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<p>BIOQUÍMICA</p><p>61 MAPAS MENTAIS DE</p><p>e metabolismo</p><p>dos nutrientes</p><p>PROF. LUAN LISBOA</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>BIOQUÍMICA</p><p>61 MAPAS MENTAIS</p><p>e metabolismo</p><p>Bem-vindo ao universo da bioquímica descomplicada! Este eBook foi cuidadosamente elaborado para nutricionistas e estudantes de nutrição</p><p>que buscam uma compreensão clara e eficiente do complexo mundo da bioquímica e do metabolismo dos nutrientes.</p><p>"61 Mapas Mentais de Bioquímica" é uma ferramenta de aprendizado que transforma os conceitos-chave da bioquímica em mapas mentais</p><p>visualmente atraentes e fáceis de entender. Cada mapa foi desenhado para facilitar o aprendizado e compreensão dos tópicos mais importantes</p><p>da bioquímica e metabolismo dos nutriente.</p><p>Este eBook é ideal para você, nutricionista ou estudante de nutrição, que deseja fortalecer seu conhecimento em bioquímica de uma maneira</p><p>mais interativa e menos intimidadora. Seja você um iniciante buscando fundamentos sólidos ou um profissional experiente procurando uma</p><p>revisão eficaz.</p><p>Nosso objetivo é proporcionar uma jornada de aprendizado que vá além da memorização. Queremos que você realmente entenda e aplique os</p><p>conceitos de bioquímica na prática nutricional. Por isso, dividimos o conteúdo em módulos temáticos, abrangendo desde carboidratos, proteínas</p><p>e lipídios até bioenergética, água, vitaminas e minerais.</p><p>Cada módulo é composto por mapas mentais detalhados, cobrindo tópicos como digestão e absorção, metabolismo, controle hormonal, e muito</p><p>mais. Com esta abordagem, você terá uma visão completa e integrada da bioquímica, essencial para a excelência na área da nutrição.</p><p>Prepare-se para transformar a maneira como você aprende e aplica a bioquímica. Com "61 Mapas Mentais de Bioquímica", você está a um passo</p><p>de aprofundar seu conhecimento, aumentar sua confiança e ter mai segurança com a bioquímica dos nutrientes. Mergulhe nessa experiência de</p><p>aprendizado e veja a bioquímica sob uma nova perspectiva!</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>LUAN LISBOA</p><p>Professor Luan Lisboa é graduado em</p><p>Nutrição e pós-graduado em Nutrição Clínica</p><p>e esportiva. Experiência de mais de 10 anos</p><p>em atendimento em consultório com foco em</p><p>atletas desportistas, experiência como</p><p>professor da graduação em nutrição e cursos</p><p>de pós graduação por 9 anos.</p><p>Atualmente ministra cursos presenciais e</p><p>online na área da Nutrição Esportiva e</p><p>Bioquímica aplicada à nutrição, tendo mais</p><p>de 5000 alunos pelo Brasil e outros países.</p><p>Divulga conteúdos para profissionais e</p><p>estudantes de nutrição no perfil no instagram</p><p>@prof.luanlisboa e no canal do Youtube</p><p>youtube.com/luanlisboa</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>01 Visão geral</p><p>02 O que são carboidratos</p><p>03 Digestão e absorção</p><p>04 Conceito de índice e carga glicêmica</p><p>05 Absorção celular de glicose</p><p>06 Glicogênese</p><p>07 Glicogenólise</p><p>08 Glicólise</p><p>09 Gliconeogênese</p><p>10 Via das pentoses fosfato</p><p>11 Metabolismo da galactose</p><p>12 Metabolismo da frutose</p><p>13 Controle hormonal da glicose</p><p>6</p><p>7</p><p>8</p><p>9</p><p>10</p><p>11</p><p>12</p><p>13</p><p>14</p><p>15</p><p>16</p><p>17</p><p>18</p><p>ÍNDICE</p><p>01 Carboidratos</p><p>14 Visão geral</p><p>15 O que são proteínas</p><p>16 Digestão e absorção</p><p>17 Valor biológico das proteínas</p><p>18 Turnover proteico</p><p>19 Síntese de proteínas</p><p>20 Catabolismo de proteínas</p><p>21 Enzimas</p><p>22 Oxidação dos aminoácidos</p><p>23 Ciclo da ureia</p><p>24 Biossíntese de aminoácidos</p><p>20</p><p>21</p><p>22</p><p>23</p><p>24</p><p>25</p><p>26</p><p>27</p><p>28</p><p>29</p><p>30</p><p>02 Proteínas</p><p>25 Visão geral</p><p>26 O que são lipídios</p><p>27 Digestão e absorção de lipídios</p><p>28 Metabolismo das lipoproteínas</p><p>29 Biossíntese de ácidos graxos</p><p>30 Lipólise e oxidação</p><p>31 Produção de corpos cetônicos</p><p>32</p><p>33</p><p>34</p><p>35</p><p>36</p><p>37</p><p>38</p><p>03 Lipídios</p><p>32 Visão geral</p><p>33 Sistema ATP-CP</p><p>34 Ciclo de Krebs</p><p>35 Fosforilação oxidativa</p><p>40</p><p>41</p><p>42</p><p>43</p><p>04 Bioenergética</p><p>36 Propriedades e ionização da água</p><p>37 Sistema tampão</p><p>38 Funções corporais da água</p><p>45</p><p>46</p><p>47</p><p>05 Água</p><p>39 Vitamina A</p><p>40 Vitamina D</p><p>41 Vitamina E</p><p>42 Vitamina K</p><p>49</p><p>50</p><p>51</p><p>52</p><p>06 Vitaminas Lipossolúveis</p><p>52 Ferro</p><p>53 Cálcio</p><p>54 Zinco</p><p>55 Selênio</p><p>56 Magnésio</p><p>57 Cromo</p><p>58 Iodo</p><p>59 Sódio</p><p>60 Potássio</p><p>61 Fósforo</p><p>64</p><p>65</p><p>66</p><p>67</p><p>68</p><p>69</p><p>70</p><p>71</p><p>72</p><p>73</p><p>08 Minerais</p><p>43 Vitamina C</p><p>44 Vitamina B1</p><p>45 Vitamina B2</p><p>46 Vitamina B3</p><p>47 Vitamina B5</p><p>48 Vitamina B6</p><p>49 Vitamina B7</p><p>50 Vitamina B9</p><p>51 Vitamina B12</p><p>54</p><p>55</p><p>56</p><p>57</p><p>58</p><p>59</p><p>60</p><p>61</p><p>62</p><p>07 Vitaminas Hidrossolúveis</p><p>62 Fibras solúveis</p><p>63 Fibras insolúveis</p><p>64 Metabolismo dos polifenóis</p><p>65 Metabolismo dos Aminoácidos sulfurados</p><p>66 Metabolismo dos Aminoácidos aromáticos</p><p>67 Metabolismo dos Aminoácidos de cadeia ramificada</p><p>68 Metabolismo dos Ácidos graxos de cadeia curta</p><p>69 Metabolismo dos Ácidos graxos saturados</p><p>70 Metabolismo dos Ácidos graxos trans</p><p>75</p><p>76</p><p>77</p><p>78</p><p>79</p><p>80</p><p>81</p><p>82</p><p>83</p><p>BÔNUS</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS</p><p>Descubra a bioquímica e o metabolismo dos carboidratos,</p><p>desde sua estrutura básica até o complexo metabolismo.</p><p>Explore a digestão, absorção, e o impacto dos índices</p><p>glicêmicos, além de vias metabólicas cruciais como</p><p>glicogênese, glicogenólise, e muito mais.</p><p>5</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Ácido graxo</p><p>Acetil-CoA</p><p>Acetil-CoA</p><p>NH</p><p>Aminoácidos</p><p>Cadeia transportadora de elétrons</p><p>Pão</p><p>O que são: Carboidratos são moléculas formadas</p><p>por carbono, hidrogênio e oxigênio, sendo</p><p>classificadas desde unidades menores chamadas</p><p>monossacarídeos até polissacarídeos (conjunto de</p><p>monossacarídeos)</p><p>Cetoácidos</p><p>Lactato</p><p>Glicerol</p><p>Galactose</p><p>Piruvato</p><p>Via das pentoses</p><p>Glicogênio</p><p>O glicogênio muscular só fornece glicose para o</p><p>próprio músculo, enquanto o glicogênio hepático</p><p>fornece glicose para manutenção da glicemia em</p><p>momentos de baixa disponibilidade</p><p>Músculo Fígado</p><p>Será que vou</p><p>engordar?</p><p>O amido ingerido deverá ser digerido por</p><p>amilases e dissacaridases para posterior</p><p>absorção intestinal de glicose</p><p>Quantidade de carbonos:</p><p>Pentoses: Ribose e desoxirribose</p><p>Hexoses: Glicose, frutose e galactose</p><p>Quantidade de unidades</p><p>Monossacarídeo (unidade): Glicose, frutose e</p><p>galactose</p><p>Dissacarídeo: Maltose (Glicose + Glicose), Lactose</p><p>(Glicose + Galactose) e Sacarose (Glicose + Frutose)</p><p>Oligossacarídeo: Oligofrutose (fibra alimentar)</p><p>Polissacarídeo: Amido e glicogênio</p><p>Gliconeogênese Glicólise</p><p>O glicogênio é sintetizado</p><p>principalmente no fígado e</p><p>músculo com gasto de ATP</p><p>A síntese de gordura a partir do carboidrato se dá</p><p>pelo acúmulo de acetil-CoA no citosol da célula via</p><p>transferência de citrato. Mas isso não quer dizer que</p><p>o “carboidrato engorda”. A intensidade dessa via só</p><p>aumentará de forma clinicamente relevante quando</p><p>houver um balanço energético positivo (excesso</p><p>calórico)</p><p>VISÃO GERAL DO METABOLISMO</p><p>DOS CARBODIRATOS</p><p>A síntese de glicose (gliconeogênese) pode</p><p>ocorrer a partir de três substratos precursores</p><p>– Aminoácidos, lactato e glicerol. Os</p><p>aminoácidos são os que mais contribuem para</p><p>essa via</p><p>GLICOSE DENTRO</p><p>DA CÉLULA</p><p>Glicemia</p><p>Lipogênese</p><p>de novo</p><p>Tecido adiposo Frutose</p><p>Classificação Via das pentoses</p><p>fosfato</p><p>VISÃO GERAL DO METABOLISMO</p><p>DOS CARBOIDRATOS</p><p>01 - VISÃO GERAL DO METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS</p><p>6</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>02 - O QUE SÃO CARBOIDRATOS</p><p>O QUE SÃO OS CARBOIDRATOS</p><p>Carboidratos são moléculas formadas por</p><p>carbono, hidrogênio e oxigênio, sendo</p><p>classificadas desde unidades menores</p><p>chamadas monossacarídeos até polissacarídeos</p><p>(conjunto de monossacarídeos).</p><p>Carboidratos simples e complexos</p><p>Simples: São carboidratos na forma de mono (glicose,</p><p>frutose) e dissacarídeos (sacarose, lactose). Alimentos</p><p>como frutas, mel e cana de açúcar contém</p><p>carboidratos simples.</p><p>Complexos: São carboidratos formados por vários</p><p>monossacarídeos em uma molécula grande e</p><p>complexa. Alimentos como o pão, tapioca e aipim</p><p>contém carboidratos complexos.</p><p>As moléculas</p><p>O</p><p>H+ elevado pode ser excretado pelos rins e o CO2</p><p>expirado através dos pulmões.</p><p>A adição de OH- (base) irá induzir uma diminuição</p><p>dos níveis de H+ no sangue. Em decorrência</p><p>disso, o sistema tampão sanguíneo irá se</p><p>comportar para formar e dissociar o ácido</p><p>carbono em bicarbonato e H+ (observar a direção</p><p>da seta no esquema a esquerda).</p><p>Fosfato</p><p>Fosfato</p><p>Carnosina</p><p>Proteínas (aminoácidos tamponantes)</p><p>Segue abaixo os principais sistemas tampões do nosso</p><p>organismo:</p><p>SISTEMA TAMPÃO E</p><p>CONTROLE ÁCIDO-BASE</p><p>Adição de OH- (base)</p><p>Segue abaixo a interação entre o nosso</p><p>tampão sanguíneo (bicarbonato) e os órgãos</p><p>(rins e pulmão) no controle do pH</p><p>• Adição de H+ (ácido)</p><p>Menor exigência do sistema</p><p>respiratório</p><p>Maior exigência do sistema</p><p>respiratório</p><p>Intracelular:</p><p>Sanguíneo:</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Grupo amino</p><p>Cadeia lateral</p><p>Grupo carboxila</p><p>•</p><p>46</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>38 - FUNÇÕES CORPORAIS DA ÁGUA</p><p>Podemos ganhar água principalmente através da</p><p>ingestão diária. Mas também podemos sintetizar água</p><p>após a metabolização dos substratos energéticos no</p><p>processo de síntese do ATP.</p><p>As perdas acontecem através da pele, pulmão</p><p>(respiração), suor, fezes e, principalmente, urina. Este</p><p>último possui a capacidade de regular o balanço</p><p>hídrico em função da auto regulação renal.</p><p>A quantidade de líquido corporal é determinada pelo</p><p>balanço hídrico.</p><p>A água (H2O) consiste em um composto essencial a</p><p>vida. Suas inúmeras funções no organismo permite</p><p>o desempenho da capacidade em garantir a</p><p>homeostase corporal.</p><p>A necessidade hídrica deve ser ofertada</p><p>em torno de 30 – 35 mL/dia. No entanto,</p><p>essa oferta pode variar de acordo com o</p><p>clima e dia a dia do indivíduo.</p><p>Principais funções da água</p><p>Transporte de substâncias no meio intra e extracelular.</p><p>Controle da temperatura corporal (suor)</p><p>Excreção de substâncias indesejáveis (urina)</p><p>Manutenção da osmolaridade e pH.</p><p>A água possui características químicas extremamente</p><p>importantes para o organismo vivo. Sendo seu ponto</p><p>de ebulição: 100ºC e fusão: 0ºC, apresenta-se na</p><p>forma líquida em temperatura ambiente.</p><p>A maior parte da água corporal encontra-se dentro</p><p>das células ou meio intracelular (~60%). O restante</p><p>compõe o líquido extracelular, intersticial e</p><p>plasma. (verificar na imagem ao lado)</p><p>A água possui a capacidade de transitar livremente</p><p>pela membrana das células. Isso permite que as</p><p>células troquem conteúdo hídrico com o meio</p><p>extracelular em um processo conhecido como</p><p>osmose. A direção do fluxo de água será</p><p>determinada pela nível de osmolaridade dos dois</p><p>compartimentos (intra ou extracelular).</p><p>FUNÇÕES CORPORAIS</p><p>DA ÁGUA Exemplo: Indivíduo de 70 kg</p><p>Balanço hídrico = Ganho hídrico – Perda hídrica</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>47</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS</p><p>Descubra o papel vital das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K)</p><p>no corpo humano. Aprenda sobre suas funções, metabolismo,</p><p>e importância na nutrição e saúde.</p><p>48</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>39 - METABOLISMO DA VITAMINA A</p><p>No fígado, o retinol sofrerá hidrólise. Podendo seguir</p><p>três destinos:</p><p>1. Esterificado para armazenamento em células</p><p>estreladas.</p><p>2. Liberados na corrente sanguínea ligados a</p><p>RBP4/TTR</p><p>3. Excretados na bile</p><p>Dentro do enterócito, o retinol livre é novamente</p><p>esterificado em ER para incorporação nos quilomícrons.</p><p>Através dessa lipoproteína, a vitamina A é transportada</p><p>pela corrente sanguínea até atingir os tecidos ou, o que</p><p>é mais comum, serem captadas pelo fígado via</p><p>quilomícrons remanescentes</p><p>O que é: Vitamina lipossolúvel com atividade funcional</p><p>associada a visão e expressão de genes importantes</p><p>para o sistema imunológico, desenvolvimento</p><p>embrionário e regeneração celular</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Duodeno e jejuno</p><p>Por ser uma vitamina lipossolúvel, a digestão e absorção</p><p>é dependente da digestão de gordura da dieta.</p><p>Os ésteres de retinila (ER) encontrados em alimentos de</p><p>origem animal devem ser organizados em micelas para</p><p>posterior ação das hidrolases, liberando retinol livre</p><p>para absorção.</p><p>O β-caroteno deve ser clivado em retinol livre após</p><p>absorção pelo enterócito</p><p>A absorção de vitamina A não parece ser regulada</p><p>pelo estado nutricional do organismo. Por isso,</p><p>existe um risco de Hipervitaminose quando a</p><p>ingestão é muito elevada (suplementação</p><p>excessiva).</p><p>Existem diversas formas de vitamina A:</p><p>Vitamina A precursora: All-trans-retinol</p><p>Formas ativas: 11-cis-retinal (visão) e all-trans-ácido retinóico</p><p>Forma de armazenamento: Ésteres de retinila</p><p>Provitamina A: β-caroteno e outros carotenoides</p><p>1.</p><p>2.</p><p>3.</p><p>Estrutura molecular</p><p>Anel de β-ionona</p><p>Cadeia lateral de polieno conjugado</p><p>Grupo funcional terminal</p><p>Funções</p><p>Visão: A forma ativa 11-cis-retinal pode auxiliar na visão</p><p>através da formação de um pigmento captador de fótons</p><p>chamado rodopsina. Após captação da luz, um sinal neural</p><p>é enviado para o cérebro.</p><p>Expressão de genes: A forma ativa all-trans-ácido retinóico</p><p>auxilia na expressão de genes que modulam o sistema</p><p>imunológico, regeneração celular e desenvolvimento</p><p>embrionário.</p><p>Os níveis plasmáticos de retinol ou RBP4</p><p>só diminuem quando as reservas do</p><p>fígado estão quase totalmente</p><p>depletadas. Podem ser utilizados como</p><p>avaliação bioquímica do estado</p><p>nutricional de vitamina A. Com exceção,</p><p>na presença de infecção ou desnutrição.</p><p>Após liberação no sangue. O complexo</p><p>retinol/RBP4/TTR é captado pelos órgãos</p><p>através da Stra6. Podendo ser esterificada</p><p>para armazenamento ou convertida em</p><p>uma das formas ativas (ex. ácido retinóico)</p><p>METABOLISMO DA</p><p>VITAMINA A</p><p>49</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>40 - METABOLISMO DA VITAMINA D</p><p>Pele</p><p>Fígado</p><p>Rins</p><p>METABOLISMO DA</p><p>VITAMINA D</p><p>O transporte plasmático da</p><p>vitamina D3 produzida na pele é</p><p>realizado pela proteína de ligação</p><p>da vitamina D (DBP).</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>A vitamina D que é ingerida através da dieta, por ser</p><p>uma vitamina lipossolúvel, seguirá o mecanismo de</p><p>absorção e transporte das gorduras da dieta. Sendo</p><p>incorporadas aos quilomícrons e transportadas no</p><p>sangue.</p><p>Produção de vitamina D</p><p>Local de produção: Pele</p><p>A vitamina D é produzida inicialmente através da</p><p>conversão do precursor 7-deidrocolesterol a pré-</p><p>vitamina D3 após exposição aos raios solares UVB.</p><p>Pré-vitamina D3 é convertida em Vitamina D3 por uma</p><p>reação não-enzimática, sendo liberada na corrente</p><p>sanguínea.</p><p>O que é: Vitamina lipossolúvel com atividade associada</p><p>a melhora do metabolismo ósseo e funções extra</p><p>esqueléticas.</p><p>Seu principal mecanismo de ação se dá através do</p><p>controle da expressão gênica.</p><p>Existem diversas formas de vitamina D:</p><p>Vitamina D2: Sintética e prevalente em alimentos vegetais.</p><p>Vitamina D3: Produzida através da pela através dos raios</p><p>solares UVB.</p><p>25(OH) Vit. D3: Obtida após a primeira hidroxilação (forma</p><p>prevalente no sangue).</p><p>1,25(OH)2 Vit. D3: Forma biologicamente ativa, obtida após a</p><p>segunda hidroxilação.</p><p>Deficiência</p><p>O estado de vitamina D é avaliado através dos níveis plasmáticos</p><p>de 25(OH) Vit. D3 (<20 ng/mL).</p><p>A prevalência de deficiência é maior nas populações que vivem em</p><p>regiões com menor exposição aos raios UVB, além dos povos</p><p>descendentes de africanos e asiáticos.</p><p>O principal achado clínico associado é a ocorrência de raquitismo</p><p>e doenças ósseas associadas a desmineralização óssea (osteopenia</p><p>e osteoporose).</p><p>1.</p><p>2.</p><p>3.</p><p>Estrutura molecular</p><p>Vitamina D3</p><p>25(OH) Vit. D3</p><p>1,25(OH)2 Vit. D3</p><p>Funções da vitamina D</p><p>A funções podem ser divididas em funções calcêmicas e</p><p>não calcêmicas:</p><p>Calcêmicas: Melhora da absorção intestinal de cálcio e</p><p>fósforo e mineralização óssea.</p><p>Não calcêmicas: Atua melhorando a diferenciação celular e</p><p>inibindo a proliferação.</p><p>Melhora da função imunológica através da diminuição da</p><p>reatividade de células imunes, sendo estudada na</p><p>prevenção de doenças auto-imunes (DM tipo 1, psoríase e</p><p>artrite reumatóide.</p><p>Parece interferir na melhora da força muscular esquelética.</p><p>50</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>41 - METABOLISMO DA VITAMINA E</p><p>Doação de elétrons</p><p>METABOLISMO DA VITAMINA</p><p>E (Α-TOCOFEROL)</p><p>O que é: Vitamina lipossolúvel com atividade</p><p>importante atividade antioxidante, prevenindo danos</p><p>causados por espécies reativas de oxigênio nos lipídeos,</p><p>proteínas e ácidos nucleicos essenciais para</p><p>funcionamento normal das células.</p><p>No fígado, as formas de vitamina E aproveitadas ou</p><p>excretadas são selecionadas pela proteína</p><p>transportadora de α-tocoferol (α -TTP) ou pela</p><p>Citocromo P450.</p><p>α -TTP possui preferência de ligação ao α-tocoferol.</p><p>Citocromo P450 possui maior preferência pelas formas</p><p>não-α-tocoferol, aumentando sua conversão para</p><p>CEHCs , excretadas na urina.</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>Por ser uma vitamina lipossolúvel, a digestão e absorção</p><p>é dependente da digestão de gordura da dieta.</p><p>Após formação das micelas, a vitamina E é absorvida de</p><p>forma passiva para incorporação nos quilomícrons.</p><p>Os quilomícrons são liberados para o sistema linfático e,</p><p>posteriormente, para o sangue disponibilizando α-</p><p>tocoferol aos tecidos e fígado.</p><p>A vitamina E é liberada pelo fígado principalmente na forma</p><p>de 2R-α-tocoferol através das lipoproteínas de muito baixa</p><p>densidade (VLDL), podendo ser transferida para outras</p><p>lipoproteínas (LDL ou HDL) antes de chegar aos tecidos.</p><p>Função antioxidante:</p><p>A principal função da vitamina E é prevenir a geração de</p><p>peróxidos lipídicos a partir dos danos gerados por radicais</p><p>livres. O tocoferol transfere elétrons para um peróxido</p><p>lipídico que foi oxidado. Após a transferência o tocoferol vira</p><p>radical tocoferil que pode ser regenerado posteriormente em</p><p>tocoferol.</p><p>De modo geral, a vitamina E pode ser organizada em 4</p><p>formas (α, β, γ, ômega) de tocoferóis ou tocotrienóis.</p><p>Os α-tocoferóis consistem na forma ativa preferencialmente</p><p>utilizada pelo organismo.