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SGI – Visão Geral
1
CURSO DE FORMAÇÃO DE OPERADORES DE REFINARIA
SGI – VISÃO GERAL
2
SGI – Visão Geral
SGI – Visão Geral
3
CURITIBA
2002
SGI – VISÃO GERAL
RICARDO AMARO
SIMONE VANIZE DE MELO
Equipe Petrobras
Petrobras / Abastecimento
UN´s: Repar, Regap, Replan, Refap, RPBC, Recap, SIX, Revap
4
SGI – Visão Geral
658.47 Amaro, Ricardo.
A485 Curso de formação de operadores de refinaria: SGI, visão geral / Ricardo
Amaro, Simone Vanize de Melo. – Curitiba : PETROBRAS : UnicenP, 2002.
18 p. : il. (algumas color.) ; 30 cm.
Financiado pelas UN: REPAR, REGAP, REPLAN, REFAP, RPBC,
RECAP, SIX, REVAP.
1. Sistema de gestão integrada. 2. Gestão da qualidade total. 3. Norma
ISO. I. Melo, Simone Vanize de. II. Título.
SGI – Visão Geral
5
Apresentação
É com grande prazer que a equipe da Petrobras recebe você.
Para continuarmos buscando excelência em resultados, dife-
renciação em serviços e competência tecnológica, precisamos de
você e de seu perfil empreendedor.
Este projeto foi realizado pela parceria estabelecida entre o
Centro Universitário Positivo (UnicenP) e a Petrobras, representada
pela UN-Repar, buscando a construção dos materiais pedagógicos
que auxiliarão os Cursos de Formação de Operadores de Refinaria.
Estes materiais – módulos didáticos, slides de apresentação, planos
de aula, gabaritos de atividades – procuram integrar os saberes téc-
nico-práticos dos operadores com as teorias; desta forma não po-
dem ser tomados como algo pronto e definitivo, mas sim, como um
processo contínuo e permanente de aprimoramento, caracterizado
pela flexibilidade exigida pelo porte e diversidade das unidades da
Petrobras.
Contamos, portanto, com a sua disposição para buscar outras
fontes, colocar questões aos instrutores e à turma, enfim, aprofundar
seu conhecimento, capacitando-se para sua nova profissão na
Petrobras.
Nome:
Cidade:
Estado:
Unidade:
Escreva uma frase para acompanhá-lo durante todo o módulo.
6
SGI – Visão Geral
Sumário
1 SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO – SGI .................................................................... 7
1.1 Introdução ...................................................................................................................... 7
1.2 Definições ...................................................................................................................... 7
1.3 Ciclo PDCA................................................................................................................... 7
1.4 Sistema de Gestão Integrado ......................................................................................... 8
1.5 Normas de Gestão ....................................................................................................... 10
1.6 Controle Ambiental e o Sistema Ambiental .................................................................11
SGI – Visão Geral
7
1Sistema de GestãoIntegrado – SGI
auditoria entre outros, e evitar a complexida-
de de sistemas que são de difícil implantação
e manutenção.
1.2 Definições
Sistema de gestão: definido como uma es-
trutura organizacional composta de processos,
procedimentos, recursos materiais e pessoal ca-
pacitado necessários para planejar, desenvol-
ver, implementar, verificar e manter ativida-
des destinadas ao atendimento de diretrizes,
objetivos e metas estabelecidas pela liderança
da organização para as partes interessadas.
Gestão: é definida como um conjunto de
técnicas utilizadas para controlar uma ou mais
atividades, bem como um sistema ou parte do
mesmo.
Estrutura organizacional: corporação,
empresa, indústria ou ainda outra forma
estatutária que possua funções e estruturas ad-
ministrativas próprias, podendo ser pública ou
privada. Para organizações com mais de uma
filial, uma única filial pode ser considerada
como organização.
Partes interessadas: são aquelas com in-
teresse nos efeitos e/ou características especí-
ficas relativas aos produtos e atividades de uma
organização. Como exemplo, podem ser cita-
dos os proprietários, os clientes, os consumi-
dores, a mão-de-obra da organização, as enti-
dades governamentais e não governamentais,
os investidores e o público em geral.
