividade e estratégia organizacional. As metas, bem como os objetivos, são capazes de proporcionar um aspecto tangível aos cenários, como forma de demonstrar sua alcançabilidade ou limitações mais pertinentes ao processo de tomada de decisão.f. Planos de ações / mitigação : Após o levantamento de tangibilidade e verificação de pontos de melhoria do processo estratégico, é importante que os cenários estejam preparados para a mitigação de problemas ou mecanismos que preparem os envolvidos às mudanças ou retomada de planos de ações. Esse processo tem um caráter duplamente importante: considerando os aspectos corretivos e preditivos. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Ao falar em competitividade, você já ouviu falar em forecasting? Esse termo é bastante utilizado para identificar previsões de demanda, projetar os investimentos, matéria prima e recursos gerais da empresa. Para saber mais sobre o forecasting, caracterizações básicas e funcionalidades, acesse o link a seguir: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/forecasting SAIBA MAIS UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira g. Monitoramento e retomada de processo: Por fim, quando estabelecido o cenário e todas as ações que envolvem a perspectiva de mudança, é hora de realizar o monitoramento, acompanhado de feedback e acompanhamento, favorecendo a continuidade das ações de maneira eficaz.Dessa forma, é perceptível que a construção de cenários em prol da competitividade possui um caráter bastante abrangente, mas, em suma, está intrinsecamente ligado ao planejamento estratégico organizacional. Schwartz (2000) corrobora esse contexto, de forma a correlacionar as ações de competitividade com o direcionamento estratégico de alto nível, elencando os níveis operacional, tático e estratégico como partes fundamentais desse processo de mudança e perspectiva. AULA 3: CENÁRIOS E ANÁLISE DE AMBIENTES ead.uniguairaca.edu.br Pensar o ambiente, está muito além do conceito básico - e errôneo - sobre aspectos ecológicos ou ambientais. O termo “meio ambiente”, de acordo com Kotter (1997), deixou de ser utilizado para considerações sobre ecologia ou meios de sustentabilidade. Atualmente, a verificação de meio ambiente, diz respeito a qualquer processo de inter-relação humana com os elementos que compõem certo local. Logo, é possível verificar análises ambientais dos mais diversos tipos de relações: sociais, humanas,políticas, econômicas e, como enfoque mais complexo, organizacional (VAN DER HEIJDEN, 2009). Analisar e atribuir informações para os mais diversos estilos de ambientes serve para precaver e melhor observar os fenômenos que englobam a sociedade e consequentemente, alçar previsões sobre suas ações futuras. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira VOCÊ SABIA?Os conceitos de ambiente, ou meio ambiente, trouxeram mudanças significativas nas últimas décadas para o mundo todo. Você já parou pra pensar que esse conceito engloba muito mais as relações humanas do que, propriamente, sobre aspectos ecológicos e sustentáveis? Veja mais sobre esse assunto no l ink para o v ídeo do Youtube ®, a seguir : https://www.youtube.com/watch?v=efIddCDsOm8 Alguns modelos que auxiliam na construção de ambientes para análise, bem como, identificar seus fatores, podem ser encontrados na Matriz SWOT e na Análise PEST - que, na maioria das vezes, obedece à denominação de Análise PEST(EL) (MAGALDI, 2018). Vamos ver a seguir algumas características e singularidades desses dois modelos de averiguação ambiental.3.1 Análise PEST(EL) Pensar a análise de ambientes demanda uma série de junções de dados, elementos críticos e averiguações de fatos que são atualizados e pertinentes ao processo e tomada de decisão. A análise PEST(EL) utiliza-se do aprofundamento da Matriz SWOT, considerando, especificamente, seus eixos de ambiente externo (MAGALDI, 2018). ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira A Figura 1, a seguir, demonstra os principais eixos da análise PEST(EL) seguindo a configuração de análise oriunda da Matriz SWOT.FIGURA 01 - CONFIGURAÇÃO DAS ANÁLISES SWOT E PEST(EL) Fonte: Adaptado de Porter (2004) e Kotter (1997).Assim, os eixos de análise da PEST(EL) são dispostos por:• Ambiente Político: O ambiente político traz todas as ações de relações político-normativas e estabelece os cenários de decisão centrados em figuras pautadas nas três esferas básicas da Administração Pública: Executivo, Legislativo e Judiciário. Além disso, esse ambiente propicia a verificação de ações governamentais e pautas decisórias sobre assuntos de interesse coletivo, seja de nível global, nacional, regional ou local (PINHO; VASCONCELLOS, 2006). As escolhas desse ambiente são capazes de influenciar os demais tipos de análise, configurando saídas ou estagnações para cada modelo ou cenário. ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes FerreiraREFLITAAté que ponto o ambiente político pode ou deve interferir nas relações sociais ou humanas? Quando colocadas figuras centrais - de acordo com a democracia - para a gerência de instâncias e mecanismos nacionais, até que ponto esses responsáveis podem auxiliar ou “travar” os processos sociais e culturais? A reportagem do Estadão traz essa reflexão, vale a pena da r uma o lhada no l i nk : h t tps : //po l i t i ca .e s tadao .com .b r/ noticias/geral,interferencia-politica,70002982410 • Ambiente Econômico: Considerado um dos modelos mais importantes para análise e cenarização, esse ambiente traz toda carga orçamentária, seja pelo viés público ou privado, estabelecendo regras e limites para a base fiscal das organizações (KISHTHAINY, 2013). Para configuração e entendimento desse ambiente, é importante o conhecimento sobre os ciclos econômicos, dinâmicas de mercado e manutenção de processos atuais. Exemplos de fatores para esse ambiente são encontrados em: taxas de juros; desemprego e remissão; inflação; renda; e poupança.• Ambiente Social: Para compreender sobre esse ambiente, é importante elencar aspectos demográficos e psicográficos. Ou seja, de acordo com o conhecimento da população e seus aspectos culturais e sociodemográficos, é possível compreender o panorama de fatores como: distribuição etária; população ativa; taxa de crescimento populacional; consciência sobre saúde e segurança; estilos de vida e personalidade de cada tipo de público ou segmento.REFLITAConsiderando como eixo principal do Ambiente Social a saúde e segurança pública, como você avalia esses dois fatores para o dia de hoje? Em momentos pandêmicos, quais as necessidades e deficiências encontradas nesse ambiente em nível global e local? O que fazer para modificar essas insuficiências? ead.uniguairaca.edu.br • Ambiente Tecnológico: Quando elencadas as ações desse tipo de ambiente, é importante perceber as novas configurações de modelos de negócios, pautados, em grande parte, em aparatos tecnológicos e processos sem a dependência de elementos humanos ou sociais. Além disso, também é importante verificar que as organizações estão se adaptando ao modelo virtual e altamente tecnológico, utilizando-se de canais 4.0, ou seja, total interação e integração com a internet. Você já ouviu falar na indústria 4.0? Ela representa a aquisição da tecnologia nas empresas - seja de pequeno, médio ou grande porte - para a imersão de ações pautadas em praticidade, dinamicidade e imersão às novas tecnologias apresentadas ao mercado. Com um teor bastante controverso, esse tipo de indústria tem seus prós e contras, porém, ainda está em discussão global para verificar sua continuidade ou descontinuidade. O link a seguir traz uma reportagem sobre esse tipo de indústria, realizado pela FIA - Fundação Instituto de Administração: https://fia.com.br/blog/industria-4-0/ SAIBA MAIS UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira • Ambiente Ecológico: Os fatores ecológicos, que são confundidos com a conceituação ambiental, favorecem maior análise sobre os critérios de sustentabilidade, atendimento às legislações ecoambientais e Responsabilidade Socioambiental. SAIBA MAISVocê já ouviu falar em greenwashing? Essa prática é bastante comum, e, consequentemente, bastante condenada pelas organizações atuais, onde existe uma manipulação sobre os produtos que são considerados sustentáveis ou apenas manipulativos no mercado. Saiba mais sobre esse termo no link a seguir: https://www.ecycle.com.br/greenwashing/ ead.uniguairaca.edu.br • Ambiente Legal: Já é possível perceber esse ambiente como um dos mais mutáveis nos últimos anos, considerando toda a adequação ou manutenção de leis, regras e regulamentações fiscais em momentos de crise (GIAMBIAGI; BARROS, 2009). Além de promover a legislação de maneira protetiva ao ser humano, esse ambiente também fornece maior limitação e delimitação de regras para atendimento coletivo, sendo amplamente necessário ao mercado e à prospecção de cenários futuros. Sabendo-se dessas interferências, a construção de cenários torna-se mais ampla e necessária para coletar informações e se preparar para diversos ambientes e necessidades que o mercado pode solicitar. De acordo com Marcial e Grumbach (2008), os estímulos para a tomada de decisões baseados em análises dos mais diversos ambientes possibilita uma segurança de ações e uma visão estratégica da situação atual e o foco na situação que se pretende alcançar. Assim, a visão não deve ser limitada a um único ambiente, mas sim, deverão ser avaliados de maneira conjunta e integrativa, para fortalecimento de cenários. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 4: CENÁRIOS E CICLOS ECONÔMICOS Ao tratar os cenários sob um âmbito econômico, é necessário saber que o processo de ambientação da economia já passou por vários ciclos, ou fases. Essas fases, propostas por diversos autores, como no clássico Kondratieff (1944), reforçam a mudança abrupta da economia de acordo com os cenáriospropostos ou presenciados pela humanidade. ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Hamel e Prahalad (1995) trazem a necessidade explícita de abordar os cenários, considerando os ciclos econômicos e processos ao longo da história da economia global, sabendo-se que, em alguns pontos, os processos ou tomadas de ações se repetem ou trazem elementos já abordados anteriormente.Assim, considerando-se a teoria de Kondratieff (1944), os ciclos econômicos obedecem 4 ciclos econômicos longos, conforme demonstra a Figura 2, a seguir: Figura 2 - Ciclos econômicos longos Além disso, de acordo com a literatura (BERGAMASCHI; FERASSO, 2019), ainda é possível identificar a divisão desses ciclos econômicos em quatro fases principais, que favorecem o entendimento sobre os preceitos elencados pela teoria clássica de Kondratieff (1944):• Fase de Crescimento / Expansão Econômica: Essa fase exige muita atenção e planejamento voltado às ações principais de atuação, com relação à economia. Nesse momento, a economia tende a aquecer, os produtos e serviços oferecidos no mercado tendem a otimizar seus processos e garantir lucratividade e maximização de resultados.• Explosão e atingimento de pico: Nesse momento, a economia torna-se como o ponto mais alto da produção de mercadorias, insumos e de atendimento às necessidades dos seus públicos-alvo. Assim, tem-se uma continuidade e retorno financeiro bastante satisfatório, podendo manter-se um longo período diante de retorno econômico positivo. ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira A reportagem a seguir traz um panorama sobre as consequências do coronavírus ao ambiente econômico e social, abarcando três possibilidades de cenários. Apesar de lançada em 2020, a reportagem ainda possui um caráter bastante atualizado, favorecendo a análise de cenários, bem como, verificando suas tipologias para as possibilidades e tomadas de ações mais plausíveis nesse problema global. Veja mais sobre a reportagem no link a seguir: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52445365 SAIBA MAIS • Economia de Contração: Como é de se esperar, torna-se difícil manter-se no topo por muito tempo, então, logo inicia-se o processo de queda, ou enxugamento econômico, o que traz consequências como: menor retorno de lucratividade; aumento da taxa de desemprego; menor alcance mercadológico da empresa; e a necessidade de readequação de mercado mediante inovações ou intervenções mais criteriosas.