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<p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>Professora: PETRÚCIA DA COSTA PAIVA SOUTO</p><p>Base: Doutrina e CPC comentado OAB.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>AULA 1</p><p>– TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS</p><p># Natureza e espécies</p><p>O objeto desse estudo são os atos processuais, isto é, as condutas humanas voluntárias que tem relevância para o processo.</p><p>Processo por definição em um conjunto de atos que se sucedem no tempo e tem por objetivo a obtenção da tutela jurisdicional.</p><p>Há, pois um encadeamento de atos, em que cada um deles está estreitamente vinculado ao que o precede e ao que o sucede.</p><p>Só podem ser qualificadas como atos jurídicos processuais as condutas humanas que tenha alguma relevância para o processo.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS</p><p>O processo é procedimento que se desenvolve em contraditório (FAZZALARI, Elio. Instituições de Direito Processual. Trad. Elaine Nassif. Bookseller: Campinas, 2006) com o objetivo de propiciar uma tutela jurisdicional digna ao indivíduo que dela necessite.</p><p>O procedimento, por sua vez, pode ser visto como uma sequência ordenada de atos processuais, os quais devem ser praticados pelo juiz, pelas partes e demais partícipes, como os auxiliares da justiça, de forma a impulsionar o processo ao seu último ato: a prestação jurisdicional.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS</p><p>A omissão terá relevância processual quando disser respeito a determinada conduta que as partes tinham o ônus de praticar ou a algum dever imposto a elas.</p><p># Classificação dos Atos Processuais:</p><p>1) Atos da parte:</p><p>Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.</p><p>Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.</p><p>Art. 201. As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório.</p><p>Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário-mínimo.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS</p><p># DO NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL</p><p># Concretizando o modelo comparticipativo/cooperativo de processo, a proposta do novo CPC quanto aos chamados negócios processuais é mais ousada, repartindo o gerenciamento processual, até aqui predominantemente feito pelo juiz, com as partes, trazendo ao processo celeridade e economia, assegurando a todos o trâmite mais adequado à lide.</p><p># A cláusula geral de negociação processual, como está sendo chamado pela doutrina o dispositivo do art. 190 do NCPC (THEODORO JR. Humberto, op. cit., p. 254), traz a possibilidade de as partes entabularem um acordo de procedimento em relação a quais atos processuais serão praticados (estabelecendo, por exemplo, que as partes não interporão recursos contra as decisões interlocutórias e/ou contra a sentença).</p><p>Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo.</p><p>Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS</p><p>#CALENDÁRIO PROCEDIMENTAL</p><p>A cláusula geral de negociação processual prevê ainda a possibilidade de um acordo de calendarização (art. 191), na qual as partes e o juiz estabelecem conjunta e previamente as datas em que os atos processuais deverão ser praticados, vinculando-os a uma agenda procedimental.</p><p>Dessa forma, os prazos fixados só serão modificados de forma excepcional e fundamentada, dispensando-se, ainda, intimações para a prática dos atos agendados.</p><p>Liga-se a efetividade e a eficiência .</p><p>Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.</p><p>§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.</p><p>§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p>Dos Pronunciamentos do Juiz.</p><p>Sentença: O CPC de 2015 conceitua sentença como o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487 (sem ou com resolução de mérito), põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução, ressalvadas as disposições expressas da parte especial. (o conceito de sentença passou a ser definida pelo seu conteúdo) .</p><p>Decisão Interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no conceito acima.</p><p>São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.</p><p>Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS</p><p>Dos Pronunciamentos do Juiz</p><p>Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.</p><p>§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.</p><p>§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1o.</p><p>§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.</p><p>§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.</p><p>Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p>Dos Pronunciamentos do Juiz .</p><p>Alteração do conceito de sentença com a lei 11.232/05. - Processo sincrético .</p><p>A sentença é a decisão judicial que trata, definitivamente, do objeto litigioso extinguindo a fase cognitiva do procedimento comum.</p><p>O CPC/2015 combinou o critério substancial, pois indica quais as matérias passíveis de sentença (arts. 485 e 487), com o critério topológico, dado que situa a sentença ao final do procedimento.</p><p>As decisões interlocutórias são classificadas na nova lei por exclusão. Usualmente, as questões incidentais são interlocutórias, pois é comum que antes de se julgar o objeto litigioso deva o julgador se deparar com questões que devem ser afastadas ou resolvidas antes da matéria de fundo.</p><p>DECISÃO INTERLOCUTÓRIA DE MÉRITO??</p><p>No novo sistema, no entanto, mesmo a questão litigiosa pode ser objeto de decisão antes do término do processo ou da fase cognitiva.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p>#PUBLICAÇÃO DOS PRONUNCIAMENTOS :</p><p>Despachos e decisões interlocutórias devem ser publicados na íntegra .</p><p>Sentenças e acórdãos basta a publicação do dispositivo.</p><p># FORMA E REQUISITOS</p><p>Forma é aspectos externo.</p><p>De regra atos e termos não dependem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir.</p><p>Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os</p><p>com entes públicos e privados oferece um amplo leque de possibilidades de atuação aos tribunais.</p><p>A conciliação se direciona mais aos aspectos práticos finalísticos da solução de conflitos, podendo o conciliador, sempre imparcialmente, dar sugestões às partes, sendo mais apropriada para conflitos episódicos e com menor vínculo entre as partes.</p><p>A mediação, por sua vez, exige formação mais elaborada de seu agente, o qual deve manter equilíbrio emocional e sensibilidade acurada para obtenção da confiança das partes na aplicação de técnicas que se direcionam a resgatar a comunicação e conduzir as partes a uma maior consciência em relação a todos os pontos de vista do conflito e as reais motivações e aspirações que estão na sua raiz.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>4.0.Audiência de conciliação e mediação</p><p>O QUE DISPÕE A LEI:</p><p>Art. 165 - Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.</p><p>§ 1º - A composição e a organização dos centros serão definidas pelo respectivo tribunal, observadas as normas do Conselho Nacional de Justiça.</p><p>§ 2º - O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.</p><p>§ 3º - O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>4.0.Audiência de conciliação e mediação</p><p>Art. 166 - A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada.</p><p>§ 1º - A confidencialidade estende-se a todas as informações produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes.</p><p>§ 2º - Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da conciliação ou da mediação.</p><p>§ 3º - Admite-se a aplicação de técnicas negociais, com o objetivo de proporcionar ambiente favorável à autocomposição.</p><p>§ 4º - A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das regras procedimentais.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>4.0.Audiência de conciliação e mediação</p><p>Princípios norteadores :</p><p>I. Independência</p><p>A atuação de mediadores e conciliadores deve se dar de forma livre e autônoma, sem qualquer forma de subordinação, influência ou pressão com relação às partes envolvidas na disputa.</p><p>De acordo com a Resolução nº 125/2010 do CNJ, art. 1º, inciso V, é permitido ao mediador e ao conciliador recusar, suspender ou interromper a sessão se ausentes as condições necessárias, tampouco havendo dever de redigir acordo ilegal ou inexequível.</p><p>II. Imparcialidade</p><p>A atuação de mediadores e conciliadores deve se dar com ausência de favoritismo, preferência ou preconceito, de maneira que valores pessoais não interfiram na atividade. Mediadores e conciliadores devem atuar de maneira equidistante e livre de quaisquer comprometimentos, sejam de que ordem forem, com relação às partes envolvidas na disputa e jamais devem aceitar qualquer espécie de favor ou presente.</p><p>III. Autonomia da vontade</p><p>A atuação de mediadores e conciliadores devem respeitar os diferentes pontos de vista das partes, permitindo-lhes a liberdade para chegar em suas próprias decisões, voluntárias e não coercitivas, em todo e qualquer momento do processo, sendo-lhes facultado, inclusive, a desistência e a interrupção da mediação e da conciliação a qualquer momento, se assim lhes aprouver.</p><p>IV. Confidencialidade</p><p>A confidencialidade implica o dever por parte do mediador e do conciliador de manter em sigilo todas as informações obtidas na sessão, salvo autorização expressa das partes para divulgação.</p><p>Mediadores e conciliadores e membros de suas equipes não poderão ser convocados como testemunhas nos casos que mediaram e conciliaram. ou conciliação pela própria parte podem ser utilizados por esta em suas ações judiciais. O dever de confidencialidade da parte recai sobre o que ela obteve de informações da outra parte ou do mediador no processo de mediação.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>Art. 167 - Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional.</p><p>§ 1º - Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou o mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal.</p><p>§ 2º - Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o tribunal remeterá ao diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o conciliador ou o mediador os dados necessários para que seu nome passe a constar da respectiva lista, a ser observada na distribuição alternada e aleatória, respeitado o princípio da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional.</p><p>§ 3º - Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e mediadores constarão todos os dados relevantes para a sua atuação, tais como o número de processos de que participou, o sucesso ou insucesso da atividade, a matéria sobre a qual versou a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal julgar relevantes.</p><p>§ 4º - Os dados colhidos na forma do § 3º serão classificados sistematicamente pelo tribunal, que os publicará, ao menos anualmente, para conhecimento da população e para fins estatísticos e de avaliação da conciliação, da mediação, das câmaras privadas de conciliação e de mediação, dos conciliadores e dos mediadores.</p><p>§ 5º - Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.</p><p>§ 6º - O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de conciliadores e mediadores, a ser preenchido por concurso público de provas e títulos, observadas as disposições deste Capítulo.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>*Onde manifestar desinteresse pela conciliação :</p><p>Autor – inicial. Réu – mínimo de 10 dias de antecedência.</p><p>*Designada a data o comparecimento das partes é obrigatório.</p><p>*Cômputo do prazo para a defesa :</p><p>-Audiência houver acordo: Extinto por sentença.</p><p>-Audiência não houver acordo: prazo para defesa terá início a partir do primeiro dia útil subsequente à sessão de conciliação / mediação.</p><p>Escolha do mediador, conciliador ou câmara privada:</p><p>A previsão prestigiou o princípio da autonomia da vontade. Ao permitir que mediadores não cadastrados pelo tribunal sejam escolhidos, a previsão preservou própria natureza dos processos consensuais. O principal fator para a contratação de mediadores é a confiança das partes – não somente na honestidade, mas na capacidade do profissional de efetivamente ajudá-las, por seu histórico de atuação, competências e habilidades</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>AULA 5 – CONTESTAÇÃO</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>CONTESTAÇÃO:</p><p>ASPECTOS:</p><p>A segunda</p><p>etapa da fase postulatória é a da apresentação da resposta pelo réu.