1.3 Ciclo PDCA
O ciclo PDCA é uma ferramenta para
um modelo de gestão, representa o caminho
a ser seguido para que as metas estabeleci-
das possam ser atingidas. É formado por
quatro fases: planejamento, execução, verifi-
cação e atuação corretiva.
1.1 Introdução
Os sistemas de gestão não são nenhuma
novidade para as organizações industriais e
prestadoras de serviços. Os Sistemas de Gestão
da Qualidade, por exemplo, já existem desde
1945 e estão se tornando um requisito fundamen-
tal para todo tipo de organização. A ISO 9000 é
reconhecida e aceita internacionalmente como
modelo de requisito para sistemas de garantia
de qualidade aplicável a qualquer tipo de or-
ganização. Já a ISO 14001 e OHSAS 18001,
respectivamente Sistema de Gestão Ambien-
tal e Sistema de Gestão de Saúde e Segurança
Industrial são normas comparativamente re-
centes e sua utilização nas empresas ainda é
incipiente, as organizações estão apenas apren-
dendo sobre a sua implementação e uso.
Integrá-las em um só sistema então, ainda é
um sonho para muitas empresas. Assim este
material procura apresentar os componentes
que são comuns à maioria dos sistemas de ges-
tão e proporciona uma visão geral de sua im-
plantação. Um entendimento desses com-
ponentes auxilia a desenvolver um sistema que
integre os requisitos dos sistemas de gerencia-
mento da qualidade, segurança e meio ambien-
te. Tal integração não se restringe, porém, a
estes exemplos. O sistema de gerenciamento
de recursos humanos e o sistema de controle
financeiro são também exemplos que poderiam
participar dessa integração.
Com a crescente pressão nas empresas
para se fazer mais com menos, várias delas
estão vendo a integração dos Sistemas de Ges-
tão como uma excelente oportunidade para
reduzir custos com o desenvolvimento e ma-
nutenção de sistemas separados, ou de inúme-
ros programas e ações que, na maioria das ve-
zes, se superpõem e acarretam gastos desne-
cessários. A idéia central dos Sistemas de Ges-
tão Integrados é, então, proporcionar à gestão,
reduzir a duplicação de recursos no aspecto
de implantação, documentação, treinamento,
8
SGI – Visão Geral
Planejamento (P)
Esta etapa consiste em:
– estabelecer metas;
– determinar o método para alcançar as
metas propostas.
Execução (D)
É a fase da execução das tarefas exatamen-
te como foi previsto na etapa de planejamento
e coleta de dados que serão utilizados na pró-
xima etapa (verificação do processo). Na eta-
pa de execução, são essenciais a educação e o
treinamento no trabalho.
Verificação (C)
Nesta etapa, a partir dos dados coletados
na execução, compara-se o resultado alcança-
do com a meta planejada.
Atuação Corretiva (A)
Consiste em atuar no processo em função
dos resultados obtidos. Existem duas formas
de atuação possíveis:
– adotar como padrão o plano proposto,
caso a meta tenha sido alcançada;
– agir sobre as causas do não atendimen-
to da meta, caso o plano não tenha sido
efetivo.
O PDCA deve ser entendido como uma
síntese das principais partes que compõem um
sistema de gestão, que devem ser expandidas
e/ou complementadas em função do propósi-
to ao qual o mesmo é destinado. O conjunto
destas fases, no entanto, pode ser definido,
simplesmente, como gerenciamento ou gestão,
devido à sua aplicação prática no controle de
muitas atividades.
Para auxiliar nestas atividades, existem
vários padrões que descrevem o ciclo de vida
de sistemas de gestão. Tais padrões podem ser
escolhidos dependendo do tipo de negócio da
organização e do aspecto escolhido como fun-
damento do sistema de gestão.
Definido o fundamento de um sistema de
gestão, o padrão adotado pode ser uma norma
nacional ou internacional, como, por exemplo,
as normas ISO 9000 que tratam da garantia da
qualidade, ou as normas de gestão ambiental
ISO 14001, ou ainda a de segurança e saúde
OHSAS 18001. Mas pode sertambém um con-
trato entre a organização e seus clientes ou ain-
da um padrão interno, definido e adotado pela
própria organização, fundamentado em literatu-
ras específicas ou outra fonte semelhante.