</p><p>Estrutura molecular</p><p>1. Anel de cromanol</p><p>2. Cadeia lateral</p><p>Tocoferóis: Possuem cadeia lateral saturada</p><p>Tocotrienóis: Possuem cadeia lateral insaturada</p><p>Os tocoferóis possuem grupos funcionais na cadeia lateral</p><p>nas posições 2, 4 e 8.</p><p>Os tocotrienóis possui grupo funcional na posição 2.</p><p>Os respectivos grupos funcionais para cada forma (α, β, γ,</p><p>ômega) encontram-se ao lado direito da figura</p><p>Como podemos perceber, o α-tocoferol consiste na forma</p><p>preferencialmente preservada para o organismo. Sua</p><p>dosagem plasmática pode ser utilizada para investigar o</p><p>estado nutricional da vitamina E em casos de suspeita de</p><p>deficiência (< 12 μmol/L indica insuficiência da vitamina).</p><p>Se o paciente apresentar níveis elevados de lipídeos</p><p>plasmáticos (colesterol e TG), será necessário dividir o α-</p><p>tocoferol pela soma do colesterol + TG para identificar uma</p><p>medida mais precisa. (< 1,1 μmol de α-tocoferol/g de lipídeos</p><p>pode indicar insuficiência da vitamina)</p><p>51</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>42 - METABOLISMO DA VITAMINA K</p><p>Exemplo METABOLISMO DA</p><p>VITAMINA K</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado e, provavelmente,</p><p>intestino grosso</p><p>Por ser uma vitamina lipossolúvel, a digestão e absorção é</p><p>dependente da digestão de gordura da dieta.</p><p>A filoquinona é a principal forma de vitamina K obtida</p><p>através da dieta. Sendo absorvida de forma passiva e</p><p>incorporada aos quilomícrons para absorção via sistema</p><p>linfático e, posteriormente, circulação sanguínea.</p><p>Existe pouca evidência que demonstre os mecanismos</p><p>moleculares associados ao transporte, captação e</p><p>secreção de vitamina K nos enterócitos e no fígado</p><p>O que é: Vitamina lipossolúvel com atividade funcional</p><p>associada a ativação dos fatores de coagulação</p><p>necessária para formação do coágulo</p><p>Função primária: Coagulação</p><p>A vitamina K (filoquinona e menaquinona) atua através da</p><p>ativação dos fatores de coagulação dependentes de vitamina K</p><p>(fator XII, IX, X e protrobina). Permitindo assim a conversão do</p><p>fibrinogênio em uma rede de fibrina insolúvel (coágulo)</p><p>A vitamina K age como cofator enzimático da enzima γ-glutamil</p><p>carboxilase para conversão de grupos glutamil em ácido γ-</p><p>carboxiglutâmico.</p><p>Esses resíduos estão presentes nos fatores de coagulação,</p><p>sendo ativados através da ligação com íons Ca2+</p><p>Existem diversas formas de vitamina K:</p><p>Vitamina K1 (filoquinona): Principal forma dietética</p><p>Vitamina K2 (menaquinona): Produzida por bactérias</p><p>anaeróbias no intestino grosso.</p><p>Vitamina K3 (menadiona): Forma sintética. Pode ser convertida</p><p>em menaquinona-4.</p><p>Os casos de deficiência de vitamina K em adultos são</p><p>relativamente raros.</p><p>A dosagem plasmática da vitamina não é confiável para</p><p>avaliação do estado nutricional. Em vez disso, pode ser</p><p>utilizado o tempo de protrombina como parâmetro indireto,</p><p>juntamente com sintomas (exemplo: Sangramentos)</p><p>Estrutura molecular</p><p>1. Contém unidades isoprenóides na</p><p>cadeia lateral</p><p>As menaquinonas possuem diversas unidades</p><p>isoprenóides insaturadas. A filoquinona é</p><p>saturada</p><p>CM: Quilomícron nascente</p><p>CR: Quilomícron remanescente</p><p>MK-7: Menaquinona-7</p><p>K1: Filoquinona</p><p>52</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS</p><p>Entenda a importância da água no corpo humano, suas</p><p>propriedades, ionização, e o papel dos sistemas tampão. Este</p><p>módulo destaca a relevância da água em diversas funções</p><p>corporais.</p><p>53</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>43 - METABOLISMO DA VITAMINA C</p><p>METABOLISMO DA</p><p>VITAMINA C</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel com atividade</p><p>antioxidante in vitro e in vivo. Tanto no meio intracelular</p><p>quanto extracelular</p><p>A vitamina C faz parte do sistema de defesa antioxidante</p><p>obtido através da dieta, tendo em vista a nossa</p><p>incapacidade em produzi-la</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>A vitamina C é absorvida principalmente na forma de</p><p>ascorbato e, em menor quantidade, como ácido</p><p>deidroascórbico.</p><p>O ascorbato é absorvido na membrana luminal do</p><p>enterócito através do transportado de vitamina C</p><p>dependente de sódio (SVCT1). O mecanismo de absorção</p><p>para o sangue ainda não foi totalmente compreendido.</p><p>O ácido deidroascorbico é absorvido na membrana</p><p>luminal através do GLUT 1 e 3, sendo convertido em</p><p>ascorbato dentro do enterócito ou absorvido diretamente</p><p>para o sangue através do GLUT 1 e 2.</p><p>Pode existir em três formas principais:</p><p>- Ácido ascórbico: Forma mais reduzida</p><p>- Ascorbato: Parcialmente reduzida</p><p>- Ácido deidroascórbico: Forma oxidada</p><p>O ascorbato e o ácido deidroascorbico são as</p><p>presentes no organismo</p><p>formas</p><p>No organismo, a vitamina C encontra-se</p><p>principalmente na forma reduzida (ascorbato),</p><p>podendo doar elétrons para inativar ou prevenir a</p><p>oxidação de substâncias importantes do</p><p>organismo</p><p>1.</p><p>2.</p><p>O processo de reciclagem do ácido deidroascórbico</p><p>oxidado gerado após os elétrons doados pelo ascorbato</p><p>ocorre principalmente nos eritrócitos. Sendo assim, os</p><p>eritrócitos funcionam como a usina que mantém a</p><p>função antioxidante da vitamina C presente no corpo</p><p>Estrutura molecular</p><p>Ascorbato pode doar o elétron presente no</p><p>grupo hidroxila do anel</p><p>Ácido deidroascorbico é obtido após a perda</p><p>do elétron (oxidação) do ascorbato, portanto,</p><p>é a forma oxidada da vitamina C</p><p>Funções</p><p>Antioxidante: Doa elétrons para inativar e prevenir os</p><p>danos causados pelas espécies reativas de oxigênio.</p><p>Enzimática: A vitamina C serve como cofator</p><p>enzimático para a correta ação de enzimas diversas do</p><p>metabolismo. Seu mecanismo de ação também</p><p>ocorre através da doação de elétrons.</p><p>O sistema nervoso central possui grande</p><p>quantidade de ascorbato para prevenir os danos</p><p>associados ao estresse oxidativo nos neurônios.</p><p>Nos momentos de deficiência, os outros tecidos</p><p>corporais fornecem o máximo de vitamina C</p><p>possível para manter</p><p>as atividades cerebrais.</p><p>54</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>44 - METABOLISMO DA VITAMINA B1</p><p>METABOLISMO DA</p><p>VITAMINA B1 (TIAMINA)</p><p>Lúmen intestinal</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>A tiamina é absorvida pela membrana luminal do</p><p>enterócito através de transporte ativo saturável (até 2</p><p>μmol/L) ou transporte passivo quando ingerida em</p><p>grandes quantidades pela dieta.</p><p>Antes de ser absorvida, a tiamina sofre ação de</p><p>fosfatases intestinais para que possa ser absorvida na</p><p>forma livre.</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator</p><p>enzimático em reações do metabolismo da glicose, via</p><p>das pentoses fosfato e produção de energia. Além de</p><p>estar presente nas membranas de neurônios do</p><p>sistema nervoso.</p><p>Após sua absorção ocorrer, pode ser fosforilada e absorvida pela</p><p>membrana basolateral para o sangue através do transportador</p><p>dependente de Na+ e K+.</p><p>A tiamina monofosfato é transportada na corrente sanguínea</p><p>pela albumina até sua absorção nos tecidos. A tiamina livre</p><p>poderá ser absorvida pelos tecidos ou excretada na urina</p><p>A tiamina geralmente está presente nos tecidos e no</p><p>sangue na forma fosforilada (difosfato e trifosfato de</p><p>tiamina).</p><p>A forma livre da tiamina geralmente é excretada na</p><p>urina.</p><p>Deficiência</p><p>Beribéri: Comprometimento de funções sensitivas,</p><p>motoras e reflexas do sistema nervoso. Podendo conter</p><p>presença de edema (Beribéri úmido)</p><p>Encefalopatia de Wernicke: Alteração neuropsiquiátrica</p><p>contendo paralisias oculares, nistagmo e ataxia de</p><p>marcha.</p><p>Nos tecidos a tiamina deve ser fosforilada</p><p>em difosfato e trifosfato de tiamina para</p><p>que possa exercer sua ação como cofator</p><p>enzimático em reações de transferência</p><p>de carbonos</p><p>A melhor forma de avaliar o estado</p><p>nutricional da tiamina é através da</p><p>avaliação da atividade da transcetolase in</p><p>vitro</p><p>Estrutura molecular</p><p>1. Anel de pirimidina</p><p>2. Grupo tiazol</p><p>3. Grupos fosfato</p><p>A quantidade de fosfato ligados a tamina, determina</p><p>seu nome (di ou trifosfato de tiamina) e sua função.</p><p>A transcetolase (via das pentoses fosfato),</p><p>piruvato desidrogenase e α-cetoglutarato</p><p>desidrogenase (metabolismo energético)</p><p>são enzimas dependentes da tiamina para</p><p>que manutenção do metabolismo.</p><p>55</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>45 - METABOLISMO DA VITAMINA B2</p><p>Função do FADH2 no metabolismo energético</p><p>METABOLISMO DA VITAMINA</p><p>B2 (RIBOFLAVINA)</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado e grosso</p><p>A riboflavina pode ser obtida através da dieta ou</p><p>sintetizada pelas bactérias da microbiota intestinal.</p><p>A forma dietética encontra-se como FAD ou FMN,</p><p>devendo ser hidrolisada pela fosfatase alcalina</p><p>intestinal para absorção na sua forma livre.</p><p>Riboflavina livre é absorvida na membrana luminal pelo</p><p>transportador RFVT3. Posteriormente atingindo o</p><p>sangue pelos transportadores RFVT1 e 2.</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator</p><p>enzimático em reações dependentes de flavoproteínas</p><p>importantes para o metabolismo energético,</p><p>funcionamento antioxidante e apoptose celular.</p><p>Após absorção, será transportada no sangue em</p><p>sua forma livre através da albumina plasmática.</p><p>A formação das formas ativas acontece nas</p><p>células-alvo em que a riboflavina exerce função.</p><p>A deficiência de riboflavina geralmente ocorre por</p><p>menor capacidade de ingestão ou absorção:</p><p>Sinais clínicos leves: Queda de cabelo, inflamação</p><p>da pele e dor de garganta.</p><p>Sinais clínicos graves: Anemia, língua inchada e</p><p>comprometimento da função nervosa</p><p>A riboflavina exerce sua função no organismo através</p><p>das suas formas ativas: Flavina adeninadinucleotídeo</p><p>(FAD) e flavina mononucleotídeo (FMN).</p><p>1.</p><p>2.</p><p>3.</p><p>Estrutura molecular</p><p>Riboflavina</p><p>Flavina adeninadinucleotídeo (FAD)</p><p>Flavina mononucleotídeo (FMN)</p><p>Segue abaixo algumas vias e funções metabólicas que dependem</p><p>de FAD e FMN:</p><p>1. Metabolismo energético</p><p>2. Oxidação de ácidos graxos de ácidos graxos</p><p>3. Ação antioxidante (glutationa redutase)</p><p>4. Apoptose celular (fator indutor de apoptose)</p><p>- A riboflavina possui apenas o anel de isoaloxazina e a cadeia</p><p>lateral.</p><p>- FMN consiste na riboflavina fosforilada após ação da flavoquinase</p><p>- FAD consiste na FMN ligada a adenina após ação da enzima FAD</p><p>sintetase.</p><p>Funções da riboflavina</p><p>Função redox: Tanto flavina dinucleotídeo (FAD) quanto flavina</p><p>mononucleotídeo (FMN) atuam em reações de transferência de elétrons</p><p>alternando moléculas entres seus estados de oxidação e redução.</p><p>56</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>46 - METABOLISMO DA VITAMINA B3</p><p>METABOLISMO DA</p><p>VITAMINA B3 (NIACINA)</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Estômago e intestino delgado</p><p>Ácido nicotínico e nicotinamida podem ser absorvidos</p><p>por:</p><p>1. Difusão facilitada dependente de sódio</p><p>2. Transporte passivo quando as quantidades</p><p>ingeridas são elevadas (suplementação).</p><p>Se a niacina for ingerida na forma de NAD+ e NADP+,</p><p>estas devem ser hidrolisadas em nicotinamida antes de</p><p>serem absorvidas.</p><p>A absorção de ácido nicotínico pode diminuir caso</p><p>esteja ligado a estrutura que impedem sua absorção.</p><p>Alguns alimentos como milho possuem baixa</p><p>biodisponibilidade de niacina.</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator</p><p>enzimático em reações de oxidação e redução de</p><p>moléculas inseridas no metabolismo.</p><p>NAD+ e NADP+ consistem nas formas ativas utilizadas</p><p>como cofator enzimático das reações.</p><p>O que é: Tanto ácido nicotínico quanto niacina podem ser</p><p>transportados para o fígado pela circulação portal-</p><p>hepática. No fígado, ácido nicotínico é convertido NAD e,</p><p>posteriormente, em nicotinamida para liberação na</p><p>circulação sanguínea. (Observe os esquemas de reações na</p><p>imagem)</p><p>O termo niacina é somente utilizado para designar os</p><p>precursores das suas formas ativas NAD+ e NADP+:</p><p>1. Ácido nicotínico</p><p>2. Nicotinamida</p><p>3. Aminoácido triptofano</p><p>1.</p><p>2.</p><p>A deficiência de niacina é conhecida como</p><p>pelagra em razão das alterações na pele</p><p>causadas pela sua falta. Podem ocorrer:</p><p>1. Dermatite sensível a luz solar.</p><p>2. Demência</p><p>3. Diarreia</p><p>Segue abaixo algumas vias e funções metabólicas que</p><p>dependem de NAD+ e NADP+:</p><p>1. Metabolismo energético</p><p>2. Síntese de ácidos graxos</p><p>3. Ação antioxidante (glutationa redutase)</p><p>4. Estabilização do DNA</p><p>Funções da niacina</p><p>Função redox: Tanto NAD+ quanto NADP+ podem atuar em</p><p>reações químicas que alternam moléculas entre seu estados</p><p>de oxidação e redução. Para isso, é necessário que ambos os</p><p>cofatores recebam e liberem elétrons das moléculas</p><p>envolvidas nessas reações.</p><p>Estrutura molecular</p><p>Anel de piridina: Consiste em uma estrutura</p><p>comum presente no ácido nicotínico e</p><p>nicotinamida.</p><p>NAD+ e NADP+ contém tanto adenina quanto</p><p>nicotinamida na molécula. A única diferença</p><p>consiste na adição de outro grupo fosfato no</p><p>NADP+</p><p>57</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>47 - METABOLISMO DA VITAMINA B5</p><p>METABOLISMO DA VITAMINA</p><p>B5 (ÁCIDO PANTOTÊNICO)</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel com atividade</p><p>funcional associada ao metabolismo energético (β-</p><p>oxidação, ciclo de Krebs, síntese de moléculas</p><p>(colesterol, ácidos graxos e corpos cetônicos) e demais</p><p>reações dependentes da coenzima A (CoA).</p><p>Os eritrócitos possuem uma função extremamente</p><p>importante no transporte de ácido pantotênico,</p><p>captando a maioria da vitamina que é absorvida no</p><p>intestino.</p><p>Uma pequena parte é transportada na circulação</p><p>sanguínea em sua forma livre.</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado e grosso</p><p>Ácido pantotênico pode ser absorvido (1.) através da</p><p>hidrolise da Coenzima A no lúmen intestinal ou (2.) após a</p><p>síntese da vitamina pela ação de bactérias presentes no</p><p>intestino grosso.</p><p>Absorção pela membrana luminal pode ocorrer por</p><p>absorção passiva ou por transporte ativo saturável,</p><p>mediado pelo transportador multivitamínico dependente</p><p>de sódio (SMVT).</p><p>Atualmente não</p><p>se compreende como ocorre o transporte</p><p>de ácido pantotênico pela membrana basolateral até a</p><p>circulação portal-hepático.</p><p>Sangue</p><p>Lúmen intestinal</p><p>Eritrócitos</p><p>CoA</p><p>Forma ativa:</p><p>- Coenzima A consiste na forma ativa do ácido pantotênico</p><p>dentro das células. Desempenhando funções no</p><p>metabolismo celular como cofator enzimático em vias</p><p>metabólicas.</p><p>Dentro dos tecidos, o ácido pantotênico transportado</p><p>pelos eritrócitos devem ser rapidamente convertidos</p><p>em sua forma ativa (coenzima A) para posterior</p><p>utilização como cofator enzimático em reações</p><p>dentro e fora da mitocôndria.</p><p>1.</p><p>2.</p><p>3.</p><p>Estrutura molecular</p><p>Coenzima A</p><p>Ácido pantotênico</p><p>Panteteína</p><p>Deficiência de ácido pantotênico</p><p>A deficiência é rara, sendo os principais sintomas:</p><p>1. Irritabilidade e agitação</p><p>2. Parestesia de mãos e pés</p><p>3. Distúrbios do sono e gastrintestinal</p><p>Funções da coenzima A</p><p>Atua em reações importantes do metabolismo,</p><p>facilitando a ocorrência de reações que seriam</p><p>termodinamicamente desfavoráveis, caso a CoA não</p><p>Células dos tecidos atuasse.</p><p>58</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>48 - METABOLISMO DA VITAMINA B6</p><p>METABOLISMO DA VITAMINA</p><p>B6 (PIRIDOXINA)</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado e grosso</p><p>1. As formas da vitamina B6 podem ser digeridas e</p><p>absorvidas no intestino delgado ou produzidas</p><p>pela microbiota com posterior absorção no</p><p>intestino grosso.</p><p>2. Piridoxina, piridoxal e piridoxamina fosfato</p><p>precisam perder seu grupo fosfato</p><p>(desfosforilação) para conseguirem ser</p><p>absorvidas pela membrana luminal dos</p><p>enterócitos por transporte passivo.</p><p>3. Assim que entram na célula, podem ser</p><p>novamente fosforiladas ou podem ser liberadas</p><p>para circulação sanguínea.</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator</p><p>enzimático em reações de transaminação,</p><p>glicogenólise e transferência de grupos de 1 carbono</p><p>entre moléculas. Necessárias para o metabolismo dos</p><p>aminoácidos e síntese de neurotransmissores.</p><p>A maioria da vitamina B6 presente no sangue encontra-se</p><p>na forma de piridoxal ou piridoxal fosfato, sendo</p><p>transportada através da albumina.</p><p>Uma rede de enzimas irão atuar para garantir que as demais</p><p>formas da vitamina sejam convertidas em piridoxal fosfato</p><p>para posterior liberação aos tecidos</p><p>Degradação do glicogênio</p><p>A vitamina B6 desempenha sua função através de duas</p><p>formas metabolicamente ativas:</p><p>1. Piridoxal fosfato: Recebe grupos amino,</p><p>formando a piridoxamina fosfato</p><p>2. Piridoxamina fosfato: Doa grupos amino,</p><p>formando piridoxal fosfato novamente.</p><p>Deficiência</p><p>Casos de deficiência de vitamina B6 são relativamente</p><p>raros. Os principais sintomas são:</p><p>1. Anemia</p><p>2. Dermatite seborreica</p><p>3. Convulsão, depressão e confusão</p><p>1.</p><p>2.</p><p>Estrutura molecular</p><p>Anel de piridina: Consiste em uma estrutura</p><p>comum presente na piridoxina (forma inativa),</p><p>piridoxal e piridoxamina (formas ativas).</p><p>Grupo R: Estrutura que diferencia cada uma das</p><p>três formas da vitamina.</p><p>O piridoxal fosfato exerce sua função nos tecidos principalmente por ser um</p><p>cofator enzimático especializado em receber os grupos amino de um</p><p>aminoácido doador e transferindo através da piridoxamina para uma</p><p>molécula aceptora, transferindo moléculas de 1 carbono e atuando na</p><p>degradação do glicogênio (glicogenólise) por ação como cofator da enzima</p><p>glicogênio fosforilase.</p><p>É necessário que as formas ativas contenham o grupo</p><p>fosfato ligado para que exercer suas ações</p><p>metabólicas</p><p>59</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Após absorção pela membrana basolateral,</p><p>a maioria da biotina será transportada no</p><p>sangue em sua forma livre até ser</p><p>transportada ao fígado e tecidos extra-</p><p>hepáticos pelo mesmo transportador</p><p>SMVT.</p><p>Deficiência de biotina</p><p>De forma geral, a deficiência de biotina é incomum na população. No entanto, podem existir condições</p><p>associadas a deficiência nutricional:</p><p>- Dieta crônica contendo ovo cru</p><p>- Anormalidades absortivas intestinais</p><p>- Nutrição parenteral sem suplementação</p><p>Sinais clínicos: Dermatite periorificial, conjuntivite, pele escamosa, letargia e depressão</p><p>Funções biotina</p><p>Como relatado inicialmente, a biotina é cofator enzimático</p><p>das enzimas carboxilases presentes em vias metabólicas</p><p>específicas no citosol e nas mitocôndrias.</p><p>Segue abaixo as enzimas e as suas respectivas vias</p><p>metabólicas que atuam para manutenção do metabolismo:</p><p>49 - METABOLISMO DA BIOTINA</p><p>METABOLISMO DA BIOTINA</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado e grosso</p><p>A biotina ingerida geralmente encontra-se ligada a</p><p>proteínas. Após ação das proteases e peptidases, a</p><p>biotina é liberada na forma de biocitina.</p><p>A enzima biotinidase hidrolisa a biocitina em biotina</p><p>livre disponível para absorção.</p><p>Biotina livre é absorvida na membrana luminal do</p><p>enterócito através do transportador multivitamínico</p><p>dependente de sódio (SMVT).