</p><p>Essa fase presta-se a que ambos os litigantes — autor e réu — tenham oportunidade de manifestar-se, apresentar a sua versão dos fatos, e formular eventuais pretensões ao juízo.</p><p>CONCEITO:</p><p>É a resposta do réu à ação do autor. Por ela o réu exerce, na sua plenitude, o direito de contradição, ou defesa, em face da ação e da pretensão do autor. (Moacyr Amaral Santos).</p><p>É o instrumento de defesa do réu contra o processo e contra o mérito. (art. 300 CPC de 1973).</p><p>Direito de defesa</p><p>Chamado a juízo, o réu não tem apenas o ônus de defender-se, mas o direito, mesmo, de exigir provimento jurisdicional que solucione o litígio definitivamente, daí a razão, aliás, pela qual a extinção do processo de conhecimento, sem resolução do mérito, pautada na desistência da ação pelo autor, depende de seu consentimento, se já oferecida contestação.</p><p>Art. 336. : Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p># Conteúdo da contestação:</p><p>O art. 300 do CPC estabelece que “compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir”.</p><p>Esse dispositivo consagra o princípio da eventualidade, em relação ao direito de defesa: cumpre ao réu, na própria contestação, apresentar todas as razões que possam levar ao desacolhimento do pedido, ainda que não sejam compatíveis entre si.</p><p>II. Cômputo diferenciado dos prazos processuais</p><p>Em razão da relevância dos interesses cuja defesa patrocinam em juízo, o Ministério Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública têm, em regra, prazo em dobro para a prática dos atos processuais – exceto quando se tratar de prazo próprio (CPC/2015, arts. 180, § 2º, 183, § 2º, e 186, § 4º).</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p>PRAZO:</p><p>No CPC de 2015, o prazo corre da audiência de tentativa de conciliação. Caso ela não se realize por vontade das partes, o prazo corre da data em que o réu protocola a petição, manifestando desinteresse</p><p>Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data:</p><p>I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;</p><p>II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I;</p><p>III - prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.</p><p>Cômputo diferenciado dos prazos processuais:</p><p>Em razão da relevância dos interesses cuja defesa patrocinam em juízo, o Ministério Público, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública têm, em regra, prazo em dobro para a prática dos atos processuais – exceto quando se tratar de prazo próprio (CPC/2015, arts. 180, § 2º, 183, § 2º, e 186, § 4º).</p><p>Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.( Art. 229, CPC)</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p>Espécies de defesa que poderão ser apresentadas</p><p>As defesas podem ser classificadas em três categorias:</p><p>A■ processuais, cujo acolhimento implique extinção do processo sem julgamento de mérito: (por exemplo, a falta de condições da ação ou pressupostos processuais);</p><p>B■ processuais, que não impliquem extinção do processo, mas a sua dilação: (como a incompetência do juízo ou o impedimento do juiz, que, se acolhidos, determinarão a remessa dos autos a outro juízo ou juiz);</p><p>C■ defesas substanciais ou de mérito: Defesas de fundo, de mérito.</p><p># Preliminares: Antes de apreciar as defesas de mérito, o juiz precisa examinar as processuais, por isso mesmo, chamadas preliminares.</p><p>O art. 301, do CPC, enumera as preliminares, questões que devem ser apreciadas pelo juiz antes do passar ao exame do mérito. São as defesas de cunho processual, que podem ser de duas espécies: cujo acolhimento implique a extinção do processo; ou resulte apenas em sua dilação.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p>-PRELIMINARES</p><p>Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:</p><p>I - inexistência ou nulidade da citação;</p><p>II - incompetência absoluta e relativa;</p><p>III - incorreção do valor da causa;</p><p>IV - inépcia da petição inicial;</p><p>V - perempção;</p><p>VI - litispendência;</p><p>VII - coisa julgada;</p><p>VIII - conexão;</p><p>IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;</p><p>X - convenção de arbitragem;</p><p>XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;</p><p>XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;</p><p>XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p># PRELIMINARES- Ao mérito ou defesa indireta de conteúdo processual, ou seja, a análise das matérias, elencadas nos incisos do art. 337, precede à análise do mérito.</p><p>Como novidades, o novel CPC traz, no inciso III, a incorreção do valor da causa e, no inciso XIII, a indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.</p><p>No tópico, o juiz, ex officio, pode conhecer das matérias elencadas no art. 337. Entretanto, o juiz não poderá, ex officio, se pronunciar sobre a incompetência relativa e sobre a convenção de arbitragem.</p><p>ATENÇÃO:</p><p>01-Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação anteriormente ajuizada.</p><p>02-Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.</p><p>03-Há litispendência quando se repete ação que está em curso.</p><p>04-Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p>#PRELIMINARES-</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>1) ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA OU RELATIVA :</p><p>A incom. absoluta ou relativa deve ser arguida em preliminar de contestação . Mas em se tratando de incom. absoluta o equívoco ou demora das partes não ensejam preclusão.</p><p>Art. 340. Havendo alegação de incompetência relativa ou absoluta, a contes-</p><p>tação poderá ser protocolada no foro de domicílio do réu, fato que será imediatamente comunicado a</p><p>o juiz da causa, preferencialmente por meio eletrônico.</p><p>Decisões proferidas pelos juízos incompetentes conservarão sua eficácia até que outra seja proferida pelo juízo competente se for o caso.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p>#PRELIMINARES-</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>2- ILEGITIMIDADE DE PARTE E A SUBSTITUIÇÃO DO RÉU:</p><p>Art. 338. Alegando o réu, na contestação, ser parte ilegítima ou não ser o</p><p>responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor, em 15 (quinze) dias,</p><p>A alteração da petição inicial para substituição do réu- o juiz facultará ao autor, no prazo de 15 dias, a possibilidade de alterar a petição inicial, para substituir o polo passivo da demanda. Isso ocorrerá se o réu, no prazo da contestação, alegar ser parte ilegítima ou não ser o responsável pelo prejuízo alegado pelo autor. Em ocorrendo a substituição do réu no polo passivo, o autor terá de reembolsar as despesas e pagar os honorários ao procurador do réu excluído.</p><p>Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO:</p><p>Defesa substancial ou de mérito</p><p>Depois de arguir eventuais preliminares, o réu apresentará, na mesma peça, a sua defesa de fundo, de mérito, que pode ser de dois tipos: direta ou indireta.</p><p>A defesa direta é aquela que nega os fatos que o autor descreve na inicial, ou os efeitos que deles</p><p>pretende retirar;</p><p>A defesa indireta é aquela em que o réu, embora não negando os fatos da inicial, apresenta outros que modifiquem, extingam ou impeçam os efeitos postulados pelo autor.</p><p>Impugnação específica e genérica</p><p>O réu tem o ônus de impugnar especificamente os fatos narrados na petição inicial, sob pena de presumirem-se verdadeiros. Cada fato constitutivo do direito do autor deve ser impugnado pelo réu.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>CONTESTAÇÃO</p><p>Impugnação específica e genérica:</p><p>As alegações não impugnadas pelo réu, em sede de contestação, presumir-se-ão verdadeiras as não impugnadas, excetuando-se se não for admissível, a seu respeito, a confissão; se a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato e, por fim, se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto</p><p>Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:</p><p>I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;</p><p>II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei con-</p><p>siderar da substância do ato;</p><p>III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.</p><p>Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.</p><p>CONTESTAÇÃO</p><p>Matérias que podem ser alegadas depois da contestação:</p><p>Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações</p><p>quando:</p><p>I - relativas a direito ou a fato superveniente;</p><p>II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;</p><p>III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer</p><p>tempo e grau de jurisdição.</p><p>Indicação de provas e documentos : Réu na contestação especificará as provas que pretende produzir.</p><p>Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa,</p><p>expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e espe-</p><p>cificando as provas que pretende produzir</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#RECONVENÇÃO</p><p>CONCEITO: É a ação proposta pelo réu contra o autor no mesmo processo; É o contra-ataque. Baseia-se no princípio da economia processual.</p><p>A reconvenção permanece no CPC de 2015 como uma das formas de resposta do réu.</p><p>Os requisitos continuam os mesmos: que o réu manifeste pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.</p><p>E ela continua tendo natureza de ação autônoma, o que deve prosseguir ainda que haja desistência da ação ou ocorra causa de extinção que impeça o exame do mérito.</p><p>A única alteração é que, no novo sistema, ela não é apresentada em peça autônoma, protocolada simultaneamente com a contestação, mas na própria contestação (art. 343).</p><p>Reconvenção é o meio previsto no Código de Processo Civil para o réu, diante da ação ajuizada em face dele pelo autor, demandá-lo, promovendo-lhe, pois, também uma ação.</p><p>Afasta-se, portanto, o réu-reconvinte da atitude meramente passiva de se defender, passando ao contraataque, fazendo, assim, com que se amplie o objeto litigioso do processo e também a atividade jurisdicional, que irá versar sobre ambas as relações jurídicas.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#RECONVENÇÃO:</p><p>Conquanto ação e reconvenção processem-se em conjunto, para que possam ser julgadas juntamente, há relativa independência entre elas.</p><p>O caput do art. 343 deixa claro que a iniciativa será feita na própria contestação (na mesma peça escrita/impressa ou arquivo digital) e não em petição avulsa, ainda que a reconvenção não pressuponha a apresentação de contestação (§ 6º).</p><p>Tampouco ela está vinculada à sorte da ação originária</p><p>Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.</p><p>§ 1 Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.</p><p>§ 2 A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.</p><p>§ 6 O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Reconvenção:</p><p>REQUISITOS DA RECONVEÇÃO :</p><p>A) Conexidade – Art. 343 , caput, CPC.</p><p>B) Competência –</p><p>C) Procedimento compatível</p><p>D) Autor não seja legitimado extraordinário .- Art. 343, parágrafo 5, CPC.</p><p>Sujeitos devem ter na reconvenção a mesma qualidade jurídica com que figuravam na ação originária</p><p>RECONVENÇÃO DA RECONVENÇÃO</p><p>RECONVENÇÃO EM AÇÕES DÚPLICES</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO</p><p>REVELIA</p><p>CONCEITO: - É a ausência de contestação do réu regularmente citado ou contestação intempestiva, sem procuração ou apresentada por quem não é advogado.</p><p>OBS. Nos juizados a revelia ocorre para quem se ausenta da audiência de conciliação ou instrução.(art. 20 l. 9.099/95).</p><p>Caracteriza-se a revelia pelo não oferecimento válido e tempestivo de contestação por parte do réu. A revelia é espécie do gênero contumácia, que abrange também a inércia do autor.