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DESCRIÇÃO
O conceito de projeto assistido por computador como uma linguagem técnica baseada em desenhos para a comunicação
precisa entre os criadores das ideias e os demais envolvidos no processo.
PROPÓSITO
Compreender que fazer um projeto gráfico é o mesmo que aprender uma nova língua, na qual a comunicação é
apresentada de forma ilustrativa.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever as noções básicas do ambiente digital
MÓDULO 2
Identificar conceitos dos fundamentos do desenho digital
MÓDULO 3
Reconhecer os elementos normativos e básicos do desenho
SISTEMAS DIGITAIS PARA DESENHOS 2D
MÓDULO 1
 Descrever as noções básicas do ambiente digital
NOÇÕES BÁSICAS DO AMBIENTE DIGITAL
A EVOLUÇÃO DO DESENHO TÉCNICO
Começar um projeto é como começar a escrever um livro. O fato de sabermos escrever não nos torna bons escritores.
Também o fato de saber os comandos de um programa de desenho não nos torna bons projetistas.
PARA SE FAZER UM BOM PROJETO, NÃO BASTA SABER UTILIZAR
ADEQUADAMENTE AS FERRAMENTAS DE DESENHO EM UM PROGRAMA,
DEVEMOS SABER TAMBÉM SOBRE O QUE VAMOS PROJETAR.
A comunicação entre o emissor e o receptor é um valor econômico no ambiente da Engenharia, Arquitetura e áreas afins.
Com isso, saber se expressar na forma escrita, falada e na forma gráfica, como é o caso de um projeto, torna-se
essencial.
Assim como um relatório mal escrito ou uma frase mal formulada, um projeto pode, da mesma forma, ser de difícil
entendimento, não importando se a escrita do texto tenha sido feita em um programa de edição de texto, ou na forma da
comunicação verbal.
O BOM PROJETO SERÁ AQUELE QUE TRANSMITE COM FIDELIDADE A IDEIA
DO EMISSOR. A FERRAMENTA PODE AJUDAR NO PROCESSO, NÃO MAIS QUE
ISSO.
O avanço tecnológico permitiu uma melhoria nas ferramentas de projeto, antes feitos à mão com pranchetas, réguas T
etc. Isso foi substituído por monitores, computadores, teclados e mouses cada vez mais exatos, precisos e de fácil
visualização. Porém, todo esse instrumental, que facilita o projetista, não garante a qualidade do projeto, mas, sim, uma
otimização do tempo, uma melhor qualidade de imagem, uma infinidade de repetição e outros facilitadores que tornam
hoje a utilização de computadores para a atividade projetual não mais um luxo, mas um recurso econômico sem
antecedentes.
Quando pensamos em iniciar um projeto utilizando ferramentas computacionais, temos que lembrar que, ao contrário do
desenho técnico feito “à mão”, utilizar um programa exige outra forma de pensar e fazer o projeto. O computador permite
copiar elementos, criar rotinas, gerar desenhos, cotas, renderizações, criar modelos 3D, criar filmes e muito mais. Antes,
esses recursos não existiam. Diante dessa nova realidade, temos que utilizar esses facilitadores para ganhar tempo e
qualidade nos projetos.
ENTENDENDO O DESENHO COMO UMA FERRAMENTA
DE PROJETO
O ambiente do projeto usando ferramentas informatizadas permite criar facilitadores e rotinas para dinamizar o tempo de
desenho, sem deixar de manter a qualidade desejada.
 EXEMPLO
Desenhar um cilindro no AutoCAD.
Antes de apresentar a tela de trabalho, os menus, e seus principais comandos, mostraremos como o princípio do
desenho informatizado deve ser pensado quando estamos no ambiente digital. Poderíamos desenhar manualmente com
o mouse o cilindro, como se a tela do AutoCAD fosse uma prancheta, e com algumas construções geométricas depois,
teríamos a forma dada. Porém, podemos começar a pensar direto tal como funciona o desenho informatizado, que é
baseado em primitivos básicos.
 DICA
Entender o desenho é importante para visualizar e otimizar formas de desenhar e projetar mais rapidamente.
 Figura 1.1- Construção de um cilindro baseado em um retângulo ou em um círculo
UM RETÂNGULO REVOLUCIONADO PELO EIXO DA SUA BORDA
LONGITUDINAL PODE GERAR UM CILINDRO. UM CÍRCULO EXTRUDADO PELO
SEU EIXO NO SENTIDO DO SEU PLANO TAMBÉM GERA UM CILINDRO, SEM A
NECESSIDADE DE MUITOS TRAÇOS OU CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS.
Com poucos comandos, podemos fazer o cilindro como ele é na terceira dimensão. Já usando comandos “manuais”, com
construções similares a réguas, compassos etc., poderíamos chegar a uma imagem parecida, porém não teríamos o
objeto em 3D. Não seria possível, por exemplo, olhar o objeto de outros ângulos ou pontos de vista.
 DICA
Essa visão espacial é importante para o projetista se ele quiser ganhar tempo nos projetos.
Para ilustrar ainda mais, veja quantas figuras espaciais são geradas por um retângulo, que muitas vezes não são “vistos”
e entendidos pelos iniciados na arte de usar a ferramenta computacional para fazer projetos.
 Figura 1.2- Diversos desenhos obtidos do mesmo “retângulo base” revolucionado
Um retângulo revolucionado por diversos eixos, gerando objetos que, sem atenção, não seriam entendidos como
iniciados por um “retângulo” revolucionado. Isso mostra a nova forma de pensar nos desenhos digitais.
AMBIENTE DE TRABALHO
O AutoCAD é um software do tipo CAD, o mais utilizado no mundo, desenvolvido e comercializado pela Autodesk, Inc
desde 1982. Ele permite criar ambiente bidimensional (comprimento e largura) e tridimensional (perspectivas, filmes) no
computador. Desse modo, é possível visualizar a forma e o espaço, os materiais, as texturas, as cores, as luzes e as
sombras.
 DICA
Ele pode ser baixado por estudantes gratuitamente pelo site da Autodesk. Após um breve cadastro, o programa é
liberado.
A dinâmica do programa é parecida com as funções mais básicas do Windows (Ctrl + C = copiar; Ctrl + V = colar; Esc =
sair; Enter = prosseguir; Espaço = prosseguir etc.), além dos comandos de chamada, ditos (F1, F2, F3, F4, F5, ..., F12),
cada um com sua função.
A seguir, temos um resumo do significado das teclas de controle e de função:
F1 Ajuda
F2 Janela de Texto
F3 Liga e desliga Osnap
F6 Mostrador de Coordenadas
F7 Liga e desliga a grade (Grid On/Off)
F8 Liga e desliga o travamento Ortogonal
F9 Liga e desliga o SNAP (Snap On/Off)
F10 Liga e desliga o POLAR
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
Quando você acabar seu trabalho, poderá abrir outro desenho ou fechar o AutoCAD. Para fechar, use a opção Exit. Se
houver alguma alteração no desenho não salva até o momento, aparecerá a pergunta Save Changes? Responda Yes
(Sim) ou No (Não) ou então cancele o comando.
 ATENÇÃO
Para cancelar um comando, basta pressionar a tecla ou selecionar um novo comando.
As principais extensões de arquivos de trabalho do AutoCAD são o DWG e o DXF. O AutoCAD ainda permite a entrada e
saída de arquivos de imagens raster, ASCII, e outros softwares CAD e GIS.
 Figura 1.3: Tela de trabalho do AutoCAD 2017
As ferramentas contidas no AutoCAD são autoexplicativas. O próprio programa trabalha com você, gerando lembretes
que aparecem no commandline, uma barra horizontal no canto inferior da tela, que mostra qual a sequência de
comandos que o programa obedece e são chamadas de prompt.
 DICA
A leitura constante no prompt de comando do software leva o profissional a adquirir domínio sobre o programa.
O AutoCAD 2016 traz uma tela – new tab, na qual o usuário pode iniciar um projeto novo, clicando em Start Drawing, ou
trabalhar em um projeto anterior, escolhendo-o na coluna Recent Documents. Além disso, pode conectar-se ao Autodesk
360 ou enviar feedbacks.
 Figura 1.4 - Tela inicial do AutoCAD
O sistema Ribbon, funciona de forma similar ao utilizado atualmente em pacotes da linha Office da Microsoft. Nele, os
comandos estão divididos em painéis de mesma função (Desenhos, Modificações, Anotações etc.), que por sua vez
estão divididos em abas. Clicar em um dos ícones corresponde a inserir um comando na Caixa de Comando.
