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PROVA REVALIDA 2021 comentada

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Paulo Malala

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Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Um paciente de 36 anos de idade, masculino, procura a Unidade de Saúde da Família com queixa de dor lombar baixa, há 10 dias, irradiada para face posterior da coxa, de moderada intensidade, mas que tem interferido no seu trabalho. Refere que a dor teve início após ter carregado peso durante a mudança de casa. O paciente relata que já apresentou episódios semelhantes anteriormente e que têm se tornado mais frequentes. Ao exame físico, o médico identifica uma banda muscular tensa em região glútea, com a presença de pontos-gatilho, que, quando pressionados, reproduziam a dor referida pelo paciente. Diante da situação apresentada, é correto afirmar que
A) o paciente deve ser referenciado ao ortopedista para a avaliação cirúrgica de uma provável hérnia de disco.
B) o paciente deve ser referenciado ao acupunturista do NASF para ser avaliado, acompanhado e tratado.
C) o médico de família pode, em conjunto com o acupunturista do NASF, elaborar um plano terapêutico para o paciente.
D) o médico de família deve prescrever relaxantes musculares, pois o agulhamento seco deve ser realizado pelo acupunturista do NASF.
Comentário da questão
As práticas integrativas são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para a prevenção de diversas doenças. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.
O SUS oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de práticas integrativas e complementares (PICS) à população. Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS.
São elas: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Medicina Antroposófica, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Yoga, Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.
Segundo o Ministério da Saúde, estas práticas são transversais em suas ações no SUS e podem estar presentes em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde, prioritariamente na Atenção Primária, com grande potencial de atuação.
Uma das abordagens desse campo são a visão ampliada do processo saúde/doença e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. As indicações são embasadas no indivíduo como um todo, considerando-o em seus vários aspectos: físico, psíquico, emocional e social.
Alternativas
A - Incorreta: No caso do enunciado, a condição do paciente pode ser abordada na Atenção Primária, não necessitando de transferência para nível assistencial especializado da atenção secundária.
B - Incorreta: Apesar do acupunturista do NASF participar do plano terapêutico, o paciente não deve ser simplesmente encaminhado pelo médico.
C - Correta: O plano terapêutico em saúde integrativa deve ser elaborado pelo médico em conjunto com o profissional habilitado. Assim, nesse caso, o médico de família pode participar da elaboração de um plano terapêutico conjunto para o paciente.
D - Incorreta: Alguns profissionais recomendam o uso de analgésicos e anti-inflamatórios em pacientes com ponto-gatilho. Mas nem sempre essa abordagem é necessária, na maioria dos casos existem maneiras de liberar o ponto sem o uso de remédios.

Uma paciente, de 42 anos de idade, com história de asma, vem ao serviço de emergência por “piora da falta de ar”. Ela refere ter feito salbutamol inalatório em casa, sem melhora. Refere, ainda, que estava fazendo tratamento com beclometasona inalatório em casa, mas parou porque estava se sentindo bem. Sua última exacerbação da asma havia sido há 6 meses. Antes de iniciar com a beclometasona, a paciente apresentava “uma a duas crises por semana”. Ao exame, apresenta bom estado geral, consegue completar frases, mas prefere permanecer sentada. Sua frequência respiratória é de 22 irpm. Frequência cardíaca = 102 bpm. Saturação de oxigênio periférica = 95%. Expansibilidade torácica preservada, sem uso de musculatura acessória e presença de sibilos expiratórios na ausculta pulmonar. Diante desse quadro, a paciente deve
A) ser liberada do serviço de emergência com prescrição de salbutamol inalatório a cada 6 horas e com beclometasona inalatória, reavaliar na unidade básica.
B) receber 4 jatos de salbutamol inalatório a cada 20 minutos e 40 mg de prednisona via oral, reavaliar após 1 hora.
C) receber 4 jatos de salbutamol inalatório a cada 2 horas e 500 mg de hidrocortisona endovenosa, reavaliar após 24 horas.
D) ser liberada do serviço de emergência com prescrição de salbutamol inalatório a cada 4 horas e com prednisona 40 mg oral, reavaliar na unidade básica.
Comentário da questão
O tratamento da crise de asma é feito com broncodilatador inalatório e corticoide sistêmico podendo ser oral ou EV.
A asma por definição é uma doença crônica inflamatória das vias aéreas.
O tratamento de controle da doença é realizado principalmente com corticoides inalatórios (pois diminuem essa inflamação crônica), sua importância é tamanha que até mesmo pacientes que só fazem o uso de medicação durante crises, hoje devem utilizar um corticoide inalatório associado ao broncodilatador (preferência por formoterol + corticoide inalatório).
Durante uma crise asmática, os corticoides inalatórios apresentam pouco espaço, pois não ajudam neste momento.
O tratamento preconizado será broncodilatador inalatório, feito a cada 20 minutos durante 1 hora, com reavaliação, associado a corticoide sistêmico, dando preferência a via oral.
Alternativas:
A - Incorreta: A paciente apresenta uma crise asmática, então devemos tratá-la em um primeiro momento em ambiente hospitalar, com reavaliação contínua, pois o quadro pode agravar.
B - Correta: Exatamente, como explicado acima.
C - Incorreta: O espaçamento entre os jatos de salbutamol e também o tempo de reavaliação está incorreto. Um corticoide EV até poderia ser usado, apesar de não ser a primeira escolha.
D - Incorreta: neste primeiro momento, a paciente deve ser tratada em ambiente hospitalar.

Uma equipe de saúde da família atua em uma unidade básica de saúde situada na zona periférica de uma cidade com mais de 800 000 habitantes. No último mês, foi evidenciado aumento no número de casos de diarreia entre crianças de 2 a 5 anos que frequentam a creche pública de um bairro. A equipe de saúde da família desse local analisa que, no último ano, têm sido recorrentes os casos de diarreia entre crianças da área, inclusive, em alguns casos, com necessidade de internação hospitalar. Dentre os casos, observam que eles se concentram naquelas famílias que não são da área de cobertura da equipe de saúde da família. No bairro onde se localiza a creche, 20% dos domicílios possuem abastecimento de água tratada, 10% com esgoto sanitário, sem coleta regular de lixo nos domicílios, sendo os esgotos e lixos acumulados das casas ou jogados no córrego, a céu aberto, que corta o bairro. Em relação à situação acima descrita, assinale a alternativa correta em relação ao processo saúde-doença e os determinantes de saúde envolvidos no caso.
A O aumento no número de casos de diarreia na creche tem como principal fator a virulência da bactéria e, por se tratar de um caso recorrente, a equipe de saúde da família poderia atuar com medidas medicamentosas profiláticas direcionadas ao agente etiológico.
B A educação em saúde na creche, com os profissionais da educação e com a comunidade, teria papel importante na melhoria das condições sanitárias da comunidade; é uma estratégia suficiente para o combate de surtos.
C A falta de acesso aos serviços de saúde e de acompanhamento regular com a equipe de saúde da família é um fator associado ao desfecho desfavorável dos casos, com aumento de quadros graves de diarreia com necessidade de internação hospitalar.
D A adoção de medidas como uso de hipoclorito na água e de filtros nos bebedores escolares é a principal medida para combate à transmissão dos agentes etiológicos que cursam com quadros de diarreia, diminuindo assim a incidência de casos na creche.

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Questões resolvidas

Um paciente de 36 anos de idade, masculino, procura a Unidade de Saúde da Família com queixa de dor lombar baixa, há 10 dias, irradiada para face posterior da coxa, de moderada intensidade, mas que tem interferido no seu trabalho. Refere que a dor teve início após ter carregado peso durante a mudança de casa. O paciente relata que já apresentou episódios semelhantes anteriormente e que têm se tornado mais frequentes. Ao exame físico, o médico identifica uma banda muscular tensa em região glútea, com a presença de pontos-gatilho, que, quando pressionados, reproduziam a dor referida pelo paciente. Diante da situação apresentada, é correto afirmar que
A) o paciente deve ser referenciado ao ortopedista para a avaliação cirúrgica de uma provável hérnia de disco.
B) o paciente deve ser referenciado ao acupunturista do NASF para ser avaliado, acompanhado e tratado.
C) o médico de família pode, em conjunto com o acupunturista do NASF, elaborar um plano terapêutico para o paciente.
D) o médico de família deve prescrever relaxantes musculares, pois o agulhamento seco deve ser realizado pelo acupunturista do NASF.
Comentário da questão
As práticas integrativas são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para a prevenção de diversas doenças. Em alguns casos, também podem ser usadas como tratamentos paliativos em algumas doenças crônicas.
O SUS oferece, de forma integral e gratuita, 29 procedimentos de práticas integrativas e complementares (PICS) à população. Os atendimentos começam na Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS.
São elas: Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Medicina Antroposófica, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Yoga, Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.
Segundo o Ministério da Saúde, estas práticas são transversais em suas ações no SUS e podem estar presentes em todos os pontos da Rede de Atenção à Saúde, prioritariamente na Atenção Primária, com grande potencial de atuação.
Uma das abordagens desse campo são a visão ampliada do processo saúde/doença e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. As indicações são embasadas no indivíduo como um todo, considerando-o em seus vários aspectos: físico, psíquico, emocional e social.
Alternativas
A - Incorreta: No caso do enunciado, a condição do paciente pode ser abordada na Atenção Primária, não necessitando de transferência para nível assistencial especializado da atenção secundária.
B - Incorreta: Apesar do acupunturista do NASF participar do plano terapêutico, o paciente não deve ser simplesmente encaminhado pelo médico.
C - Correta: O plano terapêutico em saúde integrativa deve ser elaborado pelo médico em conjunto com o profissional habilitado. Assim, nesse caso, o médico de família pode participar da elaboração de um plano terapêutico conjunto para o paciente.
D - Incorreta: Alguns profissionais recomendam o uso de analgésicos e anti-inflamatórios em pacientes com ponto-gatilho. Mas nem sempre essa abordagem é necessária, na maioria dos casos existem maneiras de liberar o ponto sem o uso de remédios.

Uma paciente, de 42 anos de idade, com história de asma, vem ao serviço de emergência por “piora da falta de ar”. Ela refere ter feito salbutamol inalatório em casa, sem melhora. Refere, ainda, que estava fazendo tratamento com beclometasona inalatório em casa, mas parou porque estava se sentindo bem. Sua última exacerbação da asma havia sido há 6 meses. Antes de iniciar com a beclometasona, a paciente apresentava “uma a duas crises por semana”. Ao exame, apresenta bom estado geral, consegue completar frases, mas prefere permanecer sentada. Sua frequência respiratória é de 22 irpm. Frequência cardíaca = 102 bpm. Saturação de oxigênio periférica = 95%. Expansibilidade torácica preservada, sem uso de musculatura acessória e presença de sibilos expiratórios na ausculta pulmonar. Diante desse quadro, a paciente deve
A) ser liberada do serviço de emergência com prescrição de salbutamol inalatório a cada 6 horas e com beclometasona inalatória, reavaliar na unidade básica.
B) receber 4 jatos de salbutamol inalatório a cada 20 minutos e 40 mg de prednisona via oral, reavaliar após 1 hora.
C) receber 4 jatos de salbutamol inalatório a cada 2 horas e 500 mg de hidrocortisona endovenosa, reavaliar após 24 horas.
D) ser liberada do serviço de emergência com prescrição de salbutamol inalatório a cada 4 horas e com prednisona 40 mg oral, reavaliar na unidade básica.
Comentário da questão
O tratamento da crise de asma é feito com broncodilatador inalatório e corticoide sistêmico podendo ser oral ou EV.
A asma por definição é uma doença crônica inflamatória das vias aéreas.
O tratamento de controle da doença é realizado principalmente com corticoides inalatórios (pois diminuem essa inflamação crônica), sua importância é tamanha que até mesmo pacientes que só fazem o uso de medicação durante crises, hoje devem utilizar um corticoide inalatório associado ao broncodilatador (preferência por formoterol + corticoide inalatório).
Durante uma crise asmática, os corticoides inalatórios apresentam pouco espaço, pois não ajudam neste momento.
O tratamento preconizado será broncodilatador inalatório, feito a cada 20 minutos durante 1 hora, com reavaliação, associado a corticoide sistêmico, dando preferência a via oral.
Alternativas:
A - Incorreta: A paciente apresenta uma crise asmática, então devemos tratá-la em um primeiro momento em ambiente hospitalar, com reavaliação contínua, pois o quadro pode agravar.
B - Correta: Exatamente, como explicado acima.
C - Incorreta: O espaçamento entre os jatos de salbutamol e também o tempo de reavaliação está incorreto. Um corticoide EV até poderia ser usado, apesar de não ser a primeira escolha.
D - Incorreta: neste primeiro momento, a paciente deve ser tratada em ambiente hospitalar.

Uma equipe de saúde da família atua em uma unidade básica de saúde situada na zona periférica de uma cidade com mais de 800 000 habitantes. No último mês, foi evidenciado aumento no número de casos de diarreia entre crianças de 2 a 5 anos que frequentam a creche pública de um bairro. A equipe de saúde da família desse local analisa que, no último ano, têm sido recorrentes os casos de diarreia entre crianças da área, inclusive, em alguns casos, com necessidade de internação hospitalar. Dentre os casos, observam que eles se concentram naquelas famílias que não são da área de cobertura da equipe de saúde da família. No bairro onde se localiza a creche, 20% dos domicílios possuem abastecimento de água tratada, 10% com esgoto sanitário, sem coleta regular de lixo nos domicílios, sendo os esgotos e lixos acumulados das casas ou jogados no córrego, a céu aberto, que corta o bairro. Em relação à situação acima descrita, assinale a alternativa correta em relação ao processo saúde-doença e os determinantes de saúde envolvidos no caso.
A O aumento no número de casos de diarreia na creche tem como principal fator a virulência da bactéria e, por se tratar de um caso recorrente, a equipe de saúde da família poderia atuar com medidas medicamentosas profiláticas direcionadas ao agente etiológico.
B A educação em saúde na creche, com os profissionais da educação e com a comunidade, teria papel importante na melhoria das condições sanitárias da comunidade; é uma estratégia suficiente para o combate de surtos.
C A falta de acesso aos serviços de saúde e de acompanhamento regular com a equipe de saúde da família é um fator associado ao desfecho desfavorável dos casos, com aumento de quadros graves de diarreia com necessidade de internação hospitalar.
D A adoção de medidas como uso de hipoclorito na água e de filtros nos bebedores escolares é a principal medida para combate à transmissão dos agentes etiológicos que cursam com quadros de diarreia, diminuindo assim a incidência de casos na creche.

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<p>2021</p><p>QUESTAO 1</p><p>Primigesta, de 25 anos de idade,</p><p>com 34 semanas de gestação. Vinha</p><p>em uso de metildopa 1 g/dia e deu</p><p>entrada na maternidade, com</p><p>quadro de iminência de eclâmpsia e</p><p>níveis pressóricos de 170 x 120</p><p>mmHg. Foi iniciado tratamento com</p><p>sulfato de magnésio (dose de</p><p>ataque de 6 g) e está em uso de</p><p>infusão intravenosa contínua na</p><p>dose de 1 g/hora. Cerca de 4 horas</p><p>após início da medicação, a paciente</p><p>referiu mal-estar e tonturas. Ao</p><p>exame físico: regular estado geral,</p><p>sonolenta, PA = 140 x 90 mmHg,</p><p>frequência respiratória = 14 irpm,</p><p>frequência cardíaca = 90 bpm,</p><p>reflexo patelar ausente. Nas últimas</p><p>4 horas apresentou diurese total de</p><p>70 mL. Nesse caso, é indicado</p><p>A) aumentar dose de infusão do</p><p>sulfato de magnésio para 2 g/hora.</p><p>B) administrar gluconato de cálcio,</p><p>1 g, via intravenosa, lentamente</p><p>C) aumentar infusão de cristaloides</p><p>e associar furosemida, por via</p><p>intravenosa.</p><p>D) administrar hidralazina, 5 mg,</p><p>por via intravenosa.</p><p>Comentário da Questão</p><p>HAS e DM na gestação</p><p>A intoxicação por sulfato de</p><p>magnésio leva à perca dos reflexos e</p><p>redução da frequência respiratória,</p><p>sendo o gluconato de calcio a 10 % o</p><p>antídoto.</p><p>Algumas pacientes portadoras de</p><p>pré-eclâmpsia com sintomas graves</p><p>e devem ser tratadas com sulfato de</p><p>magnésio. Após a dose inicial (4g) e</p><p>manutenção (1g){esquema de</p><p>zuspan} endovenosa, é</p><p>recomendada a monitorização dos</p><p>seguintes parâmetros:</p><p>• Reflexo patelar;</p><p>• frequência respiratória > ou = 16</p><p>irpm;</p><p>• diurese > ou igual a 25 ml/h.</p><p>A presença de alteração em</p><p>qualquer um desses parâmetros</p><p>sinaliza a necessidade</p><p>redução/interrupção da infusão</p><p>intravenosa de sulfato de magnésio.</p><p>O antídoto que deve ser ofertado:</p><p>gluconato de calcio a 10 %.</p><p>Os sinais de intoxicação são:</p><p>• diminuição do débito</p><p>urinário,</p><p>• ausência de resposta patelar</p><p>• diminuição da frequência</p><p>respiratória.</p><p>Sendo assim:</p><p>A) aumentar dose de infusão do</p><p>sulfato de magnésio para 2 g/hora.</p><p>Incorreto: se aumentarmos a dose</p><p>de infusão de sulfato de magnésio</p><p>irá piorar os sintomas de intoxicação</p><p>da paciente em questão.</p><p>B) administrar gluconato de cálcio,</p><p>1 g, via intravenosa, lentamente.</p><p>Correto: A paciente está</p><p>apresentando sinais claros de</p><p>intoxicação por sulfato de</p><p>magnésio, logo, devemos reduzir a</p><p>infusão de magnésio e aplicar</p><p>gluconato de cálcio para reverter</p><p>esses efeitos.</p><p>C) aumentar infusão de cristaloides</p><p>e associar furosemida, por via</p><p>intravenosa.</p><p>Incorreto: Não tem indicação de</p><p>aumentar volume ofertado a</p><p>paciente.</p><p>D) administrar hidralazina, 5 mg,</p><p>por via intravenosa.</p><p>Incorreto: pois a pressão arterial</p><p>está normal no momento;</p><p>indicaríamos essa opção caso a</p><p>pressão estivesse maior que 160x90</p><p>mmHg.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Um recém-nascido com 20 dias de</p><p>vida dá entrada em serviço médico</p><p>de urgência com história referida de</p><p>queda da cama após ter rolado para</p><p>fora dela há 6 horas. Pais referem</p><p>hipoatividade desde então. Ao</p><p>exame, está em regular estado geral</p><p>e apresenta hematoma subgaleal</p><p>em região parietal. A fundoscopia</p><p>evidencia hemorragia retiniana</p><p>bilateral e a tomografia de crânio</p><p>apresenta hemorragia</p><p>subaracnóidea, sem sinais de</p><p>fratura. Com base nos dados</p><p>apresentados, o diagnóstico mais</p><p>provável é</p><p>A) traumatismo crânio encefálico</p><p>decorrente da queda da cama.</p><p>B) acidente vascular cerebral</p><p>decorrente de malformação</p><p>vascular.</p><p>C) síndrome de Shaken Baby (bebê</p><p>sacudido) decorrente de maus-</p><p>tratos.</p><p>D) tromboembolismo gorduroso</p><p>resultante da queda.</p><p>Comentário da Questão</p><p>A violência doméstica contra</p><p>crianças ou adolescentes é definida</p><p>como toda ação ou omissão que</p><p>prejudique o bem-estar, a</p><p>integridade física, psicológica ou a</p><p>liberdade e o direito ao pleno</p><p>desenvolvimento de pessoas da</p><p>família. Reconhecer as formas de</p><p>abuso contra crianças e</p><p>adolescentes deve fazer parte da</p><p>rotina de profissionais da saúde,</p><p>bem como a abordagem dessas</p><p>situações.</p><p>Temos na questão um bebe de 20</p><p>dias que supostamente caiu da</p><p>cama há 6 horas e apresenta</p><p>alterações importantes no exame</p><p>físico como hipoatividade,</p><p>hematoma subgaleal em região</p><p>parietal e hemorragia retiniana</p><p>bilateral. Sabemos que essa história</p><p>esta incorreta por dois motivos:</p><p>1. Uma criança de 20 dias</p><p>ainda não consegue rolar</p><p>sobre o próprio corpo. Esse é</p><p>um marco do</p><p>desenvolvimento</p><p>neuropsicomotor só vai</p><p>ocorrer em média no 6 meses</p><p>de vida;</p><p>2. Se a queda relatada pelos</p><p>pais fosse realmente verdade</p><p>o mecanismo de trauma</p><p>teríamos que ter uma queda</p><p>de uma altura de pelo menos</p><p>1,5m de altura sobre uma</p><p>superfície rígida, a qual</p><p>explicasse as alterações</p><p>encontradas no exame físico.</p><p>Logo:</p><p>A) traumatismo crânio encefálico</p><p>decorrente da queda da cama.</p><p>Incorreta: Fato, o RN</p><p>aparentemente sofreu um TCE,</p><p>porem o real motivo não é a queda</p><p>da cama, já que a criança tem 20</p><p>dias ainda não consegue rolar sobre</p><p>seu próprio corpo.</p><p>B) acidente vascular cerebral</p><p>decorrente de malformação</p><p>vascular.</p><p>Incorreta: Um acidente vascular</p><p>cerebral por malformação vascular</p><p>não cursaria com hemorragia</p><p>retiniana bilateral.</p><p>C) síndrome de Shaken Baby (bebê</p><p>sacudido) decorrente de maus-</p><p>tratos.</p><p>Correta: A síndrome do bebê</p><p>sacudido é caracterizada por lesões</p><p>no sistema nervoso central em</p><p>crianças abaixo de 3 anos</p><p>provocadas por “sacudidas” bruscas.</p><p>No caso a vítima normalmente tem</p><p>menos de um ano de idade e o</p><p>perpetuador da agressão</p><p>normalmente é do sexo masculino.</p><p>Os sintomas são inespecíficos e</p><p>pode-se apresentar com:</p><p>• diminuição do nível de</p><p>consciência,</p><p>• sonolência,</p><p>• irritabilidade,</p><p>• diminuição da aceitação</p><p>alimentar,</p><p>• vômitos e convulsões.</p><p>D) tromboembolismo gorduroso</p><p>resultante da queda.</p><p>Incorreta: Um tromboembolismo</p><p>gorduroso em virtude de uma queda</p><p>é um diagnóstico muito pouco</p><p>provável, ele geralmente acontece</p><p>após fratura de ossos longos.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Um homem, de 37 anos de idade,</p><p>com AIDS/HIV diagnosticada há 3</p><p>anos, compareceu à consulta com o</p><p>médico da UBS próxima de sua</p><p>casa, trazendo resultados de</p><p>exames solicitados na consulta</p><p>anterior. O teste rápido molecular</p><p>para tuberculose feito no escarro</p><p>confirmou o diagnóstico de</p><p>tuberculose pulmonar e</p><p>sensibilidade à rifampicina. A carga</p><p>viral para HIV apresentou resultado</p><p>de 98 000 cópias por mililitro. Nessa</p><p>situação, o médico deverá:</p><p>A) avaliar eventual resistência do</p><p>HIV aos antirretrovirais em uso para</p><p>depois desse resultado iniciar o</p><p>tratamento da tuberculose.</p><p>B) avaliar eventual resistência do</p><p>HIV aos antirretrovirais em uso, sem</p><p>atrasar início do tratamento da</p><p>tuberculose.</p><p>C) avaliar eventual resistência aos</p><p>antirretrovirais não é necessário,</p><p>pois a carga viral está abaixo de 100</p><p>000 cópias.</p><p>D) avaliar eventual resistência do</p><p>HIV através da quantificação de</p><p>linfócitos CD4.</p><p>Comentário da questão</p><p>O paciente em questão é portador</p><p>de HIV e recebe novo diagnóstico de</p><p>tuberculose, não devemos atrasar o</p><p>início do tratamento da TBC.</p><p>Dependendo da gravidade da</p><p>infecção do HIV, se o número de</p><p>cópias de CD4 for muito baixo,</p><p>teremos que iniciar imediatamente</p><p>o esquema RIPE da TBC,</p><p>avaliaremos a resistência do HIV aos</p><p>antirretrovirais e 2 semanas após</p><p>iniciamos o esquema TARV.</p><p>Caso os níveis de CD4 não estejam</p><p>muito baixos, já poderemos iniciar a</p><p>TARV em até 2 meses após o início</p><p>da terapia para TB.</p><p>Isso é preconizado pelo alto risco da</p><p>síndrome da reconstituição imune,</p><p>se iniciarmos os 2 tratamentos</p><p>juntos.</p><p>Agora caso o paciente já tiver</p><p>conhecimento prévio da infecção</p><p>pelo HIV?</p><p>Neste caso a conduta mudará um</p><p>pouco:</p><p>• Começamos verificando a</p><p>resistência quanto aos</p><p>antirretrovirais.</p><p>• Iniciaremos de imediato o</p><p>tratamento para a TB.</p><p>Como podemos ver, o paciente era</p><p>sabiamente portador do vírus</p><p>dia</p><p>e atenolol 50 mg por dia. Trouxe</p><p>ultrassonografia que descrevia</p><p>vesícula biliar com paredes</p><p>discretamente espessadas e</p><p>presença de colelitíase. Os exames</p><p>laboratoriais evidenciaram glicemia</p><p>de 120 mg/dL (referência: 75 a 99),</p><p>creatinina 0,99 mg/dL (referência:</p><p>0,6 a 1,1), leucócitos 6 200/mm3</p><p>(referência: 3 500 a 10 500), não</p><p>apresentava alteração na contagem</p><p>diferencial dos leucócitos. Ao exame</p><p>físico, o abdome estava flácido, não</p><p>relatava dor à palpação, PA = 140/80</p><p>mmHg, temperatura axilar = 36,5 o</p><p>C. Com base nos dados</p><p>apresentados, qual alternativa</p><p>apresenta a orientação correta à</p><p>paciente e à filha sobre a conduta a</p><p>ser seguida?</p><p>A Indicar tratamento operatório se</p><p>apresentar dor novamente.</p><p>B Tratar as doenças clínicas e</p><p>realizar controle com</p><p>ultrassonografia anual.</p><p>C Encaminhar ao pronto-socorro</p><p>para tratamento operatório.</p><p>D Compensar melhor a glicemia e</p><p>indicar tratamento operatório</p><p>eletivo.</p><p>Comentário da questão</p><p>A presença de uma vesícula biliar</p><p>edemaciada pode indicar o início de</p><p>um processo inflamatório,</p><p>caracterizando uma colecistite</p><p>aguda. Nestes casos, tem a</p><p>indicação de uma abordagem</p><p>cirúrgica de colecistectomia</p><p>videolaparoscópica.</p><p>A paciente apresenta diabetes e</p><p>hipertensão, e o índice glicêmico</p><p>não está controlado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: a paciente apresenta</p><p>um quadro de colecistite aguda</p><p>evidenciado pelo exame de</p><p>imagem, então tem uma indicação</p><p>cirúrgica no momento.</p><p>B - Incorreta: A colecistectomia</p><p>laparoscópica é o tratamento de</p><p>escolha para a colecistite aguda,</p><p>não sendo indicado um</p><p>acompanhamento anual.</p><p>C - Incorreta: Deve-se compensar as</p><p>comorbidades dos pacientes antes</p><p>da abordagem cirúrgica.</p><p>D - Correta: a colecistectomia está</p><p>bem indicada, mas não se trata de</p><p>uma cirúrgica de emergência, de</p><p>forma que realizaremos uma</p><p>avaliação pré-operatória do</p><p>paciente.</p><p>A presença de diabetes mellitus</p><p>(DM) ou hiperglicemia associa-se a</p><p>aumento da morbimortalidade, com</p><p>taxa de mortalidade perioperatória</p><p>até 50% maior do que na população</p><p>não diabética, assim, é aceitável que</p><p>primeiro a hiperglicemia do</p><p>paciente seja corrigida, e que uma</p><p>possível descompensação diabética</p><p>seja avaliada, antes da abordagem</p><p>cirúrgica.</p><p>QUESTÃO 25</p><p>Mulher, 51 anos, de menopausa há 3</p><p>anos, com queixa de sangramento</p><p>uterino recorrente, em pequena</p><p>quantidade, há 3 meses. Na maioria</p><p>das vezes, os episódios de</p><p>sangramento iniciam durante ou</p><p>após as relações sexuais. A paciente</p><p>é diabética e faz uso de insulina.</p><p>Traz dois resultados normais de</p><p>exames citopatológicos do colo</p><p>uterino realizados nos últimos 2</p><p>anos, sendo o último há 9 meses.</p><p>Exame físico: estado geral bom,</p><p>hemodinamicamente estável,</p><p>normocorada. Ao exame especular,</p><p>visualiza-se lesão de aspecto</p><p>polipoide de aproximadamente 2</p><p>cm se exteriorizando pelo orifício</p><p>externo do colo uterino, não sendo</p><p>possível visualizar a lesão em toda</p><p>sua extensão. A conduta indicada é</p><p>A) solicitar histeroscopia</p><p>diagnóstica.</p><p>B) realizar exérese imediata da lesão</p><p>com pinça.</p><p>C) realizar eletrocauterização da</p><p>lesão.</p><p>D) iniciar tratamento com solução</p><p>de ácido tricloroacético.</p><p>Comentario da questão</p><p>Paciente na menopausa com</p><p>sangramento uterino deve ser</p><p>investigada:</p><p>• Primeiro exame especular,</p><p>para garantir que o</p><p>sangramento é uterino;</p><p>• Segundo, exame de imagem,</p><p>ultrassom transvaginal,</p><p>procurando espessamentos</p><p>ou massas intraútero;</p><p>• Terceiro exame,</p><p>histeroscopia, procurando</p><p>massas visualizáveis e</p><p>possivelmente biópsia, se</p><p>necessário.</p><p>Temos o diagnóstico: é um pólipo</p><p>cervical, que é uma lesão benigna</p><p>que causa sinusorragia. Tratamos</p><p>com exérese. Porem, mesmo</p><p>benigna, deve-se realizar a</p><p>histeroscopia porque este pólipo</p><p>pode, na verdade, ser endometrial e</p><p>estar se exteriorizando via orifício</p><p>interno do colo. Seu tratamento</p><p>exige a histeroscopia para ser</p><p>realizado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: pelo motivo explicado</p><p>acima.</p><p>B - Incorreta: Caso seja</p><p>endometrial, realizando exérese</p><p>sem histeroscopia, tem o risco de</p><p>sangramento.</p><p>C - Incorreta: Se endometrial, não</p><p>resolverá também! Porque sua base</p><p>continuará vascularizada e pode</p><p>voltar.</p><p>D - Incorreta: Não é tratamento</p><p>para pólipo.</p><p>QUESTÃO 26</p><p>Um paciente do sexo masculino, de</p><p>3 anos de idade, é levado a serviço</p><p>de emergência em decorrência de</p><p>febre e exantema há 7 dias. Mãe</p><p>relata que a febre é diária e chegou</p><p>a 39 o C. O exantema surgiu há 2</p><p>dias. O paciente já passou por</p><p>outros serviços de emergência sem</p><p>conseguir fechar diagnóstico. Nega</p><p>doenças prévias. Desenvolvimento</p><p>normal para a idade. Ao exame,</p><p>mostrase em regular estado geral,</p><p>descorado 1+/4+, febril (38,5 o C),</p><p>acianótico e hidratado. Presença de</p><p>exantema maculopapular e edema e</p><p>hiperemia nas mãos e pés, rash em</p><p>tronco e períneo, bem como de</p><p>hiperemia conjuntival bilateral.</p><p>Cavidade oral revela fissuras em</p><p>lábios. Há linfonodomegalia</p><p>cervical, unilateral direita, com 2 cm</p><p>de diâmetro. Aparelho</p><p>cardiovascular, respiratório e</p><p>abdome sem anormalidades.</p><p>Considerando a história acima</p><p>descrita, assinale a alternativa que</p><p>contém o tratamento indicado.</p><p>A) Imunoglobulina venosa.</p><p>B) Anti-inflamatório não esteroidal.</p><p>C) Antibioticoterapia.</p><p>D) Plasmaférese.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>A doença de Kawasaki é uma</p><p>doença febril aguda da infância que</p><p>cursa com vasculite das artérias de</p><p>médio calibre (como as coronárias),</p><p>e tem predomínio em crianças</p><p>menores de 5 anos.</p><p>Critérios:</p><p>• Febre: é alta e continua, tem</p><p>que estar presente há pelo</p><p>menos 5 dias e é o único</p><p>critério obrigatório;</p><p>• Congestão ocular:</p><p>conjuntivite bilateral sem</p><p>exsudato;</p><p>• Alterações em lábios e</p><p>cavidade oral: a mais</p><p>abordada em prova é a língua</p><p>em framboesa, que pode vir</p><p>descrita como hipertrofia das</p><p>papilas linguais;</p><p>• Linfadenopatia cervical:</p><p>unilateral e maior que 1,5 cm;</p><p>• Exantema: é polimórfico,</p><p>podendo se assemelhar com</p><p>o presente em outras</p><p>doenças exantemáticas;</p><p>• Alterações das extremidades:</p><p>principalmente eritema</p><p>palmo plantar e edema de</p><p>pés e mãos.</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Corretas: O objetivo é</p><p>reduzir o risco de formação de</p><p>aneurisma. Na fase aguda, deve-se</p><p>utilizar imunoglobulina venosa</p><p>associada ao ácido acetilsalicílico</p><p>(AAS), e na fase de convalescença</p><p>usamos só o AAS.</p><p>C e D - Incorretas: Não há indicação</p><p>de antibioticoterapia ou</p><p>plasmaférese.</p><p>QUESTÃO 27</p><p>Um homem de 23 anos de idade,</p><p>membro de um grupo de usuário de</p><p>drogas ilícitas injetáveis, comparece</p><p>à consulta no ambulatório de clínica</p><p>médica com relato de "olhos</p><p>amarelos e urina cor de mate".</p><p>Segundo informa, seu quadro</p><p>clínico iniciou-se há cerca de 12 dias</p><p>com mal-estar, febre (cerca de 38 o</p><p>C), coriza e mialgias. Dois dias após,</p><p>observou disgeusia e anosmia, além</p><p>de diarreia. Procurou unidade de</p><p>pronto atendimento, sendo</p><p>agendada pesquisa para COVID-19,</p><p>que foi realizada no 5.o dia de</p><p>evolução da doença, com resultado</p><p>negativo. Passou a apresentar,</p><p>também, dor abdominal</p><p>(especialmente no hipocôndrio</p><p>direito) e fadiga vespertina. Há 2</p><p>dias, observou que suas escleras</p><p>ficaram amareladas e a sua urina</p><p>assumiu aspecto sugestivo de</p><p>colúria. Foi à mesma unidade onde</p><p>havia sido atendido inicialmente,</p><p>sendo solicitados exames</p><p>complementares que são trazidos</p><p>pelo paciente à consulta atual e que</p><p>revelam: TGO/AST = 982 UI/L (valor</p><p>de referência: 20 a 40 UI/L);</p><p>ALT/TGP: 1 220 UI/L (valor de</p><p>referência: 20 a 40 UI/L); bilirrubinas</p><p>totais = 4,2 mg/dL (valor de</p><p>referência: 0,2 a 0,8 mg/dL), com</p><p>predomínio da fração direta (3,6</p><p>mg/dL - valor de referência: 0,1 a 0,5</p><p>mg/dL); hemograma com</p><p>leucopenia e linfocitose, sem</p><p>anemia; INR e tempo de</p><p>tromboplastina parcial ativada</p><p>normais. Em razão desses</p><p>resultados,</p><p>o paciente foi</p><p>encaminhado ao ambulatório para</p><p>complementação da investigação</p><p>diagnóstica, tratamento e</p><p>acompanhamento. Ao exame físico,</p><p>o paciente encontra-se em razoável</p><p>estado geral, estando com as</p><p>escleras e a mucosa sublingual</p><p>ictéricas, além de apresentar leve</p><p>hepatomegalia (13 cm de extensão</p><p>ao nível da linha hemiclavicular</p><p>direita) dolorosa, com sinal de</p><p>Murphy negativo. Acerca do caso</p><p>desse paciente, pode-se afirmar que</p><p>o diagnóstico mais provável e a</p><p>lógica subjacente a tal conclusão</p><p>são</p><p>A) hepatite viral pelo vírus da</p><p>hepatite C, por ser a causa mais</p><p>comum de hepatite viral de</p><p>apresentação aguda.</p><p>B) hepatite autoimune do tipo 1, em</p><p>função do gênero do paciente (sexo</p><p>masculino) e do nível de</p><p>transaminases.</p><p>C) hepatite viral aguda pelo vírus da</p><p>hepatite B, em razão do paciente</p><p>ser usuário de drogas ilícitas</p><p>injetáveis.</p><p>D) leptospirose íctero-hemorrágica,</p><p>em razão do leucograma e níveis</p><p>séricos das aminotransferases.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente usuário de drogas</p><p>injetáveis, deve-se suspeitar de</p><p>Staphylococcus Aureus, HIV, e</p><p>hepatite, B e C.</p><p>A clínica do paciente é clássico de</p><p>hepatite:</p><p>• Febre, dor em hipocôndrio</p><p>direito, elevação de enzimas</p><p>hepáticas (ALT está maior de</p><p>1000), icterícia à expensa de</p><p>uma bilirrubina direta,</p><p>colúria.</p><p>Fator de risco (uso de drogas) +</p><p>clínica típica, a principal hipótese</p><p>diagnostica é de uma hepatite viral.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A hepatite C é a</p><p>hepatite que mais cronifica,</p><p>praticamente não apresenta</p><p>quadros agudos, ou seja, não</p><p>podemos dizer que é a que mais</p><p>apresenta quadros agudos, como</p><p>seria a hepatite A.</p><p>B - Incorreta: o fator de risco</p><p>exposto pela questão mostra como</p><p>se guiar a pensar em hepatites</p><p>virais. Não tem nada que sugira uma</p><p>hepatite autoimune.</p><p>C - Correta: é a principal hipótese,</p><p>pela frequência (hepatite B é mais</p><p>frequente)e pela alternativa que cita</p><p>a hepatite C estar incorreta por</p><p>outro motivo também.</p><p>D - Incorreta: Não tem</p><p>epidemiologia que sugira alem de</p><p>sintomas que entenda ser</p><p>leptospirose (dor na panturrilha+</p><p>febre + icterícia).</p><p>QUESTÃO 28</p><p>Uma criança com 7 anos de idade,</p><p>moradora de zona rural, relata</p><p>acidente por animal desconhecido</p><p>há 4 horas. No momento, refere</p><p>formigamento no local da picada,</p><p>boca seca, diplopia, dificuldade de</p><p>deglutição, dores musculares</p><p>generalizadas, oligúria e urina com</p><p>coloração vermelha escura. Ao</p><p>exame físico, apresenta ptose</p><p>palpebral bilateral e midríase. O</p><p>resultado do exame de urina rotina</p><p>evidenciou mioglobinúria. Exames</p><p>de sangue ainda em</p><p>processamento. Com base nesses</p><p>dados, qual a soroterapia específica</p><p>indicada ao quadro?</p><p>A) Soro anti-botrópico.</p><p>B) Soro anti-escorpiônico.</p><p>C) Soro anti-crotálico.</p><p>D) Soro anti-elapídico.</p><p>Comentario da questão</p><p>• Botróps (Jararaca)</p><p>apresenta: (Dor, edema</p><p>bolhas, sangramento.</p><p>Complicação (síndrome</p><p>compartimental, necrose e</p><p>abcesso)</p><p>.</p><p>• Crotalus (Cascavel): lembrar</p><p>dos 3 C’s do acidente</p><p>crotálico (Cerebro</p><p>[neurotoxidade,Carne</p><p>[miotoxicidade] e Croca-cola</p><p>[insuficiência renal com</p><p>mioglubinuria])</p><p>• Elapídico (Micrurus ou coral</p><p>verdadeira):, se apresenta</p><p>com afetação do SNC; facie</p><p>miastênica e dificuldade</p><p>respiratória, pensar nesta</p><p>serpente.</p><p>• Lachético (Surucucu):</p><p>apresenta muitos sintomas</p><p>inflamatórios no lugar da</p><p>mordedura, e é</p><p>acompanhado de sintomas</p><p>do sistema nervoso, sistema</p><p>gastrointestinal (diarreia, dor</p><p>abdominal, etc.).</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: mordida de jararaca</p><p>não causa facie miastênica.</p><p>B - Incorreta: Picada de escorpião</p><p>não cursa com rabdomiólise.