• Recessão / Depressão: A última etapa representa o cenário menos proveitoso e de maior necessidade de cautela. A recessão acontece quando os produtos, serviços e mercadorias já não estão atendendo os públicos, bem como, a injeção de capital por parte do mercado é ínfima. Dessa forma, tem-se o período de depressão econômica, acarretando em problemas bastante graves e exigindo maior notoriedade das autoridades oficiais e responsáveis pela economia do local.De acordo com Kondratieff (1944), por se tratar de um ciclo econômico, esse processo de avaliação / identificação não deve finalizar com a recessão, mas sim, retomar com a primeira fase, para, então, continuar esse detalhamento econômico em longo prazo. ead.uniguairaca.edu.br Sabendo-se dos ciclos econômicos de Kondratieff (1944), e, ainda, considerando os eventos que estão sobre o planeta nos últimos anos, podemos afirmar que o mundo encontra-se em qual fase do ciclo econômico? E o Brasil, como podemos considerar sua participação dentro dos processos econômicos? Apesar de não representar uma exatidão e solicitar o levantamento de dados atualizados, os ciclos econômicos também permitem uma prospecção de como a economia irá se desenvolver. Logo, de acordo com Schwartz (2000), a instauração de cenários para os ciclos econômicos torna-se uma saída bastante comum para o desenvolvimento de ações e tomadas de decisão em curto, médio e longo prazo.REFLITA A Unidade II, como pudemos ver, traz o contexto geral de caracterização dos cenários, configurando-os como totalmente necessários ao processo econômico, bem como, para a estipulação de metas, objetivos e assimilação de ambientes em diferentes contextos e períodos. É interessante perceber que o panorama econômico está circundado por diversos fatores, logo, a verificação de ambiente externo entre os critérios de modificação das organizações se torna peça-chave para o atendimento de ações que o mercado exige, seja diante de micro ou macropolíticas.Diante de instrumentos que auxiliam no norte das ações, foram elencadas a Matriz SWOT para identificação de forças, f raquezas, oportunidades e ameaças do ambiente, bem como, a identificação de elementos diante da análise PEST(EL), que fornece auxílio para verificação de ambiente: Político, Econômico, Social, Tecnológico, Ecológico e Legal. RESUMO UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Atividade de Autoestudo01. Com relação aos tipos de cenário, assinale a única alternativa que representa a assertiva verdadeira:A. Nos Cenários Desejáveis, é interessante configurar a visão coletiva como principal aspecto de instauração. A coletividade de ações, bem como o desejo de alcance de metas, torna esse tipo de cenário um panorama de conhecimentos e indagações que permitem antecipação informal, favorecendo a força de expectativas, anseios e desejos. B. O Modelo Pessimista tem um caráter mais indutivo do que realista, considerando as análises como fatores mais qualitativos do que realistas, segundo alguns autores. Serve para estabelecer cenários que permitam maior segurança de ações e práticas de bem-estar geral.C. O Modelo Otimista considera as ações de exploração, degradação de relações, insubordinações e aspectos que possibilitem o atraso organizacional. Tal cenário prevê a facilidade de entrada de novas crises e recessões, favorecendo a necessidade de buscas de ações e práticas para contornar e estimular o mundo corporativo. D. Nenhuma das alternativas está correta. Diante dessa distribuição, fica mais fluido o levantamento de dados para a tomada de decisão, bem como, abre-se espaço para mitigar problemas e resolver deficiências nos cenários prospectados.Ao longo desta unidade, portanto, foi construída uma linha lógica para a caracterização dos cenários, explicitação dos diferentes tipos de cenarização, identificação de necessidades voltadas aos cenários e a competitividade estratégica, e por fim, a necessidade de se analisar os cenários, levando-se em conta os ciclos econômicos mais comuns da literatura.Assim, esperamos que ao estudar esta unidade, você esteja mais preparado para discutir o papel dos cenários, identificar sua importância ao processo estratégico, bem como, observar seu alinhamento para com os ciclos econômicos mais comuns da atualidade, considerando o panorama de recessão e ambientes instáveis. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br JUSTIFICATIVA 02. É visível que os cenários estão enquadrados em ciclos econômicos, de acordo com a literatura clássica. Dessa forma, analisando-se os ciclos, fica mais fácil identificar limites e possibilidades para cada cenário. Com relação às fases dos ciclos econômicos, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa que melhor se enquadra como verdade:I. Na Fase de Crescimento é exigido muita atenção e planejamento voltado às ações principais de atuação, com relação à economia. II. Ainda na Fase de Expansão a economia tende a aquecer, os produtose serviços oferecidos no mercado tendem a otimizar seus processos e garantir lucratividade e maximização de resultados.III. Na Fase de Recessão a economia torna-se como o ponto mais alto da produção de mercadorias, insumos e de atendimento às necessidades dos seus públicos-alvo.IV. Na Fase de Depressão tem-se uma continuidade e retorno financeiro bastante satisfatório, podendo manter-se um longo período diante de retorno econômico satisfatório. A opção “a” é a correta. Na aula 1, pudemos perceber que existem vários tipos de cenários que auxiliam no planejamento. As demais alternativas não refletem os outros estilos de cenários, conforme elencado no material. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira A. I, II e IV estão corretas.B. I e III estão corretas.C. I e II estão corretas.D. III e IV estão corretas.E. Todas estão corretas.JUSTIFICATIVAAs alternativas I e II estão corretas. Na aula 4, sobre Cenários e Ciclos Econômicos, é possível verificar que as características da Fase de Crescimento / Expansão estão corretas. Já na fase de Recessão / Depressão, é visto que a conceituação não atende ao disposto no material estudado. ead.uniguairaca.edu.br 03. Sobre a análise PEST(EL), bem como seus principais componentes, analise as seguintes assertivas e, em seguida, assinale a alternativa que melhor expressa a verdade:I. Sobre o Ambiente Ecológico, é perceptível que os fatores ecológicos, que são confundidos com a conceituação ambiental, favorecem maior análise sobre os critérios de sustentabilidade, atendimento às legislações ecoambientais e Responsabilidade Socioambiental.II. Além de promover a legislação de maneira protetiva ao ser humano, o Ambiente Legal também fornece maior limitação e delimitação de regras para atendimento coletivo, sendo amplamente necessário ao mercado e à prospecção de cenários futuros.III. O Ambiente Social e lenca aspectos demográficos e psicográficos. Ou seja, de acordo com o conhecimento da população e seus aspectos culturais e sociodemográficos, é possível compreender o panorama de fatores como: distribuição etária; população ativa; taxa de crescimento populacional; consciência sobre saúde e segurança; estilos de vida e personalidade de cada tipo de público ou segmento.IV. O Ambiente Tecnológico, por sua vez, traz todas as ações de relações político-normativas e estabelece os cenários de decisão centrados em figuras pautadas nas três esferas básicas da Administração Pública: Executivo, Legislativo e Judiciário. UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira JUSTIFICATIVAA opção I, II e III são as corretas, configurando a letra “b” como única resposta correta. A asserção IV não pode ser classificada como correta, tendo em vista que a definição dessa assertiva diz respeito ao Ambiente Político, e não Tecnológico. A. I, II e IV estão corretas.B. I, II e III estão corretas.C. I e II estão corretas.D. III e IV estão corretas.E. Todas estão corretas. ead.uniguairaca.edu.br MATERIAL COMPLEMENTAR UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br BERGAMASCHI, Eloisio Andrey; FERASSO, Marcos. A Construção de Cenários Futuros e os Ciclos Econômicos de Kondratieff. In: Anais do COGECONT - 2019 - International Conference in Management and Accounting. FURB: Unochapecó, 2019.CHIAVENATO, I.; SAPIRO, A. Planejamento estratégico: fundamentos e aplicações. 1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.GIAMBIAGI, Fábio; BARROS, Octávio. Brasil pós-crise: agenda para a próxima década. 1. ed. São Paulo: Editora Campus / Elsevier, 2009.GRUMBACH, R. J. Prospectiva: a chave para o planejamento estratégico. 2. ed. Rio de Janeiro: Catau, 2000.HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. 15. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995.KISHTHAINY, N. et al. O livro da economia. São Paulo: Globo, 2013.KONDRATIEFF, N. The Long Waves in Economic Life. The Review of Economic Statistics,1944.KOTTER, John P. Matsushita Leadership. Lessons from the 20th century’s most remarkable entrepreneur. Free Press, 1997.MAGALDI, Sandro. Gestão do Amanhã. São Paulo: Editora Gente, 2018.MARCIAL, Elaine Coutinho; GRUMBACH, Raul José dos Santos. Cenários Prospectivos: como construir um futuro melhor. 5. ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2008.PINHO, D. B. VASCONCELLOS, M. A. (Org.) Manual de Introdução à Economia. São Paulo: Saraiva, 2006.PORTER, Michael. Estratégia competitiva. Elsevier Editora, 2004.SCHWARTZ, P. A arte da visão de longo prazo. São Paulo: Nova Cultural, 2000.RIBEIRO, M. P. M. Planejamento por cenários: uma ferramenta para a era do conhecimento. Revista Intersaberes, v. 1, n. 1, p. 186–20, 2006.VAN DER HEIJDEN, K. Planejamento por cenários: a arte da conversação estratégica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. REFERÊNCIAS UNIDADE II - CENÁRIOS E A DINÂMICA ECONÔMICA Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br EAD PLANEJAMENTODE CENÁRIOS ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Objetivos de Aprendizagem Plano de Estudo Introdução • Demonstrar as necessidades de avaliação e inovação de mercado diante de Ciclo de Vida do Produto e viabilidade.• Compreender estratégias de preço e diferenciação entre valor e preço no ambiente decisório.• Identificar as plataformas de venda, distribuição e negociação em Marketing.• Identificar as estratégias em canais de comunicação com o consumidor final e possibilidades em força de vendas pautadas em promoções e necessidades. A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:• Ferramentas para a Construção de Cenários• Aplicabilidades de Cenários em Micro e Pequenas Empresas• Aplicabilidade de Cenários em Grandes Empresas• Importância da Análise Conjuntural e Definição de Prospecções Quando elencados os modelos de cenários, bem como a importância de sua aplicabilidade em diferentes contextos ou panoramas histórico-sociais, também é importante saber que existem diversas ferramentas que congregam a tomada de decisão prospectiva. A utilização de ferramentas torna-se fundamental para nortear o processo decisório baseado em prospecção, diferenciação de objetivos e metas, bem como estabelecimento de ações de cada modelo organizacional. Sabendo-se desse panorama, essa unidade irá abordar, em primeira instância, quais as ferramentas mais importantes para a construção de cenários - ou cenarização - especificando seus atributos e principais vantagens. ead.uniguairaca.edu.br É importante saber que a empresa ou negócio, ao utilizar-se de ferramentas específicas para esse detalhamento, propõe uma melhoria em sua competitividade, na disseminação de boas práticas, bem como, maximização de recursos. Considerando, portanto, o panorama de ferramentas, cabe a essa unidade a diferenciação e exemplificação de cenários em diferentes portes ou modelos organizacionais. As micro e pequenas empresas, comumente distribuídas pelos empreendedores que pretendem alcançar sucesso rápido de mercado, possuem uma dinâmica bastante cautelosa, quando exige-se a construção detalhada de cenários. Da mesma fo rma , ao observar também a mesma exemplificação e caracterização da construção de cenários em grandes empresas, é perceptível a mudança ferramental e de mensuração de cenários, utilizando-se de maior abrangência e técnicas que possam simbolizar a otimização completa de recursos - sejam esses materiais, humanos ou financeiros. Também é importante ressaltarcomo conteúdo da unidade a definição e caracterização da análise de conjuntura, para afunilar as técnicas de construção de cenário de forma diretiva e específica às tomadas de decisões. Ao final desta unidade, espera-se que o entendimento e diferenciação de ferramentas e práticas sobre a cenarização fiquem claros, proporcionando uma visão mais ampla e crítica, com relação aos aspectos de porte empresarial, modelos organizacionais e tomadas de decisões com base em conjuntura de ambientes. