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IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Prof. Marcelo Vasquez Para muitas organizações, a informação e a tecnologia que suportam o negócio representa um dos mais valiosos recursos. Além disso, num ambiente de negócios altamente competitivo e dinâmico é requerido uma excelente habilidade gerencial, onde TI deve suportar as tomadas de decisão de forma rápida, constante e com custos cada vez mais baixos. A aquisição e implantação de tecnologia da informação com sucesso dependerá das estratégias aplicadas, pois mudar a estrutura, a cultura, os processos e os hábitos de uma empresa. A disciplina de Implantação e Avaliação de Tecnologia da Informação aborda as estratégias e os fatores críticos para o sucesso da implantação, gerência e monitoramento das tecnologias da informação e comunicação com ênfase nas ferramentas propostas pelo CobiT (Control Objectives for Information and related Technology). Aula 1: As Tecnologias da Informação Corporativas Definir Sistema, Sistema de Informação e Tecnologia da informação; Listar e classificar os elementos da tecnologia da informação Identificar como as tecnologias da informação podem ajudar as corporações a organizar e alavancar seus negócios. Identificar como a tecnologia da informação esta transformando as organizações e suas formas de fazer negócios, na economia digital. Definir os conceitos de governança corporativa e governança de TI, mostrando como devem estar alinhadas as estratégias das empresas. Identificar e listar os principais Frameworks que vem sendo adotados nas empresas, como boas práticas em TI. Aula 2: A Otimização da Estrutura de TI. Os problemas advindos com o crescimento desordenado da TI nas empresas. As novas demandas dos gestores das empresas com relação a TI. Porque se deve reestruturar e otimizar os processos de TI para ganhos como eficiência e produtividade. O significado e uso do modelo COBIT. O Significado e uso da metodologia ITIL. Aula 3: Gerenciamento de Projetos em TI O conceito de projeto. A diferença entre projeto e rotina. A evolução do gerenciamento do projeto. Conceitos e processos do gerenciamento de projetos, sob a ótica do PMBOK, editado pelo PMI. Benefícios do gerenciamento de projetos. Aula 4: Investimentos em TI Conhecer os conceitos envolvidos na decisão de investir em TI: adquirir x desenvolver. Aplicação da técnica de VPL: Valor Presente Líquido. Estimar custos e benefícios de investimento em TI. Identificar as diferentes diretrizes a serem aplicadas ao decidir um investimento em TI. Entender o TCO ou custo total da propriedade. Aula 5: Aquisição e terceirização em TI Entender o binômio: necessidade de tecnologia x custo da TI. Entender as formas de aquisição de produtos e serviços de TI. Identificar o que deve ser terceirizado e o que deve ser mantido dentro da empresa. Analisar os prós e contras da terceirização. Aula 6: Selecionando fornecedor de software Definir um processo para seleção de fornecedores de pacotes de software. Identificar os possíveis fornecedores que atendem a determinado segmento do mercado. Determinar os critérios de avaliação dos softwares. Avaliar os fornecedores. Definir pela escolha do fornecedor. Entender a necessidade da assinatura de contratos contendo acordos de excelência de serviços prestados. Aula 7: Implementação em TI O Conceito de implementação como processo de desenvolvimento. A importância de um modelo de processo de implementação. Como as empresas podem usar as tecnologias para reorganizem-se. Estratégias de implementação de TI. Discutir os fatores críticos de sucesso de implementação de TI. Aula 8: Gerência de Níveis de Serviços Compreender a finalidade do CobIT e do Itil. Entender a estrutura de framework do CobIT. Entender a importância da Gerencia de Níveis de Serviços. Entender a finalidade e avaliação dos processos Gerenciar de Nível de Serviço e Gerenciar Capacidade e Desempenho. Aula 09 e 10 em branco. Ao final dessa disciplina você será capaz de: • Identificar as possibilidades de informatização dos ambientes corporativos • Conhecer os fundamentos do gerenciamento de projetos de TI • Analisar e avaliar a necessidade de aquisição de tecnologias da informação • Definir estratégias de implementação de TI • Compreender os principais relacionados a gerencia de níveis de serviço • Conhecer os principais aspectos de monitoramento e avaliação de desempenho de TI Aula 1: As Tecnologias da Informação Corporativa Nesta aula, você irá: 1. Definir Sistema, Sistema de Informação e Tecnologia da Informação. 2. Listar e classificar os elementos da Tecnologia da Informação. 3. Identificar como a Tecnologia da Informação pode ajudar as corporações a organizar e alavancar seus negócios. 4. Identificar como a Tecnologia da Informação está transformando as organizações e suas formas de fazer negócios, na economia digital. 5. Definir os conceitos de governança corporativa e governança de TI, mostrando como devem estar alinhadas as estratégias das empresas. 6. Identificar e listar os principais Frameworks que vêm sendo adotados nas empresas como boas práticas em TI. Com certeza todos lembram os conceitos de Sistema de Informação e de Tecnologia da Informação, vistos nas disciplinas iniciais do curso. Contudo, mesmo sem a lembrança latente, fazem uso de ambos no dia a dia, em seus estudos aqui na Estácio. Por exemplo, ao acessar o SIA (sistema de informação acadêmico da Universidade Estácio de Sá) ou o Webaula (sistema de acesso ao conteúdo interativo das disciplinas online) vocês estão usando um Sistema de Informação. Os meios necessários (hardware, sistema operacional e browser do seu computador, mais toda a estrutura de hardware e infraestrutura de comunicação que permitem acessar a internet) para que esse uso seja factível compõem o que chamamos de Tecnologia da Informação. Podemos dizer que o principal objetivo da Tecnologia da Informação, ou simplesmente TI, é suportar as operações de uma organização, independente de seu porte (micro, pequena, média ou grande), tipo (pública ou privada) ou mesmo setor do mercado a que pertença. A TI funciona como um catalisador dos negócios, facilitando as atividades, diminuindo distâncias e, acima de tudo, democratizando e padronizado os processos empresariais. Sistema é um conjunto de partes (o mais independente possível), cada qual realizando uma parte do trabalho e que interagem para atingir um determinado objetivo (finalidade). Informação é o conjunto de dados organizados de tal forma que traduzem um significado, um sentido lógico, para quem a detém. Sistema de Informação (SI) é um sistema que provê, dentro de um contexto, a informação correta no formato adequado e na hora certa, a quem dela precisar, dentro de uma organização (ou corporação ou empresa). Tecnologia da Informação (TI) compreende não só o meio pelo qual os Sistemas de Informações são usados, como também o meio pelo qual os Sistemas de Informação prestam seus serviços, que é o provimento da informação