 Figura 1.5 - Interface Ribbon do AutoCAD 2016
A caixa de comando é o local de interatividade entre o usuário e os procedimentos computacionais do programa. É
através dela que o AutoCAD “conversa” com o usuário. Ao inserir um comando, inicia-se um diálogo com o programa,
onde o AutoCADpede informações necessárias para a execução daquela função, por exemplo:
 Figura 1.6 - Caixa de Comando e Diálogo do comando Circle
É IMPORTANTE SEMPRE ESTAR ATENTO ÀS INFORMAÇÕES MOSTRADAS NA
CAIXA DE COMANDO, ELA PODE TANTO PEDIR INFORMAÇÕES QUANTO
EXPOR OPÇÕES DENTRO DO MESMO COMANDO. ESSAS OPÇÕES APARECEM
ENTRE COLCHETES ‒ [ ] E PODEM SER SELECIONADAS DIGITANDO A LETRA
QUE ESTIVER MAIÚSCULA (NEM SEMPRE É A INICIAL). TAMBÉM CHAMADA DE
“PROMPT”.
A Barra de Status situa-se na parte inferior do programa, abaixo da caixa de comando, e contém botões referentes ao
funcionamento do AutoCAD, que podem estar ligados (em azul) ou desligados (cinza).
 Figura 1.7 - Barra de Status
O AutoCAD é dividido em duas grandes áreas:
Model Space
É basicamente um espaço de três dimensões infinito, onde o usuário irá desenhar tudo o que quiser, em duas ou três
dimensões..
Paper Space
É a representação digital do papel, onde esse desenho será impresso, por isso é nele que se prepara o projeto para a
impressão final, colocando suas legendas, anotações, tabelas, entre outros.
A alternância entre as duas áreas pode ser feita pelos botões Model ( ) e Layout ( ) localizados na Barra de Status, canto
inferior esquerdo da tela. No Model Space, à direita, encontra-se a Navigation Bar, que auxilia principalmente a utilização
do programa em notebooks e/ou com mouses sem Scroll, pois traz ferramentas como Full Navegation Wheel, Pan
(movimentação no plano), Zoom e Orbit (navegação em 3D). E, finalmente, no canto superior direito, o View Cube, que
auxilia também na navegação e alternância entre vistas.
 Figura 1.8 - Área de Desenho e Área de Impressão
 ATENÇÃO
Para entender bem o AutoCAD, é necessário compreender o conceito de comando.
Comando é uma instrução dada ao programa, uma tecla ou uma sequência de teclas, que serão processadas definindo a
ação desejada. Você pode entrar em um comando usando o teclado ou um clique do mouse sobre o ícone do comando.
Alguns comandos também abreviaram nomes chamados pseudônimos de comando.
 EXEMPLO
A tecla L representa a função *LINE; Li significa *LIST; E significa *ERASE etc.
Quando entrar com um comando, você verá um conjunto de opções ou uma caixa de diálogo.
 EXEMPLO
Quando você entrar no comando Circle na linha de comando, o lembrete seguinte é exibido: Especifique ponto de centro
para círculo ou [3P/2P/Ttr (tangente, tangente, raio) ]:
Você pode especificar o ponto de centro entrando em coordenadas X,Y ou usando o mouse, clicando sobre um ponto na
tela. Você pode escolher uma opção diferente entre as anteriores, selecionando uma das opções nos parênteses e pode
entrar em maiúscula ou letras minúsculas.
 EXEMPLO
Escolher a opção de três-pontos (3P), digite 3p.
 SAIBA MAIS
Se quiser repetir um comando que usou por último, dando ENTER ou SPACEBAR, o comando se repete.
CONCEITO DE ARMAZENAMENTO, PROCESSAMENTO
DE INFORMAÇÃO E PERIFÉRICO
O AutoCAD pode salvar um arquivo em diferentes extensões. Isso depende da finalidade para a qual este arquivo será
usado. O AutoCAD possui 4 principais tipos de extensão de arquivos que podem ser salvos, o DWG, o DWT, o DXF e o
DWS. Dentre estes quatro, os mais usados são o DWG e o DXF. Os outros tipos não são usuais e nem acessíveis, pois
se tratam, em sua maioria, de extensões especiais para complementos do AutoCAD.
 SAIBA MAIS
Você pode exportar arquivos em CAD para PDF, permitindo que aqueles que não têm o programa instalado em seu
computador possam vê-lo. Isso é bastante útil ao entregar cópias do projeto para o cliente.
A extensão DWG, é o formato padrão onde são feitos todos os desenhos básicos do AutoCAD, como planta baixa, cortes,
fachadas, topografia, entre outros. Por se tratar de uma extensão principal, outros programas similares ao AutoCAD
também utilizam este formado para os desenhos, ou pelo menos são capazes de ler o formato em questão.
Não é necessário escolher esta extensão do formato DWG para salvar os arquivos, porque o próprio programa,
automaticamente, salva neste tipo de extensão por padrão.
 ATENÇÃO
Em alguns casos, é necessário apenas mudar a versão de salvamento, por exemplo, quem usa o AutoCAD 2020 e
precisa salvar com compatibilidade para o AutoCAD 2007, para que este consiga abrir o arquivo.
A extensão DXF é um formato de intercâmbio para modelos de CAD. Neste formato, o arquivo pode ser aberto facilmente
por outros programas, como Adobe Illustrator, Corel Draw etc. Quando clicamos no ícone de salvar, abre-se uma janela
que permite escolher o local onde será armazenado o arquivo criado.
 VOCÊ SABIA
Existe uma opção de salvar os arquivos na nuvem, de modo que o arquivo fica disponível para vários dispositivos.
 1.9 - Como salvar os arquivos
O A360 é uma ferramenta de colaboração que ajuda os profissionais a visualizar, compartilhar e localizar arquivos de
projetos 2D e 3D em um espaço de trabalho central. Ele mantém seus projetos, arquivos e equipes atualizados,
independentemente de você estar no escritório ou no campo. Os recursos do AutoCAD 360 incluem uma interface fácil de
usar e ferramentas móveis para carregar, abrir e editar desenhos DWG.
Os serviços e o armazenamento na nuvem estão disponíveis mediante uma assinatura ou plano de manutenção de
alguns softwares. Também é possível assinar separadamente determinados serviços em nuvem à medida que você
precisar, ou com os produtos e aplicativos Autodesk, sendo compatíveis com Dropbox, OneDrive e Google Drive.
PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO
O AutoCAD é um programa que necessita de um computador ou notebook com uma configuração boa. Dependendo do
tamanho dos arquivos e a finalidade do trabalho, a configuração deve ser capaz de processar um grande volume de
dados. Caso contrário, o AutoCAD pode travar, emitindo um aviso de FATAL ERROR!
 DICA
Para evitar travamentos, podemos alterar algumas opções que exigem mais memória e vídeo do computador.
Vejamos algumas delas:
SHOW ROLLOVER TOOL TIPS
Desative esta opção em Options, na aba Display. Quando paramos o cursor sobre algum objeto, se esta opção estiver
marcada, o AutoCAD irá exibir um pequeno quadro com um resumo das propriedades do objeto. O problema é que, às
vezes, só de passarmos o cursor sobre o desenho, o AutoCAD trava, pois tenta processar as informações de cada objeto
pelo qual o cursor passou. Esse travamento é bem comum com objetos grandes, como curvas de nível, por exemplo.
SALVAMENTOS AUTOMÁTICOS
Aumente o tempo entre salvamentos automáticos em Options, na aba Open and Save, mas lembre-se de sempre salvar
seus arquivos.
REALCE DOS OBJETOS
Desligue o realce dos objetos em Options, na aba Selection, em Selection Preview.
DYNAMIC INPUT
Desligue o Dynamic Input, usando F12.
SELEÇÃO DE OBJETOS
Não selecione objetos antes de usar um comando, selecione sempre quando já estiver no comando
Uma máquina para uso moderado do AutoCAD, para as versões 2016/2017, deveria ter no mínimo:
• Processador Intel Core i7.
• 12GB de memória DDR3.
• Uma placa de vídeo (GPU) de no mínimo 2GB dedicado.
• Um monitor de 21 polegadas Widescreen full HD.
• Um mouse de 2000DPI.
• Um bom teclado com espaçamento ideal de teclas e teclado numérico.
• Microsoft Windows 7 Home Premium ou versões mais recentes (64 bits).