</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator</p><p>enzimático em reações de enzimas carboxilases.</p><p>Na bioquímica, existem 5 carboxilases conhecidas que</p><p>são dependentes da biotina:</p><p>- Acetil-CoA Carboxilase I e II</p><p>- Piruvato Carboxilase</p><p>- Metilcrotonil-CoA Carboxilase</p><p>- Propionil-CoA Carboxilase</p><p>A biotina não é organizada em diferentes formas ativas.</p><p>Sua ação se dá pela conversão da biotina livre em uma forma</p><p>ligada a carboxilase que irá utilizá-la como cofator da reação</p><p>na transferência do carbono para um substrato específico</p><p>1.</p><p>2.</p><p>Estrutura molecular</p><p>Anel com grupo ureido e enxofre</p><p>Cadeia lateral de ácido valérico</p><p>60</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>50 - METABOLISMO DA VITAMINA B9</p><p>Ácido fólico</p><p>METABOLISMO DO</p><p>ÁCIDO FÓLICO</p><p>Lúmen intestinal</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel com importante função</p><p>no crescimento e desenvolvimento celular. Sendo</p><p>necessária para o funcionamento de diversas enzimas</p><p>do metabolismo (Exemplo: Metionina sintase).</p><p>O folato é utilizado como cofator enzimático na sua</p><p>forma de polipeptídeos de glutamato em reações de</p><p>transferências de grupos contendo um carbono para</p><p>substratos de reações específicos.</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Folato pode ser absorvido através de formas provenientes</p><p>da dieta ou produzidos pelo próprio microbioma intestinal.</p><p>Antes de ser absorvido, o folato dietético na forma de</p><p>polipeptídeos de glutamato deve ser hidrolisado em</p><p>monoglutamato de folato pela enzima y-glutamato</p><p>hidrolase.</p><p>Monoglutamato de folato pode ser absorvido na</p><p>membrana luminal do enterócito via transportador de</p><p>folato acoplado a próton (PCFT).</p><p>Sangue</p><p>O folato é absorvido na forma reduzida de N5-Metil tetra-</p><p>hidrofolato e circula no sangue ligado a proteína albumina em</p><p>direção ao fígado ou tecidos extra-hepáticos.</p><p>O folato que deixa os tecidos extra-hepáticos é transportado no</p><p>sangue até o fígado pela proteína ligadora de folato</p><p>Diferença entre ácido fólico e folato</p><p>Ácido fólico consiste na forma sintética da vitamina B9, com</p><p>molécula bioquimicamente mais reduzida que o folato.</p><p>Folato compreende as formas da vitamina B9 presentes</p><p>endogenamente no organismo.</p><p>Deficiência de folato</p><p>Pode gerar complicações sérias no desenvolvimento fetal e associadas</p><p>ao risco de doenças:</p><p>1. Defeitos no tubo neural</p><p>2. Aumento de homocisteína (fator de risco para doenças</p><p>cardiovasculares)</p><p>3. Anemia megaloblástica</p><p>4. Depressão, demência e alzheimer</p><p>Funções da folato</p><p>O folato é cofator enzimático de importantes enzimas no</p><p>metabolismo. Atuando nas reações de transferência de</p><p>monocarbonos para substratos envolvidos na síntese de DNA</p><p>e no metabolismo dos aminoácidos.</p><p>Por ser importante na síntese de nucleotídeos (DNA e RNA), a</p><p>falta do folato compromete o desenvolvimento fetal durante</p><p>a gestação e pode levar a anemia caracterizada pela falta de</p><p>maturação dos eritrócitos, causando acúmulo de eritrócitos</p><p>imaturos e disfuncionais (megaloblastos).</p><p>A homocisteína poderá se acumular no sangue na falta de</p><p>folato em decorrência</p><p>da importância dessa vitamina para a</p><p>função da metionina sintase. Enzima que converte</p><p>homocisteína em metionina</p><p>Estrutura molecular</p><p>Folato pode ser organizado em cinco formas com</p><p>capacidade de carregar grupos de 1 carbono:</p><p>1. N10-Formil tetra-hidrofolato</p><p>2. N5-Formil tetra-hidrofolato</p><p>3. N5, N10-Metenil tetra hidrofolato</p><p>4. N5, N10-metileno tetra hidrofolato</p><p>5. N5-Metil tetra hidrofolato</p><p>61</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>51- METABOLISMO DA VITAMINA B12</p><p>METABOLISMO DA VITAMINA</p><p>B12 (COBALAMINA) Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado (íleo)</p><p>A cobalamina dietética geralmente encontra-se</p><p>ligada a proteínas. Por isso, deve ser digerida antes</p><p>por enzimas proteolíticas para ser liberada</p><p>livremente.</p><p>Após a digestão proteolítica, deve se ligar a um</p><p>transportador chamado fator intrínseco produzido</p><p>pelas células parietais do estômago para ser</p><p>absorvida de forma eficiente.</p><p>Após ligação do complexo cobalamina-FI ao seu</p><p>transportados de membrana. A cobalamina é</p><p>liberada e transportada no enterócito através da</p><p>transcobalamina-I (TC-I), sendo liberada no sangue.</p><p>O que é: Vitamina hidrossolúvel utilizada como cofator</p><p>enzimático em duas reações conhecidas no</p><p>metabolismo.</p><p>1. Reação de conversão da homocisteína em</p><p>metionina catalisada pela metionina sintase.</p><p>2. Reação de converção do L-Metilmalonil-CoA em</p><p>Succinil-CoA catalisada pela metilmalonil-CoA</p><p>mutase</p><p>No sangue, a cobalamina é transportada pela TC-I e</p><p>II. No entanto, apenas a TC-II possui receptores</p><p>para transferência da cobalamina aos tecidos extra-</p><p>intestinais</p><p>A deficiência de cobalamina pode causar alterações</p><p>neurológicas irreversíveis (propriocepção alterada,</p><p>parestesia, espasmos) e hematológicas (anemia</p><p>megaloblástica).</p><p>Os sinais clínicos podem surgir após 2 à 8 anos (ou até</p><p>mais).</p><p>O termo cobalamina designa a estrutura inativa da</p><p>vitamina. As formas ativas consiste:</p><p>1. Metilcobalamina (cofator da metionina sintase)</p><p>2. Desoxiadenosilcobalamina (cofator da</p><p>metilmalonil-CoA mutase)</p><p>Reações da cobalamina</p><p>Funções da cobalamina</p><p>Cofator enzimático de duas reações essenciais dependentes da</p><p>presença da vitamina no organismo.</p><p>1. A reação da metionina sintase previne acúmulo de</p><p>homocisteína e garante síntese adequada de DNA.</p><p>2. A reação da metilmalonil-CoA mutase garante um destino</p><p>metabólico adequado ao L-Metilmalonil-CoA</p><p>Estrutura molecular</p><p>O tipo de grupo que se liga a posição X da molécula de</p><p>cobalamina determina qual seu nome e cofator específico.</p><p>1. Metil (metilcobalamina)</p><p>2. 5´desoxiadenosina (desoxiadenosilcobalamina)</p><p>3. Cianeto (cianocobalamina)</p><p>4. Hidroxila (hidroxicobalamina)</p><p>62</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>MINERAIS</p><p>Entenda a importância da água no corpo humano, suas</p><p>propriedades, ionização, e o papel dos sistemas tampão. Este</p><p>módulo destaca a relevância da água em diversas funções</p><p>corporais.</p><p>63</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>52 - METABOLISMO DO FERRO</p><p>Hepcidina</p><p>METABOLISMO DO FERRO</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Duodeno e jejuno</p><p>O ferro heme é mais biodisponível e absorvido por uma</p><p>via independente (HCP1) do ferro não-heme.</p><p>O ferro não-heme (Fe3+) deve ser reduzido a (Fe2+)</p><p>através de uma ferroredutase chamada citocromo B</p><p>duodenal (DcytB) antes de ser absorvido pelo</p><p>transportador DMT1 na borda do enterócito.</p><p>Dentro do enterócito o ferro heme é liberado do grupo heme</p><p>através da ação da HO-1 aderindo ao pool de ferro livre</p><p>intracelular.</p><p>O ferro intracelular poderá se ligar a ferritina ou ser liberado</p><p>para ser absorvido através da ação da ferroportina e de uma</p><p>ferroxidase responsável pela reconversão de (Fe2+) em (Fe3+)</p><p>para transporte sanguíneo aderido a transferrina.</p><p>O que é: Ferro consiste em um metal de transição que pode ser</p><p>encontrado em dois estados de oxidação em nosso organismo.</p><p>Ferroso (Fe2+) e férrico (Fe3+).</p><p>Em sua forma orgânica, o ferro encontra-se aderido em um</p><p>grupamento heme (ferro heme).</p><p>Funções do ferro no organismo:</p><p>Célula hepática</p><p>Hepcidina consiste na proteína que regula a disponibilidade de</p><p>ferro no organismo diminuindo a expressão da ferroportina</p><p>(diminui o efluxo de ferro das células).</p><p>Situações como excesso de ferro ou inflamação elevada</p><p>podem aumentar a expressão de hepcidina, diminuindo a</p><p>disponibilidade de ferro.</p><p>A anemia da doença crônica é gerada por esse mecanismo de</p><p>regulação negativa exercido pela hepcidina</p><p>A transferrina transporta ferro para os tecidos e ao fígado para</p><p>que possa ser armazenado.</p><p>O fígado armazena o excesso de ferro através da ferritina. Em</p><p>momentos de necessidade, o ferro armazenado poderá ser</p><p>utilizado para as funções características do organismo.</p><p>O ferro consiste em um metal de transição na</p><p>tabela periódica.</p><p>Número atômico: 26</p><p>Forma encontrada no organismo:</p><p>- Inorgânica: Ferroso (Fe2+) e férrico (Fe3+)</p><p>- Orgânica: Ferro heme</p><p>A dosagem plasmática da ferritina e a saturação</p><p>da transferrina são utilizados para avaliar o</p><p>estado de ferro do organismo.</p><p>Ferritina é um indicador de armazenamento de</p><p>ferro. Enquanto a saturação da transferrina nos</p><p>mostra a disponibilidade de ferro transportado</p><p>no sangue para uso no organismo</p><p>As concentrações de ferritina</p><p>plasmática se elevam em condições</p><p>inflamatórias. Impedindo seu uso</p><p>para investigação do estado de ferro</p><p>corporal Vitamina C aumenta a biodisponibilidade do ferro</p><p>não-heme doando elétrons para a ferroredutase</p><p>Transporte de oxigênio para os tecidos através do</p><p>grupo heme da hemoglobina e mioglobina.</p><p>1.</p><p>Síntese de ATP através de proteínas Heme da cadeia</p><p>transportadora de elétrons</p><p>2.</p><p>Cofator enzimático de enzimas 3.</p><p>64</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Apenas cerca de um terço do cálcio da dieta é absorvido.</p><p>Os mecanismos de absorção do cálcio são:</p><p>Transporte ativo – baixas concentrações luminais de</p><p>cálcio;</p><p>Transferência Passiva – altas concentrações luminais</p><p>de cálcio</p><p>O mecanismo de transporte ativo é controlado pela ação</p><p>do calcitriol (forma ativa da vitamina D).</p><p>O calcitriol aumenta a captura de cálcio na borda em</p><p>escova da célula da mucosa intestinal</p><p>53 - METABOLISMO DO CÁLCIO</p><p>METABOLISMO DO</p><p>CÁLCIO</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Quase todo o cálcio ingerido na dieta está preso em</p><p>uma matriz alimentar composta de proteínas,</p><p>carboidratos complexos e complexos de polifosfato.</p><p>As amilases salivares combinadas com a mastigação e</p><p>as amilases pancreáticas auxiliam na liberação parcial</p><p>de cálcio dos amidos.</p><p>As proteases no estômago e duodeno hidrolisam</p><p>proteínas e no processo, liberam o cálcio como íons</p><p>livres, interrompendo os locais de ligação do cálcio na</p><p>proteína.</p><p>A acidez moderadamente forte do suco gástrico (pH</p><p>1,7) também ajuda a dissociar o Ca2 + dos peptídeos e</p><p>torna os sais de cálcio, como o fosfato de cálcio</p><p>O que é: O cálcio é um metal alcalino-terroso com</p><p>número atômico 20 e peso atômico 40</p><p>O Ca2 + divalente é a forma iônica dominante,</p><p>propriedade que compartilha com Mg2 + e Zn2 +</p><p>Cerca de 99% da carga corporal de cálcio está nos</p><p>ossos e dentes. O soro e as células representam</p><p>0,1 por cento e 1 por cento, respectivamente. O</p><p>osso, portanto, é um importante repositório de</p><p>cálcio corporal</p><p>Como avaliar a deficiência de cálcio</p><p>Apesar de variações consideráveis na ingestão, absorção e excreção</p><p>de cálcio, a concentração sanguínea permanece notavelmente</p><p>constante. Níveis sanguíneos geralmente não refletem o estado</p><p>nutricional em relação ao cálcio. O uso da densidade mineral óssea</p><p>também apresenta algumas limitações, pois pode variar em 10% na</p><p>população, e sua diminuição é detectada somente após uma</p><p>deficiência crônica. A avaliação do cálcio iônico, paratohormônio e</p><p>vitamina D podem ser utilizados juntamente com a avaliação dietética</p><p>de cálcio para avaliar o estando nutricional desse mineral</p><p>A homeostase do cálcio sérico é mantida</p><p>dissolvendo</p><p>o cálcio da matriz óssea</p><p>(reabsorção) em resposta a níveis séricos</p><p>baixos ou fixando cálcio na matriz</p><p>(reabsorção) quando os níveis estão altos.</p><p>Função do cálcio no organismo</p><p>Estrutural:</p><p>Formação dos ossos e dentes</p><p>Metabólicas:</p><p>Regulador e co-fator de enzimas (via</p><p>glicolítica , contração muscular, kinases).</p><p>Papel na cascata de coagulação sanguínea</p><p>Osso</p><p>O paratohormônio (PTH) promove e a</p><p>calcitonina inibe a liberação de Ca no</p><p>sange pelos osteoclastos</p><p>O PTH promove</p><p>reabsorção de</p><p>cálcio da urina</p><p>Rim</p><p>Perda de</p><p>cálcio na</p><p>urina</p><p>PTH promove</p><p>a ativação da</p><p>vitamina D</p><p>ingestão de Ca</p><p>Cálcio não</p><p>absorvido nas</p><p>fezes</p><p>intestino</p><p>delgadoVitamina D promove</p><p>a absorção de cálcio</p><p>cálcio removido</p><p>do sangue pelos</p><p>osteoblastos</p><p>65</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>65</p><p>54 - METABOLISMO DO ZINCO</p><p>Distribuição eletrônica do zinco</p><p>METABOLISMO DO ZINCO</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>O zinco obtido pela dieta geralmente encontra-se ligado</p><p>a moléculas orgânicas (proteínas e carboidratos). Para</p><p>ser absorvido deve ser antes liberado por ação</p><p>enzimática e solubilizado no lúmen intestinal.</p><p>Em sua forma livre (Zn2+), pode ser absorvido por</p><p>transporte ativo através do transportador ZIP4 ou por</p><p>difusão passiva.</p><p>Transportadores de zinco realizam seu transporte no</p><p>enterócito até que ser exportado para o meio</p><p>extracelular pelo transportador ZnT1</p><p>O que é: Zinco consiste em um metal de transição</p><p>amplamente distribuído no organismo.</p><p>Desempenha função celular de caráter estrutural, catalítica</p><p>e regulatória que interferem no crescimento e</p><p>desenvolvimento do indivíduo.</p><p>A maioria do conteúdo de zinco corporal encontra-se nos</p><p>tecidos. Uma pequena parte é encontrada no plasma ligado a</p><p>albumina ou livremente disponível.</p><p>Sua biodisponibilidade é influenciada pela dieta, sendo mais</p><p>aproveitado através do consumo de alimentos de origem</p><p>animal.</p><p>Deficiência de zinco</p><p>Dieta vegana estrita, má absorção, alcoolismo crônico</p><p>e outros desfechos que afetam absorção e perda do</p><p>zinco corporal podem gerar deficiência:</p><p>Sinais clínicos: Dermatite, retardo no crescimento,</p><p>hipogonadismo e comprometimento imune.</p><p>Seu transporte no sangue é realizado pela</p><p>albumina, mas uma parcela encontra-se livre no</p><p>plasma, podendo ser filtrado pelos rins,</p><p>contribuindo para controle o da homeostase</p><p>1.</p><p>2.</p><p>3.</p><p>Ilustração da função estrutural por meio do</p><p>“fingers” de zinco presente nas proteínas.</p><p>Seu formato molecular se parece com um dedo</p><p>de mão</p><p>Zinco é classificado no grupo dos metais de transição</p><p>na tabela periódica:</p><p>Número atômico: 30</p><p>Encontra-se presente no organismo na forma de um</p><p>cátion Zn2+ com facilidade em captar elétrons.</p><p>Função do zinco</p><p>Estrutural: Zinco pode formar complexos</p><p>chamados “fingers” de zinco nas estruturas de</p><p>proteínas celulares, conferindo função específica</p><p>para cada molécula proteca.</p><p>Reguladora: Regula atividade de moléculas</p><p>através do mecanismo de</p><p>fosforilação/desfosforilação. Além de</p><p>sinalizadores celulares conhecidos como STAT,</p><p>NFAT e CREBP.</p><p>Catalítica: Pode melhorar a atividade de enzimas</p><p>importantes para a célula (RNA polimerases).</p><p>Outros exemplos são a fosfatase alcalina e</p><p>anidrase carbônica.</p><p>66</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>55 - METABOLISMO DO SELÊNIO</p><p>Mecanismo de ação da GPX</p><p>GPx: Glutationa peroxidase</p><p>METABOLISMO DO SELÊNIO Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>O selênio proveniente da dieta pode ser obtido de</p><p>forma eficiente (50 – 100%) tanto na forma orgânica</p><p>(selenocisteína e selenometionina) quanto inorgânica</p><p>(selenato e selenito).</p><p>Formas orgânicas como a selenometionina é absorvida</p><p>por transporte ativo duplo de sódio e aminoácidos</p><p>neutros.</p><p>O selenito é absorvido via difusão passiva.</p><p>O que é: Selênio consiste em um mineral componente</p><p>de proteínas celulares conhecidas como</p><p>selenoproteínas.</p><p>Sua função depende da ação das respectivas</p><p>selenoproteínas. Podemos destacar a glutationa</p><p>peroxidase e iodotironina deiodinases como exemplos</p><p>principais</p><p>Após absorção, seu transporte no sangue é realizado</p><p>principalmente através de duas selenoproteínas:</p><p>Selenoproteína P (SEPP1) e glutationa peroxidase</p><p>extracelular (GPX3)</p><p>Deficiência de selênio</p><p>Sinais clínicos: Fraqueza muscular, dores articulares, unhas</p><p>e cabelos quebradiços.</p><p>GPX3, SEPP1 e níveis plasmáticos de selênio podem ser</p><p>utilizados para avaliação do estado nutricional.</p><p>Deve-se considerar o selênio plasmático quando > 1 µmol/L</p><p>Podemos obter selênio a partir de formas orgânicas</p><p>(selenocisteína e selenometionina) e inorgânicas</p><p>(selenato e selenito).</p><p>Apenas o aminoácido selenocisteína representa a forma</p><p>ativa de atuação do selênio presente nas</p><p>selenoproteínas.</p><p>Função do selênio</p><p>O selênio realiza suas funções através de selenoproteínas celulares</p><p>que contém selenocisteína:</p><p>Glutationa peroxidase: Exerce ação antioxidante, protegendo a</p><p>célula contra os danos gerados por radicais livres.</p><p>Iodotironina deiodinases: Permite a conversão do T4 em T3,</p><p>melhorando a disponibilidade de tri-iodotironina (T3).</p><p>Tiorredoxina redutases: Também exerce ação antioxidante, atua na</p><p>síntese de DNA e sinalização celular;</p><p>Fósforo é classificado no grupo dos não-metais, grupo</p><p>dos calcogênios na tabela periódica.</p><p>Número atômico: 34</p><p>67</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>56 - METABOLISMO DO MAGNÉSIO</p><p>Complexo ATP-Magnésio</p><p>Distribuição eletrônica do magnésio</p><p>METABOLISMO DO MAGNÉSIO</p><p>Entre os componentes dietéticos que foram</p><p>investigados para reduzir absorção de Mg2+, o zinco</p><p>ofertado em doses elevadas (142 mg/dia) pode</p><p>interferir de forma negativa na biodisponibilidade de</p><p>magnésio.</p><p>A vitamina D pode aumentar absorção, mas de forma</p><p>menos relevante quando comparado a cálcio.</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Jejuno, íleo e cólon</p><p>90% do Mg2+ obtido pela dieta pode ser absorvido por</p><p>transporte passivo paracelular. Os 10% restantes são</p><p>absorvidos por transporte ativo mediado pelo</p><p>transportador (TRPM6).</p><p>O que é: Magnésio consiste em um metal encontrado</p><p>como cátion (Mg2+) em maior quantidade no</p><p>compartimento intracelular.</p><p>Atua em mais de 300 reações bioquímicas essenciais</p><p>para o organismo</p><p>Magnésio plasmático é encontrado principalmente em</p><p>sua forma ionizada (Mg2+)</p><p>Deficiência de magnésio pode gerar alterações:</p><p>1. Bioquímicas: Hipocalcemia, hipocalemia e/ou</p><p>hipomagnesemia.</p><p>2. Neuromusculares: Epilepsia, tremores e</p><p>espasmos musculares.</p><p>3. Cardiovasculares: Arritmia e HAS</p><p>Por desempenhar função importante como cofator</p><p>enzimático, Mg2+ é essencial para o metabolismo</p><p>energético (MgATP2-), glicólise, ciclo de Krebs,</p><p>metabolismo dos aminoácidos, crescimento e</p><p>desenvolvimento celular</p><p>Função do magnésio</p><p>Por atuar como cofator enzimático em reações essenciais, o</p><p>magnésio é importante para:</p><p>1. Metabolismo energético: Forma o complexo MgATP2-</p><p>utilizado nas reações dependentes de ATP. Além de ser</p><p>essencial para o ciclo de Krebs</p><p>2. Metabolismo da glicose: Importante para secreção de</p><p>insulina e na via glicolítica (glicólise)</p><p>3. Crescimento e desenvolvimento celular: Cofator</p><p>enzimático das RNA e DNA polimerases</p><p>4. Controle de canais iônicos: Essencial para funcionamento</p><p>da bomba de sódio e potássio</p><p>Magnésio é classificado no grupo dos metais alcalinos</p><p>terrosos na tabela periódica.