a quem precisa. A TI oferece os subsídios para o eficiente funcionamento dos SI. A TI Nas Empresas > Momento de reflexão Cada vez mais as áreas de negócios das empresas estão usando os serviços de TI (Tecnologia da Informação) para dar suporte às suas atividades empresarias e negociais. É fato que a Tecnologia da Informação se consolidou ao longo dos últimos anos como uma peça fundamental para as organizações viabilizarem seus negócios e obterem vantagens frente a seus correntes (as chamadas vantagens competitivas). Desta forma, não há dúvida que a TI faz parte da lista de ativos das organizações, os quais merecem especial atenção dos administradores. Isso se deve, sobretudo, pelas seguintes propriedades das Tecnologias da Informação: Realizar cálculos e processamento de elevados volumes de dados, em geral com alta velocidade. Essafoi a capacidade que deu origem ao primeiro computador (ENIAC), criado para Cálculos de balística na 2ª Guerra Mundial. Automatizar os processos manuais e semiautomáticos das empresas. Na medida em que as empresas descobriram a capacidade da TI em ajudar na padronização e automação dos processos, surgiram os primeiros sistemas contábeis, administrativos, financeiros, contas a pagar, contas a receber e folha de pagamento. Ou seja, sistemas que automatizavam rotinas das empresas. Armazenar grande quantidade de informação. O crescimento da capacidade de armazenamento e o barateamento das mídias propiciaram uma explosão e maciço investimento na automação dos sistemas corporativos. Permitir acesso rápido e com baixo custo de informação a qualquer parte do mundo. Graças ao rápido avanço das emergentes tecnologias de internet e telecomunicações, pudemos vivenciar a diminuição da distância entre pontos distantes, barateando a comunicação entre os mesmos. Os sistemas de e-commerce tornaram-se não só factíveis como uma excelente fonte de renda, agregado a uma boa logística de armazenagem e distribuição dos produtos. Permitir encontros virtuais e colaboração entre pessoas em qualquer parte do mundo, graças ao desenvolvimento de tecnologias de acesso remoto. O que permite, sem sombra de dúvida, aumento da eficácia e eficiência de pessoas trabalhando em grupo. A Tecnologia da Informação tornou-se tão vital para as empresas que mereceu, inicialmente nas grandes corporações, uma área específica para sua gestão. As antigas terminologias como CPD (centro de processamento de dados), área de informática, deram vez à área de TI. Para alcançar os objetivos traçados pela diretoria de TI, a empresa deve municiar-se da Tecnologia da Informação necessária para garantir a integridade sistêmica da empresa. Cabe ressaltar, entretanto, que o resultado da ação demandada pela área de TI só pode ser aferido mediante o sucesso das demais áreas envolvidas. Em outras palavras, o esforço e a dedicação implementados pela área de TI não trazem resultados para si, mas para as demais áreas da empresa e, fundamentalmente, para a empresa como um todo. Devemos lembrar que atualmente existem empresas 100% virtuais, ou seja, dependem 100% do bom funcionamento da Tecnologia da Informação. As empresas convencionais, que opcionalmente usam a internet para os negócios (e-business, e-commerce), podem até não parar por uma falha ou ineficiência temporária de seus sistemas ou de sua tecnologia, mas certamente passarão momentos difíceis com a falta de informação e dependendo do caso, podem até falir. Alguém, hoje em dia, consegue conceber um banco (Bradesco, Itaú-Unibanco, Santander, Banco do Brasil ou Caixa Econômica) funcionando um dia sem seus servidores em pleno vapor? Como cliente desse banco, como sobreviveria uma empresa corretora de ações, por exemplo? Impossível, não é? Certamente essa empresa cogitaria a troca de banco, caso a situação acontecesse novamente. A Tecnologia Da Informação Nas Empresas (E Seus Departamentos) Definimos então que um SI compreende todos os recursos tecnológicos (TI) e organizacionais (normas, procedimentos e práticas) que capturam, processam e distribuem a informação em uma organização. O uso da informação no âmbito operacional das empresas foi o foco nos primeiros anos de disseminação do uso de computadores nas empresas. Porém, uma vez consolidada a automação da operação, os gestores perceberam que a informação era uma arma valiosa, podendo subsidiar o processo decisório tanto do nível gerencial como do nível estratégico. Abaixo, alguns exemplos desse uso da TI, nos diversos segmentos corporativos: A Tecnologia da Informação e a economia As vedetes da TI ultimamente tem sido, sem sombra de dúvida, as tecnologias das redes de comunicações digitais, o que inclui a internet, intranets, extranets, redes privadas e as VANs. Tais tecnologias vêm agregando valor aos negócios das empresas que operam na economia digital (ou nova economia). Nessa nova modalidade de mercado e forma de realizar negócio, disponível aos que estão dispostos a investir nessas tecnologias emergentes, forma-se uma estrutura sobre a qual as organizações e pessoas interagem. Essa interação converge para o uso de tecnologias móveis como notebooks, palmtops, ipad, celulares e outros, dando mobilidade total às pessoas que, em qualquer parte do mundo podem realizar suas atividades individualmente ou em grupo. A plataforma formada pela convergência de todas as tecnologias citadas permite que todos os tipos de informações possam circular (dados, áudio, imagem e vídeo) e chegar a quem desejar. Na ECONOMIA DIGITAL as empresas potencializam suas capacidades de transformação, deixando de usar as estruturas organizacionais clássicas (em hierarquias e pirâmides) e passando a produzir produtos e serviços através de uma rede que integra fornecedores, clientes e outros agentes. Ou seja, transformam-se em empresas virtuais que agregam competências e recursos de diferentes empresas, e que se juntam para responder a uma oportunidade de negócios. A economia digital abrange todo e qualquer negócio realizado pela internet (e-business), porém o segmento que mais obteve vantagens para expansões foi o comércio de produtos e/ou serviços, que nessa nova economia ganhou a alcunha de e-commerce (comércio eletrônico). As Tecnologias da Informação Corporativas No e-commerce as empresas não mudaram seu negócio principal. Houve sim a oportunidade de expansão. As tecnologias propiciam as seguintes vantagens competitivas às empresas: Menor custo, pois há economia no espaço físico necessário à loja ou ao funcionamento da empresa prestadora de serviço e eliminação dos funcionários responsáveis pelo atendimento. Excelente atendimento ao cliente, que tem à sua disposição, em questão de segundos toda a gama de produtos e/ou serviços comercializados. Possibilidade de aumento do leque de produtos e serviços comercializados, em função da inexistência de espaço físico para o comércio. Possibilitam parcerias com empresas afins ou que vendem produtos e/ou serviços complementares. Nova modalidade de transação comercial com os fornecedores, que podem se