A definição do padrão adotado objetiva
estabelecer, em um primeiro momento, os re-
quisitos que devem ser atendidos pelo sistema
de gestão a ser implementado e, portanto, cons-
titui uma ferramenta de eficácia gerencial, à
medida em que estabelece “o que fazer”.
Escolhido o padrão, os líderes e gestores
da organização, através de um planejamento
consistente, que estabeleça prioridades e atri-
bua responsabilidades, autoridades, interfaces
e recursos, estruturam o sistema de gestão al-
mejado através da definição e implementação
de uma série de ferramentas a fim de atender
aos requisitos especificados pelo padrão
adotado. Caracteriza-se, então, a eficiência
gerencial, quando tais ferramentas estabele-
cem “como fazer”. Esta etapa pode apresentar
uma interface com a de eficácia gerencial, na
medida em que a definição dos requisitos de
eficácia gerencial (“o que fazer”), em alguns
casos, já estabelece certos requisitos quanto à
eficiência gerencial (“como fazer”).
1.4 Sistema de Gestão Integrado
Em muitas corporações, a escolha de um
só sistema não é suficiente para gerenciar to-
das as atividades que fazem parte do negócio
da empresa, assim é utilizado um sistema de
gestão onde a gerência é realizada seguindo
diretrizes de duas ou mais normas ou padrões.
Um exemplo pode ser a implementação do
Sistema de Gestão Integrado (SGI) através da
adoção das normas da série ISO 9000 para
gestão da qualidade, ISO 14001 para gestão
do meio ambiente e OHSAS 18001 para ges-
tão de segurança e saúde ocupacional.
SGI – Visão Geral
9
A fim de exemplificar como se daria
a implantação de um SGI deve-se partir
da premissa que as organizações
implantam sistema de gestão com objetivo
de otimizar a gerência dos processos de
qualidade dos produtos. A qualidade é a
capacidade de um conjunto completo de
características inerentes do produto em
satisfazer as necessidades implícitas e
explícitas dos clientes.
No entanto, no processo de transformação de matéria-prima e insumos em produtos preten-
didos para atender o cliente, uma série de produtos e eventos não pretendidos também é gerada,
tais como resíduos, emissões atmosféricas, efluentes, acidentes, emergências, entre outros, os
quais devem ser gerenciados.
10
SGI – Visão Geral
Há, então, a necessidade de implantar um
sistema de gestão integrado, que englobe as-
pectos de qualidade, saúde, meio ambiente e
segurança.
1.5 Normas de Gestão
ISO – International Organization for
Standardization.
A ISO foi fundada em 1947, a ISO é hoje
formada por cerca de 2400 grupos, incluindo
200 comitês técnicos, que representam vários
setores da indústria ou de produtos específi-
cos. A sede da ISO é em Genebra, na Suíça, e
conta hoje com representantes de cerca de 190
países-membros. Uma parte das normas emi-
tidas pela ISO possui embasamento em nor-
mas militares, estas últimas, tendo sido subs-
tituídas gradualmente pelas normas ISO. As
normas emitidas pela ISO são absolutamente
voluntárias, ou seja, não são compulsórias,
mesmo porque a ISO não possui autoridade
para tal e não é seu objetivo final. Depende
dos países ou grupos específicos adotá-las
como compulsórias ou não, o que não impede
a sua utilização.
Modelo de um processo baseado no sistema de gestão da qualidade.
Normas da série ISO-9000 - 2000
ISO 9001 – Requisitos
ISO 9004 – Diretrizes para melhoria do
desempenho
ISO 9000 – Fundamentos e vocabulário
ISO 19011 – Auditoria
Objetivos das normas – especificar re-
quisitos mínimos para que um sistema de ges-
tão seja capaz de:
a) demonstrar sua capacidade de fornecer
produtos que atendam de forma con-
sistente aos requisitos do cliente e aos
requisitos regulamentares aplicáveis;
b) aumentar o nível de satisfação dos clien-
tes, não só pela garantia na conformi-
dade do produto com os requisitos es-
pecificados, mas também pela melho-
ria contínua do próprio sistema;
c) demonstrar a capacidade para atender
aos requisitos do cliente e regulamen-
tares aplicáveis;
d) aumentar a satisfação dos clientes atra-
vés de aplicação do sistema; da melho-
ria contínua do sistema; da garantia da
conformidade com os requisitos dos
clientes e regulamentares.
