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<p>2021</p><p>QUESTAO 1</p><p>Primigesta, de 25 anos de idade,</p><p>com 34 semanas de gestação. Vinha</p><p>em uso de metildopa 1 g/dia e deu</p><p>entrada na maternidade, com</p><p>quadro de iminência de eclâmpsia e</p><p>níveis pressóricos de 170 x 120</p><p>mmHg. Foi iniciado tratamento com</p><p>sulfato de magnésio (dose de</p><p>ataque de 6 g) e está em uso de</p><p>infusão intravenosa contínua na</p><p>dose de 1 g/hora. Cerca de 4 horas</p><p>após início da medicação, a paciente</p><p>referiu mal-estar e tonturas. Ao</p><p>exame físico: regular estado geral,</p><p>sonolenta, PA = 140 x 90 mmHg,</p><p>frequência respiratória = 14 irpm,</p><p>frequência cardíaca = 90 bpm,</p><p>reflexo patelar ausente. Nas últimas</p><p>4 horas apresentou diurese total de</p><p>70 mL. Nesse caso, é indicado</p><p>A) aumentar dose de infusão do</p><p>sulfato de magnésio para 2 g/hora.</p><p>B) administrar gluconato de cálcio,</p><p>1 g, via intravenosa, lentamente</p><p>C) aumentar infusão de cristaloides</p><p>e associar furosemida, por via</p><p>intravenosa.</p><p>D) administrar hidralazina, 5 mg,</p><p>por via intravenosa.</p><p>Comentário da Questão</p><p>HAS e DM na gestação</p><p>A intoxicação por sulfato de</p><p>magnésio leva à perca dos reflexos e</p><p>redução da frequência respiratória,</p><p>sendo o gluconato de calcio a 10 % o</p><p>antídoto.</p><p>Algumas pacientes portadoras de</p><p>pré-eclâmpsia com sintomas graves</p><p>e devem ser tratadas com sulfato de</p><p>magnésio. Após a dose inicial (4g) e</p><p>manutenção (1g){esquema de</p><p>zuspan} endovenosa, é</p><p>recomendada a monitorização dos</p><p>seguintes parâmetros:</p><p>• Reflexo patelar;</p><p>• frequência respiratória > ou = 16</p><p>irpm;</p><p>• diurese > ou igual a 25 ml/h.</p><p>A presença de alteração em</p><p>qualquer um desses parâmetros</p><p>sinaliza a necessidade</p><p>redução/interrupção da infusão</p><p>intravenosa de sulfato de magnésio.</p><p>O antídoto que deve ser ofertado:</p><p>gluconato de calcio a 10 %.</p><p>Os sinais de intoxicação são:</p><p>• diminuição do débito</p><p>urinário,</p><p>• ausência de resposta patelar</p><p>• diminuição da frequência</p><p>respiratória.</p><p>Sendo assim:</p><p>A) aumentar dose de infusão do</p><p>sulfato de magnésio para 2 g/hora.</p><p>Incorreto: se aumentarmos a dose</p><p>de infusão de sulfato de magnésio</p><p>irá piorar os sintomas de intoxicação</p><p>da paciente em questão.</p><p>B) administrar gluconato de cálcio,</p><p>1 g, via intravenosa, lentamente.</p><p>Correto: A paciente está</p><p>apresentando sinais claros de</p><p>intoxicação por sulfato de</p><p>magnésio, logo, devemos reduzir a</p><p>infusão de magnésio e aplicar</p><p>gluconato de cálcio para reverter</p><p>esses efeitos.</p><p>C) aumentar infusão de cristaloides</p><p>e associar furosemida, por via</p><p>intravenosa.</p><p>Incorreto: Não tem indicação de</p><p>aumentar volume ofertado a</p><p>paciente.</p><p>D) administrar hidralazina, 5 mg,</p><p>por via intravenosa.</p><p>Incorreto: pois a pressão arterial</p><p>está normal no momento;</p><p>indicaríamos essa opção caso a</p><p>pressão estivesse maior que 160x90</p><p>mmHg.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Um recém-nascido com 20 dias de</p><p>vida dá entrada em serviço médico</p><p>de urgência com história referida de</p><p>queda da cama após ter rolado para</p><p>fora dela há 6 horas. Pais referem</p><p>hipoatividade desde então. Ao</p><p>exame, está em regular estado geral</p><p>e apresenta hematoma subgaleal</p><p>em região parietal. A fundoscopia</p><p>evidencia hemorragia retiniana</p><p>bilateral e a tomografia de crânio</p><p>apresenta hemorragia</p><p>subaracnóidea, sem sinais de</p><p>fratura. Com base nos dados</p><p>apresentados, o diagnóstico mais</p><p>provável é</p><p>A) traumatismo crânio encefálico</p><p>decorrente da queda da cama.</p><p>B) acidente vascular cerebral</p><p>decorrente de malformação</p><p>vascular.</p><p>C) síndrome de Shaken Baby (bebê</p><p>sacudido) decorrente de maus-</p><p>tratos.</p><p>D) tromboembolismo gorduroso</p><p>resultante da queda.</p><p>Comentário da Questão</p><p>A violência doméstica contra</p><p>crianças ou adolescentes é definida</p><p>como toda ação ou omissão que</p><p>prejudique o bem-estar, a</p><p>integridade física, psicológica ou a</p><p>liberdade e o direito ao pleno</p><p>desenvolvimento de pessoas da</p><p>família. Reconhecer as formas de</p><p>abuso contra crianças e</p><p>adolescentes deve fazer parte da</p><p>rotina de profissionais da saúde,</p><p>bem como a abordagem dessas</p><p>situações.</p><p>Temos na questão um bebe de 20</p><p>dias que supostamente caiu da</p><p>cama há 6 horas e apresenta</p><p>alterações importantes no exame</p><p>físico como hipoatividade,</p><p>hematoma subgaleal em região</p><p>parietal e hemorragia retiniana</p><p>bilateral. Sabemos que essa história</p><p>esta incorreta por dois motivos:</p><p>1. Uma criança de 20 dias</p><p>ainda não consegue rolar</p><p>sobre o próprio corpo. Esse é</p><p>um marco do</p><p>desenvolvimento</p><p>neuropsicomotor só vai</p><p>ocorrer em média no 6 meses</p><p>de vida;</p><p>2. Se a queda relatada pelos</p><p>pais fosse realmente verdade</p><p>o mecanismo de trauma</p><p>teríamos que ter uma queda</p><p>de uma altura de pelo menos</p><p>1,5m de altura sobre uma</p><p>superfície rígida, a qual</p><p>explicasse as alterações</p><p>encontradas no exame físico.</p><p>Logo:</p><p>A) traumatismo crânio encefálico</p><p>decorrente da queda da cama.</p><p>Incorreta: Fato, o RN</p><p>aparentemente sofreu um TCE,</p><p>porem o real motivo não é a queda</p><p>da cama, já que a criança tem 20</p><p>dias ainda não consegue rolar sobre</p><p>seu próprio corpo.</p><p>B) acidente vascular cerebral</p><p>decorrente de malformação</p><p>vascular.</p><p>Incorreta: Um acidente vascular</p><p>cerebral por malformação vascular</p><p>não cursaria com hemorragia</p><p>retiniana bilateral.</p><p>C) síndrome de Shaken Baby (bebê</p><p>sacudido) decorrente de maus-</p><p>tratos.</p><p>Correta: A síndrome do bebê</p><p>sacudido é caracterizada por lesões</p><p>no sistema nervoso central em</p><p>crianças abaixo de 3 anos</p><p>provocadas por “sacudidas” bruscas.</p><p>No caso a vítima normalmente tem</p><p>menos de um ano de idade e o</p><p>perpetuador da agressão</p><p>normalmente é do sexo masculino.</p><p>Os sintomas são inespecíficos e</p><p>pode-se apresentar com:</p><p>• diminuição do nível de</p><p>consciência,</p><p>• sonolência,</p><p>• irritabilidade,</p><p>• diminuição da aceitação</p><p>alimentar,</p><p>• vômitos e convulsões.</p><p>D) tromboembolismo gorduroso</p><p>resultante da queda.</p><p>Incorreta: Um tromboembolismo</p><p>gorduroso em virtude de uma queda</p><p>é um diagnóstico muito pouco</p><p>provável, ele geralmente acontece</p><p>após fratura de ossos longos.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Um homem, de 37 anos de idade,</p><p>com AIDS/HIV diagnosticada há 3</p><p>anos, compareceu à consulta com o</p><p>médico da UBS próxima de sua</p><p>casa, trazendo resultados de</p><p>exames solicitados na consulta</p><p>anterior. O teste rápido molecular</p><p>para tuberculose feito no escarro</p><p>confirmou o diagnóstico de</p><p>tuberculose pulmonar e</p><p>sensibilidade à rifampicina. A carga</p><p>viral para HIV apresentou resultado</p><p>de 98 000 cópias por mililitro. Nessa</p><p>situação, o médico deverá:</p><p>A) avaliar eventual resistência do</p><p>HIV aos antirretrovirais em uso para</p><p>depois desse resultado iniciar o</p><p>tratamento da tuberculose.</p><p>B) avaliar eventual resistência do</p><p>HIV aos antirretrovirais em uso, sem</p><p>atrasar início do tratamento da</p><p>tuberculose.</p><p>C) avaliar eventual resistência aos</p><p>antirretrovirais não é necessário,</p><p>pois a carga viral está abaixo de 100</p><p>000 cópias.</p><p>D) avaliar eventual resistência do</p><p>HIV através da quantificação de</p><p>linfócitos CD4.</p><p>Comentário da questão</p><p>O paciente em questão é portador</p><p>de HIV e recebe novo diagnóstico de</p><p>tuberculose, não devemos atrasar o</p><p>início do tratamento da TBC.</p><p>Dependendo da gravidade da</p><p>infecção do HIV, se o número de</p><p>cópias de CD4 for muito baixo,</p><p>teremos que iniciar imediatamente</p><p>o esquema RIPE da TBC,</p><p>avaliaremos a resistência do HIV aos</p><p>antirretrovirais e 2 semanas após</p><p>iniciamos o esquema TARV.</p><p>Caso os níveis de CD4 não estejam</p><p>muito baixos, já poderemos iniciar a</p><p>TARV em até 2 meses após o início</p><p>da terapia para TB.</p><p>Isso é preconizado pelo alto risco da</p><p>síndrome da reconstituição imune,</p><p>se iniciarmos os 2 tratamentos</p><p>juntos.</p><p>Agora caso o paciente já tiver</p><p>conhecimento prévio da infecção</p><p>pelo HIV?</p><p>Neste caso a conduta mudará um</p><p>pouco:</p><p>• Começamos verificando a</p><p>resistência quanto aos</p><p>antirretrovirais.</p><p>• Iniciaremos de imediato o</p><p>tratamento para a TB.</p><p>Como podemos ver, o paciente era</p><p>sabiamente portador do vírus</p><p>dia</p><p>e atenolol 50 mg por dia. Trouxe</p><p>ultrassonografia que descrevia</p><p>vesícula biliar com paredes</p><p>discretamente espessadas e</p><p>presença de colelitíase. Os exames</p><p>laboratoriais evidenciaram glicemia</p><p>de 120 mg/dL (referência: 75 a 99),</p><p>creatinina 0,99 mg/dL (referência:</p><p>0,6 a 1,1), leucócitos 6 200/mm3</p><p>(referência: 3 500 a 10 500), não</p><p>apresentava alteração na contagem</p><p>diferencial dos leucócitos. Ao exame</p><p>físico, o abdome estava flácido, não</p><p>relatava dor à palpação, PA = 140/80</p><p>mmHg, temperatura axilar = 36,5 o</p><p>C. Com base nos dados</p><p>apresentados, qual alternativa</p><p>apresenta a orientação correta à</p><p>paciente e à filha sobre a conduta a</p><p>ser seguida?</p><p>A Indicar tratamento operatório se</p><p>apresentar dor novamente.</p><p>B Tratar as doenças clínicas e</p><p>realizar controle com</p><p>ultrassonografia anual.</p><p>C Encaminhar ao pronto-socorro</p><p>para tratamento operatório.</p><p>D Compensar melhor a glicemia e</p><p>indicar tratamento operatório</p><p>eletivo.</p><p>Comentário da questão</p><p>A presença de uma vesícula biliar</p><p>edemaciada pode indicar o início de</p><p>um processo inflamatório,</p><p>caracterizando uma colecistite</p><p>aguda. Nestes casos, tem a</p><p>indicação de uma abordagem</p><p>cirúrgica de colecistectomia</p><p>videolaparoscópica.</p><p>A paciente apresenta diabetes e</p><p>hipertensão, e o índice glicêmico</p><p>não está controlado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: a paciente apresenta</p><p>um quadro de colecistite aguda</p><p>evidenciado pelo exame de</p><p>imagem, então tem uma indicação</p><p>cirúrgica no momento.</p><p>B - Incorreta: A colecistectomia</p><p>laparoscópica é o tratamento de</p><p>escolha para a colecistite aguda,</p><p>não sendo indicado um</p><p>acompanhamento anual.</p><p>C - Incorreta: Deve-se compensar as</p><p>comorbidades dos pacientes antes</p><p>da abordagem cirúrgica.</p><p>D - Correta: a colecistectomia está</p><p>bem indicada, mas não se trata de</p><p>uma cirúrgica de emergência, de</p><p>forma que realizaremos uma</p><p>avaliação pré-operatória do</p><p>paciente.</p><p>A presença de diabetes mellitus</p><p>(DM) ou hiperglicemia associa-se a</p><p>aumento da morbimortalidade, com</p><p>taxa de mortalidade perioperatória</p><p>até 50% maior do que na população</p><p>não diabética, assim, é aceitável que</p><p>primeiro a hiperglicemia do</p><p>paciente seja corrigida, e que uma</p><p>possível descompensação diabética</p><p>seja avaliada, antes da abordagem</p><p>cirúrgica.</p><p>QUESTÃO 25</p><p>Mulher, 51 anos, de menopausa há 3</p><p>anos, com queixa de sangramento</p><p>uterino recorrente, em pequena</p><p>quantidade, há 3 meses. Na maioria</p><p>das vezes, os episódios de</p><p>sangramento iniciam durante ou</p><p>após as relações sexuais. A paciente</p><p>é diabética e faz uso de insulina.</p><p>Traz dois resultados normais de</p><p>exames citopatológicos do colo</p><p>uterino realizados nos últimos 2</p><p>anos, sendo o último há 9 meses.</p><p>Exame físico: estado geral bom,</p><p>hemodinamicamente estável,</p><p>normocorada. Ao exame especular,</p><p>visualiza-se lesão de aspecto</p><p>polipoide de aproximadamente 2</p><p>cm se exteriorizando pelo orifício</p><p>externo do colo uterino, não sendo</p><p>possível visualizar a lesão em toda</p><p>sua extensão. A conduta indicada é</p><p>A) solicitar histeroscopia</p><p>diagnóstica.</p><p>B) realizar exérese imediata da lesão</p><p>com pinça.</p><p>C) realizar eletrocauterização da</p><p>lesão.</p><p>D) iniciar tratamento com solução</p><p>de ácido tricloroacético.</p><p>Comentario da questão</p><p>Paciente na menopausa com</p><p>sangramento uterino deve ser</p><p>investigada:</p><p>• Primeiro exame especular,</p><p>para garantir que o</p><p>sangramento é uterino;</p><p>• Segundo, exame de imagem,</p><p>ultrassom transvaginal,</p><p>procurando espessamentos</p><p>ou massas intraútero;</p><p>• Terceiro exame,</p><p>histeroscopia, procurando</p><p>massas visualizáveis e</p><p>possivelmente biópsia, se</p><p>necessário.</p><p>Temos o diagnóstico: é um pólipo</p><p>cervical, que é uma lesão benigna</p><p>que causa sinusorragia. Tratamos</p><p>com exérese. Porem, mesmo</p><p>benigna, deve-se realizar a</p><p>histeroscopia porque este pólipo</p><p>pode, na verdade, ser endometrial e</p><p>estar se exteriorizando via orifício</p><p>interno do colo. Seu tratamento</p><p>exige a histeroscopia para ser</p><p>realizado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: pelo motivo explicado</p><p>acima.</p><p>B - Incorreta: Caso seja</p><p>endometrial, realizando exérese</p><p>sem histeroscopia, tem o risco de</p><p>sangramento.</p><p>C - Incorreta: Se endometrial, não</p><p>resolverá também! Porque sua base</p><p>continuará vascularizada e pode</p><p>voltar.</p><p>D - Incorreta: Não é tratamento</p><p>para pólipo.</p><p>QUESTÃO 26</p><p>Um paciente do sexo masculino, de</p><p>3 anos de idade, é levado a serviço</p><p>de emergência em decorrência de</p><p>febre e exantema há 7 dias. Mãe</p><p>relata que a febre é diária e chegou</p><p>a 39 o C. O exantema surgiu há 2</p><p>dias. O paciente já passou por</p><p>outros serviços de emergência sem</p><p>conseguir fechar diagnóstico. Nega</p><p>doenças prévias. Desenvolvimento</p><p>normal para a idade. Ao exame,</p><p>mostrase em regular estado geral,</p><p>descorado 1+/4+, febril (38,5 o C),</p><p>acianótico e hidratado. Presença de</p><p>exantema maculopapular e edema e</p><p>hiperemia nas mãos e pés, rash em</p><p>tronco e períneo, bem como de</p><p>hiperemia conjuntival bilateral.</p><p>Cavidade oral revela fissuras em</p><p>lábios. Há linfonodomegalia</p><p>cervical, unilateral direita, com 2 cm</p><p>de diâmetro. Aparelho</p><p>cardiovascular, respiratório e</p><p>abdome sem anormalidades.</p><p>Considerando a história acima</p><p>descrita, assinale a alternativa que</p><p>contém o tratamento indicado.</p><p>A) Imunoglobulina venosa.</p><p>B) Anti-inflamatório não esteroidal.</p><p>C) Antibioticoterapia.</p><p>D) Plasmaférese.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>A doença de Kawasaki é uma</p><p>doença febril aguda da infância que</p><p>cursa com vasculite das artérias de</p><p>médio calibre (como as coronárias),</p><p>e tem predomínio em crianças</p><p>menores de 5 anos.</p><p>Critérios:</p><p>• Febre: é alta e continua, tem</p><p>que estar presente há pelo</p><p>menos 5 dias e é o único</p><p>critério obrigatório;</p><p>• Congestão ocular:</p><p>conjuntivite bilateral sem</p><p>exsudato;</p><p>• Alterações em lábios e</p><p>cavidade oral: a mais</p><p>abordada em prova é a língua</p><p>em framboesa, que pode vir</p><p>descrita como hipertrofia das</p><p>papilas linguais;</p><p>• Linfadenopatia cervical:</p><p>unilateral e maior que 1,5 cm;</p><p>• Exantema: é polimórfico,</p><p>podendo se assemelhar com</p><p>o presente em outras</p><p>doenças exantemáticas;</p><p>• Alterações das extremidades:</p><p>principalmente eritema</p><p>palmo plantar e edema de</p><p>pés e mãos.</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Corretas: O objetivo é</p><p>reduzir o risco de formação de</p><p>aneurisma. Na fase aguda, deve-se</p><p>utilizar imunoglobulina venosa</p><p>associada ao ácido acetilsalicílico</p><p>(AAS), e na fase de convalescença</p><p>usamos só o AAS.</p><p>C e D - Incorretas: Não há indicação</p><p>de antibioticoterapia ou</p><p>plasmaférese.</p><p>QUESTÃO 27</p><p>Um homem de 23 anos de idade,</p><p>membro de um grupo de usuário de</p><p>drogas ilícitas injetáveis, comparece</p><p>à consulta no ambulatório de clínica</p><p>médica com relato de "olhos</p><p>amarelos e urina cor de mate".</p><p>Segundo informa, seu quadro</p><p>clínico iniciou-se há cerca de 12 dias</p><p>com mal-estar, febre (cerca de 38 o</p><p>C), coriza e mialgias. Dois dias após,</p><p>observou disgeusia e anosmia, além</p><p>de diarreia. Procurou unidade de</p><p>pronto atendimento, sendo</p><p>agendada pesquisa para COVID-19,</p><p>que foi realizada no 5.o dia de</p><p>evolução da doença, com resultado</p><p>negativo. Passou a apresentar,</p><p>também, dor abdominal</p><p>(especialmente no hipocôndrio</p><p>direito) e fadiga vespertina. Há 2</p><p>dias, observou que suas escleras</p><p>ficaram amareladas e a sua urina</p><p>assumiu aspecto sugestivo de</p><p>colúria. Foi à mesma unidade onde</p><p>havia sido atendido inicialmente,</p><p>sendo solicitados exames</p><p>complementares que são trazidos</p><p>pelo paciente à consulta atual e que</p><p>revelam: TGO/AST = 982 UI/L (valor</p><p>de referência: 20 a 40 UI/L);</p><p>ALT/TGP: 1 220 UI/L (valor de</p><p>referência: 20 a 40 UI/L); bilirrubinas</p><p>totais = 4,2 mg/dL (valor de</p><p>referência: 0,2 a 0,8 mg/dL), com</p><p>predomínio da fração direta (3,6</p><p>mg/dL - valor de referência: 0,1 a 0,5</p><p>mg/dL); hemograma com</p><p>leucopenia e linfocitose, sem</p><p>anemia; INR e tempo de</p><p>tromboplastina parcial ativada</p><p>normais. Em razão desses</p><p>resultados,</p><p>o paciente foi</p><p>encaminhado ao ambulatório para</p><p>complementação da investigação</p><p>diagnóstica, tratamento e</p><p>acompanhamento. Ao exame físico,</p><p>o paciente encontra-se em razoável</p><p>estado geral, estando com as</p><p>escleras e a mucosa sublingual</p><p>ictéricas, além de apresentar leve</p><p>hepatomegalia (13 cm de extensão</p><p>ao nível da linha hemiclavicular</p><p>direita) dolorosa, com sinal de</p><p>Murphy negativo. Acerca do caso</p><p>desse paciente, pode-se afirmar que</p><p>o diagnóstico mais provável e a</p><p>lógica subjacente a tal conclusão</p><p>são</p><p>A) hepatite viral pelo vírus da</p><p>hepatite C, por ser a causa mais</p><p>comum de hepatite viral de</p><p>apresentação aguda.</p><p>B) hepatite autoimune do tipo 1, em</p><p>função do gênero do paciente (sexo</p><p>masculino) e do nível de</p><p>transaminases.</p><p>C) hepatite viral aguda pelo vírus da</p><p>hepatite B, em razão do paciente</p><p>ser usuário de drogas ilícitas</p><p>injetáveis.</p><p>D) leptospirose íctero-hemorrágica,</p><p>em razão do leucograma e níveis</p><p>séricos das aminotransferases.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente usuário de drogas</p><p>injetáveis, deve-se suspeitar de</p><p>Staphylococcus Aureus, HIV, e</p><p>hepatite, B e C.</p><p>A clínica do paciente é clássico de</p><p>hepatite:</p><p>• Febre, dor em hipocôndrio</p><p>direito, elevação de enzimas</p><p>hepáticas (ALT está maior de</p><p>1000), icterícia à expensa de</p><p>uma bilirrubina direta,</p><p>colúria.</p><p>Fator de risco (uso de drogas) +</p><p>clínica típica, a principal hipótese</p><p>diagnostica é de uma hepatite viral.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A hepatite C é a</p><p>hepatite que mais cronifica,</p><p>praticamente não apresenta</p><p>quadros agudos, ou seja, não</p><p>podemos dizer que é a que mais</p><p>apresenta quadros agudos, como</p><p>seria a hepatite A.</p><p>B - Incorreta: o fator de risco</p><p>exposto pela questão mostra como</p><p>se guiar a pensar em hepatites</p><p>virais. Não tem nada que sugira uma</p><p>hepatite autoimune.</p><p>C - Correta: é a principal hipótese,</p><p>pela frequência (hepatite B é mais</p><p>frequente)e pela alternativa que cita</p><p>a hepatite C estar incorreta por</p><p>outro motivo também.</p><p>D - Incorreta: Não tem</p><p>epidemiologia que sugira alem de</p><p>sintomas que entenda ser</p><p>leptospirose (dor na panturrilha+</p><p>febre + icterícia).</p><p>QUESTÃO 28</p><p>Uma criança com 7 anos de idade,</p><p>moradora de zona rural, relata</p><p>acidente por animal desconhecido</p><p>há 4 horas. No momento, refere</p><p>formigamento no local da picada,</p><p>boca seca, diplopia, dificuldade de</p><p>deglutição, dores musculares</p><p>generalizadas, oligúria e urina com</p><p>coloração vermelha escura. Ao</p><p>exame físico, apresenta ptose</p><p>palpebral bilateral e midríase. O</p><p>resultado do exame de urina rotina</p><p>evidenciou mioglobinúria. Exames</p><p>de sangue ainda em</p><p>processamento. Com base nesses</p><p>dados, qual a soroterapia específica</p><p>indicada ao quadro?</p><p>A) Soro anti-botrópico.</p><p>B) Soro anti-escorpiônico.</p><p>C) Soro anti-crotálico.</p><p>D) Soro anti-elapídico.</p><p>Comentario da questão</p><p>• Botróps (Jararaca)</p><p>apresenta: (Dor, edema</p><p>bolhas, sangramento.</p><p>Complicação (síndrome</p><p>compartimental, necrose e</p><p>abcesso)</p><p>.</p><p>• Crotalus (Cascavel): lembrar</p><p>dos 3 C’s do acidente</p><p>crotálico (Cerebro</p><p>[neurotoxidade,Carne</p><p>[miotoxicidade] e Croca-cola</p><p>[insuficiência renal com</p><p>mioglubinuria])</p><p>• Elapídico (Micrurus ou coral</p><p>verdadeira):, se apresenta</p><p>com afetação do SNC; facie</p><p>miastênica e dificuldade</p><p>respiratória, pensar nesta</p><p>serpente.</p><p>• Lachético (Surucucu):</p><p>apresenta muitos sintomas</p><p>inflamatórios no lugar da</p><p>mordedura, e é</p><p>acompanhado de sintomas</p><p>do sistema nervoso, sistema</p><p>gastrointestinal (diarreia, dor</p><p>abdominal, etc.).</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: mordida de jararaca</p><p>não causa facie miastênica.</p><p>B - Incorreta: Picada de escorpião</p><p>não cursa com rabdomiólise.</p><p>C - Correta: é sobre isso! A principal</p><p>hipótese.</p><p>D - Incorreta: A mordida de</p><p>surucucu cursa com sintomas</p><p>gastrointestinais.</p><p>QUESTÃO 29</p><p>Em reunião de equipe da Estratégia</p><p>de Saúde da Família, o médico</p><p>expõe sua preocupação com o</p><p>aumento no número de</p><p>atendimentos de cuidadores de</p><p>idosos, em virtude de problemas de</p><p>saúde decorrentes de estresse físico</p><p>e emocional. Sugere que seja</p><p>realizada intervenção de apoio e</p><p>suporte aos cuidadores e para isso</p><p>propõe aplicar escala que tem por</p><p>objetivo “avaliar a sobrecarga dos</p><p>cuidadores de idosos”. Trata-se da</p><p>A) Escala de Zarit.</p><p>B) Escala de Barthel.</p><p>C) Escala de Desempenho de</p><p>Karnofsky.</p><p>D) Escala de Avaliação</p><p>Multidimensional do Idoso.</p><p>Comentario da questão</p><p>ESCALA DE ZARIT</p><p>Tem por objetivo avaliar a</p><p>sobrecarga dos cuidadores de</p><p>idosos. Esta escala não deve ser</p><p>realizada na presença do idoso. A</p><p>cada afirmativa o cuidador deve</p><p>indicar a frequência que se sente em</p><p>relação ao que foi perguntado</p><p>(nunca, raramente, algumas vezes,</p><p>frequentemente ou sempre). Não</p><p>existem respostas certas ou erradas.</p><p>O estresse dos cuidadores será</p><p>indicado por altos escores.</p><p>Para cada pergunta, deve-se</p><p>responder:</p><p>( 1 ) Nunca ( 2 ) Quase nunca ( 3 )</p><p>Às vezes ( 4 ) Frequentemente ( 5 )</p><p>Quase sempre.</p><p>1. Sente que, por causa do</p><p>tempo que utiliza com o seu</p><p>familiar/doente já não tem</p><p>tempo suficiente para você</p><p>mesmo?</p><p>2. Sente-se</p><p>estressado/angustiado por</p><p>ter que cuidar do seu</p><p>familiar/doente e ao mesmo</p><p>tempo ser responsável por</p><p>outras tarefas? (ex.: cuidar de</p><p>outros familiares, ter que</p><p>trabalhar)</p><p>3. Acha que a situação atual</p><p>afeta a sua relação com</p><p>amigos ou outros elementos</p><p>da família de uma forma</p><p>negativa?</p><p>4. Sente-se exausto quando</p><p>tem de estar junto do seu</p><p>familiar/doente?</p><p>5. Sente que sua saúde tem sido</p><p>afetada por ter que cuidar do</p><p>seu familiar/doente?</p><p>6. Sente que tem perdido o</p><p>controle da sua vida desde</p><p>que a doença o seu familiar/</p><p>doente se manifestou?</p><p>7. No geral, sente-se muito</p><p>sobrecarregado por ter que</p><p>cuidar do seu familiar/</p><p>doente?</p><p>AVALIAÇÃO DA SOBRECARGA</p><p>- Leve: até 14 pontos</p><p>- Moderada: 15 a 21 pontos</p><p>- Grave: acima de 22 pontos</p><p>A partir dessa pontuação,</p><p>intervenções podem ser planejadas.</p><p>Algumas opções são: acolhimento,</p><p>consultas médicas, psicoterapia,</p><p>rodas e grupos de conversa e</p><p>convivência, treinamentos etc.</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: Zarit é a escala que</p><p>avalia a sobrecarga dos cuidadores</p><p>de idosos.</p><p>B – Incorreta: É usada para avaliar</p><p>independência funcional e</p><p>mobilidade.</p><p>C – Incorreta: Essa escala consiste</p><p>de forma padrão medir a</p><p>capacidade de pacientes com</p><p>câncer de executar tarefas comuns.</p><p>D – Incorreta: A avaliação de idosos</p><p>que se baseia em diagnósticos</p><p>funcionais interdisciplinares, sendo</p><p>correntemente denominada</p><p>Avaliação Geriátrica Ampla. Inicia-</p><p>se pela avaliação do estado</p><p>funcional, risco de queda, qual o</p><p>tônus muscular. Pode ser definido</p><p>como o nível no qual a pessoa</p><p>desempenha funções e atividades</p><p>da vida diária.</p><p>QUESTÃO 30</p><p>Paciente 65 anos, masculino,</p><p>apresentando alteração do hábito</p><p>intestinal. Como história familiar,</p><p>apresenta pai falecido de câncer de</p><p>próstata aos 70 anos, mãe falecida</p><p>de câncer de colo de útero aos 80</p><p>anos, avô paterno e primo por parte</p><p>de mãe falecidos por câncer de</p><p>cólon com 60 e 50 anos</p><p>respectivamente. Realizou</p><p>colonoscopia que evidenciou lesão</p><p>estenosante na junção reto-</p><p>sigmoidiana, 3 pólipos em reto e 5</p><p>pólipos em sigmoide. O resultado</p><p>histopatológico da lesão</p><p>estenosante foi adenocarcinoma de</p><p>cólon moderadamente</p><p>diferenciado. Quanto aos pólipos,</p><p>todos eram de natureza</p><p>adenomatosa, sendo 5 tubulares e 2</p><p>túbulo-vilosos (ambos no reto). Em</p><p>qual das situações abaixo, levando</p><p>em conta a história familiar e o</p><p>diagnóstico, esse paciente melhor</p><p>se enquadra?</p><p>A) Câncer colorretal hereditário não</p><p>polipoide (Síndrome de Lynch).</p><p>B) Síndrome de Polipose Recessiva.</p><p>C) Polipose adenomatosa familiar.</p><p>D) Câncer colorretal esporádico.</p><p>Comentário da questão</p><p>Caso clínico, homem de 65 anos</p><p>com história de alteração de hábito</p><p>intestinal, histórico de neoplasias na</p><p>família</p><p>e histopatológico compatível</p><p>com adenocarcinoma de cólon.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A Síndrome de Lynch</p><p>ou câncer de cólon hereditário sem</p><p>polipose costuma apresentar início</p><p>precoce em vários membros da</p><p>família, e não apenas em idades</p><p>avançadas.</p><p>Lynch I é restrita ao cólon</p><p>Lynch II se observam tumores em</p><p>outros locais (endométrio, útero,</p><p>ovário, pâncreas, entre outros).</p><p>Critérios de Amsterdã:</p><p>• Início do câncer colorretal, de</p><p>intestino delgado,</p><p>endométrio, de ureter ou de</p><p>pelve em pelo menos três</p><p>pessoas em duas gerações;</p><p>• Um dos indivíduos deve ser</p><p>parente de primeiro grau de</p><p>outros dois;</p><p>• Pelo menos um indivíduo</p><p>afetado antes dos 50 anos de</p><p>idade;</p><p>• Exclusão do diagnóstico de</p><p>Polipose Adenomatosa</p><p>Familiar.</p><p>B - Incorreta: doença rara</p><p>autossômica recessiva associada ao</p><p>gene MYH e com alta penetrância.</p><p>O número de pólipos pode ser</p><p>variável, sendo até mesmo possível</p><p>a manifestação do câncer sem a</p><p>associação com polipose. Seria</p><p>necessário mais dados clínicos no</p><p>enunciado para fechar um</p><p>diagnósticos desses.</p><p>C - Incorreta: Na polipose</p><p>adenomatosa familiar</p><p>Síndrome de Gardner: Associação</p><p>com tumores extraintestinais (xistos</p><p>desmoides, cistos de mandíbula,</p><p>osteomas, hipertrofia do epitélio</p><p>pigmentado da retina).</p><p>Síndrome de Turcot: Múltiplos</p><p>tumores cerebrais (gliomas,</p><p>ependimomas).</p><p>D - Correta: Aqui tem a</p><p>epidemiologia da doença e a</p><p>sintomatologia.</p><p>• Síndromes de polipose</p><p>familiar;</p><p>• Síndromes hereditárias sem</p><p>polipose;</p><p>• Retocolite ulcerativa;</p><p>• Ureterossigmoidostomia</p><p>prévia;</p><p>• Obesidade;</p><p>• Dieta rica em gordura e</p><p>pobre em fibras.</p><p>QUESTÃO 31</p><p>Um homem de 52 anos de idade</p><p>procura atendimento médico em</p><p>nível ambulatorial após 7 dias de</p><p>uma internação hospitalar de 72</p><p>horas para correção de uma hérnia</p><p>inguinal, na qual permaneceu 24</p><p>horas com sonda vesical de demora.</p><p>O paciente encontra-se em bom</p><p>estado de saúde, queixando-se de</p><p>leve dor no local da cirurgia e de</p><p>disúria, iniciada há 3 dias, além de</p><p>polaciúria. Ao exame, a ferida</p><p>operatória encontra-se limpa e</p><p>apresenta dor à palpação profunda</p><p>do hipogástrio. No mais, o exame</p><p>físico é completamente normal.</p><p>Possui comorbidades, pois é</p><p>diabético e portador de epilepsia em</p><p>uso de topiramato para essa última</p><p>condição. O médico assistente</p><p>solicitou uma urocultura, cujo</p><p>resultado segue abaixo.</p><p>Material da amostra Urina</p><p>Resultado da cultura Positiva 100</p><p>000 UFC E. coli Antibiograma</p><p>Concentração Inibitória Mínima</p><p>Amicacina Resistente ≥ 32</p><p>Ampicilina Resistente ≥ 32</p><p>Ampicilina/Sulbactan Resistente ≥</p><p>32 Cefepime Resistente ≥ 64</p><p>Ceftazidima Resistente 16</p><p>Ceftriaxona Resistente ≥ 64</p><p>Cefoxitina Sensível ≤ 2 Cefuroxima</p><p>Resistente ≥ 64 Ciprofloxacina</p><p>Resistente ≥ 16 Ertapenem</p><p>Sensível ≤ 0,5 Gentamicina</p><p>Resistente ≥ 16 Imipenem Sensível</p><p>≤ 0,5 Piperacilina/Tazobactan</p><p>Resistente ≥ 64</p><p>Sulfametoxazol/Trimetoprim</p><p>Sensível ≤ 0,5</p><p>Nesse caso, a conduta do médico</p><p>deve ser</p><p>A prescrever um sintomático como</p><p>a fenazopiridina.</p><p>B internar o paciente para</p><p>administração de cefoxitina.</p><p>C internar o paciente para</p><p>administração de imipenem.</p><p>D prescrever, ambulatorialmente,</p><p>sulfametoxazol/trimetoprim.</p><p>Comentário da questão</p><p>A doença ocorre na maioria das</p><p>vezes com ascensão pela uretra de</p><p>patógenos localizados na uretra,</p><p>podendo atingir a bexiga (cistite) ou</p><p>os rins e os ureteres (pielonefrite). O</p><p>patógeno mais comum da cistite é a</p><p>Escherichia coli, mas pode ser</p><p>também enterobactérias (Klebsiella</p><p>spp., Proteus spp., Pseudomonas</p><p>spp., entre outras). Critérios de ITU</p><p>complicada</p><p>• Febre ou calafrios;</p><p>• Mal-estar;</p><p>• Lombalgia;</p><p>• Dor pélvica ou perineal;</p><p>• Sinal de Giordano presente</p><p>(punho-percussão lombar</p><p>positiva).</p><p>O paciente diabético de 52 anos</p><p>realizou correção de hérnia inguinal,</p><p>ferida operatória sem sinais</p><p>flogísticos, uso de sonda vesical de</p><p>demora, disúria e uma urocultura</p><p>com E. coli resistente a vários</p><p>antibióticos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: a infecção pode se</p><p>tornar uma pielonefrite e sepse caso</p><p>não realizar a antibioticoterapia.</p><p>qSOFA (Sepse)</p><p>• Pressão sistólica menor que</p><p>100 mmHg;</p><p>• Frequência respiratória maior</p><p>que 22 irpm;</p><p>• Alteração de nível de</p><p>consciência.</p><p>B e C - Incorretas: não apresenta</p><p>critérios de internação, e não tem</p><p>porque utilizar antibióticos</p><p>endovenosos e de amplo espectro</p><p>se pode fazer uso do</p><p>sulfametoxazol/trimetoprim de</p><p>acordo com a urocultura.</p><p>D - Correta: não apresenta critérios</p><p>de gravidade, e a urocultura indica a</p><p>sensibilidade ao</p><p>sulfametoxazol/trimetoprim.</p><p>QUESTÃO 32</p><p>Mulher, 24 anos de idade, era</p><p>usuária de dispositivo intrauterino</p><p>(DIU) e retirou na vigência de</p><p>episódio de doença inflamatória</p><p>pélvica. Apresentando atraso</p><p>menstrual e episódios de</p><p>sangramento vaginal de pequena</p><p>intensidade. Nega dor abdominal ou</p><p>outras queixas. Beta-hCG positivo.</p><p>Ultrassonografia transvaginal</p><p>mostra ausência de saco gestacional</p><p>intrauterino e presença de imagem</p><p>complexa em região anexial direita,</p><p>sem líquido livre na cavidade</p><p>peritoneal. Nessa situação, está</p><p>justificado manter conduta</p><p>expectante se</p><p>A) os níveis de beta-hCG dobrarem</p><p>após 48 horas.</p><p>B) o diâmetro da massa anexial for</p><p>maior que 3,0 cm.</p><p>C) não forem detectados</p><p>batimentos cardiofetais na</p><p>avaliação ecográfica.</p><p>D) os níveis de progesterona</p><p>continuarem elevados.</p><p>Comentario da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Gravidez ectópica fatores de risco:</p><p>• Histórico de doença</p><p>inflamatória pélvica;</p><p>• Cirurgia tubária;</p><p>• Gestação tubária anterior;</p><p>• Laqueadura tubária;</p><p>• Infertilidade.</p><p>Conduta expectante: Níveis de</p><p>beta-hCG menores que 1000 e</p><p>declinantes, com acompanhamento</p><p>a cada 48-72 h.</p><p>Contraindicações de conduta</p><p>expectante:</p><p>• Beta-hCG > 1000</p><p>miliunidades/ml;</p><p>• Níveis de Beta-hCG estáveis</p><p>ou ascendentes;</p><p>• Dor abdominal persistente ou</p><p>intensa;</p><p>• Evidência ultrassonográfica</p><p>de sangue na cavidade;</p><p>• Dificuldade de acesso a um</p><p>serviço hospitalar.</p><p>Critérios de uso do metotrexato</p><p>• Estabilidade hemodinâmica;</p><p>• Disponibilidade de</p><p>seguimento pós-terapêutico</p><p>e acesso fácil a um serviço</p><p>hospitalar em caso de rotura</p><p>tubária;</p><p>• Beta-hCG < ou igual a 5000;</p><p>• Ausência de atividade</p><p>cardíaca fetal;</p><p>• Massa ectópica menor que 4</p><p>cm.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: níveis ascendentes</p><p>contraindicam conduta expectante.</p><p>B - Incorreta: o critério de massa</p><p>ectópica menor que 4 cm para</p><p>definirmos o uso do metotrexato.</p><p>C - Incorreta: O fato de não haver</p><p>batimentos cardíacos fetais não é</p><p>critério para definir conduta</p><p>expectante.</p><p>D - Incorreta: Não considera os</p><p>níveis de progesterona para definir a</p><p>conduta na gravidez ectópica.</p><p>QUESTÃO 33</p><p>Uma criança de 6 anos que procura</p><p>atendimento na Unidade Local de</p><p>Saúde do seu bairro por apresentar,</p><p>há cerca de 30 dias, tumoração</p><p>cervical na linha média, móvel à</p><p>deglutição e indolor. A mãe refere</p><p>que observou um crescimento</p><p>progressivo da lesão, mas sem</p><p>nenhum sinal flogístico desde o</p><p>início do quadro. Referenciada para</p><p>atendimento em um ambulatório de</p><p>cirurgia pediátrica, no momento do</p><p>exame físico, a criança estava hígida</p><p>sem nenhum outro achado a não ser</p><p>a tumoração na linha média do</p><p>pescoço, acima da cartilagem</p><p>cricoide, arredondada, móvel e de</p><p>consistência fibroelástica. Qual o</p><p>diagnóstico e conduta a serem</p><p>adotados a seguir?</p><p>A) Higroma cístico cervical ou</p><p>linfangioma. Deve ser tratado com</p><p>aspiração e injeção de bleomicina</p><p>ou OK 432 na lesão.</p><p>B) Câncer primário de tireoide.</p><p>Encaminhamento ao oncologista</p><p>para mapeamento com medicina</p><p>nuclear.</p><p>C) Cisto do conduto tireoglosso.</p><p>Ressecção cirúrgica englobando</p><p>parte do osso hióde, que evita a</p><p>recidiva da doença.</p><p>D) Cisto do 3.o arco branquial.