</p><p>Número atômico: 12</p><p>Presente no organismo na forma de cátions Mg2+</p><p>68</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>57 - METABOLISMO DO CROMO</p><p>METABOLISMO DO CROMO</p><p>Cr 3+</p><p>Transferrina</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>O cromo geralmente é consumido ligado a moléculas</p><p>orgânicas presentes nos alimentos. Sua absorção é</p><p>relativamente baixa (0,5 – 2,5%), com a maioria</p><p>consumida sendo perdida nas fezes.</p><p>O transporte intestinal ocorre através por difusão passiva,</p><p>sem necessidade de gasto de ATP.</p><p>Alguns fatores dietéticos podem interferir em na absorção</p><p>de cromo. O fitato parece agir de forma inibitória,</p><p>enquanto o oxalato age positivamente.</p><p>Enterócito</p><p>O que é: Cromo consiste em um metal com função</p><p>estudada na melhoria da eficiência da resposta insulínica</p><p>nos tecidos dependentes.</p><p>Indiretamente, o cromo pode contribuir para um melhor</p><p>controle glicêmico.</p><p>A toxicidade acontece apenas na forma</p><p>hexavalente (Cr6+) de cromo, podendo gerar</p><p>hepatoxicidade.</p><p>Não há relatos consistentes de toxicidade associada</p><p>a forma trivalente (Cr3+).</p><p>Após absorção, o cromo é transportado principalmente</p><p>(~80%) através da transferrina.</p><p>A maioria do cromo será filtrado e excretado na urina e</p><p>outra parcela poderá ser captada pelos tecidos.</p><p>Deficiência de cromo é relativamente rara em</p><p>decorrência da falta de um método padrão-ouro para</p><p>avaliação do estado nutricional.</p><p>Sinal clínico: Hiperglicemia associada a intolerância a</p><p>glicose.</p><p>É considerado um metal-traço por apresentar</p><p>uma baixa disponibilidade dentro das células,</p><p>quando comparado aos outros minerais</p><p>intracelulares.</p><p>Cromo é considerado um mineral na tabela periódica,</p><p>podendo ser encontrado principalmente na forma</p><p>hexavalente - Cr6+ (toxico) e trivalente – Cr3+ (menos</p><p>toxico e prevalente nos alimentos).</p><p>Função do cromo</p><p>A função do cromo consiste em melhorar a eficiência das células</p><p>em responder a insulina através da conversão da apocromodulina</p><p>em sua forma ativa cromodulina.</p><p>69</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>58 - METABOLISMO DO IODO</p><p>Tireoide</p><p>Distribuição eletrônica do iodo</p><p>METABOLISMO DO IODO</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>O iodo é absorvido de forma considerável pelos</p><p>enterócitos intestinais na forma de iodeto. Geralmente</p><p>ele encontra-se na dieta ligado a moléculas orgânicas</p><p>que necessitarão sofrer digestão antes de liberar iodeto</p><p>disponível para transporte intestinal</p><p>O simportador de iodeto dependente de sódio (NIS) e o</p><p>SMVT permitem o transporte através da membrana</p><p>luminal, sendo posteriormente absorvidos para o</p><p>sangue.</p><p>O que é: Iodo consiste em um mineral com importância</p><p>fundamental para o funcionamento da glândula</p><p>tireoide, auxiliando na produção dos hormônios T3</p><p>(triiodotironina) e T4 (tiroxina).</p><p>Sua falta pode causar problemas na tireoide e no</p><p>funcionamento do organismo</p><p>Seu transporte no sangue ocorre principalmente na</p><p>forma de iodeto, sendo destinado aos tecidos</p><p>periféricos, principalmente tireoide. Ou excretado</p><p>pelo rim.</p><p>A falta de iodo no organismo pode causar</p><p>comprometimento na produção dos hormônios da</p><p>tireoide, levando a hipertrofia da glândula caracterizada</p><p>como Bócio. Em situações mais extremas, pode ocorrer</p><p>o desenvolvimento de cretinismo (comprometimento</p><p>físico e intelectual).</p><p>O uso de iodo pela tireoide é intimamente regulado por</p><p>mecanismos de auto regulação da glândula e pelo eixo</p><p>hipotálamo-hipófise-tireoide. Sendo importante para</p><p>adequar a produção dos hormônios tireoidianos a</p><p>disponibilidade de iodo no organismo</p><p>Iodo é classificado como não metal na tabela periódica.</p><p>Número atômico: 53</p><p>Presente no organismo principalmente na forma de</p><p>iodeto.</p><p>Função do iodo</p><p>A principal função do iodo no organismo é mediada pela</p><p>função dos hormônios da tireoide:</p><p>rescimento e desenvolvimento do tecido nervoso no</p><p>estágio de vida inicial do indivíduo (fase fetal até 3</p><p>anos).</p><p>Controle das funções metabólicas essenciais para o</p><p>funcionamento das células.</p><p>Termogênese adaptativa</p><p>Vias metabólicas (lipólise e metabolismo oxidativo para</p><p>síntese de ATP)</p><p>Regulação homeostática</p><p>A disponibilidade de iodo causa alterações no organismo</p><p>para ajustar a captação e utilização do iodo para síntese do</p><p>T3 e T4.</p><p>70</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>59 - METABOLISMO DO SÓDIO</p><p>Transmissão de impulso nervoso</p><p>Distribuição eletrônica do sódio</p><p>METABOLISMO DO SÓDIO</p><p>O que é: O sódio consiste em um eletrólito importante</p><p>para que as células e o organismo possam</p><p>desempenhar suas funções normais:</p><p>1. Controle da osmolaridade extracelular</p><p>2. Transmissão de impulsos nervosos</p><p>3. Transporte de substâncias pela membrana</p><p>celular.</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado e grosso</p><p>O sódio é absorvido em uma quantidade elevada</p><p>(~98%), principalmente no intestino delgado através de</p><p>um gradiente eletroquímico e de concentração.</p><p>Sua absorção é constantemente acoplada ao transporte</p><p>de outros nutrientes (vitaminas, glicose e aminoácidos).</p><p>No intestino grosso, o Na+ é absorvido em menor</p><p>quantidade contra um gradiente de concentração.</p><p>O sódio é transportado livremente no sangue em sua</p><p>forma iônica (Na+). Podendo ser posteriormente</p><p>excretado pelos rins, pele ou fezes.</p><p>A ingestão de sódio deve ser restrita a valores</p><p>menores que 2,3 g. Contribuindo para uma menor</p><p>interferência no aumento da pressão arterial,</p><p>principalmente a indivíduos sensíveis ao sódio.</p><p>Como o sódio consiste no maior eletrólito do</p><p>líquido extracelular. A avaliação dos seus níveis</p><p>plasmáticos por si só já é o bastante para predizer a</p><p>osmolaridade e seus efeitos no compartimento de</p><p>líquido intracelular</p><p>Sódio encontra-se no corpo em sua forma iônica como</p><p>cátion (Na+).</p><p>Essa característica permite que possa realizar funções</p><p>importantes através de sua contribuição para geração</p><p>de um gradiente eletroquímico.</p><p>Deficiência de sódio</p><p>A diminuição plasmática de sódio é conhecida como</p><p>hiponatremia. Podendo ser causada por perda de Na+</p><p>ou retenção excessiva de água.</p><p>A menor osmolaridade extracelular pode contribuir para</p><p>o inchaço celular.</p><p>Funções do sódio</p><p>O sódio desempenha funções essenciais a vida, sendo</p><p>imprescindível que sua disponibilidade seja mantida de</p><p>forma constante:</p><p>1. Regula a osmolaridade do líquido extracelular,</p><p>evitando alterações no volume e</p><p>funcionamento das células.</p><p>2. Transporte de substâncias pela membrana</p><p>celular em resposta ao gradiente eletroquímico</p><p>e de concentração.</p><p>3. Transmissão de impulsos nervosos</p><p>4. Contração muscular, sendo importante para</p><p>função cardíaca e muscular esquelética.</p><p>O sódio é classificado como metal alcalino na tabela</p><p>periódica.</p><p>Número atômico: 11</p><p>Forma iônica: Na+</p><p>71</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>60 - METABOLISMO DO POTÁSSIO</p><p>Transmissão de impulso nervoso</p><p>Distribuição eletrônica do potássio</p><p>Enterócito</p><p>METABOLISMO DO POTÁSSIO</p><p>Digestão e absorção intestinal</p><p>Local de absorção: Intestino delgado</p><p>O potássio (K+) consumido principalmente através das</p><p>frutas e vegetais é eficientemente (90%) absorvido no</p><p>intestino delgado por mecanismo de difusão passiva.</p><p>Ainda temos pouca investigação sobre os fatores</p><p>dietéticos que possam afetar a absorção e</p><p>biodisponibilidade do potássio.</p><p>O que é: Potássio consiste em um eletrólito com função</p><p>essencial ao funcionamento celular e sobrevivência do</p><p>organismo, com a maioria dos estudos avaliando seu</p><p>impacto na pressão arterial:</p><p>1. Controle da osmolaridade intracelular</p><p>2. Transmissão de impulsos nervosos</p><p>3. Transporte de substâncias pela membrana</p><p>plasmática.</p><p>Deficiência de potássio</p><p>A diminuição plasmática de potássio é conhecida como</p><p>hipocalemia (<3,5 mmol/L). Podendo ser causada por</p><p>aumento das perdas ou captação celular de K+:</p><p>Pode ocorrer: Arritmia cardíaca, alteração na pressão</p><p>arterial, fraqueza muscular e intolerância a glicose.</p><p>Encontra-se no organismo em sua forma iônica (Na+).</p><p>Juntamente com o sódio, é utilizado pela bomba de Na+</p><p>e K+ para geração de um gradiente eletroquímico</p><p>essencial para o funcionamento do organismo em</p><p>diversos sistemas do corpo.</p><p>Após absorção, o potássio circula no sangue como</p><p>eletrólito, sendo livremente filtrado pelos rins para</p><p>controle de sua homeostase corporal.</p><p>A maioria do K+ filtrado é reabsorvido de volta ao</p><p>organismo. Por isso, os rins podem controlar o nível de</p><p>excreção do K+ de acordo com o estado do eletrólito</p><p>geral das fibras dietéticas</p><p>para população.</p><p>Fibras insolúveis</p><p>Alface e</p><p>folhosos</p><p>Arroz e</p><p>cereais</p><p>Feijão e</p><p>leguminosas</p><p>FIBRAS INSOLÚVEIS</p><p>63 - METABOLISMO DAS FIBRAS SOLÚVEIS</p><p>76</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Flavonóides</p><p>Consiste no grupo de compostos fenólicos mais prevalentes</p><p>na dieta humana, tendo em vista a presença constante em</p><p>vegetais, frutas e leguminosas, além de chás obtidos a partir</p><p>de plantas específicas (chá verde). Segue abaixo os principais</p><p>subgrupos de flavonóides estudados:</p><p>O que são: Polifenóis consiste em um grande grupo de</p><p>compostos presentes nas plantas contendo anel</p><p>aromático e com atividade antioxidante.</p><p>Esses compostos também podem ser referidos como</p><p>metabolitos secundários produzidos nas plantas como</p><p>forma de proteção.</p><p>Os flavonóides diferem um do outro pela presença de</p><p>determinados grupos moleculares em locais específicos.</p><p>Podemos observar nos exemplos acima que os principais grupos</p><p>são: Hidroxila (OH), hidrogênio (H), metóxi (OCH3) e galoil.</p><p>Benefícios a saúde</p><p>Existe uma grande discussão sobre os benefícios a saúde</p><p>demonstrados pelos polifenóis. Para compreender melhor esse</p><p>assunto, é necessário que possamos compreender a diferença</p><p>terre desfecho clínico e substituto.</p><p>Os polifenóis apresentam resultados positivos em estudos que</p><p>avaliam desfechos substitutos como, resposta antioxidante e</p><p>anti-inflamatória, mas ainda é necessário melhores estudos para</p><p>demonstração de relevância em desfechos clínicos importantes</p><p>(exemplo, doença cardiovascular).</p><p>Essa discrepância acima não exclui o fato de que os compostos</p><p>fenólicos bioativos devem fazer parte de uma dieta saudável.</p><p>Fazendo parte dos conjuntos nutrientes que compõe os</p><p>alimentos vegetais.</p><p>Os polifenóis são organizados em grupos de compostos, contendo subgrupos.</p><p>Podemos destacar: Flavonóides, ácidos fenólicos, Estilbenos e lignana, sendo os</p><p>flavonóides os mais estudados e presentes na dieta humana.</p><p>Ácidos fenólicos</p><p>Consiste em dois subgrupos de compostos</p><p>derivados a partir do ácido hidroxibenzóico e a</p><p>partir do ácido cinâmico. Podemos destacar o</p><p>ácido caféico, p-cumárico, ferúlico e sinápico.</p><p>Estilbenos</p><p>Consiste em compostos contendo dois anéis</p><p>aromáticos ligados por uma ponte de metileno.</p><p>Sem dúvida, o estilbeno mais estudado consiste</p><p>no resveratrol, encontrado principalmente nas</p><p>uvas e vinhos.</p><p>Lignanas</p><p>Consiste em um composto fenólico obtido a</p><p>partir da dimerização do ácido cinâmico.</p><p>Metabolismo dos polifenóis</p><p>64 - METABOLISMO DOS POLIFENÓIS</p><p>77</p><p>FIBRAS INSOLÚVEIS</p><p>METABOLISMO DOS POLIFENÓIS</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Metionina Cisteína</p><p>Metabolismo dos aminoácidos</p><p>sulfurados (metionina e cisteína)</p><p>O que é: Aminoácidos sulfurados consiste naqueles</p><p>aminoácidos que possuem enxofre em sua estrutura. Os</p><p>dois aminoácidos essenciais que pertencem a esse grupo</p><p>consistem na metionina e na cisteína. Abordaremos a</p><p>função de cada um destes em nosso organismo.</p><p>Função da metionina</p><p>A metionina apresenta uma função essencial para a bioquímica. Através desse</p><p>aminoácido, reações que dependem da transferência de grupos metil contendo</p><p>1 carbono poderão ocorrer.</p><p>Sendo assim, a metionina, na forma do composto S-Adenosilmetionina, é</p><p>especializada em doar grupos metil para diversas reações, proporcionando</p><p>funções diversificadas. Observe o conjunto de reações abaixo:</p><p>A importância desse ciclo de reações não se dá somente pela transferência de</p><p>grupos metil, mas também pela capacidade do metabolismo da metionina</p><p>contribuir para a ressíntese de tetrahidrofolato, prevenindo que a falta dessa</p><p>molécula precursora e, consequentemente, prevenindo a anemia</p><p>megaloblástica.</p><p>A glutationa pode alternar entre dois estados redox para que seja possível sua ação</p><p>antioxidante. Quando recebe elétron a partir do NADPH, a glutationa torna-se</p><p>reduzida e pronta para doar o elétron para inativar o H2O2. Após esse evento a</p><p>glutationa torna-se oxidada, necessitando de mais elétrons a partir do NADPH.</p><p>Estrutura molecular da metionina e cisteína. Ambos</p><p>contendo enxofre.</p><p>Função da cisteína</p><p>A cisteína desempenha sua função específica por meio da formação de dois compostos no</p><p>organismo: Glutationa e taurina.</p><p>Como sabemos, a glutationa é considerada um antioxidante endógeno. Sua ação ocorre por</p><p>meio da conversão e inativação da espécie reativa de oxigênio (peróxido de hidrogênio) em</p><p>água (H2O).</p><p>Enquanto a taurina, é considerado um aminoácido semi essencial com estudos relacionados a</p><p>melhora da função mitocondrial, saúde cardiovascular, musculo esquelético e sistema</p><p>respiratório. Deveremos abordar especificamente sobre esse tema em outra discussão.</p><p>METABOLISMO DOS</p><p>AMINOÁCIDOS SULFURADOS</p><p>(METIONINA E CISTEÍNA)</p><p>65 - METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS SULFURADOS</p><p>78</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Fenilalanina Tirosina Arginina</p><p>Metabolismo da fenilalanina,</p><p>tirosina e arginina</p><p>O que são: A fenilalanina e tirosina são considerados</p><p>aminoácidos aromáticos em decorrência da presença de</p><p>um anel aromático em suas moléculas.</p><p>A arginina consiste em um aminoácido precursor de óxido</p><p>nítrico no endotélio vascular. Veremos a seguir as possíveis</p><p>funções de cada um dos três aminoácidos no organismo.</p><p>Funções da fenilalanina e tirosina</p><p>O metabolismo da fenilalanina e tirosina são interligados por meio da reação catalisada</p><p>pela fenilalanina hidroxilase. Essa reação converte a fenilalanina em tirosina por meio</p><p>de uma hidroxilação da molécula. Sendo assim, podemos dizer que a fenilalanina</p><p>desempenha as funções da tirosina indiretamente, uma vez que ela serve como</p><p>precursora.</p><p>A tirosina consiste em um aminoácido versátil, pois pode dar origem a diversas</p><p>moléculas essenciais ao funcionamento do nosso corpo, principalmente</p><p>neurotransmissores e hormônios conhecidos por todos nós. Abaixo temos um resumo</p><p>das moléculas produzidas a partir da tirosina.</p><p>A imagem ao lado demonstra a síntese de ON no</p><p>endotélio de um vaso sanguíneo a partir da ação da</p><p>enzima eNOS na presença de L-Arginina, NADPH e O2.</p><p>O produto final dessa reação é a citrulina.</p><p>Estrutura molecular da</p><p>arginina.</p><p>Anéis aromáticos</p><p>fenilalanina, tirosina e</p><p>Se pararmos para lembrar, a arginina também participa do ciclo da ureia e da</p><p>síntese de creatina, ambos eventos que acontecem no nosso fígado. No</p><p>entanto, apesar da grande importância da arginina na síntese desses</p><p>compostos biológicos, devemos lembrar que suplementação de L-arginina é</p><p>menos eficaz para o estímulo da síntese de oxido nítrico do que a via do</p><p>nitrato-nitrito óxido nítrico.</p><p>Função da arginina</p><p>A principal função estudada do aminoácido arginina consiste na sua capacidade de</p><p>servir como precursor para a síntese do vasodilatador óxido nítrico por meio da reação</p><p>catalisada pela óxido nítrico sintase (NOS). Essa é uma reação que pode acontecer</p><p>tanto no endotélio (NOS endotelial) quanto em neurônios (NOS neuronal) e células do</p><p>sistema imune (NOS induzível).</p><p>METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS</p><p>AROMÁTICOS E ARGININA</p><p>66 - METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS AROMÁTICOS E ARGININA</p><p>79</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Metabolismo dos aminoácidos</p><p>de cadeia ramificada</p><p>O que são: Aminoácidos de cadeia ramificada (BCAAs)</p><p>consistem em três aminoácidos essenciais: Leucina, valina e</p><p>isoleucina conhecidos por apresentarem uma atividade</p><p>muscular distinta dos demais aminoácidos.</p><p>O metabolismo dos BCAAs consiste em duas etapas</p><p>resumidas (transaminação dos aminoácidos por meio das</p><p>aminotransferases e descarboxilação oxidativa por meio das</p><p>desidrogenases dos cetoácidos formados).</p><p>Hipóteses sobre o BCAAs no esporte</p><p>Desempenho: Existem dois mecanismos pelo qual os BCAAs são utilizados como</p><p>aminoácidos diretamente associados ao desempenho nos treinamentos e competição.</p><p>1º Alguns autores defendem que os BCAAs são mais facilmente metabolizados no</p><p>músculo</p><p>para ressíntese de ATP. 2º Os BCAAs poderiam retardar o aparecimento da</p><p>“fadiga central” por meio do seu transporte na barreira hematoencefálica, competindo</p><p>com o triptofano para chegada ao sistema nervoso central. Consequentemente,</p><p>impedindo a formação da serotonina a partir desse último aminoácido. Apesar disso,</p><p>não temos boas evidências de melhora na performane a partir dos BCAAs.</p><p>Hipertrofia muscular: Essa hipótese surgiu quando foi descoberta a relação entre a</p><p>leucina e o início da síntese proteica muscular. No entanto, além de não podermos</p><p>extrapolar um mecanismo de síntese proteica para o desfecho hipertrofia muscular, é</p><p>necessário que exista à disponibilidade dos demais aminoácidos essenciais para uma</p><p>síntese proteica sustentada. Tornando assim uma hipótese inverossímil ou irrelevante</p><p>do ponto de vista clínico.</p><p>Além de fazer parte das proteínas, os BCAAs</p><p>ganharam destaque após a descoberta do seu</p><p>metabolismo ativo no músculo esquelético, tendo</p><p>em vista a maior atividade desempenhada pelas</p><p>aminotransferases de cadeia ramificada.</p><p>Resumidamente, os BCAAs são metabolizados inicialmente</p><p>pelas aminotransferases de cadeia ramificada, transferindo</p><p>o grupo amino dos aminoácidos para o α-cetoglutarato.</p><p>Posteriormente, cada respectivo cetoácido gerado sofrerá</p><p>uma descarboxilação oxidativa, dando um destino</p><p>metabólico aos seus esqueletos de carbono.</p><p>Após a descarboxilação oxidativa, podemos verificar na imagem abaixo que cada um dos</p><p>três cetoácidos são destinados a formação de algum composto.</p><p>Leucina -> α-cetoisocaproato</p><p>Isoleucina -> α-ceto-β-metilvalerato</p><p>Valina -> α-cetoisovalerato</p><p>Por ser convertida em acetil-CoA e acetoacetato, a leucina é considerada cetogênica.</p><p>Isoleucina é tanto glicogênica quanto cetogênica por sua conversão a acetil-CoA e succinil-</p><p>CoA. A valina é exclusivamente glicogênica, pois é convertida em succinil-CoA.</p><p>•</p><p>•</p><p>METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS</p><p>DE CADEIA RAMIFICADA</p><p>67 - METABOLISMO DOS AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA</p><p>80</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Ácidos graxos de cadeia curta</p><p>Ácidos graxos de cadeia média</p><p>Ácidos graxos de cadeia curta e média</p><p>Ácidos graxos de cadeia curta e média são ácidos graxos com menor quantidade de</p><p>carbono. Sendo assim, são metabolizados de uma forma diferente quando</p><p>comparados aos ácidos graxos de cadeia longa.