Normas da Série ISO 14000 – 1996
ISO 14001 – Especificação
ISO 14004 – Diretrizes gerais, princípios e técnicas de suporte
Objetivos da norma:
a) harmonizar iniciativas de normalização pelos países;
b) estabelecer padrões que levem à excelência ambiental;
c) servir de guia para avaliação de performance ambiental;
d) simplificar exigências de registros e selos ambientais;
e) minimizar barreiras comerciais.
SGI – Visão Geral
11
Normas da Série OHSAS 18001 – 1999
Em 1999, a Occupational Health and Safety
Assessment lançou as OHSAS 18001,
Occupational Health and Safety Management
System. A OHSAS 18001 não é uma norma da
série ISO visto que não seguiu os processos de
normalização vigente. Por isso, a certificação
em conformidade com a OHSAS 18001, so-
mente poderá ser concedida pelos órgãos
certificadores de forma não acreditada, ou seja,
não se certifica, obtém-se a conformidade com
a norma.
Objetivos da norma:
a) desenvolvimento de Sistema de Ges-
tão de Segurança e Saúde Ocupacional;
b) minimizar os riscos.
1.6 Controle Ambiental e o Sistema
Ambiental
A seguir apresenta-se como é estruturado
um sistema baseado na gestão ambiental.
Gestão Ambiental
Gestão ambiental nada mais é do que a
forma como uma organização administra as
relações entre suas atividades e o meio ambiente
que as abriga, observadas as expectativas das
partes interessadas. O foco da gestão é a em-
presa e não o meio ambiente. Somente através
de melhorias em produtos, processos e servi-
ços serão obtidas reduções nos impactos am-
bientais por eles causados.
A norma ISO 14001 é uma forma de se
demonstrar conformidade ambiental. Entre os
benefícios da certificação ambiental, podem
ser citados:
– harmonização da gestão ambiental den-
tro do sistema de gestão das empresas;
– promoção de desenvolvimento susten-
tável;
– quebra de possíveis barreiras técnicas
às exportações;
– vantagem mercadológica em relação à
concorrência a ser explorada por marke-
ting;
– melhoria de processos e racionaliza-
ção do consumo de matérias-primas;
– diminuição do consumo de energia.
12
SGI – Visão Geral
Norma ISO 14001
O sistema de gestão deve promover a melhoria contínua dos resultados ambientais. Tem
como conceitos:
– foco em múltiplas partes interessadas;
– grande ênfase em leis e regulamentos;
– objetivos determinados através de necessidades econômicas e sociais;
– exige a melhoria continua;
– o planejamento é fortemente requisitado.
Apresenta os seguintes requisitos gerais, relacionados na tabela abaixo, de acordo com o
ciclo do PDCA.
Política Ambiental
A política ambiental deve ser definida pela
alta administração da empresa e deve ser apro-
priada à natureza, escala e impactos ambien-
tais de suas atividades, produtos ou serviços.
Deve incluir o comprometimento com a me-
lhoria contínua e com a prevenção da polui-
ção. É recomendável que seja específica, real-
çando a melhoria em relação aos aspectos e
impactos significativos.
Para prevenir a poluição, deve-se levar em
conta o princípio dos 4 R´s:
– Reutilização (de matérias primas e de
resíduos);
– Reciclagem (de produtos e embala-
gens);
– Redução (da geração de resíduos atra-
vés de melhorias no processo) e
– Substituição (Replacement, de matérias
primas e de processos).
A política deve citar o comprometimento
com o atendimento à legislação ambiental e
demais requisitos subscritos pela organização.
Deve fornecer a estrutura para o estabelecimento
e revisão dos objetivos e metas ambientais, ser
documentada (estar em forma impressa),
comunicada para todos os empregados e
implementada (praticada por todos), bem como
estar disponível para o público.
Aspectos Ambientais
A organização deveestabelecer e manter
procedimentos para identificar os aspectos
ambientais de suas atividades, produtos e ser-
viços que possam ser controlados e sobre os
quais presume-se que tenham influência, a fim
de determinar aqueles que tenham ou possam
vir a ter impacto significativo sobre o meio
ambiente.