• Internet Explorer 9.0 ou posterior..
• 10GB para a instalação (arquivo baixado) e 6GB para arquivos do programa.
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
PERIFÉRICOS
Antes de iniciar o uso dos comandos, deve-se ter familiaridade com o funcionamento do mouse e do teclado, afinal, será
através deles que serão enviados os comandos para o programa
MOUSE
BOTÃO ESQUERDO
Utilizado para ações de seleção.
BOTÃO DIREITO
Abre menus flutuantes com opções variando conforme o comando ativo.
SCROLL
Um modo prático de aproximar ou afastar a visão (zoom) é rolando o scroll para frente ou para trás.
 Figura 1.10 - Comandos do Mouse
O mouse deve ter um tamanho confortável, mouses pequenos aumentam oesforço nas articulações da mão, podendo
causar lesões. Com o intuito de sempre tê-lo conosco, acabamos optando por mouses pequenos que possamos carregar
sem problemas, até porque a utilização de notebooks e laptops para o trabalho cresceu bastante. Mas, mesmo que
pareça mais correto ter um mouse pequeno que se possa carregar, opte por um mouse maior e mais confortável.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Outra característica importante na hora de escolher um mouse é sua resolução. Busque um mouse com resolução acima
de 2000DPI, pois ele terá maior precisão nos movimentos e isso é bem importante, pois facilita na hora de selecionar
algo no CAD.
 RECOMENDAÇÃO
Optar por um mouse ergonômico também é uma boa pedida, pois pode diminuir os efeitos nocivos dos movimentos
repetitivos.
TECLADO
O teclado não tem muito segredo, pois a única preocupação é de caráter ergonômico – relacionado à sua altura relativa
‒, já que não existe um teclado mais preciso que outro, existem, sim, teclas mais macias, com espaçamento melhor, mas
essa parte já depende mais da sua melhor adaptação. Algo que pode tornar mais rápido o trabalho é a presença de um
teclado numérico separado.
MONITOR
Ter um monitor de bom tamanho é de extrema importância para um trabalho mais confortável com o AutoCAD ou
qualquer outro software CAD, mas monitores grandes demais causam uma movimentação muito intensa do pescoço.
Então, um monitor com tamanho ideal seria de 21″ até 30”.
Uma boa resolução é sempre importante, pois utilizar o CAD tendo à frente um monitor embaçado, dando a sensação de
que há algo de errado na visão não é nada agradável. Por isso, busque monitores Full HD de 1920 X 1080 pixels, assim
você terá mais conforto para observar as linhas de seu desenho no CAD.
GERENCIAMENTO DE DADOS
A melhor forma de gerenciar os dados de desenho no AutoCAD é organizando o desenho em camadas, também
chamadas de layers. Os layers são utilizados para agrupar informações em um desenho por função, e para reforçar o
tipo de linha, cor e outros padrões.
 SAIBA MAIS
As camadas são equivalentes às sobreposições utilizadas em rascunhos de papel e são uma das principais ferramentas
organizacionais usadas nos desenhos. Podem ser utilizadas para agrupar informações por função e para aplicar o tipo de
linha, cor e outras normas.
Quando estamos projetando, utilizamos vários layers, um para cada determinada representação. Cada profissional se
utiliza deste recurso e trabalha melhor quando se organizam os layers segundo a necessidade do projeto.
 Figura 1.11- Exemplo de layers
Quando criamos os layers e os destinamos a cada objeto, podemos entender melhor o que estamos desenhando. Outro
grande diferencial é que o trabalho em layers permite que ocultemos determinados elementos desenhados, para poder
trabalhar com outros.
 EXEMPLO
Podemos esconder as hachuras para inserir as linhas de cotas com maior precisão, isolar o layer de paredes para
colocar hachuras, ocultar representações desnecessárias etc.
Devemos possuir o hábito de criar layers específicos, assim temos uma representação mais rica e fácil de se entender.
Geralmente, as pessoas pensam que muitos layers sobrecarregam o projeto, mas, na verdade, não.
Outro fato com o qual muitos se preocupam é com as cores das linhas. Elas são utilizadas para a representação das
espessuras, em que cada cor pode ter uma espessura diferente da outra na hora de imprimir.
 ATENÇÃO
Isto não é regra, mas existem alguns padrões de cores e espessuras, dos quais arquitetos e engenheiros fazem uso.
Muitas vezes uma cor é utilizada para várias representações, mas isso não prejudica o desenho desde que não sejam
utilizadas demais. Na verdade, isso requer imprimir elementos diferentes com espessuras iguais. Quando utilizamos
outras cores, existe, ainda, a opção de escolher se queremos que estas sejam impressas coloridas ou em preto. Ou
mesmo se queremos que elas sejam impressas, já que podemos “travar” a opção de impressão, de modo que
determinada layer só é vista em tela.
Devemos aproveitar ao máximo os recursos oferecidos pelos softwares de desenho, pois eles foram criados para auxiliar
e facilitar nosso trabalho. Não tenha receio de ter mais de dez ou quinze layers, pois isso facilitará a representação e a
visualização dos elementos contidos no projeto durante a sua criação.
INTERFACE DOS SISTEMAS DE CAD
A interface do AutoCAD 2016 é totalmente personalizável e você pode acrescentar os comandos mais utilizados na Barra
de Status, ou tirar algum que não deseje. Você também pode acrescentar o Ribbon ou tirá-lo e deixar apenas a Barra
de Menus.
Para quem não utiliza muito o Ribbon e nem a Barra de Menus Suspensos, é possível deixar a Área de Desenho
maior, ocupando toda a tela do monitor, ao optar pela Clean Screen, ativada pelo ícone na Barra de Status ou pelo
comando Ctrl + 0.
 Figura 1.12 - Clean Screen
Você aprenderá a personalizar a interface da maneira mais fácil para as suas necessidades de desenho, ganhar mais
espaço na Área de Desenho ou ter menos comandos na sua Barra de Status. Para tirar ou colocar o Ribbon, na Barra
de Menus Suspensos há uma seta, ao lado do último menu. Ao clicar nele, pode ser alterado para quatro modos
diferentes.
 Figura 1.13 - Barra de Menus Suspensos
Esta é uma boa opção para quem usa muito os comandos pelo teclado. Com o comando ativo, o AutoCAD sobrepõe a
“Barra de Tarefas” do sistema operacional, utilizando toda a área do monitor.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2
 Identificar conceitos dos fundamentos do desenho digital
FUNDAMENTOS DO DESENHO DIGITAL
NORMAS DE DESENHO
Antes dos avanços tecnológicos, todos os processos relacionados ao desenho eram manuais, ou seja, usava-se papel,
canetas com várias espessuras de penas, lapiseiras com vários tipos e espessuras de grafite, lápis, réguas etc.
 EXEMPLO
Na engenharia predial, os desenhos eram elaborados a partir de instrumentos simples (lápis, caneta e esquadros),
respeitando-se normas técnicas preestabelecidas.
Os trabalhos de desenho técnico foram evoluindo com a computação gráfica, tornando-se cada vez mais
computadorizados. Esses programas ganharam espaço no mercado e se firmaram, passando por atualizações e novas
ferramentas. Esse crescimento tornou altamente flexível a utilização desses programas e cada usuário passou a criar
seus trabalhos a partir dos recursos que mais lhe agradavam ou eram úteis, da forma que melhor lhe convinha, ou que
lhe era ensinado.
Os problemas advindos dessa “livre organização” na utilização dos recursos dos programas de desenho/projeto são
diversos e atingem, principalmente, o processo de comunicação que ocorre nos diferentes níveis e etapas de
desenvolvimento dos projetos que envolvem o desenho técnico. Assim, para criar regras e uma comunicação única e
universal, foram criadas as Normas de Desenho.
 VOCÊ SABIA
Embora os países criem nomes diferentes para as suas normas, no fundo elas são muito parecidas e seguem um mesmo
padrão.
O desenho técnico representa uma ideia que se deseja transformar em real, por isso, é preciso adotar a normatização
para tais projetos, estabelecendo regras e conceitos de representação gráfica, a partir de uma simbologia específica e
predeterminada.
A normatização do desenho atende a padrões internacionais, como a ISO (International Organization for Standardization).
Porém, cada país tem normas próprias, tal como o Brasil, onde as normas são editadas pela ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas).
 COMENTÁRIO
Grande parte das recomendações deste módulo tem base nessa norma, a fim de facilitar o uso da ferramenta AutoCAD
de forma otimizada e adequada.