</p><p>Ressecção cirúrgica incluindo a</p><p>secção do ramo clavicuar do</p><p>músculo esternocleidomastoídeo.</p><p>Comentário da questão</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O higroma cístico ou</p><p>linfangioma é a principal</p><p>malformação linfática da região</p><p>cervical. São lesões císticas e</p><p>compressíveis com o crescimento,</p><p>podem distorcer a anatomia e</p><p>comprimir outras estruturas (como</p><p>as vias aéreas). O tratamento é a</p><p>excisão cirúrgica completa da lesão.</p><p>B - Incorreta: a localização não fala</p><p>a favor nem à ausência de outros</p><p>achados, como sintomas sistêmicos</p><p>e acometimento linfonodal.</p><p>C - Correta: Cisto do Ducto</p><p>Tireoglosso. Lesão de origem</p><p>embrionária, raramente manifesta-</p><p>se no período neonatal, maior</p><p>incidência em pré-escolares e</p><p>escolares. A apresentação mais</p><p>comum é a de uma massa cística e</p><p>indolor na linha média do pescoço,</p><p>móvel à deglutição ou à protrusão</p><p>da língua. O tratamento é feito com</p><p>a ressecção completa do cisto.</p><p>D - Incorreta: Os cistos branquiais</p><p>são estruturas presentes na vida</p><p>embrionária e são constituídos por 4</p><p>pares principais e 2 pares</p><p>rudimentares. O mais comum é o</p><p>defeito do segundo arco branquial</p><p>que acontece abaixo do ângulo da</p><p>mandíbula e anterior ao músculo</p><p>esternocleidomastoideo.</p><p>QUESTÃO 34</p><p>Paciente usuária de dispositivo</p><p>intrauterino (DIU) de cobre T380A</p><p>procurou atendimento médico para</p><p>dores pélvicas de início agudo.</p><p>Relata dores em pontadas</p><p>alternadas com cólicas. Relatou</p><p>disuria e corrimento vaginal sem</p><p>odor fétido e transparente</p><p>associado ao aparecimento de</p><p>dispareunia. Ao exame especular</p><p>evidenciado secreção cervical</p><p>mucoide saindo pelo orifício externo</p><p>do colo uterino. Fio do DIU</p><p>aparente. Colo fechado. Toque</p><p>evidenciado colo com sensibilidade</p><p>dolorosa à mobilização. Toque</p><p>bimanual evidenciado sensibilidade</p><p>no anexo esquerdo. Solicitado</p><p>ultrassom transvaginal evidenciado</p><p>formação à esquerda espessada e</p><p>com aspecto tortuoso e irregular</p><p>sugestivo de hidrossalpinge. O</p><p>provável agente microbiológico e o</p><p>tratamento adequado são,</p><p>respectivamente,</p><p>A) Clamidia; azitromicina.</p><p>B) Trichomonas; metronidazol.</p><p>C) Gardnerella; fluconazol.</p><p>D) Treponema; penicilina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Os organismos que mais causam a</p><p>DIP são Clamídia e gonococo o</p><p>tratamento proposto é para os dois</p><p>agentes: ceftriaxona para gonococo</p><p>e azitromicina ou doxiciclina para</p><p>clamídia.</p><p>Diagnóstico de DIP</p><p>3 critérios de dor e 1 elaborado.</p><p>Dor pélvica espontânea, dor pélvica</p><p>à mobilização do colo e dor anexial</p><p>à palpação + ultrassom com</p><p>imagem sugestiva de</p><p>hidrossalpinge.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Como visto acima.</p><p>B - Incorreta: menos provável que</p><p>clamídia ou gonococo.</p><p>C - Incorreta: Vaginose não causa</p><p>sintomas irritativos.</p><p>D - Incorreta: Sífilis causa úlcera</p><p>genital, não DIP.</p><p>QUESTÃO 35</p><p>Um paciente masculino, 76 anos de</p><p>idade, vem a consulta com clínica</p><p>médica por apresentar dúvidas</p><p>quanto à frequência com que deve</p><p>realizar seu exame de próstata. O</p><p>paciente diz ter feito o exame de</p><p>PSA várias vezes ao longo dos</p><p>últimos anos. Traz exame de 3 e de</p><p>4 anos atrás, com PSA = 0,8 ng/mL e</p><p>0,78 ng/mL, respectivamente. Nesse</p><p>caso, o paciente deve ser</p><p>recomendado a</p><p>A) realizar exame de PSA a cada 5</p><p>anos.</p><p>B) não realizar mais exame de PSA.</p><p>C) realizar exame de toque retal</p><p>anual.</p><p>D) realizar ultrassonografia retal</p><p>com biopsia.</p><p>Comentário da questão</p><p>O ministério da saúde não</p><p>recomenda esta prática (nem com</p><p>PSA, nem com toque retal).</p><p>A Sociedade Brasileira de Urologia</p><p>mantém ainda a recomendação de</p><p>rastreio a partir dos 50 anos em</p><p>todos os homens com PSA e toque</p><p>retal e a partir dos 45 anos, se for</p><p>afrodescendente ou apresentar</p><p>parente de primeiro grau que sofreu</p><p>da condição.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Segundo MS não</p><p>realizamos o rastreio de câncer de</p><p>próstata.</p><p>B - Correta: Não realiza o PSA, nem</p><p>toque retal como forma de rastreio</p><p>segundo o MS.</p><p>C - Incorreta: Não está</p><p>recomendado nenhuma das formas</p><p>de rastreio pelo MS.</p><p>D - Incorreta: Procedimento</p><p>realizado caso encontremos alguma</p><p>alteração que sugira câncer de</p><p>próstata.</p><p>QUESTÃO 36</p><p>Mulher, 26 anos de idade, usou</p><p>pílula contraceptiva por 6 anos e</p><p>interrompeu há cerca de 9 meses.</p><p>Desde então, menstruou apenas 2</p><p>vezes e está há 4 meses em</p><p>amenorreia. Nega fogachos, acne,</p><p>hirsutismo ou ressecamento</p><p>vaginal. Ao exame físico: bom</p><p>estado geral, hemodinamicamente</p><p>estável, mamas com galactorreia</p><p>bilateral, sem nódulos palpáveis.</p><p>Útero de tamanho normal e anexos</p><p>não palpáveis. Beta-hCG negativo.</p><p>Para elucidação diagnóstica, deve-</p><p>se solicitar dosagem de</p><p>A) estradiol.</p><p>B) progesterona.</p><p>C) prolactina.</p><p>D) testosterona.</p><p>Comentário da questão</p><p>A hiperprolactinemia justifica a</p><p>amenorreia e a anovulação. Se a</p><p>confirmação de elevação da</p><p>prolactina deve ser investigadas</p><p>causas farmacológicas e considerar</p><p>avaliação com exame de imagem se</p><p>suspeita de causa tumoral.</p><p>Alternativas</p><p>A, B e D - Incorretas: Primeiro</p><p>descartar causas secundárias mais</p><p>comuns, por isso pediremos TSH,</p><p>BHCG e Prolactina. Depois o teste</p><p>de progesterona, estrogênio +</p><p>progesterona e GNR. Não dosa</p><p>esses hormônios como investigação</p><p>inicial.</p><p>C - Correta: Conforme mensionado</p><p>acima.</p><p>QUESTÃO 37</p><p>Um lactente, de 6 meses de idade,</p><p>comparece sem queixas ao</p><p>consultório médico com história de</p><p>internações devido a infecção</p><p>urinária alta aos 20 dias e aos 3</p><p>meses. Com 5 meses, apresentou</p><p>quadro de febre intermitente,</p><p>inapetência e vômitos, com exame</p><p>qualitativo de urina que apontou</p><p>nitrito (+), esterase leucocitária (+) e</p><p>urocultura colhida por sondagem</p><p>vesical com mais de 100 000 UFC/ml</p><p>de E. coli, tendo completado o</p><p>tratamento com antimicrobiano</p><p>com remissão dos sintomas.</p><p>Realizado ultrassonografia durante</p><p>a última internação que não</p><p>verificou alterações. Como forma de</p><p>estender a investigação, assinale a</p><p>alternativa correta quanto ao exame</p><p>padrão-ouro para essa situação.</p><p>A) Cintilografia renal com DMSA.</p><p>B) Urografia excretora.</p><p>C) Uretrocistografia miccional.</p><p>D) Ressonância magnética de</p><p>abdome.</p><p>Comentário da questão</p><p>A infecção do trato urinário (ITU)</p><p>Os fatores de risco para a ocorrência</p><p>de ITU são: sexo feminino, pênis não</p><p>circuncidado (pois pode ser</p><p>colonizado por cepas de Proteus),</p><p>obstrução urinária, disfunção</p><p>miccional, período de desfralde,</p><p>malformações genitourinárias e</p><p>constipação/incontinência.</p><p>Em menores de 2 anos sempre que</p><p>houver ITU confirmada, deve-se</p><p>pedir USG e UCM. Caso venham</p><p>alterados, deve-se solicitar</p><p>cintilografia com DMSA.</p><p>O paciente já veio com o</p><p>diagnóstico de 3 infecções urinárias,</p><p>sendo, no mínimo, uma delas alta,</p><p>temos a indicação de solicitar a</p><p>cintilografia renal com DMSA para</p><p>avaliar de forma adequada o</p><p>parênquima renal.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A cintilografia renal</p><p>com DMSA, na fase aguda, avalia</p><p>alterações no parênquima dando o</p><p>diagnóstico de pielonefrites agudas.</p><p>Já na fase crônica avalia as cicatrizes</p><p>no parênquima dando uma ideia do</p><p>dano causado, quando realizada de</p><p>4 a 6 meses após o evento agudo.</p><p>B - Incorreta: A urografia excretora,</p><p>investigação nos quadros de</p><p>recorrência de infecção do trato</p><p>urinário.</p><p>C - Incorreta: A uretrocistografia</p><p>miccional é o exame que permite a</p><p>identificação da presença de refluxo</p><p>vesicoureteral e seu grau. Nesse</p><p>caso, a ocorrência de 3 episódios de</p><p>infecção do trato urinário já</p><p>devemos iniciar a investigação da</p><p>situação do parênquima renal.</p><p>D - Incorreta: A ressonância</p><p>magnética de abdômen não tem</p><p>indicação.</p><p>QUESTÃO 38</p><p>Um menino de 4 anos de idade,</p><p>previamente hígido e com</p><p>acompanhamento pediátrico</p><p>regular, chega ao pronto</p><p>atendimento com queixa de febre</p><p>(temperatura axilar superior a 38,5</p><p>°C em todos os picos) há 6 dias</p><p>acompanhada de conjuntivite</p><p>bilateral não</p><p>exsudativa. Nega uso</p><p>prévio de medicações nesses</p><p>últimos dias, exceto o antitérmico</p><p>habitual para controle da febre.</p><p>Nega viagens recentes ou contato</p><p>com indivíduos sabidamente</p><p>doentes. Ao exame clínico, observa-</p><p>se hiperemia de orofaringe sem</p><p>exsudato ou ulcerações; presença</p><p>de ressecamento, fissuras e</p><p>hiperemia em lábios e proeminência</p><p>das papilas linguais; gânglio cervical</p><p>anterior a direita com cerca de 1,5</p><p>cm de diâmetro não doloroso;</p><p>edema endurecido em dorso de</p><p>mãos e pés com eritema palmar e</p><p>plantar difuso; e presença de</p><p>exantema polimórfico mais intenso</p><p>em tronco e períneo. Sem outras</p><p>alterações. Assinale a alternativa</p><p>que contenha o diagnóstico</p><p>provável para o caso apresentado e</p><p>uma complicação associada ao</p><p>quadro.</p><p>A) Escarlatina; glomerulonefrite</p><p>difusa aguda.</p><p>B) Doença de Kawasaki; aneurisma</p><p>coronariano.</p><p>C) Mononucleose; síndrome de</p><p>Guillain-Barré.</p><p>D) Sarampo; panencefalite</p><p>esclerosante subaguda.</p><p>Comentário da questão</p><p>Doença de Kawasaki critérios:</p><p>Febre (pelo menos 5 dias)</p><p>Conjuntivite (não exudativa)</p><p>Exantema (polimorfo)</p><p>Linfadenopatia cervical (>1,5cm)</p><p>Língua em framboesa (+alterações</p><p>perioral)</p><p>Alterações das extremidades</p><p>(edema e eritema em mãos e pés)</p><p>Pré-escolar de 4 anos que apresenta</p><p>um quadro de febre há 6 dias</p><p>associado à conjuntivite bilateral</p><p>não exsudativa, ressecamento,</p><p>fissuras e hiperemia em lábios e</p><p>proeminência das papilas linguais,</p><p>gânglio cervical anterior à direita</p><p>com cerca de 1,5 cm de diâmetro</p><p>não doloroso, exantema</p><p>polimórfico e alterações em mãos</p><p>e pés. Quadro clínico compatível</p><p>com a doença de Kawasaki.</p><p>Ela é uma doença febril aguda da</p><p>infância que cursa com vasculite de</p><p>artérias de médio calibre,</p><p>especialmente as coronárias. A</p><p>etiologia desconhecida. Quanto a</p><p>epidemiologia há uma maior</p><p>incidência em menores de 5 anos e</p><p>em meninos.</p><p>a língua em framboesa, que pode vir</p><p>descrita como hipertrofia das</p><p>papilas linguais</p><p>A complicação é a formação de</p><p>aneurismas coronarianos, por isso é</p><p>importante que essas crianças</p><p>sejam submetidas a um</p><p>ecocardiograma no momento do</p><p>diagnóstico e 1 a 2 semanas depois.</p><p>O tratamento é dividido em fase</p><p>aguda e fase de convalescença, na</p><p>fase aguda utiliza-se</p><p>imunoglobulina venosa associada</p><p>ao ácido acetilsalicílico (AAS) e na</p><p>fase de convalescença usamos só o</p><p>AAS em dose antiplaquetária.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A escarlatina é</p><p>causada pelo estreptococo beta-</p><p>hemolítico do grupo A</p><p>(Streptococcus pyogenes). O</p><p>quadro clínico cursa com: exantema</p><p>áspero, Sinal de Pastia</p><p>(intensificação do rash nas regiões</p><p>flexoras) e Sinal de Filatov (palidez</p><p>perioral). Acomete crianças entre 5</p><p>e 15 anos com transmissão por</p><p>gotículas de saliva com as</p><p>complicações não supurativas da</p><p>infecção pelo S. Pyogenes que são a</p><p>Glomerulonefrite pós</p><p>estreptocócica e a Febre</p><p>Reumática. O tratamento é com</p><p>penicilina G benzatina (droga de</p><p>escolha) ou amoxicilina (por 10 dias)</p><p>e deve ser iniciado em até 9 dias</p><p>para a prevenção da febre</p><p>reumática.</p><p>B - Correta: o paciente apresenta</p><p>doença de Kawasaki e a principal</p><p>complicação é o aneurisma</p><p>coronariano.</p><p>C - Incorreta: A mononucleose é</p><p>causada pelo vírus Epstein-Barr</p><p>(EBV) sua transmissão é por contato</p><p>com a saliva dos indivíduos</p><p>infectados. A tríade de febre,</p><p>faringite tonsilar e linfadenopatia. A</p><p>infecção pelo EBV também pode</p><p>cursar com sintomas neurológicos</p><p>como a síndrome de guillain-barré,</p><p>paralisia de nervos cranianos,</p><p>meningoencefalite, meningite</p><p>asséptica e neurite periférica.</p><p>D - Incorreta: O sarampo é uma</p><p>doença de notificação compulsória</p><p>imediata causada por um RNA vírus</p><p>da família Paramyxoviridae. A</p><p>transmissão se da por contato com</p><p>secreções respiratórias (gotículas e</p><p>aerossóis) três dias antes até quatro</p><p>a seis dias após o surgimento do</p><p>exantema. A clinica apresenta</p><p>febre, conjuntivite não purulenta,</p><p>tosse e manchas de Koplik.</p><p>(enantema oral = pontinhos brancos</p><p>na mucosa). As complicações mais</p><p>comuns são a otite média aguda;</p><p>principal causa de morte é a</p><p>Pneumonia.</p><p>QUESTÃO 39</p><p>Mulher com 42 anos de idade foi</p><p>atendida em unidade básica de</p><p>saúde referindo, há 5 dias, dor na</p><p>panturrilha direita que se acentuava</p><p>ao realizar a flexão dorsal do pé. A</p><p>dor piorou há 2 dias, aparecendo</p><p>inchaço, palidez cutânea e</p><p>dificuldade para deambular. Relatou</p><p>fazer uso de contraceptivo oral e</p><p>tabagismo desde os 20 anos de</p><p>idade. O exame físico evidenciou</p><p>peso de 72 Kg, 149 cm de altura,</p><p>edema e palidez desde a raiz da</p><p>coxa, dor à palpação da panturrilha</p><p>e pulsos pedioso e tibial posterior</p><p>palpáveis. Com base nos dados</p><p>apresentados, assinale a alternativa</p><p>com a orientação sobre a conduta a</p><p>ser seguida.</p><p>A) Solicitar Eco-Doppler colorido</p><p>venoso de membro inferior.</p><p>B) Indicar tratamento imediato em</p><p>hospital terciário.</p><p>C) Prescrever repouso, analgésicos e</p><p>heparina ou enoxaparina por via</p><p>subcutânea.</p><p>D) Prescrever repouso, anti-</p><p>inflamatório não hormonal e ácido</p><p>acetil salicílico 100 mg ao dia.</p><p>Comentário da questão</p><p>A trombose venosa profunda é</p><p>grave, seus fatores de risco são:</p><p>gravidez, uso de anticoncepcional</p><p>hormonal, tabagismo, imobilidade</p><p>prolongada, grandes cirurgias,</p><p>períodos longos de viagens e</p><p>doenças hereditárias, entre</p><p>outros.</p><p>A paciente apresenta 2 fatores de</p><p>risco. E a clínica demonstra dor à</p><p>flexão dorsal do pé em panturrilha</p><p>(sinal de Homans), edema, palidez e</p><p>dificuldade para deambular.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: realmente é indicado</p><p>um eco doppler para fechar o</p><p>diagnóstico, mas a paciente</p><p>apresenta palidez do membro, isso</p><p>quer dizer que a TVP já está</p><p>afetando a circulação arterial</p><p>(aumento da pressão no membro).</p><p>O correto seria iniciar o tratamento</p><p>imediato em hospital terciário, que</p><p>contará com os equipamentos</p><p>necessários.</p><p>B - Correta: a paciente já apresenta</p><p>comprometimento da circulação</p><p>arterial, então, precisamos iniciar o</p><p>tratamento imediatamente.</p><p>C - Incorreta: Faz parte do</p><p>tratamento da TVP. Seria uma</p><p>opção possível se a alternativa B</p><p>não fosse mais abrangente, ou seja,</p><p>está menos correta do que a</p><p>alternativa B.</p><p>D - Incorreta: Deve-se fazer a</p><p>anticoagulação desta paciente, e</p><p>não antiagregação.</p><p>QUESTÃO 40</p><p>Um paciente masculino, com 62</p><p>anos de idade, vem a consulta</p><p>médica na atenção secundaria</p><p>ambulatorial, encaminhado por</p><p>tremor. O paciente conta que há</p><p>alguns meses teve início com</p><p>tremor no braço direito e que,</p><p>agora, parece ter progredido para</p><p>ambos os braços e ambas as pernas.</p><p>O paciente diz que o tremor piora</p><p>quando ele “está nervoso”, mas que</p><p>parece melhorar quando faz alguma</p><p>atividade, como cozinhar ou comer.</p><p>Entretanto, o paciente conta que é</p><p>difícil para ele levantar-se da</p><p>posição sentada e começar a andar.</p><p>Também refere que perde o</p><p>equilíbrio quando está caminhando</p><p>e “muda de rota”, e tem dificuldade</p><p>para parar de caminhar, relatando</p><p>duas quedas no mês anterior à</p><p>consulta. Com base no que foi</p><p>apresentado, o diagnóstico desse</p><p>paciente é</p><p>A) tremor essencial.</p><p>B) paralisia supranuclear</p><p>progressiva.</p><p>C) doença de Huntington.</p><p>D) doença de Parkinson.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com tremor em repouso,</p><p>que iniciou em membro direito e</p><p>que progrediu para ambos braços e</p><p>pernas (iniciou de maneira</p><p>assimétrica) além de dificuldades à</p><p>marcha.</p><p>Parkinson:</p><p>• Rigidez em roda dentada;</p><p>• Bradicinesia;</p><p>• Rigidez;</p><p>• Dificuldade para manter a</p><p>postura.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Tremor essencial tem</p><p>história familiar, é um tremor de</p><p>repouso também e o achado mais</p><p>importante para a prova é uma</p><p>melhora com a utilização de</p><p>bebidas alcoólicas.</p><p>B - Incorreta: Doença que prejudica</p><p>progressivamente os movimentos</p><p>oculares voluntários (mais</p><p>característico), se apresenta com</p><p>bradicinesia, rigidez muscular,</p><p>paralisia pseudobulbar e demência.</p><p>C - Incorreta: Doença hereditária</p><p>caracterizada por espasmos, rigidez,</p><p>movimentos oculares lentos ou</p><p>anormais, anormalidades da</p><p>marcha, disfagia e dificuldade para</p><p>falar.</p><p>D - Correta: a doença de Parkinson</p><p>se caracteriza pelos achados</p><p>descritos no enunciado,</p><p>principalmente pelo tremor de</p><p>repouso de início assimétrico, que é</p><p>muito clássico.</p><p>QUESTÃO 41</p><p>A figura a seguir apresenta a</p><p>mortalidade proporcional por</p><p>alguns grupos de causa no sexo</p><p>masculino e em grupos etários</p><p>selecionados.</p><p>Mortalidade proporcional</p><p>(%) por grupos de causas e em</p><p>faixas etárias selecionadas, no sexo</p><p>masculino, Brasil, 2019. Com base</p><p>nos dados demonstrados nos</p><p>gráficos, concluise que</p><p>A) as agressões e as causas externas</p><p>de intenção indeterminada são</p><p>responsáveis por pelo menos 50%</p><p>dos óbitos ocorridos na faixa etária</p><p>de 15 a 29 anos.</p><p>B) na faixa etária dos 60 anos e</p><p>mais, a mortalidade proporcional</p><p>por doença isquêmica do coração é</p><p>menor do que a faixa etária de 30 a</p><p>59 anos.</p><p>C) as doenças respiratórias, na faixa</p><p>etária de 60 anos e mais, causam</p><p>mais óbitos do que as doenças do</p><p>aparelho circulatório.</p><p>D) atividades educativas visando</p><p>reduzir o consumo excessivo de</p><p>bebidas alcoólicas teria menor</p><p>impacto nos indicadores de</p><p>mortalidade relativos às faixas</p><p>etárias de 15 a 59 anos que na faixa</p><p>etária de 60 anos ou mais.</p><p>Comentário da questão</p><p>A mortalidade proporcional, como o</p><p>próprio nome diz, é um indicador do</p><p>tipo proporção, que apresenta, no</p><p>numerador, os óbitos (por região,</p><p>causa, sexo ou idade), e, no</p><p>denominador, o total de óbitos cuja</p><p>fração se deseja conhecer. A</p><p>mortalidade proporcional por</p><p>causas pode ser definida como:</p><p>UNASUS</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: a faixa etária de 15 a 29</p><p>anos a mortalidade por agressões</p><p>(AG) é cerca de 50%. Já a</p><p>mortalidade por causas externas de</p><p>intenção indeterminada (EII) tem</p><p>valor aproximado de 10%. A soma</p><p>das duas causas é responsável por</p><p>mais de 50% dos óbitos ocorridos</p><p>nessa faixa etária.</p><p>B – Incorreta: faixa etária de 60</p><p>anos e mais a mortalidade por</p><p>doença isquêmica do coração (DIC)</p><p>são aproximadamente 19%, já na</p><p>faixa de 30 a 59 anos é de cerca de</p><p>15%.</p><p>C – Incorreta: faixa de 60 anos a</p><p>mortalidade por doenças</p><p>respiratórias por Influenza e</p><p>Pneumonia (IP) de cerca 13% +</p><p>Outras doenças respiratórias (ODR)</p><p>de cerca de 12% = cerca de 25%. Já</p><p>a mortalidade por doença isquêmica</p><p>do coração (DIC) de cerca de 19% +</p><p>doença cerebrovascular (DCV) de</p><p>cerca de 16% + outras doenças</p><p>coronarianas (ODC) de cerca de 13%</p><p>= cerca de 48%.</p><p>D – Incorreta: Já na faixa de 60 anos</p><p>ou mais as doenças que possuem</p><p>etilismo como fator de risco já estão</p><p>presentes. A campanha deve ser</p><p>realizada para pessoas mais novas</p><p>visando promoção de saúde.</p><p>QUESTÃO 42</p><p>Paciente do sexo masculino, 65</p><p>anos, foi atendido no serviço de</p><p>urgência de um hospital com queixa</p><p>de dor em flanco e fossa ilíaca</p><p>esquerdos, com início há cerca de</p><p>48 horas e piora nas últimas 12</p><p>horas. Neste período, apresentou</p><p>episódio febril de 38 o C, aferido em</p><p>seu domicílio. Relatou apresentar</p><p>divertículos do cólon há cerca de 12</p><p>anos, e que foi submetido a uma</p><p>gastrectomia parcial há 1 ano por</p><p>adenocarcinoma gástrico em antro,</p><p>estágio IB. Apresentou relatório</p><p>médico relativo a esse</p><p>procedimento, no qual constava</p><p>endoscopia digestiva alta com</p><p>biópsia confirmando o diagnóstico</p><p>histológico, tomografia</p><p>computadorizada de abdome e</p><p>tórax, que revelava doença</p><p>diverticular em sigmoide, e</p><p>colonoscopia confirmando doença</p><p>diverticular em sigmoide. Ao exame</p><p>físico, o paciente estava em bom</p><p>estado geral, frequência cardíaca de</p><p>95 bpm, pressão arterial de 130 x 80</p><p>mmHg e temperatura axilar de 38,1</p><p>o C. O abdome estava flácido, mas</p><p>doloroso à palpação profunda de</p><p>flanco e fossa ilíaca esquerdos e</p><p>hipogástrio. Hemograma revelou</p><p>leucocitose de 16 000/mm3</p><p>(referência: 9 000 – 11 000/mm3 )</p><p>com 10% de bastões (referência: 0 –</p><p>5%). O paciente relatou estar</p><p>preocupado pela possibilidade de</p><p>ser um “retorno do câncer”. O</p><p>exame complementar e explicação</p><p>para confirmação do diagnóstico</p><p>nesse momento é</p><p>A) Colonoscopia, que poderá</p><p>diagnosticar diverticulite aguda ou</p><p>neoplasia maligna do cólon.</p><p>B) Tomografia por emissão de</p><p>pósitrons acoplada à tomografia</p><p>computadorizada (PET-TC), que</p><p>poderá identificar recidiva da</p><p>neoplasia maligna.</p><p>C) Tomografia computadorizada de</p><p>abdome com contraste venoso, que</p><p>poderá identificar e mensurar</p><p>complicações da diverticulite aguda</p><p>do cólon.</p><p>D) Radiografia de abdome em</p><p>decúbito dorsal e posição</p><p>ortostática e radiografia de tórax</p><p>em incidência ântero-posterior, que</p><p>poderão diagnosticar diverticulite</p><p>aguda do cólon.</p><p>Comentário da questão</p><p>A diverticulite aguda é como se</p><p>fosse uma apendicite do lado</p><p>esquerdo, pois os sintomas são</p><p>muito parecidos. Desde a dor inicial</p><p>em epigástrio até a localização da</p><p>dor em fossa ilíaca esquerda podem</p><p>estar presentes. O que muda é a</p><p>epidemiologia: enquanto a</p><p>apendicite é mais em jovens, a</p><p>diverticulite a idade é um pouco</p><p>maior.</p><p>O diagnóstico é feito pela</p><p>tomografia computadorizada.</p><p>Classificação de Hinchey (TC):</p><p>• I: inflamação de divertículo</p><p>podendo apresentar</p><p>abscesso pericólico, o</p><p>tratamento é com</p><p>antibioticoterapia e suporte.</p><p>• II: abscesso pélvico,</p><p>tratamento é com</p><p>antibioticoterapia +</p><p>drenagem percutânea da</p><p>região do abscesso.</p><p>• III: peritonite purulenta, o</p><p>tratamento é cirúrgico sendo</p><p>a cirurgia de Hartman +</p><p>antibioticoterapia.</p><p>• IV: peritonite fecaloide, com</p><p>tratamento cirúrgico com</p><p>cirurgia de Hartman +</p><p>antibioticoterapia.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Jamais fazer</p><p>colonoscopia em paciente com</p><p>diverticulite aguda, o ar injetado</p><p>durante o exame aumenta a pressão</p><p>no intestino podendo levar ao</p><p>rompimento do cólon e piora do</p><p>paciente.</p><p>B - Incorreta: A principal hipótese é</p><p>diverticulite aguda e não neoplasia.</p><p>C - Correta: exame de escolha no</p><p>momento.</p><p>D - Incorreta: Esses exames se</p><p>usam diante a suspeita de</p><p>rompimento do divertículo com</p><p>peritonite, pois pode nos mostrar a</p><p>presença de pneumoperitônio. Mas</p><p>não fecha o diagnóstico.</p><p>QUESTÃO 43</p><p>m menino de 6 anos de idade,</p><p>desnutrido, procedente de zona</p><p>rural sem saneamento básico,</p><p>apresenta-se no pronto</p><p>atendimento com dor abdominal e</p><p>diarreia intermitente com muco há</p><p>4 meses, algumas vezes associada a</p><p>sangue e tenesmo. Refere piora do</p><p>quadro há 1 dia. Ao realizar exame,</p><p>evidenciou-se descorado ++/+4,</p><p>prolapso retal e presença de vários</p><p>vermes cilíndricos de 4 cm de</p><p>comprimento na mucosa retal.</p><p>Assinale a alternativa correta que</p><p>aponta o parasita encontrado e seu</p><p>respectivo tratamento.</p><p>A) Ascaris lumbricoides; pamoato</p><p>de pirantel.</p><p>B) Trichiuris trichiura; mebendazol.</p><p>C) Ascaris lumbricoides;</p><p>metronidazol.</p><p>D) Trichiuris trichiura; secnidazol.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com parasitose e que</p><p>apresenta prolapso retal é mais</p><p>provavel que estamos diante de</p><p>uma tricuríase, causada pelo</p><p>Trichiuris trichiura.</p><p>O mebendazol ou albendazol são</p><p>as primeiras opções de tratamento</p><p>da tricuríase.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Ascaris classicamente</p><p>não causa prolapso retal.</p><p>B - Correta: O parasita está correto,</p><p>o tratamento a primeira linha de</p><p>opção (mebendazol ou albendazol).</p><p>C - Incorreta: a principal hipótese</p><p>não é Ascaris.</p><p>D - Incorreto: Parasita correto, mas</p><p>tratamento errado.</p><p>QUESTÃO 44</p><p>Primigesta, 41 semanas, em</p><p>trabalho de parto espontâneo há 10</p><p>horas. Insinuação em OEA (occipto</p><p>esquerda anterior). No segundo</p><p>período do parto, houve a expulsão</p><p>do polo cefálico, com</p><p>desprendimento em OP (occipto</p><p>púbico), sem intercorrências. Após</p><p>ocorrer a rotação</p><p>externa,</p><p>constatou-se grande dificuldade</p><p>para desprendimento das espáduas,</p><p>havendo impactação do diâmetro</p><p>biacromial fetal, entre o púbis e o</p><p>promontório maternos. O médico</p><p>assistente alertou a equipe para a</p><p>situação de emergência e solicitou</p><p>auxílio de outro profissional</p><p>habilitado. Realizada episiotomia,</p><p>mesmo assim o ombro permaneceu</p><p>impactado. A primeira manobra a</p><p>ser realizada nessa situação é</p><p>A) hiperextensão das coxas sobre o</p><p>abdome associada à pressão</p><p>suprapúbica.</p><p>B) colocar a paciente em posição de</p><p>quatro apoios.</p><p>C) realizar manobras internas para</p><p>rotação fetal ou retirada do ombro</p><p>posterior.</p><p>D) recolocar a cabeça fetal para</p><p>dentro do útero e proceder com a</p><p>cesariana.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>As manobras são:</p><p>• Hiperextensão de coxas</p><p>(Manobra de McRoberts);</p><p>• Pressão suprapúbica</p><p>(Manobra de Rubin I);</p><p>• Parto em 4 apoios ou vertical</p><p>(Manobra de Gaskin);</p><p>• Manobras internas (com</p><p>trações e fraturas</p><p>programadas, como Rubin II</p><p>e Woods).</p><p>A ordem segue das manobras</p><p>menos invasivas para as mais</p><p>invasivas.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: alternativa mal feita.</p><p>o enunciado pede a primeira</p><p>manobra a ser realizada, que é a de</p><p>McRoberts, com hiperextensão das</p><p>coxas. A pressão suprapúbica é a</p><p>segunda manobra.</p><p>B - Incorreta: A manobra de Gaskin,</p><p>que é a posição em quatro apoios,</p><p>está entre as manobras de segunda</p><p>linha.</p><p>C - Incorreta: As manobras internas,</p><p>como Rubin II e Woods, estão entre</p><p>as últimas a serem realizadas.</p><p>D - Incorreta: A manobra de</p><p>Zavanelli que é reposicionar a</p><p>cabeça do feto dentro da vagina, é a</p><p>última prevista, na distocia</p><p>biacromial.</p><p>QUESTÃO 45</p><p>Primigesta de 18 anos de idade,</p><p>com 37 semanas de idade</p><p>gestacional, chega ao pronto</p><p>atendimento com queixa de cefaleia</p><p>intensa. Refere também</p><p>visualização de pontos pretos. Nega</p><p>outras queixas. Pré-natal até o</p><p>momento sem intercorrências. Ao</p><p>exame encontra-se lúcida e</p><p>orientada, com muita dor. A pressão</p><p>arterial é de 160/100 mmHg,</p><p>mantida após repouso em decúbito</p><p>lateral esquerdo, a frequência</p><p>cardíaca é de 90 batimentos por</p><p>minuto. Sem dinâmica uterina, feto</p><p>com movimentação normal.</p><p>Batimentos cardíacos fetais = 144</p><p>bpm com variabilidade. Edema em</p><p>membros inferiores de 3 cruzes em</p><p>4. Traz um exame de urina, coletado</p><p>há 2 dias que mostra proteinúria 2</p><p>cruzes em 4, sem outras alterações</p><p>significativas. Foi prescrita</p><p>hidralazina endovenosa para</p><p>controle de pressão arterial (PA).</p><p>Que outra conduta seria necessária</p><p>no momento e para quê?</p><p>A) Prescrever sulfato de magnésio</p><p>para prevenir convulsões.</p><p>B) Prescrever sulfato de magnésio</p><p>para controle de pressão arterial e</p><p>dos sintomas maternos.</p><p>C) Prescrever analgésicos e</p><p>benzodiazepínicos para controle</p><p>dos sintomas e prevenção de</p><p>convulsões.</p><p>D) Prescrever analgésicos e</p><p>aguardar efeito do anti-</p><p>hipertensivo.</p><p>Comentário da questão</p><p>IMINÊNCIA DE ECLÂMPSIA.</p><p>Paciente gestante portadora de pré-</p><p>eclâmpsia chega relatando</p><p>alterações visuais (escotomas,</p><p>áureas, visão turva), epigastralgia,</p><p>cefaleia, logo devemos internar a</p><p>paciente e iniciar o sulfato de</p><p>magnésio. Pelo esquema de Zuspan</p><p>faremos dose de ataque com 4g EV</p><p>e na fase de manutenção 1g de</p><p>Sulfato de magnésio. Geralmente se</p><p>deixa uma seringa aspirada com</p><p>gluconato de cálcio a 10% em caso</p><p>de intoxicação. Se a pressão estiver</p><p>maior que 160x110 mmhg deverá</p><p>ser feita Hidralazinha.</p><p>Alternativa A - Correta: Como</p><p>vimos acima.</p><p>B - Incorreta: Sulfato de magnésio</p><p>não serve para reduzir pressão.</p><p>C - Incorreta: utiliza-se sulfato de</p><p>magnésio na prevenção e</p><p>tratamento de convulsões de pré</p><p>eclâmpsia.</p><p>D - Incorreta: Não é sobre a dor</p><p>aumentando a pressão, mas a</p><p>própria iminência de eclampsia.</p><p>QUESTÃO 46</p><p>Um homem de 57 anos de idade</p><p>comparece ao ambulatório de</p><p>clínica médica de hospital de média</p><p>complexidade para avaliação</p><p>diagnóstica de quadro de fraqueza,</p><p>cansaço, adinamia e desequilíbrio</p><p>nos membros inferiores (MMII).</p><p>Segundo informa, seu estado geral</p><p>era bom até 3 meses antes, quando</p><p>passou a perceber fraqueza e</p><p>adinamia. Pensou ser decorrente do</p><p>hipotireoidismo, mas após</p><p>reavaliação hormonal, sua</p><p>endocrinologista informou-lhe que a</p><p>tireoidite de Hashimoto estava bem</p><p>controlada, não sendo necessário</p><p>nenhum reajuste da dose de</p><p>levotiroxina em uso crônico (125</p><p>mcg/dia). Como os sintomas</p><p>persistiram, procurou facultativo</p><p>que lhe solicitou um hemograma</p><p>completo, cujo resultado revelou o</p><p>seguinte padrão: hemoglobina: 7,6</p><p>g/dL (valor de referência: 13 a 16,5</p><p>g/dL); hematócrito: 26% (valor de</p><p>referência: 40 a 52%); hemácias: 2,3</p><p>x 106 /mcl (valor de referência: 4,5 a</p><p>6,0 x 106 /mcl); volume corpuscular</p><p>médio: 113 fl (valor de referência: 80</p><p>a 100 fl); leucócitos: 2 800/mcl (valor</p><p>de referência: 6 000 a 10 000/mcl),</p><p>com contagem diferencial normal;</p><p>plaquetas: 86 000/mcl (valor de</p><p>referência: 150 a 400 x 103 /mcl). Ao</p><p>exame físico procedido na consulta,</p><p>o paciente encontrase bastante</p><p>pálido, ictérico (+/4+), normotenso,</p><p>levemente taquicárdico (104 bpm) e</p><p>hidratado; exame do aparelho</p><p>cardiovascular revela apenas sopro</p><p>sistólico pancardíaco, enquanto o</p><p>exame do aparelho respiratório e do</p><p>abdome é normal. Contudo, ao</p><p>exame neurológico, é observada</p><p>perda da propriocepção consciente</p><p>e da sensibilidade vibratória nos</p><p>MMII, sendo o reflexo cutâneo-</p><p>plantar em extensão bilateral. Uma</p><p>hematoscopia realizada durante o</p><p>exame no ambulatório revela a</p><p>presença de plurissegmentação dos</p><p>neutrófilos. A etiologia mais</p><p>provável da anemia do paciente em</p><p>apreço é</p><p>A) hipotireoidismo.</p><p>B) anemia hemolítica autoimune.</p><p>C) anemia perniciosa.</p><p>D) deficiência de ácido fólico.</p><p>Comentário da questão</p><p>A deficiência de vitamina B12 pode</p><p>ser pela ingestão inadequada ou por</p><p>cirurgias, ou por doenças que</p><p>comprometem o sítio de absorção.</p><p>Dentro do último tópico apresenta a</p><p>anemia perniciosa. Ela é uma</p><p>anemia autoimune em que tem a</p><p>produção de anticorpos anti-células</p><p>parietais, que são as células do</p><p>estômago que produzem o fator</p><p>intrínseco.</p><p>O fator intrínseco liga-se à vitamina</p><p>B12 e facilita a absorção no íleo. E</p><p>qual seria um possível fator de risco</p><p>para o aparecimento da doença é a</p><p>gastrite atrófica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: o paciente não</p><p>apresenta alterações de</p><p>descompensação do</p><p>hipotireoidismo.</p><p>B - Incorreta: Não há nada no</p><p>enunciado que remeta à anemia</p><p>hemolítica, tal como aumento de</p><p>reticulócitos ou quadro clínico</p><p>súbito.</p><p>C - Correta: a hipótese diagnóstica</p><p>que mais contempla a ocorrência de</p><p>anemia macrocítica associada a</p><p>alterações ao exame neurológico.</p><p>Dosagem de ácido fólico,</p><p>Dosagem de homocisteína (elevada</p><p>em deficiência de vitamina B12)</p><p>Dosagem de ácido metilmalônico</p><p>(níveis elevados em casos</p><p>sugestivos de deficiência de</p><p>vitamina B12).</p><p>D - Incorreta: a deficiência de ácido</p><p>fólico, não são observadas</p><p>alterações ao exame neurológico.</p><p>QUESTÃO 47</p><p>De acordo com a portaria n. 2.436,</p><p>de 21 de setembro de 2017, que</p><p>aprovou a Política Nacional de</p><p>Atenção Básica, estabelecendo a</p><p>revisão de diretrizes para a</p><p>organização da Atenção Básica, no</p><p>âmbito do Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS), é diretriz do SUS e da Rede</p><p>de Atenção à Saúde a ser</p><p>operacionalizada na Atenção Básica</p><p>A) regionalização.</p><p>B) adaptação.</p><p>C) integralidade.</p><p>D) determinação.</p><p>Comentário da questão</p><p>Um marco legal que estabeleceu a</p><p>missão da Atenção Primária no</p><p>Brasil foi a PNAB de 2006,</p><p>reformulada em 2011 e novamente</p><p>em 2017. O objetivo da criação da</p><p>PNAB foi fortalecer a Atenção</p><p>Primária à Saúde (APS), além de</p><p>definir uma reorientação no modelo</p><p>de atenção, utilizando a Estratégia</p><p>de Saúde da Família (ESF) como</p><p>tática prioritária de expansão,</p><p>consolidação e qualificação da APS.</p><p>Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS),</p><p>princípios éticos/doutrinários e</p><p>com princípios</p><p>organizacionais/operativos.