</p><p>C - Correta: é sobre isso! A principal</p><p>hipótese.</p><p>D - Incorreta: A mordida de</p><p>surucucu cursa com sintomas</p><p>gastrointestinais.</p><p>QUESTÃO 29</p><p>Em reunião de equipe da Estratégia</p><p>de Saúde da Família, o médico</p><p>expõe sua preocupação com o</p><p>aumento no número de</p><p>atendimentos de cuidadores de</p><p>idosos, em virtude de problemas de</p><p>saúde decorrentes de estresse físico</p><p>e emocional. Sugere que seja</p><p>realizada intervenção de apoio e</p><p>suporte aos cuidadores e para isso</p><p>propõe aplicar escala que tem por</p><p>objetivo “avaliar a sobrecarga dos</p><p>cuidadores de idosos”. Trata-se da</p><p>A) Escala de Zarit.</p><p>B) Escala de Barthel.</p><p>C) Escala de Desempenho de</p><p>Karnofsky.</p><p>D) Escala de Avaliação</p><p>Multidimensional do Idoso.</p><p>Comentario da questão</p><p>ESCALA DE ZARIT</p><p>Tem por objetivo avaliar a</p><p>sobrecarga dos cuidadores de</p><p>idosos. Esta escala não deve ser</p><p>realizada na presença do idoso. A</p><p>cada afirmativa o cuidador deve</p><p>indicar a frequência que se sente em</p><p>relação ao que foi perguntado</p><p>(nunca, raramente, algumas vezes,</p><p>frequentemente ou sempre). Não</p><p>existem respostas certas ou erradas.</p><p>O estresse dos cuidadores será</p><p>indicado por altos escores.</p><p>Para cada pergunta, deve-se</p><p>responder:</p><p>( 1 ) Nunca ( 2 ) Quase nunca ( 3 )</p><p>Às vezes ( 4 ) Frequentemente ( 5 )</p><p>Quase sempre.</p><p>1. Sente que, por causa do</p><p>tempo que utiliza com o seu</p><p>familiar/doente já não tem</p><p>tempo suficiente para você</p><p>mesmo?</p><p>2. Sente-se</p><p>estressado/angustiado por</p><p>ter que cuidar do seu</p><p>familiar/doente e ao mesmo</p><p>tempo ser responsável por</p><p>outras tarefas? (ex.: cuidar de</p><p>outros familiares, ter que</p><p>trabalhar)</p><p>3. Acha que a situação atual</p><p>afeta a sua relação com</p><p>amigos ou outros elementos</p><p>da família de uma forma</p><p>negativa?</p><p>4. Sente-se exausto quando</p><p>tem de estar junto do seu</p><p>familiar/doente?</p><p>5. Sente que sua saúde tem sido</p><p>afetada por ter que cuidar do</p><p>seu familiar/doente?</p><p>6. Sente que tem perdido o</p><p>controle da sua vida desde</p><p>que a doença o seu familiar/</p><p>doente se manifestou?</p><p>7. No geral, sente-se muito</p><p>sobrecarregado por ter que</p><p>cuidar do seu familiar/</p><p>doente?</p><p>AVALIAÇÃO DA SOBRECARGA</p><p>- Leve: até 14 pontos</p><p>- Moderada: 15 a 21 pontos</p><p>- Grave: acima de 22 pontos</p><p>A partir dessa pontuação,</p><p>intervenções podem ser planejadas.</p><p>Algumas opções são: acolhimento,</p><p>consultas médicas, psicoterapia,</p><p>rodas e grupos de conversa e</p><p>convivência, treinamentos etc.</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: Zarit é a escala que</p><p>avalia a sobrecarga dos cuidadores</p><p>de idosos.</p><p>B – Incorreta: É usada para avaliar</p><p>independência funcional e</p><p>mobilidade.</p><p>C – Incorreta: Essa escala consiste</p><p>de forma padrão medir a</p><p>capacidade de pacientes com</p><p>câncer de executar tarefas comuns.</p><p>D – Incorreta: A avaliação de idosos</p><p>que se baseia em diagnósticos</p><p>funcionais interdisciplinares, sendo</p><p>correntemente denominada</p><p>Avaliação Geriátrica Ampla. Inicia-</p><p>se pela avaliação do estado</p><p>funcional, risco de queda, qual o</p><p>tônus muscular. Pode ser definido</p><p>como o nível no qual a pessoa</p><p>desempenha funções e atividades</p><p>da vida diária.</p><p>QUESTÃO 30</p><p>Paciente 65 anos, masculino,</p><p>apresentando alteração do hábito</p><p>intestinal. Como história familiar,</p><p>apresenta pai falecido de câncer de</p><p>próstata aos 70 anos, mãe falecida</p><p>de câncer de colo de útero aos 80</p><p>anos, avô paterno e primo por parte</p><p>de mãe falecidos por câncer de</p><p>cólon com 60 e 50 anos</p><p>respectivamente. Realizou</p><p>colonoscopia que evidenciou lesão</p><p>estenosante na junção reto-</p><p>sigmoidiana, 3 pólipos em reto e 5</p><p>pólipos em sigmoide. O resultado</p><p>histopatológico da lesão</p><p>estenosante foi adenocarcinoma de</p><p>cólon moderadamente</p><p>diferenciado. Quanto aos pólipos,</p><p>todos eram de natureza</p><p>adenomatosa, sendo 5 tubulares e 2</p><p>túbulo-vilosos (ambos no reto). Em</p><p>qual das situações abaixo, levando</p><p>em conta a história familiar e o</p><p>diagnóstico, esse paciente melhor</p><p>se enquadra?</p><p>A) Câncer colorretal hereditário não</p><p>polipoide (Síndrome de Lynch).</p><p>B) Síndrome de Polipose Recessiva.</p><p>C) Polipose adenomatosa familiar.</p><p>D) Câncer colorretal esporádico.</p><p>Comentário da questão</p><p>Caso clínico, homem de 65 anos</p><p>com história de alteração de hábito</p><p>intestinal, histórico de neoplasias na</p><p>família</p><p>e histopatológico compatível</p><p>com adenocarcinoma de cólon.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A Síndrome de Lynch</p><p>ou câncer de cólon hereditário sem</p><p>polipose costuma apresentar início</p><p>precoce em vários membros da</p><p>família, e não apenas em idades</p><p>avançadas.</p><p>Lynch I é restrita ao cólon</p><p>Lynch II se observam tumores em</p><p>outros locais (endométrio, útero,</p><p>ovário, pâncreas, entre outros).</p><p>Critérios de Amsterdã:</p><p>• Início do câncer colorretal, de</p><p>intestino delgado,</p><p>endométrio, de ureter ou de</p><p>pelve em pelo menos três</p><p>pessoas em duas gerações;</p><p>• Um dos indivíduos deve ser</p><p>parente de primeiro grau de</p><p>outros dois;</p><p>• Pelo menos um indivíduo</p><p>afetado antes dos 50 anos de</p><p>idade;</p><p>• Exclusão do diagnóstico de</p><p>Polipose Adenomatosa</p><p>Familiar.</p><p>B - Incorreta: doença rara</p><p>autossômica recessiva associada ao</p><p>gene MYH e com alta penetrância.</p><p>O número de pólipos pode ser</p><p>variável, sendo até mesmo possível</p><p>a manifestação do câncer sem a</p><p>associação com polipose. Seria</p><p>necessário mais dados clínicos no</p><p>enunciado para fechar um</p><p>diagnósticos desses.</p><p>C - Incorreta: Na polipose</p><p>adenomatosa familiar</p><p>Síndrome de Gardner: Associação</p><p>com tumores extraintestinais (xistos</p><p>desmoides, cistos de mandíbula,</p><p>osteomas, hipertrofia do epitélio</p><p>pigmentado da retina).</p><p>Síndrome de Turcot: Múltiplos</p><p>tumores cerebrais (gliomas,</p><p>ependimomas).</p><p>D - Correta: Aqui tem a</p><p>epidemiologia da doença e a</p><p>sintomatologia.</p><p>• Síndromes de polipose</p><p>familiar;</p><p>• Síndromes hereditárias sem</p><p>polipose;</p><p>• Retocolite ulcerativa;</p><p>• Ureterossigmoidostomia</p><p>prévia;</p><p>• Obesidade;</p><p>• Dieta rica em gordura e</p><p>pobre em fibras.</p><p>QUESTÃO 31</p><p>Um homem de 52 anos de idade</p><p>procura atendimento médico em</p><p>nível ambulatorial após 7 dias de</p><p>uma internação hospitalar de 72</p><p>horas para correção de uma hérnia</p><p>inguinal, na qual permaneceu 24</p><p>horas com sonda vesical de demora.</p><p>O paciente encontra-se em bom</p><p>estado de saúde, queixando-se de</p><p>leve dor no local da cirurgia e de</p><p>disúria, iniciada há 3 dias, além de</p><p>polaciúria. Ao exame, a ferida</p><p>operatória encontra-se limpa e</p><p>apresenta dor à palpação profunda</p><p>do hipogástrio. No mais, o exame</p><p>físico é completamente normal.</p><p>Possui comorbidades, pois é</p><p>diabético e portador de epilepsia em</p><p>uso de topiramato para essa última</p><p>condição. O médico assistente</p><p>solicitou uma urocultura, cujo</p><p>resultado segue abaixo.</p><p>Material da amostra Urina</p><p>Resultado da cultura Positiva 100</p><p>000 UFC E. coli Antibiograma</p><p>Concentração Inibitória Mínima</p><p>Amicacina Resistente ≥ 32</p><p>Ampicilina Resistente ≥ 32</p><p>Ampicilina/Sulbactan Resistente ≥</p><p>32 Cefepime Resistente ≥ 64</p><p>Ceftazidima Resistente 16</p><p>Ceftriaxona Resistente ≥ 64</p><p>Cefoxitina Sensível ≤ 2 Cefuroxima</p><p>Resistente ≥ 64 Ciprofloxacina</p><p>Resistente ≥ 16 Ertapenem</p><p>Sensível ≤ 0,5 Gentamicina</p><p>Resistente ≥ 16 Imipenem Sensível</p><p>≤ 0,5 Piperacilina/Tazobactan</p><p>Resistente ≥ 64</p><p>Sulfametoxazol/Trimetoprim</p><p>Sensível ≤ 0,5</p><p>Nesse caso, a conduta do médico</p><p>deve ser</p><p>A prescrever um sintomático como</p><p>a fenazopiridina.</p><p>B internar o paciente para</p><p>administração de cefoxitina.</p><p>C internar o paciente para</p><p>administração de imipenem.</p><p>D prescrever, ambulatorialmente,</p><p>sulfametoxazol/trimetoprim.</p><p>Comentário da questão</p><p>A doença ocorre na maioria das</p><p>vezes com ascensão pela uretra de</p><p>patógenos localizados na uretra,</p><p>podendo atingir a bexiga (cistite) ou</p><p>os rins e os ureteres (pielonefrite). O</p><p>patógeno mais comum da cistite é a</p><p>Escherichia coli, mas pode ser</p><p>também enterobactérias (Klebsiella</p><p>spp., Proteus spp., Pseudomonas</p><p>spp., entre outras). Critérios de ITU</p><p>complicada</p><p>• Febre ou calafrios;</p><p>• Mal-estar;</p><p>• Lombalgia;</p><p>• Dor pélvica ou perineal;</p><p>• Sinal de Giordano presente</p><p>(punho-percussão lombar</p><p>positiva).</p><p>O paciente diabético de 52 anos</p><p>realizou correção de hérnia inguinal,</p><p>ferida operatória sem sinais</p><p>flogísticos, uso de sonda vesical de</p><p>demora, disúria e uma urocultura</p><p>com E. coli resistente a vários</p><p>antibióticos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: a infecção pode se</p><p>tornar uma pielonefrite e sepse caso</p><p>não realizar a antibioticoterapia.</p><p>qSOFA (Sepse)</p><p>• Pressão sistólica menor que</p><p>100 mmHg;</p><p>• Frequência respiratória maior</p><p>que 22 irpm;</p><p>• Alteração de nível de</p><p>consciência.</p><p>B e C - Incorretas: não apresenta</p><p>critérios de internação, e não tem</p><p>porque utilizar antibióticos</p><p>endovenosos e de amplo espectro</p><p>se pode fazer uso do</p><p>sulfametoxazol/trimetoprim de</p><p>acordo com a urocultura.</p><p>D - Correta: não apresenta critérios</p><p>de gravidade, e a urocultura indica a</p><p>sensibilidade ao</p><p>sulfametoxazol/trimetoprim.</p><p>QUESTÃO 32</p><p>Mulher, 24 anos de idade, era</p><p>usuária de dispositivo intrauterino</p><p>(DIU) e retirou na vigência de</p><p>episódio de doença inflamatória</p><p>pélvica. Apresentando atraso</p><p>menstrual e episódios de</p><p>sangramento vaginal de pequena</p><p>intensidade. Nega dor abdominal ou</p><p>outras queixas. Beta-hCG positivo.</p><p>Ultrassonografia transvaginal</p><p>mostra ausência de saco gestacional</p><p>intrauterino e presença de imagem</p><p>complexa em região anexial direita,</p><p>sem líquido livre na cavidade</p><p>peritoneal. Nessa situação, está</p><p>justificado manter conduta</p><p>expectante se</p><p>A) os níveis de beta-hCG dobrarem</p><p>após 48 horas.</p><p>B) o diâmetro da massa anexial for</p><p>maior que 3,0 cm.</p><p>C) não forem detectados</p><p>batimentos cardiofetais na</p><p>avaliação ecográfica.</p><p>D) os níveis de progesterona</p><p>continuarem elevados.</p><p>Comentario da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Gravidez ectópica fatores de risco:</p><p>• Histórico de doença</p><p>inflamatória pélvica;</p><p>• Cirurgia tubária;</p><p>• Gestação tubária anterior;</p><p>• Laqueadura tubária;</p><p>• Infertilidade.</p><p>Conduta expectante: Níveis de</p><p>beta-hCG menores que 1000 e</p><p>declinantes, com acompanhamento</p><p>a cada 48-72 h.</p><p>Contraindicações de conduta</p><p>expectante:</p><p>• Beta-hCG > 1000</p><p>miliunidades/ml;</p><p>• Níveis de Beta-hCG estáveis</p><p>ou ascendentes;</p><p>• Dor abdominal persistente ou</p><p>intensa;</p><p>• Evidência ultrassonográfica</p><p>de sangue na cavidade;</p><p>• Dificuldade de acesso a um</p><p>serviço hospitalar.</p><p>Critérios de uso do metotrexato</p><p>• Estabilidade hemodinâmica;</p><p>• Disponibilidade de</p><p>seguimento pós-terapêutico</p><p>e acesso fácil a um serviço</p><p>hospitalar em caso de rotura</p><p>tubária;</p><p>• Beta-hCG < ou igual a 5000;</p><p>• Ausência de atividade</p><p>cardíaca fetal;</p><p>• Massa ectópica menor que 4</p><p>cm.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: níveis ascendentes</p><p>contraindicam conduta expectante.</p><p>B - Incorreta: o critério de massa</p><p>ectópica menor que 4 cm para</p><p>definirmos o uso do metotrexato.</p><p>C - Incorreta: O fato de não haver</p><p>batimentos cardíacos fetais não é</p><p>critério para definir conduta</p><p>expectante.</p><p>D - Incorreta: Não considera os</p><p>níveis de progesterona para definir a</p><p>conduta na gravidez ectópica.</p><p>QUESTÃO 33</p><p>Uma criança de 6 anos que procura</p><p>atendimento na Unidade Local de</p><p>Saúde do seu bairro por apresentar,</p><p>há cerca de 30 dias, tumoração</p><p>cervical na linha média, móvel à</p><p>deglutição e indolor. A mãe refere</p><p>que observou um crescimento</p><p>progressivo da lesão, mas sem</p><p>nenhum sinal flogístico desde o</p><p>início do quadro. Referenciada para</p><p>atendimento em um ambulatório de</p><p>cirurgia pediátrica, no momento do</p><p>exame físico, a criança estava hígida</p><p>sem nenhum outro achado a não ser</p><p>a tumoração na linha média do</p><p>pescoço, acima da cartilagem</p><p>cricoide, arredondada, móvel e de</p><p>consistência fibroelástica. Qual o</p><p>diagnóstico e conduta a serem</p><p>adotados a seguir?</p><p>A) Higroma cístico cervical ou</p><p>linfangioma. Deve ser tratado com</p><p>aspiração e injeção de bleomicina</p><p>ou OK 432 na lesão.</p><p>B) Câncer primário de tireoide.</p><p>Encaminhamento ao oncologista</p><p>para mapeamento com medicina</p><p>nuclear.</p><p>C) Cisto do conduto tireoglosso.</p><p>Ressecção cirúrgica englobando</p><p>parte do osso hióde, que evita a</p><p>recidiva da doença.</p><p>D) Cisto do 3.o arco branquial.</p><p>Ressecção cirúrgica incluindo a</p><p>secção do ramo clavicuar do</p><p>músculo esternocleidomastoídeo.</p><p>Comentário da questão</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O higroma cístico ou</p><p>linfangioma é a principal</p><p>malformação linfática da região</p><p>cervical. São lesões císticas e</p><p>compressíveis com o crescimento,</p><p>podem distorcer a anatomia e</p><p>comprimir outras estruturas (como</p><p>as vias aéreas). O tratamento é a</p><p>excisão cirúrgica completa da lesão.</p><p>B - Incorreta: a localização não fala</p><p>a favor nem à ausência de outros</p><p>achados, como sintomas sistêmicos</p><p>e acometimento linfonodal.</p><p>C - Correta: Cisto do Ducto</p><p>Tireoglosso. Lesão de origem</p><p>embrionária, raramente manifesta-</p><p>se no período neonatal, maior</p><p>incidência em pré-escolares e</p><p>escolares. A apresentação mais</p><p>comum é a de uma massa cística e</p><p>indolor na linha média do pescoço,</p><p>móvel à deglutição ou à protrusão</p><p>da língua. O tratamento é feito com</p><p>a ressecção completa do cisto.</p><p>D - Incorreta: Os cistos branquiais</p><p>são estruturas presentes na vida</p><p>embrionária e são constituídos por 4</p><p>pares principais e 2 pares</p><p>rudimentares. O mais comum é o</p><p>defeito do segundo arco branquial</p><p>que acontece abaixo do ângulo da</p><p>mandíbula e anterior ao músculo</p><p>esternocleidomastoideo.</p><p>QUESTÃO 34</p><p>Paciente usuária de dispositivo</p><p>intrauterino (DIU) de cobre T380A</p><p>procurou atendimento médico para</p><p>dores pélvicas de início agudo.</p><p>Relata dores em pontadas</p><p>alternadas com cólicas. Relatou</p><p>disuria e corrimento vaginal sem</p><p>odor fétido e transparente</p><p>associado ao aparecimento de</p><p>dispareunia. Ao exame especular</p><p>evidenciado secreção cervical</p><p>mucoide saindo pelo orifício externo</p><p>do colo uterino. Fio do DIU</p><p>aparente. Colo fechado. Toque</p><p>evidenciado colo com sensibilidade</p><p>dolorosa à mobilização. Toque</p><p>bimanual evidenciado sensibilidade</p><p>no anexo esquerdo. Solicitado</p><p>ultrassom transvaginal evidenciado</p><p>formação à esquerda espessada e</p><p>com aspecto tortuoso e irregular</p><p>sugestivo de hidrossalpinge. O</p><p>provável agente microbiológico e o</p><p>tratamento adequado são,</p><p>respectivamente,</p><p>A) Clamidia; azitromicina.</p><p>B) Trichomonas; metronidazol.</p><p>C) Gardnerella; fluconazol.</p><p>D) Treponema; penicilina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Os organismos que mais causam a</p><p>DIP são Clamídia e gonococo o</p><p>tratamento proposto é para os dois</p><p>agentes: ceftriaxona para gonococo</p><p>e azitromicina ou doxiciclina para</p><p>clamídia.</p><p>Diagnóstico de DIP</p><p>3 critérios de dor e 1 elaborado.</p><p>Dor pélvica espontânea, dor pélvica</p><p>à mobilização do colo e dor anexial</p><p>à palpação + ultrassom com</p><p>imagem sugestiva de</p><p>hidrossalpinge.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Como visto acima.</p><p>B - Incorreta: menos provável que</p><p>clamídia ou gonococo.</p><p>C - Incorreta: Vaginose não causa</p><p>sintomas irritativos.</p><p>D - Incorreta: Sífilis causa úlcera</p><p>genital, não DIP.</p><p>QUESTÃO 35</p><p>Um paciente masculino, 76 anos de</p><p>idade, vem a consulta com clínica</p><p>médica por apresentar dúvidas</p><p>quanto à frequência com que deve</p><p>realizar seu exame de próstata. O</p><p>paciente diz ter feito o exame de</p><p>PSA várias vezes ao longo dos</p><p>últimos anos. Traz exame de 3 e de</p><p>4 anos atrás, com PSA = 0,8 ng/mL e</p><p>0,78 ng/mL, respectivamente. Nesse</p><p>caso, o paciente deve ser</p><p>recomendado a</p><p>A) realizar exame de PSA a cada 5</p><p>anos.</p><p>B) não realizar mais exame de PSA.</p><p>C) realizar exame de toque retal</p><p>anual.</p><p>D) realizar ultrassonografia retal</p><p>com biopsia.</p><p>Comentário da questão</p><p>O ministério da saúde não</p><p>recomenda esta prática (nem com</p><p>PSA, nem com toque retal).</p><p>A Sociedade Brasileira de Urologia</p><p>mantém ainda a recomendação de</p><p>rastreio a partir dos 50 anos em</p><p>todos os homens com PSA e toque</p><p>retal e a partir dos 45 anos, se for</p><p>afrodescendente ou apresentar</p><p>parente de primeiro grau que sofreu</p><p>da condição.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Segundo MS não</p><p>realizamos o rastreio de câncer de</p><p>próstata.</p><p>B - Correta: Não realiza o PSA, nem</p><p>toque retal como forma de rastreio</p><p>segundo o MS.</p><p>C - Incorreta: Não está</p><p>recomendado nenhuma das formas</p><p>de rastreio pelo MS.</p><p>D - Incorreta: Procedimento</p><p>realizado caso encontremos alguma</p><p>alteração que sugira câncer de</p><p>próstata.</p><p>QUESTÃO 36</p><p>Mulher, 26 anos de idade, usou</p><p>pílula contraceptiva por 6 anos e</p><p>interrompeu há cerca de 9 meses.</p><p>Desde então, menstruou apenas 2</p><p>vezes e está há 4 meses em</p><p>amenorreia. Nega fogachos, acne,</p><p>hirsutismo ou ressecamento</p><p>vaginal. Ao exame físico: bom</p><p>estado geral, hemodinamicamente</p><p>estável, mamas com galactorreia</p><p>bilateral, sem nódulos palpáveis.</p><p>Útero de tamanho normal e anexos</p><p>não palpáveis. Beta-hCG negativo.</p><p>Para elucidação diagnóstica, deve-</p><p>se solicitar dosagem de</p><p>A) estradiol.</p><p>B) progesterona.</p><p>C) prolactina.</p><p>D) testosterona.</p><p>Comentário da questão</p><p>A hiperprolactinemia justifica a</p><p>amenorreia e a anovulação. Se a</p><p>confirmação de elevação da</p><p>prolactina deve ser investigadas</p><p>causas farmacológicas e considerar</p><p>avaliação com exame de imagem se</p><p>suspeita de causa tumoral.</p><p>Alternativas</p><p>A, B e D - Incorretas: Primeiro</p><p>descartar causas secundárias mais</p><p>comuns, por isso pediremos TSH,</p><p>BHCG e Prolactina. Depois o teste</p><p>de progesterona, estrogênio +</p><p>progesterona e GNR. Não dosa</p><p>esses hormônios como investigação</p><p>inicial.</p><p>C - Correta: Conforme mensionado</p><p>acima.</p><p>QUESTÃO 37</p><p>Um lactente, de 6 meses de idade,</p><p>comparece sem queixas ao</p><p>consultório médico com história de</p><p>internações devido a infecção</p><p>urinária alta aos 20 dias e aos 3</p><p>meses. Com 5 meses, apresentou</p><p>quadro de febre intermitente,</p><p>inapetência e vômitos, com exame</p><p>qualitativo de urina que apontou</p><p>nitrito (+), esterase leucocitária (+) e</p><p>urocultura colhida por sondagem</p><p>vesical com mais de 100 000 UFC/ml</p><p>de E. coli, tendo completado o</p><p>tratamento com antimicrobiano</p><p>com remissão dos sintomas.</p><p>Realizado ultrassonografia durante</p><p>a última internação que não</p><p>verificou alterações. Como forma de</p><p>estender a investigação, assinale a</p><p>alternativa correta quanto ao exame</p><p>padrão-ouro para essa situação.</p><p>A) Cintilografia renal com DMSA.</p><p>B) Urografia excretora.</p><p>C) Uretrocistografia miccional.</p><p>D) Ressonância magnética de</p><p>abdome.</p><p>Comentário da questão</p><p>A infecção do trato urinário (ITU)</p><p>Os fatores de risco para a ocorrência</p><p>de ITU são: sexo feminino, pênis não</p><p>circuncidado (pois pode ser</p><p>colonizado por cepas de Proteus),</p><p>obstrução urinária, disfunção</p><p>miccional, período de desfralde,</p><p>malformações genitourinárias e</p><p>constipação/incontinência.</p><p>Em menores de 2 anos sempre que</p><p>houver ITU confirmada, deve-se</p><p>pedir USG e UCM. Caso venham</p><p>alterados, deve-se solicitar</p><p>cintilografia com DMSA.</p><p>O paciente já veio com o</p><p>diagnóstico de 3 infecções urinárias,</p><p>sendo, no mínimo, uma delas alta,</p><p>temos a indicação de solicitar a</p><p>cintilografia renal com DMSA para</p><p>avaliar de forma adequada o</p><p>parênquima renal.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A cintilografia renal</p><p>com DMSA, na fase aguda, avalia</p><p>alterações no parênquima dando o</p><p>diagnóstico de pielonefrites agudas.</p><p>Já na fase crônica avalia as cicatrizes</p><p>no parênquima dando uma ideia do</p><p>dano causado, quando realizada de</p><p>4 a 6 meses após o evento agudo.</p><p>B - Incorreta: A urografia excretora,</p><p>investigação nos quadros de</p><p>recorrência de infecção do trato</p><p>urinário.</p><p>C - Incorreta: A uretrocistografia</p><p>miccional é o exame que permite a</p><p>identificação da presença de refluxo</p><p>vesicoureteral e seu grau. Nesse</p><p>caso, a ocorrência de 3 episódios de</p><p>infecção do trato urinário já</p><p>devemos iniciar a investigação da</p><p>situação do parênquima renal.</p><p>D - Incorreta: A ressonância</p><p>magnética de abdômen não tem</p><p>indicação.</p><p>QUESTÃO 38</p><p>Um menino de 4 anos de idade,</p><p>previamente hígido e com</p><p>acompanhamento pediátrico</p><p>regular, chega ao pronto</p><p>atendimento com queixa de febre</p><p>(temperatura axilar superior a 38,5</p><p>°C em todos os picos) há 6 dias</p><p>acompanhada de conjuntivite</p><p>bilateral não</p><p>exsudativa. Nega uso</p><p>prévio de medicações nesses</p><p>últimos dias, exceto o antitérmico</p><p>habitual para controle da febre.</p><p>Nega viagens recentes ou contato</p><p>com indivíduos sabidamente</p><p>doentes. Ao exame clínico, observa-</p><p>se hiperemia de orofaringe sem</p><p>exsudato ou ulcerações; presença</p><p>de ressecamento, fissuras e</p><p>hiperemia em lábios e proeminência</p><p>das papilas linguais; gânglio cervical</p><p>anterior a direita com cerca de 1,5</p><p>cm de diâmetro não doloroso;</p><p>edema endurecido em dorso de</p><p>mãos e pés com eritema palmar e</p><p>plantar difuso; e presença de</p><p>exantema polimórfico mais intenso</p><p>em tronco e períneo. Sem outras</p><p>alterações. Assinale a alternativa</p><p>que contenha o diagnóstico</p><p>provável para o caso apresentado e</p><p>uma complicação associada ao</p><p>quadro.</p><p>A) Escarlatina; glomerulonefrite</p><p>difusa aguda.</p><p>B) Doença de Kawasaki; aneurisma</p><p>coronariano.</p><p>C) Mononucleose; síndrome de</p><p>Guillain-Barré.</p><p>D) Sarampo; panencefalite</p><p>esclerosante subaguda.</p><p>Comentário da questão</p><p>Doença de Kawasaki critérios:</p><p>Febre (pelo menos 5 dias)</p><p>Conjuntivite (não exudativa)</p><p>Exantema (polimorfo)</p><p>Linfadenopatia cervical (>1,5cm)</p><p>Língua em framboesa (+alterações</p><p>perioral)</p><p>Alterações das extremidades</p><p>(edema e eritema em mãos e pés)</p><p>Pré-escolar de 4 anos que apresenta</p><p>um quadro de febre há 6 dias</p><p>associado à conjuntivite bilateral</p><p>não exsudativa, ressecamento,</p><p>fissuras e hiperemia em lábios e</p><p>proeminência das papilas linguais,</p><p>gânglio cervical anterior à direita</p><p>com cerca de 1,5 cm de diâmetro</p><p>não doloroso, exantema</p><p>polimórfico e alterações em mãos</p><p>e pés. Quadro clínico compatível</p><p>com a doença de Kawasaki.</p><p>Ela é uma doença febril aguda da</p><p>infância que cursa com vasculite de</p><p>artérias de médio calibre,</p><p>especialmente as coronárias. A</p><p>etiologia desconhecida. Quanto a</p><p>epidemiologia há uma maior</p><p>incidência em menores de 5 anos e</p><p>em meninos.</p><p>a língua em framboesa, que pode vir</p><p>descrita como hipertrofia das</p><p>papilas linguais</p><p>A complicação é a formação de</p><p>aneurismas coronarianos, por isso é</p><p>importante que essas crianças</p><p>sejam submetidas a um</p><p>ecocardiograma no momento do</p><p>diagnóstico e 1 a 2 semanas depois.</p><p>O tratamento é dividido em fase</p><p>aguda e fase de convalescença, na</p><p>fase aguda utiliza-se</p><p>imunoglobulina venosa associada</p><p>ao ácido acetilsalicílico (AAS) e na</p><p>fase de convalescença usamos só o</p><p>AAS em dose antiplaquetária.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A escarlatina é</p><p>causada pelo estreptococo beta-</p><p>hemolítico do grupo A</p><p>(Streptococcus pyogenes). O</p><p>quadro clínico cursa com: exantema</p><p>áspero, Sinal de Pastia</p><p>(intensificação do rash nas regiões</p><p>flexoras) e Sinal de Filatov (palidez</p><p>perioral). Acomete crianças entre 5</p><p>e 15 anos com transmissão por</p><p>gotículas de saliva com as</p><p>complicações não supurativas da</p><p>infecção pelo S. Pyogenes que são a</p><p>Glomerulonefrite pós</p><p>estreptocócica e a Febre</p><p>Reumática. O tratamento é com</p><p>penicilina G benzatina (droga de</p><p>escolha) ou amoxicilina (por 10 dias)</p><p>e deve ser iniciado em até 9 dias</p><p>para a prevenção da febre</p><p>reumática.</p><p>B - Correta: o paciente apresenta</p><p>doença de Kawasaki e a principal</p><p>complicação é o aneurisma</p><p>coronariano.</p><p>C - Incorreta: A mononucleose é</p><p>causada pelo vírus Epstein-Barr</p><p>(EBV) sua transmissão é por contato</p><p>com a saliva dos indivíduos</p><p>infectados. A tríade de febre,</p><p>faringite tonsilar e linfadenopatia. A</p><p>infecção pelo EBV também pode</p><p>cursar com sintomas neurológicos</p><p>como a síndrome de guillain-barré,</p><p>paralisia de nervos cranianos,</p><p>meningoencefalite, meningite</p><p>asséptica e neurite periférica.</p><p>D - Incorreta: O sarampo é uma</p><p>doença de notificação compulsória</p><p>imediata causada por um RNA vírus</p><p>da família Paramyxoviridae. A</p><p>transmissão se da por contato com</p><p>secreções respiratórias (gotículas e</p><p>aerossóis) três dias antes até quatro</p><p>a seis dias após o surgimento do</p><p>exantema. A clinica apresenta</p><p>febre, conjuntivite não purulenta,</p><p>tosse e manchas de Koplik.</p><p>(enantema oral = pontinhos brancos</p><p>na mucosa). As complicações mais</p><p>comuns são a otite média aguda;</p><p>principal causa de morte é a</p><p>Pneumonia.</p><p>QUESTÃO 39</p><p>Mulher com 42 anos de idade foi</p><p>atendida em unidade básica de</p><p>saúde referindo, há 5 dias, dor na</p><p>panturrilha direita que se acentuava</p><p>ao realizar a flexão dorsal do pé. A</p><p>dor piorou há 2 dias, aparecendo</p><p>inchaço, palidez cutânea e</p><p>dificuldade para deambular. Relatou</p><p>fazer uso de contraceptivo oral e</p><p>tabagismo desde os 20 anos de</p><p>idade. O exame físico evidenciou</p><p>peso de 72 Kg, 149 cm de altura,</p><p>edema e palidez desde a raiz da</p><p>coxa, dor à palpação da panturrilha</p><p>e pulsos pedioso e tibial posterior</p><p>palpáveis. Com base nos dados</p><p>apresentados, assinale a alternativa</p><p>com a orientação sobre a conduta a</p><p>ser seguida.</p><p>A) Solicitar Eco-Doppler colorido</p><p>venoso de membro inferior.</p><p>B) Indicar tratamento imediato em</p><p>hospital terciário.</p><p>C) Prescrever repouso, analgésicos e</p><p>heparina ou enoxaparina por via</p><p>subcutânea.</p><p>D) Prescrever repouso, anti-</p><p>inflamatório não hormonal e ácido</p><p>acetil salicílico 100 mg ao dia.</p><p>Comentário da questão</p><p>A trombose venosa profunda é</p><p>grave, seus fatores de risco são:</p><p>gravidez, uso de anticoncepcional</p><p>hormonal, tabagismo, imobilidade</p><p>prolongada, grandes cirurgias,</p><p>períodos longos de viagens e</p><p>doenças hereditárias, entre</p><p>outros.</p><p>A paciente apresenta 2 fatores de</p><p>risco. E a clínica demonstra dor à</p><p>flexão dorsal do pé em panturrilha</p><p>(sinal de Homans), edema, palidez e</p><p>dificuldade para deambular.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: realmente é indicado</p><p>um eco doppler para fechar o</p><p>diagnóstico, mas a paciente</p><p>apresenta palidez do membro, isso</p><p>quer dizer que a TVP já está</p><p>afetando a circulação arterial</p><p>(aumento da pressão no membro).</p><p>O correto seria iniciar o tratamento</p><p>imediato em hospital terciário, que</p><p>contará com os equipamentos</p><p>necessários.</p><p>B - Correta: a paciente já apresenta</p><p>comprometimento da circulação</p><p>arterial, então, precisamos iniciar o</p><p>tratamento imediatamente.</p><p>C - Incorreta: Faz parte do</p><p>tratamento da TVP. Seria uma</p><p>opção possível se a alternativa B</p><p>não fosse mais abrangente, ou seja,</p><p>está menos correta do que a</p><p>alternativa B.</p><p>D - Incorreta: Deve-se fazer a</p><p>anticoagulação desta paciente, e</p><p>não antiagregação.</p><p>QUESTÃO 40</p><p>Um paciente masculino, com 62</p><p>anos de idade, vem a consulta</p><p>médica na atenção secundaria</p><p>ambulatorial, encaminhado por</p><p>tremor. O paciente conta que há</p><p>alguns meses teve início com</p><p>tremor no braço direito e que,</p><p>agora, parece ter progredido para</p><p>ambos os braços e ambas as pernas.</p><p>O paciente diz que o tremor piora</p><p>quando ele “está nervoso”, mas que</p><p>parece melhorar quando faz alguma</p><p>atividade, como cozinhar ou comer.</p><p>Entretanto, o paciente conta que é</p><p>difícil para ele levantar-se da</p><p>posição sentada e começar a andar.</p><p>Também refere que perde o</p><p>equilíbrio quando está caminhando</p><p>e “muda de rota”, e tem dificuldade</p><p>para parar de caminhar, relatando</p><p>duas quedas no mês anterior à</p><p>consulta. Com base no que foi</p><p>apresentado, o diagnóstico desse</p><p>paciente é</p><p>A) tremor essencial.</p><p>B) paralisia supranuclear</p><p>progressiva.</p><p>C) doença de Huntington.</p><p>D) doença de Parkinson.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com tremor em repouso,</p><p>que iniciou em membro direito e</p><p>que progrediu para ambos braços e</p><p>pernas (iniciou de maneira</p><p>assimétrica) além de dificuldades à</p><p>marcha.</p><p>Parkinson:</p><p>• Rigidez em roda dentada;</p><p>• Bradicinesia;</p><p>• Rigidez;</p><p>• Dificuldade para manter a</p><p>postura.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Tremor essencial tem</p><p>história familiar, é um tremor de</p><p>repouso também e o achado mais</p><p>importante para a prova é uma</p><p>melhora com a utilização de</p><p>bebidas alcoólicas.</p><p>B - Incorreta: Doença que prejudica</p><p>progressivamente os movimentos</p><p>oculares voluntários (mais</p><p>característico), se apresenta com</p><p>bradicinesia, rigidez muscular,</p><p>paralisia pseudobulbar e demência.</p><p>C - Incorreta: Doença hereditária</p><p>caracterizada por espasmos, rigidez,</p><p>movimentos oculares lentos ou</p><p>anormais, anormalidades da</p><p>marcha, disfagia e dificuldade para</p><p>falar.</p><p>D - Correta: a doença de Parkinson</p><p>se caracteriza pelos achados</p><p>descritos no enunciado,</p><p>principalmente pelo tremor de</p><p>repouso de início assimétrico, que é</p><p>muito clássico.</p><p>QUESTÃO 41</p><p>A figura a seguir apresenta a</p><p>mortalidade proporcional por</p><p>alguns grupos de causa no sexo</p><p>masculino e em grupos etários</p><p>selecionados.</p><p>Mortalidade proporcional</p><p>(%) por grupos de causas e em</p><p>faixas etárias selecionadas, no sexo</p><p>masculino, Brasil, 2019. Com base</p><p>nos dados demonstrados nos</p><p>gráficos, concluise que</p><p>A) as agressões e as causas externas</p><p>de intenção indeterminada são</p><p>responsáveis por pelo menos 50%</p><p>dos óbitos ocorridos na faixa etária</p><p>de 15 a 29 anos.</p><p>B) na faixa etária dos 60 anos e</p><p>mais, a mortalidade proporcional</p><p>por doença isquêmica do coração é</p><p>menor do que a faixa etária de 30 a</p><p>59 anos.</p><p>C) as doenças respiratórias, na faixa</p><p>etária de 60 anos e mais, causam</p><p>mais óbitos do que as doenças do</p><p>aparelho circulatório.</p><p>D) atividades educativas visando</p><p>reduzir o consumo excessivo de</p><p>bebidas alcoólicas teria menor</p><p>impacto nos indicadores de</p><p>mortalidade relativos às faixas</p><p>etárias de 15 a 59 anos que na faixa</p><p>etária de 60 anos ou mais.</p><p>Comentário da questão</p><p>A mortalidade proporcional, como o</p><p>próprio nome diz, é um indicador do</p><p>tipo proporção, que apresenta, no</p><p>numerador, os óbitos (por região,</p><p>causa, sexo ou idade), e, no</p><p>denominador, o total de óbitos cuja</p><p>fração se deseja conhecer. A</p><p>mortalidade proporcional por</p><p>causas pode ser definida como:</p><p>UNASUS</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: a faixa etária de 15 a 29</p><p>anos a mortalidade por agressões</p><p>(AG) é cerca de 50%. Já a</p><p>mortalidade por causas externas de</p><p>intenção indeterminada (EII) tem</p><p>valor aproximado de 10%. A soma</p><p>das duas causas é responsável por</p><p>mais de 50% dos óbitos ocorridos</p><p>nessa faixa etária.</p><p>B – Incorreta: faixa etária de 60</p><p>anos e mais a mortalidade por</p><p>doença isquêmica do coração (DIC)</p><p>são aproximadamente 19%, já na</p><p>faixa de 30 a 59 anos é de cerca de</p><p>15%.</p><p>C – Incorreta: faixa de 60 anos a</p><p>mortalidade por doenças</p><p>respiratórias por Influenza e</p><p>Pneumonia (IP) de cerca 13% +</p><p>Outras doenças respiratórias (ODR)</p><p>de cerca de 12% = cerca de 25%. Já</p><p>a mortalidade por doença isquêmica</p><p>do coração (DIC) de cerca de 19% +</p><p>doença cerebrovascular (DCV) de</p><p>cerca de 16% + outras doenças</p><p>coronarianas (ODC) de cerca de 13%</p><p>= cerca de 48%.</p><p>D – Incorreta: Já na faixa de 60 anos</p><p>ou mais as doenças que possuem</p><p>etilismo como fator de risco já estão</p><p>presentes. A campanha deve ser</p><p>realizada para pessoas mais novas</p><p>visando promoção de saúde.</p><p>QUESTÃO 42</p><p>Paciente do sexo masculino, 65</p><p>anos, foi atendido no serviço de</p><p>urgência de um hospital com queixa</p><p>de dor em flanco e fossa ilíaca</p><p>esquerdos, com início há cerca de</p><p>48 horas e piora nas últimas 12</p><p>horas. Neste período, apresentou</p><p>episódio febril de 38 o C, aferido em</p><p>seu domicílio. Relatou apresentar</p><p>divertículos do cólon há cerca de 12</p><p>anos, e que foi submetido a uma</p><p>gastrectomia parcial há 1 ano por</p><p>adenocarcinoma gástrico em antro,</p><p>estágio IB. Apresentou relatório</p><p>médico relativo a esse</p><p>procedimento, no qual constava</p><p>endoscopia digestiva alta com</p><p>biópsia confirmando o diagnóstico</p><p>histológico, tomografia</p><p>computadorizada de abdome e</p><p>tórax, que revelava doença</p><p>diverticular em sigmoide, e</p><p>colonoscopia confirmando doença</p><p>diverticular em sigmoide. Ao exame</p><p>físico, o paciente estava em bom</p><p>estado geral, frequência cardíaca de</p><p>95 bpm, pressão arterial de 130 x 80</p><p>mmHg e temperatura axilar de 38,1</p><p>o C. O abdome estava flácido, mas</p><p>doloroso à palpação profunda de</p><p>flanco e fossa ilíaca esquerdos e</p><p>hipogástrio. Hemograma revelou</p><p>leucocitose de 16 000/mm3</p><p>(referência: 9 000 – 11 000/mm3 )</p><p>com 10% de bastões (referência: 0 –</p><p>5%). O paciente relatou estar</p><p>preocupado pela possibilidade de</p><p>ser um “retorno do câncer”. O</p><p>exame complementar e explicação</p><p>para confirmação do diagnóstico</p><p>nesse momento é</p><p>A) Colonoscopia, que poderá</p><p>diagnosticar diverticulite aguda ou</p><p>neoplasia maligna do cólon.</p><p>B) Tomografia por emissão de</p><p>pósitrons acoplada à tomografia</p><p>computadorizada (PET-TC), que</p><p>poderá identificar recidiva da</p><p>neoplasia maligna.</p><p>C) Tomografia computadorizada de</p><p>abdome com contraste venoso, que</p><p>poderá identificar e mensurar</p><p>complicações da diverticulite aguda</p><p>do cólon.</p><p>D) Radiografia de abdome em</p><p>decúbito dorsal e posição</p><p>ortostática e radiografia de tórax</p><p>em incidência ântero-posterior, que</p><p>poderão diagnosticar diverticulite</p><p>aguda do cólon.</p><p>Comentário da questão</p><p>A diverticulite aguda é como se</p><p>fosse uma apendicite do lado</p><p>esquerdo, pois os sintomas são</p><p>muito parecidos. Desde a dor inicial</p><p>em epigástrio até a localização da</p><p>dor em fossa ilíaca esquerda podem</p><p>estar presentes. O que muda é a</p><p>epidemiologia: enquanto a</p><p>apendicite é mais em jovens, a</p><p>diverticulite a idade é um pouco</p><p>maior.</p><p>O diagnóstico é feito pela</p><p>tomografia computadorizada.</p><p>Classificação de Hinchey (TC):</p><p>• I: inflamação de divertículo</p><p>podendo apresentar</p><p>abscesso pericólico, o</p><p>tratamento é com</p><p>antibioticoterapia e suporte.</p><p>• II: abscesso pélvico,</p><p>tratamento é com</p><p>antibioticoterapia +</p><p>drenagem percutânea da</p><p>região do abscesso.