SGI – Visão Geral
13
A organização deve assegurar que os as-
pectos relacionados a estes impactos signifi-
cativos sejam considerados na definição de
seus objetivos ambientais. A organização deve
manter essas informações atualizadas.
Este é o requisito mais importante de
toda a norma, pois todos os demais têm rela-
ção de interdependência com ele.
A grande importância da determinação dos
aspectos ambientais e decorrentes impactos
pode ser visualizada na figura seguinte. Ob-
serva-se que a política deve ser adequada aos
aspectos, a legislação deve ser estudada à luz
dos aspectos, os objetivos e metas advêm dos
impactos (originados dos aspectos), e o trei-
namento, a conscientização e o controle ope-
racional são estabelecidos em função dos as-
pectos.
Sem uma determinação dos aspectos am-
bientais e seus impactos, realizada por todos
aqueles que detêm o conhecimento dos pro-
cessos, não se tem uma gestão ambiental que
traga resultados positivos para a organização.
Aspecto ambiental é qualquer elemento
das atividades, produtos ou serviços que pos-
sa interagir com o meio ambiente (por exem-
plo, emissões para a atmosfera, descarte de
efluentes líquidos, geração de resíduos sóli-
dos, consumo de recursos naturais não reno-
váveis, geração de ruído).
Numa linguagem mais pragmática, aspec-
to ambiental significa um “potencial impacto
ambiental”.
De uma maneira geral, os aspectos podem
ser classificados em dois grandes grupos:
– os que possuem relação direta com a
legislação e regulamentos aplicáveis;
– os não regulamentados.
São exemplos de aspectos não regulamen-
tados os consumos de energia elétrica, de com-
bustíveis fósseis, a liberação de CO2.
Muitas vezes a organização está atenden-
do a todos os parâmetros da legislação ambien-
tal, porém está consumindo mais energia elé-
trica em relação ao exercício passado e não
consegue, dessa forma, evidenciar o alcance
da melhoria contínua, que é um requisito nor-
mativo da ISO 14001.
 A maioria dos aspectos não regulamen-
tados pode proporcionar ganhos à organiza-
ção, caso sejam convenientemente trabalhados.
Uma vez determinados os aspectos, deve-
se estabelecer aqueles que possam causar im-
pactos ambientais reais ou potenciais signifi-
cativos para o meio ambiente.
Como impacto ambiental, a norma define
qualquer modificação do meio ambiente, ad-
versa ou benéfica que resulte, no todo ou em
parte, das atividades, produtos ou serviços da
organização (por exemplo: poluição do ar, di-
minuição da camada de ozônio, poluição das
águas, contaminação das águas subterrâneas,
contaminação do solo).
Após listar os aspectos ambientais identi-
ficados, cabe realizar uma cuidadosa análise,
utilizando todo o conhecimento dos emprega-
dos da organização.
Aspectos ambientais significativos são
aqueles que têm potencial para causar impac-
tos ambientais significativos.
Uma vez que a lista de aspectos esteja con-
cluída, sugere-se que a organização seja divi-
dida em processos, atividades e tarefas e, em
seguida, categorizados os aspectos ambientais
significativos, segundo sua potencialidade de
virem a causar impactos ambientais. A quan-
tificação dos aspectos facilita a priorização
daqueles a serem incluídos como objetivos e
metas e, conseqüentemente, gerar programas
ambientais.
Todo impacto ambiental significativo de-
verá ter uma medida de controle, que pode ser,
por exemplo, uma instrução de trabalho, um
procedimento ou um programa.
A determinação dos aspectos deve ser feita
considerando três situações:
– condições normais de operação;
– condições anormais de operação (parti-
da e parada de unidades, por exemplo);
– condições de emergência.
Requisitos legais e outros requisitos
A organização deve estabelecer e manter
procedimento para identificar e ter acesso à
legislação e outros requisitos por ela subscri-
tos, aplicáveis aos aspectos ambientais de suas
atividades, produtos e serviços.
14
SGI – Visão Geral
Objetivos e Metas
A organização deve estabelecer e manter
objetivos e metas ambientais documentados,
em cada nível e funções pertinentes da orga-
nização.