</p><p>1. Princípios</p><p>éticos/doutrinários:</p><p>• Universalidade: acesso a</p><p>todos os cidadãos;</p><p>• Integralidade: ações em</p><p>todas as esferas de cuidado</p><p>(prevenção, cura, reabilitação</p><p>etc.);</p><p>• Equidade: diminuição da</p><p>heterogeneidade.</p><p>2. Princípios</p><p>organizacionais/operativos:</p><p>• Descentralização: divisão de</p><p>poderes entre as esferas</p><p>políticas;</p><p>• Regionalização:</p><p>municipalização do cuidado;</p><p>• Hierarquização: assistência</p><p>organizada em níveis de</p><p>complexidade;</p><p>• Participação social:</p><p>conselhos e conferências;</p><p>• Resolubilidade: sempre</p><p>resolver o problema do</p><p>paciente de alguma forma;</p><p>• Complementariedade: é</p><p>possível contratar o privado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A regionalização está</p><p>descrita na Portaria como uma</p><p>diretriz do SUS que é aplicada na</p><p>atenção básica. São também</p><p>diretrizes a hierarquização, a</p><p>territorialização e a adscrição.</p><p>B - Incorreta: Adaptação não é um</p><p>termo descrito na PNAB.</p><p>C - Incorreta: a integralidade está,</p><p>sim, descrita na PNAB, mas não</p><p>como diretriz, e sim como princípio</p><p>da atenção básica, juntamente com</p><p>a universalidade e a equidade.</p><p>D - Incorreta: Determinação não é</p><p>um termo descrito na PNAB.</p><p>QUESTÃO 48</p><p>Segundo a Política Nacional da</p><p>Atenção Básica (2017), como</p><p>atribuição comum a todos os</p><p>membros das equipes que atuam na</p><p>Atenção Primária em Saúde,</p><p>inclusive ao médico, consta:</p><p>“Realizar busca ativa de internações</p><p>e atendimentos de</p><p>urgência/emergência por causas</p><p>sensíveis à Atenção Básica, a fim de</p><p>estabelecer estratégias que</p><p>ampliem a resolutividade e a</p><p>longitudinalidade pelas equipes que</p><p>atuam na Atenção Básica”.</p><p>Considerando as causas sensíveis e</p><p>o perfil de mortalidade por causa da</p><p>população brasileira, aquelas</p><p>estratégias com maior impacto para</p><p>a redução dessas causas de morte</p><p>na população de 50 anos e mais são</p><p>ações de</p><p>A) controle da hipertensão arterial e</p><p>do diabetes mellitus.</p><p>B) educação no trânsito e de</p><p>denúncia e prevenção de violência.</p><p>C) orientação aos trabalhadores,</p><p>visando reduzir acidentes de</p><p>trabalho e doenças ocupacionais.</p><p>D) rastreamento de câncer de</p><p>mama e câncer de próstata.</p><p>Comentário da questão</p><p>As recomendações de rastreio para</p><p>um paciente de qualquer sexo nessa</p><p>faixa etária e sem fatores de risco</p><p>são:</p><p>• Grau de evidência A:</p><p>o Colonoscopia a cada</p><p>10 anos em pacientes</p><p>de 50 a 75 anos para</p><p>rastreio de câncer</p><p>colorretal;</p><p>o Aferição de pressão</p><p>arterial em adultos a</p><p>partir dos 18 anos para</p><p>rastreio de</p><p>hipertensão arterial.</p><p>• Grau de evidência B:</p><p>o Dosagem de glicemia</p><p>de jejum, teste de</p><p>tolerância oral à</p><p>glicose ou</p><p>hemoglobina glicada</p><p>em adultos de 35 a 70</p><p>anos que estejam com</p><p>sobrepeso ou</p><p>obesidade para</p><p>rastreio de diabetes</p><p>mellitus tipo 2.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A hipertensão arterial</p><p>deve ser rastreada em todos os</p><p>adultos que desconheçam ser</p><p>hipertensos, e esse rastreio é feito</p><p>através da aferição da pressão</p><p>arterial.</p><p>A Diabetes mellitus deve ser</p><p>rastreado em adultos de 35 a 70</p><p>anos com sobrepeso/obesidade</p><p>através da dosagem de glicemia de</p><p>jejum, teste de tolerância oral à</p><p>glicose ou hemoglobina glicada.</p><p>B - Incorreta: Essas não são as</p><p>estratégias com maior impacto para</p><p>a redução das causas de morte na</p><p>população de 50 anos.</p><p>C - Incorreta: A hipertensão e o</p><p>diabetes mellitus são causas de</p><p>relevância muito maior.</p><p>D - Incorreta: mulheres com mais</p><p>de 50 anos é deve rastrear o câncer</p><p>de mama, através de mamografia a</p><p>cada 2 anos. Causas</p><p>cardiovasculares são causas mais</p><p>comuns de morte nessa população.</p><p>No caso do câncer de próstata não é</p><p>recomendado o rastreio pelo</p><p>Ministério da Saúde.</p><p>QUESTÃO 49</p><p>Uma mulher de 61 anos foi trazida</p><p>ao pronto-socorro devido à disartria</p><p>e hemiparesia direita há 3 horas. Ela</p><p>estava em uma reunião de trabalho</p><p>quando, subitamente, iniciou com</p><p>os sinais e sintomas. O serviço</p><p>móvel de urgência foi acionado e,</p><p>após a avaliação inicial, fez contato</p><p>com o pronto-socorro para a</p><p>receber a paciente. Não há relato de</p><p>episódios prévios, infarto do</p><p>miocárdio, cirurgias ou hemorragia</p><p>recentemente, apenas de</p><p>hipertensão arterial há 10 anos, em</p><p>uso de losartana 50 mg, 2 vezes ao</p><p>dia. O exame físico não apresenta</p><p>maiores alterações, exceto por</p><p>redução de força em membro</p><p>superior e inferior direito. A</p><p>paciente estava alerta, contudo,</p><p>parecia ter alguma dificuldade para</p><p>compreensão dos comandos do</p><p>médico urgencista. Sua pressão</p><p>arterial é de 120 x 80 mmHg,</p><p>frequência cardíaca = 92 bpm, com</p><p>18 movimentos respiratórios por</p><p>minuto. Se a tomografia</p><p>computadorizada de crânio não</p><p>mostrar sinais de sangramento, a</p><p>conduta a ser adotada</p><p>imediatamente é</p><p>A) encaminhamento para</p><p>tratamento endovascular.</p><p>B) admissão em unidade de terapia</p><p>intensiva para estabilização.</p><p>C) administração de Alteplase, via</p><p>endovenosa.</p><p>D) administração de ácido acetil</p><p>salicílico e observação em unidade</p><p>semi-intensiva.</p><p>Comentário da questão</p><p>O AVC tem como causas a</p><p>aterotrombose ou cardioembolia, e</p><p>o principal ponto aqui é que</p><p>podemos fazer uma medicação que</p><p>desfaça o trombo, os chamados</p><p>trombolíticos, devemos ter alguns</p><p>critérios:</p><p>• Ausência de sangramentos</p><p>na TC;</p><p>• Tempo <4,5 horas;</p><p>• Idade >18 anos.</p><p>Se o paciente preencher estes</p><p>critérios ele tem indicação de</p><p>trombólise, contraindicação</p><p>absolutas:</p><p>• AVE hemorrágico prévio (não</p><p>importa há quanto tempo);</p><p>• Dissecção de aorta;</p><p>• Diátese hemorrágica;</p><p>• Mal formação ou tumor do</p><p>SNC;</p><p>• AVC isquêmico nos último 3</p><p>meses;</p><p>• Trauma cranioencefálico</p><p>grave nos último 3 meses.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: o tratamento</p><p>endovascular é para trombos em</p><p>grandes artérias com Delta T de até</p><p>12 horas, principalmente se não</p><p>puder fazer a trombólise.</p><p>B - Incorreta: teremos que internar</p><p>a paciente em UTI, mas a questão</p><p>pede a conduta imediatamenta.</p><p>C - Correta: paciente apresenta</p><p>evolução de 3hs (dentro da janela de</p><p>4,5hs), não apresenta contra-</p><p>indicações, então, a conduta</p><p>imediata se a TC não apresentasse</p><p>sinais de sangramento essa será a</p><p>conduta.</p><p>D - Incorreta: Deverá fazer</p><p>trombólise na paciente, então não</p><p>se faz o AAS, espera-se ao menos</p><p>24 horas.</p><p>QUESTÃO 50</p><p>Uma mulher de 28 anos de idade,</p><p>com ciclos menstruais regulares,</p><p>procura atendimento na assistência</p><p>básica por causa de infertilidade,</p><p>pois está tentando engravidar há 2</p><p>anos sem sucesso. Queixa-se de</p><p>dismenorreia secundária de</p><p>intensidade moderada, com início</p><p>há 3 anos, e piora progressiva nos</p><p>últimos 6 meses. Gesta 1; para 0;</p><p>Aborto 1 (provocado aos 15 anos).</p><p>Ao exame físico, o colo uterino tinha</p><p>aspecto normal, o útero era</p><p>doloroso à mobilização, com um</p><p>nódulo endurecido na região</p><p>retrocervical e uma massa em</p><p>região anexial direita de 5 cm.</p><p>Considerando o quadro clínico,</p><p>antes de encaminhar a um serviço</p><p>especializado, o(a) médico(a) deve</p><p>solicitar primeiramente</p><p>A) histeroscopia.</p><p>B) ultrassonografia</p><p>transvaginal/pélvica.</p><p>C) exames hormonais (FSH, LH,</p><p>prolactina e TSH).</p><p>D) histerossalpingografia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente de 28 anos com o</p><p>diagnóstico de infertilidade, dada a</p><p>ausência de gestação após 1 ano de</p><p>coito regular sem proteção. Ela</p><p>apresenta ciclos menstruais</p><p>regulares e uma dismenorreia</p><p>secundária progressiva, o que</p><p>significa que já apresenta um</p><p>diagnóstico prévio de alteração do</p><p>sistema reprodutivo que gera dor</p><p>tipo cólica durante os ciclos</p><p>menstruais.</p><p>Ao exame ginecológico, o útero é</p><p>doloroso à mobilização e se observa</p><p>a presença de nódulo retrocervical e</p><p>anexial. Todas as características de</p><p>um quadro de endometriose,</p><p>definida pela presença de tecido</p><p>endometrial fora do útero. Nesse</p><p>sentido, o fundo de saco posterior,</p><p>ligamentos</p><p>uterossacros e ovários</p><p>são as localizações mais comuns.</p><p>Como no caso da nossa paciente, o</p><p>quadro de endometriose é</p><p>caracterizado por dismenorreia e</p><p>dificuldade para engravidar,</p><p>podendo ainda apresentar os outros</p><p>Ds da endometriose: dor pélvica</p><p>crônica, dispareunia, disúria e</p><p>disquesia.</p><p>O CA-125 é um marcador</p><p>frequentemente positivo nos</p><p>quadros de endometriose grave e</p><p>podem ser utilizados para</p><p>seguimento pós-tratamento.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: As histeroscopia é um</p><p>exame para avaliação do útero.</p><p>Como a endometriose é</p><p>caracterizada por endométrio fora</p><p>desse órgão, esse exame não se</p><p>mostra útil no caso.</p><p>B – Correta: Diante de uma suspeita</p><p>de endometriose, realizamos a</p><p>ultrassonografia transvaginal,</p><p>preferencialmente com preparo</p><p>intestinal, para visualização de</p><p>tecido endometrial fora do útero,</p><p>considerando a localização</p><p>preferencial desse tecido ectópico</p><p>na região anexial e fundo de saco.</p><p>C – Incorreta: Na vigência de um</p><p>sangramento uterino anormal na</p><p>menacme, é importante a dosagem</p><p>de beta-HCG, TSH e prolactina para</p><p>exclusão de gestação e doenças</p><p>funcionais. A paciente não</p><p>apresenta sangramento anormal</p><p>propriamente dito e o quadro é</p><p>bastante sugestivo de</p><p>endometriose, esses exames não</p><p>elucidarão o diagnóstico ou</p><p>mudarão a conduta junto ao</p><p>especialista.</p><p>D – Incorreta: A</p><p>histerossalpingografia é uma</p><p>radiografia para avaliar a</p><p>permeabilidade das tubas uterinas,</p><p>pode ser utilizado pelo especialista</p><p>para manejo da infertilidade.</p><p>QUESTÃO 51</p><p>Mulher de 38 anos foi internada na</p><p>enfermaria de clínica médica de</p><p>hospital universitário de ampla</p><p>complexidade, em função de quadro</p><p>de fibrilação atrial paroxística com</p><p>alta resposta ventricular, sem</p><p>instabilidade hemodinâmica, mas</p><p>associada a queixas recentes de</p><p>emagrecimento não intencional,</p><p>irritabilidade e tremores finos de</p><p>extremidades. Na anamnese</p><p>dirigida, a paciente confirmava a</p><p>presença de intolerância ao calor,</p><p>fadiga, fraqueza, amenorreia e</p><p>hiperdefecação. Ao exame físico,</p><p>além da taquiarritmia, foram</p><p>observados bócio difuso (com sopro</p><p>à ausculta local), exoftalmia,</p><p>tremores palpebrais frequentes,</p><p>mixedema pré-tibial e sobre o hálux</p><p>direito, hipocratismo digital e pele</p><p>quente e úmida. Administradas</p><p>duas doses sequenciais, com</p><p>intervalos de 5 minutos, de</p><p>metoprolol intravenoso (5 mg), após</p><p>redução da frequência cardíaca,</p><p>ocorreu reversão da arritmia para o</p><p>ritmo sinusal. Solicitados exames</p><p>complementares, resultados</p><p>revelaram TSH < 0,004 mUI/L (valor</p><p>de referência: 0,5 a 4,5 mUI/L) e T4</p><p>livre = 4,2 ng/dL (valor de referência:</p><p>0,9 a 2,0 ng/dL). Além de ser</p><p>mantido o tratamento com beta-</p><p>bloqueador, considerando o fato de</p><p>a paciente nunca ter sido</p><p>previamente tratada de sua doença,</p><p>a equipe médica optou por instituir</p><p>terapêutica direcionada à inibição</p><p>da função da enzima</p><p>tireoperoxidase, reduzindo a</p><p>oxidação e organificação do iodo na</p><p>tireoide, além de promover a</p><p>redução dos níveis de</p><p>autoanticorpos circulantes. A</p><p>intervenção terapêutica instituída</p><p>nesse sentido foi</p><p>A) radioiodo.</p><p>B) dexametasona.</p><p>C) metimazol.</p><p>D) colestiramina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Existem 3 formas de tratamento:</p><p>• Medicamento: metimazol e</p><p>propiltiouracil, associado a B-</p><p>bloqueadores para controle</p><p>dos sintomas adrenérgicos;</p><p>• Iodo radioativo: como a</p><p>tireoide capta muito iodo,</p><p>utilizamos de um iodo</p><p>especial que é capaz de</p><p>destruir a glândula. É a</p><p>terapia de escolha nos EUA;</p><p>• Cirurgia: reservado para</p><p>casos refratários às 2 terapias</p><p>citadas acima, pois a chance</p><p>do paciente apresentar</p><p>hipotireoidismo após o</p><p>procedimento é muito</p><p>grande.</p><p>O metimazol é preferível no</p><p>tratamento da condição em</p><p>praticamente todas as situações.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Esta forma de</p><p>tratamento provoca destruição da</p><p>tireoide, não diminui a função da</p><p>enzima tireoperoxidase.</p><p>B - Incorreta: Dexametasona não</p><p>provoca os efeitos citados pela</p><p>questão, mas pode ser utilizada na</p><p>crise tireotóxica.</p><p>C - Correta: Como explicado.</p><p>D - Incorreta: Colestiramina é um</p><p>fármaco sequestrador de ácidos</p><p>biliares, e não tem relação com a</p><p>tireoide.</p><p>QUESTÃO 52</p><p>Um homem, com 72 anos de idade,</p><p>foi tratado por equipe de</p><p>atendimento pré-hospitalar após ser</p><p>resgatado de pequeno quarto sem</p><p>janelas, em prédio onde ocorreu</p><p>incêndio com combustão de</p><p>material plástico inflamável, havia</p><p>fumaça no local. Apresentava</p><p>rouquidão, havia fuligem no</p><p>escarro, os cílios e as sobrancelhas</p><p>estavam queimados; foram</p><p>evidenciadas queimaduras de</p><p>segundo e terceiro graus na região</p><p>anterior do tronco, membro</p><p>superior direito e face. Com base</p><p>nos dados apresentados, assinale a</p><p>alternativa que apresenta a</p><p>prioridade para o atendimento</p><p>inicial da vítima.</p><p>A) Retirar roupas e adereços,</p><p>resfriar com água fria para</p><p>interromper o processo de</p><p>queimadura.</p><p>B) Controlar efetivamente a via</p><p>aérea com intubação traqueal.</p><p>C) Cobrir a área queimada com</p><p>campo estéril para auxiliar no alívio</p><p>da dor.</p><p>D) Obter acesso venoso para</p><p>hidratação e analgesia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Hidratação pela fórmula de</p><p>Parkland (lembre-se que agora é 2</p><p>mL x Kg x Área corporal queimada)</p><p>Primeira conduta frente a paciente</p><p>com sinais de eminência de</p><p>comprometimento de via aérea</p><p>(intubação orotraqueal)</p><p>• Queimaduras em face,</p><p>cavidade oral, sobrancelhas</p><p>queimadas</p><p>• Histórico de queimadura em</p><p>local fechado ("paciente se</p><p>encontrava desacordado</p><p>durante incêndio em sua</p><p>casa" ou "paciente se</p><p>encontrava em boate que</p><p>pegou fogo")</p><p>O comprometimento iminente de</p><p>via aérea e apresenta um achado a</p><p>mais: a rouquidão.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: essa conduta poderia</p><p>levar o paciente a uma hipotermia.</p><p>B - Correta: é a nossa conduta</p><p>prioritária.</p><p>C - Incorreta: Não é nossa conduta</p><p>prioritária.</p><p>D - Incorreta: primeiro vem a</p><p>segurança da via aérea (ABCDE).</p><p>QUESTÃO 53</p><p>Um paciente de 35 anos de idade,</p><p>vivendo com HIV/AIDS há alguns</p><p>anos, sem adesão à terapia</p><p>antirretroviral indicada (TARV), é</p><p>internado em hospital de média</p><p>complexidade com quadro de tosse</p><p>produtiva, febre e dor torácica,</p><p>associados à imagem radiológica</p><p>compatível com condensação em</p><p>base direita, sendo iniciado</p><p>tratamento com amoxicilina-</p><p>clavulanato. Revendo os exames de</p><p>admissão do paciente, o médico que</p><p>o atende percebe que o infiltrado</p><p>radiológico evolui com áreas de</p><p>cavitação, o que o leva a considerar</p><p>a hipótese diagnóstica de</p><p>tuberculose pulmonar atípica,</p><p>decorrente da presença de</p><p>imunossupressão. Visando a</p><p>proceder à investigação diagnóstica</p><p>indicada no caso, a recomendação</p><p>atual da Organização Mundial de</p><p>Saúde é que o teste diagnóstico de</p><p>1.a linha para tais pacientes com</p><p>doença pulmonar ativa, tendo ainda</p><p>a vantagem de detectar resistência</p><p>antimicrobiana, seria</p><p>A) pesquisa de bacilo álcool-ácido</p><p>resistente no escarro.</p><p>B) realização de ensaio de liberação</p><p>de gama-interferon no sangue</p><p>periférico.</p><p>C) amplificação automatizada de</p><p>ácido nucleico (ensaio Xpert</p><p>MTB/RIF) no escarro.</p><p>D) cultura de escarro (meio de</p><p>Lowenstein-Jensen).</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com HIV, apresenta</p><p>condensação pulmonar e mesmo</p><p>com o tratamento correto para uma</p><p>PAC, evoluí com formação de</p><p>cavitações, devemos pensar em</p><p>TBCC, pois o paciente com HIV tem</p><p>risco aumentado para esta infecção.</p><p>A resposta é o Gene Xpert, que</p><p>também pode ser chamado de</p><p>amplificação automatizada de ácido</p><p>nucleico no escarro, considerado de</p><p>eleição para o diagnóstico de TBC</p><p>pulmonar ativa. O único problema</p><p>deste exame é que não serve para</p><p>seguimento de tratamento.</p><p>O exame de escolha para</p><p>seguimento de tratamento é a</p><p>baciloscopia.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A baciloscopia não</p><p>detecta resistência a antibióticos</p><p>B - Incorreta É um exame de sangue</p><p>que não detecta resistência.</p><p>C - Correta: Como explicado.</p><p>D - Incorreta: A cultura é um exame</p><p>que demora muito tempo para ficar</p><p>pronto, pode detectar a resistência,</p><p>mas não é utilizado para</p><p>diagnóstico.</p><p>QUESTÃO 54</p><p>Uma lactente do sexo feminino, de</p><p>18 meses de idade, chega para</p><p>atendimento em Unidade Básica de</p><p>Saúde. A mãe informa que, há 3</p><p>dias, a criança apresentou quadro</p><p>de convulsão tônico-clônica</p><p>generalizada acompanhada de</p><p>versão ocular, liberação de esfíncter</p><p>vesical e sialorreia, com duração de</p><p>aproximadamente 10 minutos. No</p><p>momento, apresentava</p><p>temperatura axilar de 38° C. Foi</p><p>levada ao pronto atendimento,</p><p>onde chegou sem crise e recebeu</p><p>alta após 4 horas com diagnóstico</p><p>de resfriado comum. O episódio</p><p>convulsivo não se repetiu e a criança</p><p>está afebril há 48 horas. A mãe</p><p>relata episódio semelhante aos 11</p><p>meses de idade. A criança não</p><p>apresenta outros antecedentes</p><p>pessoais ou familiares relevantes. O</p><p>seu desenvolvimento</p><p>neuropsicomotor é normal e o</p><p>exame clínico não apresenta</p><p>alterações. Considerando os dados</p><p>clínicos da paciente, essa criança</p><p>apresenta A convulsão febril</p><p>simples.</p><p>A) mãe deve ser orientada quanto à</p><p>abordagem nos episódios febris e a</p><p>criança deve manter</p><p>acompanhamento de rotina na UBS</p><p>pelo caráter benigno do quadro.</p><p>B) convulsão febril simples. O</p><p>médico deve prescrever</p><p>benzodiazepínico (diazepam ou</p><p>nitrazepam) para uso durante os</p><p>episódios febris, com objetivo de</p><p>prevenir epilepsia futura.</p><p>C) convulsão febril complexa. A</p><p>criança deve realizar</p><p>eletroencefalograma e tomografia</p><p>computadorizada de crânio por não</p><p>ser o primeiro episódio convulsivo</p><p>febril apresentado.</p><p>D) convulsão febril complexa. Os</p><p>familiares precisam ser alertados</p><p>sobre a possibilidade de a criança</p><p>apresentar desempenho escolar</p><p>fraco futuramente como sequela</p><p>dos episódios convulsivos.</p><p>Comentário da questão</p><p>A crise convulsiva febril é a</p><p>desordem neurológica mais comum</p><p>em crianças, ocorrendo com mais</p><p>frequência entre 6 meses e 5 anos</p><p>de idade. Classifica-se como uma</p><p>crise típica se, na presença de pico</p><p>febril (geralmente > 39ºC), houver</p><p>crise convulsiva tônico-clônica</p><p>generalizada com duração < 15</p><p>minutos e que não se repete em 24</p><p>horas. A crise febril típica é um</p><p>quadro benigno na grande maioria</p><p>das vezes.</p><p>A crise atípica ocorre crises</p><p>convulsivas focais, com duração</p><p>maior que 15 minutos, repetidas ou</p><p>com persistência de déficits</p><p>neurológicos no pós-ictal. Nesse</p><p>caso, há indicação de investigação</p><p>complementar com tomografia</p><p>computadorizada de crânio e</p><p>eletroencefalograma. A crise atípica</p><p>está mais associada com o</p><p>desenvolvimento de epilepsia</p><p>futura.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: quadro de convulsão</p><p>tônico-clônica generalizada com</p><p>duração de 10 minutos enquanto</p><p>apresentava temperatura axilar de</p><p>38° C, essas são as características</p><p>que esperamos em uma crise</p><p>convulsiva febril simples. Nesses</p><p>casos devemos informar sobre a</p><p>benignidade do caso para a família e</p><p>acompanhamento ambulatorial da</p><p>criança.</p><p>B - Incorreta: O tratamento</p><p>medicamentoso, quando indicado</p><p>(em geral, em crises prolongadas),</p><p>sendo os benzodiazepínicos os</p><p>primeiros a serem utilizados</p><p>C e D - Incorretas: as características</p><p>das convulsões febris complexas:</p><p>For crise focal, seguida de alteração</p><p>neurológica pós ictal, duração > 15</p><p>min e recorrência nas primeiras 24</p><p>horas.</p><p>QUESTÃO 55</p><p>Quanto ao vírus HPV, suas formas</p><p>de imunização e diagnóstico,</p><p>podemos afirmar que</p><p>A) a vacina anti-HPV quadrivalente</p><p>consegue imunizar contra quatro</p><p>tipos virais de alto grau, o que a</p><p>torna indicada para pessoas de até</p><p>45 anos de idade.</p><p>B) a vacina anti-HPV quadrivalente,</p><p>apesar de proteger contra os tipos</p><p>não oncogênicos 6 e 11 do HPV, tem</p><p>a mesma eficácia que a bivalente na</p><p>prevenção das lesões intraepiteliais</p><p>do colo uterino.</p><p>C) as mulheres vacinadas contra o</p><p>HPV não têm mais a necessidade de</p><p>realizar o exame de Papanicolau,</p><p>pois, mesmo que tenham contato</p><p>com o vírus, elas não desenvolvem a</p><p>doença.</p><p>D) uma desvantagem da pesquisa</p><p>do DNA-HPV é a necessidade de</p><p>profissional treinado na coleta, o</p><p>que dificultaria o acesso a mulheres</p><p>com dificuldades geográficas e</p><p>resistentes à coleta por profissional</p><p>de saúde.</p><p>Comentário da questão</p><p>A quadrivalente protege contra</p><p>QUATRO tipos de HPV, 6, 11, 16 e</p><p>18, mas apenas os tipos 16 e 18 são</p><p>oncogênicos.</p><p>Os 6 e 11 são responsáveis pela</p><p>formação de verrugas genitais.</p><p>A vacina é indicada entre 11 e 14</p><p>anos para meninos, 9 a 14 para</p><p>meninas, 9 a 25 para homens</p><p>imunossuprimidos e 9 a 45 para</p><p>mulheres imunossuprimidos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Até 45 apenas se</p><p>mulher imunossuprimida.</p><p>B - Correta: Como revisado.</p><p>C - Incorreta: A vacina protege, mas</p><p>o contato com o HPV é tão comum</p><p>que não é incomum sua infecção</p><p>antes da vacina. A vacina ainda</p><p>protege, mesmo assim, com</p><p>redução de patogenicidade, mas</p><p>não é absoluta. Por isso, o</p><p>papanicolau se mantém como</p><p>importante método de prevenção</p><p>secundária.</p><p>D - Incorreta: A técnica de coleta</p><p>em lavado é mais fácil que a do</p><p>papanicolau. Sendo apenas não</p><p>utilizada devido aos custos do</p><p>método.</p><p>QUESTÃO 56</p><p>Paciente de 60 anos de idade,</p><p>masculino, procura hospital pronto-</p><p>socorro com história de parada de</p><p>eliminação de flatos e fezes há cerca</p><p>de 1 semana. Nega vômitos. Ao</p><p>exame físico, paciente em regular</p><p>estado geral, desidratado,</p><p>dispneico, taquicárdico. Abdome</p><p>globoso, hipertimpânico, doloroso à</p><p>palpação difusa, com sinais de</p><p>irritação peritoneal. Toque retal</p><p>com ampola retal vazia, sem fezes,</p><p>sem muco, sem sangue em “dedo-</p><p>deluva”. Solicitadas radiografias de</p><p>tórax e abdome, demonstrando</p><p>distensão volumosa de cólon e ceco</p><p>(maior que 12 cm), com níveis</p><p>hidroaéreos, sem distensão de</p><p>intestino delgado. Baseado nessas</p><p>informações, qual a conduta?</p><p>A) Sonda nasogástrica.</p><p>B) Observação.</p><p>C) Laparotomia exploradora.</p><p>D) Clister glicerinado.</p><p>Comentário da questão</p><p>Obstrução intestinal = parada de</p><p>eliminação de flatos e fezes.</p><p>• Alta: vômitos precoces,</p><p>podendo ser antes mesmo da</p><p>presença da dor abdominal.</p><p>• Baixa: vômitos tardios, com</p><p>dor abdominal aparecendo</p><p>antes dos vômitos.</p><p>Se sinais de irritação peritoneal a</p><p>conduta devera ser a indicação de</p><p>uma laparotomia exploradora.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: o paciente já</p><p>apresenta complicação do quadro</p><p>(irritação peritoneal), por isso não</p><p>podemos somente tentar</p><p>descomprimir o trato gastro-</p><p>intestinal.</p><p>B - Incorreta: Paciente esta grave</p><p>com sinais de irritação peritoneal,</p><p>devemos tomar alguma conduta.</p><p>C - Correta: Como explicado.</p><p>D - Incorreta: Outra conduta que</p><p>visa a descompressão do trato</p><p>gastrointestinal, mas o paciente já</p><p>apresenta complicação, por isso</p><p>devemos proceder à laparotomia</p><p>exploradora.</p><p>QUESTÃO 57</p><p>Em reunião da equipe da Estratégia</p><p>de Saúde da Família, localizada em</p><p>área litorânea da Região Nordeste</p><p>do Brasil, com os diretores do</p><p>sindicato dos trabalhadores em</p><p>carcinicultura (criação de camarão</p><p>em viveiros), principal atividade</p><p>econômica da região, é definida a</p><p>necessidade de desenvolver ações</p><p>educativas de proteção e ações de</p><p>diagnóstico precoce dos principais</p><p>agravos que acometem os</p><p>trabalhadores nessa atividade. A</p><p>atividade envolve longas jornadas</p><p>diuturnas de trabalho, além da</p><p>utilização de metabissulfito de sódio</p><p>para evitar o aparecimento de</p><p>manchas pretas nos crustáceos.</p><p>Considerando os principais agravos</p><p>determinados pelas condições de</p><p>trabalho, as atividades a serem</p><p>desenvolvidas deveriam priorizar</p><p>A) neoplasia cutânea e rinite e/ou</p><p>asma alérgica.</p><p>B) distúrbios osteomusculares e</p><p>dermatite por contato.</p><p>C) rinite e/ou asma alérgica e lesão</p><p>por esforço repetitivo.</p><p>D) distúrbio do sono e neoplasia</p><p>cutânea.</p><p>Comentário</p><p>do</p><p>HIV e, agora, com tuberculose</p><p>pulmonar, então devemos avaliar</p><p>resistência aos antirretrovirais e</p><p>iniciar o esquema para TBC.</p><p>Assim sendo:</p><p>A - Incorreta: Não iremos</p><p>atrasamos o esquema de TBC neste</p><p>caso.</p><p>B - Correta: Essa é a única</p><p>alternativa que preenche os</p><p>aspectos discutidos acima.</p><p>C - Incorreta: Devemos, sim, avaliar</p><p>a resistência aos antirretrovirais.</p><p>D - Incorreta: A quantificação de</p><p>linfócitos T CD4 não serve para</p><p>avaliar a resistência do vírus, apenas</p><p>a efetividade do tratamento atual.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Paciente teve parto cesárea há 8</p><p>dias e retorna à maternidade com</p><p>queixa de febre alta há 2 dias,</p><p>acompanhada de calafrios nas</p><p>últimas horas. Refere ainda dor</p><p>intensa em andar inferior do</p><p>abdome. A loquiação está escassa,</p><p>mas apresenta odor fétido. Ao</p><p>exame: regular estado geral,</p><p>temperatura 39 o C, PA = 100 x 60</p><p>mmHg, FC = 120 bpm, útero no</p><p>nível da cicatriz umbilical,</p><p>amolecido e doloroso à palpação.</p><p>Cicatriz de cesariana seca e limpa.</p><p>Mamas lactantes, com sinais de</p><p>ingurgitamento mamário e fissura</p><p>mamilar à esquerda, mas sem</p><p>evidência de mastite ou abscesso</p><p>mamário. Ultrassonografia não</p><p>evidenciou sinais ecográficos de</p><p>conteúdo anormal na cavidade</p><p>uterina ou na cavidade abdominal.</p><p>Hemograma com leucocitose e</p><p>desvio à esquerda. A conduta</p><p>indicada para esse caso é:</p><p>A) suspender amamentação e</p><p>iniciar antibioticoterapia com</p><p>clindamicina por via oral, em nível</p><p>ambulatorial.</p><p>B) manter amamentação e iniciar</p><p>antibioticoterapia com clindamicina</p><p>por via oral, em nível ambulatorial.</p><p>C) suspender a amamentação e</p><p>internar a paciente para curetagem</p><p>uterina de urgência e</p><p>antibioticoterapia intravenosa com</p><p>clindamicina e gentamicina.</p><p>D) manter a amamentação e iniciar</p><p>antibioticoterapia intravenosa com</p><p>clindamicina e gentamicina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Na questão temos a presença de:</p><p>• febre,</p><p>• útero aumentado e</p><p>amolecido,</p><p>• hemograma com leucocitose</p><p>Esses sinais são de endometrite e o</p><p>tratamento é com</p><p>antibioticoterapia.</p><p>A questão nos traz uma paciente</p><p>que foi submetida a cesariana e que</p><p>evolui no período puerperal com</p><p>involução uterina (útero está ao</p><p>nível da cicatriz umbilical com 7 dias</p><p>de parto), febre, loquiação fétida</p><p>em pequena quantidade e dor a</p><p>palpação. Imediatamente</p><p>pensamos na hipótese de:</p><p>endometrite.</p><p>Os dados apresentados pela</p><p>questão são clássicos endometrite e</p><p>somando ao fato que o parto foi</p><p>cesárea que é o principal fator de</p><p>risco para essa complicação.</p><p>Frente a um quadro de endometrite</p><p>a conduta será internar a paciente,</p><p>prescrever antibioticoterapia de</p><p>amplo espectro, pois essa infecção é</p><p>polimicrobiana.</p><p>A dupla de antibióticos clássicos da</p><p>GO são: clindamicina e</p><p>gentamicina intravenosa.</p><p>Devemos manter a</p><p>antibioticoterapia até que a</p><p>paciente se encontre afebril e</p><p>assintomática por 72h.</p><p>A e C - Incorretas: A endometrite</p><p>não é contraindicação a</p><p>amamentação. A questão também</p><p>tenta nos induzir a pensar em</p><p>mastite pela presença do</p><p>ingurgitamento mamário, mas a</p><p>mastite não contraindica a</p><p>amamentação.</p><p>B - Incorreta: no enunciado temos</p><p>um dado importante que torna essa</p><p>alternativa incorreta:</p><p>"Ultrassonografia não evidenciou</p><p>sinais ecográficos de conteúdo</p><p>anormal na cavidade uterina ou na</p><p>cavidade abdominal". Assim não</p><p>temos motivo para cogitarmos em</p><p>realizar a curetagem na paciente.</p><p>D - Correto:, iremos manter a</p><p>amamentação e prescrever</p><p>antibioticoterapia sistêmica para o</p><p>quadro de endometrite.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Paciente de 68 anos de idade, do</p><p>sexo masculino, hipertenso, vem em</p><p>consulta devido à queixa de</p><p>diminuição da acuidade auditiva e</p><p>sensação de plenitude auditiva à</p><p>direita. Paciente nega história de</p><p>perfuração timpânica ou de cirurgia</p><p>otológica. Ao realizar a otoscopia, o</p><p>médico de família visualiza a</p><p>membrana timpânica translúcida à</p><p>esquerda e identifica uma rolha de</p><p>cerume no conduto auditivo direito,</p><p>impedindo a visualização da</p><p>membrana timpânica. O médico</p><p>orienta o uso de emolientes para</p><p>remoção do cerume e retorno em 5</p><p>dias. No retorno, a rolha de cerume</p><p>ainda obstrui o conduto auditivo</p><p>direito completamente. Como</p><p>deverá ser feita a remoção do</p><p>cerume por irrigação?</p><p>A) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar em temperatura</p><p>ambiente, o scalp cortado de 4 cm</p><p>deve ter a extremidade introduzida</p><p>com a concavidade voltada para trás</p><p>e para baixo, o soro deve ser</p><p>instilado sob alta pressão e escoado</p><p>na cuba rim, e o médico deve avaliar</p><p>o conduto, por meio da otoscopia,</p><p>após a retirada completa da rolha de</p><p>cerume.</p><p>B) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar aquecido, o scalp cortado</p><p>de 4 cm deve ter a extremidade</p><p>introduzida com a concavidade</p><p>voltada para frente e para cima, o</p><p>soro deve ser instilado sob leve</p><p>pressão e escoado na cuba rim, e o</p><p>médico deve avaliar o conduto, por</p><p>meio da otoscopia, algumas vezes</p><p>durante o procedimento.</p><p>C) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar aquecido, o scalp cortado</p><p>de 10 cm deve ter a extremidade</p><p>introduzida com a concavidade</p><p>voltada para trás e para cima, o soro</p><p>deve ser instilado sob leve pressão e</p><p>escoado na cuba rim, e o médico</p><p>deve avaliar o conduto, por meio da</p><p>otoscopia, algumas vezes durante o</p><p>procedimento.</p><p>D) O soro fisiológico para irrigação</p><p>deve estar aquecido, o scalp cortado</p><p>de 10 cm deve ter a extremidade</p><p>introduzida com a concavidade</p><p>voltada para frente e para cima, o</p><p>soro deve ser instilado sob leve</p><p>pressão e escoado na cuba rim, e o</p><p>médico deve avaliar o conduto, por</p><p>meio da otoscopia, após a retirada</p><p>completa da rolha de cerume.</p><p>Comentário da questão</p><p>O procedimento de remoção de</p><p>cerume por irrigação é feito com</p><p>soro aquecido e scalp cortado de 4</p><p>cm.</p><p>Uma condição bem frequente de</p><p>perda de audição em pacientes</p><p>idosos é a formação da famosa</p><p>"rolha de cerume", onde o cerume</p><p>que é produzido no conduto</p><p>auditivo se impacta no ouvido</p><p>externo, provocando sensação de</p><p>plenitude auditiva, diminuição de</p><p>audição, dor, tontura e até mesmo</p><p>tosse.</p><p>Devemos realizar a extração desta</p><p>rolha de cerume, a qual é feita,</p><p>preferencialmente, por irrigação.</p><p>• O soro deve estar aquecido</p><p>não somente para ajudar na</p><p>retirada do cerume, mas</p><p>também para não causarmos</p><p>nistagmo, que vai causar</p><p>desconforto no paciente.</p><p>• Deve-se cortar 1 scalp a 4 cm,</p><p>e posicioná-lo em uma</p><p>seringa grande, com a saída</p><p>do scalp no ouvido do</p><p>paciente, com a concavidade</p><p>voltada para frente e para</p><p>cima.</p><p>• Pressionamos a seringa</p><p>levemente para injeção do</p><p>soro aquecido, o qual será</p><p>escoado na cuba rim.</p><p>• O médico deverá utilizar o</p><p>otoscópio para ir avaliando o</p><p>conduto durante o</p><p>procedimento.</p><p>A - Incorreta: Não utiliza o soro sob</p><p>alta pressão, pois pode danificar o</p><p>tímpano.</p><p>B - Correta: essa é a única</p><p>alternativa que contém todas as</p><p>informações corretas.</p><p>C e D - Incorretas: O scalp deve ser</p><p>cortado em 4 cm, e não 10 cm.</p><p>QUESTÃO 6</p><p>Adolescente, 16 anos de idade, com</p><p>amenorreia primária, sem outras</p><p>queixas. Ao exame físico foi</p><p>constatada ausência de canal</p><p>vaginal. Ultrassonografia pélvica</p><p>mostrou ausência de útero.</p><p>Cariótipo 46XX. Qual dos seguintes</p><p>achados é esperado encontrar nessa</p><p>paciente?</p><p>A) Mamas normodesenvolvidas.</p><p>B) Ausência de ovários.</p><p>C) Gônadas em fita.</p><p>D) Hipertrofia clitoridiana.</p><p>Comentário da questão</p><p>A definição de amenorreia primária</p><p>é a ausência de menstruação aos 13</p><p>anos de idade sem a presença de</p><p>desenvolvimento de caracteres</p><p>sexuais secundários; ou aos 15 anos</p><p>com desenvolvimento de caracteres</p><p>sexuais secundários.</p><p>Diante de uma paciente com</p><p>amenorreia e mais nada, com</p><p>desenvolvimento sexual secundário</p><p>normal e nenhuma outra alteração,</p><p>temos que pensar mais em algum</p><p>problema estrutural na saída da</p><p>menstruação, isto é, no</p><p>compartimento</p><p>da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Questão anulada já que várias</p><p>alternativas poderiam ser respostas.