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 1: FERRAMENTAS PARA CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOSIndependente da empresa ou modelo organizacional encontrado, a escolha de um suporte ou ferramentas para a construção de cenários, bem como, para a prospecção de futuro, torna-se bastante complexo, exigindo-se maior maturidade, entendimento de modelos de negócios e participação coletiva dos stakeholders desse processo. ead.uniguairaca.edu.br De maneira contrária, Grumbach (2000) ainda afirma que as ferramentas organizadas pautadas em prospecções geralmente tem um caráter multifacetado, contribuindo de maneira significativa, sem exigir complexidade, morosidade, ou ainda, conhecimento técnico. Dessa forma, é importante designar que todos que participam do modelo organizacional podem - e devem - entender sobre as perspectivas dos cenários propostos.Muito além da utilização de Matriz SWOT - que designa análise de ambiente interno e externo mediante Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças - e do panorama de análise PEST(EL) - que recomenda análise de ambientes Político, Econômico, Social, Tecnológico, Ecológico e Legal. Algumas ferramentas para a cenarização podem ser vistas tanto como caráter qualitativo, quanto para caráter quantitativo. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAISMuito se discute sobre o caráter qualitativo ou quantitativo da cenarização. A literatura traz uma série de denominações e facilidades para análise, utilizando-se de abordagem literária para explicitar esse contexto aplicado às diversas organizações. A seguir, é possível verificar um artigo publicado no Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Caxias do Sul, onde reflete o panorama literário e bibliométrico sobre a cenarização ao longo do tempo. Vale a pena a leitura, pelo l ink a seguir : http : //www.ucs .br/etc/conferencias/ inde x.php/mostraucsppga/xvimostrappga/paper/viewFile/4678/1577 ead.uniguairaca.edu.br De acordo com a literatura, diversas ferramentas podem ser utilizadas largamente para a cenarização de maneira assertiva e complementar às ações estratégias das empresas (HEIDJEN, 1996; MARCIAL; GRUMBACH, 2008; GRUMBACH, 2000; RINGLAND, 1998). Vamos ver algumas ferramentas comumente utilizadas no processo de cenarização:• Mapas mentais e brainstorming: De abordagem amplamente qualitativa, essas ferramentas, em conjunto, são capazes de transferir as ideias em fatores funcionais e fundamentais à cenarização. Contando com uma “chuva de ideias”, é possível absorver o máximo de variáveis e estudá-las ou separá-las para melhor atender aos propósitos alçados pelos envolvidos. A criação de mapas mentais também favorece a criatividade, enquanto o brainstorming transmite maior sentido de coletividade, união e aceitação de processos dos envolvidos. Existem ferramentas gratuitas e totalmente online que possibilitam a construção de mapas mentais e coleta de brainstorming com a equipe de trabalho ou organização? Um exemplo de site que faz esse tipo de modelo de trabalho é o Mindmeister ®, totalmente gratuito. Saiba mais em: https://www.mindmeister.com/pt?utm_source=google&utm_medium=cpc&utm_campaign=br_pt_search&utm_content=mm&gclid=CjwKCAjwqvyF B h B 7 E i w A E R 7 8 6 V v a L C s i - R j O I l - 1 e w c J 8 a f 4 C 0 A R l DQ5xPw3HyeDIzLeHnA7y6XKgBoCPB4QAvD_BwE VOCÊ SABIA? UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira • Análise morfológica: Para utilizar essa ferramenta, é importante o conhecimento de decomposição de sistema, ou seja, de todos os fatores e elementos que compõem um ambiente de maneira segregada, em que, juntos, conseguem determinar a composição de uma conjuntura, de forma a revelar o status do cenário que está sendo proposto. Geralmente nessa ferramenta, são enquadrados os pontos críticos e as relações dos fatores mais convenientes ao cenário - por meio de grau de risco e complexidade. Essa ferramenta possui uma abordagem tanto quantitativa, quanto qualitativa. ead.uniguairaca.edu.br • Ranking por importância e certeza: Como forma de determinar as variáveis mais prejudiciais e quais podem ser trabalhadas em primeira instância, é possível elaborar um ranking, ou seja, uma escala por nível de importância e caracterizar a certeza das ações por meio de fatores alcançáveis ou mais rentáveis ao cenário. Dessa forma, a abordagem dessa ferramenta pode ser, algumas vezes, qualitativa, e, em outras, quantitativa, sob forma de prospecção numérica ou ordinal.• 5 Forças de Porter: Bastante utilizado para análise e prospecção de produtos/serviços de cunho mercadológico, as Forças de Porter trazem um contexto de necessidade ou reformulação a serem realizados diante do ambiente em que cada organização está inserida. Essas forças são tidas por: ameaça de produtos substitutos; ameaça de entrada de novos concorrentes; poder de negociação com clientes; poder de negociação com os fornecedores; e a rivalidade entre os concorrentes. É importante que, ao tratar cenários e possibilidades futuras, sejam estabelecidas essas variáveis, de forma a averiguar quais as reais necessidades e limites de mercado. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAISA análise de ambientes e mercado para prospecção de cenários é comumente utilizado em diversos setores da economia. Um deles é na indústria de petróleo e gás natural, que utiliza-se do Relatório de Pesquisa Downstream - Mercado Brasil para a verificação de possibilidades futuras e principais deficiências. Para conhecer um pouco mais sobre esse p a n o r a m a , a c e s s e o l i n k p a r a a r e p o r t a g e m em:https://opetroleo.com.br/analise-de-mercado-de-petroleo-e-gas-do-brasil/ • Ciclo PDCA: Tido como um dos elementos mais funcionais da Administração moderna, o PDCA torna-se um pilar para ações e implementação de possibilidades às organizações. Essa ferramenta contempla o planejamento de cenários, considerando seus 4 pilares básicos: Planejar (Plan); Fazer (Do); Checar (Check); Agir (Act). De cunho qualitativo e norteador, essa ferramenta permite aplicabilidade em diversos modelos organizacionais e diferentes processos, tornando-se flexível e recorrente para as ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira prospecções de mercado e produtos/serviços disponíveis.• Matriz de Análise Estrutural: Essa ferramenta tem uma função bastante importante para a identificação de variáveis dependentes e independentes. As variáveis dependentes são aquelas que atuam diretamente no direcionamento e consequências do cenário. Já as variáveis independentes trazem uma interferência indireta, favorecendo um cenário mais amplo e expandindo possibilidades encontradas na cenarização. Logo, a utilização dessa ferramenta permite a compreensão da relevância de cada variável, bem como sua categorização. A Matriz de Análise Estrutural também atua como abordagem qualitativa e quantitativa.• Diagrama de Árvore: Essa ferramenta, também conhecida como “Diagrama de Falhas”ou “Esquema de Falhas”, traz maior delimitação de cenários probabilísticos e de combinação de várias possibilidades. É comum que essa ferramenta estabeleça percentuais para o alcance de cenários considerados otimistas, pessimistas, desejáveis e alcançáveis, diante de eventos condicionais, ou seja, que possam acarretar em novos eventos ou cenários distintos - de acordo com cada escolha tomada. Por traçar um panorama probabilístico, essa ferramenta possui um viés fortemente quantitativo.VOCÊ SABIA?É possível fazer o Diagrama de Árvore diante de plataformas gratuitas e que talvez você já utilize, como o pacote de programas do Microsoft Office ®. O próprio programa do Microsoft Excel ® e suas variantes disponibilizam o modelo de diagrama para download. Veja mais no link a seguir, onde e s t a r á d i s p o n í v e l o m o d e l o p a r a b a i x a r e u t i l i z a r : https: //templates.office.com/pt-br/diagrama-em-%C3%A1rvore-tm06078420 ead.uniguairaca.edu.br • Análise de Jogos de Atores: Essa ferramenta consiste na elaboração de cenários envolvendo os principais responsáveis pelas ações traçadas nos ambientes estudados. A cenarização, dessa forma, estabelece os atores - ou seja, pessoas ou grupos responsáveis pela modificação de decisões e suas possíveis consequências, diferenciando-se dos não-atores, ou sujeitos que estejam distantes dos processos e acabem não afetando tanto nesse processo decisório. Para a prospecção futura, é difícil precaver as tomadas de ação dos atores, porém, diante de análise estrutural de gestão e perfis profissionais, torna-se mais palpável a projeção de ideias e tarefas a serem realizadas em curto ou longo prazo.• Método Delphi: Essa ferramenta tem como intuito a minimização de suposições e maximização de previsões com base em estruturação de especialistas. Utilizando-se abordagem qualitativa, são dispostas as cenarizações para discussões entre os grupos indicados para provisão de ações, bem como, assimilação de saídas para a estruturação de planejamento. É importante ressaltar que os especialistas que tratam e configuram as decisões complexas, não sofrem interferência direta do ambiente externo.• Método de Impactos Cruzados: Essa técnica é bastante conhecida por ser uma série de instrumentos para identificar o impacto que um evento sofre, em decorrência ou consequência do resultado de outro - seja esse realizado de forma assertiva ou errônea. Dessa forma, essa ferramenta utiliza-se da separação de uma lista de probabilidades que estão associadas ao evento principal, e qual a distância de fatores ou elementos ele congrega, caso seja impactado por outro tipo de variável. Esse método também proporciona na literatura a análise diante de ações pelas característica de Efeito Borboleta, ou Efeito Dominó. Por se tratar de uma ferramenta altamente probabilística, também se enquadra como abordagem quantitativa. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br • Técnicas de Modelos Multicritérios: Não sendo considerado uma ferramenta, mas um conjunto de ferramentas, as análises multicritério disponibilizam o direcionamento de cenários, quando expostos múltiplos pontos de vista e necessidade de orientação para um único modelo. Utilizando-se de abordagem quantitativa, esse conjunto de ferramentas também traz um apanhado de coletividade de ações, discriminação de etapas do planejamento, e, de maneira integral, a tomada de decisão conjunta.Tendo maior conhecimento e noção sobre essas ferramentas, fica mais fácil identificar qual é a mais condizente e poderá direcionar novos métodos para a cenarização em diferentes portes e estilos de organização. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 2:APLICABILIDADES DE CENÁRIOS EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Você já ouviu falar da Teoria do Caos? Ela traz a célebre frase sobre “o simples bater de asas de uma borboleta no Brasil, pode ocasionar um tornado no Texas”. Parece loucura, mas diz muito sobre os eventos probabilísticos do Método de Impactos Cruzados, trazendo, inclusive, filmes e séries sobre o assunto. Vale a pena dar uma olhada no material complementar! FATOS E DADOS ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Ao observar a necessidade de incorporação de estratégias econômicas no Brasil para as micro e pequenas empresas, tem-se como principal eixo de análise a regulamentação de metas e objetivos pautados em orçamentos e retornos rápidos sobre os investimentos (PINHEIRO, 2012). É comum que as pequenas empresas estejam menos preparadas para atuar em um viés estratégico, considerando, ainda, os períodos de recessão e crise que acompanham o Brasil nas últimas décadas (GONÇALVES, 2013).Segundo os dados da PwC Brasil (2020), o número de empresas familiares, considerando as micro e pequenas empresas no país, representa cerca de 90% e, consequentemente, 65% do PIB nacional e torna-se encarregado de empregar em média 75% da mão de obra nos anos de 2019 e 2020.FATOS E DADOSA maioria das MPEs - Micro e Pequenas Empresas - não obedece a um sistema de planejamento prévio e construção de um futuro pautado em cenários, onde, de acordo com o SEBRAE (2020), 8 em cada 10 empresas sofrem mortalidade de seus negócios antes mesmo de completarem cinco anos de atividades, recorrendo, ainda, a empréstimos e consultorias externas. Apesar desses dados representarem fatores significativos para a economia brasileira, em termos de cenarização, torna-se cada vez mais difícil a difusão de práticas e ferramentas estratégicas para prospecção do futuro, tendo em vista a barreira da sucessão geracional, ou seja, a empresa ser administrada por familiares, ou passada de pai para filho, ao longo das gerações.Faller e Almeida (2014) propuseram a construção de um framework que possibilita a construção de cenários para micro e pequenas empresas, considerando os fatores limitantes mais comuns, como: a instabilidade; a falta de preparo nos negócios; a ausência de atualização de ferramentas estratégicas; e o desconhecimento de mercado. A Figura 1, a seguir, traz esse panorama. ead.uniguairaca.edu.br FIGURA 01 - Modelo de cenário para micro e pequenas empresas Fonte: Faller e Almeida (2014, p. 176).São perceptíveis alguns pontos para alcance de cenarização eficiente, considerando-se os aspectos elencados por Schwartz (2000), como: a avaliação de ambiente interno organizacional, validando seus recursos e envolvidos nos processos manufatureiros; avaliação de cenário econômico-financeiro, otimizando e prospectando novas análises com relação ao ambiente interno, em decorrência do ambiente externo e a definição de cenário positivo e negativo, no intuito de elencar as principais prospecções. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAISA pesquisa de Faller e Almeida (2014) sugere uma atenção especial para as micro e pequenas empresas voltadas para o ramo de prestação de serviços e entrega de materiais com maior valor agregado ao mercado. Dessa forma, todas as análises e diferenciações estratégicas devem ser ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 3: APLICABILIDADE DE CENÁRIOS EM GRANDES EMPRESAS vistas como únicas e exclusivas para cada modelo organizacional. Para ler o trabalho na íntegra, de forma pública, basta acessar o link a seguir, para a c e s s o d i r e t o à l e i t u r a p e l a b a s e d e d a d o s Scielo:https://www.scielo.br/j/rausp/a/XYcSF8djH9CxFVWzfPycZGL/?lang=pt&format=pdfUm momento de crise ou recessão pode permitir às micro e pequenas empresas uma reflexão de maior valor, considerando o estabelecimento de um futuro, mesmo que incerto (PINHEIRO, 2012). Estabelecer cenários, portanto, não deve ser tarefa para um porte específico de empresa, mas sim, favorecer uma análise ampla e direcionada a novos propósitos e possibilidades de atuação de cada segmento no mercado.REFLITAQual o cenário atual e quais as prospecções para o futuro das micro e pequenas empresas que você conhece? Com o advento da pandemia, elas terão maior resiliência de ações, ou tendem a ficar estagnadas? ead.uniguairaca.edu.br Sabemos que quanto maior a empresa, maiores as responsabilidades. Assim, estimular a utilização de ferramentas prospectivas para preparar-se para um futuro, mesmo que incerto, torna-se peça fundamental nas grandes corporações e empresas de grande porte. Hamel e Prahalad (1995), há algumas décadas atrás, propuseram um modelo às grandes corporações em que a utilização de cenários para a prospecção estratégica se tornaria algo mensurável, necessário e estritamente usual, agregando-se a tecnologia para auxílio probabilístico. Com o passar do tempo, foi visível que essa premissa tornou-se verdadeira, considerando softwares e abordagens gerenciais de larga escala para o desenvolvimento de cenarização em grandes organizações (MARCIAL; GRUMBACH, 2008). Logo, a cenarização e a obtenção de perspectivas para o futuro organizacional, tornou-se mais tecnológico, dinâmico e ágil, no quesito decisório.FATOS E DADOSGrandes empresas estão atuando na construção de cenários para a mudança de mercado e pensamento do consumidor, principalmente, levando-se em consideração o período pós-pandêmico. A utilização de prospecção em algumas empresas de grande porte tem se mostrado bastante eficaz, evidenciando as necessidades e saídas para alguns mercados. Veja mais sobre esse panorama, pelo link a seguir: https: //paraiba.com.br/2020/11/18/empresas-planejam-2021-com-previsoes-em-cenarios-economicos-incertos/ UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira É importante entender que a complexidade de empresas de grande porte pode proporcionar resultados muito mais satisfatórios em sua cenarização, considerando todo o envolvimento com o ambiente externo e maior controle de seu ambiente interno (RINGLAND, 1998). Logo, o levantamento de fatores e variáveis intervenientes do processo pela busca ao futuro se torna mais prático, e, de certa forma, mais confiável. As grandes empresas geralmente utilizam-se de um panorama estatístico e confiabilidade decisional mais aprofundada, utilizando-se de mais de uma ferramenta para estabelecer perspectivas futuras e compreensão de cenários que estarão presentes nos próximos ciclos econômicos. ead.uniguairaca.edu.br Como essas empresas possuem uma variedade de setores / áreas ou linhas de produção, acaba sendo necessária a utilização de aparatos tecnológicos como forma de projetar e formalizar esses processos de perspectiva.Exemplo de utilização de software tecnológico, inserido aos processos de cenarização às grandes empresas é a ferramenta Scopi ®, que permite, ao mesmo tempo em que são lançados os dados para prospecção de cenários, o retorno de ações por meio de consultoria e verificação de metadados para averiguação de processos válidos. Mesclando o planejamento estratégico com ferramentas básicas dos cenários como o método Canvas e a Matriz SWOT, a Figura 2 traz esse apanhado sobre esse software. REFLITAA utilização de aparatos tecnológicos ou consultoria externa para a estipulação de cenários e ambientes futuros torna-se cada vez mais comum. Será que a análise de um sujeito externo à organização que solicitou essa consultoria proporciona uma visão mais “neutra” ao tratar a cenarização e considerar os ambientes de atuação da empresa? UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br AULA 4: IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE CONJUNTURAL E DEFINIÇÃO DE PROSPECÇÕES Para se tentar prever o futuro, deve-se, primeiramente, olhar atentamente ao passado (VAN DER HEIJDEN, 2009). Dessa forma, temos os primeiros indícios de conjuntura e análise conjuntural, observando-se os pontos mais marcantes do passado, como premissa para a prospecção do futuro. Conjuntura é nada mais que a reunião de fatores que marcaram presença em certo momento da história, considerando-se: fatos, acontecimentos, ideias, dinâmicas, regras e diretrizes (SILVA, 1999). Na construção de cenário, portanto, a análise conjuntural torna-se um passo fundamental, diante do diagnóstico prévio de ambiente e levantamento de informações e dados para a tomada de decisão estratégica. Sabendo-se desse levantamento, é possível utilizar as técnicas de cenarização para o cruzamento, encontro e combinações possíveis para o entendimento de dinâmicas que ocorreram no período estudado, acentuando a origem de alguns processos e modelos organizacionais (SCHWARTZ, 2000). A análise da conjuntura, portanto, estabelece a mescla entre o conhecimento e a descoberta do novo, favorecendo, assim, a entrada de novas práticas e dinâmicas ao mercado. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Silva (1999) traz algumas etapas a serem cumpridas de maneira fundamental para o levantamento de cenários baseado em análise conjuntural. Logo, essas etapas se dão por:1. Explicitação de marco histórico ou fator de impacto: Como mencionado anteriormente, para que seja analisado um conjunto de fatores, é necessário que algum acontecimento histórico ou processo que impactou diversas áreas seja colocado em análise. Essa fase é fundamental para explicar a importância e justificar a escolha desse objeto e sujeito de pesquisa. Dessa forma, traça-se um panorama real, justificável e permite abertura a novas estratégias pautadas no histórico deste evento.2. Captação de Informações: Para que a realização de análise conjuntural torne-se favorável e com maior rigidez, é fundamental a coleta de dados, informações e variáveis que exemplifiquem e expliquem o panorama investigado. Dessa forma, o rigor científico para escolha do sujeito e do período escolhido torna-se mais favorável, fornecendo maior respaldo a práticas futuras e continuidade de análises. Quanto mais fontes de dados forem investigadas, maior a probabilidade de cenarização diante de UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAISA análise conjuntural é comumente utilizada em áreas de economia, estratégia e gestão orçamentária, favorecendo aspectos de planejamento em curto a longo prazo. Porém, outra área bastante necessária para esse estilo de análise de ambientes é o Judiciário e a área Legislativa. O link a seguir traz uma cartilha denominada “Análise de Conjuntura: como e por que fazê-la?”, pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, no intuito de caracterizar, especificar e favorecer o entendimento de cenários e análise de conjuntura de diversos setores da economia brasi le ira . A cart i lha pode ser acessada pelo l ink a seguir : https://www.diap.org.br/index.php/publicacoes/send/7-analise-de-conjuntura-como-e-por-que-faze-la/212-analise-de-conjuntura-como-e-por-que-faze-la ead.uniguairaca.edu.br Existem atualmente diversos modelos de análise de conjuntura, bem como, a divisão de aspectos que favorecem uma análise bastante criteriosa e próspera, para alçar cenários diversos e prospecções futuras. O texto a seguir reúne uma série de dadose contextos em que a análise conjuntural está inserida, representando a reflexão bibliográfica e a utilização de discussões entre autores da área. Para saber mais, acesse o link a seguir: http://ftmrs.org.br/arquivos/file_512ff95260e4c.pdf SAIBA MAIS UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira métodos estatísticos e probabilidades de ocorrência.3. Definição de tempo e lócus de análise: O recorte temporal, bem como o local onde serão investigados os fatores que fazem parte da conjuntura, também precisam estar explícitos nessa análise. É importante saber que, quanto maior o tempo dedicado à análise e percepção de dados, bem como, quanto mais abrangente é o local da coleta, maior o rigor científico despendido para a construção de perspectivas futuras. Cada organização pode representar um estilo de investigação próprio, delimitando espaços mais abrangentes e períodos maiores de investigação, tornando a conjuntura mais complexa e diversificada.4. Verificação de totalidade: Toda análise de conjuntura precisa representar a totalidade. Essa totalidade pode ser mensurada mediante aspectos que o ambiente interno e externo das organizações fornecem, utilizando-se, como pilares de análise, ferramentas como a Matriz SWOT e a análise mediante ambiente PEST(EL). ead.uniguairaca.edu.br Nessa unidade, foi possível identificar algumas diferenciações básicas sobre o caráter de aplicabilidade de cenários em diferentes contextos econômicos, sociais e organizacionais. A utilização de ferramentas, bem como a diferenciação de cenarização para ambientes de portes distintos, favorece maior compreensão sobre a variação dinâmica em que os cenários estão inseridos. Na primeira aula foi possível verificar de maneira extensiva a grande diversidade sobre ferramentas para cenarização e prospecção futura de ambientes. De abordagem tanto qualitativa, como quantitativa, é possível perceber que a construção de um possível futuro depende do levantamento de dados e informações, bem