</p><p>• III: peritonite purulenta, o</p><p>tratamento é cirúrgico sendo</p><p>a cirurgia de Hartman +</p><p>antibioticoterapia.</p><p>• IV: peritonite fecaloide, com</p><p>tratamento cirúrgico com</p><p>cirurgia de Hartman +</p><p>antibioticoterapia.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Jamais fazer</p><p>colonoscopia em paciente com</p><p>diverticulite aguda, o ar injetado</p><p>durante o exame aumenta a pressão</p><p>no intestino podendo levar ao</p><p>rompimento do cólon e piora do</p><p>paciente.</p><p>B - Incorreta: A principal hipótese é</p><p>diverticulite aguda e não neoplasia.</p><p>C - Correta: exame de escolha no</p><p>momento.</p><p>D - Incorreta: Esses exames se</p><p>usam diante a suspeita de</p><p>rompimento do divertículo com</p><p>peritonite, pois pode nos mostrar a</p><p>presença de pneumoperitônio. Mas</p><p>não fecha o diagnóstico.</p><p>QUESTÃO 43</p><p>m menino de 6 anos de idade,</p><p>desnutrido, procedente de zona</p><p>rural sem saneamento básico,</p><p>apresenta-se no pronto</p><p>atendimento com dor abdominal e</p><p>diarreia intermitente com muco há</p><p>4 meses, algumas vezes associada a</p><p>sangue e tenesmo. Refere piora do</p><p>quadro há 1 dia. Ao realizar exame,</p><p>evidenciou-se descorado ++/+4,</p><p>prolapso retal e presença de vários</p><p>vermes cilíndricos de 4 cm de</p><p>comprimento na mucosa retal.</p><p>Assinale a alternativa correta que</p><p>aponta o parasita encontrado e seu</p><p>respectivo tratamento.</p><p>A) Ascaris lumbricoides; pamoato</p><p>de pirantel.</p><p>B) Trichiuris trichiura; mebendazol.</p><p>C) Ascaris lumbricoides;</p><p>metronidazol.</p><p>D) Trichiuris trichiura; secnidazol.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com parasitose e que</p><p>apresenta prolapso retal é mais</p><p>provavel que estamos diante de</p><p>uma tricuríase, causada pelo</p><p>Trichiuris trichiura.</p><p>O mebendazol ou albendazol são</p><p>as primeiras opções de tratamento</p><p>da tricuríase.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Ascaris classicamente</p><p>não causa prolapso retal.</p><p>B - Correta: O parasita está correto,</p><p>o tratamento a primeira linha de</p><p>opção (mebendazol ou albendazol).</p><p>C - Incorreta: a principal hipótese</p><p>não é Ascaris.</p><p>D - Incorreto: Parasita correto, mas</p><p>tratamento errado.</p><p>QUESTÃO 44</p><p>Primigesta, 41 semanas, em</p><p>trabalho de parto espontâneo há 10</p><p>horas. Insinuação em OEA (occipto</p><p>esquerda anterior). No segundo</p><p>período do parto, houve a expulsão</p><p>do polo cefálico, com</p><p>desprendimento em OP (occipto</p><p>púbico), sem intercorrências. Após</p><p>ocorrer a rotação</p><p>externa,</p><p>constatou-se grande dificuldade</p><p>para desprendimento das espáduas,</p><p>havendo impactação do diâmetro</p><p>biacromial fetal, entre o púbis e o</p><p>promontório maternos. O médico</p><p>assistente alertou a equipe para a</p><p>situação de emergência e solicitou</p><p>auxílio de outro profissional</p><p>habilitado. Realizada episiotomia,</p><p>mesmo assim o ombro permaneceu</p><p>impactado. A primeira manobra a</p><p>ser realizada nessa situação é</p><p>A) hiperextensão das coxas sobre o</p><p>abdome associada à pressão</p><p>suprapúbica.</p><p>B) colocar a paciente em posição de</p><p>quatro apoios.</p><p>C) realizar manobras internas para</p><p>rotação fetal ou retirada do ombro</p><p>posterior.</p><p>D) recolocar a cabeça fetal para</p><p>dentro do útero e proceder com a</p><p>cesariana.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>As manobras são:</p><p>• Hiperextensão de coxas</p><p>(Manobra de McRoberts);</p><p>• Pressão suprapúbica</p><p>(Manobra de Rubin I);</p><p>• Parto em 4 apoios ou vertical</p><p>(Manobra de Gaskin);</p><p>• Manobras internas (com</p><p>trações e fraturas</p><p>programadas, como Rubin II</p><p>e Woods).</p><p>A ordem segue das manobras</p><p>menos invasivas para as mais</p><p>invasivas.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: alternativa mal feita.</p><p>o enunciado pede a primeira</p><p>manobra a ser realizada, que é a de</p><p>McRoberts, com hiperextensão das</p><p>coxas. A pressão suprapúbica é a</p><p>segunda manobra.</p><p>B - Incorreta: A manobra de Gaskin,</p><p>que é a posição em quatro apoios,</p><p>está entre as manobras de segunda</p><p>linha.</p><p>C - Incorreta: As manobras internas,</p><p>como Rubin II e Woods, estão entre</p><p>as últimas a serem realizadas.</p><p>D - Incorreta: A manobra de</p><p>Zavanelli que é reposicionar a</p><p>cabeça do feto dentro da vagina, é a</p><p>última prevista, na distocia</p><p>biacromial.</p><p>QUESTÃO 45</p><p>Primigesta de 18 anos de idade,</p><p>com 37 semanas de idade</p><p>gestacional, chega ao pronto</p><p>atendimento com queixa de cefaleia</p><p>intensa. Refere também</p><p>visualização de pontos pretos. Nega</p><p>outras queixas. Pré-natal até o</p><p>momento sem intercorrências. Ao</p><p>exame encontra-se lúcida e</p><p>orientada, com muita dor. A pressão</p><p>arterial é de 160/100 mmHg,</p><p>mantida após repouso em decúbito</p><p>lateral esquerdo, a frequência</p><p>cardíaca é de 90 batimentos por</p><p>minuto. Sem dinâmica uterina, feto</p><p>com movimentação normal.</p><p>Batimentos cardíacos fetais = 144</p><p>bpm com variabilidade. Edema em</p><p>membros inferiores de 3 cruzes em</p><p>4. Traz um exame de urina, coletado</p><p>há 2 dias que mostra proteinúria 2</p><p>cruzes em 4, sem outras alterações</p><p>significativas. Foi prescrita</p><p>hidralazina endovenosa para</p><p>controle de pressão arterial (PA).</p><p>Que outra conduta seria necessária</p><p>no momento e para quê?</p><p>A) Prescrever sulfato de magnésio</p><p>para prevenir convulsões.</p><p>B) Prescrever sulfato de magnésio</p><p>para controle de pressão arterial e</p><p>dos sintomas maternos.</p><p>C) Prescrever analgésicos e</p><p>benzodiazepínicos para controle</p><p>dos sintomas e prevenção de</p><p>convulsões.</p><p>D) Prescrever analgésicos e</p><p>aguardar efeito do anti-</p><p>hipertensivo.</p><p>Comentário da questão</p><p>IMINÊNCIA DE ECLÂMPSIA.</p><p>Paciente gestante portadora de pré-</p><p>eclâmpsia chega relatando</p><p>alterações visuais (escotomas,</p><p>áureas, visão turva), epigastralgia,</p><p>cefaleia, logo devemos internar a</p><p>paciente e iniciar o sulfato de</p><p>magnésio. Pelo esquema de Zuspan</p><p>faremos dose de ataque com 4g EV</p><p>e na fase de manutenção 1g de</p><p>Sulfato de magnésio. Geralmente se</p><p>deixa uma seringa aspirada com</p><p>gluconato de cálcio a 10% em caso</p><p>de intoxicação. Se a pressão estiver</p><p>maior que 160x110 mmhg deverá</p><p>ser feita Hidralazinha.</p><p>Alternativa A - Correta: Como</p><p>vimos acima.</p><p>B - Incorreta: Sulfato de magnésio</p><p>não serve para reduzir pressão.</p><p>C - Incorreta: utiliza-se sulfato de</p><p>magnésio na prevenção e</p><p>tratamento de convulsões de pré</p><p>eclâmpsia.</p><p>D - Incorreta: Não é sobre a dor</p><p>aumentando a pressão, mas a</p><p>própria iminência de eclampsia.</p><p>QUESTÃO 46</p><p>Um homem de 57 anos de idade</p><p>comparece ao ambulatório de</p><p>clínica médica de hospital de média</p><p>complexidade para avaliação</p><p>diagnóstica de quadro de fraqueza,</p><p>cansaço, adinamia e desequilíbrio</p><p>nos membros inferiores (MMII).</p><p>Segundo informa, seu estado geral</p><p>era bom até 3 meses antes, quando</p><p>passou a perceber fraqueza e</p><p>adinamia. Pensou ser decorrente do</p><p>hipotireoidismo, mas após</p><p>reavaliação hormonal, sua</p><p>endocrinologista informou-lhe que a</p><p>tireoidite de Hashimoto estava bem</p><p>controlada, não sendo necessário</p><p>nenhum reajuste da dose de</p><p>levotiroxina em uso crônico (125</p><p>mcg/dia). Como os sintomas</p><p>persistiram, procurou facultativo</p><p>que lhe solicitou um hemograma</p><p>completo, cujo resultado revelou o</p><p>seguinte padrão: hemoglobina: 7,6</p><p>g/dL (valor de referência: 13 a 16,5</p><p>g/dL); hematócrito: 26% (valor de</p><p>referência: 40 a 52%); hemácias: 2,3</p><p>x 106 /mcl (valor de referência: 4,5 a</p><p>6,0 x 106 /mcl); volume corpuscular</p><p>médio: 113 fl (valor de referência: 80</p><p>a 100 fl); leucócitos: 2 800/mcl (valor</p><p>de referência: 6 000 a 10 000/mcl),</p><p>com contagem diferencial normal;</p><p>plaquetas: 86 000/mcl (valor de</p><p>referência: 150 a 400 x 103 /mcl). Ao</p><p>exame físico procedido na consulta,</p><p>o paciente encontrase bastante</p><p>pálido, ictérico (+/4+), normotenso,</p><p>levemente taquicárdico (104 bpm) e</p><p>hidratado; exame do aparelho</p><p>cardiovascular revela apenas sopro</p><p>sistólico pancardíaco, enquanto o</p><p>exame do aparelho respiratório e do</p><p>abdome é normal. Contudo, ao</p><p>exame neurológico, é observada</p><p>perda da propriocepção consciente</p><p>e da sensibilidade vibratória nos</p><p>MMII, sendo o reflexo cutâneo-</p><p>plantar em extensão bilateral. Uma</p><p>hematoscopia realizada durante o</p><p>exame no ambulatório revela a</p><p>presença de plurissegmentação dos</p><p>neutrófilos. A etiologia mais</p><p>provável da anemia do paciente em</p><p>apreço é</p><p>A) hipotireoidismo.</p><p>B) anemia hemolítica autoimune.</p><p>C) anemia perniciosa.</p><p>D) deficiência de ácido fólico.</p><p>Comentário da questão</p><p>A deficiência de vitamina B12 pode</p><p>ser pela ingestão inadequada ou por</p><p>cirurgias, ou por doenças que</p><p>comprometem o sítio de absorção.</p><p>Dentro do último tópico apresenta a</p><p>anemia perniciosa. Ela é uma</p><p>anemia autoimune em que tem a</p><p>produção de anticorpos anti-células</p><p>parietais, que são as células do</p><p>estômago que produzem o fator</p><p>intrínseco.</p><p>O fator intrínseco liga-se à vitamina</p><p>B12 e facilita a absorção no íleo. E</p><p>qual seria um possível fator de risco</p><p>para o aparecimento da doença é a</p><p>gastrite atrófica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: o paciente não</p><p>apresenta alterações de</p><p>descompensação do</p><p>hipotireoidismo.</p><p>B - Incorreta: Não há nada no</p><p>enunciado que remeta à anemia</p><p>hemolítica, tal como aumento de</p><p>reticulócitos ou quadro clínico</p><p>súbito.</p><p>C - Correta: a hipótese diagnóstica</p><p>que mais contempla a ocorrência de</p><p>anemia macrocítica associada a</p><p>alterações ao exame neurológico.</p><p>Dosagem de ácido fólico,</p><p>Dosagem de homocisteína (elevada</p><p>em deficiência de vitamina B12)</p><p>Dosagem de ácido metilmalônico</p><p>(níveis elevados em casos</p><p>sugestivos de deficiência de</p><p>vitamina B12).</p><p>D - Incorreta: a deficiência de ácido</p><p>fólico, não são observadas</p><p>alterações ao exame neurológico.</p><p>QUESTÃO 47</p><p>De acordo com a portaria n. 2.436,</p><p>de 21 de setembro de 2017, que</p><p>aprovou a Política Nacional de</p><p>Atenção Básica, estabelecendo a</p><p>revisão de diretrizes para a</p><p>organização da Atenção Básica, no</p><p>âmbito do Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS), é diretriz do SUS e da Rede</p><p>de Atenção à Saúde a ser</p><p>operacionalizada na Atenção Básica</p><p>A) regionalização.</p><p>B) adaptação.</p><p>C) integralidade.</p><p>D) determinação.</p><p>Comentário da questão</p><p>Um marco legal que estabeleceu a</p><p>missão da Atenção Primária no</p><p>Brasil foi a PNAB de 2006,</p><p>reformulada em 2011 e novamente</p><p>em 2017. O objetivo da criação da</p><p>PNAB foi fortalecer a Atenção</p><p>Primária à Saúde (APS), além de</p><p>definir uma reorientação no modelo</p><p>de atenção, utilizando a Estratégia</p><p>de Saúde da Família (ESF) como</p><p>tática prioritária de expansão,</p><p>consolidação e qualificação da APS.</p><p>Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS),</p><p>princípios éticos/doutrinários e</p><p>com princípios</p><p>organizacionais/operativos.</p><p>1. Princípios</p><p>éticos/doutrinários:</p><p>• Universalidade: acesso a</p><p>todos os cidadãos;</p><p>• Integralidade: ações em</p><p>todas as esferas de cuidado</p><p>(prevenção, cura, reabilitação</p><p>etc.);</p><p>• Equidade: diminuição da</p><p>heterogeneidade.</p><p>2. Princípios</p><p>organizacionais/operativos:</p><p>• Descentralização: divisão de</p><p>poderes entre as esferas</p><p>políticas;</p><p>• Regionalização:</p><p>municipalização do cuidado;</p><p>• Hierarquização: assistência</p><p>organizada em níveis de</p><p>complexidade;</p><p>• Participação social:</p><p>conselhos e conferências;</p><p>• Resolubilidade: sempre</p><p>resolver o problema do</p><p>paciente de alguma forma;</p><p>• Complementariedade: é</p><p>possível contratar o privado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A regionalização está</p><p>descrita na Portaria como uma</p><p>diretriz do SUS que é aplicada na</p><p>atenção básica. São também</p><p>diretrizes a hierarquização, a</p><p>territorialização e a adscrição.</p><p>B - Incorreta: Adaptação não é um</p><p>termo descrito na PNAB.</p><p>C - Incorreta: a integralidade está,</p><p>sim, descrita na PNAB, mas não</p><p>como diretriz, e sim como princípio</p><p>da atenção básica, juntamente com</p><p>a universalidade e a equidade.</p><p>D - Incorreta: Determinação não é</p><p>um termo descrito na PNAB.</p><p>QUESTÃO 48</p><p>Segundo a Política Nacional da</p><p>Atenção Básica (2017), como</p><p>atribuição comum a todos os</p><p>membros das equipes que atuam na</p><p>Atenção Primária em Saúde,</p><p>inclusive ao médico, consta:</p><p>“Realizar busca ativa de internações</p><p>e atendimentos de</p><p>urgência/emergência por causas</p><p>sensíveis à Atenção Básica, a fim de</p><p>estabelecer estratégias que</p><p>ampliem a resolutividade e a</p><p>longitudinalidade pelas equipes que</p><p>atuam na Atenção Básica”.</p><p>Considerando as causas sensíveis e</p><p>o perfil de mortalidade por causa da</p><p>população brasileira, aquelas</p><p>estratégias com maior impacto para</p><p>a redução dessas causas de morte</p><p>na população de 50 anos e mais são</p><p>ações de</p><p>A) controle da hipertensão arterial e</p><p>do diabetes mellitus.</p><p>B) educação no trânsito e de</p><p>denúncia e prevenção de violência.</p><p>C) orientação aos trabalhadores,</p><p>visando reduzir acidentes de</p><p>trabalho e doenças ocupacionais.</p><p>D) rastreamento de câncer de</p><p>mama e câncer de próstata.</p><p>Comentário da questão</p><p>As recomendações de rastreio para</p><p>um paciente de qualquer sexo nessa</p><p>faixa etária e sem fatores de risco</p><p>são:</p><p>• Grau de evidência A:</p><p>o Colonoscopia a cada</p><p>10 anos em pacientes</p><p>de 50 a 75 anos para</p><p>rastreio de câncer</p><p>colorretal;</p><p>o Aferição de pressão</p><p>arterial em adultos a</p><p>partir dos 18 anos para</p><p>rastreio de</p><p>hipertensão arterial.</p><p>• Grau de evidência B:</p><p>o Dosagem de glicemia</p><p>de jejum, teste de</p><p>tolerância oral à</p><p>glicose ou</p><p>hemoglobina glicada</p><p>em adultos de 35 a 70</p><p>anos que estejam com</p><p>sobrepeso ou</p><p>obesidade para</p><p>rastreio de diabetes</p><p>mellitus tipo 2.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A hipertensão arterial</p><p>deve ser rastreada em todos os</p><p>adultos que desconheçam ser</p><p>hipertensos, e esse rastreio é feito</p><p>através da aferição da pressão</p><p>arterial.</p><p>A Diabetes mellitus deve ser</p><p>rastreado em adultos de 35 a 70</p><p>anos com sobrepeso/obesidade</p><p>através da dosagem de glicemia de</p><p>jejum, teste de tolerância oral à</p><p>glicose ou hemoglobina glicada.</p><p>B - Incorreta: Essas não são as</p><p>estratégias com maior impacto para</p><p>a redução das causas de morte na</p><p>população de 50 anos.</p><p>C - Incorreta: A hipertensão e o</p><p>diabetes mellitus são causas de</p><p>relevância muito maior.</p><p>D - Incorreta: mulheres com mais</p><p>de 50 anos é deve rastrear o câncer</p><p>de mama, através de mamografia a</p><p>cada 2 anos. Causas</p><p>cardiovasculares são causas mais</p><p>comuns de morte nessa população.</p><p>No caso do câncer de próstata não é</p><p>recomendado o rastreio pelo</p><p>Ministério da Saúde.</p><p>QUESTÃO 49</p><p>Uma mulher de 61 anos foi trazida</p><p>ao pronto-socorro devido à disartria</p><p>e hemiparesia direita há 3 horas. Ela</p><p>estava em uma reunião de trabalho</p><p>quando, subitamente, iniciou com</p><p>os sinais e sintomas. O serviço</p><p>móvel de urgência foi acionado e,</p><p>após a avaliação inicial, fez contato</p><p>com o pronto-socorro para a</p><p>receber a paciente. Não há relato de</p><p>episódios prévios, infarto do</p><p>miocárdio, cirurgias ou hemorragia</p><p>recentemente, apenas de</p><p>hipertensão arterial há 10 anos, em</p><p>uso de losartana 50 mg, 2 vezes ao</p><p>dia. O exame físico não apresenta</p><p>maiores alterações, exceto por</p><p>redução de força em membro</p><p>superior e inferior direito. A</p><p>paciente estava alerta, contudo,</p><p>parecia ter alguma dificuldade para</p><p>compreensão dos comandos do</p><p>médico urgencista. Sua pressão</p><p>arterial é de 120 x 80 mmHg,</p><p>frequência cardíaca = 92 bpm, com</p><p>18 movimentos respiratórios por</p><p>minuto. Se a tomografia</p><p>computadorizada de crânio não</p><p>mostrar sinais de sangramento, a</p><p>conduta a ser adotada</p><p>imediatamente é</p><p>A) encaminhamento para</p><p>tratamento endovascular.</p><p>B) admissão em unidade de terapia</p><p>intensiva para estabilização.</p><p>C) administração de Alteplase, via</p><p>endovenosa.</p><p>D) administração de ácido acetil</p><p>salicílico e observação em unidade</p><p>semi-intensiva.</p><p>Comentário da questão</p><p>O AVC tem como causas a</p><p>aterotrombose ou cardioembolia, e</p><p>o principal ponto aqui é que</p><p>podemos fazer uma medicação que</p><p>desfaça o trombo, os chamados</p><p>trombolíticos, devemos ter alguns</p><p>critérios:</p><p>• Ausência de sangramentos</p><p>na TC;</p><p>• Tempo <4,5 horas;</p><p>• Idade >18 anos.</p><p>Se o paciente preencher estes</p><p>critérios ele tem indicação de</p><p>trombólise, contraindicação</p><p>absolutas:</p><p>• AVE hemorrágico prévio (não</p><p>importa há quanto tempo);</p><p>• Dissecção de aorta;</p><p>• Diátese hemorrágica;</p><p>• Mal formação ou tumor do</p><p>SNC;</p><p>• AVC isquêmico nos último 3</p><p>meses;</p><p>• Trauma cranioencefálico</p><p>grave nos último 3 meses.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: o tratamento</p><p>endovascular é para trombos em</p><p>grandes artérias com Delta T de até</p><p>12 horas, principalmente se não</p><p>puder fazer a trombólise.</p><p>B - Incorreta: teremos que internar</p><p>a paciente em UTI, mas a questão</p><p>pede a conduta imediatamenta.</p><p>C - Correta: paciente apresenta</p><p>evolução de 3hs (dentro da janela de</p><p>4,5hs), não apresenta contra-</p><p>indicações, então, a conduta</p><p>imediata se a TC não apresentasse</p><p>sinais de sangramento essa será a</p><p>conduta.</p><p>D - Incorreta: Deverá fazer</p><p>trombólise na paciente, então não</p><p>se faz o AAS, espera-se ao menos</p><p>24 horas.</p><p>QUESTÃO 50</p><p>Uma mulher de 28 anos de idade,</p><p>com ciclos menstruais regulares,</p><p>procura atendimento na assistência</p><p>básica por causa de infertilidade,</p><p>pois está tentando engravidar há 2</p><p>anos sem sucesso. Queixa-se de</p><p>dismenorreia secundária de</p><p>intensidade moderada, com início</p><p>há 3 anos, e piora progressiva nos</p><p>últimos 6 meses. Gesta 1; para 0;</p><p>Aborto 1 (provocado aos 15 anos).</p><p>Ao exame físico, o colo uterino tinha</p><p>aspecto normal, o útero era</p><p>doloroso à mobilização, com um</p><p>nódulo endurecido na região</p><p>retrocervical e uma massa em</p><p>região anexial direita de 5 cm.</p><p>Considerando o quadro clínico,</p><p>antes de encaminhar a um serviço</p><p>especializado, o(a) médico(a) deve</p><p>solicitar primeiramente</p><p>A) histeroscopia.</p><p>B) ultrassonografia</p><p>transvaginal/pélvica.</p><p>C) exames hormonais (FSH, LH,</p><p>prolactina e TSH).</p><p>D) histerossalpingografia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente de 28 anos com o</p><p>diagnóstico de infertilidade, dada a</p><p>ausência de gestação após 1 ano de</p><p>coito regular sem proteção. Ela</p><p>apresenta ciclos menstruais</p><p>regulares e uma dismenorreia</p><p>secundária progressiva, o que</p><p>significa que já apresenta um</p><p>diagnóstico prévio de alteração do</p><p>sistema reprodutivo que gera dor</p><p>tipo cólica durante os ciclos</p><p>menstruais.</p><p>Ao exame ginecológico, o útero é</p><p>doloroso à mobilização e se observa</p><p>a presença de nódulo retrocervical e</p><p>anexial. Todas as características de</p><p>um quadro de endometriose,</p><p>definida pela presença de tecido</p><p>endometrial fora do útero. Nesse</p><p>sentido, o fundo de saco posterior,</p><p>ligamentos</p><p>uterossacros e ovários</p><p>são as localizações mais comuns.</p><p>Como no caso da nossa paciente, o</p><p>quadro de endometriose é</p><p>caracterizado por dismenorreia e</p><p>dificuldade para engravidar,</p><p>podendo ainda apresentar os outros</p><p>Ds da endometriose: dor pélvica</p><p>crônica, dispareunia, disúria e</p><p>disquesia.</p><p>O CA-125 é um marcador</p><p>frequentemente positivo nos</p><p>quadros de endometriose grave e</p><p>podem ser utilizados para</p><p>seguimento pós-tratamento.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: As histeroscopia é um</p><p>exame para avaliação do útero.</p><p>Como a endometriose é</p><p>caracterizada por endométrio fora</p><p>desse órgão, esse exame não se</p><p>mostra útil no caso.</p><p>B – Correta: Diante de uma suspeita</p><p>de endometriose, realizamos a</p><p>ultrassonografia transvaginal,</p><p>preferencialmente com preparo</p><p>intestinal, para visualização de</p><p>tecido endometrial fora do útero,</p><p>considerando a localização</p><p>preferencial desse tecido ectópico</p><p>na região anexial e fundo de saco.</p><p>C – Incorreta: Na vigência de um</p><p>sangramento uterino anormal na</p><p>menacme, é importante a dosagem</p><p>de beta-HCG, TSH e prolactina para</p><p>exclusão de gestação e doenças</p><p>funcionais. A paciente não</p><p>apresenta sangramento anormal</p><p>propriamente dito e o quadro é</p><p>bastante sugestivo de</p><p>endometriose, esses exames não</p><p>elucidarão o diagnóstico ou</p><p>mudarão a conduta junto ao</p><p>especialista.</p><p>D – Incorreta: A</p><p>histerossalpingografia é uma</p><p>radiografia para avaliar a</p><p>permeabilidade das tubas uterinas,</p><p>pode ser utilizado pelo especialista</p><p>para manejo da infertilidade.</p><p>QUESTÃO 51</p><p>Mulher de 38 anos foi internada na</p><p>enfermaria de clínica médica de</p><p>hospital universitário de ampla</p><p>complexidade, em função de quadro</p><p>de fibrilação atrial paroxística com</p><p>alta resposta ventricular, sem</p><p>instabilidade hemodinâmica, mas</p><p>associada a queixas recentes de</p><p>emagrecimento não intencional,</p><p>irritabilidade e tremores finos de</p><p>extremidades. Na anamnese</p><p>dirigida, a paciente confirmava a</p><p>presença de intolerância ao calor,</p><p>fadiga, fraqueza, amenorreia e</p><p>hiperdefecação. Ao exame físico,</p><p>além da taquiarritmia, foram</p><p>observados bócio difuso (com sopro</p><p>à ausculta local), exoftalmia,</p><p>tremores palpebrais frequentes,</p><p>mixedema pré-tibial e sobre o hálux</p><p>direito, hipocratismo digital e pele</p><p>quente e úmida. Administradas</p><p>duas doses sequenciais, com</p><p>intervalos de 5 minutos, de</p><p>metoprolol intravenoso (5 mg), após</p><p>redução da frequência cardíaca,</p><p>ocorreu reversão da arritmia para o</p><p>ritmo sinusal. Solicitados exames</p><p>complementares, resultados</p><p>revelaram TSH < 0,004 mUI/L (valor</p><p>de referência: 0,5 a 4,5 mUI/L) e T4</p><p>livre = 4,2 ng/dL (valor de referência:</p><p>0,9 a 2,0 ng/dL). Além de ser</p><p>mantido o tratamento com beta-</p><p>bloqueador, considerando o fato de</p><p>a paciente nunca ter sido</p><p>previamente tratada de sua doença,</p><p>a equipe médica optou por instituir</p><p>terapêutica direcionada à inibição</p><p>da função da enzima</p><p>tireoperoxidase, reduzindo a</p><p>oxidação e organificação do iodo na</p><p>tireoide, além de promover a</p><p>redução dos níveis de</p><p>autoanticorpos circulantes. A</p><p>intervenção terapêutica instituída</p><p>nesse sentido foi</p><p>A) radioiodo.</p><p>B) dexametasona.</p><p>C) metimazol.</p><p>D) colestiramina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Existem 3 formas de tratamento:</p><p>• Medicamento: metimazol e</p><p>propiltiouracil, associado a B-</p><p>bloqueadores para controle</p><p>dos sintomas adrenérgicos;</p><p>• Iodo radioativo: como a</p><p>tireoide capta muito iodo,</p><p>utilizamos de um iodo</p><p>especial que é capaz de</p><p>destruir a glândula. É a</p><p>terapia de escolha nos EUA;</p><p>• Cirurgia: reservado para</p><p>casos refratários às 2 terapias</p><p>citadas acima, pois a chance</p><p>do paciente apresentar</p><p>hipotireoidismo após o</p><p>procedimento é muito</p><p>grande.</p><p>O metimazol é preferível no</p><p>tratamento da condição em</p><p>praticamente todas as situações.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Esta forma de</p><p>tratamento provoca destruição da</p><p>tireoide, não diminui a função da</p><p>enzima tireoperoxidase.</p><p>B - Incorreta: Dexametasona não</p><p>provoca os efeitos citados pela</p><p>questão, mas pode ser utilizada na</p><p>crise tireotóxica.</p><p>C - Correta: Como explicado.</p><p>D - Incorreta: Colestiramina é um</p><p>fármaco sequestrador de ácidos</p><p>biliares, e não tem relação com a</p><p>tireoide.</p><p>QUESTÃO 52</p><p>Um homem, com 72 anos de idade,</p><p>foi tratado por equipe de</p><p>atendimento pré-hospitalar após ser</p><p>resgatado de pequeno quarto sem</p><p>janelas, em prédio onde ocorreu</p><p>incêndio com combustão de</p><p>material plástico inflamável, havia</p><p>fumaça no local. Apresentava</p><p>rouquidão, havia fuligem no</p><p>escarro, os cílios e as sobrancelhas</p><p>estavam queimados; foram</p><p>evidenciadas queimaduras de</p><p>segundo e terceiro graus na região</p><p>anterior do tronco, membro</p><p>superior direito e face. Com base</p><p>nos dados apresentados, assinale a</p><p>alternativa que apresenta a</p><p>prioridade para o atendimento</p><p>inicial da vítima.</p><p>A) Retirar roupas e adereços,</p><p>resfriar com água fria para</p><p>interromper o processo de</p><p>queimadura.</p><p>B) Controlar efetivamente a via</p><p>aérea com intubação traqueal.</p><p>C) Cobrir a área queimada com</p><p>campo estéril para auxiliar no alívio</p><p>da dor.</p><p>D) Obter acesso venoso para</p><p>hidratação e analgesia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Hidratação pela fórmula de</p><p>Parkland (lembre-se que agora é 2</p><p>mL x Kg x Área corporal queimada)</p><p>Primeira conduta frente a paciente</p><p>com sinais de eminência de</p><p>comprometimento de via aérea</p><p>(intubação orotraqueal)</p><p>• Queimaduras em face,</p><p>cavidade oral, sobrancelhas</p><p>queimadas</p><p>• Histórico de queimadura em</p><p>local fechado ("paciente se</p><p>encontrava desacordado</p><p>durante incêndio em sua</p><p>casa" ou "paciente se</p><p>encontrava em boate que</p><p>pegou fogo")</p><p>O comprometimento iminente de</p><p>via aérea e apresenta um achado a</p><p>mais: a rouquidão.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: essa conduta poderia</p><p>levar o paciente a uma hipotermia.</p><p>B - Correta: é a nossa conduta</p><p>prioritária.</p><p>C - Incorreta: Não é nossa conduta</p><p>prioritária.</p><p>D - Incorreta: primeiro vem a</p><p>segurança da via aérea (ABCDE).</p><p>QUESTÃO 53</p><p>Um paciente de 35 anos de idade,</p><p>vivendo com HIV/AIDS há alguns</p><p>anos, sem adesão à terapia</p><p>antirretroviral indicada (TARV), é</p><p>internado em hospital de média</p><p>complexidade com quadro de tosse</p><p>produtiva, febre e dor torácica,</p><p>associados à imagem radiológica</p><p>compatível com condensação em</p><p>base direita, sendo iniciado</p><p>tratamento com amoxicilina-</p><p>clavulanato. Revendo os exames de</p><p>admissão do paciente, o médico que</p><p>o atende percebe que o infiltrado</p><p>radiológico evolui com áreas de</p><p>cavitação, o que o leva a considerar</p><p>a hipótese diagnóstica de</p><p>tuberculose pulmonar atípica,</p><p>decorrente da presença de</p><p>imunossupressão. Visando a</p><p>proceder à investigação diagnóstica</p><p>indicada no caso, a recomendação</p><p>atual da Organização Mundial de</p><p>Saúde é que o teste diagnóstico de</p><p>1.a linha para tais pacientes com</p><p>doença pulmonar ativa, tendo ainda</p><p>a vantagem de detectar resistência</p><p>antimicrobiana, seria</p><p>A) pesquisa de bacilo álcool-ácido</p><p>resistente no escarro.</p><p>B) realização de ensaio de liberação</p><p>de gama-interferon no sangue</p><p>periférico.</p><p>C) amplificação automatizada de</p><p>ácido nucleico (ensaio Xpert</p><p>MTB/RIF) no escarro.</p><p>D) cultura de escarro (meio de</p><p>Lowenstein-Jensen).</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com HIV, apresenta</p><p>condensação pulmonar e mesmo</p><p>com o tratamento correto para uma</p><p>PAC, evoluí com formação de</p><p>cavitações, devemos pensar em</p><p>TBCC, pois o paciente com HIV tem</p><p>risco aumentado para esta infecção.</p><p>A resposta é o Gene Xpert, que</p><p>também pode ser chamado de</p><p>amplificação automatizada de ácido</p><p>nucleico no escarro, considerado de</p><p>eleição para o diagnóstico de TBC</p><p>pulmonar ativa. O único problema</p><p>deste exame é que não serve para</p><p>seguimento de tratamento.</p><p>O exame de escolha para</p><p>seguimento de tratamento é a</p><p>baciloscopia.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A baciloscopia não</p><p>detecta resistência a antibióticos</p><p>B - Incorreta É um exame de sangue</p><p>que não detecta resistência.</p><p>C - Correta: Como explicado.</p><p>D - Incorreta: A cultura é um exame</p><p>que demora muito tempo para ficar</p><p>pronto, pode detectar a resistência,</p><p>mas não é utilizado para</p><p>diagnóstico.</p><p>QUESTÃO 54</p><p>Uma lactente do sexo feminino, de</p><p>18 meses de idade, chega para</p><p>atendimento em Unidade Básica de</p><p>Saúde. A mãe informa que, há 3</p><p>dias, a criança apresentou quadro</p><p>de convulsão tônico-clônica</p><p>generalizada acompanhada de</p><p>versão ocular, liberação de esfíncter</p><p>vesical e sialorreia, com duração de</p><p>aproximadamente 10 minutos. No</p><p>momento, apresentava</p><p>temperatura axilar de 38° C. Foi</p><p>levada ao pronto atendimento,</p><p>onde chegou sem crise e recebeu</p><p>alta após 4 horas com diagnóstico</p><p>de resfriado comum. O episódio</p><p>convulsivo não se repetiu e a criança</p><p>está afebril há 48 horas. A mãe</p><p>relata episódio semelhante aos 11</p><p>meses de idade. A criança não</p><p>apresenta outros antecedentes</p><p>pessoais ou familiares relevantes. O</p><p>seu desenvolvimento</p><p>neuropsicomotor é normal e o</p><p>exame clínico não apresenta</p><p>alterações. Considerando os dados</p><p>clínicos da paciente, essa criança</p><p>apresenta A convulsão febril</p><p>simples.</p><p>A) mãe deve ser orientada quanto à</p><p>abordagem nos episódios febris e a</p><p>criança deve manter</p><p>acompanhamento de rotina na UBS</p><p>pelo caráter benigno do quadro.</p><p>B) convulsão febril simples. O</p><p>médico deve prescrever</p><p>benzodiazepínico (diazepam ou</p><p>nitrazepam) para uso durante os</p><p>episódios febris, com objetivo de</p><p>prevenir epilepsia futura.</p><p>C) convulsão febril complexa. A</p><p>criança deve realizar</p><p>eletroencefalograma e tomografia</p><p>computadorizada de crânio por não</p><p>ser o primeiro episódio convulsivo</p><p>febril apresentado.</p><p>D) convulsão febril complexa. Os</p><p>familiares precisam ser alertados</p><p>sobre a possibilidade de a criança</p><p>apresentar desempenho escolar</p><p>fraco futuramente como sequela</p><p>dos episódios convulsivos.</p><p>Comentário da questão</p><p>A crise convulsiva febril é a</p><p>desordem neurológica mais comum</p><p>em crianças, ocorrendo com mais</p><p>frequência entre 6 meses e 5 anos</p><p>de idade. Classifica-se como uma</p><p>crise típica se, na presença de pico</p><p>febril (geralmente > 39ºC), houver</p><p>crise convulsiva tônico-clônica</p><p>generalizada com duração < 15</p><p>minutos e que não se repete em 24</p><p>horas. A crise febril típica é um</p><p>quadro benigno na grande maioria</p><p>das vezes.</p><p>A crise atípica ocorre crises</p><p>convulsivas focais, com duração</p><p>maior que 15 minutos, repetidas ou</p><p>com persistência de déficits</p><p>neurológicos no pós-ictal. Nesse</p><p>caso, há indicação de investigação</p><p>complementar com tomografia</p><p>computadorizada de crânio e</p><p>eletroencefalograma. A crise atípica</p><p>está mais associada com o</p><p>desenvolvimento de epilepsia</p><p>futura.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: quadro de convulsão</p><p>tônico-clônica generalizada com</p><p>duração de 10 minutos enquanto</p><p>apresentava temperatura axilar de</p><p>38° C, essas são as características</p><p>que esperamos em uma crise</p><p>convulsiva febril simples. Nesses</p><p>casos devemos informar sobre a</p><p>benignidade do caso para a família e</p><p>acompanhamento ambulatorial da</p><p>criança.</p><p>B - Incorreta: O tratamento</p><p>medicamentoso, quando indicado</p><p>(em geral, em crises prolongadas),</p><p>sendo os benzodiazepínicos os</p><p>primeiros a serem utilizados</p><p>C e D - Incorretas: as características</p><p>das convulsões febris complexas:</p><p>For crise focal, seguida de alteração</p><p>neurológica pós ictal, duração > 15</p><p>min e recorrência nas primeiras 24</p><p>horas.</p><p>QUESTÃO 55</p><p>Quanto ao vírus HPV, suas formas</p><p>de imunização e diagnóstico,</p><p>podemos afirmar que</p><p>A) a vacina anti-HPV quadrivalente</p><p>consegue imunizar contra quatro</p><p>tipos virais de alto grau, o que a</p><p>torna indicada para pessoas de até</p><p>45 anos de idade.</p><p>B) a vacina anti-HPV quadrivalente,</p><p>apesar de proteger contra os tipos</p><p>não oncogênicos 6 e 11 do HPV, tem</p><p>a mesma eficácia que a bivalente na</p><p>prevenção das lesões intraepiteliais</p><p>do colo uterino.</p><p>C) as mulheres vacinadas contra o</p><p>HPV não têm mais a necessidade de</p><p>realizar o exame de Papanicolau,</p><p>pois, mesmo que tenham contato</p><p>com o vírus, elas não desenvolvem a</p><p>doença.</p><p>D) uma desvantagem da pesquisa</p><p>do DNA-HPV é a necessidade de</p><p>profissional treinado na coleta, o</p><p>que dificultaria o acesso a mulheres</p><p>com dificuldades geográficas e</p><p>resistentes à coleta por profissional</p><p>de saúde.</p><p>Comentário da questão</p><p>A quadrivalente protege contra</p><p>QUATRO tipos de HPV, 6, 11, 16 e</p><p>18, mas apenas os tipos 16 e 18 são</p><p>oncogênicos.</p><p>Os 6 e 11 são responsáveis pela</p><p>formação de verrugas genitais.</p><p>A vacina é indicada entre 11 e 14</p><p>anos para meninos, 9 a 14 para</p><p>meninas, 9 a 25 para homens</p><p>imunossuprimidos e 9 a 45 para</p><p>mulheres imunossuprimidos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Até 45 apenas se</p><p>mulher imunossuprimida.</p><p>B - Correta: Como revisado.</p><p>C - Incorreta: A vacina protege, mas</p><p>o contato com o HPV é tão comum</p><p>que não é incomum sua infecção</p><p>antes da vacina. A vacina ainda</p><p>protege, mesmo assim, com</p><p>redução de patogenicidade, mas</p><p>não é absoluta. Por isso, o</p><p>papanicolau se mantém como</p><p>importante método de prevenção</p><p>secundária.</p><p>D - Incorreta: A técnica de coleta</p><p>em lavado é mais fácil que a do</p><p>papanicolau. Sendo apenas não</p><p>utilizada devido aos custos do</p><p>método.</p><p>QUESTÃO 56</p><p>Paciente de 60 anos de idade,</p><p>masculino, procura hospital pronto-</p><p>socorro com história de parada de</p><p>eliminação de flatos e fezes há cerca</p><p>de 1 semana. Nega vômitos. Ao</p><p>exame físico, paciente em regular</p><p>estado geral, desidratado,</p><p>dispneico, taquicárdico. Abdome</p><p>globoso, hipertimpânico, doloroso à</p><p>palpação difusa, com sinais de</p><p>irritação peritoneal. Toque retal</p><p>com ampola retal vazia, sem fezes,</p><p>sem muco, sem sangue em “dedo-</p><p>deluva”. Solicitadas radiografias de</p><p>tórax e abdome, demonstrando</p><p>distensão volumosa de cólon e ceco</p><p>(maior que 12 cm), com níveis</p><p>hidroaéreos, sem distensão de</p><p>intestino delgado. Baseado nessas</p><p>informações, qual a conduta?</p><p>A) Sonda nasogástrica.</p><p>B) Observação.</p><p>C) Laparotomia exploradora.</p><p>D) Clister glicerinado.</p><p>Comentário da questão</p><p>Obstrução intestinal = parada de</p><p>eliminação de flatos e fezes.</p><p>• Alta: vômitos precoces,</p><p>podendo ser antes mesmo da</p><p>presença da dor abdominal.</p><p>• Baixa: vômitos tardios, com</p><p>dor abdominal aparecendo</p><p>antes dos vômitos.</p><p>Se sinais de irritação peritoneal a</p><p>conduta devera ser a indicação de</p><p>uma laparotomia exploradora.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: o paciente já</p><p>apresenta complicação do quadro</p><p>(irritação peritoneal), por isso não</p><p>podemos somente tentar</p><p>descomprimir o trato gastro-</p><p>intestinal.</p><p>B - Incorreta: Paciente esta grave</p><p>com sinais de irritação peritoneal,</p><p>devemos tomar alguma conduta.</p><p>C - Correta: Como explicado.</p><p>D - Incorreta: Outra conduta que</p><p>visa a descompressão do trato</p><p>gastrointestinal, mas o paciente já</p><p>apresenta complicação, por isso</p><p>devemos proceder à laparotomia</p><p>exploradora.</p><p>QUESTÃO 57</p><p>Em reunião da equipe da Estratégia</p><p>de Saúde da Família, localizada em</p><p>área litorânea da Região Nordeste</p><p>do Brasil, com os diretores do</p><p>sindicato dos trabalhadores em</p><p>carcinicultura (criação de camarão</p><p>em viveiros), principal atividade</p><p>econômica da região, é definida a</p><p>necessidade de desenvolver ações</p><p>educativas de proteção e ações de</p><p>diagnóstico precoce dos principais</p><p>agravos que acometem os</p><p>trabalhadores nessa atividade. A</p><p>atividade envolve longas jornadas</p><p>diuturnas de trabalho, além da</p><p>utilização de metabissulfito de sódio</p><p>para evitar o aparecimento de</p><p>manchas pretas nos crustáceos.