</p><p>II. Efeitos da revelia</p><p>1) O principal efeito da revelia é a presunção de veracidade dos fatos afirmados pelo autor que não tenham sido objeto de contestação</p><p>Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:</p><p>I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;</p><p>II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;</p><p>III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.</p><p>Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO</p><p>REVELIA</p><p>II- EFEITOS:</p><p>2) Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.</p><p>Art. 346. Os prazos contra o revel que não tenha patrono nos autos fluirão da data de publicação do ato decisório no órgão oficial.</p><p>Parágrafo único. O revel poderá intervir no processo em qualquer fase, recebendo-o no estado em que se encontrar.</p><p>Observação : A presunção é relativa .</p><p>Exclusões legais da presunção de veracidade :</p><p>Art. 345. A revelia não produz o efeito mencionado no art. 344 se:</p><p>I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;</p><p>II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;</p><p>III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato;</p><p>IV - as alegações de fato formuladas pelo autor forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CONTESTAÇÃO</p><p>REVELIA</p><p>O revel e a produção de provas:</p><p>A orientação cristalizada na Súmula nº 231 do STF: “O revel, em processo civil, pode produzir provas desde que compareça em tempo oportuno”.</p><p>Art. 349 - Ao réu revel será lícita a produção de provas, contrapostas às alegações do autor, desde que se faça representar nos autos a tempo de praticar os atos processuais indispensáveis a essa produção.</p><p>Cássio Scarpinella Bueno, ao analisar o dispositivo em tela, menciona que “dando concretude ao parágrafo único do art. 346, o art. 349 inova, ao menos de maneira expressa, ao garantir ao réu a possibilidade de produzir provas em contraposição àquelas pleiteadas pelo autor” (BUENO, Cassio Scarpinella. Novo Código de Processo Civil Anotado. São Paulo: Saraiva, 2015, p. 261).</p><p>Possível o julgamento antecipado de mérito :</p><p>Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:</p><p>I - não houver necessidade de produção de outras provas;</p><p>II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>AULA 6 – PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES, SANEAMENTO E JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># I. Providências preliminares</p><p>Cuida-se aqui das denominadas providências preliminares.</p><p>Trata-se de providências que o juiz deve tomar logo após a resposta do réu, ou, ainda, após o transcurso do prazo para oferecimento de contestação, ainda que esta não tenha sido apresentada.</p><p>Art. 347. Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará, conforme o caso, as providências preliminares constantes das seções deste Capítulo.</p><p>O objetivo das providências preliminares é retirar do processo vícios que possam apresentar, que sejam sanáveis.</p><p>Consiste em determinar as partes para especificar as provas , abertura de prazo para replicar sobre fato impeditivo, modificativo, extintivo ou sobre preliminares.</p><p>A atividade saneadora consiste em preparar o processo para um julgamento válido, quando possível ou extingui-lo quando o juiz verificar que não reúne os requisitos necessários para o julgamento da lide.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>Cabimento das providências preliminares se houver :</p><p>1- Arguição de preliminares ou defesas indiretas .</p><p>2- Revelia e não incidirem seus efeitos</p><p>3- Vícios sanáveis para que sejam sanados .</p><p>4 – Réu juntar na contestação prova documental em face do princípio do contraditório.</p><p># RÉPLICA:</p><p>Oportunidade de manifestação aberta ao autor sempre que o réu alegar em sua contestação defesa de mérito indireta, processual, preliminares.</p><p>Manifestação do contraditório.</p><p>Réu traz uma novidade ao processo : fato impeditivo, modificativo, extintivo do direito do autor.</p><p>Art. 350. Se o réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, este será ouvido no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe o juiz a produção de prova.</p><p>Art. 351. Se o réu alegar qualquer das matérias enumeradas no art. 337, o juiz determinará a oitiva do autor no prazo de 15 (quinze) dias, permitindo-lhe a produção de prova.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># RÉPLICA:</p><p>- Tréplica:</p><p>Art. 437. O réu manifestar-se-á na contestação sobre os documentos anexados à inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os documentos anexados à contestação.</p><p>§ 1o Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436.</p><p>Julgamento conforme o estado do processo :</p><p>Cumprida as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz deverá proferir julgamento conforme o estado do processo.</p><p>A- Extinção sem resolução de mérito. Art. 354, CPC.</p><p>B- Extinção com resolução de mérito, fundada no art. 487, II e III, CPC.</p><p>C- Julgamento antecipado do mérito . Art. 355, CPC.</p><p>D- Julgamento antecipado parcial do mérito. Art. 355 e 356, CPC.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>Julgamento conforme o estado do processo :</p><p>D- Julgamento antecipado parcial do mérito. Art. 355 e 356, CPC.</p><p>Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:</p><p>I - não houver necessidade de produção de outras provas;</p><p>II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349.</p><p>Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:</p><p>I - mostrar-se incontroverso;</p><p>II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.</p><p>§ 1º A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.</p><p>§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.</p><p>§ 3o Na hipótese do § 2o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO :</p><p>Não ocorrendo nenhuma das hipóteses previstas no Capítulo X que trata do julgamento conforme o estado do processo caberá ao juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo, resolver as questões processuais pendentes, se houver; delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito e, por fim, se necessário, designar audiência de instrução e julgamento.</p><p>Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:</p><p>I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;</p><p>II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;</p><p>III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;</p><p>IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;</p><p>V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO :</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>01- Quinze dias partes devem apresentar o rol de testemunhas</p><p>02- Juiz fixa o número de testemunhas de acordo com a complexidade da causa.</p><p>03- Saneamento compartilhado</p><p>04 Produção de prova pericial – Juiz nomeará perito e se possível fixará o calendário para a realização da referida prova.</p><p># Negócio jurídico processual</p><p>Uma das principais inovações do Código de Processo Civil de 2015 foi o reconhecimento da existência como categoria autônoma dos chamados negócios jurídicos processuais.</p><p>Dispõe o art. 190 do Código de Processo Civil que, “versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo”.</p><p>O fato de as partes poderem “convencionar sobre os seus ônus” permite que elas de comum acordo fixem as questões a respeito das quais recairá a atividade instrutória e a respeito das quais o juiz terá de se manifestar na sentença.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>. AULA 7- Tutela provisória</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória</p><p>O legislador processual adotou o termo tutela provisória para identificar modalidade de tutela jurisdicional cujo escopo não é, ao menos em princípio, solucionar definitivamente a crise de direito material.</p><p>O processo deve desenvolver-se em conformidade com o modelo legal previsto pelo legislador, do qual fazem parte contraditório, ampla defesa, publicidade, fundamentação, juiz natural, duplo grau, legalidade procedimental, etc., a entrega da tutela jurisdicional em caráter definitivo demanda tempo.</p><p>Daí a necessidade de o legislador regular a atividade do juiz destinada a evitar que a demora do processo possa causar prejuízo à parte, cuja pretensão esteja amparada em argumentos plausíveis, verossímeis. Visa com isso a conferir maior dose de efetividade prática à tutela final, possibilitando a quem faz jus a ela obter resultados na medida do possível semelhantes ao cumprimento espontâneo do direito.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>A expressão “tutela provisória” designa um conjunto de tutelas diferenciadas que podem ser postuladas nos processos de conhecimento e de execução, e abrangem tanto as medidas de natureza satisfativa quanto cautelar, deferidas em cognição não exauriente e em caráter provisório.</p><p>No novo sistema, o deferimento de tutelas provisórias dar-se-á sempre em processos de conhecimento ou de execução, seja em caráter antecedente, seja incidentalmente.</p><p>#Classificação</p><p>Quanto à sua natureza: as tutelas provisórias dividem-se em antecipadas e cautelares.</p><p>Quanto aos seus fundamentos: em tutelas de urgência ou de evidência.</p><p>Ao concedê-la, o juiz deverá fundamentar a decisão em uma coisa ou outra.</p><p>A tutela será de urgência quando houver “elementos que evidenciem</p><p>a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”. Os requisitos são o fumus boni juris, isto é, a probabilidade do direito, e o periculum in mora, o risco de que, sem a medida, o litigante possa sofrer perigo de prejuízo irreparável ou de difícil reparação.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>Tutelas Provisória</p><p>Urgência a)Cautelar b)Antecipada</p><p>Evidência</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória.</p><p>A Tutela Provisória, que se opõe à final e definitiva, pode fundar-se, portanto, na urgência (perigo e plausibilidade) ou na evidência (plausibilidade).</p><p>Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.</p><p>Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.</p><p>Finalidade : Afastar o perigo a que está sujeita a tutela jurisdicional definitiva ou redistribuir o ônus da demora na solução do processo.</p><p>Efetividade do processo: As tutelas provisórias buscam dar maior efetividade ao processo, em face da morosidade da justiça</p><p># Tutela provisória antecipada e cautelar.</p><p>Leva-se em conta a natureza (o conteúdo).</p><p>Art. 294, parágrafo único, CPC.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória urgência antecipada e cautelar.</p><p>Leva-se em conta a natureza (o conteúdo).</p><p>Art. 294, parágrafo único, CPC.</p><p>Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência.</p><p>Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.</p><p>Tutela antecipada – natureza satisfativa</p><p>Tutela cautelar – determina medida protetiva . Não antecipa os efeitos da sentença , mas determina uma providência que protege o provimento .</p><p>O caráter de temporariedade da tutela cautelar demonstra que sua eficácia fática está limitada ao tempo da necessidade da função acautelatória, enquanto a tutela antecipada (seja ela de urgência ou da evidência – ambas satisfativas) satisfaz provisoriamente o direito do autor, tendo a possibilidade de tornarem-se definitivas.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de urgência .</p><p>A tutela provisória, seja de urgência ou da evidência, conserva sua eficácia na pendência do processo (e, salvo determinação contrária, durante a suspensão do processo), mas pode, a qualquer tempo, ser modificada ou revogada.</p><p>O objetivo das tutelas provisórias é assegurar ou satisfazer, no todo ou em parte, o direito da parte. Mas, justamente por não serem definitivas, podem e devem ser modificadas ou revogadas ao longo da tramitação do processo, caso a altere-se a situação fático-jurídica justificadora da concessão da medida.</p><p>Quer se trate de tutela antecipada, quer de cautelar, os requisitos para a concessão delas são agora os mesmos: juízo de probabilidade e perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art. 300, caput).</p><p>Art. 300 - A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.</p><p>§ 1º - Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.