encarregar diretamente pela reposição dos estoques na medida em que os respectivos pontos de reposição são atingidos em função de vendas. Arquitetura da Tecnologia da informação A arquitetura da Tecnologia da Informação é um plano de alto nível (estratégico) dos recursos de Tecnologia da Informação de uma organização, garantindo que a estrutura de TI atenda as necessidades de toda a organização, de forma integrada. A arquitetura de TI deve compreender: Os requisitos de informação de todos os usuários da organização. A Infraestrutura de TI. Todas as aplicações da empresa. A infra-estrutura da tecnologia da informação Conforme apontado na figura 1 (Arquitetura da TI na organização), a infraestrutura da Tecnologia da Informação de uma organização compreende: Instalações físicas; Componenetes da TI: Os componentes da TI já foram discutidos acima, na seção de Introdução, e, conforme pode ser visto na ilustração (figura 1 - Arquitetura da TI na organização), representam o alicerce da infraestrutura (base da pirâmide); Serviços da TI: Os serviços da TI compreendem: gerenciamento de dados (bancos de dados), desenvolvimento de sistemas e aspectos de segurança (cada vez mais necessários), dando a sustentação necessária ao bom funcionamento das aplicações (Sistemas de Informação) da empresa; Gerência da TI: Mesmo diante de tanta tecnologia, a gestão humana continua sendo imprescindível para o bom funcionamento de toda a parafernália tecnológica. A gerência de TI representa a liderança da TI dentro da organização. A Tecnologia da Informação e a Estratégia das Organizações Já ficou claro que a TI é um meio para ser prover algo relevante para as corporações e, portanto,o seu valor está intimamente relacionado com a habilidade com que pode ajudar a empresa a conquistar vantagens competitivas frente à concorrência, deixando a organização em condição privilegiada no mercado. O valor que a TI de uma empresa possui está relacionado à sua capacidade em: Segundo a Wikipédia, Estratégia é a definição de como recursos serão alocados na organização para se atingir determinado objetivo. Complementando, podemos dizer que a estratégia é uma forma de abordagem para que se alcance um conjunto de objetivos. A estratégia corporativa descreve como a organização pretende atingir esses objetivos, ou seja, compreende o plano estratégico. É, portanto, louvável que a TI possa contribuir com a estratégia da empresa. Ou seja, a gerência da TI deve estar alinhada com a estratégia da empresa. Governança Corporativa A Governança Corporativa por si só não resolve os problemas da organização, mas orienta e recomenda a implementação de mecanismos de gerenciamento e controle que contribuirão para a melhoria das organizações. A Governança Corporativa teve origem no mercado financeiro, com o intuito de tornar transparente aos investidores das empresas de capital aberto (que possuem ações na bolsa de valores) aspectos sobre: Aumento de rentabilidade. Redução de riscos. A Governança Corporativa visa garantir o retorno ao aporte de capital feito pelos investidores, adotando boas (e saudáveis) práticas de gestão. O objetivo da Governança é garantir que as decisões dos executivos das empresas e os processos empresariais estejam alinhados com os interesses dos proprietários e/ou acionistas. Para tal deve permitir mecanismos eficientes de: Gestão, Monitoramento e Controle. Governança de TI Na medida em que a TI ganhou notoriedade e importância no contexto empresarial surge o termo Governança de TI, que objetiva: Colaborar efetivamente com a Governança Corporativa. Melhorar os processos de TI. Alinhar a gestão da TI com as estratégias da empresa. Melhor gerir os recursos de TI. A Governança em Tecnologia da Informação parte do princípio que a área de TI não deve atuar apenas como um suporte à organização, mas como ponto fundamental para que seja mantida a sua gestão administrativa e estratégica. Um dos principais objetivos, sugeridos pela governança de TI, é manter processos e melhores práticas de gestão relacionados à tecnologia de sistemas, redes e demais recursos de TI utilizados na organização. Governança Corporativa : Frameworks e boas práticas Quando falamos de governança, vêm imediatamente à mente os diversos modelos (frameworks) que vem sendo adotados em empresas nacionais e internacionais. Uma pesquisa realizada em 2007 pelo itSMF (IT Service Management Fórum Brasil) envolvendo cerca de 200 empresas, demonstra a aceitação do mercado brasileiro à adoção das melhores práticas em TI. Conforme pode ser observado pelo gráfico apresentado na fig 2 abaixo, os principais modelos apontados pela pesquisa são: Nesta aula, você: Reviu e fixou os conceitos de Sistema, Sistema de Informação e Tecnologia da Informação (TI). Compreendeu a importância da TI para as empresas no mundo moderno e como está sendo usada para sustentar e alavancar novos negócios. Aprendeu que a nova economia ou economia digital transformou a forma como as empresas estão organizando e gerenciando seus negócios. Entendeu que a TI precisa estar alinhada com as estratégias da corporação, daí a necessidade efetiva de governança da Tecnologia da Informação. Identificou os principais frameworks, que representam as boas práticas em TI. Na próxima aula, abordaremos: A necessidade das empresas em investir em otimização de seus processos de TI. A otimização da estrutura de processos em TI. A otimização do processo de tomada de decisão nas empresas. O modelo COBIT. A metodologia ITIL. Aula 2: A Otimização da Estrutura de TI 1. Os problemas advindos com o crescimento desordenado da TI nas empresas. 2. As novas demandas dos gestores das empresas com relação à TI. 3. Por que se deve reestruturar e otimizar os processos de TI para ganhos como eficiência e produtividade. 4. O significado e uso do modelo COBIT. 5. O significado e uso da metodologia ITIL. A demanda por TI cresceu muito nas duas últimas décadas e a qualidade dos serviços entregues pela TI não acompanhou esse crescimento. Na verdade, o crescimento não aconteceu de forma uniforme e as empresas foram estruturando suas áreas de TI ao longo dos anos, usando as tecnologias vigentes em cada momento. Com a globalização as empresas sentiram enorme necessidade de se organizarem para crescer. Dentro dessa visão de organização, surgiu a necessidade de remodelar a empresa, revendo os processos existentes e criando novos, adequando as organizações para as novas necessidades e administração adequada de (administrando adequadamente) seus recursos de TI. A Governança de TI surgiu, e com ela modelos, frameworks e ferramentas para se remodelar e reestruturar os processos de TI. Emergem, nesse contexto, tecnologias como COBIT e ITIL, que se firmam no mercado como referência de boas práticas em TI. Tudo isso com o objetivo de melhorar a qualidade e agregar o máximo de valor à entrega dos serviços e produtos providos pela TI, de forma otimizada e eficiente. Existe hoje uma forte pressão dos altos gestores da empresa para redução dos custos de TI, trazendo a tona questionamentos como: “Que serviços de TI serão oferecidos?