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<p>INSTITUTO FEDERAL SUDESTE DE MINAS GERAIS - CAMPUS RIO POMBA</p><p>Departamento de Bacharelado em Direito</p><p>Disciplina: Direito Constitucional I</p><p>Docente: Marlene de Paula Pereira</p><p>Discentes: Cleber Freitas, Leonardo Batista e Wallace Lima.</p><p>Atividade</p><p>A respeito da ADI 4876, que questiona a constitucionalidade do artigo 7º da Lei 100/2007 de</p><p>Minas Gerais, análise o material e responda os seguintes itens:</p><p>Trata-se de controle concentrado ou difuso?</p><p>R= Controle Concentrado</p><p>Endereçamento:</p><p>R= Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do Senhor Ministro Joaquim Barbosa.</p><p>Legitimidade Ativa:</p><p>R=Toda ação é pautada por legitimidade, ao contrário disso, por mais redundante que pareça,</p><p>trata-se de ilegitimidade. Dentro deste contexto, há em toda ação um polo positivo: Legitimidade</p><p>ativa e um polo negativo negativo: Legitimidade passiva. Tratando-se da legitimidade ativa, ela</p><p>refere-se a quem tem provimento para entrar com uma determinada ação, de maneira a ter</p><p>competência para tal. Nesse viés, no que tange a ação de inconstitucionalidade da ADI 4876/DF</p><p>expôs a legitimidade ativa do Ministério Público Federal, sendo que este tinha competência para</p><p>reivindicar a ação direta de inconstitucionalidade de uma lei complementar-lei 100/2007 que feria</p><p>o artigo 37 da constituição federal, cujo, o acesso a cargos públicos se dá por meio de concursos.</p><p>Legitimidade Passiva:</p><p>R= O Estado de Minas Gerais , Assembleia Legislativa de Minas Gerais.</p><p>Fundamentação:</p><p>R= Ofensa ao art. 37, inciso II, da Constituição Federal, e ao art. 19 do Ato das Disposições</p><p>Constitucionais Transitórias. A norma impugnada tornou titulares de cargos efetivos profissionais</p><p>da área da educação que mantinham vínculo precário com a Administração Pública estadual. Isso</p><p>posto, sustenta violação da regra do concurso público (art. 37, inciso II, da CF) e dos princípios</p><p>da isonomia, da impessoalidade e da moralidade administrativa (art. 5º, caput e II, e art. 37, caput,</p><p>da CF).</p><p>Pedidos:</p><p>R=Houve modulação dos efeitos da condenação. Sendo assim, a mesma não vale para</p><p>aposentados, ou aqueles que estão na regra de transição, isto é, perto da aposentadoria. Outrossim,</p><p>para cargos que não houver concursos públicos em andamento a decisão só passa a valer 12 meses</p><p>após a publicação da ata do julgamento. Desse modo, pode garantir que novos cargos sejam</p><p>ocupados por funcionários de fato concursados, sem prejudicar, é claro, os servidores que não</p><p>tiveram culpa da inconstitucionalidade da lei, bem como a população, que depende dos serviços</p><p>dos profissionais da educação.</p><p>Decisão - considere os aspectos inter partes, abstrativização, modulação</p><p>R= A lei Complementar Estadual 100/2007 também conhecida como lei 100 admitiu</p><p>quase 100 mil servidores sem cargos públicos dos quais cerca de 80 mil sem a observância</p><p>de concurso público. Ela foi considerada parcialmente inconstitucional pelo Supremo</p><p>Tribunal Federal na ADI 4.876 em março de 2014.</p><p>Ocorre que o STF modulou os efeitos da decisão para permitir que entrassem em vigor</p><p>a partir de doze meses após o julgamento para os cargos para os quais não houvesse</p><p>concurso público em andamento ou prazo de validade de concurso. Vejamos:</p><p>A medida foi tomada para evitar eventual prejuízo à prestação de serviços</p><p>essenciais à sociedade mineira. Modulação dos efeitos da declaração de</p><p>inconstitucionalidade, nos termos do art. 27 da Lei nº 9.868/99, para, i) em</p><p>relação aos cargos para os quais não haja concurso público em andamento ou</p><p>com prazo de validade em curso, dar efeitos prospectivos à decisão, de modo</p><p>a somente produzir efeitos a partir de doze meses, contados da data da</p><p>publicação da ata de julgamento, tempo hábil para a realização de concurso</p><p>público, a nomeação e a posse de novos servidores, evitando-se, assim,</p><p>prejuízo à prestação de serviços públicos essenciais à população; ii) quanto aos</p><p>cargos para os quais exista concurso em andamento ou dentro do prazo de</p><p>validade, a decisão deve surtir efeitos imediatamente. Ficam, ainda,</p><p>ressalvados dos efeitos da decisão (a) aqueles que já estejam aposentados e</p><p>aqueles servidores que, até a data de publicação da ata deste julgamento,</p><p>tenham preenchido os requisitos para a aposentadoria, exclusivamente para</p><p>efeitos de aposentadoria, o que não implica efetivação nos cargos ou</p><p>convalidação da lei inconstitucional para esses servidores, uma vez que a sua</p><p>permanência no cargo deve, necessariamente, observar os prazos de</p><p>modulação acima; (b) os que foram nomeados em virtude de aprovação em</p><p>concurso público, imprescindivelmente, no cargo para o qual foram aprovados;</p><p>e (c) a estabilidade adquirida pelos servidores que cumpriram os requisitos</p><p>previstos no art. 19 do ADCT da Constituição Federal. (ADIn 4876, Rel. Min.</p><p>Dias Toffoli, Dj. De 23.03.2014)</p><p>Sobre a abstrativização a decisão da ADIn 4876, não produziu efeitos para todos</p><p>os envolvidos na ação, como foi observado nos efeitos da modulação:</p><p>Ficam, ainda, ressalvados dos efeitos da decisão (a) aqueles que já estejam</p><p>aposentados e aqueles servidores que, até a data de publicação da ata deste</p><p>julgamento, tenham preenchido os requisitos para a aposentadoria,</p><p>exclusivamente para efeitos de aposentadoria, o que não implica efetivação nos</p><p>cargos ou convalidação da lei inconstitucional para esses servidores, uma vez</p><p>que a sua permanência no cargo deve, necessariamente, observar os prazos de</p><p>modulação acima(...)”(ADIn 4876, Rel. Min. Dias Toffoli, Dj. De 23.03.2014)</p>