</p><p>O metabissulfito de sódio é uma</p><p>substância irritante para a pele -</p><p>podendo causar dermatite de</p><p>contato; tóxica para o sistema</p><p>respiratório, podendo cursar com</p><p>falta de ar, tosse, cianose e</p><p>estertoração, além de quadro</p><p>semelhante a crise asmática; pode</p><p>ainda ser um irritante oftalmológico</p><p>e ainda está relacionado a</p><p>neuropatias e neoplasias,</p><p>principalmente quando inalados.</p><p>QUESTÃO 58</p><p>Um médico de maternidade pública</p><p>é chamado para realizar a sala de</p><p>parto de gestante de 35 semanas</p><p>com pré-eclâmpsia. Um recém-</p><p>nascido pesando 2,3 kg apresenta-</p><p>se banhado em líquido amniótico</p><p>meconial, hipotônico e respirando</p><p>de forma irregular. O médico</p><p>assistente decide levá-lo à mesa de</p><p>reanimação para realizar aspiração</p><p>de vias aéreas superiores sob calor.</p><p>Além disso, posiciona o pescoço em</p><p>leve extensão, aspira a boca e</p><p>narinas e seca o paciente. Após 30</p><p>segundos, o recém-nascido mostra</p><p>respiração irregular e frequência</p><p>cardíaca = 80 bpm. Considerando a</p><p>situação acima descrita, assinale a</p><p>alternativa que apresenta a próxima</p><p>conduta que deve ser tomada pelo</p><p>médico assistente.</p><p>A) Realizar ventilação com pressão</p><p>positiva com máscara facial.</p><p>B Realizar massagem cardíaca</p><p>externa.</p><p>C Realizar intubação orotraqueal.</p><p>D Realizar aspiração traqueal sob</p><p>visualização direta.</p><p>Comentário da questão</p><p>PPAS – Prover calor, posicionar,</p><p>aspirar boca e depois narina, se</p><p>necessário, secar. Perguntas que</p><p>temos que fazer para decidir a</p><p>conduta na sala de parto:</p><p>1. RN a termo?</p><p>2. Respirando e/ou chorando?</p><p>3. Tônus em flexão?</p><p>Paciente prematuro, teve a</p><p>indicação de ir para a mesa de</p><p>reanimação. Apesar disso, após os</p><p>30 segundos iniciais, o paciente</p><p>persiste com respiração irregular e</p><p>uma frequência cardíaca menor que</p><p>100 bpm.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A partir dessa situação,</p><p>temos indicação de ventilação com</p><p>pressão positiva por 30 segundos.</p><p>B - Incorreta: a massagem cardíaca</p><p>fica reservada para as situações em</p><p>que, após o segundo ciclo de VPP, a</p><p>FC esteja menor que 60 bpm.</p><p>C - Incorreta: após as 2 VPPs com</p><p>técnica adequada, a criança</p><p>permanecer com respiração</p><p>irregular/ apneia, deve seguir para</p><p>intubação orotraqueal.</p><p>D - Incorreta: A aspiração traqueal</p><p>sob visualização direta pode ser</p><p>feita nos RN nascidos banhados em</p><p>mecônio que, após os 30 segundos</p><p>iniciais da VPP, não apresentam</p><p>melhora.</p><p>QUESTÃO 59</p><p>Um recém-nascido com 20 dias de</p><p>vida é levado à consulta de</p><p>puericultura em Unidade Básica de</p><p>Saúde. A mãe foi diagnosticada com</p><p>tuberculose pulmonar após o parto</p><p>e já iniciou tratamento</p><p>medicamentoso. Ela nega qualquer</p><p>sintoma na criança. Gestação sem</p><p>intercorrências. Ao exame, o recém-</p><p>nascido mostra-se em bom estado</p><p>geral, corado, hidratado e ativo. Os</p><p>aparelhos cardiovascular e</p><p>respiratório apresentam-se</p><p>normais, assim como o abdome.</p><p>Considerando a história acima</p><p>descrita, assinale a alternativa que</p><p>contém a conduta indicada para</p><p>esse recém-nascido em relação ao</p><p>seu tratamento e aleitamento.</p><p>A) Manutenção do aleitamento</p><p>materno com uso de máscara por</p><p>parte da mãe e uso profilático de</p><p>isoniazida até o 3.o mês de vida,</p><p>quando o teste tuberculínico deverá</p><p>ser realizado.</p><p>B) Interrupção do aleitamento</p><p>materno por parte da mãe e uso</p><p>profilático de isoniazida até o 3.o</p><p>mês de vida, quando o teste</p><p>tuberculínico deverá ser realizado.</p><p>C) Manutenção do aleitamento</p><p>materno com uso de máscara por</p><p>parte da mãe e uso profilático de</p><p>isoniazida até o 6.o mês de vida,</p><p>quando o teste tuberculínico deverá</p><p>ser realizado.</p><p>D) Interrupção do aleitamento</p><p>materno por parte da mãe e uso</p><p>profilático de isoniazida até o 6.o</p><p>mês de vida, quando o teste</p><p>tuberculínico deverá ser realizado.</p><p>Comentário da questão</p><p>Recém-nascido com 20 dias de vida,</p><p>cuja mãe foi diagnosticada com</p><p>tuberculose pulmonar após o parto.</p><p>Deve-se prevenir de forma ativa a</p><p>infecção latente. Nesses pacientes,</p><p>não aplicamos a BCG e iniciamos</p><p>isoniazida por 03 meses. Após este</p><p>período realizamos o PPD. Caso ele</p><p>seja maior ou igual a 5 mm,</p><p>estendemos o tratamento por mais</p><p>6 meses; se menor que 5 mm,</p><p>interrompemos o tratamento e</p><p>vacinamos com a BCG. O</p><p>aleitamento, por sua vez, pode ser</p><p>mantido, desde que a mãe utilize</p><p>máscara cirúrgica durante a</p><p>amamentação.</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: não há necessidade de</p><p>se interromper o aleitamento, desde</p><p>que a mãe use máscara cirúrgica</p><p>durante a amamentação. Deve-se</p><p>iniciar isoniazida, como profilaxia,</p><p>até o 3.º mês de vida, quando o PPD</p><p>será realizado.</p><p>B – Incorreta: O aleitamento</p><p>materno não deve ser interrompido.</p><p>C – Incorreta: O uso profilático da</p><p>isoniazida deve ser feito até o 3.º</p><p>mês de vida. A extensão por mais 06</p><p>meses de tratamento ocorre</p><p>quando, após os primeiros 03 meses</p><p>de isoniazida, o PPD é igual ou</p><p>maior que 5 mm.</p><p>D – Incorreta: O aleitamento</p><p>materno não deve ser interrompido,</p><p>e a isoniazida deve ser usada até o</p><p>3.º mês!</p><p>QUESTÃO 60</p><p>Numa Unidade Básica de Saúde,</p><p>localizada em cidade de grande</p><p>porte, são atendidos, no intervalo</p><p>de 2 semanas, 3 casos de</p><p>leptospirose em trabalhadores de</p><p>limpeza e desentupimento de</p><p>esgotos. No que se refere à</p><p>vigilância ambiental, são ações</p><p>previstas pelo Ministério da Saúde</p><p>durante a investigação dos casos e</p><p>após identificação do local provável</p><p>de infecção</p><p>A) antirratização; desratização; e</p><p>informação, educação e</p><p>comunicação em saúde.</p><p>B) desratização; mutirão de</p><p>limpeza; controle de comunicantes.</p><p>C) informação, educação e</p><p>comunicação em saúde; busca ativa</p><p>de casos; vacinação de bloqueio.</p><p>D) drenagem de coleções hídricas;</p><p>sorologia nos comunicantes;</p><p>quimioprofilaxia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Doença de notificação compulsória</p><p>imediata, causada por bactérias</p><p>(Leptospira). O reservatório da</p><p>doença são ratos, que não</p><p>desenvolvem a doença quando</p><p>infectados e carregam a leptospira</p><p>nos rins, eliminando-a viva no meio</p><p>ambiente e contaminando água,</p><p>solo e alimentos. Dessa forma, a</p><p>transmissão para humanos se dá</p><p>pelo contato de urina contaminada</p><p>de forma direta ou indireta com pele</p><p>íntegra por grande período de</p><p>tempo, pele não integra ou</p><p>mucosas.</p><p>Então, a principal forma de se</p><p>combater a Leptospirose é evitar o</p><p>contato humano com os</p><p>reservatórios animais, e para isso</p><p>existem algumas estratégias como:</p><p>• Antirratização: consiste em</p><p>desenvolver todas as</p><p>alternativas preventivas</p><p>viáveis para tornar o</p><p>ambiente impróprio para a</p><p>sobrevivência dos roedores</p><p>ou impedir sua instalação,</p><p>como: deixar o ambiente</p><p>doméstico limpo; evitar</p><p>acúmulo lixo, saneamento</p><p>básico, armazenar os</p><p>alimentos em armários bem</p><p>fechados e geladeira,</p><p>dificultando o acesso dos</p><p>ratos e vedar pequenas</p><p>aberturas que possam</p><p>facilitar a entrada de ratos.</p><p>• Desratização: Após a</p><p>antirratização, esse passo</p><p>pode ser feito. São aplicados</p><p>produtos raticidas por</p><p>profissionais treinados, a fim</p><p>de eliminar os roedores.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: o controle de roedores</p><p>é uma das principais maneiras de</p><p>evitar a Leptospirose.</p><p>B - Incorreta: O controle de</p><p>comunicantes não cabe à Vigilância</p><p>Ambiental e sim à Vigilância</p><p>Epidemiológica.</p><p>C - Incorreta: ainda não existe</p><p>vacina para Leptospirose para uso</p><p>comercial.</p><p>D - Incorreta: Condutas médicas</p><p>como pedir exames e prescrever</p><p>medicamentos não cabem a</p><p>Vigilância Ambiental. Além disso,</p><p>caberá à Vigilância Epidemiológica</p><p>identificar casos e realizar</p><p>investigação adequada.</p><p>QUESTÃO 61</p><p>Uma lactente de 13 meses de idade,</p><p>de sexo feminino, é levada à</p><p>Unidade Básica de Saúde para</p><p>consulta de rotina. A mãe está</p><p>preocupada, pois a criança ainda</p><p>não é capaz de andar sem apoio.</p><p>Não há outras queixas. O pré-natal</p><p>materno não possui intercorrências;</p><p>nasceu de parto normal, com 40</p><p>semanas de idade gestacional;</p><p>Boletim de Apgar no 1.o minuto = 6;</p><p>no 5.o minuto = 9; e no 10.o minuto</p><p>= 10; com peso ao nascer = 3 200 g e</p><p>comprimento ao nascer = 50 cm. No</p><p>exame clínico neonatal, observou-se</p><p>estalido à manobra de Ortolani à</p><p>direita; na ocasião, realizou exame</p><p>ultrassonográfico de quadril</p><p>apresentando resultado I pelo</p><p>método de Graf. Recebeu alta no</p><p>segundo dia de vida. Sem</p><p>antecedentes pessoais ou familiares</p><p>relevantes. Desenvolvimento</p><p>neuropsicomotor prévio: sorriso</p><p>social aos 2 meses; fixou o pescoço</p><p>aos três meses; sentou sem apoio</p><p>aos sete meses; passou a distinguir</p><p>familiares de estranhos e a</p><p>reconhecer seu nome aos nove</p><p>meses; primeiras palavras com</p><p>significado aos 11 meses.</p><p>Atualmente engatinha, fica em pé</p><p>com apoio das mãos e arrisca alguns</p><p>passos sem apoio, mas logo cai; usa</p><p>copo com ajuda, compreende</p><p>ordens simples, bate palma, manda</p><p>beijo, fala “mama” e “papa” para</p><p>referir-se à mãe e ao pai</p><p>respectivamente. Não apresenta</p><p>alterações ao exame clínico. A</p><p>conduta adequada para essa</p><p>criança, considerando o</p><p>desenvolvimento da marcha é</p><p>A) manter acompanhamento de</p><p>rotina.</p><p>B) encaminhar para fisioterapia</p><p>motora para membros inferiores.</p><p>C) encaminhar ao neurologista</p><p>devido à anoxia perinatal.</p><p>D) encaminhar ao ortopedista por</p><p>suspeita de displasia congênita do</p><p>quadril.</p><p>Comentário da questão</p><p>1. Desenvolvimento social:</p><p>o Sorrir</p><p>espontaneamente = 2</p><p>meses;</p><p>o Olhar o examinador e</p><p>segui-lo em 180º = 4</p><p>meses;</p><p>o Leva mão a objetos = 5</p><p>meses;</p><p>o Apreensão a estranhos</p><p>= 10 meses;</p><p>o Bater palma = 11</p><p>meses;</p><p>o Dar tchau = 14 meses;</p><p>o Imita atividades</p><p>diárias = 16 meses.</p><p>2. Desenvolvimento Motor:</p><p>o Sustento cefálico = 4</p><p>meses;</p><p>o Sentar com apoio = 6</p><p>meses;</p><p>o Sentar sem apoio = 7</p><p>meses;</p><p>o Pinça superior = 10</p><p>meses;</p><p>o Em pé com apoio = 10</p><p>meses;</p><p>o Andar sem apoio = 15</p><p>meses.</p><p>3. Desenvolvimento da</p><p>Linguagem:</p><p>o Lalação = 6 meses;</p><p>o Primeiras palavras = 12</p><p>meses;</p><p>o Palavras - frase = 18</p><p>meses;</p><p>o Junta duas palavras =</p><p>2 anos;</p><p>o Frases gramaticais = 3</p><p>anos.</p><p>Uma criança com 13 meses que não</p><p>apresentou nenhuma alteração na</p><p>história obstétrica e nem na</p><p>maternidade. Vale lembrar que a</p><p>classificação de Graf I significa</p><p>quadris normais.</p><p>Aos primeiros 13 meses de vida,</p><p>atingiu todos os marcos do</p><p>desenvolvimento sem nenhum</p><p>atraso. Além disso, no momento,</p><p>encontra-se dentro do esperado</p><p>tendo em vista que a habilidade de</p><p>caminhar sem apoio só é cobrada a</p><p>partir de 15 meses de vida.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Essa criança encontra-</p><p>se dentro dos marcos do</p><p>desenvolvimento esperados para a</p><p>sua idade, portanto, não necessita</p><p>de acompanhamento especializado.</p><p>B - Incorreta: Essa criança não</p><p>apresenta nenhum tipo de alteração</p><p>motora.</p><p>C - Incorreta: O boletim de Apgar</p><p>dessa criança foi 9 e 10. Ou seja, ela</p><p>não apresentou anóxia ao</p><p>nascimento.</p><p>D - Incorreta: Não há suspeita de</p><p>displasia congênita do quadril</p><p>tendo.</p><p>QUESTÃO 62</p><p>Um homem de 27 anos de idade,</p><p>homoafetivo, com atividade sexual</p><p>ativa e passiva com múltiplos</p><p>parceiros, ocasionalmente sem uso</p><p>de preservativo, procura a Unidade</p><p>Básica de Saúde com quadro</p><p>arrastado de dor anorretal e</p><p>tenesmo retal, associado à descarga</p><p>anal mucopio-sanguinolenta, além</p><p>de febre, calafrios, cefaleia, mal-</p><p>estar, mialgias e "íngua" à direita.</p><p>Segundo informa, o quadro iniciou-</p><p>se há cerca de 7 dias. Nega</p><p>infecções sexualmente</p><p>transmissíveis recentes, tendo sua</p><p>última relação sexual não protegida</p><p>ocorrida 4 semanas antes. Nega ter</p><p>observado qualquer lesão ulcerada</p><p>genital ou anal no período. Suas</p><p>vacinações estão em dia, mas nunca</p><p>recebeu vacina contra o HPV. Ao</p><p>exame físico, o paciente se</p><p>apresenta em regular estado geral,</p><p>febril, com presença de adenopatia</p><p>inguinal supurativa unilateral, à</p><p>direita, dando saída a secreção</p><p>purulenta por diversos tratos</p><p>fistulosos locais; os linfonodos são</p><p>grandes, localizados acima e abaixo</p><p>do ligamento inguinal de Poupard,</p><p>sendo recobertos por pele</p><p>inflamada, fina e fixa aos planos</p><p>profundos. Anuscopia revela a saída</p><p>de secreção piossanguinolenta</p><p>local, com mucosa hiperemiada,</p><p>sem úlceras locais, sendo o toque</p><p>retal muito doloroso. É procedida</p><p>punção de um linfonodo inguinal</p><p>flutuante, sendo o material aspirado</p><p>encaminhado para coloração pelo</p><p>Gram e pesquisa em campo escuro,</p><p>que posteriormente não mostraram</p><p>a presença de bacilos Gram-</p><p>negativos agrupados em correntes</p><p>(tipo "cardume de peixe"), nem</p><p>Treponema pallidum. Medicado</p><p>com sintomáticos, o paciente</p><p>retorna duas semanas após para</p><p>saber os resultados, quando se</p><p>queixa de ter surgido dificuldade</p><p>para evacuar, exigindo muito</p><p>esforço. Ao toque retal, é palpado</p><p>um estreitamento concêntrico a</p><p>cerca de 5 cm da margem anal. A</p><p>melhor hipótese diagnóstica para o</p><p>caso e uma forma através da qual,</p><p>se disponível, poderia ser feito o</p><p>diagnóstico definitivo de tal</p><p>condição são</p><p>A) carcinoma escamoso de ânus;</p><p>pesquisa de HPV à biópsia por</p><p>retossigmoidoscopia.</p><p>B) linfogranuloma venéro; pesquisa</p><p>por teste de amplificação de ácidos</p><p>nucleicos no material da lesão</p><p>inguinal.</p><p>C) doença de Crohn; colonoscopia</p><p>com biópsia das lesões e pesquisa</p><p>de anticorpo anti-Saccharomyces</p><p>cerevisiae.</p><p>D) sarcoma de Kaposi anorretal;</p><p>sorologia no sangue com pesquisa</p><p>anticorpos anti-HHV8.</p><p>Comentario da questão</p><p>O linfogranuloma venéreo é indolor,</p><p>mas ao infeccionar o ânus, causa</p><p>uma necrose fistulizante que causa</p><p>dor intensa. Normalmente, é lesão</p><p>ulcerosa múltipla, indolor e causada</p><p>por Chlamydia trachomatis.</p><p>Tratamos com Azitromicina.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: HPV seria possível,</p><p>mas linfonodo reacional</p><p>inflamatório desse jeito não é</p><p>característico.</p><p>B - Correta: exato.</p><p>C - Incorreta: A queixa teria de ser</p><p>mais cronica, , com diarreia ou</p><p>constipação associadas a dor</p><p>abdominal.</p><p>D - Incorreta: Não justifica</p><p>linfonodos inflamados e fistulizados</p><p>dessa forma.</p><p>QUESTÃO 63</p><p>Paciente de 50 anos de idade,</p><p>masculino, obeso, diabético,</p><p>hipertenso, procura hospital pronto-</p><p>socorro com queixa de dispneia aos</p><p>pequenos esforços há 4 dias. Tosse</p><p>nãoprodutiva. Febre não-</p><p>mensurada. Refere anosmia e</p><p>ageusia. Ao exame, paciente em</p><p>mal estado geral, taquidispnéico,</p><p>taquicárdico, tossindo, com tiragem</p><p>intercostal e supraesternal.</p><p>Submetido a tomografia de tórax de</p><p>urgência, demonstrando mais de</p><p>70% de imagens “em vidro-fosco”</p><p>no parênquima pulmonar,</p><p>bilateralmente. Saturação de O2 de</p><p>60% em ar ambiente. O médico</p><p>assistente optou por internação</p><p>hospitalar de urgência e</p><p>subsequente intubação orotraqueal,</p><p>na mesma data da internação. Duas</p><p>tentativas de extubação, sem</p><p>sucesso, após 2 dias de intubação.</p><p>Com base nas informações</p><p>fornecidas, qual o momento para</p><p>indicar uma traqueostomia para</p><p>esse paciente?</p><p>A) Após 2 tentativas de extubação.</p><p>B) Após 10 dias de internação.</p><p>C) Após 7 dias de internação.</p><p>D) Após 2 dias de intubação.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>De acordo com as literaturas</p><p>consideram um tempo de 7-10 dias</p><p>de intubação indicamos a</p><p>traqueostomia, sendo assim, temos</p><p>2 respostas possíveis na questão.</p><p>QUESTÃO 64</p><p>Uma adolescente com 18 anos de</p><p>idade, procura assistência primária</p><p>para realizar o exame preventivo do</p><p>câncer do colo uterino. Sexarca aos</p><p>17 anos, em uso de contraceptivo</p><p>oral. De acordo com as diretrizes</p><p>brasileiras na prevenção do câncer</p><p>de colo uterino, qual deve ser a</p><p>conduta do agente de saúde?</p><p>A) Fazer o exame clínico e</p><p>ginecológico completo e coletar</p><p>material para o exame</p><p>citopatológico do colo uterino.</p><p>B) Coletar material para identificar o</p><p>DNA-HPV (captura híbrida), se</p><p>estiver disponível, pois</p><p>é mais</p><p>sensível que o exame citológico.</p><p>C) Colher a história clínica e</p><p>informar que não há necessidade de</p><p>realizar o exame preventivo antes</p><p>de completar 25 anos.</p><p>D) Coletar material para citologia e</p><p>caso tenha duas citologias normais</p><p>com intervalo de 1 ano, fazer a</p><p>coleta a cada 3 anos.</p><p>Comentário da questão</p><p>Como rastrear câncer de colo de</p><p>útero:</p><p>• Dos 25 aos 64 anos;</p><p>• Citologia oncótica pelo</p><p>método de Papanicolau;</p><p>• Frequência, Anualmente,</p><p>mas em caso de 2 negativos,</p><p>podemos fazer a cada 3 anos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Não realizamos o</p><p>rastreamento antes dos 25 anos.</p><p>Quão mais nova for a mulher, maior</p><p>a chance de ela se curar</p><p>espontaneamente, por isso seu</p><p>rastreamento não é custo-efetivo.</p><p>B - Incorreta: Não realizamos o</p><p>rastreamento antes dos 25 anos.</p><p>C - Correta: De acordo com o que</p><p>discutimos acima.</p><p>D - Incorreta: Não realizamos o</p><p>rastreamento antes dos 25 anos.</p><p>QUESTÃO 65</p><p>Um homem, com 20 anos de idade,</p><p>desempregado, reside em casa de</p><p>madeira com um cômodo junto com</p><p>o pai, mãe e 5 irmãos. Ele procurou</p><p>a Unidade de Saúde da Família, com</p><p>queixa de tosse, febre e dispneia há</p><p>mais ou menos 2 meses,</p><p>inicialmente aos esforços e</p><p>posteriormente em repouso. Nega</p><p>tuberculose (TB) anterior. Relata</p><p>que o pai teve tuberculose, porém</p><p>abandonou o tratamento 2 vezes.</p><p>Há 6 meses, foi solicitado</p><p>investigação dos contatos,</p><p>considerando o reingresso após</p><p>abandono do tratamento do pai,</p><p>porém nenhum dos membros da</p><p>família compareceu à unidade para</p><p>avaliação clínica e/ ou realizou os</p><p>exames. No atendimento de hoje, o</p><p>paciente realizou teste rápido</p><p>(IgM/IgG) para COVID-19 com</p><p>resultado negativo. Aplicando as</p><p>evidências científicas, preceitos</p><p>éticos e legais, assinale a afirmativa</p><p>com a melhor conduta.</p><p>A) Realizar avaliação clínica, coletar</p><p>e encaminhar 3 amostras de escarro</p><p>para realizar baciloscopia de</p><p>escarro, teste molecular rápido para</p><p>a TB (TMR-TB) e cultura de escarro,</p><p>solicitar raio-X, realizar o teste</p><p>rápido para o HIV, orientar o uso de</p><p>máscara de tecido, agendar nova</p><p>consulta e investigar os contatos.</p><p>B) Realizar avaliação clínica, coletar</p><p>e encaminhar 3 amostras de escarro</p><p>para realizar baciloscopia de</p><p>escarro, teste molecular rápido para</p><p>a TB (TMR-TB) e cultura de escarro,</p><p>solicitar raio-X, realizar o teste</p><p>rápido para o HIV, orientar o uso de</p><p>máscara de cirúrgica, investigar os</p><p>contatos e encaminhar o paciente</p><p>para o serviço de referência.</p><p>C) Realizar avaliação clínica, coletar</p><p>e encaminhar 2 amostras de escarro</p><p>para realizar teste molecular rápido</p><p>para a TB (TMR-TB) e cultura de</p><p>escarro, solicitar raio-X, realizar</p><p>teste rápido para o HIV, orientar o</p><p>uso de máscara cirúrgica, agendar</p><p>nova consulta e investigar os</p><p>contatos.</p><p>D realizar avaliação clínica, coletar e</p><p>encaminhar 2 amostras de escarro</p><p>para realizar baciloscopia e cultura</p><p>de escarro, solicitar raio-X, realizar</p><p>teste rápido para o HIV, orientar o</p><p>uso de máscara N-95, agendar nova</p><p>consulta e investigar os contatos.</p><p>Comentário da questão</p><p>Tuberculose a definição de casos</p><p>suspeitos como sendo todo</p><p>paciente com tosse por período > 3</p><p>semanas; note que nosso paciente</p><p>apresenta tosse, febre, dispneia a 2</p><p>meses e histórico de contato com</p><p>paciente portador de TBC.</p><p>Primeiro deve ser feito o</p><p>diagnóstico desta patologia com 2</p><p>amostras de escarro testadas pelo</p><p>Gene Xpert (teste molecular</p><p>rápido), que também detecta a</p><p>resistência a rifampicina.</p><p>Tambem deve se solicitar uma</p><p>radiografia de tórax para avaliar</p><p>complicações (cavitações, por</p><p>exemplo), além de indicarmos um</p><p>teste para HIV, como o teste rápido,</p><p>todos os pacientes com TB devem</p><p>ser investigados para HIV.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O preconizado é a</p><p>coleta de 2 amostras de escarro.</p><p>B - Incorreta: O preconizado é a</p><p>coleta de 2 amostras de escarro.</p><p>C - Correta: é a alternativa que</p><p>contempla todos os passos citados</p><p>acima.</p><p>D - Incorreta: O teste é o teste</p><p>molecular rápido, se disponível,</p><p>além de a máscara a ser indicada ser</p><p>a cirúrgica e não a N95.</p><p>QUESTÃO 66</p><p>Uma paciente de 53 anos de idade</p><p>comparece ao ambulatório de</p><p>Clínica Médica onde faz</p><p>acompanhamento regular de suas</p><p>doenças crônicas não transmissíveis</p><p>(DCNTS — hipertensão arterial</p><p>sistêmica, diabetes mellitus e</p><p>obesidade). Durante a consulta de</p><p>seguimento, a paciente manifesta</p><p>preocupação com um "caroço" que</p><p>detectou há cerca de 1 mês em sua</p><p>mama esquerda. Ela nega</p><p>emagrecimento, dor local ou</p><p>descarga mamilar. Além das</p><p>medicações que faz uso em razão</p><p>de suas DCNTs, a paciente vem em</p><p>uso de terapia de reposição</p><p>hormonal (TRH) desde que entrou</p><p>na menopausa, há 12 anos. Ela tem</p><p>5 filhos, tendo sua menarca ocorrida</p><p>de forma tardia (aos 15 anos). A</p><p>paciente não fuma, nem consome</p><p>álcool. Ao exame físico dirigido à</p><p>queixa atual, o médico detecta a</p><p>presença de lesão nodular de cerca</p><p>de 2,5 cm, endurecida, não aderida</p><p>a planos profundos e sem alterações</p><p>cutâneas adjacentes, localizada no</p><p>quadrante superior externo da</p><p>mama esquerda; não são</p><p>detectadas linfonodomegalias</p><p>axilares ou supraclaviculares</p><p>ipsilaterais. Considerando a</p><p>hipótese diagnóstica principal de</p><p>neoplasia maligna de mama, seus</p><p>fatores de risco relacionados e sua</p><p>rotina de investigação diagnóstica,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>A) O histórico de menarca tardia,</p><p>menopausa precoce e gestações</p><p>múltiplas são fatores de risco</p><p>reconhecidos.</p><p>B) Diferentemente da terapia de</p><p>contracepção conjugada (estrógeno</p><p>e progestágeno), a TRH não é fator</p><p>de risco para a doença.</p><p>C) Na idade da paciente, a</p><p>realização de ressonância</p><p>magnética local não aumenta a</p><p>especificidade das informações</p><p>obtidas com a mamografia.</p><p>D) A chance de a paciente</p><p>apresentar mutação hereditária no</p><p>gene BRCA1 é alta, particularmente</p><p>se seu tumor coexpressar</p><p>receptores de estrogênio,</p><p>progestágeno e HER2.</p><p>Comentário da questão</p><p>Mulher em uso de TRH com nódulo</p><p>mamário, com características</p><p>suspeitas (tamanho de 2,5cm é</p><p>grande, além de ser endurecido.</p><p>Devera ser feita a Mamografia</p><p>diagnóstica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta Ca de mama é um Ca</p><p>hormônio-dependente, ou seja,</p><p>quanto maior a exposição ao</p><p>estrogênio.</p><p>B - Incorreta estrogênio combinado</p><p>ou não é risco para câncer de mama.</p><p>C - Correta Esta é a que devemos</p><p>marcar.</p><p>D - Incorreta a paciente não possui</p><p>um histórico familiar forte ou uma</p><p>idade mais jovem, para pensarmos</p><p>em mutações.</p><p>QUESTÃO 67</p><p>Em uma equipe de Saúde da</p><p>Família, foi levantada a necessidade</p><p>de realizar ações de promoção da</p><p>saúde para o controle do câncer de</p><p>mama. Segundo o Instituto</p><p>Nacional do Câncer (INCA), que</p><p>ações intersetoriais e práticas</p><p>preventivas seriam mais eficazes</p><p>para esse fim?</p><p>A) Manutenção do peso corporal e a</p><p>prática regular de atividade física.</p><p>B) Controle de pressão arterial e</p><p>diabetes.</p><p>C) Incentivo a realizar autoexame de</p><p>mamas.</p><p>D) Incentivo à coleta de citologia</p><p>oncótica periodicamente.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Segundo o INCA, para prevenção</p><p>primária do câncer de mama,</p><p>devemos controlar ou eliminar os</p><p>fatores de risco conhecidos e</p><p>promover práticas e</p><p>comportamentos considerados</p><p>protetores.</p><p>Alternativas</p><p>B - Incorreta: Apesar de serem a</p><p>causa de diversas complicações e</p><p>grande carga de morbimortalidade</p><p>no nosso país, a hipertensão e a</p><p>diabetes não estão relacionadas ao</p><p>câncer de mama, portanto, seu</p><p>controle não afetaria a incidência</p><p>desse tipo de câncer.</p><p>C - Incorreta: O Ministério da Saúde</p><p>não recomenda mais o método do</p><p>autoexame das mamas.</p><p>Atualmente se preconiza apenas</p><p>que as mulheres sejam orientadas a</p><p>ter consciência do seu próprio corpo</p><p>com observação e palpação</p><p>ocasionais das suas mamas, sem o</p><p>ensino de uma técnica padronizada</p><p>e periódica como era</p><p>realizada no</p><p>método do autoexame.</p><p>D - Incorreta: A citologia oncótica é</p><p>recomendada, mas para a</p><p>prevenção do câncer de colo uterino</p><p>a partir dos 25 anos, se já tiverem</p><p>iniciado vida sexual, até os 64 anos</p><p>de idade.</p><p>QUESTÃO 68</p><p>Um recém-nascido de 15 dias é</p><p>levado à primeira consulta de</p><p>puericultura. A gestação correu sem</p><p>intercorrências. Mãe relata ser</p><p>asmática e fez uso de prednisona</p><p>oral durante toda a gestação. Parto</p><p>vaginal a termo. Peso de</p><p>nascimento = 3 500 g. Apgar 9/9.</p><p>Alta com 2 dias. Colheu teste do</p><p>pezinho no 4.o dia de vida. Ao</p><p>exame, o recémnascido mostra-se</p><p>em ótimo estado geral, corado e</p><p>hidratado. O exame cardiovascular</p><p>e respiratório sem anormalidades,</p><p>assim como o exame do abdome.</p><p>Considerando a história acima,</p><p>assinale a alternativa que apresenta</p><p>a doença cujo resultado no teste de</p><p>triagem neonatal pode ter seu</p><p>resultado modificado pela condição</p><p>clínica materna descrita.</p><p>A) Deficiência de biotinidase.</p><p>B) Anemia falciforme.</p><p>C) Hiperplasia adrenal congênita.</p><p>D) Fibrose cística.</p><p>Comentário da questão</p><p>O teste do pezinho rastreia 8</p><p>doenças: anemia falciforme e</p><p>hemoglobinopatias, fibrose cística,</p><p>fenilcetonúria, hiperplasia adrenal</p><p>congênita, hipotireoidismo</p><p>congênito, deficiência de</p><p>biotinidase e toxoplasmose</p><p>congênita. O teste deve ser</p><p>realizado preferencialmente entre o</p><p>3.º e o 5.º dia, sempre após 48 horas</p><p>de amamentação e nunca após 30</p><p>dias.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: é um defeito genético</p><p>que cursa com alteração do</p><p>metabolismo da biotina. Ela se</p><p>manifesta geralmente a partir da</p><p>sétima semana de vida, com</p><p>distúrbios neurológicos e cutâneos,</p><p>como alopecia, dermatite</p><p>eczematoide, crises epiléticas,</p><p>hipotonia, microcefalia e atraso do</p><p>desenvolvimento neuropsicomotor.</p><p>B - Incorreta: A anemia falciforme é</p><p>uma anemia hemolítica crônica e</p><p>hereditária que acontece pela troca</p><p>de dois aminoácidos na composição</p><p>da beta hemoglobina, resultando na</p><p>formação da hemoglobina S. Essas</p><p>hemoglobinas S, quando</p><p>desoxigenadas, agrupam-se em</p><p>polímeros que desestruturam a</p><p>membrana eritrocitária, dando a ela</p><p>uma forma de foice. Como essa</p><p>estrutura não é a ideal (bicôncava),</p><p>a hemácia fica mais frágil e o</p><p>paciente fica mais suscetível a</p><p>fenômenos de hemólise.</p><p>C - Correta: A hiperplasia adrenal</p><p>congênita é uma doença de caráter</p><p>autossômico recessivo onde</p><p>existem baixos valores circulantes</p><p>de cortisol. A deficiência de 21-</p><p>hidroxilase é a responsável por cerca</p><p>de 90% dos casos e acarreta um</p><p>aumento da 17-OH-Progesterona.</p><p>D - Incorreta: A fibrose cística cursa</p><p>com uma alteração nos canais de</p><p>cloro, o que gera a produção de</p><p>muco espesso que se acumula nos</p><p>pulmões e outras glândulas do</p><p>corpo, impedindo seu</p><p>funcionamento correto. O</p><p>diagnóstico de certeza fazemos o</p><p>teste de cloro no suor.</p><p>QUESTÃO 69</p><p>Um lactente masculino, com 5</p><p>semanas de vida, chegou no pronto-</p><p>socorro com história de vômitos em</p><p>jato (sem bile) logo após as</p><p>mamadas. A mãe relata que não</p><p>está entendendo porque ele não</p><p>está engordando. Nasceu com 3 500</p><p>g. Apesar dos vômitos, que tiveram</p><p>início pouco depois do nascimento,</p><p>ele demonstrava muita fome e</p><p>sugava “com vontade” o leite</p><p>materno, mas desde ontem está</p><p>hipoativo, quase não urina e a boca</p><p>está seca. O exame apresentou os</p><p>seguintes resultados: P = 3 600 g,</p><p>sinal da prega presente, mucosa</p><p>oral seca, hipoativo, perfusão</p><p>capilar em 4 segundos, massa</p><p>semelhante a uma azeitona,</p><p>discreta, firme, móvel, de 2 a 3 cm,</p><p>palpável no fundo do lado direito do</p><p>epigástrio. Sem outras</p><p>anormalidades. Considerando os</p><p>diagnósticos do lactente, qual</p><p>conduta médica deve ser adotada?</p><p>A) Hidratação venosa e fazer US</p><p>abdominal para esclarecer a</p><p>suspeita diagnóstica de base que</p><p>ocasionou o quadro.</p><p>B) Hidratar o paciente no domicílio e</p><p>solicitar acompanhamento</p><p>ambulatorial com pediatra.</p><p>C) Usar antiemético, fazer</p><p>hidratação venosa do paciente e</p><p>encaminhar para acompanhamento</p><p>ambulatorial.</p><p>D) Prescrever associação de fórmula</p><p>para complementar o leite materno</p><p>e fazer hidratação oral, plano B.</p><p>Comentário da questão</p><p>Vômitos em jato (sem bile) logo</p><p>após a mamada + apetite ávido +</p><p>massa semelhante à azeitona no</p><p>lado direito do epigástrio = estenose</p><p>hipertrófica do piloro</p><p>Consiste na obstrução do lúmen do</p><p>piloro por hipertrofia muscular do</p><p>piloro.</p><p>os sinais e sintomas dessa</p><p>patologia:</p><p>1. Vômitos em jato (sem bile)</p><p>logo após as mamadas;</p><p>2. Os lactentes se alimentam</p><p>avidamente;</p><p>3. As crianças aparentam estar</p><p>bem, diferentes das doenças</p><p>sistêmicas que cursam com</p><p>vômitos;</p><p>4. Ondas peristálticas gástricas</p><p>podem ser visíveis cruzando</p><p>o epigástrio da esquerda para</p><p>a direita;</p><p>5. Uma massa pilórica</p><p>semelhante a uma azeitona,</p><p>discreta, firme, móvel, de 2 a</p><p>3 cm pode ser palpável no</p><p>fundo do lado direito do</p><p>epigástrio e</p><p>6. Com a evolução da doença,</p><p>as crianças não ganham</p><p>peso, ficam desnutridas e</p><p>evoluem com desidratação.</p><p>A suspeição é clínica o diagnóstico</p><p>com a ultrassonografia. O</p><p>tratamento definitivo é cirúrgico,</p><p>com a piloromiotomia.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: O paciente apresenta</p><p>oligúria, sinal de prega presente,</p><p>mucosa oral seca, hipoativo e</p><p>perfusão capilar lentificada, sinais</p><p>de desidratação grave. Sendo</p><p>assim, esse paciente necessita de</p><p>uma reidratação venosa em</p><p>ambiente hospitalar. Além disso,</p><p>diante da suspeita de estenose</p><p>hipertrófica de piloro, deve-se</p><p>realizar a US abdominal para</p><p>confirmação diagnóstica.</p><p>B - Incorreta: Esse paciente</p><p>apresenta sinais de desidratação</p><p>grave como hipotonia e perfusão</p><p>lentificada e portanto não poderá</p><p>realizar a reidratação domiciliar.</p><p>C - Incorreta: Esse paciente</p><p>apresenta como principal hipótese</p><p>que justifique os vômitos frequentes</p><p>a estenose hipertrófica do piloro.</p><p>Sendo assim, não se justifica a</p><p>administração de antiemético</p><p>porque não irá corrigir o problema.</p><p>D - Incorreta: Esse lactente não</p><p>apresenta transtorno alimentar</p><p>relacionado à amamentação e, por</p><p>isso, não há necessidade de realizar</p><p>a complementação da dieta com</p><p>fórmula infantil.</p><p>QUESTÃO 70</p><p>Chega ao pronto-socorro da</p><p>maternidade uma gestante com 34</p><p>anos de idade com queixa de</p><p>sangramento vaginal abundante e</p><p>dor intensa. Esta é sua segunda</p><p>gestação. A primeira ocorreu há 3</p><p>anos e foi uma cesariana por</p><p>desproporção céfalo-pélvica. Ela</p><p>está fazendo pré-natal desde as 12</p><p>semanas e a idade gestacional no</p><p>momento da consulta é de 34</p><p>semanas, pela data da última</p><p>menstruação e ultrassom de 16</p><p>semanas. Fez os exames e</p><p>seguimento de pré-natal, sem</p><p>nenhuma intercorrência ou</p><p>alteração até as 32 semanas. Nas</p><p>últimas consultas de pré-natal a</p><p>gestante vinha apresentando</p><p>aumento de pressão arterial, sendo</p><p>medicada com metil-dopa. Ao</p><p>exame, apresenta face de dor,</p><p>descorada, PA = 150/90 mmHg,</p><p>pulso = 120 bpm. Estado afebril.</p><p>Dinâmica uterina de difícil</p><p>avaliação, difícil palpação de partes</p><p>fetais, dor intensa e tônus</p><p>aumentado. Batimentos cardíacos</p><p>fetais = 120 bpm, sem variabilidade.</p><p>Ao exame especular, apresenta</p><p>sangramento moderado,</p><p>visualizado colo impérvio e</p><p>sangramento proveniente do canal</p><p>cervical; não foi feito exame de</p><p>toque vaginal. O médico de plantão</p><p>opta por fazer uma cesariana de</p><p>urgência. Com base no caso</p><p>apresentado, a alternativa correta é</p><p>A) a cesariana está bem indicada,</p><p>pois o diagnóstico mais provável é</p><p>descolamento prematuro de</p><p>placenta e não há sinais de parto</p><p>iminente.</p><p>B) a cesariana está bem indicada,</p><p>pois o diagnóstico mais provável é</p><p>placenta prévia, que é uma</p><p>indicação absoluta de via alta.</p><p>C) a cesariana não deve ser indicada</p><p>antes de realizar um ultrassom para</p><p>avaliar a causa do sangramento.</p><p>D) a cesariana não está bem</p><p>indicada, pois casos de hipertensão</p><p>com uma cesárea prévia</p><p>não</p><p>indicam absolutamente cesariana.</p><p>Comentário da questão</p><p>Sangramentos da segunda metade:</p><p>descolamento prematuro de</p><p>placenta, placenta prévia e roturas.</p><p>A presença de dor + hipertonia +</p><p>hipertensão = descolamento</p><p>prematuro de placenta.</p><p>DPP, uma emergência obstétrica,</p><p>com perigo maternofetal iminente.