</p><p>Considerando os principais agravos</p><p>determinados pelas condições de</p><p>trabalho, as atividades a serem</p><p>desenvolvidas deveriam priorizar</p><p>A) neoplasia cutânea e rinite e/ou</p><p>asma alérgica.</p><p>B) distúrbios osteomusculares e</p><p>dermatite por contato.</p><p>C) rinite e/ou asma alérgica e lesão</p><p>por esforço repetitivo.</p><p>D) distúrbio do sono e neoplasia</p><p>cutânea.</p><p>Comentário</p><p>do</p><p>HIV e, agora, com tuberculose</p><p>pulmonar, então devemos avaliar</p><p>resistência aos antirretrovirais e</p><p>iniciar o esquema para TBC.</p><p>Assim sendo:</p><p>A - Incorreta: Não iremos</p><p>atrasamos o esquema de TBC neste</p><p>caso.</p><p>B - Correta: Essa é a única</p><p>alternativa que preenche os</p><p>aspectos discutidos acima.</p><p>C - Incorreta: Devemos, sim, avaliar</p><p>a resistência aos antirretrovirais.</p><p>D - Incorreta: A quantificação de</p><p>linfócitos T CD4 não serve para</p><p>avaliar a resistência do vírus, apenas</p><p>a efetividade do tratamento atual.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Paciente teve parto cesárea há 8</p><p>dias e retorna à maternidade com</p><p>queixa de febre alta há 2 dias,</p><p>acompanhada de calafrios nas</p><p>últimas horas. Refere ainda dor</p><p>intensa em andar inferior do</p><p>abdome. A loquiação está escassa,</p><p>mas apresenta odor fétido. Ao</p><p>exame: regular estado geral,</p><p>temperatura 39 o C, PA = 100 x 60</p><p>mmHg, FC = 120 bpm, útero no</p><p>nível da cicatriz umbilical,</p><p>amolecido e doloroso à palpação.</p><p>Cicatriz de cesariana seca e limpa.</p><p>Mamas lactantes, com sinais de</p><p>ingurgitamento mamário e fissura</p><p>mamilar à esquerda, mas sem</p><p>evidência de mastite ou abscesso</p><p>mamário. Ultrassonografia não</p><p>evidenciou sinais ecográficos de</p><p>conteúdo anormal na cavidade</p><p>uterina ou na cavidade abdominal.</p><p>Hemograma com leucocitose e</p><p>desvio à esquerda. A conduta</p><p>indicada para esse caso é:</p><p>A) suspender amamentação e</p><p>iniciar antibioticoterapia com</p><p>clindamicina por via oral, em nível</p><p>ambulatorial.</p><p>B) manter amamentação e iniciar</p><p>antibioticoterapia com clindamicina</p><p>por via oral, em nível ambulatorial.</p><p>C) suspender a amamentação e</p><p>internar a paciente para curetagem</p><p>uterina de urgência e</p><p>antibioticoterapia intravenosa com</p><p>clindamicina e gentamicina.</p><p>D) manter a amamentação e iniciar</p><p>antibioticoterapia intravenosa com</p><p>clindamicina e gentamicina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Na questão temos a presença de:</p><p>• febre,</p><p>• útero aumentado e</p><p>amolecido,</p><p>• hemograma com leucocitose</p><p>Esses sinais são de endometrite e o</p><p>tratamento é com</p><p>antibioticoterapia.</p><p>A questão nos traz uma paciente</p><p>que foi submetida a cesariana e que</p><p>evolui no período puerperal com</p><p>involução uterina (útero está ao</p><p>nível da cicatriz umbilical com 7 dias</p><p>de parto), febre, loquiação fétida</p><p>em pequena quantidade e dor a</p><p>palpação. Imediatamente</p><p>pensamos na hipótese de:</p><p>endometrite.</p><p>Os dados apresentados pela</p><p>questão são clássicos endometrite e</p><p>somando ao fato que o parto foi</p><p>cesárea que é o principal fator de</p><p>risco para essa complicação.</p><p>Frente a um quadro de endometrite</p><p>a conduta será internar a paciente,</p><p>prescrever antibioticoterapia de</p><p>amplo espectro, pois essa infecção é</p><p>polimicrobiana.</p><p>A dupla de antibióticos clássicos da</p><p>GO são: clindamicina e</p><p>gentamicina intravenosa.</p><p>Devemos manter a</p><p>antibioticoterapia até que a</p><p>paciente se encontre afebril e</p><p>assintomática por 72h.</p><p>A e C - Incorretas: A endometrite</p><p>não é contraindicação a</p><p>amamentação. A questão também</p><p>tenta nos induzir a pensar em</p><p>mastite pela presença do</p><p>ingurgitamento mamário, mas a</p><p>mastite não contraindica a</p><p>amamentação.</p><p>B - Incorreta: no enunciado temos</p><p>um dado importante que torna essa</p><p>alternativa incorreta:</p><p>"Ultrassonografia não evidenciou</p><p>sinais ecográficos de conteúdo</p><p>anormal na cavidade uterina ou na</p><p>cavidade abdominal". Assim não</p><p>temos motivo para cogitarmos em</p><p>realizar a curetagem na paciente.</p><p>D - Correto:, iremos manter a</p><p>amamentação e prescrever</p><p>antibioticoterapia sistêmica para o</p><p>quadro de endometrite.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Paciente de 68 anos de idade, do</p><p>sexo masculino, hipertenso, vem em</p><p>consulta devido à queixa de</p><p>diminuição da acuidade auditiva e</p><p>sensação de plenitude auditiva à</p><p>direita. Paciente nega história de</p><p>perfuração timpânica ou de cirurgia</p><p>otológica. Ao realizar a otoscopia, o</p><p>médico de família visualiza a</p><p>membrana timpânica translúcida à</p><p>esquerda e identifica uma rolha de</p><p>cerume no conduto auditivo direito,</p><p>impedindo a visualização da</p><p>membrana timpânica. O médico</p><p>orienta o uso de emolientes para</p><p>remoção do cerume e retorno em 5</p><p>dias. No retorno, a rolha de cerume</p><p>ainda obstrui o conduto auditivo</p><p>direito completamente. Como</p><p>deverá ser feita a remoção do</p><p>cerume por irrigação?</p><p>A) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar em temperatura</p><p>ambiente, o scalp cortado de 4 cm</p><p>deve ter a extremidade introduzida</p><p>com a concavidade voltada para trás</p><p>e para baixo, o soro deve ser</p><p>instilado sob alta pressão e escoado</p><p>na cuba rim, e o médico deve avaliar</p><p>o conduto, por meio da otoscopia,</p><p>após a retirada completa da rolha de</p><p>cerume.</p><p>B) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar aquecido, o scalp cortado</p><p>de 4 cm deve ter a extremidade</p><p>introduzida com a concavidade</p><p>voltada para frente e para cima, o</p><p>soro deve ser instilado sob leve</p><p>pressão e escoado na cuba rim, e o</p><p>médico deve avaliar o conduto, por</p><p>meio da otoscopia, algumas vezes</p><p>durante o procedimento.</p><p>C) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar aquecido, o scalp cortado</p><p>de 10 cm deve ter a extremidade</p><p>introduzida com a concavidade</p><p>voltada para trás e para cima, o soro</p><p>deve ser instilado sob leve pressão e</p><p>escoado na cuba rim, e o médico</p><p>deve avaliar o conduto, por meio da</p><p>otoscopia, algumas vezes durante o</p><p>procedimento.</p><p>D) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar aquecido, o scalp cortado</p><p>de 10 cm deve ter a extremidade</p><p>introduzida com a concavidade</p><p>voltada para frente e para cima, o</p><p>soro deve ser instilado sob leve</p><p>pressão e escoado na cuba rim, e o</p><p>médico deve avaliar o conduto, por</p><p>meio da otoscopia, após a retirada</p><p>completa da rolha de cerume.</p><p>Comentário da questão</p><p>O procedimento de remoção de</p><p>cerume por irrigação é feito com</p><p>soro aquecido e scalp cortado de 4</p><p>cm.</p><p>Uma condição bem frequente de</p><p>perda de audição em pacientes</p><p>idosos é a formação da famosa</p><p>"rolha de cerume", onde o cerume</p><p>que é produzido no conduto</p><p>auditivo se impacta no ouvido</p><p>externo, provocando sensação de</p><p>plenitude auditiva, diminuição de</p><p>audição, dor, tontura e até mesmo</p><p>tosse.</p><p>Devemos realizar a extração desta</p><p>rolha de cerume, a qual é feita,</p><p>preferencialmente, por irrigação.</p><p>• O soro deve estar aquecido</p><p>não somente para ajudar na</p><p>retirada do cerume, mas</p><p>também para não causarmos</p><p>nistagmo, que vai causar</p><p>desconforto no paciente.</p><p>• Deve-se cortar 1 scalp a 4 cm,</p><p>e posicioná-lo em uma</p><p>seringa grande, com a saída</p><p>do scalp no ouvido do</p><p>paciente, com a concavidade</p><p>voltada para frente e para</p><p>cima.</p><p>• Pressionamos a seringa</p><p>levemente para injeção do</p><p>soro aquecido, o qual será</p><p>escoado na cuba rim.</p><p>• O médico deverá utilizar o</p><p>otoscópio para ir avaliando o</p><p>conduto durante o</p><p>procedimento.</p><p>A - Incorreta: Não utiliza o soro sob</p><p>alta pressão, pois pode danificar o</p><p>tímpano.</p><p>B - Correta: essa é a única</p><p>alternativa que contém todas as</p><p>informações corretas.</p><p>C e D - Incorretas: O scalp deve ser</p><p>cortado em 4 cm, e não 10 cm.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>Adolescente, 16 anos de idade, com</p><p>amenorreia primária, sem outras</p><p>queixas. Ao exame físico foi</p><p>constatada ausência de canal</p><p>vaginal. Ultrassonografia pélvica</p><p>mostrou ausência de útero.</p><p>Cariótipo 46XX. Qual dos seguintes</p><p>achados é esperado encontrar nessa</p><p>paciente?</p><p>A) Mamas normodesenvolvidas.</p><p>B) Ausência de ovários.</p><p>C) Gônadas em fita.</p><p>D) Hipertrofia clitoridiana.</p><p>Comentário da questão</p><p>A definição de amenorreia primária</p><p>é a ausência de menstruação aos 13</p><p>anos de idade sem a presença de</p><p>desenvolvimento de caracteres</p><p>sexuais secundários; ou aos 15 anos</p><p>com desenvolvimento de caracteres</p><p>sexuais secundários.</p><p>Diante de uma paciente com</p><p>amenorreia e mais nada, com</p><p>desenvolvimento sexual secundário</p><p>normal e nenhuma outra alteração,</p><p>temos que pensar mais em algum</p><p>problema estrutural na saída da</p><p>menstruação, isto é, no</p><p>compartimento</p><p>da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Questão anulada já que várias</p><p>alternativas poderiam ser respostas.</p><p>O metabissulfito de sódio é uma</p><p>substância irritante para a pele -</p><p>podendo causar dermatite de</p><p>contato; tóxica para o sistema</p><p>respiratório, podendo cursar com</p><p>falta de ar, tosse, cianose e</p><p>estertoração, além de quadro</p><p>semelhante a crise asmática; pode</p><p>ainda ser um irritante oftalmológico</p><p>e ainda está relacionado a</p><p>neuropatias e neoplasias,</p><p>principalmente quando inalados.</p><p>QUESTÃO 58</p><p>Um médico de maternidade pública</p><p>é chamado para realizar a sala de</p><p>parto de gestante de 35 semanas</p><p>com pré-eclâmpsia. Um recém-</p><p>nascido pesando 2,3 kg apresenta-</p><p>se banhado em líquido amniótico</p><p>meconial, hipotônico e respirando</p><p>de forma irregular. O médico</p><p>assistente decide levá-lo à mesa de</p><p>reanimação para realizar aspiração</p><p>de vias aéreas superiores sob calor.</p><p>Além disso, posiciona o pescoço em</p><p>leve extensão, aspira a boca e</p><p>narinas e seca o paciente. Após 30</p><p>segundos, o recém-nascido mostra</p><p>respiração irregular e frequência</p><p>cardíaca = 80 bpm. Considerando a</p><p>situação acima descrita, assinale a</p><p>alternativa que apresenta a próxima</p><p>conduta que deve ser tomada pelo</p><p>médico assistente.</p><p>A) Realizar ventilação com pressão</p><p>positiva com máscara facial.</p><p>B Realizar massagem cardíaca</p><p>externa.</p><p>C Realizar intubação orotraqueal.</p><p>D Realizar aspiração traqueal sob</p><p>visualização direta.</p><p>Comentário da questão</p><p>PPAS – Prover calor, posicionar,</p><p>aspirar boca e depois narina, se</p><p>necessário, secar. Perguntas que</p><p>temos que fazer para decidir a</p><p>conduta na sala de parto:</p><p>1. RN a termo?</p><p>2. Respirando e/ou chorando?</p><p>3. Tônus em flexão?</p><p>Paciente prematuro, teve a</p><p>indicação de ir para a mesa de</p><p>reanimação. Apesar disso, após os</p><p>30 segundos iniciais, o paciente</p><p>persiste com respiração irregular e</p><p>uma frequência cardíaca menor que</p><p>100 bpm.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A partir dessa situação,</p><p>temos indicação de ventilação com</p><p>pressão positiva por 30 segundos.</p><p>B - Incorreta: a massagem cardíaca</p><p>fica reservada para as situações em</p><p>que, após o segundo ciclo de VPP, a</p><p>FC esteja menor que 60 bpm.</p><p>C - Incorreta: após as 2 VPPs com</p><p>técnica adequada, a criança</p><p>permanecer com respiração</p><p>irregular/ apneia, deve seguir para</p><p>intubação orotraqueal.</p><p>D - Incorreta: A aspiração traqueal</p><p>sob visualização direta pode ser</p><p>feita nos RN nascidos banhados em</p><p>mecônio que, após os 30 segundos</p><p>iniciais da VPP, não apresentam</p><p>melhora.</p><p>QUESTÃO 59</p><p>Um recém-nascido com 20 dias de</p><p>vida é levado à consulta de</p><p>puericultura em Unidade Básica de</p><p>Saúde. A mãe foi diagnosticada com</p><p>tuberculose pulmonar após o parto</p><p>e já iniciou tratamento</p><p>medicamentoso. Ela nega qualquer</p><p>sintoma na criança. Gestação sem</p><p>intercorrências. Ao exame, o recém-</p><p>nascido mostra-se em bom estado</p><p>geral, corado, hidratado e ativo. Os</p><p>aparelhos cardiovascular e</p><p>respiratório apresentam-se</p><p>normais, assim como o abdome.</p><p>Considerando a história acima</p><p>descrita, assinale a alternativa que</p><p>contém a conduta indicada para</p><p>esse recém-nascido em relação ao</p><p>seu tratamento e aleitamento.</p><p>A) Manutenção do aleitamento</p><p>materno com uso de máscara por</p><p>parte da mãe e uso profilático de</p><p>isoniazida até o 3.o mês de vida,</p><p>quando o teste tuberculínico deverá</p><p>ser realizado.</p><p>B) Interrupção do aleitamento</p><p>materno por parte da mãe e uso</p><p>profilático de isoniazida até o 3.o</p><p>mês de vida, quando o teste</p><p>tuberculínico deverá ser realizado.</p><p>C) Manutenção do aleitamento</p><p>materno com uso de máscara por</p><p>parte da mãe e uso profilático de</p><p>isoniazida até o 6.o mês de vida,</p><p>quando o teste tuberculínico deverá</p><p>ser realizado.</p><p>D) Interrupção do aleitamento</p><p>materno por parte da mãe e uso</p><p>profilático de isoniazida até o 6.o</p><p>mês de vida, quando o teste</p><p>tuberculínico deverá ser realizado.</p><p>Comentário da questão</p><p>Recém-nascido com 20 dias de vida,</p><p>cuja mãe foi diagnosticada com</p><p>tuberculose pulmonar após o parto.</p><p>Deve-se prevenir de forma ativa a</p><p>infecção latente. Nesses pacientes,</p><p>não aplicamos a BCG e iniciamos</p><p>isoniazida por 03 meses. Após este</p><p>período realizamos o PPD. Caso ele</p><p>seja maior ou igual a 5 mm,</p><p>estendemos o tratamento por mais</p><p>6 meses; se menor que 5 mm,</p><p>interrompemos o tratamento e</p><p>vacinamos com a BCG. O</p><p>aleitamento, por sua vez, pode ser</p><p>mantido, desde que a mãe utilize</p><p>máscara cirúrgica durante a</p><p>amamentação.</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: não há necessidade de</p><p>se interromper o aleitamento, desde</p><p>que a mãe use máscara cirúrgica</p><p>durante a amamentação. Deve-se</p><p>iniciar isoniazida, como profilaxia,</p><p>até o 3.º mês de vida, quando o PPD</p><p>será realizado.</p><p>B – Incorreta: O aleitamento</p><p>materno não deve ser interrompido.</p><p>C – Incorreta: O uso profilático da</p><p>isoniazida deve ser feito até o 3.º</p><p>mês de vida. A extensão por mais 06</p><p>meses de tratamento ocorre</p><p>quando, após os primeiros 03 meses</p><p>de isoniazida, o PPD é igual ou</p><p>maior que 5 mm.</p><p>D – Incorreta: O aleitamento</p><p>materno não deve ser interrompido,</p><p>e a isoniazida deve ser usada até o</p><p>3.º mês!</p><p>QUESTÃO 60</p><p>Numa Unidade Básica de Saúde,</p><p>localizada em cidade de grande</p><p>porte, são atendidos, no intervalo</p><p>de 2 semanas, 3 casos de</p><p>leptospirose em trabalhadores de</p><p>limpeza e desentupimento de</p><p>esgotos. No que se refere à</p><p>vigilância ambiental, são ações</p><p>previstas pelo Ministério da Saúde</p><p>durante a investigação dos casos e</p><p>após identificação do local provável</p><p>de infecção</p><p>A) antirratização; desratização; e</p><p>informação, educação e</p><p>comunicação em saúde.</p><p>B) desratização; mutirão de</p><p>limpeza; controle de comunicantes.</p><p>C) informação, educação e</p><p>comunicação em saúde; busca ativa</p><p>de casos; vacinação de bloqueio.</p><p>D) drenagem de coleções hídricas;</p><p>sorologia nos comunicantes;</p><p>quimioprofilaxia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Doença de notificação compulsória</p><p>imediata, causada por bactérias</p><p>(Leptospira). O reservatório da</p><p>doença são ratos, que não</p><p>desenvolvem a doença quando</p><p>infectados e carregam a leptospira</p><p>nos rins, eliminando-a viva no meio</p><p>ambiente e contaminando água,</p><p>solo e alimentos. Dessa forma, a</p><p>transmissão para humanos se dá</p><p>pelo contato de urina contaminada</p><p>de forma direta ou indireta com pele</p><p>íntegra por grande período de</p><p>tempo, pele não integra ou</p><p>mucosas.</p><p>Então, a principal forma de se</p><p>combater a Leptospirose é evitar o</p><p>contato humano com os</p><p>reservatórios animais, e para isso</p><p>existem algumas estratégias como:</p><p>• Antirratização: consiste em</p><p>desenvolver todas as</p><p>alternativas preventivas</p><p>viáveis para tornar o</p><p>ambiente impróprio para a</p><p>sobrevivência dos roedores</p><p>ou impedir sua instalação,</p><p>como: deixar o ambiente</p><p>doméstico limpo; evitar</p><p>acúmulo lixo, saneamento</p><p>básico, armazenar os</p><p>alimentos em armários bem</p><p>fechados e geladeira,</p><p>dificultando o acesso dos</p><p>ratos e vedar pequenas</p><p>aberturas que possam</p><p>facilitar a entrada de ratos.</p><p>• Desratização: Após a</p><p>antirratização, esse passo</p><p>pode ser feito. São aplicados</p><p>produtos raticidas por</p><p>profissionais treinados, a fim</p><p>de eliminar os roedores.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: o controle de roedores</p><p>é uma das principais maneiras de</p><p>evitar a Leptospirose.</p><p>B - Incorreta: O controle de</p><p>comunicantes não cabe à Vigilância</p><p>Ambiental e sim à Vigilância</p><p>Epidemiológica.</p><p>C - Incorreta: ainda não existe</p><p>vacina para Leptospirose para uso</p><p>comercial.</p><p>D - Incorreta: Condutas médicas</p><p>como pedir exames e prescrever</p><p>medicamentos não cabem a</p><p>Vigilância Ambiental. Além disso,</p><p>caberá à Vigilância Epidemiológica</p><p>identificar casos e realizar</p><p>investigação adequada.</p><p>QUESTÃO 61</p><p>Uma lactente de 13 meses de idade,</p><p>de sexo feminino, é levada à</p><p>Unidade Básica de Saúde para</p><p>consulta de rotina. A mãe está</p><p>preocupada, pois a criança ainda</p><p>não é capaz de andar sem apoio.</p><p>Não há outras queixas. O pré-natal</p><p>materno não possui intercorrências;</p><p>nasceu de parto normal, com 40</p><p>semanas de idade gestacional;</p><p>Boletim de Apgar no 1.o minuto = 6;</p><p>no 5.o minuto = 9; e no 10.o minuto</p><p>= 10; com peso ao nascer = 3 200 g e</p><p>comprimento ao nascer = 50 cm. No</p><p>exame clínico neonatal, observou-se</p><p>estalido à manobra de Ortolani à</p><p>direita; na ocasião, realizou exame</p><p>ultrassonográfico de quadril</p><p>apresentando resultado I pelo</p><p>método de Graf. Recebeu alta no</p><p>segundo dia de vida. Sem</p><p>antecedentes pessoais ou familiares</p><p>relevantes. Desenvolvimento</p><p>neuropsicomotor prévio: sorriso</p><p>social aos 2 meses; fixou o pescoço</p><p>aos três meses; sentou sem apoio</p><p>aos sete meses; passou a distinguir</p><p>familiares de estranhos e a</p><p>reconhecer seu nome aos nove</p><p>meses; primeiras palavras com</p><p>significado aos 11 meses.</p><p>Atualmente engatinha, fica em pé</p><p>com apoio das mãos e arrisca alguns</p><p>passos sem apoio, mas logo cai; usa</p><p>copo com ajuda, compreende</p><p>ordens simples, bate palma, manda</p><p>beijo, fala “mama” e “papa” para</p><p>referir-se à mãe e ao pai</p><p>respectivamente. Não apresenta</p><p>alterações ao exame clínico. A</p><p>conduta adequada para essa</p><p>criança, considerando o</p><p>desenvolvimento da marcha é</p><p>A) manter acompanhamento de</p><p>rotina.</p><p>B) encaminhar para fisioterapia</p><p>motora para membros inferiores.</p><p>C) encaminhar ao neurologista</p><p>devido à anoxia perinatal.</p><p>D) encaminhar ao ortopedista por</p><p>suspeita de displasia congênita do</p><p>quadril.</p><p>Comentário da questão</p><p>1. Desenvolvimento social:</p><p>o Sorrir</p><p>espontaneamente = 2</p><p>meses;</p><p>o Olhar o examinador e</p><p>segui-lo em 180º = 4</p><p>meses;</p><p>o Leva mão a objetos = 5</p><p>meses;</p><p>o Apreensão a estranhos</p><p>= 10 meses;</p><p>o Bater palma = 11</p><p>meses;</p><p>o Dar tchau = 14 meses;</p><p>o Imita atividades</p><p>diárias = 16 meses.</p><p>2. Desenvolvimento Motor:</p><p>o Sustento cefálico = 4</p><p>meses;</p><p>o Sentar com apoio = 6</p><p>meses;</p><p>o Sentar sem apoio = 7</p><p>meses;</p><p>o Pinça superior = 10</p><p>meses;</p><p>o Em pé com apoio = 10</p><p>meses;</p><p>o Andar sem apoio = 15</p><p>meses.</p><p>3. Desenvolvimento da</p><p>Linguagem:</p><p>o Lalação = 6 meses;</p><p>o Primeiras palavras = 12</p><p>meses;</p><p>o Palavras - frase = 18</p><p>meses;</p><p>o Junta duas palavras =</p><p>2 anos;</p><p>o Frases gramaticais = 3</p><p>anos.</p><p>Uma criança com 13 meses que não</p><p>apresentou nenhuma alteração na</p><p>história obstétrica e nem na</p><p>maternidade. Vale lembrar que a</p><p>classificação de Graf I significa</p><p>quadris normais.</p><p>Aos primeiros 13 meses de vida,</p><p>atingiu todos os marcos do</p><p>desenvolvimento sem nenhum</p><p>atraso. Além disso, no momento,</p><p>encontra-se dentro do esperado</p><p>tendo em vista que a habilidade de</p><p>caminhar sem apoio só é cobrada a</p><p>partir de 15 meses de vida.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Essa criança encontra-</p><p>se dentro dos marcos do</p><p>desenvolvimento esperados para a</p><p>sua idade, portanto, não necessita</p><p>de acompanhamento especializado.</p><p>B - Incorreta: Essa criança não</p><p>apresenta nenhum tipo de alteração</p><p>motora.</p><p>C - Incorreta: O boletim de Apgar</p><p>dessa criança foi 9 e 10. Ou seja, ela</p><p>não apresentou anóxia ao</p><p>nascimento.</p><p>D - Incorreta: Não há suspeita de</p><p>displasia congênita do quadril</p><p>tendo.</p><p>QUESTÃO 62</p><p>Um homem de 27 anos de idade,</p><p>homoafetivo, com atividade sexual</p><p>ativa e passiva com múltiplos</p><p>parceiros, ocasionalmente sem uso</p><p>de preservativo, procura a Unidade</p><p>Básica de Saúde com quadro</p><p>arrastado de dor anorretal e</p><p>tenesmo retal, associado à descarga</p><p>anal mucopio-sanguinolenta, além</p><p>de febre, calafrios, cefaleia, mal-</p><p>estar, mialgias e "íngua" à direita.</p><p>Segundo informa, o quadro iniciou-</p><p>se há cerca de 7 dias. Nega</p><p>infecções sexualmente</p><p>transmissíveis recentes, tendo sua</p><p>última relação sexual não protegida</p><p>ocorrida 4 semanas antes. Nega ter</p><p>observado qualquer lesão ulcerada</p><p>genital ou anal no período. Suas</p><p>vacinações estão em dia, mas nunca</p><p>recebeu vacina contra o HPV. Ao</p><p>exame físico, o paciente se</p><p>apresenta em regular estado geral,</p><p>febril, com presença de adenopatia</p><p>inguinal supurativa unilateral, à</p><p>direita, dando saída a secreção</p><p>purulenta por diversos tratos</p><p>fistulosos locais; os linfonodos são</p><p>grandes, localizados acima e abaixo</p><p>do ligamento inguinal de Poupard,</p><p>sendo recobertos por pele</p><p>inflamada, fina e fixa aos planos</p><p>profundos. Anuscopia revela a saída</p><p>de secreção piossanguinolenta</p><p>local, com mucosa hiperemiada,</p><p>sem úlceras locais, sendo o toque</p><p>retal muito doloroso. É procedida</p><p>punção de um linfonodo inguinal</p><p>flutuante, sendo o material aspirado</p><p>encaminhado para coloração pelo</p><p>Gram e pesquisa em campo escuro,</p><p>que posteriormente não mostraram</p><p>a presença de bacilos Gram-</p><p>negativos agrupados em correntes</p><p>(tipo "cardume de peixe"), nem</p><p>Treponema pallidum. Medicado</p><p>com sintomáticos, o paciente</p><p>retorna duas semanas após para</p><p>saber os resultados, quando se</p><p>queixa de ter surgido dificuldade</p><p>para evacuar, exigindo muito</p><p>esforço. Ao toque retal, é palpado</p><p>um estreitamento concêntrico a</p><p>cerca de 5 cm da margem anal. A</p><p>melhor hipótese diagnóstica para o</p><p>caso e uma forma através da qual,</p><p>se disponível, poderia ser feito o</p><p>diagnóstico definitivo de tal</p><p>condição são</p><p>A) carcinoma escamoso de ânus;</p><p>pesquisa de HPV à biópsia por</p><p>retossigmoidoscopia.</p><p>B) linfogranuloma venéro; pesquisa</p><p>por teste de amplificação de ácidos</p><p>nucleicos no material da lesão</p><p>inguinal.</p><p>C) doença de Crohn; colonoscopia</p><p>com biópsia das lesões e pesquisa</p><p>de anticorpo anti-Saccharomyces</p><p>cerevisiae.</p><p>D) sarcoma de Kaposi anorretal;</p><p>sorologia no sangue com pesquisa</p><p>anticorpos anti-HHV8.</p><p>Comentario da questão</p><p>O linfogranuloma venéreo é indolor,</p><p>mas ao infeccionar o ânus, causa</p><p>uma necrose fistulizante que causa</p><p>dor intensa. Normalmente, é lesão</p><p>ulcerosa múltipla, indolor e causada</p><p>por Chlamydia trachomatis.</p><p>Tratamos com Azitromicina.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: HPV seria possível,</p><p>mas linfonodo reacional</p><p>inflamatório desse jeito não é</p><p>característico.</p><p>B - Correta: exato.</p><p>C - Incorreta: A queixa teria de ser</p><p>mais cronica, , com diarreia ou</p><p>constipação associadas a dor</p><p>abdominal.</p><p>D - Incorreta: Não justifica</p><p>linfonodos inflamados e fistulizados</p><p>dessa forma.</p><p>QUESTÃO 63</p><p>Paciente de 50 anos de idade,</p><p>masculino, obeso, diabético,</p><p>hipertenso, procura hospital pronto-</p><p>socorro com queixa de dispneia aos</p><p>pequenos esforços há 4 dias. Tosse</p><p>nãoprodutiva. Febre não-</p><p>mensurada. Refere anosmia e</p><p>ageusia. Ao exame, paciente em</p><p>mal estado geral, taquidispnéico,</p><p>taquicárdico, tossindo, com tiragem</p><p>intercostal e supraesternal.</p><p>Submetido a tomografia de tórax de</p><p>urgência, demonstrando mais de</p><p>70% de imagens “em vidro-fosco”</p><p>no parênquima pulmonar,</p><p>bilateralmente. Saturação de O2 de</p><p>60% em ar ambiente. O médico</p><p>assistente optou por internação</p><p>hospitalar de urgência e</p><p>subsequente intubação orotraqueal,</p><p>na mesma data da internação. Duas</p><p>tentativas de extubação, sem</p><p>sucesso, após 2 dias de intubação.</p><p>Com base nas informações</p><p>fornecidas, qual o momento para</p><p>indicar uma traqueostomia para</p><p>esse paciente?</p><p>A) Após 2 tentativas de extubação.</p><p>B) Após 10 dias de internação.</p><p>C) Após 7 dias de internação.</p><p>D) Após 2 dias de intubação.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>De acordo com as literaturas</p><p>consideram um tempo de 7-10 dias</p><p>de intubação indicamos a</p><p>traqueostomia, sendo assim, temos</p><p>2 respostas possíveis na questão.</p><p>QUESTÃO 64</p><p>Uma adolescente com 18 anos de</p><p>idade, procura assistência primária</p><p>para realizar o exame preventivo do</p><p>câncer do colo uterino. Sexarca aos</p><p>17 anos, em uso de contraceptivo</p><p>oral. De acordo com as diretrizes</p><p>brasileiras na prevenção do câncer</p><p>de colo uterino, qual deve ser a</p><p>conduta do agente de saúde?</p><p>A) Fazer o exame clínico e</p><p>ginecológico completo e coletar</p><p>material para o exame</p><p>citopatológico do colo uterino.</p><p>B) Coletar material para identificar o</p><p>DNA-HPV (captura híbrida), se</p><p>estiver disponível, pois</p><p>é mais</p><p>sensível que o exame citológico.</p><p>C) Colher a história clínica e</p><p>informar que não há necessidade de</p><p>realizar o exame preventivo antes</p><p>de completar 25 anos.</p><p>D) Coletar material para citologia e</p><p>caso tenha duas citologias normais</p><p>com intervalo de 1 ano, fazer a</p><p>coleta a cada 3 anos.</p><p>Comentário da questão</p><p>Como rastrear câncer de colo de</p><p>útero:</p><p>• Dos 25 aos 64 anos;</p><p>• Citologia oncótica pelo</p><p>método de Papanicolau;</p><p>• Frequência, Anualmente,</p><p>mas em caso de 2 negativos,</p><p>podemos fazer a cada 3 anos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Não realizamos o</p><p>rastreamento antes dos 25 anos.</p><p>Quão mais nova for a mulher, maior</p><p>a chance de ela se curar</p><p>espontaneamente, por isso seu</p><p>rastreamento não é custo-efetivo.</p><p>B - Incorreta: Não realizamos o</p><p>rastreamento antes dos 25 anos.</p><p>C - Correta: De acordo com o que</p><p>discutimos acima.</p><p>D - Incorreta: Não realizamos o</p><p>rastreamento antes dos 25 anos.</p><p>QUESTÃO 65</p><p>Um homem, com 20 anos de idade,</p><p>desempregado, reside em casa de</p><p>madeira com um cômodo junto com</p><p>o pai, mãe e 5 irmãos. Ele procurou</p><p>a Unidade de Saúde da Família, com</p><p>queixa de tosse, febre e dispneia há</p><p>mais ou menos 2 meses,</p><p>inicialmente aos esforços e</p><p>posteriormente em repouso. Nega</p><p>tuberculose (TB) anterior. Relata</p><p>que o pai teve tuberculose, porém</p><p>abandonou o tratamento 2 vezes.</p><p>Há 6 meses, foi solicitado</p><p>investigação dos contatos,</p><p>considerando o reingresso após</p><p>abandono do tratamento do pai,</p><p>porém nenhum dos membros da</p><p>família compareceu à unidade para</p><p>avaliação clínica e/ ou realizou os</p><p>exames. No atendimento de hoje, o</p><p>paciente realizou teste rápido</p><p>(IgM/IgG) para COVID-19 com</p><p>resultado negativo. Aplicando as</p><p>evidências científicas, preceitos</p><p>éticos e legais, assinale a afirmativa</p><p>com a melhor conduta.</p><p>A) Realizar avaliação clínica, coletar</p><p>e encaminhar 3 amostras de escarro</p><p>para realizar baciloscopia de</p><p>escarro, teste molecular rápido para</p><p>a TB (TMR-TB) e cultura de escarro,</p><p>solicitar raio-X, realizar o teste</p><p>rápido para o HIV, orientar o uso de</p><p>máscara de tecido, agendar nova</p><p>consulta e investigar os contatos.</p><p>B) Realizar avaliação clínica, coletar</p><p>e encaminhar 3 amostras de escarro</p><p>para realizar baciloscopia de</p><p>escarro, teste molecular rápido para</p><p>a TB (TMR-TB) e cultura de escarro,</p><p>solicitar raio-X, realizar o teste</p><p>rápido para o HIV, orientar o uso de</p><p>máscara de cirúrgica, investigar os</p><p>contatos e encaminhar o paciente</p><p>para o serviço de referência.</p><p>C) Realizar avaliação clínica, coletar</p><p>e encaminhar 2 amostras de escarro</p><p>para realizar teste molecular rápido</p><p>para a TB (TMR-TB) e cultura de</p><p>escarro, solicitar raio-X, realizar</p><p>teste rápido para o HIV, orientar o</p><p>uso de máscara cirúrgica, agendar</p><p>nova consulta e investigar os</p><p>contatos.</p><p>D realizar avaliação clínica, coletar e</p><p>encaminhar 2 amostras de escarro</p><p>para realizar baciloscopia e cultura</p><p>de escarro, solicitar raio-X, realizar</p><p>teste rápido para o HIV, orientar o</p><p>uso de máscara N-95, agendar nova</p><p>consulta e investigar os contatos.</p><p>Comentário da questão</p><p>Tuberculose a definição de casos</p><p>suspeitos como sendo todo</p><p>paciente com tosse por período > 3</p><p>semanas; note que nosso paciente</p><p>apresenta tosse, febre, dispneia a 2</p><p>meses e histórico de contato com</p><p>paciente portador de TBC.</p><p>Primeiro deve ser feito o</p><p>diagnóstico desta patologia com 2</p><p>amostras de escarro testadas pelo</p><p>Gene Xpert (teste molecular</p><p>rápido), que também detecta a</p><p>resistência a rifampicina.</p><p>Tambem deve se solicitar uma</p><p>radiografia de tórax para avaliar</p><p>complicações (cavitações, por</p><p>exemplo), além de indicarmos um</p><p>teste para HIV, como o teste rápido,</p><p>todos os pacientes com TB devem</p><p>ser investigados para HIV.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O preconizado é a</p><p>coleta de 2 amostras de escarro.</p><p>B - Incorreta: O preconizado é a</p><p>coleta de 2 amostras de escarro.</p><p>C - Correta: é a alternativa que</p><p>contempla todos os passos citados</p><p>acima.</p><p>D - Incorreta: O teste é o teste</p><p>molecular rápido, se disponível,</p><p>além de a máscara a ser indicada ser</p><p>a cirúrgica e não a N95.</p><p>QUESTÃO 66</p><p>Uma paciente de 53 anos de idade</p><p>comparece ao ambulatório de</p><p>Clínica Médica onde faz</p><p>acompanhamento regular de suas</p><p>doenças crônicas não transmissíveis</p><p>(DCNTS — hipertensão arterial</p><p>sistêmica, diabetes mellitus e</p><p>obesidade). Durante a consulta de</p><p>seguimento, a paciente manifesta</p><p>preocupação com um "caroço" que</p><p>detectou há cerca de 1 mês em sua</p><p>mama esquerda. Ela nega</p><p>emagrecimento, dor local ou</p><p>descarga mamilar. Além das</p><p>medicações que faz uso em razão</p><p>de suas DCNTs, a paciente vem em</p><p>uso de terapia de reposição</p><p>hormonal (TRH) desde que entrou</p><p>na menopausa, há 12 anos. Ela tem</p><p>5 filhos, tendo sua menarca ocorrida</p><p>de forma tardia (aos 15 anos). A</p><p>paciente não fuma, nem consome</p><p>álcool. Ao exame físico dirigido à</p><p>queixa atual, o médico detecta a</p><p>presença de lesão nodular de cerca</p><p>de 2,5 cm, endurecida, não aderida</p><p>a planos profundos e sem alterações</p><p>cutâneas adjacentes, localizada no</p><p>quadrante superior externo da</p><p>mama esquerda; não são</p><p>detectadas linfonodomegalias</p><p>axilares ou supraclaviculares</p><p>ipsilaterais. Considerando a</p><p>hipótese diagnóstica principal de</p><p>neoplasia maligna de mama, seus</p><p>fatores de risco relacionados e sua</p><p>rotina de investigação diagnóstica,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) O histórico de menarca tardia,</p><p>menopausa precoce e gestações</p><p>múltiplas são fatores de risco</p><p>reconhecidos.</p><p>B) Diferentemente da terapia de</p><p>contracepção conjugada (estrógeno</p><p>e progestágeno), a TRH não é fator</p><p>de risco para a doença.</p><p>C) Na idade da paciente, a</p><p>realização de ressonância</p><p>magnética local não aumenta a</p><p>especificidade das informações</p><p>obtidas com a mamografia.</p><p>D) A chance de a paciente</p><p>apresentar mutação hereditária no</p><p>gene BRCA1 é alta, particularmente</p><p>se seu tumor coexpressar</p><p>receptores de estrogênio,</p><p>progestágeno e HER2.</p><p>Comentário da questão</p><p>Mulher em uso de TRH com nódulo</p><p>mamário, com características</p><p>suspeitas (tamanho de 2,5cm é</p><p>grande, além de ser endurecido.</p><p>Devera ser feita a Mamografia</p><p>diagnóstica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta Ca de mama é um Ca</p><p>hormônio-dependente, ou seja,</p><p>quanto maior a exposição ao</p><p>estrogênio.</p><p>B - Incorreta estrogênio combinado</p><p>ou não é risco para câncer de mama.</p><p>C - Correta Esta é a que devemos</p><p>marcar.</p><p>D - Incorreta a paciente não possui</p><p>um histórico familiar forte ou uma</p><p>idade mais jovem, para pensarmos</p><p>em mutações.</p><p>QUESTÃO 67</p><p>Em uma equipe de Saúde da</p><p>Família, foi levantada a necessidade</p><p>de realizar ações de promoção da</p><p>saúde para o controle do câncer de</p><p>mama. Segundo o Instituto</p><p>Nacional do Câncer (INCA), que</p><p>ações intersetoriais e práticas</p><p>preventivas seriam mais eficazes</p><p>para esse fim?</p><p>A) Manutenção do peso corporal e a</p><p>prática regular de atividade física.</p><p>B) Controle de pressão arterial e</p><p>diabetes.</p><p>C) Incentivo a realizar autoexame de</p><p>mamas.</p><p>D) Incentivo à coleta de citologia</p><p>oncótica periodicamente.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Segundo o INCA, para prevenção</p><p>primária do câncer de mama,</p><p>devemos controlar ou eliminar os</p><p>fatores de risco conhecidos e</p><p>promover práticas e</p><p>comportamentos considerados</p><p>protetores.</p><p>Alternativas</p><p>B - Incorreta: Apesar de serem a</p><p>causa de diversas complicações e</p><p>grande carga de morbimortalidade</p><p>no nosso país, a hipertensão e a</p><p>diabetes não estão relacionadas ao</p><p>câncer de mama, portanto, seu</p><p>controle não afetaria a incidência</p><p>desse tipo de câncer.</p><p>C - Incorreta: O Ministério da Saúde</p><p>não recomenda mais o método do</p><p>autoexame das mamas.</p><p>Atualmente se preconiza apenas</p><p>que as mulheres sejam orientadas a</p><p>ter consciência do seu próprio corpo</p><p>com observação e palpação</p><p>ocasionais das suas mamas, sem o</p><p>ensino de uma técnica padronizada</p><p>e periódica como era</p><p>realizada no</p><p>método do autoexame.</p><p>D - Incorreta: A citologia oncótica é</p><p>recomendada, mas para a</p><p>prevenção do câncer de colo uterino</p><p>a partir dos 25 anos, se já tiverem</p><p>iniciado vida sexual, até os 64 anos</p><p>de idade.</p><p>QUESTÃO 68</p><p>Um recém-nascido de 15 dias é</p><p>levado à primeira consulta de</p><p>puericultura. A gestação correu sem</p><p>intercorrências. Mãe relata ser</p><p>asmática e fez uso de prednisona</p><p>oral durante toda a gestação. Parto</p><p>vaginal a termo. Peso de</p><p>nascimento = 3 500 g. Apgar 9/9.</p><p>Alta com 2 dias. Colheu teste do</p><p>pezinho no 4.o dia de vida. Ao</p><p>exame, o recémnascido mostra-se</p><p>em ótimo estado geral, corado e</p><p>hidratado. O exame cardiovascular</p><p>e respiratório sem anormalidades,</p><p>assim como o exame do abdome.</p><p>Considerando a história acima,</p><p>assinale a alternativa que apresenta</p><p>a doença cujo resultado no teste de</p><p>triagem neonatal pode ter seu</p><p>resultado modificado pela condição</p><p>clínica materna descrita.</p><p>A) Deficiência de biotinidase.</p><p>B) Anemia falciforme.</p><p>C) Hiperplasia adrenal congênita.</p><p>D) Fibrose cística.</p><p>Comentário da questão</p><p>O teste do pezinho rastreia 8</p><p>doenças: anemia falciforme e</p><p>hemoglobinopatias, fibrose cística,</p><p>fenilcetonúria, hiperplasia adrenal</p><p>congênita, hipotireoidismo</p><p>congênito, deficiência de</p><p>biotinidase e toxoplasmose</p><p>congênita. O teste deve ser</p><p>realizado preferencialmente entre o</p><p>3.º e o 5.