 Ao estabelecer e revisar seus objetivos, a
organização deve considerar os requisitos le-
gais e outros requisitos, seus aspectos ambien-
tais significativos, suas opções tecnológicas,
seus requisitos financeiros, operacionais e co-
merciais, bem como a visão das partes inte-
ressadas.
Os objetivos e metas devem ser compatí-
veis com a política ambiental, incluindo o com-
prometimento com a prevenção da poluição.
Sem o estabelecimento de objetivos e
metas, é muito difícil que alguma melhoria
venha a ser alcançada. As metas ambientais
devem estar alinhadas com as metas anuais do
negócio, oriundas do planejamento a longo
prazo.
Sempre que possível, os objetivos devem
ser específicos, mensuráveis, condensados,
racionais e com prazo para serem atingidos.
Para assegurar que a organização leve em
conta os aspectos e impactos significativos
na determinação de objetivos e metas, sugere-
se que no procedimento para identificação de
aspectos e impactos ambientais seja definido
como isto será feito, ou seja, como a alta ad-
ministração irá escolher os aspectos e impac-
tos, objetos do planejamento anual (por exem-
plo: todos os relacionados com reclamação
procedentes das partes interessadas, todos re-
lacionados a atendimento da legislação, redu-
ção de consumo de energia).
Deve-se considerar aqueles em que a gra-
vidade seja maior e também os relacionados
com o cumprimento da legislação, tudo isto
limitado por um orçamento que não coloque
em risco a saúde financeira da organização.
Programa de Gestão Ambiental
A organização deve estabelecer e manter
programas para atingir seus objetivos e metas,
devendo incluir:
– a atribuição de responsabilidade em
cada função e nível pertinente da orga-
nização, visando atingir os objetivos e
metas;
– os meios e o prazo dentro do qual eles
devem se atingidos.
Para projetos relativos a novos empreen-
dimentos e atividades, produtos e serviços,
novos ou modificados, os programas devem
ser revisados onde pertinente, para assegurar
que a gestão ambiental aplica-se a esses pro-
jetos.
Programas de gestão ambiental são pla-
nos de ação para atingir metas estabelecidas
(ou seja, fase 4 do PDCA de melhoria). Todo
programa (Plano de Ação) deve conter os 5W,
1H. É importante definir os itens de controle
(indicadores) através dos quais os progressos
em relação às metas serão medidos. Esta in-
formação é altamente relevante e deve ser le-
vada periodicamente para análise pela admi-
nistração, de modo a visar à correção de ru-
mos, sempre que necessário.
Estrutura e Responsabilidade
As funções, responsabilidades e autorida-
des devem ser definidas, documentadas e
comunicadas a fim de facilitar uma gestão
ambiental eficaz.
 A administração deve fornecer recursos
essenciais para a implementação e o controle
do sistema de gestão ambiental, abrangendo
recursos humanos, qualificações específicas,
tecnológicas e recursos financeiros.
A alta administração da organização deve
nomear representante(s) específico(s) que, in-
dependentemente de outras atribuições, deve(m)
ter funções, responsabilidades e autoridade
para:
– assegurar que os requisitos do sistema
de gestão ambiental sejam estabeleci-
dos, implementados e mantidos de
acordo com a norma;
– relatar à alta administração o desem-
penho do sistema de gestão ambiental,
para análise crítica, como base para o
aprimoramento contínuo do sistema de
gestão ambiental.
Treinamento, conscientização e competência
A organização deve identificar as neces-
sidades de treinamento. Deve determinar que
todo o pessoal, cujas tarefas possam criar um
impacto significativo sobre o meio ambiente,
receba um treinamento apropriado.A organização deve estabelecer e manter
procedimentos que façam com que seus em-
pregados ou membros, em cada nível ou fun-
ção pertinente, estejam conscientes:
– da importância da conformidade com a
política ambiental, procedimentos e re-
quisitos do sistema de gestão ambiental;
– dos impactos ambientais significativos,
reais ou potenciais, de suas atividades
SGI – Visão Geral
15
e dos benefícios ao meio ambiente re-
sultantes da melhoria do seu desempe-
nho pessoal;
– de suas funções e responsabilidades em
atingir a conformidade com a política
ambiental, procedimentos e requisitos
do sistema de gestão ambiental, inclu-
sive os requisitos de preparação e aten-
dimento a emergências;
– das potenciais conseqüências da inob-
servância de procedimentos operacio-
nais especificados.