</p><p>A mãe e o feto podem chocar pela</p><p>intensa hemorragia. A conduta é</p><p>independentemente da idade</p><p>gestacional, resolver a gestação.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: É a melhor opção.</p><p>B - Incorreta: Não é absoluta!</p><p>Depende das condições do parto.</p><p>C e D - Incorretas: Temos de</p><p>resolver o parto via cesárea; é a</p><p>nossa prioridade, já que não há</p><p>condições clínicas para aguardar</p><p>parto vaginal.</p><p>QUESTÃO 71</p><p>Uma mulher de 30 anos de idade</p><p>busca orientação ginecológica</p><p>quanto ao uso de método</p><p>contraceptivo. O motivo principal</p><p>da troca é o sangramento irregular</p><p>nos últimos 6 meses e a mulher não</p><p>quer correr o risco de engravidar.</p><p>Gesta 2; para 2; abortos 0. Nega</p><p>comorbidades. Atualmente em uso</p><p>de contraceptivo oral combinado</p><p>(15 mcg de etinilestradiol e 60 mcg</p><p>de gestodeno). Diante do caso</p><p>apresentado, o profissional de</p><p>saúde deve</p><p>A) trocar o método por um</p><p>anticoncepcional injetável</p><p>trimestral.</p><p>B) iniciar pílula de desogestrel 75</p><p>mcg após 1 mês de intervalo.</p><p>C) interromper o método por 3</p><p>meses e reiniciar o mesmo</p><p>esquema.</p><p>D) trocar por compostos com doses</p><p>mais elevadas de estrogênio.</p><p>Comentário da questão</p><p>Essa questão nos traz uma paciente</p><p>de 30 anos que possui</p><p>sangramentos irregulares há 6</p><p>meses em uso de contraceptivo oral</p><p>combinado nas seguintes doses:</p><p>15mcg de etinilestradional e 60mcg</p><p>de gestodeno.</p><p>Os sangramentos irregulares são</p><p>bastantes comuns nos três</p><p>primeiros ciclos do anticoncepcional</p><p>hormonal combinado. Após esse</p><p>periodo, precisamos começar a</p><p>pensar sobre aumentar a dose do</p><p>estrogênio para controle desse</p><p>“spotting”.</p><p>A presença do estrogênio em doses</p><p>maiores é capaz de impedir esse</p><p>tipo de sangramento irregular.</p><p>Além do aumento da dosagem</p><p>estrogênica, podemos optar ainda</p><p>pela adição de estrogênio por 2</p><p>semanas ao método em uso ou</p><p>ainda pela utilização de anti-</p><p>inflamatórios.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: Como a paciente já</p><p>faz uso de anticoncepcional oral</p><p>combinado há 6 meses, podemos</p><p>tentar apenas aumentar as doses</p><p>estrogênicas sem trocar</p><p>completamente o método. Caso</p><p>não funcione, podemos optar pela</p><p>mudança do método contraceptivo.</p><p>B – Incorreta: A pílula de</p><p>desogestrel isolado provavelmente</p><p>não auxiliaria a paciente no controle</p><p>dos sangramentos irregulares por</p><p>causar atrofia endometrial.</p><p>C – Incorreta: Não há evidência em</p><p>fazer uma pausa no uso do método</p><p>para controle dos “spottings”, além</p><p>da possibilidade de a paciente</p><p>engravidar nesse período, o que não</p><p>é de seu desejo.</p><p>D – Correta: Exatamente! O</p><p>aumento das doses estrogênicas</p><p>seria capaz de controlar seus</p><p>sangramentos irregulares,</p><p>resolvendo a principal queixa da</p><p>paciente com contracepção</p><p>preservada.</p><p>QUESTÃO 72</p><p>Um escolar de 7 anos de idade, de</p><p>sexo masculino, é admitido no</p><p>pronto atendimento com queixa de</p><p>febre há 5 dias, acompanhada de</p><p>cefaleia, dor retro-orbital, mialgia,</p><p>prostração e anorexia. Hoje, houve</p><p>aparecimento de exantema</p><p>maculopapular pruriginoso por todo</p><p>corpo. Foi realizada Prova do Laço</p><p>com presença de 15 petéquias no</p><p>local examinado. Pesquisa do</p><p>antígeno NS1 com resultado</p><p>reagente. Com base no quadro</p><p>apresentado, esse paciente</p><p>apresenta dengue com qual</p><p>classificação?</p><p>A) Grupo A: acompanhar</p><p>ambulatorialmente com orientação</p><p>de reidratação oral e sintomáticos.</p><p>B) Grupo A: solicitar hemograma e</p><p>orientar retorno em 24 horas para</p><p>checagem do resultado.</p><p>C) Grupo B: solicitar hemograma e</p><p>manter em observação até</p><p>obtenção do resultado do exame.</p><p>D) Grupo B: solicitar hemograma e</p><p>manter em leito de internação por</p><p>pelo menos 48 horas.</p><p>Comentário da questao</p><p>Classificação segundo a gravidade</p><p>da dengue, que é dividida em</p><p>grupos:</p><p>• Grupo A: paciente sem sinais</p><p>de alerta e prova do laço</p><p>negativa, sem comorbidades.</p><p>Podem fazer tratamento</p><p>ambulatorial, com hidratação</p><p>em domicílio.</p><p>• Grupo B: paciente sem sinais</p><p>de alerta, prova do laço</p><p>positiva e/ou comorbidades</p><p>(gravidez, diabetes,</p><p>hipertensão). Grupo onde se</p><p>deve reclassificar paciente e,</p><p>para isso, precisamos de um</p><p>hemograma e observação e</p><p>aguardar o resultado. Se não</p><p>houver hemoconcentração (</p><p>hematocrio elevado de</p><p>acordo a idade e sexo), o</p><p>paciente é considerado do</p><p>grupo A, se houver, ele é</p><p>considerado um paciente do</p><p>grupo C.</p><p>• Grupo C: paciente com sinais</p><p>de alerta (dor abdominal,</p><p>vômitos persistentes,</p><p>sangramentos, elevação do</p><p>hematocrito, entre outros).</p><p>Neste caso o paciente deve</p><p>ser tratado em regime</p><p>hospitalar.</p><p>• Grupo D: paciente com sinais</p><p>de choque; é o paciente que</p><p>deve ser tratado em regime</p><p>de UTI.</p><p>O paciente da questão não</p><p>apresenta comorbidades, nem</p><p>sinais de alerta, mas tem prova do</p><p>laço positiva, o que o classifica</p><p>como grupo B. Por isso, devemos</p><p>solicitar um hemograma e o manter</p><p>em regime de observação até o</p><p>resultado do mesmo, para fazermos</p><p>a reclassificação do paciente.</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Incorretas: O paciente é</p><p>classificado como grupo B.</p><p>C - Correta: É a conduta a ser</p><p>seguida neste paciente.</p><p>D - Incorreta: Devemos solicitar um</p><p>hemograma, mas a observação</p><p>deste paciente deve ser feita até o</p><p>resultado do HMG, não por 48</p><p>horas.</p><p>QUESTÃO 73</p><p>Atuando como médico da equipe de</p><p>Estratégia de Saúde da Família,</p><p>durante a pandemia da COVID-19, e</p><p>seguindo o “Protocolo de Manejo</p><p>Clínico do Coronavírus (COVID-19)</p><p>na Atenção Primária à Saúde”,</p><p>publicado pelo Ministério da Saúde,</p><p>adotou-se o “Fast-Track para</p><p>Síndrome Gripal”, sendo este um</p><p>método derivado de protocolo de</p><p>triagem em emergências. Com</p><p>relação a esse protocolo,</p><p>A) o médico deve classificar a</p><p>gravidade e verificar condições</p><p>clínicas de risco que indicam</p><p>encaminhamento do paciente para</p><p>centro de referência/atenção</p><p>especializada.</p><p>B) deve ser adotado por Unidades</p><p>Básicas de Saúde ou Unidades de</p><p>Pronto Atendimento, que são</p><p>referências para atendimento de</p><p>sintomáticos respiratórios, com</p><p>objetivo de avaliar indicação de</p><p>internação em Unidade de Terapia</p><p>Intensiva.</p><p>C) ele substitui o protocolo de</p><p>Manchester, devendo ser utilizado</p><p>no acolhimento pelos profissionais</p><p>de enfermagem, a fim de definir o</p><p>acesso do paciente à Unidade</p><p>Básica de Saúde ou seu</p><p>encaminhamento para Unidade de</p><p>Pronto Atendimento.</p><p>D) trata-se de fluxograma de uso</p><p>exclusivo de médicos e enfermeiros,</p><p>visando a avaliar a gravidade do</p><p>paciente, a indicação de isolamento</p><p>com precaução de contato e a</p><p>necessidade de encaminhamento</p><p>para atenção hospitalar de</p><p>referência.</p><p>Comentário da questão</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, o</p><p>manejo clínico da Síndrome Gripal</p><p>na APS/ESF difere frente a</p><p>gravidade dos casos:</p><p>Casos leves, inclui medidas de</p><p>suporte e conforto, isolamento</p><p>domiciliar e monitoramento até alta</p><p>do isolamento.</p><p>Casos graves, inclui a estabilização</p><p>clínica e o encaminhamento e</p><p>transporte a centros de referência</p><p>ou serviço de urgência/emergência</p><p>ou hospitalares.</p><p>A APS/ESF deve assumir papel</p><p>resolutivo frente aos casos leves e</p><p>de identificação precoce e</p><p>encaminhamento rápido e correto</p><p>dos casos graves, mantendo a</p><p>coordenação do cuidado destes</p><p>últimos.</p><p>Passos:</p><p>1. Identificação de caso</p><p>suspeito de Síndrome Gripal</p><p>e de COVID-19;</p><p>2. Medidas para evitar contágio</p><p>na UBS;</p><p>3. Estratificação da gravidade</p><p>da Síndrome Gripal;</p><p>4. Casos leves: manejo</p><p>terapêutico e isolamento</p><p>domiciliar;</p><p>5. Casos graves: estabilização e</p><p>encaminhamento a serviços</p><p>de urgência/emergência ou</p><p>hospitalares;</p><p>6. Notificação Imediata;</p><p>7. Monitoramento</p><p>clínico;</p><p>8. Medidas de prevenção</p><p>comunitária e apoio à</p><p>vigilância ativa.</p><p>Nos casos suspeitos de Síndrome</p><p>Gripal. Deve ser feita a identificação</p><p>precoce na recepção da Unidade</p><p>Básica de Saúde seguindo o Fast-</p><p>Track para Síndrome Gripal.</p><p>Alternativas</p><p>A – Correta: o médico da atenção</p><p>primária deve classificar a gravidade</p><p>e verificar fatores riscos que indicam</p><p>encaminhamento para centro de</p><p>referência.</p><p>B – Incorreta: O documento</p><p>determina condutas para a atenção</p><p>primária em saúde e não para</p><p>Unidades de Pronto Atendimento</p><p>(UPA).</p><p>C – Incorreta: Após triagem, o</p><p>paciente deve passar por consulta</p><p>presencial com enfermeiro e</p><p>médico, de acordo com processo de</p><p>trabalho local. É imprescindível a</p><p>realização de consulta médica a fim</p><p>de estratificar a gravidade por meio</p><p>de anamnese e exame físico.</p><p>D – Incorreta: O Fast-track inclui</p><p>Agente Comunitário de Sáude,</p><p>Enfermeiro, médico e técnico de</p><p>enfermagem.</p><p>QUESTÃO 74</p><p>Um paciente, em tratamento para</p><p>infecção por HIV há 5 anos, com boa</p><p>aderência ao tratamento e carga</p><p>viral indetectável em exame</p><p>realizado há 1 mês, procurou a</p><p>Unidade Básica de Saúde para</p><p>consulta médica. O médico no</p><p>atendimento verificou que o</p><p>paciente trouxe resultado de exame</p><p>de escarro que mostrou a presença</p><p>de bacilo álcool ácido resistente</p><p>(valor de referência: negativo) feito</p><p>há 10 dias. Foi verificado que a</p><p>cultura ainda não havia ficado</p><p>pronta. Frente a esse caso, o médico</p><p>deveria</p><p>A) suspender o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose.</p><p>B) manter o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose antes do</p><p>resultado da cultura.</p><p>C) suspender o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose apenas</p><p>após o resultado da cultura.</p><p>D) suspender o tratamento contra a</p><p>infecção pelo HIV e iniciar o</p><p>tratamento de tuberculose de</p><p>imediato.</p><p>Devemos iniciar de imediato o</p><p>tratamento da tuberculose e após</p><p>passado algum tempo (depende da</p><p>gravidade da infecção pelo HIV,</p><p>quanto mais grave devemos</p><p>começar antes, sendo o tempo</p><p>mínimo de 2 semanas, podendo</p><p>chegar até 2 meses) iniciaremos a</p><p>TARV para tratar o HIV do paciente.</p><p>Lembre-se que esse detalhe de</p><p>atrasarmos a TARV tem como</p><p>objetivo evitar a síndrome da</p><p>reconstituição imune:</p><p>• Basicamente, com a</p><p>introdução da TARV, o</p><p>sistema imune do paciente</p><p>que antes não lutava, começa</p><p>a lutar contra a bactéria, o</p><p>que provoca uma piora de</p><p>quadro geral no paciente,</p><p>com muitos sintomas.</p><p>Resumindo: Se o paciente já fazia</p><p>uso de TARV não devemos</p><p>interrompê-la quando iniciarmos o</p><p>tratamento de tuberculose.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Não suspendemos o</p><p>tratamento do HIV.</p><p>B - Correta: Exatamente! Como</p><p>explicado acima.</p><p>C e D - Incorretas: Como já citado,</p><p>não suspendemos o tratamento</p><p>contra o HIV.</p><p>QUESTÃO 75</p><p>Um homem de 67 anos de idade,</p><p>tabagista inveterado (carga</p><p>tabágica = 82 maços-ano), retorna</p><p>ao ambulatório de clínica médica</p><p>para trazer os resultados dos</p><p>exames complementares que</p><p>haviam sido solicitados na sua</p><p>última consulta, quando havia se</p><p>queixado de dispneia aos esforços e</p><p>tosse crônica produtiva. Reunindo</p><p>os dados da anamnese e do exame</p><p>físico, o médico que o atendera</p><p>considerou como mais provável o</p><p>diagnóstico de doença pulmonar</p><p>obstrutiva crônica (DPOC),</p><p>solicitando, entre outros exames, a</p><p>realização de uma espirometria. No</p><p>resultado desse exame, foram</p><p>registrados os valores do volume</p><p>expiratório forçado no 1.o segundo</p><p>(VEF1), da capacidade vital (CVF),</p><p>da relação VEF1/CVF, do FEF25-75</p><p>(fluxo medioexpiratório forçado</p><p>entre 25% e 75% da CVF) e a</p><p>resposta ao estímulo com</p><p>broncodilatador (REB). Para</p><p>confirmar tal impressão diagnóstica,</p><p>o resultado que deve estar</p><p>indispensavelmente presente em</p><p>sua espirometria é</p><p>A) FEF25-75 superior a 100% do</p><p>previsto.</p><p>B) REB com aumento do VEF1 maior</p><p>que 200 mL.</p><p>C) VEF1 inferior a 80% do previsto</p><p>antes ou após broncodilatador.</p><p>D) VEF1/CVF inferior a 0,7 mesmo</p><p>após broncodilatador.</p><p>Comentário da questão</p><p>Doença pulmonar obstrutiva crônica</p><p>é caracterizada por um padrão</p><p>obstrutivo irreversível, ao contrário</p><p>da asma (que é reversível).</p><p>Uma espirometria pré-</p><p>broncodilatador e pós-</p><p>broncodilatador, consideramos que</p><p>é reversível quando:</p><p>• Ocorre aumento de mais de</p><p>12% de VEF1 entre as provas;</p><p>• Ocorre aumento de mais de</p><p>200 mL no VEF1 entre as</p><p>provas;</p><p>• A relação VEF1/CVF fica</p><p>maior de 70% na prova pós</p><p>broncodilatador.</p><p>Ou seja, na DPOC não pode haver</p><p>nenhum dos critérios citados acima.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: se refere ao volume</p><p>expiratório médio, é utilizado</p><p>principalmente para vermos</p><p>padrões obstrutivos das vias aéreas</p><p>periféricas, não entra em critério de</p><p>DPOC.</p><p>B - Incorreta: Se tivermos um</p><p>aumento de 200 mL, indica padrão</p><p>reversível. Ou seja, nos afasta de</p><p>DPOC.</p><p>C - Incorreta: o detalhe é que</p><p>distúrbios restritivos também</p><p>cursam com diminuição de VEF1,</p><p>mas o CVF também estará</p><p>diminuído nestes casos, o que leva a</p><p>relação VEF1/CVF a ficar >70%.</p><p>D - Correta: Se o paciente</p><p>apresenta relação VEF1/CVF < 70%</p><p>mesmo após broncodilatador, nos</p><p>indica que temos um padrão</p><p>obstrutivo irreversível, que é</p><p>característico de DPOC.</p><p>QUESTÃO 76</p><p>Paciente de 40 anos de idade, sexo</p><p>feminino, procura unidade pública</p><p>de pronto atendimento com queixa</p><p>de dor em ferida operatória de</p><p>ressecção de “nódulo” de 5 cm de</p><p>diâmetro, na região escapular</p><p>direita, há 2 dias. Ao exame, ferida</p><p>cirúrgica com edema, eritema, calor</p><p>e dor à palpação, associada a</p><p>flutuação e exsudação em bordos da</p><p>sutura. Com base nas informações,</p><p>qual a conduta</p><p>propedêuticoterapêutica para essa</p><p>paciente?</p><p>A) Drenagem por retirada parcial de</p><p>pontos.</p><p>B) Ultrassonografia de partes moles.</p><p>C) Punção com agulha fina.</p><p>D) Antibioticoterapia oral.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos uma paciente de 40 anos</p><p>com edema, eritema e calor à</p><p>palpação da ferida operatória, além</p><p>de exsudação em bordos da sutura e</p><p>de sinais de flutuação. Temos vários</p><p>sinais inflamatórios, sendo que</p><p>poderia ter apresentado febre</p><p>também.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: essa é a conduta</p><p>imediata a ser tomada nesse</p><p>momento.</p><p>B - Incorreta: O diagnóstico da</p><p>infecção de ferida operatória é</p><p>clínico, sendo desnecessário o</p><p>pedido de exames complementares.</p><p>C - Incorreta: A punção não garante</p><p>a eliminação total das secreções,</p><p>sendo uma proposta inadequada no</p><p>momento.</p><p>D - Incorreta: A antibioticoterapia é</p><p>utilizada após a conduta inicial de</p><p>lavagem, desbridamento e</p><p>drenagem das secreções se houver</p><p>acometimento sistêmico.</p><p>QUESTÃO 77</p><p>Um escolar de 7 anos de idade</p><p>apresenta queixa de dificuldade</p><p>para evacuar desde a retirada das</p><p>fraldas aos 2 anos e meio.</p><p>Apresenta evacuação a cada 4 ou 5</p><p>dias, com eliminação de fezes</p><p>endurecidas, de grande calibre, com</p><p>presença de dor e esforço</p><p>evacuatório. Relata que, ao menos 3</p><p>vezes por semana, observa a</p><p>presença de fezes perdidas na</p><p>roupa. Por vezes, nota a presença</p><p>de sangue em pequena quantidade</p><p>no papel em que se higienizou.</p><p>Nega antecedentes neonatais ou</p><p>outras comorbidades relevantes;</p><p>desmame aos 4 meses de idade;</p><p>não faz uso de medicação de rotina.</p><p>Alimenta-se quantitativamente bem</p><p>com preferência pelo consumo de</p><p>leite (4 porções diárias),</p><p>carboidratos, carne e alimentos</p><p>ultraprocessados; de forma bem</p><p>infrequente, batata, cenoura,</p><p>tomate, banana e maçã compõem a</p><p>sua dieta. Está alfabetizado e é o</p><p>melhor aluno de sua sala. Nesta</p><p>consulta, seu peso encontra-se no Z</p><p>score entre +2 e +3 da Curva de</p><p>Índice de Massa Corpórea da OMS e</p><p>sua altura encontra-se no Z score</p><p>entre +1 e +2 da Curva de Altura</p><p>para Idade da OMS. Ao exame</p><p>abdominal, apresenta fezes</p><p>endurecidas palpáveis em fossa</p><p>ilíaca esquerda em moderada</p><p>quantidade. O exame clínico não</p><p>apresenta outras alterações.</p><p>Considerando o caso descrito,</p><p>assinale a alternativa que contém o</p><p>diagnóstico mais provável e a</p><p>conduta adequada.</p><p>A) Doença de Hirschsprung,</p><p>devendo ser submetido ao toque</p><p>retal para constatação de ampola</p><p>retal vazia.</p><p>B) Hipotireoidismo, devendo ser</p><p>coletados TSH, T4 livre e anticorpos</p><p>antireoglobulina e</p><p>antitireoperoxidase.</p><p>C) Alergia à proteína do leite de</p><p>vaca, devendo fazer teste de</p><p>exclusão da dieta durante 2 a 4</p><p>semanas.</p><p>D) Constipação intestinal funcional,</p><p>devendo fazer desimpactação fecal</p><p>com polietilenoglicol ou enema.</p><p>Comentario da questão</p><p>Paciente de 7 anos, com queixa de</p><p>dificuldade para evacuar desde o</p><p>desfralde, aos 02 anos de idade.</p><p>Apresenta de 1-2 episódios</p><p>evacuatórios por semana, com</p><p>eliminação de fezes endurecidas, de</p><p>grande calibre, com presença de dor</p><p>e esforço evacuatório. Além disso,</p><p>também apresenta incontinência</p><p>fecal.</p><p>A constipação funcional é definida</p><p>como dificuldade persistente para</p><p>evacuar sem que haja uma doença</p><p>orgânica de fundo. Os critérios</p><p>diagnósticos para essa condição em</p><p>crianças maiores de 04 anos de</p><p>idade são os de ROMA IV:</p><p>• Duas ou menos evacuações</p><p>no banheiro por semana.</p><p>• Pelo menos um episódio de</p><p>incontinência fecal por</p><p>semana.</p><p>• História de comportamento</p><p>de retenção ou retenção</p><p>voluntária excessiva de fezes.</p><p>• História de evacuações</p><p>dolorosas ou duras.</p><p>• História de fezes de grande</p><p>diâmetro que podem obstruir</p><p>o vaso sanitário.</p><p>• Grande massa fecal no reto.</p><p>O diagnóstico pode ser fechado</p><p>quando pelo menos dois dos</p><p>critérios acima estão presentes e</p><p>quando não existem critérios</p><p>suficientes para caracterizar uma</p><p>síndrome do intestino irritável e</p><p>quando os sintomas não são</p><p>plenamente explicados por outra</p><p>condição médica.</p><p>O tratamento é, normalmente,</p><p>baseado em medidas</p><p>higienodietéticas e</p><p>comportamentais. Dessa forma,</p><p>recomenda-se o aumento de</p><p>ingesta hídrica e de fibras, redução</p><p>da ingestão de carboidratos e de</p><p>alimentos ultraprocessados,</p><p>atividade física e treinamento para o</p><p>atendimento do reflexo</p><p>evacuatório. Para alívio dos</p><p>sintomas, deve-se fazer</p><p>desimpactação fecal com</p><p>polietilenoglicol, enema ou</p><p>supositório.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: A Doença de</p><p>Hirschsprung, ou aganglionose</p><p>intestinal é uma anomalia congênita</p><p>que tem como característica</p><p>intrínseca a ausência dos neurônios</p><p>intramurais dos plexos nervosos</p><p>parassimpáticos (Meissner e</p><p>Auerbach), afetando o intestino</p><p>grosso, em geral, nos seus</p><p>segmentos mais distais, como o</p><p>reto e o cólon sigmóide. Os</p><p>principais sinais e sintomas da</p><p>doença são a distensão abdominal</p><p>que ocorre logo após o nascimento,</p><p>com presença de vômitos e retardo</p><p>de mais de 48 horas na passagem</p><p>do mecônio, sem que haja um fator</p><p>mecânico obstrutivo reconhecido de</p><p>imediato</p><p>B – Incorreta: o hipotireoidismo</p><p>curse com constipação intestinal,</p><p>não temos outros sinais clínicos</p><p>característicos da doença descritos</p><p>no enunciado, como intolerância ao</p><p>frio, ganho de peso, sonolência e</p><p>atraso no crescimento.</p><p>C – Incorreta: Não há indício de</p><p>alergia à proteína do leite de vaca,</p><p>geralmente se manifesta com dor</p><p>abdominal, cólicas, manifestações</p><p>cutâneas e diarreia crônica.</p><p>D – Correta: A constipação</p><p>funcional é a hipótese diagnóstica</p><p>mais provável para o quadro do</p><p>paciente, sendo que a conduta mais</p><p>adequada no momento é a</p><p>desimpactação com</p><p>polietilenoglicol ou enema. Para o</p><p>tratamento de manutenção,</p><p>recomenda-se adoção de medidas</p><p>higienodietéticas e</p><p>comportamentais.</p><p>QUESTÃO 78</p><p>Uma mulher de 49 anos de idade foi</p><p>atendida no ambulatório de</p><p>ginecologia de um hospital na sua</p><p>região. Suas principais queixas eram</p><p>sintomas genitourinários, como</p><p>prurido, ardor, ressecamento e</p><p>irritação vulvar; disúria e urgência</p><p>miccional de início há 8 meses.</p><p>Esses sintomas levaram à redução</p><p>da libido e impacto negativo na sua</p><p>vida sexual. A vulva apresenta</p><p>hiperemia leve e a vagina</p><p>hipotrófica. O útero tinha tamanho</p><p>normal ao toque, com sua</p><p>mobilidade preservada e indolor.</p><p>Gesta 3; para 3 (partos normais).</p><p>Nesse caso, o melhor esquema</p><p>terapêutico para essa mulher é</p><p>utilizar</p><p>A) terapias hormonais locais.</p><p>B) antifúngico oral.</p><p>C) creme vaginal antifúngico.</p><p>D) estradiol via transdérmica.</p><p>Comentário da questão</p><p>O tratamento de climatério pode</p><p>ser sistêmico ou local nesses casos,</p><p>e não há diferença com relação aos</p><p>sintomas em ambos os casos, mas o</p><p>perfil de efeitos colaterais é bem</p><p>menor na terapia local. Por isso,</p><p>pacientes sem sintomas sistêmicos</p><p>não pedem por tratmento sistêmico</p><p>tampouco.</p><p>Alternativas</p><p>A-correta</p><p>B e C – incorretas: Não temos sinais</p><p>de micose, nesse caso.</p><p>Considerando a falta de corrimento</p><p>e demais sintomas sugestivos.</p><p>D-incorreta O creme/gel local tem</p><p>menor absorção sistêmica que a via</p><p>transdérmica.</p><p>QUESTÃO 79</p><p>Uma mulher de 38 anos de idade é</p><p>admitida na enfermaria de</p><p>cardiologia de hospital de alta</p><p>complexidade, em função de quadro</p><p>de dispneia progressiva, ortopneia e</p><p>dispneia paroxística noturna.</p><p>Segundo a paciente informa, seus</p><p>sintomas anteriores iniciaram-se há</p><p>cerca de 1 ano, tendo progredido ao</p><p>longo do período. Procurou</p><p>assistência médica em algumas</p><p>ocasiões, sendo finalmente</p><p>internada para realização de</p><p>exames complementares e</p><p>definição diagnóstica. Em sua</p><p>história patológica pregressa, há</p><p>relato de dois episódios de febre</p><p>reumática na adolescência, num dos</p><p>quais foi detectado um "sopro no</p><p>coração". Fez uso de penicilina</p><p>benzatina de forma mensal, mas</p><p>irregular, até os 18 anos de idade.</p><p>Nega outros dados relevantes de</p><p>anamnese. Ao exame físico,</p><p>paciente está em bom estado geral,</p><p>em atitude ortopneica. Não há</p><p>febre. PA = 120 x 70 mmHg; FC = 87</p><p>bpm. Ritmo cardíaco é irregular, em</p><p>2 tempos, com 1.a bulha</p><p>hiperfonética e presença de sopro</p><p>diastólico (2+/6+) em ponta, melhor</p><p>audível em semi-decúbito lateral</p><p>esquerdo; um ruído protodiastólico</p><p>curto, de alta frequência, é também</p><p>auscultado no foco mitral, mas não</p><p>se observa reforço do ruflar</p><p>diastólico. Há anicardiosfigmia. Não</p><p>é detectada turgência jugular a 45°.</p><p>Estertores crepitantes finos são</p><p>auscultados em bases. Não há</p><p>congestão hepática, nem edema de</p><p>MMII. Exames complementares</p><p>iniciais (incluindo VHS) revelam-se</p><p>normais, sendo a pesquisa de ASLO</p><p>e swab de orofaringe negativos para</p><p>infecção por Streptococcus</p><p>pyogenes. Eletrocardiograma revela</p><p>ritmo de fibrilação atrial, com QT</p><p>normal. Diante dos dados relatados,</p><p>a melhor explicação para o quadro</p><p>da paciente é</p><p>A) insuficiência valvar aórtica.</p><p>B) estenose mitral reumática.</p><p>C) cardite reumática aguda.</p><p>D) endocardite infecciosa de septo</p><p>interventricular.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos uma paciente com história</p><p>de febre reumática e que fez uso</p><p>irregular de penicilina. Ao final do</p><p>enunciado, a questão nos da um</p><p>sopro diastólico em ponta cardíaca</p><p>(foco mitral), além de apresentar</p><p>ruídos diastólicos em foco mitral</p><p>(estenose). A questao também nos</p><p>dá o achado de crepitantes em</p><p>bases pulmonares, o que sugere</p><p>uma afetação de coração esquerdo,</p><p>ou seja, sugere ainda mais uma</p><p>patologia de válvula mitral. Além de</p><p>Fibrilação atrial, devido ao aumento</p><p>do átrio esquerdo.</p><p>Na febre reumática, a válvula mais</p><p>afetada por esta doença é a válvula</p><p>mitral, sendo que, na fase aguda, o</p><p>mais comum é a insuficiência, mas</p><p>na fase crônica a maior prevalência</p><p>é de estenose mitral.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O sopro de</p><p>insuficiência aórtica seria</p><p>auscultado mais na região de base</p><p>do coração, ou no foco acessório de</p><p>Herb.</p><p>B - Correta: esta é a principal</p><p>hipótese neste caso.</p><p>C - Incorreta: A paciente está em</p><p>bom estado geral (BEG), não tem</p><p>dor articular nem</p><p>nenhum achado</p><p>que sugira uma cardite reumática</p><p>aguda. Isso é, na verdade, um</p><p>quadro crônico.</p><p>D - Incorreta: Não temos nenhum</p><p>achado que nos sugira endocardite</p><p>infecciosa (febre, fenômenos</p><p>inflamatórios e fenômenos</p><p>vasculares, entre outros).</p><p>QUESTÃO 80</p><p>Uma mulher, com 23 anos de idade,</p><p>1.o trimestre de gestação,</p><p>primigesta, comparece à primeira</p><p>consulta de pré-natal na Unidade de</p><p>Estratégia de Saúde da Família.</p><p>Testes rápidos para sífilis, HIV,</p><p>hepatite B e hepatite C não</p><p>reagentes. A conduta com relação à</p><p>solicitação desses exames no</p><p>seguimento pré-natal da gestante,</p><p>de acordo com o Ministério da</p><p>Saúde, é repetir</p><p>A) a testagem para sífilis e HIV no</p><p>3.o trimestre de gestação, no parto</p><p>e/ou se história de exposição de</p><p>risco/violência sexual.</p><p>B) todas as testagens (sífilis, HIV,</p><p>hepatite B e hepatite C) no 3.o</p><p>trimestre de gestação, no parto e/ou</p><p>se história de exposição de</p><p>risco/violência sexual.</p><p>C) a testagem para hepatite B no 3.o</p><p>trimestre se a gestante tiver</p><p>histórico de vacinação e se Anti-HBc</p><p>total for reagente é desnecessária</p><p>sua repetição no parto.</p><p>D) a testagem para hepatite C no</p><p>2.o e 3.o trimestres, além do parto</p><p>e/ou se história de exposição de</p><p>risco/violência sexual.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>O MS recomenda exames de</p><p>triagem no pré-natal com objetivo</p><p>de identificar situações que podem</p><p>causar desfechos não favoráveis na</p><p>gestação, que tenham um</p><p>tratamento ou possibilite a</p><p>prevenção.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Alternativa cita a</p><p>testagem para sífilis e HIV</p><p>corretamente, contudo faltou a</p><p>sorologia para hepatite B.</p><p>B - Incorreta: A sorologia para</p><p>hepatite C não faz parte da triagem</p><p>do MS.</p><p>C - Incorreta: A testagem para</p><p>hepatite B não depende da</p><p>vacinação e do Anti-HBc.</p><p>D - Incorreta: O diagnóstico de</p><p>hepatite C na gestação não muda a</p><p>conduta do pré-natal, por isso não é</p><p>indicado pelo MS.</p><p>QUESTÃO 81</p><p>Uma mulher de 29 anos de idade</p><p>procura a maternidade com queixa</p><p>de sangramento vaginal tipo "borra</p><p>de café". Estava na 32.a semana de</p><p>gestação, tônus uterino,</p><p>movimentação e batimentos</p><p>cardíacos fetais normais. No toque</p><p>não foi observado sangramento.</p><p>Gesta 3; para 3. Exames</p><p>laboratoriais normais. Tipo</p><p>sanguíneo O negativo e do marido A</p><p>positivo. Não apresentou cartão</p><p>pré-natal e não tinha nenhum</p><p>exame em sua posse. Diante da</p><p>situação apresentada, a conduta a</p><p>ser adotada é</p><p>A) solicitar a dosagem de anticorpos</p><p>irregulares e, caso negativa, aplicar</p><p>a imunoglobulina anti-D.</p><p>B) aplicar a imunoglobulina anti-D e</p><p>acompanhar com exames semanais</p><p>a elevação dos anticorpos</p><p>irregulares.</p><p>C) realizar a imunização com</p><p>imunoglobulina anti-D e</p><p>encaminhar para o pré-natal para</p><p>dosar os anticorpos irregulares.</p><p>D) aplicar a imunoglobulina anti-D</p><p>semanalmente até completar 34</p><p>semanas, caso os anticorpos</p><p>irregulares sejam positivos.</p><p>Comentário da questão</p><p>Gestante com 32ª semanas, com</p><p>sangramento em borra de café,</p><p>tônus uterino normal e BCF sem</p><p>alterações, nossa principal hipótese</p><p>diagnóstica é a placenta prévia. Por</p><p>isso, ela precisa ser investigada.</p><p>Em caso de gestante Rh negativo,</p><p>caso ela seja sensível ao antígeno D</p><p>(ou seja, com Coombs Indireto</p><p>negativo), o responsável pela</p><p>doença hemolítica perinatal,</p><p>devemos realizar profilaxia com</p><p>imunoglobulina anti-D. Deve ser</p><p>administrada em toda gestante Rh</p><p>negativo com 28 semanas de</p><p>gestação, em até 72 horas após o</p><p>parto e sempre que houver algum</p><p>sangramento vaginal ou a paciente</p><p>for submetida a algum</p><p>procedimento invasivo.</p><p>O diagnóstico da Doença</p><p>Hemolítica Perinatal (DHP) é feito</p><p>inicialmente através do Coombs</p><p>Indireto positivo com titulação</p><p>maior que 1:16, e depois pela</p><p>medida do pico sistólico máximo da</p><p>artéria cerebral média, quando este</p><p>é maior que 1,5 MoM (a mediana).</p><p>Nesses casos, prossegue-se a</p><p>investigação com a cordocentese e</p><p>pode-se tentar tratar a DHP ainda</p><p>no intra útero, com transfusão</p><p>sanguínea fetal.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: na presença de</p><p>sangramento, caso a gestante Rh</p><p>negativa não seja sensibilizada (ou</p><p>seja, tenha Coombs Indireto</p><p>negativo), está indicado a realização</p><p>da imunoglobulina anti-D.</p><p>B - Incorreta: Caso façamos a</p><p>imunoglobulina antes do teste de</p><p>Coombs Indireto, nunca saberemos</p><p>se a paciente era sensível antes ou</p><p>não.</p><p>C - Incorreta: antes de administrar a</p><p>imunoglobulina anti-D, precisamos</p><p>confirmar se a gestante já está</p><p>sensibilizada ou não.</p><p>D - Incorreta: Realizamos a</p><p>aplicação da imunoglobulina uma</p><p>única vez durante a gestação.</p><p>QUESTÃO 82</p><p>No atendimento de urgências por</p><p>queimaduras, a avaliação da</p><p>extensão da superfície corporal</p><p>queimada (SCQ) do paciente pode</p><p>ser feita pela “regra dos nove",</p><p>diagrama de Lund e Browder e,</p><p>mais recentemente, com uso de</p><p>aplicativos em smartphones.</p><p>Utilizando a regra dos nove em um</p><p>paciente masculino de 60 anos,</p><p>pesando 50 Kg, com queimadura de</p><p>3.o grau que atinge a totalidade do</p><p>membro superior direito e a</p><p>totalidade do membro inferior</p><p>esquerdo, tem-se, respectivamente,</p><p>a superfície corporal estimada e a</p><p>reposição hídrica, segundo a</p><p>fórmula de Parkland, de</p><p>A) área de 27% de SCQ e 2 700 mL</p><p>administrados nas primeiras 24</p><p>horas do momento da queimadura.</p><p>B) Área de 27% de SCQ e 1 350mL</p><p>administrados nas primeiras 8 horas</p><p>do momento da queimadura e 1 350</p><p>mL administrados nas 16 horas</p><p>seguintes.</p><p>C) Área 18% de SCQ e 900 mL</p><p>administrados nas primeiras 8 horas</p><p>do momento da queimadura e 900</p><p>mL administrados nas 16 horas</p><p>seguintes.</p><p>D) Área de 18% de SCQ e 1 800 mL</p><p>administrados nas primeiras 24</p><p>horas do momento da queimadura.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos aqui um paciente de 60 anos,</p><p>com 50 kg, com queimadura de</p><p>terceiro grau em toda a extensão de</p><p>membro superior direito e de</p><p>membro inferior esquerdo.</p><p>Como no caso temos um paciente</p><p>adulto e não há menção à</p><p>queimadura elétrica, então</p><p>usaremos a primeira fórmula de</p><p>Parkland: F = 2 x Peso (kg) x % de</p><p>superfície corporal queimada (SCQ).</p><p>Toda a extensão de um membro</p><p>superior e de um membro inferior,</p><p>então temos 4,5% (região extensora</p><p>de membro superior direito) + 4,5%</p><p>(região flexora de membro superior</p><p>direito) + 9% (região extensora de</p><p>membro inferior esquerdo) + 9%</p><p>(região flexora de membro inferior</p><p>esquerdo) = 27% de SCQ.</p><p>Assim temos: 2mL x 50kg x 27% =</p><p>2700 mL de Ringer Lactato.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O volume total está</p><p>correto, porém é de fundamental</p><p>importância saber que é necessário</p><p>infundir 50% do volume nas</p><p>primeiras oito horas.</p><p>B - Correta: Como vimos nas</p><p>explicações, o volume total é de</p><p>2700 mL, sendo 50% administrados</p><p>nas primeiras oito horas.</p><p>C e D - Incorretas: Tanto o volume</p><p>quanto a superfície corporal estão</p><p>errados.</p><p>QUESTÃO 83</p><p>Um homem com 38 anos de idade,</p><p>aguardando em ponto de ônibus, foi</p><p>atropelado por motorista de veículo</p><p>desgovernado e prensado contra a</p><p>parede. Atendido em pronto-</p><p>socorro de hospital terciário, referia</p><p>muita dor na pelve, apresentava</p><p>escoriações e contusões no</p><p>hipogástrio e membros inferiores,</p><p>sem sinais de trauma torácico ou</p><p>craniano. Apresentava instabilidade</p><p>do anel pélvico à palpação, pressão</p><p>arterial = 80 x 40 mmHg, frequência</p><p>cardíaca = 124 batimentos por</p><p>minuto, 24 incursões respiratórias</p><p>por minuto, tempo de enchimento</p><p>capilar maior que 2 segundos e</p><p>saturação de oxigênio = 97%. Com</p><p>base nos dados apresentados, qual</p><p>deve ser o manejo inicial da vítima</p><p>em relação ao quadro de choque?</p><p>A) Radiografia de pelve</p><p>anteroposterior na sala de</p><p>emergência.</p><p>B) Cinta ou lençol para estabilização</p><p>pélvica e indicação precoce de</p><p>infusão de hemocomponentes.</p><p>C) Tratamento operatório para</p><p>controle de danos em hemorragia</p><p>retroperitoneal volumosa.</p><p>D) Soluções</p><p>cristaloides por acessos</p><p>venosos periféricos e avaliação de</p><p>ortopedista.</p><p>Comentário da questão</p><p>Para reconhecer um choque fique</p><p>atento a alterações nos sinais, por</p><p>exemplo, choque grau 3 ( FC>120 +</p><p>irritado + hipotensão) já no caso de</p><p>choque grau 4 (FC>140 + letárgico +</p><p>hipotensão) nesses dois casos tem</p><p>indicação de transfusão na</p><p>proporção de 1:1:1 (hemácias,</p><p>plaquetas e plasma). Em alguns</p><p>casos podemos administrar ac.</p><p>Tranexamico nas primeiras 3 horas</p><p>contando o inicio do quadro (caso</p><p>este seja por um foco hemorrágico).