º dia, sempre após 48 horas</p><p>de amamentação e nunca após 30</p><p>dias.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: é um defeito genético</p><p>que cursa com alteração do</p><p>metabolismo da biotina. Ela se</p><p>manifesta geralmente a partir da</p><p>sétima semana de vida, com</p><p>distúrbios neurológicos e cutâneos,</p><p>como alopecia, dermatite</p><p>eczematoide, crises epiléticas,</p><p>hipotonia, microcefalia e atraso do</p><p>desenvolvimento neuropsicomotor.</p><p>B - Incorreta: A anemia falciforme é</p><p>uma anemia hemolítica crônica e</p><p>hereditária que acontece pela troca</p><p>de dois aminoácidos na composição</p><p>da beta hemoglobina, resultando na</p><p>formação da hemoglobina S. Essas</p><p>hemoglobinas S, quando</p><p>desoxigenadas, agrupam-se em</p><p>polímeros que desestruturam a</p><p>membrana eritrocitária, dando a ela</p><p>uma forma de foice. Como essa</p><p>estrutura não é a ideal (bicôncava),</p><p>a hemácia fica mais frágil e o</p><p>paciente fica mais suscetível a</p><p>fenômenos de hemólise.</p><p>C - Correta: A hiperplasia adrenal</p><p>congênita é uma doença de caráter</p><p>autossômico recessivo onde</p><p>existem baixos valores circulantes</p><p>de cortisol. A deficiência de 21-</p><p>hidroxilase é a responsável por cerca</p><p>de 90% dos casos e acarreta um</p><p>aumento da 17-OH-Progesterona.</p><p>D - Incorreta: A fibrose cística cursa</p><p>com uma alteração nos canais de</p><p>cloro, o que gera a produção de</p><p>muco espesso que se acumula nos</p><p>pulmões e outras glândulas do</p><p>corpo, impedindo seu</p><p>funcionamento correto. O</p><p>diagnóstico de certeza fazemos o</p><p>teste de cloro no suor.</p><p>QUESTÃO 69</p><p>Um lactente masculino, com 5</p><p>semanas de vida, chegou no pronto-</p><p>socorro com história de vômitos em</p><p>jato (sem bile) logo após as</p><p>mamadas. A mãe relata que não</p><p>está entendendo porque ele não</p><p>está engordando. Nasceu com 3 500</p><p>g. Apesar dos vômitos, que tiveram</p><p>início pouco depois do nascimento,</p><p>ele demonstrava muita fome e</p><p>sugava “com vontade” o leite</p><p>materno, mas desde ontem está</p><p>hipoativo, quase não urina e a boca</p><p>está seca. O exame apresentou os</p><p>seguintes resultados: P = 3 600 g,</p><p>sinal da prega presente, mucosa</p><p>oral seca, hipoativo, perfusão</p><p>capilar em 4 segundos, massa</p><p>semelhante a uma azeitona,</p><p>discreta, firme, móvel, de 2 a 3 cm,</p><p>palpável no fundo do lado direito do</p><p>epigástrio. Sem outras</p><p>anormalidades. Considerando os</p><p>diagnósticos do lactente, qual</p><p>conduta médica deve ser adotada?</p><p>A) Hidratação venosa e fazer US</p><p>abdominal para esclarecer a</p><p>suspeita diagnóstica de base que</p><p>ocasionou o quadro.</p><p>B) Hidratar o paciente no domicílio e</p><p>solicitar acompanhamento</p><p>ambulatorial com pediatra.</p><p>C) Usar antiemético, fazer</p><p>hidratação venosa do paciente e</p><p>encaminhar para acompanhamento</p><p>ambulatorial.</p><p>D) Prescrever associação de fórmula</p><p>para complementar o leite materno</p><p>e fazer hidratação oral, plano B.</p><p>Comentário da questão</p><p>Vômitos em jato (sem bile) logo</p><p>após a mamada + apetite ávido +</p><p>massa semelhante à azeitona no</p><p>lado direito do epigástrio = estenose</p><p>hipertrófica do piloro</p><p>Consiste na obstrução do lúmen do</p><p>piloro por hipertrofia muscular do</p><p>piloro.</p><p>os sinais e sintomas dessa</p><p>patologia:</p><p>1. Vômitos em jato (sem bile)</p><p>logo após as mamadas;</p><p>2. Os lactentes se alimentam</p><p>avidamente;</p><p>3. As crianças aparentam estar</p><p>bem, diferentes das doenças</p><p>sistêmicas que cursam com</p><p>vômitos;</p><p>4. Ondas peristálticas gástricas</p><p>podem ser visíveis cruzando</p><p>o epigástrio da esquerda para</p><p>a direita;</p><p>5. Uma massa pilórica</p><p>semelhante a uma azeitona,</p><p>discreta, firme, móvel, de 2 a</p><p>3 cm pode ser palpável no</p><p>fundo do lado direito do</p><p>epigástrio e</p><p>6. Com a evolução da doença,</p><p>as crianças não ganham</p><p>peso, ficam desnutridas e</p><p>evoluem com desidratação.</p><p>A suspeição é clínica o diagnóstico</p><p>com a ultrassonografia. O</p><p>tratamento definitivo é cirúrgico,</p><p>com a piloromiotomia.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: O paciente apresenta</p><p>oligúria, sinal de prega presente,</p><p>mucosa oral seca, hipoativo e</p><p>perfusão capilar lentificada, sinais</p><p>de desidratação grave. Sendo</p><p>assim, esse paciente necessita de</p><p>uma reidratação venosa em</p><p>ambiente hospitalar. Além disso,</p><p>diante da suspeita de estenose</p><p>hipertrófica de piloro, deve-se</p><p>realizar a US abdominal para</p><p>confirmação diagnóstica.</p><p>B - Incorreta: Esse paciente</p><p>apresenta sinais de desidratação</p><p>grave como hipotonia e perfusão</p><p>lentificada e portanto não poderá</p><p>realizar a reidratação domiciliar.</p><p>C - Incorreta: Esse paciente</p><p>apresenta como principal hipótese</p><p>que justifique os vômitos frequentes</p><p>a estenose hipertrófica do piloro.</p><p>Sendo assim, não se justifica a</p><p>administração de antiemético</p><p>porque não irá corrigir o problema.</p><p>D - Incorreta: Esse lactente não</p><p>apresenta transtorno alimentar</p><p>relacionado à amamentação e, por</p><p>isso, não há necessidade de realizar</p><p>a complementação da dieta com</p><p>fórmula infantil.</p><p>QUESTÃO 70</p><p>Chega ao pronto-socorro da</p><p>maternidade uma gestante com 34</p><p>anos de idade com queixa de</p><p>sangramento vaginal abundante e</p><p>dor intensa. Esta é sua segunda</p><p>gestação. A primeira ocorreu há 3</p><p>anos e foi uma cesariana por</p><p>desproporção céfalo-pélvica. Ela</p><p>está fazendo pré-natal desde as 12</p><p>semanas e a idade gestacional no</p><p>momento da consulta é de 34</p><p>semanas, pela data da última</p><p>menstruação e ultrassom de 16</p><p>semanas. Fez os exames e</p><p>seguimento de pré-natal, sem</p><p>nenhuma intercorrência ou</p><p>alteração até as 32 semanas. Nas</p><p>últimas consultas de pré-natal a</p><p>gestante vinha apresentando</p><p>aumento de pressão arterial, sendo</p><p>medicada com metil-dopa. Ao</p><p>exame, apresenta face de dor,</p><p>descorada, PA = 150/90 mmHg,</p><p>pulso = 120 bpm. Estado afebril.</p><p>Dinâmica uterina de difícil</p><p>avaliação, difícil palpação de partes</p><p>fetais, dor intensa e tônus</p><p>aumentado. Batimentos cardíacos</p><p>fetais = 120 bpm, sem variabilidade.</p><p>Ao exame especular, apresenta</p><p>sangramento moderado,</p><p>visualizado colo impérvio e</p><p>sangramento proveniente do canal</p><p>cervical; não foi feito exame de</p><p>toque vaginal. O médico de plantão</p><p>opta por fazer uma cesariana de</p><p>urgência. Com base no caso</p><p>apresentado, a alternativa correta é</p><p>A) a cesariana está bem indicada,</p><p>pois o diagnóstico mais provável é</p><p>descolamento prematuro de</p><p>placenta e não há sinais de parto</p><p>iminente.</p><p>B) a cesariana está bem indicada,</p><p>pois o diagnóstico mais provável é</p><p>placenta prévia, que é uma</p><p>indicação absoluta de via alta.</p><p>C) a cesariana não deve ser indicada</p><p>antes de realizar um ultrassom para</p><p>avaliar a causa do sangramento.</p><p>D) a cesariana não está bem</p><p>indicada, pois casos de hipertensão</p><p>com uma cesárea prévia</p><p>não</p><p>indicam absolutamente cesariana.</p><p>Comentário da questão</p><p>Sangramentos da segunda metade:</p><p>descolamento prematuro de</p><p>placenta, placenta prévia e roturas.</p><p>A presença de dor + hipertonia +</p><p>hipertensão = descolamento</p><p>prematuro de placenta.</p><p>DPP, uma emergência obstétrica,</p><p>com perigo maternofetal iminente.</p><p>A mãe e o feto podem chocar pela</p><p>intensa hemorragia. A conduta é</p><p>independentemente da idade</p><p>gestacional, resolver a gestação.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: É a melhor opção.</p><p>B - Incorreta: Não é absoluta!</p><p>Depende das condições do parto.</p><p>C e D - Incorretas: Temos de</p><p>resolver o parto via cesárea; é a</p><p>nossa prioridade, já que não há</p><p>condições clínicas para aguardar</p><p>parto vaginal.</p><p>QUESTÃO 71</p><p>Uma mulher de 30 anos de idade</p><p>busca orientação ginecológica</p><p>quanto ao uso de método</p><p>contraceptivo. O motivo principal</p><p>da troca é o sangramento irregular</p><p>nos últimos 6 meses e a mulher não</p><p>quer correr o risco de engravidar.</p><p>Gesta 2; para 2; abortos 0. Nega</p><p>comorbidades. Atualmente em uso</p><p>de contraceptivo oral combinado</p><p>(15 mcg de etinilestradiol e 60 mcg</p><p>de gestodeno). Diante do caso</p><p>apresentado, o profissional de</p><p>saúde deve</p><p>A) trocar o método por um</p><p>anticoncepcional injetável</p><p>trimestral.</p><p>B) iniciar pílula de desogestrel 75</p><p>mcg após 1 mês de intervalo.</p><p>C) interromper o método por 3</p><p>meses e reiniciar o mesmo</p><p>esquema.</p><p>D) trocar por compostos com doses</p><p>mais elevadas de estrogênio.</p><p>Comentário da questão</p><p>Essa questão nos traz uma paciente</p><p>de 30 anos que possui</p><p>sangramentos irregulares há 6</p><p>meses em uso de contraceptivo oral</p><p>combinado nas seguintes doses:</p><p>15mcg de etinilestradional e 60mcg</p><p>de gestodeno.</p><p>Os sangramentos irregulares são</p><p>bastantes comuns nos três</p><p>primeiros ciclos do anticoncepcional</p><p>hormonal combinado. Após esse</p><p>periodo, precisamos começar a</p><p>pensar sobre aumentar a dose do</p><p>estrogênio para controle desse</p><p>“spotting”.</p><p>A presença do estrogênio em doses</p><p>maiores é capaz de impedir esse</p><p>tipo de sangramento irregular.</p><p>Além do aumento da dosagem</p><p>estrogênica, podemos optar ainda</p><p>pela adição de estrogênio por 2</p><p>semanas ao método em uso ou</p><p>ainda pela utilização de anti-</p><p>inflamatórios.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: Como a paciente já</p><p>faz uso de anticoncepcional oral</p><p>combinado há 6 meses, podemos</p><p>tentar apenas aumentar as doses</p><p>estrogênicas sem trocar</p><p>completamente o método. Caso</p><p>não funcione, podemos optar pela</p><p>mudança do método contraceptivo.</p><p>B – Incorreta: A pílula de</p><p>desogestrel isolado provavelmente</p><p>não auxiliaria a paciente no controle</p><p>dos sangramentos irregulares por</p><p>causar atrofia endometrial.</p><p>C – Incorreta: Não há evidência em</p><p>fazer uma pausa no uso do método</p><p>para controle dos “spottings”, além</p><p>da possibilidade de a paciente</p><p>engravidar nesse período, o que não</p><p>é de seu desejo.</p><p>D – Correta: Exatamente! O</p><p>aumento das doses estrogênicas</p><p>seria capaz de controlar seus</p><p>sangramentos irregulares,</p><p>resolvendo a principal queixa da</p><p>paciente com contracepção</p><p>preservada.</p><p>QUESTÃO 72</p><p>Um escolar de 7 anos de idade, de</p><p>sexo masculino, é admitido no</p><p>pronto atendimento com queixa de</p><p>febre há 5 dias, acompanhada de</p><p>cefaleia, dor retro-orbital, mialgia,</p><p>prostração e anorexia. Hoje, houve</p><p>aparecimento de exantema</p><p>maculopapular pruriginoso por todo</p><p>corpo. Foi realizada Prova do Laço</p><p>com presença de 15 petéquias no</p><p>local examinado. Pesquisa do</p><p>antígeno NS1 com resultado</p><p>reagente. Com base no quadro</p><p>apresentado, esse paciente</p><p>apresenta dengue com qual</p><p>classificação?</p><p>A) Grupo A: acompanhar</p><p>ambulatorialmente com orientação</p><p>de reidratação oral e sintomáticos.</p><p>B) Grupo A: solicitar hemograma e</p><p>orientar retorno em 24 horas para</p><p>checagem do resultado.</p><p>C) Grupo B: solicitar hemograma e</p><p>manter em observação até</p><p>obtenção do resultado do exame.</p><p>D) Grupo B: solicitar hemograma e</p><p>manter em leito de internação por</p><p>pelo menos 48 horas.</p><p>Comentário da questao</p><p>Classificação segundo a gravidade</p><p>da dengue, que é dividida em</p><p>grupos:</p><p>• Grupo A: paciente sem sinais</p><p>de alerta e prova do laço</p><p>negativa, sem comorbidades.</p><p>Podem fazer tratamento</p><p>ambulatorial, com hidratação</p><p>em domicílio.</p><p>• Grupo B: paciente sem sinais</p><p>de alerta, prova do laço</p><p>positiva e/ou comorbidades</p><p>(gravidez, diabetes,</p><p>hipertensão). Grupo onde se</p><p>deve reclassificar paciente e,</p><p>para isso, precisamos de um</p><p>hemograma e observação e</p><p>aguardar o resultado. Se não</p><p>houver hemoconcentração (</p><p>hematocrio elevado de</p><p>acordo a idade e sexo), o</p><p>paciente é considerado do</p><p>grupo A, se houver, ele é</p><p>considerado um paciente do</p><p>grupo C.</p><p>• Grupo C: paciente com sinais</p><p>de alerta (dor abdominal,</p><p>vômitos persistentes,</p><p>sangramentos, elevação do</p><p>hematocrito, entre outros).</p><p>Neste caso o paciente deve</p><p>ser tratado em regime</p><p>hospitalar.</p><p>• Grupo D: paciente com sinais</p><p>de choque; é o paciente que</p><p>deve ser tratado em regime</p><p>de UTI.</p><p>O paciente da questão não</p><p>apresenta comorbidades, nem</p><p>sinais de alerta, mas tem prova do</p><p>laço positiva, o que o classifica</p><p>como grupo B. Por isso, devemos</p><p>solicitar um hemograma e o manter</p><p>em regime de observação até o</p><p>resultado do mesmo, para fazermos</p><p>a reclassificação do paciente.</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Incorretas: O paciente é</p><p>classificado como grupo B.</p><p>C - Correta: É a conduta a ser</p><p>seguida neste paciente.</p><p>D - Incorreta: Devemos solicitar um</p><p>hemograma, mas a observação</p><p>deste paciente deve ser feita até o</p><p>resultado do HMG, não por 48</p><p>horas.</p><p>QUESTÃO 73</p><p>Atuando como médico da equipe de</p><p>Estratégia de Saúde da Família,</p><p>durante a pandemia da COVID-19, e</p><p>seguindo o “Protocolo de Manejo</p><p>Clínico do Coronavírus (COVID-19)</p><p>na Atenção Primária à Saúde”,</p><p>publicado pelo Ministério da Saúde,</p><p>adotou-se o “Fast-Track para</p><p>Síndrome Gripal”, sendo este um</p><p>método derivado de protocolo de</p><p>triagem em emergências. Com</p><p>relação a esse protocolo,</p><p>A) o médico deve classificar a</p><p>gravidade e verificar condições</p><p>clínicas de risco que indicam</p><p>encaminhamento do paciente para</p><p>centro de referência/atenção</p><p>especializada.</p><p>B) deve ser adotado por Unidades</p><p>Básicas de Saúde ou Unidades de</p><p>Pronto Atendimento, que são</p><p>referências para atendimento de</p><p>sintomáticos respiratórios, com</p><p>objetivo de avaliar indicação de</p><p>internação em Unidade de Terapia</p><p>Intensiva.</p><p>C) ele substitui o protocolo de</p><p>Manchester, devendo ser utilizado</p><p>no acolhimento pelos profissionais</p><p>de enfermagem, a fim de definir o</p><p>acesso do paciente à Unidade</p><p>Básica de Saúde ou seu</p><p>encaminhamento para Unidade de</p><p>Pronto Atendimento.</p><p>D) trata-se de fluxograma de uso</p><p>exclusivo de médicos e enfermeiros,</p><p>visando a avaliar a gravidade do</p><p>paciente, a indicação de isolamento</p><p>com precaução de contato e a</p><p>necessidade de encaminhamento</p><p>para atenção hospitalar de</p><p>referência.</p><p>Comentário da questão</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, o</p><p>manejo clínico da Síndrome Gripal</p><p>na APS/ESF difere frente a</p><p>gravidade dos casos:</p><p>Casos leves, inclui medidas de</p><p>suporte e conforto, isolamento</p><p>domiciliar e monitoramento até alta</p><p>do isolamento.</p><p>Casos graves, inclui a estabilização</p><p>clínica e o encaminhamento e</p><p>transporte a centros de referência</p><p>ou serviço de urgência/emergência</p><p>ou hospitalares.</p><p>A APS/ESF deve assumir papel</p><p>resolutivo frente aos casos leves e</p><p>de identificação precoce e</p><p>encaminhamento rápido e correto</p><p>dos casos graves, mantendo a</p><p>coordenação do cuidado destes</p><p>últimos.</p><p>Passos:</p><p>1. Identificação de caso</p><p>suspeito de Síndrome Gripal</p><p>e de COVID-19;</p><p>2. Medidas para evitar contágio</p><p>na UBS;</p><p>3. Estratificação da gravidade</p><p>da Síndrome Gripal;</p><p>4. Casos leves: manejo</p><p>terapêutico e isolamento</p><p>domiciliar;</p><p>5. Casos graves: estabilização e</p><p>encaminhamento a serviços</p><p>de urgência/emergência ou</p><p>hospitalares;</p><p>6. Notificação Imediata;</p><p>7. Monitoramento</p><p>clínico;</p><p>8. Medidas de prevenção</p><p>comunitária e apoio à</p><p>vigilância ativa.</p><p>Nos casos suspeitos de Síndrome</p><p>Gripal. Deve ser feita a identificação</p><p>precoce na recepção da Unidade</p><p>Básica de Saúde seguindo o Fast-</p><p>Track para Síndrome Gripal.</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: o médico da atenção</p><p>primária deve classificar a gravidade</p><p>e verificar fatores riscos que indicam</p><p>encaminhamento para centro de</p><p>referência.</p><p>B – Incorreta: O documento</p><p>determina condutas para a atenção</p><p>primária em saúde e não para</p><p>Unidades de Pronto Atendimento</p><p>(UPA).</p><p>C – Incorreta: Após triagem, o</p><p>paciente deve passar por consulta</p><p>presencial com enfermeiro e</p><p>médico, de acordo com processo de</p><p>trabalho local. É imprescindível a</p><p>realização de consulta médica a fim</p><p>de estratificar a gravidade por meio</p><p>de anamnese e exame físico.</p><p>D – Incorreta: O Fast-track inclui</p><p>Agente Comunitário de Sáude,</p><p>Enfermeiro, médico e técnico de</p><p>enfermagem.</p><p>QUESTÃO 74</p><p>Um paciente, em tratamento para</p><p>infecção por HIV há 5 anos, com boa</p><p>aderência ao tratamento e carga</p><p>viral indetectável em exame</p><p>realizado há 1 mês, procurou a</p><p>Unidade Básica de Saúde para</p><p>consulta médica. O médico no</p><p>atendimento verificou que o</p><p>paciente trouxe resultado de exame</p><p>de escarro que mostrou a presença</p><p>de bacilo álcool ácido resistente</p><p>(valor de referência: negativo) feito</p><p>há 10 dias. Foi verificado que a</p><p>cultura ainda não havia ficado</p><p>pronta. Frente a esse caso, o médico</p><p>deveria</p><p>A) suspender o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose.</p><p>B) manter o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose antes do</p><p>resultado da cultura.</p><p>C) suspender o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose apenas</p><p>após o resultado da cultura.</p><p>D) suspender o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose de</p><p>imediato.</p><p>Devemos iniciar de imediato o</p><p>tratamento da tuberculose e após</p><p>passado algum tempo (depende da</p><p>gravidade da infecção pelo HIV,</p><p>quanto mais grave devemos</p><p>começar antes, sendo o tempo</p><p>mínimo de 2 semanas, podendo</p><p>chegar até 2 meses) iniciaremos a</p><p>TARV para tratar o HIV do paciente.</p><p>Lembre-se que esse detalhe de</p><p>atrasarmos a TARV tem como</p><p>objetivo evitar a síndrome da</p><p>reconstituição imune:</p><p>• Basicamente, com a</p><p>introdução da TARV, o</p><p>sistema imune do paciente</p><p>que antes não lutava, começa</p><p>a lutar contra a bactéria, o</p><p>que provoca uma piora de</p><p>quadro geral no paciente,</p><p>com muitos sintomas.</p><p>Resumindo: Se o paciente já fazia</p><p>uso de TARV não devemos</p><p>interrompê-la quando iniciarmos o</p><p>tratamento de tuberculose.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Não suspendemos o</p><p>tratamento do HIV.</p><p>B - Correta: Exatamente! Como</p><p>explicado acima.</p><p>C e D - Incorretas: Como já citado,</p><p>não suspendemos o tratamento</p><p>contra o HIV.</p><p>QUESTÃO 75</p><p>Um homem de 67 anos de idade,</p><p>tabagista inveterado (carga</p><p>tabágica = 82 maços-ano), retorna</p><p>ao ambulatório de clínica médica</p><p>para trazer os resultados dos</p><p>exames complementares que</p><p>haviam sido solicitados na sua</p><p>última consulta, quando havia se</p><p>queixado de dispneia aos esforços e</p><p>tosse crônica produtiva. Reunindo</p><p>os dados da anamnese e do exame</p><p>físico, o médico que o atendera</p><p>considerou como mais provável o</p><p>diagnóstico de doença pulmonar</p><p>obstrutiva crônica (DPOC),</p><p>solicitando, entre outros exames, a</p><p>realização de uma espirometria. No</p><p>resultado desse exame, foram</p><p>registrados os valores do volume</p><p>expiratório forçado no 1.o segundo</p><p>(VEF1), da capacidade vital (CVF),</p><p>da relação VEF1/CVF, do FEF25-75</p><p>(fluxo medioexpiratório forçado</p><p>entre 25% e 75% da CVF) e a</p><p>resposta ao estímulo com</p><p>broncodilatador (REB). Para</p><p>confirmar tal impressão diagnóstica,</p><p>o resultado que deve estar</p><p>indispensavelmente presente em</p><p>sua espirometria é</p><p>A) FEF25-75 superior a 100% do</p><p>previsto.</p><p>B) REB com aumento do VEF1 maior</p><p>que 200 mL.</p><p>C) VEF1 inferior a 80% do previsto</p><p>antes ou após broncodilatador.</p><p>D) VEF1/CVF inferior a 0,7 mesmo</p><p>após broncodilatador.</p><p>Comentário da questão</p><p>Doença pulmonar obstrutiva crônica</p><p>é caracterizada por um padrão</p><p>obstrutivo irreversível, ao contrário</p><p>da asma (que é reversível).</p><p>Uma espirometria pré-</p><p>broncodilatador e pós-</p><p>broncodilatador, consideramos que</p><p>é reversível quando:</p><p>• Ocorre aumento de mais de</p><p>12% de VEF1 entre as provas;</p><p>• Ocorre aumento de mais de</p><p>200 mL no VEF1 entre as</p><p>provas;</p><p>• A relação VEF1/CVF fica</p><p>maior de 70% na prova pós</p><p>broncodilatador.</p><p>Ou seja, na DPOC não pode haver</p><p>nenhum dos critérios citados acima.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: se refere ao volume</p><p>expiratório médio, é utilizado</p><p>principalmente para vermos</p><p>padrões obstrutivos das vias aéreas</p><p>periféricas, não entra em critério de</p><p>DPOC.</p><p>B - Incorreta: Se tivermos um</p><p>aumento de 200 mL, indica padrão</p><p>reversível. Ou seja, nos afasta de</p><p>DPOC.</p><p>C - Incorreta: o detalhe é que</p><p>distúrbios restritivos também</p><p>cursam com diminuição de VEF1,</p><p>mas o CVF também estará</p><p>diminuído nestes casos, o que leva a</p><p>relação VEF1/CVF a ficar >70%.</p><p>D - Correta: Se o paciente</p><p>apresenta relação VEF1/CVF < 70%</p><p>mesmo após broncodilatador, nos</p><p>indica que temos um padrão</p><p>obstrutivo irreversível, que é</p><p>característico de DPOC.</p><p>QUESTÃO 76</p><p>Paciente de 40 anos de idade, sexo</p><p>feminino, procura unidade pública</p><p>de pronto atendimento com queixa</p><p>de dor em ferida operatória de</p><p>ressecção de “nódulo” de 5 cm de</p><p>diâmetro, na região escapular</p><p>direita, há 2 dias. Ao exame, ferida</p><p>cirúrgica com edema, eritema, calor</p><p>e dor à palpação, associada a</p><p>flutuação e exsudação em bordos da</p><p>sutura. Com base nas informações,</p><p>qual a conduta</p><p>propedêuticoterapêutica para essa</p><p>paciente?</p><p>A) Drenagem por retirada parcial de</p><p>pontos.</p><p>B) Ultrassonografia de partes moles.</p><p>C) Punção com agulha fina.</p><p>D) Antibioticoterapia oral.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos uma paciente de 40 anos</p><p>com edema, eritema e calor à</p><p>palpação da ferida operatória, além</p><p>de exsudação em bordos da sutura e</p><p>de sinais de flutuação. Temos vários</p><p>sinais inflamatórios, sendo que</p><p>poderia ter apresentado febre</p><p>também.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: essa é a conduta</p><p>imediata a ser tomada nesse</p><p>momento.</p><p>B - Incorreta: O diagnóstico da</p><p>infecção de ferida operatória é</p><p>clínico, sendo desnecessário o</p><p>pedido de exames complementares.</p><p>C - Incorreta: A punção não garante</p><p>a eliminação total das secreções,</p><p>sendo uma proposta inadequada no</p><p>momento.</p><p>D - Incorreta: A antibioticoterapia é</p><p>utilizada após a conduta inicial de</p><p>lavagem, desbridamento e</p><p>drenagem das secreções se houver</p><p>acometimento sistêmico.</p><p>QUESTÃO 77</p><p>Um escolar de 7 anos de idade</p><p>apresenta queixa de dificuldade</p><p>para evacuar desde a retirada das</p><p>fraldas aos 2 anos e meio.</p><p>Apresenta evacuação a cada 4 ou 5</p><p>dias, com eliminação de fezes</p><p>endurecidas, de grande calibre, com</p><p>presença de dor e esforço</p><p>evacuatório. Relata que, ao menos 3</p><p>vezes por semana, observa a</p><p>presença de fezes perdidas na</p><p>roupa. Por vezes, nota a presença</p><p>de sangue em pequena quantidade</p><p>no papel em que se higienizou.</p><p>Nega antecedentes neonatais ou</p><p>outras comorbidades relevantes;</p><p>desmame aos 4 meses de idade;</p><p>não faz uso de medicação de rotina.</p><p>Alimenta-se quantitativamente bem</p><p>com preferência pelo consumo de</p><p>leite (4 porções diárias),</p><p>carboidratos, carne e alimentos</p><p>ultraprocessados; de forma bem</p><p>infrequente, batata, cenoura,</p><p>tomate, banana e maçã compõem a</p><p>sua dieta. Está alfabetizado e é o</p><p>melhor aluno de sua sala. Nesta</p><p>consulta, seu peso encontra-se no Z</p><p>score entre +2 e +3 da Curva de</p><p>Índice de Massa Corpórea da OMS e</p><p>sua altura encontra-se no Z score</p><p>entre +1 e +2 da Curva de Altura</p><p>para Idade da OMS. Ao exame</p><p>abdominal, apresenta fezes</p><p>endurecidas palpáveis em fossa</p><p>ilíaca esquerda em moderada</p><p>quantidade. O exame clínico não</p><p>apresenta outras alterações.</p><p>Considerando o caso descrito,</p><p>assinale a alternativa que contém o</p><p>diagnóstico mais provável e a</p><p>conduta adequada.</p><p>A) Doença de Hirschsprung,</p><p>devendo ser submetido ao toque</p><p>retal para constatação de ampola</p><p>retal vazia.</p><p>B) Hipotireoidismo, devendo ser</p><p>coletados TSH, T4 livre e anticorpos</p><p>antireoglobulina e</p><p>antitireoperoxidase.</p><p>C) Alergia à proteína do leite de</p><p>vaca, devendo fazer teste de</p><p>exclusão da dieta durante 2 a 4</p><p>semanas.</p><p>D) Constipação intestinal funcional,</p><p>devendo fazer desimpactação fecal</p><p>com polietilenoglicol ou enema.</p><p>Comentario da questão</p><p>Paciente de 7 anos, com queixa de</p><p>dificuldade para evacuar desde o</p><p>desfralde, aos 02 anos de idade.</p><p>Apresenta de 1-2 episódios</p><p>evacuatórios por semana, com</p><p>eliminação de fezes endurecidas, de</p><p>grande calibre, com presença de dor</p><p>e esforço evacuatório. Além disso,</p><p>também apresenta incontinência</p><p>fecal.</p><p>A constipação funcional é definida</p><p>como dificuldade persistente para</p><p>evacuar sem que haja uma doença</p><p>orgânica de fundo. Os critérios</p><p>diagnósticos para essa condição em</p><p>crianças maiores de 04 anos de</p><p>idade são os de ROMA IV:</p><p>• Duas ou menos evacuações</p><p>no banheiro por semana.</p><p>• Pelo menos um episódio de</p><p>incontinência fecal por</p><p>semana.</p><p>• História de comportamento</p><p>de retenção ou retenção</p><p>voluntária excessiva de fezes.</p><p>• História de evacuações</p><p>dolorosas ou duras.</p><p>• História de fezes de grande</p><p>diâmetro que podem obstruir</p><p>o vaso sanitário.</p><p>• Grande massa fecal no reto.</p><p>O diagnóstico pode ser fechado</p><p>quando pelo menos dois dos</p><p>critérios acima estão presentes e</p><p>quando não existem critérios</p><p>suficientes para caracterizar uma</p><p>síndrome do intestino irritável e</p><p>quando os sintomas não são</p><p>plenamente explicados por outra</p><p>condição médica.</p><p>O tratamento é, normalmente,</p><p>baseado em medidas</p><p>higienodietéticas e</p><p>comportamentais. Dessa forma,</p><p>recomenda-se o aumento de</p><p>ingesta hídrica e de fibras, redução</p><p>da ingestão de carboidratos e de</p><p>alimentos ultraprocessados,</p><p>atividade física e treinamento para o</p><p>atendimento do reflexo</p><p>evacuatório. Para alívio dos</p><p>sintomas, deve-se fazer</p><p>desimpactação fecal com</p><p>polietilenoglicol, enema ou</p><p>supositório.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: A Doença de</p><p>Hirschsprung, ou aganglionose</p><p>intestinal é uma anomalia congênita</p><p>que tem como característica</p><p>intrínseca a ausência dos neurônios</p><p>intramurais dos plexos nervosos</p><p>parassimpáticos (Meissner e</p><p>Auerbach), afetando o intestino</p><p>grosso, em geral, nos seus</p><p>segmentos mais distais, como o</p><p>reto e o cólon sigmóide. Os</p><p>principais sinais e sintomas da</p><p>doença são a distensão abdominal</p><p>que ocorre logo após o nascimento,</p><p>com presença de vômitos e retardo</p><p>de mais de 48 horas na passagem</p><p>do mecônio, sem que haja um fator</p><p>mecânico obstrutivo reconhecido de</p><p>imediato</p><p>B – Incorreta: o hipotireoidismo</p><p>curse com constipação intestinal,</p><p>não temos outros sinais clínicos</p><p>característicos da doença descritos</p><p>no enunciado, como intolerância ao</p><p>frio, ganho de peso, sonolência e</p><p>atraso no crescimento.</p><p>C – Incorreta: Não há indício de</p><p>alergia à proteína do leite de vaca,</p><p>geralmente se manifesta com dor</p><p>abdominal, cólicas, manifestações</p><p>cutâneas e diarreia crônica.</p><p>D – Correta: A constipação</p><p>funcional é a hipótese diagnóstica</p><p>mais provável para o quadro do</p><p>paciente, sendo que a conduta mais</p><p>adequada no momento é a</p><p>desimpactação com</p><p>polietilenoglicol ou enema. Para o</p><p>tratamento de manutenção,</p><p>recomenda-se adoção de medidas</p><p>higienodietéticas e</p><p>comportamentais.</p><p>QUESTÃO 78</p><p>Uma mulher de 49 anos de idade foi</p><p>atendida no ambulatório de</p><p>ginecologia de um hospital na sua</p><p>região. Suas principais queixas eram</p><p>sintomas genitourinários, como</p><p>prurido, ardor, ressecamento e</p><p>irritação vulvar; disúria e urgência</p><p>miccional de início há 8 meses.</p><p>Esses sintomas levaram à redução</p><p>da libido e impacto negativo na sua</p><p>vida sexual. A vulva apresenta</p><p>hiperemia leve e a vagina</p><p>hipotrófica. O útero tinha tamanho</p><p>normal ao toque, com sua</p><p>mobilidade preservada e indolor.</p><p>Gesta 3; para 3 (partos normais).</p><p>Nesse caso, o melhor esquema</p><p>terapêutico para essa mulher é</p><p>utilizar</p><p>A) terapias hormonais locais.</p><p>B) antifúngico oral.</p><p>C) creme vaginal antifúngico.</p><p>D) estradiol via transdérmica.</p><p>Comentário da questão</p><p>O tratamento de climatério pode</p><p>ser sistêmico ou local nesses casos,</p><p>e não há diferença com relação aos</p><p>sintomas em ambos os casos, mas o</p><p>perfil de efeitos colaterais é bem</p><p>menor na terapia local. Por isso,</p><p>pacientes sem sintomas sistêmicos</p><p>não pedem por tratmento sistêmico</p><p>tampouco.</p><p>Alternativas</p><p>A-correta</p><p>B e C – incorretas: Não temos sinais</p><p>de micose, nesse caso.</p><p>Considerando a falta de corrimento</p><p>e demais sintomas sugestivos.</p><p>D-incorreta O creme/gel local tem</p><p>menor absorção sistêmica que a via</p><p>transdérmica.</p><p>QUESTÃO 79</p><p>Uma mulher de 38 anos de idade é</p><p>admitida na enfermaria de</p><p>cardiologia de hospital de alta</p><p>complexidade, em função de quadro</p><p>de dispneia progressiva, ortopneia e</p><p>dispneia paroxística noturna.</p><p>Segundo a paciente informa, seus</p><p>sintomas anteriores iniciaram-se há</p><p>cerca de 1 ano, tendo progredido ao</p><p>longo do período. Procurou</p><p>assistência médica em algumas</p><p>ocasiões, sendo finalmente</p><p>internada para realização de</p><p>exames complementares e</p><p>definição diagnóstica. Em sua</p><p>história patológica pregressa, há</p><p>relato de dois episódios de febre</p><p>reumática na adolescência, num dos</p><p>quais foi detectado um "sopro no</p><p>coração". Fez uso de penicilina</p><p>benzatina de forma mensal, mas</p><p>irregular, até os 18 anos de idade.</p><p>Nega outros dados relevantes de</p><p>anamnese. Ao exame físico,</p><p>paciente está em bom estado geral,</p><p>em atitude ortopneica. Não há</p><p>febre. PA = 120 x 70 mmHg; FC = 87</p><p>bpm. Ritmo cardíaco é irregular, em</p><p>2 tempos, com 1.a bulha</p><p>hiperfonética e presença de sopro</p><p>diastólico (2+/6+) em ponta, melhor</p><p>audível em semi-decúbito lateral</p><p>esquerdo; um ruído protodiastólico</p><p>curto, de alta frequência, é também</p><p>auscultado no foco mitral, mas não</p><p>se observa reforço do ruflar</p><p>diastólico. Há anicardiosfigmia. Não</p><p>é detectada turgência jugular a 45°.</p><p>Estertores crepitantes finos são</p><p>auscultados em bases. Não há</p><p>congestão hepática, nem edema de</p><p>MMII. Exames complementares</p><p>iniciais (incluindo VHS) revelam-se</p><p>normais, sendo a pesquisa de ASLO</p><p>e swab de orofaringe negativos para</p><p>infecção por Streptococcus</p><p>pyogenes. Eletrocardiograma revela</p><p>ritmo de fibrilação atrial, com QT</p><p>normal. Diante dos dados relatados,</p><p>a melhor explicação para o quadro</p><p>da paciente é</p><p>A) insuficiência valvar aórtica.</p><p>B) estenose mitral reumática.</p><p>C) cardite reumática aguda.</p><p>D) endocardite infecciosa de septo</p><p>interventricular.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos uma paciente com história</p><p>de febre reumática e que fez uso</p><p>irregular de penicilina. Ao final do</p><p>enunciado, a questão nos da um</p><p>sopro diastólico em ponta cardíaca</p><p>(foco mitral), além de apresentar</p><p>ruídos diastólicos em foco mitral</p><p>(estenose). A questao também nos</p><p>dá o achado de crepitantes em</p><p>bases pulmonares, o que sugere</p><p>uma afetação de coração esquerdo,</p><p>ou seja, sugere ainda mais uma</p><p>patologia de válvula mitral. Além de</p><p>Fibrilação atrial, devido ao aumento</p><p>do átrio esquerdo.</p><p>Na febre reumática, a válvula mais</p><p>afetada por esta doença é a válvula</p><p>mitral, sendo que, na fase aguda, o</p><p>mais comum é a insuficiência, mas</p><p>na fase crônica a maior prevalência</p><p>é de estenose mitral.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O sopro de</p><p>insuficiência aórtica seria</p><p>auscultado mais na região de base</p><p>do coração, ou no foco acessório de</p><p>Herb.</p><p>B - Correta: esta é a principal</p><p>hipótese neste caso.</p><p>C - Incorreta: A paciente está em</p><p>bom estado geral (BEG), não tem</p><p>dor articular nem</p><p>nenhum achado</p><p>que sugira uma cardite reumática</p><p>aguda. Isso é, na verdade, um</p><p>quadro crônico.</p><p>D - Incorreta: Não temos nenhum</p><p>achado que nos sugira endocardite</p><p>infecciosa (febre, fenômenos</p><p>inflamatórios e fenômenos</p><p>vasculares, entre outros).</p><p>QUESTÃO 80</p><p>Uma mulher, com 23 anos de idade,</p><p>1.o trimestre de gestação,</p><p>primigesta, comparece à primeira</p><p>consulta de pré-natal na Unidade de</p><p>Estratégia de Saúde da Família.</p><p>Testes rápidos para sífilis, HIV,</p><p>hepatite B e hepatite C não</p><p>reagentes. A conduta com relação à</p><p>solicitação desses exames no</p><p>seguimento pré-natal da gestante,</p><p>de acordo com o Ministério da</p><p>Saúde, é repetir</p><p>A) a testagem para sífilis e HIV no</p><p>3.o trimestre de gestação, no parto</p><p>e/ou se história de exposição de</p><p>risco/violência sexual.</p><p>B) todas as testagens (sífilis, HIV,</p><p>hepatite B e hepatite C) no 3.o</p><p>trimestre de gestação, no parto e/ou</p><p>se história de exposição de</p><p>risco/violência sexual.</p><p>C) a testagem para hepatite B no 3.o</p><p>trimestre se a gestante tiver</p><p>histórico de vacinação e se Anti-HBc</p><p>total for reagente é desnecessária</p><p>sua repetição no parto.</p><p>D) a testagem para hepatite C no</p><p>2.o e 3.o trimestres, além do parto</p><p>e/ou se história de exposição de</p><p>risco/violência sexual.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>O MS recomenda exames de</p><p>triagem no pré-natal com objetivo</p><p>de identificar situações que podem</p><p>causar desfechos não favoráveis na</p><p>gestação, que tenham um</p><p>tratamento ou possibilite a</p><p>prevenção.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Alternativa cita a</p><p>testagem para sífilis e HIV</p><p>corretamente, contudo faltou a</p><p>sorologia para hepatite B.</p><p>B - Incorreta: A sorologia para</p><p>hepatite C não faz parte da triagem</p><p>do MS.</p><p>C - Incorreta: A testagem para</p><p>hepatite B não depende da</p><p>vacinação e do Anti-HBc.</p><p>D - Incorreta: O diagnóstico de</p><p>hepatite C na gestação não muda a</p><p>conduta do pré-natal, por isso não é</p><p>indicado pelo MS.</p><p>QUESTÃO 81</p><p>Uma mulher de 29 anos de idade</p><p>procura a maternidade com queixa</p><p>de sangramento vaginal tipo "borra</p><p>de café". Estava na 32.a semana de</p><p>gestação, tônus uterino,</p><p>movimentação e batimentos</p><p>cardíacos fetais normais. No toque</p><p>não foi observado sangramento.</p><p>Gesta 3; para 3. Exames</p><p>laboratoriais normais. Tipo</p><p>sanguíneo O negativo e do marido A</p><p>positivo. Não apresentou cartão</p><p>pré-natal e não tinha nenhum</p><p>exame em sua posse. Diante da</p><p>situação apresentada, a conduta a</p><p>ser adotada é</p><p>A) solicitar a dosagem de anticorpos</p><p>irregulares e, caso negativa, aplicar</p><p>a imunoglobulina anti-D.</p><p>B) aplicar a imunoglobulina anti-D e</p><p>acompanhar com exames semanais</p><p>a elevação dos anticorpos</p><p>irregulares.</p><p>C) realizar a imunização com</p><p>imunoglobulina anti-D e</p><p>encaminhar para o pré-natal para</p><p>dosar os anticorpos irregulares.</p><p>D) aplicar a imunoglobulina anti-D</p><p>semanalmente até completar 34</p><p>semanas, caso os anticorpos</p><p>irregulares sejam positivos.</p><p>Comentário da questão</p><p>Gestante com 32ª semanas, com</p><p>sangramento em borra de café,</p><p>tônus uterino normal e BCF sem</p><p>alterações, nossa principal hipótese</p><p>diagnóstica é a placenta prévia. Por</p><p>isso, ela precisa ser investigada.</p><p>Em caso de gestante Rh negativo,</p><p>caso ela seja sensível ao antígeno D</p><p>(ou seja, com Coombs Indireto</p><p>negativo), o responsável pela</p><p>doença hemolítica perinatal,</p><p>devemos realizar profilaxia com</p><p>imunoglobulina anti-D. Deve ser</p><p>administrada em toda gestante Rh</p><p>negativo com 28 semanas de</p><p>gestação, em até 72 horas após o</p><p>parto e sempre que houver algum</p><p>sangramento vaginal ou a paciente</p><p>for submetida a algum</p><p>procedimento invasivo.