como, a distribuição de elementos que favoreçam a identificação de necessidades e dinâmicas econômicas do mercado. Ao se traçar ferramentas para identificar os impactos de ações nos cenários, foi visível que algumas ações são capazes de desencadear futuros distintos, complexos e, por vezes, não previsíveis. Dessa forma, a utilização de mais de uma ferramenta para compreensão e captação de dados para os cenários torna-se uma tarefa árdua e constante aos espaços organizacionais que aderirem a essa plataforma. Também pudemos notar as diferenciações e modelos a serem aplicados a empresas de pequeno e grande porte. As micro e pequenas empresas estão inseridas em um contexto onde o planejamento, por vezes, é inexistente. Cabe, então, a disseminação de práticas voltadas ao planejamento e à cenarização de maneira gradual e efetiva. Para as empresas de grande porte, por sua vez, subentende-se que o planejamento e alinhamento estratégico são tidos como suficientes, dando margem à utilização de ferramentas tecnológicas e aparatos que incrementem o processo de tomada de decisão ao futuro organizacional.A diferenciação de aspectos organizacionais que permitem a cenarização para pequenas, médias e grandes empresas está mais influente aos processos que são tomados do que, propriamente, ao tamanho das organizações. Dessa forma, torna-se fundamental o detalhamento e ordenação de fatores que possam ser controlados direta ou indiretamente pela gestão. A classificação de prospecções futuras é estreitamente ligada a um bom planejamento estratégico e possibilidade de atuação das empresas em favorecer maiores estímulos às organizações. RESUMO UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Atividade de Autoestudo01. Sobre as ferramentas e suas caracterizações ao processo de cenarização, analise as assertivas abaixo e, a seguir, assinale a alternativa que melhor representa a opção correta:I. De abordagem amplamente qualitativa, os mapas mentais e o brainstorming, em conjunto, são capazes de transferir as ideias em fatores funcionais e fundamentais à cenarização. Contando com uma “chuva de ideias”, é possível absorver o máximo de variáveis e estudá-las ou separá-las para melhor atender aos propósitos alçados pelos envolvidos.II. A criação de mapas mentais também favorece a criatividade, enquanto o brainstorming transmite maior sentido de coletividade, união e aceitação de processos dos envolvidos.III. O Diagrama de Árvore tem uma função bastante importante para a identificação de variáveis dependentes e independentes. As variáveis dependentes são aquelas que atuam diretamente no direcionamento e consequências do cenário. Já as variáveis independentes trazem uma interferência indireta, favorecendo um cenário mais amplo e expandindo possibilidades encontradas na cenarização.IV. O Método Delphi, também conhecido como “Diagrama de Falhas” ou “Esquema de Falhas”, traz maior delimitação de cenários probabilísticos e de combinação de várias possibilidades. É comum que essa ferramenta estabeleça percentuais para o alcance de cenários considerados Otimistas, Pessimistas, Desejáveis e Alcançáveis. Como resultado de todas as aulas, espera-se que fiquem claros os conceitos de cenarização voltada à utilização de ferramentas, bem como, a diferenciação estratégica de portes organizacionais, tendo em vista a perspectiva futura de cada uma. Além disso, também é esperado que a definição e obtenção de dados para realizar uma análise conjuntural siga um processo coerente e assertivo, favorecendo aspectos realmente relevantes para a projeção de eventos futuros. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br 02. A análise de conjuntura - ou análise conjuntural - estabelece algumas fases que são primordiais para a configuração de cenários e verificação de marcos históricos que justifiquem a necessidade de intervenção ou preparação ao futuro. Com relação às fases da análise conjuntural, analise as assertivas a seguir e, em seguida, assinale a alternativa que melhor representa a verdade:I. A segunda etapa, de captação de Informações, é a responsável pela coleta de dados, informações e variáveis que exemplifiquem e expliquem o panorama investigado. Dessa forma, o rigor científico para escolha do sujeito e do período escolhido torna-se mais favorável, fornecendo maior respaldo a práticas futuras e continuidade de análises. Quanto mais fontes de dados forem investigadas, maior a probabilidade de cenarização diante de métodos estatísticos e probabilidades de ocorrência.II. A última etapa, de verificação de totalidade, representa toda a análise de conjuntura, e, assim, precisa representar a totalidade. Essa totalidade pode ser mensurada mediante aspectos que o ambiente interno e externo das organizações fornecem, utilizando-se, como pilares de análise, ferramentas como a Matriz SWOT e a análise mediante ambiente PEST(EL). A. I e IV estão corretos.B. I e II estão corretas.C. I e III estão corretos.D. III e IV estão corretos.E. Todas estão corretas. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira JUSTIFICATIVAA opção I e II são as corretas, configurando como única alternativa correta a letra “b”. As demais assertivas (III e IV) não se enquadram com os elementos discutidos na Aula 1, onde foram elencadas as características básicas das ferramentas para a construção de cenários, trocando seus significados reais. ead.uniguairaca.edu.br III. A terceira etapa, de definição de tempo e lócus de análise,o recorte temporal, bem como o local onde serão investigados os fatores que fazem parte da conjuntura, também precisam estar explícitos nessa análise. É importante saber que, quanto maior o tempo dedicado à análise e percepção de dados, bem como, quanto mais abrangente é o local da coleta, maior o rigor científico despendido para a construção de perspectivas futuras.IV. A primeira etapa, de captação de Informações, é a responsável pela coleta de dados, informações e variáveis que exemplifiquem e expliquem o panorama investigado. Dessa forma, o rigor científico para escolha do sujeito e do período escolhido torna-se mais favorável, fornecendo maior respaldo a práticas futuras e continuidade de análises. Quanto mais fontes de dados forem investigadas, maior a probabilidade de cenarização diante de métodos estatísticos e probabilidades de ocorrência.A. I, II e IV estão corretos.B. I e II estão corretos.C. I e III estão corretos.D. I II e III estão corretas.E. Todas estão corretas. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira JUSTIFICATIVAA letra “d” está correta, considerando apenas as assertivas I, II e III como verdadeiras. A assertiva IV não enquadra-se como verdade, tendo em vista que ela representa a “etapa dois'', e não a “etapa um”, conforme descrito no enunciado. As demais assertivas são vistas como verdadeiras e de acordo com a caracterização básica. ead.uniguairaca.edu.br 03. Sobre a aplicabilidade da construção de cenários em pequenas e grandes empresas, bem como, a diferenciação de ferramentas e processos para cada porte empresarial, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa que melhor representa a alternativa verdadeira:I. As grandes empresas geralmente utilizam-se de um panorama estatístico e confiabilidade decisional mais aprofundada, utilizando-se de mais de uma ferramenta para estabelecer perspectivas futuras e compreensão de cenários que estarão presentes nos próximos ciclos econômicos.II. Como as empresas de grande porte geralmente possuem uma variedade de setores / áreas ou linhas de produção, acaba sendo necessária a utilização de aparatos tecnológicos como forma de projetar e formalizar esses processos de perspectiva.III. É importante entender que a complexidade de empresas de grande porte pode proporcionar resultados muito mais satisfatórios em sua cenarização, considerando todo o envolvimento com o ambiente externo e maior controle de seu ambiente interno. Logo, o levantamento de fatores e variáveis intervenientes do processo pela busca ao futuro se torna mais prático, e de certa forma, mais confiável.IV. Ao observar a necessidade de incorporação de estratégias econômicas no Brasil para as micro e pequenas empresas, tem-se como principal eixo de análise a extinção de metas e objetivos, focando exclusivamente em orçamentos e retornos mais lentos e morosos sobre os investimentos. JUSTIFICATIVAA letra “d” está correta, considerando apenas as assertivas I, II e III como verdadeiras. A assertiva IV não enquadra-se como verdade, tendo em vista que existe a necessidade de estipular metas e objetivos, favorecendo, ainda, processos com retornos mais rápidos aos investimentos traçados. Logo, a assertiva não condiz com a verdade apresentada no material da Aula 2, sobre micro e pequenas empresas. A. I, II e IV estão corretos.B. I e II estão corretos.C. I e III estão corretos.D. I II e III estão corretas.E. Todas estão corretas. UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br MATERIAL COMPLEMENTAR UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br FALLER, Lisiane Pellini; ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro. Planejamento por cenários: preparando pequenas empresas do varejo de móveis planejados para um futuro competitivo. Revista de Administração (São Paulo) [online], v. 49, n. 1, p. 171-187, 2014.GONÇALVES, Reinaldo. Desenvolvimento às avessas: verdade, má fé e ilusão no atual modelo brasileiro de desenvolvimento. Rio de Janeiro: LTC, 2013.GRUMBACH, R. J. Prospectiva: a chave para o planejamento estratégico. 2. ed. Rio de Janeiro: Catau, 2000.HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. 15. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995.HEIDJEN, K. V. D. Cenários, a arte da conversação estratégica. Porto Alegre: Bookman, 1996.MARCIAL, Elaine Coutinho; GRUMBACH, Raul José dos Santos. Cenários Prospectivos: como construir um futuro melhor. 5. ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2008.PINHEIRO, Armando Castelmar. Além da euforia: riscos e lacunas do modelo brasileiro de desenvolvimento. Rio de janeiro: Elsevier, 2012.PINHO, D. B. VASCONCELLOS, M. A. (Org.) Manual de Introdução à Economia. São Paulo: Saraiva, 2006.PWC BRASIL. Empresas familiares planos de sucessão: Artigos. 2 0 2 0 . D i s p o n í v e l em : < h t t p s : / /www . pw c . c om . b r /p t / s a l a - d e -imprensa/artigos/empresas-familiares-e-plano-de-sucessao.html>. Acesso em: 08. Jun. 2021. REFERÊNCIAS UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br FALLER, Lisiane Pellini; ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro. Planejamento por cenários: preparando pequenas empresas do varejo de móveis planejados para um futuro competitivo. Revista de Administração (São Paulo) [online], v. 49, n. 1, p. 171-187, 2014.GONÇALVES, Reinaldo. Desenvolvimento às avessas: verdade, má fé e ilusão no atual modelo brasileiro de desenvolvimento. Rio de Janeiro: LTC, 2013.GRUMBACH, R. J. Prospectiva: a chave para o planejamento estratégico. 2. ed. Rio de Janeiro: Catau, 2000.HAMEL, G.; PRAHALAD, C. K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. 15. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1995.HEIDJEN, K. V. D. Cenários, a arte da conversação estratégica. Porto Alegre: Bookman, 1996.MARCIAL, Elaine Coutinho; GRUMBACH, Raul José dos Santos. Cenários Prospectivos: como construir um futuro melhor. 5. ed. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2008.PINHEIRO, Armando Castelmar. Além da euforia: riscos e lacunas do modelo brasileiro de desenvolvimento. Rio de janeiro: Elsevier, 2012.PINHO, D. B. VASCONCELLOS, M. A. (Org.) Manual de Introdução à Economia. São Paulo: Saraiva, 2006.PWC BRASIL. Empresas familiares planos de sucessão: Artigos. 