</p><p>No enunciado temos um homem de</p><p>38 anos após um acidente</p><p>apresentado hipotensão (PA 80 x</p><p>60 mmHg), taquicardia (FC 124</p><p>bpm) e taquipneia (FR 24 irpm) e</p><p>tempo de enchimento capilar maior</p><p>que dois segundos, além de</p><p>instabilidade de anel pélvico.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O exame radiológico</p><p>não pode atrasar a infusão de</p><p>hemocomponentes, sendo</p><p>secundário nesse momento.</p><p>B - Correta: A estabilização pélvica</p><p>evita a piora do sangramento e a</p><p>indicação dos hemocomponentes</p><p>garante a otimização da oxigenação</p><p>dos tecidos e recuperação do estado</p><p>volêmico do paciente.</p><p>C - Incorreta: Antes de qualquer</p><p>intervenção cirúrgica precisamos</p><p>garantir a estabilidade</p><p>hemodinâmica.</p><p>D - Incorreta: Não podemos</p><p>aguardar a avaliação do ortopedista</p><p>para tomarmos as condutas mais</p><p>urgentes com o intuito de</p><p>estabilizar hemodinamicamente o</p><p>paciente.</p><p>QUESTÃO 84</p><p>Uma mulher de 22 anos de idade foi</p><p>encaminhada ao serviço de</p><p>oftalmologia devido à episódio de</p><p>olho vermelho, o qual o médico</p><p>oftalmologista diagnosticou uma</p><p>uveíte anterior aguda.</p><p>Questionando a paciente, o médico</p><p>identificou história de aftas orais</p><p>recorrentes e dolorosas há pelo</p><p>menos 1 ano para as quais não foi</p><p>realizada nenhuma investigação,</p><p>fazendo uso apenas de corticoides</p><p>tópicos, com alívio fugaz. Relata,</p><p>ainda, que apresenta dor abdominal</p><p>e diarreia, mais ou menos, no</p><p>mesmo período. Refere que as</p><p>evacuações são frequentes, cerca de</p><p>5 a 6 vezes por dia, em pequeno</p><p>volume e com sangue e muco</p><p>visíveis em algumas ocasiões.</p><p>Visando ao esclarecimento</p><p>diagnóstico, o procedimento a ser</p><p>adotado e o achado esperado,</p><p>devem ser</p><p>A) teste de Patergia; pústula</p><p>visualizável no local de punção após</p><p>7 dias.</p><p>B) parasitológico das fezes pelo MIF</p><p>(mercúrio, iodo e formol); cistos e</p><p>trofozoítos.</p><p>C) pesquisa de autoanticorpos</p><p>(FAN); positivo com padrão nuclear</p><p>pontilhado fino denso.</p><p>D) colonoscopia com biopsia;</p><p>histopatológico com granuloma não</p><p>caseoso.</p><p>Comentario da questao</p><p>Retocolite ulcerativa (RCUI):</p><p>Afetação continua de cólon e reto,</p><p>superficial, presença de</p><p>pseudopólipos e úlceras, o</p><p>anatomopatológico podemos</p><p>observar os microabscessos de</p><p>criptas.</p><p>Doença de Crohn: Afetação</p><p>salteada podendo afetar desde a</p><p>boca até o ânus, transmural,</p><p>presença de fístulas e outras</p><p>complicações, ao</p><p>anatomopatológico podemos</p><p>observar granulomas não caseosos.</p><p>Ambas podem cursar com uveíte,</p><p>mas a afetação da boca (aftas orais)</p><p>é exclusiva da doença de Crohn e</p><p>por isso ficamos com esta hipótese.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: teste cutâneo que</p><p>auxilia no diagnóstico de doença de</p><p>Behçet.</p><p>B - Incorreta: Não temos como</p><p>principal hipótese uma parasitose</p><p>intestinal.</p><p>C - Incorreta: O paciente</p><p>provavelmente apresenta uma</p><p>doença inflamatória intestinal,</p><p>sendo o mais provável diagnóstico a</p><p>doença de Crohn.</p><p>D - Correta: A hipótese mais</p><p>provável é doença de Crohn e seu</p><p>diagnóstico é dado pela</p><p>colonoscopia com biópsia, onde</p><p>podemos visualizar os granulomas</p><p>não caseosos.</p><p>QUESTÃO 85</p><p>Mulher, 28 anos de idade,</p><p>professora, com 2 gestações</p><p>anteriores, sendo um parto normal e</p><p>um aborto espontâneo</p><p>anteriormente. Tem um filho de 7</p><p>anos de idade de outro</p><p>relacionamento. Há 2 anos está</p><p>casada com homem de 35 anos, sem</p><p>filhos. Ambos sem antecedentes</p><p>patológicos significativos. Referem</p><p>que há vários anos não procuram</p><p>assistência com a equipe de saúde.</p><p>O exame físico do casal revelou</p><p>como únicos achados positivos em</p><p>relação à mulher: PA = 140 x 85</p><p>mmHg e índice de massa corporal</p><p>de 30 Kg/m2 . Exame físico do</p><p>homem foi normal. Estavam em uso</p><p>de preservativo e pílula combinada,</p><p>mas interromperam há 2 semanas.</p><p>Vão em busca de orientação pré-</p><p>concepcional. Nesta situação, está</p><p>indicado(a)</p><p>A) coleta de exame citopatológico</p><p>cervicovaginal para prevenção do</p><p>câncer de colo uterino.</p><p>B) dosagem sérica de folato para</p><p>prevenção de defeitos de</p><p>fechamento do tubo neural.</p><p>C) teste oral de tolerância à glicose</p><p>para descartar diabetes mellitus</p><p>prévio à gestação.</p><p>D) dosagens hormonais de</p><p>progesterona e estradiol para</p><p>avaliação do ciclo menstrual e</p><p>ovulação.</p><p>Comentário da questão</p><p>As atividades a serem desenvolvidas</p><p>na avaliação pré-concepcional</p><p>devem incluir anamnese e exame</p><p>físico, exame ginecológico</p><p>completo, além de alguns exames</p><p>laboratoriais. Assim como ações</p><p>específicas, quanto aos hábitos e o</p><p>estilo de vida.</p><p>Alternativas</p><p>A- Correta- o citopatológico</p><p>cervicovaginal deve ser realizado a</p><p>partir de 25 anos e de 3 em 3 anos</p><p>após 2 exames consecutivos</p><p>negativos.</p><p>B - Incorreta Não é preciso fazer a</p><p>dosagem. Segundo o Ministério da</p><p>Saúde, a suplementação do ácido</p><p>fólico é recomendada para a mulher</p><p>em idade fértil, dois meses antes de</p><p>engravidar e nos dois primeiros</p><p>meses da gestação.</p><p>C - Incorreta DM pré gestacional é</p><p>definida como glicemia de jejum</p><p>maior ou igual a 126 mg/dL antes de</p><p>20 semanas de gestação.</p><p>D - Incorreta Não há suspeita de</p><p>infertilidade para justificar a</p><p>realização desses exames.</p><p>Vale lembrar que infertilidade é a</p><p>ausência de gravidez após 12 meses</p><p>de tentativas com relação sexual</p><p>sem contraceptivo e, a investigação</p><p>é realizada somente após esse</p><p>período.</p><p>Lembrando que para mulheres com</p><p>mais de 35 anos, a investigação é</p><p>iniciada após 6 meses de tentativas.</p><p>QUESTÃO 86</p><p>Uma mulher de 27 anos de idade, de</p><p>etnia afrodescendente, retorna ao</p><p>ambulatório de clínica médica para</p><p>mostrar os resultados dos exames</p><p>complementares solicitados na</p><p>última consulta. A paciente havia</p><p>sido atendida em função de</p><p>sintomas constitucionais (febre</p><p>intermitente, mal-estar, anorexia,</p><p>desânimo e artralgias) e importante</p><p>queda de cabelos. Ao exame físico,</p><p>havia sido observada a presença de</p><p>sinovite em punhos, cotovelos,</p><p>joelhos e tornozelos. Além de</p><p>padrão de alopecia generalizada</p><p>(eflúvio telógeno). Havia histórico</p><p>familiar de artrite reumatoide, lupus</p><p>eritematoso e tireoidite de</p><p>Hashimoto. A paciente negava</p><p>tabagismo e etilismo, referindo</p><p>apenas uso regular de contraceptivo</p><p>hormonal oral. Os resultados dos</p><p>exames complementares solicitados</p><p>à ocasião da 1.a consulta revelaram:</p><p>hemoglobina = 10,2 g/dL (valor de</p><p>referência: 12 a 15,5 g/dL);</p><p>contagem de plaquetas = 102</p><p>000/mm3 (valor de referência: 150</p><p>000 a 400 000/mm3 ); leucograma</p><p>(incluindo diferencial) normal; TSH</p><p>= 8 UI/ml (valor de referência: 0,5 a</p><p>5,0 UI/ml); T4 livre = 1,2 ng/dL (valor</p><p>de referência: 0,9 a 1,9 ng/dL); FAN</p><p>= presente em título 1:640 (valor de</p><p>referência < 1:80), padrão periférico;</p><p>anti-DNAds: presente em título</p><p>1:240 (valor de referência < 1:100);</p><p>C3: 33 mg/dL (valor de referência: 90</p><p>a 180 mg/dl); VDRL + 1:4 (valor de</p><p>referência: negativo); IgG</p><p>anticardiolipina: 12 GPL (valor de</p><p>referência < 10 GPL); ureia: 44</p><p>mg/dL (valor de referência: 20 a 40</p><p>mg/dL); creatinina = 1,2 mg/dL</p><p>(valor de referência: 0,7 a 1,1</p><p>mg/dL); exame de urina tipo I com</p><p>hematúria microscópica e</p><p>proteinúria leve a moderada; SPOT</p><p>urinário com proteinúria estimada</p><p>de 560 mg (valor de referência < 151</p><p>mg). Diante dos dados</p><p>apresentados, a melhor explicação</p><p>diagnóstica para o caso é</p><p>A) lúpus eritematoso sistêmico com</p><p>síndrome do anticorpo</p><p>antifosfolipídio.</p><p>B) lúpus</p><p>eritematoso sistêmico</p><p>evoluindo com nefrite lúpica.</p><p>C) hipotireoidismo associado com</p><p>síndrome do anticorpo</p><p>antifosfolipídio.</p><p>D) glomerulonefrite aguda</p><p>secundária a sífilis associada com</p><p>hipotireoidismo.</p><p>Comentário da questão</p><p>Temos uma paciente com FAN</p><p>positivo padrão periférico e ANTI</p><p>DNAds positivo, além de presença</p><p>de artrite, alopécia e histórico</p><p>familiar de LES.</p><p>A paciente apresenta hematuria e</p><p>proteinuria (> 300 mg), ou seja,</p><p>estamos frente a uma afetação</p><p>renal.</p><p>O anticorpo Anti-DNAds é um</p><p>marcador de atividade de nefrite</p><p>lúpica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Não tem sinais de</p><p>trombose, ou outro achado que nos</p><p>sugira LES associado a síndrome do</p><p>anticorpo anti-fosfolípide, lembre-</p><p>se do achado de abortos</p><p>consecutivos e tromboses</p><p>principalmente, quando pensar</p><p>nesta condição.</p><p>B - Correta: Todo o quadro clínico</p><p>nos sugere LES com nefrite lúpica</p><p>em atividade.</p><p>C - Incorreta: não temos achados</p><p>que nos sugiram SAF.</p><p>D - Incorreta: o quadro clínico nada</p><p>tem a ver com o diagnóstico de</p><p>sífilis, a não ser pela anticardiolipina</p><p>que é totalmente inespecífico e</p><p>pode estar presente na sífilis, mas</p><p>só com isso não poderíamos pensar</p><p>neste diagnóstico.</p><p>QUESTÃO 87</p><p>Uma gestante, com 28 anos de</p><p>idade, na 14.a semana de gestação,</p><p>primigesta, em consulta com equipe</p><p>de Estratégia de Saúde da Família</p><p>para avaliação de exames de pré-</p><p>natal apresenta IgG e IgM reagentes</p><p>para toxoplasmose, sem resultado</p><p>de exames prévios. Solicitado teste</p><p>de avidez de IgG na mesma</p><p>amostra, com resultado “avidez</p><p>forte”. A interpretação do resultado</p><p>e a conduta são</p><p>A) infecção adquirida antes da</p><p>gestação, sem necessidade de mais</p><p>testes.</p><p>B) infecção adquirida durante a</p><p>gestação, iniciar espiramicina e</p><p>manter até o parto.</p><p>C) imunidade remota, indicado</p><p>repetir sorologia a cada 2 meses e</p><p>no parto.</p><p>D) infecção recente, iniciar</p><p>pirimetamina + sulfadiazina + ácido</p><p>folínico e encaminhar para a</p><p>referência de gestação de risco.</p><p>Comentário da questão</p><p>No primeiro trimestre, os possíveis</p><p>resultados e a interpretação da</p><p>sorologia de IgM e IgG são:</p><p>• IgG + e IgM - : gestante com</p><p>doença antiga ou</p><p>toxoplasmose crônica;</p><p>• IgG - e IgM - : gestante</p><p>suscetível. Realizar ações de</p><p>prevenção e repetir</p><p>sorologias a cada 2 meses</p><p>durante o pré-natal.</p><p>• IgG - e IgM + : infecção muito</p><p>recente ou IgM falso positivo.</p><p>Repetir sorologia em 3</p><p>semanas, se IgG vier positivo,</p><p>confirma infecção na</p><p>gestante;</p><p>• IgG + e IgM + : Possibilidade</p><p>de infecção durante a</p><p>gestação. Por isso, deve</p><p>realizar teste de avidez.</p><p>Resultado e interpretação do teste</p><p>de avidez:</p><p>• Avidez forte: infecção</p><p>adquirida antes da gestação;</p><p>• Avidez fraca: infecção</p><p>durante a gestação (iniciar</p><p>espiramicina 3g/dia até a 18</p><p>semana para fazer a</p><p>amniocentese para a</p><p>sorologia PCR fetal)</p><p>(LEMBRAR da atualização de</p><p>2022 a partir da 16 semana já</p><p>entramos com o esquema</p><p>tríplice: Sulfadiazina, Ac.</p><p>Folínico e Pirimetamina)</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: a avidez alta indica que</p><p>a infecção ocorreu pré gestação.</p><p>B - Incorreta: Como avidez de IgG</p><p>alta, a infecção ocorreu</p><p>previamente à gestação. A</p><p>espiramicina está indicada para</p><p>prevenção de transmissão materna-</p><p>fetal em casos em que a infecção</p><p>ocorreu na gestação. No primeiro</p><p>trimestre, a chance de transmissão</p><p>materno-fetal é baixa, porém a</p><p>gravidade da infecção é alta. Em</p><p>idade gestacional mais avançada, a</p><p>chance de transmissão é alta,</p><p>porém a gravidade do</p><p>acometimento para o feto é baixa.</p><p>C - Incorreta: Não há necessidade</p><p>de repetir sorologias, a não ser que</p><p>a gestante ainda fosse suscetível</p><p>(IgG e IgM negativos).</p><p>D - Incorreta: O início de</p><p>tratamento de infecção fetal com</p><p>pirimetamina + sulfadiazina está</p><p>indicado após confirmação de</p><p>infecção fetal geralmente com</p><p>métodos invasivos, como</p><p>amniocentese (18 semana).</p><p>QUESTÃO 88</p><p>Um homem com 20 anos de idade</p><p>foi atendido em ambulatório de</p><p>hospital secundário 7 dias após a</p><p>sutura de ferimento corto-contuso</p><p>no antebraço direito para retirada</p><p>dos pontos. Relatava que, há 3 dias,</p><p>sentia dor e a ferida encontrava-se</p><p>abaulada e arroxeada. Não relatou</p><p>febre no período. A incisão com</p><p>aproximadamente 10 cm estava</p><p>suturada com pontos simples de fio</p><p>de náilon, apresentava</p><p>abaulamento doloroso em toda a</p><p>extensão, pouco depressível e havia</p><p>equimose das bordas da ferida. Com</p><p>base nos dados apresentados,</p><p>assinale a alternativa que apresenta</p><p>a conduta adequada.</p><p>A) Retirar todos os pontos e manter</p><p>as bordas aproximadas com</p><p>esparadrapo microporoso.</p><p>B) Prescrever antibiótico via oral e</p><p>agendar retirada dos pontos após</p><p>mais uma semana.</p><p>C) Encaminhar ao pronto-socorro</p><p>para revisão da hemostasia com</p><p>anestesia.</p><p>D) Retirar alguns pontos para</p><p>drenagem da ferida e agendar</p><p>retorno para avaliação.</p><p>Comentário da questão</p><p>A formação de hematomas está</p><p>relacionada com hemostasia,</p><p>depleção dos fatores da coagulação</p><p>e presença de coagulopatia.</p><p>As manifestações clínicas de um</p><p>hematoma podem variar com seu</p><p>tamanho, localização e presença de</p><p>infecção. Um hematoma pode</p><p>manifestar-se como uma expansão,</p><p>tumefação expansiva ou dor na área</p><p>da incisão cirúrgica</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A retirada total dos</p><p>pontos de sutura nunca é indicada,</p><p>uma vez que corremos o risco de</p><p>formação de um novo hematoma</p><p>com abertura do esparadrapo, o que</p><p>irá prejudicar a cicatrização, e</p><p>aumentar o risco de infecção.</p><p>B - Incorreta: O tratamento com</p><p>antibiótico sistêmico fica reservado</p><p>para casos com um grande</p><p>comprometimento regional, ou com</p><p>sinais de toxemia sistêmicos.</p><p>C - Incorreta: O caso da questão é a</p><p>formação de uma coleção hemática,</p><p>mas não tem nenhum dado que nos</p><p>faça pensar em sangramento ativo.</p><p>D - Correta: A drenagem do</p><p>hematoma é a melhor conduta, uma</p><p>vez que precisamos retirar o foco</p><p>para evitar uma futura infecção de</p><p>foco fechado, e também para</p><p>promover uma melhor cicatrização</p><p>da ferida.</p><p>QUESTÃO 89</p><p>Um lactente masculino, de 2 meses,</p><p>é levado à emergência com história</p><p>de vômitos não biliosos que</p><p>iniciaram com três semanas de vida</p><p>e progressivamente pioraram. Há 2</p><p>dias, passou a vomitar após as</p><p>mamadas e hoje o vômito está em</p><p>jato. Ao exame físico, apresenta-se</p><p>irritado, faminto, muito</p><p>emagrecido; no epigástrio, foi</p><p>observado onda peristáltica se</p><p>deslocando da esquerda para direita</p><p>e, após a criança vomitar, palpada à</p><p>direita, também no epigástrio,</p><p>massa firme e móvel com cerca de 2</p><p>cm de diâmetro. Com base na</p><p>principal hipótese diagnóstica, o</p><p>distúrbio ácido-básico que se espera</p><p>encontrar nesse lactente é</p><p>A) alcalose metabólica</p><p>hipoclorêmica.</p><p>B) acidose metabólica</p><p>hiperclorêmica.</p><p>C) acidose metabólica</p><p>hipoclorêmica.</p><p>D) alcalose metabólica</p><p>hiperclorêmica.</p><p>Comentário da questão</p><p>Um paciente que após seu primeiro</p><p>mês de vida começa com vômitos</p><p>após mamadas, sem conteúdo</p><p>biliar + massa palpável em</p><p>epigástrio deve nos fazer pensar em</p><p>estenose hipertrófica do piloro. O</p><p>principal diagnóstico diferencial</p><p>seria a atresia duodenal, que</p><p>caracteristicamente se manifesta</p><p>com vômitos mais precoces, desde</p><p>o nascimento do RN.</p><p>O exame de escolha para</p><p>diagnóstico de estenose hipertrófica</p><p>do piloro é a USG abdominal, onde</p><p>poderemos ver um estômago</p><p>dilatado e o piloro hipertrofiado.</p><p>Já o exame de escolha para</p><p>diagnosticarmos uma atresia</p><p>duodenal é a radiografia abdominal,</p><p>com o sinal da dupla bolha.</p><p>HCl, o ácido clorídrico, ou seja, ele</p><p>esta perdendo íons H+ e íons Cloro</p><p>(Cl) temos nesse caso uma alcalose</p><p>metabólica hipoclorêmica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: pela perda de H+ e Cl,</p><p>teremos uma alcalose metabólica</p><p>hipoclorêmica.</p><p>B - Incorreta: como o paciente está</p><p>perdendo H+, ele tenderá a uma</p><p>alcalose.</p><p>C - Incorreta: o paciente realmente</p><p>uterino ou</p><p>canalicular.</p><p>A) Mamas normodesenvolvidas</p><p>Correta: A malformação uterina não</p><p>impede o desenvolvimento de</p><p>mamas. O desenvolvimento</p><p>hormonal ocorre normalmente.</p><p>B) Ausência de ovários.</p><p>Incorreta: Disgenesias müllerianas</p><p>não afetam ovários ou o eixo</p><p>hormonal, por isso o restante do</p><p>desenvolvimento é normal.</p><p>C) Gônadas em fita</p><p>Incorreta: Achado típico da</p><p>Síndrome de Swyer, são os ovários</p><p>em fita, mas demais órgãos</p><p>femininos intocados.</p><p>D) Hipertrofia clitoridiana.</p><p>Incorreta: com eixo hormonal</p><p>normal, descarta-se alterações em</p><p>clitóris, que seriam esperadas com</p><p>aumento de testosterona.</p><p>QUESTÃO 7</p><p>Um paciente de 36 anos de idade,</p><p>masculino, procura a Unidade de</p><p>Saúde da Família com queixa de dor</p><p>lombar baixa, há 10 dias, irradiada</p><p>para face posterior da coxa, de</p><p>moderada intensidade, mas que</p><p>tem interferido no seu trabalho.</p><p>Refere que a dor teve início após ter</p><p>carregado peso durante a mudança</p><p>de casa. O paciente relata que já</p><p>apresentou episódios semelhantes</p><p>anteriormente e que têm se tornado</p><p>mais frequentes. Ao exame físico, o</p><p>médico identifica uma banda</p><p>muscular tensa em região glútea,</p><p>com a presença de pontos-gatilho,</p><p>que, quando pressionados,</p><p>reproduziam a dor referida pelo</p><p>paciente. Diante da situação</p><p>apresentada, é correto afirmar que</p><p>A) o paciente deve ser referenciado</p><p>ao ortopedista para a avaliação</p><p>cirúrgica de uma provável hérnia de</p><p>disco.</p><p>B) o paciente deve ser referenciado</p><p>ao acupunturista do NASF para ser</p><p>avaliado, acompanhado e tratado.</p><p>C) o médico de família pode, em</p><p>conjunto com o acupunturista do</p><p>NASF, elaborar um plano</p><p>terapêutico para o paciente.</p><p>D) o médico de família deve</p><p>prescrever relaxantes musculares,</p><p>pois o agulhamento seco deve ser</p><p>realizado pelo acupunturista do</p><p>NASF.</p><p>Comentário da questão</p><p>As práticas integrativas são</p><p>tratamentos que utilizam recursos</p><p>terapêuticos baseados em</p><p>conhecimentos tradicionais,</p><p>voltados para a prevenção de</p><p>diversas doenças. Em alguns casos,</p><p>também podem ser usadas como</p><p>tratamentos paliativos em algumas</p><p>doenças crônicas.</p><p>O SUS oferece, de forma integral e</p><p>gratuita, 29 procedimentos de</p><p>práticas integrativas e</p><p>complementares (PICS) à</p><p>população. Os atendimentos</p><p>começam na Atenção Básica,</p><p>principal porta de entrada para o</p><p>SUS.</p><p>São elas: Medicina Tradicional</p><p>Chinesa/Acupuntura, Medicina</p><p>Antroposófica, Homeopatia,</p><p>Plantas Medicinais e Fitoterapia,</p><p>Termalismo Social/Crenoterapia,</p><p>Arteterapia, Ayurveda, Biodança,</p><p>Dança Circular, Meditação,</p><p>Musicoterapia, Naturopatia,</p><p>Osteopatia, Quiropraxia,</p><p>Reflexoterapia, Reiki, Shantala,</p><p>Terapia Comunitária Integrativa,</p><p>Yoga, Apiterapia, Aromaterapia,</p><p>Bioenergética, Constelação familiar,</p><p>Cromoterapia, Geoterapia,</p><p>Hipnoterapia, Imposição de mãos,</p><p>Ozonioterapia e Terapia de Florais.</p><p>Segundo o Ministério da Saúde,</p><p>estas práticas são transversais em</p><p>suas ações no SUS e podem estar</p><p>presentes em todos os pontos da</p><p>Rede de Atenção à Saúde,</p><p>prioritariamente na Atenção</p><p>Primária, com grande potencial de</p><p>atuação.</p><p>Uma das abordagens desse campo</p><p>são a visão ampliada do processo</p><p>saúde/doença e da promoção global</p><p>do cuidado humano, especialmente</p><p>do autocuidado. As indicações são</p><p>embasadas no indivíduo como um</p><p>todo, considerando-o em seus</p><p>vários aspectos: físico, psíquico,</p><p>emocional e social.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: No caso do</p><p>enunciado, a condição do paciente</p><p>pode ser abordada na Atenção</p><p>Primária, não necessitando de</p><p>transferência para nível assistencial</p><p>especializado da atenção</p><p>secundária.</p><p>B - Incorreta: Apesar do</p><p>acupunturista do NASF participar do</p><p>plano terapêutico, o paciente não</p><p>deve ser simplesmente</p><p>encaminhado pelo médico.</p><p>C - Correta: O plano terapêutico em</p><p>saúde integrativa deve ser</p><p>elaborado pelo médico em conjunto</p><p>com o profissional habilitado.</p><p>Assim, nesse caso, o médico de</p><p>família pode participar da</p><p>elaboração de um plano terapêutico</p><p>conjunto para o paciente.</p><p>D - Incorreta: Alguns profissionais</p><p>recomendam o uso de analgésicos e</p><p>anti-inflamatórios em pacientes</p><p>com ponto-gatilho. Mas nem</p><p>sempre essa abordagem é</p><p>necessária, na maioria dos casos</p><p>existem maneiras de liberar o ponto</p><p>sem o uso de remédios.</p><p>QUESTÃO 8</p><p>Uma paciente, de 42 anos de idade,</p><p>com história de asma, vem ao</p><p>serviço de emergência por “piora da</p><p>falta de ar”. Ela refere ter feito</p><p>salbutamol inalatório em casa, sem</p><p>melhora. Refere, ainda, que estava</p><p>fazendo tratamento com</p><p>beclometasona inalatório em casa,</p><p>mas parou porque estava se</p><p>sentindo bem. Sua última</p><p>exacerbação da asma havia sido há</p><p>6 meses. Antes de iniciar com a</p><p>beclometasona, a paciente</p><p>apresentava “uma a duas crises por</p><p>semana”. Ao exame, apresenta bom</p><p>estado geral, consegue completar</p><p>frases, mas prefere permanecer</p><p>sentada. Sua frequência respiratória</p><p>é de 22 irpm. Frequência cardíaca =</p><p>102 bpm. Saturação de oxigênio</p><p>periférica = 95%. Expansibilidade</p><p>torácica preservada, sem uso de</p><p>musculatura acessória e presença</p><p>de sibilos expiratórios na ausculta</p><p>pulmonar. Diante desse quadro, a</p><p>paciente deve</p><p>A) ser liberada do serviço de</p><p>emergência com prescrição de</p><p>salbutamol inalatório a cada 6 horas</p><p>e com beclometasona inalatória,</p><p>reavaliar na unidade básica.</p><p>B) receber 4 jatos de salbutamol</p><p>inalatório a cada 20 minutos e 40</p><p>mg de prednisona via oral, reavaliar</p><p>após 1 hora.</p><p>C) receber 4 jatos de salbutamol</p><p>inalatório a cada 2 horas e 500 mg</p><p>de hidrocortisona endovenosa,</p><p>reavaliar após 24 horas.</p><p>D) ser liberada do serviço de</p><p>emergência com prescrição de</p><p>salbutamol inalatório a cada 4 horas</p><p>e com prednisona 40 mg oral,</p><p>reavaliar na unidade básica.</p><p>Comentário da questão</p><p>O tratamento da crise de asma é</p><p>feito com broncodilatador</p><p>inalatório e corticoide sistêmico</p><p>podendo ser oral ou EV.</p><p>A asma por definição é uma doença</p><p>crônica inflamatória das vias aéreas.</p><p>O tratamento de controle da</p><p>doença é realizado principalmente</p><p>com corticoides inalatórios (pois</p><p>diminuem essa inflamação crônica),</p><p>sua importância é tamanha que até</p><p>mesmo pacientes que só fazem o</p><p>uso de medicação durante crises,</p><p>hoje devem utilizar um corticoide</p><p>inalatório associado ao</p><p>broncodilatador (preferência por</p><p>formoterol + corticoide inalatório).</p><p>Durante uma crise asmática, os</p><p>corticoides inalatórios apresentam</p><p>pouco espaço, pois não ajudam</p><p>neste momento.</p><p>O tratamento preconizado será</p><p>broncodilatador inalatório, feito a</p><p>cada 20 minutos durante 1 hora,</p><p>com reavaliação, associado a</p><p>corticoide sistêmico, dando</p><p>preferência a via oral.</p><p>Alternativas:</p><p>A - Incorreta: A paciente apresenta</p><p>uma crise asmática, então devemos</p><p>tratá-la em um primeiro momento</p><p>em ambiente hospitalar, com</p><p>reavaliação contínua, pois o quadro</p><p>pode agravar.</p><p>B - Correta: Exatamente, como</p><p>explicado acima.</p><p>C - Incorreta: O espaçamento entre</p><p>os jatos de salbutamol e também o</p><p>tempo de reavaliação está</p><p>incorreto. Um corticoide EV até</p><p>poderia ser usado, apesar de não ser</p><p>a primeira escolha.</p><p>D - Incorreta: neste primeiro</p><p>momento, a paciente deve ser</p><p>tratada em ambiente hospitalar.</p><p>QUESTÃO 9</p><p>Paciente de 60 anos de idade,</p><p>masculino, procura hospital de</p><p>atenção secundária com história de</p><p>“olhos amarelados” há cerca de 4</p><p>semanas. Refere “desconforto”</p><p>discreto em epigástrio e</p><p>hipocôndrio direito. Nega febre. Ao</p><p>exame físico, paciente emagrecido,</p><p>ictérico, 4+/4+, eupneico,</p><p>normocorado. Abdome plano,</p><p>flácido, depressível, com vesícula</p><p>biliar palpável, indolor, sinal de</p><p>Murphy negativo. Com base nessas</p><p>informações, qual a hipótese</p><p>diagnóstica para o caso clínico</p><p>descrito?</p><p>A) Pancreatite aguda.</p><p>B) Colangite.</p><p>C) Abscesso hepático.</p><p>D) Neoplasia de cabeça de</p><p>pâncreas.</p><p>Comentário da questão</p><p>Sinal de Courvoisier-Terrier:</p><p>Vesícula palpável e indolor em</p><p>esta perdendo cloro, mas o fato de</p><p>perder H+, fará com que tenha uma</p><p>alcalose.</p><p>D - Incorreta: o cloro esta sendo</p><p>perdido, então o paciente</p><p>apresentará uma hipocloremia.</p><p>QUESTÃO 90</p><p>Um adolescente do sexo masculino,</p><p>de 13 anos de idade, em</p><p>atendimento de rotina, relata</p><p>desânimo e cansaço para ajudar nas</p><p>atividades domésticas e</p><p>inapetência. Recordatório</p><p>alimentar: 3 sanduiches de pão de</p><p>forma com manteiga e batata frita</p><p>no almoço e no jantar, nos</p><p>intervalos ingere balas e biscoitos,</p><p>além de 1 000 mL de leite por dia.</p><p>Exame físico sem alterações, peso,</p><p>estatura e IMC no percentil 50 das</p><p>curvas de referência e G3P3 de</p><p>acordo com estadiamento de</p><p>Tanner. Hemograma: hemoglobina</p><p>= 12,1 g/dL; hematócrito = 35%;</p><p>VCM ≤ 75fl; CHCM ≤ 26,5g/dl.</p><p>Considerando que a Organização</p><p>Mundial de Saúde refere, de</p><p>maneira geral para adolescentes,</p><p>valores normais de hemoglobina ≥</p><p>12g%, é correto afirmar que</p><p>A) o paciente apresenta anemia</p><p>megaloblástica, sendo necessária a</p><p>correção dietética com alimentos</p><p>fontes de vitamina B12 e folatos.</p><p>B) o paciente não apresenta</p><p>alterações clínicas ou laboratoriais,</p><p>sendo necessário investigar outras</p><p>causas que justifiquem as queixas</p><p>do mesmo.</p><p>C) o paciente apresenta anemia</p><p>carencial por deficiência de ferro,</p><p>sendo necessária a correção</p><p>dietética e a administração de</p><p>sulfato ferroso.</p><p>D) o paciente não apresenta</p><p>anemia, contudo o resultado</p><p>laboratorial sugere deficiência de</p><p>ferro, devendo-se realizar a</p><p>orientação dietética pertinente.</p><p>Comentário da questão</p><p>A anemia é um distúrbio onde o</p><p>paciente apresenta níveis baixos de</p><p>Hb no sangue. Em homens adultos,</p><p>o valor padrão é considerado < 13</p><p>mg/dL, e em mulheres <12 mg/dL,</p><p>sendo que em grávidas e crianças</p><p>até 5 anos de idade consideramos</p><p>níveis <11 mg/dL.</p><p>Como a banca já nos disse,</p><p>consideramos anemia em</p><p>adolescentes de 13 anos, com</p><p>valores de Hb <12 g/dL. O paciente</p><p>apresenta valores de 12,1 g/dL,</p><p>então não o consideramos portador</p><p>de anemia, mas ele pode apresentar</p><p>deficiência de ferro? Pode sim,</p><p>principalmente pelo padrão</p><p>alimentar.</p><p>Note que nos exames laboratoriais</p><p>ele apresenta microcitose e</p><p>hipocrômica, o que sugere</p><p>deficiência de ferro. Então, temos</p><p>um paciente que não tem critérios</p><p>para anemia, mas apresenta exames</p><p>laboratoriais que sugerem</p><p>deficiência de ferro.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O paciente não</p><p>apresenta anemia, e a anemia</p><p>megaloblástica se manifesta com</p><p>VCM >100.</p><p>B - Incorreta: Sim, ele apresenta</p><p>alterações laboratoriais condizentes</p><p>com deficiência de ferro.</p><p>C - Incorreta: Como vimos, ele não</p><p>cumpre o critério para anemia.</p><p>D - Correta: Paciente sem critério</p><p>para anemia, mas com exames que</p><p>sugerem deficiência de ferro.</p><p>QUESTÃO 91</p><p>Uma mulher com 45 anos de idade</p><p>foi atendida em unidade básica de</p><p>saúde referindo que, há 4 meses, foi</p><p>realizada drenagem de abscesso</p><p>perianal em pronto-socorro e, desde</p><p>então, tem apresentado saída</p><p>ocasional de secreção fétida por</p><p>lesão dérmica no local. O exame</p><p>físico evidenciou orifício cutâneo</p><p>com saída de secreção amarelada à</p><p>compressão, localizado</p><p>anteriormente e acerca de 2 cm da</p><p>borda anal. Com base nos dados</p><p>apresentados, determine a</p><p>alternativa com a orientação da</p><p>conduta a ser seguida.</p><p>A) Encaminhar para nova drenagem</p><p>em pronto-socorro.</p><p>B) Encaminhar para avaliação</p><p>eletiva, em ambulatório</p><p>especializado.</p><p>C) Prescrever antibiótico por via oral</p><p>e pomada anestésica.</p><p>D) Prescrever anti-inflamatório por</p><p>via oral e pomada com antibiótico.</p><p>Comentário da questão</p><p>A principal hipótese diagnóstica</p><p>precisa ser fístula perianal. As</p><p>fístulas são uma complicação</p><p>comum após quadros de abcessos</p><p>perianais.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A paciente não</p><p>apresenta um quadro agudo de</p><p>abcesso que necessita ser</p><p>encaminhado ao pronto-socorro.</p><p>B - Correta: a paciente</p><p>provavelmente apresenta uma</p><p>fístula perianal, que pode ser</p><p>encaminhada ao atendimento</p><p>ambulatorial, onde será feita a</p><p>programação para abordagem</p><p>cirúrgica com segurança.</p><p>C - Incorreta: não é uma opção</p><p>correta para tratamento de fístulas.</p><p>D - Incorreta: não é o tratamento</p><p>preconizado para fístulas.</p><p>QUESTÃO 92</p><p>Um paciente masculino, 33 anos de</p><p>idade, agricultor, é internado com</p><p>quadro de cansaço, adinamia, tosse,</p><p>emagrecimento importante nos</p><p>últimos 6 meses (cerca de 14 kg). Ao</p><p>exame, mostra-se emagrecido,</p><p>mucosas pouco coradas, ausculta</p><p>pulmonar com murmúrio vesicular</p><p>preservado, estertores bilaterais.</p><p>Tomografia de tórax apresenta</p><p>lesões em brotamento com suspeita</p><p>de tuberculose pós-primária. Diante</p><p>desse caso, quais são,</p><p>respectivamente, o diagnóstico</p><p>diferencial, o exame a ser solicitado</p><p>para confirmação da tuberculose e o</p><p>tratamento a ser instituído?</p><p>A) Pneumonia por estafilococo;</p><p>solicitar pesquisa de BK e fungo em</p><p>escarro; iniciar tratamento com</p><p>rifampicina.</p><p>B) Pneumonia por</p><p>paracoccidioidomicose; solicitar</p><p>biópsia tran-brônquica; iniciar</p><p>rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida.</p><p>C) Pneumonia por estafilococo;</p><p>solicitar lavado bronco alveolar para</p><p>pesquisa de BK; iniciar rifampicina e</p><p>pirazinamida.</p><p>D) Pneumonia por</p><p>paracoccidioidomicose; solicitar</p><p>pesquisa de BK e fungo no escarro;</p><p>iniciar rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida.</p><p>Comentário da questão</p><p>QUESTÃO ANULADA</p><p>Um paciente agricultor com tosse,</p><p>emagrecimento, adinamia e</p><p>cansaço há 6 meses; pela alta</p><p>prevalência da tuberculose,</p><p>devemos pensar nela como principal</p><p>hipótese diagnóstica. Pelo trabalho</p><p>de agricultor apresenta fator de</p><p>risco para paracoccidioidomicose.</p><p>Alternativas</p><p>A e C - Incorretas: pneumonia</p><p>estafilocóccica que tem como forma</p><p>de apresentação, uma pneumonia</p><p>grave e de evolução aguda, e não</p><p>em 6 meses.</p><p>Agora, como nossa principal</p><p>hipótese é TBC, já podemos iniciar o</p><p>tratamento, que seria feito com</p><p>Rifampicina, isoniazida,</p><p>pirazinamida e etambutol.</p><p>Então poderíamos marcar tanto a</p><p>alternativa B quanto a D, apesar, de</p><p>mesmo assim, ambas estarem</p><p>incompletas.</p><p>QUESTÃO 93</p><p>Uma mulher de 34 anos de idade é</p><p>atendida em prontosocorro com</p><p>desconforto abdominal, sem sinais</p><p>de peritonite, com atraso menstrual</p><p>de 3 semanas. Foi submetida à</p><p>terceira tentativa de inseminação</p><p>artificial, recentemente, e</p><p>apresentava beta-hCG = 3 000</p><p>mUI/mL, dosado no dia anterior. O</p><p>médico solicitou uma</p><p>ultrassonografia que evidenciou</p><p>gestação ectópica à esquerda, com</p><p>saco gestacional bem delimitado,</p><p>sem batimentos cardíacos fetais e</p><p>medindo 3 cm. Diante do quadro</p><p>atual, qual a conduta apropriada?</p><p>A) Iniciar tratamento com</p><p>metotrexato 50 mg/m2 .</p><p>B) Adotar conduta expectante e</p><p>dosar beta-hCG diariamente.</p><p>C) Submeter a paciente a</p><p>videolaparoscopia e salpingostomia.</p><p>D) Submeter a paciente a</p><p>videolaparoscopia e salpingectomia.</p><p>Comentário da questão</p><p>A conduta expectante pode ser</p><p>adotada em algumas gestantes</p><p>selecionadas, obedecendo-se aos</p><p>seguintes critérios:</p><p>• Pouca dor ou sangramento;</p><p>• Confiabilidade na gestante</p><p>para seguimento;</p><p>• Nenhuma evidência de rotura</p><p>tubária;</p><p>• Nível de βhCG <1.000 mUI/ml</p><p>e em queda;</p><p>• Massa ectópica ou anexial <3</p><p>cm ou não detectável;</p><p>• Ausência de BCF;</p><p>• Estabilidade hemodinâmica.</p><p>O tratamento clínico com</p><p>metotrexato (MTX) critérios de</p><p>seleção são:</p><p>• Sinais vitais estáveis e pouca</p><p>sintomatologia;</p><p>• Ausência de contraindicação</p><p>médica para a terapia</p><p>(enzimas hepáticas normais,</p><p>hemograma e plaquetas</p><p>normais);</p><p>• Gravidez ectópica íntegra;</p><p>• Ausência de atividade</p><p>cardíaca embrionária;</p><p>• Massa ectópica medindo 4</p><p>cm ou menos;</p><p>• Níveis séricos de βhCG</p><p><5.000 mUI/ml.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: a mulher da questão se</p><p>enquadra nos critérios para o</p><p>tratamento clínico.</p><p>B - Incorreta: a conduta expectante</p><p>não é indicada, pois a</p><p>mulher não se</p><p>enquadra nos critérios (BhCG <</p><p>1000, e massa anexial < 3).</p><p>C e D - Incorretas: Não há</p><p>necessidade de cirurgia.</p><p>QUESTÃO 94</p><p>Um homem, com 58 anos de idade,</p><p>foi atendido em ambulatório de</p><p>hospital secundário. Relatava dor e</p><p>queimação epigástrica que</p><p>aumentava após a ingestão de</p><p>alimentos, acompanhada de</p><p>plenitude pós-prandial. Realizou</p><p>endoscopia digestiva alta que</p><p>evidenciou úlcera com 5 mm de</p><p>diâmetro na parede anterior do</p><p>antro gástrico, na região pré-</p><p>pilórica. Com base nos dados</p><p>apresentados, assinale a alternativa</p><p>que apresenta a conduta adequada</p><p>a ser seguida.</p><p>A) Solicitar endoscopia com</p><p>biópsias seriadas para excluir</p><p>neoplasia gástrica e pesquisar</p><p>Helicobacter pylori.</p><p>B) Indicar tratamento operatório</p><p>pela localização da úlcera e risco de</p><p>perfuração.