</p><p>Tanto o processo de digestão quanto absorção e uso como fonte de energia ocorrem</p><p>por mecanismos alternativos. Essas características levaram alguns pesquisadores a</p><p>criarem hipóteses com bases no uso desses ácidos graxos, na área clínica ou esportiva.</p><p>Os ácidos graxos de cadeia curta são produzidos a partir dos carboidratos não-</p><p>digeridos (fibras), por meio da ação das bactérias presentes na microbiota intestinal.</p><p>Os três ácidos graxos produzidos são: Acetato (2C), propionato (3C) e butirato (4C).</p><p>A proporção molar dos ácidos graxos produzidos é influenciada pela microbiota, tipo</p><p>de fibra e estilo de vida do indivíduo. No entanto, pensando em uma proporção</p><p>geral, podemos destacar um valor de 60:20:20 para acetato, propionato e butirato,</p><p>respectivamente.</p><p>A maior parte dos ácidos graxos de cadeia curta são utilizados como fonte de energia</p><p>pelos colonócitos na região distal do TGI. O conteúdo remanescente pode ser</p><p>absorvido para corrente sanguínea.</p><p>Absorção intestinal</p><p>Classificação dos ácidos graxos</p><p>Ácidos graxos de cadeia curta: Entre 2 – 6 carbonos</p><p>Ácidos graxos de cadeia média: Entre 8 – 12 carbonos</p><p>Ácidos graxos de cadeia longa: 14 – 18 carbonos</p><p>Assim como os ácidos graxos de cadeia curta, os ácidos graxos de cadeia média</p><p>são absorvidos diretamente para corrente sanguínea (veia porta), seguindo um</p><p>caminho mais rápido para sua metabolização no fígado e demais tecidos.</p><p>A oxidação desses ácidos graxos não depende do sistema de transporte</p><p>mediado pela carnitina. Por isso, alguns pesquisadores estabeleceram diversas</p><p>hipóteses com base nesse tipo de ácido graxo.</p><p>Ácido acético (2C) Ácido propiônico (3C)</p><p>Ácido láurico (12C)</p><p>Ácido butírico (4C)</p><p>Ácido graxo de</p><p>cadeia curta</p><p>METABOLISMO DOS ÁCIDOS</p><p>GRAXOS DE CADEIA CURTA E MÉDIA</p><p>68 - METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA E MÉDIA</p><p>81</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Ácidos graxos saturados</p><p>Hamburguer Carne gordurosa Manteiga</p><p>As principais diretrizes de saúde nacionais e internacionais prezam pela</p><p>prevenção do consumo excessivo de gordura saturada, estabelecendo</p><p>recomendações de ingestão com base no valor calórico total da dieta</p><p>consumida.</p><p>Muitos alimentos industrializados são fontes de gordura saturada, sendo</p><p>estes comumente associados ao consumo excessivo dessa gordura em</p><p>estudos observacionais que avaliam componentes dietéticos e risco.</p><p>Ácidos graxos saturados são moléculas lipídicas caracterizadas por não</p><p>apresentarem insaturações em toda a cadeia de carbono. O ácido palmítico</p><p>contendo 16 carbonos consiste no ácido graxo mais conhecido na bioquímica.</p><p>Apesar de toda a discussão sobre os possíveis malefícios associados ao</p><p>consumo de gordura saturada, devemos compreender os mecanismos e a</p><p>quantidade de gordura saturada associada ao aumento do risco de</p><p>anormalidades clínicas.</p><p>As diretrizes atuais, assim como a sociedade brasileira de cardiologia</p><p>estabelecem valores de consumo da gordura saturada de acordo com risco</p><p>e níveis de LDL colesterol. De modo geral, pacientes saudáveis de baixo</p><p>risco devem consumir menos que 10% de saturados, enquanto indivíduos</p><p>com LDL fora da meta ou em elevado risco devem consumir menos do que</p><p>7% do VET. LDL colesterol e a hipótese</p><p>da placa de ateroma</p><p>Ácidos graxos insaturados</p><p>Apesar do que se pensava antigamente, nos dias atuais, após novos ensaios clínicos</p><p>investigando os riscos associados ao consumo de gordura na dieta, a gordura saturada</p><p>passou de completa vilã para um nutriente flexível, mas não em excesso.</p><p>O maior ensaio clínico investigando o assunto foi o “women´s health iniciative”. Não</p><p>demonstrando uma diminuição no risco cardiovascular após a diminuição do consumo de</p><p>gordura saturada de 12% para 9% do valor calórico total.</p><p>Apesar disso, muitas diretrizes recomendam a diminuição do consumo de gorduras saturadas</p><p>para valores menores do que 10% do VET, sendo a principal justificativa a existência de</p><p>estudos que demonstram o aumento do LDL colesterol em dietas com excesso desse tipo de</p><p>gordura. Sabemos do risco já demonstrado entre LDL colesterol e doenças cardiovasculares,</p><p>devendo assim ser função do nutricionista individualizar o consumo de acordo com o risco</p><p>individual de cada paciente.</p><p>Na imagem abaixo podemos perceber a cadeia molecular de um ácido graxo</p><p>saturado. Diferentemente do ômega 3, 6 e 9, os saturados não possuem</p><p>nenhuma ligação dupla em suas moléculas:</p><p>Ácidos graxos saturados</p><p>METABOLISMO DOS ÁCIDOS</p><p>GRAXOS SATURADOS</p><p>69 - METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS</p><p>82</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Ácidos graxos trans</p><p>Ácido graxos trans consiste em um grupo de lipídios naturais ou</p><p>artificiais que possuem uma estrutura diferente dos demais ácidos</p><p>graxos com configuração cis.</p><p>A gordura trans artificialmente obtida a partir do processo de</p><p>biohidrogenação parcial foi associada nos estudos observacionais com</p><p>um maior risco de doenças crônicas. Além de evidências experimentais</p><p>demonstrando maior resposta pró inflamatória e estresse oxidativo.</p><p>Quando falamos sobre gorduras trans devemos diferenciar as gorduras</p><p>trans de fontes naturais presentes em fontes de animais ruminantes</p><p>(carnes, leite e derivados) dos alimentos industrializados que passaram</p><p>pelo processo de biohidrogenação parcial.</p><p>Esses ácidos graxos trans são diferentes uns dos outros pela</p><p>localização da gordura trans e pela quantidade presente na molécula.</p><p>Hidrogênios em lados</p><p>opostos da ligação</p><p>Ácido graxo cis</p><p>Ácido graxo trans</p><p>A configuração trans ocorre quando um ácido graxo contendo insaturações</p><p>(ligações</p><p>de carboidrato podem estabelecer</p><p>ligações químicas com outros carboidratos. Essas</p><p>ligações são chamadas de glicosídicas.</p><p>Como o próprio nome já informa. Carboidratos são</p><p>moléculas de carbono hidratadas. Podemos</p><p>representa-los através da seguinte fórmula:</p><p>(CH2O)n</p><p>Funções</p><p>- Energia: Substrato para síntese de ATP.</p><p>- DNA e RNA: Compõe os ácidos nucleicos na</p><p>forma de desoxirribose e ribose.</p><p>- Síntese de aminoácidos.</p><p>- Fibras: Auxilia no funcionamento intestinal.</p><p>• Quantidade de carbonos:</p><p>Pentoses: Ribose e desoxirribose</p><p>Hexoses: Glicose, frutose e galactose</p><p>• Quantidade de monossacarídeos</p><p>Monossacarídeo (unidade): Glicose, frutose e galactose</p><p>Oligossacarídeo: Maltose (Glicose + Glicose)</p><p>Lactose (Glicose + Galactose)</p><p>Sacarose (Glicose + Frutose)</p><p>Oligofrutose (fibra alimentar)</p><p>Polissacarídeo: Amido e glicogênio</p><p>Mel</p><p>Pão Aipim</p><p>Frutas</p><p>Glicose</p><p>Maltose</p><p>Glicose Glicose</p><p>Sacarose</p><p>Amido</p><p>Frutose</p><p>Glicose</p><p>Glicose</p><p>Lactose</p><p>Galactose</p><p>7</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Fontes alimentares</p><p>DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS</p><p>CARBOIDRATOS</p><p>Amido</p><p>Amilose</p><p>A digestão dos carboidratos possui o objetivo de</p><p>transformar moléculas complexas em compostos mais</p><p>simples que possam ser absorvidos eficientemente para o</p><p>organismo.</p><p>Dextrina</p><p>Amilopectina</p><p>Maltose</p><p>Açúcar</p><p>Sacarose</p><p>Leite</p><p>Lactose</p><p>Digestão mecânica: Consiste no ato mecânico de mastigação e</p><p>mistura do bolo alimentar no intestino, facilitando a digestão</p><p>química.</p><p>Digestão química: Consiste na “quebra” das ligações</p><p>químicas por meio de ação enzimática.</p><p>Ligação</p><p>α-1,4</p><p>Ligação</p><p>α-1,6</p><p>Ligação</p><p>α-1,4</p><p>Glicose</p><p>Amilopectina consiste em polímero de glicose contendo</p><p>ramificações com ligações α-1,6 e ligações α-1,4</p><p>Amilose consiste polímero de glicose linear contento</p><p>apenas ligações α-1,4.</p><p>A mastigação inicia a digestão mecânica do</p><p>alimento fonte de carboidrato. A amilase salivar</p><p>inicia a digestão química do amido,</p><p>“quebrando” as ligações α-1,4.</p><p>Duodeno: A digestão química do amido e demais</p><p>moléculas menores (dextrinas limite, maltose,</p><p>isomaltase e maltotriose)</p><p>As sacaridases da borda em escova dos enterócitos</p><p>terminarão de digerir as moléculas menores em</p><p>monossacarídeos livres para absorção.</p><p>A digestão do amido é reduzida no</p><p>estômago, tendo em vista a inativação</p><p>da amilase no ambiente ácido.</p><p>As glândulas salivares produzem e secretam a</p><p>amilase salivar, responsável pelo início da</p><p>digestão química do amido</p><p>O pâncreas possui a função de produzir e</p><p>secretar amilase pancreática.</p><p>Enzima: Desramificadora</p><p>Glicose Glicose</p><p>Enzima: Maltase</p><p>Glicose Frutose</p><p>Enzima: Sacarase</p><p>Glicose Galactose</p><p>Enzima: Lactase</p><p>Galactose</p><p>Glicose</p><p>Na+</p><p>Frutose</p><p>Enterócito</p><p>Glicose</p><p>Frutose</p><p>Absorção</p><p>SGLT1</p><p>GLUT5</p><p>GLUT2</p><p>GLUT2</p><p>03 - DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS CARBOIDRATOS</p><p>8</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>O que é: Consiste em uma ferramenta usada para</p><p>investigar a capacidade de um alimento testado em</p><p>aumentar a glicemia pós-prandial quando comparado</p><p>a um alimento padronizado (glicose ou pão branco)</p><p>Compreendendo o índice glicêmico</p><p>• O índice glicêmico é calculado através da área sob a curva</p><p>do alimento testado em relação a um padrão (glicose ou</p><p>pão branco).</p><p>• Metodologia dos estudos:</p><p>- Selecionar uma amostra</p><p>- Avaliar a glicemia em períodos até 120 minutos após ingestão</p><p>- Calcular a média do índice glicêmico obtido após 2-3 sessões</p><p>de teste</p><p>Pão francês – IG: 70</p><p>Quantidade de carboidrato a ser ofertado: 15g</p><p>Quantidade de pão necessária: ½ metade de um pão</p><p>CG = 70 x 15g / 100 = 10</p><p>Maçã – IG: 40</p><p>Quantidade de carboidrato a ser ofertado: 25g</p><p>Quantidade da maçã necessária: 160g (1 UND)</p><p>CG = 40 x 25g / 100 = 10</p><p>O uso da carga glicêmica é mais interessante na escolha do</p><p>alimento do que a análise isolada do IG. No exemplo abaixo</p><p>podemos ver que dois alimentos com diferentes IG podem ser</p><p>ofertados para apresentar uma mesma carga glicêmica:</p><p>O que é: Consiste na avaliação do impacto glicêmico</p><p>através do produto entre o IG e a quantidade do</p><p>carboidrato disponível em uma determinada porção</p><p>do alimento</p><p>Índice glicêmico</p><p>Fórmula</p><p>Carga glicêmica</p><p>CONCEITO DE ÍNDICE</p><p>E CARGA GLICÊMICA</p><p>CG = IG x teor de CHO disponível na porção / 100g</p><p>Classificação do IG</p><p>Em relação a glicose:</p><p>Baixo: < 55 Médio: 56 – 69 Alto: > 70</p><p>Em relação ao pão branco:</p><p>Baixo: < 75 Médio: 76 – 94 Alto: > 95</p><p>O IG apresenta grande variabilidade intra e</p><p>interindividual. Na imagem ao lado</p><p>podemos perceber a curva glicêmica de 4</p><p>indivíduos após o consumo de pão branco</p><p>Classificação do IG</p><p>Baixa: < ou igual a 10</p><p>Média: 11 – 19</p><p>Alta: > ou igual a 20</p><p>04 - CONCEITO DE ÍNDICE E CARGA GLICÊMICA</p><p>9</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>05 - ABSORÇÃO CELULAR DE GLICOSE</p><p>1.)</p><p>2.)</p><p>IRS-1/PKB</p><p>4.)</p><p>3.)</p><p>Geração de um</p><p>sinal intracelular</p><p>ABSORÇÃO CELULAR</p><p>DA GLICOSE</p><p>Após digestão e absorção intestinal, a glicose sanguínea</p><p>deverá ser absorvida pelas células nos tecidos corporais.</p><p>Alguns tecidos e células do corpo são dependentes</p><p>exclusivos de glicose (hemácias e cérebro). Enquanto</p><p>outros não.</p><p>A maioria dos tecidos apresentam em</p><p>sua membrana os GLUTs, alguns</p><p>dependem da ação de um hormônio,</p><p>a insulina, para expressarem e</p><p>começarem a captar glicose.</p><p>O GLUT 4, presente no músculo e</p><p>tecido adiposo é dependente da ação</p><p>da insulina.</p><p>A absorção celular de glicose se dá por</p><p>transportadores especializados chamados de GLUTs:</p><p>A ligação da insulina com seu</p><p>receptor induzirá sua ativação</p><p>por uma auto fosforilação em</p><p>resíduos de TIROSINA Após ativação do receptor. Será</p><p>gerado um sinal intracelular que</p><p>permitirá a ativação e translocação</p><p>do transportador de insulina (GLUT4)</p><p>para a membrana da célula</p><p>Captação e transferência</p><p>eficiente de glicose para</p><p>dentro da célula</p><p>Translocação e liberação do</p><p>GLUT4 presentes nas vesículas</p><p>de armazenamento</p><p>GLUT1: Hemácias, rins e cérebro (alta afinidade)</p><p>GLUT2: Fígado, Células β, rins e intestino (baixa</p><p>afinidade)</p><p>GLUT3: Neurônios (alta afinidade)</p><p>GLUT4: Músculo e tecido adiposo (média</p><p>afinidade)</p><p>A resistência à insulina* geralmente</p><p>acontece quando ocorre uma</p><p>fosforilação em resíduos SERINA,</p><p>inativando o sinal da insulina na célula</p><p>*Resistência à insulina</p><p>Como o próprio nome informa, essa é uma situação</p><p>onde a célula torna-se resistente a ação do</p><p>hormônio insulina. Em outras palavras, ela se liga ao</p><p>receptor, mas não gera um sinal intracelular.</p><p>Sinais associados a inflamação e estresse oxidativo</p><p>são os principais responsáveis pela resistência à</p><p>insulina, aumentando a fosforilação dos resíduos</p><p>serina e inibindo o sinal intracelular.</p><p>10</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>06 - GLICOGÊNESE</p><p>Como seu próprio nome já informa, a</p><p>glicogênese consiste em uma via de síntese</p><p>(anabolismo) do glicogênio a partir da</p><p>incorporação da glicose em uma molécula</p><p>pré-formada.</p><p>Qual a importância da glicogênese?</p><p>- Armazenamento de glicose para uso em</p><p>momentos de maior necessidade,</p><p>permitindo manutenção da glicemia.</p><p>Glicogênio</p><p>Síntese da cadeia pré-formada</p><p>Tanto o fígado quanto o músculo</p><p>sintetizam glicogênio, permitindo</p><p>armazenamento adequado de</p><p>glicose.</p><p>GLICOGÊNESE</p><p>UDP-</p><p>Glicose</p><p>A glicogênio sintase realiza a função de</p><p>incorporar a UDP-Glicose a cadeia pré-</p><p>formada de glicogênio para que seja</p><p>construída uma cadeia com uma molécula</p><p>de glicose a mais. Nesse processo, ocorrerá</p><p>A glicogênese irá ser estimulada nos momentos</p><p>em que houver disponibilidade de glicose para</p><p>síntese. Isso acontece principalmente quando</p><p>ingerimos uma refeição com quantidade</p><p>adequada de carboidrato.</p><p>Músculo Fígado</p><p>Glicogenina</p><p>3.) Incorporação da glicose</p><p>Glicogênio</p><p>Preparação da glicose</p><p>UDP</p><p>A glicose é fosforilada de forma inicial no</p><p>carbono 6 com gasto de 1 ATP.</p><p>Posteriormente, o fosfato é transferido ao</p><p>carbono 1 para que a glicose 1 fosfato possa</p><p>reagir com o UTP, iniciando</p><p>duplas) apresenta os hidrogênios em lados opostos em</p><p>determinadas insaturações. Diferentemente, na configuração cis, os</p><p>hidrogênios encontram-se no mesmo lado nas insaturações do ácido graxo.</p><p>Hidrogênios no mesmo</p><p>lado da ligação</p><p>Desfechos clínicos</p><p>Os ácidos graxos trans provenientes de produtos alimentícios industrializados e ultra processados</p><p>foram associados ao risco de doenças crônicas a partir da análise de estudos de caráter</p><p>observacional (doença cardiovascular e demais doenças). Esses achados foram inicialmente</p><p>baseados no mecanismo proveniente dos achados em desfechos substitutos como resposta pró</p><p>inflamatória e estresse oxidativo a partir de estudos experimentais.</p><p>Atualmente, as diretrizes voltadas para o consumo de gorduras e componentes nutricionais</p><p>recomendam a exclusão completa dos ácidos graxos trans. Sendo menos flexível dos que as</p><p>diretrizes anteriores.</p><p>Alimentos não-ultra processador</p><p>Industrializados/ultra processados</p><p>METABOLISMO DOS ÁCIDOS</p><p>GRAXOS TRANS</p><p>70- METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS</p><p>83</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Espero que tenha aproveitado ao máximo o nosso eBook "61 Mapas Mentais de Bioquímica". Agradecemos imensamente por embarcar</p><p>nesta jornada conosco e esperamos que os mapas mentais tenham sido uma ferramenta valiosa para aprimorar seu entendimento em</p><p>bioquímica. Mas, se você está pronto para dar um passo além e mergulhar ainda mais fundo neste fascinante mundo da bioquímica aplicada</p><p>à nutrição, temos uma proposta especial para você.</p><p>Apresentamos o curso "Bioquímica: da teoria à prescrição nutricional". Este curso é o resultado de anos de experiência, pesquisa e</p><p>dedicação. 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Sua função consiste em</p><p>incorporar as primeiras moléculas de glicose para</p><p>posterior ação da glicogênio sintase</p><p>1.)</p><p>2.)</p><p>Pra onde será</p><p>que vai o</p><p>carboidrato</p><p>desse pão?</p><p>11</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Qual a importância da glicogenólise?</p><p>- Manutenção da glicemia</p><p>- Fornecimento de glicose para suprir a</p><p>demanda energética em tecidos</p><p>dependentes (nervoso e hemácias) e no</p><p>exercício físico.</p><p>Sangue</p><p>Degradação do glicogênio</p><p>GLICOGENÓLISE</p><p>Desramificação</p><p>A glicogenólise consiste em uma via de</p><p>degradação (catabolismo) do glicogênio para</p><p>disponibilização de glicose. Portanto, sua função</p><p>é oposta à da glicogênese (síntese de</p><p>glicogênio).</p><p>A glicogênio fosforilase “quebra”</p><p>ligações α-1,4 do glicogênio,</p><p>liberando glicose.</p><p>Sua atuação ocorre até que um</p><p>valor de 4 resíduos de glicose</p><p>próximos da ramificação (observar</p><p>a imagem à esquerda)</p><p>A glicogenólise irá ser estimulada nos momentos</p><p>em que houver baixa disponibilidade de glicose</p><p>no sangue. Estado de jejum ou exercício físico</p><p>são situações que estimulam essa via metabólica.</p><p>Glicose</p><p>A enzima desramificadora transfere o grupo de</p><p>três glicoses para extremidade da outra cadeia e</p><p>“quebra” a ligação α-1,6 responsável pela</p><p>ramificação. Isso permite o desmonte adequado</p><p>molécula para que a glicogênio fosforilase</p><p>continue atuando até que não sobre mais glicose</p><p>disponível.</p><p>Glicemia</p><p>A degradação do glicogênio ocorre tanto</p><p>no músculo quanto no fígado.</p><p>O glicogênio muscular fornece glicose</p><p>para uso no próprio músculo como fonte</p><p>de energia.</p><p>O glicogênio hepático fornece glicose</p><p>para manutenção da glicemia.</p><p>Músculo Fígado</p><p>1.) 2.)</p><p>Eu te avisei que</p><p>era pra</p><p>ressintetizar seu</p><p>glicogênio!’</p><p>Glicose 6</p><p>fosfatase</p><p>Glicose 6 fosfato</p><p>Fosfoglicomutase</p><p>Glicose 1 fosfato</p><p>07 - GLICOGENÓLISE</p><p>12</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>08- GLICÓLISE</p><p>Consiste em uma via linear com grande</p><p>fluxo de carbonos, responsável pela</p><p>oxidação inicial da glicose em piruvato.</p><p>O objetivo da fase de preparação</p><p>consiste em preparar os primeiros</p><p>intermediários da via para que as</p><p>reações posteriores se tornem</p><p>energeticamente favoráveis. É como se</p><p>a gente gastasse dinheiro (ATP)</p><p>Qual a importância da glicólise?</p><p>- Produção rápida de ATP sem dependência do</p><p>oxigênio.</p><p>- Local de destino dos compostos de outras vias</p><p>metabólicas.</p><p>- Oxidação inicial da glicose.</p><p>2 Pi</p><p>2</p><p>2 NADH +</p><p>AT</p><p>A</p><p>D</p><p>AT</p><p>A</p><p>D</p><p>2</p><p>2</p><p>2 H2O</p><p>2</p><p>2</p><p>4.)