De acordo com Ruggeri (2004), a adoção de recursos de informática no desenvolvimento de projetos de Engenharia e
Arquitetura trouxe consigo avanços em termos de custos, tempo, qualidade e intercambialidade dos trabalhos. No
entanto, a disseminação desorganizada destes recursos ocasionou uma sériede problemas de ordem gerencial no
processo de produção dos serviços e produtos.
OS MODOS DE REPRESENTAÇÃO FUNCIONAVAM DA SEGUINTE
FORMA: ERAM FIXADAS ESPESSURAS PARA TRAÇADOS
CONFORME SEUS SIGNIFICADOS NA REPRESENTAÇÃO GRÁFICA, E
CADA ESPESSURA DE TRAÇADO CORRESPONDIA A UMA CANETA.
SENDO ASSIM, INDEPENDENTEMENTE DE QUEM FOSSE O
DESENHISTA, NÃO ERAM POSSÍVEIS MUITAS VARIAÇÕES. ANTES DA
INFORMÁTICA NA PRODUÇÃO DE PROJETOS DE ENGENHARIA E
ARQUITETURA, EXISTIA UM SISTEMA DE TRABALHO COM POUCOS
RECURSOS, DIFUNDIDO E NORMALIZADO EM SEUS ASPECTOS
PRIMORDIAIS.
(RUGGERI, 2004)
Atualmente, para aprovação de projetos, todos seguem as normas editadas pela ABNT, que adota normas internacionais
que facilitam e criam uma linguagem “única” de desenho.
VISUALIZAÇÃO DA ÁREA DE TRABALHO
Diferentemente do processo tradicional, no qual o espaço do desenho está limitado pelo tamanho da folha de papel, no
desenho digital, a área gráfica não tem tamanho definido, e seus limites podem ser configurados para qualquer tipo ou
organização de desenho. Esse recurso possibilita o desenho de objetos das mais diferentes dimensões no mesmo
espaço gráfico.
O DESENHISTA PODE REPRESENTAR UM DETALHE DO EDIFÍCIO, O PRÓPRIO
EDIFÍCIO, A QUADRA ONDE ESTE SE SITUA, O ENTORNO DESTA QUADRA, OU
SEJA, OBJETOS DE DIFERENTES ESCALAS DE MEDIDAS, EM UMA MESMA
ÁREA OU UM ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO DO MODELO.
 Figura 2.1 – Tela Gráfica. Apresenta zoom infinito e pode ser dividida em views
Outra característica importante da área do espaço de desenho e/ou modelagem é, no caso dos programas com suporte
3D, sua tridimensionalidade. Sendo o espaço tridimensional, os objetos podem ser representados não apenas por meio
de suas projeções em um único plano de trabalho (plano de desenho ou projeção), mas por meio de suas alturas,
larguras e profundidades, utilizando‐se um sistema cartesiano triaxial de coordenadas.
UNIDADES DE MEDIDA PARA CRIAÇÃO DE ENTIDADES
VETORIAIS
O AutoCAD trabalha de forma adimensional, isto é, se você faz uma linha com 200 unidades, será 200mm caso esteja
configurado para mm ou 200 inches (polegadas), caso esteja configurado para polegadas.
 ATENÇÃO
A mudança de unidades tem real interferência na plotagem, na inserção de blocos, quando determinamos as escalas e
quando utilizamos o arquivo para levar alguma informação para outro software.
Para configurar as unidades e sua exibição utilizamos o comando Units. Para acessá-lo, basta digitar Units na linha de
comando do AutoCAD ou ir ao menu format -> Units.
 Figura 2.2 – Janela Units.
Depois de executar o comando, a seguinte janela será exibida e nela você encontrará todas as configurações para
colocar as unidades de seu desenho de acordo com suas necessidades.
A exibição também pode ser mudada, por exemplo, podemos utilizar o painel propriedades para obter o comprimento de
uma linha e obter esse valor em vários formatos disponíveis (figura 2.3). Veja como as unidades podem ser exibidas:
Scientific: 1.55E+01
Architectural: 1'-3 1/2'
Fractional: 15 1/2
Decimal: 15.50
Engineering: 1'-3.50'
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Figura 2.3 – Janela do Units
É possível também colocar o número de casas significativas em que se deseja que o AutoCAD trabalhe. Ele pode
arredondar para o número de casas desejado. Em geral, usa-se no Brasil a unidade decimal.
Desenhos mecânicos
Para desenhos mecânicos, usa-se mais a configuração em milímetros, com duas casas decimais para os projetos.
Desenhos na área de construção civil e mapas
Para desenho na área de construção civil e mapas, deixa-se a configuração em metros, com 3 casas decimais.
Na janela Units, podemos ver também que é possível configurar o ângulo (Figura 2.4). As configurações de ângulo do
AutoCAD podem ser:
Decimal Degrees: 30.5000
Deg/min/sec: 30d30’00”
Grads: 33,8889
Radians: 0,5323
Surveyor’s Units: N30d30’E (primeiro quadrante)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 Figura 2.4 – Janela do Units
A referência angular do AutoCAD é no sentido anti-horário. Porém, é possível tornar o sentido de referência angular do
AutoCAD horário, basta acionar o ClockWise (figura 2.5).
 Figura 2.5 – Janela do Units
Caso esteja trabalhando com mapas ou arquivos topográficos, a referência passa a ser o Azimute, que é o ângulo horário
formado a partir do Norte do desenho. No caso, bastaria acionar o ClockWise, Direction... e clicar no North 270d.
Ainda na janela Units, podemos configurar a unidade de entrada dos blocos que serão inseridos no projeto. Quando
alguém cria um bloco, o faz em certa unidade, a princípio desconhecido por nós. Se o bloco for feito em milímetros, e o
seu projeto estiver configurado em metros, ao inserir o bloco, este virá 1000 vezes maior. Para acertar isso, bastaria um
Scale no momento de inserção do bloco. Porém, isso pode ser alterado também nessa janela.
 RECOMENDAÇÃO
Recomenda-se deixar aqui sem unidades, Unitless, ou então milímetros para desenhos mecânicos, ou ainda metros
para desenhos na área de construção civil.
 Figura 2.6 – Janela do Units
SISTEMAS DE COORDENADAS
O AutoCAD é um programa que funciona vetorialmente, ou seja, cada ponto na tela corresponde a um vetor com a
origem em X = 0 e Y = 0, ou relativo a um ponto já especificado na tela, com determinado comprimento e um ângulo em
relação ao eixo X. O AutoCAD também trabalha com coordenadas polares.
 SAIBA MAIS
O plano de trabalho inicial do AutoCAD é o plano cartesiano no qual temos a origem do sistema de coordenadas, que
corresponde à origem do Sistema de Coordenadas do Usuário (UCS) (figura 2.7).
Aqui também o eixo X à direita é positivo, à esquerda é negativo e o eixo Y para cima da origem é positivo e para baixo é
negativo.
 Figura 2.7 – Quadrantes do plano cartesiano
A área de trabalho mostra (por default) sempre o primeiro quadrante, ou seja, a área do plano em que X e Y são positivos
e o UCS na origem do sistema.
 DICA
Experimente ativar o modo grade, dar um zoom completo e deslocar o mouse em torno do UCS para verificar as
mudanças de valores das coordenadas que ocorrem simultaneamente na barra de status no lado esquerdo.
A vírgula só separa os pontos coordenados (X, Y) – em qualquer situação dentro do AutoCAD e o ponto separa números
“quebrados” (mantissa), (por uma condição americana) EX. 54.87 – 12.14 – 34.69 etc.
A orientação X sempre será na horizontal
Para a direita, valores positivos (+)
Para a esquerda, valores negativos (–)
A orientação Y sempre será na vertical
Para cima, valores positivos (+)
Para baixo, valores negativos (–)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
 ATENÇÃO
Nos pares ordenados, sempre X é o primeiro termo e Y sempre é o segundo (X,Y).
O ícone do Sistema de Coordenadas do Model Space é importante, pois ele muda de acordo com a vista utilizada,
indicando condições de desenho e sentido dos eixos X, Y e Z.
 DICA
É possível ativar e desativar o ícone do UCS por meio de: View/Display/UCS Icon/On.
Para desenhar na tela, basta clicar em um ponto inicial na tela, com um comando acionado como Line e ir clicando na
tela. Uma linha será desenhada entre esses pontos. É possível também clicar em um ponto da tela e arrastar o mouse
para a direção desejada. Depois digita-se a distância do vetor desejado, e a linha será traçada. Essa forma de desenho é
bem comum quando se tem experiência em desenhos.