</p><p>§ 2º - A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.</p><p>§ 3º - A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de urgência .</p><p>Para que a tutela de urgência seja concedida, ainda que não se exija certeza jurídica sobre o direito do autor, há que se ter ao menos aparência desse direito, e, por isso, o juiz faz a apreciação da existência da pretensão do autor em um juízo de cognição sumária, e não exauriente.</p><p>Exigência de caução para concessão</p><p>A possibilidade de o juiz exigir, se entender necessário, caução real ou fidejussória idônea para concessão da medida tem o condão de visar garantir o ressarcimento de eventuais danos que a execução da tutela urgente possa causar à outra parte.</p><p>Momento de concessão</p><p>A legislação processual civil não limita nem estabelece um momento específico para a concessão da antecipação de tutela.</p><p>Aliás, expressamente permite que a medida seja concedida liminarmente (o que significa dizer, sem a oitiva prévia da parte contrária) ou após justificação prévia (por exemplo, em audiência designada pelo juiz especialmente para a produção de provas para tal finalidade).</p><p>Assim, admite-se sua concessão a qualquer momento do processo, desde que antes da decisão final definitiva.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de urgência .</p><p>Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.</p><p>§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:</p><p>I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;</p><p>II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;</p><p>III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de urgência .</p><p>- Requisitos : A) Requerimento da parte</p><p>B) Elementos que evidenciem a probabilidade do direito.</p><p>C) Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo-Periculum in mora.</p><p>D) A não irreversibilidade do efeitos da tutela de urgência antecipada .</p><p>Momentos : A ) Antecedente</p><p>B) Incidente</p><p>Possível a prestação de caução: Art. 300, parágrafo 1 , CPC.</p><p>A possibilidade de o juiz exigir, se entender necessário, caução real ou fidejussória idônea para concessão da medida tem o condão de visar garantir o ressarcimento de eventuais danos que a execução da tutela urgente possa causar à outra parte.</p><p>A irreversibilidade do provimento como requisito negativo</p><p>O § 3º do art. 300 consagra a irreversibilidade do provimento como requisito negativo de concessão da tutela de urgência antecipada (de natureza satisfativa, portanto, e não cautelar), proibindo que a medida seja concedida quando houver perigo de tornar-se irreversível.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de urgência .</p><p>-A responsabilidade objetiva pela execução da tutela de urgência</p><p>O art. 302 estabelece a responsabilidade objetiva pela execução da tutela de urgência, justamente porque a medida urgente permite a intervenção na esfera jurídica do réu sem que haja um juízo de certeza sobre o mérito da lide.</p><p>Art. 302 - Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:</p><p>I - a sentença lhe for desfavorável;</p><p>II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;</p><p>III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;</p><p>IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.</p><p>Parágrafo único - A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.</p><p>- Tutelas provisórias podem ser concedidas liminarmente ou após justificação prévia .</p><p>- Tutelas provisórias de urgência pode deferida em caráter antecedente ou já no processo principal.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de urgência .</p><p>-Sumariedade da cognição: Na tutela provisória a cognição é superficial.</p><p>Basta a boa aparência do direito alegado . Não decide com base na certeza da existência do direito, mas na mera verossimilhança , plausibilidade do alegado.</p><p>Atenção: As decisões proferidas em cognição superficial não são definitivas . Possível a qualquer tempo rever a decisão.</p><p>-</p><p>- #Tutela provisória de urgência .</p><p>-A “estabilização dos efeitos da tutela antecipada”.</p><p>Art. 304 - A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.</p><p>§ 1º - No caso previsto no caput, o processo será extinto.</p><p>§ 2º - Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.</p><p>§ 3º - A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2º.</p><p>§ 4º - Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2º, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.</p><p>§ 5º - O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º.</p><p>§ 6º - A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>A “estabilização dos efeitos da tutela antecipada”</p><p>O caput do art. 304 estabelece que a decisão que concedente a tutela antecipada em caráter antecedente tornar-se-á estável se não for interposto o respectivo recurso cabível. Em linhas gerais, o que restou estabelecido é a possibilidade de a decisão que concede tutela jurisdicional urgente antecipada (satisfativa) continuar a produzir efeitos, sem a necessidade de sua reafirmação em um provimento de cognição exauriente.</p><p>A estabilidade só pode ser alterada por decisão de mérito, proferida numa espécie de ação revocatória de uma parte contra a outra.</p><p>O prazo para que qualquer das partes tome a iniciativa é de dois anos, nos termos do art. 304, § 5º:</p><p>“O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º deste artigo, extingue-se após dois anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1º”.</p><p>A principal finalidade da estabilidade é permitir ao interessado a satisfação da sua pretensão, sem a instauração de um processo de cognição exauriente, quando o adversário não se opõe, pela via recursal, à medida deferida.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de evidência .</p><p>I. Tutela da evidência</p><p>A tutela da evidência caracteriza-se pela possibilidade de antecipação dos efeitos finais da decisão, satisfazendo-se desde logo o provável direito do autor, mesmo nas situações em que não exista a urgência.</p><p>Tal previsão permite uma melhor distribuição do ônus do tempo, assegurando uma maior efetividade na prestação jurisdicional.</p><p>Em síntese, o que a tutela da evidência assegura é a realização desde logo do direito provável, ainda que este não esteja em risco.</p><p>Art. 311 - A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:</p><p>I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito</p><p>protelatório da parte;</p><p>II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente</p><p>e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;</p><p>III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;</p><p>IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.</p><p>Parágrafo único - Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Tutela provisória de evidência .</p><p>I. Tutela da evidência</p><p>- Requisitos:</p><p>A) requerimento.</p><p>B) Presentes os requisitos do art. 311 e incisos do CPC:</p><p>B.1 Abuso do direito de defesa ou manifesto propósito protelatório da parte.</p><p>B.2. Alegações da parte poderem ser comprovados documentalmente e havendo tese firmada em julgamento de caso repetitivo ou súmula vinculante .</p><p>Autos trazem um forte grau de probabilidade de que o seu direito venha a ser reconhecido.</p><p>Darão ao juiz uma forte convicção de procedência da pretensão do autor.</p><p>C) Pedido reipersecutório fundada em prova documental adequada do contrato de depósito.</p><p>D Petição inicial instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável</p><p>NA EVIDÊNCIA A PROBABILIDADE DO DIREITO DO AUTOR É ELEVADA, POIS COMPROVOU POR DOCUMENTOS .</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória de natureza cautelar.</p><p>Tutela provisória é gênero que abrange tutela cautelar e tutela antecipada</p><p>O CPC/2015 estabelece a tutela provisória como gênero, a qual abrange a tutela de urgência e de evidência.</p><p>A tutela de urgência, por sua vez, pode ter natureza cautelar ou satisfativa (antecipada, conforme designação da lei).</p><p>Aspectos: 1) Não formará processo autônomo .</p><p>2) tutela cautelar é deferida para proteger o provimento principal</p><p>3) Pretensão cautelar é acessória e exigirá a oportuna formulação da pretensão principal.</p><p>4) Autor deve indicar o fumus boni iuris e o periculum in mora.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória de natureza cautelar.</p><p>Art. 305 - A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Parágrafo único - Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.</p><p>Fungibilidade de dupla via entre tutela cautelar e tutela antecipada</p><p>O parágrafo único assegura a fungibilidade entre tutela cautelar e tutela antecipada ao dar ao juiz a possibilidade de observar o disposto no art. 303 (para as tutelas antecipadas) quando perceber que o pedido tem essa natureza.</p><p>“[...] 1. Não há ilegalidade na determinação de conversão da cautelar de sustação de protesto em ação de conhecimento com pedido de tutela antecipada. O juízo observou o cunho satisfativo do pedido de liminar cautelar, oportunizou a emenda, com garantia ao princípio da fungibilidade, e analisou os requisitos da tutela antecipada, em obediência ao princípio da instrumentalidade do processo. 2. A conversão não traz prejuízos ao autor, e se evitam inúmeros atos judiciais, simplifica-se todo o tramitar do feito, economizam-se etapas, funcionários, tempo [...]” (TJSP, 14ª Câmara de Direito Privado, AI nº 2011089-64.2015.8.26.0000, Ac. nº 8236121, Rel. Des.Melo Colombi, j. em 26/2/2015, DJESP de 2/3/2015).</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória de natureza cautelar.</p><p>Art. 306 - O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.</p><p>Contestação</p><p>Uma vez citado, o réu terá o prazo de cinco dias para apresentar a contestação, a qual deverá se limitar ao disposto no pedido cautelar (probabilidade do direito e perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo).</p><p>Isso porque, após a fase de apreciação do pedido liminar, o réu deverá formular o pedido principal (art. 308 do CPC/2015), ocasião em que se designará audiência de conciliação ou mediação e facultar-se-á nova oportunidade de contestação.</p><p>Revelia e presunção relativa de veracidade</p><p>Diante do silêncio do réu, permanece assim inalterada a presunção de veracidade quanto aos fatos alegados pelo autor.</p><p>Art. 307 - Não sendo contestado</p><p>o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória de natureza cautelar.</p><p>Art. 308 - Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.</p><p>§ 1º - O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.</p><p>§ 2º - A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.</p><p>§ 3º - Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.</p><p>§ 4º - Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Tutela provisória de natureza cautelar.</p><p>- Perda de eficácia quando não deduzido o pedido principal no prazo de 30 dias, ou não executar dentro de 30 dias ou quando o juiz declara extinto o processo principal, com ou sem resolução de mérito.</p><p>Art. 309 - Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:</p><p>I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;</p><p>II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;</p><p>III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.</p><p>Parágrafo único - Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.</p><p>image5.png</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes.</p><p>§ 1o Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.</p><p>§ 2o A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.</p><p>§ 3o Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>TEORIA GERAL DO FATO PROCESSUAL.</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p># Formas e requisitos dos atos processuais.</p><p>De maneira geral os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.</p><p>Assim, acolheu-se o princípio da liberdade da formas, com a ressalva da existência de lei em sentido contrário. A nulidade não será declarada e o ato será considerado válido, desde que, realizado por outra forma, preencha a sua finalidade essencial.</p><p>O CPC autoriza ainda que todos os termos e atos do processo sejam produzidos por meio eletrônico.