</p><p>Fase de preparação Fase de pagamento</p><p>(1) Frutose 1,6</p><p>(1) Glicose</p><p>(1) Glicose 6</p><p>(1) Frutose 6 fosfato</p><p>(2) Gliceraldeído 3</p><p>(1) Gliceraldeído 3 fosfato + (1) Di-</p><p>2 ATP</p><p>2 NADH</p><p>(2) 1,3</p><p>(2) Pruvato</p><p>(2) 3-Fosfoglicerato</p><p>(2) 2-Fosfoglicerato</p><p>(2) Fosfoenolpiruvato</p><p>(2) Gliceraldeído 3 fosfato</p><p>Hexoquinase</p><p>Fosfo -hex ose -</p><p>isomerase</p><p>Fosfofrutoquinase-1</p><p>Aldolase</p><p>Triose-fosfato-</p><p>isomerase</p><p>Enolase</p><p>Fosfoglicerato-</p><p>mutase</p><p>Fosfoglicerato-</p><p>quinase</p><p>Gliceraldeído 3-P-</p><p>desidrogenase</p><p>Piruvato quinase</p><p>SALDO</p><p>1.)</p><p>2.)</p><p>3.)</p><p>5.)</p><p>8.)</p><p>9.)</p><p>6.)</p><p>7.)</p><p>10.)</p><p>GLICÓLISE</p><p>13</p><p>A primeira oxidação, responsável pela</p><p>oxidação inicial da glicose, permite a</p><p>formação de 2 NADH que poderão ser</p><p>usados para produzir ATP na cadeia.</p><p>Apenas a 1º, 3º e 10º reações da glicólise são</p><p>irreversíveis. Ou seja, será necessário utilizar</p><p>outras enzimas ou outro caminho bioquímico</p><p>para para formação de glicose</p><p>(gliconeogênese)</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>09- GLICONEOGÊNESE</p><p>Piruvato</p><p>NH</p><p>Aminoácidos</p><p>Mesmas</p><p>reações da</p><p>glicólise</p><p>Situações práticas que</p><p>gliconeogênese:</p><p>1. Jejum</p><p>2. Exercício físico</p><p>3. Diabetes Mellitus</p><p>4. Dieta cetogênica</p><p>podem aumentar a</p><p>A gliconeogênese e a geração de corpos</p><p>cetônicos são respostas bioquímicas a falta de</p><p>glicose no corpo. O nosso cérebro poderá se</p><p>adaptar para usar também os corpos cetônicos,</p><p>de modo a diminuir o gasto de aminoácidos na</p><p>gliconeogênese (poupar proteínas)</p><p>PEP Carboxiquinase</p><p>Piruvato carboxilase</p><p>Como podemos ver, na</p><p>gliconeogênese utilizamos enzimas</p><p>diferentes para contornar a 1º, 3º e</p><p>10º reações irreversíveis da glicólise</p><p>Oxaloacetato</p><p>GLICONEOGÊNESE</p><p>Aminoácidos</p><p>Corpos</p><p>cetônic</p><p>Consiste em uma via linear capaz de produzir</p><p>glicose a partir de outros compostos do nosso</p><p>metabolismo. Isso é crucial para manter a</p><p>disponibilidade de glicose adequada para as células</p><p>e tecidos que à utilizam de forma de forma</p><p>prioritária</p><p>Aminoácidos</p><p>A gliconeogênese ocorre</p><p>principalmente no fígado e rim,</p><p>mas a contribuição hepática é</p><p>mais relevante.</p><p>Cérebro Hemácia</p><p>Devemos considerar que existem tecidos do</p><p>nosso organismo que utilizam prioritariamente</p><p>glicose como fonte de energia. Por isso, nunca</p><p>poderá faltar glicose.</p><p>Uso diário de glicose:</p><p>1. Sistema nervoso (~120 g/dia)</p><p>2. Hemácias</p><p>Glicose</p><p>Carro</p><p>Glicose</p><p>Carro flex</p><p>Lactato</p><p>Glicose</p><p>Glicose 6</p><p>Frutose 1,6</p><p>Fosfoenolpiruvato</p><p>Ureia</p><p>Glicerol</p><p>Glicose 6</p><p>Frutose 1,6</p><p>14</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>10- VIA DAS PENTOSES FOSFATO</p><p>+</p><p>Fase oxidativa</p><p>VIA DAS PENTOSES</p><p>FOSFATO</p><p>Fase não-oxidativa</p><p>Assim como a glicólise, a via das pentoses</p><p>fosfato também consiste em uma via oxidativa</p><p>(retirada de elétrons). No entanto, seu objetivo</p><p>bioquímico não é produzir ATP. Mas sim,</p><p>sintetizar NADPH e ribose 5 fosfato.</p><p>A fase oxidativa é responsável pela grande produção</p><p>de NADPH.</p><p>Tecidos como fígado, tecido adiposo e glândulas</p><p>mamárias apresentam intensa atividade nessa via,</p><p>tendo em vista a importância do NADPH para síntese</p><p>de ácidos graxos e colesterol</p><p>A fase não-oxidativa é caracterizada pela síntese de xilulose 5</p><p>fosfato e ribose 5 fosfato. Este último é precursor de</p><p>nucleotídeos (RNA e DNA), sendo essencial ao crescimento e</p><p>desenvolvimento celular.</p><p>Uma série de outros açúcares são produzidos até a formação</p><p>de frutose 6 fosfato e gliceraldeído 3 fosfato. Como ambos</p><p>fazem parte da glicólise, podem voltar a ser glicose novamente.</p><p>Qual a importância da via das pentoses?</p><p>- Produção de NADPH, coenzima necessária</p><p>para as reações de síntese dos ácidos graxos e</p><p>colesterol. Além da reciclagem de glutationa</p><p>(função antioxidante)</p><p>- Síntese de ribose 5 fosfato, importante para a</p><p>síntese de síntese de nucleotídeos (RNA e DNA)</p><p>Glicose 6 fosfato Ribulose 5 fosfato</p><p>Xilulose 5</p><p>Ribose 5 fosfato</p><p>2 NADP+</p><p>2 NADPH</p><p>Frutose 6 fosfato</p><p>Gliceraldeído 3 fosfato</p><p>15</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>11- METABOLISMO DA GALACTOSE</p><p>Glicose</p><p>Galactose</p><p>Frutose</p><p>Lactose</p><p>(Glicose + Galactose)</p><p>Sabia que a</p><p>galactose</p><p>vem da</p><p>Leite</p><p>Frutose</p><p>H2O +</p><p>Lactase</p><p>Na+</p><p>Absorção</p><p>METABOLISMO DA</p><p>GALACTOSE</p><p>Galactose consiste em um carboidrato</p><p>contendo seis carbonos na molécula (hexose).</p><p>Sendo obtida através da digestão da lactose</p><p>encontrada no leite e seus derivados</p><p>Lactase</p><p>Epimerase</p><p>Galactoquinase</p><p>Galactose fosfato</p><p>uridil transferase</p><p>Glicose 6 fosfato é um</p><p>intermediário da glicólise</p><p>Fosfoglicomutase</p><p>SGLT1</p><p>GLUT5</p><p>GLUT2</p><p>Galactose</p><p>GLUT2</p><p>Lúmen</p><p>intestinal</p><p>Enterócito</p><p>A galactose é obtida pela alimentação através</p><p>da ingestão da lactose presente nos laticínios.</p><p>Importante deixar claro que a intolerância à</p><p>lactose é uma anormalidade relacionada ao</p><p>comprometimento da digestão da lactose.</p><p>Sem relação direta com a galactose.</p><p>Circulação Fígado</p><p>sanguínea</p><p>Lactose</p><p>Como podemos ver, o metabolismo da</p><p>galactose no fígado pode gerar glicose 6</p><p>fosfato. Como este último é um intermediário</p><p>da glicólise, poderá seguir dois destinos:</p><p>1. Síntese de glicose (gliconeogênese)</p><p>2. Síntese de piruvato para obtenção de</p><p>ATP</p><p>UDP-</p><p>Glicose 1</p><p>ATP</p><p>Galactose Glicose</p><p>A glicose e galactose são considerados</p><p>epímeros, ou seja, possuem a mesma</p><p>quantidade de carbono, hidrogênio e</p><p>oxigênio, mas</p><p>diferem em apenas um átomo</p><p>de carbono na molécula.</p><p>Galactose</p><p>Galactose 1</p><p>UDP-Glicose</p><p>UDP-Galactose</p><p>Glicose 6 fosfato</p><p>16</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>12 - METABOLISMO DA FRUTOSE</p><p>Absorção</p><p>METABOLISMO</p><p>DA FRUTOSE</p><p>A frutose consiste em um carboidrato</p><p>contendo 6 carbonos (hexose). Sendo</p><p>encontrada nas frutas e vegetais, açúcar,</p><p>mel e adicionada aos alimentos</p><p>industrializados</p><p>A frutose pode seguir 4 destinos</p><p>metabólicos principais:</p><p>1. Conversão em glicose</p><p>2. Síntese de gordura</p><p>3. Conversão em lactato</p><p>4. Formação de ATP (CO2 e H2O)</p><p>= Frutose</p><p>Lúmen</p><p>intestinal</p><p>Frutose</p><p>Enterócito</p><p>Frutose</p><p>Circulação</p><p>sanguínea Triose</p><p>quinase</p><p>Frutoquinase</p><p>Frutose 1 fosfato</p><p>aldolase</p><p>GLUT5 GLUT2</p><p>As frutas e vegetais diferem dos industrializados</p><p>açucarados em qualidade e quantidade. Sabemos</p><p>que as frutas e sucos in natura possuem fibras,</p><p>micronutrientes e compostos bioativos.</p><p>O consumo médio de frutose a partir das frutas é</p><p>4,34 g/dia. Enquanto a partir dos industrializados</p><p>é 100 a 150 g/dia</p><p>O excesso de frutose pode aumentar a</p><p>síntese de ácido graxo em decorrência</p><p>do acúmulo de acetil-CoA. No entanto,</p><p>isso só irá ocorrer se quantidades</p><p>elevadas (alimentos industrializados)</p><p>forem ingeridas</p><p>A síntese de gordura a partir da frutose</p><p>parece ser mais fácil quando comparada a</p><p>glicose. Isso provavelmente está relacionado</p><p>a falta de controle inibitório na via da frutose,</p><p>gerando excesso de acetil-CoA.</p><p>Na via da glicose (glicólise), o excesso de</p><p>acetil-CoA pode inibir uma enzima da via</p><p>(fosfofrutoquinase-1), diminuindo o fluxo de</p><p>carbono</p><p>Fígado</p><p>AT</p><p>A</p><p>D</p><p>Acetil-CoA</p><p>Gliceraldeído</p><p>Gliceraldeído 3 fosfato</p><p>Piruvato</p><p>Frutose 1 fosfato</p><p>Ácido graxo</p><p>Diidroxiacetona</p><p>Glicerol 3 fosfato</p><p>Triacilglicerol</p><p>(gordura)</p><p>+</p><p>Frutose dos alimentos</p><p>17</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>13 - CONTROLE HORMONAL DO METABOLISMO DA GLICOSE</p><p>A insulina exerce ação em diversos órgãos e tecidos:</p><p>No fígado: Estimula a síntese de glicogênio, síntese de</p><p>gorduras e inibição da gliconeogênese, afinal, seria</p><p>desnecessário produzir glicose quando a</p><p>disponibilidade glicêmica está elevada.</p><p>No músculo: Ocorre estímulo a síntese de glicogênio</p><p>(glicogênio) e proteínas. Além da inibição da</p><p>degradação do glicogênio (glicogenólise).</p><p>No tecido adiposo: Estimula a síntese e</p><p>armazenamento de gordura (lipogênese), inibindo a</p><p>lipólise dos triglicerídeos.</p><p>O aumento da glicemia e, até mesmo, aminoácidos</p><p>podem estimular a secreção de insulina pelas</p><p>células β do pâncreas. Permitindo que a insulina</p><p>possa regular o metabolismo dos carboidratos e</p><p>demais nutrientes.</p><p>Apesar da insulina estimular a síntese de gordura, é</p><p>um grande erro associar a estimulação da insulina</p><p>como sinônimo de acúmulo de gordura corporal.</p><p>Este último depende do excesso de calorias</p><p>mantidas por um longo período.</p><p>Músculo Fígado</p><p>A diminuição da glicemia pode estimular a secreção</p><p>de glucagon por meio das células α no pâncreas.</p><p>Assim como a insulina, o glucagon age para regular</p><p>o metabolismo, mas através de funções contrárias.</p><p>O glucagon exerce ação em diversos órgãos e tecidos:</p><p>No fígado: Estimula a síntese de glicose</p><p>(gliconeogênese), corpos cetônicos e a degradação do</p><p>glicogênio (glicogenólise). Inibe a síntese de</p><p>glicogênio (glicogênese) e de gordura (lipogênese).</p><p>No tecido adiposo: Estimula lipólise dos triglicerídeos.</p><p>O glucagon e a insulina funcionam como sensores no</p><p>metabolismo dos carboidratos. Logo, devemos</p><p>compreender que suas ações irão depender do</p><p>ambiente metabólico gerado a partir das mudanças</p><p>diárias na disponibilidade de carboidratos.</p><p>O metabolismo dos carboidratos é constantemente</p><p>orquestrado por dois hormônios secretados pelo pâncreas. A</p><p>insulina e o glucagon possuem um objetivo em comum:</p><p>Garantir a regulação corporal do metabolismo dos</p><p>carboidratos e energético.</p><p>Tecido adiposo</p><p>Insulina: Consiste em um hormônio produzido pelas células β do pâncreas com</p><p>principal função de aumentar a captação de glicose pelos tecidos corporais.</p><p>Glucagon: Consiste em um hormônio produzido pelas células α do pâncreas</p><p>com principal função de estimular vias metabólicas capazes de aumentar os</p><p>níveis glicêmicos.</p><p>Estado</p><p>alimentado</p><p>Jejum</p><p>Glicemia elevada Glicemia baixa</p><p>CONTROLE HORMONAL DO</p><p>METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS</p><p>18</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>METABOLISMO DAS PROTEÍNAS</p><p>Aprofunde-se no mundo das proteínas, abordando sua</p><p>composição, digestão, e absorção. Entenda o valor biológico</p><p>das proteínas, o turnover proteico, e os processos de síntese e</p><p>catabolismo, essenciais para a nutrição e saúde.</p><p>19</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>14 - VISÃO GERAL DAS PROTEÍNAS</p><p>3.)</p><p>Proteínas</p><p>Polipeptídeo</p><p>Dipeptídeo</p><p>1.)</p><p>2.)</p><p>Aminoácidos</p><p>O que são: Proteínas são macromoléculas</p><p>(polipeptídeos) formadas por blocos ou unidades</p><p>menores chamadas aminoácidos.</p><p>Proteína</p><p>Aminoácidos</p><p>Anabolismo</p><p>Transaminação</p><p>Síntese</p><p>São moléculas necessárias para a vida. Existem</p><p>milhares de proteínas no organismo, desempenhando</p><p>funções específicas para manter o funcionamento</p><p>bioquímico adequado.</p><p>Desaminação</p><p>Catabolismo</p><p>Gliconeogênese</p><p>Lipogênese</p><p>de novo</p><p>• Quantidade de aminoácidos:</p><p>Dipeptídeo: 2 AA</p><p>Tripeptídeo: 3 AA</p><p>Tetrapeptídeo: 4 AA</p><p>Oligopeptíde: Até 30 AA</p><p>Polipeptídeo: > 30 AA</p><p>• Estrutura espacial</p><p>Primária: Linear</p><p>Secundária: α-hélice e folhas-β</p><p>Terciária: Dobramento</p><p>Quaternária: Conjunto de cadeias polipeptídicas</p><p>Os aminoácidos absorvidos serão</p><p>transportados principalmente ao</p><p>fígado pela circulação portal-</p><p>hepática</p><p>As proteínas da dieta são digeridas</p><p>inicialmente no estômago pela</p><p>ação da pepsina.</p><p>Os polipeptídeos gerados</p><p>continuarão a ser digeridos</p><p>pela tripsina e quimiotripsina</p><p>pancreática até obtenção de di</p><p>e tripeptídeos menores. Além</p><p>dos aminoácidos livres.</p><p>A síntese e degradação de proteínas irá</p><p>depender da necessidade celular no</p><p>momento. O meio externo é determinante</p><p>para que a célula sintetizar ou não novas</p><p>proteínas.</p><p>A glicose produzida poderá abastecer</p><p>a glicemia em situações de baixa</p><p>disponibilidade de glicose</p><p>AA glicogênicos AA cetogênicos</p><p>Os aminoácidos podem ser glicogênicos (formam</p><p>glicose) ou cetogênicos (formam acetil-CoA).</p><p>Os glicogênicos contribuem significativamente</p><p>para síntese de glicose (gliconeogênese)</p><p>VISÃO GERAL DAS PROTEÍNAS</p><p>Proteínas</p><p>Aminoácidos</p><p>Ureia</p><p>Glicose</p><p>Cetoácidos</p><p>NH3</p><p>Piruvato</p><p>Cetoácidos</p><p>Classificação</p><p>Acetil-CoA</p><p>Ácidos graxos</p><p>Você consome</p><p>proteína</p><p>adequadamente?</p><p>20</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>15 - O QUE SÃO AMINOÁCIDOS E PROTEÍNAS</p><p>O que diferencia cada aminoácido?</p><p>As proteínas são moléculas complexas formadas por</p><p>aminoácidos.</p><p>Essas unidades menores (aminoácidos) são</p><p>organizadas em formas diferentes para conferir a</p><p>composição específica de cada proteína.</p><p>Aminoácidos essenciais, não-essenciais e</p><p>condicionalmente essenciais</p><p>Proteína significa primeira substância fundamental:</p><p>Protos (grego) = Primeiro</p><p>Ina = Substância fundamental</p><p>Estrutura espacial das proteínas</p><p>Funções das proteínas</p><p>Estrutural (Colágeno e queratina)</p><p>Transporte de oxigênio (Hemoglobina e</p><p>mioglobina)</p><p>Sistema imune (anticorpos ou</p><p>imunoglobulinas)</p><p>Sistema endócrino (hormônios)</p><p>Produção de energia (citocromo C)</p><p>Enzimática (pepsina e demais enzimas)</p><p>O QUE SÃO AMINOÁCIDOS</p><p>E PROTEÍNAS</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Estrutura do aminoácido Proteína</p><p>Grupo amino</p><p>Cadeia lateral</p><p>Os aminoácidos se diferenciam através das</p><p>diferentes cadeias laterais. Cada aminoácido possui</p><p>a sua cadeia lateral, permitindo que desempenham</p><p>diferentes funções para a proteína formada.</p><p>Os aminoácidos são formados por três grupos:</p><p>1. Grupo amino: Grupamento que contém</p><p>nitrogênio na forma (NH2).</p><p>2. Grupo carboxila</p><p>3. Cadeia lateral: Grupamento específico de cada</p><p>aminoácido.</p><p>Grupo</p><p>carboxila</p><p>Carbono</p><p>α</p><p>Essencial: Consiste em aminoácidos que nosso organismo não</p><p>pode sintetizar. Por isso, é essencial obter através da</p><p>alimentação.</p><p>Não-essencial: Consiste em aminoácidos que nosso organismo</p><p>pode sintetizar.</p><p>Condicionalmente essencial: Consiste em aminoácidos que</p><p>podem se tornar essenciais em determinadas condições</p><p>específicas.</p><p>Ligação peptídica</p><p>Os aminoácidos podem se ligar uns com os outros através</p><p>de ligações peptídicas.</p><p>Como podemos ver na imagem abaixo, essas ligações</p><p>ocorrem através da reação entre o nitrogênio do grupo</p><p>amino de um aminoácido com o carbono do grupo carboxila</p><p>do outro aminoácido.</p><p>Aminoácido</p><p>As proteínas basicamente consistem em</p><p>grandes moléculas formadas por aminoácidos.</p><p>Semelhante a um muro formado por blocos</p><p>menores</p><p>Estrutura</p><p>primária</p><p>Estrutura</p><p>secundária</p><p>Estrutura</p><p>terciária</p><p>Estrutura</p><p>quaternária</p><p>Resíduos de</p><p>aminoácidos</p><p>α hélice Cadeia</p><p>polipeptídica</p><p>Polipeptídios</p><p>agregados</p><p>21</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>16 - DIGESTÃO E ABSORÇÃO DAS PROTEÍNAS</p><p>A digestão das proteínas consiste em um conjunto de</p><p>eventos mecânicos (mastigação) e químicos (enzimas)</p><p>que resultam na ”quebra” das ligações peptídicas</p><p>entre os aminoácidos presentes em uma determinada</p><p>estrutura proteica.</p><p>A desnaturação das proteínas consiste</p><p>apenas em um processo de</p><p>descaracterização da sua estrutura espacial</p><p>até obtenção final da estrutura primária</p><p>Lúmen</p><p>intestinal</p><p>Enterócito</p><p>Sangue</p><p>3.)</p><p>1.)</p><p>4.)</p><p>5.)</p><p>2.)</p><p>DIGESTÃO E ABSORÇÃO</p><p>DAS PROTEÍNAS</p><p>6.)</p><p>O pâncreas pode secretar zimogênios</p><p>inativos que serão convertidos nas</p><p>proteases ativas: Tripsina,</p><p>quimiotripsina, carboxipeptidases e</p><p>elastase que continuam a digestão das</p><p>proteínas no intestino.</p><p>A mastigação inicia o processo de digestão</p><p>e mistura mecânica do alimento contendo</p><p>proteína</p><p>Oligopeptidases presentes na borda em</p><p>escova dos enterócitos terminam de digerir</p><p>os oligopeptídeos em tri e dipeptídeos,</p><p>gerando aminoácidos livres.</p><p>Absorção de tripeptídeo, dipeptídeo e</p><p>aminoácidos livres pela membrana luminal</p><p>O pH ácido estômago inicia a digestão</p><p>química das proteínas promovendo</p><p>sua desnaturação, além de permitir a</p><p>conversão do pepsinogênio em</p><p>pepsina, responsável pela “quebra”</p><p>das ligações peptídicas entre os</p><p>aminoácidos, formando</p><p>oligopeptídeos</p><p>Estrutura</p><p>primária</p><p>Estrutura</p><p>secundária</p><p>Estrutura</p><p>terciária</p><p>Estrutura</p><p>quaternária</p><p>A absorção de tri e dipeptídeos é mediada por</p><p>transportador dependente de íons H+.</p><p>A bomba de Na+ e K+ gera um gradiente de concentração</p><p>de Na+ que também contribui para a geração do</p><p>gradiente de concentração de H+ via transportador de</p><p>Na+ e H+.</p><p>As proteínas são organizadas em quatro estruturas espaciais</p><p>diferentes:</p><p>Primária: Estrutura linear com apenas ligações peptídicas entre os</p><p>aminoácidos.</p><p>Secundária: Estrutura enovelada contendo ligações fracas adicionais</p><p>entre os aminoácidos.</p><p>Terciária: Estrutura enovelada com presença de dobramentos.</p><p>Quaternária: Conjunto de polipeptídeos contendo dobramentos.</p><p>Dipeptídeos</p><p>Tripeptídeos</p><p>Membrana</p><p>luminal</p><p>Resíduos de</p><p>aminoácidos</p><p>α-Hélice</p><p>Bomba de</p><p>Na+ e K+</p><p>Cadeia</p><p>polipeptídica</p><p>Membrana</p><p>basolateral</p><p>Conjunto de</p><p>polipeptídeos</p><p>Transportador</p><p>de Na+ e H+</p><p>22</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Proteína da clara do ovo</p><p>desnaturada</p><p>Quanto maior a quantidade de aminoácidos</p><p>essenciais, maior o valor biológico das proteínas.</p><p>A digestibilidade de uma proteína consiste na</p><p>capacidade de uma proteína oferecer aminoácidos</p><p>disponíveis para uso nos tecidos após o processo de</p><p>digestão e absorção.</p><p>A quantidade de aminoácidos essenciais e o nível de</p><p>digestibilidade são os dois principais fatores que</p><p>determinam a qualidade das proteínas</p><p>Calculando a qualidade de uma</p><p>proteína (PDCAAS)</p><p>Classificação</p><p>Completas: São proteínas que possuem todos</p><p>os aminoácidos essenciais para nosso</p><p>organismo.</p><p>Parcialmente completas: São proteínas que</p><p>contém quantidade mínima de aminoácidos</p><p>essenciais.</p><p>Incompletas: São proteínas que não possuem</p><p>aminoácidos essenciais em quantidades</p><p>mínimas necessárias para o funcionamento do</p><p>organismo em longo prazo.</p><p>VALOR BIOLÓGICO DAS</p><p>PROTEÍNAS</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Fontes de proteína vegetal Fontes de proteína animal</p><p>O que é desnaturação</p><p>Desnaturação de uma proteína consiste no desdobramento</p><p>ou transformação da proteína de volta a estrutura linear,</p><p>ocasionando perda de sua função.</p><p>O aquecimento da proteína pode provocar sua</p><p>desnaturação, facilitando o processo digestivo.