</p><p>C) Prescrever inibidor de secreção</p><p>gástrica por 6 a 8 semanas e solicitar</p><p>endoscopia com pesquisa de</p><p>Helicobacter pylori, avaliando a</p><p>cicatrização.</p><p>D) Prescrever inibidor da secreção</p><p>gástrica e tratar Helicobacter pylori</p><p>empiricamente por sua prevalência</p><p>em ulcerosos, evitando recidiva.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente com quadro típico de</p><p>doença ulcerosa péptica, que</p><p>inclusive já foi comprovado na</p><p>endoscopia digestiva alta (EDA),</p><p>quando temos uma úlcera gástrica,</p><p>a repetição da EDA é obrigatória</p><p>após o tratamento adequado, pois</p><p>devemos reavaliar se não estamos</p><p>frente a uma neoplasia. O</p><p>tratamento é com inibidores das</p><p>bombas de prótons (omeprazol,</p><p>pantoprazol, entre outros).</p><p>IBPs por 6-8 semanas; por ser uma</p><p>úlcera gástrica, devemos repetir a</p><p>EDA obrigatoriamente. Então,</p><p>podemos fazer a pesquisa para o H.</p><p>pylori neste momento.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Sim, iremos realizar o</p><p>que indica a EDA. E devemos tratá-</p><p>lo com inibidores da secreção</p><p>gástrica.</p><p>B - Incorreta: o tratamento</p><p>operatório só é indicado em casos</p><p>de complicação ou refratariedade</p><p>ao tratamento clínico, portanto,</p><p>incorreta.</p><p>C - Correta: Apesar das ressalvas, é</p><p>a melhor alternativa.</p><p>D - Incorreta: Não é indicado o</p><p>tratamento empírico do H. pylori,</p><p>devemos confirmar sua infecção.</p><p>QUESTÃO 95</p><p>Uma menina de 3 anos de idade</p><p>iniciou subitamente um quadro</p><p>febril alto, apresentando</p><p>irritabilidade e queixa de dor</p><p>importante em perna direita,</p><p>parando de andar. Ao exame,</p><p>estava toxêmica. Foi identificada</p><p>dor localizada na face anterior do</p><p>quadril direito, com edema e</p><p>restrição da movimentação do</p><p>quadril direito, permanecendo na</p><p>posição de flexão-abdução e</p><p>rotação externa. Havia relato de</p><p>trauma na escola poucos dias antes,</p><p>tendo caído do balanço, mas não</p><p>houve repercussão no dia do</p><p>acidente. Diante do quadro clínico</p><p>apresentado, assinale a alternativa</p><p>que define o diagnóstico provável.</p><p>A) Febre reumática.</p><p>B) Sinovite transitória do quadril.</p><p>C) Doença de Legg-Perthes.</p><p>D) Artrite séptica do quadril.</p><p>Comentário da questão</p><p>Artrite séptica é uma condição</p><p>grave que pode causar grande</p><p>morbidade nos pacientes, pois</p><p>"destrói" a articulação, levando à</p><p>perda de movimentação. No quadril</p><p>o paciente perderá o movimento do</p><p>membro inferior.</p><p>artrite + sinais de toxemia (febre</p><p>alta, prostração), pensar em artrite</p><p>séptica.</p><p>A história de trauma é considerada</p><p>um fator de risco, pois serve como</p><p>um criador de porta de entrada para</p><p>as bactérias, por isso a banca citou</p><p>esse antecedente.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Febre reumática se</p><p>manifesta com artrites em várias</p><p>articulações, além de o paciente</p><p>apresentar antecedente de infecção</p><p>por Streptococcus do grupo A.</p><p>B - Incorreta: Também causa um</p><p>quadro parecido, mas sem sinais</p><p>toxêmicos, e as questões</p><p>geralmente nos dão um</p><p>antecedente de infecção viral.</p><p>C - Incorreta: A doença de Calves-</p><p>Legg-Perthés, também chamada</p><p>necrose avascular da cabeça do</p><p>fêmur, se manifesta com sintomas</p><p>parecidos, mas também não</p><p>teríamos a toxemia, fator de risco</p><p>(traumas, inflamações, alterações</p><p>endócrinas e fatores genéticos).</p><p>D - Correta: especialmente pela</p><p>presença de toxemia.</p><p>QUESTÃO 96</p><p>No Brasil, a doença diarreica aguda</p><p>é reconhecida como importante</p><p>causa de morbimortalidade,</p><p>mantendo relação direta com as</p><p>precárias condições de vida e saúde</p><p>dos indivíduos, em consequência da</p><p>falta de saneamento básico, de</p><p>desastres naturais (estiagem, seca e</p><p>inundação) e da desnutrição</p><p>crônica, entre outros fatores, de</p><p>acordo com dados do Ministério da</p><p>Saúde de 2019. No sentido de</p><p>melhorar o controle das doenças</p><p>diarreicas agudas, o Ministério da</p><p>Saúde orienta, como conduta</p><p>relacionada à vigilância</p><p>epidemiológica a ser adotada pela</p><p>equipe de saúde da Unidade Básica</p><p>de Saúde, a</p><p>A) monitorização, do tipo sentinela,</p><p>das doenças diarreicas agudas.</p><p>B) notificação compulsória semanal</p><p>dos surtos de doença diarreica</p><p>aguda apenas em crianças.</p><p>C) notificação compulsória imediata</p><p>de caso individual de doença</p><p>diarreica aguda em criança.</p><p>D) notificação compulsória dos</p><p>casos isolados de doença diarreica</p><p>aguda causada por água e/ou</p><p>alimento.</p><p>Comentário da questão</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, os</p><p>sistemas de vigilância sentinela</p><p>procuram monitorar indicadores</p><p>chaves na população geral ou em</p><p>grupos especiais, que sirvam como</p><p>alerta precoce para o sistema, não</p><p>tendo a preocupação com</p><p>estimativas precisas de incidência</p><p>ou prevalência da população geral.</p><p>Evento sentinela é a detecção de</p><p>doença prevenível, incapacidade, ou</p><p>morte inesperada, cuja ocorrência</p><p>serve como um sinal de alerta de</p><p>que a qualidade terapêutica ou</p><p>medida de prevenção deve ser</p><p>questionada</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Os casos individuais de</p><p>doença diarreica aguda (DDA) são</p><p>de notificação compulsória em</p><p>unidades sentinelas para</p><p>monitorização das DDA (MDDA). O</p><p>principal objetivo da vigilância</p><p>epidemiológica nesses casos é</p><p>monitorar o perfil epidemiológico,</p><p>visando detectar precocemente</p><p>surtos, especialmente os</p><p>relacionados a: acometimento entre</p><p>menores de cinco anos; agentes</p><p>etiológicos virulentos e epidêmicos,</p><p>como é o caso da cólera; situações</p><p>de vulnerabilidade social; seca,</p><p>inundações e desastres.</p><p>B - Incorreta: A ocorrência de, no</p><p>mínimo, dois casos com o mesmo</p><p>quadro clínico de diarreia após</p><p>ingestão do mesmo alimento ou</p><p>água da mesma origem caracteriza-</p><p>se como surto de doença</p><p>transmitida por água/alimento. As</p><p>notificações de surto em qualquer</p><p>população devem ser compulsórias</p><p>imediatas.</p><p>C - Incorreta: os casos isolados de</p><p>DDA são de notificação obrigatória</p><p>apenas pelas unidades sentinelas</p><p>que tiverem a monitorização das</p><p>doenças diarreicas agudas (MDDA).</p><p>D - Incorreta: Novamente, temos a</p><p>situação de um caso isolado,</p><p>apenas notificado pelas unidades</p><p>sentinelas.</p><p>QUESTÃO 97</p><p>Uma mulher, de 27 anos de idade,</p><p>teve uma cesárea há 2 horas. Seu</p><p>acompanhante notou um</p><p>sangramento vaginal e chamou a</p><p>equipe de enfermagem. Na</p><p>checagem dos sinais vitais, foi</p><p>constatada uma pressão arterial =</p><p>90/50 mmHg e um pulso de 112 =</p><p>bpm. Frente a esse quadro, assinale</p><p>a alternativa correta.</p><p>A) A paciente apresenta quadro de</p><p>instabilidade hemodinâmica,</p><p>portanto, medidas de ressuscitação</p><p>devem ser iniciadas imediatamente.</p><p>B) A paciente apresenta sinais vitais</p><p>estáveis para o período puerperal,</p><p>porém é importante que seja</p><p>monitorizada em terapia intensiva</p><p>pelo alto risco de sangramento em</p><p>período puerperal.</p><p>C) A paciente apresenta</p><p>estabilidade hemodinâmica e sinais</p><p>vitais normais para o período de</p><p>puerpério. É necessário um controle</p><p>mais frequente de sinais vitais e</p><p>sangramento.</p><p>D) A paciente apresenta um quadro</p><p>que pode indicar dano cerebral,</p><p>portanto, deve ser transferida para</p><p>Unidade de Terapia Intensiva</p><p>imediatamente.</p><p>Comentário da questão</p><p>Hemorragia pós-parto (HPP):</p><p>Define-se HPP como a perda</p><p>sanguínea vaginal estimada</p><p>em</p><p>mais de 500 mL após parto vaginal</p><p>ou mais de 1.000 mL após</p><p>cesariana. As principais etiologias</p><p>geralmente são atonia, trauma e</p><p>coagulopatia, que pode ser primária</p><p>ou secundária.</p><p>Diante de uma paciente hipotensa e</p><p>taquicárdica, com revisão do trajeto</p><p>normal, a provável causa será atonia</p><p>uterina.</p><p>O manejo inclui controle de sinais</p><p>vitais e diurese, administração de</p><p>oxitocina e soro fisiológico e</p><p>massagem bimanual do útero</p><p>(manobra de Hamilton).</p><p>A massagem deve ser uterina</p><p>bimanual, em que se comprime o</p><p>fundo do útero com uma mão</p><p>contra a outra mão introduzida na</p><p>vagina, a qual faz pressão no fundo</p><p>de saco anterior.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A paciente encontra-se</p><p>hipotensa e taquicárdica, portanto,</p><p>instável hemodinamicamente.</p><p>Medidas de ressuscitação devem ser</p><p>prontamente iniciadas, com</p><p>reposição volêmica com solução</p><p>isotônica inicialmente.</p><p>B e C - Incorretas: O quadro de</p><p>hipotensão e taquicardia indica</p><p>instabilidade hemodinâmica em</p><p>paciente que apresenta</p><p>sangramento, com potencial risco</p><p>de evoluir para choque</p><p>hipovolêmico. Medidas de</p><p>ressuscitação volêmica devem ser</p><p>realizadas inicialmente.</p><p>D - Incorreta: Inicialmente, a</p><p>paciente deve ser estabilizada com</p><p>reposição volêmica e medidas para</p><p>conter o sangramento. Não é</p><p>necessária internação em leito de</p><p>UTI nesse momento.</p><p>QUESTÃO 98</p><p>Em 2006, foi implantada a Política</p><p>Nacional de Práticas Integrativas e</p><p>Complementares (PNPIC) no SUS.</p><p>De acordo com essa política, é</p><p>correto afirmar que</p><p>A) o seu campo de atuação envolve</p><p>sistemas médicos simplificados com</p><p>a utilização de recursos terapêuticos</p><p>simples.</p><p>B) estimula mecanismos naturais de</p><p>tratamento de algumas doenças e</p><p>recuperação da saúde com</p><p>utilização de tecnologias frágeis e</p><p>nem sempre seguras.</p><p>C) limita o acesso à tecnologia de</p><p>ponta e aumenta o número de</p><p>atendimentos nas unidades,</p><p>contribuindo para ampliar a</p><p>resolubilidade do sistema.</p><p>D) compartilha da visão ampliada</p><p>do processo saúdedoença e a</p><p>promoção global do cuidado</p><p>humano, especialmente do</p><p>autocuidado.</p><p>Comentário da questão</p><p>A Política Nacional de Práticas</p><p>Integrativas e Complementares no</p><p>SUS (PNPIC) institucionaliza as</p><p>Práticas Integrativas e</p><p>Complementares (PICS). Uma das</p><p>abordagens desse campo é a visão</p><p>ampliada do processo saúde/doença</p><p>e da promoção global do cuidado</p><p>humano, especialmente do</p><p>autocuidado.</p><p>As indicações são embasadas no</p><p>indivíduo como um todo,</p><p>considerando-o em seus vários</p><p>aspectos: físico, psíquico, emocional</p><p>e social. Entre as principais</p><p>diretrizes da PNPIC está o aumento</p><p>da resolutividade dos serviços de</p><p>saúde, que ocorre a partir da</p><p>integração (ao modelo convencional</p><p>de cuidado) de racionalidades com</p><p>olhar e atuação mais ampliados,</p><p>agindo de forma integrada e/ou</p><p>complementar no diagnóstico, na</p><p>avaliação e no cuidado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: O campo de atuação</p><p>das PICS, abrange a Medicina</p><p>Tradicional Chinesa/Acupuntura,</p><p>Medicina Antroposófica,</p><p>Homeopatia, Plantas Medicinais e</p><p>Fitoterapia, Termalismo</p><p>Social/Crenoterapia, Arteterapia,</p><p>Ayurveda, Biodança, Dança Circular,</p><p>Meditação, Musicoterapia,</p><p>Naturopatia, Osteopatia,</p><p>Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki,</p><p>Shantala, Terapia Comunitária</p><p>Integrativa, Yoga, Apiterapia,</p><p>Aromaterapia, Bioenergética,</p><p>Constelação familiar, Cromoterapia,</p><p>Geoterapia, Hipnoterapia,</p><p>Imposição de mãos, Ozonioterapia</p><p>e Terapia de Florais.</p><p>B - Incorreta: Só de vermos os</p><p>termos “frágeis” “nem sempre</p><p>seguras” já desconfiamos que está</p><p>errado. Se é uma política do SUS, é</p><p>algo funcional e com embasamento.</p><p>E como podemos observar no</p><p>comentário anterior, não são</p><p>tecnologias frágeis.</p><p>C - Incorreta: Tecnologia de ponta é</p><p>encontrada no nível terciário de</p><p>atenção à saúde (hospitais</p><p>universitários, por exemplo). E a</p><p>PNPIC não limita o acesso a isso</p><p>pois as PICS são complementares ao</p><p>tratamento, não impedindo o</p><p>acesso a outras tecnologias, caso</p><p>necessário.</p><p>D - Correta: as PICS não substituem</p><p>o tratamento tradicional. Elas são</p><p>um adicional, um complemento no</p><p>tratamento e indicadas por</p><p>profissionais específicos conforme</p><p>as necessidades de cada caso.</p><p>QUESTÃO 99</p><p>Um homem de 40 anos de idade,</p><p>que trabalha com extrativismo</p><p>florestal no interior do estado do</p><p>Amazonas, onde passa a maior</p><p>parte do ano, procurou atendimento</p><p>médico em Unidade Básica de</p><p>Saúde devido à lesão exulcerada em</p><p>tórax há 6 meses, evoluindo com</p><p>aumento progressivo. Ao exame</p><p>físico, não apresenta alterações,</p><p>exceto a lesão única abaixo, a qual</p><p>foi biopsiada.</p><p>GONTIJO, B.; de CARVALHO,</p><p>M.L.R. XX. XX. v.36, n.1, p.71-80,</p><p>2003.</p><p>O resultado do exame</p><p>histopatológico esperado para esse</p><p>caso e o tratamento proposto</p><p>devem ser</p><p>A) infiltrado neutrofílico com</p><p>aspecto verde maçã quando corado</p><p>pelo Vermelho Congo; fluconazol.</p><p>B) células de Kupffer acompanhadas</p><p>de nódulos regenerativos com áreas</p><p>de fibrose; prednisona.</p><p>C) infiltrado inflamatório</p><p>inespecífico com células de Hürthle</p><p>e presença de invasão vascular;</p><p>benzonidazol.</p><p>D) granulomas e estruturas</p><p>arredondadas compatíveis com</p><p>formas amastigotas; N-</p><p>metilglucamina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Apenas com o quadro clínico,</p><p>poderíamos ter várias hipóteses</p><p>condizentes: neoplasias cutâneas,</p><p>tuberculose cutânea, úlcera tropical,</p><p>paracoccidioidomicose, e a</p><p>leishmaniose tegumentar.</p><p>A imagem é fortemente sugestiva</p><p>de uma delas: A leishmaniose</p><p>tegumentar, inclusive ela voltou a</p><p>aparecer na segunda fase do ano de</p><p>2022.1. Ela é uma doença infecciosa</p><p>causada por protozoários do gênero</p><p>Leishmania. A transmissão tem</p><p>como vetor o mosquito palha</p><p>(Lutzomyia), e o protozoário</p><p>apresenta como reservatório</p><p>natural marsupiais (gambá) e</p><p>roedores.</p><p>Em média 2 meses da transmissão,</p><p>se forma uma úlcera com borda</p><p>bem delimitada, e com fundo</p><p>granulomatoso.</p><p>O tratamento costuma ser feito</p><p>com antimoniato de N-</p><p>metilglucamina endovenoso.</p><p>Alternativas:</p><p>A - Incorreta: A descrição da lâmina</p><p>ocorre em placas senis no sistema</p><p>nervoso central, que inclusive não</p><p>são tratadas com fluconazol.</p><p>B - Incorreta: As células de Kupffer</p><p>se encontram no fígado, nossa</p><p>biópsia é de pele.</p><p>C - Incorreta: Células de Hürthle são</p><p>encontradas em neoplasias de</p><p>tireoide.</p><p>D - Correta: Amastigotos é a forma</p><p>intracelular de protozoários, como</p><p>da leishmaniose, e o tratamento é</p><p>feito com antimoniato de N-</p><p>metilglucamina.</p><p>QUESTÃO 100</p><p>Uma mulher com 55 anos de idade</p><p>procura a unidade de emergência</p><p>referenciada com queixa de dor</p><p>precordial em aperto há 12 horas.</p><p>Antecedentes pessoais: diabética</p><p>tipo 2, há 12 anos, em uso de</p><p>metformina 1 500 mg ao dia e</p><p>glicazida 30 mg ao dia, hipertensão</p><p>arterial, há 8 anos, em uso de</p><p>captopril 150 mg ao dia. Exame</p><p>físico da admissão: PA = 100 x 60</p><p>mmHg, FC = 70 bpm, FR = 18 irpm,</p><p>Sat = 92%. Ritmo cardíaco regular</p><p>em 2 tempos sem sopros, murmúrio</p><p>vesicular presente e simétrico com</p><p>estertores crepitantes em base,</p><p>abdome globoso, fígado há 4 cm do</p><p>rebordo costal direito, baço não</p><p>percutível. Extremidades: pulsos</p><p>periféricos diminuído, edema 3+/4+.</p><p>ECG abaixo: Diante do quadro</p><p>apresentado, o diagnóstico e</p><p>tratamento são:</p><p>A) infarto agudo do miocárdio e</p><p>trombólise com ateplase.</p><p>B) infarto do miocárdio evoluído e</p><p>cateterismo.</p><p>C) síndrome coronariana aguda e</p><p>balão intra-aórtico.</p><p>D) pericardite aguda e colchicina.</p><p>Comentário da questão</p><p>Síndrome coronariana:</p><p>• Síndrome coronariana sem</p><p>supra de ST:</p><p>o Angina instável;</p><p>o Infarto agudo do</p><p>miocárdio sem supra</p><p>de ST.</p><p>• Síndrome coronariana com</p><p>supra de ST:</p><p>o Infarto agudo do</p><p>miocárdio com supra</p><p>de ST.</p><p>Na síndrome coronariana com supra</p><p>de ST a prioridade é para a</p><p>reperfusão cardíaca, a qual pode ser</p><p>por meio de um trombolítico ou</p><p>cateterismo cardíaco.</p><p>O</p><p>cateterismo é mais eficaz e, por</p><p>isso, se disponível até 90 minutos do</p><p>ingresso do paciente ao hospital</p><p>(120 minutos se tivermos que fazer</p><p>um translado), é a conduta de</p><p>preferência.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: a conduta</p><p>preferencial é o cateterismo com</p><p>angioplastia.</p><p>B - Correta: o supra de ST em si,</p><p>quando ele cria um platô, como o da</p><p>imagem, podemos afirmar que o</p><p>infarto já ocorreu há algum tempo,</p><p>e podemos chamá-lo de evoluído. O</p><p>quadro mais agudo de um supra de</p><p>ST é quando ele se apresenta</p><p>totalmente convexo, está correta.</p><p>C - Incorreta: Estamos sim frente a</p><p>uma síndrome coronariana aguda,</p><p>mas não temos indicação alguma de</p><p>balão intra-aórtico, além de que não</p><p>especifica bem qual síndrome</p><p>coronariana aguda, o que já pode</p><p>ser considerado como incompleto.</p><p>D - Incorreta: Pericardite se</p><p>manifesta com dor retroesternal e</p><p>piora com posição de decúbito</p><p>dorsal e respiração; encontraríamos</p><p>supras de ST em múltiplas</p><p>derivações (quase todas), além de</p><p>termos alguns sinais como atrito</p><p>pericárdico, portanto, não é nossa</p><p>principal hipótese aqui.</p><p>paciente ictérico é um sinal</p><p>extremamente sugestivo de</p><p>tumores periampulares, como o</p><p>câncer de cabeça de pâncreas.</p><p>A) Pancreatite aguda.</p><p>Incorreta: O quadro de pancreatite</p><p>aguda é de instalação mais</p><p>abrupta/rápida, não costuma cursar</p><p>com icterícia, e há um quadro de dor</p><p>e inflamação mais acentuados.</p><p>B) Colangite.</p><p>Incorreta: No caso de colangite</p><p>existe um processo infeccioso, o</p><p>paciente da questão não é descrito</p><p>como toxemiado. Além disso, assim</p><p>como a Pancreatite, a colangite</p><p>apresenta um quadro mais agudo.</p><p>C) Abscesso hepático.</p><p>Incorreta: Abcessos hepáticos</p><p>podem ter uma apresentação mais</p><p>lenta, e sim podem cursar com</p><p>icterícia, porém, não iriamos</p><p>observar a vesícula biliar palpável.</p><p>D) Neoplasia de cabeça de</p><p>pâncreas.</p><p>Correta: A vesícula de Courvoisier-</p><p>Terrier é sugestivo de tumores</p><p>periampulares.</p><p>QUESTÃO 10</p><p>Uma paciente de 32 anos de idade</p><p>vem ao retorno em seu médico de</p><p>família para checar resultados de</p><p>sorologias solicitadas na consulta</p><p>anterior. A paciente refere 2</p><p>gestações prévias, e nega atividade</p><p>sexual há mais de 1 ano, após seu</p><p>divórcio. Ao checar os exames, o</p><p>médico identifica o VDRL positivo à</p><p>diluição de 1:2 (valor de referência:</p><p>negativo) e o TPHA reagente (valor</p><p>de referência: não reagente), HBsAg</p><p>negativo, anti-HBc negativo, anti-</p><p>HCV negativo e anti-HIV negativo.</p><p>Ao exame físico, ela não apresenta</p><p>nenhuma lesão genital ou</p><p>extragenital. Ela afirma que realizou</p><p>tratamento com penicilina na última</p><p>gestação há 4 anos (relata 2</p><p>injeções em cada nádega, em 3</p><p>aplicações). O médico checa o</p><p>prontuário da paciente e identifica o</p><p>registro da aplicação de 3 doses de</p><p>penicilina benzatina (2 400 000 UI a</p><p>cada dose) durante o último pré-</p><p>natal. Diante do que foi exposto,</p><p>qual a conduta correta?</p><p>A) Tratar a paciente com penicilina</p><p>benzatina 2 400 000 UI, 1 vez por</p><p>semana, por 3 semanas.</p><p>B) Considerar como cicatriz</p><p>sorológica devido à comprovação</p><p>do tratamento prévio com</p><p>penicilina.</p><p>C) Solicitar um novo teste rápido</p><p>para confirmar caso de sífilis.</p><p>D) Tratar a paciente com penicilina</p><p>benzatina 2 400 000 UI em dose</p><p>única.</p><p>Comentário da questão</p><p>Um teste treponêmico positivo</p><p>pode ser cicatriz sorológica e não</p><p>tem indicação de tratamento</p><p>imediato!</p><p>Pacientes que tiveram contato com</p><p>o treponema podem apresentar a</p><p>cicatriz sorológica no teste</p><p>treponêmico praticamente pela vida</p><p>toda (cicatriz sorológica). O VDRL</p><p>costuma zerar com o passar dos</p><p>anos, mas pode demorar em média</p><p>de 8 anos para zerar, por isso é</p><p>possível manter baixos títulos</p><p>mesmo após tratamento adequado.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Até poderíamos</p><p>cogitar um quadro de sífilis latente.</p><p>Mas com a afirmação de um VDRL</p><p>em baixos títulos e tratamento</p><p>prévio, temos que pensar em uma</p><p>cicatriz sorologica.</p><p>B – Correta: consideramos como</p><p>cicatriz devido ao relato de</p><p>tratamento adequado prévio. Caso</p><p>a questão não nos desse essa</p><p>informação, não poderíamos</p><p>afirmar e, por via das dúvidas,</p><p>iríamos iniciar o tratamento. Caso o</p><p>VDRL estivesse negativo,</p><p>poderíamos considerar a</p><p>observação.</p><p>C - Incorreta: O teste rápido é um</p><p>teste treponêmico, virá positivo</p><p>invariavelmente, já que se trata de</p><p>cicatriz sorológica. Nesse sentido,</p><p>não agrega em nada à conduta.</p><p>D - Incorreta: Não se trata de uma</p><p>sífilis primária ou latente recente.</p><p>QUESTÃO 11</p><p>Um adolescente de 14 anos, do sexo</p><p>masculino, procura serviço médico</p><p>com história de dor em joelho</p><p>direito há 2 meses, com piora nos</p><p>últimos dias, sem fatores de</p><p>melhora. Refere queda acidental</p><p>durante um jogo de futebol com os</p><p>amigos, cerca de uma semana antes</p><p>do início das queixas. Ao exame</p><p>físico, evidenciou-se edema discreto</p><p>em joelho direito, calor local, dor a</p><p>palpação de região distal do fêmur,</p><p>sem hiperemia. A radiografia de</p><p>joelho apresenta imagem lítica em</p><p>região distal do fêmur e na região</p><p>proximal da tíbia, lesão em cortical</p><p>com reação periosteal tipo "raios de</p><p>sol" e triângulo de Codman.</p><p>Considerando o caso clínico</p><p>apresentado, assinale a alternativa</p><p>que contém o diagnóstico mais</p><p>provável.</p><p>A) Osteossarcoma.</p><p>B) Artrite séptica.</p><p>C) Sarcoma de Ewing.</p><p>D) Artrite reumatoide juvenil.</p><p>Comentário da questão</p><p>Lesões ao longo do fêmur distal e</p><p>que cursam com aspecto de raio de</p><p>sol e triângulo de Codman são</p><p>características do osteosarcoma. A</p><p>questão nos apresenta um</p><p>adolescente de 14 anos</p><p>apresentando uma dor no joelho há</p><p>2 meses depois de um trauma ao</p><p>jogar futebol e sem fatores de</p><p>melhora. Foi solicitada uma</p><p>radiografia que demonstra uma</p><p>imagem lítica na região distal do</p><p>fêmur, lesão cortical com reação</p><p>periosteal tipo “raios de sol” e</p><p>triângulo de Codman. Esse é um</p><p>quadro clínico típico de</p><p>osteossarcoma, um tumor ósseo</p><p>primário mais comum da pediatria.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: O osteossarcoma é o</p><p>tumor ósseo mais comum e</p><p>costuma atingir meninos entre 10 e</p><p>15 anos de idade.</p><p>A clínica de pacientes com esse</p><p>tumor é exatamente igual ao</p><p>relatado na questão, uma dor de</p><p>longa duração que inicia após</p><p>história de trauma e que não</p><p>melhora com uso de medicação</p><p>sintomática.</p><p>No raio-x, os achados de lesão</p><p>heterogênea de bordos indistintos</p><p>com uma expansão para além da</p><p>cortical do osso que dão um aspecto</p><p>radiológico de raios de sol e o</p><p>triângulo de Codman são</p><p>características desse tumor. O</p><p>tratamento dos pacientes sem</p><p>metástase é feito com</p><p>quimioterapia neoadjuvante</p><p>seguida de ressecção da lesão óssea</p><p>e um novo ciclo de quimioterapia</p><p>pós-operatória.</p><p>B - Incorreta: A artrite séptica</p><p>normalmente cursa com um quadro</p><p>mais agudo e com manifestações</p><p>sistêmicas como febre e queda do</p><p>estado geral.</p><p>C - Incorreta: O sarcoma de Ewing</p><p>tem um quadro clínico bem</p><p>semelhante ao do osteossarcoma,</p><p>todavia temos uma diferença entre</p><p>os dois que é o aparecimento de</p><p>manifestações sistêmicas como</p><p>febre e perda ponderal. No raio-x</p><p>temos duas lesões marcantes:</p><p>1. Lesão óssea com aspecto de</p><p>“roído de traças” e;</p><p>2. Reação periosteal em “casca</p><p>de cebola”.</p><p>O tratamento é muito semelhante</p><p>ao do osteossarcoma, com a</p><p>diferença que nesses pacientes</p><p>podemos usar também a</p><p>radioterapia.</p><p>D - Incorreta: A artrite reumatóide</p><p>juvenil é conhecida hoje como</p><p>artrite idiopática juvenil. É a doença</p><p>reumática mais comum em crianças</p><p>e cursa com artrite em 1 ou mais</p><p>articulações com febre de pelo</p><p>menos por 2 semanas de duração e</p><p>agregado ao caso a presença de</p><p>rash cutâneo, linfonodomegalia</p><p>generalizada, hepatomegalia</p><p>esplenomegalia e sinais de serosite</p><p>(pericardite, pleurite ou peritonite).</p><p>QUESTÃO 12</p><p>Promulgada em 2017, a Política</p><p>Nacional da Atenção Básica (PNAB)</p><p>estabelece que a Territorialização e</p><p>Adstrição da Clientela permitem o</p><p>planejamento, a programação</p><p>descentralizada e o</p><p>desenvolvimento de ações setoriais</p><p>e intersetoriais com foco em um</p><p>território específico. A organização</p><p>da Estratégia da Saúde da Família</p><p>está baseada no preceito de</p><p>responsabilidade sanitária sobre a</p><p>população do território definido.</p><p>Nesse sentido, é correto afirmar que</p><p>A) a atualização dos dados de</p><p>condições socioeconômicas das</p><p>famílias é feita no sistema de</p><p>informação de agravos de</p><p>notificação, de forma contínua, e</p><p>sob responsabilidade dos ACS.</p><p>B) a delimitação da população</p><p>adscrita da equipe, processo</p><p>realizado por todos os membros da</p><p>equipe, obedece estritamente aos</p><p>limites geográficos e</p><p>administrativos dos bairros de</p><p>grandes cidades.</p><p>C) o processo de territorialização</p><p>finaliza com o cadastramento das</p><p>famílias da área e é uma atribuição</p><p>dos agentes comunitários.</p><p>D) a territorialização tem início com</p><p>a definição do território, área e</p><p>microárea, seguida pelo</p><p>cadastramento de famílias, que é</p><p>uma responsabilidade de toda a</p><p>equipe.</p><p>Comentário</p><p>da questão</p><p>A territorialização tem início com a</p><p>definição do território, área e</p><p>microárea, seguida pelo</p><p>cadastramento de famílias, que é</p><p>uma responsabilidade de toda a</p><p>equipe.</p><p>• Regionalização e</p><p>Hierarquização: considera-</p><p>se regiões de saúde como um</p><p>recorte espacial estratégico</p><p>para fins de planejamento,</p><p>organização e gestão de</p><p>redes de ações e serviços de</p><p>saúde em determinada</p><p>localidade, e a hierarquização</p><p>como forma de organização</p><p>de pontos de atenção da RAS</p><p>entre si, com fluxos e</p><p>referências estabelecidos;</p><p>• Territorialização e</p><p>Adstrição: considera-se</p><p>Território a unidade</p><p>geográfica única, de</p><p>construção descentralizada</p><p>do SUS na execução das</p><p>ações estratégicas</p><p>destinadas à vigilância,</p><p>promoção, prevenção,</p><p>proteção e recuperação da</p><p>saúde. Os Territórios são</p><p>destinados para dinamizar a</p><p>ação em saúde pública, o</p><p>estudo social, econômico,</p><p>epidemiológico, assistencial,</p><p>cultural e identitário,</p><p>possibilitando uma ampla</p><p>visão de cada unidade</p><p>geográfica e subsidiando a</p><p>atuação na Atenção Básica,</p><p>de forma que atendam a</p><p>necessidade da população</p><p>adscrita e ou as populações</p><p>específicas;</p><p>• População Adscrita:</p><p>população que está presente</p><p>no território da UBS, de</p><p>forma a estimular o</p><p>desenvolvimento de relações</p><p>de vínculo e</p><p>responsabilização entre as</p><p>equipes e a população,</p><p>garantindo a continuidade</p><p>das ações de saúde e a</p><p>longitudinalidade do cuidado</p><p>e com o objetivo de ser</p><p>referência para o seu</p><p>cuidado;</p><p>• Cuidado Centrado na</p><p>Pessoa: o cuidado é</p><p>construído com as pessoas,</p><p>de acordo com suas</p><p>necessidades e</p><p>potencialidades na busca de</p><p>uma vida independente e</p><p>plena. A família, a</p><p>comunidade e outras formas</p><p>de coletividade são</p><p>elementos relevantes, muitas</p><p>vezes condicionantes ou</p><p>determinantes na vida das</p><p>pessoas e, por consequência,</p><p>no cuidado;</p><p>• Resolutividade: deve ser</p><p>capaz de resolver a grande</p><p>maioria dos problemas de</p><p>saúde da população,</p><p>coordenando o cuidado do</p><p>usuário em outros pontos da</p><p>RAS, quando necessário;</p><p>• Longitudinalidade do</p><p>cuidado: pressupõe a</p><p>continuidade da relação de</p><p>cuidado, com construção de</p><p>vínculo e responsabilização</p><p>entre profissionais e usuários</p><p>ao longo do tempo e de</p><p>modo permanente e</p><p>consistente;</p><p>• Coordenar o cuidado:</p><p>elaborar, acompanhar e</p><p>organizar o fluxo dos usuários</p><p>entre os pontos de atenção</p><p>das RAS, atuando como o</p><p>centro de comunicação entre</p><p>os diversos pontos de</p><p>atenção;</p><p>• Ordenar as redes:</p><p>reconhecer as necessidades</p><p>de saúde da população sob</p><p>sua responsabilidade,</p><p>organizando as necessidades</p><p>desta população em relação</p><p>aos outros pontos de atenção</p><p>à saúde, contribuindo para</p><p>que o planejamento das</p><p>ações, assim como, a</p><p>programação dos serviços de</p><p>saúde, parta das</p><p>necessidades de saúde das</p><p>pessoas;</p><p>• Participação da</p><p>comunidade: estimular a</p><p>participação das pessoas, a</p><p>orientação comunitária das</p><p>ações de saúde na Atenção</p><p>Básica e a competência</p><p>cultural no cuidado, como</p><p>forma de ampliar sua</p><p>autonomia e capacidade na</p><p>construção do cuidado à sua</p><p>saúde e das pessoas e</p><p>coletividades do território.</p><p>A questão faça sobre quesitos da</p><p>territorialização e da adstrição,</p><p>lendo essas diretrizes, entendemos</p><p>que o Território é mais que um</p><p>espaço geográfico, mas um espaço</p><p>que divide cultura, contexto</p><p>socioeconômico, epidemiológico,</p><p>dentre outros, ou seja, não depende</p><p>de uma região geográfica, uma</p><p>mesma região pode ter diferentes</p><p>territórios. Já em relação a adscrição</p><p>de clientela, devemos entender que</p><p>é toda população vinculada àquela</p><p>UBS, sendo papel de toda a equipe,</p><p>realizar esse cadastramento, apesar</p><p>de ser ideal que o ACS consiga</p><p>realizar esse processo, já que tem</p><p>maior vínculo com a comunidade.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Essas informações</p><p>são preenchidas no Sistema de</p><p>Informação da Atenção Básica</p><p>(SIAB) e é responsabilidade de toda</p><p>a equipe.</p><p>B - Incorreta: A territorialização</p><p>para a adscrição da clientela não</p><p>obedece apenas limites geográficos.</p><p>C - Incorreta: É atribuição de toda a</p><p>equipe de saúde.</p><p>D - Correta: É sobre isso, o processo</p><p>deve ser realizado por toda equipe e</p><p>começa com a territorialização</p><p>seguida pela adscrição.</p><p>QUESTÃO 13</p><p>Uma mulher de 48 anos de idade é</p><p>trazida por familiares à unidade de</p><p>emergência de hospital de alta</p><p>complexidade com quadro de</p><p>confusão mental, cefaleia e</p><p>amaurose bilateral. Segundo</p><p>familiares, a paciente é portadora</p><p>de hipertensão arterial sistêmica há</p><p>2 anos, vindo em investigação</p><p>diagnóstica por ser classificada</p><p>como hipertensão arterial</p><p>resistente. Nas últimas 2 semanas, a</p><p>paciente passou a não tomar seus</p><p>fármacos anti-hipertensivos, em</p><p>razão de acreditar que o tratamento</p><p>não estava mais funcionando. Na</p><p>véspera, a paciente começou a se</p><p>queixar de cefaleia holocraniana,</p><p>pouco responsiva a fármacos, além</p><p>de turvação visual. No dia de hoje, a</p><p>paciente tornou-se um pouco</p><p>confusa e começou a se queixar de</p><p>que não estava conseguindo</p><p>enxergar nada, razão porque foi</p><p>trazida, às pressas, à unidade de</p><p>emergência. Ao exame físico, a</p><p>paciente mostra-se confusa,</p><p>sonolenta, atendendo com</p><p>dificuldade a algumas solicitações</p><p>verbais. Sua pressão arterial (PA)</p><p>encontra-se em 240 x 160 mmHg</p><p>em ambos os membros superiores,</p><p>enquanto a frequência cardíaca é de</p><p>96 bpm. Um sopro é auscultado no</p><p>flanco direito de seu abdome.</p><p>Iniciado tratamento anti-</p><p>hipertensivo intravenoso, a paciente</p><p>é submetida a uma tomografia</p><p>computadorizada de crânio em que</p><p>foram detectadas áreas hipodensas</p><p>em regiões occipitais. A paciente é,</p><p>então, encaminhada para realização</p><p>de uma ressonância magnética de</p><p>encéfalo que, na imagem pesada</p><p>em T2, revela a presença de</p><p>hiperintensidade de sinal nos lobos</p><p>occipitais, sem limites muito bem</p><p>definidos. Instituído o tratamento</p><p>indicado, a paciente evolui com</p><p>regressão completa dos déficits</p><p>neurológicos previamente descritos.</p><p>Acerca do tratamento da paciente</p><p>em questão, pode-se afirmar que</p><p>A) o alvo terapêutico no caso seria a</p><p>normalização da pressão arterial</p><p>em, no máximo, 2 horas.</p><p>B) após compensação clínica, seria</p><p>fundamental ressecar o tumor</p><p>adrenal secretor presente à direita.</p><p>C) nicardipina e labetalol por via</p><p>intravenosa seriam excelentes</p><p>escolhas farmacológicas para a</p><p>redução da PA da paciente.</p><p>D) em razão da presença de</p><p>trombose da artéria basilar, deveria</p><p>ser adicionada anticoagulação plena</p><p>com heparina de baixo peso</p><p>molecular.</p><p>Comentário da questão</p><p>Paciente conhecida com</p><p>hipertensão de diagnóstico recente,</p><p>apresenta sopro em flanco. Temos</p><p>que nos atentar para uma estenose</p><p>de artéria renal. Ela relata não fazer</p><p>o uso de medicamentos anti-</p><p>hipertensivos e chegou no Pronto</p><p>Atendimento com sintomas</p><p>oculares, confusão mental e P/A</p><p>240x160 mmHg; aqui, precisamos</p><p>saber que estamos frente a uma</p><p>emergência hipertensiva!</p><p>A questão tenta nos confundir,</p><p>dando um laudo de imagem</p><p>hipodensa na TC, mas repare que</p><p>depois ela nos dá a RNM com</p><p>hipersinal em T2; saiba que isso é</p><p>um achado que pode estar presente</p><p>na encefalopatia hipertensiva,</p><p>ainda mais quando citado que todos</p><p>os sintomas regridem após</p><p>normalização da PA.</p><p>Então, a principal hipótese aqui é</p><p>uma emergência hipertensiva por</p><p>encefalopatia hipertensiva, a qual</p><p>deve ser tratada com o descenso da</p><p>pressão, por medicamentos</p><p>endovenosos.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Quando o paciente</p><p>apresenta altos níveis tensionais,</p><p>devemos nos lembrar que o</p><p>descenso rápido pode gerar</p><p>complicações. Por isso, a regra geral</p><p>é:</p><p>• Abaixar 15% na primeira</p><p>hora.</p><p>• Normalizar em 24-48 horas.