Prévia do material em texto
<p>EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA … VARA DO TRABALHO DA … REGIÃO</p><p>AUTOS Nº …</p><p>EMPRESA DELTA LTDA, já qualificada nos autos acima referenciados, em que litiga com o agravado, também já qualificado, por seu advogado que esta subscreve, conforme instrumento de mandato incluso (fl.), que comprova a regularidade da representação processual, inconformada com a decisão que negou seguimento ao seu RECURSO ORDINÁRIO vem tempestiva e respeitosamente à presença de vossa excelência INTERPOR</p><p>AGRAVO DE INSTRUMENTO</p><p>Com fulcro no art. 897, B, CLT, conforme minuta anexa, espera, após o recebimento e análise sobre retratação a remessa do presente recurso ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da XXX Região.</p><p>De acordo com o art. 897, § 5º, I, da CLT, a agravante instrui a presente Agravo de Instrumento com cópias das peças para a formação do instrumento:</p><p>- Decisão agravada.</p><p>- Certidão de intimação da decisão agravada.</p><p>- Procurações outorgadas aos advogados da agravante e do agravado.</p><p>- Petição inicial.</p><p>- Contestação.</p><p>- Decisão originária.</p><p>- Comprovante de recolhimento do depósito recursal (RO).</p><p>- Comprovante de recolhimento das custas processuais.</p><p>Satisfeitos os pressupostos recursais de admissibilidade processual, requer, então, que Vossa Excelência se digne recebê-lo, se retratando da decisão (no caso das hipóteses do efeito regressivo), à luz do item IV da IN 16, do TST (IV – O agravo de instrumento, protocolizado e autuado, será concluso ao juiz prolator do despacho agravado, para reforma ou confirmação da decisão impugnada, observada a competência estabelecida nos arts. 659, inciso VI, e 682, inciso IX, da CLT.).</p><p>Não se retratando, requer que Vossa Excelência determine o regular andamento do presente agravo, para que o agravado seja notificado/intimado a apresentar contrarrazões ao recurso denegado e ao presente recurso, nos termos do §6º do artigo 897 da CLT, e que, uma vez recebido/admitido, seja remetido ao TRT da XXX Região.</p><p>Respeitosamente, pede deferimento.</p><p>Local..., data...</p><p>_______________________________</p><p>Advogado/OAB</p><p>EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DE…</p><p>NOBRES JULGADORES</p><p>COLENDA CÂMARA</p><p>Processo Nº ….</p><p>Agravante: EMPRESA DELTA LTDA</p><p>Agravado: EMPREGADO DA SILVA</p><p>Origem: ...</p><p>I – SÍNTESE DO PROCESSO</p><p>O agravado propôs reclamação trabalhista em face da reclamada, ora agravante. Da sentença que julgou procedentes os pedidos, foram opostos Embargos de Declaração pela reclamada, que foram rejeitados. Logo em seguindo, no prazo legal, a reclamada interpôs Recurso Ordinário, que teve seu seguimento negado por ter sido considerado INTEMPESTIVO e DESERTO. No entanto, a decisão denegatória merece ser reformada, conforme a seguir será demonstrado.</p><p>II – DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO PRINCIPAL</p><p>O Juízo a quo negou seguimento ao RECURSO ORDINÁRIO interposto pelo agravante, alegando a sua INTEMPESTIVIDADE, sob o fundamento de que os embargos de declaração julgados protelatórios NÃO interrompem o prazo para a interposição de qualquer recurso. Sem razão o magistrado!</p><p>O § 3º, do art. 897-A, da CLT, estabelece que os embargos de declaração INTERROMPEM o prazo para a interposição de outros recursos por qualquer das partes, SALVO quando INTEMPESTIVOS, irregular a representação da parte ou ausente a assinatura, sendo que as ressalvas à interrupção do prazo recursal não se aplicam ao presente caso.</p><p>Ainda, de acordo com o art. 1.026 do CPC, os embargos de declaração interrompem o prazo para outros recursos em favor de qualquer das partes, independentemente de o Juízo entendê-los PROTELATÓRIOS ou não.</p><p>Assim, o prazo para a interposição do recurso ordinário começou a fluir a partir da decisão dos embargos de declaração, independentemente de terem sido considerados protelatórios pelo Juízo a quo, portanto, TEMPESTIVO.</p><p>III – DA INEXISTÊNCIA DE REITERAÇÃO DE EMBARGOS PROTELATÓRIOS - DA INEXIGIBILIDADE DO DEPÓSITO DA MULTA PARA RECORRER</p><p>O Juízo a quo também negou seguimento ao recurso ordinário interposto pelo ora agravante, por entendê-lo DESERTO por falta de depósito do valor da multa de 1% sobre o valor da causa, aplicada pela decisão proferida nos embargos de declaração.</p><p>O § 2º, do artigo 1.026, do CPC, impõe o depósito da multa para a admissão do recurso apenas na hipótese de REITERAÇÃO de embargos protelatórios, o que não é o caso dos presentes autos, pois a agravante opôs embargos de declaração uma única vez, portanto, não há que se falar em reiteração, e, por consequência, na exigência do depósito da multa 1% para recorrer.</p><p>Desta forma, o RECURSO ORDINÁRIO NÃO É DESERTO, pois repita-se, não se aplica ao presente caso a exigência do § 2º, do artigo 1.026, do CPC.</p><p>Ressalte-se, que a ora agravante, quando da interposição do RECURSO ORDINÁRIO, comprovou os recolhimentos referentes ao depósito recursal e as custas processuais, preenchendo o pressuposto de admissibilidade recursal correspondente, vale dizer, o PREPARO. Os citados comprovantes foram juntados ao presente recurso, como documentos obrigatórios.</p><p>IV – DO PEDIDO DE REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA</p><p>Pelo exposto, requer seja conhecido e provido o presente AGRAVO, para, com base nas razões acima expostas, reformar a decisão agravada, e determinar o recebimento e o processamento do RECURSO ORDINÁRIO interposto pela ora agravante.</p><p>Nesses termos, pede deferimento.</p><p>Local..., data...</p><p>_______________________________</p><p>Advogado/OAB</p>