</p><p>As proteínas vegetais podem apresentar uma quantidade</p><p>menor de aminoácidos essenciais quando comparada as</p><p>proteínas de origem animal. Por isso, geralmente são</p><p>classificadas como proteínas parcialmente completas,</p><p>apesar de que é importante evitar a generalização.</p><p>Apesar das diferenças na qualidade das proteínas</p><p>individuais de origem animal e vegetal, nosso objetivo</p><p>principal é avaliar a capacidade geral de uma dieta ofertar</p><p>proteínas. Pensando através dessa perspectiva, as dietas</p><p>veganas quando bem planejadas podem oferecer</p><p>quantidades ideais de proteínas para nosso organismo</p><p>Score</p><p>1.</p><p>2.</p><p>Digestibilidade</p><p>Passo: Determinar o score do aminoácido</p><p>limitante da proteína (quantidade de aminoácido</p><p>em mg por grama de proteína dividido pela</p><p>recomendação da OMS)</p><p>Passo: Calcular o PDCAAS: Devemos multiplicar o</p><p>valor do score acima pelo valor da digestibilidade</p><p>da proteína.</p><p>A maioria das proteínas animais fornecem grande</p><p>quantidade de aminoácidos essenciais. Por isso, geralmente</p><p>são classificadas como proteínas completas.</p><p>17 - VALOR BIOLÓGICO DAS PROTEÍNAS</p><p>23</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Consiste no processo de renovação de proteínas através</p><p>da geração de um “pool” (conjunto) de aminoácidos</p><p>provenientes da (1.) degradação de proteínas</p><p>endógenas, alimentação e síntese de novos aminoácidos</p><p>Parte dos aminoácidos ingeridos pela dieta serão</p><p>retidos em órgãos com alta atividade de</p><p>regeneração celular (intestino e fígado).</p><p>Permitindo que uma pequena parte de fato</p><p>atinja outros tecidos corporais (músculos).</p><p>“Pool” de aminoácidos</p><p>Ingestão dietética</p><p>Ureia</p><p>TURNOVER PROTEICO</p><p>Síntese de aminoácidos</p><p>Degradação de</p><p>proteínas endógenas</p><p>(+)</p><p>(-) (+)</p><p>(-)</p><p>Catabolismo</p><p>Anabolismo Anabolismo</p><p>Cerca de 50% da ureia</p><p>excretadas na urina.</p><p>filtrada nos rins serão</p><p>A ingestão excessiva de proteínas pela dieta pode</p><p>aumentar a síntese de ureia pela desaminação dos</p><p>aminoácidos adicionais que não serão aproveitados</p><p>pelo organismo (lembrem que nós não armazenamos</p><p>aminoácidos).</p><p>Intestino Fígado</p><p>O anabolismo está associado com a existência de um</p><p>balanço nitrogenado positivo. Permitindo que a</p><p>síntese de proteínas seja maior que sua degradação.</p><p>O catabolismo proteico consiste no processo inverso.</p><p>Ocorre quando existe um balanço nitrogenado</p><p>negativo. Permitindo que a síntese de proteínas seja</p><p>menor que sua degradação. Por isso, perder massa</p><p>muscular é caracterizada como uma situação</p><p>catabólica e de risco a saúde.</p><p>18 - TURNOVER PROTEICO</p><p>24</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>19 - SÍNTESE DE PROTEÍNAS</p><p>A expressão dos genes para a síntese de</p><p>uma proteína irá depender das</p><p>necessidades celulares, tipo de célula e</p><p>interação com o ambiente externo.</p><p>Hélices de açúcar fosfato</p><p>A síntese de proteínas acontece a partir de uma ordem de</p><p>aminoácidos organizadas previamente pelo código</p><p>genético estruturado em nosso DNA na forma de um gene</p><p>Após a expressão do gene será necessário que o</p><p>RNA mensageiro possa ser mantido estabilizado</p><p>para que ocorra a fase de tradução pelo RNA</p><p>transportador, permitindo a síntese proteica na</p><p>presença de aminoácidos e ATP</p><p>Citosina</p><p>Adenina</p><p>Guanina</p><p>Timina</p><p>O DNA é composto por nucleotídeos que contém</p><p>bases nitrogenadas combinadas especificamente</p><p>em pares por meio de pontes de hidrogênio.</p><p>Como podemos ver:</p><p>1. Adenina se combina com timina</p><p>2. Guanina se combina com citosina</p><p>Par de bases</p><p>Bases nitrogenadas</p><p>RNA transportador</p><p>Aminoácido</p><p>4 ATP</p><p>Códon</p><p>Códon consiste em um código de</p><p>três bases nitrogenadas onde um</p><p>aminoácido específico irá se ligar</p><p>para a síntese da proteína</p><p>Após a síntese da cadeia</p><p>polipeptídica, a proteína poderá</p><p>se dobrar até atingir a estrutura</p><p>que desempenhe sua função</p><p>Pontes de hidrogênio</p><p>DNA</p><p>Transcrição</p><p>RNA mensageiro</p><p>Tradução</p><p>SÍNTESE DE</p><p>PROTEÍNAS</p><p>Proteína</p><p>Função celular</p><p>Função específica</p><p>Proteína estrutural</p><p>Hormônio</p><p>Proteína de transporte</p><p>Proteínas contráteis</p><p>(actina e miosina)</p><p>25</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>20 -DEGRADAÇÃO DE PROTEÍNAS</p><p>O sistema lisossomal será utilizado quando a</p><p>célula necessitar degradar uma proteína</p><p>exógena (obtida do meio extracelular).</p><p>O sistema ubiquitina proteassoma será</p><p>utilizado quando a célula necessitar degradar</p><p>uma proteína endógena (produzida e utilizada</p><p>na própria célula).</p><p>Partícula proteica exógena</p><p>Unidades regulatórias</p><p>Unidade catalítica</p><p>(proteasoma 20S)</p><p>Peptídeos e aminoácidos</p><p>Proteassoma</p><p>A degradação de proteínas consiste em um processo de</p><p>hidrolise ou “quebra” das ligações peptídicas que ligam</p><p>cada aminoácido de uma determinada proteína.</p><p>Função desnecessária: Quando um músculo é</p><p>imobilizado, as proteínas miofibrilares podem</p><p>ser degradadas por se tornarem desnecessárias</p><p>A degradações de proteínas ocorrerá de acordo com</p><p>a necessidade celular para garantia de sua</p><p>homeostase em curto e longo prazo.</p><p>Danos a estrutura: Quando uma proteína sofre</p><p>um dano capaz de afetar sua estrutura e função,</p><p>a melhor opção para a célula é iniciar sua</p><p>degradação e ressintetizá-la</p><p>Degradação associada a desnutrição: Nesse</p><p>caso, a degradação proteica é induzida pela alta</p><p>demanda energética para síntese de ATP e</p><p>garantia da sobrevivência</p><p>Em nosso organismo, existe dois sistemas celulares</p><p>responsáveis pela degradação de proteínas:</p><p>1. Sistema lisossomal (não dependente de ATP)</p><p>2. Sistema ubiquitina proteassoma (dependente</p><p>de ATP)</p><p>Sistema lisossomal</p><p>Meio extracelular</p><p>exocitose de</p><p>resíduos</p><p>Proteína</p><p>Ubiquitina proteassoma</p><p>CATABOLISMO PROTEICO</p><p>26</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>26</p><p>21 - ENZIMAS</p><p>As enzimas se ligam especificamente aos</p><p>substratos utilizados na reação química. Isso</p><p>permite que apenas as moléculas reagentes</p><p>específicas sejam utilizadas na reação,</p><p>garantindo maior eficiência.</p><p>As enzimas são proteínas essenciais a vida. Sua</p><p>principal função é catalisar diversas reações químicas</p><p>dentro de nossas células.</p><p>Sem as enzimas, tais reações poderiam demorar</p><p>longos períodos para acontecerem, sendo</p><p>biologicamente inviável para manutenção da vida.</p><p>Enzima (E)</p><p>A formação do produto é dependente do equilíbrio</p><p>existente entre a concentração da enzima (E) e</p><p>substrato (S) com o complexo (ES). Sendo assim, o</p><p>aumento da concentração de substrato pode</p><p>induzir o fluxo da reação para formação dos</p><p>produtos.</p><p>Substratos (S)</p><p>Complexo</p><p>enzima-substrato</p><p>(ES)</p><p>As enzimas aumentam a velocidade das reações através</p><p>da diminuição na energia de ativação necessária para</p><p>que uma determinada reação ocorra. Isso é crucial para</p><p>que a célula possa se reorganizar bioquimicamente.</p><p>Enzima (E)</p><p>Produtos (P)</p><p>As enzimas atuam diminuindo a energia de</p><p>ativação das reações químicas. Esse é o</p><p>mecanismo pelo qual as enzimas podem</p><p>agir para acelerar as velocidades das</p><p>milhares de reações que acontecem nas</p><p>céculas.</p><p>Como aumentamos a velocidade de uma reação?</p><p>1. Aumento da concentração do substrato</p><p>(reagente): Aumentar a quantidade do reagente</p><p>pode contribuir para aumento da</p><p>velocidade da reação que forma o produto.</p><p>2. Aumento da temperatura: Contribui para</p><p>aumentar a energia até o ponto necessário a</p><p>ocorrência da reação</p><p>3. Diminuir a energia de ativação: Diminuir a energia</p><p>de ativação necessária para que a</p><p>reação aconteça.</p><p>As enzimas atuam em um ambiente ideal específico para cada classe enzimática. O pH e a</p><p>temperatura são os dois principais determinantes desse ambiente.</p><p>Cada enzima atua em uma faixa de pH e temperatura que não prejudique sua estrutura e</p><p>função.</p><p>Exemplo: A pepsina é uma enzima proteolítica que pode atuar no pH ácido do estômago,</p><p>enquanto a glicoquinase atua no hepatócito em pH celular mais próximo do neutro.</p><p>ENZIMAS</p><p>E + S ES E + P</p><p>Especificidade</p><p>Equilíbrio</p><p>Ambiente ideal</p><p>Energia de ativação</p><p>27</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>22 - OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS</p><p>Síntese de ureia</p><p>O grupo amino dos aminoácidos</p><p>corporais é transportado ao</p><p>fígado na forma de alanina e</p><p>glutamina</p><p>A oxidação de aminoácidos consiste em um</p><p>processo caracterizado pela retirada do grupo</p><p>amino dos aminoácidos (desaminação ou</p><p>transaminação) com posterior oxidação de cada</p><p>cetoácido em seus respectivos intermediários</p><p>Ureia e íon amônia são as principais</p><p>formas de eliminação de nitrogênio do</p><p>nosso organismo através dos rins</p><p>No fígado, os aminoácidos captados doam</p><p>o seu grupo amino para formação do</p><p>glutamato a partir de α-Cetoglutarato.</p><p>O glutamato é o principal doador de</p><p>grupo amino e íon amônia para a síntese</p><p>de ureia</p><p>O grupo amino retirado do aminoácido</p><p>poderá ser utilizado para a síntese de</p><p>outros compostos contendo nitrogênio</p><p>ou seguir para o ciclo da ureia para</p><p>posterior excreção através dos rins</p><p>Os aminoácidos são oxidados principalmente em duas</p><p>situações fisiológicas comuns:</p><p>1. Suprir necessidades energéticas: Produção de</p><p>ATP</p><p>2. Produção de glicose.</p><p>Cada aminoácido quando oxidado poderá seguir seus</p><p>destinos metabólicos.</p><p>Alguns aminoácidos poderão gerar intermediários</p><p>capazes de originar glicose (aminoácidos glicogênicos).</p><p>Outros, por sua vez, poderão gerar acetil-CoA e corpos</p><p>cetônicos (aminoácidos cetogênicos).</p><p>1º Passo: Transporte de aminoácido</p><p>OXIDAÇÃO DOS</p><p>AMINOÁCIDOS</p><p>Glicose</p><p>Destino metabólico dos aminoácidos</p><p>Músculo</p><p>Aminoácidos da</p><p>dieta</p><p>Alanina</p><p>Glutamina</p><p>Demais tecidos</p><p>28</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>23 - CICLO DE UREIA</p><p>O glutamato possui uma função</p><p>central no ciclo da ureia. Sua</p><p>função principal é fornecer</p><p>grupo amino para formação do</p><p>aspartato e liberação de íon</p><p>amônia para início do ciclo e</p><p>síntese de ureia</p><p>Cerca de 50% da ureia filtrada nos</p><p>rins é excretada na urina. Sendo</p><p>assim, consiste no principal</p><p>mecanismo de eliminação do</p><p>nitrogênio corporal.</p><p>Consiste em uma via bioquímica cíclica</p><p>especializada na produção de ureia a partir do íon</p><p>amônia obtido a partir da desaminação dos</p><p>aminoácidos</p><p>O aspartato se combina com o intermediário-</p><p>citrulil com liberação do AMP no meio,</p><p>garantindo a síntese de arginino-succinato</p><p>Arginino succinato é clivado (separado) em</p><p>duas moléculas: Fumarato e Arginina.</p><p>Arginina sofre uma hidrólise (adição de H2O),</p><p>permitindo a formação de ureia e ornitina.</p><p>Esta última deve retornar a mitocôndria para</p><p>reiniciar o ciclo.</p><p>Após sair da mitocôndria, a citrulina se combina</p><p>com o ATP para formar o intermediário citrulil-</p><p>AMP. Permitindo uma reação posterior com o</p><p>aspartato</p><p>A ureia consiste em uma molécula utilizada como</p><p>forma de excretar nitrogênio do organismo</p><p>através dos rins.</p><p>O ciclo da ureia inicia dentro da mitocôndria</p><p>através da reação entre o carbamoil-fosfato e a</p><p>ornitina, formando o composto citrulina.</p><p>CICLO DA UREIA</p><p>1.)</p><p>2a.)</p><p>3.)</p><p>4.)</p><p>2b.)</p><p>Etapas do ciclo da ureia</p><p>Excreção renal</p><p>Glutamina Glutamato</p><p>29</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>24 -BIOSSÍNTESE DE AMINOÁCIDOS</p><p>Por serem de alto valor biológico, as proteínas animais</p><p>fornecem o maior fluxo de obtenção dos aminoácidos</p><p>essenciais</p><p>A biossíntese de todos os aminoácidos ocorre a partir do</p><p>esqueleto de carbono da glicose.</p><p>As plantas são capazes de produzir os aminoácidos</p><p>essenciais consumidos pelos animais para que seja</p><p>possível a síntese de suas proteínas.</p><p>O esqueleto de carbono dos</p><p>aminoácidos são quase que</p><p>totalmente</p><p>derivados a partir</p><p>da glicose</p><p>Oxaloacetato α-cetoglutarato</p><p>Aminoácidos não-essenciais: Consiste em aminoácidos que nosso organismo é capaz de</p><p>produzir.</p><p>Aminoácidos essenciais: Consiste em aminoácidos que nosso organismo não é capaz de</p><p>produzir. Sendo necessária sua obtenção através da alimentação. Podemos destacar 9</p><p>tipos: Leucina, isoleucina, valina, triptofano, fenilalanina, metionina, lisina, histidina e</p><p>treonina.</p><p>Aspartato</p><p>Asparagina</p><p>Metionina</p><p>Treonina</p><p>Lisina</p><p>Alanina</p><p>Valina</p><p>Isoleucina</p><p>Leucina</p><p>Ciclo de Krebs</p><p>Serina</p><p>Histidina</p><p>Glicina</p><p>Cisteína</p><p>Glutamina</p><p>Prolina</p><p>Arginina</p><p>Glutamato</p><p>Triptofano</p><p>Fenilalanina</p><p>Tirosina</p><p>Ribose 5 fosfato</p><p>Fluxo dos aminoácidos</p><p>essenciais</p><p>BIOSSÍNTESE DE</p><p>AMINOÁCIDOS</p><p>Glicose</p><p>Eu produzo e forneço</p><p>proteínas contendo</p><p>aminoácidos essenciais Eu obtenho os</p><p>aminoácidos dos vegetais</p><p>e produzo proteínas de</p><p>alto valor biológico</p><p>Nós obtemos</p><p>aminoácidos tanto</p><p>das proteínas vegetais</p><p>quanto animais</p><p>Piruvato</p><p>3-fosfoglicerato</p><p>Glicose 6 fosfato</p><p>Fosfoenolpiruvato</p><p>30</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>METABOLISMO DOS LIPÍDIOS</p><p>Explore o metabolismo dos lipídios, desde a digestão até a</p><p>absorção e transporte no corpo. Aprenda sobre o</p><p>metabolismo das lipoproteínas, a biossíntese de ácidos</p><p>graxos, e os processos de lipólise e oxidação.</p><p>31</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>25 -VISÃO GERAL DO METABOLISMO LIPÍDICO</p><p>Lipídeos simples: Composto exclusivamente lipídico</p><p>(Exemplo: Ácidos graxos e triglicerídeos</p><p>Lipídeos compostos: Contém outra molécula não</p><p>lipídica (Exemplo: fosfolipídio e lipoproteína)</p><p>Lipídeos derivados: Substância derivada a partir de</p><p>um lipídeo (Exemplo: Vitamina D).</p><p>Esteroides: Substâncias derivadas do colesterol</p><p>(Exemplo: Hormônios – Testosterona e estrógeno)</p><p>O que são: Lipídeos são substâncias com</p><p>características hidrofóbicas (insolúveis em água)</p><p>constituídas por átomos de carbono, hidrogênio e</p><p>oxigênio.</p><p>Os lipídeos podem ser armazenados</p><p>eficientemente no tecido adiposo na forma de</p><p>triglicerídeos (TG). Garantindo uma grande</p><p>reserva de energia para nosso corpo</p><p>Tecido adiposo</p><p>Insaturado saturado</p><p>Oleaginosas</p><p>Hambúrguer</p><p>As gorduras podem ser divididas em:</p><p>Saturada: Apresenta ácidos graxos com apenas</p><p>ligações simples na molécula.</p><p>Insaturada: Apresenta ácidos graxos com ligações</p><p>duplas (insaturação) na molécula.</p><p>1 insaturação: Gordura monoinsaturada</p><p>>1 Insaturação: Gordura poli-insaturada</p><p>Fígado</p><p>Quilomícrons</p><p>Remanescentes</p><p>Lipogênese</p><p>de novo</p><p>A lipólise consiste na “quebra” das</p><p>ligações do triglicerídeo, permitindo a</p><p>liberação de ácido graxo livre do</p><p>tecido adiposo para o sangue.</p><p>Triglicerídeo</p><p>Glicerol</p><p>Ácidos graxos</p><p>Os ácidos graxos são inicialmente</p><p>oxidados na mitocôndria através da β-</p><p>oxidação.</p><p>Nessa via, o acido graxo é oxidado em</p><p>acetil-CoA para obtenção final de ATP</p><p>na cadeia transportadora de elétrons.</p><p>Classificação</p><p>VLDL</p><p>Lipídeos da</p><p>dieta</p><p>Quilomícrons</p><p>Tecidos</p><p>corporais</p><p>IDL</p><p>LDL</p><p>Glicose Aminoácidos</p><p>Acetil-CoA</p><p>Lipólise</p><p>Cadeia transportadora de elétrons</p><p>ATP</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>VISÃO GERAL DO</p><p>METABOLISMO LIPÍDICO</p><p>Ácido graxo</p><p>+</p><p>Insaturação</p><p>(ligação dupla)</p><p>Apenas ligações</p><p>simples</p><p>Será que tem</p><p>diferença?</p><p>32</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>26 -O QUE SÃO LIPÍDIOS</p><p>Apresentam estrutura bastante variada e exercem diversas</p><p>funções biológicas, como reservas de energia e componentes</p><p>de membranas e outras estruturas celulares; eles próprios ou</p><p>seus derivados têm também função de vitaminas e hormônios.</p><p>Os lipídios (lipos, em grego, significa gordura)</p><p>constituem uma classe de compostos caracterizados</p><p>por sua alta solubilidade em solventes orgânicos e por</p><p>serem praticamente insolúveis em água.</p><p>Os lipídios mais abundantes na natureza são os triacilgliceróis (também denominados</p><p>triglicerídios ou triglicérides), constituídos por três moléculas de ácidos graxos</p><p>esterificadas a uma molécula de glicerol</p><p>As gorduras animais e os óleos vegetais são misturas</p><p>de triacilgliceróis, que diferem na sua composição</p><p>em ácidos graxos.</p><p>Os das gorduras animais são ricos em ácidos graxos</p><p>saturados, o que atribui a esses lipídios uma</p><p>consistência sólida à temperatura ambiente; os de</p><p>origem vegetal, ricos em ácidos graxos insaturados,</p><p>são líquidos.</p><p>Os ácidos graxos são os lipídios utilizados como fonte de nergia</p><p>pelo nosso organismo e podem ser classificados de diferentes</p><p>formas:</p><p>Quanto ao tipo de ligação química entre os carbonos (saturada ou</p><p>insaturada)</p><p>Quanto ao cumprimento da cadeia de carbono (cadeia curta - 2 a</p><p>4 carbonos, média - 6 a 10 carbonos e longa - 12 ou mais)</p><p>Quanto ao local da dupla ligação (ômega 3, 6 e 9)</p><p>O QUE SÃO LIPÍDIOS</p><p>33</p><p>Os lipídios são os principais</p><p>constituintes da membranacelular</p><p>A molécula de coleterol também faz</p><p>parte da estrutura da membrana celular,</p><p>além de ser precurssora de hormônios</p><p>(como a testosterona, estradial, cortisol</p><p>e aldosterona) e da vitamina D</p><p>Os insaturados podem ser classificados em</p><p>monoinsaturados (com apenas uma dupla ligação ou</p><p>poliinsaturado (com mais de duas duplas ligações)</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>27 -DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDIOS</p><p>Para que ocorra a digestão eficiente dos lipídios, a bile é</p><p>secretada na porção inicial do intestino (duodeno) com</p><p>o objetivo de solubilizar as gorduras através da</p><p>formação de micelas. Isso torna possível a ação</p><p>enzimática.</p><p>A digestão dos lipídios da dieta ocorre através da</p><p>eficiente ação das enzimas lipolíticas presentes em</p><p>nosso trato gastrointestinal. Antes de tudo, os lipídios</p><p>devem ser solubilizados no nosso intestino</p><p>Cada tipo de lipídio sofre a ação específica de um tipo de</p><p>enzima lipolítica durante o processo digestivo. Segue</p><p>abaixo os principais lipídios ingeridos em nossa dieta:</p><p>Triglicerídeos: São hidrolisados pelas lipases em ácidos graxos</p><p>livres e glicerol.</p><p>Colesterol esterificado: É digerido pela colesterol esterase em</p><p>colesterol livre e ácido graxo.</p><p>Fosfolipídios: São digeridos em ácidos graxos e lisofosfoacilglicerol</p><p>DIGESTÃO E ABSORÇÃO</p><p>DOS LIPÍDIOS</p><p>Sais biliares</p><p>Os sais biliares são liberados no duodeno para</p><p>emulsificar (solubilizar) os lipídios da dieta,</p><p>formando milhares de pequenas micelas</p><p>As enzimas lipolíticas atuam nas micelas</p><p>contendo seus respectivos substratos</p><p>lipídicos para iniciar a digestão química</p><p>Triglicerídeo</p><p>Após ação enzimática, os lipídios obtidos</p><p>são absorvidos pela membrana luminal</p><p>dos enterócitos intestinais</p><p>Colesterol esterificado</p><p>Posterior a absorção, ocorrerá novamente a</p><p>formação de triglicerídeos, colesterol esterificado</p><p>e fosfolipídios dentro do enterócito</p><p>Fosfolipídios</p><p>Por fim, essas moléculas formadas serão</p><p>incorporadas juntamente com vitaminas</p><p>lipossolúveis em lipoproteínas chamadas</p><p>quilomícrons (QM) para subsequente absorção</p><p>via sistema linfático e circulação sanguínea.