AS COORDENADAS ABSOLUTAS
As coordenadas absolutas cartesianas trabalham como se fossem a introdução de coordenadas de pontos num gráfico,
adicionando-se um ponto na tela ou teclando em pares coordenados X e Y, separados por vírgula. Essas coordenadas
têm como base o zero absoluto (canto inferior esquerdo da tela gráfica) do AutoCAD (interseção do eixo X com o eixo Y).
EXEMPLO:
Command: L <ENTER>
From point: 0,0 <ENTER>
To point: 40,0 <ENTER>
To point: 40,10 <ENTER>
To point: 30,10 <ENTER>
To point: 30,30<ENTER>
To point: 20,50 <ENTER>
To point: 10,30 <ENTER>
To point: 10,10 <ENTER>
To point: 0,10 <ENTER>
To point: 0,0 <ENTER> ou close 
To point: <ENTER> finalizando
 Figura 2.8 – Exemplo de coordenadas absolutas
AS COORDENADAS RELATIVAS CARTESIANAS
As coordenadas relativas cartesianas são as coordenadas dos pontos em relação ao último ponto clicado. Para definir um
ponto a partir das coordenadas relativas ao último clicado, durante a execução de um comando (por exemplo, linha),
basta digitar, na linha de comandos, o símbolo @ (arroba) seguido dos valores separados por vírgula.
 EXEMPLO
Digitar @1,2 para entrar com as coordenadas relativas delta X = 1 e delta Y = 2, em que delta X e delta Y são as
diferenças entre coordenadas absolutas (x e y) do novo ponto e do último ponto clicado.
 Figura 2.9 – Códigos para inserção de coordenadas relativas
EXEMPLO:
Command: L <ENTER>
Command: _line Specify first point: P1 (selecione qualquer ponto da tela com o mouse).
Specify next point or [Undo}: @50,0 <ENTER> (P2)
Specify next point or [Undo}: @0,20 <ENTER> (P3)
Specify next point or [Close/Undo}: @-60,0 <ENTER> (P4)
Specify next point or [Close/Undo}: @80,30 <ENTER> (P5)
Specify next point or [Close/Undo}: @80,-30 <ENTER> (P6)
Specify next point or [Close/Undo}: @-60,0 <ENTER> (P7)
Specify next point or [Close/Undo}: @0,-20 <ENTER> (P8)
Specify next point or [Close/Undo}: @50,0 <ENTER> (P9)
Specify next point or [Close/Undo}: @0,-15 <ENTER> (P10)
Specify next point or [Close/Undo}: @-140,0 <ENTER> (P11)
Specify next point or [Close/Undo}: C <ENTER> (Close fecha os pontos)
 Figura 2.10 – Exemplo de coordenadas relativas
Para percebermos a diferença entre as coordenadas relativas e as coordenadas absolutas, vamos desenhar uma linha
com os mesmos pontos, mas sem o “@” antes do segundo par ordenado, isto é, com coordenadas absolutas. Podemos
ver o resultado na figura a seguir:
 Figura 2.11 – Diferenças entre coordenadas relativas e absolutas
Como podemos ver, obtemos resultados diferentes usando diferentes sistemas de coordenadas.
 ATENÇÃO
Note que o comprimento da linha é diferente nos dois casos.
Coordenadas relativas
Com coordenadas relativas, o 2º ponto é distante 6,3 (x,y) do 1º ponto.

Coordenadas absolutas
Com coordenadas absolutas, o 2º ponto é distante 7,2 (x,y) do 1º ponto.
Sendo assim, em x, temos: –1...6 = 7; em y, temos: 1...3 = 2.
AS COORDENADAS RELATIVAS POLARES
A coordenada polar pede uma distância relativa D e um ângulo direcional A. Seu comando é: @D < A em que:
 Figura 2.12 – Códigos para inserção de coordenadas relativas polares
EXEMPLO:
Command: L <ENTER>
Command: _line Specify first point: P1 (selecione qualquer ponto da tela com o Mouse).
Specify next point or [Undo}: @20<315 <ENTER> (P2)
Specify next point or [Undo}: @25<0 <ENTER> (P3)
Specify next point or [Close/Undo}: @10<30 <ENTER> (P4)
Specify next point or [Close/Undo}: @10<240 <ENTER> (P5)
Specify next point or [Close/Undo}: @25<180 <ENTER> (P6)
Specify next point or [Close/Undo}: @20<225 <ENTER> (P7)
Specify next point or [Close/Undo}: @20<90 <ENTER> (P8)
Specify next point or [Close/Undo}: @4<0 <ENTER> (P9)
Specify next point or [Close/Undo}: @5.6<90 <ENTER> (P10)
Specify next point or [Close/Undo}: @4<180 <ENTER> (P11)
Specify next point or [Close/Undo}: C <ENTER> (Close fecha os pontos)
 Figura 2.13 – Exemplo de aplicação de coordenadas relativas polares
SISTEMA DE ORGANIZAÇÃO EM CAMADAS
Os programas CAD possibilitam a organização dos vários elementos de um desenho de arquitetura em distintas camadas
(layers). Esse recurso permite o agrupamento das geometrias de acordo com os elementos do desenho que
representam, ou seja, em temas.
 EXEMPLO
Linhas, arcos, círculos e outros elementos geométricos que representam as paredes de uma planta baixa podem fazer
parte de uma única camada, nomeada de forma a identificar os elementos do desenho que a compõe (paredes ou
alvenarias).
A organização do desenho em camadas possibilita uma série de operações que facilitam bastante o processo de
representação. Além de facilitar o desenho, a sobreposição de camadas (que podem a qualquer momento ser ligadas ou
desligadas, bloqueadas e desbloqueadas) permite representar‐se sobre uma mesma base, como a planta baixa de uma
edificação, diversos temas referentes a essa edificação.
 SAIBA MAIS
Podem‐se sobrepor informações dos diversos projetos complementares, verificando‐se as compatibilidades e os reflexos
de uns sobre os outros.
A cada camada criada pode ser atribuída uma cor diferente e, os elementos nela desenhados, por configuração padrão,
receberão a cor escolhida. O uso de cores diversas tem mais de uma utilidade:

Em primeiro lugar, permite identificar visualmente na tela do computador os elementos pertencentes à determinada
camada ou determinada categoria de informação.
Em segundo, permite que os programas utilizem o estilo de impressão com base na cor (color-dependent plot style),
diferenciar previamente as espessuras de impressão dos elementos.

 Figura 2.14 – Variedade de layers em um projeto
Cabe ao desenhista e/ou projetista estabelecer metodologia própria, ou de preferência utilizar um sistema padronizado
para criar, nomear e atribuir cores às camadas de seus desenhos, de forma a tornar possível a integração entre seus
diversos trabalhos e a troca de informação e integração com outros profissionais que porventura interajam com o
desenho/projeto da edificação.
 VOCÊ SABIA
A busca por uma padronização nos desenhos e projetos digitais de arquitetura, que permita a intercambialidade na
informação entre profissionais e projetos, já gerou, no Brasil, discussões, estudos e trabalhos. O mais significativo deles é
o da AsBEA (Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura), a qual propõe, com base no modelo das normas
americanas/canadenses e europeias, um sistema de nomenclatura de layers, diretórios e arquivos de projetos.
A princípio, existe apenas a layer “0” (a layer Defpoints também será criada automaticamente em seguida – usada para
impressão). Para criar layers, é necessário clicar no botão New Layer ou clicar com o botão direito e escolher a opção
New Layer. Será pedido, então, um nome para essa nova layer.
A nova layer agora aparecerá na janela Layer Properties Manager. É aconselhável já se definir uma nova cor para a
mesma e ressalta-se que é pela cor de uma entidade que serão definidas as configurações de impressão (espessura de
linha, cor etc.).
 RECOMENDAÇÃO
Elementos de mesma configuração de impressão devem ficar em layers de mesma cor.
 Figura 2.15 – Janela para criar e editar layers
Trocar um objeto de layer é bastante simples: selecionamos o(s) objeto(s) e escolhemos a nova layer à qual desejamos
inserir diretamente no painel Layers no Ribbon. Tanto na janela Layers Properties quanto no painel Layers, temos
algumas opções que definem as propriedades de cada layer.
 Tabela 2.1 – Simbologia e propriedades dos layers
ISOLANDO UM LAYER
Ativar o comando é um processo bem simples, basta clicar no botão Isolate e sobre qualquer objeto e pressionar Enter,
para que a camada desse objeto seja isolada.