</p><p>Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.</p><p>Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:</p><p>I - em que o exija o interesse público ou social; II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p># Formas e requisitos dos atos processuais.</p><p>Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.</p><p>Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.</p><p>Art. 209. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência. § 1o Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos advogados das partes.</p><p>§ 2o Na hipótese do § 1o, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e da decisão. Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia ou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal. Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que forem inutilizados, assim como entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p># Formas e requisitos dos atos processuais.</p><p># O processo eletrônico:</p><p>A busca pela efetividade e duração razoável do processo deu ensejo ao uso de meios eletrônicos e de informatização do processo.</p><p>A informatização do processo judicial foi regulamentada pela Lei n. 11.419/2006, que tratou dos meios eletrônicos, da transmissão eletrônica e da assinatura eletrônica. . Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p># Formas e requisitos dos atos processuais.</p><p># Requisitos quanto ao lugar:</p><p>Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.</p><p>Há exceções.</p><p># Requisitos quanto ao tempo .</p><p>Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.</p><p>§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.</p><p>§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.</p><p>§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Requisitos quanto ao tempo .</p><p>Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo. Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do prazo.</p><p>Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se: I - os atos previstos no art. 212, § 2o;</p><p>II - a tutela de urgência.</p><p>Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:</p><p>I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;</p><p>II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;</p><p>III - os processos que a lei determinar.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p># Formas e requisitos dos atos processuais:</p><p>#Prazos processuais:</p><p>Prazo é distância que medeia entre dois atos ou fatos.</p><p>O processo é um conjunto de atos encadeados que se sucedem no tempo.</p><p>Para que ele não se eternize, a lei estabelece limites temporais dentre os quais o ato deve ser praticado. - Natureza dos prazos : É diferente a natureza dos prazos impostos as partes, que de modo geral são preclusivos, ou seja, o desrespeito ao prazo implicará a perda da faculdade processual de praticar o ato( preclusão).</p><p>Os prazos preclusivos são denominados próprios.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p># Formas e requisitos dos atos processuais:</p><p>#Prazos processuais:</p><p>Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.</p><p>Os dias úteis os dias da semana de segunda a sexta-feira, que não sejam feriados, excluídos, portanto, o sábado e o domingo, como esclarece o artigo 216.</p><p>São feriados nacionais os dias 1o de janeiro, 21 de abril, 1o de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro (Lei nº 662/1949, alterada pela Lei nº 10.607/2002.</p><p>Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>DOS ATOS PROCESSUAIS.</p><p># Formas e requisitos dos atos processuais:</p><p>#Prazos processuais:</p><p>Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses.</p><p>§ 1o Ao juiz</p><p>é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.</p><p>§ 2o Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido.</p><p>Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.</p><p>§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário.</p><p>§ 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Prazos processuais:</p><p>Art. 226. O juiz proferirá:</p><p>I - os despachos no prazo de 5 (cinco) dias;</p><p>II - as decisões interlocutórias no prazo de 10 (dez) dias;</p><p>III - as sentenças no prazo de 30 (trinta) dias.</p><p># Verificação dos prazos e penalidades :</p><p>Nessa ideia de um processo comparticipativo, é dever de todos aqueles que, direta ou indiretamente, tem contato com o processo terem responsabilidades, especialmente no que concerne ao cumprimento dos prazos.</p><p>Art. 233. Incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os prazos estabelecidos em lei.</p><p>Art. 234. Os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do Ministério Público devem restituir os autos no prazo do ato a ser praticado.</p><p>§ 1o É lícito a qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal.</p><p>§ 2o Se, intimado, o advogado não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do salário-mínimo.</p><p>§ 3o Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Prazos processuais:</p><p>Há prazos impostos ao juiz e seus auxiliares, que não são preclusivos, porque não há a perda da faculdade, nem o desaparecimento da obrigação de praticar o ato, ainda que superado o prazo estabelecido em lei.</p><p>As consequências do desrespeito ao prazo impróprio são administrativas, mas não há sanções processuais.</p><p>#Contagem de prazo :</p><p>Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.</p><p>§ 1o Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.</p><p>§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.</p><p>§ 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Contagem de prazo :</p><p>Diferença entre suspensão de prazo e interrupção de prazo.</p><p>Possível as juiz aumentar os prazos processuais:</p><p>Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:;</p><p>VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito;</p><p>Possível as partes fazerem acordo procedimental .</p><p>Prazo quando há litisconsortes com advogados diferentes de escritórios diferentes. Art. 229 , CPC.</p><p>Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.</p><p>PROCESSO CIVIL I- complemento aula de prazos</p><p>Com a vigência do novo Código de Processo Civil, os prazos processuais passaram a ser contados em dias úteis, de acordo com o art. 219, Lei 13.105/2016.</p><p>Ou seja, exclui-se da contagem dias não-úteis: finais de semana, feriados, pontos facultativos e dias sem expediente de modo geral.</p><p>Cabe ressaltar que somente os prazos em dias são contados de forma útil.</p><p>Processo eletrônico</p><p>Nos processos eletrônicos, ainda, há uma peculiaridade. Confira o art. 224:</p><p>§ 2o Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.</p><p>§ 3o A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.</p><p>Intimação Eletrônica: Nos casos de intimação eletrônica, por exemplo, a data de abertura para consulta do teor da intimação é considerado como marco inicial do prazo</p><p>PROCESSO CIVIL I- complemento aula de prazos</p><p>FONTE: https://legalcloud.com.br/contagem-de-prazo-novo-cpc/</p><p>Exemplo de prorrogação do prazo processual por indisponibilidade eletrônica</p><p>PROCESSO CIVIL I- complemento aula de prazos</p><p>Dia do começo (Art. 231)</p><p>Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:</p><p>I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;</p><p>II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de justiça;</p><p>III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de secretaria;</p><p>IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;</p><p>V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;</p><p>VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de carta;</p><p>VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;</p><p>VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da secretaria.</p><p>IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do recebimento da citação realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>PROCESSO CIVIL I- complemento aula de prazos</p><p>FONTE: https://legalcloud.com.br/contagem-de-prazo-novo-cpc/</p><p>Exemplo de suspensão do prazo processual por feriado municipal</p><p>Contagem de prazo na Advocacia Pública, Defensoria e Ministério Público</p><p>De acordo com o Novo CPC, a contagem de prazo de entes públicos é diferenciada.</p><p>Ministério Público</p><p>Art. 180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.</p><p>Advocacia Pública</p><p>Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.</p><p>Defensoria Pública</p><p>Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. § 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos termos do art. 183,</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># DA COMUNICAÇÃO DO ATO PROCESSUAL</p><p># Da comunicação dos atos processuais:</p><p>A) CARTA ROGATÓRIA: É o pedido dirigido a um órgão jurisdicional estrangeiro, seja para comunicação processual, seja para prática de atos relacionados à instrução processual. Não se presta ao cumprimento de atos de constrição judicial, para o que é necessário requerer a homologação da sentença brasileira condenatória no país estrangeiro onde estão os bens. As rogatórias vindas do exterior devem receber o exequatur do STJ.</p><p>B) CARTA DE ORDEM: É a emitida por um tribunal a órgão jurisdicional a ele subordinado, seja para colheita de provas, seja para atos de execução, nos processos de competência originária dos tribunais.</p><p>C) CARTA PRECATÓRIA: A mais comum das</p><p>formas de comunicação entre juízos que não têm relação de subordinação entre si. Quem a expede é o juízo deprecante e quem a recebe o deprecado. É utilizada entre todos os tipos de juízos, não importando a que justiça pertençam, nem a que unidade da Federação.</p><p>D) CARTA ARBITRAL: Ato de cooperação . Juízo arbitral pode requerer ao Poder Judiciário que pratique ato/determinação.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>■ CITAÇÕES E INTIMAÇÕES:</p><p>Citação é o ato pelo qual se dá ciência ao réu ou interessado da existência do processo, e se lhe concede a possibilidade de se defender.</p><p>Só a partir dela, a relação processual se completa: é pressuposto processual de existência. Sempre que houver processo, há necessidade de citação do réu, seja ele de conhecimento, de execução ou cautelar.</p><p>A citação válida é indispensável, a fim de que sejam respeitados os direitos fundamentais ao contraditório e à ampla defesa da parte passiva</p><p>A partir do momento em que a citação válida ocorre, mesmo quando ordenada por juiz incompetente, fica induzida a litispendência. Ainda, a partir da citação válida, torna-se litigiosa a coisa.</p><p>A citação far-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.</p><p>Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a relação processual.</p><p>Parágrafo único. A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da ação. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido.</p><p>§ 1o O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>CITAÇÕES E INTIMAÇÕES:</p><p># Citação : a) direta</p><p>b) indireta</p><p>Espécies de citação: a) Real</p><p>b) Ficta</p><p>Nos comentários da doutrina:</p><p>Os artigos 256 a 259 do CPC/15 cuidam das hipóteses e requisitos da citação efetuada na modalidade de edital. Trata-se de forma de citação fundada em ficção. Ao contrário da citação real, na qual é certa a ciência do réu a respeito da ação, na citação ficta o ordenamento processual contenta-se com a mera ficção legal de conhecimento da propositura da demanda</p><p>(MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; MITIDIERO, Daniel. Novo Curso de Processo Civil: tutela dos direitos mediante procedimento comum, v. II, São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015,p. 123).</p><p>Atualizações da lei 14195/2021</p><p>Citação será feita preferencialmente por meio eletrônico:</p><p>Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021).</p><p>EMPRESAS PÚBLICAS E PRIVADAS SÃO OBRIGADAS A CADASTRO:</p><p>§ 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>OBRIGAÇÃO DE CONFIRMAR O RECEBIMENTO DA CITAÇÃO ELETRÔNICA:</p><p>§ 1º-A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da citação eletrônica, implicará a realização da citação: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>I - pelo correio; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>II - por oficial de justiça; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>IV - por edital.