</p><p>1.)</p><p>2.)</p><p>3.)</p><p>Lipases</p><p>4.)</p><p>5.)</p><p>Colesterol esterase Fosfolipase</p><p>Lado</p><p>hidrofóbico</p><p>Lado</p><p>hidrofílico</p><p>Gorduras</p><p>ingeridas da</p><p>dieta</p><p>Intestino</p><p>delgado</p><p>Mucosa</p><p>intestinal</p><p>Quilomícron</p><p>34</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>28 - METABOLISMO DAS LIPOPROTEÍNAS</p><p>2.)</p><p>1.)</p><p>O que são: Lipoproteínas são moléculas contendo</p><p>lipídios e proteínas responsáveis por solubilizar e</p><p>transportar os lipídios na corrente sanguínea em</p><p>direção aos órgãos e tecidos.</p><p>3.)</p><p>4.)</p><p>A densidade das lipoproteínas é determinada</p><p>pelo conteúdo de lipídios e proteínas.</p><p>Quanto maior os lipídios e menor for as</p><p>proteínas, menor será a densidade.</p><p>6.)</p><p>5.)</p><p>Tipos de lipoproteínas:</p><p>1. Quilomícrons</p><p>2. VLDL (lipoproteína de densidade muito baixa</p><p>3. IDL (lipoproteína de densidade intermediária)</p><p>4. LDL (lipoproteína de baixa densidade)</p><p>5. HDL (lipoproteína de alta densidade)</p><p>Lipídios da dieta</p><p>A vesícula biliar libera os sais biliares no</p><p>intestino para que a gordura da dieta</p><p>possa</p><p>ser solubilizada e digerida por</p><p>ação das enzimas lipolíticas</p><p>Quilomícron</p><p>HDL</p><p>Intestino</p><p>Mucosa intestinal</p><p>LPL</p><p>Fígado</p><p>Após a digestão, o QM formado no</p><p>enterócito transporta os lipídios</p><p>no sangue e transfere para os</p><p>tecidos corporais após ação da</p><p>LPL. Os QM remanescentes são</p><p>destinados ao fígado</p><p>Tecidos corporais</p><p>Os lipídios obtidos pela dieta devem ser digeridos</p><p>e absorvidos com posterior organização em</p><p>lipoproteínas chamadas quilomícrons (QM). Sua</p><p>função é realizar o transporte sanguíneo de</p><p>gordura a partir do intestino</p><p>7.)</p><p>HDL realiza o transporte reverso de</p><p>colesterol dos tecidos corporais em</p><p>direção ao fígado</p><p>VLDL LPL</p><p>Tecidos corporais</p><p>IDL</p><p>Colesterol</p><p>Apoproteínas</p><p>As VLDL são produzidas pelo fígado.</p><p>Assim como os QM, são ricas em</p><p>triglicerídeos e abastecem os</p><p>tecidos corporais pela ação da</p><p>enzima LPL</p><p>LDL</p><p>Fosfolipídios</p><p>Triglicerídeos</p><p>Colesterol</p><p>esterificado</p><p>O LDL possui a função de realizar o</p><p>transporte de colesterol aos tecidos</p><p>corporais. Devemos lembrar que o colesterol</p><p>é importante para muitas funções celulares</p><p>As VLDL são convertidas em IDL e,</p><p>posteriormente, em LDL</p><p>Via exógena</p><p>METABOLISMO DAS</p><p>LIPOPROTEÍNAS</p><p>Via endógena</p><p>Estrutura da lipoproteína</p><p>35</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>29 -BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS</p><p>O excesso de ATP induz inibição do</p><p>ciclo de Krebs e acúmulo de acetil-</p><p>CoA na mitocôndria. A transferência</p><p>de acetil-CoA para o citosol se dá</p><p>através da saída de citrato. Este</p><p>último é novamente convertido em</p><p>acetil-CoA no citosol</p><p>A síntese de ácidos graxos geralmente ocorre a partir</p><p>do excesso de carboidrato, mas também através das</p><p>proteínas. Situações caracterizadas por excesso</p><p>calórico geralmente aumentam a síntese de ácidos</p><p>graxos</p><p>ATP/ADP</p><p>A síntese de ácidos graxos ocorre a partir da incorporação</p><p>de grupos de dois carbonos através de um complexo</p><p>chamado sintase de ácido graxo. Inicialmente o acetil-</p><p>CoA é incorporado, depois apenas o malonil-CoA é</p><p>utilizado.</p><p>Os ácidos graxos são produzidos principalmente no</p><p>fígado a partir do acúmulo celular do acetil e malonil-</p><p>CoA.</p><p>O grupo acetil e o malonil devem inicialmente ser</p><p>incorporado a proteína carreadora de acila (ACP).</p><p>Posteriormente, uma série de reações de</p><p>descarboxilação, oxidação e desidratação</p><p>finalizam a formação do ácido graxo com adição</p><p>de dois carbonos a mais</p><p>Glicose</p><p>Piruvato</p><p>Mitocôndria</p><p>Repetição das</p><p>etapas</p><p>Acetil-CoA</p><p>Citrato</p><p>Ciclo de Krebs</p><p>Oxaloacetato</p><p>Citrato</p><p>Malato</p><p>Malato</p><p>Acetil-CoA</p><p>Oxaloacetato</p><p>Oxaloacetato</p><p>Acetil</p><p>Malonil-CoA</p><p>HS-CoA</p><p>Fígado</p><p>CO2</p><p>(2) NADPH</p><p>(2) NADP+</p><p>Malonil</p><p>Acetil</p><p>(4C) Butirato</p><p>Butiril-CoA</p><p>H2O</p><p>Você sabia que podemos</p><p>produzir gordura a partir</p><p>de carboidrato? Ainda bem que</p><p>minhas calorias</p><p>estão ajustadas</p><p>BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS</p><p>36</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>30 - LIPÓLISE E OXIDAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS</p><p>PKA</p><p>O que é lipólise</p><p>Consiste apenas na “quebra” das ligações dos</p><p>triglicerídeos armazenados no tecido adiposo. Esse</p><p>processo é importante para a disponibilização dos</p><p>ácidos graxos para o sangue.</p><p>O que é oxidação</p><p>Consiste no processo essencial de retirada de elétrons</p><p>do ácido graxo para que seja possível a produção de</p><p>ATP. A oxidação ocorre na mitocôndria da célula que</p><p>necessita de energia.</p><p>Inicialmente, um sinal deve ser gerado para que a</p><p>célula inicie a lipólise dos triglicerídeos armazenados.</p><p>A adrenalina é um hormônio com capacidade de</p><p>estimular esse processo por meio da ativação da PKA.</p><p>Fosforilação e</p><p>inibição da perilipina</p><p>P</p><p>P</p><p>P</p><p>Ácidos graxos</p><p>livres Albumina</p><p>A PKA fosforila e inibe a perilipina. Isso permite que o</p><p>a proteína CGI possa ativar a primeira enzima da</p><p>lipólise: A lipase de triglicerídeo.</p><p>A PKA pode ativar diretamente a LHS.</p><p>Acil-CoA</p><p>graxo</p><p>CoA</p><p>Carnitina</p><p>Acil-carnitina</p><p>Carnitina</p><p>Acil-CoA</p><p>graxo</p><p>Na célula muscular, o ácido graxo é</p><p>transportado para mitocôndria por meio da</p><p>carnitina. Dentro da matriz mitocondrial</p><p>ocorrerá a beta-oxidação e demais vias</p><p>resultantes na síntese de ATP.</p><p>A lipase de diglicerídeo e a LHS finalizam a liberação</p><p>dos ácidos graxos livres. Ao atingir o sangue, devem</p><p>ser transportados pela proteína albumina até o</p><p>músculo que irá oxidá-lo para produção de ATP.</p><p>ATP + H2O</p><p>1.)</p><p>(+)</p><p>(+)</p><p>2.) 3.)</p><p>4.)</p><p>LIPÓLISE E OXIDAÇÃO DE</p><p>ÁCIDOS GRAXOS</p><p>Adipócito</p><p>Adrenalina</p><p>Sangue Célula muscular</p><p>37</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>31 - PRODUÇÃO DE CORPOS CETÔNICOS</p><p>Os corpos cetônicos são substratos produzidos em situações</p><p>metabólicas caracterizadas pela baixa disponibilidade de glicose.</p><p>Isso é extremamente importante, pois permite que os órgãos e</p><p>tecidos corporais tenham acesso a mais um substrato energético</p><p>Existem três tipos de corpos cetônicos produzidos na</p><p>cetogênse:</p><p>1. Acetoacetato</p><p>2. β-Hidroxibutirato</p><p>3. Acetona</p><p>Aproveitamento</p><p>energético 2.)</p><p>1.)</p><p>3.)</p><p>4.)</p><p>PRODUÇÃO DE CORPOS</p><p>CETÔNICOS</p><p>5.)</p><p>6.)</p><p>Mais um grupo acetil se liga ao acetoacetil-CoA para</p><p>que seja formado o composto HMG-CoA.</p><p>A produção inicia pelo acúmulo de acetil-CoA dentro</p><p>da mitocôndria. Nesse momento, dois grupos acetil</p><p>provenientes de dois acetil-CoA se ligam para</p><p>formação do acetoacetil-CoA</p><p>O acetoacetato pode seguir dois destinos: 1.) Quando</p><p>descarboxilado (perda de carbono) é convertido na</p><p>acetona. 2.) Quando for reduzido (receber elétrons),</p><p>será convertido em β-Hidroxibutirato.</p><p>O HMG-CoA sofre uma divisão (clivagem) da</p><p>molécula, liberando acetil-CoA e formando o primeiro</p><p>corpo cetônico: Acetoacetato.</p><p>Acetoacetato</p><p>β-Hidroxibutirato</p><p>Acetona</p><p>O β-Hidroxibutirato e acetoacetato podem ser</p><p>utilizados como fonte de energia nos tecidos</p><p>corporais para produção de ATP</p><p>O processo de utilização dos corpos cetônicos se dá</p><p>pela conversão direta do acetoacetato em</p><p>acetoacetil-CoA, permitindo que esse último possa</p><p>gerar novamente duas moléculas de acetil-CoA.</p><p>Grande parte da acetona parece se volatilizar na</p><p>respiração. Conferindo um hálito característico de</p><p>cetose</p><p>Passo a passo</p><p>Local de produção: Fígado</p><p>38</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>METABOLISMO ENERGÉTICO</p><p>Mergulhe na bioenergética, compreendendo como o corpo</p><p>gera energia. Este módulo cobre o sistema ATP-CP, o Ciclo de</p><p>Krebs, e a fosforilação oxidativa, fundamentais para o</p><p>entendimento da bioquímica energética.</p><p>39</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>32 - VISÃO GERAL</p><p>O metabolismo energético é composto por</p><p>vias integradas que possuem uma função em</p><p>comum: Produção de ATP a partir da oxidação</p><p>da glicose, aminoácidos e ácidos graxos.</p><p>A 1ª etapa do metabolismo energético oxidativo</p><p>consiste na retirada de elétrons da glicose,</p><p>ácidos graxos e aminoácidos para a síntese do</p><p>composto de dois carbonos chamado acetil-CoA.</p><p>Os elétrons retirados dessa oxidação inicial são</p><p>captados e transportados pelas coenzimas NAD+ e</p><p>FAD+, formando NADH e FADH2, respectivamente.</p><p>Na 3ª etapa, o NADH e FADH2 irão doar os elétrons</p><p>que foram obtidos para que seja possível a síntese</p><p>de grande quantidade de ATP na cadeia</p><p>transportadora de elétrons. Nesse processo, o</p><p>oxigênio (O2) será o aceptor final de elétrons.</p><p>Sendo assim um processo aeróbico de</p><p>aproveitamento energético.</p><p>Na 2ª etapa, o acetil-CoA continua sendo oxidado</p><p>em uma via cíclica conhecida como ciclo de Krebs.</p><p>O principal objetivo aqui também consiste na</p><p>extração de elétrons para formação do NADH e</p><p>FADH2.</p><p>O que significam os termos oxidação e redução?</p><p>• Oxidação consiste na retirada de elétrons de</p><p>uma molécula.</p><p>• Redução consiste na captação ou acepção de</p><p>elétrons por uma molécula.</p><p>O fluxo das vias metabólicas ao lado é influenciado pela</p><p>disponibilidade de ATP e de macronutrientes.</p><p>Quanto menor a disponibilidade de ATP, maior o fluxo de</p><p>reações para sua síntese.</p><p>Quanto maior a disponibilidade de glicose, ácido graxo ou</p><p>aminoácidos, maior será suas respectivas reações</p><p>oxidativas. Por isso, aumentamos a oxidação de gordura</p><p>quando consumimos dieta cetogênica (rica em gordura)</p><p>A via da creatina fosfato consiste em uma via anaeróbica</p><p>com rápida capacidade de sintetizar ATP. Por isso, é</p><p>extremamente importante para fornecer ATP suficiente</p><p>em exercícios de força e potência.</p><p>Contração</p><p>muscular</p><p>Existem três etapas para produção de ATP a partir da</p><p>oxidação dos macronutrientes:</p><p>ATP CK CK</p><p>ADP</p><p>ATP</p><p>1. Oxidação inicial da glicose (glicólise),</p><p>ácidos graxos (β-oxidação) e aminoácidos</p><p>com produção de acetil-CoA.</p><p>2. Oxidação da acetil-CoA no ciclo de Krebs.</p><p>3. Cadeia transportadora de elétrons</p><p>Vias do metabolismo energético</p><p>Via da creatina fosfato</p><p>Creatina</p><p>fosfato</p><p>Creatina</p><p>VISÃO GERAL DO METABOLISMO</p><p>ENERGÉTICO</p><p>40</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>Contração</p><p>muscular ATP CK CK</p><p>ADP</p><p>ATP</p><p>Creatina</p><p>fosfato</p><p>Creatina</p><p>VIA DA CREATINA FOSFATO</p><p>O principal papel metabólico da creatina é combinar-se</p><p>com um grupo fosforil (Pi) para formar PCr por meio da</p><p>reação enzimática da creatina quinase (CK)</p><p>33 - SISTEMA ATP-CP</p><p>O sistema ATP-CP é a via mais simples de</p><p>ressíntese de ATP. Com a apenas uma</p><p>reação, um 1 mol de cretina é capaz de</p><p>ressintetizar 1 mol de ATP</p><p>As concentrações de Cr e PCr estão diretamente relacionadas com os</p><p>tipos de fibras musculares, observando-se maiores concentrações</p><p>nas fibras de contração rápida (IIa e IIb) em relação às fibras de</p><p>contração lenta</p><p>Quantidade armazenada de creatina é um fator limitante do</p><p>desempenho físico em exercícios de alta intensidade e curta</p><p>duração. Aumento dos estoques por meio da suplementação de</p><p>creatinapode potencializar a ressíntese de ATP em até 30 % A creatina é excretada na forma de creatinina. A ceatina</p><p>e a creatina fosfato sofrem reações irreversíveis de</p><p>cilcização e desidratação. É são excretadas pelos rins</p><p>A creatina, um membro da família dos fosfagênios da</p><p>guanidina, é um composto de aminoácido não proteico</p><p>de ocorrência natural, sintetizad a partir da glicina,</p><p>arginina com participação da metionina.</p><p>41</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>34 - CICLO DE KREBS</p><p>É uma série de reações químicas que ocorrem na</p><p>matriz mitocondrial. O nome é devido bioquímico</p><p>alemão Hans Adolf Krebs, que descreveu pela</p><p>primeira vez em 1938. Também é chamado de clico</p><p>do ácido cítrico ou do ácido tricarboxílico.</p><p>O ciclo de Krebs representa, principalmente, o segundo grande</p><p>estágio da respiração celular. É importante para oxidação do</p><p>acetil-CoA proveniente dos carboidratos, proteínas e lipídios</p><p>gerando moléculas como NADH e FADH2. Dois carbonos</p><p>entram (acetil-CoA) e dois carbonos saem (CO2).</p><p>A energia da oxidação do acetil-CoA no ciclo de Krebs é</p><p>conservada nos transportadores de elétrons reduzidos NADH e</p><p>FADH2. São compostos (derivados da vitamina B3 – NADH e da</p><p>vitamina B2 – FADH2) encontrado nas células de todos os seres</p><p>vivos e usados como "transportador de elétrons" nas reações</p><p>metabólicas de oxirredução</p><p>O ciclo de Krebs não serve apenas para o processo de produção de ATP.</p><p>Muitos compostos podem ser produzidos a partir de intermediários do</p><p>ciclo de Krebs, por isso ele é chamado de uma via “anfibólica. Ou seja,</p><p>que serve a processos catabólicos e anabólicos</p><p>O NADH e FADH2 são utilizados na cadeia transportadora de elétrons para gerar</p><p>energia. Então, basicamente, o ciclo de Krebs tem papel crucial na geração de</p><p>energia através dos nutrientes da dieta. A energia dos nutrientes é conservada</p><p>em forma de ATP</p><p>A energia é armazenada de forma eficiente na forma de 3 NADHs, 1</p><p>FADH2 e 1 GTP. A energia que antes estava no amido, que foi digerido</p><p>a glicose, que foi oxidada a acetil-CoA, que foi oxidada a CO2</p><p>CICLO DO ÁCIDO CÍTRICO</p><p>42</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>A fosforilação oxidativa representa o estágio final da</p><p>respiração celular. É meio pelo qual acontece a</p><p>maior parte da produção de ATP no organismo</p><p>O oxigênio funciona como um aceptor final de elétrons, ligando-</p><p>se a hidrogênio e formanda a molécula de água (H2O)</p><p>35 - FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA</p><p>FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA</p><p>Acontece num conjunto de proteínas e</p><p>transportadores móveis de elétrons</p><p>chamados de cadeia transportadora de</p><p>elétrons localizada na membrana interna da</p><p>mitocôndria</p><p>NADH e FADH2 são moléculas ricas em energia pois</p><p>possuem elétrons com alto potencial de transferência.</p><p>Quando estes elétrons são doados ao oxigênio (ao fina da</p><p>cadeia), uma significativa quantidade de energia é liberada</p><p>para formação de ATP</p><p>Componentes da cadeia transportadora de elétrons</p><p>Os elétrons dos NADHs e FADH2 ativam as</p><p>proteínas da cadeia transportadora de elétrons</p><p>e favorecem a passagem de prótons de</p><p>hidrogênio da matriz mitocondrial para o</p><p>espaço intermembranas</p><p>A ATP sintase, um grande complexo enzimático ao final da cadeia</p><p>catalisa a formação de ATP a partir de ADP e Pi acompanhando o</p><p>fluxo de prótons (H+) do espaço intermembrana para a matriz. A ATP</p><p>sintase é a que transforma aenergia cinetica do fluxo de H+ em</p><p>energia química (ATP)</p><p>Complexo proteico ATP sintase ao</p><p>final da cadeia</p><p>43</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>ÁGUA</p><p>Entenda a importância da água no corpo humano, suas</p><p>propriedades, ionização, e o papel dos sistemas tampão. Este</p><p>módulo destaca a relevância da água em diversas funções</p><p>corporais.</p><p>44</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>36 - PROPRIEDADES E IONIZAÇÃO DA ÁGUA</p><p>A capacidade da água de reagir com eletrólitos através de</p><p>ligações iônicas permite que cada compartimento celular</p><p>regule a osmolaridade de acordo com sua composição de</p><p>eletrólitos. Como a água pode se mover livremente entre o</p><p>meio intra e extracelular, a mudança da osmolaridade em um</p><p>compartimento pode influenciar no outro.</p><p>A molécula de água possui uma característica</p><p>importante na solubilização de outras moléculas</p><p>polares em uma solução. Ou seja, moléculas que</p><p>possuem cargas elétricas positivas ou negativas (polos).</p><p>Como podemos ver no exemplo abaixo, a característica da água</p><p>permite reação químicas com a grande maioria das moléculas e</p><p>eletrólitos presentes dentro e fora das células.</p><p>A água apresenta grande versatilidade nos tipos de ligações químicas a serem</p><p>realizadas. No exemplo acima, podemos perceber a ligação do tipo iônica</p><p>estabelecida entre a água e os eletrólitos (Cl- e Na+). Outro tipo de ligação</p><p>também comum em nossa bioquímica é a ligação ou pintes de hidrogênio (ligação</p><p>presente entre as bases nitrogenada e aminoácidos que compõe as proteínas).</p><p>Apesar da água conseguir se dissociar em íons H+, devemos</p><p>lembrar que nosso organismo possui eficientes sistemas de</p><p>tamponamento corporal. Por isso, considerando o pH corporal</p><p>(7,4). A ingestão de água com pH de 6,0 não possui a</p><p>capacidade de aumentar a acidez do organismo.</p><p>Em uma solução, pequena quantidade das moléculas</p><p>de água pode se dissociar no meio. Os produtos</p><p>obtidos a partir dessa dissociação consiste nos íons</p><p>positivos H+ e negativos OH- (hidroxila).</p><p>+</p><p>-</p><p>+</p><p>PROPRIEDADES E IONIZAÇÃO</p><p>DA ÁGUA</p><p>Ionização da água</p><p>Concentração de H+ (pH)</p><p>Exemplo: Solubilização da água com cloreto de sódio (sal)</p><p>45</p><p>Licensed to Daniela Moura - danielamloiola@gmail.com - 019.764.851-77 - HP2522448809</p><p>37 - SISTEMA TAMPÃO E CONTROLE DE ÁCIDO-BASE</p><p>Bicarbonato Ácido carbônico Água</p><p>Sistema tampão consiste em uma substância, órgão ou</p><p>sistema que possui a função de amenizar variações no</p><p>pH.</p><p>Em nosso organismo, o objetivo do sistema tampão é</p><p>prevenir variação do pH dentro das células e no sangue.</p><p>O sistema tampão corporal é baseado na</p><p>interação de substâncias químicas e órgãos.</p><p>Isso permite um eficiente controle do pH no</p><p>organismo</p><p>Como podemos observar, o aumento dos níveis de</p><p>H+ induz aumento sanguíneo de CO2 em</p><p>decorrência do equilíbrio existente entre o</p><p>bicarbonato, ácido carbônico, CO2 e água (H2O).</p>duplas) apresenta os hidrogênios em lados opostos em
determinadas insaturações. Diferentemente, na configuração cis, os
hidrogênios encontram-se no mesmo lado nas insaturações do ácido graxo. 
Hidrogênios no mesmo 
lado da ligação 
Desfechos clínicos 
Os ácidos graxos trans provenientes de produtos alimentícios industrializados e ultra processados 
foram associados ao risco de doenças crônicas a partir da análise de estudos de caráter 
observacional (doença cardiovascular e demais doenças). Esses achados foram inicialmente 
baseados no mecanismo proveniente dos achados em desfechos substitutos como resposta pró 
inflamatória e estresse oxidativo a partir de estudos experimentais. 
Atualmente, as diretrizes voltadas para o consumo de gorduras e componentes nutricionais 
recomendam a exclusão completa dos ácidos graxos trans. Sendo menos flexível dos que as 
diretrizes anteriores. 
Alimentos não-ultra processador 
Industrializados/ultra processados 
METABOLISMO DOS ÁCIDOS
GRAXOS TRANS
 70- METABOLISMO DOS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
83
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