Nem todo profissional sabe, mas a ferramenta Isolate permite trabalharmos de duas maneiras:
Off
Deixar o layer escolhido ativo (current) e todos os outros desligados.
Lock
Deixar o layer escolhido ativo (current) e todos os outros bloqueados..
Apresentaremos como alterar para cada uma das opções e como utilizar.
ISOLATE OFF (DESLIGANDO OS DEMAIS LAYERS)
Geralmente, esta opção já vem ativada, mas, de qualquer forma, ensinaremos como ativar. Na aba Home, localize o
painel Layers, dentro do qual temos o botão Isolate (Atalho LAYISO).
 Figura 2.16 – Painel Layers
Clique neste botão e, antes de clicar em qualquer objeto, observe que, na linha de comando, temos a opção Settings.
Clique nesta opção.
 Figura 2.17 – LAYISOna barra Command
Agora temos duas opções: Off e Lock and fade. Selecione a opção Off.
 Figura 2.18 – Configurações para isolar layers
Dessa forma, quando a ferramenta Isolate for ativada, ao selecionar qualquer objeto, a camada correspondente a este
objeto será a camada ativa (current) e todas as outras camadas estarão desligadas.
ESSA OPÇÃO DEIXA O AMBIENTE DE TRABALHO MAIS LIMPO, FACILITANDO A
EDIÇÃO DOS OBJETOS QUE ESTÃO NESTA CAMADA, AFINAL, APENAS
OBJETOS QUE PERTENCEM À CAMADA SELECIONADA ESTÃO VISÍVEIS,
TODOS OS DEMAIS FICARAM DESLIGADOS. PODE CONFERIR NO CAMPO
LAYERS.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3
 Reconhecer os elementos normativos e básicos do desenho
ELEMENTOS NORMATIVOS E BÁSICOS DO DESENHO
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ARQUITETÔNICA
AUXILIADA POR MEIOS DIGITAIS
Neste módulo será apresentado o passo a passo para representação de projeções ortogonais em planta, a partir de um
caso exemplar com fins didáticos. Daremos início ao conteúdo com uma breve conceituação e caracterização do conceito
de planta, que é um desenho utilizado para representar os planos horizontais de dada edificação ou objeto.
Para se fazer uma planta é necessário aprender as normativas e convenções utilizadas na produção de desenhos
técnicos. Para ilustrar, usaremos uma planta arquitetônica, que servirá ainda de base para o conteúdo a ser exposto.
Você aprenderá o passo a passo necessário para produzir uma planta. Os elementos construtivos devem ser
representados e quais os comandos do software que nos auxiliam nesse processo.
“PLANTA: É A SEÇÃO QUE SE OBTÉM FAZENDO PASSAR UM PLANO
HORIZONTAL PARALELO AO PLANO DE PISO A UMA ALTURA TAL
QUE ELE VENHA A CORTAR AS PORTAS, JANELAS, PAREDES ETC.,
E ASSIM FICAM BEM ASSINALADAS TODAS AS PARTICULARIDADES
DA CONSTRUÇÃO.”
(OBERG,1977)
Montenegro (1997) é ainda mais preciso ao definir que a planta é a representação do plano horizontal que corta uma
edificação entre 1,20m e 1,50m de altura, admitindo-se a remoção da parte superior para visualização apenas do que
está abaixo dessa linha de corte horizontal.
 VOCÊ SABIA
Há alguns anos, era comum ouvirmos a expressão “planta baixa”, que caiu em desuso e passou a ser substituída por
simplesmente “planta”.
Em projetos com mais de um pavimento, a nomenclatura utilizada para cada uma das plantas traz a identificação do
pavimento a que se refere.
 EXEMPLO
“Planta do pavimento térreo”, “planta do primeiro pavimento”, “planta do pavimento tipo” (no caso de prédios de múltiplos
andares com a mesma configuração interna) etc.
 Figura 3.1 - Planta de uma residência, com a representação de todos os seus elementos construtivos
A planta é usada para representar elementos de vedação vertical – constituída por materiais como alvenaria, madeira,
gesso etc. ‒ esquadrias (portas e janelas), escadas, rampas, guarda-corpos, estruturas (pilares, vigas e lajes), dentre
outros. Além da representação gráfica desses elementos construtivos, existem informações complementares necessárias
ao entendimento do projeto e, por consequência, da sua correta construção.
TAIS INFORMAÇÕES DIZEM RESPEITO AO DIMENSIONAMENTO DE AMBIENTES
‒ COTAS LINEARES, À IDENTIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE PISO ‒ COTAS DE
NÍVEL, ÀS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS TEXTUAIS – LINHAS DE CHAMADA, À
HUMANIZAÇÃO DE AMBIENTES – BLOCOS/LAYOUT, E ÀS DIVERSAS
SIMBOLOGIAS CONVENCIONALMENTE EMPREGADAS PARA TORNAR O
DESENHO LEGÍVEL.
Veja a imagem a seguir:
 Figura 3.2 - Planta de uma suíte com a representação de seus elementos construtivos.
O Desenho está representando as paredes de alvenaria e esquadrias. Estão indicadas todas as informações
complementares necessárias à compreensão do projeto, tais como o nome e a área de cada ambiente, as cotas de nível,
as cotas lineares e as peças sanitárias do banheiro.
 ATENÇÃO
Repare que as linhas são diferenciadas pelo tipo de traço (contínuo e tracejado) e pela espessura, mais grossa para
representar a alvenaria e mais fina em elementos mais distantes do plano de corte, como as linhas de piso, e nos textos.
Existem diferentes tipos de plantas, cada uma representando determinada instância da edificação. Pensemos nesta
última de forma semelhante ao zoom de uma câmera fotográfica.
Imagine que você está sobrevoando o seu bairro. Chegamos no quarteirão onde está localizada a sua casa. Além dela,
você avista também a casa dos seus vizinhos e as ruas próximas. A essa planta damos o nome de “planta de situação”.
Ela é a representação em plano horizontal do lote em relação ao quarteirão no qual se insere, indicando-se suas
dimensões, a forma dos lotes adjacentes, as ruas que o delimitam e a orientação geográfica.
Para construções de pequeno porte, como residências unifamiliares, costuma-se adotar a escala de 1:500. Em áreas
maiores, essa escala pode ser reduzida a 1:1000 ou 1:2000, desde que se mantenham legíveis as informações mínimas
acima descritas (dimensões, lotes, quarteirão e ruas). Nas plantas de situação, não há demarcação da edificação, mas,
sim, do lote onde ela será implantada, hachurado como na imagem a seguir:
 Figura 3.3 - Planta de situação da casa ilustrada na Figura 3.1
Na planta acima, temos o terreno hachurado e destacado dos demais lotes que compõem a quadra. O quarteirão e os
lotes apresentam numeração de acordo com o projeto urbanístico do loteamento. As ruas são nomeadas e a orientação
solar é dada a partir do símbolo do Norte, ao lado direito do desenho.
Agora nos aproximaremos um pouco mais e faremos um “recorte” da quadra, referente à porção do terreno da sua casa.
Passaremos a enxergar apenas aquilo que está contido dentro do perímetro de seu terreno e sua relação com as ruas
confrontantes: se for um lote de meio de quadra, muito provavelmente teremos apenas a rua da frente; se for um lote de
esquina, duas serão as vias desenhadas, e assim por diante.
 ATENÇÃO
Não se esqueça de que a rua é composta pelo leito carroçável, onde passam os veículos, motorizados ou não, e as
calçadas, destinadas aos pedestres, incluindo os eixos de passagem e possíveis canteiros.
A representação desses elementos é somada ao desenho do contorno da edificação sobre o lote. A essa peça gráfica
chamamos de “implantação”. Também chamada de planta de locação, ela representa a edificação inserida no lote. Ela
tem como objetivo a marcação do perímetro a ser construído no canteiro de obras.
É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA QUE ESTA PLANTA SEJA DEVIDAMENTE
COTADA PARA QUE SEJAM RESPEITADOS OS AFASTAMENTOS MÍNIMOS EM
RELAÇÃO ÀS TESTADAS DO LOTE E A MÁXIMA OCUPAÇÃO PERMITIDA.
 Figura 3.4 - Implantação da residência ilustrada nas Figuras 3.1 e 3.3
Na implantação, são desenhados os limites do terreno e os muros de divisa, a rua e a área a ser construída (hachurada).