</p><p>Atualizações da lei 14195/2021</p><p>Deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento da citação enviada eletronicamente :</p><p>§ 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas previstas nos incisos I, II, III e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento da citação enviada eletronicamente. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>DEIXAR DE CONFIRMAR NO PRAZO LEGAL, SEM JUSTA CAUSA, É ATO ATENTATÓRIO A DIGNIDADE DA JUSTIÇA :</p><p>§ 1º-C Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5% (cinco por cento) do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da citação recebida por meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>§ 2º O disposto no § 1º aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.</p><p>CITAÇÕES POR MEIO ELETRÔNICO SERÃO ACOMPANHADAS DE ORIENTAÇÕES :</p><p>§ 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para realização da confirmação de recebimento e de código identificador que permitirá a sua identificação na página eletrônica do órgão judicial citante. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>Atualizações da lei 14195/2021</p><p>A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio, SALVO:</p><p>Art. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País, exceto: (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)</p><p>I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ;</p><p>II - quando o citando for incapaz;</p><p>III - quando o citando for pessoa de direito público;</p><p>IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;</p><p>V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>CITAÇÕES E INTIMAÇÕES:</p><p>Observação: Não dispondo o demandante de informações sobre o endereço do réu ou sobre algum lugar em que possa ser encontrado, poderá requerer ao juiz auxílio, mediante “diligências necessárias” para a obtenção das informações, com fulcro no art. 319, II, § 1o.</p><p># Citação por hora certa:</p><p>Art. 252. Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar.</p><p>Parágrafo único. Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a intimação a que se refere o caput feita a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># CITAÇÕES E INTIMAÇÕES:</p><p>-#Citação por Edital:</p><p>Art. 256. A citação por edital será feita:</p><p>I - quando desconhecido ou incerto o citando;</p><p>II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando;</p><p>III - nos casos expressos em lei.</p><p>§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória.</p><p>§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.</p><p>§ 3o O réu será considerado em local ignorado ou incerto se infrutíferas as tentativas de sua localização, inclusive mediante requisição pelo juízo de informações sobre seu endereço nos cadastros de órgãos públicos ou de concessionárias de serviços públicos.</p><p>Art. 257. São requisitos da citação por edital:</p><p>I - a afirmação do autor ou a certidão do oficial informando a presença das circunstâncias autorizadoras;</p><p>II - a publicação do edital na rede mundial de computadores, no sítio do respectivo tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, que deve ser certificada nos autos;</p><p>III - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará</p><p>entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, fluindo da data da publicação única ou, havendo mais de uma, da primeira;</p><p>IV - a advertência de que será nomeado curador especial em caso de revelia.</p><p>Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a publicação do edital seja feita também em jornal local de ampla circulação ou por outros meios, considerando as peculiaridades da comarca, da seção ou da subseção judiciárias.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># Das Intimações:</p><p>Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa”.</p><p>A citação é sempre dirigida ao réu ou ao interessado, ao passo que a intimação pode ser dirigida a qualquer das partes, seus advogados, auxiliares da justiça (peritos, depositários, testemunhas) ou a terceiros, a quem cumpre realizar determinado ato no processo.</p><p>E enquanto a citação serve para dar ciência da existência do processo ao réu, chamando-o especificamente para se defender, a intimação serve para dar ciência, a alguém, de qualquer ato ou termo no curso do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.</p><p>Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do processo.</p><p>§ 1o É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.</p><p>§ 2o O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da sentença.</p><p>§ 3o A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.</p><p>Art. 270. As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da lei.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.</p><p>§ 1o Os advogados poderão requerer que, na intimação a eles dirigida, figure apenas o nome da sociedade a que pertençam, desde que devidamente registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.</p><p>§ 2o Sob pena de nulidade, é indispensável que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, ou, se assim requerido, da sociedade de advogados.</p><p>§ 3o A grafia dos nomes das partes não deve conter abreviaturas.</p><p>§ 4o A grafia dos nomes dos advogados deve corresponder ao nome completo e ser a mesma que constar da procuração ou que estiver registrada na Ordem dos Advogados do Brasil.</p><p>§ 5o Constando dos autos pedido expresso para que as comunicações dos atos processuais sejam feitas em nome dos advogados indicados, o seu desatendimento implicará nulidade.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#Preclusão :</p><p>A preclusão diz respeito de atos do juiz como das partes .</p><p>A preclusão pode ser atribuída ao fato de ela não ter sido exercida no prazo apropriado; à incompatibilidade com um ato anteriormente praticado; o fato de o direito à prática daquele ato já ter sido exercido anteriormente.</p><p>-Espécies de preclusão dos atos das partes:</p><p>Temporal -é a perda da faculdade processual que não foi exercida no prazo estabelecido em lei- partes não interpõe recurso no prazo.</p><p>Lógica- incompatibilidade entre um ato processual e outro que tenha sido praticado anteriormente- se a parte concordar com a sentença, manifestando-se , não poderá mais recorrer. Consiste na perda da faculdade processual de praticar um ato que seja logicamente incompatível com outro realizado anteriormente.</p><p>Consumativa - resulta de a parte ter praticado o ato, que se realizado não pode mais ser renovado- se já contestou não pode contestar mais. O ato que já foi praticado pela parte ou pelo interveniente não poderá ser renovado</p><p># Preclusão “pro judicato”: Conquanto os prazos judiciais sejam impróprios, para que o processo possa alcançar o seu final, é preciso que também os atos do juiz fiquem sujeitos à preclusão. Não se trata de preclusão temporal, mas da impossibilidade de decidir novamente aquilo que já foi examinado urso ou novos argumentos ao primeiro. Não há a perda de uma faculdade processual, mas vedação de reexame daquilo que já foi decidido anteriormente, ou de proferir decisões incompatíveis com as anteriores.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#INVALIDADE DO ATO PROCESSUAL:</p><p>Para compreendê-las, é preciso ter em mente que o processo civil não é um fim em si mesmo, mas um instrumento para tornar efetivos os direitos materiais.</p><p>Além disso, é um conjunto de atos que se sucedem no tempo, tendo existência que pode ser bastante prolongada.</p><p>Quando a lei exige que um ato processual tenha determinada forma, ou que seja praticado de determinado modo, ou em certo tempo ou lugar, e as exigências legais são desrespeitadas, cumpre verificar se o ato será, em razão dos vícios que o acometem, apto para alcançar as finalidades para que ele foi realizado.</p><p>As imperfeições do ato trarão uma gradação de gravidade.</p><p>. O respeito à forma, antes de tudo, figura como elemento indispensável ao processo democrático. Além de garantir a isonomia entre as partes naquilo que diz respeito à prática das atividades processuais, busca também prevenir a existência de invalidades futuras.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#INVALIDADE DO ATO PROCESSUAL:</p><p>No entanto, ainda que modernamente a rigidez na forma de realização dos atos processuais seja menor, sobrevive a preferência pela realização dos mesmos conforme descrito em lei.</p><p>Destarte, hoje, figura como ideia basilar do direito processual, dentro da equação forma versus celeridade, que apenas quando estiver presente o prejuízo à parte é que se verá decretada nulidade (ou invalidade), como acima destacado.</p><p>Contudo, ainda que haja um norte a ser seguido, ou seja, de apenas se decretar eventual nulidade quando existe prejuízo, não deixa o CPC de regular a questão das nulidades processuais.</p><p>As invalidades processuais são divididas, segundo parcela da doutrina, em atos inexistentes, nulidades absolutas, nulidades relativas, e meras irregularidades.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#INVALIDADE DO ATO PROCESSUAL:</p><p>CATEGORIAS</p><p>*Meras irregularidades: inobservância de formalidades consideradas não relevantes para a validade do ato processual.</p><p>*Nulidades Absolutas e Relativas: Absoluta objetiva resguardar a ordem pública. A relativa busca a preservação dos interesses das próprias partes.</p><p>As diferenças principais são: as nulidades absolutas devem ser conhecidas e decididas pelo juiz de ofício, enquanto as relativas só o serão se expressamente apontadas pela parte interessada. Já a NR só será conhecida se argüida pela parte que não deu causa. O requerimento de declaração de nulidade relativa só pode ser feito por quem tenha um legítimo interesse.</p><p>Para distinguir a NR da NA, em suma: será preciso verificar se a forma prevista em lei e não respeitada decorria de norma cogente, estatuída em prol do interesse público, ou de norma não cogente, estabelecida em vista do interesse das partes.</p><p>* Ato inexistente: depende de declaração judicial . Atinge o ato processual que contém um vício de tal gravidade que não só poderá ser declarado ineficaz, como não se convalidará em nenhuma hipótese, nem mesmo pelo tempo.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#INVALIDADE DO ATO PROCESSUAL:</p><p>Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que lhe deu causa.</p><p>Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.</p><p>Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.</p><p>Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.</p><p># Efeito expansivo</p><p>das nulidades:</p><p>Nulidade pode prejudicar atos posteriores que dele dependam .</p><p>Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.</p><p>Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados.</p><p>§ 1o O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.</p><p>§ 2o Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>AULA 2 – INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL CIVL BRASILEIRO</p><p>- PROCEDIMENTO; FUNDAMENTOS E ESTRUTURA DO NCPC</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PROCEDIMENTO</p><p>PROCEDIMENTO COMUM- Art. 318 a 512 CPC</p><p>Procedimento pode ser conceituado como o modo pelo qual os atos processuais encadeiam-se no tempo para atingir a sua finalidade . Maneira pela qual o processo se desenvolve se exterioriza.</p><p>Art. 318 - Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste Código ou de lei.</p><p>Parágrafo único - O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos demais procedimentos especiais e ao processo de execução.</p><p>PROCEDIMENTO ESPECIAL- Jurisdição contenciosa e jurisdição voluntária .</p><p>Art. 719. Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem os procedimentos de jurisdição voluntária as disposições constantes desta Seção.</p><p>INICIO – PROVOCAÇÃO DO MP OU DEFENSORIA OU INTERESSADO.</p><p>Art. 720. O procedimento terá início por provocação do interessado, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, cabendo-lhes formular o pedido devidamente instruído com os documentos necessários e com a indicação da providência judicial.