</p><p>O diagnóstico da Doença</p><p>Hemolítica Perinatal (DHP) é feito</p><p>inicialmente através do Coombs</p><p>Indireto positivo com titulação</p><p>maior que 1:16, e depois pela</p><p>medida do pico sistólico máximo da</p><p>artéria cerebral média, quando este</p><p>é maior que 1,5 MoM (a mediana).</p><p>Nesses casos, prossegue-se a</p><p>investigação com a cordocentese e</p><p>pode-se tentar tratar a DHP ainda</p><p>no intra útero, com transfusão</p><p>sanguínea fetal.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: na presença de</p><p>sangramento, caso a gestante Rh</p><p>negativa não seja sensibilizada (ou</p><p>seja, tenha Coombs Indireto</p><p>negativo), está indicado a realização</p><p>da imunoglobulina anti-D.</p><p>B - Incorreta: Caso façamos a</p><p>imunoglobulina antes do teste de</p><p>Coombs Indireto, nunca saberemos</p><p>se a paciente era sensível antes ou</p><p>não.</p><p>C - Incorreta: antes de administrar a</p><p>imunoglobulina anti-D, precisamos</p><p>confirmar se a gestante já está</p><p>sensibilizada ou não.</p><p>D - Incorreta: Realizamos a</p><p>aplicação da imunoglobulina uma</p><p>única vez durante a gestação.</p><p>QUESTÃO 82</p><p>No atendimento de urgências por</p><p>queimaduras, a avaliação da</p><p>extensão da superfície corporal</p><p>queimada (SCQ) do paciente pode</p><p>ser feita pela “regra dos nove",</p><p>diagrama de Lund e Browder e,</p><p>mais recentemente, com uso de</p><p>aplicativos em smartphones.</p><p>Utilizando a regra dos nove em um</p><p>paciente masculino de 60 anos,</p><p>pesando 50 Kg, com queimadura de</p><p>3.o grau que atinge a totalidade do</p><p>membro superior direito e a</p><p>totalidade do membro inferior</p><p>esquerdo, tem-se, respectivamente,</p><p>a superfície corporal estimada e a</p><p>reposição hídrica, segundo a</p><p>fórmula de Parkland, de</p><p>A) área de 27% de SCQ e 2 700 mL</p><p>administrados nas primeiras 24</p><p>horas do momento da queimadura.</p><p>B) Área de 27% de SCQ e 1 350mL</p><p>administrados nas primeiras 8 horas</p><p>do momento da queimadura e 1 350</p><p>mL administrados nas 16 horas</p><p>seguintes.</p><p>C) Área 18% de SCQ e 900 mL</p><p>administrados nas primeiras 8 horas</p><p>do momento da queimadura e 900</p><p>mL administrados nas 16 horas</p><p>seguintes.</p><p>D) Área de 18% de SCQ e 1 800 mL</p><p>administrados nas primeiras 24</p><p>horas do momento da queimadura.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos aqui um paciente de 60 anos,</p><p>com 50 kg, com queimadura de</p><p>terceiro grau em toda a extensão de</p><p>membro superior direito e de</p><p>membro inferior esquerdo.</p><p>Como no caso temos um paciente</p><p>adulto e não há menção à</p><p>queimadura elétrica, então</p><p>usaremos a primeira fórmula de</p><p>Parkland: F = 2 x Peso (kg) x % de</p><p>superfície corporal queimada (SCQ).</p><p>Toda a extensão de um membro</p><p>superior e de um membro inferior,</p><p>então temos 4,5% (região extensora</p><p>de membro superior direito) + 4,5%</p><p>(região flexora de membro superior</p><p>direito) + 9% (região extensora de</p><p>membro inferior esquerdo) + 9%</p><p>(região flexora de membro inferior</p><p>esquerdo) = 27% de SCQ.</p><p>Assim temos: 2mL x 50kg x 27% =</p><p>2700 mL de Ringer Lactato.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O volume total está</p><p>correto, porém é de fundamental</p><p>importância saber que é necessário</p><p>infundir 50% do volume nas</p><p>primeiras oito horas.</p><p>B - Correta: Como vimos nas</p><p>explicações, o volume total é de</p><p>2700 mL, sendo 50% administrados</p><p>nas primeiras oito horas.</p><p>C e D - Incorretas: Tanto o volume</p><p>quanto a superfície corporal estão</p><p>errados.</p><p>QUESTÃO 83</p><p>Um homem com 38 anos de idade,</p><p>aguardando em ponto de ônibus, foi</p><p>atropelado por motorista de veículo</p><p>desgovernado e prensado contra a</p><p>parede. Atendido em pronto-</p><p>socorro de hospital terciário, referia</p><p>muita dor na pelve, apresentava</p><p>escoriações e contusões no</p><p>hipogástrio e membros inferiores,</p><p>sem sinais de trauma torácico ou</p><p>craniano. Apresentava instabilidade</p><p>do anel pélvico à palpação, pressão</p><p>arterial = 80 x 40 mmHg, frequência</p><p>cardíaca = 124 batimentos por</p><p>minuto, 24 incursões respiratórias</p><p>por minuto, tempo de enchimento</p><p>capilar maior que 2 segundos e</p><p>saturação de oxigênio = 97%. Com</p><p>base nos dados apresentados, qual</p><p>deve ser o manejo inicial da vítima</p><p>em relação ao quadro de choque?</p><p>A) Radiografia de pelve</p><p>anteroposterior na sala de</p><p>emergência.</p><p>B) Cinta ou lençol para estabilização</p><p>pélvica e indicação precoce de</p><p>infusão de hemocomponentes.</p><p>C) Tratamento operatório para</p><p>controle de danos em hemorragia</p><p>retroperitoneal volumosa.</p><p>D) Soluções</p><p>cristaloides por acessos</p><p>venosos periféricos e avaliação de</p><p>ortopedista.</p><p>Comentário da questão</p><p>Para reconhecer um choque fique</p><p>atento a alterações nos sinais, por</p><p>exemplo, choque grau 3 ( FC>120 +</p><p>irritado + hipotensão) já no caso de</p><p>choque grau 4 (FC>140 + letárgico +</p><p>hipotensão) nesses dois casos tem</p><p>indicação de transfusão na</p><p>proporção de 1:1:1 (hemácias,</p><p>plaquetas e plasma). Em alguns</p><p>casos podemos administrar ac.</p><p>Tranexamico nas primeiras 3 horas</p><p>contando o inicio do quadro (caso</p><p>este seja por um foco hemorrágico).</p><p>No enunciado temos um homem de</p><p>38 anos após um acidente</p><p>apresentado hipotensão (PA 80 x</p><p>60 mmHg), taquicardia (FC 124</p><p>bpm) e taquipneia (FR 24 irpm) e</p><p>tempo de enchimento capilar maior</p><p>que dois segundos, além de</p><p>instabilidade de anel pélvico.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O exame radiológico</p><p>não pode atrasar a infusão de</p><p>hemocomponentes, sendo</p><p>secundário nesse momento.</p><p>B - Correta: A estabilização pélvica</p><p>evita a piora do sangramento e a</p><p>indicação dos hemocomponentes</p><p>garante a otimização da oxigenação</p><p>dos tecidos e recuperação do estado</p><p>volêmico do paciente.</p><p>C - Incorreta: Antes de qualquer</p><p>intervenção cirúrgica precisamos</p><p>garantir a estabilidade</p><p>hemodinâmica.</p><p>D - Incorreta: Não podemos</p><p>aguardar a avaliação do ortopedista</p><p>para tomarmos as condutas mais</p><p>urgentes com o intuito de</p><p>estabilizar hemodinamicamente o</p><p>paciente.</p><p>QUESTÃO 84</p><p>Uma mulher de 22 anos de idade foi</p><p>encaminhada ao serviço de</p><p>oftalmologia devido à episódio de</p><p>olho vermelho, o qual o médico</p><p>oftalmologista diagnosticou uma</p><p>uveíte anterior aguda.</p><p>Questionando a paciente, o médico</p><p>identificou história de aftas orais</p><p>recorrentes e dolorosas há pelo</p><p>menos 1 ano para as quais não foi</p><p>realizada nenhuma investigação,</p><p>fazendo uso apenas de corticoides</p><p>tópicos, com alívio fugaz. Relata,</p><p>ainda, que apresenta dor abdominal</p><p>e diarreia, mais ou menos, no</p><p>mesmo período. Refere que as</p><p>evacuações são frequentes, cerca de</p><p>5 a 6 vezes por dia, em pequeno</p><p>volume e com sangue e muco</p><p>visíveis em algumas ocasiões.</p><p>Visando ao esclarecimento</p><p>diagnóstico, o procedimento a ser</p><p>adotado e o achado esperado,</p><p>devem ser</p><p>A) teste de Patergia; pústula</p><p>visualizável no local de punção após</p><p>7 dias.</p><p>B) parasitológico das fezes pelo MIF</p><p>(mercúrio, iodo e formol); cistos e</p><p>trofozoítos.</p><p>C) pesquisa de autoanticorpos</p><p>(FAN); positivo com padrão nuclear</p><p>pontilhado fino denso.</p><p>D) colonoscopia com biopsia;</p><p>histopatológico com granuloma não</p><p>caseoso.</p><p>Comentario da questao</p><p>Retocolite ulcerativa (RCUI):</p><p>Afetação continua de cólon e reto,</p><p>superficial, presença de</p><p>pseudopólipos e úlceras, o</p><p>anatomopatológico podemos</p><p>observar os microabscessos de</p><p>criptas.</p><p>Doença de Crohn: Afetação</p><p>salteada podendo afetar desde a</p><p>boca até o ânus, transmural,</p><p>presença de fístulas e outras</p><p>complicações, ao</p><p>anatomopatológico podemos</p><p>observar granulomas não caseosos.</p><p>Ambas podem cursar com uveíte,</p><p>mas a afetação da boca (aftas orais)</p><p>é exclusiva da doença de Crohn e</p><p>por isso ficamos com esta hipótese.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: teste cutâneo que</p><p>auxilia no diagnóstico de doença de</p><p>Behçet.</p><p>B - Incorreta: Não temos como</p><p>principal hipótese uma parasitose</p><p>intestinal.</p><p>C - Incorreta: O paciente</p><p>provavelmente apresenta uma</p><p>doença inflamatória intestinal,</p><p>sendo o mais provável diagnóstico a</p><p>doença de Crohn.</p><p>D - Correta: A hipótese mais</p><p>provável é doença de Crohn e seu</p><p>diagnóstico é dado pela</p><p>colonoscopia com biópsia, onde</p><p>podemos visualizar os granulomas</p><p>não caseosos.</p><p>QUESTÃO 85</p><p>Mulher, 28 anos de idade,</p><p>professora, com 2 gestações</p><p>anteriores, sendo um parto normal e</p><p>um aborto espontâneo</p><p>anteriormente. Tem um filho de 7</p><p>anos de idade de outro</p><p>relacionamento. Há 2 anos está</p><p>casada com homem de 35 anos, sem</p><p>filhos. Ambos sem antecedentes</p><p>patológicos significativos. Referem</p><p>que há vários anos não procuram</p><p>assistência com a equipe de saúde.</p><p>O exame físico do casal revelou</p><p>como únicos achados positivos em</p><p>relação à mulher: PA = 140 x 85</p><p>mmHg e índice de massa corporal</p><p>de 30 Kg/m2 . Exame físico do</p><p>homem foi normal. Estavam em uso</p><p>de preservativo e pílula combinada,</p><p>mas interromperam há 2 semanas.</p><p>Vão em busca de orientação pré-</p><p>concepcional. Nesta situação, está</p><p>indicado(a)</p><p>A) coleta de exame citopatológico</p><p>cervicovaginal para prevenção do</p><p>câncer de colo uterino.</p><p>B) dosagem sérica de folato para</p><p>prevenção de defeitos de</p><p>fechamento do tubo neural.</p><p>C) teste oral de tolerância à glicose</p><p>para descartar diabetes mellitus</p><p>prévio à gestação.</p><p>D) dosagens hormonais de</p><p>progesterona e estradiol para</p><p>avaliação do ciclo menstrual e</p><p>ovulação.</p><p>Comentário da questão</p><p>As atividades a serem desenvolvidas</p><p>na avaliação pré-concepcional</p><p>devem incluir anamnese e exame</p><p>físico, exame ginecológico</p><p>completo, além de alguns exames</p><p>laboratoriais. Assim como ações</p><p>específicas, quanto aos hábitos e o</p><p>estilo de vida.</p><p>Alternativas</p><p>A- Correta- o citopatológico</p><p>cervicovaginal deve ser realizado a</p><p>partir de 25 anos e de 3 em 3 anos</p><p>após 2 exames consecutivos</p><p>negativos.</p><p>B - Incorreta Não é preciso fazer a</p><p>dosagem. Segundo o Ministério da</p><p>Saúde, a suplementação do ácido</p><p>fólico é recomendada para a mulher</p><p>em idade fértil, dois meses antes de</p><p>engravidar e nos dois primeiros</p><p>meses da gestação.</p><p>C - Incorreta DM pré gestacional é</p><p>definida como glicemia de jejum</p><p>maior ou igual a 126 mg/dL antes de</p><p>20 semanas de gestação.</p><p>D - Incorreta Não há suspeita de</p><p>infertilidade para justificar a</p><p>realização desses exames.</p><p>Vale lembrar que infertilidade é a</p><p>ausência de gravidez após 12 meses</p><p>de tentativas com relação sexual</p><p>sem contraceptivo e, a investigação</p><p>é realizada somente após esse</p><p>período.</p><p>Lembrando que para mulheres com</p><p>mais de 35 anos, a investigação é</p><p>iniciada após 6 meses de tentativas.</p><p>QUESTÃO 86</p><p>Uma mulher de 27 anos de idade, de</p><p>etnia afrodescendente, retorna ao</p><p>ambulatório de clínica médica para</p><p>mostrar os resultados dos exames</p><p>complementares solicitados na</p><p>última consulta. A paciente havia</p><p>sido atendida em função de</p><p>sintomas constitucionais (febre</p><p>intermitente, mal-estar, anorexia,</p><p>desânimo e artralgias) e importante</p><p>queda de cabelos. Ao exame físico,</p><p>havia sido observada a presença de</p><p>sinovite em punhos, cotovelos,</p><p>joelhos e tornozelos. Além de</p><p>padrão de alopecia generalizada</p><p>(eflúvio telógeno). Havia histórico</p><p>familiar de artrite reumatoide, lupus</p><p>eritematoso e tireoidite de</p><p>Hashimoto. A paciente negava</p><p>tabagismo e etilismo, referindo</p><p>apenas uso regular de contraceptivo</p><p>hormonal oral. Os resultados dos</p><p>exames complementares solicitados</p><p>à ocasião da 1.a consulta revelaram:</p><p>hemoglobina = 10,2 g/dL (valor de</p><p>referência: 12 a 15,5 g/dL);</p><p>contagem de plaquetas = 102</p><p>000/mm3 (valor de referência: 150</p><p>000 a 400 000/mm3 ); leucograma</p><p>(incluindo diferencial) normal; TSH</p><p>= 8 UI/ml (valor de referência: 0,5 a</p><p>5,0 UI/ml); T4 livre = 1,2 ng/dL (valor</p><p>de referência: 0,9 a 1,9 ng/dL); FAN</p><p>= presente em título 1:640 (valor de</p><p>referência < 1:80), padrão periférico;</p><p>anti-DNAds: presente em título</p><p>1:240 (valor de referência < 1:100);</p><p>C3: 33 mg/dL (valor de referência: 90</p><p>a 180 mg/dl); VDRL + 1:4 (valor de</p><p>referência: negativo); IgG</p><p>anticardiolipina: 12 GPL (valor de</p><p>referência < 10 GPL); ureia: 44</p><p>mg/dL (valor de referência: 20 a 40</p><p>mg/dL); creatinina = 1,2 mg/dL</p><p>(valor de referência: 0,7 a 1,1</p><p>mg/dL); exame de urina tipo I com</p><p>hematúria microscópica e</p><p>proteinúria leve a moderada; SPOT</p><p>urinário com proteinúria estimada</p><p>de 560 mg (valor de referência < 151</p><p>mg). Diante dos dados</p><p>apresentados, a melhor explicação</p><p>diagnóstica para o caso é</p><p>A) lúpus eritematoso sistêmico com</p><p>síndrome do anticorpo</p><p>antifosfolipídio.</p><p>B) lúpus</p><p>eritematoso sistêmico</p><p>evoluindo com nefrite lúpica.</p><p>C) hipotireoidismo associado com</p><p>síndrome do anticorpo</p><p>antifosfolipídio.</p><p>D) glomerulonefrite aguda</p><p>secundária a sífilis associada com</p><p>hipotireoidismo.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos uma paciente com FAN</p><p>positivo padrão periférico e ANTI</p><p>DNAds positivo, além de presença</p><p>de artrite, alopécia e histórico</p><p>familiar de LES.</p><p>A paciente apresenta hematuria e</p><p>proteinuria (> 300 mg), ou seja,</p><p>estamos frente a uma afetação</p><p>renal.</p><p>O anticorpo Anti-DNAds é um</p><p>marcador de atividade de nefrite</p><p>lúpica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Não tem sinais de</p><p>trombose, ou outro achado que nos</p><p>sugira LES associado a síndrome do</p><p>anticorpo anti-fosfolípide, lembre-</p><p>se do achado de abortos</p><p>consecutivos e tromboses</p><p>principalmente, quando pensar</p><p>nesta condição.</p><p>B - Correta: Todo o quadro clínico</p><p>nos sugere LES com nefrite lúpica</p><p>em atividade.</p><p>C - Incorreta: não temos achados</p><p>que nos sugiram SAF.</p><p>D - Incorreta: o quadro clínico nada</p><p>tem a ver com o diagnóstico de</p><p>sífilis, a não ser pela anticardiolipina</p><p>que é totalmente inespecífico e</p><p>pode estar presente na sífilis, mas</p><p>só com isso não poderíamos pensar</p><p>neste diagnóstico.</p><p>QUESTÃO 87</p><p>Uma gestante, com 28 anos de</p><p>idade, na 14.a semana de gestação,</p><p>primigesta, em consulta com equipe</p><p>de Estratégia de Saúde da Família</p><p>para avaliação de exames de pré-</p><p>natal apresenta IgG e IgM reagentes</p><p>para toxoplasmose, sem resultado</p><p>de exames prévios. Solicitado teste</p><p>de avidez de IgG na mesma</p><p>amostra, com resultado “avidez</p><p>forte”. A interpretação do resultado</p><p>e a conduta são</p><p>A) infecção adquirida antes da</p><p>gestação, sem necessidade de mais</p><p>testes.</p><p>B) infecção adquirida durante a</p><p>gestação, iniciar espiramicina e</p><p>manter até o parto.</p><p>C) imunidade remota, indicado</p><p>repetir sorologia a cada 2 meses e</p><p>no parto.</p><p>D) infecção recente, iniciar</p><p>pirimetamina + sulfadiazina + ácido</p><p>folínico e encaminhar para a</p><p>referência de gestação de risco.</p><p>Comentário da questão</p><p>No primeiro trimestre, os possíveis</p><p>resultados e a interpretação da</p><p>sorologia de IgM e IgG são:</p><p>• IgG + e IgM - : gestante com</p><p>doença antiga ou</p><p>toxoplasmose crônica;</p><p>• IgG - e IgM - : gestante</p><p>suscetível. Realizar ações de</p><p>prevenção e repetir</p><p>sorologias a cada 2 meses</p><p>durante o pré-natal.</p><p>• IgG - e IgM + : infecção muito</p><p>recente ou IgM falso positivo.</p><p>Repetir sorologia em 3</p><p>semanas, se IgG vier positivo,</p><p>confirma infecção na</p><p>gestante;</p><p>• IgG + e IgM + : Possibilidade</p><p>de infecção durante a</p><p>gestação. Por isso, deve</p><p>realizar teste de avidez.</p><p>Resultado e interpretação do teste</p><p>de avidez:</p><p>• Avidez forte: infecção</p><p>adquirida antes da gestação;</p><p>• Avidez fraca: infecção</p><p>durante a gestação (iniciar</p><p>espiramicina 3g/dia até a 18</p><p>semana para fazer a</p><p>amniocentese para a</p><p>sorologia PCR fetal)</p><p>(LEMBRAR da atualização de</p><p>2022 a partir da 16 semana já</p><p>entramos com o esquema</p><p>tríplice: Sulfadiazina, Ac.</p><p>Folínico e Pirimetamina)</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: a avidez alta indica que</p><p>a infecção ocorreu pré gestação.</p><p>B - Incorreta: Como avidez de IgG</p><p>alta, a infecção ocorreu</p><p>previamente à gestação. A</p><p>espiramicina está indicada para</p><p>prevenção de transmissão materna-</p><p>fetal em casos em que a infecção</p><p>ocorreu na gestação. No primeiro</p><p>trimestre, a chance de transmissão</p><p>materno-fetal é baixa, porém a</p><p>gravidade da infecção é alta. Em</p><p>idade gestacional mais avançada, a</p><p>chance de transmissão é alta,</p><p>porém a gravidade do</p><p>acometimento para o feto é baixa.</p><p>C - Incorreta: Não há necessidade</p><p>de repetir sorologias, a não ser que</p><p>a gestante ainda fosse suscetível</p><p>(IgG e IgM negativos).</p><p>D - Incorreta: O início de</p><p>tratamento de infecção fetal com</p><p>pirimetamina + sulfadiazina está</p><p>indicado após confirmação de</p><p>infecção fetal geralmente com</p><p>métodos invasivos, como</p><p>amniocentese (18 semana).</p><p>QUESTÃO 88</p><p>Um homem com 20 anos de idade</p><p>foi atendido em ambulatório de</p><p>hospital secundário 7 dias após a</p><p>sutura de ferimento corto-contuso</p><p>no antebraço direito para retirada</p><p>dos pontos. Relatava que, há 3 dias,</p><p>sentia dor e a ferida encontrava-se</p><p>abaulada e arroxeada. Não relatou</p><p>febre no período. A incisão com</p><p>aproximadamente 10 cm estava</p><p>suturada com pontos simples de fio</p><p>de náilon, apresentava</p><p>abaulamento doloroso em toda a</p><p>extensão, pouco depressível e havia</p><p>equimose das bordas da ferida. Com</p><p>base nos dados apresentados,</p><p>assinale a alternativa que apresenta</p><p>a conduta adequada.</p><p>A) Retirar todos os pontos e manter</p><p>as bordas aproximadas com</p><p>esparadrapo microporoso.</p><p>B) Prescrever antibiótico via oral e</p><p>agendar retirada dos pontos após</p><p>mais uma semana.</p><p>C) Encaminhar ao pronto-socorro</p><p>para revisão da hemostasia com</p><p>anestesia.</p><p>D) Retirar alguns pontos para</p><p>drenagem da ferida e agendar</p><p>retorno para avaliação.</p><p>Comentário da questão</p><p>A formação de hematomas está</p><p>relacionada com hemostasia,</p><p>depleção dos fatores da coagulação</p><p>e presença de coagulopatia.</p><p>As manifestações clínicas de um</p><p>hematoma podem variar com seu</p><p>tamanho, localização e presença de</p><p>infecção. Um hematoma pode</p><p>manifestar-se como uma expansão,</p><p>tumefação expansiva ou dor na área</p><p>da incisão cirúrgica</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A retirada total dos</p><p>pontos de sutura nunca é indicada,</p><p>uma vez que corremos o risco de</p><p>formação de um novo hematoma</p><p>com abertura do esparadrapo, o que</p><p>irá prejudicar a cicatrização, e</p><p>aumentar o risco de infecção.</p><p>B - Incorreta: O tratamento com</p><p>antibiótico sistêmico fica reservado</p><p>para casos com um grande</p><p>comprometimento regional, ou com</p><p>sinais de toxemia sistêmicos.</p><p>C - Incorreta: O caso da questão é a</p><p>formação de uma coleção hemática,</p><p>mas não tem nenhum dado que nos</p><p>faça pensar em sangramento ativo.</p><p>D - Correta: A drenagem do</p><p>hematoma é a melhor conduta, uma</p><p>vez que precisamos retirar o foco</p><p>para evitar uma futura infecção de</p><p>foco fechado, e também para</p><p>promover uma melhor cicatrização</p><p>da ferida.</p><p>QUESTÃO 89</p><p>Um lactente masculino, de 2 meses,</p><p>é levado à emergência com história</p><p>de vômitos não biliosos que</p><p>iniciaram com três semanas de vida</p><p>e progressivamente pioraram. Há 2</p><p>dias, passou a vomitar após as</p><p>mamadas e hoje o vômito está em</p><p>jato. Ao exame físico, apresenta-se</p><p>irritado, faminto, muito</p><p>emagrecido; no epigástrio, foi</p><p>observado onda peristáltica se</p><p>deslocando da esquerda para direita</p><p>e, após a criança vomitar, palpada à</p><p>direita, também no epigástrio,</p><p>massa firme e móvel com cerca de 2</p><p>cm de diâmetro. Com base na</p><p>principal hipótese diagnóstica, o</p><p>distúrbio ácido-básico que se espera</p><p>encontrar nesse lactente é</p><p>A) alcalose metabólica</p><p>hipoclorêmica.</p><p>B) acidose metabólica</p><p>hiperclorêmica.</p><p>C) acidose metabólica</p><p>hipoclorêmica.</p><p>D) alcalose metabólica</p><p>hiperclorêmica.</p><p>Comentário da questão</p><p>Um paciente que após seu primeiro</p><p>mês de vida começa com vômitos</p><p>após mamadas, sem conteúdo</p><p>biliar + massa palpável em</p><p>epigástrio deve nos fazer pensar em</p><p>estenose hipertrófica do piloro. O</p><p>principal diagnóstico diferencial</p><p>seria a atresia duodenal, que</p><p>caracteristicamente se manifesta</p><p>com vômitos mais precoces, desde</p><p>o nascimento do RN.</p><p>O exame de escolha para</p><p>diagnóstico de estenose hipertrófica</p><p>do piloro é a USG abdominal, onde</p><p>poderemos ver um estômago</p><p>dilatado e o piloro hipertrofiado.</p><p>Já o exame de escolha para</p><p>diagnosticarmos uma atresia</p><p>duodenal é a radiografia abdominal,</p><p>com o sinal da dupla bolha.</p><p>HCl, o ácido clorídrico, ou seja, ele</p><p>esta perdendo íons H+ e íons Cloro</p><p>(Cl) temos nesse caso uma alcalose</p><p>metabólica hipoclorêmica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: pela perda de H+ e Cl,</p><p>teremos uma alcalose metabólica</p><p>hipoclorêmica.</p><p>B - Incorreta: como o paciente está</p><p>perdendo H+, ele tenderá a uma</p><p>alcalose.</p><p>C - Incorreta: o paciente realmente</p><p>uterino ou</p><p>canalicular.</p><p>A) Mamas normodesenvolvidas</p><p>Correta: A malformação uterina não</p><p>impede o desenvolvimento de</p><p>mamas. O desenvolvimento</p><p>hormonal ocorre normalmente.</p><p>B) Ausência de ovários.</p><p>Incorreta: Disgenesias müllerianas</p><p>não afetam ovários ou o eixo</p><p>hormonal, por isso o restante do</p><p>desenvolvimento é normal.</p><p>C) Gônadas em fita</p><p>Incorreta: Achado típico da</p><p>Síndrome de Swyer, são os ovários</p><p>em fita, mas demais órgãos</p><p>femininos intocados.</p><p>D) Hipertrofia clitoridiana.</p><p>Incorreta: com eixo hormonal</p><p>normal, descarta-se alterações em</p><p>clitóris, que seriam esperadas com</p><p>aumento de testosterona.</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Um paciente de 36 anos de idade,</p><p>masculino, procura a Unidade de</p><p>Saúde da Família com queixa de dor</p><p>lombar baixa, há 10 dias, irradiada</p><p>para face posterior da coxa, de</p><p>moderada intensidade, mas que</p><p>tem interferido no seu trabalho.</p><p>Refere que a dor teve início após ter</p><p>carregado peso durante a mudança</p><p>de casa. O paciente relata que já</p><p>apresentou episódios semelhantes</p><p>anteriormente e que têm se tornado</p><p>mais frequentes. Ao exame físico, o</p><p>médico identifica uma banda</p><p>muscular tensa em região glútea,</p><p>com a presença de pontos-gatilho,</p><p>que, quando pressionados,</p><p>reproduziam a dor referida pelo</p><p>paciente. Diante da situação</p><p>apresentada, é correto afirmar que</p><p>A) o paciente deve ser referenciado</p><p>ao ortopedista para a avaliação</p><p>cirúrgica de uma provável hérnia de</p><p>disco.</p><p>B) o paciente deve ser referenciado</p><p>ao acupunturista do NASF para ser</p><p>avaliado, acompanhado e tratado.</p><p>C) o médico de família pode, em</p><p>conjunto com o acupunturista do</p><p>NASF, elaborar um plano</p><p>terapêutico para o paciente.</p><p>D) o médico de família deve</p><p>prescrever relaxantes musculares,</p><p>pois o agulhamento seco deve ser</p><p>realizado pelo acupunturista do</p><p>NASF.</p><p>Comentário da questão</p><p>As práticas integrativas são</p><p>tratamentos que utilizam recursos</p><p>terapêuticos baseados em</p><p>conhecimentos tradicionais,</p><p>voltados para a prevenção de</p><p>diversas doenças. Em alguns casos,</p><p>também podem ser usadas como</p><p>tratamentos paliativos em algumas</p><p>doenças crônicas.</p><p>O SUS oferece, de forma integral e</p><p>gratuita, 29 procedimentos de</p><p>práticas integrativas e</p><p>complementares (PICS) à</p><p>população. Os atendimentos</p><p>começam na Atenção Básica,</p><p>principal porta de entrada para o</p><p>SUS.</p><p>São elas: Medicina Tradicional</p><p>Chinesa/Acupuntura, Medicina</p><p>Antroposófica, Homeopatia,</p><p>Plantas Medicinais e Fitoterapia,</p><p>Termalismo Social/Crenoterapia,</p><p>Arteterapia, Ayurveda, Biodança,</p><p>Dança Circular, Meditação,</p><p>Musicoterapia, Naturopatia,</p><p>Osteopatia, Quiropraxia,</p><p>Reflexoterapia, Reiki, Shantala,</p><p>Terapia Comunitária Integrativa,</p><p>Yoga, Apiterapia, Aromaterapia,</p><p>Bioenergética, Constelação familiar,</p><p>Cromoterapia, Geoterapia,</p><p>Hipnoterapia, Imposição de mãos,</p><p>Ozonioterapia e Terapia de Florais.</p><p>Segundo o Ministério da Saúde,</p><p>estas práticas são transversais em</p><p>suas ações no SUS e podem estar</p><p>presentes em todos os pontos da</p><p>Rede de Atenção à Saúde,</p><p>prioritariamente na Atenção</p><p>Primária, com grande potencial de</p><p>atuação.</p><p>Uma das abordagens desse campo</p><p>são a visão ampliada do processo</p><p>saúde/doença e da promoção global</p><p>do cuidado humano, especialmente</p><p>do autocuidado. As indicações são</p><p>embasadas no indivíduo como um</p><p>todo, considerando-o em seus</p><p>vários aspectos: físico, psíquico,</p><p>emocional e social.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: No caso do</p><p>enunciado, a condição do paciente</p><p>pode ser abordada na Atenção</p><p>Primária, não necessitando de</p><p>transferência para nível assistencial</p><p>especializado da atenção</p><p>secundária.</p><p>B - Incorreta: Apesar do</p><p>acupunturista do NASF participar do</p><p>plano terapêutico, o paciente não</p><p>deve ser simplesmente</p><p>encaminhado pelo médico.</p><p>C - Correta: O plano terapêutico em</p><p>saúde integrativa deve ser</p><p>elaborado pelo médico em conjunto</p><p>com o profissional habilitado.</p><p>Assim, nesse caso, o médico de</p><p>família pode participar da</p><p>elaboração de um plano terapêutico</p><p>conjunto para o paciente.</p><p>D - Incorreta: Alguns profissionais</p><p>recomendam o uso de analgésicos e</p><p>anti-inflamatórios em pacientes</p><p>com ponto-gatilho. Mas nem</p><p>sempre essa abordagem é</p><p>necessária, na maioria dos casos</p><p>existem maneiras de liberar o ponto</p><p>sem o uso de remédios.</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Uma paciente, de 42 anos de idade,</p><p>com história de asma, vem ao</p><p>serviço de emergência por “piora da</p><p>falta de ar”. Ela refere ter feito</p><p>salbutamol inalatório em casa, sem</p><p>melhora. Refere, ainda, que estava</p><p>fazendo tratamento com</p><p>beclometasona inalatório em casa,</p><p>mas parou porque estava se</p><p>sentindo bem. Sua última</p><p>exacerbação da asma havia sido há</p><p>6 meses. Antes de iniciar com a</p><p>beclometasona, a paciente</p><p>apresentava “uma a duas crises por</p><p>semana”. Ao exame, apresenta bom</p><p>estado geral, consegue completar</p><p>frases, mas prefere permanecer</p><p>sentada. Sua frequência respiratória</p><p>é de 22 irpm. Frequência cardíaca =</p><p>102 bpm. Saturação de oxigênio</p><p>periférica = 95%. Expansibilidade</p><p>torácica preservada, sem uso de</p><p>musculatura acessória e presença</p><p>de sibilos expiratórios na ausculta</p><p>pulmonar. Diante desse quadro, a</p><p>paciente deve</p><p>A) ser liberada do serviço de</p><p>emergência com prescrição de</p><p>salbutamol inalatório a cada 6 horas</p><p>e com beclometasona inalatória,</p><p>reavaliar na unidade básica.</p><p>B) receber 4 jatos de salbutamol</p><p>inalatório a cada 20 minutos e 40</p><p>mg de prednisona via oral, reavaliar</p><p>após 1 hora.</p><p>C) receber 4 jatos de salbutamol</p><p>inalatório a cada 2 horas e 500 mg</p><p>de hidrocortisona endovenosa,</p><p>reavaliar após 24 horas.</p><p>D) ser liberada do serviço de</p><p>emergência com prescrição de</p><p>salbutamol inalatório a cada 4 horas</p><p>e com prednisona 40 mg oral,</p><p>reavaliar na unidade básica.</p><p>Comentário da questão</p><p>O tratamento da crise de asma é</p><p>feito com broncodilatador</p><p>inalatório e corticoide sistêmico</p><p>podendo ser oral ou EV.</p><p>A asma por definição é uma doença</p><p>crônica inflamatória das vias aéreas.</p><p>O tratamento de controle da</p><p>doença é realizado principalmente</p><p>com corticoides inalatórios (pois</p><p>diminuem essa inflamação crônica),</p><p>sua importância é tamanha que até</p><p>mesmo pacientes que só fazem o</p><p>uso de medicação durante crises,</p><p>hoje devem utilizar um corticoide</p><p>inalatório associado ao</p><p>broncodilatador (preferência por</p><p>formoterol + corticoide inalatório).</p><p>Durante uma crise asmática, os</p><p>corticoides inalatórios apresentam</p><p>pouco espaço, pois não ajudam</p><p>neste momento.</p><p>O tratamento preconizado será</p><p>broncodilatador inalatório, feito a</p><p>cada 20 minutos durante 1 hora,</p><p>com reavaliação, associado a</p><p>corticoide sistêmico, dando</p><p>preferência a via oral.</p><p>Alternativas:</p><p>A - Incorreta: A paciente apresenta</p><p>uma crise asmática, então devemos</p><p>tratá-la em um primeiro momento</p><p>em ambiente hospitalar, com</p><p>reavaliação contínua, pois o quadro</p><p>pode agravar.</p><p>B - Correta: Exatamente, como</p><p>explicado acima.</p><p>C - Incorreta: O espaçamento entre</p><p>os jatos de salbutamol e também o</p><p>tempo de reavaliação está</p><p>incorreto. Um corticoide EV até</p><p>poderia ser usado, apesar de não ser</p><p>a primeira escolha.</p><p>D - Incorreta: neste primeiro</p><p>momento, a paciente deve ser</p><p>tratada em ambiente hospitalar.</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Paciente de 60 anos de idade,</p><p>masculino, procura hospital de</p><p>atenção secundária com história de</p><p>“olhos amarelados” há cerca de 4</p><p>semanas. Refere “desconforto”</p><p>discreto em epigástrio e</p><p>hipocôndrio direito. Nega febre. Ao</p><p>exame físico, paciente emagrecido,</p><p>ictérico, 4+/4+, eupneico,</p><p>normocorado. Abdome plano,</p><p>flácido, depressível, com vesícula</p><p>biliar palpável, indolor, sinal de</p><p>Murphy negativo. Com base nessas</p><p>informações, qual a hipótese</p><p>diagnóstica para o caso clínico</p><p>descrito?</p><p>A) Pancreatite aguda.</p><p>B) Colangite.</p><p>C) Abscesso hepático.</p><p>D) Neoplasia de cabeça de</p><p>pâncreas.</p><p>Comentário da questão</p><p>Sinal de Courvoisier-Terrier:</p><p>Vesícula palpável e indolor em</p><p>esta perdendo cloro, mas o fato de</p><p>perder H+, fará com que tenha uma</p><p>alcalose.</p><p>D - Incorreta: o cloro esta sendo</p><p>perdido, então o paciente</p><p>apresentará uma hipocloremia.</p><p>QUESTÃO 90</p><p>Um adolescente do sexo masculino,</p><p>de 13 anos de idade, em</p><p>atendimento de rotina, relata</p><p>desânimo e cansaço para ajudar nas</p><p>atividades domésticas e</p><p>inapetência. Recordatório</p><p>alimentar: 3 sanduiches de pão de</p><p>forma com manteiga e batata frita</p><p>no almoço e no jantar, nos</p><p>intervalos ingere balas e biscoitos,</p><p>além de 1 000 mL de leite por dia.</p><p>Exame físico sem alterações, peso,</p><p>estatura e IMC no percentil 50 das</p><p>curvas de referência e G3P3 de</p><p>acordo com estadiamento de</p><p>Tanner. Hemograma: hemoglobina</p><p>= 12,1 g/dL; hematócrito = 35%;</p><p>VCM ≤ 75fl; CHCM ≤ 26,5g/dl.</p><p>Considerando que a Organização</p><p>Mundial de Saúde refere, de</p><p>maneira geral para adolescentes,</p><p>valores normais de hemoglobina ≥</p><p>12g%, é correto afirmar que</p><p>A) o paciente apresenta anemia</p><p>megaloblástica, sendo necessária a</p><p>correção dietética com alimentos</p><p>fontes de vitamina B12 e folatos.</p><p>B) o paciente não apresenta</p><p>alterações clínicas ou laboratoriais,</p><p>sendo necessário investigar outras</p><p>causas que justifiquem as queixas</p><p>do mesmo.</p><p>C) o paciente apresenta anemia</p><p>carencial por deficiência de ferro,</p><p>sendo necessária a correção</p><p>dietética e a administração de</p><p>sulfato ferroso.</p><p>D) o paciente não apresenta</p><p>anemia, contudo o resultado</p><p>laboratorial sugere deficiência de</p><p>ferro, devendo-se realizar a</p><p>orientação dietética pertinente.</p><p>Comentário da questão</p><p>A anemia é um distúrbio onde o</p><p>paciente apresenta níveis baixos de</p><p>Hb no sangue. Em homens adultos,</p><p>o valor padrão é considerado < 13</p><p>mg/dL, e em mulheres <12 mg/dL,</p><p>sendo que em grávidas e crianças</p><p>até 5 anos de idade consideramos</p><p>níveis <11 mg/dL.</p><p>Como a banca já nos disse,</p><p>consideramos anemia em</p><p>adolescentes de 13 anos, com</p><p>valores de Hb <12 g/dL. O paciente</p><p>apresenta valores de 12,1 g/dL,</p><p>então não o consideramos portador</p><p>de anemia, mas ele pode apresentar</p><p>deficiência de ferro? Pode sim,</p><p>principalmente pelo padrão</p><p>alimentar.</p><p>Note que nos exames laboratoriais</p><p>ele apresenta microcitose e</p><p>hipocrômica, o que sugere</p><p>deficiência de ferro. Então, temos</p><p>um paciente que não tem critérios</p><p>para anemia, mas apresenta exames</p><p>laboratoriais que sugerem</p><p>deficiência de ferro.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O paciente não</p><p>apresenta anemia, e a anemia</p><p>megaloblástica se manifesta com</p><p>VCM >100.</p><p>B - Incorreta: Sim, ele apresenta</p><p>alterações laboratoriais condizentes</p><p>com deficiência de ferro.</p><p>C - Incorreta: Como vimos, ele não</p><p>cumpre o critério para anemia.</p><p>D - Correta: Paciente sem critério</p><p>para anemia, mas com exames que</p><p>sugerem deficiência de ferro.</p><p>QUESTÃO 91</p><p>Uma mulher com 45 anos de idade</p><p>foi atendida em unidade básica de</p><p>saúde referindo que, há 4 meses, foi</p><p>realizada drenagem de abscesso</p><p>perianal em pronto-socorro e, desde</p><p>então, tem apresentado saída</p><p>ocasional de secreção fétida por</p><p>lesão dérmica no local. O exame</p><p>físico evidenciou orifício cutâneo</p><p>com saída de secreção amarelada à</p><p>compressão, localizado</p><p>anteriormente e acerca de 2 cm da</p><p>borda anal. Com base nos dados</p><p>apresentados, determine a</p><p>alternativa com a orientação da</p><p>conduta a ser seguida.</p><p>A) Encaminhar para nova drenagem</p><p>em pronto-socorro.</p><p>B) Encaminhar para avaliação</p><p>eletiva, em ambulatório</p><p>especializado.</p><p>C) Prescrever antibiótico por via oral</p><p>e pomada anestésica.</p><p>D) Prescrever anti-inflamatório por</p><p>via oral e pomada com antibiótico.</p><p>Comentário da questão</p><p>A principal hipótese diagnóstica</p><p>precisa ser fístula perianal. As</p><p>fístulas são uma complicação</p><p>comum após quadros de abcessos</p><p>perianais.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A paciente não</p><p>apresenta um quadro agudo de</p><p>abcesso que necessita ser</p><p>encaminhado ao pronto-socorro.</p><p>B - Correta: a paciente</p><p>provavelmente apresenta uma</p><p>fístula perianal, que pode ser</p><p>encaminhada ao atendimento</p><p>ambulatorial, onde será feita a</p><p>programação para abordagem</p><p>cirúrgica com segurança.</p><p>C - Incorreta: não é uma opção</p><p>correta para tratamento de fístulas.</p><p>D - Incorreta: não é o tratamento</p><p>preconizado para fístulas.</p><p>QUESTÃO 92</p><p>Um paciente masculino, 33 anos de</p><p>idade, agricultor, é internado com</p><p>quadro de cansaço, adinamia, tosse,</p><p>emagrecimento importante nos</p><p>últimos 6 meses (cerca de 14 kg). Ao</p><p>exame, mostra-se emagrecido,</p><p>mucosas pouco coradas, ausculta</p><p>pulmonar com murmúrio vesicular</p><p>preservado, estertores bilaterais.</p><p>Tomografia de tórax apresenta</p><p>lesões em brotamento com suspeita</p><p>de tuberculose pós-primária. Diante</p><p>desse caso, quais são,</p><p>respectivamente, o diagnóstico</p><p>diferencial, o exame a ser solicitado</p><p>para confirmação da tuberculose e o</p><p>tratamento a ser instituído?</p><p>A) Pneumonia por estafilococo;</p><p>solicitar pesquisa de BK e fungo em</p><p>escarro; iniciar tratamento com</p><p>rifampicina.</p><p>B) Pneumonia por</p><p>paracoccidioidomicose; solicitar</p><p>biópsia tran-brônquica; iniciar</p><p>rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida.</p><p>C) Pneumonia por estafilococo;</p><p>solicitar lavado bronco alveolar para</p><p>pesquisa de BK; iniciar rifampicina e</p><p>pirazinamida.