“ e “Quais desses serviços agregam valor?” e ainda “A que custo ofereceremos esse serviço?”. Fica clara a relação desejada pelos gestores: serviços de qualidade com valor agregado e menor custo possível. Otimização da Estrutura de Processos de TI: Na medida em que as empresas clamavam por uma melhor qualidade nos serviços prestados e nos produtos oferecidos pela TI, os processos de TI das empresas precisavam passar por uma forte revisão e otimização, para que pudessem responder aos interesses de seus gestores. Surgiram então no mercado modelos como o COBIT e metodologias como ITIL. COBIT O COBIT foi criado na década de 90 pela ISACA e pode ser traduzido como Objetivos de Controle para a Informação e Tecnologia. O COBIT é um modelo de governança em TI, criado para estruturar e alinhar os recursos e processos de TI com os objetivos do negócio, e os padrões de qualidade com as demandas das áreas da empresa, dos acionistas, organismos regulatórios e entidades externas. Ele é composto por quatro domínios, abaixo listados e melhor elucidados na imagem ao lado- COBIT e seus 4 domínios de atuação: Como Otimizar os processos de TI? 1. TQM = Total Quality Management 2. Seis Sigmas 3. BPM = Business Process Management Otimização do Processo de Tomada de Decisão em TI Desde sempre a TI se preocupa em fornecer aos gestores da organização informações pertinentes, completas e em tempo ágil para a tomada de decisão, seja ela de natureza operacional, tática (ou gerencial) ou estratégica. Conforme ilustrado na imagem, a governança de TI deve tratar basicamente de 3 questões: Para responder estas questões é apresentada uma Matriz de Arranjos de Governança (Matriz de Responsabilidade de Decisões), levando consideração cinco aspectos específicos, que são: Atividade 2: Como A Empresa Aloca Seus Recursos De TI? Os chamados recursos de TI englobam Hardware, Software e Peopleware (pessoas + capacidade + conhecimento). A segunda vertente de preocupação para a implantação da Governança de TI são as decisões tomadas quanto a alocação de recursos.As demandas dos negócios das empresas requerem o emprego desses recursos tanto em projetos de TI (novas soluções de TI), como em processos de TI (ambiente operacional do negócio). A TI deve então responder alocando os devidos recursos, sempre que necessários.Não devemos esquecer que os recursos são limitados e escassos. Chegou-se a conclusão que: os custos de TI precisam se reduzidos e a qualidade dos serviços prestados precisa ser melhorada. Como chegar a esse nível de excelência e qualidade? O ITIL E A Infraestrutura De TI O ITIL surgiu na medida em que o mercado buscou incremento da qualidade dos produtos e serviços com redução nos custos de TI. O ITIL possui como foco a descrição dos processos necessários para gerenciar a infraestrutura de TI de forma eficiente e eficaz, garantindo excelência na entrega dos serviços com clientes internos e externos. Dentre os processos que fazem parte do ITIL, podemos elucidar: Planejamento de serviços. Gerenciamento de incidentes, problemas, mudanças, configuração, operações, segurança, capacidade, disponibilidade, custos, entrada em produção e testes. Com a sua adoção, as empresas esperam: gerar valor de Ti para os negócios da empresa através da estruturação correta dos processos de TI. A metodologia ITIL ajuda as empresas a ter: Gestão mais eficiente de sua infraestrutura e, consequentemente dos serviços prestados. Maior controle dos processos que passam a sofrer menos riscos. Eliminação de tarefas redundantes; Definição clara e transparentes das responsabilidades de cada um; Maior qualidade do serviço prestado. Flexibilidade na gestão de mudança. Possibilidade de medir a qualidade. Redução de custos de TI. Aumento da satisfação do Cliente(Externo e interno). Otimização dos processos. Nesta aula, você: Conheceu problemas atuais enfrentados pela equipe de gestão da TI. Aprendeu sobre as demandas da área de TI para ajudar os gestores no processo decisório. Conheceu a importância da otimização da estrutura de processos de TI e como o modelo COBIT pode ajudar as empresas. Entendeu a importância em rever a infraestrutura de TI de forma a prestar serviços e entregar produtos com mais eficiência e qualidade, e como a metodologia ITIL foi útil nessa tarefa. Conheceu os módulos e processos da metodologia ITIL. Na próxima aula, abordaremos os conceitos e a importância de se conhecer os conceitos e práticas inerentes ao gerenciamento de projetos em TI, sob a ótica do PMBOK. Serão identificados os benefícios em uma gestão de projeto com excelência de qualidade. 1. Assinale a única alternativa incorreta 1) A demanda por TI cresceu muito nas duas últimas décadas, porém a qualidade dos serviços entregues pela TI acompanhou esse crescimento 2) O COBIT tem por objetivo alinhar os processos de TI com as estratégias do negócio 3) O COBIT diz como deve ser feito e o ITIL detalha o como fazer 4) O COBIt possui 2 níveis de indicadores: de desempenho e resultado 2. No modelo de governança conhecido como COBIt, o processo de Gerenciar serviços de terceiros faz parte do domínio ___________________ 1) Planejamento e organização 2) Aquisição e implementação 3) Entrega e suporte 4) Avaliação e controle 3. Dentre as opções abaixo assinale aquela que não caracteriza um benefício propiciado pelo ITIL às empresas: 1) Maior qualidade no serviço prestado. 2) Flexibilidade na gestão de mudança. 3) Possibilidade de medir a qualidade. 4) Eliminação de todos os custos de TI. Aula 3: Gerenciamento de Projetos em TI Nesta aula, você irá: 1. O conceito de projeto. 2. A diferença entre projeto e rotina. 3. A evolução do gerenciamento do projeto. 4. Conceitos e processos do gerenciamento de projetos, sob a ótica do PMBOK, editado pelo PMI. 5. Benefícios do gerenciamento de projetos. O PMI é um Instituto, sem fins lucrativos, formado por profissionais do mercado que compartilham as melhores práticas de gestão de projetos, desde os conceitos clássicos até os inovadores. O PMI enxerga os projetos de TI como um empreendimento organizacional ou como parte desse empreendimento da organização. O PMBOK é a principal publicação do PMI. Segundo o PMBOK, projeto é um “empreendimento temporário (começo e término definidos) com o objetivo de criar um produto ou serviço único”. Na medida em que as empresas clamavam por uma melhor qualidade dos serviços prestados e produtos oferecidos pela TI, os processos de TI das empresas precisavam passar por uma forte revisão e otimização, para que pudessem responder aos interesses de seus gestores. Qual o conceito de projeto? Segundo Ricardo Viana Vargas, um dos maiores especialistas em gerenciamento de projetos, projeto “é um empreendimento ou evento não repetitivo, caracterizado por uma sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina a atingir um objetivo claro e definido, sendo conduzido por pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos envolvidos e qualidade”. Vamos analisar cada explicação dada por Vargas Empreendimento não repetitivo: É algo inédito, que não pertence ao dia a dia da empresa. Caracterizado por uma sequência lógica e clara de eventos: composto de atividades encadeadas, que permitem acompanhamento e controle, passo a passo. Com início, meio e fim: um projeto sempre termina, caso contrário deixa de ser projeto e passa a ser rotina da empresa. Que se destina a atingir um objetivo claro e definido: todo projeto tem metas e resultados bem estabelecidos e que devem ser atingidos. Sendo conduzido por pessoas: sem a figura humana não existe projeto. O homem é o principal recurso de um projeto. Dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo e recursos envolvidos e qualidade: antes do projeto começar tais parâmetros precisam ser definidos, para efeitos de planejamento e de referência durante o projeto. Perseguir tais parâmetros, durante o curso do projeto é fundamental. Atenção: Projetos envolvem incertezas: como o produto a ser obtido é único, nunca realizado anteriormente, não existem parâmetros prévios que sirvam de referência. Em projetos de TI tais incertezas tornam-se mais críticas, gerando mais desafios para o gerente de projeto. A Evolução do Gerenciamento de Projetos O gerenciamento de projetos, indubitavelmente, não é algo novo. Desde o início dos tempos o homem constrói monumentos e grandes obras como, por exemplo, as pirâmides do Egito, as Muralhas da China, os templos da Grécia, o Coliseu, o Muro das Lamentações, a Torre Eiffel, entre outras obras de destaque. Impossível imaginar tais construções sem considerar que contaram com habilidades de planejamento, organização, coordenação e controle pertinentes a um gerente de projetos. Além das habilidades de gestores natos, houve algumas contribuições significativas para que a área de gerenciamento de projetos pudesse atingir o ponto onde se encontra. As principais contribuições são diagramas que possibilitam planejar e controlar os projetos, tais como: Diagrama de Gantt e Diagrama de redes, como PERT-CPM. O primeiro tem por objetivo apresentar cronogramas de forma fácil e intuitiva. O segundo, diagrama de redes, modela o relacionamento entre as tarefas de um projeto, permitindo elaborar cronogramas mais próximos a realidade. Gerenciamento de Projetos Mais uma vez recorremos ao PMBOK para prover definições. O que é gerenciamento de projetos? “É a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades de projeto a fim de atender os requisitos do projeto”. O PMBOK classifica os projetos de gerenciamento de projeto em 5 (cinco) grupos: Iniciação: Objetiva reconhecer que um produto ou serviço(fase) deva começar. Planejamento: Contempla basicamente a definição de metodologia, das atividades e alocação dos recursos necessários para a sua execução com sucesso, ou seja, atingir os objetivos. Execução: Foca a coordenação de pessoas e outros recursos para a realização do planejado. Controle: Pretende garantir que os objetivos do projeto estão sendo atingidos através do monitoramento e avaliaçãodo progresso, tomando ações corretivas quando pertinentes. Encerramento: Direciona a formalização e a aceitação do projeto ou fase, finalizando-o de forma organizada e encerrando os contratos pertinentes. O Guia PMBOK do PMI descreve nove áreas do conhecimento, que especificam as competências que os gerentes de projeto devem possuir. Gerenciamento da Integração; Gerenciamento do Escopo; Gerenciamento do Tempo; Gerenciamento dos Custos; Gerenciamento da Qualidade; Gerenciamento dos Recursos Humanos; Gerenciamento dos Riscos; Gerenciamento das Comunicações; Gerenciamento das Aquisições. Benefícios do Gerenciamento de Projetos Novamente recorremos a Ricardo Viana Vargas para enumerar alguns benefícios de ordem estratégica que o gerenciamento de projetos provê: 1. Evita que ocorram surpresas durante a execução dos projetos. 2. Antecipação aos problemas, de forma a por em prática as ações preventivas e corretivas. 3. Agiliza as decisões. 4. Otimiza a alocação de recursos (pessoas, equipamentos e materiais necessários). 5. Documenta e facilita as estimativas 6. para futuros projetos. Fica evidente que as empresas devem buscar a adoção de boas praticas de gerenciamento de projetos para que possam se tornar cada vez mais competitivas. Gerenciamento de Projetos de TI Gerenciar projetos já não é simples. Gerenciar projeto de TI não é para qualquer um. As tecnologias estão em constante evolução, o que faz aumentar as incertezas e os riscos nos projetos de TI. Além disso, o sucesso de um projeto de TI, de desenvolvimento de software, por exemplo, depende da qualidade do profissional técnico de análise de sistemas. Se os requisitos do sistema forem interpretados corretamente, tudo bem, mas se houver alguma distorção os objetivos do sistema não serão alcançados. Ou seja, o risco é maior em projetos de TI e, a qualidade do produto de software e, consequentemente, do projeto, ficam fortemente afetadas. Concluindo: Há, portanto, uma maior complexidade no gerenciamento de projetos de TI. Considerações finais Vimos na aula a importância da aplicação de eficientes técnicas de gerenciamento de projetos para a entrega de produtos e serviços de TI, com a qualidade desejada pela organização. Há muitos anos os projetos de desenvolvimento de software são alvo de fortes críticas em função dos inúmeros insucessos: prazos de entrega e custos sempre muito acima do previsto. Acreditamos que, aplicando as técnicas de gerenciamento de projetos acima especificadas em cada área de atuação e definida pelo PMBOK, possamos gerar produtos cada vez mais eficientes e confiáveis, com a satisfação dos envolvidos, especialmente dos clientes. Não podemos esquecer a necessidade de o gerenciamento do projeto estar em conformidade e alinhado às estratégias da empresa. Saiba mais PMBOK http://www.pmkb.com.br/padrde-gerenciamento-mainmenu-59/pmbok-mainmenu-58.html Gestão de projetos, Novo PMBOK http://www.ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=14&canallocal=46&canalsub2=149&id=1257 PMI http://www.pmi.org/default.aspx Nesta aula, aprendeu: Os conceitos de projeto e seu gerenciamento. A importância em desenvolver um software sob a ótica de um projeto. As características e vantagens do gerenciamento de projetos. As áreas de competências ou gerencias do PMBOK. Na próxima aula, abordaremos: Conhecer os conceitos envolvidos na decisão de investir em TI. Estimar custos e benefícios do investimento em TI. Identificar as diferentes diretrizes a serem aplicadas ao decidir um investimento em TI. 1. Sobre projetos não se pode afirmar que (assinale a opção correta) 1) Tem início e fim 2) É permanente 3) É algo inédito 4) É conduzido por pessoas 2. Os diagramas de _________________ ajudam o gerente de projetos a modelar os relacionamentos entre as tarefas do projeto a modelar. 