</p><p>OBS: Comparativamente ao Código de 1973, haverá uma simplificação no processo de conhecimento, uma vez que teremos apenas o procedimento comum e os procedimentos especiais.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>PROCEDIMENTO COMUM</p><p>1.1 - IMPORTÂNCIA:</p><p>1. O CPC regula com riqueza de detalhes o procedimento comum;</p><p>2. É a vala comum;</p><p>3. CUMULAÇÃO: MESMO QUE ENTRE OS PEDIDOS – NÃO HAJA CONEXÃO.</p><p>Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.</p><p>§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>1.2 - FASES DO PROCEDIMENTO COMUM NO NOVO CPC:</p><p>FASE 1 – POSTULATÓRIA, AUDIÊNCIAS E DEFESA</p><p>FASE 2 – JULGAMENTO ANTECIPADO E SANEAMENTO</p><p>FASE 3 - INSTRUTÓRIA</p><p>FASE 4 - DECISÓRIA</p><p>Observações:</p><p>* FASE 1 –POSTULATÓRIA - INICIA-SE COM A INICIAL ART. 319 DO NCPC E VAI ATÉ AS AUDIÊNCIAS - DA AUDIÊNCIA DE</p><p>CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO:30 DIAS</p><p>Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.</p><p>§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária.</p><p>§ 2o Poderá haver mais de uma sessão destinada à conciliação e à mediação, não podendo exceder a 2 (dois) meses da data de realização da primeira sessão, desde que necessárias à composição das partes.</p><p>§ 3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PROCEDIMENTO</p><p>NÃO OCORRERÁ:</p><p>§ 4o A audiência não será realizada:</p><p>I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na ;composição consensual;</p><p>II - quando não se admitir a autocomposição.</p><p>§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado.</p><p>#Do Julgamento Antecipado do Mérito</p><p>QUANDO:</p><p>Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando:</p><p>I - não houver necessidade de produção de outras provas;</p><p>II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art.349.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PROCEDIMENTO</p><p># Do Julgamento Antecipado Parcial do Mérito:</p><p>Fracionamento da solução de mérito .</p><p>Juiz resolve definitivamente parte do conflito .</p><p>Forma coisa julgada sobre o comando decisório ali contido</p><p>Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles:</p><p>QUANDO:</p><p>I - mostrar-se incontroverso;</p><p>II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art. 355.</p><p>§ 1o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida.</p><p># LIQUIDAR OU EXECUTAR: DESDE LOGO.</p><p>§ 2o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PROCEDIMENTO</p><p>#FASE 2- SANEAMENTO –</p><p>Após providências preliminares</p><p>Objetiva eliminar vícios que possam comprometer a higidez</p><p>Preparação do processo para a instrução e julgamento .</p><p>Art. 357. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses deste Capítulo, deverá o juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo:</p><p>I - resolver as questões processuais pendentes, se houver;</p><p>II - delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos;</p><p>III - definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373;</p><p>IV - delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito;</p><p>V - designar, se necessário, audiência de instrução e julgamento</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PROCEDIMENTO</p><p>#FASE 2- SANEAMENTO –</p><p>Não ocorrendo nenhuma das hipóteses previstas no Capítulo X que trata do julgamento conforme o estado do processo caberá ao juiz, em decisão de saneamento e de organização do processo, resolver as questões processuais pendentes, se houver; delimitar as questões de fato sobre as quais recairá a atividade probatória, especificando os meios de prova admitidos; definir a distribuição do ônus da prova, observado o art. 373; delimitar as questões de direito relevantes para a decisão do mérito e, por fim, se necessário, designar audiência de instrução e julgamento.</p><p>Note-se que se a causa apresentar maior complexidade em matéria de fato ou de direito, o juiz deverá designar audiência para que o saneamento seja feito em cooperação com as partes. Na oportunidade, se for o caso, o juiz convidará as partes a integrar ou esclarecer as suas alegações.</p><p>Por outro lado, caso tenha sido determinada a produção de prova testemunhal, o juiz fixará um prazo comum, não superior a 15 (quinze) dias, para que as partes apresentem o rol de testemunhas.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* FASE 3 – PRODUÇÃO DE PROVAS:</p><p>Abandona-se o protagonismo do Estado-Juiz. Sob a égide do princípio da cooperação, como corolário do contraditório, exsurge a garantia das partes influenciarem as decisões.</p><p>Pode-se falar na existência de uma comunidade de trabalho na qual todos os sujeitos processuais devam atuar em viés interdependente e auxiliar, com responsabilidade, na construção dos pronunciamentos judiciais e em sua efetivação (Novo CPC – Fundamentos e sistematização. Humberto Theodoro Júnior, Dierle Nunes, Alexandre Melo Franco Bahia, Flávio Quinaud Pedron. 2a</p><p>ed. Rev. atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense, 2015. p. 70).</p><p>Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.</p><p>Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.</p><p>Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.</p><p>Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.</p><p>Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* FASE 3 – PRODUÇÃO DE PROVAS:</p><p>O artigo 372 traz importante inovação. Está-se diante da prova emprestada ou importada. É a prova que foi estabelecida em um processo e transportada para outro. O enunciado 52 do Foro Permanente de Processualistas Civis tratou desta forma a questão: para a utilização da prova emprestada, faz-se necessária a observância do contraditório no processo de origem, assim como no processo de destino, considerando-se que, neste último, a prova mantenha a sua natureza originária.</p><p>Portanto, o contraditório revela-se como fundamental para importação da prova, devendo-se observar os artigos 9o e 10o do novo CPC.</p><p>Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* FASE 3 – PRODUÇÃO DE PROVAS:</p><p>Art. 373. O ônus da prova incumbe:</p><p>I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;</p><p>II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.</p><p>§ 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.</p><p>ATENÇÃO:O parágrafo 1o introduziu o sistema da carga dinâmica da prova. Essencialmente, esta teoria implica que a carga probatória recai sobre quem está em melhores condições de esclarecer os fatos.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* FASE 4 – SENTENÇA: ARTS. 485 E 487 DO NCPC</p><p>Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:</p><p>I - indeferir a petição inicial;</p><p>II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;</p><p>III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;</p><p>IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;</p><p>V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;</p><p>VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;</p><p>VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;</p><p>VIII - homologar a desistência da ação;</p><p>IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e</p><p>X - nos demais casos prescritos neste Código.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* FASE 4 – SENTENÇA: ARTS. 485 E 487 DO NCPC</p><p>Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:</p><p>I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;</p><p>II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;</p><p>III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.</p><p>Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do § 1o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se. Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># ESTRUTURA DO NOVO CPC</p><p>A organização dos livros do CPC/2015 passou por algumas mudanças.</p><p>o CPC/2015 está dividido em partes geral e especial, cada uma composta por diversos livros.</p><p>A Parte Geral é composta por seis livros:</p><p>das normas processuais civis (Livro I);</p><p>da função jurisdicional (Livro II);</p><p>dos sujeitos do processo (Livro III);</p><p>dos atos processuais (Livro IV);</p><p>da tutela provisória (Livro V);</p><p>da formação, da suspensão e da extinção do processo (Livro VI).</p><p>A Parte Especial, por sua vez, é composta por três livros:</p><p>do processo de conhecimento e do cumprimento de sentença (Livro I);</p><p>do processo de execução (Livro II);</p><p>dos processos nos tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais (Livro III).</p><p>Há ainda um livro complementar, sobre as disposições finais e transitórias.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># ESTRUTURA DO NOVO CPC</p><p>Opção do legislador pela simplificação procedimental</p><p>Esse procedimento único inspirou-se em elementos que existiam no procedimento sumário, como é o caso da previsão de citação para a audiência de conciliação ou de mediação, antes da apresentação de contestação, com o comparecimento obrigatório das partes sob pena de a ausência injustificada ser considerada ato atentatório à dignidade da justiça, com sanção de multa de até 2% da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa (CPC/2015, art. 334, § 8º).</p><p>Fundamento para um novo CPC</p><p>Com efeito, a partir da Constituição de 1988, que expressamente garante o direito de acesso à jurisdição, surgiu uma maior conscientização dos cidadãos, com o consequente crescimento no volume e na complexidade das demandas submetidas ao Poder Judiciário.</p><p>Tal fenômeno, aliado a uma economia de massa, ao crescimento populacional e à falta de estrutura, tem gerado enormes dificuldades para a garantia da efetiva prestação jurisdicional.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># ESTRUTURA DO NOVO CPC</p><p>O novo Código nasce voltado, portanto, para uma tutela dos direitos que inclua a atividade satisfativa e que observe a garantia da razoável duração do processo. Mais do que apenas declarar o direito, a jurisdição deve agora atender as exigências da esfera material.</p><p>A primazia do julgamento de mérito e o combate à jurisprudência defensiva são claros exemplos desse novo ideário. A adoção de uma linha principiológica que garanta a aplicação da lei a partir do enfoque constitucional também é uma de suas características mais relevantes.</p><p>Além disso, a busca de estabilidade na jurisprudência, a criação de sucumbência recursal e o estímulo à solução consensual das controvérsias são contribuições do novo diploma na tentativa de redução do complexo e desgastante fenômeno da litigiosidade.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>AULA 3- PETIÇÃO INICIAL</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PETIÇÃO INICIAL:</p><p>*CONCEITO: “É O INSTRUMENTO DA DEMANDA”</p><p>“É A PEÇA PROCESSUAL, EM REGRA ESCRITA, POR MEIO DA QUAL O AUTOR PROVOCA A JURISDIÇÃO E VEICULA SUA PRETENSÃO. “</p><p>É o ato que dá início ao processo, e define os contornos subjetivo e objetivo da lide, dos quais o juiz não poderá desbordar. É por meio dela que será possível apurar os elementos identificadores da ação: as partes, o pedido e a causa de pedir.</p><p>Daí a sua importância para o processo, e a necessidade de um exame particularmente acurado pelo juiz, antes de determinar a citação do réu, uma vez que até então será possível eventual correção ou emenda, o que, depois da resposta</p><p>do réu, dependerá de seu consentimento.</p><p>*DEMANDA: ATO INICIAL DE IMPULSO DA ATIVIDADE JURISDICIONAL</p><p>*Forma : ATO SOLENE;</p><p>* BASE: ART. 319, 320 NOVO CPC.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:</p><p>Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>I - o juízo a que é dirigida; (ENDEREÇAMENTO)</p><p>-Um eventual erro não ensejará o indeferimento da inicial, mas tão somente a remessa da inicial ao correto destinatário;</p><p>II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu; (QUALIFICAÇÃO)</p><p>Os nomes e prenomes servirão para identificar as partes. O estado civil, além de auxiliar a identificação, poderá ter relevância naquelas ações em que se exige outorga uxória. E os endereços são relevantes para que possam ser localizadas, quando da necessidade da comunicação pessoal dos atos processuais.