O pessoal que executa tarefas que possam
causar impactos ambientais significativos deve
ser competente, com base em educação, trei-
namento e/ou experiência apropriados.
Os treinamentos em questões ambientais
devem ser divididos em três grupos básicos
de informação:
– técnico-operacionais, para as funções
cujo trabalho causa impactos ambien-
tais significativos;
– conscientização ambiental (genérica),
para todas as funções da organização;
– conscientização específica sobre os im-
pactos ambientais decorrentes das ati-
vidades exercidas.
Supondo-se que exista um impacto ambien-
tal significativo na emissão de SO2 em uma
torre de lavagem de gases. Os operadores de
turno devem ser treinados sobre aspectos ge-
néricos de conscientização ambiental, bem
como conscientizados sobre impactos decor-
rentes de qualquer falha de operação. Também
devem ser treinados sobre como operar e
monitorar o processo de lavagem dos gases,
de modo a evitar emissões atmosféricas aci-
ma dos limites permitidos.
Comunicação
Com relação aos seus aspectos ambien-
tais e sistema de gestão ambiental, a organi-
zação deve estabelecer e manter procedimen-
tos para:
– comunicação interna entre vários níveis
e funções da organização;
– recebimento, documentação e resposta
a comunicações pertinentes à parte in-
teressada.
A organização deve considerar os proces-
sos de comunicação externa sobre seus aspec-
tos ambientais significativos e registrar sua
decisão.
Documentação do sistema de gestão ambiental
A organização deve estabelecer e manter
informações para:
– descrever os principais elementos do
sistema de gestão e a interação entre
eles;
– fornecer orientação sobre documenta-
ção relacionada.
A estrutura da documentação, normalmen-
te, é dividida em três níveis:
– nível estratégico, ou primeiro nível –
Manuais;
– nível tático, ou segundo nível – Proce-
dimentos;
– nível operacional, ou terceiro nível –
Instruções de Trabalho.
Controle de documentos
A organização deve garantir que os docu-
mentos exigidos pela norma possam ser loca-
lizados, periodicamente analisados, revisados,
aprovados. As versões atualizadas dos docu-
mentos pertinentes devem estar disponíveis em
todos os locais de trabalho onde são executa-
das operações essenciais ao efetivo funciona-
mento do sistema de gestão ambiental. Docu-
mentos obsoletos devem ser prontamente re-
movidos.
Controle operacional
A organização deve identificar aquelas
operações e atividades associadas aos aspec-
tos ambientais significativos identificados,
de acordo com a sua política, objetivos e me-
tas. Deve planejar tais atividades, inclusive
manutenção, de forma a assegurar que sejam
executadas sob condições especificadas atra-
vés de:
– estabelecimento e manutenção de pro-
cedimentos documentados, para abran-
ger situações em que sua ausência pos-
sa acarretar desvios em relação à polí-
tica ambiental, aos objetivos e metas;
– estipulação de critérios operacionais
nos procedimentos;
– estabelecimento e manutenção de pro-
cedimentos relativos aos aspectos am-
bientais significativos identificáveis de
bens de serviços utilizados pela orga-
nização e da comunicação dos proce-
dimentos e requisitos pertinentes a se-
rem atendidos por fornecedores e pres-
tadores de serviços.
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SGI – Visão Geral
e autoridade para tratar e investigar as não-
conformidades, adotando medidas para miti-
gar quaisquer impactos e para iniciar e con-
cluir ações corretivas e preventivas.
Qualquer ação corretiva, ou preventiva,
adotada para eliminar as causas das não-con-
formidades, reais ou potenciais, deve ser
adequada à magnitude dos problemas e propor-
cional ao impacto ambiental verificado.
Registros
São a evidência objetiva da implementa-
ção do sistema de gestão. Três registros pedi-
dos textualmente pela norma são os relativos
a treinamento, auditorias internas e análises crí-
ticas, pois são itens chaves para o sucesso da
implementação do sistema de gestão ambiental.
Os registros referentes às respostas a in-
dagações ou contestações ambientais, de par-
tes interessadas, devem ser incluídos no sistema.