1) Gantt 2) Redes 3) Casos de uso 4) de dados 3. A área de _______________________ objetiva garantir que as demais áreas do gerenciamento de projeto (PMBOK) trabalhem de forma ordenada 1) Gerenciamento da integração 2) Gerenciamento do escopo 3) Gerenciamento de riscos 4) Gerenciamento de aquisições Aula 4: Investimentos em TI Nesta aula, você irá: 1. Conhecer os conceitos envolvidos na decisão de investir em TI: adquirir x desenvolver. 2. Aplicação da técnica de VPL: Valor Presente Líquido. 3. Estimar custos e benefícios de investimento em TI. 4. Identificar as diferentes diretrizes a serem aplicadas ao decidir um investimento em TI. 5. Entender o TCO ou custo total da propriedade. Introdução Hoje em dia, vemos uma diária invasão tecnológica. A cada dia, surgem novidades tecnológicas, deixando para trás as tecnologias atuais e promessas de benefícios. Diferentemente do passado, onde se investia em tecnologia para manter-se atualizado, hoje em dia é necessário criar massa crítica para avaliar técnica e financeiramente a viabilidade de substituição de tecnologias. Somente se vislumbrada uma real possibilidade de ganho é que uma empresa deve-se adotar a inovação. Ou seja, a pressão sobre os gastos com TI é significativa e aumenta a cada ano. Os Diferentes Investimentos A Decisão De Investir Em TI A decisão de investir em TI está longe de ser um processo bem demarcado e delineado. Não há uma definição de regras e procedimentos claros desse processo que, a cada dia, torna-se mais importante e corriqueiro nas organizações. A dificuldade na decisão de investimentos em TI tem origem nos seguintes fatos: As tecnologias são muitas vezes voláteis, prometendo revoluções que não se mostram viáveis de fato. Do jeito que chegam, essas inovações se vão. O erro no investimento pode acarretar 100% de perda, pois o montante não será mais recuperado, ou há um aprisionamento por uma tecnologia ruim. Aumento da chance de erro na escolha, em função das inúmeras possibilidades. A TI pode afetar, para o bem ou para o mal a competitividade no negócio. Assim sendo, por vezes, é necessária a ajuda da matemática para tomarmos decisões sobre o investimento a ser feito. Vejamos abaixo, umas dessas técnicas numéricas: cálculo do VPL (Valor Presente Líquido). Para compararmos 2 investimentos, com custos e fluxos de renda distintos, temos que trazer os valores para o mesmo momento no tempo, pois sabemos que o valor do dinheiro hoje não é o mesmo do que daqui há 10 meses, por exemplo, em função de fatores como a inflação. Nesse caso, precisamos recorrer e técnicas que nos permitam tal comparação. Uma dessas técnicas é o Valor Presente Líquido (VPL). O conceito leva em consideração o valor do dinheiro no tempo e a probabilidade de um investimento gerar retorno em determinado período de tempo. Para entender a fórmula e os cálculos necessários, vamos partir do exemplo de 2 investimentos. Investimento A: tem um custo de 45 mil reais hoje e pagará 20 mil reais ao final de 1 ano e 30 mil reais no final de 2 anos. Investimento B: tem custo de 30 mil reais e pagará 50 mil reais ao final de 3 anos. Para comparar os 2 projetos precisamos aplicar a taxa de desconto ou de juros, que representa o custo do dinheiro por ano. Vamos supor que a taxa é de 10% ao ano. Assim precisamos descontar os pagamentos. A Técnica de cálculo de VPL tradicional possui alguns problemas para aplicação em investimentos de TI, tais como: É difícil estimar tanto os custos como as receitas ou economias para um investimento em TI comparado com investimentos como a compra de uma nova máquina para uma fábrica. A análise do VPL considera que os benefícios previstos realmente ocorrerão. Considera que a taxa de juros seja constante, sem variabilidade. O VPL não considera riscos, explicitamente. Existem outras técnicas, mais apropriadas a investimentos de longo prazo que considere as variações acima, não suportadas pela técnica de VPL. Nãoestudaremos aqui tais técnicas, em função de suas complexidades matemáticas. De um modo específico, é difícil fazer avaliações quantitativas de infra-estrutura dignas de crédito, iniciativas com retorno indireto, aplicações estratégicas e investimentos que possam transformar a organização. Diretrizes Para Investimentos Em TI A tabela acima apresenta uma síntese das informações necessárias a um gestor para tomar decisões sobre realizar ou não investimentos em TI, fortalecendo a idéia de que não é recomendado que apenas um critério de decisão seja usado para direcionar o investimento adequado. A tabela apresenta cada investimento hipotético e identifica o seu tipo. Entendendo A Empresa Hipotética E Seus Investimentos Observe que se torna improvável que o investimento agregue valor ao negócio se as probabilidades de conversão forem baixas e o os valores esperados forem pequenos. A exemplo de rede de infra-estrutura. Conclusões Os exemplos mostram que numa mesma organização diferentes critérios se aplicam a aprovação de projetos, conforme tipo de investimento. Em alguns momentos, foram usados modelos matemáticos ou quantitativos. Em outros projetos, foram usados fatores qualitativos, envolvendo a análise de fatores como competitividade, estratégia de mercado, entre outros. Outras medições poderiam ser: aumento da eficiência de determinado(s) processo(s) da organização, a melhoria da relação com clientes e parceiros e melhoria das tomadas de decisão. As empresas precisam disseminar em si tais conhecimentos de forma que a análise não se de apenas baseada em números e nos modelos de calculo do VPL. As analises financeiras devem considerar não só os benefícios tangíveis como também os intangíveis O grande problema é a dificuldade em mensurar os benefícios intangíveis (daí o seu nome). Ignorar os benefícios intangíveis pode levar uma empresa a rejeitar investimentos em TI que podem elevar a lucratividade do negócio. TCO ou Custo Total de Propriedade É uma Fórmula que calcula o custo de adquirir (hardware, software e infra-estrutura), operar (instalação, treinamento, operação, avaliação, suporte técnico etc.) e controlar um sistema de TI. O TCO pode muitas vezes ser o dobro do valor investido. É preciso estar atento. Softwares, que geralmente, tem longos períodos de manutenção, tendem a possuir elevados valores de TCO. ROI (Retorno Sobre Investimento). Outra técnica tradicionalíssima para avaliar investimento. Mede a eficiência de se gerar lucro com ativos disponíveis. Quanto maior o ROI, que é medido em %, melhor. Cálculo = dividir o rendimento líquido, pelos investimentos. Os Diferentes Retornos Da TI As técnicas matemáticas ajudam na mensuração quantitativa dos investimentos, ou seja, mensuram os benefícios tangíveis. Todavia, existem os benefícios intangíveis, um tanto subjetivos e passíveis de interpretações. Dentre esses, podemos citar: melhora na imagem da instituição trazida pelo novo sistema de informação que, por exemplo, melhora o relacionamento pós-venda com o cliente. Mas tal benefício é de difícil confirmação e/ou mensuração. Podemos classificar a mensuração dos benefícios do investimento em TI, em 3 aspectos: Saiba Mais: Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, pesquise