</p><p>Quando a parte for pessoa jurídica, a inicial deverá fornecer os elementos necessários para a sua identificação.</p><p>III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; (CAUSA DE PEDIR)</p><p>- Esse é um dos requisitos de maior importância da petição inicial, sobretudo a descrição dos fatos, que, constituindo um dos elementos da ação, vincula o julgamento (teoria da substanciação). O juiz não pode se afastar dos fatos declinados na inicial, sob pena de a sentença ser extra petita. A causa de pedir e o pedido formulados darão os limites objetivos da lide, dentro dos quais deverá ser dado o provimento jurisdicional.</p><p>Além dos fatos, o autor deve indicar qual o direito aplicável ao caso posto à apreciação do juiz. Não é necessária a indicação do dispositivo legal, mas das regras gerais e abstratas das quais se pretende extrair a consequência jurídica postulada pelo autor. A indicação do direito aplicável não vincula o juiz, que conhece o direito (jura novit curia) e pode valer-se de regras diferentes daquelas apontadas na petição inicial.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:</p><p>Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>IV - o pedido com as suas especificações; (PEDIDO)</p><p>É a pretensão que o autor leva à apreciação do juiz. É desnecessário realçar a sua importância, já que, sendo um dos três elementos da ação, forma, com a causa de pedir e as partes, o núcleo central da petição inicial.</p><p>É preciso que o autor indique com clareza o pedido imediato, o tipo de provimento jurisdicional (condenatório, constitutivo, declaratório) e o mediato (bem da vida almejado). Ambos vincularão o juiz, já que servem para identificar a ação. O julgador não poderá conceder nem um provimento jurisdicional, nem um bem da vida, distintos daqueles postulados na inicial. Daí a necessidade de que seja indicado com clareza, e de que mantenha correlação lógica com a causa de pedir.</p><p>Pedido deve ser certo e determinado.</p><p>Salvo: pedido genérico- Art. 324, parágrafo 1, CPC.</p><p>pedido implícito- Art. 323</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:</p><p>Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>IV - o pedido com as suas especificações; (PEDIDO)</p><p>CUMULAÇÃO DE PEDIDOS :</p><p>ESPÉCIES DE CUMULAÇÃO :</p><p>A) SIMPLES</p><p>B) SUCESSIVA</p><p>C) ALTERNATIVA</p><p>D) EVENTUAL OU SUBSIDIÁRIA</p><p>- Requisitos da cumulação : 1- pedidos compatíveis</p><p>2- mesmo juízo seja competente para conhecer os pedidos</p><p>3- adequação do procedimento a todos os pedidos</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:</p><p>Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>IV - o pedido com as suas especificações; (PEDIDO)</p><p>Art. 325 - O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor puder cumprir a prestação de mais de um modo.</p><p>Parágrafo único - Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda que o autor não tenha formulado pedido alternativo.</p><p>Art. 326 - É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.</p><p>Parágrafo único - É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o juiz acolha um deles.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:</p><p>Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>V - o valor da causa; (VALOR DA CAUSA)</p><p>A toda causa será atribuído um valor certo, ainda que ela não tenha conteúdo econômico imediato. Todas as demandas — o que inclui reconvenções, oposições e embargos de devedor — devem indicar o valor da causa.</p><p>Deve corresponder ao conteúdo econômico do que está sendo postulado.</p><p>O juiz poderá determinar a redução equitativa do valor da causa, se verificar que, fixada em montante excessivo, pode prejudicar o exercício de alguma faculdade processual pelo réu, que depende do recolhimento de custas calculadas com base no seu valor. É o que foi decidido pelo STJ — 3ª Turma, REsp 784.986, Rel. Min. Nancy Andrigui</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:</p><p>Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>V - o valor da causa; (VALOR DA CAUSA)</p><p>292 - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:</p><p>I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;</p><p>II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida;</p><p>III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor;</p><p>IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido;</p><p>V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido;</p><p>VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles;</p><p>VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor;</p><p>VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>* REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL:</p><p>Art. 319. A petição inicial indicará:</p><p>V - o valor da causa; (VALOR DA CAUSA)</p><p>Art. 293 - O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.</p><p>VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; (PROVAS)</p><p>Como na petição inicial, o autor ainda não tem condições de saber o que será controvertido pelo réu, há certa tolerância quanto a este requisito da inicial. Entende-se que a sua omissão não é razão para indeferi-la, nem impede que oportunamente sejam requeridas provas pelo autor.</p><p>VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. (NOVIDADE)</p><p>O inciso VII foi acrescido para determinar que a petição inicial indique a opção do autor pela realização ou não da audiência de conciliação ou mediação. Essa mudança está em consonância com a designação obrigatória de conciliação ou mediação, a ser realizada antes da abertura do prazo para contestação, a menos que o conflito não admita composição ou quando ambas as partes manifestem, expressamente, desinteresse na composição consensual, razão pela qual o autor precisará se posicionar sobre esse tema já na inicial.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#PETIÇÃO INICIAL</p><p>Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. (REQUISITO – APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS)</p><p>Deve o autor juntar os documentos indispensáveis para se desincumbir do ônus de provar os fatos constitutivos que alega na inicial e que fundamentam o seu pedido.</p><p>Fatos novos e relativos a direitos supervenientes não se submetem a essa exigência de instrução</p><p>da inicial.</p><p>Este artigo deve ser lido em conjunto com o art. 435 do CPC/2015, que considera ser lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos autos.</p><p>OBSERVAÇÃO : Entendendo o juiz que faltam documentos indispensáveis, deve determinar a emenda da inicial,dando oportunidade ao autor para suprimento da falha, nos termos do artigo a seguir</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>#PETIÇÃO INICIAL</p><p>Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.</p><p>Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.</p><p>O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais, determinará que o autor a emende. O autor terá 15 dias para emendar a inicial, bem como o juiz deverá determinar, com precisão, o que deve ser corrigido ou completado. Tem-se aqui o dever de diligência do causídico da parte autora, pois este ao não cumprir o determinado pelo juiz, sofre a pena de ter sua petição indeferida.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>ATENÇÃO :DAS PROVAS.</p><p>Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito.</p><p>Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias</p><p>ÔNUS DA PROVA</p><p>Art. 373. O ônus da prova incumbe:</p><p>I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;</p><p>II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PETIÇÃO INICIAL</p><p>EMENDA –</p><p>Art. 321 - O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.</p><p>Parágrafo único - Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.</p><p>I. Emenda da inicial: aumento de prazo e indicação do que deve ser corrigido ou Completado:</p><p>A emenda da inicial é um direito do autor e evita o indeferimento da inicial quando é possível sanar o vício, considerando a economia processual e a instrumentalidade de formas.</p><p>A indicação precisa pelo juiz do vício ou do que deve ser completado na inicial auxiliará o autor a suprir a falha, em nome da efetividade do processo.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>ADVOGADO E A PROCURAÇÃO</p><p>Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.</p><p>PRAZO</p><p>§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.</p><p>§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.</p><p>Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>Indeferimento da Petição Inicial:</p><p>Art. 330 - A petição inicial será indeferida quando:</p><p>I - for inepta; -</p><p>A petição inicial deve ser indeferida no caso de inépcia, ou seja, quando não for considerada apta a ser processada, o que se verifica quando</p><p>(i) lhe faltar pedido ou causa de pedir;</p><p>(ii) o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;</p><p>(iii) da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;</p><p>(iv) contiver pedidos incompatíveis entre si.</p><p>II - a parte for manifestamente ilegítima;</p><p>III - o autor carecer de interesse processual;</p><p>IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321.</p><p>Art. 331 - Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PETIÇÃO INICIAL</p><p>- EXTINÇÃO COM JULGAMENTO DE MÉRITO .</p><p>Improcedência Liminar do Pedido:</p><p>O art. 332 do CPC/2015, tem como objetivo acelerar o julgamento das demandas de modo a evitar os custos de um processo quando de antemão o julgador vislumbra desfecho contrário ao autor.</p><p>Trata-se daquilo que a doutrina convencionou denominar julgamento antecipadíssimo da lide, vez que ocorre um julgamento de mérito a favor do réu, sem que nem sequer tenha sido citado.</p><p>Evita-se, desta forma, o desperdício financeiro e de tempo do Estado e das partes.</p><p>Art. 332 - Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o pedido que contrariar:</p><p>I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça;</p><p>II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior</p><p>Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;</p><p>III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;</p><p>IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local;</p><p>§ 1º - O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p># PETIÇÃO INICIAL</p><p>ADITAMENTO DO PEDIDO:</p><p>O dispositivo trata da possibilidade de aditamento e alteração dos elementos objetivos da demanda (pedido e causa de pedir), em vista do princípio da estabilização da demanda. Em regra, antes da citação é possível a modificação unilateralmente.</p><p>Após a citação, com a angularização da relação processual, o aditamento e a alteração somente são possíveis com o consentimento do réu, em um verdadeiro negócio processual: ampliação ou alteração negociada do objeto litigioso do processo.</p><p>Art. 329, CPC.</p><p>Art. 329. O autor poderá:</p><p>I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;</p><p>II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>AULA 4 -Audiência de conciliação e mediação</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>4.0.Audiência de conciliação e mediação</p><p>I. Fomento à solução consensual dos conflitos</p><p>Procurando infundir a cultura da pacificação entre os protagonistas do processo, o CPC/2015, em inúmeros preceitos, sugere a autocomposição.</p><p>Dispõe, com efeito, o § 2º desse art. 3º que:</p><p>“O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos”.</p><p>Dada a evidente relevância social da administração da justiça, o Estado deve mesmo empenhar-se na organização de instituições capacitadas a mediar conflitos entre os cidadãos.</p><p>Comprometido com o sistema “multiportas” de solução dos litígios, o Conselho Nacional de Justiça, há alguns anos, instituiu a Semana Nacional da Conciliação, que constitui um esforço concentrado para conciliar o maior número possível de demandantes em todos os tribunais do país.</p><p>PROCESSO DE CONHECIMENTO I</p><p>4.0.Audiência de conciliação e mediação</p><p>A liberdade para a interlocução com outros tribunais e criação dos centros, os incentivos à promoção de capacitação e treinamentos e a possibilidade de proposição de convênios e parcerias</p>