Auditoria do sistema de gestão ambiental
Devem ser realizadas auditorias periódi-
cas do sistema de gestão ambiental, de forma
a determinar se o sistema:
– está em conformidade com as disposi-
ções planejadas, inclusive com os re-
quisitos da norma;
– foi devidamente implementado e tem
sido mantido.
Análise crítica pela administração
A alta administração da organização, em
intervalos por ela predeterminados, deve ana-
lisar criticamente o sistema de gestão ambien-
tal, para assegurar sua conveniência, adequa-
ção e eficácia contínua.
São informações relevantes, que devem
ser levadas para a análise crítica:
– resultados de auditorias internas;
– indicadores;
– reclamações das partes interessadas;
– acidentes ou incidentes ambientais
ocorridos;
– notificações;
– mudanças na legislação.
Os procedimentos e instruções operacio-
nais devem conter informações e critérios ope-
racionais relativos à segurança ambiental e ao
cumprimento da legislação, de modo a asse-
gurar que as operações e atividades não exce-
dam as condições específicas fixadas ou vio-
lem padrões ambientais fixados em legislação.
É importante que os procedimentos ou
instruções de trabalho identifiquem os aspec-
tos ambientais, o que fazer para evitar impac-
tos indesejados e salientem quais as conseqüên-
cias de não se atender as instruções.
Preparação e atendimento a emergências
A organização deve estabelecer e manter
procedimentos para identificar os potenciais
acidentes e atender a estes, bem como a situa-
ções de emergência. Deve também prevenir
e mitigar os impactos ambientais que pos-
sam estar associados a acidentes. Deve anali-
sar e revisar seus procedimentos, onde neces-
sário, em particular, após a ocorrência de aci-
dentes ou situações de emergência. Também
deve testar periodicamente tais procedimen-
tos, onde exeqüível.
Acidentes ambientais não são necessaria-
mente relacionados a incêndios, explosões ou
vazamentos, potencialmente existentes em in-
dústrias onde o risco é mais elevado, mas sim
associados a locais que sempre trazem algu-
ma forma de impacto ambiental.
Planos e procedimentos para emergências
devem considerar, onde apropriado:
– emissões atmosféricas acidentais;
– descargas de efluentes líquidos aciden-
tais, na água ou no solo;
– efeitos específicos, decorrentes de lan-
çamentos acidentais.
Monitorização e medição
A organização deve estabelecer e manter
procedimentos documentados para monitorizar
e medir, periodicamente, as características
principais de suas operações e atividades que
possam ter um impacto significativo sobre o
meio ambiente.
Na gestão ambiental, devem ser determi-
nados os parâmetros de controle de processos
importantes para assegurar a conformidade
com a legislação ambiental.
Não-conformidades e ações corretivas e
preventivas
A organização deve estabelecer e manter
procedimentos para definir responsabilidades
SGI – Visão Geral
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SGI – Visão Geral
Principios Éticos da Petrobras
A honestidade, a dignidade, o respeito, a lealdade, o
decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios
éticos são os valores maiores que orientam a relaçãoda
Petrobras com seus empregados, clientes, concorrentes,
parceiros, fornecedores, acionistas, Governo e demais
segmentos da sociedade.
A atuação da Companhia busca atingir níveis crescentes
de competitividade e lucratividade, sem descuidar da
busca do bem comum, que é traduzido pela valorização
de seus empregados enquanto seres humanos, pelo
respeito ao meio ambiente, pela observância às normas
de segurança e por sua contribuição ao desenvolvimento
nacional.
As informações veiculadas interna ou externamente pela
Companhia devem ser verdadeiras, visando a uma
relação de respeito e transparência com seus
empregados e a sociedade.
A Petrobras considera que a vida particular dos
empregados é um assunto pessoal, desde que as
atividades deles não prejudiquem a imagem ou os
interesses da Companhia.
Na Petrobras, as decisões são pautadas no resultado do
julgamento, considerando a justiça, legalidade,
competência e honestidade.
	Sumário 
	 1.1 Introdução 
	 1.2 Definições 
	 1.3 Ciclo PDCA 
	 1.5 Normas de Gestão 
	 1.6 Controle Ambiental e o Sistema Ambiental

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