Essa planta serve para a demarcação da edificação no lote.
A partir da implantação, derivamos a próxima peça gráfica: a “planta de cobertura”. Agora estarão traçados todos os
elementos que compõem a vedação superior da sua casa.
Sabemos que as coberturas podem ser executadas com as mais diversas técnicas e materiais.
TELHADOS CERÂMICOS
No Brasil, são populares, devido ao seu bom desempenho térmico.
TELHADOS APARENTES
Em geral aparentes, esses telhados também têm sido executados com telhas de concreto.
TELHADOS EMBUTIDOS EM PLATIBANDAS
Se usam telhas de menor inclinação (entre 5% e 15%), como as metálicas e de fibrocimento.
LAJES IMPERMEABILIZADAS E OS TETOS-JARDINS
Além de cobrirem o interior das edificações, permitem o uso desses espaços.
A planta de cobertura é uma vista superior externa da edificação, no qual são representados todos os planos de lajes ou
telhados, indicação da torre de caixa d’água, tipo e inclinação da telha, sentido da queda de água, locação dos rufos,
calhas, cumeeiras, águas-furtadas, espigões e beirais.
 SAIBA MAIS
No caso de construções com beirais, o perímetro da edificação é indicado com linha tracejada sobre o plano de
cobertura.
Em plantas de cobertura, costuma-se adotar a mesma escala da plantabaixa, ou seja, 1:50 ou 1:75. No entanto, em
coberturas de menor complexidade, pode-se adotar a escala de 1:100, desde que seus elementos compositivos estejam
legíveis e contendo as informações mínimas necessárias para a correta execução da cobertura.
 Figura 3.5 - Planta de cobertura da residência utilizada nas ilustrações acima
No exemplo acima, temos a representação de um telhado de fibrocimento embutido em platibanda. As platibandas têm
alturas diferentes marcando cada um dos volumes que compõem a casa. Para cada área delimitada pelas platibandas, é
indicado o material da telha, a inclinação e o sentido da declividade.
Finalmente, chegamos ao interior da edificação e retornamos ao conceito de “planta baixa”. Esse termo indica uma vista
de cima das paredes e cômodos de uma estrutura, como se a edificação fosse cortada na altura de 1.50m e a parte de
cima apagada.
 SAIBA MAIS
Da planta baixa derivam todas as plantas utilizadas na execução dos projetos complementares, a exemplo das plantas de
locação de pilares, de fôrmas, de pontos elétricos etc.
 Figura 3.6 - Projeto estrutural: planta com locação de pilares e vigas de uma edificação
BASICAMENTE, PARA A PRODUÇÃO DE PLANTAS, BEM COMO DAS DEMAIS
PEÇAS GRÁFICAS, PRECISAMOS DE LINHAS, HORIZONTAIS, VERTICAIS,
DIAGONAIS, EM ARCO ETC. ESSAS LINHAS IRÃO COMPOR TODAS AS
INFORMAÇÕES DE UM DESENHO TÉCNICO, SEJAM ELAS GRÁFICAS OU
TEXTUAIS.
A LINHA: TIPOS, TRAÇOS, ESCALAS
Antes de iniciar o desenho, retomaremos as normativas referentes aos diferentes tipos de linhas e traços utilizados na
confecção de plantas de arquitetura. A NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos – Tipos de linhas – Largura de
linhas estabelece uma série de tipos de linhas, com variações de espessura e traçado, diretamente relacionadas à sua
aplicação. Para desenharmos uma planta arquitetônica, as principais são:
 Figura 3.7 - Tipos de traçado, denominação, aplicação e espessura de linhas frequentemente empregadas na
representação de projetos
Na medida em que o desenho técnico se torna mais habitual, vai se tornando mais fácil se acostumar com ela. Mais do
que memorizar valores e aplicações, é importante compreender a lógica da hierarquização de linhas. Veja:
TRAÇO FORTE
As linhas grossas e escuras são utilizadas para representar, nas plantas baixas e cortes, as paredes e os elementos
estruturais (pilares, vigas, lajes) interceptados pelo plano de corte.
TRAÇO MÉDIO
As linhas de espessura médias, representam elementos em vista, ou seja, tudo que esteja abaixo (planta baixa) ou a
além (cortes) do plano de corte, como peitoris, soleiras, mobiliário, ressaltos no piso, vãos de aberturas, paredes em vista
etc. Também são utilizadas para representar elementos seccionados de pequenas dimensões, tais como marcos e folhas
de esquadrias.
TRAÇO FINO
As linhas finas são utilizadas principalmente para representar hachuras e texturas, tais como as que representam os
elementos de concreto e madeiras, e as que representam os pisos e paredes revestidas, por exemplo, com pedras e
cerâmicas. Também são utilizadas para representar as linhas de cotas e de chamadas. (XAVIER, 2011).
Como vimos, uma planta baixa representa todos os elementos que estão abaixo de uma linha imaginária posicionada
entre 1,20m e 1,50m de altura. Esses elementos são desenhados com linhas contínuas.
 ATENÇÃO
As espessuras serão atribuídas às linhas em função da proximidade que os elementos por elas representados estão em
relação à nossa linha imaginária de corte: quanto mais próximo, mais grossa, e quanto mais distante, mais fina.
Na figura a seguir, temos o exemplo de um sobrado, apresentado em perspectiva. A planta é gerada a partir de um corte
horizontal feito sobre o objeto arquitetônico.
 ATENÇÃO
Todos os elementos cortados, como a alvenaria, as janelas e as portas, serão representados com linhas mais espessas.
Mas veja que temos materiais distintos para cada um desses elementos. Dentre eles, a alvenaria – hachurada na
perspectiva – é aquela que irá adquirir a maior espessura. Além dos elementos cortados, temos ainda aqueles que estão
em vista, situados num plano abaixo de 1,50m, como as linhas de piso. Logo, as linhas empregadas para a
representação desses elementos serão também mais finas.
Repare, ainda, na mesma ilustração que temos uma “fatia” da casa que ficou de fora, pois está situada acima da nossa
linha de corte. Todos os elementos contidos no pavimento térreo dessa porção removida serão representados em linha
tracejada, como os degraus da escada acima de 1,50m, vigas e beirais. Já aqueles que se encontram no pavimento
superior serão desenhados na planta correspondente a ele.
 Figura 3.8 - Derivação da planta a partir do objeto tridimensional
REPRESENTAÇÃO DE ELEMENTOS CONSTRUTIVOS
Embora tenhamos a facilidade de utilizar softwares como meio de representação gráfica, há convenções do desenho
manual que permanecem, de forma que a leitura do projeto permanece a mesma. Retomemos algumas delas, já
introduzindo alguns comandos básicos de AutoCAD necessários à sua execução.
O primeiro e mais frequente elemento construtivo presente nos projetos de engenharia é a alvenaria. Convencionou-se
sua representação como duas retas paralelas, cuja espessura varia em função do tipo de bloco utilizado.
EM DESENHOS DE MAIOR ESCALA, E CONSEQUENTEMENTE, MAIOR NÍVEL DE
DETALHES, É COMUM ENCONTRARMOS, PARA ALÉM DAS LINHAS LIMITES DA
ALVENARIA, TAMBÉM AS LINHAS REPRESENTATIVAS DE EMBOÇO, REBOCO E
REVESTIMENTOS.
Mas também existem outros tipos de materiais e técnicas usados para executar as vedações verticais de um edifício. A
seguir, temos algumas delas. Note que a diferenciação também pode se basear na hachura interna. Nós aprenderemos a
inserir hachuras ao final desta unidade.
 Figura 3 9 - Tipos de parede e suas diferentes representações gráficas
 ATENÇÃO
Lembre-se de que as diferentes espessuras de linhas adotadas na representação das vedações verticais têm relação não
apenas com o material do qual elas são feitas, mas também das respectivas alturas.
TRAÇO MAIS GROSSO
Paredes em corte têm um traço mais grosso.
TRAÇO MAIS FINO
Paredes em vista, abaixo da linha de corte, são desenhadas com traços mais finos.
TRAÇO MAIS FINO E USO DE LINHA TRACEJADA
Paredes cujas arestas não são visíveis, sobrepostas por elementos como bancadas, por exemplo, além do traço mais
fino, solicitam o uso de linha tracejada.
 FFigura 3.10 - Hierarquia de linhas para diferenciar alturas de paredes e contornos não visíveis
Além das paredes, também temos elementos de piso cujas linhas, em geral, são as mais finas do desenho, por estarem
distantes do plano de corte. Novamente utilizamos aqui dois padrões de hachuras que indicam modelos de piso distintos.