</p><p>B - Incorreta: a principal hipótese</p><p>aqui seria de estenose de artéria</p><p>renal, e não tumor secretor adrenal;</p><p>este seria secretor de aldosterona, e</p><p>se manifestaria principalmente com</p><p>hipocalemia.</p><p>C - Correta:</p><p>Aqui não precisávamos</p><p>nem saber o significado da RNM,</p><p>pois só de sabermos que estávamos</p><p>frente a uma emergência</p><p>hipertensiva, saberíamos que o</p><p>tratamento é com hipotensores EV.</p><p>E, para facilitar mais ainda, mesmo</p><p>que fosse um AVC isquêmico, a PA</p><p>está acima de 220x120 mmHg, ou</p><p>seja, mesmo neste caso o descenso</p><p>da mesma estaria indicado.</p><p>D - Incorreta: Não temos sinais de</p><p>trombose de artéria basilar.</p><p>QUESTÃO 14</p><p>Paciente masculino, 50 anos, notou</p><p>aparecimento de nódulo endurecido</p><p>em fossa supraclavicular esquerda.</p><p>Foi realizada biópsia que evidenciou</p><p>linfonodo metastático de</p><p>adenocarcinoma de provável</p><p>origem gastrointestinal. Realizou</p><p>endoscopia digestiva alta que</p><p>mostrou lesão gástrica compatível</p><p>com linite plástica. A biópsia teve</p><p>como resultado histopatológico</p><p>adenocarcinoma gástrico pouco</p><p>diferenciado. Os familiares</p><p>agendaram consulta com o</p><p>cirurgião, informando ao a ele que o</p><p>paciente não tem conhecimento dos</p><p>resultados desses exames. Como o</p><p>cirurgião deve abordar o paciente</p><p>e/ou seus familiares?</p><p>A) Manter apenas os familiares</p><p>informados sobre o diagnóstico,</p><p>pois, tais informações, além de não</p><p>mudarem o prognóstico do</p><p>paciente, podem desencadear</p><p>quadro depressivo em um momento</p><p>no qual ele deverá se manter</p><p>otimista para lidar com sua doença.</p><p>É conhecido o fato de que pacientes</p><p>deprimidos têm menor sobrevida</p><p>relacionada ao câncer.</p><p>B) Preparar o local e o momento</p><p>adequados, perguntar ao paciente o</p><p>que ele sabe e/ou percebe acerca de</p><p>sua condição atual, perguntar ao</p><p>paciente se ele deseja saber sobre o</p><p>diagnóstico ou se prefere que seja</p><p>comunicado a sua família em um</p><p>primeiro momento. Caso deseje</p><p>saber, o médico deve informar e</p><p>acolher as reações do paciente.</p><p>C) Informar que, pelo fato de o</p><p>paciente já possuir metástase à</p><p>distância, nada pode ser feito do</p><p>ponto de vista terapêutico. Informar</p><p>que o paciente tem, baseado em</p><p>dados estatísticos, cerca de 6 meses</p><p>de vida. Tal informação é de suma</p><p>importância para que o paciente</p><p>possa tomar medidas legais acerca</p><p>de seu falecimento.</p><p>D) Dizer inicialmente para o</p><p>paciente que existem chances reais</p><p>de cura no intuito de o manter</p><p>engajado e otimista. Revelar ao</p><p>paciente sobre seu prognóstico</p><p>somente quando este vier</p><p>apresentar sinais e/ou sintomas</p><p>relacionados ao estágio avançado</p><p>da doença. Quanto maior o período</p><p>sem o paciente saber de sua</p><p>doença, menor será o sofrimento.</p><p>Comentário da questão</p><p>Para a comunicação de más notícias</p><p>devemos preparar o local e o</p><p>momento adequado, entender a</p><p>percepção que o paciente tem do</p><p>seu quadro e o quanto ele deseja</p><p>obter de informações sobre o</p><p>quadro, além de informar e acolher</p><p>o paciente.</p><p>O protocolo SPIKES, que consiste</p><p>em uma ferramenta composta por</p><p>seis etapas para transmitir más</p><p>notícias aos pacientes:</p><p>• S - Setting up the interview:</p><p>o médico deve planejar o</p><p>local em que irá comunicar a</p><p>má notícia, como irá contar e</p><p>como responderá às reações</p><p>emocionais do paciente e dos</p><p>familiares.</p><p>• P - Perception: o médico</p><p>tenta perceber o quanto o</p><p>paciente ou familiar</p><p>compreende seu estado atual</p><p>e corrigir desinformações.</p><p>• I - Invitation: muitos</p><p>pacientes desejam obter</p><p>informações detalhadas</p><p>sobre sua doença, seu</p><p>tratamento e sua evolução.</p><p>Porém, alguns preferem</p><p>esquivar-se. Nesse caso, o</p><p>médico deve se colocar à</p><p>disposição para esclarecer</p><p>dúvidas futuras.</p><p>• K - Knowledge: esse é o</p><p>momento de dar a</p><p>informação ao paciente e</p><p>familiares. A informação</p><p>deve ser passada</p><p>gradualmente, certificando-</p><p>se periodicamente de que</p><p>tudo está sendo entendido.</p><p>• E - Emotions: agora é hora</p><p>de abordar as emoções dos</p><p>pacientes e familiares com</p><p>respostas afetivas.</p><p>• S - Strategy and Summary:</p><p>agora, deve-se discutir os</p><p>planos terapêuticos</p><p>(curativos ou paliativos), e</p><p>checar se o paciente</p><p>entendeu tudo explicado</p><p>anteriormente e o propósito</p><p>do manejo.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Informações médicas</p><p>não devem ser omitidas, mesmo</p><p>que tenham provável efeito</p><p>negativo sobre o paciente, a menos</p><p>que isso seja um desejo dele.</p><p>B - Correta: O processo de</p><p>comunicação de más notícias</p><p>envolve preparação do local e o</p><p>momento adequado, entender a</p><p>percepção que o paciente tem do</p><p>seu quadro e o quanto ele deseja</p><p>obter de informações obre o</p><p>quadro, além de informar e acolher</p><p>o paciente.</p><p>C - Incorreta: Ao falar sobre os</p><p>planos terapêuticos, existe a</p><p>possibilidade de terapêutica para o</p><p>paciente, mesmo que paliativa.</p><p>Além disso, a medicina não é uma</p><p>ciência exata, por isso, um paciente</p><p>pode evoluir melhor ou pior do que</p><p>outro, apesar de terem o mesmo</p><p>diagnóstico e estarem fazendo o</p><p>mesmo tratamento.</p><p>D - Incorreta: Não se deve mentir</p><p>sobre o quadro clínico do paciente,</p><p>pois ele deve entender</p><p>completamente o seu estado atual,</p><p>caso contrário pode-se gerar</p><p>impacto negativo futuro para ele.</p><p>QUESTÃO 15</p><p>Um paciente, 2 anos, sexo</p><p>masculino, chega ao pronto</p><p>atendimento de um hospital público</p><p>com relato de ter iniciado há 5 dias</p><p>coriza serosa e tosse seca irritativa.</p><p>Evoluiu hoje com febre elevada,</p><p>secreção nasal mais espessa e tosse</p><p>produtiva e com boa aceitação</p><p>alimentar. Ao exame físico do</p><p>aparelho respiratório, evidenciou-se</p><p>saturação 96%, FR = 50 irpm,</p><p>murmúrio vesicular diminuído em</p><p>base do hemitórax direito, frêmito</p><p>toracovocal com maciez e</p><p>crepitações grosseiras audíveis no</p><p>mesmo local. Encontrava-se</p><p>hidratado, tolerando os</p><p>medicamentos por via oral. Foi</p><p>testado para a COVID-19 no dia</p><p>anterior, cujo resultado foi negativo.</p><p>A terapêutica antibiótica a ser</p><p>instituída nesse caso é</p><p>A) amoxicilina.</p><p>B) azitromicina.</p><p>C) claritromicina.</p><p>D) ceftrixona.</p><p>Comentário da questão</p><p>Amoxicilina é utilizada no</p><p>tratamento ambulatorial de</p><p>pneumonia adquirida na</p><p>comunidade.</p><p>Critérios de admissão para</p><p>pneumonia adquirida na</p><p>comunidade? De acordo com a</p><p>Organização Mundial da Saúde, os</p><p>critérios de admissão para crianças</p><p>maiores de 2 meses (crianças < 2</p><p>meses devem sempre ser</p><p>internadas) são:</p><p>• Recusa de líquidos;</p><p>• Sonolência;</p><p>• Batimento de asa do nariz;</p><p>• Tiragem subcostal;</p><p>• Cianose;</p><p>• Estridor em repouso;</p><p>• Desnutrição grave;</p><p>• Cianose;</p><p>• Convulsões.</p><p>Nessa questão, temos um paciente</p><p>de 2 anos de idade com história de</p><p>infecção do trato respiratório</p><p>superior desenvolveu febre,</p><p>taquipnéia e diminuição do</p><p>murmúrio vesicular na base do</p><p>hemitórax direito, com a presença</p><p>de estertores crepitantes no mesmo</p><p>local.</p><p>Todas essas características sugerem</p><p>que estamos diante de um quadro</p><p>de pneumonia, mas sem a</p><p>necessidade de hospitalização.</p><p>Portanto, o tratamento deve ser</p><p>realizado ambulatorialmente e</p><p>reavaliado dentro de 48 horas para</p><p>monitorar a evolução.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: Tratar com amoxicilina</p><p>50 mg/kg/dia 8/8 horas por via oral</p><p>por 7 a 10 dias. Vale lembrar que</p><p>esses planos são projetados para</p><p>cobrir pneumococos (geralmente o</p><p>patógeno mais comum). Se este</p><p>tratamento falhar, antibióticos</p><p>como amoxicilina + ácido</p><p>clavulânico são recomendados para</p><p>bactérias produtoras de beta-</p><p>lactamase.</p><p>B e C- Incorretas: Macrolídeos</p><p>(eritromicina, azitromicina ou</p><p>claritromicina) devem ser prescritos</p><p>para pneumonia com suspeita de</p><p>ser causada por bactérias atípicas,</p><p>como M. pneumoniae e C.</p><p>pneumoniae.</p><p>D - Incorreta: O uso da ceftriaxona</p><p>é mais utilizado para o tratamento</p><p>hospitalar dos pacientes maiores de</p><p>2 meses em que podemos usar</p><p>penicilina cristalina intravenosa ou a</p><p>associação de oxacilina com</p><p>ceftriaxona, ou cloranfenicol.</p><p>QUESTÃO 16</p><p>Uma paciente, de 66 anos de idade,</p><p>vem em consulta com médico de</p><p>família e comunidade de uma</p><p>equipe de Saúde da Família Fluvial,</p><p>referindo estar preocupada com o</p><p>controle de seu diabetes mellitus.</p><p>Como a equipe ficou um longo</p><p>período</p><p>sem visitar a comunidade</p><p>devido a condições climáticas</p><p>desfavoráveis, a paciente refere ter</p><p>associado o uso de algumas plantas</p><p>medicinais aos medicamentos</p><p>prescritos em última consulta. Ela</p><p>informa que a curandeira da</p><p>comunidade orientou quais chás ela</p><p>deveria tomar. O médico, então,</p><p>identifica que essas plantas</p><p>medicinais não interagem com os</p><p>medicamentos prescritos, nem</p><p>pioram o diabetes ou causam risco à</p><p>saúde; concorda com seu uso,</p><p>reforçando a prescrição realizada</p><p>por ele e solicita exames para a</p><p>avaliação do controle do diabetes.</p><p>Diante do que foi apresentado, qual</p><p>atributo da atenção primária é</p><p>apresentado no caso?</p><p>A) Longitudinalidade.</p><p>B) Integralidade.</p><p>C) Competência cultural.</p><p>D) Orientação para a comunidade.</p><p>Comentário da questão</p><p>A competência cultural de um</p><p>paciente é um dos atributos</p><p>derivados da APS. A atenção</p><p>primária à saúde é o nível de</p><p>atenção à saúde que serve como</p><p>porta de entrada e base do sistema</p><p>de saúde. É norteado pela Política</p><p>Nacional de Atenção Básica (PNAB),</p><p>que define seus princípios e</p><p>organização. No Brasil, a Política</p><p>Nacional de Atenção Básica (PNAB)</p><p>considera atenção primária como</p><p>um termo equivalente à atenção</p><p>primária e a define como:</p><p>promoção, prevenção, proteção,</p><p>diagnóstico, tratamento,</p><p>reabilitação, redução de danos,</p><p>cuidados paliativos e</p><p>monitoramento da saúde, prática</p><p>integrada de enfermagem e gestão</p><p>qualificada, implementada por</p><p>equipes multiprofissionais que</p><p>assumem as responsabilidades de</p><p>saúde para as populações de uma</p><p>área específica. As propriedades</p><p>mais importantes e mais citadas do</p><p>APS, resumidamente, são:</p><p>ATRIBUTOS ESSENCIAIS</p><p>• Primeiro contato: A APS</p><p>deve ser a porta de entrada</p><p>preferencial do sistema. Deve</p><p>respeitar o princípio da</p><p>universalidade e a livre</p><p>demanda.</p><p>• Longitudinalidade: A</p><p>longitudinalidade é uma</p><p>relação pessoal ao longo do</p><p>tempo, independente do tipo</p><p>de problemas de saúde ou</p><p>até mesmo da presença de</p><p>um problema de saúde, entre</p><p>um paciente e uma equipe de</p><p>saúde. Essa relação, por</p><p>consequência, gera vínculo,</p><p>responsabilização, confiança</p><p>e otimização da</p><p>resolubilidade.</p><p>• Integralidade: A</p><p>integralidade é o principal</p><p>eixo da ABS ampliada</p><p>voltada à comunidade. Ela</p><p>exige que a APS reconheça a</p><p>variedade completa das</p><p>necessidades relacionadas à</p><p>saúde dos indivíduos e</p><p>disponibilize os recursos</p><p>necessários para abordá-las.</p><p>As unidades de APS devem</p><p>se organizar para que o</p><p>usuário receba todos os tipos</p><p>de serviços de saúde que</p><p>precisar, mesmo que não</p><p>possam ser oferecidos dentro</p><p>dela, incluindo os</p><p>encaminhamentos para os</p><p>níveis de média e alta</p><p>complexidade.</p><p>• Coordenação do cuidado:</p><p>Sinônimo de integração,</p><p>pode ser definida como a</p><p>articulação entre os diversos</p><p>profissionais, serviços e ações</p><p>relacionados à atenção em</p><p>saúde de forma que,</p><p>independentemente do local</p><p>onde sejam prestados,</p><p>estejam sincronizados e</p><p>voltados ao alcance de um</p><p>objetivo comum.</p><p>ATRIBUTOS DERIVADOS</p><p>• Competência cultural:</p><p>significa reconhecer as</p><p>características culturais dos</p><p>grupos sociais, bem como</p><p>suas diferentes necessidades</p><p>e concepções do processo</p><p>saúde-adoecimento.</p><p>• Enfoque familiar: significa</p><p>reconhecer a importância da</p><p>composição e das relações</p><p>familiares no processo saúde-</p><p>adoecimento</p><p>• Orientação comunitária:</p><p>contribuição do meio social e</p><p>comunitário do paciente em</p><p>sua saúde.</p><p>Alternativas</p><p>A – Incorreta: As atitudes do</p><p>médico se concentram em uma</p><p>compreensão holística da doença,</p><p>costumes, mas o paciente sem</p><p>monitoramento regular contínuo.</p><p>B – Incorreta: O princípio da</p><p>integralidade pode ser visto nesse</p><p>contexto, porém, quando os</p><p>médicos exploram as práticas de</p><p>seus pacientes, como o uso de</p><p>plantas medicinais conforme</p><p>orientação de curandeiros</p><p>comunitários, o foco aqui é na</p><p>cultura, portanto, respeitar e aplicar</p><p>atributos é competência cultural .</p><p>C – Correta: Como discutimos na</p><p>alternativa B, o médico focou e</p><p>procurou entender os costumes do</p><p>paciente e, assim, aplicou o atributo</p><p>competência cultural.</p><p>D – Incorreta: A orientação</p><p>comunitária refere-se a direcionar</p><p>os cuidados de saúde da equipe</p><p>dentro das necessidades da</p><p>comunidade e da população</p><p>adscrita. Este não é o ponto do caso</p><p>descrito.</p><p>QUESTÃO 17</p><p>Paciente de 40 anos, sexo</p><p>masculino, cerca de 70 Kg, levado</p><p>ao serviço de Urgência e</p><p>Emergência por equipe dos</p><p>Bombeiros, com relato de ter</p><p>sofrido queda da laje de sua casa</p><p>(cerca de 3 metros de altura) há 30</p><p>minutos. Familiar que o</p><p>acompanhava relata que o paciente</p><p>não possui comorbidades e não faz</p><p>uso de medicações. À admissão, o</p><p>paciente apresentava frequência</p><p>cardíaca = 90 bpm, pressão arterial</p><p>= 120 x 80 mmHg, saturação de</p><p>oxigênio = 100% com oxigênio</p><p>suplementar sob máscara.</p><p>Conversava e respondia às</p><p>perguntas do médico sem</p><p>dificuldades e com frases</p><p>ordenadas, mobilizava os 4</p><p>membros espontaneamente e havia</p><p>abertura ocular espontânea. O</p><p>paciente relata que se lembra da</p><p>queda e que “bateu a cabeça no</p><p>chão”. Realizou avaliação primária e</p><p>secundária adequadas. Havia</p><p>discreta equimose retroauricular e</p><p>ferida corto-contusa de 3 cm,</p><p>superficial, em região parietal</p><p>direita. Exame físico do tórax e</p><p>abdome sem alterações. Na</p><p>avaliação secundária foi realizada</p><p>tomografia computadorizada (TC)</p><p>de crânio, pescoço, tórax e abdome.</p><p>TC crânio sem contraste: discreto</p><p>hematoma extradural à direita. TC</p><p>pescoço, incluindo coluna cervical,</p><p>com contraste venoso: sem</p><p>alterações. TC de tórax e abdome</p><p>com contraste venoso: sem</p><p>alterações. Cerca de 2 horas após o</p><p>exame de tomografia, o paciente</p><p>apresentava-se com abertura ocular</p><p>apenas ao estímulo doloroso e fala</p><p>com palavras inapropriadas.</p><p>Apresentou dois episódios de</p><p>vômitos, FC = 62 bpm; PA = 180 x</p><p>110 mmHg. Pupila direita em</p><p>midríase e hemiparesia esquerda.</p><p>Foi realizada novamente a avaliação</p><p>primária, sem outras alterações</p><p>além das descritas. Com os dados</p><p>apresentados, assinale a alternativa</p><p>que contenha o diagnóstico,</p><p>raciocínio e conduta corretos.</p><p>A) O paciente apresentava, à</p><p>admissão, trauma cranioencefálico</p><p>moderado. Após as tomografias,</p><p>evoluiu com choque hipovolêmico.</p><p>Devem ser repetidos os exames de</p><p>tomografia para estabelecer local</p><p>da hemorragia.</p><p>B) O paciente apresentava, pelo</p><p>resultado das tomografias, trauma</p><p>cranioencefálico moderado. Após as</p><p>tomografias, evoluiu com choque</p><p>neurogênico. Deve ser realizado</p><p>FAST (ultrassonografia abdominal</p><p>focada para o trauma)</p><p>imediatamente para decidir sobre a</p><p>necessidade de laparotomia</p><p>exploradora.</p><p>C) O paciente apresentava, à</p><p>admissão, trauma cranioencefálico</p><p>leve. Após as tomografias, evoluiu</p><p>com hipertensão intracraniana e</p><p>herniação do úncus. Deve ser</p><p>realizada avaliação neurocirúrgica</p><p>imediata para descompressão</p><p>intracraniana.</p><p>D) O paciente apresentava, à</p><p>admissão, trauma cranioencefálico</p><p>leve. Após tomografias, evoluiu com</p><p>choque de origem indeterminada.</p><p>Deve ser realizada nova tomografia</p><p>do crânio para avaliar possível</p><p>alteração do hematoma visualizado</p><p>inicialmente.</p><p>Comentário da questão</p><p>Aqui temos um paciente com queda</p><p>de 3 metros que se encontrava em</p><p>bom estado geral na apresentação</p><p>inicial e o Glasgow de 15 anos com</p><p>equimose pós-auricular e trauma</p><p>parietal fechado ao exame físico. A</p><p>imagem mostrou um hematoma</p><p>epidural direito. Quando achávamos</p><p>que estava tudo bem, o paciente</p><p>apresentou piora clínica,</p><p>rebaixamento acentuado do nível</p><p>de consciência, elevação da pressão</p><p>arterial e FC mais baixa, midríase</p><p>direita e hemiparesia esquerda. A</p><p>questão quer saber como os TCEs</p><p>são classificados.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: Pela classificação na</p><p>escala de coma de Glasgow, o</p><p>paciente apresentava um Glasgow</p><p>15, pois exibia abertura ocular</p><p>espontânea</p><p>(4 pontos), resposta</p><p>verbal orientada (5 pontos) e</p><p>resposta motora obedecendo a</p><p>comandos (6 pontos). Sempre que</p><p>temos um Glasgow de 15 a 13,</p><p>classificamos o TCE como leve, de 9</p><p>a 12 temos um TCE moderado, e de</p><p>8 a 3 temos um TCE grave. Assim, é</p><p>incorreto afirmar que o paciente</p><p>apresentava um TCE moderado à</p><p>admissão.</p><p>B - Incorreta: A classificação dos</p><p>TCE é feita utilizando como</p><p>parâmetro a escala de coma de</p><p>Glasgow, e não a tomografia.</p><p>C - Correta: o paciente na admissão</p><p>apresentava um Glasgow de 15,</p><p>então, podemos classificar que ele</p><p>tinha um TCE leve. A evolução do</p><p>paciente vítima de TCE com</p><p>bradicardia e hipertensão sempre</p><p>devem chamar atenção para a</p><p>tríade de Cushing, faltando apenas</p><p>o componente da bradipneia. Esta</p><p>tríade é indicativa de hipertensão</p><p>intracraniana, o que faz muito</p><p>sentido no caso, uma vez que o</p><p>paciente apresentava hematoma</p><p>extradural, e este tipo de hematoma</p><p>é muito caracterizado por um</p><p>intervalo lúcido seguido de</p><p>rebaixamento do nível de</p><p>consciência ou déficits focais,</p><p>provavelmente devido ao aumento</p><p>do sangramento, o que provocou</p><p>uma hipertensão intracraniana e</p><p>herniação. A conduta neste caso é</p><p>avaliação neurocirúrgica para</p><p>drenagem. As medidas para</p><p>hipertensão intracraniana que</p><p>devem ser tomadas enquanto</p><p>chamamos a equipe da</p><p>neurocirurgia, que são controle da</p><p>PA, posicionamento em decúbito 30</p><p>º, sedação e manitol (vasoconstritor</p><p>encefálico e diurético osmótico).</p><p>D - Incorreta: o paciente</p><p>apresentava um TCE leve à</p><p>admissão. Entretanto, é incorreto</p><p>afirmar que o paciente evoluiu com</p><p>choque de origem indeterminada,</p><p>pois, pelos dados do enunciado, não</p><p>tem evidência de hipotensão,</p><p>taquicardia, aumento do tempo de</p><p>enchimento capilar, ou evidências</p><p>de hipoxemia tecidual que nos</p><p>façam pensar em choque.</p><p>QUESTÃO 18</p><p>Uma mulher de 30 anos de idade</p><p>vem a consulta com o</p><p>endocrinologista para</p><p>acompanhamento de</p><p>hipotireoidismo. Há 6 meses ela</p><p>procurou o médico da Unidade</p><p>Básica de Saúde próxima a sua</p><p>residência devido à constipação</p><p>(evacuava a cada 3 dias, com fezes</p><p>ressecadas e com dor ao evacuar). A</p><p>paciente era sedentária e</p><p>apresentava erros alimentares</p><p>evidentes, com baixa ingesta de</p><p>água durante o dia e pouco</p><p>consumo de frutas e verduras. O</p><p>médico orientou ajustes na</p><p>alimentação, ingesta hídrica e</p><p>necessidade de atividade física</p><p>regular, assim como dosagem de</p><p>TSH e T4 livre. Após 2 meses a</p><p>paciente retornou, tendo aderido às</p><p>recomendações, resultando na</p><p>solução do quadro de constipação</p><p>(evacuava diariamente, sem dor,</p><p>com fezes bem formadas), contudo,</p><p>os exames laboratoriais</p><p>demonstraram: TSH = 5,5 mUI/mL</p><p>(valor de referência: 0,4 a 4,5 mUI/L)</p><p>e T4 livre = 1,0 (valor de referência:</p><p>0,7 a 1,8 ng/dL). O médico repetiu os</p><p>exames, que indicaram: TSH = 5,3</p><p>mUI/L (valor de referência: 0,4 a 4,5</p><p>mUI/mL) e T4 livre = 1,1 (valor de</p><p>referência: 0,7 a 1,8 ng/dL). Diante</p><p>da persistência dos exames</p><p>alterados, o médico prescreveu</p><p>levotiroxina 50 mcg/dia e</p><p>encaminhou ao especialista.</p><p>Durante a consulta com o</p><p>endocrinologista, a paciente está</p><p>assintomática, com tireoide não</p><p>palpável e índice de massa corpórea</p><p>de 22 kg/m2 , contudo, não havia</p><p>iniciado a levotiroxina, pois possuía</p><p>receio de possíveis efeitos adversos.</p><p>Considerando o que foi</p><p>apresentado, o endocrinologista</p><p>deve</p><p>A) insistir com o uso da levotiroxina,</p><p>pois trata-se de um caso de</p><p>hipotireoidismo primário.</p><p>B) insistir com o uso da levotiroxina,</p><p>pois trata-se de um caso de</p><p>hipotireoidismo secundário.</p><p>C) orientar não usar a levotiroxina,</p><p>pois trata-se de um caso de</p><p>hipotireoidismo subclínico.</p><p>D) iniciar a levotiroxina apenas após</p><p>realizar cintilografia, para</p><p>confirmação do diagnóstico.</p><p>Comentário da questão</p><p>A questão traz uma paciente com</p><p>queixa de constipação, que é um</p><p>sintoma do hipotireoidismo, mas,</p><p>após mudanças dietéticas, a</p><p>constipação da paciente melhora!</p><p>Mesmo com a melhora, a questão</p><p>apresenta agora um perfil tireóideo,</p><p>com dosagem hormonal:</p><p>O T4 livre está normal, mas o TSH</p><p>está aumentado, porém TSH</p><p>aumentado não é necessariamente</p><p>hipotireoidismo.</p><p>A paciente da questão está</p><p>completamente assintomática.</p><p>A essa condição de TSH</p><p>aumentado, com hormônios</p><p>tireoidianos normais e</p><p>assintomático, recebe o nome de</p><p>hipotireoidismo subclínico. A</p><p>indicação de tratamento com</p><p>levotiroxina nestes casos é</p><p>principalmente com TSH >10 ou</p><p>quando há presença de sintomas</p><p>(mas aí deixaria de ser subclínico).</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Incorretas: se trata de</p><p>hipotireoidismo subclínico, o qual</p><p>não deve ser tratado.</p><p>C - Correta: TSH da paciente é</p><p>elevado, mas não passa de 10.</p><p>D - Incorreta: Não tem indicação de</p><p>cintilografia, pois, é um caso de</p><p>hipotireoidismo subclínico, que</p><p>deve sim ser acompanhado, mas</p><p>com dosagem de hormônios</p><p>tireóideos e busca de sintomas.</p><p>QUESTÃO 19</p><p>Lactente, com 6 meses de idade,</p><p>está sendo atendido na Estratégia</p><p>da Saúde para puericultura. A</p><p>médica identifica o registro no</p><p>cartão apenas da vacina Influenza,</p><p>que foi feita na rede particular de</p><p>imunização. As demais vacinas a</p><p>serem administradas até o 5.o mês</p><p>estavam todas registradas na</p><p>caderneta. Nesse caso, quais são as</p><p>vacinas recomendadas para a idade</p><p>conforme o Programa Nacional de</p><p>Imunização?</p><p>A Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e</p><p>Vip (vacina inativada para</p><p>poliomielite).</p><p>B Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e</p><p>Pneumococia 10.</p><p>C Pentavalente (DTP+Hib+Hep B),</p><p>Pneumococia 10 e Rotavírus.</p><p>D Pentavalente (DTP+Hib+Hep B),</p><p>VIP (Vacina inativada para</p><p>poliomieiete) e Pneumocócica 10.</p><p>Comentário da questão</p><p>Aos 6 meses a criança recebe a</p><p>vacina Pentavalente (DTP+Hib+Hep</p><p>B) e a Vip (vacina inativada para</p><p>poliomielite).</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: criança com 6 meses e</p><p>calendário vacinal completo até as</p><p>vacinas do 5º mês devemos fazer:</p><p>Pentavalente (DTP+Hib+Hep B) e a</p><p>Vip.</p><p>B e D- Incorreta: A pneumo 10 é</p><p>aplicada aos 2, 4 e 12 meses.</p><p>C - Incorreta: A vacina contra o</p><p>rotavírus é aplicada por via oral com</p><p>2 e 4 meses.</p><p>1ª dose até 3 meses e 15 dias</p><p>2ª dose até 7 meses e 29 dias.</p><p>Após essa faixa etária, aumenta-se</p><p>o risco de intussuscepção intestinal</p><p>secundária à vacina do rotavírus,</p><p>portanto, ela está contraindicada!</p><p>QUESTÃO 20</p><p>Uma equipe de saúde da família</p><p>atua em uma unidade básica de</p><p>saúde situada na zona periférica de</p><p>uma cidade com mais de 800 000</p><p>habitantes. No último mês, foi</p><p>evidenciado aumento no número de</p><p>casos de diarreia entre crianças de 2</p><p>a 5 anos que frequentam a creche</p><p>pública de um bairro. A equipe de</p><p>saúde da família desse local analisa</p><p>que, no último ano, têm sido</p><p>recorrentes os casos de diarreia</p><p>entre crianças da área, inclusive, em</p><p>alguns casos, com necessidade de</p><p>internação hospitalar. Dentre os</p><p>casos, observam que eles se</p><p>concentram naquelas famílias que</p><p>não são da área de cobertura da</p><p>equipe de saúde da família. No</p><p>bairro onde se localiza a creche,</p><p>20% dos domicílios possuem</p><p>abastecimento de água tratada,</p><p>10% com esgoto sanitário, sem</p><p>coleta regular de lixo nos domicílios,</p><p>sendo os esgotos e lixos</p><p>acumulados das casas ou jogados</p><p>no córrego, a céu aberto, que corta</p><p>o bairro. Em relação à situação</p><p>acima descrita, assinale a</p><p>alternativa correta em relação ao</p><p>processo saúde-doença e os</p><p>determinantes de saúde envolvidos</p><p>no caso.</p><p>A O aumento no número de casos</p><p>de diarreia na creche tem como</p><p>principal fator a virulência da</p><p>bactéria e, por se tratar de um caso</p><p>recorrente, a equipe de saúde da</p><p>família poderia atuar com medidas</p><p>medicamentosas profiláticas</p><p>direcionadas ao agente etiológico.</p><p>B A educação em saúde na creche,</p><p>com os profissionais da educação e</p><p>com a comunidade, teria papel</p><p>importante na melhoria das</p><p>condições sanitárias da</p><p>comunidade; é uma estratégia</p><p>suficiente para o combate de surtos.</p><p>C A falta de acesso aos serviços de</p><p>saúde e de acompanhamento</p><p>regular com a equipe de saúde da</p><p>família é um fator associado ao</p><p>desfecho desfavorável dos casos,</p><p>com aumento de quadros graves de</p><p>diarreia com necessidade de</p><p>internação hospitalar.</p><p>D A adoção de medidas como uso</p><p>de hipoclorito na água e de filtros</p><p>nos bebedores escolares é a</p><p>principal medida para combate à</p><p>transmissão dos agentes etiológicos</p><p>que cursam com quadros de</p><p>diarreia, diminuindo assim a</p><p>incidência de casos na creche.</p><p>Comentário da questão</p><p>Nesse caso temos um surto de</p><p>diarréia dentro de uma creche.</p><p>Os surtos de diarréia são</p><p>predominantemente virais,</p><p>principalmente pelo Rotavírus. Para</p><p>que situações assim ocorram, o</p><p>ambiente deve ser favorável, com</p><p>baixa higienização e saneamento</p><p>básico.</p><p>O território onde se localiza a creche</p><p>tem baixa assistência de</p><p>saneamento, favorecendo a</p><p>disseminação de agentes</p><p>causadores de diarréia, além disso,</p><p>a ausência, principalmente de água</p><p>tratada, é um fator muito</p><p>importante na perpetuação do</p><p>processo, pois transcende a creche</p><p>onde a circulação do vírus é alta,</p><p>afetando também a moradia dessas</p><p>crianças.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A principal etiologia</p><p>envolvido em surtos de diarréia,</p><p>principalmente em locais sem</p><p>saneamento básico, o agente é viral.</p><p>B - Incorreta: É uma estratégia</p><p>importante, mas não suficiente, a</p><p>ampliação do acesso a água tratada</p><p>e esgoto também é essencial.</p><p>C - Correta: É um fator agravante</p><p>muito importante.</p><p>D - Incorreta: As principais medidas</p><p>devem ser de prevenção.</p><p>QUESTÃO 21</p><p>Um homem com 58 anos de idade</p><p>foi atendido em ambulatório de</p><p>hospital secundário. Relatava</p><p>sangramento e muco nas fezes,</p><p>referia também alteração do hábito</p><p>intestinal, com aumento do número</p><p>de evacuações há 5 meses. O exame</p><p>físico geral não apresentava</p><p>particularidades e o toque retal</p><p>evidenciou tumoração na parede</p><p>posterior do reto,</p><p>aproximadamente 7 cm acima da</p><p>borda anal. Com base nos dados</p><p>apresentados, a alternativa correta</p><p>sobre o exame necessário para</p><p>definir a conduta a ser seguida é</p><p>A) ultrassonografia endorretal.</p><p>B) ressonância nuclear magnética</p><p>endorretal.</p><p>C) enema baritado com duplo</p><p>contraste.</p><p>D) colonoscopia com biópsia.</p><p>Comentário da questão</p><p>Para confirmar o diagnóstico de</p><p>câncer colo-retal é necessário uma</p><p>biópsia.</p><p>Na questão paciente com quadro</p><p>típico de câncer colo-retal</p><p>(sangramento e muco nas fezes,</p><p>alteração de hábito intestinal) e</p><p>uma tumoração na parede posterior</p><p>do reto.</p><p>Devemos confirmar um diagnóstico</p><p>de câncer por meio de uma biópsia,</p><p>antes de proceder ao estadiamento</p><p>e tratamento. Por isso nossa</p><p>primeira conduta aqui seria uma</p><p>colonoscopia com biópsia.</p><p>Por que não uma</p><p>retosigmoidoscopia? Devemos</p><p>realizar obrigatoriamente uma</p><p>colono, pois deve-se descartar</p><p>tumores sincrônicos.</p><p>Um detalhe para você relembrar é</p><p>que tumores do reto baixo são</p><p>tratados com radio-quimioterapia</p><p>neoadjuvantes e posterior cirurgia,</p><p>o objetivo aqui é evitarmos a</p><p>cirurgia de Milles.</p><p>Alternativas</p><p>A e B - Incorretas: Os 2 exames são</p><p>utilizados para estadiamento do</p><p>tumor, mas antes deve-se confirmar</p><p>o diagnóstico.</p><p>C - Incorreta: Exame que pode nos</p><p>dar uma suspeita de neoplasia, pois</p><p>demonstraria a famosa "imagem</p><p>em maçã mordida", mas já temos</p><p>um tumor palpável, então não seria</p><p>interessante realizarmos este</p><p>procedimento.</p><p>D - Correta: Primeiro precisa</p><p>confirmar o diagnóstico de</p><p>neoplasia maligna e depois</p><p>proceder ao estadiamento e</p><p>tratamento.</p><p>QUESTÃO 22</p><p>Um homem com 42 anos de idade</p><p>foi operado em hospital secundário</p><p>com quadro de apendicite aguda</p><p>com necrose e abscesso em</p><p>apêndice retrocecal (Fase III), sendo</p><p>realizada apendicectomia e</p><p>drenagem do abscesso por incisão</p><p>mediana infraumbilical. No terceiro</p><p>dia de pósoperatório começou a</p><p>apresentar picos diários de aumento</p><p>da temperatura axilar (38,5 °C)</p><p>apesar dos antibióticos prescritos</p><p>(ceftriaxona e metronidazol). A</p><p>incisão encontrava-se com bom</p><p>aspecto, foram encontrados 15 200</p><p>leucócitos/mm3 (referência: 3 500 a</p><p>10 500) e alteração na contagem</p><p>diferencial dos leucócitos, com 5%</p><p>de bastonetes no sangue periférico</p><p>(referência: 0 a 2%). A proteína C</p><p>reativa era de 15 mg/L (referência:</p><p>menor que 3). Relatava dor ao</p><p>tentar fletir a coxa direita e o</p><p>examinador exercia discreta pressão</p><p>contrária ao movimento, a ausculta</p><p>pulmonar era normal e os ruídos</p><p>hidroaéreos estavam presentes.</p><p>Com base nos dados apresentados,</p><p>qual é a alternativa correta sobre a</p><p>conduta?</p><p>A) Solicitar radiografia do abdome</p><p>em pé e deitado.</p><p>B) Substituir os antibióticos</p><p>prescritos.</p><p>C) Manter os antibióticos prescritos</p><p>e avaliar novos exames após 24</p><p>horas.</p><p>D) Solicitar tomografia</p><p>computadorizada do abdome.</p><p>Comentário da questão</p><p>Em caso de suspeita de abscesso</p><p>intracavitário, deve-se solicitar uma</p><p>tomografia computadorizada do</p><p>abdome</p><p>As complicações no perioperatório,</p><p>que podem ser: resumidamente</p><p>• Febre nas primeiras 24-48</p><p>horas = atelectasia;</p><p>• Ferida operatória com sinais</p><p>de infecção = abrir os pontos</p><p>e realizar lavagem (não fazer</p><p>antibioticoterapia, exceto se</p><p>houver sinais de celulite);</p><p>• Paciente obeso que fez</p><p>cirurgia e inicia com</p><p>taquicardia = deiscência de</p><p>sutura;</p><p>• Paciente em pós-operatório</p><p>de cirurgia abdominal com</p><p>picos febris, sem sinais</p><p>infecciosos na ferida</p><p>operatória e com leucocitose</p><p>= pensar em abscesso</p><p>intracavitário</p><p>Temos que confirmar o diagnóstico</p><p>por meio de uma tomografia</p><p>abdominal.</p><p>Alternativas</p><p>A - Incorreta: A radiografia não</p><p>ajudaria neste diagnóstico, apesar</p><p>de poder demonstrar distensão de</p><p>alças próximas ao processo</p><p>inflamatório.</p><p>B - Incorreta: precisamos fazer a</p><p>drenagem do abscesso, e não trocar</p><p>a antibioticoterapia.</p><p>C - Incorreta: Manteremos o</p><p>antibiótico, mas devemos procurar</p><p>onde está o abcesso, para poder</p><p>drená-lo.</p><p>D - Correta: com a tomografia,</p><p>poderemos observar onde se</p><p>encontra este abscesso e realizar a</p><p>drenagem.</p><p>QUESTÃO 23</p><p>Mulher de 40 anos, relata queda da</p><p>própria altura, após tropeçar na</p><p>calçada, e cair para frente com as</p><p>mãos espalmadas, com</p><p>hiperextensão do punho. No</p><p>momento se queixa de dor em</p><p>região dorsal e radial do punho. Ao</p><p>exame, presença de leve edema</p><p>próximo ao processo estiloide do</p><p>rádio, sem deformidade evidente do</p><p>punho. Refere dor a palpação do</p><p>punho, pouco abaixo da prega</p><p>palmar, na direção do eixo longo do</p><p>polegar, e na tabaqueira anatômica.</p><p>Dentre as alternativas abaixo, qual é</p><p>a hipótese diagnóstica?</p><p>A) Fratura de escafoide.</p><p>B) Fratura de Colles.</p><p>C) Fratura de Barton.</p><p>D) Fratura de Smith.</p><p>Comentário da questão</p><p>As fraturas do escafoide ocorrem</p><p>em quedas com o punho em</p><p>hiperextensão.</p><p>Ele é o mais lesado quando ocorrem</p><p>quedas sobre uma mão em</p><p>extensão. Comumente, o quadro</p><p>não tem deformidade imediata,</p><p>porém a fratura pode levar a um</p><p>quadro de osteonecrose do osso.</p><p>Quadro clinico:</p><p>• edema na mão,</p><p>• dor,</p><p>• compressão do eixo do</p><p>polegar,</p><p>• dor a palpação da tabaqueira</p><p>anatômica.</p><p>Alternativas</p><p>A - Correta: A fratura do escafoide é</p><p>a principal hipótese diagnóstica.</p><p>B - Incorreta: A fratura de Colles é</p><p>uma fratura da extremidade distal</p><p>do rádio.</p><p>C - Incorreta: A fratura de Barton é</p><p>uma fratura intra-articular da</p><p>extremidade distal do rádio. Ocorre</p><p>em queda com o punho em</p><p>pronação.</p><p>D - Incorreta: A fratura de Smith, ou</p><p>Colles invertida, ocorre após queda</p><p>com o punho fletido.</p><p>QUESTÃO 24</p><p>Uma mulher com 61 anos de idade,</p><p>acompanhada pela filha, foi</p><p>atendida em ambulatório de</p><p>hospital secundário referindo ter</p><p>apresentado dor no hipocôndrio</p><p>direito e vômitos por 3 dias, há 30</p><p>dias. Relatava fazer uso de</p><p>metformina 500 mg, 2 vezes por</p>