</p><p>D) Pneumonia por</p><p>paracoccidioidomicose; solicitar</p><p>pesquisa de BK e fungo no escarro;</p><p>iniciar rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Um paciente agricultor com tosse,</p><p>emagrecimento, adinamia e</p><p>cansaço há 6 meses; pela alta</p><p>prevalência da tuberculose,</p><p>devemos pensar nela como principal</p><p>hipótese diagnóstica. Pelo trabalho</p><p>de agricultor apresenta fator de</p><p>risco para paracoccidioidomicose.</p><p>Alternativas</p><p>A e C - Incorretas: pneumonia</p><p>estafilocóccica que tem como forma</p><p>de apresentação, uma pneumonia</p><p>grave e de evolução aguda, e não</p><p>em 6 meses.</p><p>Agora, como nossa principal</p><p>hipótese é TBC, já podemos iniciar o</p><p>tratamento, que seria feito com</p><p>Rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida e etambutol.</p><p>Então poderíamos marcar tanto a</p><p>alternativa B quanto a D, apesar, de</p><p>mesmo assim, ambas estarem</p><p>incompletas.</p><p>QUESTÃO 93</p><p>Uma mulher de 34 anos de idade é</p><p>atendida em prontosocorro com</p><p>desconforto abdominal, sem sinais</p><p>de peritonite, com atraso menstrual</p><p>de 3 semanas. Foi submetida à</p><p>terceira tentativa de inseminação</p><p>artificial, recentemente, e</p><p>apresentava beta-hCG = 3 000</p><p>mUI/mL, dosado no dia anterior. O</p><p>médico solicitou uma</p><p>ultrassonografia que evidenciou</p><p>gestação ectópica à esquerda, com</p><p>saco gestacional bem delimitado,</p><p>sem batimentos cardíacos fetais e</p><p>medindo 3 cm. Diante do quadro</p><p>atual, qual a conduta apropriada?</p><p>A) Iniciar tratamento com</p><p>metotrexato 50 mg/m2 .</p><p>B) Adotar conduta expectante e</p><p>dosar beta-hCG diariamente.</p><p>C) Submeter a paciente a</p><p>videolaparoscopia e salpingostomia.</p><p>D) Submeter a paciente a</p><p>videolaparoscopia e salpingectomia.</p><p>Comentário da questão</p><p>A conduta expectante pode ser</p><p>adotada em algumas gestantes</p><p>selecionadas, obedecendo-se aos</p><p>seguintes critérios:</p><p>• Pouca dor ou sangramento;</p><p>• Confiabilidade na gestante</p><p>para seguimento;</p><p>• Nenhuma evidência de rotura</p><p>tubária;</p><p>• Nível de βhCG <1.000 mUI/ml</p><p>e em queda;</p><p>• Massa ectópica ou anexial <3</p><p>cm ou não detectável;</p><p>• Ausência de BCF;</p><p>• Estabilidade hemodinâmica.</p><p>O tratamento clínico com</p><p>metotrexato (MTX) critérios de</p><p>seleção são:</p><p>• Sinais vitais estáveis e pouca</p><p>sintomatologia;</p><p>• Ausência de contraindicação</p><p>médica para a terapia</p><p>(enzimas hepáticas normais,</p><p>hemograma e plaquetas</p><p>normais);</p><p>• Gravidez ectópica íntegra;</p><p>• Ausência de atividade</p><p>cardíaca embrionária;</p><p>• Massa ectópica medindo 4</p><p>cm ou menos;</p><p>• Níveis séricos de βhCG</p><p><5.000 mUI/ml.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: a mulher da questão se</p><p>enquadra nos critérios para o</p><p>tratamento clínico.</p><p>B - Incorreta: a conduta expectante</p><p>não é indicada, pois a</p><p>mulher não se</p><p>enquadra nos critérios (BhCG <</p><p>1000, e massa anexial < 3).</p><p>C e D - Incorretas: Não há</p><p>necessidade de cirurgia.</p><p>QUESTÃO 94</p><p>Um homem, com 58 anos de idade,</p><p>foi atendido em ambulatório de</p><p>hospital secundário. Relatava dor e</p><p>queimação epigástrica que</p><p>aumentava após a ingestão de</p><p>alimentos, acompanhada de</p><p>plenitude pós-prandial. Realizou</p><p>endoscopia digestiva alta que</p><p>evidenciou úlcera com 5 mm de</p><p>diâmetro na parede anterior do</p><p>antro gástrico, na região pré-</p><p>pilórica. Com base nos dados</p><p>apresentados, assinale a alternativa</p><p>que apresenta a conduta adequada</p><p>a ser seguida.</p><p>A) Solicitar endoscopia com</p><p>biópsias seriadas para excluir</p><p>neoplasia gástrica e pesquisar</p><p>Helicobacter pylori.</p><p>B) Indicar tratamento operatório</p><p>pela localização da úlcera e risco de</p><p>perfuração.</p><p>C) Prescrever inibidor de secreção</p><p>gástrica por 6 a 8 semanas e solicitar</p><p>endoscopia com pesquisa de</p><p>Helicobacter pylori, avaliando a</p><p>cicatrização.</p><p>D) Prescrever inibidor da secreção</p><p>gástrica e tratar Helicobacter pylori</p><p>empiricamente por sua prevalência</p><p>em ulcerosos, evitando recidiva.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com quadro típico de</p><p>doença ulcerosa péptica, que</p><p>inclusive já foi comprovado na</p><p>endoscopia digestiva alta (EDA),</p><p>quando temos uma úlcera gástrica,</p><p>a repetição da EDA é obrigatória</p><p>após o tratamento adequado, pois</p><p>devemos reavaliar se não estamos</p><p>frente a uma neoplasia. O</p><p>tratamento é com inibidores das</p><p>bombas de prótons (omeprazol,</p><p>pantoprazol, entre outros).</p><p>IBPs por 6-8 semanas; por ser uma</p><p>úlcera gástrica, devemos repetir a</p><p>EDA obrigatoriamente. Então,</p><p>podemos fazer a pesquisa para o H.</p><p>pylori neste momento.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Sim, iremos realizar o</p><p>que indica a EDA. E devemos tratá-</p><p>lo com inibidores da secreção</p><p>gástrica.</p><p>B - Incorreta: o tratamento</p><p>operatório só é indicado em casos</p><p>de complicação ou refratariedade</p><p>ao tratamento clínico, portanto,</p><p>incorreta.</p><p>C - Correta: Apesar das ressalvas, é</p><p>a melhor alternativa.</p><p>D - Incorreta: Não é indicado o</p><p>tratamento empírico do H. pylori,</p><p>devemos confirmar sua infecção.</p><p>QUESTÃO 95</p><p>Uma menina de 3 anos de idade</p><p>iniciou subitamente um quadro</p><p>febril alto, apresentando</p><p>irritabilidade e queixa de dor</p><p>importante em perna direita,</p><p>parando de andar. Ao exame,</p><p>estava toxêmica. Foi identificada</p><p>dor localizada na face anterior do</p><p>quadril direito, com edema e</p><p>restrição da movimentação do</p><p>quadril direito, permanecendo na</p><p>posição de flexão-abdução e</p><p>rotação externa. Havia relato de</p><p>trauma na escola poucos dias antes,</p><p>tendo caído do balanço, mas não</p><p>houve repercussão no dia do</p><p>acidente. Diante do quadro clínico</p><p>apresentado, assinale a alternativa</p><p>que define o diagnóstico provável.</p><p>A) Febre reumática.</p><p>B) Sinovite transitória do quadril.</p><p>C) Doença de Legg-Perthes.</p><p>D) Artrite séptica do quadril.</p><p>Comentário da questão</p><p>Artrite séptica é uma condição</p><p>grave que pode causar grande</p><p>morbidade nos pacientes, pois</p><p>"destrói" a articulação, levando à</p><p>perda de movimentação. No quadril</p><p>o paciente perderá o movimento do</p><p>membro inferior.</p><p>artrite + sinais de toxemia (febre</p><p>alta, prostração), pensar em artrite</p><p>séptica.</p><p>A história de trauma é considerada</p><p>um fator de risco, pois serve como</p><p>um criador de porta de entrada para</p><p>as bactérias, por isso a banca citou</p><p>esse antecedente.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Febre reumática se</p><p>manifesta com artrites em várias</p><p>articulações, além de o paciente</p><p>apresentar antecedente de infecção</p><p>por Streptococcus do grupo A.</p><p>B - Incorreta: Também causa um</p><p>quadro parecido, mas sem sinais</p><p>toxêmicos, e as questões</p><p>geralmente nos dão um</p><p>antecedente de infecção viral.</p><p>C - Incorreta: A doença de Calves-</p><p>Legg-Perthés, também chamada</p><p>necrose avascular da cabeça do</p><p>fêmur, se manifesta com sintomas</p><p>parecidos, mas também não</p><p>teríamos a toxemia, fator de risco</p><p>(traumas, inflamações, alterações</p><p>endócrinas e fatores genéticos).</p><p>D - Correta: especialmente pela</p><p>presença de toxemia.</p><p>QUESTÃO 96</p><p>No Brasil, a doença diarreica aguda</p><p>é reconhecida como importante</p><p>causa de morbimortalidade,</p><p>mantendo relação direta com as</p><p>precárias condições de vida e saúde</p><p>dos indivíduos, em consequência da</p><p>falta de saneamento básico, de</p><p>desastres naturais (estiagem, seca e</p><p>inundação) e da desnutrição</p><p>crônica, entre outros fatores, de</p><p>acordo com dados do Ministério da</p><p>Saúde de 2019. No sentido de</p><p>melhorar o controle das doenças</p><p>diarreicas agudas, o Ministério da</p><p>Saúde orienta, como conduta</p><p>relacionada à vigilância</p><p>epidemiológica a ser adotada pela</p><p>equipe de saúde da Unidade Básica</p><p>de Saúde, a</p><p>A) monitorização, do tipo sentinela,</p><p>das doenças diarreicas agudas.</p><p>B) notificação compulsória semanal</p><p>dos surtos de doença diarreica</p><p>aguda apenas em crianças.</p><p>C) notificação compulsória imediata</p><p>de caso individual de doença</p><p>diarreica aguda em criança.</p><p>D) notificação compulsória dos</p><p>casos isolados de doença diarreica</p><p>aguda causada por água e/ou</p><p>alimento.</p><p>Comentário da questão</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, os</p><p>sistemas de vigilância sentinela</p><p>procuram monitorar indicadores</p><p>chaves na população geral ou em</p><p>grupos especiais, que sirvam como</p><p>alerta precoce para o sistema, não</p><p>tendo a preocupação com</p><p>estimativas precisas de incidência</p><p>ou prevalência da população geral.</p><p>Evento sentinela é a detecção de</p><p>doença prevenível, incapacidade, ou</p><p>morte inesperada, cuja ocorrência</p><p>serve como um sinal de alerta de</p><p>que a qualidade terapêutica ou</p><p>medida de prevenção deve ser</p><p>questionada</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Os casos individuais de</p><p>doença diarreica aguda (DDA) são</p><p>de notificação compulsória em</p><p>unidades sentinelas para</p><p>monitorização das DDA (MDDA). O</p><p>principal objetivo da vigilância</p><p>epidemiológica nesses casos é</p><p>monitorar o perfil epidemiológico,</p><p>visando detectar precocemente</p><p>surtos, especialmente os</p><p>relacionados a: acometimento entre</p><p>menores de cinco anos; agentes</p><p>etiológicos virulentos e epidêmicos,</p><p>como é o caso da cólera; situações</p><p>de vulnerabilidade social; seca,</p><p>inundações e desastres.</p><p>B - Incorreta: A ocorrência de, no</p><p>mínimo, dois casos com o mesmo</p><p>quadro clínico de diarreia após</p><p>ingestão do mesmo alimento ou</p><p>água da mesma origem caracteriza-</p><p>se como surto de doença</p><p>transmitida por água/alimento. As</p><p>notificações de surto em qualquer</p><p>população devem ser compulsórias</p><p>imediatas.</p><p>C - Incorreta: os casos isolados de</p><p>DDA são de notificação obrigatória</p><p>apenas pelas unidades sentinelas</p><p>que tiverem a monitorização das</p><p>doenças diarreicas agudas (MDDA).</p><p>D - Incorreta: Novamente, temos a</p><p>situação de um caso isolado,</p><p>apenas notificado pelas unidades</p><p>sentinelas.</p><p>QUESTÃO 97</p><p>Uma mulher, de 27 anos de idade,</p><p>teve uma cesárea há 2 horas. Seu</p><p>acompanhante notou um</p><p>sangramento vaginal e chamou a</p><p>equipe de enfermagem. Na</p><p>checagem dos sinais vitais, foi</p><p>constatada uma pressão arterial =</p><p>90/50 mmHg e um pulso de 112 =</p><p>bpm. Frente a esse quadro, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>A) A paciente apresenta quadro de</p><p>instabilidade hemodinâmica,</p><p>portanto, medidas de ressuscitação</p><p>devem ser iniciadas imediatamente.</p><p>B) A paciente apresenta sinais vitais</p><p>estáveis para o período puerperal,</p><p>porém é importante que seja</p><p>monitorizada em terapia intensiva</p><p>pelo alto risco de sangramento em</p><p>período puerperal.</p><p>C) A paciente apresenta</p><p>estabilidade hemodinâmica e sinais</p><p>vitais normais para o período de</p><p>puerpério. É necessário um controle</p><p>mais frequente de sinais vitais e</p><p>sangramento.</p><p>D) A paciente apresenta um quadro</p><p>que pode indicar dano cerebral,</p><p>portanto, deve ser transferida para</p><p>Unidade de Terapia Intensiva</p><p>imediatamente.</p><p>Comentário da questão</p><p>Hemorragia pós-parto (HPP):</p><p>Define-se HPP como a perda</p><p>sanguínea vaginal estimada</p><p>em</p><p>mais de 500 mL após parto vaginal</p><p>ou mais de 1.000 mL após</p><p>cesariana. As principais etiologias</p><p>geralmente são atonia, trauma e</p><p>coagulopatia, que pode ser primária</p><p>ou secundária.</p><p>Diante de uma paciente hipotensa e</p><p>taquicárdica, com revisão do trajeto</p><p>normal, a provável causa será atonia</p><p>uterina.</p><p>O manejo inclui controle de sinais</p><p>vitais e diurese, administração de</p><p>oxitocina e soro fisiológico e</p><p>massagem bimanual do útero</p><p>(manobra de Hamilton).</p><p>A massagem deve ser uterina</p><p>bimanual, em que se comprime o</p><p>fundo do útero com uma mão</p><p>contra a outra mão introduzida na</p><p>vagina, a qual faz pressão no fundo</p><p>de saco anterior.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A paciente encontra-se</p><p>hipotensa e taquicárdica, portanto,</p><p>instável hemodinamicamente.</p><p>Medidas de ressuscitação devem ser</p><p>prontamente iniciadas, com</p><p>reposição volêmica com solução</p><p>isotônica inicialmente.</p><p>B e C - Incorretas: O quadro de</p><p>hipotensão e taquicardia indica</p><p>instabilidade hemodinâmica em</p><p>paciente que apresenta</p><p>sangramento, com potencial risco</p><p>de evoluir para choque</p><p>hipovolêmico. Medidas de</p><p>ressuscitação volêmica devem ser</p><p>realizadas inicialmente.</p><p>D - Incorreta: Inicialmente, a</p><p>paciente deve ser estabilizada com</p><p>reposição volêmica e medidas para</p><p>conter o sangramento. Não é</p><p>necessária internação em leito de</p><p>UTI nesse momento.</p><p>QUESTÃO 98</p><p>Em 2006, foi implantada a Política</p><p>Nacional de Práticas Integrativas e</p><p>Complementares (PNPIC) no SUS.</p><p>De acordo com essa política, é</p><p>correto afirmar que</p><p>A) o seu campo de atuação envolve</p><p>sistemas médicos simplificados com</p><p>a utilização de recursos terapêuticos</p><p>simples.</p><p>B) estimula mecanismos naturais de</p><p>tratamento de algumas doenças e</p><p>recuperação da saúde com</p><p>utilização de tecnologias frágeis e</p><p>nem sempre seguras.</p><p>C) limita o acesso à tecnologia de</p><p>ponta e aumenta o número de</p><p>atendimentos nas unidades,</p><p>contribuindo para ampliar a</p><p>resolubilidade do sistema.</p><p>D) compartilha da visão ampliada</p><p>do processo saúdedoença e a</p><p>promoção global do cuidado</p><p>humano, especialmente do</p><p>autocuidado.</p><p>Comentário da questão</p><p>A Política Nacional de Práticas</p><p>Integrativas e Complementares no</p><p>SUS (PNPIC) institucionaliza as</p><p>Práticas Integrativas e</p><p>Complementares (PICS). Uma das</p><p>abordagens desse campo é a visão</p><p>ampliada do processo saúde/doença</p><p>e da promoção global do cuidado</p><p>humano, especialmente do</p><p>autocuidado.</p><p>As indicações são embasadas no</p><p>indivíduo como um todo,</p><p>considerando-o em seus vários</p><p>aspectos: físico, psíquico, emocional</p><p>e social. Entre as principais</p><p>diretrizes da PNPIC está o aumento</p><p>da resolutividade dos serviços de</p><p>saúde, que ocorre a partir da</p><p>integração (ao modelo convencional</p><p>de cuidado) de racionalidades com</p><p>olhar e atuação mais ampliados,</p><p>agindo de forma integrada e/ou</p><p>complementar no diagnóstico, na</p><p>avaliação e no cuidado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O campo de atuação</p><p>das PICS, abrange a Medicina</p><p>Tradicional Chinesa/Acupuntura,</p><p>Medicina Antroposófica,</p><p>Homeopatia, Plantas Medicinais e</p><p>Fitoterapia, Termalismo</p><p>Social/Crenoterapia, Arteterapia,</p><p>Ayurveda, Biodança, Dança Circular,</p><p>Meditação, Musicoterapia,</p><p>Naturopatia, Osteopatia,</p><p>Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki,</p><p>Shantala, Terapia Comunitária</p><p>Integrativa, Yoga, Apiterapia,</p><p>Aromaterapia, Bioenergética,</p><p>Constelação familiar, Cromoterapia,</p><p>Geoterapia, Hipnoterapia,</p><p>Imposição de mãos, Ozonioterapia</p><p>e Terapia de Florais.</p><p>B - Incorreta: Só de vermos os</p><p>termos “frágeis” “nem sempre</p><p>seguras” já desconfiamos que está</p><p>errado. Se é uma política do SUS, é</p><p>algo funcional e com embasamento.</p><p>E como podemos observar no</p><p>comentário anterior, não são</p><p>tecnologias frágeis.</p><p>C - Incorreta: Tecnologia de ponta é</p><p>encontrada no nível terciário de</p><p>atenção à saúde (hospitais</p><p>universitários, por exemplo). E a</p><p>PNPIC não limita o acesso a isso</p><p>pois as PICS são complementares ao</p><p>tratamento, não impedindo o</p><p>acesso a outras tecnologias, caso</p><p>necessário.</p><p>D - Correta: as PICS não substituem</p><p>o tratamento tradicional. Elas são</p><p>um adicional, um complemento no</p><p>tratamento e indicadas por</p><p>profissionais específicos conforme</p><p>as necessidades de cada caso.</p><p>QUESTÃO 99</p><p>Um homem de 40 anos de idade,</p><p>que trabalha com extrativismo</p><p>florestal no interior do estado do</p><p>Amazonas, onde passa a maior</p><p>parte do ano, procurou atendimento</p><p>médico em Unidade Básica de</p><p>Saúde devido à lesão exulcerada em</p><p>tórax há 6 meses, evoluindo com</p><p>aumento progressivo. Ao exame</p><p>físico, não apresenta alterações,</p><p>exceto a lesão única abaixo, a qual</p><p>foi biopsiada.</p><p>GONTIJO, B.; de CARVALHO,</p><p>M.L.R. XX. XX. v.36, n.1, p.71-80,</p><p>2003.</p><p>O resultado do exame</p><p>histopatológico esperado para esse</p><p>caso e o tratamento proposto</p><p>devem ser</p><p>A) infiltrado neutrofílico com</p><p>aspecto verde maçã quando corado</p><p>pelo Vermelho Congo; fluconazol.</p><p>B) células de Kupffer acompanhadas</p><p>de nódulos regenerativos com áreas</p><p>de fibrose; prednisona.</p><p>C) infiltrado inflamatório</p><p>inespecífico com células de Hürthle</p><p>e presença de invasão vascular;</p><p>benzonidazol.</p><p>D) granulomas e estruturas</p><p>arredondadas compatíveis com</p><p>formas amastigotas; N-</p><p>metilglucamina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Apenas com o quadro clínico,</p><p>poderíamos ter várias hipóteses</p><p>condizentes: neoplasias cutâneas,</p><p>tuberculose cutânea, úlcera tropical,</p><p>paracoccidioidomicose, e a</p><p>leishmaniose tegumentar.</p><p>A imagem é fortemente sugestiva</p><p>de uma delas: A leishmaniose</p><p>tegumentar, inclusive ela voltou a</p><p>aparecer na segunda fase do ano de</p><p>2022.1. Ela é uma doença infecciosa</p><p>causada por protozoários do gênero</p><p>Leishmania. A transmissão tem</p><p>como vetor o mosquito palha</p><p>(Lutzomyia), e o protozoário</p><p>apresenta como reservatório</p><p>natural marsupiais (gambá) e</p><p>roedores.</p><p>Em média 2 meses da transmissão,</p><p>se forma uma úlcera com borda</p><p>bem delimitada, e com fundo</p><p>granulomatoso.</p><p>O tratamento costuma ser feito</p><p>com antimoniato de N-</p><p>metilglucamina endovenoso.</p><p>Alternativas:</p><p>A - Incorreta: A descrição da lâmina</p><p>ocorre em placas senis no sistema</p><p>nervoso central, que inclusive não</p><p>são tratadas com fluconazol.</p><p>B - Incorreta: As células de Kupffer</p><p>se encontram no fígado, nossa</p><p>biópsia é de pele.</p><p>C - Incorreta: Células de Hürthle são</p><p>encontradas em neoplasias de</p><p>tireoide.</p><p>D - Correta: Amastigotos é a forma</p><p>intracelular de protozoários, como</p><p>da leishmaniose, e o tratamento é</p><p>feito com antimoniato de N-</p><p>metilglucamina.</p><p>QUESTÃO 100</p><p>Uma mulher com 55 anos de idade</p><p>procura a unidade de emergência</p><p>referenciada com queixa de dor</p><p>precordial em aperto há 12 horas.</p><p>Antecedentes pessoais: diabética</p><p>tipo 2, há 12 anos, em uso de</p><p>metformina 1 500 mg ao dia e</p><p>glicazida 30 mg ao dia, hipertensão</p><p>arterial, há 8 anos, em uso de</p><p>captopril 150 mg ao dia. Exame</p><p>físico da admissão: PA = 100 x 60</p><p>mmHg, FC = 70 bpm, FR = 18 irpm,</p><p>Sat = 92%. Ritmo cardíaco regular</p><p>em 2 tempos sem sopros, murmúrio</p><p>vesicular presente e simétrico com</p><p>estertores crepitantes em base,</p><p>abdome globoso, fígado há 4 cm do</p><p>rebordo costal direito, baço não</p><p>percutível. Extremidades: pulsos</p><p>periféricos diminuído, edema 3+/4+.</p><p>ECG abaixo: Diante do quadro</p><p>apresentado, o diagnóstico e</p><p>tratamento são:</p><p>A) infarto agudo do miocárdio e</p><p>trombólise com ateplase.</p><p>B) infarto do miocárdio evoluído e</p><p>cateterismo.</p><p>C) síndrome coronariana aguda e</p><p>balão intra-aórtico.</p><p>D) pericardite aguda e colchicina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Síndrome coronariana:</p><p>• Síndrome coronariana sem</p><p>supra de ST:</p><p>o Angina instável;</p><p>o Infarto agudo do</p><p>miocárdio sem supra</p><p>de ST.</p><p>• Síndrome coronariana com</p><p>supra de ST:</p><p>o Infarto agudo do</p><p>miocárdio com supra</p><p>de ST.</p><p>Na síndrome coronariana com supra</p><p>de ST a prioridade é para a</p><p>reperfusão cardíaca, a qual pode ser</p><p>por meio de um trombolítico ou</p><p>cateterismo cardíaco.</p><p>O</p><p>cateterismo é mais eficaz e, por</p><p>isso, se disponível até 90 minutos do</p><p>ingresso do paciente ao hospital</p><p>(120 minutos se tivermos que fazer</p><p>um translado), é a conduta de</p><p>preferência.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: a conduta</p><p>preferencial é o cateterismo com</p><p>angioplastia.</p><p>B - Correta: o supra de ST em si,</p><p>quando ele cria um platô, como o da</p><p>imagem, podemos afirmar que o</p><p>infarto já ocorreu há algum tempo,</p><p>e podemos chamá-lo de evoluído. O</p><p>quadro mais agudo de um supra de</p><p>ST é quando ele se apresenta</p><p>totalmente convexo, está correta.</p><p>C - Incorreta: Estamos sim frente a</p><p>uma síndrome coronariana aguda,</p><p>mas não temos indicação alguma de</p><p>balão intra-aórtico, além de que não</p><p>especifica bem qual síndrome</p><p>coronariana aguda, o que já pode</p><p>ser considerado como incompleto.</p><p>D - Incorreta: Pericardite se</p><p>manifesta com dor retroesternal e</p><p>piora com posição de decúbito</p><p>dorsal e respiração; encontraríamos</p><p>supras de ST em múltiplas</p><p>derivações (quase todas), além de</p><p>termos alguns sinais como atrito</p><p>pericárdico, portanto, não é nossa</p><p>principal hipótese aqui.</p><p>paciente ictérico é um sinal</p><p>extremamente sugestivo de</p><p>tumores periampulares, como o</p><p>câncer de cabeça de pâncreas.</p><p>A) Pancreatite aguda.</p><p>Incorreta: O quadro de pancreatite</p><p>aguda é de instalação mais</p><p>abrupta/rápida, não costuma cursar</p><p>com icterícia, e há um quadro de dor</p><p>e inflamação mais acentuados.</p><p>B) Colangite.</p><p>Incorreta: No caso de colangite</p><p>existe um processo infeccioso, o</p><p>paciente da questão não é descrito</p><p>como toxemiado. Além disso, assim</p><p>como a Pancreatite, a colangite</p><p>apresenta um quadro mais agudo.</p><p>C) Abscesso hepático.</p><p>Incorreta: Abcessos hepáticos</p><p>podem ter uma apresentação mais</p><p>lenta, e sim podem cursar com</p><p>icterícia, porém, não iriamos</p><p>observar a vesícula biliar palpável.</p><p>D) Neoplasia de cabeça de</p><p>pâncreas.</p><p>Correta: A vesícula de Courvoisier-</p><p>Terrier é sugestivo de tumores</p><p>periampulares.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>Uma paciente de 32 anos de idade</p><p>vem ao retorno em seu médico de</p><p>família para checar resultados de</p><p>sorologias solicitadas na consulta</p><p>anterior. A paciente refere 2</p><p>gestações prévias, e nega atividade</p><p>sexual há mais de 1 ano, após seu</p><p>divórcio. Ao checar os exames, o</p><p>médico identifica o VDRL positivo à</p><p>diluição de 1:2 (valor de referência:</p><p>negativo) e o TPHA reagente (valor</p><p>de referência: não reagente), HBsAg</p><p>negativo, anti-HBc negativo, anti-</p><p>HCV negativo e anti-HIV negativo.</p><p>Ao exame físico, ela não apresenta</p><p>nenhuma lesão genital ou</p><p>extragenital. Ela afirma que realizou</p><p>tratamento com penicilina na última</p><p>gestação há 4 anos (relata 2</p><p>injeções em cada nádega, em 3</p><p>aplicações). O médico checa o</p><p>prontuário da paciente e identifica o</p><p>registro da aplicação de 3 doses de</p><p>penicilina benzatina (2 400 000 UI a</p><p>cada dose) durante o último pré-</p><p>natal. Diante do que foi exposto,</p><p>qual a conduta correta?</p><p>A) Tratar a paciente com penicilina</p><p>benzatina 2 400 000 UI, 1 vez por</p><p>semana, por 3 semanas.</p><p>B) Considerar como cicatriz</p><p>sorológica devido à comprovação</p><p>do tratamento prévio com</p><p>penicilina.</p><p>C) Solicitar um novo teste rápido</p><p>para confirmar caso de sífilis.</p><p>D) Tratar a paciente com penicilina</p><p>benzatina 2 400 000 UI em dose</p><p>única.</p><p>Comentário da questão</p><p>Um teste treponêmico positivo</p><p>pode ser cicatriz sorológica e não</p><p>tem indicação de tratamento</p><p>imediato!</p><p>Pacientes que tiveram contato com</p><p>o treponema podem apresentar a</p><p>cicatriz sorológica no teste</p><p>treponêmico praticamente pela vida</p><p>toda (cicatriz sorológica). O VDRL</p><p>costuma zerar com o passar dos</p><p>anos, mas pode demorar em média</p><p>de 8 anos para zerar, por isso é</p><p>possível manter baixos títulos</p><p>mesmo após tratamento adequado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Até poderíamos</p><p>cogitar um quadro de sífilis latente.</p><p>Mas com a afirmação de um VDRL</p><p>em baixos títulos e tratamento</p><p>prévio, temos que pensar em uma</p><p>cicatriz sorologica.</p><p>B – Correta: consideramos como</p><p>cicatriz devido ao relato de</p><p>tratamento adequado prévio. Caso</p><p>a questão não nos desse essa</p><p>informação, não poderíamos</p><p>afirmar e, por via das dúvidas,</p><p>iríamos iniciar o tratamento. Caso o</p><p>VDRL estivesse negativo,</p><p>poderíamos considerar a</p><p>observação.</p><p>C - Incorreta: O teste rápido é um</p><p>teste treponêmico, virá positivo</p><p>invariavelmente, já que se trata de</p><p>cicatriz sorológica. Nesse sentido,</p><p>não agrega em nada à conduta.</p><p>D - Incorreta: Não se trata de uma</p><p>sífilis primária ou latente recente.</p><p>QUESTÃO 11</p><p>Um adolescente de 14 anos, do sexo</p><p>masculino, procura serviço médico</p><p>com história de dor em joelho</p><p>direito há 2 meses, com piora nos</p><p>últimos dias, sem fatores de</p><p>melhora. Refere queda acidental</p><p>durante um jogo de futebol com os</p><p>amigos, cerca de uma semana antes</p><p>do início das queixas. Ao exame</p><p>físico, evidenciou-se edema discreto</p><p>em joelho direito, calor local, dor a</p><p>palpação de região distal do fêmur,</p><p>sem hiperemia. A radiografia de</p><p>joelho apresenta imagem lítica em</p><p>região distal do fêmur e na região</p><p>proximal da tíbia, lesão em cortical</p><p>com reação periosteal tipo "raios de</p><p>sol" e triângulo de Codman.</p><p>Considerando o caso clínico</p><p>apresentado, assinale a alternativa</p><p>que contém o diagnóstico mais</p><p>provável.</p><p>A) Osteossarcoma.</p><p>B) Artrite séptica.</p><p>C) Sarcoma de Ewing.</p><p>D) Artrite reumatoide juvenil.</p><p>Comentário da questão</p><p>Lesões ao longo do fêmur distal e</p><p>que cursam com aspecto de raio de</p><p>sol e triângulo de Codman são</p><p>características do osteosarcoma. A</p><p>questão nos apresenta um</p><p>adolescente de 14 anos</p><p>apresentando uma dor no joelho há</p><p>2 meses depois de um trauma ao</p><p>jogar futebol e sem fatores de</p><p>melhora. Foi solicitada uma</p><p>radiografia que demonstra uma</p><p>imagem lítica na região distal do</p><p>fêmur, lesão cortical com reação</p><p>periosteal tipo “raios de sol” e</p><p>triângulo de Codman. Esse é um</p><p>quadro clínico típico de</p><p>osteossarcoma, um tumor ósseo</p><p>primário mais comum da pediatria.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: O osteossarcoma é o</p><p>tumor ósseo mais comum e</p><p>costuma atingir meninos entre 10 e</p><p>15 anos de idade.</p><p>A clínica de pacientes com esse</p><p>tumor é exatamente igual ao</p><p>relatado na questão, uma dor de</p><p>longa duração que inicia após</p><p>história de trauma e que não</p><p>melhora com uso de medicação</p><p>sintomática.</p><p>No raio-x, os achados de lesão</p><p>heterogênea de bordos indistintos</p><p>com uma expansão para além da</p><p>cortical do osso que dão um aspecto</p><p>radiológico de raios de sol e o</p><p>triângulo de Codman são</p><p>características desse tumor. O</p><p>tratamento dos pacientes sem</p><p>metástase é feito com</p><p>quimioterapia neoadjuvante</p><p>seguida de ressecção da lesão óssea</p><p>e um novo ciclo de quimioterapia</p><p>pós-operatória.</p><p>B - Incorreta: A artrite séptica</p><p>normalmente cursa com um quadro</p><p>mais agudo e com manifestações</p><p>sistêmicas como febre e queda do</p><p>estado geral.</p><p>C - Incorreta: O sarcoma de Ewing</p><p>tem um quadro clínico bem</p><p>semelhante ao do osteossarcoma,</p><p>todavia temos uma diferença entre</p><p>os dois que é o aparecimento de</p><p>manifestações sistêmicas como</p><p>febre e perda ponderal. No raio-x</p><p>temos duas lesões marcantes:</p><p>1. Lesão óssea com aspecto de</p><p>“roído de traças” e;</p><p>2. Reação periosteal em “casca</p><p>de cebola”.</p><p>O tratamento é muito semelhante</p><p>ao do osteossarcoma, com a</p><p>diferença que nesses pacientes</p><p>podemos usar também a</p><p>radioterapia.</p><p>D - Incorreta: A artrite reumatóide</p><p>juvenil é conhecida hoje como</p><p>artrite idiopática juvenil. É a doença</p><p>reumática mais comum em crianças</p><p>e cursa com artrite em 1 ou mais</p><p>articulações com febre de pelo</p><p>menos por 2 semanas de duração e</p><p>agregado ao caso a presença de</p><p>rash cutâneo, linfonodomegalia</p><p>generalizada, hepatomegalia</p><p>esplenomegalia e sinais de serosite</p><p>(pericardite, pleurite ou peritonite).</p><p>QUESTÃO 12</p><p>Promulgada em 2017, a Política</p><p>Nacional da Atenção Básica (PNAB)</p><p>estabelece que a Territorialização e</p><p>Adstrição da Clientela permitem o</p><p>planejamento, a programação</p><p>descentralizada e o</p><p>desenvolvimento de ações setoriais</p><p>e intersetoriais com foco em um</p><p>território específico. A organização</p><p>da Estratégia da Saúde da Família</p><p>está baseada no preceito de</p><p>responsabilidade sanitária sobre a</p><p>população do território definido.</p><p>Nesse sentido, é correto afirmar que</p><p>A) a atualização dos dados de</p><p>condições socioeconômicas das</p><p>famílias é feita no sistema de</p><p>informação de agravos de</p><p>notificação, de forma contínua, e</p><p>sob responsabilidade dos ACS.</p><p>B) a delimitação da população</p><p>adscrita da equipe, processo</p><p>realizado por todos os membros da</p><p>equipe, obedece estritamente aos</p><p>limites geográficos e</p><p>administrativos dos bairros de</p><p>grandes cidades.</p><p>C) o processo de territorialização</p><p>finaliza com o cadastramento das</p><p>famílias da área e é uma atribuição</p><p>dos agentes comunitários.</p><p>D) a territorialização tem início com</p><p>a definição do território, área e</p><p>microárea, seguida pelo</p><p>cadastramento de famílias, que é</p><p>uma responsabilidade de toda a</p><p>equipe.</p><p>Comentário</p><p>da questão</p><p>A territorialização tem início com a</p><p>definição do território, área e</p><p>microárea, seguida pelo</p><p>cadastramento de famílias, que é</p><p>uma responsabilidade de toda a</p><p>equipe.</p><p>• Regionalização e</p><p>Hierarquização: considera-</p><p>se regiões de saúde como um</p><p>recorte espacial estratégico</p><p>para fins de planejamento,</p><p>organização e gestão de</p><p>redes de ações e serviços de</p><p>saúde em determinada</p><p>localidade, e a hierarquização</p><p>como forma de organização</p><p>de pontos de atenção da RAS</p><p>entre si, com fluxos e</p><p>referências estabelecidos;</p><p>• Territorialização e</p><p>Adstrição: considera-se</p><p>Território a unidade</p><p>geográfica única, de</p><p>construção descentralizada</p><p>do SUS na execução das</p><p>ações estratégicas</p><p>destinadas à vigilância,</p><p>promoção, prevenção,</p><p>proteção e recuperação da</p><p>saúde. Os Territórios são</p><p>destinados para dinamizar a</p><p>ação em saúde pública, o</p><p>estudo social, econômico,</p><p>epidemiológico, assistencial,</p><p>cultural e identitário,</p><p>possibilitando uma ampla</p><p>visão de cada unidade</p><p>geográfica e subsidiando a</p><p>atuação na Atenção Básica,</p><p>de forma que atendam a</p><p>necessidade da população</p><p>adscrita e ou as populações</p><p>específicas;</p><p>• População Adscrita:</p><p>população que está presente</p><p>no território da UBS, de</p><p>forma a estimular o</p><p>desenvolvimento de relações</p><p>de vínculo e</p><p>responsabilização entre as</p><p>equipes e a população,</p><p>garantindo a continuidade</p><p>das ações de saúde e a</p><p>longitudinalidade do cuidado</p><p>e com o objetivo de ser</p><p>referência para o seu</p><p>cuidado;</p><p>• Cuidado Centrado na</p><p>Pessoa: o cuidado é</p><p>construído com as pessoas,</p><p>de acordo com suas</p><p>necessidades e</p><p>potencialidades na busca de</p><p>uma vida independente e</p><p>plena. A família, a</p><p>comunidade e outras formas</p><p>de coletividade são</p><p>elementos relevantes, muitas</p><p>vezes condicionantes ou</p><p>determinantes na vida das</p><p>pessoas e, por consequência,</p><p>no cuidado;</p><p>• Resolutividade: deve ser</p><p>capaz de resolver a grande</p><p>maioria dos problemas de</p><p>saúde da população,</p><p>coordenando o cuidado do</p><p>usuário em outros pontos da</p><p>RAS, quando necessário;</p><p>• Longitudinalidade do</p><p>cuidado: pressupõe a</p><p>continuidade da relação de</p><p>cuidado, com construção de</p><p>vínculo e responsabilização</p><p>entre profissionais e usuários</p><p>ao longo do tempo e de</p><p>modo permanente e</p><p>consistente;</p><p>• Coordenar o cuidado:</p><p>elaborar, acompanhar e</p><p>organizar o fluxo dos usuários</p><p>entre os pontos de atenção</p><p>das RAS, atuando como o</p><p>centro de comunicação entre</p><p>os diversos pontos de</p><p>atenção;</p><p>• Ordenar as redes:</p><p>reconhecer as necessidades</p><p>de saúde da população sob</p><p>sua responsabilidade,</p><p>organizando as necessidades</p><p>desta população em relação</p><p>aos outros pontos de atenção</p><p>à saúde, contribuindo para</p><p>que o planejamento das</p><p>ações, assim como, a</p><p>programação dos serviços de</p><p>saúde, parta das</p><p>necessidades de saúde das</p><p>pessoas;</p><p>• Participação da</p><p>comunidade: estimular a</p><p>participação das pessoas, a</p><p>orientação comunitária das</p><p>ações de saúde na Atenção</p><p>Básica e a competência</p><p>cultural no cuidado, como</p><p>forma de ampliar sua</p><p>autonomia e capacidade na</p><p>construção do cuidado à sua</p><p>saúde e das pessoas e</p><p>coletividades do território.</p><p>A questão faça sobre quesitos da</p><p>territorialização e da adstrição,</p><p>lendo essas diretrizes, entendemos</p><p>que o Território é mais que um</p><p>espaço geográfico, mas um espaço</p><p>que divide cultura, contexto</p><p>socioeconômico, epidemiológico,</p><p>dentre outros, ou seja, não depende</p><p>de uma região geográfica, uma</p><p>mesma região pode ter diferentes</p><p>territórios. Já em relação a adscrição</p><p>de clientela, devemos entender que</p><p>é toda população vinculada àquela</p><p>UBS, sendo papel de toda a equipe,</p><p>realizar esse cadastramento, apesar</p><p>de ser ideal que o ACS consiga</p><p>realizar esse processo, já que tem</p><p>maior vínculo com a comunidade.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Essas informações</p><p>são preenchidas no Sistema de</p><p>Informação da Atenção Básica</p><p>(SIAB) e é responsabilidade de toda</p><p>a equipe.</p><p>B - Incorreta: A territorialização</p><p>para a adscrição da clientela não</p><p>obedece apenas limites geográficos.</p><p>C - Incorreta: É atribuição de toda a</p><p>equipe de saúde.</p><p>D - Correta: É sobre isso, o processo</p><p>deve ser realizado por toda equipe e</p><p>começa com a territorialização</p><p>seguida pela adscrição.</p><p>QUESTÃO 13</p><p>Uma mulher de 48 anos de idade é</p><p>trazida por familiares à unidade de</p><p>emergência de hospital de alta</p><p>complexidade com quadro de</p><p>confusão mental, cefaleia e</p><p>amaurose bilateral. Segundo</p><p>familiares, a paciente é portadora</p><p>de hipertensão arterial sistêmica há</p><p>2 anos, vindo em investigação</p><p>diagnóstica por ser classificada</p><p>como hipertensão arterial</p><p>resistente. Nas últimas 2 semanas, a</p><p>paciente passou a não tomar seus</p><p>fármacos anti-hipertensivos, em</p><p>razão de acreditar que o tratamento</p><p>não estava mais funcionando. Na</p><p>véspera, a paciente começou a se</p><p>queixar de cefaleia holocraniana,</p><p>pouco responsiva a fármacos, além</p><p>de turvação visual. No dia de hoje, a</p><p>paciente tornou-se um pouco</p><p>confusa e começou a se queixar de</p><p>que não estava conseguindo</p><p>enxergar nada, razão porque foi</p><p>trazida, às pressas, à unidade de</p><p>emergência. Ao exame físico, a</p><p>paciente mostra-se confusa,</p><p>sonolenta, atendendo com</p><p>dificuldade a algumas solicitações</p><p>verbais. Sua pressão arterial (PA)</p><p>encontra-se em 240 x 160 mmHg</p><p>em ambos os membros superiores,</p><p>enquanto a frequência cardíaca é de</p><p>96 bpm. Um sopro é auscultado no</p><p>flanco direito de seu abdome.</p><p>Iniciado tratamento anti-</p><p>hipertensivo intravenoso, a paciente</p><p>é submetida a uma tomografia</p><p>computadorizada de crânio em que</p><p>foram detectadas áreas hipodensas</p><p>em regiões occipitais. A paciente é,</p><p>então, encaminhada para realização</p><p>de uma ressonância magnética de</p><p>encéfalo que, na imagem pesada</p><p>em T2, revela a presença de</p><p>hiperintensidade de sinal nos lobos</p><p>occipitais, sem limites muito bem</p><p>definidos. Instituído o tratamento</p><p>indicado, a paciente evolui com</p><p>regressão completa dos déficits</p><p>neurológicos previamente descritos.</p><p>Acerca do tratamento da paciente</p><p>em questão, pode-se afirmar que</p><p>A) o alvo terapêutico no caso seria a</p><p>normalização da pressão arterial</p><p>em, no máximo, 2 horas.