A ESPECIFICAÇÃO DAS DIMENSÕES, FABRICANTE E REJUNTES COMPETE AO
CHAMADO PROJETO DE PAGINAÇÃO, DESENVOLVIDO PELO ARQUITETO OU
PELAS LOJAS REPRESENTANTES. A PARTIR DESSE PROJETO, FAZ-SE O
QUANTITATIVO DE ÁREAS E ELABORA-SE O ORÇAMENTO.
 Figura 3.11 - Elementos de piso solicitam o uso do traço mais fino
O terceiro elemento construtivo cuja atenção às especificações técnicas é de extrema importância para a correta
execução em canteiro, são as esquadrias. Portas e janelas que podem ser executadas em alumínio, madeira, ferro e
PVC.
EXISTE UM PROJETO ESPECÍFICO PARA O DETALHAMENTO DE ESQUADRIAS,
MAS QUALQUER PLANTA ARQUITETÔNICA DEVERÁ REPRESENTAR
FIELMENTE AO MENOS O SISTEMA DE ABERTURA, AS DIMENSÕES E O
MATERIAL DO QUAL SÃO FEITAS
Veja que no exemplo da figura anterior, não é informado no desenho as dimensões da porta, no entanto, sabemos que se
trata de uma porta de abrir. O mesmo acontece com a janela, a linha tracejada indica um peitoril alto.
 SAIBA MAIS
Na etapa de projeto executivo essas esquadrias receberão uma legenda contendo tais informações, apresentadas nos
chamados Quadros de Esquadrias.
EXEMPLO DE COMO INICIAR UMA PLANTA
Agora que retomamos alguns elementos construtivos e normas gerais de desenhotécnico, podemos dar início à
apresentação dos procedimentos para produzirmos uma planta em AutoCAD. Ao abrir o software, na tela inicial, clique no
ícone Start Drawing.
Antes de começar o desenho, criaremos layers (camadas) para formar grupos de elementos com atributos semelhantes.
 DICA
A organização do desenho em camadas possibilita uma série de operações que facilitam sobremaneira o processo de
representação.
Além de facilitar o desenho, a sobreposição de camadas (que podem a qualquer momento ser ligadas ou desligadas,
bloqueadas e desbloqueadas) permite representar‐se sobre uma mesma base, como a planta baixa de uma edificação,
diversos temas referentes a esta edificação. Assim, por exemplo, pode‐se sobrepor informações dos diversos projetos
complementares, verificando‐se as compatibilidades e os reflexos de uns sobre os outros (XAVIER, 2011).
Para criar e/ou modificar as propriedades dos layers, vá na aba Home e clique no comando Layer Properties. Uma nova
janela será aberta e nela você verá a relação de todos os layers do seu desenho.
OS LAYERS SÃO DIFERENCIADOS POR NOME (NAME), COR (COLOR), TIPO DE
LINHA (LINETYPE) E ESPESSURA DE LINHA (LINEWEIGHT).
As demais propriedades dizem respeito à visualização e congelamento deles na área de trabalho e à impressão.
 COMENTÁRIO
Por enquanto, iremos nos atentar apenas às propriedades pertinentes ao desenho na guia Model.
Acompanhe na Figura 3.12, a seguir, o layer Linha 1, ao qual foi atribuída a cor verde (green). Ao lado, em Linetype
vemos especificado Continuous, ou seja, o tipo de linha aqui usado é a contínua. Se clicarmos sobre esse campo, a
janela Select Linetype será aberta com outras opções de linhas, conforme reproduzido na Figura 3.13a. Veja que temos
dois tipos de linha além daquele selecionado (em azul), sendo que uma é tracejada (DASHEDX2) e a outra do tipo traço-
ponto (ACAD_ISO04W100). Você pode carregar mais opções, clicando no botão Load, que, por sua vez, abrirá uma
nova janela (Figura 3.13b). Selecione o tipo de linha desejada de acordo com sua atribuição.
 EXEMPLO
Se for criado um layer chamado Linha de Corte, no campo Linetype, deve-se selecionar algum modelo de linha do tipo
traço-ponto, para que atendamos às normas de desenho da ABNT.
 Figura 3.12 - Criação de layers para estabelecer tipos de linha
 Figura 3.13a. Especificação de Linetype
 Figura 3.13b. Carregando outras Linetypes
Uma vez definido o traçado, precisamos especificar a espessura da linha. Você retomará essas especificações ao fazer
as configurações de plotagem, mas aqui já iremos preestabelecer a hierarquia de linhas do desenho. Na Figura 3.12, no
campo Lineweight, temos selecionada a opção Default, ou seja, uma espessura padrão, que você pode configurar ou
adotar aquela preestabelecida pelo software. Ao clicar sobre esse campo, a janela ilustrada na Figura 3.14 aparecerá
para que você defina a espessura das linhas daquele layer.
 Figura 3.14 - Janela Lineweight, usada para definir a espessura das linhas de um layer
 SAIBA MAIS
Embora possamos criar um layer para agrupar elementos semelhantes, que, consequentemente, solicitarão tipos e
espessuras de linhas próprios, também podemos configurar as linhas individualmente.
Ao clicar sobre qualquer linha no seu ambiente de trabalho, aparecerá, ao lado esquerdo, a Barra de Propriedades,
contendo todas as informações sobre o elemento selecionado. Caso essa barra não apareça automaticamente, vá no
comando Properties, como mostra a imagem abaixo, e clique na seta do canto inferior direito da janela aberta. Através
dela, é possível modificar o tipo de traço e espessura da linha, polilinha ou do objeto selecionado, pois aqui temos os
mesmos atributos encontrados na janela de layers. Também podemos selecionar um grupo de linhas e modificá-las de
uma só vez, adotando o mesmo procedimento.
 Figura 3.15 - Alteração do tipo de traço de uma linha selecionada a partir da Barra de Propriedade
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Aprendemos inicialmente sobre a importância de saber se comunicar na forma de projetos gráficos, entendendo a
linguagem do desenho como uma forma de expressar as ideias. Assim como aprender uma nova língua, aprender a fazer
desenhos técnicos é importante para as áreas das engenharias, arquitetura e afins.
No segundo módulo, vimos como organizar os desenhos em camadas (layers), como configurar as unidades de medidas
e como fazer desenhos precisos baseados em sistemas de coordenadas.
Por fim, apresentamos algumas normas de desenho, conceitos de planta e representações de projeto, importantes para
normatizar os desenhos de forma técnica.
 PODCAST
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BALDAM, R.; COSTA, L. AutoCad 2015. Utilizando totalmente. 1. ed. São Paulo: Érica, 2012.
CHING, F. Técnicas de construção ilustradas. 2 ed. São Paulo: Bookman, 2001.
MANZOLI, A.; MUNIZ, C. Desenho Técnico. 1. ed. São Paulo: Lexicon, 2015.
MONTENEGRO, G. A. Desenho arquitetônico. 4. ed. São Paulo: Blücher, 2005.
OBERG, L. Desenho arquitetônico. 31. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1997.
XAVIER, S. Apostila de Desenho Arquitetônico. Universidade Federal do Rio Grande ‐ FURG - Escola De Engenharia -
Núcleo De Expressão Gráfica, 2011.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
As normas NBR 8403 ‒ Aplicação das linhas em desenhos, tipos, larguras; NBR 12298 ‒ Representação de área de
corte por meio de hachuras em desenhos; NBR 10582 ‒ Apresentação da folha para desenho técnico; NBR 10067 ‒
Princípios gerais de representação em desenho técnico.
A lista de comandos do AutoCad, encontrada na pasta onde foi instalado o programa ou no menu da barra flutuante
Tools/Customize/Edit Program Parameters (acad.pgp).
Instale:
AutoCad e Revit da Autodesk, que pode ser baixado gratuitamente no site da Autodesk. Faça sua inscrição na
página, instale os programas e tenha por um ano a licença sem nenhum custo. Ela pode ser renovada enquanto
você for estudante. Você pode optar por instalar a versão em português ou inglês. Caso não tenha computador em
casa, poderá seguir os tutoriais e aprender a linguagem técnica da mesma forma.
Acesse:
Para quem quiser um “Guia do Mochileiro” para o AutoCAD, pode acessar a própria página da Autodesk.
CONTEUDISTA
Anderson Manzoli
 CURRÍCULO LATTES
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