na internet sites, vídeos e artigos relacionados ao conteúdo visto. Se ainda tiver alguma dúvida, fale com seu professor online utilizando os recursos disponíveis no ambiente de aprendizagem. Vantagens de Investimento em TI, dDisponível em: http://www.microsoft.com/business/smb/pt- br/issues/starting/vantagens.mspx . Acessado em 10/01/2011. Investir em tecnologia sem planejamento não gera resultados positivos. Disponível em: http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/investir-em-tecnologia-sem-planejamento-nao-gera- resultados-positivos/4701/ . Acessado em 10/01/2011 http://www.takenami.com.br/2007/11/11/produtividade-x-investimentos-em-ti/. Acessado em 10/01/2011 Nesta aula, aprendeu: Os conceitos e técnicas envolvidos na decisão de investir em TI: adquirir x desenvolver; A aplicar a técnica de VP: valor presente e VPL: valor presente líquido; A estimar custos e benefícios de investimento em ti; A identificar as diferentes diretrizes a serem aplicadas ao decidir um investimento em TI; As vantagens e desvantagens em terceirização da TI. Na próxima aula, abordaremos os seguintes tópicos: Aquisições x desenvolvimento de software: vantagens e desvantagens. A compra de pacotes de software e seus critérios. Os conceitos, vantagens e desvantagens da terceirização de TI. 1. Analise os projetos abaixo e responda o que se pede. • O projeto A custa 45.000 hoje e seu valor presente liquido (VPL) de retorno é de 42.975 – 45.000 = -2.025 reais. • O projeto B custa 30.000 hoje e possui um valor presente liquido VPL de 37.566 – 30.000 = 7.566 reais Com base nos dados acima, podemos dizer que (assinale a opção correta) 1) A rentabilidade dos projetos A e B é igual 2) O projeto A é mais vantajoso 3) O projeto B é mais rentável 4) O projeto B tem um VP mais elevado 2. É uma formula que calcula o custo de adquirir (hardware, software e infra-estrutura), operar (instalação, treinamento, operação, avaliação, suporte técnico e etc) e controlar um sistema de TI. Assinale a alternativa que se encaixa na descrição acima: 1) VP 2) VPL 3) TCU 4) TCO 3. O conceito de __________________ leva em consideração o valor do dinheiro no tempo e a probabilidade de um investimento gerar retorno em determinado período de tempo. (Assinale a opção correta que completa a frase acima). 1) VBL 2) VPL 3) TCU 4) TGA Aula 5: Aquisição e terceirização em TI Nesta aula, você irá: 1. Entender o binômio: necessidade de tecnologia x custo da TI; 2. Entender as formas de aquisição de produtos e serviços de TI; 3. Identificar o que deve ser terceirizado e o que deve ser mantido dentro da empresa; 4. Analisar os prós e contras da terceirização. Aquisição X Desenvolvimento de aplicações Acredito que a maioria das empresas, hoje em dia, optaria por comprar, a criar uma nova aplicação em TI, em função do maior custo da segunda opção e da complexidade envolvida em projetos de desenvolvimento de software. E onde existe complexidade, haverá risco. Ou seja, o desenvolvimento de aplicações específicas possuem, naturalmente, mais riscos pois parte-se da abstração (idéias de desenvolvimento de um produto) para a realidade (software funcionando). Já a solução de aquisição de um pacote resulta em menos risco, pois, a realidade já existe e está pronta, bastando que seja implantada e/ou ajustada. Hoje em dia, as aplicações mais badaladas são sistemas para ERP (Enterprise Resource Planning), que englobam a empresa como um todo. Os principais fornecedores de tais aplicações são: SAP, Oracle e Peoplesoft (adquirente da J.Eduwards). Há algumas vantagens para a aquisição de pacotes de software, mas não só de glórias vive a aquisição de pacotes de software há também algumas desvantagens, vamos saber mais à respeito: Vantagens: - O programa já está pronto, pode ser implantado no dia seguinte, se a empresa assim desejar e puder. - O programa já foi bastante usado e testado. - Mesmo que sejam necessárias customizações para adequar o sistema a empresa, esse tempo tende a ser bem menor que um projeto de desenvolvimento novo. - A maioria dos produtos pode ser testada antes de adquiridos. - Os fornecedores tendem a dar continuidade ao produto ao longo do tempo, melhorando e implementando novas funcionalidades. Ou seja, existe a promessa de atualização constante do produto. Desvantagens: - Hoje em dia, com as adaptações e customizações necessárias, o preço de tais serviços são significativos, pois demandam tempo e trabalho, encarecendo os pacotes desoftware propriamente ditos. - A implantação total do pacote de software nas grandes corporações pode demandar anos, podendo acarretar em problemas de gerenciamento. - Pode não haver uma adequação imediata da aplicação no contexto de determinada empresa. A primeira opção parece óbvia: sempre que não houver um pacote para o segmento de mercado em questão. Um segundo aspecto, mas nem por isso menos importante, entra em ação: sistemas que demandem informações estratégicas devem ser desenvolvidos internamente, pois podem comprometer o segredo do negócio. Se uma aplicação fornece uma vantagem competitiva para a empresa e faz parte do planejamento estratégico da organização ou de alguma forma transforma o que a empresa faz, essa precisa ter a gestão do processo de desenvolvimento e o sistema. Cabe ressaltar que dentro do segmento de adquirir uma aplicação está considerada a modalidade locação. Muitas empresas hoje em dia, estrategicamente, não vendem suas aplicações e sim alugam. É uma forma comercial de obter receita mensal. Os que optam por vender, tempos depois, ou logo que implantam oferece ou exigem contrato de manutenção, que em geral não é bem visto pelo usuário, que há pouco tempo fez um investimento (compra da aplicação). Na modalidade locação, como não houve o desencaixe para a compra do produto de software, o valor mensal geralmente é mais salgado. Essa modalidade cresce a cada dia, pois é inegável a dependência que passa a existir entre comprador do software e fornecedor. Critérios Para Aquisição Dos Pacotes Abrangência de funcionalidades: A principal razão para a aquisição e implantação de um pacote de software está relacionada as funcionalidades que o mesmo possui e desempenho que a organização espera ter ao colocá-lo em uso. Suporte e atualizações do fornecedor: A análise do fornecedor também é fundamental, pois espera-se que o produto tenha continuidade e novas versões ao longo do tempo, para isso o fornecedor precisa ser robusto e ter referencia no mercado. Integração com outros processos: Outro aspecto que merece destaque é a eventual necessidade de integração desse pacote com outras aplicações da empresa, que podem ter sido desenvolvidas internamente (o que facilita a integração) ou podem ser outros pacotes (do mesmo fornecedor, facilitando, ou não). Tempo de resposta: Tempo de resposta interfere na qualidade da aplicação. Interface com o usuário: Há muito tempo que a facilidade de interação e a interface da aplicação são fatores que fazem a diferença entre