2 0 2 0 . D i s p o n í v e l em : < h t t p s : / /www . pw c . c om . b r /p t / s a l a - d e -imprensa/artigos/empresas-familiares-e-plano-de-sucessao.html>. Acesso em: 08. Jun. 2021. REFERÊNCIAS UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira RINGLAND, G. Scenario Planning: managing for the future. New York: John Wiley & Sons, 1998.SCHWARTZ, P. A arte da visão de longo prazo. São Paulo: Nova Cultural, 2000.SEBRAE. Serviço de apoio às micro e pequenas empresas. Estudo da Mortalidade das Empresas B ras i l e i ra s . Re l a tó r i o fina l , 2020 . D i spon íve l em : <http://www.sebrae.com.br>. Acesso em 08. Jun. 2021.SILVA, José Cláudio Ferreira da. Modelos de análise macroeconômica: um curso completo de macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 1999.VAN DER HEIJDEN, K. Planejamento por cenários: a arte da conversação estratégica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. ead.uniguairaca.edu.br EAD PLANEJAMENTODE CENÁRIOS ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira Objetivos de Aprendizagem Plano de Estudo Introdução • Identificar o panorama econômico brasileiro, considerando as variáveis demográficas, sociais, culturaise históricas, que moldaram e estabeleceram os processos brasileiros atuais.• Identificar o panorama econômico mundial, pontuando e assimilando as variáveis demográficas, sociais, culturais e históricas, que moldaram e estabeleceram os processos atuais de troca econômica e acordos mundiais.• Explicitar as principais ferramentas e técnicas para análise de investimentos, contribuindo para a visão de objetivos estratégicos e melhoria nos ambientes organizacionais, pautados na visão econômica.• Apresentar os principais tipos de investimentos e como são correlacionados com o cenário econômico empresarial, seja para atuação em curto, médio ou longo prazo. A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:• Perspectiva Brasileira Econômica • Perspectiva Mundial Econômica• Ferramentas para Análise de Investimentos• Tipos de Investimentos e Caracterizações Ao estabelecer critérios e elementos que possibilitem a criação de cenários, um dos fatores de maior impacto e diferenciação na tomada de decisão é o ambiente econômico. A economia estabelece um arsenal de elementos que corroboram e preparam, tanto os envolvidos, quanto os impactados, para a mudança de cenário ou panorama em curto ou longo prazo. ead.uniguairaca.edu.br Nessa unidade, será possível desdobrar algumas características que auxiliem na compreensão do panorama econômico em diversos níveis, considerando uma abordagem regional como verificação de pontos para o Brasil - até mesmo, em nível global, considerando a perspectiva econômica mundial. Os pr incipais e lementos que corroboram a economia em diferentes contextos ou ambientes também permitem a averiguação de cenários para a análise de investimentos, utilizando-se de ferramentas e instrumentos para a perspectiva de investimentos. Logo, nessa unidade também será abordado o contexto que abarca investimentos, suas principais caracterizações e ferramentas que auxiliam no processo de investir. É importante conhecer o processo de investimentos, bem como, seus limites e possibilidades, quando traçado o panorama para a construção de cenários. A perspectiva só é validada e formalizada mediante processos de análise conjuntural e, a partir disso, estabelecimento de objetivos pautados em investimentos em diferentes prazos. Ao final desta unidade, espera-se que seja compreendido a diferenciação entre panoramas brasileiro e global sobre a economia, considerando seus elementos mais importantes. Além disso, espera-se que o senso crítico com relação aos investimentos e ferramentas baseadas no ato de investir, ponderando as principais necessidades ao estabelecer um cenário de investimento e busca de novos processos ou produtos. AULA 1: PERSPECTIVA ECONÔMICA BRASILEIRA As perspectivas do Brasil para os diversos ambientes já eram amplamente discutidos na literatura como período de pós-crise, em decorrência de mudanças políticas e a manifestação de novos aparatos tecnológicos, e complexidade de reformas legislativas nos últimos anos (GIAMBIAGI; BARROS, 2019; VELOSO, 2012; PINHEIRO, 2012). os anos anteriores (ALMEIDA, 2021). UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 1: PERSPECTIVA ECONÔMICA BRASILEIRA ead.uniguairaca.edu.br Porém, à medida que foi se estabelecendo um cenário recessivo e de extrema instabilidade, como o aparecimento do Coronavírus 2019, no início de 2020, a perspectiva modificou seu panorama, explicitando novas dificuldades, alcance de metas e prioridades bastante diferentes das traçadas nnos anos anteriores (ALMEIDA, 2021).Apesar de, na última década, a economia do Brasil não estivesse sido considerada exemplar - bem como, conferida expectativa de queda para o PIB, no ano de 2020, havia-se expectativa e a construção de um cenário que representava uma leve melhora na economia, prospectando-se um cenário diferente aos anos seguintes (BASTOS, 2020).Logo, se o país já possuía um quadro bastante deteriorado no cenário fiscal - considerando o FMI - Fundo Monetário Internacional, bem como, a especulação de bolsas de valores e iniciativas externas, a possibilidade de investimento e estagnação econômica foi colocada em pauta e designou uma depreciação em financiamentos para municípios, estados e, no geral, ao estado federativo (ALMEIDA, 2021). Dessa forma, ao decorrer desse novo advento negativo da COVID-19, o impacto em setores foi gradual, favorecendo a degradação, principalmente em setores que congregam serviços e, consequentemente, correspondem a 70% do PIB nacional (IPEA, 2020).Em muitas décadas, considera-se que o Brasil não tem vivenciado um cenário tão complexo e de necessidade de reformulações urgentes, que favoreçam as relações internas de comércio e manufatura, bem como as relações externas de diplomacias e investimentos às relações exteriores. Gala (2020) reflete esse cenário com base em dois pilares básicos para a economia, pautado nas caracterizações básicas dos ciclos econômicos ao longo do tempo: a complexidade e a ubiquidade.O caráter complexo do Brasil enquanto período pandêmico, ao relacionar-se com os pressupostos econômicos, reforça a alta gama de produtos e serviços oferecidos em um mesmo território, favorecendo a troca de bens e serviços internamente, bem como, o alto índice de exportação de mercadorias, fortalecendo a troca mundial (KISHTAINY, 2013). Diante do início da pandemia, o caráter de economia complexa do Brasil teve estagnação, favorecendo elementos apenas para urgência e necessidade de comercialização, diante do fechamento de setores, adaptabilidade de segmentos e isolamento social conjunto (IPEA, 2020). UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Já o caráter de ubiquidade, de acordo com Gala (2020) e Kishtainy (2013), traz a relação de presença e diversidade de produção de certos bens e serviços que a economia pode prover em nível interno - federativo -, ou nível externo - mundial. Dessa forma, diante da estagnação comercial e manufatureira do COVID-19, a ubiquidade teve seu caráter afetado e bastante prejudicado, em nível nacional brasileiro, anulando alguns pólos de produção de diversos segmentos e, em alguns setores, promovendo o fechamento de setores ou indústrias responsáveis pela distribuição econômica local - como o caso do PIB per capita e indicadores de empregabilidade e distribuição de renda. A ubiquidade foi assunto de extrema importância nas diversas áreas de discussão durante o processo pandêmico. Tanto para a área econômica, quanto para a designação social e cultural, foram propostos novos modelos para a distribuição de produção e flexibilização de produção em um curto período de adaptação. O artigo científico a seguir, intitulado “Reflexões e percepções sobre a mobilidade e ubiquidade das tecnologias digitais em um contexto caótico” traz essa caracterização de reformulações diante de processos pandêmicos, ou, como os próprios autores ressaltam, caóticos. P a r a s a b e r m a i s , a c e s s e o l i n k a s e g u i r : h t t p : / / e -revista.unioeste.br/index.php/rebecem/article/view/24856 VOCÊ SABIA? É importante reforçar que, mesmo antes da pandemia, alguns panoramas foram considerados para a cenarização econômica do Brasil, onde, de acordo com IPEA (2020, p. 11) “as perspectivas para a economia brasileira [...] eram de crescimento moderado, mas em aceleração em 2020 e 2021, com aumentos estimados do produto interno bruto (PIB) de cerca de 2% e 3%, respectivamente”, trazendo uma alta econômica pela 9ª vez consecutiva, a passos lentos. Em compensação, ao final de 2020, ainda foi possível verificar a expansão crescente da produção e comercialização de produtosagropecuários, simbolizando uma média de 6% (ALMEIDA, 2021), juntamente com o aumento do consumo de alimentos de forma delivery, itens para manutenção doméstica - como móveis, eletrônicos e decoração, e no setor de eletrônicos como em computadores, televisores e eletrodomésticos no geral (IPEA, 2020). UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Dessa forma, com a maximização do home office, verifica-se uma constante mudança de consumo, bem como, de comportamento dos consumidores em todo o mundo, favorecendo práticas inovadoras e restabelecendo cenários mercadológicos.SAIBA MAISVocê já parou pra pensar como estão alguns setores da economia brasileira depois de 1 ano de período pandêmico? Como estão alguns setores como o agropecuário, a telecomunicação, de vendas e de varejo? Muitos deles acabaram maximizando seus resultados, enquanto outros estão até meados de 2021 com processos de recessão e crises setoriais. Veja mais informações sobre esse panorama na reportagem intitulada “KPMG classifica desempenho de 40 setores um ano após início da pandemia”, pelo Estadão online, no link a seguir: https: //economia.uol.com .br/noticias/estadao-conteudo/2021/05/10/kpmg-classifica-desempenho-de-40-setores-um-ano-apos-inicio-da-pandemia.htm Considerando-se esse panorama, e prospectando-se novos cenários, é visto que a perspectiva para o futuro da economia brasileira é bastante favorável, onde é permitido maior avaliação e configuração da retomada econômica mediante diversos setores industriais que estão em alta ou retomando as atividades. As taxas de juros e inflação, em um cenário próximo, tendem a minimizar ou manter-se estagnadas, favorecendo a negociação de dívida externa de forma mais regulada e, aos poucos, contribuindo para a melhoria / minimização da dívida interna, que ainda configura-se como algo extremamente elevado e de resolução lenta e morosa (ALMEIDA, 2021). Ainda é necessário investir em mão de obra qualificada, mediante estímulos educacionais e maior fornecimento de práticas que auxiliem os pequenos e médios produtores, orientados para a estabilização econômica de pequenos pólos de produção e dinâmicas microestruturais (BCB, 2021). Outro ponto crucial para alavancar o processo de melhoria econômica consiste na aquisição e determinação de tecnologias para a melhoria de UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br processos, sem perder o enfoque na estabilidade econômica intraorganizacional (OCDE, 2020). Algumas perspectivas para o cenário futuro do Brasil são trazidas pelo Relatório Focus, do Banco Central do Brasil (BCB, 2021), onde são elencados algumas perspectivas como:• A previsão para a taxa Selic, de juros, é de redução ao final de 2021, considerando-se, no ano de 2020, um percentual de 4,25% ao ano;• Com relação ao investimento externo, é previsto para o final de 2021 o total de US$ 84,05 bilhões para a dinâmica de exportação e mercado internacional;• A estimativa para a Balança Comercial ao final de 2021 é dada por US$ 33,19 bilhões, considerando um superávit, apenas da queda de menos de 1% no período de análise de 2019-2020;• A estimativa para fechamento do dólar, considerando a taxa de câmbio da moeda em 2021, é de R$ 4,15 por dólar, simbolizando uma baixa de precificação, onde, em 2020, a média fechou em R$4,20 por dólar, possibilitando acentuar o valor comercial da moeda; Já em um contexto empresarial, é necessária a reestruturação de micro e pequenas empresas diante da tecnologia e novas práticas de consumo, permitindo a entrada de novas empresas no mercado para aquecimento da economia de modo gradual (ALMEIDA, 2021). A utilização de ferramentas que estimulem a indústria 4.0 tem se tornado cada vez mais frequente e necessária para a captação de novos recursos e ao atendimento de necessidades de mercado, que mudaram seu comportamento lentamente ao longo desse breve período de recessão. Apesar das prospecções representarem um cenário mais positivo, é importante manter a atualização contínua com relação à tecnologia e processos que estimulem a produção do pequeno ao grande empresário (BCB, 2021). Outras alternativas remanescentes para alavancar a economia, podem ser encontradas nos processos de exploração e exportação de biocombustíveis, investimentos em pesquisas científicas e educacionais, bem como, na intensificação de produtos e serviços que permitam maior visão do Brasil ao mercado externo, favorecendo trocas e dinâmicas de mercado cada vez mais alinhadas com os cenários prospectados. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br AULA 2: PERSPECTIVA MUNDIAL ECONÔMICA UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira O processo de entendimento e compreensão de panoramas em nível mundial envolvendo os últimos anos não foi tarefa fácil, principalmente para o eixo econômico. De acordo com os relatórios anuais, em 2020, a queda de bolsas de valores tomou um indicativo alarmante, considerado como Corona Crash, fazendo com que bolsas como IBEX (Madri); DAX (Frankfurt); CAC (Paris); e FTSE (Londres), tivessem uma queda histórica e perda de injeção de capital minimizada (OCDE, 2021).Já em território norte-americano, a queda das bolsas e a injeção econômica ficaram um pouco mais estabilizadas, onde, mediante contribuição de largas fatias de injeção monetária pelos bancos, a queda de valores foi menor e, consequentemente, acarretou numa disfunção econômica mais controlada (IPEA, 2020). Exemplos das bolsas que retesaram levemente suas ações são dadas por: Dow Jones; S& P500; e Nasdaq (OCDE, 2021).Com o início da vacinação e estímulos de consumo voltando à ativa, houve uma melhora na perspectiva de manutenção econômica em nível global, favorecendo alguns países do hemisfério norte, cujo processo de imunização já está bastante acelerado (ARNOLD, 2021). ead.uniguairaca.edu.br SAIBA MAISA análise de quedas e injeções de capital em bolsas de valores trazem um panorama bastante interessante sobre o desenvolvimento de práticas econômicas pautadas na desobstrução causada pelo coronavírus. A reportagem a seguir traz esse apanhado, configurando as bolsas e suas perspectivas econômicas nos continentes, ao longo do processo de r e v e r s ã o à c r i s e g l o b a l . V e j a m a i s n o l i n k a s e g u i r : https: //valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/bolsas-e-indices/noticia/2020/12/21/versao-mais-contagiosa-da-covid-19-na-europa-derruba-bolsas-do-mundo.ghtml De acordo com a Agência O Globo (2021), a perspectiva de melhoria mundial ainda pode trazer um lento e moroso processo de melhoria, onde, de acordo com o Banco Central, o panorama atual é bastante pessimista, exigindo maior notoriedade por parte dos governos e instituições nacionais. A Figura 1, a seguir, traz esse panorama, mediante análise de países desenvolvidos e em desenvolvimento, com relação à perspectiva mundial considerando-se a evolução do PIB.Figura 1 - Panorama de evolução anual do PIB, de 2018 a 2022, em % UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Um dos pontos de retomada e consideração do PIB para os continentes se dá, em grande parte, pela aceleração ou estagnação de vacinações ao longo do mundo. A partir desse fator, bem como a retomada do comércio e serviços, em decorrência da imunização, permite olhar a perspectiva mundial como um cenário otimista e pessimista, atribuindo, assim, melhores taxas ao PIB de diversos países (ARNOLD, 2021).Com relação à pobreza, miséria e questões de vulnerabilidade em nível mundial, Corrêa (2020) já possibilitou um cenário pessimista, antes mesmo da continuidade periódica da pandemia, onde estima-se que cerca de 90 milhões de pessoas no mundo poderão entrar em um patamar de extrema pobreza e miséria, considerando a renda diária de até US$1,90. A desigualdade alarmante, somada à falta de recursos básicos, também é estipulada pelo Fundo Monetário Internacional, desfavorecendo alguns setores e maximizando o desemprego em larga escala. Um dos pontos centrais de manutenção organizacional e prospecção de novos mercados e clientes é a prospecção de investimentos, sejam esses em curto ou longo prazo, de acordo com Kishtainy (2013). Para isso, é comum que as empresas se desdobrem na aquisição de novas tecnologias, mão de obra especializada, novos processos e elementos que auxiliem na construção de um cenário favorável e amplamente benéfico (MOITA, 2019). Dessa forma, abre-se a necessidade de entender as ferramentas que auxiliam no investimento, bem como, averiguar se essas aquisições são, de fato, necessárias ao processo organizacional. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira AULA 3: FERRAMENTAS PARA ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ead.uniguairaca.edu.br Quando falamos em investimento, pensamos geralmente em aquisições grandiosas ou bastante complexas, que despendem maior avaliação ou análise de necessidades. Porém, os investimentos podem ser mais triviais e, mesmo assim, utilizar de ferramentas para atestar sua viabilidade. Dessa forma, qual foi a última vez que você investiu em algo? Utilizou-se de prospecção ou alguma ferramenta para mensurar os ganhos e benefícios dessa nova aquisição? REFLITA Ao considerar os investimentos, é importante refletir sobre o panorama em que a organização se encontra, bem como, o reflexo que as novas aquisições poderão sofrer com relação ao cenário interno e externo das organizações (SANTIAGO, 2015). Sabendo-se disso, cabe identificar as principais ferramentas para a avaliação criteriosa de investimentos:A) Payback: O payback atua como regulador de tempo sobre o investimento, aferindo o tempo que será necessário para obter o retorno sobre o valor que foi investido. Em outras palavras, ele representa o tempo em que o empreendimento irá “se pagar”, ou seja, onde a soma de todos os rendimentos seja igual ao valor investido inicialmente. O período de mensuração pode ser alocado em dias, meses, anos, ou, até mesmo, décadas, dependendo do tipo de investimento que foi considerado, bem como, o valor de mercado. Logo, sua fórmula simples pode ser designada pela divisão entre os fatores de: Investimento inicial (I0) / Ganho no Período (Vp). Considera-se que, quanto maior o período de payback resultante da análise, mais arriscado e complexo o investimento para a empresa, necessitando maior análise e aprofundamento de sua aplicabilidade. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br SAIBA MAISQuais as vantagens e desvantagens de aplicar um payback em uma organização de pequeno porte? E em processos de grande porte, o processo de averiguação de investimentos muda? Essas informações, bem como o norteamento para aplicar as fórmulas de payback são explicitadas na reportagem a seguir, da Prolase Making ®. Vale a pena conferir, pelo link: https://prolase.com.br/blog/2020/02/07/payback-aprenda-como-calcular-o-tempo-de-retorno-de-um-investimento/ B) Valor Presente Líquido (VPL): Considerado como mais complexo, e, consequentemente, com maior completude que o payback, o VPL analisa a mudança do dinheiro ao longo do tempo, realizando a análise de atualização monetária e custos de capital. Nessa ferramenta, as entradas e saídas são consideradas de forma comparativa ao longo do tempo, com o investimento inicial, propondo, assim, a evolução ou involução do fluxo de caixa, com relação ao processo de investimento. Os resultados do VPL podem ser demonstrados de três aspectos: negativo, neutro e positivo. O VPL negativo representa que o investimento não se torna viável à aplicação; o VPL neutro sugere que o investimento não trará lucros nem prejuízos, sugerindo a avaliação de aplicabilidade e, por sua vez, o VPL positivo demonstra que o investimento é viável e pode trazer benefícios e rentabilidade ao negócio. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAISPara conhecer mais sobre a fórmula e caracterizações do VPL, o link a seguir traz esse panorama, correlacionando a análise de viabilidade com os juros e panorama econômico de mercado, sendo necessária análise de cenár io antes de qualquer invest imento. Confira mais em: https://jurosbaixos.com.br/conteudo/como-calcular-o-valor-presente-liquido-vpl_/ ead.uniguairaca.edu.br C) Taxa Interna de Retorno (TIR): Considerada como um complemento ao VPL, a TIR faz com que os elementos do fluxo de caixa sejam equiparados a zero - sejam estes, entradas ou saídas, simbolizando, assim, os ganhos reais do empreendimento com relação ao investimento proposto. O TIR é bastante utilizado para mensurar cenários de expansão ou maximização de espaços organizacionais, bem como, a ampliação de vendas ou produções que dependam de novos instrumentos ou maquinários para a manufatura. Dessa forma, quanto maior o percentual do TIR, maiores as probabilidades de investimento, e, consequentemente, melhores taxas de retorno.REFLITAPara conhecer um pouco mais sobre as aplicabilidades e características da ferramenta TIR, acesse o link a seguir, traz um detalhamento e as modalidades mais comuns desse tipo de prospecção econômica: https://www.treasy.com.br/blog/taxa-interna-de-retorno-tir/ UNIDADE III - TÉCNICAS PARA A CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira D) Enterprise Resource Planning (ERP): Traduzido como Sistema Integrado de Gestão Empresarial, os ERPs podem auxiliar na contabilização de blocos financeiros, melhorias de prospecções utilizando-se de fluxo de caixa, detalhamento de operações, e, acima de tudo, identificação de deficiências ou necessidades de investimentos, em curto e a longo prazo. A utilização de ERPs traz um novo contexto organizacional, favorecendo a utilização de tecnologia para prospectar resultados e embasar os processos de planejamento estratégico.Em momentos de instabilidade e recessões econômicas, torna-se extremamente conveniente a aplicação e detalhamento de investimentos para a tomada de decisão de cada modelo organizacional. O momento correto de investir depende de uma série de elementos e dados que auxiliem na compreensão dos ambientes em que as empresas operam, porém, ao utilizar de ferramentas e instrumentos que quantifiquem esses resultados, torna-se muito mais fácil explicitar a necessidade de investimentos e inserir esses gastos no futuro organizacional (MOITA, 2019; SANTIAGO, 2015). ead.uniguairaca.edu.br AULA 4: TIPOS DE INVESTIMENTOS E CARACTERIZAÇÕES Leitão (2013) reforça o panorama de expectativas brasileiras com relação ao futuro incerto das empresas, de modo geral, sendo assim, imediatamente, necessária a aplicabilidade de ferramentas mistas ou conjuntas, para a averiguação de necessidades e estabelecimento de práticas inovadoras ao processo de gestão. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira SAIBA MAISAo falarmos de investimentos, é importante considerar, acima de qualquer elemento, o panorama do mercado comercial. Você sabia que a taxa Selic deve voltar a subir em 2021, para conter a inflação? Saiba mais o que isso pode acarretar no link a seguir: https://vocesa.abril.com.br/especiais/como-investir-em-2021/ Que a ação de investir significa aplicar uma quantidade monetária a um determinado processo, bem ou serviço, todos já sabem. Porém, no ato de investir, existe uma série de elementos ou processos que permitem qualificar qual o melhor estilo de investimento, bem como, qual o modelo mais adequado às necessidades organizacionais e ambientais (MOITA, 2019). ead.uniguairaca.edu.br É importante definir que a estipulação de investimentos permite configurar sua tipologia em algumas abordagens, sendo uma delas a abordagem temporal (SANTIAGO, 2015). Dessa forma, os investimentos podem ser tipificados ou classificados em três modelos: curto, médio e longo prazo. Vamos ver algumas características deles:• Investimentos de curto prazo: Considerado como um dos estilos de investimentos mais incertos e arriscados, o processo de investir em curto prazo determina até 02 anos para sua finalização. Como esse período é curto, recomenda-se a escolha de um investimento menos inovador, trazendo maior segurança e estabilidade ao investidor. Exemplos desse tipo de investimento se dão por: aquisição de títulos da Selic pelo Tesouro; e o CDB - Certificado de Depósito Bancário. Nesses casos, é importante que a liquidez seja bastante acessível ao investidor, de forma a determinar maior flexibilidade e dinamicidade.