</p><p>B) após compensação clínica, seria</p><p>fundamental ressecar o tumor</p><p>adrenal secretor presente à direita.</p><p>C) nicardipina e labetalol por via</p><p>intravenosa seriam excelentes</p><p>escolhas farmacológicas para a</p><p>redução da PA da paciente.</p><p>D) em razão da presença de</p><p>trombose da artéria basilar, deveria</p><p>ser adicionada anticoagulação plena</p><p>com heparina de baixo peso</p><p>molecular.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente conhecida com</p><p>hipertensão de diagnóstico recente,</p><p>apresenta sopro em flanco. Temos</p><p>que nos atentar para uma estenose</p><p>de artéria renal. Ela relata não fazer</p><p>o uso de medicamentos anti-</p><p>hipertensivos e chegou no Pronto</p><p>Atendimento com sintomas</p><p>oculares, confusão mental e P/A</p><p>240x160 mmHg; aqui, precisamos</p><p>saber que estamos frente a uma</p><p>emergência hipertensiva!</p><p>A questão tenta nos confundir,</p><p>dando um laudo de imagem</p><p>hipodensa na TC, mas repare que</p><p>depois ela nos dá a RNM com</p><p>hipersinal em T2; saiba que isso é</p><p>um achado que pode estar presente</p><p>na encefalopatia hipertensiva,</p><p>ainda mais quando citado que todos</p><p>os sintomas regridem após</p><p>normalização da PA.</p><p>Então, a principal hipótese aqui é</p><p>uma emergência hipertensiva por</p><p>encefalopatia hipertensiva, a qual</p><p>deve ser tratada com o descenso da</p><p>pressão, por medicamentos</p><p>endovenosos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Quando o paciente</p><p>apresenta altos níveis tensionais,</p><p>devemos nos lembrar que o</p><p>descenso rápido pode gerar</p><p>complicações. Por isso, a regra geral</p><p>é:</p><p>• Abaixar 15% na primeira</p><p>hora.</p><p>• Normalizar em 24-48 horas.</p><p>B - Incorreta: a principal hipótese</p><p>aqui seria de estenose de artéria</p><p>renal, e não tumor secretor adrenal;</p><p>este seria secretor de aldosterona, e</p><p>se manifestaria principalmente com</p><p>hipocalemia.</p><p>C - Correta:</p><p>Aqui não precisávamos</p><p>nem saber o significado da RNM,</p><p>pois só de sabermos que estávamos</p><p>frente a uma emergência</p><p>hipertensiva, saberíamos que o</p><p>tratamento é com hipotensores EV.</p><p>E, para facilitar mais ainda, mesmo</p><p>que fosse um AVC isquêmico, a PA</p><p>está acima de 220x120 mmHg, ou</p><p>seja, mesmo neste caso o descenso</p><p>da mesma estaria indicado.</p><p>D - Incorreta: Não temos sinais de</p><p>trombose de artéria basilar.</p><p>QUESTÃO 14</p><p>Paciente masculino, 50 anos, notou</p><p>aparecimento de nódulo endurecido</p><p>em fossa supraclavicular esquerda.</p><p>Foi realizada biópsia que evidenciou</p><p>linfonodo metastático de</p><p>adenocarcinoma de provável</p><p>origem gastrointestinal. Realizou</p><p>endoscopia digestiva alta que</p><p>mostrou lesão gástrica compatível</p><p>com linite plástica. A biópsia teve</p><p>como resultado histopatológico</p><p>adenocarcinoma gástrico pouco</p><p>diferenciado. Os familiares</p><p>agendaram consulta com o</p><p>cirurgião, informando ao a ele que o</p><p>paciente não tem conhecimento dos</p><p>resultados desses exames. Como o</p><p>cirurgião deve abordar o paciente</p><p>e/ou seus familiares?</p><p>A) Manter apenas os familiares</p><p>informados sobre o diagnóstico,</p><p>pois, tais informações, além de não</p><p>mudarem o prognóstico do</p><p>paciente, podem desencadear</p><p>quadro depressivo em um momento</p><p>no qual ele deverá se manter</p><p>otimista para lidar com sua doença.</p><p>É conhecido o fato de que pacientes</p><p>deprimidos têm menor sobrevida</p><p>relacionada ao câncer.</p><p>B) Preparar o local e o momento</p><p>adequados, perguntar ao paciente o</p><p>que ele sabe e/ou percebe acerca de</p><p>sua condição atual, perguntar ao</p><p>paciente se ele deseja saber sobre o</p><p>diagnóstico ou se prefere que seja</p><p>comunicado a sua família em um</p><p>primeiro momento. Caso deseje</p><p>saber, o médico deve informar e</p><p>acolher as reações do paciente.</p><p>C) Informar que, pelo fato de o</p><p>paciente já possuir metástase à</p><p>distância, nada pode ser feito do</p><p>ponto de vista terapêutico. Informar</p><p>que o paciente tem, baseado em</p><p>dados estatísticos, cerca de 6 meses</p><p>de vida. Tal informação é de suma</p><p>importância para que o paciente</p><p>possa tomar medidas legais acerca</p><p>de seu falecimento.</p><p>D) Dizer inicialmente para o</p><p>paciente que existem chances reais</p><p>de cura no intuito de o manter</p><p>engajado e otimista. Revelar ao</p><p>paciente sobre seu prognóstico</p><p>somente quando este vier</p><p>apresentar sinais e/ou sintomas</p><p>relacionados ao estágio avançado</p><p>da doença. Quanto maior o período</p><p>sem o paciente saber de sua</p><p>doença, menor será o sofrimento.</p><p>Comentário da questão</p><p>Para a comunicação de más notícias</p><p>devemos preparar o local e o</p><p>momento adequado, entender a</p><p>percepção que o paciente tem do</p><p>seu quadro e o quanto ele deseja</p><p>obter de informações sobre o</p><p>quadro, além de informar e acolher</p><p>o paciente.</p><p>O protocolo SPIKES, que consiste</p><p>em uma ferramenta composta por</p><p>seis etapas para transmitir más</p><p>notícias aos pacientes:</p><p>• S - Setting up the interview:</p><p>o médico deve planejar o</p><p>local em que irá comunicar a</p><p>má notícia, como irá contar e</p><p>como responderá às reações</p><p>emocionais do paciente e dos</p><p>familiares.</p><p>• P - Perception: o médico</p><p>tenta perceber o quanto o</p><p>paciente ou familiar</p><p>compreende seu estado atual</p><p>e corrigir desinformações.</p><p>• I - Invitation: muitos</p><p>pacientes desejam obter</p><p>informações detalhadas</p><p>sobre sua doença, seu</p><p>tratamento e sua evolução.</p><p>Porém, alguns preferem</p><p>esquivar-se. Nesse caso, o</p><p>médico deve se colocar à</p><p>disposição para esclarecer</p><p>dúvidas futuras.</p><p>• K - Knowledge: esse é o</p><p>momento de dar a</p><p>informação ao paciente e</p><p>familiares. A informação</p><p>deve ser passada</p><p>gradualmente, certificando-</p><p>se periodicamente de que</p><p>tudo está sendo entendido.</p><p>• E - Emotions: agora é hora</p><p>de abordar as emoções dos</p><p>pacientes e familiares com</p><p>respostas afetivas.</p><p>• S - Strategy and Summary:</p><p>agora, deve-se discutir os</p><p>planos terapêuticos</p><p>(curativos ou paliativos), e</p><p>checar se o paciente</p><p>entendeu tudo explicado</p><p>anteriormente e o propósito</p><p>do manejo.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Informações médicas</p><p>não devem ser omitidas, mesmo</p><p>que tenham provável efeito</p><p>negativo sobre o paciente, a menos</p><p>que isso seja um desejo dele.</p><p>B - Correta: O processo de</p><p>comunicação de más notícias</p><p>envolve preparação do local e o</p><p>momento adequado, entender a</p><p>percepção que o paciente tem do</p><p>seu quadro e o quanto ele deseja</p><p>obter de informações obre o</p><p>quadro, além de informar e acolher</p><p>o paciente.</p><p>C - Incorreta: Ao falar sobre os</p><p>planos terapêuticos, existe a</p><p>possibilidade de terapêutica para o</p><p>paciente, mesmo que paliativa.</p><p>Além disso, a medicina não é uma</p><p>ciência exata, por isso, um paciente</p><p>pode evoluir melhor ou pior do que</p><p>outro, apesar de terem o mesmo</p><p>diagnóstico e estarem fazendo o</p><p>mesmo tratamento.</p><p>D - Incorreta: Não se deve mentir</p><p>sobre o quadro clínico do paciente,</p><p>pois ele deve entender</p><p>completamente o seu estado atual,</p><p>caso contrário pode-se gerar</p><p>impacto negativo futuro para ele.</p><p>QUESTÃO 15</p><p>Um paciente, 2 anos, sexo</p><p>masculino, chega ao pronto</p><p>atendimento de um hospital público</p><p>com relato de ter iniciado há 5 dias</p><p>coriza serosa e tosse seca irritativa.</p><p>Evoluiu hoje com febre elevada,</p><p>secreção nasal mais espessa e tosse</p><p>produtiva e com boa aceitação</p><p>alimentar. Ao exame físico do</p><p>aparelho respiratório, evidenciou-se</p><p>saturação 96%, FR = 50 irpm,</p><p>murmúrio vesicular diminuído em</p><p>base do hemitórax direito, frêmito</p><p>toracovocal com maciez e</p><p>crepitações grosseiras audíveis no</p><p>mesmo local. Encontrava-se</p><p>hidratado, tolerando os</p><p>medicamentos por via oral. Foi</p><p>testado para a COVID-19 no dia</p><p>anterior, cujo resultado foi negativo.</p><p>A terapêutica antibiótica a ser</p><p>instituída nesse caso é</p><p>A) amoxicilina.</p><p>B) azitromicina.</p><p>C) claritromicina.</p><p>D) ceftrixona.</p><p>Comentário da questão</p><p>Amoxicilina é utilizada no</p><p>tratamento ambulatorial de</p><p>pneumonia adquirida na</p><p>comunidade.</p><p>Critérios de admissão para</p><p>pneumonia adquirida na</p><p>comunidade? De acordo com a</p><p>Organização Mundial da Saúde, os</p><p>critérios de admissão para crianças</p><p>maiores de 2 meses (crianças < 2</p><p>meses devem sempre ser</p><p>internadas) são:</p><p>• Recusa de líquidos;</p><p>• Sonolência;</p><p>• Batimento de asa do nariz;</p><p>• Tiragem subcostal;</p><p>• Cianose;</p><p>• Estridor em repouso;</p><p>• Desnutrição grave;</p><p>• Cianose;</p><p>• Convulsões.</p><p>Nessa questão, temos um paciente</p><p>de 2 anos de idade com história de</p><p>infecção do trato respiratório</p><p>superior desenvolveu febre,</p><p>taquipnéia e diminuição do</p><p>murmúrio vesicular na base do</p><p>hemitórax direito, com a presença</p><p>de estertores crepitantes no mesmo</p><p>local.</p><p>Todas essas características sugerem</p><p>que estamos diante de um quadro</p><p>de pneumonia, mas sem a</p><p>necessidade de hospitalização.</p><p>Portanto, o tratamento deve ser</p><p>realizado ambulatorialmente e</p><p>reavaliado dentro de 48 horas para</p><p>monitorar a evolução.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Tratar com amoxicilina</p><p>50 mg/kg/dia 8/8 horas por via oral</p><p>por 7 a 10 dias. Vale lembrar que</p><p>esses planos são projetados para</p><p>cobrir pneumococos (geralmente o</p><p>patógeno mais comum). Se este</p><p>tratamento falhar, antibióticos</p><p>como amoxicilina + ácido</p><p>clavulânico são recomendados para</p><p>bactérias produtoras de beta-</p><p>lactamase.</p><p>B e C- Incorretas: Macrolídeos</p><p>(eritromicina, azitromicina ou</p><p>claritromicina) devem ser prescritos</p><p>para pneumonia com suspeita de</p><p>ser causada por bactérias atípicas,</p><p>como M. pneumoniae e C.</p><p>pneumoniae.</p><p>D - Incorreta: O uso da ceftriaxona</p><p>é mais utilizado para o tratamento</p><p>hospitalar dos pacientes maiores de</p><p>2 meses em que podemos usar</p><p>penicilina cristalina intravenosa ou a</p><p>associação de oxacilina com</p><p>ceftriaxona, ou cloranfenicol.</p><p>QUESTÃO 16</p><p>Uma paciente, de 66 anos de idade,</p><p>vem em consulta com médico de</p><p>família e comunidade de uma</p><p>equipe de Saúde da Família Fluvial,</p><p>referindo estar preocupada com o</p><p>controle de seu diabetes mellitus.</p><p>Como a equipe ficou um longo</p><p>período</p><p>sem visitar a comunidade</p><p>devido a condições climáticas</p><p>desfavoráveis, a paciente refere ter</p><p>associado o uso de algumas plantas</p><p>medicinais aos medicamentos</p><p>prescritos em última consulta. Ela</p><p>informa que a curandeira da</p><p>comunidade orientou quais chás ela</p><p>deveria tomar. O médico, então,</p><p>identifica que essas plantas</p><p>medicinais não interagem com os</p><p>medicamentos prescritos, nem</p><p>pioram o diabetes ou causam risco à</p><p>saúde; concorda com seu uso,</p><p>reforçando a prescrição realizada</p><p>por ele e solicita exames para a</p><p>avaliação do controle do diabetes.</p><p>Diante do que foi apresentado, qual</p><p>atributo da atenção primária é</p><p>apresentado no caso?</p><p>A) Longitudinalidade.</p><p>B) Integralidade.</p><p>C) Competência cultural.</p><p>D) Orientação para a comunidade.</p><p>Comentário da questão</p><p>A competência cultural de um</p><p>paciente é um dos atributos</p><p>derivados da APS. A atenção</p><p>primária à saúde é o nível de</p><p>atenção à saúde que serve como</p><p>porta de entrada e base do sistema</p><p>de saúde. É norteado pela Política</p><p>Nacional de Atenção Básica (PNAB),</p><p>que define seus princípios e</p><p>organização. No Brasil, a Política</p><p>Nacional de Atenção Básica (PNAB)</p><p>considera atenção primária como</p><p>um termo equivalente à atenção</p><p>primária e a define como:</p><p>promoção, prevenção, proteção,</p><p>diagnóstico, tratamento,</p><p>reabilitação, redução de danos,</p><p>cuidados paliativos e</p><p>monitoramento da saúde, prática</p><p>integrada de enfermagem e gestão</p><p>qualificada, implementada por</p><p>equipes multiprofissionais que</p><p>assumem as responsabilidades de</p><p>saúde para as populações de uma</p><p>área específica. As propriedades</p><p>mais importantes e mais citadas do</p><p>APS, resumidamente, são:</p><p>ATRIBUTOS ESSENCIAIS</p><p>• Primeiro contato: A APS</p><p>deve ser a porta de entrada</p><p>preferencial do sistema. Deve</p><p>respeitar o princípio da</p><p>universalidade e a livre</p><p>demanda.</p><p>• Longitudinalidade: A</p><p>longitudinalidade é uma</p><p>relação pessoal ao longo do</p><p>tempo, independente do tipo</p><p>de problemas de saúde ou</p><p>até mesmo da presença de</p><p>um problema de saúde, entre</p><p>um paciente e uma equipe de</p><p>saúde. Essa relação, por</p><p>consequência, gera vínculo,</p><p>responsabilização, confiança</p><p>e otimização da</p><p>resolubilidade.</p><p>• Integralidade: A</p><p>integralidade é o principal</p><p>eixo da ABS ampliada</p><p>voltada à comunidade. Ela</p><p>exige que a APS reconheça a</p><p>variedade completa das</p><p>necessidades relacionadas à</p><p>saúde dos indivíduos e</p><p>disponibilize os recursos</p><p>necessários para abordá-las.</p><p>As unidades de APS devem</p><p>se organizar para que o</p><p>usuário receba todos os tipos</p><p>de serviços de saúde que</p><p>precisar, mesmo que não</p><p>possam ser oferecidos dentro</p><p>dela, incluindo os</p><p>encaminhamentos para os</p><p>níveis de média e alta</p><p>complexidade.</p><p>• Coordenação do cuidado:</p><p>Sinônimo de integração,</p><p>pode ser definida como a</p><p>articulação entre os diversos</p><p>profissionais, serviços e ações</p><p>relacionados à atenção em</p><p>saúde de forma que,</p><p>independentemente do local</p><p>onde sejam prestados,</p><p>estejam sincronizados e</p><p>voltados ao alcance de um</p><p>objetivo comum.</p><p>ATRIBUTOS DERIVADOS</p><p>• Competência cultural:</p><p>significa reconhecer as</p><p>características culturais dos</p><p>grupos sociais, bem como</p><p>suas diferentes necessidades</p><p>e concepções do processo</p><p>saúde-adoecimento.</p><p>• Enfoque familiar: significa</p><p>reconhecer a importância da</p><p>composição e das relações</p><p>familiares no processo saúde-</p><p>adoecimento</p><p>• Orientação comunitária:</p><p>contribuição do meio social e</p><p>comunitário do paciente em</p><p>sua saúde.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: As atitudes do</p><p>médico se concentram em uma</p><p>compreensão holística da doença,</p><p>costumes, mas o paciente sem</p><p>monitoramento regular contínuo.</p><p>B – Incorreta: O princípio da</p><p>integralidade pode ser visto nesse</p><p>contexto, porém, quando os</p><p>médicos exploram as práticas de</p><p>seus pacientes, como o uso de</p><p>plantas medicinais conforme</p><p>orientação de curandeiros</p><p>comunitários, o foco aqui é na</p><p>cultura, portanto, respeitar e aplicar</p><p>atributos é competência cultural .</p><p>C – Correta: Como discutimos na</p><p>alternativa B, o médico focou e</p><p>procurou entender os costumes do</p><p>paciente e, assim, aplicou o atributo</p><p>competência cultural.</p><p>D – Incorreta: A orientação</p><p>comunitária refere-se a direcionar</p><p>os cuidados de saúde da equipe</p><p>dentro das necessidades da</p><p>comunidade e da população</p><p>adscrita. Este não é o ponto do caso</p><p>descrito.</p><p>QUESTÃO 17</p><p>Paciente de 40 anos, sexo</p><p>masculino, cerca de 70 Kg, levado</p><p>ao serviço de Urgência e</p><p>Emergência por equipe dos</p><p>Bombeiros, com relato de ter</p><p>sofrido queda da laje de sua casa</p><p>(cerca de 3 metros de altura) há 30</p><p>minutos. Familiar que o</p><p>acompanhava relata que o paciente</p><p>não possui comorbidades e não faz</p><p>uso de medicações. À admissão, o</p><p>paciente apresentava frequência</p><p>cardíaca = 90 bpm, pressão arterial</p><p>= 120 x 80 mmHg, saturação de</p><p>oxigênio = 100% com oxigênio</p><p>suplementar sob máscara.</p><p>Conversava e respondia às</p><p>perguntas do médico sem</p><p>dificuldades e com frases</p><p>ordenadas, mobilizava os 4</p><p>membros espontaneamente e havia</p><p>abertura ocular espontânea. O</p><p>paciente relata que se lembra da</p><p>queda e que “bateu a cabeça no</p><p>chão”. Realizou avaliação primária e</p><p>secundária adequadas. Havia</p><p>discreta equimose retroauricular e</p><p>ferida corto-contusa de 3 cm,</p><p>superficial, em região parietal</p><p>direita. Exame físico do tórax e</p><p>abdome sem alterações. Na</p><p>avaliação secundária foi realizada</p><p>tomografia computadorizada (TC)</p><p>de crânio, pescoço, tórax e abdome.</p><p>TC crânio sem contraste: discreto</p><p>hematoma extradural à direita. TC</p><p>pescoço, incluindo coluna cervical,</p><p>com contraste venoso: sem</p><p>alterações. TC de tórax e abdome</p><p>com contraste venoso: sem</p><p>alterações. Cerca de 2 horas após o</p><p>exame de tomografia, o paciente</p><p>apresentava-se com abertura ocular</p><p>apenas ao estímulo doloroso e fala</p><p>com palavras inapropriadas.</p><p>Apresentou dois episódios de</p><p>vômitos, FC = 62 bpm; PA = 180 x</p><p>110 mmHg. Pupila direita em</p><p>midríase e hemiparesia esquerda.</p><p>Foi realizada novamente a avaliação</p><p>primária, sem outras alterações</p><p>além das descritas. Com os dados</p><p>apresentados, assinale a alternativa</p><p>que contenha o diagnóstico,</p><p>raciocínio e conduta corretos.</p><p>A) O paciente apresentava, à</p><p>admissão, trauma cranioencefálico</p><p>moderado. Após as tomografias,</p><p>evoluiu com choque hipovolêmico.</p><p>Devem ser repetidos os exames de</p><p>tomografia para estabelecer local</p><p>da hemorragia.</p><p>B) O paciente apresentava, pelo</p><p>resultado das tomografias, trauma</p><p>cranioencefálico moderado. Após as</p><p>tomografias, evoluiu com choque</p><p>neurogênico. Deve ser realizado</p><p>FAST (ultrassonografia abdominal</p><p>focada para o trauma)</p><p>imediatamente para decidir sobre a</p><p>necessidade de laparotomia</p><p>exploradora.</p><p>C) O paciente apresentava, à</p><p>admissão, trauma cranioencefálico</p><p>leve. Após as tomografias, evoluiu</p><p>com hipertensão intracraniana e</p><p>herniação do úncus. Deve ser</p><p>realizada avaliação neurocirúrgica</p><p>imediata para descompressão</p><p>intracraniana.</p><p>D) O paciente apresentava, à</p><p>admissão, trauma cranioencefálico</p><p>leve. Após tomografias, evoluiu com</p><p>choque de origem indeterminada.</p><p>Deve ser realizada nova tomografia</p><p>do crânio para avaliar possível</p><p>alteração do hematoma visualizado</p><p>inicialmente.</p><p>Comentário da questão</p><p>Aqui temos um paciente com queda</p><p>de 3 metros que se encontrava em</p><p>bom estado geral na apresentação</p><p>inicial e o Glasgow de 15 anos com</p><p>equimose pós-auricular e trauma</p><p>parietal fechado ao exame físico. A</p><p>imagem mostrou um hematoma</p><p>epidural direito. Quando achávamos</p><p>que estava tudo bem, o paciente</p><p>apresentou piora clínica,</p><p>rebaixamento acentuado do nível</p><p>de consciência, elevação da pressão</p><p>arterial e FC mais baixa, midríase</p><p>direita e hemiparesia esquerda. A</p><p>questão quer saber como os TCEs</p><p>são classificados.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Pela classificação na</p><p>escala de coma de Glasgow, o</p><p>paciente apresentava um Glasgow</p><p>15, pois exibia abertura ocular</p><p>espontânea</p><p>(4 pontos), resposta</p><p>verbal orientada (5 pontos) e</p><p>resposta motora obedecendo a</p><p>comandos (6 pontos). Sempre que</p><p>temos um Glasgow de 15 a 13,</p><p>classificamos o TCE como leve, de 9</p><p>a 12 temos um TCE moderado, e de</p><p>8 a 3 temos um TCE grave. Assim, é</p><p>incorreto afirmar que o paciente</p><p>apresentava um TCE moderado à</p><p>admissão.</p><p>B - Incorreta: A classificação dos</p><p>TCE é feita utilizando como</p><p>parâmetro a escala de coma de</p><p>Glasgow, e não a tomografia.</p><p>C - Correta: o paciente na admissão</p><p>apresentava um Glasgow de 15,</p><p>então, podemos classificar que ele</p><p>tinha um TCE leve. A evolução do</p><p>paciente vítima de TCE com</p><p>bradicardia e hipertensão sempre</p><p>devem chamar atenção para a</p><p>tríade de Cushing, faltando apenas</p><p>o componente da bradipneia. Esta</p><p>tríade é indicativa de hipertensão</p><p>intracraniana, o que faz muito</p><p>sentido no caso, uma vez que o</p><p>paciente apresentava hematoma</p><p>extradural, e este tipo de hematoma</p><p>é muito caracterizado por um</p><p>intervalo lúcido seguido de</p><p>rebaixamento do nível de</p><p>consciência ou déficits focais,</p><p>provavelmente devido ao aumento</p><p>do sangramento, o que provocou</p><p>uma hipertensão intracraniana e</p><p>herniação. A conduta neste caso é</p><p>avaliação neurocirúrgica para</p><p>drenagem. As medidas para</p><p>hipertensão intracraniana que</p><p>devem ser tomadas enquanto</p><p>chamamos a equipe da</p><p>neurocirurgia, que são controle da</p><p>PA, posicionamento em decúbito 30</p><p>º, sedação e manitol (vasoconstritor</p><p>encefálico e diurético osmótico).</p><p>D - Incorreta: o paciente</p><p>apresentava um TCE leve à</p><p>admissão. Entretanto, é incorreto</p><p>afirmar que o paciente evoluiu com</p><p>choque de origem indeterminada,</p><p>pois, pelos dados do enunciado, não</p><p>tem evidência de hipotensão,</p><p>taquicardia, aumento do tempo de</p><p>enchimento capilar, ou evidências</p><p>de hipoxemia tecidual que nos</p><p>façam pensar em choque.</p><p>QUESTÃO 18</p><p>Uma mulher de 30 anos de idade</p><p>vem a consulta com o</p><p>endocrinologista para</p><p>acompanhamento de</p><p>hipotireoidismo. Há 6 meses ela</p><p>procurou o médico da Unidade</p><p>Básica de Saúde próxima a sua</p><p>residência devido à constipação</p><p>(evacuava a cada 3 dias, com fezes</p><p>ressecadas e com dor ao evacuar). A</p><p>paciente era sedentária e</p><p>apresentava erros alimentares</p><p>evidentes, com baixa ingesta de</p><p>água durante o dia e pouco</p><p>consumo de frutas e verduras. O</p><p>médico orientou ajustes na</p><p>alimentação, ingesta hídrica e</p><p>necessidade de atividade física</p><p>regular, assim como dosagem de</p><p>TSH e T4 livre. Após 2 meses a</p><p>paciente retornou, tendo aderido às</p><p>recomendações, resultando na</p><p>solução do quadro de constipação</p><p>(evacuava diariamente, sem dor,</p><p>com fezes bem formadas), contudo,</p><p>os exames laboratoriais</p><p>demonstraram: TSH = 5,5 mUI/mL</p><p>(valor de referência: 0,4 a 4,5 mUI/L)</p><p>e T4 livre = 1,0 (valor de referência:</p><p>0,7 a 1,8 ng/dL). O médico repetiu os</p><p>exames, que indicaram: TSH = 5,3</p><p>mUI/L (valor de referência: 0,4 a 4,5</p><p>mUI/mL) e T4 livre = 1,1 (valor de</p><p>referência: 0,7 a 1,8 ng/dL). Diante</p><p>da persistência dos exames</p><p>alterados, o médico prescreveu</p><p>levotiroxina 50 mcg/dia e</p><p>encaminhou ao especialista.</p><p>Durante a consulta com o</p><p>endocrinologista, a paciente está</p><p>assintomática, com tireoide não</p><p>palpável e índice de massa corpórea</p><p>de 22 kg/m2 , contudo, não havia</p><p>iniciado a levotiroxina, pois possuía</p><p>receio de possíveis efeitos adversos.</p><p>Considerando o que foi</p><p>apresentado, o endocrinologista</p><p>deve</p><p>A) insistir com o uso da levotiroxina,</p><p>pois trata-se de um caso de</p><p>hipotireoidismo primário.</p><p>B) insistir com o uso da levotiroxina,</p><p>pois trata-se de um caso de</p><p>hipotireoidismo secundário.</p><p>C) orientar não usar a levotiroxina,</p><p>pois trata-se de um caso de</p><p>hipotireoidismo subclínico.</p><p>D) iniciar a levotiroxina apenas após</p><p>realizar cintilografia, para</p><p>confirmação do diagnóstico.</p><p>Comentário da questão</p><p>A questão traz uma paciente com</p><p>queixa de constipação, que é um</p><p>sintoma do hipotireoidismo, mas,</p><p>após mudanças dietéticas, a</p><p>constipação da paciente melhora!</p><p>Mesmo com a melhora, a questão</p><p>apresenta agora um perfil tireóideo,</p><p>com dosagem hormonal:</p><p>O T4 livre está normal, mas o TSH</p><p>está aumentado, porém TSH</p><p>aumentado não é necessariamente</p><p>hipotireoidismo.</p><p>A paciente da questão está</p><p>completamente assintomática.</p><p>A essa condição de TSH</p><p>aumentado, com hormônios</p><p>tireoidianos normais e</p><p>assintomático, recebe o nome de</p><p>hipotireoidismo subclínico. A</p><p>indicação de tratamento com</p><p>levotiroxina nestes casos é</p><p>principalmente com TSH >10 ou</p><p>quando há presença de sintomas</p><p>(mas aí deixaria de ser subclínico).</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Incorretas: se trata de</p><p>hipotireoidismo subclínico, o qual</p><p>não deve ser tratado.</p><p>C - Correta: TSH da paciente é</p><p>elevado, mas não passa de 10.</p><p>D - Incorreta: Não tem indicação de</p><p>cintilografia, pois, é um caso de</p><p>hipotireoidismo subclínico, que</p><p>deve sim ser acompanhado, mas</p><p>com dosagem de hormônios</p><p>tireóideos e busca de sintomas.</p><p>QUESTÃO 19</p><p>Lactente, com 6 meses de idade,</p><p>está sendo atendido na Estratégia</p><p>da Saúde para puericultura. A</p><p>médica identifica o registro no</p><p>cartão apenas da vacina Influenza,</p><p>que foi feita na rede particular de</p><p>imunização. As demais vacinas a</p><p>serem administradas até o 5.o mês</p><p>estavam todas registradas na</p><p>caderneta. Nesse caso, quais são as</p><p>vacinas recomendadas para a idade</p><p>conforme o Programa Nacional de</p><p>Imunização?</p><p>A Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e</p><p>Vip (vacina inativada para</p><p>poliomielite).</p><p>B Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e</p><p>Pneumococia 10.</p><p>C Pentavalente (DTP+Hib+Hep B),</p><p>Pneumococia 10 e Rotavírus.</p><p>D Pentavalente (DTP+Hib+Hep B),</p><p>VIP (Vacina inativada para</p><p>poliomieiete) e Pneumocócica 10.</p><p>Comentário da questão</p><p>Aos 6 meses a criança recebe a</p><p>vacina Pentavalente (DTP+Hib+Hep</p><p>B) e a Vip (vacina inativada para</p><p>poliomielite).</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: criança com 6 meses e</p><p>calendário vacinal completo até as</p><p>vacinas do 5º mês devemos fazer:</p><p>Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e a</p><p>Vip.</p><p>B e D- Incorreta: A pneumo 10 é</p><p>aplicada aos 2, 4 e 12 meses.</p><p>C - Incorreta: A vacina contra o</p><p>rotavírus é aplicada por via oral com</p><p>2 e 4 meses.</p><p>1ª dose até 3 meses e 15 dias</p><p>2ª dose até 7 meses e 29 dias.</p><p>Após essa faixa etária, aumenta-se</p><p>o risco de intussuscepção intestinal</p><p>secundária à vacina do rotavírus,</p><p>portanto, ela está contraindicada!</p><p>QUESTÃO 20</p><p>Uma equipe de saúde da família</p><p>atua em uma unidade básica de</p><p>saúde situada na zona periférica de</p><p>uma cidade com mais de 800 000</p><p>habitantes. No último mês, foi</p><p>evidenciado aumento no número de</p><p>casos de diarreia entre crianças de 2</p><p>a 5 anos que frequentam a creche</p><p>pública de um bairro. A equipe de</p><p>saúde da família desse local analisa</p><p>que, no último ano, têm sido</p><p>recorrentes os casos de diarreia</p><p>entre crianças da área, inclusive, em</p><p>alguns casos, com necessidade de</p><p>internação hospitalar. Dentre os</p><p>casos, observam que eles se</p><p>concentram naquelas famílias que</p><p>não são da área de cobertura da</p><p>equipe de saúde da família. No</p><p>bairro onde se localiza a creche,</p><p>20% dos domicílios possuem</p><p>abastecimento de água tratada,</p><p>10% com esgoto sanitário, sem</p><p>coleta regular de lixo nos domicílios,</p><p>sendo os esgotos e lixos</p><p>acumulados das casas ou jogados</p><p>no córrego, a céu aberto, que corta</p><p>o bairro. Em relação à situação</p><p>acima descrita, assinale a</p><p>alternativa correta em relação ao</p><p>processo saúde-doença e os</p><p>determinantes de saúde envolvidos</p><p>no caso.</p><p>A O aumento no número de casos</p><p>de diarreia na creche tem como</p><p>principal fator a virulência da</p><p>bactéria e, por se tratar de um caso</p><p>recorrente, a equipe de saúde da</p><p>família poderia atuar com medidas</p><p>medicamentosas profiláticas</p><p>direcionadas ao agente etiológico.</p><p>B A educação em saúde na creche,</p><p>com os profissionais da educação e</p><p>com a comunidade, teria papel</p><p>importante na melhoria das</p><p>condições sanitárias da</p><p>comunidade; é uma estratégia</p><p>suficiente para o combate de surtos.</p><p>C A falta de acesso aos serviços de</p><p>saúde e de acompanhamento</p><p>regular com a equipe de saúde da</p><p>família é um fator associado ao</p><p>desfecho desfavorável dos casos,</p><p>com aumento de quadros graves de</p><p>diarreia com necessidade de</p><p>internação hospitalar.</p><p>D A adoção de medidas como uso</p><p>de hipoclorito na água e de filtros</p><p>nos bebedores escolares é a</p><p>principal medida para combate à</p><p>transmissão dos agentes etiológicos</p><p>que cursam com quadros de</p><p>diarreia, diminuindo assim a</p><p>incidência de casos na creche.</p><p>Comentário da questão</p><p>Nesse caso temos um surto de</p><p>diarréia dentro de uma creche.</p><p>Os surtos de diarréia são</p><p>predominantemente virais,</p><p>principalmente pelo Rotavírus. Para</p><p>que situações assim ocorram, o</p><p>ambiente deve ser favorável, com</p><p>baixa higienização e saneamento</p><p>básico.</p><p>O território onde se localiza a creche</p><p>tem baixa assistência de</p><p>saneamento, favorecendo a</p><p>disseminação de agentes</p><p>causadores de diarréia, além disso,</p><p>a ausência, principalmente de água</p><p>tratada, é um fator muito</p><p>importante na perpetuação do</p><p>processo, pois transcende a creche</p><p>onde a circulação do vírus é alta,</p><p>afetando também a moradia dessas</p><p>crianças.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A principal etiologia</p><p>envolvido em surtos de diarréia,</p><p>principalmente em locais sem</p><p>saneamento básico, o agente é viral.</p><p>B - Incorreta: É uma estratégia</p><p>importante, mas não suficiente, a</p><p>ampliação do acesso a água tratada</p><p>e esgoto também é essencial.</p><p>C - Correta: É um fator agravante</p><p>muito importante.</p><p>D - Incorreta: As principais medidas</p><p>devem ser de prevenção.</p><p>QUESTÃO 21</p><p>Um homem com 58 anos de idade</p><p>foi atendido em ambulatório de</p><p>hospital secundário. Relatava</p><p>sangramento e muco nas fezes,</p><p>referia também alteração do hábito</p><p>intestinal, com aumento do número</p><p>de evacuações há 5 meses. O exame</p><p>físico geral não apresentava</p><p>particularidades e o toque retal</p><p>evidenciou tumoração na parede</p><p>posterior do reto,</p><p>aproximadamente 7 cm acima da</p><p>borda anal. Com base nos dados</p><p>apresentados, a alternativa correta</p><p>sobre o exame necessário para</p><p>definir a conduta a ser seguida é</p><p>A) ultrassonografia endorretal.</p><p>B) ressonância nuclear magnética</p><p>endorretal.</p><p>C) enema baritado com duplo</p><p>contraste.</p><p>D) colonoscopia com biópsia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Para confirmar o diagnóstico de</p><p>câncer colo-retal é necessário uma</p><p>biópsia.</p><p>Na questão paciente com quadro</p><p>típico de câncer colo-retal</p><p>(sangramento e muco nas fezes,</p><p>alteração de hábito intestinal) e</p><p>uma tumoração na parede posterior</p><p>do reto.</p><p>Devemos confirmar um diagnóstico</p><p>de câncer por meio de uma biópsia,</p><p>antes de proceder ao estadiamento</p><p>e tratamento. Por isso nossa</p><p>primeira conduta aqui seria uma</p><p>colonoscopia com biópsia.</p><p>Por que não uma</p><p>retosigmoidoscopia? Devemos</p><p>realizar obrigatoriamente uma</p><p>colono, pois deve-se descartar</p><p>tumores sincrônicos.</p><p>Um detalhe para você relembrar é</p><p>que tumores do reto baixo são</p><p>tratados com radio-quimioterapia</p><p>neoadjuvantes e posterior cirurgia,</p><p>o objetivo aqui é evitarmos a</p><p>cirurgia de Milles.</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Incorretas: Os 2 exames são</p><p>utilizados para estadiamento do</p><p>tumor, mas antes deve-se confirmar</p><p>o diagnóstico.</p><p>C - Incorreta: Exame que pode nos</p><p>dar uma suspeita de neoplasia, pois</p><p>demonstraria a famosa "imagem</p><p>em maçã mordida", mas já temos</p><p>um tumor palpável, então não seria</p><p>interessante realizarmos este</p><p>procedimento.</p><p>D - Correta: Primeiro precisa</p><p>confirmar o diagnóstico de</p><p>neoplasia maligna e depois</p><p>proceder ao estadiamento e</p><p>tratamento.</p><p>QUESTÃO 22</p><p>Um homem com 42 anos de idade</p><p>foi operado em hospital secundário</p><p>com quadro de apendicite aguda</p><p>com necrose e abscesso em</p><p>apêndice retrocecal (Fase III), sendo</p><p>realizada apendicectomia e</p><p>drenagem do abscesso por incisão</p><p>mediana infraumbilical. No terceiro</p><p>dia de pósoperatório começou a</p><p>apresentar picos diários de aumento</p><p>da temperatura axilar (38,5 °C)</p><p>apesar dos antibióticos prescritos</p><p>(ceftriaxona e metronidazol). A</p><p>incisão encontrava-se com bom</p><p>aspecto, foram encontrados 15 200</p><p>leucócitos/mm3 (referência: 3 500 a</p><p>10 500) e alteração na contagem</p><p>diferencial dos leucócitos, com 5%</p><p>de bastonetes no sangue periférico</p><p>(referência: 0 a 2%). A proteína C</p><p>reativa era de 15 mg/L (referência:</p><p>menor que 3). Relatava dor ao</p><p>tentar fletir a coxa direita e o</p><p>examinador exercia discreta pressão</p><p>contrária ao movimento, a ausculta</p><p>pulmonar era normal e os ruídos</p><p>hidroaéreos estavam presentes.</p><p>Com base nos dados apresentados,</p><p>qual é a alternativa correta sobre a</p><p>conduta?</p><p>A) Solicitar radiografia do abdome</p><p>em pé e deitado.</p><p>B) Substituir os antibióticos</p><p>prescritos.</p><p>C) Manter os antibióticos prescritos</p><p>e avaliar novos exames após 24</p><p>horas.</p><p>D) Solicitar tomografia</p><p>computadorizada do abdome.</p><p>Comentário da questão</p><p>Em caso de suspeita de abscesso</p><p>intracavitário, deve-se solicitar uma</p><p>tomografia computadorizada do</p><p>abdome</p><p>As complicações no perioperatório,</p><p>que podem ser: resumidamente</p><p>• Febre nas primeiras 24-48</p><p>horas = atelectasia;</p><p>• Ferida operatória com sinais</p><p>de infecção = abrir os pontos</p><p>e realizar lavagem (não fazer</p><p>antibioticoterapia, exceto se</p><p>houver sinais de celulite);</p><p>• Paciente obeso que fez</p><p>cirurgia e inicia com</p><p>taquicardia = deiscência de</p><p>sutura;</p><p>• Paciente em pós-operatório</p><p>de cirurgia abdominal com</p><p>picos febris, sem sinais</p><p>infecciosos na ferida</p><p>operatória e com leucocitose</p><p>= pensar em abscesso</p><p>intracavitário</p><p>Temos que confirmar o diagnóstico</p><p>por meio de uma tomografia</p><p>abdominal.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A radiografia não</p><p>ajudaria neste diagnóstico, apesar</p><p>de poder demonstrar distensão de</p><p>alças próximas ao processo</p><p>inflamatório.</p><p>B - Incorreta: precisamos fazer a</p><p>drenagem do abscesso, e não trocar</p><p>a antibioticoterapia.</p><p>C - Incorreta: Manteremos o</p><p>antibiótico, mas devemos procurar</p><p>onde está o abcesso, para poder</p><p>drená-lo.</p><p>D - Correta: com a tomografia,</p><p>poderemos observar onde se</p><p>encontra este abscesso e realizar a</p><p>drenagem.</p><p>QUESTÃO 23</p><p>Mulher de 40 anos, relata queda da</p><p>própria altura, após tropeçar na</p><p>calçada, e cair para frente com as</p><p>mãos espalmadas, com</p><p>hiperextensão do punho. No</p><p>momento se queixa de dor em</p><p>região dorsal e radial do punho. Ao</p><p>exame, presença de leve edema</p><p>próximo ao processo estiloide do</p><p>rádio, sem deformidade evidente do</p><p>punho. Refere dor a palpação do</p><p>punho, pouco abaixo da prega</p><p>palmar, na direção do eixo longo do</p><p>polegar, e na tabaqueira anatômica.</p><p>Dentre as alternativas abaixo, qual é</p><p>a hipótese diagnóstica?</p><p>A) Fratura de escafoide.</p><p>B) Fratura de Colles.</p><p>C) Fratura de Barton.</p><p>D) Fratura de Smith.</p><p>Comentário da questão</p><p>As fraturas do escafoide ocorrem</p><p>em quedas com o punho em</p><p>hiperextensão.</p><p>Ele é o mais lesado quando ocorrem</p><p>quedas sobre uma mão em</p><p>extensão. Comumente, o quadro</p><p>não tem deformidade imediata,</p><p>porém a fratura pode levar a um</p><p>quadro de osteonecrose do osso.</p><p>Quadro clinico:</p><p>• edema na mão,</p><p>• dor,</p><p>• compressão do eixo do</p><p>polegar,</p><p>• dor a palpação da tabaqueira</p><p>anatômica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A fratura do escafoide é</p><p>a principal hipótese diagnóstica.</p><p>B - Incorreta: A fratura de Colles é</p><p>uma fratura da extremidade distal</p><p>do rádio.</p><p>C - Incorreta: A fratura de Barton é</p><p>uma fratura intra-articular da</p><p>extremidade distal do rádio. Ocorre</p><p>em queda com o punho em</p><p>pronação.</p><p>D - Incorreta: A fratura de Smith, ou</p><p>Colles invertida, ocorre após queda</p><p>com o punho fletido.</p><p>QUESTÃO 24</p><p>Uma mulher com 61 anos de idade,</p><p>acompanhada pela filha, foi</p><p>atendida em ambulatório de</p><p>hospital secundário referindo ter</p><p>apresentado dor no hipocôndrio</p><p>direito e vômitos por 3 dias, há 30</p><p>dias. Relatava fazer uso de</p><p>metformina 500 mg, 2 vezes por</p>

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