aplicações de potencial similar. O que for mais fácil de ser entendido e usado, sai na frente. Logo, aspectos de interface são fundamentais e devem ser considerados como critério de seleção e escolha de uma aplicação pronta . Documentação: Ter boa documentação é relevante, especialmente se a aquisição dos programas fontes (escrito na linguagem de programação) está sendo negociada. Ter documentação consistente garante a empresa que poderá modificar o programa sem grandes dificuldades de entendimento da arquitetura e estrutura do software. Custo: E por último, porém nem por isso menos importante (muito pelo contrário), devemos considerar o custo e o tempo previsto para retorno do investimento. Considerar aqui não só o custo de aquisição, como também de modificações (se for o caso) e manutenção. Alugando Pacotes De Aplicações É sem dúvida uma ótima alternativa que economiza tempo e custo, se a compra resultar em alto investimento É importante deixar claro que em muitas empresas, os pacotes alugados nem sempre atendem as necessidades. Porém nos casos em que há necessidade de uma ostensiva manutenção e/ou o custo é elevado, a locação é uma alternativa interessante que deve ser considerada. As pequenas e medias empresas tendem a se beneficiar com ela, pois geralmente não dispõem de volumosos recursos financeiros para os investimentos necessários em TI (software). Para as grandes empresas pode ser vantajoso também na medida em que os softwares que precisam demandem muito tempo para ser desenvolvido. Devemos considerar ainda a carência de mão de obra para determinados tipos de aplicações, ao decidir sobre compra, locação ou desenvolvimento interno. Existem 2 possibilidades de locação: Usar um provedor de serviços de aplicação, conhecido no mercado com ASP (Application Service Provitor) é um agente ou fornecedor que administra as aplicações em ambiente fora do contexto da empresa adquirente. As aplicações são acessadas pela internet ou WANs. Nessa modalidade o fornecedor fica responsável não só pela aplicação mas pelo funcionamento do(s) servidor(es) em que a mesma executa e pela respectiva mão de obra. Até mesmo o(s) servidor(es) podem ser alugados. É uma boa opção para quem inicia um negócio de risco, cujo investimento (no negócio em si) já é elevado e o investimento em TI também. As empresas, geralmente, pagam uma manutenção mensal, que inclui o pagamento do software, hardware, serviço e suporte, manutenção e atualizações. Muito comum os uso de provedores ASP para aplicações de comércio eletrônico. E os principais provedores de software ERP (gestão integrada) já estão oferecendo essa modalidade. As desvantagens são as preocupações das empresas contra hackers, roubo de informações confidenciais e ataque de vírus. Critérios Para Escolha Da Abordagem De Aquisição Comprar pacote, desenvolver internamento ou alugar? O que fazer? Qual a melhor opção para determinado cenário? Essas são questões que permeiam a cabeça dos gestores de TI. Abaixo uma lista com alguns critérios que, antes de usados, pela empresa, devem ser analisados e priorizados. Caso a empresa esteja considerando a contratação de um ASP deve ponderar sobre: - Formato e portabilidade da estrutura física do BD. - Como serão armazenadas as aplicações e os dados da empresa: servidores dedicados? Ou compartilhados. - Escopo dos serviços oferecidos no pacote (manutenção, redundância de servidores, backups e outros). - Serviços de suporte oferecidos. Terceirizando serviços de TI O filão de mercado ligado a prestação de serviços de TI desde cedo mostrou seu potencial, com as empresas que faziam a vez de “bureaux de serviços”, ou seja, forneciam variados serviços de processamento de dados ás empresas, locando espaço de processamento em seus computadores, numa época em que poucos tinham o privilégio de comprar e manter um computador (somente as grandes empresas). Na medida em que o preço do hardware barateou, o nicho desse mercado mudou um pouco e não bastava apenas locar tempo de processamento e sim oferecer serviços diferenciados aos clientes. Com o advento da internet, muitas empresas se especializaram em oferecer serviços para que as empresas se beneficiassem dessa nova tecnologia. Muitas oportunidades surgiram com a explosão do mundo virtual na WEB. Vantagens E Desvantagens Da Terceirização De TI Este tópico abrange a análise da terceirização considerando empresas que terceirizam algum ou a totalidade dos esforços de TI. A tabela abaixo apresenta alguns fatores que são considerados por empresas ao decidir terceirizar. Empresa está com gasto excessivo em recursos de TI. A terceirização tende a reduzir os custos. Empresa que sua função de TI não esta funcionando a contento. Empresa esta interessada em aprender com a terceira transferência de tecnologia. Empresa terceiriza atividade de rotina para aproveitar a equipe de TI para desenvolver novas aplicações em tecnologia. Provavelmente, a maior desvantagem para a terceirização seja a questão do controle. A administração que considera a tecnologia como fator competitivo no negócio , pode retardar em entregar o controle para outra empresa. Abaixo, alguns fatores que levam uma organização a terceirizar suas atividades de TI. Empresas que, ultimamente, tem gasto em tecnologia mais do que deveria. Inadequação na gestão da TI executada pela própria empresa. Empresa esta interessadaem transferência de tecnologia do terceiro, ou seja deseja aprender com ele. Uma empresa pode terceirizar o processamento de rotina, com vistas a liberar sua equipe para outras atividades. Nesta aula, Aprendeu: As possíveis formas de aquisição de produtos e serviços de ti; A identificar o que deve ser terceirizado e o que deve ser mantido dentro da empresa (desenvolvido internamente); Analisar os prós e contras da terceirização. Na próxima aula, abordaremos os seguintes tópicos: Modelos e processos de Implementação da TI. Estratégias de Implementação da TI. Transformações organizacionais baseadas em TI. Aquisições de aplicações e infraestrutura de TI. 1. Assinale a única opção que não representa uma característca positiva da compra de pacotes de software 1) Traz a segurança de já ter sido usado 2) Tende a ser mais barato que desenvolver 3) Necessita de adaptação conforme ambiente de uso 4) Possui mais risco que o desenvolvimento 2. As opções disponíveis para obtenção de um sofftware são: 1) Compra e venda 2) Compra, locação e desenvolvimento 3) Compra, locação e doação 4) Compra, venda e desenvolvimento 3. Assinale a opção que responde a pergunta: Quando a empresa deve partir para desenvolver sua aplicação? I. Quando o sistema demandar informações estratágicas. II. Quando existir software similar no mercado III. Quando as demandas da aplicação forem bem específicas IV. Quando o custo do pacote não compensar os riscos 1) Estão corretas as opções I e II 2) Estão corretas as opções II e III 3) Estão corretas as ooções I, III e IV 4) Estão corretas as opções I,II,IIIe IV
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