• Investimentos de médio prazo: Esse tipo de investimento corresponde a um período de 2 a 5 anos, não necessitando como critério emergencial a liquidez, mas sim, a variação de juros e rentabilidade de ações daquele investimento. Como o tempo é maior para o resgate do investimento, em alguns contextos, pode ser investido um valor maior, e consequentemente, obter maiores resultados e lucros favoráveis. Exemplos de investimentos de médio prazo são tidos por: LCI (Letra de Crédito Imobiliário); LCA (Letra de Crédito do Agronegócio); e o mais conhecido, Tesouro Direto.• Investimentos de longo prazo: Tendo em vista que o período desse tipo de investimento costuma ter um caráter longínquo, a liquidez e ações de resgate são deixados de ser parâmetros de importância, considerando, acima de tudo, o rendimento e diversificação de tipos de ações. Considera-se um investimento de longo prazo aqueles que são superiores a 5 anos, sendo comumente exemplificados por: ações, fundos, e aplicação no Tesouro Direto. Um dos maiores exemplos indiretos de investimento de longo prazo pode se dar pela capitalização privada, ou mesmo, pelo processo de injeção de capital de aposentadoria. Quando falado sobre a diversificação de ações, também é possível entender melhor sobre a Carteira de Investimentos. Esse termo refere-se ao conjunto de ativos e aplicações que um investidor realiza, agrupado em UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira diversos padrões e injeções ao longo do tempo (ARAÚJO, 2013). Essa Carteira ainda permite maior distinção de ações mediante investimentos de renda fixa ou investimentos de renda variável:• Investimentos de Renda Fixa: São tidos como investimentos que sugerem uma regra definida e central de rentabilidade ao investidor, ou seja, não atuando com variações ou oscilações periódicas. Esse tipo de investimento favorece a prospecção ou cenário monetário exato ao final do processo de capitalização. Como exemplos mais conhecidos desse tipo de investimento, é possível citar: a poupança; o tesouro direto; e os debêntures. Vale ressaltar que os investimentos de renda fixa possuem, ainda, respaldo do FGC - Fundo Garantidor de Crédito, que traz a segurança de retorno do investimento em casos de força maior, como falência ou perdas irreversíveis do investidor (considerando-se os valores de até R$ 250 mil reais).• Investimentos de Renda Variável: Esse tipo de investimento reflete toda cautela e necessidade de avaliação dos ambientes que estão circundando a economia e a sociedade no momento da aplicação. Por ser imprevisível, esse tipo de investimento não é recomendado para aqueles investidores que prospectam seus resultados periodicamente. Exemplos desse tipo de investimento são tidos por: ações; fundos de ações; fundos imobiliários; e aplicação e injeção de capital em commodities. Ao contrário do investimento de renda fixa, portanto, esse tipo de investimento não favorece a garantia ou proteção do FGC, onde, em casos de falência ou obstrução financeira, o emissor não dá garantia de devolução ou retorno do investimento, podendo perder todo o capital investido.SAIBA MAISVocê já parou pra pensar em investimento ou nos tipos de investimentos que melhor combinam com você? Saiba que existem diversas plataformas e processos que auxiliam nessa escolha. A reportagem a seguir traz um apanhado dos melhores tipos de investimento atualmente, considerando o cenário e os ambientes gerais. Saiba mais no link a seguir: https://www.euqueroinvestir.com/melhor-investimento/ ead.uniguairaca.edu.br A visão sobre o cenário econômico brasileiro e mundial nunca estiveram tão em voga quando nos últimos anos. O modelo de prospecção pautado em instabilidades, mudanças rápidas de comportamento, bem como, na observação de diferentes estímulos de mercado, estão sendo elementos definitivos no entendimento de ambientes em longo prazo. Nessa unidade, foi possível identificar as principais características e prospecções do cenário econômico brasileiro, verificar as possibilidades e dinâmicas da economia global, definir métricas para a caracterização de investimentos, e, finalmente, identificar a tipologia de investimentos, de acordo com os exemplos mais comuns do cotidiano brasileiro. \Quando observado, ao longo das aulas, sobre a análise de cenários pautada em investimentos, é possível que a utilização de ferramentas para identificação de ambientes esteja sempre presente. A avaliação de organizações, bem como, a decisão de investir, pode ser pré-determinada mediante verificação de panoramas econômico-financeiros, e, consequentemente, avaliação social e mercadológica. Em nível global, é visível a manifestação de um cenário de mudança pautado na regularização da vacina contra o COVID-19, bem como a reestruturação econômica de países que estavam em processo de desenvolvimento. A estagnação de alguns países e agrupamentos federativos, por vezes, pode se dar por meio da ambivalência político-social, ocasionando interferências diretas na visão de futuro e prospecção econômica em longo prazo. Por fim, o entendimento sobre as principais ferramentas e tipos de investimentos favorece maior consolidação sobre os aspectos de rentabilidade, diversidade de capital, bem como, reflete um cenário demográfico de evolução de ambientes, baseado na renda e perfis de consumo. Como resultado de todas as aulas, espera-se que os conceitos de investimento, assim como sua tipologia e utilização de ferramentas, possibilite abarcar novas possibilidades de atuação em diversos cenários, prospectando saídas e diversificando a tomada de decisão em ambientes, por vezes, instáveis e de difícil compreensão. Além disso, essa unidade também tem o intuito de aguçar a curiosidade sobre o panorama econômico e mundial vivido, trazendo maiores prospecções sobre mudanças, possibilidades e limitações desse cenário. RESUMO UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br Atividade de Autoestudo01. Considerando-se a temporalidade e prazos para investimentos, analise as assertivas a seguir relacionadas aos investimentos de curto prazo. Após isso, assinalea alternativa que melhor reflete a alternativa verdadeira:I. Considerado como um dos estilos de investimentos mais incertos e arriscados, o processo de investir em curto prazo determina até 02 anos para sua finalização. Como esse período é curto, recomenda-se a escolha de um investimento menos inovador, trazendo maior segurança e estabilidade ao investidor.II. Exemplos de investimento de curto prazo se dão por: aquisição de títulos da Selic pelo Tesouro; e o CDB - Certificado de Depósito Bancário. Nesses casos, é importante que a liquidez seja bastante acessível ao investidor, de forma a determinar maior flexibilidade e dinamicidade.III. Tendo em vista que o período do investimento de curto prazo costuma ter um caráter longínquo, a liquidez e ações de resgate são deixados de ser parâmetros de importância, considerando, acima de tudo, o rendimento e diversificação de tipos de ações.IV. Considera-se, portanto,um investimento de curto prazo aqueles que são inferiores a 5 anos, sendo comumente exemplificados por: ações, fundos, e aplicação no Tesouro Direto. Um dos maiores exemplos indiretos de investimento de longo prazo pode se dar pela capitalização privada, ou mesmo, pelo processo de injeção de capital de aposentadoria. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira A. I e III estão corretos.B. II e III estão corretos.C. I e II estão corretos.D. III e IV estão corretos.E. Todos estão corretos. ead.uniguairaca.edu.br 02. Para designação de análise de investimentos, são utilizadas algumas ferramentas que auxiliam na tomada de decisão. Sabendo-se desse contexto, analise as alternativas de acordo com o entendimento das assertivas tidas como Verdadeira (V) ou Falsa (F), e, a seguir, assinale a alternativa que melhor representa a sequência designada.( ) O payback atua como regulador de tempo sobre o investimento, aferindo o tempo que será necessário para obter o retorno sobre o valor que foi investido. Em outras palavras, ele representa o tempo em que o empreendimento irá “se pagar”, ou seja, onde a soma de todos os rendimentos seja igual ao valor investido inicialmente. ( ) Considerada como um complemento ao VPL, a TIR faz com que os elementos do fluxo de caixa sejam equiparados a zero - sejam estes, entradas ou saídas -, simbolizando, assim, os ganhos reais do empreendimento com relação ao investimento proposto.( ) O TIR é bastante utilizado para mensurar cenários de expansão ou maximização de espaços organizacionais, bem como, a ampliação de vendas ou produções que dependam de novos instrumentos ou maquinários para a manufatura.( ) O período de mensuração do payback pode ser alocado em dias, meses, anos, ou, até mesmo, décadas, dependendo do tipo de investimento que foi considerado, bem como, o valor de mercado. JUSTIFICATIVAA alternativa “C” é a correta, onde apenas os itens I e II dentro do contexto estudado nos materiais. A assertiva III não pode ser considerada correta, tendo em vista que reflete um panorama descritivo sobre os investimentos de longo prazo. A assertiva IV, por sua vez, especifica um período diferente ao curto prazo, e cita exemplificações que estão relacionadas ao investimento de longo prazo. Logo, as assertivas III e IV não podem ser consideradas verdadeiras. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira A. V, V, V, V.B. V, V, V, F.C. F, F, V, V.D. F, F, F, V. ead.uniguairaca.edu.br JUSTIFICATIVA A opção “a” é a correta (V, V, V, V). De acordo com o material e designações da Aula 3, as características básicas de cada uma das ferramentas demonstradas nas assertivas são tidas como corretas. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira 03. Sabendo-se da diferença básica entre os aspectos de Renda Fixa e Renda Variável, analise as alternativas de acordo com o entendimento das assertivas tidas como Verdadeira (V) ou Falsa (F), e, a seguir, assinale a alternativa que melhor representa a sequência designada.( ) O Investimento de Renda Variável reflete toda cautela e necessidade de avaliação dos ambientes que estão circundando a economia e a sociedade no momento de aplicação. Por ser imprevisível, esse tipo de investimento não é recomendado para aque les invest idores que prospectam seus resu l tados periodicamente.( ) Os Investimentos de Renda Fixa são tidos como investimentos que sugerem uma regra definida e central de rentabilidade ao investidor, ou seja, não atuando com variações ou oscilações periódicas. Esse tipo de investimento favorece a prospecção ou cenário monetário exato ao final do processo de capitalização.( ) Exemplos de Investimento de Renda Variável são tidos por: ações; fundos de ações; fundos imobiliários; e aplicação e injeção de capital em commodities. Ao contrário do investimento de renda fixa, portanto, esse tipo de investimento não favorece a garantia ou proteção do FGC, onde, em casos de falência ou obstrução financeira, o emissor não dá garantia de devolução ou retorno do investimento, podendo perder todo o capital investido.( ) Como exemplos mais conhecidos dos Investimentos de Renda Fixa, é possível citar: a poupança; o Tesouro Direto; e os debêntures. Vale ressaltar que os investimentos de renda fixa possuem, ainda, respaldo do FGC - Fundo Garantidor de Crédito, que traz a segurança de retorno do investimento em casos de força maior, como falência ou perdas irreversíveis do investidor (considerando-se os valores de até R$ 250 mil reais. ead.uniguairaca.edu.br JUSTIFICATIVAA opção “d” é a correta (V, V, V, V). Considerando o apanhado teórico demonstrado na Aula 4, verifica-se que todas as caracterizações referentes aos Investimentos de Renda Fixa e Variável estão de acordo, demonstrando um panorama geral e integrativo. A. V, V, V, F.B. V, F, F, V.C. V, F, F, F.D. V, V, V, V. UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira MATERIAL COMPLEMENTAR ead.uniguairaca.edu.br MATERIAL COMPLEMENTAR UNIDADE IV - PERSPECTIVAS DOS PROCESSOS ECONÔMICO Prof. Me. Rafael Henrique Mainardes Ferreira ead.uniguairaca.edu.br AGÊNCIA O GLOBO. 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Rafael Henrique Mainardes Ferreira Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24